Apometria e o tratamento do autista.doc

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APOMETRIA

APOMETRIA NO TRATAMENTO DO ALTISMO

O COMEO por Ftima Dourado, Janeiro de 98, Junho de 1993. Meus dois filhos autistas, Giordano e Pablo, freqentavam a nica entidade que aceitava pessoas autistas na cidade de Fortaleza. Giordano, o mais velho dos dois, comeava a apresentar os problemas geralmente comuns a adolescentes autistas, apresentava crises agressivas, estava pouco receptivo ao aprendizado, despertava para uma sexualidade que no entendia, mas que insistia em apresentar-se, modificando-lhe o corpo e despertando desejos e vontades com as quais ele no sabia lidar. H alguns anos, Giordano freqentava esta escola, a seu modo gostava de pertencer a uma comunidade, tinha um lugar, onde era aceito e acreditava eu, contava com pessoas que nos ajudariam a ultrapassar mais esta fase.

ltimo dia de aula. Fui convocada para uma reunio. Pauta, Giordano Bruno. A equipe decidira que ele no mais freqentaria a escola no segundo semestre, estava difcil lidar com ele. Alguma coisa de muito forte cresceu dentro de mim. Misturavam-se revolta, medo, decepo e coragem. De repente, ficou claro para mim o tamanho da nossa excluso. No havia lugar para Giordano. Eu era uma profissional bem sucedida, uma pessoa pblica que havia conquistado o respeito e o apoio da comunidade onde vivia, comunidade pela qual eu tambm nutria respeito e da qual participava ativamente. Dois dos meus filhos (eu tenho quatro), no entanto, eram diferentes, autistas. Como toda me de autista, eu j sabia que neste mundo , nem todos os lugares estavam preparados para receb-los. Que a minha luta e a da minha famlia era bem maior que ajudar Pablo e Giordano a crescerem e desenvolverem-se com suas peculiaridades. Era preciso crescer com eles e lutar para que o mundo tambm crescesse para que pudesse comport-los.

"Eu sinto muito", disse a diretora, "sei que no existe outro local, mas... ns tambm no podemos ficar com ele." "No se preocupe", respondi, "no prximo semestre Giordano estar freqentando um outro centro, ele j tem um nome, vai se chamar Casa da Esperana, e deste centro nenhuma pessoa autista ser excluda por suas dificuldades." No sei de onde tirei esta idia, mas tinha que me sobrar alguma coisa, sobrara a esperana.

No dia seguinte vrias mes de autistas me procuraram, um outro adolescente tambm havia sido colocado fora da escola. ramos nove mulheres, dez crianas e adolescentes autistas. Estava plantada a semente da Casa da Esperana.

Ftima Dourado, mdica, me fundadora e presidente da Casa da Esperana.incioA DINMICA GRUPAL E SUA IMPORTCIA NO TREINAMENTO DE AGENTES PEDAGGICOS por Luis Achilles Furtado, Junho de 98

A sndrome do Autismo j traz diversas questes a serem pensadas pelos diversos estudiosos e profissionais. Tais questes podem variar desde o ramo da medicina, psicologia, pedagogia e psicopedagogia. O vis desta reflexo parte das experincias trazidas do trabalho dos profissionais na Casa da Esperana e da importncia da formao de profissionais aptos a terem um contato direto e dirio com pessoas autistas respeitando as diversas diferenas tanto dos profissionais que o cercam como dos seus clientes e famlias.

Antes de tudo, no se deve esquecer a amplitude social e poltica desses treinamentos aos quais me refiro, pois alm de abrir espao para um novo quadro de profissionais, atinge geralmente pessoas com uma posio social menos abastada reintegrando-os no mundo do trabalho e da educao. Em um nvel mais amplo, informa a populao em geral das especificidades da sndrome do Autismo alm do respeito s diferenas.

Portanto, trago questes que se referem, no prtica pedaggica direta com pessoas autistas, mas sim, questes referentes formao desses importantes profissionais que, para ns, so os pilares do nosso trabalho.

Ao propormos uma abordagem relacional do autismo, damos nfase na relao Agente - pessoa autista, mas para que essa relao possa ser possvel, assim como todas as outras relaes sociais, ela deve ter uma origem na prpria histria de vida do profissional. Assim, devido prpria particularidade da vida de cada um, teremos diversos profissionais com caractersticas bastante diversas.

Mas como unificar todas essas particularidades?

Para que possamos pensar desta maneira, temos que partir de algo comum para estas pessoas: o treinamento. Nesse lugar temos que ouvir e falar sobre a importncia do estabelecimento das relaes e do respeito s diferenas. E a matriz desse processo a prpria dinmica relacional presente no grupo e os diversos impasses por este superados.

Defendo, portanto, alm do ato pedaggico relacionado aos diversos conceitos e teorias a respeito do autismo, uma nfase de extrema importncia na dinmica das relaes do grupo. Pois, de acordo com minha experincia, maneira que aquela reunio de pessoas cresce enquanto grupo (adquirindo, portanto, caractersticas em comum e formando um ncleo identificatrio), vo surgindo, naturalmente, aqueles que esto cada vez mais aptos a trabalharem com pessoas diferentes.

Vejo no s a importncia do treino de papis atravs do teatro espontneo, mas que at sesses de piadas ou desabafos a respeito de dificuldades encontradas fora da sala de aula so de extrema importncia para o estabelecimento de um papel profissional que necessita de to grande expresso da individualidade, da criatividade e da espontaneidade.

O trabalho, logicamente, deve seguir uma linha de objetividade, seriedade e comprometimento. Mas isso s pode se estabelecer se o grupo estiver l presente. E para que isso seja possvel, deve-se ter um lugar de expresso das agressividades, ternuras, medos e esperanas no s com relao ao papel profissional ao qual se candidatam, mas sim com relao sua prpria individualidade. O que no deve ser de maneira nenhuma confundido com uma prtica teraputica.

Essa experincia vem ensinar para ns profissionais da Casa da Esperana e do Projeto Amigos da Diferena que, para que possamos lidar com a grande variedade de pessoas autistas com seus diversos nveis de comprometimentos, importante que possamos reconhecer nossas diferenas e dificuldades nas relaes mais sutis e cotidianas. Temos, portanto, que para que haja uma boa formao profissional, atingimos antes de tudo um crescimento pessoal e relacional.

No chorem por ns Este artigo foi publicado na revista da Rede Internacional de Autismo (Autism Network Internetional), Nossa Voz, volume 1, n 3, 1993. uma amostra do discurso de Jim na Conferncia Internacional de Autismo em Toronto e foi dirigido principalmente aos pais.]

Os pais geralmente contam que reconhecer que seu filho autista foi a coisa mais traumtica que j lhes aconteceu. As pessoas no autistas vem o Autismo como uma grande tragdia, e os pais experienciam um contnuo desapontamento e luto em todos os estgios do ciclo de vida da famlia e da criana.

Mas este pesar no diz respeito diretamente ao Autismo da criana. um luto pela perda da criana normal que os pais esperavam e desejavam ter. As expectativas e atitudes dos pais e as discrepncias entre o que os pais esperam das crianas numa idade particular e o desenvolvimento atual de seu prprio filho causam mais estresse e angstia que as complexidades prticas da convivncia com uma pessoa autista.

