Apontamentos de CO - Liderança sessões 8 e 9

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  • 7/29/2019 Apontamentos de CO - Liderana sesses 8 e 9

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    Apontamentos Comportamento Organizacional I

    Elaborado por Ricardo Gomes aluno n 212708

    Liderana Sesses 8 e 9

    Podemos definir liderana como a capacidade de um

    individuo para influenciar, motivar e habilitar outros a contriburem

    para a eficcia e sucesso das organizaes de que so membros.

    O lder conduz o grupo atravs do processo de influncia para

    alcanar um objetivo comum.

    H quatro abordagens que estudam a liderana.

    Na liderana ns temos modelos, no temos dolos Stora.

    Teoria dos traos do lder

    Esta teoria procura definir os traos psicolgicos, sociais, fsicos e intelectuais, que discriminam

    o lder do no lder.

    Nesta abordagem so enfatizadas qualidades intrnsecas do lder.

    Concebe-se assim a hiptese de que o lder j nasce para ser lder, no havendo

    probabilidades de fazer lideres posteriormente por meio do uso de tcnicas de

    desenvolvimento pessoal.

    Estes foram os primeiros estudos sobre liderana efetuados at II Guerra mundial.

    A partir dos anos 40, Stogdiil, reviu alguns dos estudos e concluiu que os indivduos no se

    tornam necessariamente lideres (nem so necessariamente eficazes) devido possurem

    determinados traos.

    Lider

    Grupo

    Objetivo

    Conduzir

    1 Abordagem dos TraosProcura determinas os traos

    comuns de personalidade que os lideres

    tm

    2 Abordagem ComportamentalTenta explicar a liderana mediante o

    comportamento de uma pessoa

    3 Abordagens ContingenciaisUtiliza modelos de contingncia para

    explicar o indadequado das teoriasanteriores

    4 Abordagem Transformacional

    Volta teoria dos traos sob a perspetiva

    de que a liderana tanto uma forma ouestilo

    (aparncia de lder) quanto um fundo ousubstncia

    Transio das teoriasda liderana

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    Elaborado por Ricardo Gomes aluno n 212708

    Um lder com certos traos poderia ser eficaz numas situaes mas ineficaz noutra.

    H relevncia em diversos traos e competncias para a eficcia da liderana.

    Estabilidade dos traos ao longo das situaes:

    Um individuo com certos traos tem mais probabilidades de ser um lder eficaz do que

    as pessoas que deles carecem, mas tal no lhe garante automaticamente a eficcia. A

    importncia relativa dos diferentes traos depende das situaes, h caractersticas que so

    irrelevantes em determinadas situaes e importantes noutras.

    Esta teoria procurava prever os comportamentos e servir de apoio nos testes

    psicolgicos destinados a selecionar chefias.

    As principais linhas de investigao desta teoria identificaram uma srie de traos

    associados a uma liderana eficaz:

    Traos de personalidade e liderana eficaz

    Inteligncia;

    Criatividade;

    Fluncia verbal;

    Auto-estima;

    Estabilidade emocional;

    Adaptabilidade s situaes;

    Intuio penetrante;

    Vigilncia para com as necessidades dos outros

    Tolerncia ao stresse;Iniciativa e persistncia no enfrentamento dos problemas;

    Capacidade de Persuaso;

    Desejo de assumir responsabilidades e de ocupar uma posio de poder;

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    Implicaes para a interveno nas organizaes?

    Alguns traos influenciam as competncias, sendo estas que influenciam os desempenhos.

    Diferentes traos podem ser adaptados para diferentes papis e diferentes situaes, logo

    uma organizao necessita de lderes distintos com diferentes traos. A variedade de traos

    nos lderes torna-se mais importante do que a necessidade dos lderes corresponderem a um

    perfil presumidamente ideal de liderana.Principais limitaes:

    O critrio da personalidade no parece suficiente para discriminar lderes de no lderes, e

    muito menos para distinguir lderes eficazes de no eficazes.

    Embora seja possvel identificar um extenso conjunto de traos e competncias relevantes,

    impossvel descortinar caractersticas aplicveis a todas as situaes.

    Os lderes eficazes numa situao podem no s-lo noutra.

    Esta teoria pouco acrescentou ao conhecimento da liderana, foca-se na pessoa do lder e no

    tem em conta os fatores situacionais.

