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Pe. João Batista explica o sentido dos livros sagrados na celebração Pastoral Carcerária completa 25 anos em Goiânia Bispos divulgam mensagens sobre eleições e queimadas pág. 2 pág. 3 pág. 4 OBJETOS LITÚRGICOS ARQUIDIOCESE IGREJA NO BRASIL Capa: Carlos Henrique semanal Edição 333ª - 4 de outubro de 2020 www.arquidiocesedegoiania.org.br Siga-nos pág. 5 “Que o Santuário da Sagrada Família, agora agraciado com o honroso título de Basílica da Sagrada Família, continue sendo lugar privilegiado de evangelização e manifestação da fé” (Dom Washington Cruz) EDICAO 333 - DIAGRAMADO.indd 1 02/10/2020 15:42:20

“Que o Santuário da Sagrada Família, agora agraciado com o … que contém os Evangelhos dos domin-gos do Ano Litúrgico. A única procissão que se faz com a Palavra de Deus é

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Page 1: “Que o Santuário da Sagrada Família, agora agraciado com o … que contém os Evangelhos dos domin-gos do Ano Litúrgico. A única procissão que se faz com a Palavra de Deus é

Pe. João Batista explicao sentido dos livros

sagrados na celebração

Pastoral Carceráriacompleta 25 anos

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eleições e queimadaspág. 2 pág. 3 pág. 4

OBJETOS LITÚRGICOS ARQUIDIOCESE IGREJA NO BRASIL

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semanalEdição 333ª - 4 de outubro de 2020 www.arquidiocesedegoiania.org.br Siga-nos

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“Que o Santuário da Sagrada Família,agora agraciado com o honroso títulode Basílica da Sagrada Família, continue

sendo lugar privilegiado de evangelizaçãoe manifestação da fé” (Dom Washington Cruz)

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Page 2: “Que o Santuário da Sagrada Família, agora agraciado com o … que contém os Evangelhos dos domin-gos do Ano Litúrgico. A única procissão que se faz com a Palavra de Deus é

que contém os Evangelhos dos domin-gos do Ano Litúrgico. A única procissão que se faz com a Palavra de Deus é a do Evangeliário, que entra solenemente na procissão de entrada até o altar e, depois, do altar até o ambão. Esse gesto manifes-ta a unidade que a Igreja reconhece exis-tir entre Palavra, altar e Eucaristia, pois Cristo, Palavra Viva do Pai, se ofertou como vítima no altar da cruz.

Temos três volumes do Lecionário: para as celebrações do Dia do Senhor, usamos o Lecionário Dominical, com as leituras para os domingos do Ano Litúr-gico, dispostos em três ciclos (A, B, C). Nas solenidades, temos também o Lecio-nário Ferial ou semanal, com as leituras que serão lidas, segundo o ano par ou ímpar. Para a comemoração dos santos ou o uso dos formulários comuns, usa-mos o Lecionário Santoral, de acordo com o calendário litúrgico.

(Pe. João Batista de Lima)

PALAVRA DO ARCEBISPO

Outubro de 2020 Arquid iocese de Go iânia

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Os livros que a Igreja utiliza na Sagra-da Liturgia são considerados sagrados, porque não só servem para conduzir os ritos, mas é por meio deles que nos di-rigimos a Deus, rezando e ouvindo sua Palavra. Por causa disso, eles devem ser dignos, belos e honrados, com o devido respeito.

Para o desenrolar da ação litúrgi-ca, o livro sagrado que conduz os ritos é o Missal. Nele estão os ritos iniciais, as orações de todas as semanas do Ano Litúrgico, os prefácios, as orações euca-rísticas e as bênçãos. Conhecer bem o Missal é descobrir a riqueza que a Igreja nos oferece para celebrarmos bem, para a glorifi cação de Deus e a nossa santifi ca-ção. Também nos ajuda a evitar o empo-brecimento da liturgia com os excessos de nossa criatividade.

Os outros livros usados nas ações li-túrgicas são o Evangeliário e o Lecionário. São os livros próprios nos quais se pro-clama a Palavra do Senhor, que é Palavra da Salvação. É reprovável que a Palavra do Senhor seja lida em livretos e no ce-lular, pois “A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como venera o pró-prio Corpo do Senhor...” (Constituição dogmática Dei Verbum, 21).

Toda Sagrada Escritura converge para Cristo e o ponto alto da Liturgia da Palavra é o Evangelho. Por isso, entre os livros sagrados se destaca o Evangeliário,

REZEMOS JUNTOS!Senhor,

Fazei de mim um instrumento da Vossa paz.

Onde houver ódio, que eu leve o amor.Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.Onde houver discórdia, que eu leve a união.Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.Onde houver erro, que eu leve a verdade.Onde houver desespero, que eu leve a esperança.Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre, fazei que eu procure mais:consolar, que ser consolado;compreender, que ser compreendido;amar, que ser amado.Pois é dando que se recebe.É perdoando que se é perdoado.E é morrendo que se vive para a vida eterna.

