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Aposte nos melhores Cersaie: os lançamentos que irão aumentar seus lucros - saiba o que o consumidor vai procurar e o que vai movimentar as lojas em 2009 Revista Tile Brasil - Ed II/2008 - outubro 2008 - R$ 12,00 Para quem vende e especifica revestimentos os lançamentos mundiais mais desejados pelo consumidor

Aposte nos melhores web.pdfSindusCon-SP e pela FGV Projetos junto a 280 empresários do setor de todo o país em agosto, mostrou que a construção continua otimista, num nível mais

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Revista Tile Brasil - Ed II/2008 - outubro 2008 - R$ 12,00

Para quem vende e especifica revestimentos

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os lançamentos mundiais mais desejados pelo consumidor

outubro 2008� outubro 2008 �

Cartas

Agradecimento

Lazzaro, tive a oportunidade de ler o exemplar da Tile Brasil 1/2008 que ficou excelente! Você foi muito feliz ao afirmar em sua carta “que a publicação cumpre seu papel de instigar e energizar o setor”. Sem dúvida, é disso que estamos precisando. Obrigado pela aten-ção e cordialidade que você e sua equipe dedicaram para a Eliane na Revestir. Aceite minhas desculpas, se por algum motivo não consegui-mos retribuir à altura, já que nosso showroom estava muito visitado por nossos clientes e aquele era o momento para capitalizarmos.

Rogério Longoni - Diretor Co-mercial - Eliane S/A Revestimen-tos Cerâmicos

Preparação do Espetáculo

Recebi com muito interesse a re-vista Tile Brasil, muito boa por sinal, e gostaria de parabenizá-los pelos temas tratados, especialmente o do titulo “A preparação do espetáculo”. Se você me permite, quero dis-correr um pouco sobre o mesmo. Realmente, me desconcerta o fato de não existirem lojas dedicadas especialmente ao segmento de alto mercado. Os compradores recorrem às grandes redes, mas as mesmas não oferecem, nem um atendimento profissional com profundo conhecimento do material oferecido, nem as instalações das mesmas levam os compradores desse segmento a ambientes de atendimento adequados. Conside-ro uma falha de marketing bastante grave, um certo descaso com esse tipo de comprador. Como sabem, atuo desde longo tempo em merca-dos neste e em outros continentes, e existem exemplos de países muito menores que o nosso, com showrooms altamente sofisticados,

com um atendimento nada mas-sificado. Posso mencionar como exemplo umas 5 ou 6 empresas no Chile e Argentina, sobretudo uma localizada na província de Mendo-za, com 3.500 metros quadrados que inclui metais e outros aces-sórios para banheiros, cozinhas, salas, etc. Ainda não entendo como nas grandes capitais brasileiras, com raras exceções, ainda não perceberam que os arquitetos e os compradores das classes mais altas têm ansiedade de atendi-mento altamente especializado. Conto uma experiência particular: um cliente meu, amigo de mais de 20 anos, em um destes países mencionados, me explicou uma das estratégias usadas lá. Além de terem um showroom enorme eles expõem produtos cuidadosamente escolhidos. Por exemplo, para pro-dutos de alta sofisticação, existe um exibidor de madeira como se fosse uma varanda, de uns 10 ou 16 metros de comprimento e baixa altura. A mesma tem a finalidade de colocar esses produtos, exce-lentemente iluminados, na altura dos olhos dos clientes, sentados em bancos de madeira. Os clientes “admiram” os pisos ou revesti-mentos como se fossem obras de arte, enquanto são servidos com bebidas. Por outro lado, quando estão lançando uma linha nova de produtos, convidam todos os arquitetos de renome, para visitar uma sala, a qual, na chegada dos mesmos, está na maior escuridão. Assim que estão todos na mesma, acendem-se as luzes e os novos produtos aparecem, plenamente iluminados, enquanto um ou dois garçons surgem com champagne e outras bebidas. Por outro lado, contratam a cada ano muitos es-tudantes de arquitetura, os quais fazem estágio remunerado, em que aprendem muito sobre a disciplina de materiais, que é ligeiramente

tocada na faculdade. O comentário do meu amigo é: “aqui tenho a mi-nha ‘fábrica’ de clientes que saem daqui e se transformam em espe-cificadores de nossos produtos’. Você conhece alguém que faça isso? Conclusão: o marketing lojis-ta, só foca a base de consumo.

Victor de Oliveyra - TraderNR- Victor de Oliveyra foi convi-

dado a escrever um artigo sobre o tema, à página 44 desta edição.

Envio de exemplares

Com relação a revista Tile Brasil - Revestir, vocês incluiram produtos de lancamentos de nossa empresa. É possivel enviar alguns exempla-res ou disponibilizar alguns exem-plares ?

José Renato –Nina Martinelli Cerâmicas

Inclusão no mailing

Se possível nos inclua na “mai-ling list”, bem como direcione seu material de divulgação para nossa comunidade acadêmica.

Fátima H. Negrini Logatti – Faculdades Integradas Logatti

Produtos italianos no Brasil

Thank you so much for your e-mail, we did not forget your request but at the moment we do not have any distributor in Brasil yet. We can deliver in groupage, just like we do for the United States: our company is in Fiorano Modenese, the logis-tics is perfect , all the most impor-tant companies are here around, so the farwarding agents do not need particular efforts to combine loads. I remain at your disposal for any further request.

Paola Stradi - Export Manager - Petracer

Sumário

22 Projeto

A vigésima sexta edição da Cersaie 2008 ocorre de 30 de setembro a 4 de outubro, no centro de feiras de Bolonha. Cersaie é o Salão Internacional da Cerâmica para a Arquitetura e Banheiros.

O premiadíssimo arquiteto Michael Johnson que utiliza cerâmica em seus projetos esteve no Brasil em janeiro de 2006, especialmente para conhecer um de seus ícones, Oscar Niemeyer, no Rio de Janeiro. Esteve também em São Paulo para conhecer o Memorial da América Latina. Conheça suas idéias e um de seus projetos feito em meio aos cactos do deserto do Arizona nos Estados Unidos

Mesmo com a recessão na porta dos EUA devido à crise hipotecária, o mercado ainda tem oportunidades para projetos comerciais e a Coverings é a melhor oportunidade de estar em contato com o maior comprador de cerâmica da atualidade

O Marketing lojista não é o que o comprador de produtos cerâmicos de médio-alto e alto padrão espera, deseja e precisa para tomar uma decisão de compra

Uma excelente oportunidade de negócios é oferecer ao consumidor final, e até mesmo aos especificadores e construtores, os revestimentos cerâmicos já instalados

Otimista com o ótimo desempenho que o setor da construção civil vem obtendo neste governo, Cláudio Elias Conz continua sua cruzada para a redução da carga tributária na cesta de materiais de construção que chega a 36%, o que restringe muito a ampliação do mercado junto aos segmentos populares

Com a presença de 175 expositores, a 6ª Revestir, Feira Internacional de Revestimentos Cerâmicos, mostrou ao público, em março, as novidades do setor cerâmico brasileiro. O evento, em sua sexta edição, foi realizado no Transamérica Expo Center, junto com a 3a edição da Kitchen&Bath, e o 6o Fórum Internacional de Arquitetura e Construção

