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4 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA No seu conceito mais amplo a anatomia é a ciência que estuda, macro e microscopicamente, a constituição dos seres organizados. Com a descoberta do microscópio desenvolveram-se ciências que, embora constituam especializações, são ramos da anatomia. Assim, a citologia (estudo da célula), a Histologia (estudo dos tecidos e de como estes se organizam para sua formação de órgãos) e a Embriologia (estudo do desenvolvimento do individuo). Especificamente, a Anatomia significa ana= em partes; tomein=cortar, macroscopicamente é estudada pela dissecação de peças previamente fixadas por soluções apropriadas. Os sistemas que, em conjunto compõem o organismo são os seguintes: a) Sistema tegumentar; b) Sistema esquelético c) Sistema muscular d) Sistema articular e) Sistema nervoso f) Sistema cardiovascular g) Sistema respiratório h) Sistema digestório i) Sistema urinário  j) Sistema genital (masculino e feminino) k) Sistema endócrino  Alguns sistemas podem ser agrupados formando os aparelhos, que é o caso do aparelho locomotor formado pelos sistemas esquelético, articular e muscular, e o aparelho urogenital constituído pelos sistemas urinário e genital masculino ou feminino.

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1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA

No seu conceito mais amplo a anatomia é a ciência que estuda, macro e

microscopicamente, a constituição dos seres organizados. Com a descoberta do

microscópio desenvolveram-se ciências que, embora constituam especializações,

são ramos da anatomia. Assim, a citologia (estudo da célula), a Histologia (estudo

dos tecidos e de como estes se organizam para sua formação de órgãos) e a

Embriologia (estudo do desenvolvimento do individuo).

Especificamente, a Anatomia significa ana= em partes; tomein=cortar,

macroscopicamente é estudada pela dissecação de peças previamente fixadas por

soluções apropriadas.

Os sistemas que, em conjunto compõem o organismo são os seguintes:

a) Sistema tegumentar;

b) Sistema esquelético

c) Sistema muscular

d) Sistema articular

e) Sistema nervoso

f) Sistema cardiovascular

g) Sistema respiratório

h) Sistema digestório

i) Sistema urinário

 j) Sistema genital (masculino e feminino)

k) Sistema endócrino

 Alguns sistemas podem ser agrupados formando os aparelhos, que é o caso

do aparelho locomotor formado pelos sistemas esquelético, articular e muscular, e o

aparelho urogenital constituído pelos sistemas urinário e genital masculino ou

feminino.

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1.1 CONCEITO DE VARIAÇÃO ANATÔMICA

Uma vez que a anatomia como material de estudo o corpo do animal e, no

caso da Anatomia Humana, o homem, torna-se necessário fazer algumas

comentários sobre este material. A simples observação de um grupamento humano

evidencia de imediato diferenças morfológicas entre os elementos que compõem o

grupo. Estas diferenças morfológicas são denominadas variações anatômicas e

podem apresentar-se externamente ou em qualquer dos sistemas do organismo,

sem que isto traga prejuízo funcional para o indivíduo.

1.2 FATORES GERAIS DE VARIAÇÃO

 As variações anatômicas ditas individuais devem-se acrescentar aquelas

decorrentes da idade, do sexo, raça e do tipo constitucional (biótipo). Estes são, em

conjunto, denominados fatores gerais de variação anatômica.

 A idade é tempo decorrido ou a duração da vida. Notáveis modificações

anatômicas ocorrem nas fases da vida intra e extra-uterina do mamífero, bem como

nos principais períodos em que cada fases se subdivide.

Sexo é o caráter de masculinidade ou feminilidade. É possível reconhecer

órgão de um e de outro sexo, graças a características especiais mesmo fora da

esfera genital.

Raça é a denominação conferida a cada grupamento humano que possui

caracteres físicos comuns, externa e internamente, pelo quais se destingem dos

demais. Conhecem-se, por exemplo, representantes das raças Branca, Negra e

 Amarela e seus mestiços, ou seja. O produto de seu entrecruzamento.