Uma certa quantidade de dor normal, at os pais se ajustarem ao fato de que o resultado e o relacionamento que eles estavam esperando no vai se materializar. Mas esta dor pela criana normal fantasiada precisa ser separada da percepo da criana que eles realmente tm: a criana autista que precisa de adultos cuidadosos, pode obter um relacionamento muito significativo com essas pessoas que cuidam dela, se lhes for dada a oportunidade. Atentar continuamente para o Autismo da criana como a origem da dor prejudicial tanto para os pais como para a criana e impede o desenvolvimento de uma aceitao e de um relacionamento autntico entre eles. Em considerao a eles prprios ou a suas crianas, eu conclamos os pais a fazerem mudanas radicais nas suas opinies sobre o que o Autismo significa.

Eu convido vocs a olharem para o nosso Autismo e olharem para o seu luto sob a nossa perspectiva.

O Autismo no um apndice

O Autismo no algo que uma pessoa tenha, ou uma concha na qual ela esteja presa. No h nenhuma criana normal escondida por trs do Autismo. O Autismo um jeito de ser, pervasivo; colore toda experincia, toda sensao, percepo, pensamento, emoo e encontro, todos os aspectos da existncia. No possvel separar o Autismo da pessoa. E se o fosse, a pessoa que voc deixaria no seria a mesma com a qual voc comeou.

Isto importante, ento tire um momento para considerar que: o Autismo um jeito de ser. No possvel separar a pessoa do Autismo.

Por conseguinte, quando os pais dizem:

"Gostaria que meu filho no tivesse Autismo",

O que eles realmente esto dizendo :

"Gostaria que meufilho autista no existisse, e eu tivesse uma criana diferente em seu lugar"

Leia isto novamente. Isto o que ouvimos quando vocs lamentam por nossa existncia. o que ouvimos quando vocs rezam por nossa cura. o que percebemos quando vocs nos falam de suas mais ternas esperanas e sonhos para ns: que seu maior desejo que, um dia, ns deixemos de ser, e os estranhos que vocs possam amar vo surgir detrs de nossas faces.

Autismo no uma parede impenetrvel

Voc tenta falar com seu filho autista e ele no responde. Ele no te v. Voc no consegue alcan-lo. No h adentramento. a coisa mais difcil de lidar, no ? A nica coisa que isso no verdade.

Veja novamente: voc tenta falar como pai de uma criana, usando seu prprio entendimento de uma criana normal, seus prprios sentimentos sobre a maternidade e a paternidade, suas prprias intuies e experincias sobre relacionamentos. E a criana no responde de forma que voc possa reconhecer como sendo parte desse sistema.

Isso no significa que a criana esteja totalmente incapacitada para se relacionar. S significa que voc est assumindo um sistema compartilhado, um entendimento compartilhado de sinais e significaes do qual a criana em questo no participa.

como se voc tentasse ter uma conversa ntima com uma pessoa que no tem compreenso de sua linguagem. bvio que a pessoa no vai entender o que voc est falando; no vai responder da forma que voc espera; e pode mesmo achar confusa e desprazeirosa toda a interao.

D mais trabalho se comunicar com uma pessoa cuja linguagem no a nossa. E o Autismo vai mais fundo que a linguagem e a cultura. Os autistas so estrangeiros em quaisquer sociedades. Voc vai ter que abrir mo de toda a sua apropriao de significados compartilhados. Voc vai ter que aprender a voltar a nveis mais bsicos, sobre os quais provavelmente voc nunca tenha pensado, vai ter que traduzir e checar para ter certeza de que suas tradues esto sendo compreendidas. Vai ter que abandonar a certeza de estar em seu prprio territrio familiar de conhecimento, do qual voc est a servio e deixar seu filho lhe ensinar um pouco de sua linguagem, gui-lo um pouco para dentro de seu mundo.

Mesmo que voc tenha sucesso, ainda no ser um relacionamento normal entre pais e filho. Sua criana autista pode aprender a falar, pode ir para sries regulares na escola, pode ir universidade, dirigir um carro, viver independentemente, ter uma carreira mas nunca vai conversar com voc como outras crianas conversam com seus pais. Ou, sua criana autista pode nunca falar, pode passar de uma sala de educao para programas de oficina protegida, ou residncias especiais; podem precisar por toda a vida de cuidado e superviso de tempo integral mas essa tarefa no est completamente fora do seu alcance. As formas que relatamos aqui so diferentes. Levam para coisas que suas expectativas dizem que so normais, e voc vai encontrar frustrao, desapontamento, ressentimento, talvez at raiva e dio. Aproxime-se respeitavelmente, sem preconceitos e com abertura para aprender novas coisas, e voc vai encontrar um mundo que nunca poderia ter imaginado.

Sim, isto d mais trabalho que falar com uma pessoa no-autista. Mas pode ser feito a no ser que as pessoas no-autistas estejam muito mais limitadas que ns em sua capacidade de se relacionar. Levamos a vida inteira fazendo isto. Cada um de ns que aprende a falar com vocs, cada um de ns que funciona bem na sua sociedade, cada um de ns que consegue alcanar e fazer um contato com vocs est operando em um territrio estranho, fazendo contato com seres aliengenas. Passamos a nossa vida inteira fazendo isso. E ento, vocs vm nos dizer que no podemos falar.

Autismo no morte

Certo, o Autismo no o que muitos pais esperam e se preparam quando antecipam a chegada de uma criana. O que esperam que uma criana vai parecer com eles, vai pertencer ao seu mundo e falar com eles sem um treinamento intensivo para um contato aliengena. At se a criana tem alguns distrbios diferentes do Autismo, os pais esperam estarem aptos a falarem com ela de forma que parea normal para eles; e na maioria dos casos, mesmo considerando a variedade de distrbios, possvel formar um tipo de lao que os pais tm estado almejando.

Mas no quando a criana autista! Muitas das atitudes dos pais que se lamentam sobre a no ocorrncia do relacionamento esperado com uma criana normal esperada, assim as pessoas podem continuar suas vidas mas no h nada a fazer com o Autismo.

O que acontece que se esperava uma coisa que era extremamente importante e desejada com grande contentamento e excitao, e talvez gradualmente, talvez abruptamente, teve-se de reconhecer que a coisa almejada no aconteceu. Nem vai acontecer. No importa quantas crianas normais voc tenha, nada vai mudar o fato de que agora, a criana que voc esperava, desejava, planejava e sonhava no chagou.

parecido com a experincia parental de ter, por pouco tempo, uma criana recm-nascida e esta morrer logo na infncia. No se trata de Autismo, mas de expectativas cortadas. Sugiro que o melhor lugar para direcionar estes assuntos no seja as organizaes voltadas para o Autismo, mas no aconselhamento das aflies parentais e grupos de apoio. Nesses espaos eles aprendem a dar termo sua perda no esquec-la, mas deix-la no passado onde o luto no bate mais no seu rosto a todo momento da vida. Aprendem a aceitar que sua criana se foi para sempre e que no voltar mais. O mais importante que aprendem a no trazer seu luto para as crianas que vivem. Isto de importncia fundamental quando estas crianas chagam ao mesmo tempo que a outra est sendo lamentada pela sua morte.

