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APOSTILA MÁQUINAS PARA COLHEITA DE GRÃOS 1 - Máquinas para Corte de Forragem Como o clima não permite às vezes a produção contínua de alimentos para os animais explorados comercialmente pelo homem, torna-se necessário em certos casos providenciá-lo no período de menor oferta, sendo que o uso de forrageiras é uma das soluções. Nesse caso, máquinas são usadas para cortar e picar o material, visando principalmente: - facilitar a ingestão do alimento; - aumentar a superfície de ação dos agentes digestivos; - compactar o material, para facilitar seu transporte e armazenamento, e; - reduzir a presença de ar no interior dos silos, na fase de fermentação. Algumas vezes, apesar da baixa capacidade operacional, a criatividade do agricultor tem permitido a obtenção de máquinas simples e baratas para o processamento de forragem. A exemplo, um picador de forragem simples pode ser obtido a partir de uma estrutura de madeira e uma foice ou facão com dimensões que minimizem o esforço do operador. O material picado pode ser armazenado por meio de fardos (ou em sacos de nylon), e um enfardador manual simples pode ser utilizado para produção de pequenas quantidades de feno. Este esquema tem sido utilizado no nordeste na criação de caprinos, os quais consomem 8 vezes menos forragem que os bovinos. A capacidade operacional do equipamento depende das suas dimensões, e os fardos produzidos variam de 13 a 90 kg. Figura 1 - Picador de forragem simples (Fonte: John Deere)

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APOSTILA

MÁQUINAS PARA COLHEITA DE GRÃOS

1 - Máquinas para Corte de Forragem

Como o clima não permite às vezes a produção contínua de alimentos para os animais explorados comercialmente pelo homem, torna-se necessário em certos casos providenciá-lo no período de menor oferta, sendo que o uso de forrageiras é uma das soluções.

Nesse caso, máquinas são usadas para cortar e picar o material, visando principalmente:

- facilitar a ingestão do alimento;

- aumentar a superfície de ação dos agentes digestivos;

- compactar o material, para facilitar seu transporte e armazenamento, e;

- reduzir a presença de ar no interior dos silos, na fase de fermentação.

Algumas vezes, apesar da baixa capacidade operacional, a criatividade do agricultor tem permitido a obtenção de máquinas simples e baratas para o processamento de forragem. A exemplo, um picador de forragem simples pode ser obtido a partir de uma estrutura de madeira e uma foice ou facão com dimensões que minimizem o esforço do operador.

O material picado pode ser armazenado por meio de fardos (ou em sacos de nylon), e um enfardador manual simples pode ser utilizado para produção de pequenas quantidades de feno. Este esquema tem sido utilizado no nordeste na criação de caprinos, os quais consomem 8 vezes menos forragem que os bovinos. A capacidade operacional do equipamento depende das suas dimensões, e os fardos produzidos variam de 13 a 90 kg.

 

 Figura 1 - Picador de forragem simples (Fonte: John Deere)

 

As máquinas de pequeno e médio porte para picar forragem podem ser acionadas por motores elétricos ou de combustão interna e possuem geralmente uma estrutura metálica cilíndrica, no interior da qual um conjunto de lâminas afiadas e de impulsores tem a função de cortar e empurrar a forragem na direção do ponto de descarga. O movimento adquirido pelas partículas de material picado permite

direciona-las para um cocho ou balaio perto da máquina, ou direto para o silo.

Algumas picadoras têm um sistema de alimentação automático do material a ser picado na máquina (rolos dentados), cuja rotação é regulável e determina o tamanho do pedaço da forragem cortada.

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As picadoras podem ser acionadas por tratores e motores diesel ou elétricos conjugadas com moínhos de martelo, o conjunto chama-se

Desintegrador Picador Moedor, ou DPM

2 - Máquinas para colheita mecânica de forragens

Para o caso de colheita mecânica, as máquinas forrageiras de médio e grande porte são geralmente tracionadas por trator e acionadas por meio da tomada de potência (TDP) destes tratores.

Para favorecer a fermentação, compactação e aceitação pelos animais, recomenda-se que a forrageira seja picada em pedaços de aproximadamente 2-3 cm.

A forragem é cortada, picada e direcionada para a carreta acoplada ao trator.

