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Aparelho de Apoio - Ponte

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Aparelho de Apoio - Pontes

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Page 1: Aparelho de Apoio - Ponte

APARELHOS DE APOIO

Prof. Ralf Klein, M.Eng.

Page 2: Aparelho de Apoio - Ponte

Aparelhos de apoioSUMÁRIO

1) Introdução2) Aparelhos de vinculação rígida3) Aparelhos de vinculação flexível4) Concepção da vinculação das pontes5) Dimensionamento de aparelhos de apoio

elastoméricos

6) Referências

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Aparelhos de apoioINTRODUÇÃO

� No caso das pontes em viga, que constituem a grande maioria das obras executadas, o cálculo da estrutura é usualmente dividido em superestrutura de uma lado e meso e infraestrutura de outro.

� A superestrutura é assimilada a uma ou mais vigas articuladas nos apoios através de aparelhos de apoio.

Desenho esquemático com indicação das principais partes de uma ponte em viga. (Stucchi, 1999)P

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Aparelhos de apoioINTRODUÇÃO

� Os aparelhos de apoio são peças de transição entre os vigamentos principais e os pilares ou encontros.

� Os aparelhos de apoio tem a função de transmitir as reações de apoio permitindo os movimentos das vigas.

� É importante prever maneiras de substituir os aparelhos de apoio.

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Aparelhos de apoioINTRODUÇÃO

Classificação dos aparelhos de apoio (seg. a sua rigidez):� Aparelhos de vinculação rígida.� Aparelhos de vinculação flexível.

Aparelhos de vinculação rígida� São aparelhos com os quais a superestrutura é rigidamente vinculada a

mesoestrutura relativamente a alguns movimentos e, praticamente livre relativamente a outros movimentos.

Aparelhos de vinculação flexível� No caso dos aparelhos de vinculação flexível a superestrutura é vinculada

elasticamente à mesoestrutura devido ao fato dos aparelhos de apoio serem feitos de elastômeros (borrachas sintéticas).

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APARELHOS DE VINCULAÇÃO RÍGIDA

Aparelhos de apoio metálicos.

� Superfície cilíndrica ou esférica para permitir o giro.� Superfícies planas para permitir os deslocamentos.� Superfícies revestidas com teflon – inox.

Aparelho de apoio metálico (Profip, 2008)

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APARELHOS DE VINCULAÇÃO RÍGIDA

Aparelhos de apoio metálicos (cont.)

Aparelho de apoio metálico que permite rotações em torno de qualquer eixo e deslocamentos em uma única direção (Profip, 2008)P

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APARELHOS DE VINCULAÇÃO RÍGIDA

Aparelhos de apoio de elastômero cintado.

� Constituídos de um vaso (panela) metálico preenchido com um disco elastomérico e um pistão (tampa) no topo.

� O elastômero quando sujeito a forças de compressão elevadas comporta-se similarmente a um líquido.

Fonte: MENDES, PUGA, ALVES, 2010.

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APARELHOS DE VINCULAÇÃO RÍGIDA

Articulação Freyssinet

� Idealizada por Freyssinet, o concreto na região estrangulada fica submetido a elevadas tensões em estado múltiplo de compressão. O concreto plastificado permite rotações significativas.

Fonte: MENDES, PUGA, ALVES, 2010. Representação do estado múltiplo de tensões de compressão numa articulação Freyssinet.

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APARELHOS DE VINCULAÇÃO RÍGIDA

Articulação Freyssinet (cont.)

� Largura: 10 a 20cm� Altura: ≅ 2cm� Concreto de fck ≥ 25 MPa� Lâmina de concreto apresenta

resistência superior ao do concreto utilizado devido ao efeito do cintamento propiciado pelas massas de concreto junto à lâmina.

� Concreto da lâmina se plastifica permitindo pequenas rotações da peça apoiada.

� Rótulas de concreto podem absorver forças horizontais até 25% da força normal atuante.

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APARELHOS DE VINCULAÇÃO RÍGIDA

Articulação Freyssinet(cont.)

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Rótula de concreto (articulação Freyssinet)

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� Pêndulos e rolos

Apoios móveis (Pfeil, 1988).

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APARELHOS DE VINCULAÇÃO RÍGIDA

� Pêndulos e rolos (cont.)

Apoios móveis (DNIT, 2004).

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APARELHOS DE VINCULAÇÃO RÍGIDA

Viga do edifício do MASP suportada por um apoio tipo pêndulo e uma articulação Freyssinet (Vasconcelos, 1992).

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� Articulação metálica

Rótula metálica

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� Articulação metálica (cont.)

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� Articulação metálica (cont.)

Articulação metálica

Ginásio de esportes de Barueri, SP

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APARELHOS DE VINCULAÇÃO FLEXÍVEL

Aparelhos de vinculação flexível

� No caso dos aparelhos de vinculação flexível a superestrutura é vinculada elasticamente à mesoestrutura devido ao fato dos aparelhos de apoio serem feitos de elastômero (borracha sintética).

� Em estruturas de pontes é usual a utilização de aparelhos de apoio elastoméricos fretados que intercalam placas de elastômero e de aço. Esta fretagem melhora o desempenho do aparelho em especial com relação as deformações verticais que são bem menores nos fretados.

Aparelho de apoio elastomérico: (a) não fretado, (b) fretado. (Pfeil, 1990)

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APARELHOS DE VINCULAÇÃO FLEXÍVEL

Aparelhos de vinculação flexível (cont.)

