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AP3 8º 2011-10-02 10 PONTOS Leia o fragmento de texto abaixo e responda as questões 1, 2, 3 e 4. Todo aquele ano, os bichos trabalharam feito escravos. Mas trabalhavam felizes; não mediam esforços ou sacrifícios, cientes de que tudo quanto fizessem reverteria em benefícios deles próprios e dos de sua espécie, que estavam por vir, e não em proveito de um bando de seres humanos, preguiçosos e aproveitadores. Na primavera e no verão, enfrentaram uma semana de sessenta horas de trabalho e, em agosto, Napoleão fez saber que haveria trabalho também nos domingos à tarde. Esse trabalho era estritamente voluntário, porém o bicho que não aceitasse teria sua ração diminuída pela metade. Mesmo assim, ficou alguma coisa por fazer. A colheita foi pouco menor que a do ano anterior, e duas lavouras, que deveriam receber nabos no início do verão, não foram plantadas por não ter sido possível ará-las a tempo. Era fácil prever que o inverno seria bastante duro. (Fragmento da obra A Revolução dos Bichos, de George Orwel) 1. Considerando o fragmento de texto, é correto afirmar que (0,5 pt) a) ele pertence ao gênero narrativo. b) o autor estabelece uma relação de companheirismo entre homens e animais. c) as animais estavam revoltados com a exploração. d) ele denigre a imagem dos animais, pois os coloca como preguiçosos. e) Napoleão, com toda a certeza, é um animal. 2. Considerando o primeiro parágrafo do fragmento, marque a alternativa INCORRETA.(0,5 pt) a) Na passagem Mas trabalhavam felizes, pode-se substituir mas por porém, sem que se altere o sentido do enunciado. b) sua espécie remete a bichos da primeira linha. c) O uso da palavra bando está empregada equivocadamente, já que é impossível se referir à espécie humana desse modo. d) Há uma relação contraditória entre ―Mas trabalhavam felizes e trabalharam feitos escravos‖, que é resolvida no desenvolvimento do parágrafo. e) deles próprios e dos da sua espécie têm um mesmo referente: os bichos. 3. De acordo com o segundo parágrafo do fragmento, marque a alternativa correta. (0,4 pt) a) Ele dá indícios de que os bichos trabalharam pouco, o que fica comprovado na passagem A colheita foi um pouco menor. b) ará-las remete a palavra nabo. c) O fato de os bichos trabalharem sessenta horas e no domingo à tarde não estabelece relação com a passagem inicial trabalharam feito escravos. d) fez saber não tem o mesmo significado de comunicar ou informar. e) também permite inferir que os bichos já trabalhavam em outros dias da semana.

Ap3 8º 2011

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AP3 8º 2011-10-02 10 PONTOS Leia o fragmento de texto abaixo e responda as questões 1, 2, 3 e 4.

Todo aquele ano, os bichos trabalharam feito escravos. Mas trabalhavam felizes; não mediam

esforços ou sacrifícios, cientes de que tudo quanto fizessem reverteria em benefícios deles próprios e dos de sua espécie, que estavam por vir, e não em proveito de um bando de seres humanos, preguiçosos e aproveitadores.

Na primavera e no verão, enfrentaram uma semana de sessenta horas de trabalho e, em agosto, Napoleão fez saber que haveria trabalho também nos domingos à tarde. Esse trabalho era estritamente voluntário, porém o bicho que não aceitasse teria sua ração diminuída pela metade. Mesmo assim, ficou alguma coisa por fazer. A colheita foi pouco menor que a do ano anterior, e duas lavouras, que deveriam receber nabos no início do verão, não foram plantadas por não ter sido possível ará-las a tempo. Era fácil prever que o inverno seria bastante duro.

(Fragmento da obra A Revolução dos Bichos, de George Orwel)

1. Considerando o fragmento de texto, é correto afirmar que (0,5 pt)

a) ele pertence ao gênero narrativo. b) o autor estabelece uma relação de companheirismo entre homens e animais. c) as animais estavam revoltados com a exploração. d) ele denigre a imagem dos animais, pois os coloca como preguiçosos. e) Napoleão, com toda a certeza, é um animal.