Série Objetos Litúrgicos

Santo do Dia

OS LIVROS SAGRADOS

ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS

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ÀS FAMÍLIASDAS ESCOLASCATÓLICAS

DOM WASHINGTON CRUZ, CPArcebispo Metropolitano de Goiânia

EditorialO Jornal Encontro desta semana está

cheio de acontecimentos que movimen-taram a nossa arquidiocese. No fi m de setembro, o Instituto de Filosofi a e Teo-logia de Goiás (Ifi teg) celebrou 40 anos de história. Foi um momento muito bo-nito de ação de graças a Deus por tan-tos leigos, religiosas e sacerdotes que são formados nesta instituição. Outra celebração importante neste ano, na Ar-quidiocese de Goiânia, são os 25 anos de atuação da Pastoral Carcerária em nossa Igreja Particular. Nosso arcebis-po, Dom Washington Cruz, sugere que, no próximo ano, as famílias matriculem seus fi lhos em escolas católicas porque são instituições tradicionais que formam integralmente, com base em alicerces

cristãos, humanos, éticos e solidários. Na reportagem de capa, trazemos a co-bertura da Santa Missa de elevação do Santuário Sagrada Família à dignidade de Basílica. Confi ra, ainda, a mensagem dos bispos do Regional Centro-Oeste da CNBB, com orientações sobre as eleições municipais 2020, em Goiás.

Boa leitura!

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Arcebispo de Goiânia: Dom Washington CruzBispos Auxiliares: Dom Levi Bonatto e Dom Moacir Silva Arantes

Coordenadora de Comunicação: Eliane Borges (GO 00575 JP)Consultor Teológico: Pe. Warlen MaxwellJornalista Responsável: Fúlvio Costa (MTB 8674/DF)Redação: Fúlvio Costa / Eliane Borges /Marcos Paulo Mota / Suzany MarquesRevisão: Camila Di Assis

Diagramação: Ana Paula Mota e Carlos HenriqueFotogra� as: Rudger Remígio e colaboradores

Contatos: [email protected]: (62) 3229-2683/2673

Prezados pais, querida família!

Saúdo cada um de vocês, com minha estima e amiza-de. Contem sempre com a minha oração e meu apoio,

para que perseverem na união da família, para que cresçam no amor, para que consigam vencer as difi -culdades e para que sejam prote-gidos e abençoados por Deus.

Certamente, vocês estão muito atentos ao presente e ao futuro de seus fi lhos. Sabem que agora é a hora de construir as bases sólidas dos fi lhos, a fi m de que eles tenham as suas vidas sustentadas por alicerces seguros. Para que sejam, um dia, adultos felizes e realizados, é preciso que sejam, agora, bem acompanhados, durante as fases da infância, da adolescência e da juventude.

Os principais educadores sempre serão os próprios pais. Eles educam pela palavra, pelo exemplo, pelo olhar, pela convivência, pela escuta, pelo silêncio, pelas longas esperas e pela confi ança em seus fi lhos. Também é muito importante quando a família tem a graça do apoio dos avós, tios, primos, padrinhos e de todos os familiares. Isso também ajuda muito na formação dos fi lhos.

Este ano de 2020 foi bastante difícil para todos nós. Com a pandemia, tivemos que nos adaptar e nos rein-ventar. Mas é preciso olhar para frente e já pensar no ano de 2021.

Gostaria de lhes fazer uma sugestão. No próximo ano, matriculem seus fi lhos em uma escola católica. Plantem no presente para ter o que colher no futuro.

Vocês sabem que as nossas escolas católicas estão en-tre as de melhor qualidade, aqui, em Goiânia, no país e no mundo. São instituições que existem há muitas déca-das e já possuem uma longa tradição. Formaram diversas gerações e, por isso, são conhecidas e amadas.

Há algo que jamais pode ser esquecido numa escola: a formação humana, os valores éticos, o compromisso soli-dário com os outros, o ambiente escolar saudável e, prin-cipalmente, a formação espiritual. Esse é o rosto das es-colas católicas, porque possuem essa formação integral.

Queridos pais, que Deus os cumule de bênçãos e que os mantenha sempre fortes e com saúde, para criar bem os seus fi lhos. E que sua família seja cheia de harmonia, alegria e paz.

RezemosGlorioso São Francisco, santo da simplicidade,

do amor e da alegria, que no céu contemplais as perfeições infi nitas de Deus, lançai sobre nós o vosso olhar cheio de bondade. Socorrei-nos em nossas necessidades espirituais e corporais. Rogai ao nosso Pai e Criador, que nos conceda as graças que pedimos por vossa intercessão, vós que sem-pre fostes tão amigo dele. E infl amai o nosso co-ração de amor sempre maior a Deus e aos nossos irmãos, principalmente os mais necessitados.

São Francisco de Assis, rogai por nós. Amém.

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A ideia de criar um instituto fi losó-fi co-teológico intercongregacional nas-ceu na X Assembleia Regional da Con-ferência dos Religiosos do Brasil (CRB), no fi nal de 1979. Atendendo a essa ne-cessidade, no dia 25 de setembro de 1980, numa reunião dos superiores de diversos institutos da Vida Consa-grada, nasceu o Instituto de Filosofi a e Teologia de Goiás (Ifi teg). Atualmen-te, a instituição é mantida por duas or-dens e duas congregações religiosas: a Ordem dos Frades Menores, a Ordem

Outubro de 2020Arquid iocese de Go iânia

3ARQUIDIOCESE EM MOVIMENTO

I� teg celebra 40 anos de históriacom Missa em Ação de Graças

No dia 25 de setembro, o Instituto de Filosofi a e Teologia de Goiás (Ifi teg) celebrou 40 anos de exis-

tência. Na ocasião, Dom Antônio Fernando Brochini, bispo da Dio-cese de Itumbiara (GO) e ex-dire-tor geral do Instituto, presidiu a celebração em Ação de Graças na sede do instituto.

