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1 Curso de Fitoterapia Aplicada Capítulo 6. Sistema reprodutor feminino e Sistema endócrino Índice Introdução......................................................................................................... 1 Melissa officinalis.............................................................................................. 3 Fucus vesiculosus ............................................................................................ 5 Oenothera biennis ............................................................................................ 7 Borago officinalis .............................................................................................. 8 Lavandula officinalis ....................................................................................... 10 Vitex agnus-castus ......................................................................................... 12 Alterações funcionais benignas da mama ...................................................... 13 Plantas úteis no tratamento da endometriose ................................................ 14 Arctium lappa .............................................................................................. 14 Actaea racemosa............................................................................................ 14 Tanacetum vulgare ......................................................................................... 16 Morus nigra..................................................................................................... 18 Pfaffia glomerata ............................................................................................ 20 Outras plantas úteis no tratamento das afecções do sistema reprodutor feminino ........................................................................................... 21 Referências .................................................................................................... 21 Introdução Os fitoterápicos que atuam no sistema reprodutor feminino, em geral, apresentam fitoesterois, que são moléculas estruturalmente relacionadas aos hormônios sexuais, ou esteroides sexuais. Uma categoria dessas moléculas são os fitoestrogênios. Os fitoestrogênios são substâncias, encontradas em plantas, com atividade biológica semelhante aos estrogênios. São classificados em: Isoflavonas (genisteína, daidzeína). Ex: Soja Coumestanos (coumestrol). Ex: Brotos Lignanos (enterolactona e enterodiol). Ex: cereais Flavonoides Ex: linhaça, azeite de oliva Os fitoestrogênios são considerados SERMS: moduladores seletivos dos receptores estrogênicos, agindo como agonistas ou antagonistas, dependendo do tipo de célula e do tecido em que atuam. Ativam preferencialmente os receptores β com pouca atuação nos receptores estrogênicos α. Algumas evidências sugerem ação não estrogênica como: inibição da proliferação celular, efeito antitrombótico, antioxidante e antiangiogênese (atividade antiestrogênica por inibição competitiva). A genisteína, por exemplo, tem 1/3 de potência de ação no receptor β (cérebro, vasos e ossos) e 1/1.000 de potência de ação no receptor α (mama, endométrio), quando comparada ao estradiol. As manifestações clínicas da síndrome de tensão pré-menstrual (STPM) estão provavelmente ligadas à sensibilidade da célula-alvo aos esteroides ovarianos. Sabe-se que os ácidos graxos poli-insaturados possuem ação moduladora sobre as estruturas das membranas celulares, participando diretamente da formação das prostaglandinas e atuando na regulação da síntese e transporte do colesterol e no

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Curso de Fitoterapia Aplicada Capítulo 6. Sistema reprodutor feminino e Sistema endócrino

Índice Introdução......................................................................................................... 1Melissa officinalis .............................................................................................. 3Fucus vesiculosus ............................................................................................ 5Oenothera biennis ............................................................................................ 7Borago officinalis .............................................................................................. 8Lavandula officinalis ....................................................................................... 10Vitex agnus-castus ......................................................................................... 12Alterações funcionais benignas da mama ...................................................... 13Plantas úteis no tratamento da endometriose ................................................ 14

Arctium lappa .............................................................................................. 14Actaea racemosa ............................................................................................ 14Tanacetum vulgare ......................................................................................... 16Morus nigra..................................................................................................... 18Pfaffia glomerata ............................................................................................ 20Outras plantas úteis no tratamento das afecções do sistema reprodutor

feminino ........................................................................................... 21Referências .................................................................................................... 21

Introdução Os fitoterápicos que atuam no sistema reprodutor feminino, em geral,

apresentam fitoesterois, que são moléculas estruturalmente relacionadas aos hormônios sexuais, ou esteroides sexuais. Uma categoria dessas moléculas são os fitoestrogênios.

Os fitoestrogênios são substâncias, encontradas em plantas, com atividade biológica semelhante aos estrogênios. São classificados em:

• Isoflavonas (genisteína, daidzeína). Ex: Soja • Coumestanos (coumestrol). Ex: Brotos • Lignanos (enterolactona e enterodiol). Ex: cereais • Flavonoides Ex: linhaça, azeite de oliva

Os fitoestrogênios são considerados SERMS: moduladores seletivos dos receptores estrogênicos, agindo como agonistas ou antagonistas, dependendo do tipo de célula e do tecido em que atuam. Ativam preferencialmente os receptores β com pouca atuação nos receptores estrogênicos α. Algumas evidências sugerem ação não estrogênica como: inibição da proliferação celular, efeito antitrombótico, antioxidante e antiangiogênese (atividade antiestrogênica por inibição competitiva). A genisteína, por exemplo, tem 1/3 de potência de ação no receptor β (cérebro, vasos e ossos) e 1/1.000 de potência de ação no receptor α (mama, endométrio), quando comparada ao estradiol.

As manifestações clínicas da síndrome de tensão pré-menstrual (STPM) estão provavelmente ligadas à sensibilidade da célula-alvo aos esteroides ovarianos. Sabe-se que os ácidos graxos poli-insaturados possuem ação moduladora sobre as estruturas das membranas celulares, participando diretamente da formação das prostaglandinas e atuando na regulação da síntese e transporte do colesterol e no

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controle da permeabilidade das membranas celulares. Os principais sintomas da STPM podem resultar de distúrbios de algumas funções orgânicas reguladas pelas prostaglandinas e acredita-se que determinas alterações em seu metabolismo possam estar relacionadas com a fisiopatologia da STPM. Os ácidos graxos poliinsaturados essenciais vêm sendo preconizados por vários autores como opção terapêutica válida para pacientes portadoras de STPM e parece não produzir perturbações hormonais ou bioquímicas às pacientes.

Na síndrome dos ovários policísticos (SOP), são especialmente úteis as plantas cujas folhas caem no inverno. Nestas plantas, no inverno, ocorre concentração dos princípios ativos nas raízes e, no verão, estes vão para as partes aéreas, gerando fluxo energético. Exemplos incluem a Curcuma longa, que é uma planta mais quente, para pessoas mais ativas, ou a Curcuma zedoaria, que é mais fria, para pessoas mais “apagadas.” A utilização destas plantas para esta patologia é por mecanismo mais energético, e não químico, devendo ser usadas em DH1 até DH5.