Biótipo é a resultante de soma dos caracteres herdados e dos caracteres

adquiridos por influencia do meio e da sua inter-relação. Os biótipos constitucionais

existem em cada grupo racial.

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Na grande variedade morfológica humana há possibilidade de reconhecer o

tipo médio e os tipos extremos, embora toda sorte de transição ocorra entre os

mesmos. Naturalmente, tipos mistos são também descritos.

Os dois tipos extremos são chamados longilíneo e brevilíneo. Os longilíneos

são indivíduos magros, em geral altos, com pescoços longos, tórax muito achatado

ântero-posteriormente, com membros longos em relação à altura do tronco. Os

brevilíneos são atarracados, em geral baixos, com pescoço curto, tórax de grande

diâmetro ântero-posterior, membros curtos em relação à altura do tronco. Os

mediolíneos apresentam características intermediarias aos dois tipos.

1.3 DIVISÃO DO CORPO HUMANO

O corpo humano divide-se em cabeça, pescoço, tronco e membros. A cabeça

corresponde à extremidade superior do corpo estando unida ao tronco por uma

porção estreitada, o pescoço. O tronco compreende o tórax e o abdome com as

respectivas cavidades torácica e abdominal; a cavidade abdominal prolonga-se

inferiormente na cavidade pélvica. Dos membros, dois são superiores ou torácicos edois inferiores ou pélvicos. Cada membro apresenta uma raiz, pela qual está ligado

ao tronco, e uma parte livre.

Na transição entre o braço e o antebraço há o cotovelo; entre o antebraço e a

mão, o punho; entre a coxa e a perna, o joelho, e entre a perna e o pé o tornozelo. A

região posterior do pescoço é denominada nuca e a do tronco dorso.

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1.4 POSIÇÃO ANATÔMICA

Para evitar o uso de termos diferentes nas descrições anatômicas,

considerando-se que a posição pode ser variável, optou-se por uma posição padrão,

denominada posição anatômica. Deste modo os anatomistas, quando escrevem

seus textos, referem-se ao objeto de descrição considerando o indivíduo na posição

padronizada. A posição anatômica: indivíduo em posição ereta (em pé, posição

ortostática ou bípede), com a face voltada para frente, o olhar dirigido para o

horizonte, membros superiores estendidos, aplicados ao tronco e com a palma das

mãos voltadas para frente, membros inferiores unidos, com as pontas dos pésdirigidas para frente. Não importa, portanto, que o cadáver esteja sobre a mesa em

decúbito dorsal (com o dorso colado à mesa), decúbito ventral (com o ventre

colocado à mesa).

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1.5 PLANOS DE DELIMITAÇÃO DO CORPO HUMANO

Na posição anatômica o corpo humano pode ser delimitado por planos

tangentes à sua superfície, os quais, com suas intersecções, determinam a

formação de um sólido geométrico um paralelepípedo. Tende-se assim, para as

faces desse sólido, os seguintes planos:

a) Dois planos verticais, um tange ao ventre que é o plano ventral ou anterior e

outro ao dorso o plano dorsal ou posterior.

b) Dois planos verticais tangentes aos lados do corpo que são os planos laterais

direito e esquerdo.

c) Dois planos horizontais, um tangente à cabeça, o plano cranial ou superior e

outro à planta dos pés, plano podálico ou inferior.

d) O plano que tange o corpo delimitando em uma metade direita e outra

esquerda e denominado plano mediano.

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PLANO MEDIANO

1.6 PLANOS DE SECÇÃO DO CORPO HUMANO

a) Toda secção que e feita por planos paralelos ao mediano é uma secçãosagital (corte sagital) a os planos de secção são também chamados de

sagitais.

b) Os planos de secção que são paralelos aos planos anterior e posterior são

ditos frontais e a secção é também denominada frontal (corte frontal).

c) Os planos de secção que são paralelos aos planos superior e inferior são

horizontais e a secção é denominada transversal (corte transversal).