Outro trator fará o transporte do material picado, deixando uma carreta vazia para o trator que corta, e conduzindo a cheia para o silo, descarregando-a em seu interior.

A compactação em silo trincheira pode ser feita por pessoas, animais e tratores, que deverão caminhar por toda superfície até que se perceba que a massa está bem compactada (mais ou menos 12 passagens por camada de silagem com o trator).

O enchimento do silo deve ser no máximo de 2 a 3 dias. Encher até ficar bem abaulado e proceder à vedação para conservar a silagem.

Coloca-se uma lona plástica ou camada de 15-20 cm de capim inteiro sobre o silo, em seguida uma camada de 20-30 cm de terra. Para se vedar a entrada ou boca do silo trincheira de encosta, utiliza-se tábuas que se encaixam em pequenas canaletas localizadas em ambos os lados da boca. Veda-se com barro as frestas existentes entre as tábuas para evitar a entrada de ar ou chuva na massa

ensilada.

3 - Seleção e Capacidade de Produção da Máquina

 O Quadro 1 relaciona potência elétrica de acionamento dos diversos tamanhos de máquinas e produção de forragem. De modo geral, independentemente da

espécie vegetal, as forrageiras secas apresentam pouca diferença na demanda de energia para serem picadas. Na forragem úmida, principalmente acima de 25%, cresce a demanda de potência por tonelada picada, pela movimentação

da própria água contida na forrageira.

Deve-se ressaltar que a energia consumida pelas facas de corte chega a 88% da energia total, razão para mantê-las afiadas.

 

 

Figura  2- Lâminas de corte e impulsores da forragem (A). Picadora típica de forragem (B) e picadora e moinho de martelo conjugados (C).

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Quadro 1 – Valores médios de potência elétrica do motor e produção de forragem, em ton./hora. 

Potência(cv)

Forrageiras   MilhoCameron Napier Capim em Geral Cana-de-açúcar Forrageiro

5 1,59 (1)        7,5   0,93 (2) até 1,2 (3) até 2,0 (3) Até 1,2 (3)10     até 2,0 (3) até 3,0 (3) Até 2,0 (3)

12,5     4,5 (3)

(1) - Corte com 5,0mm.  (2) - Corte com 4,0mm. (3) - Sem mecanismo de tração da forragem. Produção e medida do corte função da alimentação da

máquina.

 

 Além da adequação de tempo e de custo, na seleção da picadora devem ser observados:

- existência de assitência técnica na região;

- qualidade da máquina;

- accessórios:

- coxins de borracha, para redução de vibrações;

- facas e cantrafacas reversíveis, para maior duração;

- embreagem ou base de alívio de partida de fácil operação;

- mudança fácil do tamanho dos pedaços cortados, e

- guia de saída da forragem  para direcioná-la ao cocho, carreta ou silo

4 - Forrageira Multifunção

 

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Figura 3 - Forrageira Multifunção (Fonte: NewHolland)

A umidade e o orvalho da manhã não atrasarão a produção de forragem quando você possui a forrageira multifunção. Ela é perfeita para picar gramíneas para a alimentação diária do gado com massa verde. É também grande para fazer material de cocho de palha ou talos de milho, ou ainda picar e espalhar os talos de milho para fazer cobertura vegetal. Esta máquina sega ervas daninhas, pequenas

moitas e restolhos, além de aparar batata e beterraba. Ela apara pastos, pica linho e limpa o restolho do arroz.

O perfil curvo das pás do cabeçote picador dá um impulso adicional, de forma que a forragem alcança a carreta mesmo úmida. O cabeçote picador tem lâminas ajustáveis, de bordas cortantes duplas para maior vida útil, que fazem um segundo corte na forragem

após ela passar pelo rotor condicionador. O cabeçote cortador é disponível com duas, três ou seis lâminas, para variados comprimentos de corte da forragem. Uma embreagem de deslizamento protege o equipamento de danos causados por embuchamentos ou materiais

estranhos.

O controle de elevação, de corte, hidráulico é standard. Painéis de acesso articulados permitem acesso e manutenção fácil em todas as áreas. O elevador de descarga pode ser facilmente ajustado em quatro posições de trabalho e duas de transporte.   

Ensiladoras

Este tipo de equipamento pode ser acionado por motores estacionários (elétricos, a diesel, gasolina, etc.) por meio de polias e correias, ou pela Tomada de Potência (TDP) do trator. A capacidade de processamento das picadoras e ensiladoras é função da potência do

motor escolhido e do tipo de forragem a ser processada.