4 Cartas

6 Editorial

8 Mosaico

10 Cersaie 2008

34 Coverings 2008

40 Revestir 2008

44 Artigo

48 Serviço

50 Tributos

outubro 2008�

A revista para quem vende revestimentos

TILE BRASIL II/2008 - outubro 2008capa e projeto - Bill Timmerman fotos - LM e divulgaçãoPublisher: Lazzaro [email protected](jornalista responsável)Conselho Editorial:Edson Gaidzinski Jr. - Pres. da AnfacerJosé Armani Paschoal- Pres. do CCB

RedaçãoSelma [email protected]

Arte e DiagramaçãoOggi Estúdio Grá[email protected]

AdministraçãoCaroline Sperandio [email protected]

PublicidadeBrasil - SP Marcel Israelfone +(11) 3822 [email protected]

Impressão: Prol Editora e GráficaDistribuição: Lobra Serv-PressPublicação trimestral de

Alameda Olga, 422 cj 108 - Barra Funda01155-040 - São Paulo - SPFone + (11) 3822 4422 Fax + (11) 3663 5436e-mail: [email protected]: www.menasce.com.br

Registro no INPI sob número 825.874.254As opiniões de Tile Brasil não são necessariamente as de seus articulistas.Autorizada a reprodução de artigos desde que citada a fonte.Imagens, textos e opiniões de mensagens publicitárias são de responsabilidade dos respectivos anunciantes.

Associada à:

Editorial

Hora de investir

Caro leitor

Crises são sinônimo de oportunidades. Isto é o que sempre nos dizem. Sempre suspeitei que é por causa de que não é com o bolso dos conselheiros que estão mexendo, mas sim com o nosso.

Quando a gente pensa nesta crise monumental no coração do capitalismo mundial, chega a assustar. Mas, em que outro momento podemos pensar em levar uma vantagem competitiva desta magnitude?

Victor Civita, dono da Abril, dizia quando lhe perguntavam se não temia comprar uma máquina nova com o golpe militar de 64 a caminho: “Prefiro que me tomem uma empresa maior que uma menor”.

Bons investimentos!

Lazzaro Menasce

TB 02-2008.indd 5 20/09/08 15:51:11

Edição nº 2/2008

outubro 20088 outubro 2008 �

Mosaico

Comércio aumenta em 9,5%

Comércio de material de cons-trução cresceu 9,5% de janeiro a agosto de 2008. No acumulado dos últimos 12 meses, desempenho é de 10,5%. Em São Paulo, cres-cimento foi de 18,1% em agosto deste ano em comparação com agosto de 2007, e 12,3% no acu-mulado do ano. O setor de material de construção cresceu 9,5% de janeiro a agosto de 2008 na com-paração com o mesmo período de 2007. Os dados são da Anamaco, Associação Nacional dos Comer-ciantes de Material de Construção, e refletem o desempenho das lojas em volume de vendas. Os mate-riais que tiveram maior destaque no período foram os materiais básicos (cimento, tijolo, areia, etc), que cresceram 13,5%, seguidos pelos materiais hidráulicos (9,2%), elétri-cos (8,4%) e de acabamentos(8%). “A tendência é de crescimento no segundo semestre, quando temos um aumento de cerca de 30% nas vendas na comparação com o primeiro semestre do ano”, diz Cláudio Elias Conz, presidente da Anamaco. Segundo ele, esse aumento é explicado no comporta-mento do consumidor. “É verdade quando dizemos que o ano começa só depois do Carnaval. Férias es-colares, período de chuvas, nada disso combina com reforma. Assim, o número de obras começa a cres-cer no segundo semestre, quando também temos os dissídios, e prossegue até próximo do Natal”, declara. Com o setor aquecido e aumento das vendas, as lojas estão ampliando seus estoques. “Sempre que muitas lojas ampliam seus estoques simultaneamente, isso demanda um ajuste por parte da indústria, pois ocasiona alguns problemas de abastecimento, mas que são pontuais”, explica Conz.

Otimismo arrefece

A 36ª Sondagem Nacional da Construção Civil, realizada pelo SindusCon-SP e pela FGV Projetos junto a 280 empresários do setor de todo o país em agosto, mostrou que a construção continua otimista, num nível mais moderado, em relação ao desempenho das construtoras e ao crescimento econômico do país. Já em relação a dificuldades financei-ras, inflação e custos dos insumos, o setor mostrou maior preocupação do que na última Sondagem, reali-zada em maio. E o entusiasmo com a condução da política econômica arrefeceu. Para o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, “o resultado reflete o sentimento dos empresários da construção civil, que em 2008 vivem o maior nível de atividade dos últimos anos, mas estão sentindo os efeitos dos aumentos dos insumos, alguns de-les meramente oportunistas devido ao aquecimento da demanda”. Na Sondagem, realizada trimestral-mente, cada quesito recebe uma pontuação que vai de 0 a 100. Notas a partir de 50 denotam “otimismo” (exceto no quesito “dificuldades financeiras”, no qual pontuação acima de 50 indica “desempenho ou perspectiva não favorável”). O “de-sempenho das empresas” da cons-trução recebeu pontuação média de 59,9, numa ligeira queda de 0,9% em relação à Sondagem de maio. As “perspectivas de desempenho” das empresas obtiveram 61,2 (que-da de 3,2%) e o crescimento eco-nômico 55,4 (declínio de 14,8%). Persistem as preocupações dos empresários do setor em relação às “perspectivas de evolução dos custos” (37,7 – queda de 1,8%), “in-flação reduzida” (32,7 – declínio de 17,2%) e “dificuldades financeiras” (52,3 – aumento de 4,4%; é neste caso que a nota acima de 50 indica cenário desfavorável).

Pastilhas de vidro

C o m 3 4 0 anos de

t radição no merca-

do de vi-dros, a Saint-G o -

b a i n Glass lança a linha Nuance, de pastilhas para revestimentos inter-nos e externos de paredes, banca-das, piscinas e espelhos d’água. Nuance está disponível em 21 co-res que podem ser combinadas em composições especiais, agregando estilo e personalidade a cada pro-jeto. A delicadeza e a versatilidade do material garantem originalidade e brilho para os ambientes da casa, com alta resistência e acabamento perfeito. A linha é composta por pastilhas coloridas de 5x5cm es-pecialmente confeccionadas em vidro nobre Saint-Gobain Glass. Outro destaque do produto é baixo coeficiente de dilatação térmica e também a baixa absorção de água. A linha Nuance dá um toque muito pessoal e sofisticado aos ambien-tes em que é aplicada. Os vidros Saint-Gobain Glass não acumulam sujeira e são altamente resistentes a produtos ácidos e alcalinos, man-tendo a beleza e conferindo um to-que contemporâneo à decoração

Novas linhas em PVC

A Interfloor, empresa italiana de revestimentos em PVC para pisos e paredes apresenta no Brasil diver-sos padrões desses produtos fabri-cados por extrusão e laminação de PVC. Seus produtos possuem uma camada de PU Coating, poliureta-no na superfície que proporciona resistência à abrasão superficial. E conta com mais três camadas, sen-do elas o printing film, com padrão de desenho da madeira, soft layer para amortecimento de impacto, e hard layer, que dá firmeza ao material. Hoje a empresa prioriza a produção de revestimentos com texturas que remetem à madeira de demolição. Entre eles estão: o Rustic Black, o Rustic White, o Carvalho Rústico, o Ebanizado e o Jatobá. A linha de madeiras ainda é complementada pelos padrões: Polar, Amêndola, Nogueira, Duna, Macchiato e Ipê, todos disponíveis na medida de 15,24 x 91,44 cm. A empresa também oferece a linha Metalizada, que conta com duas opções, a Metal e a Ferri, no tama-nho de 45,72 x 91,44cm. Todos os pisos têm a espessura de 3mm.