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1.7 PLANOS E EIXOS DE MOVIMENTOS.

O movimento de uma seguimento do corpo faz-se obrigatoriamente, em torno

de um eixo denominado, eixo de movimento. A direção destes eixos é ântero-

posterior (ventro-dorsal), latero-lateral e longitudinal (crânio-caudal). Na análise do

movimento realizado, a determinação do eixo de movimento é feita obedecendo à

regra segundo a qual, a direção do eixo de movimento é sempre perpendicular ao

plano no qual se realiza o movimento em questão. Assim todo movimento é

realizado em plano determinado e o seu eixo de movimento é perpendicular a

aquele plano. Os movimentos executados pelos seguimentos do corpo recebemnomes específicos.

a) Os movimentos angulares de flexão e extensão ocorrem em plano sagital

(ventro-dorsal) e, seguindo a regra o eixo desses movimentos é o latero-

lateral. Nestes movimentos há uma diminuição do ângulo existente entre o

seguimento que se desloca e aquele que permanece fixo. Quando ocorre a

diminuição do ângulo diz-se que há uma flexão; quando ocorre o aumento,

realizo-se a extensão.

b) Adução e abdução são movimentos nos quais o segmento é deslocado,

respectivamente, em direção ao plano mediano ou em direção oposta, isto é

afastando-se dele. Para os dedos prevalece o plano mediano do membro.

Os movimentos de adução e abdução desenvolvem-se no plano frontal e o seu eixo

de movimento é o ântero-posterior.

c) Rotação é o movimento em que o segmento gira em torno do seu eixo

longitudinal (vertical). Assim nos membros, pode-se re conhecer uma rotação

medial, quando a face anterior do membro gira em direção ao plano mediano

do corpo, e uma rotação lateral, é o oposto, ou seja, quando a face anterior

gira em direção ao plano lateral correspondente a lateralidade.

d) Em alguns segmentos do corpo, especialmente nos membros, o movimento

combinatório que inclui a abdução, a extensão, a adução e flexão resultam na

circundução. Neste tipo de movimento, a extremidade distal do segmentodescreve um circulo e o corpo do segmento um cone.

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2 SISTEMA ESQUELETICO

Osteologia, em sentido restrito e etologicamente, é o estudo dos ossos. Em

sentido mais amplo inclui o estudo das formações intimamente ligadas ourelacionadas com o osso, com eles formando um todo o esqueleto.

Este termo esqueleto a julgar pelo emprego rotineiro do termo, poderia

significar a significar a simples reunião dos ossos, mas na realidade transcende este

sentido significando “arcabouço”. Assim sendo, podemos definir o esqueleto como o

conjunto de ossos e cartilagens que se interligam para formar o arcabouço do corpo

do animal e desempenhar várias funções.

2.1 FUMÇÕES DO ESQUELETO

O esqueleto possui várias funções que são: proteção (para órgãos como o

coração, pulmões e sistema nervoso central); sustentação e conformação do corpo;

local de armazenamento de íons Ca+ e P; sistema de alavancas que movimentadaspelos músculos permitem os deslocamentos do corpo, no todo ou em parte e,

finalmente, local de produção de certas células do sangue (hematopoiese).

2.2 DVISÃO DO ESQUELETO

O esqueleto pode ser dividido em duas grandes porções. Uma mediana,

formado o eixo do corpo, e composta pelos ossos da cabeça, pescoço e tronco

(tórax e abdome), que é o esqueleto axial; outra, apensa a esta, forma os membros

e constitui o esqueleto apendicular. A união entre estas duas porções se faz por

meio das cinturas: escapular (ou torácica, constituída pela escapula e pela clavícula)

e pélvica, constituída pelos ossos do quadril que são os ilíacos.