O mecanismo de corte dessas máquinas é composto por facas giratórias, fixas ou oscilantes, que picam os colmos e folhas de gramíneas e leguminosas. As desintegradoras utilizam facas e martelos, se prestando, portanto para o processamento de materiais

como frutos e raízes (abóboras; mandiocas, etc.) e os moinhos, somente martelos, sendo mais indicados para o processameto de milho em grãos, milho em espiga, etc..

Uma característica importante das máquinas estacionárias está no fato de possuírem regulagem de corte, permitindo que a forragem seja cortada em diferentes tamanhos. Tal fator permite adequar o produto à silagem, consumo in natura, e ainda ao tipo de animal a que ela se destina. Esta regulagem pode ser feita basicamente de duas maneiras: alternando o número de facas no rotor, quando o modelo

permite, ou por meio da modificação da velocidade do mecanismo de alimentação.

5 - Ensiladoras  

Este tipo de equipamento pode ser acionado por motores estacionários (elétricos, a diesel, gasolina, etc.) por meio de polias e correias, ou pela Tomada de Potência (TDP) do trator. A capacidade de processamento das picadoras e ensiladoras é função da potência do motor escolhido e do tipo de forragem a ser processada.

O mecanismo de corte dessas máquinas é composto por facas giratórias, fixas ou oscilantes, que picam os colmos e folhas de gramíneas e leguminosas. As

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desintegradoras utilizam facas e martelos, se prestando, portanto para o processamento de materiais como frutos e raízes (abóboras; mandiocas, etc.) e os moinhos, somente martelos, sendo mais indicados para o processameto de milho em grãos, milho em

espiga, etc..

Uma característica importante das máquinas estacionárias está no fato de possuírem regulagem de corte, permitindo que a forragem seja cortada em diferentes tamanhos. Tal fator permite adequar o produto à silagem, consumo in natura, e ainda ao tipo de animal

a que ela se destina. Esta regulagem pode ser feita basicamente de duas maneiras: alternando o número de facas no rotor, quando o modelo permite, ou por meio da

modificação da velocidade do mecanismo de alimentação.

7 - Colhedora de Forragem

 

Figura 4 – Colhedora de forragem (Fonte NewHolland)

 

São máquinas utilizadas na colheita de forragens ainda verdes, as quais são picadas e transportadas para uma carreta ou caminhão e este material, com alto teor de umidade, é fornecido aos animais ou se pretende conservá-lo,

armazená-lo em silos.

São classificadas em montadas ou de arrasto.

A colhedora de arrasto é constituída de duas rodas de suporte, eixo, estrutura, mecanismo de alimentação, mecanismo de corte e ventilador. O acionamento é

feito por meio do eixo de tomada de potência do trator e de um eixo cardan longo.

Existem três tipos de colhedoras:

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- As que fazem coleta de forragem enleirada, seu picamento e condução para uma carreta de transporte;

- As que fazem corte e picamento de forragens de pequeno porte;

- As que fazem corte e picamento de forragens de alto porte.

No caso da coleta de forragem de pequeno porte o mecanismo de alimentação é constituído de um cilindro coletor e dedos empurradores de metal. Se a

forragem é de alto porte, o mecanismo de alimentação é formado por correntes com dedos prensores.

O mecanismo de corte inclui um cilindro ou volante de corte, dependendo do projeto ou finalidade da colhedora.

O parabrisa curvo da cabine proporciona uma ampla visão panorâmica, a fim de garantir a comodidade do operador. Todos os controles estão dispostos de forma ergonômica. O monitor proporciona informação constante sobre todo o

processo de colheita. O operador e a máquina constituem uma equipe de trabalho enormemente produtiva.

 

Figura 5- Visão da Cabine (Fonte NewHolland)

 

Um comprimento de corte uniforme produz uma excelente qualidade alimenticia. As facas afiadas e uma regulagem adequada da contra-faca

asseguram um corte limpo e regular.

 

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Figura 6 – Corte Limpo e Regular (Fonte NewHolland)

 

O sistema de reajuste automático garante uma comodidade ao operador: Desde a cabina se pode controlar a operação, podendo observar o ajuste do

afiador e da barra de corte assim como a característica de autodiagnóstico que garante que todo o sistema funcione adequadamente. Pode se realizar a regulagem da barra de corte e o afiamento das facas tantas vezes quanto

sejam necessárias, já que não tomam tempo nem esforço algum.