Em sua saudação inicial, o bispo falou sobre a alegria que todos os presentes na celebração deveriam sentir no coração por este momen-to histórico. “Ao celebrarmos esses 40 anos, devemos render graças a Deus e nos alegrar pelo dia que em que esse instituto foi fundado. Celebramos esta data agradecendo ao bom Deus por esta instituição que forma pastores para o Povo de Deus”, disse.

A celebração contou com a pre-sença de vários alunos, ex-alunos e professores, entre eles, o padre He-verton Rodrigues de Oliveira, dire-tor geral do Ifi teg, e o frei Marco Aurélio da Cruz, ministro provin-cial dos frades franciscanos. A ins-tituição ainda foi agraciada com a bênção apostólica do Santo Padre, o papa Francisco, por ocasião des-ta data tão importante.

Criada em 1986, pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com o objetivo de ver um mundo sem cárceres, a Pastoral Carcerária tem seu lema no Evangelho de Mateus (25,36): “Estive preso e me visitastes”. Sua missão se desenvolve com o anúncio do Evangelho, passando pela promo-ção da dignidade humana e da escuta às pessoas presas.

Em Goiânia, a Pastoral começou a ser organizada, em 1995, pelo então arcebispo, Dom Antonio Ribeiro de Oliveira. Ela surgiu com a formação de uma equipe, cujo objetivo era “favore-cer a assistência religiosa e humana aos presidiários e seus familiares” no anti-go Cepaigo, hoje Penitenciária Odenir Guimarães (POG), na Casa de Prisão Provisória (CPP) e em delegacias. So-mente em 1997, a atuação da Pasto-ral ganhou força no Brasil, quando a

CNBB desenvolveu a Campanha da Fraternidade daquele ano com o lema “Cristo liberta de todas as prisões”.

Comemorando seus 25 anos de tra-balho na Arquidiocese de Goiânia, a Pastoral Carcerária, por conta da pan-demia, não está realizando sua missão dentro do cárcere. Porém, ela está tra-balhando com os familiares dos encar-cerados, pois eles também precisam de apoio espiritual e de assistência bá-sica, além das orações, que a Pastoral promove em apoio àqueles que estão restritos de liberdade.

Irmão Diego Vinício Gomes de Almeida (foto), responsável pela coordenação da Pastoral Carcerária Arquidiocesana, explica que o senti-mento de gratidão é o maior presen-te neste Jubileu de Prata da Pastoral. “São 25 anos de missão no Sistema Prisional de Aparecida de Goiânia,

Pastoral Carcerária comemora 25 anos de trabalhona Arquidiocese de Goiânia

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mas também em cidades do interior, buscando levar a Igreja, o amor de Cristo, aos irmãos e irmãs, os últimos

dos últimos, pois são os despojados de tudo, da dignidade e da liberdade.”

Suzany Marques

dos Frades Menores Capuchinhos, a Congregação do Santíssimo Redentor e a Congregação dos Sagrados Estig-mas. Reconhecida pelo MEC como fa-culdade, oferece os cursos de gradua-ção em Filosofi a e Teologia.

Como explica seu diretor geral, pa-dre Heverton Rodrigues de Oliveira, ao longo destes 40 anos, o instituto tem buscado cumprir a missão, que lhe foi confi ada no ato fundacional, de cui-dar da formação acadêmico-eclesiásti-ca dos formandos da Vida Religiosa e dos candidatos ao presbiterado. Nessas quatro décadas, colaborou com a mis-

são da Igreja em Goiânia, no Brasil e no mundo. Inúmeras pessoas, que por aqui passaram, colaboraram e ainda colaboram nas mais diferentes áreas do apostolado cristão. “Neste esforço de mantermos viva a identidade do instituto, de buscarmos uma forma-ção acadêmico-eclesiástica, queremos continuar a colaborar com a Igreja e a sociedade. Somos gratos por estes 40 anos de história e desejamos continuar escrevendo esta trajetória de fé, conhe-cimento e promoção da dignidade hu-mana”, afi rmou o padre Heverton.

Marcos Paulo Mota

MISSÃO

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IGREJA NO BRASIL4

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sempre o bem comum. “É necessá-ria uma nova presença de católicos na política na América Latina. Uma ‘nova presença’ que implique não só novos rostos nas campanhas eleito-rais, mas também e, sobretudo, no-vos métodos que permitem forjar alternativas que sejam, ao mesmo tempo, críticas construtivas. Alter-nativas que busquem sempre o bem possível, mesmo que seja modesto. Alternativas fl exíveis, mas com uma clara identidade social e cristã.”

Outro aspecto abordado na men-sagem é quanto às expectativas a respeito das eleições. Diálogos e de-bates, neste momento, são indispen-

sáveis, além de respeito, sinceridade intelectual, rejeição pelas notícias falsas, desejo e opção de alcançar o bem comum. Os bispos convidam os fi éis católicos “ao exercício da corresponsabilidade na construção de municípios justos e fraternos por meio do povo, da participação ativa no acompanhamento dos eleitos e na construção, implementação e fi s-calização das políticas públicas jun-to aos novos prefeitos e vereadores”.