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ESQUELETO AXIAL E AMARELO E ESQUELETO APENDICULAR EM

BRANCO

2.3 MÚMERO DOS OSSOS

No indivíduo adulto, idade na qual se considera completado odesenvolvimento orgânico, o número de ossos é de 206. Este número, todavia,

varia, se levarmos em consideração os seguintes fatores:

a) Fatores etários: do nascimento à senilidade há uma diminuição do número

dos ossos. Isto se deve que o recém-nascido, é formado de partes ósseas

que se soldam durante o desenvolvimento do individuo para constituir um

osso único no adulto.

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b) Fatores individuais: em alguns indivíduos pode haver persistência da

divisão do osso frontal no adulto e ossos extranumerários podem ocorrer,

determinada variação no número de ossos.

2.4 CLASIFICAÇÃO DOS OSSOS

Há varias maneiras de classificar os ossos. Eles podem, por exemplo, ser

classificados pela sua posição topográfica, reconhecendo-se ossos axiais (que

pertencem ao esqueleto axial) e apendiculares (que fazem parte do esqueleto

apendicular). Entretanto a classificação mais difundida é aquela que leva em

consideração a forma dos ossos, classificando-os segundo a predominância de uma

de suas dimensões (comprimento, largura ou espessura) sobre as outras duas.

a) Ossos longos são aqueles que apresentam o comprimento

consideravelmente maior que a largura e a espessura Ex: fêmur, rádio e ulna.

Os ossos longos apresentam duas extremidades, denominadas epífises e um

corpo a diáfise, cujo no seu interior possui uma cavidade chamada de canalmedular que aloja a medula óssea.

b) Osso laminar ou plano este osso apresenta o comprimento e largura

equivalentes, predominado sobre a espessura Ex: osso do quadril (ilíaco).

Osso longo

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c) Osso curto é aquele que apresenta equivalência das três dimensões Ex:

ossos do carpo.

d) Ossos irregulares apresentam uma morfologia complexa que não encontra

correspondência em formas geométricas Ex: vértebras da coluna.

Osso laminar ou plano

Osso curto

Osso irregular

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e) Ossos pneumáticos apresentam uma ou mais cavidade de volume variável,

revestidos de mucosa e contendo ar. Estas cavidades recebem o nome de

sinus ou seios. Estes ossos devido sua particularidade pode ser em quadrado

em mais de uma classificação Ex: osso frontal do crânio.

f) Osso sesamóide, desenvolve-se na substância de certas articulações Ex:

patela do complexo articular do joelho.

Osso pneumático

Osso sesamóide

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2.5 TIPOS DE SUBSTÂNCIA ÓSSEA

O estudo microscopia do tecido ósseo distingue a substância óssea

esponjosa e a substância óssea compacta. Embora os elementos constituintes

sejam os mesmos nos dois tipos de substância óssea, ele dispõem-se

diferentemente conforme o tipo considerado e seu aspecto macroscópico também

difere. Na substância óssea compacta as lâminas de tecido ósseo encontram-se

fortemente unidas um ás outras pelas faces, sem que haja espaço livre interposto.

Por esta razão, este tipo é mais denso e rijo. Na substância óssea esponjosa as

laminas ósseas, mais irregulares em forma e tamanho, se arranjam de forma adeixar entre si espaços ou lacunas que se comunicam umas as outras.

Osso compacto

Osso esponjoso

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2.6 PERIÓSTEO

No vivente e no cadáver o osso se encontra sempre revestido por delicada

membrana conjuntiva, com exceção das superfícies articulares, esta membrana é

denominada periósteo.

Os ossos, seja devido à sua função hemopoiética, seja pelo fato de se

apresentar com um desenvolvimento lento e contínuo, são altamente

vascularizados. As artérias do periósteo penetram no osso, irrigando-o e

distribuindo-se na medula óssea. Por esta razão, desprovido do seu periósteo o

osso deixa de ser nutrido e morre.

