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PLANO DE DESENVOLVIMENTO PRELIMINAR APL DE FITOTERÁPICOS E FITOCOSMÉTICOS CIDADE PÓLO: MANAUS MANAUS SETEMBRO/2009

APL DE FITOTERÁPICOS E FITOCOSMÉTICOS€¦ · (set/2006), organizado pela SECT, se caracterizou como um balanço dos APL’s no Amazonas, incluindo apresentações e debates sobre

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PLANO DE DESENVOLVIMENTO PRELIMINAR

APL DE FITOTERÁPICOS E FITOCOSMÉTICOS

CIDADE PÓLO: MANAUS

MANAUS

SETEMBRO/2009

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Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos

SUMÁRIO 1. PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO 03 2. CONTEXTUALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO ARRANJO 05 3. SITUAÇÃO ATUAL 23

3.1. ACESSO A MERCADOS INTERNO E EXTERNO 25 3.2. FORMAÇÃO E CAPAC ITAÇÃO 29 3.3. GOVERNANÇA E COOPERAÇÃO 32 3.4. INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO 36 3.5. QUALIDADE E PRODUTIVIDADE 37 3.6. TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 40

4. DESAFIOS E OPORTUNIDADES DE DESENVOLVIMENTO 44 5. RESULTADOS ESPERADOS 49 6. INDICADORES DE RESULTADO 51 7. AÇÕES REALIZADAS E EM ANDAMENTO 53 7.1. AÇÕES REALIZADAS E EM ANDAMENTO, COMUM AOS DEMAIS

APL’S DO AMAZONAS. 59

8. AÇÕES PREVISTAS 64 8.1 AÇÕES PRIORITÁRIAS 64 8.2 AÇÕES COMUNS AOS DEMAIS APL’S DO AMAZONAS 66 8.3 DEMAIS AÇÕES PREVISTAS 67 9. GESTÃO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO 68 10. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO 70 REFERÊNCIAS 72 ANEXOS 74

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Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos

1. PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO

O Plano de Desenvolvimento foi elaborado a partir da parceria entre a SEPLAN, SDS,

SEPROR, SECT, IDAM, ADS, Prefeituras, UEA, SEBRAE/AM, SUFRAMA, EMBRAPA,

INPA, IPAAM, AFEAM, Banco da Amazônia, Banco do Brasil, entre outras instituições e

representações da sociedade civil organizada, que compõem o Núcleo Estadual de Arranjos

Produtivos Locais – NEAPL, relacionadas à cadeia produtiva do segmento econômico de

Fitoterápicos e Fitocosméticos.

A metodologia de trabalho se pautou em uma abordagem sistêmica de sensibilização e

mobilização do protagonismo local, por meio de reuniões, oficinas, seminários, etc,

possibilitando o resgate das informações acerca das intervenções realizadas e a realizar, como

também o levantamento da situação atual deste segmento que foi priorizado como APL em

outubro de 2001, quando do lançamento do Programa Plataformas Tecnológicas, momento

em que se avaliou a viabilidade da cadeia produtiva com os atores locais, visando fornecer

conteúdos para que o governo possa junto com os demais agentes econômicos, promover o

seu desenvolvimento sustentável.

Neste processo se buscou a identificação de diversos aspectos, em especial as

restrições que representam gargalos ao aumento da competitividade, a partir de uma

concepção de pesquisa para conhecer os diferentes fatores intervenientes e conceber processos

produtivos exemplares, não se reduzindo apenas a junção de várias áreas do conhecimento,

mas, sobretudo, estabelecendo um fluxo de aglutinação desses saberes, definindo-se como

norte a busca pela sustentabilidade.

A criação do Núcleo de Gestão Compartilhada - NGTC (2004), no âmbito da

Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia – SECT, interveniente nos projetos do MCT

desde 2003, se constituiu em um apoio vital, posto que tem a missão prioritária de apoiar a

manutenção e agregar novos recursos financeiros e, especialmente, gerar informações e

conhecimentos que contribuam para a gestão do plano e a transferência, para a economia

local, das soluções tecnológicas encontradas.

O “I Seminário de Arranjos Produtivos Locais e o Desenvolvimento Regional”

(set/2006), organizado pela SECT, se caracterizou como um balanço dos APL’s no

Amazonas, incluindo apresentações e debates sobre o status dos arranjos definidos como

prioritários. Segundo a diretriz do MDIC durante a Oficina de Orientação à Instalação de

Núcleos Estaduais de Apoio a APL’s – Região Norte (fev/2007), o APL de Fitoterápicos e

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Fitocosméticos, assim como os demais selecionados, deveria ser validado junto ao GTP APL,

no grupo dos cinco APL’s já priorizados.

Os municípios selecionados inicialmente levando-se em conta as indicações do

‘Plataformas Tecnológicas’, foram validados na Oficina Estadual de APL’s (maio/2007), os

quais são: Barreirinha, Manaquiri, Manaus, Presidente Figueiredo. Neste evento se

discutiu a formalização do Núcleo Estadual de Arranjos Produtivos Locais no Amazonas –

NEAPL/AM, a metodologia de trabalho e a necessidade de visitas aos APL’s. Na ocasião,

formou-se ainda o grupo de parceiros que se lançaram como membros e/ou indicaram outros,

a saber:

Governo Estadual/Municipal: Secretaria de Estado de Planejamento e

Desenvolvimento Econômico - SEPLAN; Secretaria de Estado da Produção Rural - SEPROR;

Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia - SECT e vinculadas; Fundação de Amparo à

Pesquisa do Estado do Amazonas – FAPEAM; Secretaria de Estado do Meio Ambiente e

Desenvolvimento Sustentável - SDS e vinculadas; Secretaria de Estado do Trabalho -

SETRAB; Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Amazonas - IDAM;

Universidade do Estado do Amazonas - UEA; Instituto de Proteção Ambiental do Estado do

Amazonas - IPAAM; Instituto de Pesos e Medidas do Amazonas - IPEM; Agência de

Desenvolvimento Sustentável - ADS; Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico

Local - SEMDEL/Prefeitura Municipal de Manaus – PMM, Associação Amazonenses de

Municípios - AAM.

Governo Federal: Superintendência do Desenvolvimento da Zona Franca de Manaus

- SUFRAMA; Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias - EMBRAPA; Universidade

Federal do Amazonas - UFAM; Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA;

Delegacia Federal da Agricultura no Amazonas/Ministério da Agricultura e do Abastecimento

- DFA/AM; Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis -

IBAMA.

Sistema S: Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas do Amazonas

SEBRAE/AM; Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo/Organização das

Cooperativas Brasileiras SESCOOP/OCB; Serviço Social da Indústria SESI / Instituto

Euvaldo Lodi - IEL.

Instituições financeiras: Banco da Amazônia; Agência de Fomento do Estado do

Amazonas - AFEAM; Banco do Brasil - BB; Caixa Econômica Federal - CEF.

Setor empresarial: Federação das Indústrias do Estado do Amazonas - FIEAM;

Centro da Indústria do Estado do Amazonas - CIEAM.

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Sistema C&T: Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica –

FUCAPI.

Representação dos trabalhadores: Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do

Amazonas – FAEA; Conselho Regional de Economia - CORECON; Conselho Regional de

Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA; Conselho Regional de Farmácia dos Estados

do Amazonas e Roraima - CRF/AM/RR; Conselho Regional de Química – CRQ.

A partida para a elaboração do PDP foi dada na I Reunião do Fórum (jun/2007), onde

foram encaminhados os seguintes assuntos: validação dos municípios; metodologia;

licenciamento ambiental; legislação especial; subsídios; programa de crédito;

associativismo/cooperativismo; levantamento de mercado; questionário.

Ficou acertado que as organizações deveriam informar as ações realizadas, fornecendo

indicativos de ações, estratégias e parcerias institucionais que venham culminar na

implementação de atividades, a partir da alocação de recursos, com o fim de promover a

redução das desigualdades inter-regionais e a inclusão social, gerando ocupação produtiva e

melhor nível de renda. Em julho de 2007, realizou-se a II Reunião do Fórum, em que se

definiram os municípios e a agenda de visitas.

Após esta definição, foram realizadas as visitas aos APL’s nas seguintes

datas/municípios:

17 e 18/07/07 – Manaquiri

24 a 27/07/07 – Presidente Figueiredo

01 e 02/08/07 – Manaus

Em resposta ao solicitado pelo NEAPL na III Reunião do Fórum (out/2007), as

instituições parceiras enviaram em dezembro/2007 as informações disponíveis, que foram

incluídas na versão 1.0, posteriormente remetida (março/2007) para as devidas correções e

consolidação das informações. Após aprovada, a versão final foi encaminhada ao GTP APL,

contendo um elenco de ações voltadas para o desenvolvimento sustentável do APL de

Fitoterápicos e Fitocosméticos no Amazonas.

2. CONTEXTUALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO ARRANJO

O avanço na investigação científica da maior biodiversidade do planeta existente na

Amazônia, por iniciativa dos agentes econômicos (empresas, governo e sociedade), se

constituiu em um forte apelo ao segmento nos últimos anos, a ponto de despertar entre os

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atores locais uma atitude proativa em prol da formatação de um arranjo produtivo local no

Amazonas.

Em 2001, o Governo do Estado iniciou um processo de implementação de políticas de

Ciência e Tecnologia, no Departamento de Ciência e Tecnologia, da antiga SEDEC -

Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (atual SEPLAN), que na ocasião se

apresentou como interveniente entre o Ministério da Ciência e Tecnologia - MCT e a

Fundação Centro de Análise e Pesquisa e Inovação Tecnológica – FUCAPI, na implantação

do Programa Plataformas Tecnológicas para a Amazônia Legal, que veio contribuir com o

processo, discutindo gargalos importantes na cadeia produtiva.

Embora esta iniciativa tenha representado uma ação relevante, a idéia de trabalhar em

prol do fortalecimento do segmento tomou força somente em 2002, durante a elaboração do

documento intitulado “Subsídios para Política Pública de Biotecnologia para o Estado do

Amazonas”, dentro do Programa Plataformas Tecnológicas, do MCT, induzindo a um

processo de envolvimento e negociação entre os participantes do setor produtivo,

universidades, centros de pesquisas, SEBRAE, SENAI, A EMBRAPA, etc., e o Governo

Estadual.

Este trabalho indicou as potencialidades de Arranjos Produtivos Locais (APL's) para a

geração de emprego e renda em diversos setores econômicos, entre eles, o da bioindústria

formado pelos segmentos de fitoterápicos, fitocosméticos e fitofármacos. Foi o resultado da

visão prospectiva de um grupo representativo de diversos segmentos sociais, da sua

consciência de cidadania, comprometimento e inabalável confiança na possibilidade de

concretização de um projeto, objetivando o desenvolvimento econômico baseado na

exploração sustentada dos recursos naturais da região.

Na reunião de lançamento e sensibilização realizada no dia 02/10/2001 de

Fitoterápicos e Fitocosméticos, foi debatida a Resolução nº. 17 da ANVISA no que se refere à

conceituação de Fitoterápicos e Fitocosméticos, etapas da cadeia produtiva, os gargalos

tecnológicos e não tecnológicos e ações possíveis para suas soluções.

Concluiu-se que a cadeia produtiva dessas plantas é composta pelas seguintes etapas

no processo produtivo: obtenção da matéria-prima vegetal; processamento da matéria-prima

vegetal; processamento do produto-acabado e mercado. Na ocasião, também foram

apresentados os gargalos na cadeia produtiva e instituições que poderiam resolvê-los:

a) Obtenção da matéria-prima vegetal:

• Legislação ambiental: IBAMA, IPAAM, MCT E SIPEAM;

• Certificação das matérias-primas: IBAMA, IPAAM, MCT, Bioamazônia e

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SIPEAM;

• Identificação botânica: INPA, Bioamazônia e UFAM - Curso de Farmácia;

• Identificação fitoquímica: INPA, UFAM, UEA e Bioamazônia;

• Controle de qualidade/Análises microbiológicas: INPA, UFAM, UEA e

Bioamazônia;

b) Processamento da matéria-prima vegetal:

• Identificação físico-química de insumo: INPA, UFAM, UEA e Bioamazônia;

• Pesquisa fitoquímica de marcadores: INPA, UFAM, UEA e Bioamazônia;

• Processo industrial na produção de insumos: UFAM e IPT;

• Testes necessários para validação e registro do insumo vegetal junto aos órgãos

sanitários

• UFAM, IPT, FAM, HMTM, HUGV, FUCAPI; SEDEC (atual SEPLAN),

ABIN e SEBRAE;

c) Processamento do produto-acabado:

• Capacitação de pessoal em formulações: UFAM, UEA, Bioamazônia e

FUCAPI;

• Controle de qualidade do produto-acabado – UFAM, UEA, Bioamazônia,

FUCAPI e SEDEC (atual SEPLAN);

• Capacitação de pessoal em “designer” embalagens e rótulos – FUCAPI,

UFAM, SEBRAE, SEDEC (atual SEPLAN) e SUFRAMA;

• Patentes – FUCAPI, UFAM, UEA, ABIN, Bioamazônia, SEBRAE, SEDEC

(atual SEPLAN) e SUFRAMA.

d) Mercado

• Selo de qualidade ambiental e social vinculado ao Amazonas – Certificação -

FGV, SEBRAE, FUCAPI, Bioamazônia, IBAMA, IPAAM e UFAM;

• Estudo de mercado - FGV, SEBRAE, FUCAPI;

e) Células de apoio ao estudo da cadeia produtiva.

• Criação da câmara técnica de fitoterápicos e fitocosméticos com a participação

das instituições envolvidas;

• Aquisição de publicações técnico-científicas para formação do acervo

bibliográfico necessário para apoio às diferentes atividades a serem

desenvolvidas na cadeia produtiva.

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Em uma segunda reunião realizada no dia 09/11/2001, selecionou-se 11 plantas que

deveriam ser priorizadas no APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos por serem promissoras, as

quais são:

Plantas Selecionadas como Fitoterápicas: Unha de gato – Uncaria tomentosa (Wild)

DC – Família Rubiaceae; Muirapuama – Ptychopetalum olacoides Benth – Família

Olacaceae; Pedra-hume-caá – Myrcia Citrifolia (Aubl.) Pers. – Família Myrtaceae; Chichuá –

Maytenus guianensis Klot. – Família Celastraceae.

Plantas selecionadas como Fitocosméticas: Mulateiro – Calycophylum spruceanum

(Benth) Hook F. ex. Schum. – Família Rubiaceae; Preciosa – Aniba canellila (H.B.K) Mez –

Família Lauraceae; Crajirú – Arrabidaea chica Verl. – Família Bignoniaceae; Cupuaçú –

Theobroma grandiflorum (Wild. Ex. Spreng) Schum. – Família Sterculiaceae; Buriti –

Mauritia flexuosa L. – Família Palmae; Patauá – Jessenia bataua (Mart.) Burret – Família

Palmae; Pau Rosa – Aniba duckei Kosterm. – Família Lauraceae.

Em reunião realizada no dia 06/05/2002 se definiu que o principal gargalo tecnológico

do APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos é o da validação, pois para que um produto desse

segmento possa ser inserido no mercado consumidor ele precisa ser validado e registrado

junto a ANVISA – Ministério da Saúde, e o processo de validação consiste em se realizar

diversos ensaios químicos, físico-químicos, microbiológicos, analíticos, toxicológicos e

farmacológicos, assegurando desta forma a segurança e a eficácia do produto em todas as

fases do seu prazo de validade, incluindo o armazenamento, a distribuição e o uso.

Nesta reunião chegou-se também a conclusão de que validar as onze plantas

selecionadas seria uma tarefa impraticável, decidindo-se então trabalhar com apenas três

plantas, as quais seriam escolhidas das 11 pré-selecionadas, e a decisão deveria ser com base

técnica, através de informações já existentes sobre a aplicabilidade e o uso, devendo ser

objeto de validação, as plantas que apresentassem o maior número de informações disponíveis

e com maior potencial fitoterápico e fitocosmético.

Em reunião realizada no dia 13/05/2002 apresentaram-se quais plantas estão mais

preparadas para serem validadas, sendo elas duas fitoterápicas e uma fitocosmética:

Fitoterápica: Muirapuama – Ptychopetalum olacoides Benth (Família Olacaceae) e

Chichuá – Maytenus guianensis Klot (Família Celastraceae).

Fitocosmética: Crajiru – Arrabidaea chica Verl. – Família Bignoniaceae.

Definiu-se também três coordenadores, sendo eles: Dr. Juan Revilla – INPA

(Botânica), Dr. Adrian Pohlit – INPA (Fitoquímica) e Dra. Maria Rosa Lozano Borrás –

UFAM (Toxicologia, Farmacologia e Microbiologia).

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Os coordenadores de cada área tiveram as funções de reunir, quem deveria estar

envolvido em cada área especificada acima para validar e elaborar conjuntamente o projeto

para cada uma das três plantas selecionadas, os quais seriam encaminhados para a agência

financiadora.

Em reunião realizada no dia 23/05/02, foram apresentadas pelos coordenadores quais

etapas deveriam estar presentes nos projetos em elaboração, para cada uma das áreas para que

os projetos atingissem a validação das três plantas, sendo eles:

Botânica: Revisão bibliográfica; Inventário botânico; Descrição macroscópica e

microscópica;

Distribuição geográfica;

Fitoquímica: Padronização qualitativa e quantitativa dos princípios ativos ou

marcadores; Padronização físico-química; Padronização da metodologia analítica; Formação

de um banco de padrões; Determinação de contaminantes (principalmente metais pesados).

Farmacologia, Toxicologia e Microbiologia: Atividade antidiabética; DL50;

Toxicidade sub-aguda; Toxicidade crônica; Exposição a músculo liso; Exposição a músculo

estriado; “Open field”; Pressão arterial; Coração; Atividade antiinflamatória; Ação

fertilizante.

Em paralelo a esta ação, se amadureceu a idéia de pleitear a criação de um pólo de

bioindústria, um projeto que deveria ser pensado pelos atores locais e construído em parceria

com o Governo do Estado. Assim, em 2003, o Governo do Amazonas, por intermédio da

SEPLAN, em seu Departamento de Micro e Pequenas Empresas – DEMPE – concebeu o

Programa de Distritos Industriais de Micro e Pequenas Empresas, que envolveria a construção

de vários distritos industriais para micro e pequenas empresas locais, objetivando a criação de

empregos, tanto no interior quanto na capital.

Em abril de 2004, a Fundação Nacional de Saúde, encaminhou ao Excelentíssimo

Governador do Estado, o “Relatório Final do I Seminário de Inserção de Fitoterápicos na

Assistência Farmacêutica do SUS”, que serviu de reforço ao pleito, manifestando o desejo

de todos os participantes de verem a proposta de criação do Pólo da Bioindústria do

Amazonas transformada em prioridade do Governo.

A partir de uma interlocução da SEPLAN junto a SUFRAMA, se obteve desta

instituição, a doação de um terreno localizado no Distrito Industrial II, para a construção do I

DIMPE, que incluiria em seu espaço o segmento de madeira-móvel e o de bioindústria.

Entretanto, sua construção neste local, foi inviabilizada, em função de o terreno apresentar um

acentuado desnível, o que exigiria um alto custo na terraplanagem, extrapolando a verba

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planejada e pleiteada junto ao Governo Federal, por meio da SUFRAMA, com contrapartida

do Governo do Estado.

Levando em consideração esta inviabilidade e por sugestão do arquiteto do projeto, os

atores definiram que os pólos poderiam ser construídos em terrenos separados e em outros

lugares. Nas reuniões de entendimento, se sugeriu que o Pólo Madeireiro poderia ficar em um

terreno situado no Tarumã e o da Bioindústria na Max Teixeira, Cidade Nova.

Como o recurso obtido da SUFRAMA não seria suficiente para a implantação

simultânea dos dois projetos, houve o direcionamento para o Pólo Madeireiro, em virtude de

apresentar um maior número de empresas envolvidas no pleito. Assim, o I DIMPE, com

ênfase no segmento de madeira-móvel, entrou em processo de construção, tendo sido

contemplado com o lançamento da pedra fundamental no dia 22/06/2006, data oficial do

inicio de sua obra.

Esta primeira obra exigiu a definição de novas estratégias para se implementar um

pólo de bioindústria no Amazonas, o qual poderia incluir a construção de 27 lotes de 1200 m2

cada, a partir de um investimento total estimado de R$ 9,38 milhões. A estratégia elaborada

definiu as seguintes concepções metodológicas: setores contemplados; conceitos norteadores;

estratégia de ação e metas.

Em 15 de dezembro de 2005, foi protocolado na SUFRAMA o Ofício no. 446/2005-

GS-DEMPE, encaminhando nova proposta de implantação de um parque de bioindústria no

Amazonas, que seria instalado em uma área de 67.342 m2 de propriedade do Estado, situado à

margem direita da avenida Max Teixeira, reservado verbalmente em reunião entre a equipe da

SEPLAN e do Conselho de Desenvolvimento Humano – CDH, com a presença da

excelentíssima Primeira Dama do Estado.

A SUFRAMA respondeu a este encaminhamento através de seu Ofício no. 1741/SAP,

de 23 de março de 2006, informando que em vista do projeto ter sido encaminhado no final do

exercício, não houve tempo hábil para apreciação do Grupo Técnico de Análise de Projetos de

Desenvolvimento Regional – GTAPDER, nem disponibilidade de recursos financeiros para

atendimento do mesmo naquele momento.