No se perde uma criana para o Autismo. Perde-se uma criana porque a que se esperou nunca chegou a existir. Isso no culpa da criana autista que, realmente, existe e no deve ser o nosso fardo. Ns precisamos e merecemos famlias que possam nos ver e valorizar por ns mesmos, e no famlias que tm uma viso obscurecida sobre ns por fantasmas de uma criana que nunca viveu. Chore por seus prprios sonhos perdidos se voc precisa. Mas no chore por ns. Estamos vivos. Somos reais. Estamos aqui esperando por voc.

o que acho sobre como as sociedades sobe Autismo devem ser: sem lamentaes sobre o que nunca houve, mas deve haver exploraes sobre o que . Precisamos de voc. Precisamos de sua ajuda e entendimento. Seu mundo no est muito aberto para ns e no conseguiremos se no tivermos um forte apoio. Sim, o que vem com o Autismo uma tragdia: no pelo que somos, mas pelas coisas que acontecem conosco. Fique triste com isso se quiser ficar triste com alguma coisa! Melhor que ficar triste com isso ficar louco com isso e ento faa alguma coisa. A tragdia no porque estamos aqui, mas porque o seu mundo no tem lugar para com que ns existamos. Como pode ser de outra forma se nossos prprios pais ainda se lamentam por nos terem trazido para este mundo?

Olhe, alguma vez, para o seu filho autista e tire um momento para dizer para si mesmo quem aquela criana no . Pense: "Essa no a criana que esperei e planejei. No aquela criana que esperei por todos aqueles anos de pregnncia e todas aquelas horas de sofrimentos. No aquela que fiz todos aqueles planos e dividi todas aquelas experincias. Aquela criana nunca veio. No esta criana". Ento v fazer do seu luto no importa o qu e comece a aprender a deixar as coisas acontecerem.

Depois que voc comear a deixar as coisas acontecerem, volte e olhe para o seu filho autista novamente e diga a si mesmo: "Essa criana no a que eu esperava e planejava. uma criana aliengena que caiu em minha vida por acidente. No sei o que essa criana ou o que vai ser. Mas sei que uma criana naufragada num mundo estranho, sem pais da sua prpria espcie para cudar deles. Precisa de algum com cuidados para isso, para ensinar, para interpretar e para defender. E devido a essa criana aliengena cair na minha vida, esse trabalho meu, se eu quiser".

Se esta busca te excita, ento nos acompanhe, na resistncia e na determinao, na esperana e na alegria. A aventura de uma vida est toda diante de voc.

FAZENDO A TRANSIO DO MUNDO DO ESCOLAR PARA O MUNDO DO TRABALHO.

Durante minhas viagens para vrias conferncias sobre autismo, tenho observado muitos casos de pessoas com autismo que tm completado com sucesso cursos secundrios e superiores, mas tm sido inaptas para fazer a transio para o mundo do trabalho. Alguns tornam-se perptuos estudantes, pois prosperam na simulao intelectual da escola. Para muitos dos autistas aptos, os tempos de escola foram os mais felizes (Szatmari et al., 1989).

Gostaria de acentuar a importncia de uma transio gradual de uma ocupao educacional para uma carreira profissional. Eu fiz a transio gradualmente. Minha presente carreira de projetista de equipamentos para gado baseada numa velha fixao infantil. Eu usei essa motivao para tornar-me uma expert em manejo com gado. O equipamento que projetei est na maioria das indstrias de alimento. Tambm tenho simulado indstrias de alimento para reconhecerem a importncia do tratamento humano do gado. Enquanto estava na escola, comecei a visitar pastos locais e indstrias de embalagem de carnes. Isso me capacitou para aprender sobre a indstria.

Muitas das pessoas com autismo que tiveram sucesso tm tomado uma velha fixao na base de uma carreira. Eu tive a sorte de encontrar Tom Rohrer, o empresrio da indstria Swift Meat Packing, e Ted Gilbert, o empresrio da Red River Feedlot (Pastos de John Wayne). Eles me permitiram visitar suas operaes toda semana. Reconheceram os meus talentos e toleraram minhas excentricidades. Essas pessoas serviram como importantes mentores. Educadores que trabalham com estudantes autistas precisam encontrar essas pessoas no mundo dos negcios. Formei-me na Universidade do Estado do Arizona com a tese de mestrado em manejo com gado e desenhos de rampa. Ao mesmo tempo fiz alguns freelances escrevendo para a revista Arizona Farmer Ranchman. Isso ajudou a, posteriormente, aprender sobre indstrias de alimento e desenvolver conhecimentos especficos.

Meu prximo passo foi tornar-me uma assalariada com o meu primeiro trabalho numa larga companhia de campos de engorda. Emil Winnisky, empresrio de construo, reconheceu meus talentos em projetos. Ele, tambm, serviu como um importante mentor para forar-me adequao a algumas regras sociais Mandava suas secretrias levarem-me para comprar as melhores roupas. Na poca, eu, realmente, me ofendia com isso, mas, hoje, considero que ele me fez um grande favor. Tambm me falava, francamente, que eu deveria cuidar de minha aparncia usando desodorante. Eu tinha que mudar. Eu estava mais interessada em ler esta passagem dos papis da Kanner sobre pessoas com autismo, que fazer uma boa adaptao: "Diferentes de muitas outras crianas autistas, elas tornam-se, incomodamente, cientes de suas peculiaridades e comeam a se esforar de forma consciente para fazerem alguma coisa sobre elas." (Kanner et al. 1972).

Emil era mesmo excntrico, e isso talvez explique porque ele me contratou. Uns seis meses depois de eu ser contratada, Emil foi demitido. Continuei a trabalhar por um ano e parei porque fui convidada para participar de algumas prticas de negcios altamente questionveis. Enquanto eu estava na companhia de construo, aprendi a desenhar com Davy, o timo desenhista deles. Davy e eu progredimos, ele era um cara solteiro e tmido que fazia os mais belos desenhos. Dos contatos que fiz na companhia de construo, comecei a trabalhar como desenhista freelancer. Para cada expediente, comecei a fazer consultas independentes e desenhos comerciais. As pessoas respeitaram meu trabalho e, logo, desenvolvi uma reputao de ser uma expert. Enquanto eu estava, vagarosamente, montando meu prprio negcio, tive recursos financeiros suficientes e, ento, no precisei pegar um trabalho na McDonalds para pagar as contas.

A carreira de freelancer tem capacitado pessoas com autismo para serem sucedidos e explorarem sua rea talentosa. A programao de computadores , geralmente, uma boa rea. Para comearem seus negcios, as pessoas com autismo precisam de algum que as ajude a alguns de seus empregos inicias. Um trabalho freelancer, tambm, ajuda a evitar alguns dos problemas sociais que ocorrem em um lugar fixo. Eu posso entrar, fazer meu trabalho de desenho, e, ento, sair antes que me envolva em uma situao social onde possa ter problemas. Outros trabalhos de freelancer que podem funcionar bem para pessoas com autismo so afinador de pianos, restaurador de motores e artes grficas. Todos esses trabalhos fazem, uso de habilidades que muitos autistas possuem, assim como ouvido perfeito, habilidades mecnicas e talento artstico.