Crise da Bolívia

Problemas externos afetam di-retamente o mercado brasileiro. A Bolívia passa por conflitos e dimi-nuiu o volume de gás para o Brasil. “O setor cerâmico é o mais depen-dente deste combustível, e deve sofrer reflexos à medida em que o preço do gás continuar subindo”, diz Cláudio Conz, da Anamaco.

Mosaico

Novo conceito em decoração

A rede varejista francesa Leroy Merlin, que completou dez anos no Brasil e possui 15 lojas em todo o país, criou um novo conceito de venda através da criação do Festival da Decoração 2008, que traz ofertas que chegam a 30% de desconto. A rede traz diversas peças de decoração importadas com exclusividade da China e da Índia, além de peças nacionais. Os produtos vão desde objetos de de-coração a pisos laminados. A rede agora conta com produtos distribu-ídos mais estrategicamente para facilitar a compra do cliente. “Pro-curamos privilegiar os critérios de compra dos clientes. Se ele prefere produtos expostos por marca, é o que faremos. Se prefere por linhas e modelos, também. Fazemos tudo para tornar o momento da compra mais fácil e agradável”, afirma Alain Ryckeboer, diretor-geral da Leroy Merlin no Brasil.

Dicico em Atibaia

A rede varejista Dicico, inaugurou sua 10a unidade, no formato mini-home center, na cidade de Atibaia, SP. Além dessa abertura, a empresa irá inaugurar nos próximos meses mais nove lojas, todas neste estado. O mini-home center é um formato criado pela Dicico em 2007, que conta com área de 750 m2, porém possui a mesma quantidade de itens, 40 mil, que uma loja tradicio-nal com área de 3.500 m2.

Ceramista do Ano

Evento homenageou, no dia 26 de agosto em São Paulo, Geraldo Ricciardi, presidente da Cerâmica Atlas, vencedor do Prêmio Mundo Cerâmico 2008. Realizado pela revista Mundo Cerâmico, o prêmio é concedido através de votação em todo o segmento da indústria cerâmica, desde fornecedores até as revendas de material de construção. Estiveram presentes várias personalidades da indústria cerâmica como Adriano Lima, pre-sidente da Gyotoku, Edison Toledo, presidente da Porto Ferreira, José Luiz Battistella, da Batistella, Itamar Fior, da Cecafi, além de dirigentes das maiores redes de varejo da construção: Fernando de Castro, diretor geral da Telhanorte, Jorge Gonçalves, diretor geral da C&C, entre outras autoridades do setor.

Novo antiderrapante

Fabricado pela Johnson Es-panha e vendido no Brasil pela Tetraquímica, o Heritage é o novo antiderrapante para escadas que pode ser aplicado em pisos frios como granito, cerâmica esmaltada, porcelanato e pastilha de vidro. O produto tem garantia de cinco anos, para áreas com metragens inferiores a 60m2. Já para os espa-ços maiores, a Tetraquímica realiza a aplicação e fornece garantia de dois anos. O Heritage está dispo-nível nos tamanhos 250 ml, 1 litro e em bombonas.

Greif, Ricciardi, Gonçalves e Menasce

outubro 200810 outubro 2008 11

Promovida pela Confindustria Cerâmica em conjunto com Bo-lognaFiere a Cersaie terá 1.078 expositores de 32 países, sendo 223 deles do exterior, incuindo-se aí o Brasil, com as já tradicionais presenças de Eliane, Portobello, Ceusa, Gyotoku, Cecrisa e Incepa que estará no estande da matriz Roca, espanhola. Italianos e es-panhóis predominam na feira e as tendências, de modo geral, são esperadas mesmo nos estandes italianos. Destacamos para você alguns destas tendências em lan-çamentos que você poderá conferir nas próximas páginas.

Conferências e Painéis

Os organizadores aproveitam também a ocasião para promover um grande circuito de palestras, seminários, eventos, conferências dedicadas aos vários segmentos de público que afluem à feira.

Aposta no futuro

Este ano a Cersaie promete atrações tão impactantes quanto as do ano passado. O seminário “As Belas Mentes do Design” irá realçar a essência do design ita-liano no revestimento cerâmico, como um elemento para estimular a criatividade de jovens projetistas com o emprego de revestimentos para obter soluções de grande impacto visual. Será realizado na quinta-feira, 2 de outubro de 2008 às 11:00 horas na Sala Itália do Palácio dos Congressos, ressaltan-

do o forte legado existente entre o produto cerâmico e o universo da arquitetura. Segundo Alfono Pan-zani, presidente da Confindustria Ceramica a aposta nos novos pro-jetistas profissionais é uma aposta no futuro, pois eles têm um modo inovador de projetar e desenhar os objetos, a arquitetura e os espaços residenciais, com grande vocação internacional, sempre abertos a escutar e interpretar as novas tendências de estilo, de materiais antigos e futuros.

Horário de funcionamento

O Salão estará aberto à visitação profissionais de terça-feira, 30 de setembro a sexta-feira, 3 de outu-bro 2008 das 9:00 às 19:00 horas e sábado, 4 de outubro 2008 das 9:00 às 18:00 horas. O público geral terá acesso apenas na sexta e no sábado.

Cersaie 2008

A vigésima sexta edição da Cersaie 2008 ocorre de 30 de setembro a 4 de outubro, no centro de feiras de Bolonha.

Cersaie é o Salão Internacional da Cerâmica para a

Arquitetura e Banheiros

Na edição anterior a Cersaie apresentou a mostra Creativititiles para mostrar que indústria e arte não estão distantes como pode pa-recer. Foram apresentadas obras-primas de pintura interpretadas em cerâmica. Para este ano o tema é Ceramic Tiles of Italy Arichitectural Food, que estará presente durante os cinco dias da feira no Centro de Serviços. Serão onze soluções particulares, porém com uma ca-racterística comum: todos objetos serão acolhedores e hospitaleiros, que com uma criatividade descre-vem a tradição da culinária italiana, protagonista da mostra. O evento pretende colocar em foco dois as-pectos fundamentais do material cerâmico: a produção industrial ba-seada sobre a inovação e estética e a flexibilidade de interpretação que os designers possam ter na utilização deste produto de série.

Cerâmica e culinária

Nicola Gallizia com Florim Ceramiche (Oro in Bocca)

Maurizio Sala com Emilceramica (Hai mangiato la foglia?)

Adriano Design com Edilcuoghi Ceramiche (Italian Kebab)

Luca Nichetto com Marazzi (Tilefilm)

Lorenzo Gecchelin com Ragno (Tile a Tile)

Ceramic Tiles of ItalyArquitetural Food Exhibit

Enrico Azzimonti com Casalgrande Padana (World Wave)

A busca pelo luxo é permanente

Em busca das novidadesMatteo Ragni com Etruria design (Buoni Appetiti)

outubro 200812 outubro 2008 13

Cersaie 2008

acima Barcode da Attivissimo para cozinha

num bem-humorado código de barras para paredes, no formato

40x40 cm.