Em relação à síndrome do climatério, nessas mulheres os hormônios funcionam como “tamponadores” de seus “conteúdos emocionais.” Enquanto as mulheres possuem os hormônios atuantes, elas mantém certo equilíbrio e, quando não os têm mais, elas podem desequilibrar-se de diferentes formas. O que mais causa pânico no ser humano é se sentir “perdido” e não sentir que tem recursos. É próprio daqueles que ainda não encontraram seu caminho. Assim, associam-se ao climatério: depressão, pânico, comportamento antissocial, ou perda do discernimento. Para quadros com pânico ou culpa, pode-se associar a Lavandula officinalis, que atua no cérebro de forma mais sutil, auxiliando na busca pelo equilíbrio da pessoa. De maneira geral, no climatério, quando a mulher não tem tolerância à dor, aos fogachos, ou quando exageram nos sintomas, é necessário tratar com abordagem mais energética utilizando diluições (DH5, por exemplo) com dinamização.

Muitas das informações contidas neste capítulo são extraídas do Manual prático de multiplicação e colheita de plantas medicinais (Pereira et al., 2010) e do Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza (Pereira et al., 2014).

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Melissa officinalis

ESPÉCIE: Melissa officinalis L. SINONÍMIA BOTÂNICA: Faucibarba officinalis (L.) Dulac, Melissa bicornis Klokov, Mutelia officinalis (L.) Gren. ex Mutel, Thymus melissa (L.) E.H.L. Krause. FAMÍLIA: Lamiaceae. NOMES REGIONAIS: Melissa. HISTÓRICO:

Originária da Europa e Ásia, cresce espontaneamente em áreas montanhosas e sub-montanhosas, foi muito utilizada pelos Árabes, para ansiedade e depressão. É largamente cultivada em várias regiões da Europa e no Brasil está bem adaptada. PARTE UTILIZADA: Folhas. CONSTITUINTES QUÍMICOS:

• Óleos essenciais (até 0,5%): citral (4%), citronelal (3%), citronelol (6%), linalol (10%), geraniol (12%), alfa-terpineol, cariofilenol, farnesol, germacraneno, ocimenos, alfa-copaeno e cânfora;

• Sesquiterpenos; • Triterpenos: ácido ursólico e oleanólico; • Ácidos: rosmarínico, cafeico, clorogênico, elágico, ferúlico e succínico; • Taninos (4 %); • Flavonoides: luteolol, ramnocitrosídeo, apigenina, quercitrosídeo e

kaempferol; • Outros: resinas e fitosterois (daucosterol).

TROPISMO: Sistema nervoso e endócrino. PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Transtornos de ansiedade, herpes

simples e hipertireoidismo. AÇÕES TERAPÊUTICAS:

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• Geral: analgésica, antiviral contra herpes simples tipo I e rotavírus AS-11 e antisséptica.

• Pele e anexos: antiviral (herpes simples) e cicatrizante (uso tópico). • Boca: em gargarejos combate a halitose e estomatite herpética. • Sistema circulatório: hipotensora suave e tônica cardiocirculatória. • Sistema digestório: carminativa, antiespasmódica nas cólicas digestivas

inclusive nos recém-nascidos e eupéptica. • Sistema nervoso: sedativa, ansiolítica, antidepressiva leve, hipnótica,

analgésica nas nevralgias faciais e dentárias e cefaleias vasculares e tensionais, melhora zumbidos e vertigens e anticonvulsivante.

• Sistema reprodutor: reguladora menstrual. • Sistema endócrino: anti-tireoidiana, bloqueando a ligação do TSH ao seu

receptor. COMENTÁRIOS:

Em um ensaio in vitro, Santini et al estudaram os efeitos de um extrato seco de M. officinalis sobre a produção de AMPc induzida pela ligação do TSH em seu receptor. Eles demonstraram que o extrato de melissa inibiu significativamente a ligação do TSH ao seu receptor, resultando em menor produção de AMPc. Os autores concluíram que as substâncias presentes no extrato podem apresentar este efeito por agirem tanto no hormônio quanto no receptor (Santini et al., 2003). MODO DE USAR:

• Tintura – Uso oral: 2–6 mL, 1–3 x/dia (BRASIL, 2018); ou 1–3 gotas/kg/dia, em 3 x/dia (Pereira et al., 2014).

o Uso pediátrico: 1–3 gotas/kg/dia, em 3 x/dia (Pereira et al., 2014). • Infusão – Uso oral: 0,5 g em 150 mL, 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017).

o Uso pediátrico: 5 mL/kg/dia, em 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017). • Droga vegetal em cápsulas – Uso oral: 250 mg, 1–3 x/dia (Pereira et al.,

2014). • Gel e creme – Uso tópico: aplicar na área afetada 3–4 x/dia (Pereira et al.,

2014). Podem conter 1–2% de extrato seco ou até 20% de tintura de Melissa officinalis.

ADVERTÊNCIAS: Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado

para gestantes e lactantes. Não utilizar em pacientes com hipotireoidismo. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

Pode, em doses elevadas, potencializar a atividade dos medicamentos anti-tireoidianos, ou inibir a ação dos hormônios tireoidianos sintéticos. A associação de melissa com Lavandula officinalis (alfazema) e Rosmarinus officinalis (alecrim) é recomendada para estresse e depressão leve. EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE:

Em dose mais elevada do que a recomendada pode provocar hipotireoidismo, além de diminuir o seu efeito sedativo. A absorção de mais de 2 g do óleo essencial provoca entorpecimento, bradicardia, hipotensão arterial e depressão respiratória. O uso em doses mais elevadas pode provocar edema nos membros inferiores, especialmente tornozelos.