Perióstio

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2.7 OSSOS DO CRÂNIO

O crânio é o esqueleto da cabeça; vários ossos formam suas partes, o

neurocrânio e o esqueleto da face. O neurocrânio “caixa do cérebro” ou calvária 

fornece um invólucro para o cérebroe as meninges (membranas que recobrem o

cérebro), partes dos nervos cranianos e vasos sangüíneos.

Ossos do neurocrânio:

  Um frontal

  Parietais pares

  Temporais pares

  Um occipital

  Um esfenóide

  Um etmóide

Ossos da face

  Lacrimais (2)  Ossos nasais (2)

  Maxilas (2)

  Zigomáticos (2)

  Platinos (2)

  Conchas nasais inferiores (2)

  Mandíbula (1)

  Vômer (1)

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2.8 OSSOS DA COLUNA VERTEBRAL

 A coluna vertebral (espinha dorsal, espinha), ela estende-se do crânio até o

ápice (ponta) do cóccix, a coluna forma o esqueleto do pescoço e do dorso e a parte

principal do esqueleto axial (os ossos do crânio, coluna vertebral, costelas e

esterno). A coluna vertebral no adulto mede cerca de 72 a 75 cm de comprimento,

dos quais aproximadamente um quarto é formado por discos fibrocartilagíneos, que

separam e mantêm juntas as vértebras da coluna.

 A coluna vertebral: protege a medula espinhal e os nervos espinhais; suporta

o peso do corpo; fornece um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo e um

pivô para a cabeça; exerce um papel importante na postura e locomoção.

 A coluna vertebral de um adulto consiste tipicamente em 33 vértebras

dispostas em cinco regiões: 7cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 4

coccígeas. O movimento da coluna ocorre apenas entre 24 vértebras: as 7 cervicais,

12 torácicas e 5 lombares. As 5 vértebras sacrais são fundidas nos adultos para

formar o sacro, e quatro vértebras cóccigeas são fundidas para formar o cóccix. Asvértebras gradualmente tornam-se maiores à medida que a coluna vertebral desce

em direção ao sacro, e então torna-se progressivamente menores em direção ao

cóccix.

 A coluna vertebral é flexível porque é composta de muitos ossos

relativamente pequenos, as vértebras, que são separadas pelos discos.

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2.8.1 Curvaturas da coluna vertebral

 A coluna vertebral nos adultos possui quatro curvaturas: cervical, torácica,

lombar e sacrococcígea. As curvaturas fornecem um suporte flexível para o corpo

função principal absorção de choques. As curvaturas torácica e sacrococcígea são

côncavas anteriormente, enquanto as curvaturas cervical e lombar são côncavas

posteriormente. As curvaturas torácica e sacrococcígea são curvaturas primarias as

chamadas cifoses que se desenvolvem durante o período fetal. As curvaturas

cervical e lombar são curvaturas secundárias as chamadas lordoses são formadas

no decorrer do desenvolvimento do ser humano. A curvatura cervical torna-seproeminente quando a criança começa a manter a cabeça ereta. A curvatura lombar

torna-se evidente quando a criança começa a andar.

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2.9 ESQUELETO DO TÓRAX

 A caixa torácica ou também chamada de gradil costal, esta constituída pelo

esterno, anteriormente, no plano mediano, pelas vértebras torácicas no plano

mediano posteriormente e pelas costelas no contorno posterior, lateral e anterior do

tórax.

O esterno é uma longa e estreita placa óssea mediana parede anterior do

tórax. Da inserção anterior as costelas através das cartilagens costais, permitindo

uma flexibilidade que resulta em alterações dimensionais do tórax, necessárias à

respiração.

 As costelas são ossos encurvados que formam a maior parte da parede da

caixa torácica. Elas são leves e possuem um interior esponjoso contendo a medula

óssea, o copo humano possui 12 pares de costelas.

  Costelas verdadeiras são sete (da 1ₐ costela a 7ₐ costela), são assim

chamadas porque se fixam diretamente ao esterno através de suas

cartilagens costais próprias.