2. Considerando o primeiro parágrafo do fragmento, marque a alternativa INCORRETA.(0,5 pt)

a) Na passagem Mas trabalhavam felizes, pode-se substituir mas por porém, sem que se altere o sentido do enunciado. b) sua espécie remete a bichos da primeira linha. c) O uso da palavra bando está empregada equivocadamente, já que é impossível se referir à espécie humana desse modo. d) Há uma relação contraditória entre ―Mas trabalhavam felizes e trabalharam feitos escravos‖, que é resolvida no desenvolvimento do parágrafo. e) deles próprios e dos da sua espécie têm um mesmo referente: os bichos. 3. De acordo com o segundo parágrafo do fragmento, marque a alternativa correta. (0,4 pt) a) Ele dá indícios de que os bichos trabalharam pouco, o que fica comprovado na passagem A colheita foi um pouco menor. b) ará-las remete a palavra nabo. c) O fato de os bichos trabalharem sessenta horas e no domingo à tarde não estabelece relação com a passagem inicial trabalharam feito escravos. d) fez saber não tem o mesmo significado de comunicar ou informar. e) também permite inferir que os bichos já trabalhavam em outros dias da semana.

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4. Marque a alternativa INCORRETA. (0,5 pt) a) e, e e também, da primeira e segunda linhas do segundo parágrafo, são elementos que estabelecem uma relação de soma entre as partes que ligam. b) que estavam por vir possui referente direto no texto, pois que se trata de bichos, mesmo que estejam por vir. c) Alguma coisa não poderia ser substituído por pouca coisa, pois alteraria o sentido do enunciado. d) A predominância de flexões verbais na terceira pessoa do plural deve-se a palavra bichos, que e retomada elipticamente no decorrer do fragmento. e) estritamente deixa margens para duvidas sobre o trabalho ser ou não voluntario.

A VERDADE E A PARÁBOLA

Um dia, a Verdade decidiu visitar os homens, sem roupas e sem adornos, tão nua como seu próprio nome. E todos que a viam lhe viravam as costas de vergonha ou de medo, e ninguém lhe dava as boas-vindas. Assim, a Verdade percorria os confins da Terra,

criticada, rejeitada e desprezada. Uma tarde, muito desconsolada e triste, encontrou a Parábola, que passeava alegremente, trajando um belo vestido e muito elegante. — Verdade, por que você está tão abatida? — perguntou a Parábola. — Porque devo ser muito feia e antipática, já que os homens me evitam tanto! — respondeu a amargurada Parábola. — Que disparate! — Sorriu a Parábola. — Não é por isso que os homens evitam você. Tome. Vista algumas das minhas roupas e veja o que acontece. Então, a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola, e, de repente, por toda parte onde passava era bem-vinda e festejada.

5. Habilidades Leitoras

Ao ler o conto acima você deve ser capaz de apresentar as seguintes habilidades: (0,5 cd = 2,5 pts)

determine o conflito do conto a partir da identificação da relação entre os personagens;

Verdade e parábola

analise o comportamento a as ações da parábola; Verdade sem adornos, parábola com adornos.

identifique a mensagem do conto; A verdade INCOMODA.

Recupere narrativas do conto em que ser verdadeiro provoca problemas.

— Verdade, por que você está tão abatida? — perguntou a Parábola. — Porque devo ser muito feia e antipática, já que os homens me evitam tanto! — respondeu a amargurada Parábola.

resuma o conto Os seres humanos não gostam de encarar a Verdade sem adornos. Eles preferem-na disfarçada.

6. Leia a tira: (0,5 pt)

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http://oespacodasartes.blogspot.com/2010/05/estorias-de-terrir.html

Cebolinha caminha e observa algo diferente. Quando questiona a adversidade do seu pensamento, alguém

responde utilizando uma oração subordinada substantiva. Transcreva e classifique essa oração. Você queria que andássemos nus. Substantiva objetiva direta.