Carncia de Entendimento SocialEu, logo, desenvolvi uma reputao de expert no meu campo, mas me meti em problemas sociais. Causei um bocado de problemas para Tom Rohrer, empresrio da fbrica Swift. No entendia que as pessoas possuem egos e que a proteo de seus egos era mais importante que lealdade empresa. Eu, ingenuamente, acreditava que todos os empregados da Swift agiam nos melhores interesses de seus chefes. Presumi que se eu fosse leal e sempre trabalhasse para o bem dos Swift, seria recompensado. Os outros engenheiros me ofenderam. Eles, algumas vezes, instalavam o equipamento errado e nunca me consultavam. Eles no gostam dessa "nerd" lhes dizendo como fazer. Tecnicamente, eu estava certa, mas, socialmente, eu estava errada.

Causei problemas para Tom Rohrer depois de ter escrito uma carta para o presidente da Swift sobre a m instalao do equipamento que causou sofrimento no gado. O presidente ficou embaraado por eu ter achado um erro nas suas instalaes. Pensei que ele iria ficar feliz se eu o tivesse informado sobre o erro, ao contrrio, se sentiu ameaado e disse para Tom se livra de mim. Felizmente, Tom no me chutou para fora.

Com os anos tenho aprendido a ter mais tato e ser mais diplomtica. Aprendi a nunca ir alm das cabeas das pessoas que me contrataram, a no ser que tenha sua autorizao. Das experincias anteriores, aprendi a evitar situaes onde eu poderia ser explorada ou onde meus chefes possam sentir-se ameaados. Aprendi diplomacia lendo sobre as negociaes internacionais e usando seus modelos.

Encrencar-se com os aspectos sociais do trabalho uma rea problemtica para muitas pessoas com autismo. Aprender a parte do trabalho fcil. Algumas pessoas com autismo contam com todos para serem bons. um despertar rude, aprender que algumas pessoas so ms e que podem tentar explor-las. uma lio que uma pessoa independente com autismo deve aprender. Para pessoas com autismo que tem trabalho de manufatura de baixo nvel, os outros empregados devem ser treinados para entenderem o autismo. As pessoas com autismo de alto funcionamento podem evitar problemas mantendo sua mente no trabalho. Um homem trabalhou por cinco anos num laboratrio e seu chefe estava feliz com seu trabalho. Um dia entrou em problemas quando foi beber com os caras e foi demitido. Ele teria se enganado se tivesse recusado. Para evitar problemas, mantenho contato com clientes no departamento tcnico. Esforar-se para encontrar e flertar com as pessoas no lugar de trabalho de meus clientes pode causar problemas, ento no o fao.

Estudos de Acompanhamento (Follow-up) do AutismoTem havido dois grandes estudos no acompanhamento (Follow-up) de adultos autistas que tm tido um ajustamento satisfatrio. Szatmari et al. (1989) descreveu seis adultos de alto funcionamento que se graduaram em cursos superiores e ficaram aptos para viverem independentemente. Uma dessas pessoas tornou-se um perptuo estudante e as outras cinco tm seus empregos. H uma tendncia das pessoas com autismo a se tornarem perptuos estudantes porque elas gostam da estimulante mas estruturada vida escolar.

Duas dessas pessoas no estudo de Szatmari tornaram-se vendedoras e duas trabalham em uma biblioteca. A quinta pessoa se tornou professor particular de fsica. Professor particular seria um bom trabalho numa base freelance. Pessoas com autismo so, geralmente, boas ensinando os outros nas suas reas de habilidades especiais. Jason Utley, de Kentucky, dominou as habilidades para se tornar um Escoteiro guia, e os outros escoteiros gostam dele porque ele os ensina a amarrar os ns. Ensinar e ser um vendedor envolvem interao social, mas esta a nica forma de interao onde as pessoas com o autismo tm que falar da sua rea de interesse. Isso no requer um conhecimento complexo das interaes sociais

Kanner et al. (1972) acompanhou nove casos de alto funcionamento onde um bom ajustamento tem sido feito. Cinco dessas pessoas trabalham. Seus empregos so de caixa de banco, qumica de laboratrio, trabalhador rural de uma Estao Experimental Agrcola, contabilista e assistente de biblioteca. Uma dessas pessoas salta de emprego a emprego devido a problemas sociais. Trabalhos que tiveram sucesso no envolveram interaes sociais complexas. As interaes de um caixa de banco podem ser rotineiras e estereotipadas.

A pessoa que se tornou qumica de laboratrio, originalmente, teve um emprego de enfermeira. Esse trabalho foi um desastre porque ela no sabia como ser flexvel. Aprendeu num livro de enfermagem que as mes deveriam amamentar seus filhos por apenas 20 minutos. Quando ela, abruptamente, retirava as crianas de suas mes na sala de obstetrcia, elas ficavam com raiva. Ela no conseguia entender porque. Quando passou para o laboratrio de qumica, foi apreciada por seus conhecimentos em qumica. A pessoa que, agora, contabilista, foi demitida de um emprego anterior e foi promovida para um cargo de superviso. Ouvi sobre um outro triste caso onde um homem com autismo tinha sido um sucedido desenhista numa firma de arquitetura. Quando foi promovido teve de ser envolvido com clientes e foi demitido. Ele teve deixar de trabalhar na sua prancheta de trabalho.

Em suma, uma pessoas com autismo podem fazer sua transio para um trabalho ou carreira com sucesso.

1. Transies Graduais - O trabalho pode ser comeado com pequenos perodos enquanto a pessoa ainda est na escola.

2. Empresrios que apoiem - Pais e educadores precisam encontrar empresrios que estariam dispostos a trabalhar com pessoas com autismo.

3. Mentores - Pessoas com autismo, especialmente, de alto funcionamento precisam de mentores que possam ser ambos bons amigos e ajud-los a aprender as habilidades sociais. Os mentores que tiveram mais sucesso, tm interesses em comum com a pessoa com autismo.

4. Educar patres e empregados - Os patres e empregados precisam ser educados sobre o autismo, ento eles suportaro o autista e o ajudaro. Eles, tambm, precisam entender as limitaes de uma pessoa com autismo com as complexas interaes sociais e ajud-la a evitar situaes que possam causar a perda do emprego.

5. Trabalho Freelance - O trabalho de freelancer uma boa opo para as pessoas de alto funcionamento que possuem habilidades em computadores, msica ou arte. A pessoa com autismo precisa de algum que a ajude a comear o negcio e possibilite educar clientes sobre autismo. Os negcios freelance sucedidos tm comeado em programao de computadores, afinao de pianos e artes grficas.

6. Fazer um documento de apresentao - Pessoas com autismo devem vender suas habilidades, no sua personalidade. Artistas podem tirar fotocpias do seu trabalho e os programadores devem fazer um disco de demonstrao. O documento de apresentao do trabalho de uma pessoa deve ser mostrado aos que trabalham no departamento de arte ou de computao. Em todos os meus empregos, tive de entrar pela "porta de trs". Desde que as pessoas com autismo no se saiam bem em entrevistas, o pessoal do departamento deve ser evitado. As pessoas tcnicas respeitam o talento, e uma pessoa com autismo deve vender seus talentos para um empresrio.