O motor diesel turbo alimentado com 6 cilindros proporciona a potência necessária para enfrentar qualquer trabalho. Este motor teve incrementada sua reserva de torque, combinada à potência constante, de maneira a incrementar

suas prestações. A transmissão foi fabricada especialmente para funcionar com a máxima potência.

 

Figura 7 – Motor (Fonte NewHolland)

 

São três os modelos de cabeçotes recolhedores disponíveis, todos eles com espaço reduzido entre púas, sem-fim integral, sistema de inverião, duas

grandes rodas guia e o sistema opcional de controle de compensação da altura de corte. Suas características técnicas melhoradas proporcionam uma grande segurança. O modelo de maior tamanho dispõe de uma largura de trabalho de

4,40 m e pode trabalhar em oito fileiras ao mesmo tempo.

As 12 facas picadoras giram a 1223 rpm, atingindo 14.676 cortes por minuto. As facas previamente chanfradas oferecem o melhor ângulo possível para

obter um corte limpo com a menor potência. São reversíveis e feitas de material especialmente desenvolvido para duplicar sua vida operacional . A

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contra-faca tem uma borda especialmente endurecida para trabalhar tanto com milho como com forragem.

Existe sempre uma faca apropriada para atender às exigências do cliente ou ao produto colhido.

Intervalos de manutenção muito espaçados, e graças aos pontos centralizados de lubrificação, tanto no sistema picador como no sistema de colheita as

intervenções diárias se reduzem ao mínimo

 

Figura 8 – Manutenção da Colhedora (Fonte NewHolland)

.

Para controlar ao máximo o fluxo do produto, os roletes de alimentação são equipados com uma transmissão por correia. Este sistema garante que o fluxo

do produto até o cabeçote de corte seja ainda mais constante em qualquer circunstância e condição, de maneira que se obtenha um comprimento de corte

homogêneo e a máxima eficácia.

A acessibilidade de todos os componentes é uma característica própria. Para alcançar o soprador e o acondicionador do produto, se pode deslocar toda a

unidade picadora: o uso de um acionador hidráulico simplifica toda a operação. Outras possibilidades de acesso incluem a opção de abrir a parte superior da unidade picadora para acessar os rolos de alimentação, o cabeçote de corte e

a contra-faca, o então abrir a parte inferior e acessar o soprador e o acondicionador do produto.

 

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Figura 9 - Acesso aos Rolos de Alimentação (Fonte NewHolland)

 

A modificação do comprimento de corte é uma operação rápida que pode ser feita sem o uso de ferramentas. A robusta caixa de transmissão com controle do comprimento de corte e longa vida operacional se adapta às necessidades

de cada cliente, oferecendo quatro comprimentos de corte.

 

Figura 10 – Caixa de Transmissão com Controle do Comprimento (Fonte NewHolland)

 

A transmissão dos roletes de alimentação e do sistema de colheita são equipados com uma embreagem eletro-magnética. Este dispositivo simples e confiável permite reagir com rapidez no caso de detecção de metais: eliminar o bloqueio e voltar a conectar é uma questão de segundos de modo que você disporá de mais tempo para colher.

 

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Figura 11 – Sistema de Ajuste (Fonte: NewHolland)

 

O sistema de ajuste dispõe de uma pedra de afiar que recorre toda a faca com o cilindro picador girando ao contrário para melhorar e facilitar o afiamento. O ajuste da contra-faca também é totalmente automático e dispõe de um acionamento elétrico em ambos os lados e de um sensor. O sistema de reajuste automático é tão rápido e fácil que o operador o utilizará sempre para poder contar com a máxima eficácia de corte com a mínima potência.

 

Figura 12 – Sistema de Reajuste (Fonte: NewHolland)

 

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Figura 13 – Sistema Hidráulico (Fonte: NewHolland)

8-Fenação

A forrageira para feno deve ser cortada após secar o orvalho da manhã, e a idade de corte deve ser no início ou durante o florescimento.

A umidade deve cair de em torno de 80% para 12-15% em base úmida.

A atividade fisiológica cessa em umidade abaixo de 35% em base úmida.

