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8/17/2019 Aplicação Manguezais Sistemas de Informações Geograficas
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SOUZA , ET AL (2013)
Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação, 2013 1
APLICAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA PARA A GESTÃO AMBIENTAL DOS
MANGUEZAIS SERGIPANOS: ESTUDO DE CASO NA ADEMA
B. B. Souza¹, M. A. B. Melo², M. Correa², G. N. Silva² e J. D. Melo¹¹Grupo de Pesquisa em Meio Ambiente e Gestão Territorial – Instituto Federal de Sergipe, IFS. E-mail:
[email protected]; 2 Administração Estadual do Meio Ambiente, ADEMA
E-mail:[email protected]
Artigo submetido em xxx/2013 e aceito em xxxx/2013
RESUMO
Os manguezais são um ecossistema alvo de fortes
pressões antrópicas, e se encontra em condição
crítica de conservação. Dado este contexto,
incorporar ferramentas para maximizar a eficiência
da gestão territorial de seus remanescentes pelo
uso de ferramentas SIG, é estratégico para sua
perpetuidade. A geração de novos conhecimentos
acerca do tema é um primeiro passo e de caráter
fundamental para a implementação destas ações.
No entanto, o conhecimento gerado quando não
apropriado na rotina da instituição não é de
qualquer valia, o que eleva a forma de uso do
conhecimento ao nível do conhecimento em si.
Através deste estudo, pode-se constatar que a
incorporação das informações de maneira indireta,
através de mecanismos automatizados de
processamento de dados geoespaciais, fora da
percepção dos profissionais, torna os novos
conhecimentos e ferramentas mais efetivos quanto
a seu objetivo que é o uso amplo nas atividades de
gestão ambiental no âmbito do Estado de Sergipe.
PALAVRAS-CHAVE: Gestão Ambiental, Banco de Dados, Licenciamento Ambiental, Gestão do
Conhecimento.
GEOGRAPHIC INFORMATIONS SERVICES APPLICATION TO ENVIRONMENTAL MANAGEMENT OF
SERGIPE MANGROVES: ADEMA CASE
ABSTRACT
Mangroves are an ecosystem under heavy
anthropogenic pressures and in critical situation about
the conservation . In the context, incorporation of GIS
tools to maximize the efficiency of their remaining land
management is strategic for its perpetuity. Thus, the
generation of new knowledge on the subject is the first
step and essential for the implementation of these
actions . However , the knowledge generated when not
appropriate in the routine of the institution is of no
value, which elevates the form of use of knowledge as
important as the knowledge itself . Through this study ,
it can be seen that the incorporation of information
indirectly through mechanisms automated processing of
geospatial data, outside the perception of professionals,
makes new knowledge and tools more effective as your
goal is broad use in management activities environment
within the State of Sergipe.
KEY-WORDS: Environmental Management, Database, Environmental Licensing, KnowledgeManagement.
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APLICAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA PARA A GESTÃO AMBIENTAL DOS
MANGUEZAIS SERGIPANOS: ESTUDO DE CASO NA ADEMA
INTRODUÇÃO
A Administração Estadual do Meio Ambiente é uma Autarquia Estadual criada pela Lei nº
2.181, de 12 de outubro de 1978, que veio ser alterada pela Lei 5.057, de 07 de novembro de
2003, e que possibilita a execução das políticas estaduais relativas ao meio ambiente.
Responsável pela execução da Política de Meio Ambiente, no âmbito do Estado de Sergipe
Dentre os diversos tipos de cobertura vegetal existentes no Estado, o Manguezal é um
ecossistema, componente do bioma Mata Atlântica, que sofre crescentes impactos em função de
atividades humanas (BRASIL, 2006; DUKE, et al. 2007; ALONGI, 2002, VALIELA, 2001). Este
ecossistema é responsável por diversos serviços ecossistêmicos essenciais à manutenção da
qualidade de vida, principalmente das comunidades costeiras e estuarinas além de ser a base que
sustenta diversos ecossistemas associados (BRASIL, 2006; RONNBACK, 1999; SRIVASTAVA, 2012).