A CULTURADO AUTISMO

1. Introduo: De um entendimento terico para prtica educacional.Cultura refere-se a parte dos modelos de comportamento humano. As normas culturais afetam o modo como as pessoas pensam, comem, vestem-se, trabalham, entendem o fenmeno natural de passagem do dia para a noite, gastam o tempo de lazer, comunicam-se, e outros aspectos da interao humana. As culturas variam largamente nesses aspectos, ento, aquelas pessoas que so de um grupo podem, s vezes, considerar as de outras culturas incompreensveis ou muito estranhas. No sentido antropolgico, a cultura passada de gerao gerao; as pessoas sentem, pensam e se comportam de certas maneiras porque sua cultura as ensinou.

claro, o autismo no , verdadeiramente, uma cultura; um distrbio no desenvolvimento causado por uma disfuno neurolgica. Contudo, o autismo, tambm, afeta a maneira como os indivduos comem, vestem-se, trabalham, gastam o tempo de lazer, entendem o mundo, comunicam-se, etc. Assim, em certo sentido, o autismo funciona como uma cultura, em suas prprias caractersticas e modelos previsveis de comportamento em indivduos nessa condio. A maioria dos professores de estudantes com autismo so como intrpretes inter-culturais: algum que entende ambas as culturas e est apto para traduzir as expectativas e procedimentos do ambiente no-autista para o estudante com autismo. Ento, para ensinar estudantes com autismo, devemos entender sua cultura, as foras e deficincias que esto associadas a eles.

O autismo um distrbio de desenvolvimento caracterizado por dificuldades e anormalidades nas diversas reas: habilidade de comunicao, relaes sociais, funcionamento cognitivo, processos sensitivos e comportamento. Aproximadamente 10 a 15% dos indivduos com autismo tm inteligncia normal ou acima do normal (incluindo aqueles que possuem QIs acima da mdia); 25 a 35% esto numa mdia s beiras de um suave retardo mental, enquanto os outros so, moderada ou profundamente, retardados.

A mdia de QIs encontrada nas pessoas com autismo causa de uma variabilidade tremenda na populao de pessoas que possuem este diagnstico; uma outra causa de variao a disseminao das habilidades em cada indivduo. A maioria dos indivduos com autismo mostram, geralmente, relativa ou mesmo significante eficcia em certos aspectos de memria, percepo visual ou raros talentos (desenhos, perfeita inclinao musical).

Devido aos problemas de base orgnica que definem o autismo no serem reversveis, ns no tomamos o "ser normal" como objetivo de nosso esforos teraputicos e educacionais. De preferncia, o demoroso objetivo do mtodo TEACCH usado para os estudantes com autismo se ajustarem o melhor possvel na nossa sociedade assim como um adulto. Ns buscamos esse objetivo respeitando as diferenas que o autismo cria em cada estudante e, trabalhando com sua cultura, para ensinar as habilidades necessrias para se adequarem em nossa sociedade. Trabalhamos para expandir essas habilidades e o entendimento dos estudantes, enquanto ns, tambm, adaptamos procedimentos parar as suas necessidades especiais e limitaes. Com efeito, o que ns tentamos fazer por eles seria o que ns mesmos poderamos desejar para quando viajssemos para um pas estrangeiro: enquanto podemos tentar aprender uma lngua estrangeira e acompanhar as informaes sobre os costumes do pas, assim como o sistema monetrio, ou como achar um taxi, poderamos, tambm, ser felizes ao ver smbolos em nossa lngua, e achar guias que poderiam ajudar-nos no processo de compra de um ticket de trem ou no pedido num restaurante. Da mesma forma, os servios educacionais para pessoas autistas devem ter duas metas: 1) aumento de inteligibilidade e; 2) tornar o procedimento mais compreensvel.

Para executar essas metas de ajuda s pessoas com autismo, para uma melhor adaptao na nossa cultura, necessrio projetar programas sobre as qualidades e deficincias do autismo que afetam diariamente o aprendizado e as interaes. Embora diferente, esta abordagem do autismo est relacionada com a identificao das deficincias para propsito de diagnstico. As caractersticas do diagnstico do autismo como deficincias sociais e problemas de comunicao, so usais na distino do autismo de outros distrbios, mas so, relativamente, imprecisas para o propsito de conceitualizao de como o indivduo com autismo entende o mundo, age de acordo com seu entendimento e aprende. A seguir esto as caractersticas fundamentais do autismo que interagem para produzir os comportamentos que abrangem a "cultura" deste distrbio.

As dificuldades a serem descritas abaixo no so exclusivas do autismo. Muitos dos traos vistos no autismo so encontrados em outros distrbios do desenvolvimento, assim como retardo mental, problemas de aprendizagem e problemas de linguagem. Algumas so vistas em certas condies psiquitricas como distrbios obssessivo-compulsivo, personalidade esquizide e problemas de ansiedade. Muitos, tambm, so vistos no desenvolvimento normal da criana ou mesmo em ns. O que distingue o autismo o nmero, a severidade, a combinao e interao dos problemas que resultam num significativo dano funcional. O autismo a composio das deficincias, no uma caractersticas.

2. Pensamento 2.1 Falta de significaoO problema que caracteriza o pensamento da pessoa com autismo a incapacidade de colocar significao nas suas experincias. Eles podem atuar no seu ambiente, aprender seus talentos, alguns podem aprender a linguagem, mas no tm capacidade independente de entender o que muitas de suas atividades significam. Eles no relacionam as idias aos fatos. Seu mundo consiste numa srie de experincias e demandas no relatadas, enquanto os temas, conceitos, razes ou princpios bsicos esto, tipicamente, obscuros para eles. Este severo dano na produo de significado, provavelmente, aponta muitas outras dificuldades cognitivas.

2.2 Concentrao excessiva em detalhes com uma capacidade limitadas para priorizar os detalhes importantes Os estudantes com autismo so, geralmente, muito bons na observao de minsculos detalhes. Eles, freqentemente, notam quando os objetos do ambiente foram movidos, podem ver minsculos fragmentos de lixo a serem apanhados, linhas a serem puxadas, quadros a serem tirados, telhas a serem contadas, etc. Alguns, tambm, notam detalhes sensoriais como sons de pequenos ventos ou de mquinas. Os indivduos que possuem um alto nvel de inteligncia, geralmente, concentram-se em detalhes mais cognitivos como recados nas estaes de rdio, cdigos de reas de telefones ou capitais dos pases. Que os estudantes com autismo so menos capazes de avaliar a relativa importncia de todos os detalhes, isso eles sabem. Eles podem se concentrar na viso de um fio que esto seguindo enquanto atravessam a rua, e, assim, perderem a aproximao de um nibus que est vindo, ou podem entrar numa sala, refletirem sobre o vento e ignorarem o fato de o almoo estar sobre a mesa.

2.3 Distrao dificuldade freqente para os estudantes com Autismo prestar ateno ao que seu professores querem, porque esto concentrados em sensaes que para eles so mais importantes e mais interessantes. E ainda, sua concentrao muda rapidamente de uma sensao para outra. Geralmente, as fontes de distrao para crianas de baixo-funcionamento so visuais: um professor pode pr um lpis na mesa e a criana pode estar to entretida no lpis que no realiza seu trabalho. Ou, o aluno v alguma coisa porta a fora e fica to distrado que pra de trabalhar corretamente para ver mais de perto. Estmulos auditivos podem ser, tambm, muito importantes para a distrao. Um aluno pode ouvir um barulho que o professor nem mesmo percebeu, o qual provm de cinco salas adiante, e torna-se imprprio para concentrar-se. Alguns estudantes com Autismo so, tambm, aparentemente, distrados por uma estimulao interna, assim como o desejo de um cabo, fio, xcara ou outros objetos que lembram experincias passadas. Ou, eles se distraem por um processo cognitivo interno como rimar, contar, computar ou recitar fatos que tm memorizado. Qualquer que seja a origem da distrao, as pessoas com Autismo tm grande dificuldade de interpretao e pem em prioridade a estimulao externa ou pensamentos que os invadem. Alguns olham, movem e exploram constantemente como se todas as sensaes fossem novas e excitantes, que, para eles, so. Outros tratam essa invaso de pensamentos ignorando a estimulao ao seu redor, tornando-se preocupados com a limitadssima disposio dos objetos.