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Fucus vesiculosus

ESPÉCIE: Fucus vesiculosus L. SINONÍMIA BOTÂNICA: Não encontrada. FAMÍLIA: Fucaceae. NOMES REGIONAIS: Fúcus. HISTÓRICO:

Ocorre fixada nas rochas de todo o litoral do oceano Atlântico e Pacífico, sendo coletada durante a maré baixa. Existe uma outra espécie, denominada Fucus digitatus, que possui 8 vezes mais iodo do que a F. vesiculosus. Esta espécie foi extensivamente usada no século XIX para tratar o bócio endêmico, pois seu alto conteúdo de iodo era conhecido. PARTE UTILIZADA: Alga toda. CONSTITUINTES QUÍMICOS:

• Minerais (Iodo 0,1-2%, bromo, cloro, potássio, ferro, fósforo) • Ácido algínico 30%, algina • Óleo essencial, lípides • Mucilagens • Fucoidina 60%

TROPISMO: Sistema endócrino. PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Hipotireoidismo. AÇÕES TERAPÊUTICAS:

• Geral: remineralizante, pelo seu conteúdo de iodo. • Sistema digestório: laxativa suave. • Sistema endócrino: estimulante da tireoide. • Sistema locomotor: anti-inflamatória e analgésica. • Sistema reprodutor: reguladora menstrual. • Sistema urinário: diurética suave e anti-inflamatória.

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COMENTÁRIOS: O iodo é um elemento químico essencial, responsável pela síntese dos

hormônios tireoidianos, a triiodotironina (T4) e a tiroxina (T3). O déficit de iodo conduz ao hipotireoidismo, que pode resultar no bócio e pode estar ligado com a baixa ingestão de alimentos fontes de iodo. Além disto, as deficiências de iodo podem aumentar a susceptibilidade para doenças como o câncer de mama.

No geral, a maior parte da população mundial consome pouco iodo através de alimentos que contenham naturalmente esse mineral em sua composição. Até o século passado, era muito comum a ocorrência dos distúrbios de tireoide por conta da baixa ingestão de iodo na dieta alimentar. Para prevenir o surgimento do bócio endêmico, muitos países passaram a adicionar iodo no sal de cozinha, na forma de iodeto de potássio. No Brasil, essa tentativa se deu a partir da década de 50, mas só depois dos anos 80 conseguiu-se fazer valer a obrigatoriedade da iodação do sal para a indústria. Portanto, nas últimas décadas, a incidência de bócio na população reduziu expressivamente. MODO DE USAR:

• Tintura – Uso oral: 1–2 gotas/kg/dia, em 3 x/dia, diluídas em água. • Droga vegetal – Uso oral: 20–40 mg/kg/dia, em 3–4 x/dia. • Extrato seco – Uso oral: 50–300 mg/dia, em 2 x/dia.

ADVERTÊNCIAS: Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado

para gestantes e lactantes. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

Pode potencializar riscos de hemorragias dos anticoagulantes e aspirina (controlar o tempo de tromboplastina parcial ativado). Utilizar com muita cautela nos pacientes que estejam fazendo uso de hormônios tireoidianos, lítio ou amiodarona. Devido ao seu efeito hipoglicemiante, pode haver uma interação com outros medicamentos hipoglicemiantes. EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE:

Não deve ser usada nas pessoas sensíveis ao iodo. Contraindicada no hipertireoidismo, gravidez, lactação e problemas cardíacos graves. Superdosagem pode provocar hipertireoidismo, tremores, aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial e erupções acneicas na face (ou agravamento de acnes pré-existentes). Supostamente nefrotóxica em doses mais elevadas que as habituais, devendo ser evitada nos pacientes com disfunção renal. Pode agravar situações de hiperglicemia ou hipoglicemia, sendo usada com cautela nos pacientes diabéticos. Contraindicada nos casos de neoplasias malignas e hepatopatia grave, assim como nos casos de infarto do miocárdio ou insuficiência cardíaca importante. Dependendo da fonte utilizada, a alga pode vir contaminada com cádmio, chumbo ou arsênio. Não deve ser usada para crianças menores que 12 anos. O seu uso prolongado pode produzir um quadro de intoxicação chamado de iodismo, devido a uma hiperatividade da tireoide (hipertireoidismo), caracterizado por um quadro de ansiedade, insônia, taquicardia e palpitações. Como os fucoidanos têm alta afinidade de ligação pelo ferro, o uso crônico em doses elevadas pode levar a anemia ferropriva.

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Oenothera biennis

ESPÉCIE: Oenothera biennis L. SINONÍMIA BOTÂNICA: Brunyera biennis Bubani, Oenothera chicaginensis de

Vries ex Renner & Cleland, Oenothera grandiflora L'Hér., Oenothera muricata L., Oenothera renneri H.Scholz, Oenothera rubricaulis Kleb., Oenothera suaveolens Pers., Onagra biennis (L.) Scop., Onagra muricata (L.) Moench.

FAMÍLIA: Onagraceae. NOMES REGIONAIS: Prímula, prímula-da-tarde, evening primrose. HISTÓRICO:

Planta originária da América do Norte, hoje disseminada em todas as áreas de clima temperado do globo. Na natureza, a prímula-da-tarde age como um colonizador primário, ou seja, aparece rapidamente em áreas recentemente desmatadas. Ela germina em solos contaminados, e pode ser encontrada em diversos habitats diferentes, como dunas, à margem de rodovias ou ferrovias, e em áreas de despejos. Geralmente são casuais e podem ser superadas por outras espécies. PARTE UTILIZADA: Óleo das sementes. CONSTITUINTES QUÍMICOS:

• Fitosterois • Taninos • Grande quantidade de óleos essenciais • Fonte mais popular dos ácidos graxos essenciais ômega-6 • Ácidos graxos poli-insaturados (PUFAs): linoleico (60-80%), gama-linolênico

(10-16%), oleico (10%) TROPISMO: Sistema reprodutor feminino. PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Síndrome pré-menstrual, mastalgia e

doença fibrocística da mama.

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AÇÕES TERAPÊUTICAS: • Geral: fonte de ácidos graxos poli-insaturados (PUFAs), principalmente

ômega-6. COMENTÁRIOS:

É uma planta essencialmente feminina. Suas flores se abrem ao anoitecer. Tem tropismo pela lua cujo magnetismo interfere no equilíbrio hormonal feminino. É uma planta quente. Caracteristicamente, funciona melhor em pessoas com extremidades frias. MODO DE USAR:

• Óleo (cápsulas) – Uso oral: 500 mg, 2 x/dia. Usar por 3 meses e interromper por 1 mês (WHO, 1999).