    A investigao comeou a procurar nos comportamentos em grupo uma resposta mais

    completa para a definio de liderana.

    Teorias comportamentais

    As teorias comportamentalistas tentam saber se possvel formar um lder.

    Este tipo de abordagem enfatiza que a liderana pode ser aprendida atravs de tcnicas de

    desenvolvimento pessoal. O movimento das relaes humanas proporcionou o surgimento de

    anlises que procuravam entender o comportamento dos indivduos, o foco desta perspetiva

    Traos Identificados (Kirkpatrick& Locker, 1991)

    Drive (motivao, ambio,energia,tenacidade e iniciativa)

    Confiana , capacidadescognitivas, conhecimento das

    tarefas.

    Motivao para liderar;

    Integridade

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    era o individuo e no a tarefa em si, buscando uma compreenso individual do trabalhador

    para assim obter uma melhor produtividade.

    Esta nova abordagem permitiu identificar dois grandes tipos de orientao comportamental:

    Orientao para a tarefa

    Liga-se ao comportamento diretivo, cujo

    exemplo mais referido o estilo de gesto

    fabril, fordista.

    Orientao para a relaoLiga-se ao relacionamento e manuteno

    da boa atmosfera do grupo.

    Estes estudos deram origem a teorias universais, assim denominadas por presumirem que

    existe um melhor estilo de liderana para todas as situaes.

    Kurt Lewin supe que existem trs

    categorias de lder:

    O lder autocrtico enfatiza a preocupao

    pela tarefa e baseia-se na ideia de que o

    lder tem todo o poder e autoridade na

    tomada de deciso. No precisa de consultar

    os liderados, espera que estes obedeam s

    suas ordens sem receberem qualquer

    explicao.O ambiente de motivao cria-se num jogo de recompensas e castigos. O lder democrtico,

    tambm se chama estilo de liderana participativo, o lder partilha a sua responsabilidade com

    os empregados, envolvendo-os na execuo da tarefa. menos diretivo e assenta as suas

    preocupaes nas relaes humanas. Esta perspetiva pressupe que o poder do lder

    conferido pelo grupo que deve liderar e que as pessoas podem dirigir-se a si mesmas, sendo

    criativas no trabalho desde que sejam motivadas.

    O laissez-faire tambm conhecido como o estilo de no interveno ocorre quando o gerente

    proporciona pequena ou nenhuma direo e d aos empregados liberdade total. Toda a

    autoridade e poder so concedidos aos empregados, cabendo a estes determinarem metas,

    tomar decises e solucionar problemas.

    Estudos da Universidade Ohio

    Estes estudos procuraram identificar as dimenses independentes do comportamento do

    lder. Duas foram identificadas

    . A iniciativa da estruturao que define o relacionamento que dever existir entre o lder e os

    membros e estabelece formas bem definidas de organizao, canais de comunicao e

    procedimento.

    LderAutocrtico

    Lder Laissez-faire

    LderDemocrtico

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    . A considerao que consiste no comportamento caraterizado pela amizade, pela confiana

    mtua, pelo respeito e calor humano no relacionamento entre o lder e os membros da sua

    equipa.

    Estes estudos indicaram que os lderes que revelam elevado nvel nestas duas dimenses

    tendem a obter maior realizao e satisfao dos seus subordinados.

    Estudos da universidade de Michigan

    Estes estudos foram realizados com o objetivo de identificar as caractersticas de

    comportamento do lder relacionadas com a eficcia. Selecionaram duas dimenses do

    comportamento do lder, relacionadas com a eficcia.

    A que chamaram orientao para o empregado e orientao para a produo.

    Orientao para o empregado

    Interesse dos lderes por cada colaborador, reconhecimento

    da individualidade e das necessidades pessoais de cada um.

    Valorizao da relao interpessoal;

    Orientao para a produo

    Os lderes do enfase produtividade, encaram os

    empregados como instrumentos para alcanarem os objetivos

    organizacionais;

    Salientam-se os aspetos tcnicos ou de tarefa do trabalho

    A concluso desta investigao favorece o lder cujo comportamento encontra-se orientado

    para a relao interpessoal com os empregados. Estes encontram-se associados a grupos de

    trabalho mais produtivos e a trabalhadores mais satisfeitos.

    A orientao para a produo associa-se a uma menor produtividade e baixa satisfao no

    trabalho.