2.4 Pensamento Concreto Indivduos com Autismo, negligentes do seu nvel cognitivo, possuem, relativamente, maior dificuldade com conceitos da linguagem simblica ou abstrata que com fatos diretos e descries. Na cultura do Autismo, as palavras significam uma coisa; elas no possuem conotaes adicionais ou associaes. Um exemplo disso o de um rapaz de 15 anos, com um QI normal, que perguntava o significado de "o primeiro pssaro agarra o verme". Ele replicava, "se o pssaro acorda de manh cedo, pode pegar um verme, e se conseguir v-lo e peg-lo, come-o e continua a procurar por um outro verme". Da mesma forma, quando questionado sobre o significado de "no chore sobre o leite derramado", ele responde: "Se voc derramar o leite, no deve chorar sobre ele, mas deve pegar um pano, limpar onde derramou e depois limpar o pano e ento, ir pegar mais leite".

2.5 Dificuldade para combinar e integrar as idias mais fcil para a pessoa com Autismo entender fatos isolados ou conceitos, que juntar ou integrar os conceitos com as informaes adquiridas, particularmente, quando os conceitos parecem ser um pouco contraditrios. Por exemplo: um jovem viajava para fazer acampamento, regularmente, em um lugar chamado Camp Dogwood. A maioria das viagens era no outono ou no comeo da primavera, nunca quando os cornisos estavam florescendo. Finalmente, ele realiza seu desejo quando foi para Camp Dogwood em abril. Sabendo o quanto ele tinha esperado, a mulher que gerenciava o acampamento colocou uma flor de corniso no seu prato, ento, ele achou a flor quando foi tomar o seu caf na primeira manh. O rapaz pegou a flor de corniso e foi direto para a cozinha procurar a gerente, aparentemente, para agradec-la. Ao contrrio, ele passou um longo sermo sobre a importncia da proteo natureza (ele era membro de um clube ecolgico) e da colheita de flores inapropriada. Quando foi explicado que ela era uma pessoa legal e que pegou a flor como um gesto de afeto, ele insistiu que se ela fosse boa, saberia que ferir o ambiente errado, e censurando-a, estava fazendo-lhe um favor. Ele no ele no podia entender como dois conceitos inconsistentes (pessoas legais salvam o ambiente e pessoas legais pegam flores) podiam ser ambos corretos.

2.6 Dificuldade de seqenciao e organizaoOs problemas de organizao e seqenciao esto relacionados com a maioria das dificuldades de integrao de mltiplas informaes. A organizao requer a integrao de diversos elementos para atingir um fim predeterminado. Por exemplo, se algum est pretendendo viajar, precisa antecipar o que vai ser necessrio estar em ordem para colocar na mala antes de ir. Um outro exemplo pode ser a necessidade de colecionar todo o material necessrio antes de completar um tarefa com sucesso. Habilidades organizacionais so problemas para pessoa com Autismo porque requerem a capacidade de concentrar-se, ao mesmo tempo, com a tarefa imediata e a conseqncia desejada. Este tipo de dupla concentrao que as pessoas no fazem bem quando atendem a detalhes individuais e especficos.

A seqenciao, tambm, difcil para pessoas com Autismo porque requer habilidades semelhantes. No raro para pessoas com Autismo formarem sries de atos, numa ordem numrica-produtiva ilgica e parecem no perceber. Por exemplo, uma pessoa pode levantar-se pela manh, pentear os cabelos, tomar um banho e, ento, lav-los. Uma pessoa fazendo o almoo pode pegar duas fatias de po e ento colocar a carne em cima, em vez de colocar a carne entre o po como fazemos em nossa cultura. Algumas vezes eles colocam os sapatos antes das meias. Dessa maneira eles nos mostram que enquanto executam os passos individuais em um processo complexo, eles no entendem as relaes entre o passos ou seu significado com a considerao da conseqncia final.

2.7 Dificuldades com generalizao As pessoas com Autismo, geralmente, adquirem habilidades ou comportamentos em uma situao, mas possuem dificuldades para generaliz-las para situaes diferentes. Por exemplo, eles podem aprender a escovar os dentes com um creme dental verde, ento, no escovam os dentes com um creme azul. Podem aprender a lavar pratos mas no realizam o procedimento bsico usado na lavagem de copos. Podem aprender a forma literal das regras, mas no entendem o seu propsito fundamental e ento tm problemas aplicando-as em diferentes situaes. Por exemplo, um jovem de alto-funcionamento acostumado a, bem cedo da manh, entrar no prdio onde trabalha para trocar suas roupas. Ele fora avisado que, embora o prdio no estivesse aberto oficialmente, ainda haviam pessoas l se preparando para o dia de trabalho. Aquelas pessoas no o queriam trocando de roupas na frente delas. Ele, aparentemente, entendeu, mas comeou a trocar de roupa no estacionamento na frente de todos que passavam. Ele, honestamente, no entendeu a idia por trs da questo porque teve dificuldades de saber por outras perspectivas, quando podia ser visto trocando de roupas e quando no podia.

2.8 Fortes impulsos; ansiedade excessiva; anormalidades perceptuais e sensoriais Alm das mltiplas deficincias cognitivas, o Autismo possui caractersticas biolgicas e comportamentais padres:

Fortes impulsos - pessoas com Autismo so extraordinariamente persistentes na procura das coisas que desejam, sejam os objetos favoritos, experincias ou sensaes, assim como tocar em algo, fazer um complexo ritual ou repetir um modelo de comportamento estabelecido. Estes comportamentos, que lembram os sintomas de um distrbio obssesivo-compulsivo, podem ser muito difceis para pais ou professores controlarem ou destrurem. De fato, uma qualidade prpria deles, parecerem no estarem fora do controle consciente de um indivduo autista. Dirigir, controlar e canalizar esses comportamentos o maior desafio.

Ansiedade excessiva - muitas pessoas com Autismo esto inclinadas a terem altos nveis de ansiedade; eles, esto, freqentemente, tristes ou a ponto de ficarem assim. Algumas de suas caractersticas so atribudas a fatores biolgicos. E, ainda, a ansiedade pode resultar de freqentes confrontaes com um ambiente que imprevisvel e opressivo. Devido s suas deficincias cognitivas, pessoas com Autismo, geralmente, tm dificuldades de entender o que se espera delas e o que est acontecendo ao seu redor; ansiedade e agitaes so reaes inteligveis para essa constante incerteza.