Em virtude de sua importância torna-se urgente a tomada de ações para a preservação de
seus remanescentes (SRIVASTAVA, 2012), contudo um planejamento adequado das mesmas
exige um diagnóstico prévio da extensão e da distribuição dos seus remanescentes. Este
mapeamento gerou o conhecimento necessário para subsidiar o monitoramento ambiental
eficiente do ecossistema, além das ações de zoneamento urbano, com finalidade de prevenir a
instalação de atividades potencialmente danosas em área de influência destes ambientes.
Neste contexto, a Administração Estadual do Meio Ambiente (ADEMA) possui o maiorinteresse na consolidação e uso de tal ação, pois se compreende que a integração entre o
conhecimento sobre a espacialização do ecossistema e as ações públicas de gestão ambiental,
particularmente o licenciamento e a fiscalização, é um passo essencial à sua preservação.
Associados a este fato gerador inicial, a utilização de ferramentas SIG em processos de
análise técnica no Licenciamento Ambiental surgiu como elemento estratégico para a ampliação
da qualidade técnica, da acurácia da análise e da legitimação da ação da Adema, através da
participação social mais efetiva, da publicidade dos dados disponíveis e da apropriação da
espacialização das informações na execução da política estadual de meio ambiente no Estado de
Sergipe.
Geração da Base Cartográfica
No ano de 2012, foi realizado o mapeamento de todo o ecossistema manguezal
remanescente no estado de Sergipe. Para a geração da base cartográfica foram adquiridas 23
imagens constelação de satélites RapidEye, georeferenciadas e ortoretificadas, cobrindo 21
municípios da costa Sergipana, com uma área de 502.200 ha.
Através da aplicação de técnica de classificação supervisionada, foram mapeados neste
processo 25.626,24 ha divididos em 16 municípios. Com esta aplicação foi possível verificarmos
que os remanescentes encontram-se concentrados em quatro áreas principais nos estuários e ao
longo dos principais afluentes dos rios Piauí, Vaza Barris, Sergipe e São Francisco.
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Figura 2 – Detalhe de levantamento estatístico – Mapa Temático
Fonte: Silva e Barros, 2012.
Este Banco de Dados GeoEspacial inovou no âmbito do Estado de Sergipe, criando e
disponibilizando através de tecnologia da informação e comunicação pela primeira vez uma
cobertura total do Estado, através de imagens de satélite, permitindo uma ampla gama de novas
aplicações e uso de geoprocessamento, tanto para planejamento quanto para ações executivas
de fiscalização, por exemplo.
Apropriação do Conhecimento
No âmbito da ADEMA, após diversos momentos de interação, notou-se uma subutilização
da capacidade latente informacional dos mapas temáticos por parte dos técnicos. Apesar da
tecnologia da informação ser utilizada como ferramenta cotidiana na instituição, a introdução de
uma nova modalidade de informação, o Sistema de Informações Geográficas -SIG, que necessita
de ferramentas mais específicas e integração com outros sistemas de informação, não foi
absorvida inicialmente de maneira bem sucedida pelos profissionais.
Dentre os motivos alegados pelos participantes, a falta de tempo e de habilidade eram os
principais impedimentos, o que demonstrou uma possível falta de compreensão dos ganhos
futuros em termos de eficiência que as ferramentas de gestão de informações poderiam gerar
para seus trabalhos. Segundo Chiavenato, esta resistência pode ser compreendida como natural,
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pois alterações no modus operandi da instituição despertam reações no meio onde são
instituídas, de maneira análoga à lei fundamental da física que versa sobre a ação e reação
(CHIAVENATO, 2005).
Esta resistência apresentada nos momentos de alterações processuais quanto a soluções
tecnológicas já foi abordada de maneira mais ampla por Dias, quanto a tecnologias, três
motivadores essenciais à adoção das mesmas devem estar presentes: utilidade, facilidade de uso
e prazer (DIAS, 2000).