ADVERTÊNCIAS: Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado

para gestantes e lactantes. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

Não há dados na literatura. EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE:

Pode reduzir o limiar convulsivógeno. Pode causar cefaleias e náuseas.

Borago officinalis

ESPÉCIE: Borago officinalis L. SINONÍMIA BOTÂNICA: Borago advena Gilib., Borago aspera Gilib., Borago

hortensis L. FAMÍLIA: Boraginaceae. NOMES REGIONAIS: Borragem, starflower. HISTÓRICO:

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É nativa do Mediterrâneo, mas encontra-se naturalizada em muitos outros países. Suas folhas são comestíveis. Suas flores têm um formato característico de estrela, e podem ser azuis ou brancas e, mais raramente, rosadas. Atualmente é mais cultivada para a produção do óleo das sementes. As sementes são a maior fonte vegetal de ácido gama-linolênico (GLA).

A planta é rica em mucilagem e nitrato de potássio, tendo propriedades emolientes, sudoríferas e diuréticas, úteis no tratamento de sintomas relacionados com gripe, bronquite e afecções das vias urinárias. É também utilizada em medicamentos indicados para alívio da tensão pré-menstrual e em anti-inflamatórios para patologias relacionadas com inflamações e tumores. PARTE UTILIZADA: Óleo das sementes. CONSTITUINTES QUÍMICOS:

• Grande quantidade de ácidos graxos (26-38%) • Ácidos graxos poli-insaturados (PUFAs): linoleico (35-38%), gama-linolênico

(17-28%), oleico (16-20%), palmítico (10-11%), entre outros. TROPISMO: Sistema reprodutor feminino. PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Síndrome pré-menstrual. AÇÕES TERAPÊUTICAS:

• Geral: fonte de ácidos graxos poli-insaturados. • Sistema reprodutor: alivia a síndrome pré-menstrual.

COMENTÁRIOS: Watanabe et al estudaram os efeitos da ingestão de um óleo vegetal rico em

ácido gama-linolênico (GLA) sobre os sintomas da síndrome pré-menstrual (SPM) em 28 mulheres em idade reprodutiva, comparado com placebo. Os autores demonstraram que os níveis plasmáticos GLA eram significativamente mais baixos em mulheres com SPM do que em mulheres sem a condição. Após a administração do tratamento, os níveis plasmáticos de GLA foram significativamente maiores no grupo de mulheres que recebeu o óleo rico em GLA do que nas que receberam placebo. As mulheres tratadas apresentaram melhora significativa na duração e na gravidade dos sintomas da SPM como um todo, assim como na irritabilidade. Os autores concluíram que o GLA pode ser eficaz no tratamento dos sintomas da SPM (Watanabe et al., 2005).

Esta é uma planta quente, porém não tanto quanto a O. biennis (prímula-da-tarde). Em geral, funciona bem para pessoas que precisam da luz do sol, do dia, e que se sentem mal quando o dia está nublado. MODO DE USAR:

• Óleo (em cápsulas) – Uso oral: 900 mg/dia, 15 dias antes da menstruação (informação em bula).

ADVERTÊNCIAS: Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado

para gestantes e lactantes. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

Não há dados na literatura. EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE:

O consumo do óleo é considerado seguro, porém as folhas, flores e o próprio óleo de borragem contêm compostos potencialmente tóxicos - alcaloides pirrolizidínicos - que podem causar danos ao fígado. Acredita-se que o uso prolongado em altas quantidades de plantas com esses alcaloides pode estar relacionado a alguns tipos de câncer, principalmente hepático.

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Lavandula officinalis

ESPÉCIE: Lavandula officinalis Chaix SINONÍMIA BOTÂNICA: Lavandula angustifolia Mill. FAMÍLIA: Lamiaceae. NOMES REGIONAIS: Lavanda, alfazema. HISTÓRICO:

Muito comum na Europa, especialmente na França. O famoso jardim de Provença é todo forrado por alfazemas, que florescem em julho. O nome vem do latim lavare, que significa lavar. Esta planta foi utilizada secularmente para lavar a cabeça de pacientes psiquiátricos, na forma de banhos, como aromatizante, e no preparo de sachês para perfumar roupas. Os romanos e gregos atribuíam à fragrância de alfazema a capacidade de promover na alma um estado de tranquilidade. PARTE UTILIZADA: Folhas e sumidades floridas. CONSTITUINTES QUÍMICOS:

• Óleos essenciais (0,5 a 1%): alcanfor, cineol, beta-ocimeno, linalol, geraniol, terpineol, furfurol, pinenos, limoneno, cariofileno, acetato de linalaoil e acetato de linalilo, ocimeno e farneseno;

• Sesquiterpenos; • Taninos; • Ácidos rosmarínico, caproico e ursólico; • Fitosterois: betasitosterol; • Flavonoides: luteolol; • Cumarinas: herniarina; • Outros: princípios amargos, saponina ácida e resina

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TROPISMO: Sistemas nervoso e reprodutor feminino. PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Cefaleias e alterações do ciclo

menstrual. AÇÕES TERAPÊUTICAS:

• Geral: antisséptica, antifúngica, analgésica e anti-inflamatória.

• Pele e anexos: anti-inflamatória e cicatrizante.

• Sistema circulatório: tônica da circulação periférica, hipotensora leve e bradicardizante.

• Sistema digestório: antiespasmódica, carminativa, estomáquica, colerética, colagoga e vermífuga.

• Sistema nervoso: analgésica, antivertiginosa, sedativa suave, anticonvulsivante, hipnótica suave, adaptógena e antidepressiva leve.

• Sistema locomotor: analgésica.

• Sistema reprodutor: reguladora menstrual, antisséptica, alivia sintomas do climatério e da tensão pré-menstrual.

• Sistema respiratório: broncodilatadora.

• Sistema urinário: anti-infamatória e diurética discreta. COMENTÁRIOS:

É uma planta depressora da energia do sistema nervoso simpático, tranquiliza e induz o sono, mas também reorganiza e equilibra o SNC. Na Medicina antroposófica, atua sobre o Eu (ação tônica) mas sempre contendo o corpo astral. A Lavandula é planta extremamente equilibrada: quente / frio, yin / yang. Para pessoas muito desequilibradas ela traz equilíbrio.