à esquerda, Série F1 Design da Settecento Valtresinaro, com uma decoração xadrez no formato 24x72cm. em

gres porcelanato colorido na própria massa

Rex Ceramiche do Grupo Florim apresenta

esta linha Gold para revestimento de paredes

outubro 20081� outubro 2008 1�

Cersaie 2008

Série Reflex Design da Cerdisa estimula um

jogo de luzes e reflexos com o objetivo de criar

um fundo luminoso de alta classe. Nos formatos 50x50cm.

e 24,6x49,5cm. disponíveis nas versões naturais e retificados,

nas cores branco, preto, ouro e prata

Série Parede de Autor da Coleção Gold de

Design Tale Studio utiliza ouro 24 quilates

e uma elaborada gráfica nas peças com efeitos surpreendentes

de luminosidade. A fabriação é limitada a 150 exemplares no formato 60x120cm.

outubro 20081� outubro 2008 17

Cersaie 2008

Projeto Massima de Imola Ceramica busca criar um espaço infinito e uma alta expressão decorativa. São sete tipologias de produtos: Teawood (foto à esquerda), Carrara, Navona, Durango

(foto acima), Perlato, Biancone, Rosato, em

quatro formatos: 50x100, 25x100, 50x50 e 25x50cm.

Três acabamentos especiais: natural, satinado

e lapado. É um gres porcelanato esmaltado e retificado em todos

formatos e tipos

Série Agathae da Campani inspirada na pedra ônix,

com grande calor e reprodução da natureza

em 5 diferentes cores reproduzindo perfeitamente

a natureza. Nos formatos 48,4x48,24,1x48,4,

32,2x32,2,16x16, 7,9x16cm lapados e retificados nas cores Desert, Hills, Polar,

Masai e Mountains

outubro 200818 outubro 2008 1�

Cersaie 2008

Série La Dolce Vita de Monica é uma proposta em 6 cores no formato

20x50cm. Cores brilhantes e superfície estruturada

com esmaltes brilhantes, linha romântica e

moderna. Fundos Crema e Fucsia (foto) e decorações

Gioia e Viva. Pisos em 60x60cm.

Ker-Av apresenta coleção de Mosaicos da Itália, acima a linha Poster, à

esquerda Luci di Venezia, à esquerda abaixo Oro di Venezia e abaixo Nimbo.Todos mosaicos vetrosos muito coloridos

e alguns feitos em gres porcelanato

outubro 200820 outubro 2008 21

Cersaie 2008

acima Série Stardust de Ariana Valverde,

monoqueima em pasta branca no formato

33x66cm. Uma ampla gama de cores,

caracteriza-se por usar pequenas partículas de

metal no design.

à esquerda Ottagono Diamantato de Etruria

design, textura clássica de revestimentos cerâmicos

octagonais com o tozzetto em contraste de cor,

disponível em 35 cores brilhantes e 32 mates

acima à esquerda Collezione Lily de

Cerdomus, em grande movimento ótico

à esquerda Tulipani de Bardelli, série floral

composta de cinco peças decorativas nos formatos

20x100cm.

acima Kromadesign da Antiche Fornaci D’Agostino

material altamente texturado e em 11 cores

vibrantes no formato 16x48cm

outubro 200822 outubro 2008 23

Michael Johnson, apaixonado pelo Brasil e

por Oscar Niemeyer

O premiadíssimo arquiteto Michael Johnson que utiliza cerâmica em seus projetos

esteve no Brasil em janeiro de 2006, especialmente para

conhecer um de seus ícones, Oscar Niemeyer, no Rio de

Janeiro. Esteve também em São Paulo para conhecer o

Memorial da América Latina. Conheça suas idéias e um de

seus projetos feito em meio aos cactos do deserto do Arizona nos Estados Unidos

Residência de Treg Bradley - Arizona - EUA - arquiteto Michael Johnson

Águas no Deserto

Projeto

outubro 20082� outubro 2008 2�

Manhã

Tarde

Noite

Projeto

A residência repousa esplen-dorosamente nos arredores da vi-zinhança de Scottsdale no Arizona. As extremidades estão apoiadas por colunas metálicas, fazendo a estrutura parecer estar pairando sobre o solo desértico.

A entrada da residência possui um fechamento feito pelas paredes da garagem para quatro carros ao norte e as paredes da própria resi-dência ao sul. Isto leva o morador ou o visitante à porta de entrada principal da casa. Os eixos suspen-sos acima da entrada continuam e se estendem até a parte oposta da casa, sobre o pátio e o deck.

Trex, um material reciclável, foi usado para pavimentar o lado sul da fachada do pátio que se prolon-ga por toda a extensão da casa. No entanto, o deck está separado no centro por um porcelanato de

30x60cm, fabricado na Itália, tam-bém usado na piscina e no pátio spa. Um teto suspenso de 3 metros proporciona sombra para o pátio, o deck e toda a fachada sul da residência. Enormes paredes de vidro separam a parte externa da interna, permitindo uma visão pa-norâmica dos arredores desérticos e montanhosos.

As quatros das seis paredes de vidro no living abrem-se para o pátio criando uma abertura ininter-rupta de 7,2 metros. Esse detalhe faz com que se unam o principal espaço do living, com a saída do pátio, piscina e spa criando assim uma espécie de pavilhão externo. O acabamento externo da residên-cia é feito de reboque de areia que foi pintado de uma cor quase bran-ca inspirada nas rochas aparentes. Esta cor produz a sensação de

frescor no quente sol do deserto.As paredes internas e tetos estão

revestidas com um acabamento de bordas pintados no nível cinco de gesso branco que permitem qual-quer adição final de arte por parte do morador. O piso é totalmente revestido de porcelanato italiano no formato 30x60 cm que combi-na com o piso usado na piscina, no entanto, o porcelanato interno é polido enquanto que o externo é rústico. Os armários internos da casa, incluindo os da cozinha, home office e banheiros foram também fabricados na Itália.

Embora a residência possua vizi-nhos ao seu redor, foi planejada de tal forma a assegurar a privacidade. Ao visitar a casa, alguns poderão se sentir como se estivessem em pleno deserto envolto por monta-nhas por todos os lados.

outubro 20082� outubro 2008 27

ProjetoInformação sobre o projeto e especificação de cerâmica

Detalhes de sustentação arquite-tônica: O piso de porcelanato com a entrada da luz do sol através das grandes janelas de vidro do lado sul produz um intenso calor, no entanto, reduzem tanto o custo do aquecimento quanto do consumo de energia.

O cliente, Treg Bradley, um em-presário de sucesso e colecionador de arte pediu um projeto residencial que pudesse interagir tanto como uma galeria de arte que aceitasse seu enorme tamanho como uma peça de arte em si.

Construída em aproximadamente 2,25 alqueires, esta residência de 4224 pés quadrados (em torno de 450 m2) simplesmente flutua para além do centro do terreno. As áreas privadas da residência dão visibi-lidade para ambas as direções a partir da parte central.

Placas de porcelanato de 30x60 cm foram selecionadas pela sua beleza e durabilidade para todos os espaços abertos incluindo a área da entrada e o deck da piscina.O uso de uma única cerâmica branca unifica o espaço todo permitindo um livre fluxo da área interna para a externa. A escolha de porcelanato polido para o interior foi para cap-turar, apesar do reflexo, as cores vibrantes do mobiliário e objetos de decoração.

outubro 200828 outubro 2008 2�

ProjetoFicha Técnica

Bradley Residence Execução: novembro 2007

Finalidade: Residência familiar

Localização: Scottsdale, Arizona, EUA

Área construída: 4224 pés quadrados (aproximadamente 450 m2)

Arquiteto: Michael P. Johnson Design Studios Ltd.