� A característica negativa dos aparelhos de apoio elastoméricos é a menor durabilidade destes relativamente à durabilidade das estruturas. Assim, é importante prever maneiras de substituir estes aparelhos de apoio.

Aparelho de apoio elastomérico fretado.

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DIMENSIONAMENTO DE APARELHOS ELASTOMÉRICOS

Propriedades mecânicas do neoprene.

� Módulo de elasticidade (longitudinal) do neoprene, En ≅ 3 MPa� Coeficiente de Poisson do neoprene, ν ≅ 0,5� Módulo de elasticidade transversal do neoprene,

Gn = En / 2 (1 + ν) ≅ 1 MPa� Resistência à compressão do neoprene, fcn ≅ 12 MPa

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DIMENSIONAMENTO DE APARELHOS ELASTOMÉRICOS

Propriedades mecânicas do neoprene fretado (cont.)

� As chapas de fretagem reduzem bastante as deformações transversais aumentando assim, a rigidez e a resistência à compressão dos aparelhos de apoio fretados.

� É necessário dispor de uma boa ligação elastômero x aço (atrito + adesão), obtida por ocasião da fabricação do aparelho (vulcanização).

� Módulo de elasticidade (longitudinal) do elastômero fretado,

� Ef ≅ 200 a 500 MPa� Resistência à compressão do elastômero fretado, fcf ≅ 60 a 80 MPa� Tensão de compressão admissível do elastômero fretado, σcf,adm ≅ 15

MPa

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DIMENSIONAMENTO DE APARELHOS ELASTOMÉRICOS

Propriedades mecânicas do neoprene fretado (cont.)

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Page 23: Aparelho de Apoio - Ponte

CONCEPÇÃO DA VINCULAÇÃO

O sistema de apoio das pontes em viga pode ser concebido:

a) Com aparelhos de vinculação rígida.Usualmente utilizados em obras de maior porte.

b) Com aparelhos de vinculação flexível.De aplicação frequente em obras de menor custo.

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CONCEPÇÃO DA VINCULAÇÃO

a) Com aparelhos de vinculação rígida

� Devido a rigidez da vinculação proporcionada pelos aparelhos de vinculação rígida é preciso cuidado para não impedir deformações inevitáveis como as decorrentes da variação de temperatura e devido a retração e deformação imediata e lenta de protensão.

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CONCEPÇÃO DA VINCULAÇÃO

a) Com aparelhos de vinculação rígida (cont.)

Por exemplo, para uma obra contínua com quatro apoios devemos observar:

� Não fixar mais que um ponto numa dada direção.

� Quase todo o esforço horizontal longitudinal aplicado à estrutura vai para os apoios em A. Não vai a totalidade da força devido ao atrito nos outros apoios.

Articulação fixa Articulação móvel unidirecional Articulação móvel multidirecional

Distribuição ortogonal dos aparelhos de apoio na ponte (Stucchi, 1999)

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CONCEPÇÃO DA VINCULAÇÃO

a) Com aparelhos de vinculação rígida (cont.)

� Para uma ponte em curva pode-se utilizar, por exemplo, o sistema de distribuição polar para os aparelhos de vinculação rígida.

Articulação fixa Articulação móvel unidirecional Articulação móvel multidirecional

Distribuição polar dos aparelhos de apoio na ponte (Stucchi, 1999)

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CONCEPÇÃO DA VINCULAÇÃO

b) Com aparelhos de vinculação flexível

� Com os aparelhos de vinculação flexível a liberdade de concepção é maior devido ao fato de se poder dosar a rigidez dos aparelhos de apoio. Assim, pode-se direcionar os esforços aos apoios na proporção que se deseja.

� A rigidez dos aparelhos de apoio flexíveis pode ser dosada através de suas geometrias.

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CONCEPÇÃO DA VINCULAÇÃO

b) Com aparelhos de vinculação flexível (cont.)

Por exemplo, para a obra contínua com quatro apoios (ex. anterior) teríamos:

� Pelo fato dos pilares em B e C serem altos é conveniente reduzir ao máximo os esforços horizontais nesses apoios.

� Isso pode ser viabilizado prevendo-se para B e C apoios suficientemente flexíveis em relação aos previstos para A e D.

Vista longitudinal da ponte apoiada em A, B, C e D (Stucchi, 1999)

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CONCEPÇÃO DA VINCULAÇÃO

b) Com aparelhos de vinculação flexível (cont.)

� A escolha dos aparelhos em A e D, porém, deve levar em conta que estes não sejam excessivamente rígidos para que as deformações decorrentes da variação de temperatura, retração e protensão não gerem esforços excessivos nesses encontros.

� É após definir os aparelhos em A e D que se devem definir aqueles para B e C, de modo que os apoios em B e C resultem mais flexíveis que os de A e D.

Vista longitudinal da ponte apoiada em A, B, C e D (Stucchi, 1999)

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Aparelhos de apoioREFERÊNCIAS

� FREITAS, Moacyr. Infra-estrutura de pontes de vigas. São Paulo: Edgard Blücher, 2001.

� MASON, Jaime. Pontes em concreto armado e protendido . Rio de Janeiro: LTC, 1977.

� PFEIL, Walter. Pontes em concreto armado : mesoestrutura, infraestrutura, apoios. vol.2, 4ªed. Rio de Janeiro: LTC, 1990.

� PROFIP. Catálogo : . São Paulo, 2008.

� STUCCHI, Fernando Rebouças. Pontes e grandes estruturas . Notas de aula da disciplina. São Paulo: Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 1999.

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