É particularmente útil nas enxaquecas e quadros de irritabilidade com componente hormonal: adolescentes peri-menarca, enxaquecas que pioram na TPM, climatério, e estados de desequilíbrio emocional. MODO DE USAR:

• Tintura – Uso oral: 2–4 mL, 3 x/dia (BRASIL, 2018; EMA, 2012); ou 1–3 gotas/kg/dia, em 3 x/dia (Pereira et al., 2014).

• Infusão – Uso oral: 1 a 2 g em 150 mL, 3 x/dia (EMA, 2012); ou 0,5 g em 150 mL, 2–3 X/dia (Pereira et al., 2017).

ADVERTÊNCIAS: Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado

para gestantes e lactantes. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

Pode potencializar o efeito dos benzodiazepínicos. Alguns fitoquímicos da planta são incompatíveis com sais de ferro e iodo. Pode ser associada a Rosmarinus officinalis (alecrim) ou Hypericum perforatum, nos casos de depressão, e a Hellianthus annus (girassol – sementes) ou Lippia alba, nos casos de enxaqueca. Nos casos de leucorreia, associar alfazema com quitoco (Pluchea quitoc), e banho vaginal com Jequitibá (Cariniana brasiliensis). EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE:

Pode irritar a mucosa gástrica (linalol) nas gastrites e úlceras gastroduodenais e causar náuseas e vômitos. Usar com cuidado em pacientes com colites e hepatopatias mais graves. Não usar em crianças menores que 6 anos de idade, exceto em diluições decimais, por favorecer alterações neurológicas pré-existentes. Em dose mais elevada do que a recomendada pode causar sonolência, cefaleia, constipação, dermatite de contato, confusão mental e hematúria.

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Vitex agnus-castus

ESPÉCIE: Vitex agnus-castus L. SINONÍMIA BOTÂNICA: Não encontrada. FAMÍLIA: Lamiaceae. NOMES REGIONAIS: Vítex. HISTÓRICO:

É um arbusto nativo do Mediterrâneo e da Ásia Central, conhecido desde a antiguidade, havendo referências a ele nos registros de Hipócrates. Sempre foi considerado um calmante da libido, sendo também conhecido como árvore da castidade (ou chaste tree). PARTE UTILIZADA: Folhas e flores. CONSTITUINTES QUÍMICOS:

• Glicosídeos iridoides • Flavonoides: casticina, kempferol • Óleos essenciais: cineol, alfa-pineno, beta-pineno, camphor, cimol, sabineno. • Ácidos graxos.

TROPISMO: Sistema reprodutor feminino. PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Alterações funcionais da liberação de

prolactina, irregularidade menstrual e dismenorreia. AÇÕES TERAPÊUTICAS:

• Geral: antifúngica, antisséptica, simpaticolítica e antiespasmódica.

• Pele e anexos: anti-acneica e cicatrizante.

• Sistema digestório: antiespasmódica.

• Sistema nervoso: tônica, hipnótica e ansiolítica.

• Sistema reprodutor: reguladora menstrual, analgésica na mastalgia, redutora de hiperprolactinemia, alivia sintomas da tensão pré-menstrual, coadjuvante no tratamento da endometriose e sintomas funcionais da menopausa e antisséptica tópica.

COMENTÁRIOS: Acredita-se que esta planta atue no eixo hipotálamo-hipófise-ovário,

aumentando a produção de LH, e atuando na relação estrogênio/progesterona

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(aumentando a progesterona). Atua também na diminuição da produção de prolactina, provavelmente por interação com receptores dopaminérgicos, agindo de maneira benéfica nas alterações funcionais benignas da mama (AFBM), principalmente nas mulheres que apresentam mastalgia e cistos mamários.

Schellenberg et al, em um estudo multicêntrico envolvendo 162 mulheres com síndrome pré-menstrual, investigaram os efeitos de três diferentes doses (8, 20 e 30 mg) de um extrato padronizado de Vitex agnus-castus (Ze 400), comparando com placebo. Os tratamentos foram bem tolerados. Houve melhora da sintomatologia em geral com a dose de 20 mg, com efeito superior ao placebo e às outras doses, inclusive de 30 mg. Os autores concluíram que o extrato Ze 440 foi eficaz no alívio dos sintomas da síndrome pré-menstrual na dose de 20 mg (Schellenberg et al., 2012).

Características da personalidade: planta relacionada à solidão. Pessoas que se desequilibram pela solidão por saudades de alguém que se mudou, marido que faleceu, ou filho que se casou. Desejo de alguém vir para si a ponto de secretar leite. A energia sexual está desorganizada porque busca o outro (até de maneira sexualmente desregrada). Para pessoas com comprometimento genésico, sem parceiro atual. Como esta planta regulariza o fluxo da energia sexual ela aumenta a fertilidade. MODO DE USAR:

• Tintura das folhas – Uso oral: 2 mL, 1 x/dia (BRASIL, 2018); ou 1–3 gotas/kg/dia, em 3 x/dia (Pereira et al., 2014).

• Infusão – Uso oral: 0,5 g das folhas e flores em 150 mL, 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017).

• Extrato seco do fruto (7-13:1, etanol 60%) – Uso oral: 4 mg, 1 x/dia (BRASIL, 2018).

• Extrato seco do fruto (10-18,5:1, etanol 50-52%) – Uso oral: 2–3 mg, 1 x/dia (BRASIL, 2018).

ADVERTÊNCIAS: Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado

para gestantes e lactantes. Evitar em pacientes com hiperprogesteronemia. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

Esta planta apresenta interação com antagonistas dos receptores de dopamina e com terapias hormonais (ACO, TRH). EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE:

Pode causar prurido, náuseas e vômitos. Em homens, pode diminuir a potência sexual ou a libido. Aumenta a fertilidade feminina.