Contato: Michael P. Johnson

E-mail: [email protected]: www.mpjstudio.com

Fotógrafo: Bill TimmermanTimmerman Photography Incorporated

outubro 200830 outubro 2008 31

Projeto

outubro 200832 outubro 2008 33

ProjetoSeis perguntas para

Michael Johnson

TB- O que o leva a empregar cerâmica em seus projetos?

MJ- O uso da cerâmica em meu trabalho é como um material de construção básico. Eu utilizo grandes formatos de porcelanatos técnicos para revestir todo o pavi-mento do projeto, criando um palco para decoração e objetos de arte.

TB- A cerâmica passou a ser um material apreciado nos EUA ao invés do carpete. Por que?

MJ- O uso de cerâmica no lugar de carpete ou madeira está baseado na idéia da durabilidade. Construir para durar é importante, assim a seleção de materiais leva em conta que tenham longa vida útil.

TB- Que tipos de revestimentos são adequados a quais projetos?

MJ- Minha linha de arquitetura não é a usual; os tamanhos, cores e texturas são bastante simples; grandes, brancos e lisos.

TB- Como o Brasil pode melhorar

sua presença nos EUA?MJ- Para melhorar a presença

das cerâmicas brasileiras no mer-cado dos Estados Unidos, exten-siva propaganda em revistas de arquitetura e forte representação com os ‘dealers’ são necessárias.

TB- Já utilizou cerâmica brasileira em seus projetos?

MJ- Não utilizei cerâmica bra-sileira em meus trabalhos devido à falta de exposição no sudoeste dos EUA.

TB- O que recomenda ao cera-mista brasileiro?

MJ- Minha recomendação para os fabricantes de cerâmica no Bra-sil é tentar se espelhar no modelo italiano de exportação dos produtos para o mercado americano.

outubro 20083� outubro 2008 3�

De 29 de abril e 2 de maio, foi realizada a maior feira norte-ame-ricana de cerâmica, a Coverings. Em Orlando a presença do público para o Brasil foi melhor, apesar da crise imobiliária que afeta os Esta-dos Unidos, em relação à edição passada que aconteceu em Chi-cago. Por conta dos mais de 1.200 expositores vindos de todo o globo, e pelas mais de 80 conferências, a Coverings 2008 atraiu mais de 35.000 visitantes vindos de 100 países em um espaço de 50.000 m2. Fato é que houve uma queda em relação à edição passada que

recebeu quase 37.000 visitantes, mas em compensação houve um aumento de 3,8% se comparado a última vez que a Coverings esteve em Orlando, no ano de 2006. A in-dústria brasileira esteve junto com a Anfacer com 17 expositores, e 6 empresas que usaram o estan-de da associação. Nessa última edição a Coverings contou com a forte presença do público latino-americano. “Quem mais visitou o estande foram os distribuidores da América Central e do Caribe”, diz Giuliano Moro, gerente de exportação da Portinari, empresa

que comercializou U$ 680.000 em revestimentos.

Produtos e Público

A presença de comerciantes e distribuidores da América Central e do Caribe, como também de ou-tras partes do mundo, segundo os ceramistas, deve-se à localização geográfica, como também à atmos-fera turística de Orlando. “O público era composto por revendedores e lojistas de material de construção. A feira ainda teve a presença de muitas pessoas da Europa, Amé-

rica Latina e Canadá “, diz Renato Casagran-de, diretor da Ca-sagrande Reves-timentos, empresa que comercializou 230.000 m2. Ca-sagrande lembra a baixa visitação por parte dos nor-te-americanos, que segundo ele é con-sequência da crise imobiliária enfrentada por aquele país. Sobre produtos, na cidade de Orlando, os fabri-cantes perceberam uma tendência para revestimen-tos de alto valor agregado, em que o porcela-nato é o carro-chefe. Os italia-nos e espanhóis, segundo o gerente de exportação da Pamesa Brasil, Mariano Hajny, estão apostando nas combinações com metais e no leque de opções do ink-jet. Ainda sobre os estran-geiros, destaca-se a produção de

revestimentos em formatos maio-res, no porcelanato dupla carga, além dos revestimentos rústicos, esses últimos muito apreciados pelos norte-americanos. A respei-

to da cerâmica brasileira, os gerentes são unâni-

mes ao confirmarem a atração do público pelos porcelanatos retificados e tam-bém por formatos grandes.

Chicago em 2009

E o que pensar do futuro tendo como base essa última edi-ção? Existe uma co-vergência de idéias no que toca à ida para a próxima edi-ção. Por exem-plo, a Batistella

não sabe se irá participar no pró-

ximo ano por causa de 2007, conforme contou João Brito, gerente de expor-tação da empresa.

Mais otimista para o próximo ano, a Portinari já confirmou a presença, porém a empresa de Rogério Sam-paio ainda não decidiu de que for-ma irá atuar. “Vamos fazer reuniões durante 3 meses para vermos de que forma será a nossa presença em Chicago”, conta Moro, gerente que acredita na Coverings por ser importante para a estratégia de agregar valor. “Mesmo que nas últimas edições o número de negó-cios tenha sido menor, a Portinari continuará com a proposta de des-

Orlando Mural de Creative Edge

Anfacer recebe os arquitetos do complexo Disney na Coverings 2008

Laticrete apresenta cola flexível

Coverings 2008

Mesmo com a recessão na porta dos EUA devido à crise hipotecária, o mercado ainda tem

oportunidades para projetos comerciais e a Coverings é a melhor oportunidade de estar em contato com o

maior comprador de cerâmica da atualidade

Ainda o maior comprador

outubro 20083� outubro 2008 37

Honra ao mérito Prism residencial projetos com pedras naturais. NeMeo

(New Modern),de Phil Kean Designs

tacar o estande com investimentos, além de diferenciar no design”, conclui. Para que a presença bra-sileira seja ainda mais forte, Renato Casagrande espera que a Apex, Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos, conti-nue a apoiar os exportadores por conta dos custos altos. Ele também lembra que é fundamental exportar adequando os preços consoante a taxa cambial. Sobre o futuro, ainda merece ser lembrado que os Estados Unidos e toda a América do Norte são os principais destinos das exportações brasileiras de re-vestimentos cerâmicos. Para se ter uma idéia, em 2007 o nosso país mandou para aquele continente 30% do total das exportações na-cionais. Esses números não podem cair, por isso reajustes e estudos sobre aquilo que os norte-america-nos buscam devem ser realizados. “Por conta da Coverings, a Gyotoku tem estudado cotações para proje-tos nos Estados Unidos. Estamos estudando as questões dos prédios e dos edifícios comerciais”, informa Amato. O gerente diz que a Gyo-toku espera produzir revestimentos para a construção civil norte-ame-ricana. Por fim, o otimismo está presente em Mariano Hajny da Pa-mesa, que acredita na recuperação do mercado norte-americano ainda em 2008. “Esperamos uma recu-peração do mercado para o final deste ano devido a queda de esto-ques existentes e aos novos ares de reforma que necessariamente trará o novo presidente”, disse.