Ao fi m da mensagem, os bispos

e administradores diocesanos ofe-recem algumas orientações práti-cas em vista do processo eleitoral, como não dar crédito a candidatos que querem comprar voto; obser-var se o candidato defende ou não a dignidade da pessoa humana e da vida em todas as suas etapas, des-de a concepção até a morte natural; desconfi ar de candidatos com cam-panhas milionárias; observar se o candidato tem seu nome envolvido em corrupção ou fraude.

O fogo está consumindo a vege-tação brasileira, devastando nossos principais biomas: Amazônia, Cer-rado e Pantanal. Voluntários se mul-tiplicam no combate às chamas, mas numa luta desleal, já que os recursos para esse fi m são poucos, se compa-rado ao grande número de focos de incêndio. A CNBB, em mensagem, solidariza-se com todos os volun-tários que arriscam suas próprias vidas, ao mesmo tempo em que afi rma que o Governo Federal age na contramão desse desafi o, já que insiste em dizer que o país está de parabéns pela proteção do seu meio ambiente.

Em um trecho da mensagem, a CNBB lembra que o Ministério Públi-co alertou o Governo Federal quanto aos lugares sensíveis ao desmata-mento e às queimadas, mas “nada, entretanto, surtiu efeito que evitas-se essa tragédia socioambiental”. A Conferência lamenta ainda que, en-quanto as chamas consomem o país, cortes orçamentários são feitos em órgãos, como o Ibama e o ICMBio. Em 2019, conforme a mensagem, o orçamento liberado para a fi scaliza-ção do desmatamento, por exemplo, foi de 102 milhões. Já, neste ano, foi de 76,8 milhões. Não bastasse tudo isso, a CNBB destaca ainda, na men-

Na quarta-feira, 30 de setem-bro, os bispos do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal)

divulgaram mensagem sobre as eleições municipais 2020, em Goiás. No texto, os bispos, juntamente com os administradores diocesanos do regional, dirigem palavras de en-corajamento e esperança à luz da fé em Jesus Cristo e deixam claro que “a Igreja não é partidária, mas busca conscientizar o eleitor e incentivar os fi éis leigos que se sentem chama-dos a representar o povo com um mandato político”.

A mensagem enfatiza que as elei-ções que se aproximam são uma nova oportunidade carregada de esperança na construção de muni-cípios mais justos e solidários. Os bispos orientam também para a conscientização de que as eleições são um processo muito importante e indispensável para a comunidade. “Queremos colaborar com a forma-ção de uma comunidade com pes-soas exercendo diferentes funções, entre elas prefeito e vereadores, que sempre podem fazer um pouco mais pelo bem de todos. Além disso, cre-mos no Espírito Santo que continua-mente assiste aqueles governantes que se deixam conduzir por ele.”

Os bispos reafi rmam palavras do papa Francisco, para dizer que é pertinente aos católicos se disporem a transformar a política, buscando

sagem, que contribui para que a des-truição seja maior “o negacionismo explícito e reincidente por parte de nossas lideranças governamentais, quanto pela acusação de que povos e grupos seriam os responsáveis por algumas queimadas”. Segundo a CNBB, “esta criminalização, feita pe-rante o mundo, camufl a, na fumaça das fake news, o esforço desses povos por sobrevivência, além de trazer o caos da desinformação”.

A CNBB ressalta que, neste mo-mento, porém, não basta constatar com tristeza a destruição que vem acontecendo. Por isso, “convoca a sociedade brasileira a se unir ainda

mais em torno do Pacto pela Vida e pelo Brasil, reforçando a voz dos que desejam um país mais justo e solidário, empenhados na proteção da Casa Comum, partindo dos mais vulneráveis”. Para que isso se efeti-ve, a Conferência dos Bispos afi rma que é necessário “forte fi scalização, investigação e responsabilização dos culpados, obrigação de refl o-restamento, recuperação integral da natureza devastada e reorganização da estrutura econômica”.

Em mensagem, bispos do Regional Centro-Oesteda CNBB oferecem orientações sobre as

eleições municipais 2020, em Goiás

A Conferência lamenta ainda que, enquanto aschamas consomem o país, cortes orçamentários são

feitos em órgãos, como o Ibama e o ICMBio

A mensagem da CNBB pode ser lida naíntegra no site www.cnbb.org.br

A íntegra da carta pode ser lida no site do Regional Centro-Oesteda CNBB em www.cnbbco.com

Queimadas em território brasileirosão tema de mensagem da CNBB

Diálogos e debates,neste momento,

são indispensáveis,além de respeito,

sinceridadeintelectual, rejeiçãopelas notícias falsas,

desejo e opção dealcançar o bem

comum

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CAPA

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grande conjunto de assentos. Arcanjos são seres espirituais que receberam uma grande missão. É por isso que, hoje, a Igreja escolheu esse dia litúrgico para festejar três arcanjos – Miguel, Gabriel e Rafael –, que receberam missões gran-des e muito especiais na história da sal-vação. São Miguel Arcanjo luta “contra o dragão e os demais anjos rebeldes” e os expulsa do céu. O Arcanjo Gabrielfoi enviado por Deus para anunciar a Maria que ela conceberia um fi lho, pela ação do Espírito Santo, e que esse fi lho se chamaria Jesus, o Filho de Deus. O Arcanjo Rafael acompanha o jovem Tobias, defende-o, aconselha-o e cura fi nalmente o seu pai, Tobias.”