Posteriormente, em 20/jun/2006, a SUFRAMA informou ao representante dos

empresários do CIDE, por meio do Of. no. 4332/ CGDER-SAP, que o projeto em referência, o

qual foi objeto de uma audiência sobre o expediente da SEPLAN acima citado, se encontra

cadastrado e analisado, sendo considerado enquadrado nos critérios adotados pela instituição

para aplicação de recursos financeiros, não tendo sido atendido naquele exercício por

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restrições orçamentárias e financeiras, mas que ficaria aguardando somente o

descontingenciamento dos recursos pelo Governo Federal.

Desde então, os pleitos do segmento de bioindústria, incluindo as atividades do APL

em referência, passaram a ser conduzidos pela Câmara Setorial, por meio das propostas 001 e

002, apresentadas no anexo deste.

CARACTERIZAÇÃO

O fitoterápico é um medicamento obtido empregando-se exclusivamente matérias-

primas ativas vegetais. É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso,

assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Sua eficácia e segurança são

validadas através de levantamentos etnofarmacológicos de utilização, documentações técnico-

científicas e publicações ou ensaios clínicos fase 3. Não se considera medicamento

fitoterápico aquele que, na sua composição, inclua substâncias ativas isoladas, de qualquer

origem, nem as associações destas com extratos vegetais. (RDC nº48 de 16/03/04).

O foco no tema fitoterápicos surge da atenção mundial ao assunto e do potencial da

Floresta Amazônica em plantas cujos princípios ativos têm ação já comprovada ou ainda a

identificar para a saúde. A bioprospecção com o objetivo de localizar essas plantas interessa

ao setor farmacêutico e ao setor de cosméticos; o conhecimento tradicional da população local

dá pistas à prospecção.

O segmento de fitoterápicos e fitocosméticos tem sido alvo de interesse de

profissionais altamente qualificados, propiciando um índice elevado de pesquisas científicas

nos países desenvolvidos, fundamentais para o contínuo desenvolvimento e lançamento de

novos produtos. Estudos farmacológicos e experimentais estão disponíveis para as principais

plantas e seus derivados comercializados no país.

A divisão por classes terapêuticas dos fitoterápicos vendidos na União Européia está

em sintonia com as doenças que afetam sua população. Em termos de produtos por classe

terapêutica, na Alemanha, entre os 100 fitoterápicos mais prescritos, 29 são voltados para

desordens respiratórias e 19 para desordens do sistema nervoso central.

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Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos

INDICAÇÕES PARA OS 100 FITOTERÁPICOS MAIS PRESCRITOS NA ALEMANHA

INDICAÇÃO NO. DE

PRODUTOS VENDAS EM US$

MILHÕES Desordens do sistema nervoso central 19 345,38 Desordens respiratórias 29 143,27 Desordens do trato urinário 11 118,26 Desordens cardiovasculares 10 115,76 Desordens do estômago, intestino, fígado e trato biliar 10 82,03 Promoção de resistência à desordens 6 50,75 Desordens da pele e tecido conectivo 11 44,21 Desordens ginecológicas 4 17,34

Fonte: Blumenthal, M. 1998.

No âmbito regional o setor é composto de poucas empresas, de pequeno porte com

administração familiar e voltadas para o mercado regional. As receitas são obtidas de poucos

produtos, especialmente óleo de copaíba, óleo de andiroba e compostos à base de mel e

extratos vegetais. O nível de pesquisa ainda é baixo e basicamente orientado para adaptar,

para a região, produtos lançados no exterior. O desenvolvimento de produtos inovadores é

pouco relevante e a estratégia de lançamento de novos produtos segue as tendências do

mercado internacional.

Classes terapêuticas dos fitoterápicos vendidos na UE e principais doenças*

CLASSE TERAPÊUTICA % PRINCIPAIS DOENÇAS Cardiovascular 27,2 Sistema circulatório Respiratório 15,3 Câncer Digestivo 14,4 Sistema respiratório Tônico 14,4 Hipnótico / sedativo 9,3 Tópico 7,4 Outras 12,0 Fonte: Blumenthal, M. 1998. OMS, 1998. * Países desenvolvidos.

As empresas mais expressivas existentes no Estado – Amazon Ervas, Pronatus e S.A

Pharmacos e Cosméticos, – estão em pleno processo de expansão. Nos últimos anos,

investiram em novas plantas industriais. O Centro de Incubação e Desenvolvimento

Empresarial (CIDE) manteve no seu espaço e fora dele, como associada, as seguintes

empresas deste ramo: Essencial, Amazon Cosméticos, Magama Industrial, Extractamazonia,

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Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos

Pronatus, S.A Pharmacos e Cosméticos, Ajuri Florestal, Sohervas da Amazônia e a

Crodamazon.

Todas as empresas são de capital nacional privado. Apesar de não ser possível obter

informações patrimoniais, pode-se estimar que as empresas não possuem níveis elevados de

patrimônio líquido, podendo ser classificadas como de pequeno porte. Na maioria das

empresas a administração é concentrada no sócio-proprietário ou distribuída por sua família.

A tomada de decisão também passa exclusivamente pelos proprietários, mesmo nas empresas

que possuem estruturas funcionais mais organizadas.

A insistência do sócio-proprietário em querer atuar em todas as áreas e utilizar a

família como mão-de-obra tende a ser motivada pela contenção de custos e pela confiança.

Este estilo de administração pode não ser suficiente. A experiência verificada em algumas

empresas mostra que somente a contratação de pessoal especializado, notadamente para o

setor de vendas, permite superar as deficiências de estruturas familiares.

Vê-se na tabela que a evolução do faturamento nesta série não é muito representativa,

pois a base de empresas que informaram os valores não se repetiu em nenhum ano. Com base

nesses dados, estima-se um faturamento anual consolidado, para as empresas da região, de até

R$ 5 milhões. Os números de emprego total e na produção também tiveram nesta amostra a

base de empresas diferentes a cada ano. A análise individual mostra grande predominância da

relação de dois empregados na produção para cada três empregados da empresa. Em parte,

estes números refletem a tendência à concentração de funções pelos sócios-proprietários e de

familiares, os quais em algumas empresas não são considerados como empregados.

EVOLUÇÃO DO FATURAMENTO, EMPREGO NA PRODUÇÃO E EMPREGO TOTAL

DISCRIMINAÇÃO 1995 1996 1997 1998

Faturamento (R$ mil) 389,2 2.821,1 2.980,1 3.208,4

Emprego total 31 70 26 109

Emprego na produção 22 51 16 71

Número de empresas (em relação ao faturamento) 2 4 4 2

Grau de concentração da principal empresa N/A 65.6% 64.0% 70.2%

Fonte: SEPLAN. Dados consolidados.

As empresas do Amazonas investiram recentemente em novas instalações industriais e

em máquinas e equipamentos. A motivação básica foi a forte expectativa de crescimento das

vendas. Elas já estão pensando em novas expansões na própria cidade de Manaus. Outros

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investimentos tidos como importantes tem sido em treinamento de funcionários e em controle

de qualidade.A estrutura de custos foi obtida, confirmando as expectativas sobre a

importância das matérias-primas e mão-de-obra. Estes dois fatores são indicados pelas

empresas como sendo os custos mais influentes.

Os custos com embalagens são maiores que os custos de frete e despesas comerciais.

Cabe observar que o design de embalagens é fundamental para a atração dos consumidores e,

sem dúvida, este não é um item forte das empresas da região. Este ponto deverá receber mais

atenção caso a conquista de novos mercados se transforme em planos de investimentos. Os

investimentos e as operações tendem a ser financiadas com geração de caixa.

ORDEM DE IMPORTÂNCIA DOS CUSTOS

ORDEM CUSTO

1° Matéria-prima

2° Mão-de-obra

3° Embalagem

4° Despesas administrativas

5° Frete

6° Despesas comerciais

7° Manutenção dos equipamentos Fonte: SEPLAN

A procedência de cada matéria-prima é bem determinada. As plantas regionais e seus

derivados são comprados na própria região, principalmente Pará e Amazonas. O mel é do

Nordeste e em menor escala de Santa Catarina. As plantas não regionais e seus derivados são

compradas em São Paulo. Este estado também fornece insumos e serviços. Rio de Janeiro,

Pernambuco e Ceará também são fornecedores. Os serviços prestados exclusivamente em São

Paulo são o encapsulamento de óleos e a esterilização por raio gama.

ORDEM VANTAGEM COMPETITIVA

NÚMERO DE CITAÇÕES

1° Marca 6

2° Qualidade do produto 5

3° Preço 4

4° Canais de distribuição 4

5° Propaganda 4

6° Prazo de pagamento 3

7° Tecnologia 3 Fonte: SEPLAN

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As empresas da região concentram suas vendas em produtos à base de mel com

extratos vegetais, nas cápsulas de copaíba e nas cápsulas de andiroba. É provável que a

concorrência se instale na região quando empresas de estados vizinhos passassem a atuar

nestas atividades. Esta situação não está tão distante, já que elas vêm se preparando para isto.

Empresas com produtos que não possuem concorrência desfrutam de posições mais

confortáveis, com maiores possibilidades para manter ou aumentar suas margens de lucro.

As análises sobre vantagens competitivas mostram dois resultados diferentes. A marca

é a vantagem mais notada, seguida de qualidade. Este resultado demonstra a preocupação com

a imagem da empresa, através da marca e da qualidade do produto. A análise individual,

entretanto, revela outro aspecto. Apesar de não ser o mais citado, o preço foi considerado a

principal vantagem competitiva.

A possibilidade de novas concorrências tem de ser vista em dois níveis: produtos

regionais e produtos gerais. Os primeiros são produzidos por todas as empresas e são

basicamente derivados de copaíba, andiroba e guaraná. Neste nível, a concorrência será

basicamente entre as empresas da região e dificilmente envolverá empresas de outras regiões.

A entrada de novos produtores não deve ser esperada nas atuais condições. Nas empresas de

fora da região, os investimentos que as atraem, são relacionados à pesquisa de novos

medicamentos e cosméticos, e com o cultivo de plantas de interesse. Não se percebe intenções

de construção de novas unidades de produção, principalmente pelos aumentos de custos.

No nível dos produtos que a maioria do setor produz, como Ginkgo biloba, e

Equinácea, a concorrência envolve empresas de outras regiões, principalmente do Sul/Sudeste

e do exterior. Porém, atualmente somente as empresas do Amazonas têm condições de ter

uma linha de produtos tão abrangente. Elas têm a vantagem de menores custos de transporte e

de estarem mais perto dos consumidores, mas somente estes fatores são insuficientes para a

conquista do mercado.

Marca e preço são dois fatores decisivos na compra de um fitoterápico. Empresas

nacionais mais conhecidas ou produtos importados costumam transmitir uma imagem de

marca mais confiável, mesmo que não seja verdade, e podem conseguir até preços maiores.

Recursos financeiros e capacidade gerencial e de marketing serão decisivos neste nível de

competição.

Focando apenas a região amazônica, a pressão dos medicamentos como substitutos

dos fitoterápicos não é muito forte. O uso de plantas medicinais está enraizado na cultura

regional. Além disso, o custo de fitoterápicos é inferior aos dos medicamentos, fator

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significativo, considerando a baixa renda per capita regional atual. Estas vantagens não se

verificam com tanta intensidade em outras regiões, diminuindo a penetração do fitoterápico.

PARTICIPAÇÃO DOS DERIVADOS DE PRODUTOS NATURAIS NO FATURAMENTO TOTAL DA EMPRESA

PARTICIPAÇÃO NO

FATURAMENTO N° DE

EMPRESAS Baixa - < 30% 8 Média - entre 30% e 60% 0 Alta - > 60% 0

Fonte: SEPLAN

O levantamento das empresas do setor de fármacos e fitoterápicos localizadas fora da

região amazônica identificou o interesse pela utilização de produtos naturais da Amazônia e

as intenções de investimentos na região. A participação dos produtos derivados de produtos

naturais da Amazônia no faturamento total da empresa é baixa.

PRINCIPAIS MOTIVOS PARA A UTILIZAÇÃO DE PRODUTOS NATURAIS DA AMAZÔNIA

MOTIVO N° DE EMPRESAS

Demanda de mercado 8 Preço 0 Outros 2

Fonte: SEPLAN

Não se deve esperar que esta participação eleve-se para níveis apreciáveis no curto

prazo. O lançamento de fitoterápicos e suplementos nutricionais é dirigido pelo mercado

internacional, especialmente o americano e o alemão. As empresas nacionais costumam

copiar os produtos lançados no exterior, que geralmente não contém derivados de plantas

amazônicas. A demanda de mercado é o principal motivador para as empresas trabalharem

com produtos amazônicos. E não poderia ser diferente, já que os motivos para a não utilização

destes produtos são bem mais significativos.

A irregularidade no fornecimento de produtos é o principal problema para a rejeição

aos produtos amazônicos. A falta de estrutura de cultivo, quando viável, colheita e/ou coleta e

má distribuição são problemas que têm que ser solucionados para que sejam criadas

oportunidades de maior utilização destes recursos regionais.

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PRINCIPAIS MOTIVOS PARA A NÃO UTILIZAÇÃO DE PRODUTOS NATURAIS DA AMAZÔNIA

MOTIVO N° DE EMPRESAS

Falta de demanda 2 Preço 1 Baixa qualidade dos produtos 2 Irregularidade no fornecimento de produtos 4 Perda de qualidade dos produtos no transporte 1 Outros 5

Fonte: SEPLAN

Apoio à pesquisa nos centros e institutos, cultivo e incentivo aos produtores locais, são

as áreas de interesse. Os motivos são o maior controle de qualidade da matéria-prima e a

busca por novos medicamentos fitoterápicos e fitocosméticos. Entre os motivos alegados para

a falta de interesse em investir na região destacam-se a falta de infra-estrutura e de corpo

técnico.

Na relação dos produtos mais vendidos e suas origens, o óleo de copaíba é

predominante, sendo vendido em cápsulas ou componente de outros produtos, em especial

compostos de mel e xaropes. Esses compostos são muito procurados. São líderes de vendas

para a maioria das empresas. O óleo de andiroba também é destaque, e como o de copaíba,

pode ser encontrado em cápsulas ou componente de outros.

PRINCIPAIS MOTIVOS PARA NÃO INVESTIR NA REGIÃO AMAZÔNICA

MOTIVO N° DE EMPRESAS

Falta de infra-estrutura na região 3 Falta de corpo técnico na região 3 Aumento dos custos 2 Distância dos centros consumidores 1 Falta de mão-de-obra especializada na região 1 Outros 6

Fonte: SEPLAN

A linha de produtos das empresas é muito vasta. Algumas empresas têm mais de 150

produtos em seus catálogos. Esta variedade, entretanto, não representa a utilização da

biodiversidade amazônica. Ao contrário, a maioria dos produtos é derivada de plantas ou

materiais trazidos de outras regiões do país ou do exterior e mantém relação direta com o

consumo mundial de fitoterápicos e suplementos nutricionais.

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PRODUTOS MAIS VENDIDOS DERIVADOS DE PRODUTOS AMAZÔNICOS

PRODUTO ORIGEM

Cápsulas de óleo de copaíba - diversos fabricantes Óleo de copaíba

Mel para tosse - diversos fabricantes Mel, óleo de copaíba e outros extratos vegetais

Cápsulas de óleo de andiroba Óleo de andiroba

Xaropes Mastruz com leite de amapá, jucá, catuama, guaraná

Derivados de guaraná Guaraná Fonte: SEPLAN

O desenvolvimento de novos produtos é determinado pelo mercado. Como o

desenvolvimento interno é raro, as empresas monitoram o que está sendo lançado no exterior

e verificam as possibilidades de sucesso no país. Caso uma oportunidade seja identificada,

inicia-se o processo de adaptação para o mercado local. Na tabela a seguir, o número de

produtos utilizáveis (21) é pequeno comparado com o potencial da região, mas não é

inexpressivo, principalmente se comparado com os outros 97, independente da origem

geográfica, utilizados por empresas nacionais.

A preferência dos produtores de outras regiões também recai sobre produtos de plantas

medicinais que seguem a tendência mundial. Especificamente sobre produtos de plantas

amazônicas, existem dados referentes aos diversos tipos de produtos, procedência, finalidade,

destino da produção e número de empresas que os utilizam.

Informações sobre quantidades não são divulgadas pelas empresas, sendo muito difícil

estimá-las. O número de produtores que utilizam cada produto serve como indicador da

importância destes. Verifica-se que o guaraná é o produto mais procurado, sendo

transformado em fitoterápico ou sendo revendido e tem como destino os mercados nacionais e

internacionais.

O mercado internacional para produtos de plantas medicinais amazônicas ainda não é

muito expressivo. Foram identificados alguns fornecedores e produtores, principalmente nos

EUA. Baseado nesse aspecto, estimou-se os produtos mais comercializados nesse país.

O guaraná é o destaque, embora muito inferior se comparado com as plantas de maior

sucesso comercial. O Pau d'Arco, usado há anos como adstringente, antiinflamatório e

analgésico, tem seus constituintes químicos e ingredientes ativos bem documentados. A Suma

(Pfaffia paniculata, Ginseng brasileiro) é uma das mais efetivas para problemas femininos, pois

atua inicialmente como regulador dos sistemas endócrino, nervoso, muscular-esquelético e

digestivo, sendo classificada como um verdadeiro "adaptogen", já que se difere de outras

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plantas por poder ser utilizada com segurança diariamente. Sua ação é normalizadora ao invés

de estimulante ou inibitiva.

PRINCIPAIS PRODUTOS NATURAIS DA REGIÃO AMAZÔNICA

NO. DE PRODUTORES PRODUTO

NATURAL PROCEDÊNCIA FINALIDADE DESTINO A B Total

Guaraná Manaus/Belém AM/SP

Revenda Fitoterápico

Interno Exportação

20 3 23

Copaíba* Óbidos (AM) Maringá

Revenda Fitoteráp./Cosmético

Interno Exportação

9 9 18

Muirapuama* São Paulo Norte

Fitoterápico Revenda

Interno 11 2 13

Andiroba Anápolis Norte

Revenda Fitoteráp./Cosmético

Interno Exportação

4 8 12

Pedra ume caá* Norte Fitoterápico Interno 7 2 9 Pau d'Arco* Norte Fitoterápico Interno 6 2 8 Jaborandi Maranhão Fitofármaco

Cosmético Interno Exportação

5 2 7

Pata de vaca Manaus Fitoterápico Interno 4 2 6 Mastruz Norte Fitoterápico Interno 3 2 5 Urucum* S. José do Rio Preto Fitoterápico Interno 4 1 5 Imbaúba* Registro(SP) Fitoterápico

Revenda Interno 3 0 3

Ipecacuanha São Paulo Norte

Fitoterápico Revenda

Interno Exportação

3 0 3

Amapá Manaus Revenda Interno 1 2 3 Sacaca Manaus Fitoterápico Interno 0 3 3 Cumaru verdadeiro

Manaus São Paulo

Revenda Fitoterápico

Interno 2 0 2

Casca preciosa Manaus Revenda Interno 1 1 2 Jucá Manaus Fitoterápico Interno 1 1 2 Crajiru Manaus Fitoterápico Interno 0 2 2 Carapanaúba Manaus Fitoterápico Interno 0 1 1 Cipó miraruira Manaus Fitoterápico Interno 0 1 1 Cipó tuira Manaus Fitoterápico Interno 0 1 1

Fonte: SEPLAN, material de divulgação impresso e Internet. A: empresas fora da região amazônica B: empresas da região amazônica

As informações do comércio internacional não ajudam muito na tentativa de se estimar

valores para os produtos de plantas medicinais amazônicas. Informações sobre volumes de

extração, coleta ou de extratos são escassas e duvidosas1. Para agravar, as informações da

SECEX sobre o comércio exterior destes produtos são agrupadas em poucas contas,

inviabilizando a visualização de valores e volumes de produtos específicos.

1 As informações do IBGE sobre volumes de extração vegetal entre os anos de 1990 e 1996 apresentam distorções, como a pequena produção de óleo de copaíba no Estado do Pará e a inexistência de produção de urucum no Amazonas e no Pará.

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Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos

ESTIMATIVA DAS PLANTAS MEDICINAIS BRASILEIRAS MAIS NEGOCIADAS NOS EUA

PLANTA MEDICINAL N° DE

FORNECEDORES IDENTIFICADOS

N° DE PRODUTORES

IDENTIFICADOS Guaraná - Paullinia cupana 49 99 Pau d'Arco - Tabebuia impetiginosa 7 59 Suma - Pfaffia paniculata 29 46

Fonte: Catálogos de produtores e fornecedores e lojas virtuais de suplementos nutricionais.

Quanto aos fitocosméticos, podemos afirmar que são preparações constituídas por

substâncias naturais, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema

capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade

oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência,

corrigir odores corporais e ou protegê-los ou mantê-los em bom estado.

O Brasil exporta alguns produtos e, de forma inexplicável, importa outros, cujas

plantas dos mesmos são abundantes em nossa flora. Por exemplo, ainda se importa óleo de

eucalipto, cuja produção é relativamente grande no Sul, porém ligado mais à economia

informal, que de forma industrial, o que dificulta muito a avaliação deste produto. De maneira

geral, este produto tem um pequeno uso medicinal, sendo mais utilizado na indústria de

desinfetantes domésticos.

O País tem grande potencial para produção e exportação de óleos de palmeiras em

geral. Entretanto, falta uma política específica para o setor, impedindo o desenvolvimento de

segmento de mercado, que se concentra principalmente no interno, menos exigente em

relação à qualidade. A maior dificuldade de utilização desses óleos pela indústria de

cosméticos está na falta de métodos de refino e eliminação dos peróxidos, presentes na

maioria dos óleos naturais. Aparentemente estas dificuldades não se constituem em obstáculos

tecnológicos, uma vez que o Brasil dispõe de massa crítica suficientemente qualificada e

parque industrial capacitado para desenvolver a tecnologia necessária.