Quem também está otimista é Antonio Kie-ling da Anfacer, pois segundo ele, os estan-des ocupados pelas empre-sas brasileiras e s t a r ã o n a rua principal da feira, e a economia nor-te-americana estará melhor. “Na ocasião da realização da Coverings 2009 deveremos en-contrar a economia americana em situação mais favorável e com a crise no mercado imobiliário bem mais atenuada, em um processo de recuperação de sua indústria”, explica. Apesar dessas melhorias, a Anfacer avisa que a preparação para 2009 deverá ser adequada às características do mercado da região noroeste dos Estados Unidos. A associação lembra que para 2009 o processo de planeja-mento, de logística e montagem dos estandes deverá se iniciar com bastante antecedência e com muita

articulação com os organizadores, visando a sonhada redução dos custos de participação.

Premiações de projetos

A Coverings realiza a premiação de projetos com emprego de cerâ-mica - Spectrum Awards, e pedras naturais - Prism Awards. Veja dois dos projetos nas páginas a seguir, um em cada categoria. O Honra ao Mérito do Prism, com o Projeto residencial NeMeo, e o Primeiro Prêmio Spectrum residencial, com o projeto Pressnell Remodel.

Espanha apresentou palestras técnicas sobre composições com Patty Fasan

Church, do CTDA: interesse no Brasil

Petracer apresentou linha de produtos diferenciados

Coverings 2008

outubro 200838 outubro 2008 3�

Primeiro Prêmio Spectrum residencial de projetos realizados com cerâmica. Pressnell Remodel em Columbia, TN, EUA. Designer Teresa J. Beck, empresa TBEKTU

(nesta página e na seguinte)

Coverings 2008

outubro 2008�0

Com a presença de 175 ex-positores, a 6ª Revestir, Feira Internacional de Revestimentos Cerâmicos, mostrou ao público, em março, as novidades do setor cerâmico brasileiro. O evento, em sua sexta edição, foi realizado no Transamérica Expo Center, junto com a 3a edição da Kitchen&Bath, e o 6o Fórum Internacional de Arquitetura e Construção

Varejistas e especificadores

Para esses dois profissionais que estiveram em peso na Revestir, a organização dedicou dois dias exclusivos do Fórum para eles. O primeiro aconteceu no dia 12, o “Dia do Revendedor”, que recebeu personalidades como o economista Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central e um dos criadores do Plano Real. Franco falou sobre a situação econômica brasileira e sua influência no mercado vare-

jista. Os revendedores assistiram também o debate “Substituição Tributária em São Paulo – Impactos na Construção Civil”, que contou com a presença de José Alcazar, presidente do Sescon-SP, Cláudio Conz, presidente da Anamaco,

e Carlos Orlando, presidente da Weber Quartzolit no Brasil. Dia 14, a Revestir foi dedicada aos especificadores. No começo da manhã aconteceu o debate “Per-sonalização de ambientes pelas construtoras: crise ou oportunidade

Revestir 2008

TB 02-2008.indd 1 12/09/08 10:04:23

O ExpoTransamérica recebeu mais de 30.000 visitantes nos quatro dias

Relacionamento e vendas

outubro 2008�2

Revestir 2008

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tonalidades Tabaco, Marfim e Freijó, em 4 formatos retificados:

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para os designers de interiores”. Patricia Urquiola, arquiteta e de-signer espanhola foi a principal atração deste fórum com a pales-tra “Donkey Skin”. No período da tarde o público visado foram os arquitetos. O arquiteto chinês Ma Yansong realizou a palestra “MAD dinner – loucura, sensualidade e tecnologia na cerâmica”, que abordou seus trabalhos ousados e futuristas. Antes, o público ainda conferiu “Espaço da arquitetura brasileira” com representantes da Asbea, Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura, e do IAB, Instituto de Arquitetos do Brasil. A feira gerou US$ 131 milhões de novos negócios, e na sua próxima ediçãode 24 a 27 de março 2009 prevê a movimentação de US$ 154 milhões em negócios e a presença de 47 mil pessoas.

Variações em produtos

O destaque foram os revestimen-tos de cores fortes e marcantes

com um “clima” de tropicalidade. Apostaram nessa proposta as pas-tilhas D’Glass e Atlas, que também

Ma Yansong foi atração no Fórum...

... para platéia atenta de profissionais

apresentou pastilhas metalizadas e foscas. Quem também abusou do uso de cores fortes, como o verme-lho, foi o mercado de mármores e granitos. Michelangelo e o Palácio dos Mármores foram uma das bandeiras deste setor. Em termos de materiais, o evento contou com produtos que fortalecem a “Marca-Brasil” como os mosaicos feitos de pedra e coco, e os revestimentos que imitam madeira. Focada nos designers, arquitetos, construto-res e especificadores, a Revestir também contou com a presença de revestimentos de luxo, com materiais como ouro e metais pre-ciosos. Para Antônio Carlos Kieling, superintende da Anfacer, Associa-ção Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento, tais produtos estiveram em segundo plano em detrimento daqueles que fazem alusão à madeira e pedras naturais. (confira nesta página).

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outubro 2008�� outubro 2008 ��

O Marketing lojista, no setor de acabamentos, mais precisa-mente de produtos cerâmicos, porcelânicos e metais, levado a cabo pelos comerciantes in-dependentes e grandes redes, não é o que o comprador de produtos cerâmicos de mé-

dio-alto e alto padrão espera, deseja e precisa para tomar

uma decisão de compra

Com os muitos anos de experiên-cia nacional e internacional neste segmento (mais de 30), tomo a liberdade e o atrevimento de opinar e comentar a respeito.

Lamentavelmente, a minha opi-nião crítica está dirigida a respeito das lojas “especializadas” no seg-mento médio e médio-alto do mer-cado, com forte presença em São Paulo além de outras em diversas cidades e estados brasileiros.

Realmente, me desconcerta o fato de praticamente não existirem lojas dedicadas especialmente a estes segmentos (incluindo o alto) de maior nível de exigência. E o fato de acharem que essas são as lojas visitadas por arquitetos e compradores das classes A e AB.

Os compradores recorrem às grandes redes, mas as mesmas não oferecem, nem um atendi-mento profissional com profundo

conhecimento do material ofereci-do, especial e sofisticado, nem as instalações das mesmas levam os compradores desse segmento a ambientes adequados, nos quais possam obter uma atenção com a sofisticação que esses clientes exigem ou desejam, e conside-rando isto, ademais de uma falha de marketing bastante grave, de um certo descaso com esse tipo de comprador, devido, às vezes, à

falta de conhecimentos técnicos e de decoração.

A localização dos estandes das fábricas, normalmente colocados uns ao lado dos outros e geral-mente nos fundos e laterais das lojas, não é a melhor localização, sobretudo tendo na frente, antes de chegar neles, os produtos mais populares, num sistema de exibi-ção mais adequado aos supermer-cados que à exibição de produtos

destinados à decoração de uma casa de nível superior.

Sería muito mais lógico e atraen-te colocar esses estandes, antes das exibições de produtos baratos, já que os possíveis compradores, após passarem por inúmeras gôndolas de infinidade de outros produtos, geralmente “bugigan-gas”, e de produtos cerâmicos de baixo custo, só encontram os “ob-jetos do desejo” quando já estão

O impacto da entrada

O atendimento começa logo na entrada da loja

Hiperceramico - em Mendonza, 3,5 milhão de habitantes, Argentina. Importa

do Brasil, China e Espanha. Funciona de segunda a domingo das 9:00 às

20:30h. Showroom de 4.000 m2. O público visado é o médio-alto e alto. O mix de

produtos são revestimentos cerâmicos, porcelanatos, madeiras, laminados,

pedra natural, cimentícios e artesanatos. Equipamentos para banheiros, cozinhas, pátios e piscinas. Total de 86 funcionários sendo 24 em vendas, destes 13 arquitetos

e 3 desenhistas de ambientes.