7. O conto de Ivanir calado fala sobre inveja e amizade. O texto a seguir aborda esse mesmo tema. Dele foram

retiradas algumas orações subordinadas importantes para sua compreensão. Leia-o e, depois de observar o contexto, descubra onde se deve inserir cada uma das orações abaixo. (0,2 cd = 1 pt) a) ―que, dentro desse grupo de 150, há uma série de círculos concêntricos de amizades: 5, 15, 50 e 150

pessoas, cada um com características diferentes‖; b) ―que esses círculos já haviam sido mencionados por filósofos como Confúcio, Platão e Aristóteles‖; c) ―150 é o máximo de amigos que uma pessoa consegue ter ao mesmo tempo‖; d) ―memorizar informações sobre aquela pessoa (desde o nome até os dados da personalidade dela)‖; e) ―Ter amigos‖.

(...)

Ter amigos só traz benefícios. Quanto mais, melhor. Não há um limite.(...) Estudos da Universidade de Oxford chegou a uma conclusão reveladora: 150 é o máximo de amigos que uma pessoa consegue ter ao mesmo tempo. 150 é o máximo de amigos que uma pessoa consegue ter ao mesmo tempo.

Para que você mantenha uma amizade com alguém, precisa memorizar informações sobre aquela pessoa (desde o nome até os dados da personalidade dela), que serão acionadas quando vocês interagirem. Por algum motivo, o cérebro não comporta dados sobre mais de 150 pessoas. Os relacionamentos que extrapolam esse número são inevitavelmente mais casuais. Não são amizades.Outros

(...) Ter amigos só traz benefícios. Quanto mais, melhor. Não há um limite.(...) Estudos da

Universidade de Oxford chegou a uma conclusão reveladora: 150 é o máximo de amigos que uma pessoa consegue ter ao mesmo tempo. 150 é o máximo de amigos que uma pessoa consegue ter ao mesmo tempo.

Para que você mantenha uma amizade com alguém, precisa memorizar informações sobre aquela pessoa (desde o nome até os dados da personalidade dela), que serão acionadas quando vocês interagirem. Por algum motivo, o cérebro não comporta dados sobre mais de 150 pessoas. Os relacionamentos que extrapolam esse número são inevitavelmente mais casuais. Não são amizades.Outros pesquisadores foram além e constataram que, dentro desse grupo de 150, há uma série de círculos concêntricos de amizades: 5, 15, 50 e 150 pessoas, cada um com características diferentes.

O curioso é que esses círculos já haviam sido mencionados por filósofos como Confúcio, Platão e Aristóteles.

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pesquisadores foram além e constataram que, dentro desse grupo de 150, há uma série de círculos concêntricos de amizades: 5, 15, 50 e 150 pessoas, cada um com características diferentes.

O curioso é que esses círculos já haviam sido mencionados por filósofos como Confúcio, Platão e Aristóteles

8. Considere este período composto: (0,2 cd = 1 pt)

Observe a oração subordinada substantiva destacada e, seguindo o exemplo do item a, responda às demais

perguntas. a) Ela pode ser predicativa?

Não, porque na oração principal não há verbo de ligação.

b) Ela pode ser subjetiva? c) Ela pode ser objetiva direta? d) Ela pode ser objetiva indireta? e) Se todas as respostas anteriores forem negativas, classifique a oração em destaque.

9. Leia estas definições: (0,2 cd = 1 pt)

a) Na primeira definição, o e tem valor semântico de adição ou de oposição? Oposição / mas. b) E na segunda, qual o valor semântico do e? De adversidade também. c) Nas duas ocorrências da terceira definição, essa conjunção tem o mesmo valor semântico? Não. No

primeiro caso, adição e no segundo fato contrário. d) Na quarta, o valor semântico do e é o mesmo nos dois casos? Justifique. Sim. Adição.

10. Descubra sete erros.(0,3 cd = 2,1 pts)

Paulinho e sua família foram morar num condomínio novinho. Não era de luxo, era de classe média alta. Paulinho estava feliz. Era um conjunto novo e quase ninguém morava, portanto não existiam muitas

crianças no condomínio. Paulinho descobriu que no Morro ,lá nas casas da rua acima, haviam muitas crianças e não teve dúvida, subiu e foi conhecê-los.