Outro aspecto importante é a significativa diminuição na produção de óleo de copaíba

entre 1984 e 1990, que pode ser atribuída à lenta degradação da árvore pelas madeireiras.

Apenas uma dezena de produtos desta classe foi registrada pelo IBGE, provavelmente devido

ao grande comércio informal existente neste segmento de mercado. Além disso, muitos desses

produtos também são utilizados fora da medicina, como por exemplo: o extrato do cumaru em

cosméticos, o óleo de eucalipto em domissaniantes, o extrato de barbatimão em curtume, etc.

Originário da coleta de resinas de várias espécies vegetais e misturado com cera,

provavelmente produzida pelas abelhas (Apis mellifera), a própolis é outro produto que

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merece um destaque, por ser muito usado pela medicina tradicional. O Brasil é atualmente o

maior produtor mundial, produzindo cerca de 100 t/anuais; entretanto, apenas 20% desta

quantidade são exportados legalmente (na forma de produto in natura e extratos em solução

alcoólica); a maior parte das 80 t restantes são exportadas no mercado negro, representando

um mercado ilegal de US$ 10 milhões/ano.

A indústria de cosméticos é composta de quatro segmentos principais: perfumes,

produtos para cabelos, maquiagem e cosméticos dermatológicos, corporais ou faciais,

incluindo os bronzeadores. A grande maioria das empresas vende uma marca, que simboliza

beleza ou elegância, e não desenvolve a própria tecnologia, recorrendo a centros de pesquisas.

O uso de extratos e óleos essenciais na indústria de cosméticos, e em particular, no

ramo de perfumes remonta a antiguidade. Com o desenvolvimento da química orgânica no

final do século XIX, começa-se a desvendar a composição dos mesmos. Como resultado

destas pesquisas a indústria de perfumes passou de 50 a mais de 1000 fragrâncias

sintetizadas.

O desafio na continuidade da síntese de novas fragrâncias consistia na volatilidade do

odor que se modificava quando do corte ou transporte das plantas. Nos anos de 1970, os

métodos de análise instrumental (cromatografia e espectrometria de massas) permitiram

captar as fragrâncias de plantas cortadas, reproduzindo quimicamente sua composição.

Na mesma década, a Givaudam Roure começou o programa para detectar estas

fragrâncias, utilizando-se de um sistema absorvente com carvão ativado, o Porapak e Tenax.

O faturamento da empresa somado o ramo das fragrâncias (51%) e dos aromatizados (49%)

atingiu 1,4 bilhões de francos suíços em 1997. As fragrâncias são destinadas a perfumes de

luxo, cosméticos, sabonetes e outros produtos domésticos.

Os aromatizantes são tanto naturais como aditivos sintéticos, voltados notadamente

para indústria de bebidas, alimentícia, farmacêutica, higiene oral e alimento natural. As

vendas da Givaudam Roure concentram-se nos EUA (39%) e Europa (37%). A Ásia absorve

16% e a América Latina apenas 8%. Atualmente a empresa está investindo para aumentar sua

capacidade em 50%.

A L’Oreal, por sua vez, patenteou e comercializou, em seus 30 anos de existência,

mais de 100 moléculas. É a líder internacional da indústria de cosméticos no registro de

patentes, com um total de 2.000 (sendo que 70% somente nos últimos cinco anos). É muito

provável que as duas empresas acima tenham obtido muitas de suas moléculas, na

biodiversidade Amazônica. Ambas investem entre 3 e 5% de seus faturamentos em pesquisas.

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Apesar das facilidades na bioprospecção, a expansão da demanda por produtos

naturais, reorientou parte da indústria de cosméticos para extratos e óleos essenciais. Segundo

a American Chemical Society e a Royal Society of Chemistry, as indústrias de cosméticos dos

EUA vendem cerca de US$ 18 bilhões por ano, dos quais 10% são de produtos com bases

naturais. A participação dos insumos naturais no valor de vendas é da ordem de 10%.

Neste contexto, a indústria de cosméticos foi buscar no conhecimento tradicional,

receitas para rejuvenecimento, hidratação e relaxamento da pele e dos cabelos. Os óleos

essenciais, por sua vez, transformam-se em géis e ganham novas embalagens. As principais

empresas de porte médio e grande que utilizam os produtos naturais são: Clarins, Yver

Rocher, Biotherm, Ushua, Rose Brier e Mahogany. Recentemente empresas como L’Oreal,

Esther Laudel e Clinique criaram linhas específicas de produtos com bases naturais.

Na Ásia, as japonesas Shiseido e Mitsubishi têm crescido muito nos últimos anos,

devido aos grandes investimentos nesta linha de bases naturais, principalmente com o uso de

antioxidantes naturais em seus cosméticos. O faturamento da Clarins demonstra a

potencialidade do mercado de cosméticos contendo bases naturais: atingiu 10 US$ bilhões em

1999, com crescimento anual médio de 10% na última década.

Em nível nacional e local apenas pequenas empresas comercializam cosméticos com

bases naturais, tais como a Natura, Boticário, Chamma e Juruá, além de farmácias de

manipulação. Segundo entrevista com empresários brasileiros do setor e exportadores, tem

havido uma grande procura da matéria-prima de bases naturais, como óleos e antioxidantes

flavonólicos, porém raras vezes concretiza-se uma venda para estas grandes empresas.

Os fatores apontados como entraves, são os clássicos de produtos naturais no Brasil:

dificuldades de fornecimento nas quantidades desejadas; fornecimento contínuo de matéria-

prima da mesma espécie vegetal; falta de controle de qualidade; excesso de peróxido nos

extratos de plantas amazônicas, sem a existência de unidades de purificação, para eliminação

ou redução destes elementos a níveis aceitáveis internacionalmente; e ausência de certificação

ambiental.

A relação da indústria de cosméticos com a biodiversidade se dá de duas formas

distintas:

I) associação ao extrativismo: mantém relação com o povo da floresta. Se trata de

insumos naturais para empresas de cosméticos tradicionais ou para especializadas em

produtos naturais. A produção em escala esbarra no arcaismo, exigindo a introdução de novas

formas de cultivo;

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II) bioprospecção de moléculas: baseia-se na sintetização química, muito semelhante

àquela desenvolvida pela indústria farmacêutica. Neste caso, requer-se a institucionalização

da coleta de materiais, em particular da flora, para evitar-se a biopirataria e/ou a extinção das

espécies incorporadas ao processo de produção.

O dinamismo do mercado dos óleos essenciais, pode ser ilustrado com a instalação da

Agronol, coligada ao grupo Santa Izabel, para a produção e extração de óleo de seis ervas

medicinais, com investimentos de US$ 2 milhões (Gazeta Mercantil, 5/4/98). Esta empresa

produz cerca de 12 t/mês de óleos em seus 300 ha cultivados, produzindo seis produtos, entre

os quais eugenol e geraniol voltados respectivamente, para os mercados farmacêutico e

cosmético. A Agronol importou algumas espécies da África, demonstrando a estrutura

institucional inadequada do setor biotecnológico no Brasil.

Entre os produtos da Amazônia que tem utilização segura na indústria de cosméticos,

e que têm tido constante procura no mercado, pode-se mencionar:

Óleo de copaíba: tem uma forte demanda no mercado de Manaus, como remédio

natural com amplo espectro de uso. Tem sido experimentado pela indústria de cosméticos,

mas a baixa tecnologia de cultivo e extração, o deixa dependente do puro extrativismo

predatório, tornando seu preço muito elevado e sua qualidade muito baixa, para sua utilização

e comercialização em maior escala;

Urucum: utilizado na indústria de alimento como corante natural, pode ser também

utilizado na indústria de cosméticos. Não tem sido estudado no Brasil para se descrever a

estrutura química de seus pigmentos;

Andiroba: planta de uso medicinal, cujo óleo é utilizado em medicina caseira para

fricção de tecidos inflamados, como repelente e na indústria de cosméticos como protetor

solar;

Pau-rosa: produz um óleo muito utilizado pelas indústrias de cosméticos

multinacionais como fixador de perfumes; tem sido explorado de forma predatória e está

fadado à extinção; tem sua comercialização proibida.

3. SITUAÇÃO ATUAL DO ARRANJO

Há mais de 40 anos atrás foi criada a Zona Franca de Manaus e, somente agora, é

possível afirmar que está consolidada, levando a sociedade amazonense a vislumbrar um

outro universo possível em que os recursos gerados em nosso Estado não sejam

exclusivamente do Pólo Industrial de Manaus, mostrando ao grande mercado mundial suas

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potencialidades e o quanto um arranjo produtivo neste setor poderá trazer de retorno social,

ambiental e econômico para o Amazonas, que possui, dentro da cadeia produtiva dos

fitoterápicos e fitocosméticos, quatro segmentos:

i. Fornecedor de matéria-prima

Extrativista: está num estágio de coleta predatória, por falta de conhecimento de

técnicas adequadas de manejo florestal e de cuidados com a qualidade e padronização do

produto. Trabalha de forma isolada.

Agricultor: baixa produtividade, falta de técnicas agrícolas mais adequadas para

obtenção de um melhor padrão de qualidade da matéria-prima. Trabalha de forma isolada.

ii. Usina de extração de óleo bruto

Extração de óleo de pau-rosa e copaíba, semente de andiroba, entre outras, e estão

situadas nos municípios do interior do Estado como Parintins, Itacoatiara, Presidente

Figueiredo, Borba, Carauri.

iii. Indústria de refinamento de óleos vegetais.

Lidam com a elaboração de produtos naturais como matéria-prima para a utilização

nas indústrias de cosméticos, alimentícias, farmacêuticas, fito-fármacos, dentre outras, como é

o caso da Magama Industrial Ltda. Tem como meta para 2002 a produção de óleos fixos

(andiroba, buriti, castanha do Brasil, cupuaçu, etc.); de óleos essenciais (copaíba, pau-rosa,

preciosa, etc.); e de extratos hidroalcoólicos (carapanaúba, unha de gato, urucum, camu-camu,

guaraná, etc.). Atualmente produz álcool neutro com grau alimentício para a Coca-Cola, com

uma capacidade produtiva de 15.000 litros/dias e extrato de guaraná com uma capacidade

instalada de 2.000 kg de material extraído/dia. Uma outra indústria que trabalhou com

produtos naturais voltados para a industrialização de cosméticos e farmacêuticos foi a

Crodamazon cujos produtos tropicais utilizados como matéria-prima foram: cupuaçu, buriti,

pequi, maracujá e castanha do Brasil.

iv. Indústria de fitoterápicos e cosméticos

Neste estágio tecnológico-industrial existem três empresas implantadas no Estado que

trabalham com fitoterápicos que são a Pronatus, a Amazon Ervas e a Phármacos. Também

neste estágio estão as empresas incubadoras que fazem parte do Centro de Incubação e

Desenvolvimento Empresarial (CIDE), localizado numa área de 12.000 m2 do Distrito

Industrial de Manaus. Fazem parte atualmente do CIDE onze empresas e dentre estas se

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destaca a Phytofarma do Amazonas uma indústria que trabalha com produtos nativos na

produção de fármacos e cosméticos. São utilizados como matéria-prima amor crescido,

jaborandi, crajiru, mangarataia, unha de gato, copaíba, urucum, entre outras. Também existem

empresas de perfumaria que além de utilizarem essências naturais, utilizam embalagens

artesanais feitas na própria região.

SEGMENTO PRINCIPAIS PRODUTOS PARA O MERCADO

Fitoterápicos xaropes; chás; ungüentos; emplastros; tinturas; cápsulas; pomadas; cremes; soluções; pós.

Fitocosméticos óleos fixos; extratos vegetais; óleos essenciais; corantes; xampus; cremes; sabonetes; colônias; perfumes; batons; maquiagens; desodorantes; dentifrícios; óleos; talcos; sais; loções.

Estudos de projeção para o Estado do Amazonas, segundo avaliação realizada pela

Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico – SEPLAN – sugerem

que em 10 anos, o Amazonas poderá estar participando do mercado com uma parcela de

US$20,8 bilhões de dólares, dos quais serão agregados na região US$11 bilhões de dólares

com a geração de 357.000 postos de trabalho, com uma receita de US$653 milhões de dólares

em impostos estaduais diretos e indiretos.

3.1 ACESSO AOS MERCADOS INTERNO E EXTERNO

O mercado internacional, em expansão há duas décadas sem sinais de

enfraquecimento, deve ser considerado contendo produtos semelhantes de conteúdo, mas

classificados de forma diversa, como fitoterápico e suplemento alimentar em países da União

Européia - UE e suplemento nutricional nos EUA. Estimativas citadas por Ferreira (1997),

apontam para um mercado mundial2 de US$ 12,4 bilhões, representando cerca de 5% do

faturamento do mercado mundial de produtos farmacêuticos.

Os valores estimados para o mercado norte-americano variam entre US$ 2 bilhões e

US$ 3,24 bilhões. Um estudo sobre as preferências do consumidor para avaliar o uso

potencial de produtos derivados de plantas indicou claramente a tendência de crescimento no

uso destes produtos entre pessoas que atualmente não os utilizam.

2 Desta estimativa não fazem parte a América do Sul, Central e África, tornando este valor abaixo do real.

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Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos

VENDAS DE SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS NOS EUA E FITOTERÁPICOS NA ALEMANHA

ESTADOS UNIDOS – 1997 ALEMANHA - 1996b

US$ milhões

US$ milhões

US$ milhões

US$ milhões

Ginkgo biloba

90,2 Evening Primrose oil

7,3 Ginkgo biloba

211,9 Stinging Nettle root

20,2

Ginseng 86,0 Cranberry 6,2 Hypericum 71,0 Ivy 19,1 Alho 71,4 Valerian 6,1 Horse Chest-

nut seed 51,2 Mistletoe 18,0

Echinacea/ Goldensealc

49,2 Bilberry 4,5 Levedura 33,0 Milk Thistle 16,8

Hypericum 47,7 Milk Thistle 3,0 Hawthorn 29,0 Bromelian pi-neapple enzyme

13,2

Saw Palmetto 18,3 Kava-Kava 2,9 Myrtle 27,0 Echinacea 10,8 Grapeseed extract

9,9 Saw Palmetto

24,4 Camomila 8,3

Fonte: Blumenthal, M. 1998. a - Monopreparados e prescritos. b - Conversão do marco alemão a US$ 1,80/DM, em 26/01/1998. c - Reflete as vendas individuais e em compostos.

Na UE, as vendas de fitoterápicos foram estimadas em US$ 7 bilhões. Esta estimativa

baseia-se nas informações acrescidas das taxas médias de crescimento. Os países que mais se

destacam são a Alemanha respondendo por US$ 3,5 bilhões, 50% do consumo e a França com

US$ 1,8 bilhão. Em termos per capita, a população alemã consome US$ 42,9 e a francesa

US$ 31,2 contra US$ 6,9 e US$ 6,4 da Grã-Bretanha e Holanda respectivamente. Na

Alemanha, os fitoterápicos correspondem a 30% do total de medicamentos vendidos.

A relação dos suplementos nutricionais vendidos em lojas de varejo, comida e drogas

nos EUA, e dos fitoterápicos monopreparados e prescritos na Alemanha, estão na lista de

vendas dos dois países. Ginkgo, erva São João, Saw Palmetto, Echinacea e Milk Thistle são

produtos líderes de vendas nos dois países.

A concentração de vendas em poucos produtos chama a atenção, contrastando com o

grande número de plantas medicinais com indicações terapêuticas conhecidas. Entre os

suplementos vendidos nos EUA, conforme a tabela acima, somente Goldenseal ainda não se

tornou objeto de pesquisas clínicas e farmacológicas, especialmente na Europa Ocidental.

Já o mercado brasileiro de produtos contendo exclusivamente princípios ativos de

origem vegetal, foi estimado3 em US$ 355 milhões, 5,5% do valor total das vendas de

medicamentos. Aplicando este percentual para as vendas de US$ 10,3 bilhões da indústria

farmacêutica em 1998 chega-se a uma estimativa de US$ 566 milhões.

As empresas responsáveis pelas maiores vendas de medicamentos trabalham pouco

com fitoterápicos. De uma amostra dos onze maiores faturamentos (o menor era de US$ 73 2 Ferreira et al., 1997

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Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos

milhões), apenas três empresas apresentaram percentuais acima de 20% para fitoterápicos.

Contrastando com esta situação, as sete empresas com mais de 30% do faturamento baseadas

nestes produtos apresentaram faturamento total abaixo de US$ 16 milhões.

As regiões Norte e Nordeste são os principais mercados para as empresas, em especial

os Estados do Amazonas, Pará e Amapá. A forte tradição de uso de plantas medicinais e

facilidade de acesso ao mercado são as razões mais citadas pelas empresas para a

concentração nestas áreas.

Penetrar nos mercados do Sul e Sudeste é objetivo de todas as empresas do Amazonas.

O principal obstáculo a ser vencido é a falta de recursos para marketing e divulgação. O frete

também é tido como obstáculo, mas não crucial. Assim, as dificuldades de penetrar em outros

mercados pressionam as empresas a concentrarem esforços nas regiões em que já atuam.

Exportação é meta de algumas empresas, embora não seja prioridade. Encapsulados e

produtos à base de mel são os produtos preferidos pelos importadores. Estas vendas ainda são

pouco representativas no seu faturamento.

Os canais de distribuição mais utilizados são as vendas diretas ao varejo, os

distribuidores e os atacadistas. Este perfil está de acordo com os mercados abrangidos pelas

empresas. A proximidade dos comerciantes torna a venda direta mais rentável e eficiente,

além de proporcionar maior acesso às informações sobre consumo e mudanças de

preferências. O uso de atacadistas e distribuidores está mais orientado para as vendas em áreas

fora das cidades das empresas.

As instituições capazes de realizar um trabalho de intervenção na questão da

acessibilidade aos mercados são:

Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SDS/Agência de

Desenvolvimento Sustentável - ADS

Tem a missão de formular, coordenar e implementar a política estadual de meio

ambiente e desenvolvimento sustentável, programas intersetoriais, dos recursos hídricos, da

fauna e flora, da gestão política estadual de florestas e de ordenamento pesqueiro, visando à

valorização econômica e a sustentabilidade dos produtos florestais, mediante ações de

fortalecimento das cadeias produtivas do setor florestal nos pólos de desenvolvimento

sustentável e implementação das ações de assistência técnica e organização dos produtos da

floresta. No APL em pauta, a SDS tem como representante, a Agência de Desenvolvimento

Sustentável – ADS – que substituiu a Agência de Florestas e a Agência de Agronegócios do

Estado do Amazonas, empresa pública de administração indireta do executivo, que tem como

missão executar as ações relativas ao trabalho e à política estadual de apoio ao

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Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos

desenvolvimento, integração e comercialização de produtos das diversas cadeias do setor

primário. A empresa tem personalidade jurídica de direito privado, com autonomia

administrativa e financeira, sendo vinculada à SEPROR.

Secretaria de Estado da Produção Rural - SEPROR

Instituição que tem como missão formular, coordenar e implementar a política de

desenvolvimento integrado da agricultura, pecuária, pesca e aqüicultura; executar o

planejamento da produção para implementação das cadeias produtivas; realizar estudos e

oferecer subsídios aos planos municipais; definir necessidades e apoiar a concessão de

fomento e fornecimento de infra-estrutura; implementar ações de ATER e de incentivo à

organização dos produtores através do associativismo e cooperativismo; organizar a produção,

apoiar as ações de comercialização e de reforma agrária, da defesa sanitária animal e vegetal e

da capacitação profissional. Especificamente neste APL, a SEPROR tem a missão de formular

as diretrizes de ação para a promoção do crescimento harmônico e competitivo dos segmentos

da cadeia produtiva de fitoterápicos e fitocosméticos, visando o desenvolvimento sócio-

econômico, equilíbrio do meio ambiente e bem-estar da sociedade.

Serviço de Apoio à Micro e Pequenas Empresas do Amazonas - SEBRAE/AM

O SEBRAE/AM tem as suas diretrizes políticas de fomento e apoio às micro e

pequenas empresas estabelecidas por um Conselho Deliberativo Estadual - CDE, composto

por 13 entidades representativas de diversos segmentos, entre elas: FIEAM, FAEA,

FECOMÉRCIO, ACA; IEL, UFAM, SUFRAMA, ADA, SEPLAN, AFEAM, Banco da

Amazônia, Banco do Brasil e o Sebrae Nacional. Sob a orientação do CDE, o SEBRAE/AM é

administrado por uma Diretoria Executiva, composta de um diretor superintendente e de dois

diretores operacionais. À Diretoria Executiva cabe o comendamento de todas as ações

desenvolvidas em prol das micro e pequenas empresas. O presidente do Conselho

Deliberativo Estadual, que deve ser sempre um representante do Comércio, da Indústria ou da

Agricultura, é eleito pelos seus membros para um mandato de dois anos, podendo ser

reconduzido. A Diretoria Executiva também é eleita pelos membros do Conselho.