Marketing Lojista - Acabamentospor Victor de Oliveyra

Produtos têm de ser expostos com luz correta

Artigo

outubro 2008�� outubro 2008 �7

Os espaços mais valorizados ficam à entrada da loja, em que se vai do atendimento e produtos mais sofisticados... ... para os populares no fundo

Os estandes devem facilitar a compra e especificação do consumidor e arquiteto... ... e oferecer atratividade e boa exposição dos produtos, como os metais, que devem ter fundo e luz adequada

cansados de andar percorrendo o local. Considero que o ideal é, começar pelos de maior custo e depois ir diminuindo gradativa-mente, já que a intenção primeira

do comprador é sempre conseguir o melhor.

Tenho também reparado que alguns desses estandes, tem grandes deficiências de ilumina-ção, o que prejudica e muito, sua apreciação por parte dos potenciais compradores.

Não é freqüente, mas em al-guns destes casos, às vezes, também tenho reparado que al-gumas promotoras, não tem a ar-gumentação técnica suficiente sobre os produtos a vender, o que prejudica a sua negociação, sendo a sua preparação profissional, a parte mais importante de uma venda.

A l g o p a r e c i d o acontece com os metais sanitários. Tenho visto que al-gumas das fábricas fazem seus estan-des com as cores da empresa, azul, bran-co... Terrível erro! Os

metais são cromados! e perdem o destaque. Nada melhor que colocar metais sobre um pano de veludo preto, com luz dicróica dirigida, bem forte, destacando os croma-

dos e dando destaque aos brilhos. Mais isso é outra história...

Como comentado no início, atuo desde longo tempo em mercados neste e outros continentes, e existem exemplos de países muito menores que o nosso, com showrooms alta-mente sofisticados, com um atendi-mento para nada massificado.

Posso mencionar como exemplo (não é propaganda deles) umas 5 ou 6 empresas no Chile, outro

tanto na Argentina, sobretudo uma, localizada na província de Mendoza de nome Hiperceramico, com 3.500 metros quadrados só de sofisticação, incluindo metais e

outros acessórios para banheiros, cozinhas, salas, etc. etc.

Também em Colômbia, em Ve-nezuela, em Costa Rica, Panamá, Chile e quase todos os outros pa-íses, o conceito de apresentação é similar.

Como pode se ver, não são países com o mercado enorme do Brasil, mas têm também grandes cadeias de lojas, muitas internacionais, que são como as nossas grandes redes,

só que dirigidas ao setor médio e médio-baixo do mercado.

Não entendo como nas grandes capitais brasileiras, com raras exceções, ainda não perceberam

que os arquitetos e os comprado-res diretos das classes mais altas, tem ansiedade de um atendimento altamente especializado.

Conto uma experiência particu-lar... um cliente, meu amigo de mais de 20 anos, de um destes países mencionados, me explicou algumas de suas estratégias, as quais detalho.

Além de ter um showroom enor-me, a disposição dos produtos

expostos tem sido cuidadosamen-te escolhida, por exemplo, para produtos de alta sofisticação, há um exibidor de madeira como se fosse uma varanda, de uns 15 ou 16 metros de comprimento e de 1,20 metros de altura. A fina-lidade é colocar esse produtos, excelentemente iluminados, na altura dos olhos dos clientes, os quais, sentados em bancos de madeira, “admiram” os pisos ou revestimentos como se fossem obras de arte, enquanto são con-vidados com bebidas ou café... o pessoal fica encantado...

Por outro lado, quando está acrescentando uma linha nova de produtos, convida a todos os arqui-tetos de renome, para visitar uma sala fechada, a qual, na chegada dos mesmos, encontra-se na maior escuridão. Assim que estão todos dentro da mesma, acendem-se as luzes e... oh surpresa!!!! os novos produtos aparecem, plenamente iluminados, enquanto um ou dois garçons oferecem champagne e outras bebidas...

Por outro lado, contrata a cada ano, alunos uma turma de último ano de arquitetura, que fazem está-gio remunerado, aprendendo muito sobre materiais, que é pouco ou não ensinada nas faculdades.

O comentário do meu amigo é:

“Aqui tenho a minha ‘fábrica’ de clientes, que saem daqui e se transformam em especificadores de nossos produtos”

Conclusão... o marketing lojista, praticamente só foca a base do consumo... e de produtos baratos, volume que não é desprezível. Supermercado é de massa, os segmentos mais altos e médios procuram a sofisticação, a infor-mação e o atendimento realmente diferenciados.

Victor de Oliveyra - Formado em Marketing na Univ. John Fitzgerald Ken-nedy, Argentina. Gerente de Promoção na Hervy. Gerente da Filial SP e de Ex-portação na Incepa. Gerente Comercial na Sant’ Ana. Trader independente para América Latina, e países Árabes, Eu-ropa, África, Estados Unidos, Canadá. Responsável pela primeira exportação de revestimentos cerâmicos para Chi-na, durante a construção dos Novos Territórios (250 mil m2 de azulejos).

Vocês conhecem alguém que faça isso?

outubro 2008�8 outubro 2008 ��

Na hora de construir e reformar uma casa, todo mundo se entusias-ma, principalmente nas primeiras etapas: o planejamento e a compra dos materiais necessários. Esses materiais que englobam, na maio-ria dos casos, os revestimentos cerâmicos, que geram uma maior expectativa ao comprador, visto que eles existem para serem mos-trados, ao contrário de outros mate-riais, como materiais de estrutura. Mas precisamente por causa dessa sua característica, pisos e azulejos necessitam de um maior cuidado

no que toca à instalação, etapa em que alguns problemas indese-jáveis podem afetar o consumidor, e, em alguns casos, até mesmo as redes varejistas. Por conta dessa problemática, algumas empresas optam, por disponibilizar o serviço de revestimentos instalados, na qual técnicos especializados vão até a casa dos clientes para assen-tar os produtos, poupando assim esforços dos mesmos em contratar pedreiros autônomos.

Desafios

Poucas lojas optam por oferecer essa comodidade ao cliente, e a principal razão segundo elas, é o problema que ocorre na hora de assentar, que na maioria dos casos está relacionado aos reves-timentos em si. “A maioria dos pro-blemas são derivados de defeitos nas peças. Cito como exemplo, o nivelamento dos produtos, cujos assentadores não conseguem executar”, informa Carlos Alberto Pelegrini, proprietário da L.A. Pele-grini, costrutora especializada em revestimentos instalados. Para ele

80% dos problemas na hora de as-sentar estão relacionados aos de-feitos de fábrica dos produtos. Ape-sar dos problemas, Pelegrini, que presta serviços para a rede C&C, lembra que vale a pena ir atrás do serviço de empresas especializa-das. Segundo ele, um benefício das empresas que realizam esse trabalho é o fato destas arcarem com a demolição e a reposição dos produtos, caso o serviço não fique bom. Ele garante que caso esta situação ocorra com um profissio-nal autônomo, este dificilmente irá arcar com o prejuízo. Quem reforça o coro do pessimismo em relação a esse tipo de projeto é Rosane Ra-mos da Silva, gerente de vendas da Dicico, que informa que o trabalho com revestimentos instalados em sua empresa não teve “vida longa”. “A Dicico trabalhou com isso em 2004, e o projeto demorou 6 me-ses. Não trabalhamos porque esse serviço dá muito “rolo”, e algumas pessoas não conseguem instalar corretamente”, relembra a geren-te. Já Gisele Isabel de Oliveira, do departamento de paginação e mão-de-obra da C&C, lembra que

outro problema comum é o prazo, visto que, segundo ela, os clientes querem que tudo esteja pronto o mais rápido possível, o que nem sempre é possível. Para se ter uma idéia, o especialista Pelegrini informa que os profissionais da sua empresa costumam assentar de 10 até 12 metros quadrados por dia. Quem prestava este serviço, mas não continua a fazê-lo, é a rede varejista matogrossense Todimo. Por não ter volume suficiente e por conta da crise do agronegó-cio em 2005 deixou o projeto em stand-by. “Tinhamos uma estrutura terceirizada contratualmente, e naquele momento tivemos apoio de empresas como a Quartzolit e Portobello”, explica o gerente de marketing, Juliano Bortoloto, que espera voltar a oferecer o serviço em 2009 com o projeto PIT, Produ-to Instalado Todimo.