    A grelha de gesto (Blake e Mouton)

    Esta grelha tambm conhecida por matriz 9 por 9 cruza as orientaes para a tarefas e as

    pessoas, donde resultam cinco estilos essenciais de liderana adotado situao.

    Os autores abordam as duas dimenses do modelo anterior: as pessoas e as tarefas e

    acrescentam uma terceira dimenso: o estilo de liderana adotado face situao.

    Representando nesta grelha os vrios modos de usar autoridade e exercer a liderana.

    Na preocupao com a tarefa, o foco do lder est nos resultados, no desempenho e na

    conquista dos objetivos. Este lder empenha-se em mensurar a quantidade e a qualidade do

    trabalho dos seus subordinados.

    Na preocupao com as pessoas, o foco do lder est na forma como este se relaciona com os

    subordinados, obtm a sua confiana e respeito. Como se empenha em dar boas condies de

    trabalho e outras vantagens.

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    Com este teste, numa escala de 1 a 9, conseguem-se representar todas as combinaes

    possveis. Este teste permite ao lder localizar o seu estilo prprio de liderana, e a partir da

    analisar todos os impactos, mudanas pessoais e organizacionais, de forma a melhorar a sua

    eficcia e o clima organizacional.

    Legen

    da da

    grelha

    (9,1): Preocupao mxima com a tarefa e mnima com as pessoas, o lder usa a autoridade

    para alcanar resultados. uma liderana autoritria.

    (1,9): Preocupao mxima com as pessoas e mnima com a produo, este lder faz do

    ambiente do trabalho um Country Club. A liderana procura harmonia nos relacionamentos,

    mesmo que tenha que sacrificar a eficincia e a eficcia do trabalho realizado.

    (1,1): Preocupao mnima com a tarefa e com as pessoas, o lder desempenha uma gesto

    empobrecida. A Liderana tem uma postura passiva em relao ao trabalho, fazendo o mnimo

    para garantir sua permanncia na organizao.

    (5,5): O meio-termo, h uma preocupao mediana com a produo e com as pessoas, o

    lder v as pessoas no trabalho dentro do pressuposto do homem da organizao. A liderana

    procura o equilbrio entre os resultados alcanados e a motivao no trabalho.

    (9,9): A mxima preocupao com a tarefa e com as pessoas caracteriza o lder que v no

    trabalho em equipa a nica forma de alcanar resultados, estimulando assim, a mxima

    participao e interao entre seus subordinados na busca de objetivos comuns.9,9 caracterizado como o estilo mais apropriado para atingir os objetivos das organizaes.

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    Entretanto, pesquisas empricas tm revelado que nem sempre este tipo de estilo de liderana

    o mais indicado para a eficincia e eficcia dos resultados.

    A crescente insatisfao dos autores, em termos de solidez do modelo e sua aplicao, a

    preocupao com a identificao das caractersticas do lder universal substituda por

    orientaes mais contingenciais, em que o contexto desempenha o papel fundamental na

    determinao do comportamento mais apropriado.

    Implicao para a interveno nas organizaes?

    Determinados comportamentos por parte da liderana suscitam eficcia numas situaes, mas

    no noutras. De acordo com os estudos do modelo de Blake e Mouton, as lideranas eficazes

    demonstram uma moderada orientao para a produo e para o empregado.

    Esta teoria diferentemente dos traos, defende que os comportamentos podem ser

    aprendidos, portanto as pessoas treinadas nos comportamentos de liderana apropriados

    poderiam liderar eficazmente. Estes comportamentos poderiam ser apropriados em

    determinadas situaes e noutras no seriam aconselhados, considerando os diversos fatores.

    Por exemplo, num contexto estvel os comportamentos orientados para as tarefas so mais

    relevantes do que os comportamentos de mudana, o oposto ocorre em ambientes

    turbulentos.

    Principais limitaes

    Os modelos comportamentalistas no relacionam os fatores situacionais que influenciam o

    sucesso ou o fracasso. No h tambm dados suficientes nas investigaes realizadas para

    confirmar a validade de uma tese universal, no existe um melhor modelo de liderana,

    porque a eficcia da liderana depende do contexto e das situaes em que esta ocorre e no

    apenas dos comportamentos ou traos do lder.

    Teorias universais vs. Teorias contingenciais

    As teorias universais procuram encontrar os traos universais de personalidade que os lderes

    tm comparativamente aos que no so lderes.