Federação das Indústrias do Estado do Amazonas - FIEAM

Entidade de grau superior integrante do Sistema Confederativo da CNI - Confederação

Nacional da Indústria, constituída em agosto de 1960, tendo seu estatuto aprovado em maio

de 1961, quando foi expedida a Carta Sindical pelo então Ministro de Estado de Negócios do

Trabalho. Seu fundador e 1º. Presidente, Abrahão Sabbá, exerceu o mandato de diretoria

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Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos

provisória (agosto/1960 a maio/1961), quando foi eleita a 1ª Diretoria com mandato de

junho/1961 a outubro/1966. Hoje com 27 sindicatos filiados, a FIEAM compõe-se de

Diretoria, Conselho de Representantes, formado por dois delegados de cada sindicato filiado e

também de uma Diretoria Adjunta, consignada à competência do Presidente, escolhida dentre

os industriais e dirigentes da indústria, que compõem as Coordenadorias, que têm por

finalidade instruírem processos a serem levados para decisão final de diretoria. Integram o

Sistema FIEAM as entidades SESI-AM, SENAI-AM e IEL-AM.

Centro da Indústria do Estado do Amazonas - CIEAM

Instituição que tem por missão congregar as indústrias do Amazonas, representando,

defendendo e preservando os interesses das empresas associadas frente às entidades públicas e

privadas na busca de soluções e alternativas que visem o contínuo fortalecimento e

desenvolvimento do Pólo Industrial de Manaus. Visa ser uma instituição que gera soluções de

vanguarda, antecipando-se às mudanças do ambiente, através de pesquisas, estudos e

parcerias estratégicas, contribuindo para a melhoria da competitividade das empresas

associadas.

3.2 FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO

A valorização da vida humana será estimulada pelo desenvolvimento da ciência

através do fomento e incentivo a geração, absorção, implantação, adaptação e difusão de

projetos inovadores de cunho tecnológico, sempre considerando o homem como seu maior

beneficiário e detentor do forte componente etno-cultural dos povos tradicionais da Amazônia

com sua particularidade ao meio ambiente, permitindo a criação de oportunidades com a

eliminação dos entraves e que gerem renda, contribuindo assim em assegurar o seu

aperfeiçoamento contínuo e melhores condições de vida para as gerações atuais e futuras.

Tomando-se como base os produtores do Amazonas, pode-se afirmar que o nível de

conhecimento é baixo em relação a outros estados e pior quando se compara a outros países

mais eficientes. Um dos fatores é o baixo nível de capacitação técnica dos produtores, e a

precária assistência técnica. Assim, é necessário estimular novos conhecimentos sobre o uso

da biodiversidade, com a formação de uma nova geração de profissionais diferenciados com

visão inter, multi e transdisciplinar, que possam produzir conhecimentos, estabelecerem

bioindústrias, obterem produtos biotecnológicos novos, desenvolverem processos e

tecnologias de produção, conservação e validação da utilização terapêutica, cosmética e de

nutrição das plantas estudadas e que esses fatores interfiram positivamente no atual estágio de

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Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos

desenvolvimento econômico da sociedade amazonense. As instituições que deverão participar

neste aspecto são:

Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Amazonas - IDAM

Instituto vinculado a SEPROR responsável pela assistência técnica e extensão rural no

Amazonas, prestando serviços às comunidades rurais desde a década de 1970. Atualmente

conta com 30 escritórios instalados nos municípios do interior e na capital, constituindo um

quadro funcional de cerca de 500 funcionários oriundos de outras instituições: SEPROR,

EMATER, CODEAGRO, SEPA. A área de ATER deste plano está compreendida entre os

temas de responsabilidade do IDAM.

Universidade Federal do Amazonas - UFAM

Desde a sua criação em janeiro de 1909 recebeu várias denominações e mudanças

institucionais, sendo atualmente chamada de Universidade Federal do Amazonas. Oferece

atualmente 42 cursos de graduação, 11 de pós-graduação stricto sensu e 23 latu sensu. Possui

5 campi na cidade de Manaus e 6 no interior do Estado. A UFAM atua nos cursos de

graduação de Agronomia, Ciências Biológicas, Zootecnia e Engenharia Florestal. Atua

também por meio de cursos de pós-graduação, entre os quais: Mestrado em Sistemas

Agroflorestais; Mestrado em Ciências Ambientais; Mestrado e Doutorado em Agronomia

Tropical e Mestrado em Farmácia.

Universidade do Estado do Amazonas - UEA

Os fins institucionais que norteiam a UEA, na condição de academia amazônica,

colocam-na diante do desafio de democratizar o acesso dos amazonenses ao seu universo

discente e pelejar para a superação das racionalidades impermeáveis ao reconhecimento de

uma cultura da Região.

Assim, a UEA existe e interfere num contexto de transformação significativa dos

paradigmas de educação, de desenvolvimento e de civilização, tendo por base o

reconhecimento de uma pluralidade de modelos, de culturas, de espiritualidades e

diversificações socioeconômicas.

Ciência e tecnologia são ambas indispensáveis para atingir essas metas, mas os

resultados positivos somente podem ser alcançados por meio de uma reintegração da ciência e

da cultura, de modo a assegurar um sentido de finalidade, por meio de um enfoque

integrativo, com o objetivo de superar as fragmentações que conduziram a uma interrupção

nas comunicações culturais.

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Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos

Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo SESCOOP/Organização das

Cooperativas Brasileiras - OCB

A SESCOOP é o órgão executor da capacitação, monitoramento e promoção social. É

a interação entre a representação e a autogestão do cooperativismo brasileiro. Instituição

privada, sem fins lucrativos, integrante do Sistema “S”, criado pela Medida Provisória nº1715

de 03 de setembro de 1998 e o Decreto nº3.017 de 06 de abril de 1999 – vinculado à

Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB. Seus objetivos são:

• Organizar, administrar e executar o ensino, a formação profissional e a promoção

social dos trabalhadores e dos cooperados;

• Assistir as sociedades cooperativas na elaboração e execução de programas de

treinamento;

• Exercer a coordenação, supervisão e fiscalização da execução dos programas e

projetos de formação profissional e de Gestão em cooperativas.

A OCB é um órgão de representação do Sistema Cooperativo Brasileiro, sendo que no

Amazonas atua como sindicato e organização das cooperativas. É uma entidade patronal, sem

fins lucrativos e de duração indeterminada, fundada em 07/03/1973. Exerce a representação

política do cooperativismo do Amazonas e oferece suporte técnico e institucional para sua

organização, fortalecimento e defesa. Tem como visão ser a referência do cooperativismo

amazonense, garantindo ambiente favorável ao seu desenvolvimento. Seus objetivos são:

• Representar politicamente e integrar todos os ramos de cooperativas no Amazonas;

• Manter serviços de apoio na consolidação do ideal cooperativista, dentro e fora do

país e na formação de recursos humanos;

• Promover a integração e o fortalecimento do cooperativismo como setor relevante.

• Zelar pela doutrina e prática cooperativista, sem discriminações.

• Fomentar e orientar a constituição de cooperativas de todos os ramos;

• Prestar assessória técnica-consultiva ao Governo sobre questões do

cooperativismo.

Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas FAEA/Serviço Nacional de

Aprendizagem Rural - Administração Regional do Estado do Amazonas - SENAR

Entidade sindical de grau superior constituída para fins de coordenação, promoção,

defesa e representação dos interesses dos produtores rurais integrantes da categoria econômica

rural – Plano Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA Brasil. É a sucessora

da Federação das Associações Rurais. Seu patrimônio maior são os onze sindicatos rurais

filiados e também produtores rurais direta ou indiretamente representados por ela. Tem estado

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Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos

presente em todas as discussões que nortearam o processo de securitização de dívidas rurais e

encaminhado vários expedientes às autoridades, na condição de porta voz dos anseios da

categoria. Neste APL a FAEA tem o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural -

Administração Regional do Estado do Amazonas - SENAR-AR/AM como sua via de atuação,

posto que é uma instituição educacional, de direito privado, paraestatal, sem fins lucrativos,

vinculada a nível nacional à CNA e a nível estadual à FAEA. Foi implantado em 01/06/1993,

sendo administrado por um Conselho Administrativo que tem como presidente nato o titular

da FAEA, formado ainda por representantes da classe dos trabalhadores rurais, na pessoa do

Presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Amazonas - FETAGRI, do

SENAR - Administração Central e de dois representantes do setor produtivo. Seu objetivo é

organizar, administrar e executar a Formação Profissional Rural (FPR) e a Promoção Social

(PS) dos produtores e trabalhadores rurais.

3.3 GOVERNANÇA E COOPERAÇÃO

Cada vez mais a cooperação é condição necessária para a sobrevivência e o

desenvolvimento dos pequenos negócios, com o auxílio de mecanismos de coordenação e

intermediação dos múltiplos interesses e objetivos envolvidos. O programa de APL’s no

Amazonas que se encontra sob a coordenação do Núcleo Estadual de APL’s – NEAPL, criado

no âmbito da SEPLAN/AM, tem por finalidade desenvolver estratégias e ações que

possibilitem a consolidação e o fortalecimento de potenciais segmentos econômicos, por meio

da cooperação entre os atores locais, identificados a partir de seu envolvimento no setor, em

especial a pesquisa técnico-científica para a melhoria dos processos produtivos. Neste APL as

instituições vocacionadas ao tema são:

Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico - SEPLAN

Órgão que tem como área de atuação o desenvolvimento do sistema de planejamento

estratégico, bem como, coordenação das políticas públicas de desenvolvimento

socioeconômico do Estado do Amazonas, o cumprimento da legislação estadual e federal

relativas ao desenvolvimento econômico e planejamento estratégico. Também a elaboração, o

acompanhamento e a avaliação do plano plurianual, a formulação e a execução de estratégia

de crescimento econômico, contemplando a inovação tecnológica e a busca do pleno

emprego, estímulo à elevação da produtividade e dos salários reais, à dinamização das

empresas e à prosperidade dos seus municípios, articulação e cooperação entre Estado e

Sociedade, estabelecimento de negociações econômicas nos planos nacional e internacional

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Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos

visando investimentos estratégicos através da captação de recursos e cooperação técnica, a

formulação de políticas de incentivos fiscais e tecnológicos para o fortalecimento da

economia estadual, o apoio à implantação de empresas geradoras de emprego e renda, a

coordenação, assistência e supervisão ao Programa Nacional de Apoio a Modernização da

Gestão e do Planejamento dos Estados e do Distrito Federal – PNAGE/AM, e a realização de

estudos e pesquisas de acompanhamento da conjuntura socioeconômica para subsidiar a

formulação de políticas públicas, promover a inserção internacional, fomentar as relações

multilaterais ao desenvolvimento sócio-econômico, cultural e científico.

Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia e vinculadas - SECT

SECT foi criada para formular e gerir a política estadual de Ciência e Tecnologia -

C&T buscando articular os esforços de fazer com que o conhecimento produzido nas

universidades, nos centros de pesquisa e nos laboratórios, sejam revertidos em alternativas

eficazes para a promoção de um desenvolvimento sustentável, humano e solidário.

Superintendência de Desenvolvimento da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA

Autarquia vinculada ao MDIC, responsável pela administração dos incentivos fiscais e

pela atração de investimentos para a ZFM, Amazônia Ocidental e Áreas de Livre Comércio de

Macapá e Santana, no Amapá. A ZFM foi criada pela Lei No 3.173 de 6/6/1957. Dez anos

depois, o Governo Federal, por meio do Decreto-Lei no. 288, de 28/2/1967, ampliou e

regulamentou essa legislação, estabelecendo incentivos fiscais por 30 anos para implantação

de um pólo industrial, comercial e agropecuário, instituindo, assim, o atual modelo de

desenvolvimento. Em 15/8/1968, o Decreto-Lei No 365/68, estendeu esses benefícios a toda a

Amazônia Ocidental. No caso específico da produção de pescado, a SUFRAMA possui uma

Coordenação Geral de Análise e Acompanhamento de Projetos Agropecuários – CGPAG, que

tem como competência: I – implementar e coordenar as ações previstas na política da

SUFRAMA para o setor agropecuário na Amazônia Ocidental; II – analisar, acompanhar e

avaliar projetos técnico-econômicos de investidores que se estabelecem em sua área de

abrangência.

Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas - IPAAM

Tem por finalidade coordenar e executar as Políticas Estaduais de Meio Ambiente e de

Ciência e Tecnologia. É vinculado ao Governo do Estado, possuindo uma autonomia

administrativa financeira e tem por objetivo atender a sociedade em geral nas questões

ambientais. Responde pela Secretaria Executiva do Fundo Estadual de Meio Ambiente,

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Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos

Ciência e Tecnologia – FUMCITEC, e integra o Conselho Estadual do Meio Ambiente,

Ciência e Tecnologia COMCITEC, cabendo ao Governador do Estado do Amazonas a

presidência do mesmo. Possui estrutura organizacional composta por duas Diretorias voltadas

diretamente às Políticas Estaduais de Meio Ambiente e de Ciência e Tecnologia, e uma

Diretoria Administrativa-Financeira.

Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Local - SEMDEL/Prefeitura Municipal

de Manaus - PMM

A SEMDEL é um órgão do Executivo Municipal voltado para o incentivo do

empreendedorismo e geração de trabalho e renda nas zonas urbana e rural de Manaus. Realiza

um trabalho de capacitação e qualificação profissional voltado para pessoas que buscam

conhecimento, oportunidades de inserção no mercado de trabalho e que necessitam de

orientações para consolidar seus próprios empreendimentos. Suas competências são:

Instituir e gerir políticas e ações de desenvolvimento e apoio ao empreendedorismo

local, entre elas, as de orientação e capacitação empresarial; Promover o desenvolvimento de

novas tecnologias de produção em todos os setores da atividade empresarial; Promover e

incentivar a participação de empreendedores em feiras, congressos, seminários, exposições e

outros eventos; Gerenciar a articulação de políticas setoriais de desenvolvimento local;

Promover estudos e elaborar diagnósticos no seu âmbito de atuação, buscando definir

mecanismos de acompanhamento e avaliação das ações; Promover o desenvolvimento de

ações de terceirização e quarteirização; Coordenar ações e programas a cargo dos diversos

setores com impactos sobre o desenvolvimento local; Articular-se com o Estado, o Governo

Federal e instituições não governamentais para a promoção de iniciativas de desenvolvimento

local integrado e sustentável; Realização e divulgação de estudos e oportunidades de

investimento, assessoramento a empreendedores e oferta de infra-estrutura para a instalação e

ampliação de seus negócios; Promover a produção e a disseminação de informações

estratégicas sobre os mercados de trabalho e produtos das micro, pequenas e médias empresas

e da economia familiar; Promover a organização de arranjos locais; Promover o

desenvolvimento de organizações de micro finanças e da economia solidária; Exercer outras

atribuições necessárias ao cumprimento de suas finalidades.

Podemos destacar, entre as principais ações da SEMDEL os seguintes programa:

Universidade do Povo; Manaus Empreendedora; O Cultivo do Cupuaçu gerando trabalho e

renda na Comunidade N. S. de Fátima. A SEMDEL também administra feiras e exposições

em Manaus: Valorizando o Trabalho, Centro de Artes e Artesanato da Ponta Negra e a

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Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos

Exposição Indígena Pú Kaa – Mãos da Mata, projeto visionário e inédito que dá vez e voz às

comunidades indígenas que vivem na capital.

Superintendência Federal de Agricultura no Estado do Amazonas SFA/AM/Delegacia Federal

da Agricultura no Amazonas - DFA/AM/Ministério da Agricultura, Pecuária e do

Abastecimento - MAPA

A SFA/AM tem sob sua responsabilidade o conjunto de atividades diretamente ligadas

à inspeção, fiscalização e ao controle de produtos agropecuários, bem como as atividades de

fomento e desenvolvimento da produção agrícola, todas coordenadas pelo Serviço de Defesa

Agropecuária.

Sua missão é executar ações de controle e prevenção, através da inspeção e

fiscalização dos produtos e subprodutos agropecuários de forma a preservar a saúde animal,

vegetal e humana, assegurando qualidade e competitividade no mercado nacional e

internacional. Sua visão é alcançar o padrão de excelência na prestação de serviços,

destacando-se em nível nacional e internacional, através da melhoria no atendimento e

satisfação dos clientes.

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA

Criado em fevereiro de 1989, pela fusão de entidades brasileiras que trabalhavam na

área ambiental, o IBAMA é um órgão gerenciador da questão ambiental, responsável por

formular, coordenar, executar e fazer executar a Política Nacional do Meio Ambiente e da

preservação, conservação e uso racional, fiscalização, controle e fomento dos recursos

naturais renováveis, objetivos reforçados na Rio-92, quando a sociedade que vinha se

organizando nas últimas décadas pressionou as autoridades pela proteção ao meio ambiente.

Essas, preocupadas com a repercussão internacional das teses discutidas na Conferência

Mundial sobre o Meio Ambiente, determinaram em outubro de 1992, a criação do Ministério

do Meio Ambiente - MMA, órgão de hierarquia superior, com o objetivo de estruturar a

política do meio ambiente no Brasil.

Conselho Regional de Economia - CORECON

Tem por atribuição organizar e manter o registro profissional dos economistas,

fiscalizar a profissão, expedir as carteiras profissionais, impor penalidade à infração da

legislação profissional e cooperar com o COFECON em seu programa de trabalho, destinado

à valorização profissional.

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Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos

3.4 INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO

Neste aspecto se observa a necessidade de implantar um sistema de crédito com

recursos financeiros estaduais e federais e determinar um percentual específico para o setor

oriundo dos fundos constitucionais (estadual e federal), utilizando-se dos serviços das

seguintes instituições financeira:

Banco da Amazônia

O Banco da Amazônia é a principal instituição financeira federal de fomento com a

missão de promover o desenvolvimento da região. Possui papel relevante tanto no apoio à

pesquisa quanto no crédito de fomento, respondendo por mais de 60% do crédito de longo

prazo. Com sua atuação, se articula com diversos órgãos vinculados aos governos, através de

parcerias com diversas entidades, universidades, ong’s ligadas ao fomento sustentável e

representativas patronais ou laborais. Possui pontos de atendimento que cobrem toda a região,

cerca de 59% do território nacional. Além disso, opera com exclusividade o Fundo

Constitucional de Financiamento do Norte - FNO e ainda atende com outras fontes, como:

Banco Nacional de Desenvolvimento Social - BNDES, Fundo de Amparo ao Trabalhador -

FAT, Fundo da Marinha Mercante - FMM, - Fundo de Desenvolvimento da Amazônia - FDA,

Orçamento Geral da União - OGU e recursos próprios. Seus colaboradores também trabalham

pautados com a consciência de que são agentes de desenvolvimento sustentável, respeitando

princípios como: a ética, excelência, ousadia, criatividade, transparência, confiança,

rentabilidade e respeito ao ser humano. Dessa forma, busca novas alternativas de negócios

que utilizem tecnologias e suporte técnico para desenvolver a região favorecendo a criação de

novos produtos e serviços, mas alinhado com a sustentabilidade para garantir recursos para as

gerações futuras.

Agência de Fomento do Estado do Amazonas - AFEAM

Instituída como órgão da administração indireta, na modalidade de empresa pública

revestida da forma de sociedade anônima não bancária, a AFEAM tem como missão

concorrer para o desenvolvimento sócio-econômico, por meio de ações de apoio técnico e

creditício que propiciem a geração de emprego e renda e a melhoria da qualidade de vida do

povo amazonense.

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Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos

Banco do Brasil - BB

Fundado em outubro de 1808, o banco tinha a função de emissor de moeda. A

primeira utilização da denominação Banco do Brasil aconteceu já em 1808, resultado da

associação do seu ramo de atividade ao nome do país. Na mesma época, pode-se observar

diferentes configurações da marca Banco do Brasil em papel-moeda e documentos oficiais. E

a partir daí a marca BB tem simbolizado tradição, confiabilidade, seriedade, segurança e

credibilidade. Inicia-se uma história que se identifica fortemente com a história do país. Sua

missão é ser a solução em serviços e intermediação financeira, atender às expectativas de

clientes e acionistas, fortalecer o compromisso entre os funcionários e a empresa e contribuir

para o desenvolvimento do País.

Caixa Econômica Federal - CEF

A CEF é o principal agente das políticas públicas do governo federal e, de uma forma

ou de outra, está presente na vida de milhões de brasileiros. Isso porque é uma empresa 100%

pública que atende não só aos seus clientes bancários, mas a todos os trabalhadores formais

do Brasil, por meio do pagamento de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS,

Programa de Integração Social - PIS e seguro-desemprego; beneficiários de programas sociais

e apostadores das Loterias. Além disso, ao priorizar setores como habitação, saneamento

básico, infra-estrutura e prestação de serviços, exerce um papel fundamental na promoção do

desenvolvimento urbano e da justiça social no país, contribuindo para melhorar a qualidade de

vida da população, especialmente a de baixa renda. Sua atuação também se estende aos

palcos, salas de aula e pistas de corrida, com o apoio a iniciativas artístico-culturais,

educacionais e desportivas.

3.5 QUALIDADE E PRODUTIVIDADE

O desempenho do APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos deverá ser o resultado

efetivo dos esforços conjuntos a serem estabelecidos com os diferentes atores sociais de

desenvolvimento econômico, científico e governamental de forma que possibilite a partida

imediata do plano, resgatando o estoque de C&T vivenciado pelo Estado do Amazonas nos

últimos 50 anos.

A capacidade inovadora de uma empresa ou comunidade não depende pura e

simplesmente de sua capacidade (econômica) de investir em novas tecnologias, mas sim da

capacidade social, cultural e política de aplicar produtivamente e aproveitar socialmente os

resultados da pesquisa científica e tecnológica na melhoria da qualidade e da produtividade.