Clientes

E qual o perfil das pessoas que vão atrás desse serviço, e o que elas desejam? A verdade é que houve uma unanimidade por con-ta das respostas dos varejistas e especialistas que afirmam que os públicos de classe A e B são os grandes interessados no trabalho das lojas que trabalham com reves-timentos instalados. “Quem busca os serviços da empresa são pes-soas de maior poder aquisitivo que privilegiam a assistência, garantia, e um maior profissionalismo”, expli-ca Pelegrini. Ele também ressalta

a existência de uma baixa procura pelo pessoal com menor poder aquisitivo e cultural: “As pessoas de menor poder aquisitivo e cul-tural não buscam os serviços de uma construtora. Eles vão atrás de profissionais autônomos”, conclui. Já sobre os produtos e serviços, os vendedores lembram que a instalação dos porcelanatos e de revestimentos laminados são o principal alvo do público. O inte-ressante é notar que até mesmo as empresas que não realizam esse serviço como a Leroy Merlin, Telhanorte e a Dicico constatam que o porcelanato, para o cliente, é um produto diferenciado e que em

sua aplicação requer igualmente de um trabalho com maiores cuidados. Por sua vez, Marcos Alves da No-brega, vendedor da Leroy Merlin, que mesmo não trabalhando com revestimentos instalados informa que em sua loja muitos clientes buscam o serviço de instalação principalmente para montar am-bientes com linhas completas. Para ele, se a sua empresa oferecesse esse serviço a relação com os clientes iria melhorar, o que conse-quentemte aumentaria as vendas.

A diferença

E como é feito o trabalho de ins-talação? Nesse ponto apenas os técnicos, na maioria dos casos, vão

até os domicílios para realizar o serviço. São raros os casos em que especificadores acompanham as obras, o que não é muito cobrado pela clientela, até mesmo porque boa parte das construtoras não possuem essas pessoas em seu quadro de profissionais. Na L.A. Pelegrini, por exemplo, trabalham 38 pessoas com diversas espe-cialidades. Isto porque, além de assentadores, a equipe também é composta por gesseiros, pintores e outros profissionais do ramo da construção civil. Para o seu pro-prietário, que presta esse serviço desde 1974, o grande diferencial em relação às outras construtoras reside no fato de que o trabalho com revestimentos instalados é a única área da construção civil que não precisa de máquinas e equipamentos. “A mão-de-obra é essencial. O nosso trabalho é praticamente artístico e artesanal, e foi precisamente isso que fez com que entrássemos nesse ramo, visto que as grandes construtoras não tinham preocupação com esse serviço”, conclui. Atualmente, a L.A. Pelegrini, localizada na capital paulista, realiza cerca de 20 até 30 serviços por mês, principalmente na zona sul da cidade, bem como na região do ABC. Sendo assim, cabe ao varejista refletir e colocar na balança os aspectos positivos e negativos deste trabalho dife-renciado e pouco difundido. Esse trabalho pode tanto aproximar ou distanciar a relação entre varejistas e consumidores.

Serviço

Revestimentos instaladosUma excelente oportunidade de negócios é oferecer ao

consumidor final, e até mesmo aos profissionais, como especificadores

e construtores, os revestimentos cerâmicos já instalados. Afinal,

o preço da colocação algumas vezes até supera o valor do próprio produto e não inclui os custos de

matérias-primas, fabricação e outros, sendo um custo somente do serviço, e que pode alavancar as

vendas em sua loja

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A venda do produto colocado aceleraria a sua decisão de compra? 660 entrevistas

sim 80%

não13%

não sei7%

Pesquisa realizada em 14 cidades brasileiras mostrou que a maioria dos consumidores quer a colocação

O consumidor sonha com o produto instalado da forma que vê na loja

Prática comum é deixar o cliente procurar a solução por si mesmo

Todimo tenciona voltar a oferecer o serviço a seus consumidores

outubro 2008�0

A quantidade de impostos que estão inseridos no preço final de pisos e azulejos confunde o mais atento profissional. Você já tentou descobrir qual o valor do IPI, Imposto sobre Produto Indus-trializado, e do ICMS, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços dos revestimentos cerâmicos? Não se preocupe se sua resposta for “não”, até porque existem, além destas, um grande número de preocupações suas e de seu consumidor ao comprar um revestimento cerâmico, como a cor e o lugar onde este será assentado. Não podemos igualmente esquecer o baixo conhecimento econômico por parte de grande parcela dos brasileiros. Por conta dessa con-juntura, é de extrema importância que os vendedores de cerâmica tenham a noção dos impactos e da influência que os impostos causam nas vendas. Tile Brasil perguntou a Cláudio Elias Conz, presidente da Anamaco, Associação Nacional

das Lojas de Material de Constru-ção qual o efeito da carga tributária sobre estes produtos.

TB- De que forma a tributação interfere nas vendas de material de construção, mais especificamente nos revestimentos cerâmicos?

Conz- De maneira geral, temos uma carga tributária elevada em nosso setor, levando-se em conta apenas a cesta básica de material de construção que está em 36%. Isto reflete no consumo dos mate-riais sendo que os revestimentos, em especial, no que se refere ao IPI, um trabalho das entidades do setor conseguiu sua redução de 10 para 5. No estado de SP do ICMS de 18% para 12%, permitindo uma melhor relação desses impostos no preço praticado ao consumidor.

TB- Qual a sua opinião sobre a substituição tributária? Quais os pontos positivos e negativos que

esta traz aos produtores, vendedo-res e compradores de revestimen-tos cerâmicos?

A Substituição Tributária não entrou ainda em vigor para o se-tor cerâmico, mas isto irá ocorrer, porém, ainda sem uma data pre-vista. Para o comércio ela é muito positiva, após passar uma fase de aproximadamente um ano de sua implementação. Dificuldades no entendimento aliado ao pagamento antecipado dos impostos sobre os estoques, causam em um primeiro momento grandes dificuldades. Passada esta fase, a concorrência torna-se menos predatória, passa a existir uma maior equilibrio entre os preços, permitindo inclusive uma melhora nas margens de vendas dos produtos.

Cláudio Elias Conz é Presidente da Anamaco

Tributos

A luta pela racionalidadeOtimista com o ótimo

desempenho que o setor da construção civil vem obtendo neste governo,

Cláudio Elias Conz continua sua cruzada para a redução da carga tributária na cesta de materiais de construção que chega a 36%, o que

restringe muito a ampliação do mercado junto aos segmentos populares

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