“Além da alegria pela festa dos san-tos anjos, também estamos com o cora-ção cheio de emoção e profundamente agradecido a Deus porque em apenas um mês a Arquidiocese de Goiânia re-cebeu dois presentes enviados pelo

Em uma belíssima celebração, no dia 29 de setembro de 2020, presi-dida por Dom Washington Cruz, o Santuário Sagrada Família foi

elevado à dignidade de Santuário-Ba-sílica Sagrada Família. Concelebraram os bispos auxiliares, Dom Levi Bonatt o e Dom Moacir Silva Arantes; Dom Wal-demar Passini Dalbello, bispo de Luziâ-nia e presidente do Regional Centro--Oeste da CNBB, e estiveram presentes diversos padres do clero de Goiânia e também de outras dioceses.

A celebração aconteceu no dia em que a Igreja celebra a Festa dos Arcan-jos Miguel, Gabriel e Rafael. Em sua homilia, Dom Washington explicou que “Quando um dos anjos recebe de Deus uma missão especial, então, a Igreja o denomina de grande anjo, ou de ‘arcan-jo’. Assim como a palavra arquidiocese signifi ca uma grande diocese ou a pa-lavra arquibancada, que signifi ca um

MARCOS PAULO MOTA

papa Francisco. No mês passado, a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia ganhou do papa três ventiladores e um ultrassom portátil, a fi m de atender os pacientes acometidos pela covid-19. E, hoje, pela benevolência do Santo Padre, está elevando este Santuário da Sagrada Família à condição de Basílica. Por isso, com os anjos e os santos do céu, exulta-mos e cantamos: Santo, Santo, Santo é o Senhor, nosso Deus!”, disse o arcebispo, ao expressar sua alegria e seu agradeci-mento ao papa Francisco pelos presen-tes dados à Igreja de Goiânia.

Dom Washington não deixou de agra-decer aos padres que já passaram pelo Santuário e o empenho daqueles que hoje atuam. “Nossos agradecimentos e parabéns ao padre Luiz Augusto Ferrei-ra da Silva, nosso irmão no sacerdócio, que foi quem construiu este templo e que, por seu zeloso e incansável trabalho pastoral, criou as condições necessárias

para que hoje pudéssemos ter aqui uma nova basílica. Nossos agradecimentos aos padres que o sucederam: ao padre Cleidmar da Silva Moreira, que aqui deu testemunho de amor ao sacerdócio e de caridade pastoral para com o Povo Deus, não sem enfrentar muitas difi culdades; e à atual equipe composta pelos seguin-tes padres, por ordem de chegada: Ro-drigo Ferreira de Castro, reitor; André Luiz de Sousa Gomes, da Congregação da Pequena Obra da Divina Providência (Orionita); Divino Erasmo Silva Santos; Divino Antônio da Silva e Nelson Alves de Oliveira. Com sabedoria, criatividade e dedicação pastoral, esses padres estão dando prosseguimento aos muitos tra-balhos pastorais de seus antecessores, de modo especial, à adoração perpétua ao Santíssimo Sacramento.”

Ao fi nal da celebração, Dom Washin-gton Cruz presenteou uma família com a imagem original da Sagrada Família.

Insígnias Basilicais Como sinais visíveis do novo título, o agora Santuário-Basílica Sagrada Família recebeu as insígnias basilicais:

GONFALONE

CHAVES DE PEDROVIRGA RUBRA

TINTINÁBULOÉ o termo indicado para o guarda-chuva ou ban-deira, que geralmente possui as cores do Vaticano, o brasão do papa, o brasão do arcebispo, o brasão da Arquidiocese, o brasão do reitor da época da eleição e a bandeira do município onde está instalada a Basí-lica. Esse objeto era usado para fornecer sombra para o papa. Por isso, sempre esteve presente nas basílicas papais de Roma. Por essa razão, o guarda-chuva tor-nou-se um emblema para todas as basílicas do mundo.

O brasão do Papado e do Vaticano, com as chaves do céu cruzadas; a chave de prata simboliza o poder de desligar a terra aos céus e a chave de ouro simbo-liza o poder de ligar a terra aos céus.

“Eu te darei as chaves do Reino dos Céus e o que ligares na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra, será desligado nos céus” (Mt 16,19).

Uma espécie de bastão, revestido de tinta vermelha com decorações e ponteiro em prata, e que é levado processionalmente; tem a função de guiar o cortejo pelo caminho próprio.

É um estandarte com um pequeno sino. Na Ida-de Média, ele tinha a função de anunciar ao povo de Roma a proximidade do papa durante as procissões.