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Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos

Os processos de acumulação, descentralização e democratização do conhecimento

como pressupostos da inovação se refere à ação necessária das instituições de pesquisa, do

Estado e do setor produtivo. A promoção eficaz e efetiva desses processos resulta da ação

conjunta das instituições e depende da cooperação entre os agentes sociais, condição

indispensável da construção dos sistemas de inovação.

Produzir de modo a garantir a qualidade dos próprios produtos significa saber

produzir. Neste sentido, será importante prever atividades de formação dos recursos humanos

(empreendedores e empregados) envolvidos ou a serem envolvidos nos percursos de

qualidade delineados. Saber traçar o percurso do próprio produto ao longo do arranjo

produtivo, conhecer, saber interpretar e aplicar os disciplinários de produção que funcionarão

como documento base para a certificação, comporta na aquisição de determinados

conhecimentos normativos e técnicos. Dispor, portanto, de internal auditor e avaliadores para

efetuar visitas de inspeção será, outrossim, importante e neste sentido, imagina-se que

ocorrerá uma formação específica. Pode-se hipotisar a criação e distribuição de módulos

formativos com conteúdos de base e transversais sobre Sistemas de Qualidade e Certificação,

Rastreabilidade da Empresa e Auditor de Sistemas de Gestão para a Qualidade.

Sabe-se que certificar um produto significa agregar valor, que deverá ser percebido

pelo consumidor sob a forma de tipicidade e qualidade garantida, e por parte do produtor sob

a forma de um aumento do lucro. Para alcançar este resultado, deverá ser atuada uma

atividade de sensibilização do mercado (interno e exterior) e uma atividade de promoção

(participação em feiras/exposições, etc) a fim de permitir a máxima visibilidade dos produtos

certificados. Será importante desenvolver uma rede entre canais de comercialização e

distribuição local e nos mercados interessados na compra. Esta rede facilitaria a transferência

de boas práticas produtivas e encorajaria formas de parceria/participação na administração das

empresas amazônicas.

As instituições que deverão contribuir neste aspecto são:

Secretaria de Estado do Trabalho - SETRAB

A SETRAB possui a missão de aproximar o trabalhador das oportunidades do

mercado e novos nichos de trabalho e renda, fomentando a cultura do empreendedorismo,

valorizando os saberes e conhecimentos populares como forma de crescimento sustentável e

solidário. É desafio a atuação em conjunto com os demais órgãos, bem como com os

movimentos sociais e a classe patronal. Através do Sistema Público de Emprego – SINE/AM

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são disponibilizados os serviços de intermediação de mão-de-obra, qualificação social e

profissional e seguro-desemprego.

Nesse contexto, é preponderante salientar o esforço da SETRAB em criar, no âmbito

do SINE, sistemas de orientação e certificação profissional, com ênfase em melhores

direcionamentos aos jovens em busca do primeiro emprego, bem como reconhecer e certificar

trabalhadores (as) que desenvolvem determinados ofícios sem sequer terem tido a

oportunidade de freqüentar um curso de qualificação profissional. É uma proposta ousada,

porém, pertinente à inclusão social e produtiva.

E ainda, o Observatório do Trabalho encerra, de forma emblemática as tarefas

precípuas da Secretaria de Estado do Trabalho, cuja finalidade será efetivar o mapeamento

das vocações e potencialidades econômicas dos municípios e regiões do estado. Articulando

parcerias com os centros de conhecimento, pesquisa e extensão, a exemplo da Universidade

do Estado do Amazonas – UEA, SECT/FAPEAM, Universidade Federal do Amazonas –

UFAM, dentre outros, na busca de resultados e diagnósticos que balizarão a elaboração de

políticas de geração de emprego e renda.

Instituto Euvaldo Lodi – IEL/Serviço Social da Indústria - SESI

Integrante do sistema S, por sua vinculação ao SESI, o IEL iniciou suas atividades

com a missão de lançar programas e atividades de capacitação empresarial voltados à solução

de problemas empresariais e tecnológicos. De 1998 até hoje, passou a realizar programas e

atividades relacionados ao fomento da competitividade, inovação tecnológica,

desenvolvimento regional, empreendedorismo e cooperação internacional. O IEL encontra-se

nas 27 unidades federativas e, no tema APL, tem por objetivo promover o desenvolvimento

de regiões de forma sustentada, disseminando e implantando metodologias e ferramentas que

observam as características e vocações locais para incentivar a inovação e dinamizar a

atividade empresarial. Suas estratégias para atuação em APL são: sensibilização e

mobilização do setor e atores comprometidos; realização de estudos, levantamentos e

diagnósticos; definição dos principais gargalos/prioridades empresariais e tecnológicas;

elaboração do planejamento estratégico e plano de trabalho (definição de projetos,

responsabilidades, negociação dos recursos, etc.); monitoramento dos resultados por

indicadores; planejamento de novas ações.

Instituto de Pesos e Medidas do Amazonas - IPEM

O IPEM/AM é o representante do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e

Qualidade Industrial - INMETRO, que tem por objetivo aperfeiçoar um sistema de qualidade

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Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos

adequado às necessidades da sociedade brasileira, que proporcione impacto positivo na

economia nacional, promova a competição justa e proteja o consumidor, na medida em que

atualmente cresce no mundo inteiro a existência de uma “avaliação da conformidade”. O

IPEM/AM está incumbido de executar a avaliação da conformidade, verificando se os

produtos de certificações expostas nos estabelecimentos apresentam o Símbolo de

Certificação do INMETRO, dentro do Sistema Brasileiro de Certificação. Desta forma, busca

difundir a cultura de qualidade industrial e contribuir para o desenvolvimento das normas da

Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, responsável pela criação da grande parte

das normas e regulamentos técnicos no que diz respeito aos aspectos de saúde, segurança e

meio ambiente.

Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica - FUCAPI

Criada como agente de inovação tecnológica para atuar junto às empresas do Pólo

Industrial de Manaus - PIM foi pioneira na condução das novas formas de pensar o

desenvolvimento regional. Foi a primeira instituição na Região Norte a oferecer uma

programação regular de cursos de pós-graduação, a partir de 1986, nas áreas de Eletrônica

Digital, Engenharia de Produção, Automação Industrial, Qualidade e Produtividade,

Desenvolvimento de Recursos Humanos e Marketing. Essa atuação foi o ponto de partida

para a implantação, em 1998, do Centro de Ensino Superior Fucapi – CESF, que oferece os

cursos inovadores de Engenharia de Comunicações, Administração com ênfase em Gestão da

Inovação, Análise de Sistemas, Ciência da Computação, Engenharia de Produção Elétrica e

Design de Interface Digital. Sua preocupação em promover a educação e desenvolver os

recursos humanos da região reflete-se também na oferta de cursos de curta duração e

treinamentos e na capacitação de seus próprios colaboradores. Privilegiou a busca pela

excelência na prestação de seus serviços, obtendo a certificação ISO 9001:2000 em 2001, bem

como está participando do programa de excelência nos Institutos de Pesquisa coordenado pela

ABIPTI – Associação Brasileira dos Institutos de Pesquisa. Desde 2001, instituiu um centro

tecnológico voltado à adoção de soluções voltadas aos problemas do meio ambientes.

3.6 TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

O principal objetivo neste aspecto é estabelecer e difundir tecnologia que integre o

homem à natureza, para que as pessoas tenham fonte de renda que não se degrade e que não

desafie o ecossistema da terra, na medida em que os investimentos em P&D são pequenos e

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Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos

desarticulados. Face à inexistência de equipes trabalhando continuamente nas empresas.

Quando é necessário, elas contratam centros de pesquisas ou cientistas.

O uso de P&D limita-se ao aprimoramento de fórmulas para produtos contendo

misturas de plantas medicinais e adaptação para a região de plantas medicinais importadas de

outras regiões ou país. Não se verifica a utilização de P&D para a criação de produtos

inovadores. O lançamento de novos produtos segue a tendência de outras regiões. Esta

postura, aliada aos escassos recursos financeiros disponíveis, justifica os baixos e

desarticulados investimentos em P&D.

Por isso, há necessidade de formação de massa crítica para ocupar os nichos de

mercado a serem abertos e ao mesmo tempo desenvolver novas variedades de produtos

biotecnológicos, aproveitando a potencialidade dos recursos naturais regionais, com a

instalação de empresas de cunho biotecnológico, eliminando as desigualdades econômicas

regionais e reestruturando o conhecimento empírico das populações tradicionais traduzindo

em benefícios sociais.

Do universo de aproveitamento do potencial da biodiversidade amazônica, os extratos

vegetais hoje utilizados pela indústria de concentrados de bebidas (que tem como base o

guaraná), parecem ser o de maior interesse, os óleos vegetais de onde se destacam o óleo de

copaíba, andiroba, pau-rosa e outros. Estes são alguns dos recursos que necessitam de

incrementar tecnologias para disponibilizar o produto e fortalecer o desenvolvimento

econômico do estado.

A expectativa é que o segmento de Fitoterápicos e Fitocosméticos do Amazonas, ao

lado do Pólo Industrial de Manaus, se consolide utilizando o conhecimento gerado pelo

Centro de Biotecnologia da Amazônia, rumo à ocupação do espaço do extrativismo florestal

(madeira, óleos, gomas, fibras e outros) e da indústria eletroeletrônica, tornando-se centro de

gravidade das sociedades amazônicas e para a soberania nacional.

Com efeito a melhoria dos processos deverá ser um dos primeiros resultados que

poderão ser sentidos a partir do estudo da cadeia produtiva. Deverá ser criteriosamente

estudada a sua racionalização visando o seu melhor ordenamento. As instituições a seguir

deverão contribuir para o surgimento de mecanismos de efetiva articulação com o setor

produtivo, visando evitar a duplicidade de esforços e viabilizar o processo tecnológico.

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA

Instituição federal vinculada ao MCT que tem dado uma importante contribuição ao

conhecimento científico e tecnológico da Amazônia. No âmbito da ciência seus pesquisadores

têm se dedicado ao estudo da flora, fauna e ambiente, onde esses organismos vivem dentro de

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um equilíbrio dinâmico, do qual depende a existência e a preservação desse complexo de

biodiversidade. No âmbito do desenvolvimento de produtos e de tecnologia, sua contribuição

é bastante ampla, devendo-se somar a esse conjunto, os indicativos de base científica que são

os únicos que podem dar suporte às ações e projetos direcionados para o desenvolvimento da

região. A Coordenação de Pesquisas em Produtos Naturais pesquisa moléculas e compostos

ativos da biodiversidade vegetal.

Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias - EMBRAPA

Atualmente denominada Embrapa Amazônia Ocidental, atua no Amazonas desde

1974, por meio do Centro de Pesquisa Agroflorestal da Amazônia Ocidental (CPAA), que

conta com 268 colaboradores. O grupo ocupacional técnico-científico é composto por 56

pesquisadores, 212 empregados na área de apoio e administração. Participante da rede de

centros de pesquisa, a Embrapa é uma empresa pública vinculada ao Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A unidade atende a demandas do mercado local e

regional dentro do programa de agricultura familiar, principalmente com a cultura da

mandioca, cultivo de grãos e olericultura; do mercado nacional, com pesquisas em fruteiras

tropicais, dendê, seringueira, espécies florestais, guaraná, plantas medicinais e piscicultura; e

do internacional, com a produção de sementes de dendê. Ao longo de vários anos vêm

publicando cerca de 2000 trabalhos técnicos e científicos, em que estão apresentados os

resultados de pesquisa com ênfase ao desenvolvimento tecnológico do setor agropecuário para

a região amazônica.

Centro de Biotecnologia da Amazônia - CBA

O CBA foi criado no âmbito do PROBEM (Programa Brasileiro de Ecologia

Molecular para o Uso Sustentável da biodiversidade amazônica), coordenado por três

Ministérios: Desenvolvimento, da Indústria e Comércio Exterior (MDIC); Ciência e

Tecnologia (MCT); Meio Ambiente (MMA). O CBA é um centro tecnológico, voltado para a

promoção da inovação tecnológica a partir de processos e produtos da biodiversidade

amazônica, por meio de:

• Ação integrada com universidades e centros de pesquisa do setor público e privado

(Rede de Laboratórios Associados - RLA);

• Aumento da densidade tecnológica no setor industrial;

• Promoção de ambiente favorável à inovação (oferta de serviços tecnológicos);

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Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos

• Desenvolvimento e difusão de produtos e processos biotecnológicos com valor

agregado em toda a cadeia produtiva.

No exercício das atividades de fiscalização de que trata a Portaria Interministerial

MDIC/MCT no 177, de 18.10.2002, o CBA está capacitado a prestar os seguintes serviços:

• Realizar análise de produtos cosméticos e conferir a veracidade da informação

prestada pela empresa quanto à composição do produto, identificando, quando

possível, a autenticidade de cada insumo proveniente da região amazônica;

• Verificar periodicamente a estabilidade do produto em termos qualitativos e

quantitativos e a conformidade dos produtos às normas técnicas do INMETRO,

ANVISA, e outros órgãos competentes, segundo às normas de controle

microbiológicos da ANVISA estabelecidas pela RDC n˚ 481, de 23 de setembro de

1999 e legislação subseqüente;

• Emitir um laudo analítico do produto em pauta.

A autenticidade dos insumos regionais quando extratos brutos, óleos fixos ou voláteis,

látexes e exsudatos, etc, será estabelecida pela comparação da composição e conteúdo dos

marcadores químicos característicos dos insumos declarados com a informação constante da

literatura técnica. Nas análises pelas não possui equipamentos adequados, as análises serão

realizadas em laboratórios associados.

No exercício das atividades de fiscalização de que trata a Portaria Interministerial

MDIC/MCT Nº 225, de 10 de outubro de 2001, o CBA está capacitado a prestar os seguintes

serviços:

• Realizar análise de produtos fitoterápicos a veracidade da informação prestada

pela empresa quanto à composição do produto, identificando, quando possível, a

autenticidade de cada insumo proveniente da região amazônica, ou de outra região;

• Verificar periodicamente a estabilidade da composição do produto em termos

qualitativos e quantitativos e a conformidade segundo as normas técnicas da

ANVISA, especialmente a resolução RDC no 48, de 16/03/04, normas de controle

microbiológicos requeridas pela ANVISA e demais legislações pertinentes;

• Emitir um laudo analítico do produto em pauta.

A metodologia analítica do CBA baseia-se em:

• Cromatografia gasosa, cromatografia liquida de alta eficiência (inclusive acoplada

a espectrometrias) e cromatografia de camada fina;

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• Espectrometria no infra-vermelho, no ultra-violeta e de Ressonância Magnética

Nuclear, espectrometria de massas e de massas com plasma indutivamente

acoplado.

O CBA poderá verificar a informação por análise qualitativa e quantitativa do

medicamento ou de algum insumo farmacêutico, a autenticidade de origem e presença de

marcadores. Na abordagem analítica, o CBA vai verificar: a ausência de componentes que

apresentam riscos à saúde e que caracterizam adulteração ou contaminação, a conformidade

do produto com normas de pureza, determinadas na legislação vigente; e a estabilidade da

composição no produto, conforme a ANVISA.

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas – FAPEAM

As atividades da FAPEAM tiveram inicio em maio de 2003 e desde então, a Fundação

possui articulação com o setor produtivo por meio de Programas com oferta de fomento nas

áreas tradicionais de C &T e inovação em empresas nas seguintes linhas: formação de

recursos humanos pós-graduados, iniciação cientifica, editais universais e temáticos,

subvenção econômica e pesquisa em empresas.

No período de 2003 a 2008 a FAPEAM investiu R$ 136,5 milhões em projetos de

pesquisa e inovação desenvolvidos no Estado do Amazonas.

4. DESAFIOS E OPORTUNIDADES DE DESENVOLVIMENTO

A região Amazônica em face da riqueza de sua flora possui uma variedade de produtos

florestais que podem ser utilizados na indústria de fitoterápicos e cosmetologia. Os produtos

visualizados neste plano existem em toda a região. No Amazonas a maior incidência ocorre

nos altos rios principalmente na calha dos rios Juruá, Purus, Madeira e Solimões.

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Para a coleta dos produtos oriundos da extração de óleos como sementes de andiroba,

cumaru, etc, a população rural desenvolve esta atividade tradicionalmente, sobretudo a

população residente na calha dos rios Madeira, Jutaí e Purus. No que diz respeito ao plantio

do cupuaçuzeiro, cuja semente é utilizada na extração de óleo para cosméticos, por ser uma

planta nativa também é cultivada pela população rural principalmente por aquela localizada

nas proximidades das cidades. Quanto à mão-de-obra para a indústria também é abundante

tendo em vista que as atividades desenvolvidas pela indústria são relativamente simples não

exigindo mão-de-obra altamente especializada.

Por muito tempo o Amazonas ficou conhecido pelo extrativismo, cujos produtos

durante muitos anos foram a base da economia regional. Ainda hoje a população rural tem nos

produtos extrativos uma fonte de renda para sua sobrevivência. Os produtos estão dispersos

por todos os estados da região. No Amazonas, a andiroba pode ser encontrada nas regiões de

Coari/Anori (área de terra firme), Alto Rio Juruá (na área de várzea), Parintins (em terra

firme) com uma incidência de 0,8 árvores/ha, Rio Purus (na várzea) com uma incidência de

0,2 árvores/ha e no Médio Rio Juruá (na várzea) com uma incidência de 0,4 árvores/ha.

Estima-se que a produção de óleo de andiroba no Estado esteja em torno de 400 t anuais e o

cupuaçu uma produção de 6 milhões de frutos/ano e uma área plantada de aproximadamente

10.000 ha.

Há pesquisas básicas na região, muitas das quais sem aplicação prática de imediato,

ainda assim não são popularizadas, acarretando em uma não utilização pela comunidade

técnica, profissional e empresarial, além dos consumidores, para os quais seria de extrema

importância o conhecimento dos valores nutricionais e da utilização dos produtos da região.

Em um levantamento realizado na região amazônica foram destacadas oito empresas

produtoras de fitoterápicos, sendo seis em Belém e duas em Manaus. Este pequeno número de

empresas já mostra uma característica deste mercado: dificuldades ao lado de oportunidades.

Se por um lado, o reduzido número de empresas atuantes neste mercado pode indicar as

dificuldades existentes, por outro, permite-se vislumbrar espaço para o aparecimento de novos

empreendedores, caso os obstáculos sejam removidos.

O relacionamento com os fornecedores é marcado por alguns entraves. Os mais

notados são a regularidade no fornecimento e prazo para pagamento. Algumas empresas

mencionam não ter nenhum tipo de entrave com seus fornecedores.

O problema de regularidade no fornecimento não está associado à sazonalidade. Esta

existe em todas as matérias-primas regionais. Mas, as empresas se defendem antecipando as

compras. A origem do problema está na estrutura de coleta e extração das matérias-primas.

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Sua aquisição é um momento delicado na produção. Dela depende a qualidade. Para assegurá-

la é necessário selecionar e estabelecer uma forte relação de confiança com os fornecedores.

As empresas percebem aqui um risco em potencial e desprendem muitos esforços, como o

financiamento da compra de equipamentos para que mantenham a qualidade e volume de

entregas.

ORDEM DE IMPORTÂNCIA DOS ENTRAVES COM OS FORNECEDORES

ORDEM ENTRAVE

1° Regularidade no fornecimento

2° Prazo para pagamento

3° Preço

4° Qualidade do produto

5° Distância e frete Fonte: SEPLAN

Essa preocupação pode levar a empresa a cultivar espécies. Empresas localizadas fora

da região estão testando práticas diferentes. Elas estabelecem contratos de parceira com

pequenos produtores. Nesses contratos prevê-se o fornecimento de sementes selecionadas,

tecnologia de plantio, cultivo, coleta e secagem e a garantia da compra da produção. É um

esquema semelhante ao desenvolvido com sucesso nos setores de alimentos derivados de aves

e suínos. Ambas experiências são recentes e os resultados até o momento estão animando

empresas e agricultores. Este modelo pode servir como referência para experiências na região,

considerando as prováveis adaptações que terão que ser realizadas para adequá-las.

Produtos substitutos aos fitoterápicos devem cumprir as mesmas funções. Os

medicamentos da indústria farmacêutica são esses produtos. Porém, as empresas do setor têm

na indefinição sobre a legislação que normalizará o registro de produtos fitoterápicos junto ao

SVS, o seu maior desafio no momento, pois está em questão a viabilidade da indústria

fitoterápica no país. Enquanto não são definidas regras definitivas, a comercialização de

novos produtos é baseada em protocolos de registro, instrumento não aceitável por algumas

empresas.

O registro simplificado proposto, criando a categoria de Produtos Fitoterápicos

Tradicionais, abre espaço para a permanência no mercado de produtos de uso alicerçado na

tradição popular e comprovado por décadas. A dúvida entre as empresas sobre quais produtos

farão parte da lista a ser elaborada pela SVS é grande, gerando desconfiança na

implementação desta lista. Os produtos fitoterápicos atuais que não forem classificados como

tradicionais passarão a ser suplementos nutricionais, deixando de conter indicações

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terapêuticas ou profiláticas nos rótulos. Nessa situação, o produto muda de mercado e passa a

ter outros produtos substitutos.

As áreas propícias para investimento sugeridas dispõem de rodovias e/ou hidrovias

para o transporte de mercadorias. No Amazonas a rodovia estadual AM-010 que liga Manaus

à Itacoatiara possui 290 km de pista totalmente asfaltada e em boas condições de tráfego e a

BR-174 que liga Manaus à Venezuela passando pelo município de Presidente Figueiredo no

Amazonas e Boa Vista capital de Roraima, também em boas condições de tráfego.