Costelas falsas são três (da 8ₐ costela a 10ₐ costela), suas cartilagens são

unidas àquelas da costela imediatamente superior a elas, deste modo sua

conexão com o externo é indireta.

  Costelas flutuantes são duas (a 11ₐ e a 12ₐ costelas).  As cartilagens

rudimentares destas costelas não se conectam, mesmo que indiretamente,

com o esterno; ao contrário terminam na musculatura abdominal posterior.

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2.10 OSSOS DO MEMBRO SUPERIOR

O membro superior é caracterizado por sua mobilidade e destreza em agarrar

e manipular. Estas características são especialmente acentuadas na mão quando se

realizam atividades manuais como abotoar uma camisa. Como o membro superior

não está envolvido na sustentação de peso, sua estabilidade foi sacrificada para

ganhar mobilidade. O membro superior e composto pó quatro segmentos:

  Cintura escapular ou cíngulo do membro superior: anel ósseo, formado

pela escápula e a clavícula.

  Braço: a parte entre o ombro e o cotovelo contendo o úmero e

conectando estas regiões.

  Antebraço: a parte entre o cotovelo e o punho contendo a ulna e o

rádio, e conectando as duas regiões.

  Mão: a parte do membro superior distal ao antebraço contendo os

ossos do carpo, metacarpo e falanges.

 A clavícula e um osso longo duplamente curvado e conecta o membro

superior ao tronco. Embora classificado como um osso longo, a clavícula não possui

cavidade medular.

 A escápula é um osso triangular plano que se situa na face postero-lateral do

tórax, estendendo-se sobre a 2ₐ até a 7ₐ costelas. 

Ó úmero, maior osso do membro superior articula-se com a escápula na

articulação do ombro e com o rádio e a ulna na articulação do cotovelo.

 A ulna osso estabilizador do antebraço, é medial e mais longo dos dois ossos

do antebraço.

O rádio é o osso lateral do antebraço e mais curto dos dois ossos do

antebraço.

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O esqueleto da mão é composto por 8 ossos carpais dispostos em duas

fileiras de quatro ossos cada, por 5 metacarpos e 14 falanges.

Os ossos do carpo são:

Os ossos da fileira proximal são: escafóide, semilunar, piramidal e pisiforme.

Os ossos da fileira distal são: trapézio, trapezóide, capitato e hamato.

Os metacarpos são cinco ossos e são numerados a partir do lado lateral:

1◦,2◦,3◦,4◦,5◦ metacarpos. 

Cada dedo tem três falanges exceto o primeiro dedo (o polegar), que tem

apenas duas falanges, proximal e distal os outros dedos possuem três, proximal

média e distal.

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2.11 OSSOS DO MEMBRO INFERIOR

O membro inferior é especializado para sustentar o peso do corpo e alocomoção, a capacidade de mover-se de um lugar para o outro, e manter o

equilíbrio em condição de estar uniformemente balanceado. O membro inferior tem

quatro partes:

  Quadril, a proeminência lateral da pelve a partir da crista ilíaca até a

coxa contendo o osso ilíaco que conecta o esqueleto do membro

inferior à coluna vertebral.

  Coxa, a parte entre o quadril e o joelho contendo o fêmur (osso dacoxa), que conecta o quadril e joelho; a patela (capuz do joelho) que

cobre a face anterior do joelho.

  Perna, a parte entre o joelho e o tornozelo contendo a tíbia (osso da

canela e osso medial da perna) e fíbula (osso lateral da perna), que

conecta o joelho e o tornozelo.

  Pé, a parte distal do membro inferior, contendo os ossos do tarso

metatarso e as falanges.

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O osso ilíaco osso do quadril (maduro) é o grande osso laminar formado pela

fusão, no final da adolescência, dos ossos ílio, ísquio e púbis. O osso do quadril

forma a conexão óssea entre o tronco e o membro superior. Os dois ossos ilíacos

que com o osso sacro e coccígeo formam a pelve.