    Segundo esta teoria o lder eficaz se tiver certos traos fsicos, sociais e intelectuais.

    Ao ponderar a complexidade em isolar alguns traos ou condutas preferveis de atuao dos

    lderes, comearam-se a considerar as influncias situacionais.

    O modelo contingencial baseia-se na distino prvia entre a orientao s tarefas e aos

    empregados e defende que o estilo de liderana mais apropriado depende da situaoespecfica, se esta favorvel ou no.

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    H medida que a situao varia, variam tambm os requisitos da liderana.

    Teorias contingenciais da Liderana

    Modelo Situacional de Liderana II (Blancher & Blancher, 1985)

    Este modelo defende que os colaboradores podem e devem desenvolver-se e que o estilo de

    liderana mais adequado o que se adapta a esta situao e ao nvel de desenvolvimento do

    colaborador.

    Um lder deve adaptar-se aos diferentes nveis de desenvolvimento das pessoas que lidera.

    O estilo de liderana a forma como o individuo se comporta quando procura influenciar o

    desempenho de outros

    Os estilos de liderana possuem duas dimenses: a directividade e o apoio

    Directividade

    Comportamento de direo, implica transmitir de

    forma clara ao subordinado, o como, onde e

    quando fazer, e em seguida supervisionar-lhe o

    desempenho.

    Apoio

    Implica escutar, fornecer apoio e incentivo aos

    esforos do individuo, e em seguida, promover a

    sua participao na resoluo de problemas e

    tomada de decises.

    A importncia do nvel de desempenho dos seguidores

    Existem 4 nveis bsicos de liderana que correspondem aos 4 nveis bsicos de

    desenvolvimento dos elementos que compe as equipas:

    (D1) Elevada motivao/ Escassez de competncias

    (D2) Reduo da motivao/ Aprendizagem de competncias

    (D3) Baixa motivao/ Competncias essenciais

    (D4) Elevada motivao/ Competncias essenciais.

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    Todos os grupos ao iniciarem um trabalho, comeam por uma necessidade de orientao nos

    trabalhos, onde o lder fundamental para estabelecer objetivos. Depois passa-se por uma

    etapa de insatisfao, quando as grandes expectativas iniciais do grupo so consideradas

    difceis de serem alcanadas. A terceira etapa, de resoluo, ocorre quando o grupo passa a

    aprender a trabalhar em conjunto, esclarecendo diferenas e desenvolvendo confiana e

    coeso.

    Finalmente chega-se produo, onde a equipa colhe os frutos de forma eficiente.

    Relao entre os estilos de liderana e os nveis de desenvolvimento dos seguidores?

    Um lder no deve tratar todos os elementos da equipa da mesma forma, mas sim usar o

    mesmo estilo de liderana em situaes semelhantes.

    No caso do D1 o lder deve ensinar o seguidor, no D2 e D3 deve fomentar a motivao, no D4

    delegar funes e dar autonomia.

    Existem 3 passos fundamentais para a implementao da liderana situacional:

    1 Passo Diagnstico anlise das competncias e do nvel de compromisso dos diferentes

    colaboradores de forma a diagnosticar em qual dos nveis cada um deles se encontra;

    2 Passo Flexibilidade capacidade do lder desenvolver competncias comunicacionais e

    outras formas de dominar os 4 estilos de liderana, sendo capaz de alterar o seu exerccio de

    acordo com as necessidades de cada colaborador.

    3 Passo Parcerias para o desempenho os colaboradores devem ser informados e

    consciencializados do nvel em que se encontram.

    Matching esttico?

    O estilo de liderana no esttico e depende intrinsecamente do estado de alerta e do

    planeamento do lder, alm de sua sensibilidade para perceber as mudanas dos

    subordinados.

    Pontos Fortes Pontos Fracos

    Evoluo da motivao

    O desenvolvimento dos subordinados no

    homogneo

    Concluso

    Este modelo oferece aos lideres uma maior compreenso da relao entre um estilo de

    liderana eficaz e o nvel de desenvolvimento dos seus liderados.

    O lder eficaz adapta o seu comportamento de liderana ao subordinado e situao, devendo

    para tal desenvolver a sua flexibilidade comportamental no relacionamento interpessoal.

    A eficcia reside na mudana da situao.