As forrageiras utilizadas como pastagem, geralmente, apresentam bons resultados quando submetidas a fenação (gramíneas e algumas leguminosas).

É desejável, que a espécie a ser utilizada na fenação, apresente pouco caule e muita folha.

As gramíneas mais utilizadas são o capim colonião e o braquiária, e a alfafa é um exemplo de leguminosa com alta qualidade nutritiva, cujo feno é muito utilizado em haras.

Produção de feno – as máquinas utilizadas na produção de feno são:

-         segadora rotativa horizontal e

-         segadora rotativa de facas verticais.

As segadoras se classificam quanto a forma de acoplamento à fonte de potência:

-         montadas, quando suportadas totalmente pelo trator (acopladas ao sistema hidráulico de levantamento de três pontos);

-         semi-montadas, quando acopladas apenas nos dois pontos inferiores do sistema hidráulico de levantamento de três pontos;

-         de arrasto, quando acoplada por um único ponto ao trator; normalmente à barra de tração.

A produtividade dos principais produtos utilizados para produção de feno é apresentada no quadro com os seus

respectivos números de cortes.

 

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Quadro - Alguns valores de produtividade de feno e forrageiras.

Jaraguá                35 t/ano                5 cortesGordura                13 t/ano                4 cortesMarmelada                  6 t/ano                5 cortesAlfafa                  7 t/ano                4 cortesSoja perene                20 t/ano                 1 corte

8.1- Acionamento

O acionamento da barra de corte é feito por meio de uma biela que é normalmente acionada por um volante que pode receber o movimento diretamente do eixo de tomada de potência do trator ou de um motor hidráulico.

 

8.2-Partes Constituintes

 

-         Mecanismo de Segurança: Finalidade de proteção da barra de corte. É composto de uma mola e de braços articulados, que se desarmam ao encontrarem um obstáculo;

-         Barra de Corte: Constituída de faca, guardas, placas de apoio, placas de desgaste, grampos, barra-guia, sapata interna e sapata externa. Finalidade de cortar o material

desejado;

-         Sapata Externa: É ajustada de forma que se pode cortar mais alto ou mais baixo;

-         Barra-guia: Fica angulada na horizontal, de forma que empurra a forragem cortada para o lado, deixando passagem livre para a roda do trator e

sapata interna, na próxima passada.

 8.3-Regulagens

-         Barra de Corte: Alinhamento das guardas, placas de desgaste, barra da faca, grampo e registro da faca;

-         Avanço da biela;

-         Alinhamento da biela e barra de corte;

-         Avanço da barra de corte;

-         Inclinação da barra;

-         Dispositivo de segurança;

-         Altura de corte.

8.1- Acionamento

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O acionamento da barra de corte é feito por meio de uma biela que é normalmente acionada por um volante que pode receber o movimento diretamente do eixo de tomada de potência do trator ou de um motor hidráulico.

 

8.2-Partes Constituintes

 

-         Mecanismo de Segurança: Finalidade de proteção da barra de corte. É composto de uma mola e de braços articulados, que se desarmam ao encontrarem um obstáculo;

-         Barra de Corte: Constituída de faca, guardas, placas de apoio, placas de desgaste, grampos, barra-guia, sapata interna e sapata externa. Finalidade de cortar o material

desejado;

-         Sapata Externa: É ajustada de forma que se pode cortar mais alto ou mais baixo;

-         Barra-guia: Fica angulada na horizontal, de forma que empurra a forragem cortada para o lado, deixando passagem livre para a roda do trator e

sapata interna, na próxima passada.

 8.3-Regulagens

-         Barra de Corte: Alinhamento das guardas, placas de desgaste, barra da faca, grampo e registro da faca;

-         Avanço da biela;

-         Alinhamento da biela e barra de corte;

-         Avanço da barra de corte;

-         Inclinação da barra;

-         Dispositivo de segurança;

-         Altura de corte.

9 - Segadoras

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Figura 14 - Segadora (Fonte NewHolland)

 

A colhedora segadora tem a largura de corte normalmente de1.5 a 1.8 m. O elemento básico da colhedora de forragem que corta ou pica é o rotor (uma

barra horizontal com trituradores ou facas prendidas a isto). Com a rotação da barra, os trituradores produzem um impacto triturando os talos da cultura. O

material é levado para o lado do cilindro exterior do picador alojado debaixo do rotor, é triturado, cortado, e quebrado em pedaços pequenos.