Alterações funcionais benignas da mama Algumas plantas são muito úteis no tratamento das alterações benignas da

mama. São elas: • Mastalgia

o Vitex agnus-castus (vítex) o Óleo de prímula (Oenothera biennis): 1 g, 3 x/dia – 77% melhora

em mastalgias cíclicas e 44% nas acíclicas; o Borago officinalis (borragem): 900 mg/dia

• Cistos mamários o Vitex agnus-castus (vítex): 500 mg, 2 x/dia o Óleo de linhaça (Linum usitatissimum): 1–2 g/dia

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o Óleo de prímula (Oenothera biennis): 1–2 g/dia

Plantas úteis no tratamento da endometriose Arctium lappa

A Arctium lappa (bardana) será melhor apresentada no capítulo sobre o sistema tegumentar. É uma planta extremamente feminina. Atua na dor da endometriose (tira a dor da “alma” feminina em geral). É rica em saponinas com ação drenadora. MODO DE USAR:

• Decocção das raízes – Uso oral: 2,5 g em 150 mL, 2–3 x/dia (BRASIL, 2011); ou 1,0 g em 150 mL, 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017).

• Infusão das folhas – Uso oral: 0,5 g em 150 mL, 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017).

• Tintura – Uso oral: 8–12 mL, 3 x/dia (BRASIL, 2018); ou 1–3 gotas/kg/dia, em 2–3 x/dia (Pereira et al., 2014).

Actaea racemosa

ESPÉCIE: Actaea racemosa L. SINONÍMIA BOTÂNICA: Actaea gyrostachya Wender., Actaea monogyna Walter,

Actaea orthostachya Wender., Botrophis actaeoides Raf. ex Fisch. & C.A.Mey., Botrophis pumila Raf., Botrophis serpentaria Raf., Cimicifuga americana Muhl., Cimicifuga racemosa (L.) Nutt., Cimicifuga serpentaria var. orthostachya Wender., Thalictrodes racemosa (L.) Kuntze.

FAMÍLIA: Ranunculaceae. NOMES REGIONAIS: cimicífuga, black cohosh. HISTÓRICO:

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Planta originária da América do Norte, tendo sido muito usada como medicamento pelos nativos americanos para o tratamento de doenças ginecológicas e outras, como infecções de garganta, doenças dos rins e depressão. Esta planta consta na primeira Farmacopeia Americana, de 1830. Médicos no século XIX usavam esta planta no tratamento de endometriose, amenorreia, dismenorreia, menorragia, esterilidade, dores pós-natais e para aumentar a produção de leite materno. Atualmente é muito comercializada no mundo como suplemento para alívio dos sintomas da síndrome pré-menstrual e da menopausa. PARTE UTILIZADA: Raízes. CONSTITUINTES QUÍMICOS:

• Alcaloides • Taninos • Terpenoides • Ácidos orgânicos • Racemosina • Cimicifugina (15–20%) • Acteína • Fitosterois

TROPISMO: Sistema endócrino. PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Síndrome pré-menstrual e climatério. AÇÕES TERAPÊUTICAS:

• Geral: anti-inflamatória. • Sistema endócrino: fitoestrogênica suave.

COMENTÁRIOS: A cimicífuga é uma planta de sombra, e representa o final de um ciclo: fim de

um relacionamento, morte de um parente, mudança de profissão, mudança de situação (saúde para doença), fim do ciclo reprodutivo (climatério).

A maioria das revisões de literatura sobre esta planta não levou em consideração diferenças na qualidade dos extratos nem nas indicações, o que levou a resultados inconsistentes. Entretanto, Beer et al conduziram uma revisão mais cuidadosa, demonstrando que os extratos desta planta são seguros e eficazes para o tratamento dos sintomas do climatério (Beer e Neff, 2013; Shams et al., 2010). MODO DE USAR:

• Extrato etanólico seco – Uso oral: 6 mg/dia ou 3 mg, 2 x/dia (BRASIL, 2016, 2018).

• Droga vegetal – Uso oral: desde 40–200 mg/dia, até 1–2 g, 3 x/dia (BRASIL, 2016; Ulbricht e Windsor, 2015).

• Tintura – Uso oral: 0,4–2 mL/dia (BRASIL, 2016). • Decocção – Uso oral: 1–2 g em 150 mL, 3 x/dia (BRASIL, 2016).

ADVERTÊNCIAS: Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado

para gestantes e lactantes. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

Pode aumentar a hepatotoxicidade de algumas drogas como atorvastatina, cisplatina, paracetamol, amiodarona, carbamazepina, isoniazida, metotrexate, metildopa, fluconazol, eritromicina, fenitoína, etc. Pode reduzir a metabolização de drogas que são metabolizadas pelo citocromo P450. EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE:

Pode causar náuseas e vômitos, tonturas, sudorese e bradicardia.

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Tanacetum vulgare

ESPÉCIE: Tabacetum vulgare L. SINONÍMIA BOTÂNICA: Chrysanthemum tanacetum Vis., Chrysanthemum vulgare

(L.) Bernh, Chrysanthemum vulgare var. boreale (Fisch. ex DC.) Makino ex Makino & Nemoto, Pyrethrum vulgare (L.) Boiss, Tanacetum boreale Fisch. ex DC, Tanacetum crispum Steud, Tanacetum umbellatum Gilib, Tanacetum vulgare var. boreale (Fisch. ex DC.) Trautv. & C.A. Mey.

FAMÍLIA: Asteraceae. NOMES REGIONAIS: Catinga-de-mulata. HISTÓRICO:

O T. vulgare é nativo da Eurásia, sendo encontrado em todas as partes da Europe, tendo sido usada como medicamento pelos gregos, para o tratamento de verminoses, reumatismos, problemas digestivos, febre e caxumba. Como uma planta feminina, já foi usado tanto para aumentar a fertilidade quanto como abortivo. Está incluído na Farmacopeia dos Estados Unidos da América para o tratamento de febre, resfriados e icterícia. PARTE UTILIZADA: Folhas e flores. CONSTITUINTES QUÍMICOS:

• Óleos essenciais (0,1-0,6%): Ex: ß-tuiona. • Lactonas sesquiterpênicas: Ex: tanacetina • Flavonoides: Ex: tanetina • Compostos poliacetilênicos • Esteroides: ß-sistosterol, campesterol, estigmasterol e taraxasterol.

TROPISMO: Sistema endócrino.

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PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Afecções ginecológicas em geral, climatério, eczemas e herpes simples.