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    Liderana Transformacional

    Esta liderana refere-se ao processo atravs do qual os lderes fomentam o empenho dos

    seguidores e induzem-nos a ultrapassar os seus autointeresses, em prol dos objetivos da

    organizao, conseguindo assim captar o seu empenhamento e produzindo grandes mudanas

    e elevados desempenhos.

    Atravs da influncia idealizada, (carisma), da inspirao, da estimulao intelectual ou da

    considerao individualizada o lder leva os subordinados a ultrapassem os seus prprios

    interesses. Eleva os ideais e o nvel de maturidade [dos subordinados], bem como as

    necessidades de realizao, de autoactualizao e o bem-estar dos indivduos, da organizao

    e da sociedade.

    Em Suma o lder transformacional inspira cada um a transcender os seus interesses para bem

    da organizao e obtm esforos adicionais para o cumprimento das metas.

    Para realizar este processo o lder recorre a trs vias: Torna os seguidores mais conscientes da

    importncia dos objetivos; Indu-los a transcenderem os seus autointeresses em prol do

    grupo/organizao e ativa as suas necessidades de mais elevada ordem. (Podemos afirmar que

    os leva a ao ltimo patamar da pirmide de Maslow, as necessidades espirituais)

    Estudos sobre o carisma

    Carisma uma palavra grega que significa dom de inspirao divina. Weber utilizou o tempo

    para designar uma forma de influncia baseada, no na tradio nem na autoridade formal,

    mas nas percees dos seguidores de que o lder est dotado de qualidades excecionais.

    Segundo Weber tal acontecia quando os seguidores, perante situaes de crise, detetavam as

    qualidades excecionais e a viso radical de algum individuo e se dispunham a segui-lo por

    acreditarem na sua capacidade de vencer tais crises.

    Todo o lder transformacional um lder carismtico, na medida em que visto como

    heroico e tem um profundo e extraordinrio efeito nos seus seguidores. Bilhim

    Um dos elementos da teoria de Bass aborda esta questo. O carisma um ingrediente

    necessrio da liderana transformacional, mas no por si s suficiente para suscitar um

    processo transformacional.

    Os transformacionais procuram fortalecer os seus seguidores, mas alguns lderes carismticos

    procedem de forma oposta, promovendo a lealdade pessoal (mais do que a lealdade

    organizao ou a ideais), tornando-os fracos de dependentes.

    Os transformacionais ativam fortes emoes nos seguidores e induzem-nos a identificaram-se

    com o lder, tambm podem exercer influncia atuando como mentores e professores.

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    Componentes da Liderana Transformacional

    Liderana Transacional

    Este modelo no radica nos traos, nem nos comportamentos, nem nas contingncias

    situacionais mas na relao.

    Nesta liderana existe uma troca (que pode ser politica, econmica, psicolgica) entre o lder e

    o seguidor, enquanto ambos acreditarem que isso ir benefici-los.

    uma liderana baseada na autoridade, recompensa e troca. O lder leva o colaborador a fazer

    o que precisa de ser feito. As relaes entre lder e colaborador numa primeira fase so

    meramente formais e contratuais (o lder proporciona aos colaboradores as condies para

    que eles desempenhem as tarefas, e estes atuam de acordo com o que est formalmente

    prescrito para os seus cargos).

    A fase seguinte ocorre quando ambas as partes estabelecem relacionamentos mais ntimos, as

    relaes deixam de ser meramente contratuais e passam a englobar trocas sociais (maior troca

    de informaes e recursos; desenvolvimento de alguma confiana, lealdade e respeito

    mtuos).

    Numa terceira fase ambas as partes prestam lealdade, respeito e apoio mtuo. As trocas j

    no so meramente sociais mas entram na fase emocional. A influncia reciproca elevada e

    os colaboradores assumem funes de liderana em paralelo com o lder formal (funes de

    liderana partilhadas, rotativas).

    As partes comportam-se como parceiros e deslocam-se dos seus autointeresses para os

    interesses mtuos e da equipa.

    O lder comunica uma viso apelativa, usasmbolos para fomentar o esforo dos seguidores,atua como modelo de comportamentos, instila

    optimismo.

    Insipirao Motivacional

    O lder estimula nos seguidores a tomada deconscincia dos problemas, dos seus prpriospensamentos e imaginao. Ajuda-os areconhecer as suas prprias crenas e valores.Fomenta-lhes o pensamento inovador/criativo.Incita-os a questionarem a ssuas assunes.