O segador normalmente é flexível e montado na haste do rotor e durante a operação a força centrífuga os mantém estendido diretamente para fora.

O tempo em que o material é cortado e picado varia de 25 min, parte do material não cortado, depende do movimento da máquina em relação ao

movimento da cultura (de acordo com as linhas de plantio ou perpendicular às linhas) e da velocidade em que o material é picado em relação a velocidade dianteira da máquina.

9.1 - Segadora Rotativa Horizontal

 

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Figura 15 - Segadora Rotativa Horizontal (Fonte: NewHolland)

 

É constituída por um ou múltiplos rotores, onde aos mesmos, são acopladas as facas fixas ou oscilantes. A ação do corte depende de uma faca atravessando as hastes das plantas.

Quando a segadora é constituída de múltiplos rotores, estes são sustentados por uma barra de suporte que contém até quatro rotores, existindo

em cada rotor quatro pequenas facas oscilantes.

Quando a segadora possui um único rotor, normalmente é formado por duas facas oscilantes, com comprimento ao redor de 50 a 60 cm.

A manutenção das facas é relativamente simples e até quarenta hectares podem ser cortados entre afiamentos, dependendo da quantidade de

massa existente na área.

O acionamento das segadoras é, atualmente, feito de forma mais comum pela tomada de potência do trator. A tomada de potência aciona

normalmente uma caixa de transmissão, formada por engrenagens cônicas, as quais por intermédio de uma transmissão de correias e polias aciona o rotor

que contém as facas. Servindo também as correias como mecanismo de segurança. Existem também as segadoras rotativas horizontais de arrasto,

onde o dispositivo de corte é acionado por uma roda motriz em contato com o solo.

O requerimento de potência para acionar uma segadora rotativa horizontal, com largura de corte de 1,5 m, é de 30 cv, quando em boas

condições.

Para uma operação consistente é utilizado um controle de pressão dos rolos por barra de torção que aplica uma pressão praticamente constante no

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material, mesmo quando sua espessura varia. Entretanto, quando os rolos atingem sua máxima abertura a pressão cai automaticamente para permitir que

pedras e outras impurezas não obstruam o equipamento.

  

Figura 16 - Ajuste do rolos (Fonte: Newholland)

 

O ajuste continuo da pressão dos rolos pode ser feito sem ferramentas - girar uma manivela é tudo que precisa para alterar a pressão para se adaptar

às condições do campo. Também não são necessárias ferramentas para mudar as condições de enleiramento.

9.2 - Segadoras Rotativas de Facas Verticais

 

Figura 17 - Segadora Vertical (Fonte: NewHolland)

  

Nesta segadora a ação de corte se deve à alta velocidade de rotação das facas, dispostas verticalmente em um cilindro. O cilindro opera paralelo ao solo e perpendicular à linha de deslocamento do trator. O eixo e as facas são comumente chamados rotor ou cilindro.

Quando deseja-se colher forragens usa-se segadoras com rotação contrária à direção de deslocamento com as facas próximas ao solo, porém contra as

plantas.

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Pode-se ainda utilizar um martelo (em T ou Y), pedaços de corrente ou seções de corte de borracha (para desintegrar o topo dos vegetais) no lugar das facas

oscilantes.

A vantagem da segadora rotativa de facas verticais é a de condicionar o feno para uma secagem mais rápida.

Seu acionamento é feito da mesma forma que as segadoras rotativas de facas horizontais.

A potência requerida é em torno de 5 a 10 cv para cada 30 cm de largura de corte. Desta forma, uma máquina com um rotor de 1,8 m de largura de corte

requer 30 a 60 cv para velocidades de operação de 5 a 10 km/h.

10 - Condicionadoras de Feno

 

Ao enfardar e armazenar o feno, este deve estar com, no máximo, 20% de umidade.

O processo de cura (desidratação) é feito no campo pelo sol e o vento.

Após o corte realizado pelas segadoras, que deixam uma camada espessa que dificulta a perda de umidade, utiliza-se as condicionadoras de

feno que processam a forragem deixando camadas menos espessas e mais soltas.

Com o condicionamento, a razão de secagem dos caules das plantas é igual a das folhas, evitando que as folhas sequem mais rapidamente soltando-

se, causando perda de massa e conseqüentemente de nutrientes.