Os especialistas em robótica não têm dúvidas de que, no futuro, os robôs serão mais inteligentes que os humanos.

Relatividade Educação – é aquilo que nos faz olhar o bife maior e tirar o menor. Cinismo – é aquilo que nos faz olhar o bife menor e tirar o maior. Miséria – é aquilo que nos faz olhar o bife maior e o bife menor e não tirar nenhum. Gula – é aquilo que nos faz olhar o bife maior e o bife menor e comer os dois.

Max Nunes, O pescoço da girafa.

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Assim, foram passando os dias e Paulinho já parecia mais morador do Morro do que do conjunto. Vivia feliz, e não entendia como as crianças lá em cima brincavam apenas com uma bola de plástico. Esse foi o assunto abordado no jantar.

-Filho essas crianças são felizes. Elas brincam ao ar livre, elas tem criatividade para inventar as brincadeiras e você esta aprendendo a ser criativo com elas.

Às vezes algumas crianças iam à casa de Paulinho para conhecer e aprender jogar vídeo game e outros brinquedos eletrônicos. Paulinho contava na hora do almoço, ao pai de que brincava com as crianças: esconde-esconde, pick,empinar pipa e jogar futebol. Depois de alguns meses, novos moradores chegaram ao condomínio e trouxeram suas crianças. Paulinho estava muito feliz, mas nem tudo era perfeito. Um dia, Paulinho entrou chorando em casa e disse:

- Mãe, o Pai do Ricardo disse que não posso brincar com ele, porque sou favelado. Eu disse a ele que moro aqui também, mas ele não me ouviu por isso me mandou embora. Pois é meu filho, você lembra o que te ensinei há alguns dias?Isso se chama preconceito. Não ligue, continue subindo o Morro e vá brincar por lá. Você sabe o que é certo e errado, já te ensinei, logo não tem problema. Seja Feliz e não dê importância ao que pensem sobre você.O importante é o que somos, é o que você é. MORAL DA HISTÓRIA: ser feliz não significa ter, significa SER.

PRECONCEITO.

Paulinho e sua família foram morar num condomínio novinho. Não era de luxo, era de classe média alta. Paulinho estava feliz. Era um conjunto novo e quase ninguém morava, portanto não existiam muitas

crianças no condomínio. Paulinho descobriu que no Morro ,lá nas casas da rua acima, haviam muitas crianças e não teve dúvida, subiu e foi conhecê-los. Assim, foram passando os dias e Paulinho já parecia mais morador do Morro do que do conjunto. Vivia feliz, mas não entendia como as crianças lá em cima brincavam apenas com uma bola de plástico. Esse foi o assunto abordado no Jantar.

-Filho, essas crianças são felizes. Elas brincam ao ar livre, elas têm criatividade para inventar as brincadeiras e você esta aprendendo a ser criativo com elas.

Às vezes, algumas crianças iam à casa de Paulinho para conhecer e aprender jogar vídeo game e outros brinquedos eletrônicos. Paulinho contava na hora do almoço, ao pai de que brincava com as crianças: esconde-esconde, pick,empinar pipa e jogar futebol. Depois de alguns meses, novos moradores chegaram ao condomínio e trouxeram suas crianças. Paulinho estava muito feliz, mas nem tudo era perfeito. Um dia, Paulinho entrou chorando em casa e disse:

- Mãe, o Pai do Ricardo disse que não posso brincar com ele, porque sou favelado. Eu disse a ele que moro aqui também, mas ele não me ouviu por isso me mandou embora. Pois é meu filho, você lembra o que te ensinei há alguns dias?Isso se chama preconceito. Não ligue, continue subindo o Morro e vá brincar por lá. Você sabe o que é certo e errado, já te ensinei, logo não tem problema. Seja Feliz e não de importância ao que pensem sobre você.O importante é o que somos, é o que você é. MORAL DA HISTÓRIA : ser feliz não significa ter, significa SER.