Anormalidades Perceptuais e Sensoriais - Sabe-se, no campo do Autismo, h muitos anos, que os sistemas de processamento sensoriais dos autistas so incomuns. Vemos pessoas com estranhas preferncias alimentcias, pessoas que gastam seu tempo olhando o sacudir dos dedos, esfregando tecidos contra a sua face ou ouvindo sons to perto de seus ouvidos que podem, tambm, sentir as vibraes. Ns sabemos de autistas que no respondem ao som da mesma forma que os outros, fazendo com que as pessoas pensem que so surdos, quando possuem uma perfeita acuidade auditiva. Algumas pessoas com Autismo parecem confundir as sensaes ao serem beliscados com as de fazer ccegas, ou parecem no sentir coisa alguma. Outros escolhem aproximar-se e afastar-se por horas em modelos repetitivos. De muitas formas diferentes, as pessoas com Autismo nos mostram que suas diferenas comeam no nvel de processamento de algo ou de todas as sensaes que encontram-se a cada minuto que passa.

[texto integral, em ingls, no site Society For The Autistically Handicapped]

incioPERGUNTAS MAIS FREQENTES SOBRE AUTISMOpor Temple Grandin, 1992 (Retirado do Site da http://www.autism.org/contents.html#temple e traduzido por Luis Achilles Furtado)

1. Como sei se meu filho tem os sentidos bastante sensveis? Estmulos visuais e auditivos tolerados por crianas normais podem causar dor, confuso e/ou medo em algumas crianas autistas. Os problemas sensoriais podem variar entre muito suaves e severos. Se sua criana, freqentemente, coloca suas mos nos ouvidos isso um indicador de uma maior sensibilidade a rudos. Crianas que balanam seus dedos na frente dos seus olhos aparentam ter problemas com a sensibilidade visual. Crianas que gostam de passear num grande supermercado ou shopping, geralmente, podem ter problemas sensoriais relativamente suaves. Crianas autistas com problemas sensoriais severos sempre apresentaro crises ou maus comportamentos ao estarem em shoppings devido uma sobrecarga sensorial. Estas crianas so as que, provavelmente, iro precisar de modificaes ambientais na sala de aula. Crianas mais velhas e adultos que permaneceram no-verbais e tm muito pouca linguagem, geralmente, tm maiores problemas sensoriais que os indivduos com boa linguagem. Crianas com sensibilidade auditiva ou visual, na maioria das vezes, tero testes de acuidade auditiva ou visual normais. O problema no cerebelo, j que os ouvidos e os olhos esto normais.

2. Quais os sons ou imagens mais provveis de causar uma superestimulao sensorial ou confuso na sala de aula? Toda criana ou adulto autista diferente. Uma viso ou audio que dolorosa para uma criana autista pode ser atrativa para outra. O piscar das luzes fluorescentes pode ser visto por algumas crianas com autismo e pode ser perturbador para elas. Isso o que, provavelmente, na maioria das vezes, causa estimulao nas crianas que ficam batendo seus dedos na frente de seus olhos. Trocar fluorescentes por lmpadas incandescentes ser til para algumas crianas. Muitas crianas com autismo tm medo do sistema pblico de endereos e os sinos escolares ou os sons dos alarmes de incndio so ainda piores porque no so avisados previamente. As crianas com a sensibilidade auditiva menos comprometida podem, s vezes, aprender a tolerar o sons constantes quando elas sabem quando o som vai ocorrer. No entanto, elas podem nunca aprender a tolerar um som alto e inesperado. Crianas autistas com severa sensibilidade auditiva devem ser removidas da sala de aula antes das prticas de simulao de incndios. O medo de sons que machucam pode fazer com que uma criana autista fique atemorizada com certas salas de aula. Ela pode ficar com medo de entrar na sala porque teme que o alarme de incndio ou o sistema pblico de endereos produzam sons que possam machuc-la. Se possvel as campainha ou sinos devem ser modificados para reduzir o som. Algumas vezes apenas uma leve reduo no som necessria para tornar a campainha ou sino mais tolervel. Fitas condutoras podem ser aplicadas em sinos para diminurem os sons. Se o sistema pblico de endereos tiver freqentes problemas de respostas deve ser desconectado.

Ecos e barulhos podem ser reduzidos com a instalao de carpetes pode-se obter carpetes restantes por um baixo preo nas carpetarias. O arranhado do arrastar de cadeiras no cho pode ser abafado colocando peles de bolas de tnis nas pernas das cadeiras.

3. Por que meu filho rejeita certas comidas ou come sempre a mesma coisa?Algumas comidas podem ser evitadas devido hipersensibilidade sensorial. Comidas crocantes como batatas fritas podem ser muito ruidosas ou soarem como um furioso incndio numa floresta por todo seu sistema auditivo. Alguns odores podem ser opressores. Quando criana eu enjoava quando tinha que comer alimentos pegajosos como gelia. De qualquer modo, algumas preferncias por alimentos especficos so maus hbitos e no se devem a problemas sensoriais. Deve-se observar cuidadosamente quais alimentos causam dor aos sentidos. Por exemplo, se uma criana tem extrema sensibilidade ao som ela no deve ser induzida a comer alimentos crocantes e barulhentos; mas deve ser encorajada a comer uma variedade de alimentos mais suaves. Quando eu era criana, meus pais me faziam comer tudo exceto as duas coisas que realmente me faziam enjoar. Clara de ovos cozidos e gelias. Me deixaram comer sanduches de queijo todo dia no almoo, mas na hora do jantar deveria comer tudo que no fosse pegajoso.

4. Como fao o treino de toalete com minha criana autista?Existem duas maiores causas para os problemas de treino de toalete com crianas com autismo. Eles tanto tm medo do banheiro como no sabem o que fazer. Crianas com severa sensibilidade auditiva podem ficar atemorizadas com a descarga do banheiro. O som pode machucar seus ouvidos. s vezes, essas crianas podem aprender se usarem uma pequena cadeira localizada longe do banheiro amedrontador. Devido grande variedade de problemas sensoriais, algumas crianas podem gostar de, repetidamente, dar descarga embora ainda no estejam treinadas. O pensamento de algumas crianas autistas to concreto que a nica forma de aprenderem atravs da demonstrao feita com um adulto de como se usa o toalete. Eles tm que ver algum mais fazendo para que possam aprender. Crianas com severos problemas de processamento sensorial no esto aptas para terem a noo exata de quando precisam usar o banheiro. Se estiverem calmos talvez sintam a sensao de que precisam urinar ou defecar, mas se seus sentidos estiverem sobrecarregados no iro sentir. Isso pode explicar porque uma criana vai, algumas vezes, ao banheiro de forma correta e outra no.

5. Porque algumas crianas autistas repetem o que adultos disseram ou contaram nos comerciais da TV?O fato de repetir o que j foi dito, ou poder cantar um comercial inteiro de TV ou programas infantis chamamos ecolalia. A ecolalia , na verdade, um bom sinal porque indica que o crebro da criana est processando a linguagem mesmo que ela no esteja entendendo o significado das palavras. Essas crianas devem aprender que as palavras so usadas para comunicao. Se uma criana diz a palavra ma, imediatamente d-se a ela uma ma. Isso possibilitar a criana a associar a palavra ma a conseguir uma ma de verdade. Algumas crianas autistas usam frases dos comerciais ou de programas infantis de uma maneira apropriada em diferentes situaes. assim que elas aprendem a linguagem. Por exemplo, se uma criana fala parte de um slogan de um comercial de um cereal de caf da manh na hora do caf da manh, d o cereal a ela.