Existem basicamente dois tipos de condicionadoras: dobradoras e esmagadoras, que possuem como diferença básica entre si o formato dos

rotores de esmagamento.

10.1 - Condicionadoras dobradoras

 

 Esmagam os caules em intervalos regulares (2 a 5 cm) por meio de rolos corrugados. Neste processo a secagem é um pouco mais lenta que no

condicionamento por esmagadoras. A coleta de feno pelo rolo inferior, que no caso das dobradoras é muito eficiente, mas pode coletar mais pedras que as

esmagadoras.

Máquinas condicionadoras dobradoras tem um alto nível de ruído devido ao contato metal com metal entre os rolos quando o feno é pouco denso. Estes

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tipos de máquinas são mais pesados que as esmagadoras, devido aos rolos de aço. Os rolos operam a uma mesma velocidade e são do mesmo tamanho.

 

10.2 - Condicionadoras esmagadoras

 

Possuem tubos de aço revestidos externamente por borracha (ou são totalmente de borracha), o que resulta em menor ruído já que absorvem melhor os impactos. Quando o rolo inferior é ranhurado a rejeição de pedras é maior.

A velocidade dos rolos é maior que a velocidade de deslocamento da máquina, sendo o feno agarrado e puxado para dentro da máquina. A

velocidade dos rolos faz com que o feno seja ejetado para a traseira da máquina a uma velocidade maior que a da máquina e isto resulta em uma

camada mais fofa para uma secagem mais rápida.

Toda condicionadora possui um mecanismo para ajustar a pressão dos rolos. Os rolos nunca se tocam, para não aumentar o desgaste e melhorar a

operação da corrente ou correia que os aciona. Recomenda-se um esforço de 10 a 14 kgf a cada 25 mm de largura do rolo esmagador. O espaço entre os

rolos deve ser de 0,39 a 0,79 mm, evitando o contato e não impedindo o esmagamento ou dobramento dos caules.

11-Ancinhos

A secagem é a parte mais importante da fenação, pois deve manter as características de cor, aroma e valor alimentício das forragens. A umidade deve ser reduzida rapidamente e as perdas de folhas e cor mantidas a um mínimo.

Após o corte as plantas permanecem numa posição tal que as folhas ficam na parte superior e os caules na parte inferior. Deixadas nesta posição a cura será

prejudicada. Para que se tenha uma secagem uniforme, o feno deve ser esparramado durante as horas mais quentes do dia e juntando no período da noite quando a umidade

aumenta. O processo de esparramar leiras de feno é executado pelos ancinhos.

Existem três tipos principais de ancinhos:

-         com molinete;

-         de descarga lateral, e

-         de rotor dentado.

11.1 - Ancinho de Molinete 

O molinete do ancinho é semelhante ao das colhedoras combinadas. O eixo do molinete é acionado pela TDP do trator ou por uma roda de terra. No molinete geralmente existem três flanges alinhadas em um eixo central, e nas

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flanges estão parafusados os dentes do ancinho. O ângulo de ataque dos dentes é regulável.

Os dentes podem ser duplos ou simples, e se for necessária uma troca não é preciso remover a barra dos rotores.

As barras retentoras impedem o feno de agarrar-se nos dentes pois envolvem parcialmente o lado inferior do molinete.

 

11.2 - Ancinho de Rotor Dentado

 

Normalmente existem quatro rotores montados em eixos individuais oscilantes um ao lado do outro, em ângulo com a direção do deslocamento. Os eixos oscilantes permitem ao rotor acompanhar as irregularidades do terreno.

Os rotores tem um diâmetro de 90 a 120 cm, com dentes de molas espaçados regularmente.

A estrutura de sustentação dos rotores inclui uma mola fazendo com que estes praticamente flutuem. Este grau de fluturação é regulado pela tensão da

mola.

 

11.3 - Ancinho de Entrega Lateral

 

O ancinho de entrega lateral possui um ou dois rotores, acionados por uma roda de terra ou pela TDP do trator. Seus rotores giram em um plano

normal à direção do deslocamento e seus eixos, paralelamente à leira formada.

Como nos demais implementos deste tipo, deve-se ter cuidado na sua operação com as altas velocidades, pois estas favorecem a perda de folhas.