Santuário da Sagrada Família eSantuário de AdoraçãoPerpétua daSantíssimaEucaristiaé a mais nova Basílicada Arquidiocese deGoiânia

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CATEQUESE DO PAPA CURAR O MUNDO N. 6

Outubro de 2020 Arquid iocese de Go iânia

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Audiência GeralPátio São Dâmaso

9 de setembro de 2020

não me conhecem, amo também quem é estrangeiro e também quem me faz so-frer ou a quem considero inimigos (cf. Mt 5,44). Essa é a sabedoria cristã, essa é a atitude de Jesus. E o ponto mais alto da santidade, por assim dizer, é amar os inimigos, o que não é fácil. Claro, amar a todos, incluindo os inimigos, é difícil – eu diria que é uma arte! Mas uma arte que pode ser aprendida e aprimorada. O amor verdadeiro, que nos torna fe-cundos e livres, é sempre expansivo e inclusivo. Esse amor cura, cura e faz o bem. Muitas vezes, um carinho faz mais

Caros irmãos e irmãs!

Acrise que vivemos devido à pandemia afeta a todos; pode-mos sair melhor se buscarmos todos juntos o bem comum;

pelo contrário, sairemos pior. Infeliz-mente, estamos testemunhando o sur-gimento de interesses de partes. Por exemplo, há quem queira se apropriar de soluções possíveis, como no caso das vacinas e, depois, vendê-las para tercei-ros. Alguns aproveitam a situação para fomentar divisões: buscar vantagens econômicas ou políticas, gerando ou aumentando os confl itos. Outros sim-plesmente não se interessam pelo sofri-mento alheio, passam adiante e seguem seu próprio caminho (cf. Lc 10,30-32). Eles são devotos de Pôncio Pilatos, eles lavam as mãos.

A resposta cristã à pandemia e às consequentes crises socioeconômicas baseia-se no amor, sobretudo no amor de Deus que sempre nos precede (cf. 1Jo4,19). Ele nos ama primeiro, ele sempre nos precede no amor e nas soluções. Ele nos ama incondicionalmente e, quan-do damos as boas-vindas a esse amor divino, podemos responder de manei-ra semelhante. Amo não só quem me ama: minha família, meus amigos, meu grupo, mas também aqueles que não me amam, amo também aqueles que

bem do que muitos argumentos, um ca-rinho de perdão e não tantos argumen-tos para se defender. É o amor inclusivo que cura.

Portanto, o amor não se limita a rela-cionamentos entre duas ou três pessoas, aos amigos, a família, vai além. Inclui as relações civis e políticas (Catecismo da Igreja Católica, 1907-1912), incluindo a relação com a natureza (Enc. Laudato Si’, 231). Por sermos seres sociais e po-líticos, uma das expressões máximas do amor é precisamente a social e po-lítica, decisiva para o desenvolvimento

humano e para o enfrentar qualquer tipo de crise (LS, 231). Sabemos que o amor fecunda famílias e amizades; mas é bom lembrar que também fecunda as relações sociais, culturais, econômicas e políticas, permitindo-nos construir uma “civilização do amor”, como gostava de dizer São Paulo VI (Mensagem para o Décimo Dia Mundial da Paz, 1 de janei-ro de 1977: AAS 68 [1976], 709) e, em seu seguimento, São João Paulo II. Sem essa inspiração, prevalece a cultura do egoís-mo, da indiferença, do descarte, ou seja, descartar o que não amo, o que não pos-so amar ou aqueles que parecem inúteis para a sociedade. Hoje na entrada um casal me disse: “Reze por nós porque te-mos um fi lho defi ciente”. Eu perguntei: “Quantos anos ele tem? – Tantos – E o que vocês fazem? – Nós o acompanha-mos, nós o ajudamos”. Toda uma vida de pais para aquela criança defi ciente. Isso é amor. E os inimigos, os adversá-rios políticos, a nosso ver, parecem ser politicamente e socialmente defi cientes, mas parecem. Só Deus sabe se são ou não. Mas devemos amá-los, devemos dialogar, devemos construir essa civili-zação do amor, essa civilização política, social, da unidade de toda a humani-dade. Tudo isso é o oposto de guerras, divisões, inveja e até guerras familiares. O amor inclusivo é social, é família, é político: o amor permeia tudo!

ças à virtude da caridade, cultivando a sua intrínseca dimensão social.

É, portanto, tempo de fazer crescer o nosso amor social – quero enfatizar isto: o nosso amor social – contribuindo com todos, a partir da nossa pequenez. O bem comum requer a participação de todos. Se todos fazem a sua parte e nin-guém for deixado de lado, poderemos regenerar boas relações a nível comuni-tário, nacional, internacional e também em harmonia com o meio ambiente (cf. LS, 236). Assim, nos nossos gestos, mes-mo os mais humildes, se tornará visível algo da imagem de Deus que carrega-mos em nós, porque Deus é Trindade, Deus é amor. Essa é a mais bela defi ni-ção de Deus na Bíblia. O apóstolo João, que tanto amou Jesus, nos diz isso: Deus é amor. Com sua ajuda, podemos curar o mundo trabalhando juntos para o bem comum, não apenas para o próprio bem, mas para o bem comum, bem de todos.

também é uma missão. Como ensina Santo Inácio de Loyola, direcionar nos-sos esforços diários para o bem comum é uma forma de receber e difundir a glória de Deus.