Além disso, no Estado do Amazonas há outra opção para o escoamento da produção

que é a hidrovia do Madeira. Esta hidrovia tem extensão de 1.056 km entre a cidade de Porto

Velho/RO e sua foz no rio Amazonas, próximo à Itacoatiara/AM. É administrada pela

AHIMOC - Administração das Hidrovias da Amazônia Ocidental, subordinada à CODOMAR

(Companhia Docas do Maranhão). O rio Madeira constitui uma via natural de comunicação e

comércio entre regiões isoladas dos estados do Acre, Rondônia e Amazonas, e até da própria

Bolívia, com o restante do país e o exterior, através da calha principal do Rio Solimões. Os

demais municípios estão localizados às margens de afluentes do Rio Solimões com condições

de navegabilidade durante o ano todo.

É possível resumir os principais desafios da seguinte forma:

• Capital intelectual para dar suporte técnico ao fortalecimento do segmento;

• Legislação ambiental restritiva às atividades de interatividade com o meio

ambiente;

• Demanda para os produtos em razão da indefinição de uma política industrial

específica para o segmento;

• Entraves burocráticos pelos órgãos públicos de agricultura e saúde para o registro

de produtos;

• Financiamento de capital de risco para pesquisa do desenvolvimento e engenharia

de produtos e processos;

• Fortalecimento da bioindústria local;

• Promoção institucional junto aos mercados consumidores (garantias de qualidades,

ambiental, social);

• Apoio técnico-científico e ao registro de produtos de acordo com a legislação

nacional e internacional;

• Sinergia entre as instituições envolvidas;

• Mercado de produtos finais e abertura de novos mercados de alto valor;

• Organização das cadeias de suprimentos;

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• Certificação de origem e qualidade.

E, de modo geral, é possível visualizar as seguintes oportunidades com este arranjo

produtivo:

• Mercado mundial dos medicamentos: 320 bilhões dólares anuais;

• Mercado mundial dos cosméticos: 400 bilhões de dólares;

• Cosméticos de origem naturais atraem consumidores no exterior;

• Exportações brasileiras dos cosméticos/2003: US$ 350 milhões. Exportações

brasileiras dos cosméticos/1997: US$78 milhões. Crescimento até 2004 em media:

20% ao ano;

• Aproximadamente 40% dos medicamentos são oriundos direta ou indiretamente de

fontes naturais – cerca de 30% de origem vegetal, 10% de origem animal e

microorganismos;

• Estima-se que 25 mil espécies de plantas são usadas em todo o mundo para a

produção de medicamentos, incluindo somente aqueles obtidos por síntese a partir

dos produtos naturais, mas também os medicamentos comercializados como

fitoterápicos;

• A Organização Mundial da Saúde – OMS – estima que 85% da população

mundial, cerca de 4 bilhões de pessoas, utilizam as plantas medicinais para cura

das suas enfermidades, especialmente àquelas dos países pobres e em

desenvolvimento;

• Todo o mercado brasileiro de medicamentos e cosméticos movimentou 25 bilhões

de dólares em 2003. O mercado de fitoterápicos contribuiu com 340 milhões de

dólares;

• Calcula-se que existam hoje, cerca de 120 produtos originários de plantas de uso

indígena que estão em estudo clínico;

• A maior parte dos medicamentos obtidos de plantas é comercializada em grande

quantidade na França, Itália, Reino Unido, países asiáticos e os Estados Unidos.

Estes e outros aspectos ligados à diversidade biológica da região nos fazem reportar a

um mercado potencial que deve gerar por volta de US$ 958 bilhões por ano e do qual o Brasil

pese a sua rica e privilegiada biodiversidade tem uma pobre participação.

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5. RESULTADOS ESPERADOS

Será possível estabelecer um sistema de produção adequado ao segmento, gerando

conhecimento para o acompanhamento com êxito de todo o processo produtivo para as

principais espécies utilizadas. O conhecimento agregado poderá ser utilizado tanto por

produtores e empresários, como pelos participantes da agricultura familiar, assim como, o

conhecimento de indicadores, possibilitando desta forma, um ganho de eficiência da produção

e a otimização dos recursos financeiros. Ainda, a introdução da produção a nível familiar,

possivelmente, provocará uma diminuição da pressão sobre os estoques naturais, permitindo a

recuperação do ambiente degradado por práticas intensas de exploração.

O plano deverá dar uma grande contribuição ao desenvolvimento da produção, visto

que os conhecimentos gerados darão subsídios para se estabelecer uma atividade sustentável,

quando da implementação de sistemas de produção com tecnologias adequadas. Este plano

contribuirá de forma efetiva para incrementar a fonte de renda familiar, inserindo este APL

nos sistemas de produção que irá contribuir com a melhoria da qualidade de vida das famílias.

Por outro lado, permitirá a capacitação e formação de recursos humanos em diferentes níveis

(técnicos, produtores, estudantes...).

De modo mais específico os resultados esperados podem ser visualizados da seguinte

forma:

R1 – Aumento da produção e produtividade visando atingir o mercado nacional e

exterior, com produto padronizado e certificado.

A1.1 – Produzir e comercializar matérias-primas e produtos finais de origem vegetal e

orgânica oriundos da biodiversidade Amazônica no mercado regional, nacional e

internacional, elaborados com responsabilidade sócio-ambiental nos níveis de

qualidade e quantidades requeridos;

A1.2 – Investir em pesquisa para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia de

produção de novas espécies e incentivar a difusão, a valorização do produtor, a

inovação tecnológica e a regionalização;

A1.3 – Capacitar a mão-de-obra envolvida no processo de produção e qualificação dos

serviços de Assistência Técnica (ATER) específicos;

A1.4 – Otimizar o processo produtivo visando a redução do tempo de fabricação do

produto.

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R2 - Difusão do associativismo e cooperativismo de pequenos produtores.

A2.1 – Identificar a concentração de produtores por área geográfica e estimular o

empreendedorismo responsável;

A2.2 – Reunir os produtores para a constituição e/ou fortalecimento de cooperativas;

A2.3 – Aumentar a integração e união dos empresários e consolidar a imagem das

empresas;

A2.4 – Desenvolver a gestão das empresas nas áreas: financeira, comercial, recursos

humanos e fiscal.

Neste item a atenção deverá se concentrar prioritáriamente no quadro normativo

vigente atualmente no Brasil, com a intenção de entender qual impacto causaria a aplicação de

um esquema de associativismo/cooperativismo no sistema produtivo local. Também deverá

ser feita uma avaliação da proposta metodológica pelas cooperativas e tomada de decisão

quanto à formação de um grupo de trabalho. A decisão das cooperativas deve basear-se nas

suas expectativas em relação ao processo e na qualidade das informações que receberam. Essa

decisão deve ser tomada alguns dias após a primeira reunião com os técnicos. A decisão

daqueles que quiserem continuar na caminhada é comunicada aos técnicos por escrito, ocasião

na qual devem ser escolhidas as pessoas que irão compor o grupo.

R3 - Infra-estrutura adequada e mão-de-obra qualificada.

A3.1 – Buscar especialistas com conhecimento técnico e tecnologias disponíveis para

o aprimoramento da gestão e capacitação da mão-de-obra para os empreendimentos;

A3.2 – Solicitar certificação e promover as adequações ambientais;

A3.3 – Investimentos em infra-estrutura e buscar utilização de incentivos existentes;

A3.4 - Indicar as fontes de financiamento nacionais.

R4 - Sistema logístico adequado.

A4.1 – Definir pólos com localização ideal para produção;

A4.2 – Definir os mercados-alvo para a inserção dos produtos;

A4.3 – Melhorar a infra-estrutura rodoviária e portuária existente, em função de uma

melhor logística;

A4.4 - Aprimorar o processo de escoamento da produção.

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R5 - Legalizações e Licenças.

A5.1 - Analisar a legislação dos mercados alvo e testar a segurança para fins de

registros;

A5.2 - Preparar documentos para registro de marcas e patentes e registros sanitários;

A5.3 - Adequar terminologias para o idioma do mercado alvo e estudar nomenclaturas

para fins de enquadramento nas NCM"s.

6. INDICADORES DE RESULTADO

Nos países desenvolvidos, a produção em micro e pequenos empreendimentos, na qual

se contextualiza também a bioindústria, contribui com o maior percentual da produção. Esta

condição é utilizada como indicador de desenvolvimento sócio-econômico desses países.

Paradoxalmente, nos países em desenvolvimento predominam grandes empreendimentos,

excluindo os micros e pequenos produtores das políticas oficiais, apesar de se constituírem no

maior contingente de produtores e serem responsáveis por uma considerável parcela da

produção de produtos básicos.

Nesse contexto, fica evidente a importância de se estimular mecanismos de

desenvolvimento na Amazônia em sistemas produtivos com efetiva participação das micro e

pequenas unidades no processo de produção. Na consolidação desses sistemas é fundamental

o desenvolvimento de procedimentos tecnológicos adequados à realidade sócio-econômica

dos produtores regionais. É importante, também, que neste desenvolvimento tecnológico

sejam tomados os cuidados necessários para minimizar os impactos ambientais.

R1 – Aumento da produção e produtividade, visando ampliar o mercado, com

produto padronizado e certificado.

A1.1 – Melhoria na qualidade dos produtos de toda a cadeia produtiva;

A1.2 – Número de projetos de pesquisa segundo as exigências de mercado destino;

A1.3 – Quantidade de técnicos capacitados;

A1.4 – Volume de produção e faturamento.

R2 - Difusão do associativismo e cooperativismo

A2.1 – Números de produtores e produção anual;

A2.2 – Registros e estatutos aprovados das cooperativas;

A2.3 – Número de associados as federações, fóruns, etc, p. ex., Câmara Setorial;

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A2.4 – Quantidade de eventos de informação realizados (workshops, seminários,

palestras, etc).

R3 - Infra-estrutura adequada e qualificação profissional.

A3.1 – Currículo dos especialistas e número de cursos realizados;

A3.2 – Número de certificações obtidas;

A3.3 – Volume de capital investido (privado e institucional) em infra-estrutura;

A3.4 – Programas e linhas de financiamento (privado e institucional) para o segmento.

R4- Sistema logístico adequado.

A4.1 – Clusters do segmento econômico;

A4.2 – Mercados potenciais em importação e seus valores;

A4.3 – Modais estruturados e número de portos adequados para recepção e transporte

dos produtos;

A4.4 – Qualidade e redução do prazo de entrega.

R5 - Legalizações e Licenças.

A5.1 - Número de produtos com registros e certificação;

A5.2 - Número de produtos com depósito de registro de marcas, patentes, sanitário;

A5.3 - Produtos com enquadramento nas NCM"s.

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7. AÇÕES REALIZADAS E EM ANDAMENTO

I) DESENVOLVIMENTO DE DOIS PRODUTOS FITOTERÁPICOS E UM FITOCOSMÉTICOS A PARTIR DE ESPÉCIES AMAZÔNICAS. Descrição: Solucionar os gargalos do processo de manejo e cultivo, validação botânica, química e biológica das plantas Muirapuama, Chichuá e Crajirú para fins de registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, visando a industrialização e comercialização das mesmas. Coordenação: INPA - Adrian Pohlit Início: dezembro/2002 Término: agosto/2007 Execução: INPA, EMBRAPA e PRONATUS Viabilização financeira: R$ 879.838,48

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais FUCAPI, Pronatus - 0 - 0

Estaduais SEDEC (atual SEPLAN) - 0 - 0 FINEP 879.838,48 100 879.838,48 100 Federais /

GTP APL EMBRAPA - 0 - 0 TOTAL R$ 879.838,48 100

Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Aumento da produção e produtividade visando atingir o mercado nacional e exterior, com produto padronizado e certificado. A1.2 – Investir em pesquisa para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia de produção de novas espécies e incentivar a difusão, a valorização do produtor, a inovação tecnológica e a regionalização. Item que melhor se relaciona com esta ação: Tecnologia e Inovação.

II) CULTIVO ORGÂNICO DE PLANTAS MEDICINAIS AMAZÔNICAS (CERTIFICADO). Descrição: plantas medicinais cultivadas, devidamente plantadas dentro das técnicas, registradas no Ministério da Agricultura, com laudo, filtro sanitário, com RT, acompanhamento, cultura mecanizada, que visa, dentre outras, a multiplicação do conhecimento, ou seja, com pessoas treinadas para multiplicar. Coordenação: PHÁRMACOS Início: 2007 Término: * Execução: FAPEAM, FINEP, UFAM, PHÁRMACOS Viabilização financeira: *

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais PHÁRMACOS

Estaduais FAPEAM Federais / GTP APL FINEP, UFAM

TOTAL R$ Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Aumento da produção e produtividade visando atingir o mercado nacional e exterior, com produto padronizado e certificado. A1.2 – Investir em pesquisa para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia de produção de novas espécies e incentivar a difusão, a valorização do produtor, a inovação tecnológica e a regionalização. Item que melhor se relaciona com esta ação: Tecnologia e Inovação.

* Não informado

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III) QUALIFICAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS PARA APROVEITAMENTO DE ESPÉCIES VEGETAIS DESTINADAS À INSUMOS DE FITOTERÁPICOS E FITOCOSMÉTICOS. Descrição: Qualificação de produtores rurais para aproveitamento de espécies vegetais destinadas à insumos de fitoterápicos e fitocosméticos. Coordenação: Banco da Amazônia Início: 2004 Término: * Execução: Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia – INPA Viabilização financeira: *

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais

Estaduais Federais / GTP APL

INPA, Banco da Amazônia

TOTAL R$ Ação relacionada ao resultado nº: R3 - Infra-estrutura adequada e mão-de-obra qualificada. A3.1 – Buscar especialistas com conhecimento técnico e de tecnologias disponíveis para o aprimoramento da gestão e capacitação da mão-de-obra nos empreendimentos. Item que melhor se relaciona com esta ação: Formação e Capacitação.

* Não informado

IV) FOMENTO À PESQUISA – PROGRAMA DE APOIO À PESQUISA E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA - PIPT. Descrição: Validação química e morfológica de plantas de uso tradicional no estado do Amazonas Coordenação: FAPEAM Início: 2004 Término: 2007 Execução: UFAM – Dra. Maria Lúcia Belém Pinheiro Viabilização financeira: R$ 79.610,20

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais

Estaduais FAPEAM 79.610,20 100 79.610,20 100 Federais / GTP APL

TOTAL R$ 79.610,20 100 Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Aumento da produção e produtividade visando atingir o mercado nacional e exterior, com produto padronizado e certificado. A1.2 – Investir em pesquisa para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia de produção de novas espécies e incentivar a difusão, a valorização do produtor, a inovação tecnológica e a regionalização; Item que melhor se relaciona com esta ação: Tecnologia e Inovação.

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V) FOMENTO À PESQUISA – PROGRAMA PRIMEIROS PROJETOS – PPP. Descrição: Plantas antimaláricas da calha do rio madeira Estado do Amazonas Coordenação: FAPEAM Início: 2005 Término: 2007 Execução: UFAM – Dr. Ari de Freitas Hidalgo Viabilização financeira: R$ 59.209,47

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais

Estaduais FAPEAM 29.604,74 50 29.604,74 50 Federais / GTP APL CNPq 29.604,74 50 29.604,74 50

TOTAL R$ 59.209,47 100 Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Aumento da produção e produtividade visando atingir o mercado nacional e exterior, com produto padronizado e certificado. A1.2 – Investir em pesquisa para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia de produção de novas espécies e incentivar a difusão, a valorização do produtor, a inovação tecnológica e a regionalização; Item que melhor se relaciona com esta ação: Tecnologia e Inovação.

VI) FOMENTO À PESQUISA – PROGRAMA PRIMEIROS PROJETOS – PPP. Descrição: Bioatividade de plantas da Amazônia Central e métodos para avaliar o potencial antifúngico. Coordenação: FAPEAM Início: 2005 Término: 2007 Execução:EMBRAPA– Dra. Maria Aparecida de Jesus Viabilização financeira: R$ 57.237,88

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais

Estaduais FAPEAM 28.618,94 50 28.618,94 50 Federais / GTP APL CNPq 28.618,94 50 28.618,94 50

TOTAL R$ 57.237,88 100 Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Aumento da produção e produtividade visando atingir o mercado nacional e exterior, com produto padronizado e certificado. A1.2 – Investir em pesquisa para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia de produção de novas espécies e incentivar a difusão, a valorização do produtor, a inovação tecnológica e a regionalização; Item que melhor se relaciona com esta ação: Tecnologia e Inovação.

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VII) FOMENTO À PESQUISA – PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO CIENTIFICO E TECNOLÓGICO – DCR Descrição: Desenvolvimento, otimização e validação de metodologias analíticas aplicadas na bioprospecção de plantas da Amazônia Coordenação: FAPEAM Início: 2003 Término: 2006 Execução: INPA-Dr. Ricardo Lima Serudo Viabilização financeira: R$ 71.718,20

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais

Estaduais FAPEAM 35.859,10 50 35.859,10 50 Federais / GTP APL CNPq 35.859,10 50 35.859,10 50

TOTAL R$ 71.718,20 100 Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Aumento da produção e produtividade visando atingir o mercado nacional e exterior, com produto padronizado e certificado. A1.2 – Investir em pesquisa para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia de produção de novas espécies e incentivar a difusão, a valorização do produtor, a inovação tecnológica e a regionalização; Item que melhor se relaciona com esta ação: Tecnologia e Inovação.

VIII) FOMENTO À PESQUISA – PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO CIENTIFICO E TECNOLÓGICO – DCR Descrição: Algumas plantas antiinflamatórias da região de Manaus Coordenação: FAPEAM Início: 2003 Término: 2006 Execução: INPA - Dra. Rita de Cassia Guedes Saraiva Viabilização financeira: R$ 81.918,32

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais

Estaduais FAPEAM 40.959,16 50 40.959,16 50 Federais / GTP APL CNPq 40.959,16 50 40.959,16 50

TOTAL R$ 81.918,32 100 Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Aumento da produção e produtividade visando atingir o mercado nacional e exterior, com produto padronizado e certificado. A1.2 – Investir em pesquisa para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia de produção de novas espécies e incentivar a difusão, a valorização do produtor, a inovação tecnológica e a regionalização; Item que melhor se relaciona com esta ação: Tecnologia e Inovação.

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IX) TREINAMENTO EM SISTEMA DE PRODUÇÃO DE ESPÉCIE MEDICINAIS E AROMÁTICAS. Descrição: O projeto visa o desenvolvimento de capacitação em sistema de produção de espécie medicinais e aromáticas. Coordenação: Embrapa Amazônia Ocidental – Francisco Célio Maia Chaves.

Início: março/2008 Término: maio/2008

Execução: Embrapa Amazônia Ocidental Viabilização financeira: R$ 2.000,00

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais Pref. Manaquiri 300,00 15 300,00 15

Estaduais IDAM 500,00 25 500,00 25Federais / GTP APL SEBRAE/AM 1.200,00 60 1.200,00 60

TOTAL R$ 2.000,00 100 Ação relacionada ao resultado nº: R3 - Infra-estrutura adequada e mão-de-obra qualificada. A3.1 – Buscar especialistas com conhecimento técnico e de tecnologias disponíveis para o aprimoramento da gestão e capacitação da mão-de-obra nos empreendimentos. Item que melhor se relaciona com esta ação: Formação e Capacitação.

X) FOMENTO À PESQUISA – PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO CIENTIFICO E TECNOLÓGICO – DCR Descrição: Avaliação Química e triagem etnofarmacológica das atividades antioxidante e inibidora de enzimas relacionadas a colinesterase de plantas do Estado do Amazonas. Coordenação: FAPEAM Início: 2003 Término: 2008 Execução: UFAM - Dr. Valdir Florêncio da Veiga Junior Viabilização financeira: R$ 81.980,00

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais

Estaduais FAPEAM 40.990,00 50 40.990,00 50 Federais / GTP APL CNPq 40.990,00 50 40.990,00 50

TOTAL R$ 81.980,00 100 Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Aumento da produção e produtividade visando atingir o mercado nacional e exterior, com produto padronizado e certificado. A1.2 – Investir em pesquisa para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia de produção de novas espécies e incentivar a difusão, a valorização do produtor, a inovação tecnológica e a regionalização; Item que melhor se relaciona com esta ação: Tecnologia e Inovação.

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XI) FOMENTO À PESQUISA – PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO CIENTIFICO E TECNOLÓGICO – DCR Descrição: Purificação e identificação de princípios ativos de plantas da Amazônia Coordenação: FAPEAM Início: 2007 Término: 2009 Execução: INPA – Dr. Pierre Alexandre dos Santos Viabilização financeira: R$ 136.557,90

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais

Estaduais FAPEAM 68.278,95 50 68.278,95 50 Federais / GTP APL CNPq 68.278,95 50 68.278,95 50

TOTAL R$ 136.557,90 100 Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Aumento da produção e produtividade visando atingir o mercado nacional e exterior, com produto padronizado e certificado. A1.2 – Investir em pesquisa para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia de produção de novas espécies e incentivar a difusão, a valorização do produtor, a inovação tecnológica e a regionalização; Item que melhor se relaciona com esta ação: Tecnologia e Inovação.