Crianas autistas tambm usam a ecolalia para verificar o que foi dito. Algumas crianas tm dificuldades para ouvir consoantes fortes como "d" de dado ou "b" de bola[N.T.1]. A repetio de frases ajuda-os a ouvi-las. Crianas que passam nos testes de audio de sons puros podem ainda ter dificuldades na audio de complexos sons da fala. Crianas com essas dificuldades podem aprender a ler e falar usando cartes que tanto tm impressa uma palavra e uma figura de um objeto. Usando esses cartes elas aprendem a associar a palavra falada com a palavra escrita e a figura. Minha fonoaudiloga ajudou-me a ouvir a fala prolongando o som das consoantes mais fortes. Ela segurava uma bola e dizia "bbbb ola". O som da consoante forte "b" era aumentado. Algumas crianas autistas aprendem os sons das consoantes mais facilmente que as consoantes.

6. Como os educadores poderiam trabalhar as fixaes autsticas com coisas como cortadores de grama ou trens?As fixaes podem ser usadas para motivar os trabalhos escolares ou educacionais. Se uma criana tem fixaes em trens, usa-se esse interesse para motiva-la em leituras ou no aprendizado de aritmtica. Coloque-a para ler sobre trens ou resolver problemas aritmticos com trens. Esse intenso interesse em trens pode ser usado para motivar a leitura. um erro desconsiderar as fixaes mas a criana precisa aprender que existem algumas situaes nas quais falar sobre trens no apropriado.

A idia ampliar a fixao em uma atividade educacional e social menor. Se uma criana gosta de girar uma moeda, ento comece a jogar com a criana onde voc e a criana revezam ao jogar com a moeda. Isso tambm ajuda a ensinar revezamento. Uma fixao em trens pode ser alargada para o estudo de histria. Uma criana de alto-funcionamento pode ser motivada para ler um livro sobre a histria da estrada de ferro. Outra pode construir e alargar sua fixao para atividades lucrativas. Minha carreira com projetos de equipamentos pecurios comeou com uma fixao em rampas para gado. Meu professor de cincias do colgio me encorajou a estudar cincias para aprender mais sobre minha fixao.

7. Qual a diferena entre autismo e PDD?Autismo e PDD so diagnsticos comportamentais. Atualmente, no h exames mdicos para o autismo. O autismo diagnosticado com base no comportamento da criana. Tanto as crianas diagnosticadas com autismo como as com PDD so beneficiadas com os programas educacionais para autistas. essencial que crianas diagnosticadas com PDD recebam a mesma educao que crianas diagnosticadas com autismo. Tanto as crianas com PDD ou com autismo devem ser colocadas num sistema de educao precoce imediatamente aps o diagnstico. Crianas diagnosticadas com PDD tendem a aparecer em dois grupos: (1) sintomas autsticos muito suaves, ou (2) crianas com outro problema neurolgico severo e com sintomas autsticos. Por isso algumas crianas diagnosticadas com PDD so quase normais; outras tm problemas neurolgicos severos como epilepsia, microencefalia ou paralisia cerebral. O problemas com o diagnstico do autismo e de PDD que eles no so precisos. So baseados apenas no comportamento. No futuro, tomografias podem ser usadas para um diagnstico mais preciso. Hoje no h exame cerebral que possa ser usado para o diagnstico do autismo nem de PDD.

8. Por que a interveno precoce importante?Tanto estudos cientficos como a experincia prtica tm demonstrado que o prognstico muitas vezes melhorado se uma criana colocada num problema educacional altamente estruturado e intenso com a idade de dois ou trs anos. Crianas autistas adquirem comportamentos estereotipados como balanar-se ou girar uma moeda porque engajar-se em comportamentos repetitivos apagam os sons ou imagens que causam confuso e/ou dor. O problema o de deixar a criana excluir o mundo, seu crebro no vai se desenvolver. Crianas autistas ou com PDD precisam de muitas horas de uma educao estruturada para manter seus crebros engajados com o mundo. Elas devem ser mantidas interagindo de forma significativa com um adulto ou com uma outra criana. A pior coisa para uma criana autista de dois a cinco anos ficar sentada sozinha assistindo TV ou jogando vdeo game o dia todo. Seu crebro ficar desligado do mundo. Crianas autistas precisam ficar engajadas, mas ao mesmo tempo o professor deve ter cuidado para evitar uma hiperestimulao sensorial. Crianas com problemas sensoriais mais suaves geralmente respondem bem aos programas Lovaas-type. Portanto, crianas com problemas sensoriais mais severos podem ficar com os sentidos sobrecarregados. Existem duas maiores categorias de crianas. O primeiro tipo vai responder bem ao terapeuta que delicadamente entra e os tira do seu mundo. Eu era desse tipo. Minha fonoaudiloga era capaz de me fazer parar com aquilo segurando meu queixo me fazendo prestar ateno. O segundo tipo de criana tem mais problemas neurolgicos e podem responder de forma mais fraca a um estrito programa Lovaas. Elas vo precisar de uma aproximao mais delicada. Muitas so de nico canal porque no conseguem ver e ouvir ao mesmo tempo. Ou elas tm que olhar para algo ou tm que ouvir. Viso e audio simultneas podem causar uma sobrecarga sensorial e crise. Essas crianas podem responder melhor quando o professor sussurra suavemente numa sala pouco iluminada.

Um bom professor precisa adaptar seu mtodo de ensino criana. Para ter sucesso, o professor precisa ser gentilmente insistente. Um bom professor sabe o quanto pode exigir. Para ter sucesso, o professor tem que se introduzir no mundo da criana autista. Com algumas crianas o professor pode abrir batendo a porta da frente, e com outras crianas, tem que entrar sorrateiramente pela porta de trs.

10. Por que a minha criana quer vestir a mesma roupa todo tempo? Roupas duras e speras ou l em contato com minha pele parecem lixas deixando meus nervos em carne viva. No estou preparada para tolerar roupas speras. Crianas autistas vo ficar mais confortveis com roupas de malhas suaves em contato com sua pele. Roupas ntimas e camisas vo ficar mais confortveis se forem lavadas vrias vezes. Geralmente, melhor evitar colocar goma ou amaciantes usados nas lavadoras de roupa. Algumas crianas so alrgicas a isso. (Nota: babs ou professores tambm devem evitar usar perfumes porque algumas crianas odeiam o cheiro e/ou so alrgicas)

At hoje, com 49 anos, tenho tido que encontrar boas roupas e deixar as roupas ficarem suaves do mesmo jeito. Leva duas semanas para com que me habitue com a sensao de vestir uma saia. Se eu vestir shorts durante o vero, leva, no mnimo, uma semana para que calas compridas se tornem inteiramente tolerveis. O problema o troca e destroca. Ficar trocando pode se tornar mais tolervel atravs do uso de malhas com a saia. As malhas fazem as saias parecerem calas compridas.

[1] N.T. No original a autora se refere s palavras 'dog' e 'boy' como exemplo do uso das consoantes 'D' e 'B'. As palavras escolhidas como exemplo na traduo foram usadas por sua popularidade como exemplo do uso, no portugus, das devidas consoantes.