Infelizmente, a política muitas vezes não tem uma boa reputação e sabemos o porquê. Isso não signifi ca que os polí-ticos sejam todos ruins, não, não é isso que eu quero dizer. Só estou dizendo que, infelizmente, a política nem sem-pre goza de boa reputação. Mas não de-vemos nos resignar a essa visão negati-va, mas reagir demonstrando com fatos que é possível, mais que isso, é um dever de ter uma boa política (cf. Mensagem para o Dia Mundial da Paz 1 de Janeiro de 2019 [8 de dezembro de 2018]), aque-la que coloca no centro a pessoa huma-na e o bem comum. Se lermos a história da humanidade, encontraremos muitos políticos santos que seguiram esse ca-minho. É possível na medida em que cada cidadão e, em particular, quem as-sume compromissos e posições sociais e políticas, enraíze sua ação em princí-pios éticos e a anime com amor social e político. Os cristãos, especialmente os fi éis leigos, são chamados a dar um bom testemunho disso e podem fazê-lo gra-

O coronavírus mostra-nos que o ver-dadeiro bem para todos é um bem co-mum, não só individual e, inversamen-te, o bem comum é um verdadeiro bem para a pessoa (cf. CIC, 1905-1906). Se uma pessoa busca apenas o seu próprio bem, ela é egoísta. Em vez disso, a pes-soa é mais pessoa, quando o seu próprio bem se abre a todos e o compartilha. A saúde, além de individual, também é um bem público. Uma sociedade saudável é aquela que cuida da saúde de todos.

Um vírus que não conhece barreiras, fronteiras ou distinções culturais e polí-ticas deve ser enfrentado com um amor sem barreiras, fronteiras ou distinções. Esse amor pode gerar estruturas sociais que nos estimulem a compartilhar ao invés de competir, que nos permitem incluir os mais vulneráveis e não os descartar, e que nos ajudam a expressar o melhor de nossa natureza humana e não o pior. O amor verdadeiro não co-nhece a cultura do descarte, não sabe o que é. Com efeito, quando amamos e geramos criatividade, quando geramos confi ança e solidariedade, é aí que sur-gem iniciativas concretas para o bem co-mum (cf. S. João Paulo II, Enc. Sollicitu-do Rei Socialis, 38). E isso é válido tanto

no nível de pequenas e grandes comu-nidades, quanto no nível internacional. O que se faz na família, o que se faz no bairro, o que se faz na aldeia, o que se faz na cidade grande e internacional-mente é o mesmo: é a mesma semente que cresce e dá fruto. Se você, na famí-lia, na vizinhança, começa com a inveja, com a luta, no fi nal vai ter “guerra”. Em vez disso, se você começar com amor, para compartilhar amor e perdão, então haverá amor e perdão para todos.

Ao contrário, se as soluções para a pandemia trazem a marca do egoísmo, seja de pessoas, empresas ou nações, talvez possamos sair do coronavírus, mas certamente não da crise humana e social que o vírus evidenciou e acen-tuou. Portanto, tome cuidado para não construir na areia (cf. Mt 7,21-27)! Para construir uma sociedade sã, inclusiva, justa e pacífi ca, devemos fazê-lo sobre a rocha do bem comum (cf. Mt 7,10). O bem comum é uma rocha. E essa é a ta-refa de todos nós, não apenas de alguns especialistas. Santo Tomás de Aquino dizia que a promoção do bem comum é um dever de justiça que recai sobre cada cidadão. Cada cidadão é responsá-vel pelo bem comum. E para os cristãos

O amor verdadeiro não conhece a cultura do descarte

Amor e bem comum

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FIQUE POR DENTRO

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Acelebração da Missa de Pos-se do novo reitor do San-tuário-Basílica do Divino Pai Eterno, padre João Pau-

lo dos Santos, aconteceu no dia 27 de setembro. A Missa foi presidida pelo bispo auxiliar da Arquidiocese de Goiânia, Dom Levi Bonatt o, que entregou as chaves do Sacrário e do Santuário ao novo reitor.

“Nomear um reitor é um ato ca-nônico em que a Igreja mostra não deixar seus fi lhos desamparados e busca prover a Igreja para que pos-sa melhor atender os fi éis. Sabemos da importância deste Santuário e, por isso, essa nomeação precisava ser rápida. O reitor é como se fosse o coração da Basílica e deve garantir a acolhida dos romeiros. Os centros de peregrinação são instrumentos im-

portantes da mensagem de Cristo e da Santíssima Trindade. Deus capa-cita os seus escolhidos. Por isso, acre-ditamos que o padre João Paulo fará um trabalho extraordinário. Conhe-cendo um pouco de sua capacidade, podemos dizer que este reitorado está em boas mãos”, afi rmou o bispo.

O Superior Provincial dos Reden-toristas de Goiás e presidente da As-sociação Filhos do Pai Eterno (Afi -pe), padre André Ricardo de Melo, também deu as boas-vindas ao novo reitor. “Nós, redentoristas, estamos presentes em todo o Brasil, espe-cialmente em Goiás há quase 126 anos. Hoje é dia de celebrar a nova missão do padre João Paulo, que, em seus 11 anos de sacerdócio, sempre se mostrou muito capaz das missões que lhe foram confi adas. Um homem

Santuário do Divino Pai Eternoacolhe novo reitor

de oração. Tenho certeza de que o Santuário está em boas mãos. A você, padre João Paulo, nosso total apoio. Confi o a você, a Mãe do Belo Amor, que ela o ampare sempre e que Santo Afonso, nosso fundador, seja seu espelho e inspiração. Vamos continuar fi rmes, fortes e alegres na esperança. Somos um corpo missio-nário a serviço da Igreja. Você não está só, conte conosco, missionários redentoristas”, pontuou.