    Estimulao Intelectual

    O lder atende s necessidades dedesenvolvimento dos seguidores, apoia-os,

    encoraja-os, treina-os, tenta desenvolver o seupotencial, fornece-lhes feedback, delega-lhesresponsabilidades.

    Considerao Individualizada

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    Elaborado por Ricardo Gomes aluno n 212708

    Em termos prticos a teoria sugere que os lderes devem ser encorajados e treinados para

    oferecerem relaes de parceria a todos os seus seguidores. A oferta de relacionamento

    contribui para que o processo de liderana seja considerado mais equitativo, redunde em

    relacionamentos de maior qualidade e fomente a eficcia da liderana.

    Em suma podemos concluir que os lderes no se relacionam consistentemente com todos os

    colaboradores. H razes para presumir que os relacionamentos de elevada qualidade podem

    fomentar a eficcia de liderana. So necessrios mais estudos para se aprofundarem as

    razes indutoras dos diferentes tipos de troca, das suas consequncias.

    A investigao deve ainda discernir as condies que facilitam as trocas de elevada qualidade e

    como estas traduzem-se em melhores desempenhos.

    Estas recompensas contingentes e transaes construtivas permitem ao subordinado partilhar

    com o lder alguns deveres administrativos, executando tarefas alm do esperado, quando

    ocorre esta substituio a liderana adota o estilo de no interveno (Laissez-faire), o gerente

    proporciona pequena ou nenhuma direo e concede ao subordinado liberdade total.

    Toda a autoridade e poder so-lhe concedidos, cabendo a este tomar decises e solucionar

    problemas.

    Pontos Fortes Limitaes

    Liderana enquanto processo grupal Simplista e rgida

    Modelo heurstico Universalidade dos resultadosFalta de clareza conceptual

    Funo do lder e funo do gestor: diferentes ou iguais?

    A liderana envolve lderes e seguidores que procuram mudanas reais na organizao,

    enquanto a gesto envolve a coordenao de pessoas e recursos para a produo e venda de

    bens e/ou servios numa organizao.

    A liderana envolve a articulao de uma viso organizacional, a introduo de mudanas

    vultosas, a atuao inspiracional e a capacidade para lidar com a turbulncia do ambiente

    externo; a gesto representa a implementao da viso do lder e das mudanas por eles

    introduzidas e a manuteno e administrao das infraestruturas organizacionais.

    A gesto tem a ver com a otimizao de recursos, a liderana com o desenvolvimento das

    competncias das pessoas e com a sua ao.

    Podemos afirmar tambm que a liderana uma competncia que se exerce no terreno, e so

    os liderados que reconhecem e avaliam, os cargos de gesto so uma atividade profissional

    exercida num determinado contexto para atingir determinados objetivos.

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    Lderes Gestores

    Estabelece uma direo/viso Planeiam e controlam

    Foco na imaginao e no empreendedorismo Foco nos processos e nos sistemas

    Passam tempo a alinhar os interesses das

    pessoas, de maneira que compreendam a sua

    viso e as suas estratgias

    Focalizam-se na organizao, no pessoal, nos

    recursos

    Motivam e inspiram os outros Controlo, resoluo de problemas,

    recompensas contingentes;

    Produzem mudana e caos Produzem ordem, previsibilidade e resultados

    Fazem as coisas corretas Fazem as coisas de forma correta

    Nas organizaes so precisos lderes ou gestores?

    A liderana e a gesto so dois processos distintos. No exerccio de algumas funes

    organizacionais, a liderana pode ser mais relevante do que a gesto, o oposto tambm

    ocorre.

    Por exemplo presume-se que a gesto seja mais necessria nos nveis hierrquicos inferiores, e

    que a liderana suplante a gesto nos nveis de topo.

    A liderana necessita de ser temperada com gesto (para conferir realismo e estabilidade ao

    sonho, viso) e que a gesto seja condimentada com liderana (para evitar a estagnao e

    progredir a longo prazo).

    Alguns indivduos tm mais propenso para a liderana e outros para a gesto, mas possvel

    que muitos lderes possam aprender a gerir e que muitos gestores possam melhorar as suas

    competncias de liderana.

    Nas organizaes atuais, ambas as funes so necessrias, quando no possvel conciliar

    num mesmo individuo as duas funes, necessrio assegurar a dupla liderana (lderes e

    gestores).