XII) FOMENTO À PESQUISA – PROGRAMA DE AMAZONAS DE APOIO À PESQUISA EM EMPRESAS – PAPPE Descrição: Cultivo de plantas medicinais amazônicas certificadas Coordenação: FAPEAM Início: 2004 Término: 2008 Execução: UFAM - Dr. Schubert Pinto Viabilização financeira: R$ 124.298,00

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais

Estaduais FAPEAM 62.149,00 50 62.149,00 50 Federais / GTP APL FINEP 62.149,00 50 62.149,00 50

TOTAL R$ 124.298,00 100 Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Aumento da produção e produtividade, visando atingir o mercado nacional e exterior com produto padronizado e certificado. A1.2 – Investir em pesquisa para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia de produção de novas espécies e incentivar a difusão, a valorização do produtor, a inovação tecnológica e a regionalização. Item que melhor se relaciona com esta ação: Tecnologia e Inovação.

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XIII) FOMENTO À PESQUISA – PROGRAMA DE APOIO À PESQUISA E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA - PIPT. Descrição: Plantas amazônicas com efeitos inibitórios sobre enzimas-chave na hipertensão e diabetes. Coordenação: FAPEAM Início: 2007 Término: 2009 Execução:UFAM - Dr. Emerson Silva Lima Viabilização financeira: R$ 37.910,00

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ %

Locais

Estaduais FAPEAM 37.910,00 100 37.910,00 100

Federais / GTP APL

TOTAL R$ 37.910,00 100 Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Aumento da produção e produtividade visando atingir o mercado nacional e exterior, com produto padronizado e certificado. A1.2 – Investir em pesquisa para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia de produção de novas espécies e incentivar a difusão, a valorização do produtor, a inovação tecnológica e a regionalização; Item que melhor se relaciona com esta ação: Tecnologia e Inovação.

7.1. AÇÕES REALIZADAS E EM ANDAMENTO, COMUM AOS DEMAIS APL’S DO AMAZONAS I) PROGRAMA AMAZONAS DE APOIO A PESQUISA EM MICRO E PEQUENAS EMPRESAS – PAPPE SUBVENÇÃO/FINEP AMAZONAS. Descrição: Apoiar, com recursos financeiros, micro e pequenas empresas interessadas no desenvolvimento de produtos e processos inovadores. Coordenação: FAPEAM Início: 2008 Término: 2010 Execução: FINEP/SECT/FAPEAM/SEPLAN/AFEAM/SEBRAE-AM/IEL/IDAM Viabilização financeira: R$ 6.000.000,00

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais

SEPLAN 1.000.000,00 25 25 FAPEAM 1.000.000,00 25 25 Estaduais

SECT, SEBRAE, AFEAM, IEL, IDAM

FINEP 4.000.000,00 50 50 Federais / GTP APL

TOTAL R$ 6.000.000,00 100 Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Agregar valor e diversificar produtos de modo a ampliar a participação em mercados mais distantes (inclusive mercado exterior). Item que melhor se relaciona com esta ação: Tecnologia e Inovação.

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II) PROGRAMA DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA – PIT. Descrição: Apoiar, com recursos financeiros, micro e pequenas empresas interessadas no desenvolvimento de produtos e processos inovadores. Coordenação: FAPEAM Início: 2008 Término: 2010 Execução: SECT/FAPEAM Viabilização financeira: R$ 2.500.000,00

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais

Estaduais FAPEAM, SECT 2.500.000,00 100 100 Federais / GTP

APL

TOTAL R$ 2.500.000,00 100 Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Agregar valor e diversificar produtos de modo a ampliar a participação em mercados mais distantes (inclusive mercado exterior). Item que melhor se relaciona com esta ação: Tecnologia e Inovação.

III) PROGRAMA DE APOIO A INCUBADORAS – INCUBADORAS/AM. Descrição: Apoiar empreendimentos para criação ou continuidade de novos negócios, ou ainda, braços de P&D de pequenas e médias empresas, que tenham interesse em desenvolver produto ou serviços em incubadoras. Coordenação: FAPEAM Início: 2008 Término: 2010 Execução: SECT/FAPEAM Viabilização financeira: R$ 1.500.000,00

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais

Estaduais FAPEAM, SECT 1.500.000,00 100 100 Federais / GTP

APL

TOTAL R$ 1.500.000,00 100 Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Agregar valor e diversificar produtos de modo a ampliar a participação em mercados mais distantes (inclusive mercado exterior). Item que melhor se relaciona com esta ação: Tecnologia e Inovação.

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IV) PROJETO DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA. Descrição: Delinear estratégia de ação em prol do crescimento econômico, com abrangência em todos os municípios do Amazonas. Coordenação: SEBRAE Início: 2008 Término: 2010 Execução: SEBRAE Viabilização financeira: R$ 1.562.000,00

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais SEBRAE 1.562.000,00 100 1.562.000,00 100

Estaduais Federais /

GTP APL TOTAL R$ 1.562.000,00 100

Ação relacionada ao resultado nº: R3 – Infraestrutura adequada e mão-de-obra qualificada. A3.2 – Promover cursos de capacitação da mão-de-obra, realizados por especialistas e técnicos em processos e produtos para agregação de valor aos produtos. Item que melhor se relaciona com esta ação: Formação e Capacitação.

V) DISSEMINANDO A CULTURA DA COOPERAÇÃO. Descrição: Delinear estratégia de ação em prol do crescimento econômico, com abrangência em todos os municípios do Amazonas. Coordenação: SEBRAE Início: 2008 Término: 2010 Execução: SEBRAE Viabilização financeira: R$ 800.000,00

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais SEBRAE 800.000,00 100 800.000,00 100

Estaduais

Federais /

GTP APL TOTAL R$ 800.000,00 100

Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Aumento da produtividade. A1.1 – Investimento em projetos de pesquisa para o desenvolvimento do APL; A1.3 – Capacitar a mão-de-obra envolvida no processo. Item que melhor se relaciona com esta ação: Governança e Cooperação.

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VI) A GENTE SABE A GENTE FAZ. Descrição: Delinear estratégia de ação em prol do crescimento econômico, com abrangência em todos os municípios do Amazonas. Coordenação: SEBRAE Início: 2008 Término: 2010 Execução: SEBRAE Viabilização financeira: R$ 150.000,00

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais SEBRAE 150.000,00 100 150.000,00 100

Estaduais

Federais /

GTP APL TOTAL R$ 150.000,00 100

Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Aumento da produtividade. A1.1 – Investimento em projetos de pesquisa para o desenvolvimento do APL; A1.3 – Capacitar a mão-de-obra envolvida no processo. Item que melhor se relaciona com esta ação: Governança e Cooperação.

VII) EXPANSÃO DAS AÇÕES DE ORIENTAÇÃO EMPRESARIAL. Descrição: Delinear estratégia de ação em prol do crescimento econômico, com abrangência em todos os municípios do Amazonas. Coordenação: SEBRAE Início: 2008 Término: 2010 Execução: SEBRAE Viabilização financeira: R$ 250.000,00

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais SEBRAE 200.000,00

50.000,00 Estaduais

Federais /

GTP APL TOTAL R$ 250.000,00 100

Ação relacionada ao resultado nº: R3 – Infraestrutura adequada e mão-de-obra qualificada. A3.2 – Promover cursos de capacitação da mão-de-obra, realizados por especialistas e técnicos em processos e produtos para agregação de valor aos produtos. Item que melhor se relaciona com esta ação: Formação e Capacitação.

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VIII) IMPLANTAÇÃO DAS COOPERATIVAS DE CRÉDITOS. Descrição: Delinear estratégia de ação em prol do crescimento econômico, com abrangência em todos os municípios do Amazonas. Coordenação: SEBRAE Início: 2008 Término: 2010 Execução: SEBRAE Viabilização financeira: R$ 40.000,00

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais SEBRAE 40.000,00 100 40.000,00 100

Estaduais Federais /

GTP APL TOTAL R$ 40.000,00 100

Ação relacionada ao resultado nº: R2 – Difusão do associativismo e cooperativismo. A2.1 – Identificar a concentração de empreendimentos nos municípios trabalhados; A2.2 – Reunir os empreendimentos para a constituição de cooperativas. Item que melhor se relaciona com esta ação: Governança e Cooperação.

IX) ESTUDO DIAGNÓSTICO DE ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS DO ESTADO DO AMAZONAS. Descrição: Atualização de informações sobre os APLs do Estado Coordenação: Aguimar Vasconcelos Simões – NGTC

Início: nov/2006 Término: maio/2008

Execução: Núcleo de Gestão Tecnológica Compartilhada - NGTC SECT/AM Viabilização financeira: R$ 18.408,35

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais FEPI, SEMED - - -

Estaduais SECT, FAPEAM, UEA 18.408,35 100 18.408,35 100 Federais / GTP APL UFAM, EAFM -

TOTAL R$ 18.408,35 100 Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Aumento da produção e produtividade, visando ampliar o mercado, com produto padronizado e certificado. Item que melhor se relaciona com esta ação: Governança e Cooperação.

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X) REALIZAÇÃO DO I SEMINÁRIO ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS E O DESENVOLVIMENTO REGIONAL. Descrição: integração dos atores locais envolvidos com APL’s e divulgação do conhecimento obtido através dos estudos, pesquisas e diagnósticos pertinentes ao assunto. Coordenação: Núcleo de Gestão Tecnológica Compartilhada – NGTC

Início: 20/09/06 Término: 21/09/06

Execução: SECT/AM Viabilização financeira: R$ 52.086,88

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais UEA, FUCAPI - - -

Estaduais FAPEAM, SECT, SEPROR

52.086,88 100 - 100

Federais / GTP APL

SUFRAMA, INPA, EMBRAPA -

TOTAL R$ 52.086,88 100 100 Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Aumento da produção e produtividade, visando ampliar o mercado, com produto padronizado e certificado. Item que melhor se relaciona com esta ação: Formação e Capacitação.

8. AÇÕES PREVISTAS

8.1 PRIORITÁRIAS

I) PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO BIOTECNOLÓGICO Descrição: Ações de C&T para o desenvolvimento de produtos e processos biotecnológicos e Genéticos. Coordenação: SECT Início: 2009 Término: Execução: SECT Viabilização financeira:

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais

Estaduais SECT Federais / GTP APL GTP APL

TOTAL R$ 100 Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Aumento da produção e produtividade visando atingir o mercado nacional e exterior, com produto padronizado e certificado. A1.2 – Investir em pesquisa para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia de produção de novas espécies e incentivar a difusão, a valorização do produtor, a inovação tecnológica e a regionalização. Item que melhor se relaciona com esta ação: Tecnologia e Inovação.

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II) REDE DE BIODIVERSIDADE DA AMAZÔNIA. Descrição: Implantação de uma rede de biodiversidade da Amazônia. Coordenação: CBA e INPA Início: 2008 Término: Execução: CBA e INPA Viabilização financeira: GTP APL

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais

Estaduais GOV/AM Federais / GTP APL GTP APL, CBA, INPA

TOTAL R$ 100 Ação relacionada ao resultado nº: R3 - Infra-estrutura adequada e mão-de-obra qualificada. A3.3 – Investimentos em infra-estrutura e buscar utilização de incentivos existentes. Item que melhor se relaciona com esta ação: Investimento e Financiamento.

III) IMPLANTAÇÃO DO PÓLO DE BIOCOSMÉTICOS. Descrição: Construção de um Pólo de Biocosméticos que possa abrigar as empresas do segmento estabelecidas em incubadoras e demais interessadas. Coordenação: Governo do Amazonas Início: 2009 Término: Execução: SUFRAMA, Governo do Amazonas Viabilização financeira: GTP APL

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais 100

Estaduais GOV/AM 100 Federais / GTP APL

GTP APL/ MDIC/SUFRAMA 100

TOTAL R$ 100 Ação relacionada ao resultado nº: R3 - Infra-estrutura adequada e mão-de-obra qualificada. A3.3 – Investimentos em infra-estrutura e buscar utilização de incentivos existentes. Item que melhor se relaciona com esta ação: Investimento e Financiamento.

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8.2 COMUM AOS DEMAIS APL’s DO AMAZONAS I) SISTEMA DE INFORMAÇÕES CADASTRAIS DO NÚCLEO ESTADUAL DE ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS DO AMAZONAS – NEAPL/AM. Descrição: Esta ferramenta tem por objetivo, cadastrar as Sociedades Empresárias que compõem os APL’s selecionados pelo NEAPL, unificando as informações em âmbito Estadual e visando gerar informações que subsidiarão a definição de políticas públicas e o planejamento de ações de fomento para os setores. Coordenação: SEPLAN/NEAPL/DDR Início: 2009 Término: 2010 Execução: NEAPL/AM Viabilização financeira:

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais Estaduais SEPLAN,PRODAM Federais / GTP APL

GTP APL

TOTAL R$ Ação relacionada ao resultado nº: R3 - Infra-estrutura de beneficiamento adequada e mão-de-obra qualificada. A3.2 – Realizar cursos de capacitação da mão-de-obra realizada por especialistas e técnicos em processos de beneficiamento, armazenagem e embalagem, para agregação de valor aos produtos..

IItem que melhor se relaciona com esta ação: Governança e Cooperação.

II) REALIZAÇÃO DO II SEMINÁRIO ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS E O DESENVOLVIMENTO REGIONAL. Descrição: Integração dos atores locais envolvidos com APL’s e divulgação do conhecimento obtido através dos estudos, pesquisas e diagnósticos pertinentes ao assunto. Coordenação: SECT/AM e NEAPL/ AM

Início: 2009 Término: 2009

Execução: SECT/AM Viabilização financeira:

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$

%

Locais Estaduais FAPEAM Federais / GTP APL GTP APL

TOTAL R$ Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Aumento da produção e produtividade

Item que melhor se relaciona com esta ação: Formação e Capacitação.

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8.3 DEMAIS AÇÕES PREVISTAS

I) REDE DE INOVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE - SUB-REDE DE FITOTERÁPICOS. Descrição: Organizar e integrar a pesquisa dos institutos e academia à produção de bens e serviços, para intensificar a assimilação de conhecimento em processos e produtos e assim garantir uso sustentável. Coordenação: FUCAPI Início: 2009 Término: Execução: FUCAPI, MCT, MDIC e Fund. Oswaldo Cruz Viabilização financeira: R$ 5.000.000,00

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais FUCAPI - - 0

Estaduais 0 Federais / GTP APL

MCT, MDIC e Fund. Oswaldo Cruz 5.000.000,00 100 5.000.000,00 100

TOTAL R$ 5.000.000,00 100 Ação relacionada ao resultado nº: R3 - Infra-estrutura adequada e mão-de-obra qualificada. A3.3 – Investimentos em infra-estrutura e buscar utilização de incentivos existentes. Item que melhor se relaciona com esta ação: Investimento e Financiamento.

II) CURSO TÉCNICO DE BIOTECNOLOGIA (ÊNFASE EM COSMETOLOGIA) E CURSO DE ENGENHARIA DE BIOTECNOLOGIA. Descrição: Criação de novos cursos que atendam a necessidade de mão-de-obra capacitada. Coordenação: FUCAPI Início: 2009 Término: Execução: FUCAPI Viabilização financeira: FUCAPI

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais FUCAPI 100 100

Estaduais Federais / GTP APL

TOTAL R$ 100 Ação relacionada ao resultado nº: R3 - Infra-estrutura adequada e mão-de-obra qualificada. A3.1 – Buscar especialistas com conhecimento técnico e tecnologias disponíveis para o aprimoramento da gestão e capacitação da mão-de-obra para os empreendimentos. Item que melhor se relaciona com esta ação: Formação e Capacitação.

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III) PROJETO DE DESENVOLVIMENTO DE CORANTES NATURAIS. Descrição: o projeto visa o desenvolvimento de corantes naturais Coordenação: CBA Início: 2008 Término: * Execução: CBA, Chacara Way, Surya Cosmetics, Conetech, Provitro. Viabilização financeira: *

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais

Estaduais Federais / GTP APL CBA, FINEP * 100 100

TOTAL R$ 100 Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Aumento da produção e produtividade visando atingir o mercado nacional e exterior, com produto padronizado e certificado. A1.2 – Investir em pesquisa para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia de produção de novas espécies e incentivar a difusão, a valorização do produtor, a inovação tecnológica e a regionalização. Item que melhor se relaciona com esta ação: Tecnologia e Inovação.

* Não informado

IV) PROJETO DE DESENVOLVIMENTO DE NANOENCAPSULADO Descrição: o projeto visa o desenvolvimento de nanoencapsulado Coordenação: CBA Início: 2009 Término: * Execução: CBA, CTPIM, Nanocore, UNESP, Pronatus, Ecoamazon e UFAM Viabilização financeira: *

Parceiros Previsto R$ % TOTAL R$ % Locais

Estaduais Federais / GTP APL FINEP * 100 100

TOTAL R$ 100 Ação relacionada ao resultado nº: R1 – Aumento da produção e produtividade visando atingir o mercado nacional e exterior, com produto padronizado e certificado. A1.2 – Investir em pesquisa para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia de produção de novas espécies e incentivar a difusão, a valorização do produtor, a inovação tecnológica e a regionalização. Item que melhor se relaciona com esta ação: Tecnologia e Inovação.

* Não informado

9. GESTÃO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO

A gestão do plano é de responsabilidade do NEAPL, com todos os seus membros, que

possui uma coordenadoria executiva sediada na SEPLAN, conduzindo o processo de reuniões

e sistematização de informações, em parceria com as instituições que fornecem o provimento

de calendários de visitas aos municípios dos APL’s, e em alguns casos, do deslocamento de

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Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos

seus técnicos ou representantes da sociedade civil organizada até os municípios onde os

APL’s serão executados.

A metodologia proposta prevê o desenvolvimento de atividades voltadas ao

processamento industrial, transferência de tecnologia, entre outros. O desenvolvimento

implicará num processo de transformação social, econômico e cultural, em que os

beneficiários irão tornar-se sujeitos dinâmicos no processo. Esta transformação deverá ser

obtida pelo conhecimento destes sobre a sua realidade e pela sua inserção em formas

inovadoras de organização que favorecerão a participação no sentido de obter níveis de vida

condizentes com as exigências da sua natureza.

A participação dos empreendedores significa o rompimento das relações de

dependência para recuperar a capacidade em transformar suas realidades, compartilhando-se o

poder e estabelecendo-se parcerias (Ingles et al., 1999). Para tanto, os diferentes atores sociais

envolvidos no processo interagem e dialogam em encontros de interface (Long, 1989). As

relações entre os agentes serão processadas mediante um caráter de dialogicidade, onde os

conhecimentos e experiências dos elementos contidos no processo deverão ser considerados a

partir do respeito e esforço de compreensão dos valores dados e existentes na cultura popular

enquanto referência das ações.

Para tal, deverá ocorrer a compreensão dos mecanismos geradores dos problemas para

superar as causas reais dos mesmos (consciência crítica) e não somente a identificação dos

problemas e carências no sentido de propor soluções locais e viáveis (consciência programa).

Desta maneira, a participação é um processo que envolve a conscientização para criar canais

de articulação dos problemas locais com as condições estruturais, além das ações imediatas

para melhoria das condições locais.

Como estratégia metodológica da intervenção, optou-se pela abordagem sistêmica

devido à existência de interdependências entre os componentes que participam do segmento.

A base conceitual da abordagem sistêmica a ser utilizada (MORIN, 1998) tem em seu

conteúdo fundamental os conceitos de sistema, interações e organização do sistema.

Desta forma, com esta aliança, envolvendo as instituições parceiras, espera-se

consolidar e disseminar o arranjo produtivo, de modo técnico, com a adoção de metodologias

adequadas, para atendimento do mercado demandante regional, nacional e internacional,

culminando com o resgate, através da inserção sócio-econômica, da dignidade do

empreendedor do interior. Assim, este plano representa um compromisso firmado entre os

parceiros locais que culmine com o desenvolvimento sustentável do APL em referência.

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Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos

"Todos têm direito ao meio ambiente, ecologicamente equilibrado, bem de uso comum

do povo e essência a sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e a coletividade o

dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações"

(C.F. cap.6, art.225)

10. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO

Uma articulação estreita entre os protagonistas foi o critério utilizado para estabelecer

as parcerias, focalizando como primordial para o sucesso do plano, distribuir as atividades

entre as instituições com maior experiência na área enfocada. Desta forma, será feito um

acompanhamento integral e continuado de cada ação quanto à gestão de seus recursos, de seus

cronogramas, e da manutenção das informações atualizadas. Ainda, deverá ocorrer o

envolvimento direto dos beneficiários da atividade em todas as fases do plano, transferindo

desta forma aos participantes todas as informações necessárias à condução da atividade,

formando, desse modo, agentes multiplicadores.

Assim, todas as instituições envolvidas deverão acompanhar as ações de natureza

geral, como, o acompanhamento das criações, a formação de recursos humanos, a

transferência de tecnologia, entre outros. Deverá ser dada prioridade ao acompanhamento de

todos os aspectos relacionados com o APL, envolvendo a produção a partir de fitoterápicos e

fitocosméticos. Desta ação deverão decorrer todas as demais relativas ao controle e avaliação

sistemática, com vista à correção das distorções.

Portanto, o acompanhamento da execução deste plano exigirá o apoio de todos os

envolvidos, proporcionando as inversões físicas e humanas, aliadas da classe

empresarial/empreendedores, que, com recursos reembolsáveis ou não, poderá destinar

investimentos para a melhoria do segmento. O acompanhamento e a avaliação serão

conduzidos por intermédio dos seguintes meios de verificação:

R1 – Aumento da produção e produtividade, visando ampliar o mercado, com

produto padronizado e certificado.

A1.1 – Institutos de pesquisa - tecnologia disponível;

A1.2 – Pesquisa de mercado;

A1.3 – Número de certificados expedidos;

A1.4 – Indicadores oficiais (SUFRAMA, IBGE, etc).

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R2 - Difusão do associativismo e cooperativismo.