AÇÕES TERAPÊUTICAS: • Geral: anti-inflamatória, antiviral, tônica e antiespasmódica. • Sistema circulatório: analgésica nas varizes e hipolipemiante. • Sistema digestório: eupéptica, vermífuga e carminativa. • Sistema endócrino: hipoglicemiante. • Sistema osteoarticular: analgésica e anti-inflamatória. • Sistema reprodutor: reguladora hormonal e emenagoga.

COMENTÁRIOS: Recentemente, esta planta tem sido estudada também devido às suas

propriedades antivirais, sobretudo contra o herpes simples (Alvarez et al., 2011). As mulheres que se beneficiam com esta planta são cumpridoras do dever,

responsáveis, porém distantes de si mesmas. Resolvidas, mas sem sustentação; aparentemente tudo está certo. Não dão problemas para o outro nem para a sociedade mas não se encontraram ainda. MODO DE USAR:

• Tintura – Uso oral: 1–2 gotas/kg/dia, em 3 x/dia, diluídas em água (Pereira et al., 2014).

ADVERTÊNCIAS: Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado

para gestantes e lactantes. A presença de lactonas sesquiterpênicas pode causar alergia em pacientes sensíveis a estes compostos. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

Esta planta deve ser associada com quitoco (Pluchea quitoc) nas seguintes patologias: infertilidade, mioma, cistos nos ovários, irregularidade menstrual. Associar com guduchi (Tinospora cordifolia) nos cistos e tumores ginecológicos. Associar com cimicifuga (Cimicifuga racemosa) e sassafrás (Sassafras officinalis) em diluição D1 nos quadros de menopausa. Associar com Hamamellis virginiana e mil em rama (Achillea millefolium) nas hemorragias uterinas. Associar com óleo de prímula (Oenothera biennis) nas displasias mamárias. EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE:

É sabido que a catinga de mulata interfere com o sabor do leite, podendo causar rejeição no lactente. Pode provocar dermatite de contato, provavelmente pela ação das lactonas sesquiterpênicas e compostos poliacetilênicos. Em doses elevadas pode provocar alterações da personalidade, e o uso crônico pode provocar lesões renais. Possui elementos tóxicos como o ácido tanásico e a tanacetona.

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Morus nigra

ESPÉCIE: Morus nigra L. SINONÍMIA BOTÂNICA: Não há. FAMÍLIA: Moraceae. NOMES REGIONAIS: Amoreira. HISTÓRICO:

É de origem asiática. Na mitologia grega, a árvore de amora foi dedicada à deusa Minerva. A amoreira era considerada a mais sábia de todas as árvores, vez que esperava passar todo o período de frio para brotar suas folhas. O nome amora provém do nome latim morari, que significa demorar. A Morus spp faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), constituída de espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de gerar produtos de interesse do Ministério da Saúde do Brasil. PARTE UTILIZADA: Folhas. CONSTITUINTES QUÍMICOS:

• Compostos fenólicos (flavonoides isoprenilados, estilbenos, 2-arilbenzopiranos, cumarinas, cromonas, xantonas)

TROPISMO: Sistema endócrino. PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Climatério. AÇÕES TERAPÊUTICAS:

• Sistema reprodutor: fitoestrogênica suave. COMENTÁRIOS:

Em geral, a sintomatologia da menopausa é decorrente do hipoestrogenismo, e para reverter este quadro, é feita a terapia de reposição hormonal com substâncias de ação estrogênica.

Franzotti (2006), relata em seu trabalho, que os extratos aquoso e hexânico das folhas de Morus nigra foram investigados com o objetivo de encontrar algum composto que possivelmente poderia exercer alguma ação sobre os receptores de estrogênio alfa e beta. Neste estudo, em condições experimentais, não foi comprovada a existência de nenhum composto químico com ação estrogênica nesses extratos para justificar o seu uso com opção para reposição hormonal. Este resultado, porém, não prova que o uso desta planta não seja eficiente para amenizar os fogachos, pois ainda não foi descrito cientificamente de forma clara como ocorre este distúrbio. Sabe-se que está envolvido com a queda dos níveis de estrogênio,

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mas podem haver outros mecanismos envolvidos, como as disfunções no centro termorregulatório do hipotálamo e os aumentos de FSH e LH, decorrentes do feedback negativo por causa do hipoestrogenismo. Por outro lado, se for realmente comprovado que a amoreira-negra alivia os fogachos, a ausência de efeito estrogênico, seria ideal para o tratamento daquelas pacientes que têm histórico de câncer de mama e endométrio, as quais não podem utilizar medicamentos à base de hormônios (Franzotti, 2006; Suassuna, 2011).

Um outro trabalho induziu o hipoestrogenismo em ratas através da ooforectomia (remoção dos ovários, gerando um hipoestrogenismo), e após 21 dias, observou os efeito da administração oral diária de um extrato hidroalcoólico das folhas de Morus nigra durante 18 semanas, com doses pré-determinadas nesses animais (Castro, 2010). A preparação originou uma maturação do epitélio vaginal e efeito uterotrófico discreto, além de aumentar a concentração sérica de estradiol nas ratas ooforectomizadas. Porém, não ficou claro se as alterações observadas ocorreram por interação direta de alguma substância encontrada no extrato com os receptores de estrogênio, ou por estímulo da produção de estrogênios endógenos adrenais. Isto reforça a ideia de que o extrato de Morus nigra L., pode ter eficácia contra os sintomas da menopausa, porém por outro mecanismo que não seja a atividade estrogênica direta.

Recentemente, estudos por cromatografia gasosa do extrato de Morus nigra, mostram que seus componentes têm sido comparados com a isoflavona, onde apresentaram picos semelhantes. Já em seu trabalho, Bolzan et at concluíram, por meio de uma análise cromatográfica, que o extrato metanólico das folhas de Morus nigra apresenta características semelhantes ao 17 β-estradiol (Bolzan, 2008). Segundo Vanoni et al, a amoreira-negra pode conter estrona em suas folhas, hormônio esse que apresenta 40% da atividade do estradiol (ambos são hormônios estrogênicos), ou outro componente que estimularia a produção endógena desse hormônio (Vanoni, 2006).