Durante a celebração, o novo rei-tor fez o Juramento de Fidelidade, recebeu o livro dos Evangelhos, fez a Profi ssão de Fé e a renovação das promessas sacerdotais. Feliz com a nova missão, padre João Paulo afi r-mou ser uma honra estar à frente dos trabalhos pastorais do Santuá-rio. “Saudação aos meus confrades,

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à minha família que está presente e a todos os devotos, romeiros que nos acompanham. O Santuário é uma porta aberta para a evangeliza-ção, para acolher os peregrinos que aqui chegam para que eles possam sair e testemunhar o amor do Pai Eterno por onde forem. O Santuário tem o importante dever de manter viva a fé popular. Todo peregrino, aqui, deve se sentir em casa, deve encontrar acolhida e consolação nas palavras dos sacerdotes. Uno-me nesta missão para, em comunidade, realizar o meu ofício. Rezem pelos redentoristas! Crendo juntos, pode-remos continuar a fazer com que o amor do Divino Pai Eterno chegue mais longe”, afi rmou o novo reitor.

Fonte: Lívia Máximo/Afi pe

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“Muitos são chamados, maspoucos são escolhidos” (Mt 22,14)

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8 LEITURA ORANTE

Siga os passos para a leitura orante:

Texto para oração: Mt 22,1-14 (páginas 1376 – Bíblia das Edições CNBB).

1. Preparação: recolha-se em um lugar silencioso. Faça, com calma, o sinal da cruz e peça o auxílio do Divino Espírito Santo.

2. Leitura atenta da Palavra: leia o texto bíblico em voz alta e sem pressa. Repita os trechos que chamaram sua atenção.

3. Oração: louve ao Divino Pai Eterno por convidá-lo para o seu Reino.

4. Ação: a Palavra de Deus é viva e efi caz (cf. Hb 4,12). Ela transforma nossa vida. Comprometa-se a oferecer o seu melhor a Deus e a não julgar os seus irmãos.

28º Domingo do Tempo Comum – Ano A. Liturgia da Palavra: Is 25,6-10a; Sl 22 (23), 1-3a.3b-4.5.6 (R/. 6cd); Fl 4, 12-14.19-20; Mt 22,1-14 (Convite às núpcias).

Liturgia da Semana: 2ª-f.: Gl 1,6-12; Sl 110(111); Lc 10, 25-37. 3ª-f.: Gl 1,13-24; Sl 138(139); Lc 10,38-42.4ª-f.: At 1,12-14; Lc 1,46-55; Lc 1,26-38. 5ª-f.: Gl 3,1-5; Cânt. Lc 1,69-75; Lc 11,5-13. 6ª-f.: Gl 3,7-14; Sl 110(111); Lc 11,15-26. Sábado: Gl 3,22-29; Sl 104(105); Lc 11,27-28. Domingo: 28º Domingo do Tempo Comum – Is 25,6-10a; Sl 22(23); Fl 4,12-14.19-20 Mt 22,1-14. (Convite às núpcias).

No próximo domingo, o Senhor nos chama para participar da sua fes-ta, do seu banquete. O Senhor quer que participemos do seu convívio.

E como ele demonstra isso? Por meio da pa-rábola do banquete de casamento e o traje de festa.

Jesus diz, nessa parábola, que um rei deu um banquete por ocasião do casamento de seu fi lho, mas os convidados não foram. En-tão, o rei mandou que todas as pessoas en-contradas pelo caminho fossem chamadas. É o Reino de Deus que se alarga para todos!

Contudo, existe também um drama nes-sa parábola: um dos convidados não se ves-tiu adequadamente para o banquete. O rei mandou que fosse colocado para fora da festa. Momento tenso, não?

Com essa parábola, Jesus nos dá duas li-ções. A primeira é que o convite ao Reino é aberto a todas as pessoas. Cabe ao Rei julgar quem permanece ou sai da festa. A segunda lição deriva da situação do homem mal ves-tido. Ele não é daqueles que têm precedên-cia. Sua presença é pura generosidade do Rei. Não precisamos ter tudo para estar na festa do Reino, mas, na nossa pobreza, nos apresentar com o melhor que temos.

VALDEIR GOMES NEVES (SEMINARISTA)Seminário Interdiocesano São João Maria Vianney

SEMANA NACIONAL DA VIDACelebração, lives e subsídio

De 1º a 7 de outubro, a Igreja no Brasil celebra a Semana Nacional da Vida (SNV), culminando com o Dia do Nascitu-ro, no dia 8. Neste ano, o tema da Semana retoma a Cam-panha da Fraternidade, “Vida: dom e compromisso”. A data celebra o direito à proteção da vida, à saúde, à alimentação, ao respeito e a um nascimento sadio. O objetivo é suscitar a consciência do sentido e o valor da vida humana em todos os seus momentos. A Comissão Nacional da Pastoral Fami-liar (CNPF – CNBB), promotora da SNV, está disponibilizan-do, gratuitamente em seu site, o subsídio Hora da Vida, com roteiros para encontros celebrativos e de re� exão sobre a te-mática. Prestigie a programação nacional, que inclui celebra-ção e lives. Con� ra no site: cnpf.org.br

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