A2.1 – Pesquisa do IDAM, SEBRAE, CBA;

A2.2 – Tabulação de questionários e registro em cartório;

A2.3 – Lista de participantes nos fóruns;

A2.4 – Levantamento junto aos parceiros do APL.

R3 - Infra-estrutura adequada e qualificação profissional.

A3.1 – Sistema de currículo Lattes (CNPQ) ou similar;

A3.2 – Certificados expedidos;

A3.3 – Levantamento de empresas certificadas (APPCC);

A3.4 – Levantamento no mercado financeiro – Bancos oficiais e privados.

R4- Sistema logístico adequado.

A4.1 – Levantamentos da SDS, SEPROR, SUFRAMA;

A4.2 – Dados do MRE/MDIC;

A4.3 – Administração de Portos/DNER;

A4.4 – SISCOMEX/Receita Federal.

R5 - Legalizações e Licenças.

A5.1 –FIEAM, CIEAM, CIDE;

A5.2 - INPI, FIEAM, IPEM;

A5.3 – SEPLAN, IBGE, MDIC.

Ao lado deste plano, sumariamente descrito, seria oportuno dispor de um plano de

viabilidade para a criação de um organismo de certificação de produto no Estado do

Amazonas, que opere em conformidade com a Guia ISO/IEC 65/1996 no agroalimentar,

agroindustria e bioindústria. Tendo já operado em outras realidades, os parceiros deste plano

poderiam fornecer consultoria para projetos específicos e assistência até o star-up operacional

do organismo E formular o pedido de credenciamento do novo organismo à Organização

Brasileira de Credenciamento.

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Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos

REFERÊNCIAS

BOOZ, A. & HAMILTON. O Poder do Verde – Isto é nº 1653 de 06/06/2001 – Ed. Três. CRODAMAZON. I º Seminário Internacional de Cosmetologia da Amazônia, realizado de 05 a 07 de dezembro de 2001, em Manaus/AM. (Folder). FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO AMAZONAS. Plantas Medicinais e suas Aplicações na Indústria. Manaus, 1996. _____. Visão Industrial das Frutas Regionais da Amazônia. Manaus, 1996. FIEAM. Investimentos no Amazonas: Plantas Medicinais. Disponível em: http://www.fieamamazonas. FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO AMAZONAS. Tecnologia para Utilização de Plantas Medicinais. org.br/invest/plantas _medicinais.htm. Acesso em 24/06/2002 Manaus: SEBRAE/AM, 2001. (Série Agronegócios). História do Município de Manaquiri. Disponível em: <http://www.aam.org.br/aam/municipio/historia.asp?iIdMun=100113037>. Acesso em: 03. set. 2008. História do Município de Manaquiri. Disponível em: <http://www.ferias.tur.br/informacoes/242/manaquiri-am.html>. Acesso em: 03. set. 2008. INSTITUTO DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DO ESTADO DO AMAZONAS. Legislação Ambiental do Estado do Amazonas. 2. ed. Atual, Manaus: IPAAM, 2001. INSTITUTO DE PESQUISAS CIENTÍFICAS E TECNOLÓGICAS DO ESTADO DO AMAPÁ/PARQUE DE INCUBAÇÃO DE EMPRESAS E EXTENSÃO TECNOLÓGICA DO ESTADO DO AMAPÁ. Potencialidades Regionais: Produção de Cosméticos. s.d. (Apostila). LUZ, F.J.F. Plantas Medicinais de uso popular em Boa Vista, Roraima, Brasil. Horticultura Brasileira. Brasília, v. 19, n.1, março 2001. MAGAMA INDUSTRIAL LTDA.1o Seminário Internacional de Cosmetologia da Amazônia, realizado de 05 a 07 de dezembro de 2001, em Manaus/AM. (Folder). MMA/SUFRAMA/SEBRAE/GTA. Plantas Medicinais: Produtos Potenciais da Amazônia. Brasília, 1998. RESTON, José C. & LIMA, Onildo E. de C. As pequenas empresas e a biodiversidade. In: Revista SEBRAE. Nº 2, dez.2001/Jan.2002. SEBRAE/AC. Copaíba: Opções de Investimento no Acre com produtos florestais não madeireiros. Rio Branco: SEBRAE, 1995.

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Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos

_____. Andiroba: Opções de Investimento no Acre com produtos florestais não madeireiros. Rio Branco: SEBRAE, 1995. TRATADO DE COOPERACION AMAZONICA. Secretaria Pró-Tempore. Plantas Medicinales Amazônicas: Realidad y Perspectivas. Lima-Peru, s.d. SUPERINTENDÊNCIA DA ZONA FRANCA DE MANAUS. Zona Franca de Manaus e Amazônia Ocidental: um Modelo de Desenvolvimento Sustentável. Manaus: SUFRAMA, s.d. SEBRAE/AM. Cosméticos à base de Ervas Naturais: Capim-santo, Babosa, Alfazema, Alfavaca. 2. ed. Manaus: SEBRAE/AM, 2000 (Série Perfis Empresariais). _____. Beneficiamento de Ervas Medicinais e Aromáticas. 2. ed. Manaus: SEBRAE/AM, 2000 (Série Perfis Empresariais).

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ANEXOS

MUNICÍPIO DE MANAUS

Localizado próximo ao Encontro das Águas, na margem esquerda do Rio Negro, é a

sede do Estado, numa área de 11.401,1 km2. Seus limites são:

Norte: Município de Presidente Figueiredo Sul: Município de Iranduba e Careiro

Leste: Município de Itacoatiara e Rio Preto da Eva Oeste: Município de Novo Airão

Apresenta um clima equatorial quente e úmido, com temperaturas elevadas (mínima

18ºC e máxima 38ºC) na maior parte do ano, só aliviadas pelos altos índices pluviométricos

(superior a 2.000) no inverno local (novembro a abril). O verão ou período de estiagem vai de

maio a outubro. Em janeiro de 1995, por exemplo, choveu o equivalente a 530 mm. Estas são

as duas estações do ano que, embora tenham suas características próprias, não costumam se

definir com precisão sua ocorrência, já que chove e faz calor o ano todo.

A topografia é marcada por terras planas com pequenas ondulações, que separam as

porções de terras firmes, onde aparecem algumas vezes elevados barrancos.

Sua historia oficial tem início em 24 de outubro de 1848, quando, pela lei n◦ 145, da

Assembléia Provincial do Pará, recebeu o título de cidade da Barra do Rio Negro. Seis anos

depois da elevação do território amazonense à categoria de Província do Pará (5 de setembro

de 1850), seu nome foi alterado definitivamente para Manaus (4 de setembro de 1856). A

partir daí, a sua história estará ligada à expansão dos períodos econômicos que viveu, como o

ciclo da borracha e da Zona Franca de Manaus (ZFM).

No primeiro período, sua infra-estrutura foi marcada pela arquitetura importada da

Europa, que desenhou e construiu prédios imponentes, como o da Alfândega, o Palácio da

Justiça, o Mercado Municipal, o Reservatório D´água (estrutura de ferro de Glasgow), os

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sobrados portugueses, entre outros. Ganhou também um porto flutuante e diversas pontes

construídas pela engenharia inglesa. Logo a chamaram de cidade risonha, pelos seus traçados

e vistosos edifícios, em avenidas e de viajantes, turistas, poetas, boêmios, etc, que se

deslumbravam com o seu progresso.

No segundo período, marcado pela criação da ZFM, ocorreu a construção de novos e

belos edifícios, acompanhando o crescimento comercial, industrial e turístico da cidade.

Apesar de muito distante do litoral, no coração da Amazônia, somou uma infra-estrutura que

passou a ser servida pela iniciativa pública e particular (luz, telefone, ônibus, aviação,

restaurantes, hotéis, etc.).

Hoje, Manaus continua se transformando com as novas construções, reformas e

implantação de novas opções de turismo, diversão e lazer, com shoppings centers, viadutos,

centro de convenções, praças, supermercados, casas de shows, diversos museus, o zoológico

do CIG`S, a praia da Ponta Negra, etc.

Sua economia baseia-se no setor secundário (indústrias), seguido do setor terciário

(comércio e turismo) e menos expressivo o setor primário (extrativismo vegetal, pesca,

pecuária de corte e leiteira, piscicultura, agricultura de produtos hortifrutigranjeiros).

Área 11.401,1 Km2 (IBGE/2000) População Urbana: 1.396.768 hab. (IBGE/2000) Rural: 9.067 hab. (IBGE/2000)

2000 Total: 1.405.835 hab. (IBGE/2000) População estimada em 2004 1.592.555 hab. (IBGE/2004) Densidade demográfica 123,31 hab/km2 (IBGE/2000) Taxa de crescimento IDH 0,774 (IBGE/2000) Classificação IDH 1.194 (IBGE/2000) Educação Básica Urbana 548.040 alunos (SEDUC/2003) Rural 8.424 alunos (SEDUC/2003) Número total de escolas 680 (SEDUC/2003) Ensino Superior 7.398 Alunos (UEA/UFAM/2002) Eleitores 908.450 (TRE/2004) Número de leitos – total 2.694 (SIH-SUS/2002) Número de Empresas 42.798 Junta Comercial /AM - 2004 Produto Interno Bruto - PIB 18.402,91 R$milh. (IBGE/2002) PIB per capita 12.235,95 R$ 1,00 (IBGE/2002) Principais produtos Motocicleta, telefone celular, tv em cores, aparelhos de

som, monitores de vídeo, dvd player, mandioca, laranja, dendê, banana, pescado, bovinos, suínos e aves.

Programas Institucionais SEBRAE-AM (DLIS), Banco do Brasil (DRS), Ministério das Cidades (PMSS)

Número de domicílios: Dom Cobertura – Água Águas do Amazonas

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Volume Produzido 240.648.000 m3 Águas do Amazonas / 2001 Tratamento Estação de tratamento de água 1 Estação de tratamento de água 2 Estação de tratamento do Mauazinho

9.327.2049.235.732

724.580

m3/mês m3/mês m3/mês

Águas do Amazonas / 2001

Volume de reservação 114.732 m³ Águas do Amazonas / 2001 Nº de ligações 234.042 Unid. Águas do Amazonas / 2001 Poços 117 Águas do Amazonas / 2001 Metros de rede 2.200 km Águas do Amazonas / 2001

MUNICÍPIO DE PRESIDENTE FIGUEIREDO

O município de Presidente Figueiredo, assim denominado em homenagem ao primeiro

presidente da Província do Estado do Amazonas, João Baptista de Figueiredo Tenreiro

Aranha, foi criado em 10 de dezembro de 1981. Suas origens se prendem principalmente a

Novo Airão e Itapiranga, dos quais foi desmembrada a maior parte do território, bem como a

Manaus, cuja vizinhança foi fator influente no desenvolvimento da região, pois é cortado, no

sentido Sul-Norte, pela Rodovia Federal BR-174 (Manaus/AM – Boa Vista/RR), rodovia que

está totalmente pavimentada com boas condições de tráfego.

O Bioma Amazônia, que abriga a maior floresta do mundo, também insere um módulo

continental de incomparáveis monumentos cênicos; esta região localiza-se no município de

Presidente Figueiredo.

De acordo com estudos científicos, cerca de 3.000 km2, estão assentados sobre rochas

areníticas de origem marinha, daí o reconhecimento como “Amazônia marinha”, responsável

pela formação de dezenas de cachoeiras, corredeiras, cavernas e grutas. O relacionamento

Homem/ Natureza foi tão expressivo na região que é possível encontrar sítios arqueológicos

de mais de 2000 anos.

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Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos

Seus aspectos sócio-econômicos baseiam-se principalmente na exploração mineral,

extrativismo e turismo com uma forte tendência a exploração racional dos recursos

naturais.

Pecuária: Criação de bovinos, caprinos, eqüinos, e suínos.

Agricultura: Culturas Temporárias – mandioca, macaxeira, arroz, feijão, milho, cana-

de-açúcar. Culturas Permanentes – abacaxi, melancia, abacate, banana, laranja, mamão,

cupuaçu, pupunha.

Avicultura: Restrita ao criatório de galinhas, para consumo familiar.

Pesca: Concentra-se na Vila de Balbina, no grande lago que a hidrelétrica formou e no

próprio rio Uatumã. Criação de alevinos em açudes. Existe colônia de pescadores que se

dedicam à pesca do tucunaré.

Extrativismo Vegetal: Extração de Madeira;

Extrativismo Mineral: pedras, minérios de cassiterita e estanho;

Reservas Minerais: columbita, tantalita, criolita e ziconita.

Indústrias: serrarias, guaraná, destilaria, álcool e aguardente. Gelo e serviços de

utilidades públicas (energia).

Setor Terciário: Hotéis, restaurantes, comércios atacadistas e varejistas, banco,

prestação de serviços, turismo.

Observa-se que a população tem uma tendência mais rural que urbana, pois são

mais de 30 (trinta) comunidades distribuídas ao longo das rodovias BR-174 e AM-240, com

uma carência por equipamentos públicos comunitários, do tipo: escolas, sistemas de

tratamento de água e esgoto, ou seja, infra-estrutura básica. Outra carência é a oferta de

emprego e geração de renda, decorrentes de uma falta de interação dos setores primários,

secundários e terciários existentes no município.

Área 25.422.2 Km2 (IBGE) Distância/Manaus Fluvial: - Km (IBGE) Aérea: 107 km (IBGE) População Urbana: 8.407 hab. (IBGE/2000) Rural: 8.987 hab. (IBGE/2000)

2000 Total: 17.394 Hab. (IBGE/2000) População estimada em 2004 22.273 Hab. (IBGE/2004) Densidade demográfica 0.88 Hab/km2 (IBGE/2000) Taxa de crescimento 11,21 (IBGE/2000) IDH 0,741 (IPEA/2000) Classificação IDH 2123 (IPEA/2000) Educação Básica Urbana 4.872 Alunos (SEDUC/2003)

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Rural 4.077 Alunos (SEDUC/2003) Número total de escolas 40 (SEDUC/2003) Ensino Superior 195 (UEA/ UFAM/2002) Eleitores 13.601 (TRE/2004) Número de leitos – total 28 (SIH-SUS/2002) Número de Empresas 709 Junta Comercial /AM – 2005 Produto Interno Bruto - PIB 52,87 R$milh. (IBGE/2002) PIB per capita 2.648,73 R$ 1,00 (IBGE/2002) Principais produtos Cana-de-açúcar, laranja, coco, milho, banana, pescado,

bovinos, suínos, ovinos, aves e ovos de galinha Programas Institucionais SEBRAE-AM (DLIS), Ministério das Cidades (PMSS) Número de domicílios: 2.270 dom (Levantamento de campo/2003) Cobertura – Água SAAE - Serviço Autônomo de Águas e Esgotos Volume Produzido 29,5 L/s (Levantamento de campo/2003) Tratamento 29,5 L/s (Levantamento de campo/2003) Volume de reservação 300 m³ (Levantamento de campo/2003) Nº de ligações 1.600 Unid. (Levantamento de campo/2003) Déficit Sede 17,09 % (Levantamento de campo/2003) Sistema de esgoto Parcial (Levantamento de campo/2003)

MUNICÍPIO DE BARREIRINHA

O município está situado na região dos rios Andirá e Ariaú e Paraná do Ramos,

Urucurituba e Massanaú. A sede situa-se à margem do Paraná do Ramos, com uma certa

infra-estrutura (energia, educação, saúde, etc.). Estima-se que o município possua 16.628

habitantes (IBGE/95) em uma área de 6.007 Km quadrado.

O local ocupado hoje pela cidade de Barreirinha pertenceu primitivamente ao Senhor

Manuel da Silva Lisboa, que fora abandonado afim de fugir do sanguinário índio Crispim de

Leão, vindo este falecer, transpassado por ma bala, no conflito que ocorrera no incêndio da

“nascente povoação” de Andirá. Fora criado pela resolução n. 76, de 2 de outubro de 1848, da

Província do Pará, a Missão de Andirá. Em 27 de outubro de 1851, aportou em Andirá o

padre Manuel Justiniano de Seixas, da Companhia de Jesus, construindo com auxilio dos

moradores local uma capela com a invocação de N.S.do Bom Socorro. Pela Lei n. 6, de 23 de

outubro de 1842 a Missão de Andirá foi elevada a curato, subordinada a Vila Bela da

Imperatriz. Pela Lei n. 14, de 17 de novembro de 1853, foi criado o distrito de Andirá, com a

denominação de N.S. do Bom Socorro do Andirá, que em 1858 passou a denominar-se

simplesmente Andirá, em virtude da Lei n. 92, de 9 de novembro do mesmo ano. Pela força

da Lei n. 263, de 13 maio de 1873, a sede do município foi transferida para o local

denominado Barreirinha.

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Pela Lei n. 539, de 9 de junho de 1881, criou o município de Barreirinha com o

território desmembrado de Parintins, com a denominação de Vila Nova de Barreirinha. Pela

Lei n. 33, de 4 de novembro de 1892, veio a confirmar a criação do município de Barreirinha,

em 30 de dezembro de 1920, duzentos homens invadiram a indefesa Vila e saquearam as

casas comerciais pertencentes a hebraicos. Em 1922 com a enchente do rio que banham suas

terras o município sofreu grande prejuízo em sua economia, devastou cerca de 80% da sua

lavoura cacaueira uma das principais economias da época. Pelo Decreto- Lei n. 176, de 1 de

dezembro de 1938, foram criados os distritos de Ariaú, Andirá e Pedras passando, portanto, o

município a ter quatro distritos inclusive da sede. Pelo Decreto-Lei Estadual n. 441, de 1 de

julho de 1940 o Termo Barreirinha é transferido para a comarca de Maués. A lei n. 226, de 24

de dezembro de 1952 criou a comarca de Barreirinha, e que até esta data não fora instalada. E

em 24.12.1952, através da Lei Estadual n° 226, é criada a Comarca de Barreirinha.

A economia baseia-se na produção de castanha, cumaru, andiroba, babaçu, patauá e

madeira. Há também boa produção de pescado para o consumo local. Na agricultura, o

destaque fica para a mandioca, melancia, melão, feijão, ca-de-açúcar e frutas tropicais (caju,

maracujá, abacate, banana, laranja, etc.).

MUNICÍPIO DE MANAQUIRI

A População Total do Município era de 12.711,00 de habitantes, de acordo com o

Censo Demográfico do IBGE (2000).

Sua Área é de 3.975,76 km² representando 0,25 % do Estado, 0,10 % da Região e

0,05 % de todo o território brasileiro.

Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,66 segundo o Atlas de

Desenvolvimento Humano/PNUD (2000).

Área Territorial: 3.975,76 km² Fonte: IBGE Ano de Instalação: 1985 Microrregião: Manaus Mesorregião: Centro Amazonense Altitude da Sede: 48,00 m Distância à Capital: 60,25 Km Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano/PNUD

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As origens do município se prendem à do Careiro. O povoamento da região ganha

impulso a partir de 1977, quando para ali fluem grandes levas de nordestinos. Com o

desenvolvimento local, em 1938, é criado o Distrito do Careiro como parte do Município de

Manaus. Em 1955, Careiro é desmembrado, passando a constituir município autônomo.

Em sua estrutura administrativa figuram os seguintes subdistritos: Careiro, Curari,

Garupá, Mamori, Janauacá, São Joaquim e Manaquiri. Em 10.12.1981, pela Emenda

Constitucional nº. 12, o subdistrito de Manaquiri, acrescido de outros territórios também do

Careiro e mais áreas contíguas de Manacapuru e Borba, passa a constituir município

autônomo de Manaquiri.

Características

Setor Primário

• Agricultura: Destaque para a mandioca, na fabricação da farinha. A produção de

gênero alimentício é ainda insuficiente, com o cultivo de arroz, milho, feijão,

mandioca, hortaliças e frutos regionais.

• Pecuária: O criatório bovino consiste, sobretudo, na criação de nelores e Guzerá. A

suinocultura é voltada para o abate e consumo. A criação dos porcos é em quintais,

para o consumo familiar. Existem pequenas quantidades de caprinos.

• Pesca: pescado capturado por barcos pesqueiros de Manaus e regiões

circunvizinhas.

• Avicultura: possui criatório de galinhas, frangos e patos, com características de uso

doméstico.

• Extrativismo vegetal: destaca-se a madeira, sobretudo o louro, Angelim e

jacaraúba, açaí, essência de pau-rosa, além de frutasd regionais como pupunha,

abacaba, patoá, tucumã, maracujá do mato, mari e uichi.

Setor Secundário

• Indústrias: serrarias, fábrica de gelo, agroindústria de extração de óleos e olaria

Setor Terciário

• Comércio: varejista e atacadista.

• Serviços: agência bancária, hotéis e pensões.

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POPULAÇÃO POR SITUAÇÃO DE DOMICÍLIO – 1991 E 2000

Anos População 1991 2000 Urbana 2.391 4.165

Rural 8.327 8.546

Taxa de Urbanização % 22,31 32,77

TOTAL 10.718 12.711

ANOS DESCRIÇÃO

1991 2000

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal 0,585 0,663

Educação 0,545 0,761

Longevidade 0,640 0,670

Renda 0,571 0,558

PRODUTO UNIDADE HECTAR QUANTIDADE Nº DE COMUNIDADES

Mandioca t 290 2.946

Laranja Mil f 100 3.500

Tangerina Mil f 42 1.680

Mamão Mil f 80 960

Caprinos Cabeça - 602

Bovinos Cabeça - 23.317

Suínos Cabeça - 9.455

Ovinos Cabeça - 3.502

Aves Cabeça - 44.354

Bubalinos Cabeça - 116

124

81