É a planta preferida do bicho da seda, que é um dos insetos que mais se reproduz, e se alimenta da folha pela fertilidade. A amoreira é frondosa, abarca, acolhe, envolve com seus galhos. Atrai os insetos, oferece a sombra, a proteção, o alimento, que é próprio do amor. A amoreira é isso. Ela é básica, mostrando a humildade do amor. Geralmente não funciona para quem não foi mãe ou não desenvolveu a maternidade. MODO DE USAR:

• Infusão – Uso oral: 0,5 g em 150 mL, 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017). • Tintura – Uso oral: 1–3 gotas/kg/dia, em 3 x/dia (Pereira et al., 2014).

ADVERTÊNCIAS: Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado

para gestantes e lactantes. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

Não há dados na literatura. EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE:

Pela alta concentração de taninos, o uso exagerado pode irritar as mucosas gástrica e duodenal.

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Pfaffia glomerata

ESPÉCIE: Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen SINONÍMIA BOTÂNICA: Alternanthera glauca Griseb, Gomphrena dunaliana Moq,

Gomphrena glauca (Mart.) Moq, Gomphrena luzulaeflora (Mart.) Moq, Gomphrena stenophylla Spreng, Iresine glomerata Spreng, Iresine luzuliflora Griseb, Mogiphanes dunaliana (Moq.) Gris., Mogiphanes glauca (Mart.) Gris, Pfaffia divergens Stutzer, Pfaffia dunaliana (Moq.) Schinz, Pfaffia glabrescens Suess, Pfaffia glauca (Mart.) Spreng, Pfaffia iresinoides var. angustifolia Stutzer, Pfaffia luzulaeflora D. Dietr, Pfaffia steinophylla (Spreng.) Stuchlik, Sertuernera glauca Mart, Sertuernera luzulaeflora Mart.

FAMÍLIA: Amaranthaceae. NOMES REGIONAIS: Fáfia ou ginseng-brasileiro. HISTÓRICO:

Na medicina popular é prescrita em chás como um tônico estimulante, dando uma nova vitalidade ao organismo. Também é conhecido como "paratudo" e "suma". Por algumas de suas características bioquímicas (os ginsenosídeos) tem sido comparado ao ginseng coreano (Panax ginseng).

Uma das notáveis e aparentes semelhanças entre a Pfaffia e as espécies conhecidas do gênero Panax spp são o formato das raízes que, na planta Ginseng ou Jen Sheng, a raiz celestial, cujo nome significa literalmente erva-humana, tem forma semelhante à de uma figura humana, o que às vezes também ocorre na Pfaffia. É nas raízes, contudo que concentram-se minerais, oligoelementos e os componente bioativos de ambos os gêneros. PARTE UTILIZADA: Raízes. CONSTITUINTES QUÍMICOS:

• Triterpenoide: ácido glomérico; • Nortriterpenoide: ácido pfamérico; • Rubrosterona, ácido oleanólico e ß-glicopiranosil oleanolato; • Saponinas triterpênicas, fitoecdisteroide beta-ecdisona e alantoína.

TROPISMO: Sistemas endócrino e nervoso. PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Estados de convalescença e

estresse. AÇÕES TERAPÊUTICAS:

• Geral: adaptógena, antianêmica, cicatrizante, regeneradora celular e desintoxicante.

• Boca: antisséptica.

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• Pele e anexos: cicatrizante.

• Sistema imunológico: imunomoduladora.

• Sistema endócrino: aumenta a produção de estrogênio e hipoglicemiante.

• Sistema nervoso: tônica, adaptógena, alivia as labirintoses e relaxante muscular.

COMENTÁRIOS: Age como tônico geral do organismo, reduzindo a fadiga física e mental,

tendo sua ação facilitada pela ação das saponinas (diminuidoras da tensão superficial). Atividade estimulante sexual. Favorece a produção de estrogênio, sendo um anabolizante natural. Melhora a resistência muscular e melhora a fertilidade masculina e feminina. Drenadora de conteúdos emocionais ligados a traumas sexuais. MODO DE USAR:

• Tintura – Uso oral: 1–3 gotas/kg/dia, em 2 ou 3 x/dia (Pereira et al., 2014). • Droga vegetal – Uso oral: 1 cápsula (300 mg), 2 x/dia (Pereira et al., 2014).

ADVERTÊNCIAS: Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado

para gestantes e lactantes. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

Não indicar para pacientes que estiverem fazendo uso de medicamentos indutores de sono. EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE:

Pode causar insônia, principalmente se usada à noite. Pode levar a aumento da pressão arterial.

Outras plantas úteis no tratamento das afecções do sistema reprodutor feminino

• Trifolium pratense L. (trevo vermelho) o Planta do hemisfério norte, não cresce no Brasil. Sua principal

indicação é a menopausa. Para pessoas não adaptadas no Brasil (com características europeias, por exemplo). Posologia; 1 cápsula, 1 a 2 x/dia.

Referências ALVAREZ, A. L. et al. In vitro anti HSV-1 and HSV-2 activity of Tanacetum vulgare

extracts and isolated compounds: an approach to their mechanisms of action. Phytotherapy research : PTR, v. 25, n. 2, p. 296–301, fev. 2011.

BEER, A. M.; NEFF, A. Differentiated evaluation of extract-specific evidence on cimicifuga racemosa’s efficacy and safety for climacteric complaints. Evidence-based Complementary and Alternative Medicine, v. 2013, 2013.

BOLZAN, V. C. Efeito do extrato das folhas da Morus nigra sobre a citologia vaginal e níveis plasmáticos de hormônios sexuais femininos em ratas Wistar. [s.l.] Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, 2008.

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CASTRO, A. S. DE. Efeito de Morus nigra L. como terapia hormonal em ratas ooforectomizadas. [s.l.] Universidade Federal do Maranhão, 2010.

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FRANZOTTI, E. M. Identificação de agonistas e antagonistas de receptores nucleares em extratos de plantas medicinais: Morus nigra L., Plectranthus ornatus Codd., Ipomoea cairica (L) Sweet e Pouteria torta (Mart.) Radlk. [s.l.] Universidade de Brasília, 2006.

PEREIRA, A. M. S. et al. Manual prático de multiplicação e colheita de plantas medicinais. São Paulo: Bertolucci, 2010.

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