Figura 3 – GeoCatálogo da ADEMA / Banco de Dados Geoespacial
Fonte: Autores, 2013.
Foi adotada como estratégia para minimizar este fator, a definição de técnicos para
exercer o papel de pontos focais departamentais, como forma de introduzir as novas ferramentasna gestão dos processos, fazendo com que a introdução do conhecimento ocorresse de forma
que as aplicações, em um primeiro momento, não precisassem ser diretamente manipuladas
pelos responsáveis pela execução da ação, direcionando a utilização ao Banco de Dados
Geoespacial e aos mapas temáticos, minimizando este efeito negativo.
Aplicação do SIG no processo de Licenciamento
Um dos processos mais importantes da gestão ambiental, o Licenciamento Ambiental no
âmbito da ADEMA passou por diversos ciclos de modernização tecnológica nos anos recentes,
todos com o objetivo de sua completa automação. Para esta finalidade, todos os passos do
processo passaram a ser realizados em uma plataforma online, vinculada a um banco de dados(XAVIER. ET AL, 2012)
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Os SIG possuem na instituição pesquisada aplicabilidade essencial para a realização de
estudos ambientais, pois proporcionam a possibilidade de integrar, armazenar e processar
grandes volumes de dados especializados obre os recursos naturais Estes estudos possuem
grande valor como subsídio a atividades de licenciamento ambiental em todas as suas etapas,
fornecendo uma visão contextualizada da informação (DZEDZEJ, ET AL, 2011).
Desta forma, o uso efetivo de ferramentas de SIG passou a ser visualizado no processo
gerencial como uma etapa indispensável para a modernização, agregando valor a estas ações. A
solução escolhida para que os dados passassem a ser aplicados de maneira efetiva com um
impacto mínimo na atividade técnica foi a integração de um conjunto de informações proibitivas
ao licenciamento, gerando uma limitação na formação de processos de licenciamento para
empreendimentos que se encontram em áreas ocupadas por manguezais, automaticamente.
Figura 4 – Manguezais grande Aracaju x Empreendimentos licenciados
Fonte: Autores, 2013.
Esta implementação executa uma regra que - uma vez que toda informação técnica do
sistema encontra-se vinculada a uma coordenada geográfica – inseriu no banco dados
transacional do sistema de gestão de processos, um conjunto de coordenadas proibidas que
evitam o cadastro de empreendimentos inseridos em áreas de manguezal, conforme Figura 4,
consequentemente negando sumariamente a formalização de processo, sequer sendo alvo de
análise técnica e aplicando com muita eficiência o regramento legal vigente.
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CONCLUSÃO
Este trabalho apresenta um relato de estudo de caso sobre a introdução e aplicaçãoprática da integração entre ferramentas de SIG e de gestão do conhecimento para melhoria da
eficiência na gestão pública no licenciamento ambiental do Estado de Sergipe.
Apesar das dificuldades para a apropriação das ferramentas de gestão altamente
especializadas, a forma com a qual é introduzida pode apresentar um nível de impacto maior que
o conhecimento que é agregado, no caso em estudo, estes fatores foram levados em
consideração, o que permitiu grau muito significativo de adesão a nova metodologia de trabalho,
pelos técnicos envolvidos com o Licenciamento Ambiental em suas atividades analíticas diárias.
Desta forma, conclui-se que para a adoção destas práticas, o analista não precisa
necessariamente estar envolvido na interpretação das informações, podendo os dados por ele
fornecidos, ser processados de maneira integrada àquelas em um espaço fora de seu domínio, e
lhe ser devolvidos apenas em um espaço de homologação na forma de conhecimento.
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13. SILVA, C. M. A., BARBOSA., A. A. Licenciamento ambiental na Adema: mapeamento e quantificaçãodas licenças emitidas de 2008 a 2011. In. II Seminário Temático do Projeto Levantamento Quantitativo
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http://www.cibtech.org/jgee.htmhttp://www.cibtech.org/jgee.htm