O fêmur o mais longo e mais pesado osso no corpo, transmite o peso do

corpo do osso do quadril para a tíbia quando uma pessoa está de pé.

 A tíbia, exceto pelo fêmur, ela é o maior osso do corpo que sustenta peso. A

tíbia está localizada no lado ântero-medial da perna, quase paralelo à fíbula.

 A fina fíbula situa-se póstero-lateralmente à tíbia e serve principalmente para

fixação de músculos.

O esqueleto do pé compreende os ossos do tarso, metatarso e falanges.

Existem 7 ossos tarsais, 5 metatarsais e 14 falanges.

Os ossos do tarso consistem em sete: calcâneo, tálus, cubóide, navicular,

cuneiformes medial, intermédio e lateral.

Os ossos metatarsais consistem em cinco que são numerados a partir do ladomedial: 1◦.2◦,3◦,4◦,5◦ metatarso.

 As falanges são como se segue: 1◦ dedo (chamado também de hálux, dedão

do pé) possui duas falanges (proximal e distal); os outros quatro dedos possuem três

falanges cada um, proximal, média e distal.

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DIFERENÇA ENTRE A PELVE FEMININA E MASCULINA

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PATELA

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3 SISTEMA ARTICULAR

 Articulação é o local de união ou junção entre dois ou mais ossos ou partes

de ossos do esqueleto. As articulações apresentam variedades de formas e funções.

 Algumas articulações não possuem “movimento”; outras permitem apenas um

pequeno movimento e algumas são livremente móveis, como a articulação do

ombro.

3.1 CLASSIFICAÇÕES DAS ARTICULAÇÕES

Embora apresentem consideráveis variações entre elas, as articulações

possuem certos aspectos estruturais e funcionais em comum que permitem

classificá-las em três grandes grupos: fibrosas, cartilaginosas e sinoviais. O critério

para esta divisão é o da natureza do elemento que se interpõe às peças que se

articulam.

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  Articulações fibrosas:

 As articulações nas quais o elemento que se interpõe às peças que se

articulam é o tecido conjuntivo fibroso são ditas fibrosas, e a grande maioria

delas se apresenta no crânio. É evidente que a mobilidade nestas

articulações é extremamente reduzida, embora o tecido conjuntivo interposto

confira uma certa elasticidade ao crânio. Há dois tipos de articulações:

a) Suturas: são encontradas entre os ossos do crânio. A maneira pela qual

as bordas dos ossos articulados entram em contato é variável,

reconhecendo-se suturas planas (união linear retilínea ou

aproximadamente reta), suturas escamosas (união em disel) e suturasserreadas (união em linha “denteada”). 

b) Sindesmoses: nestas articulações o tecido interposto é também o

conjuntivo fibroso, mas não ocorrem entre os ossos do crânio. Na verdade,

a nomenclatura anatômica só registra um exemplo a sindesmose tíbio-

fibular, isto é, que se faz entre as extremidades distais da tíbia e da fíbula.

  Articulações cartilaginosas:

SUTURA

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Neste grupo de junturas o tecido que se interpõe é o tecido

cartilaginoso. Quando se trata de cartilagem hialina, temos as sincondroses;

nas sínfises a cartilagem é fibrosa. Em ambas a mobilidade é reduzida. As

sincondroses são raras e o exemplo mais típico é a sincondrose esfeno-

occipital que pode ser visualizada na base do crânio

Exemplo de sínfise encontramos na união, no plano mediano, entre as

porções púbicas dos ossos do quadril, constituído a sínfise púbica. Também

podemos observar as sínfises na coluna vertebral, que são os discos

intervertebrais.

  Articulações sinoviais:

 A mobilidade exige livre deslizamento de uma superfície óssea contra a

outra e isto é impossível quando entre elas interpõe-se um meio de ligação,

seja cartilagineo ou de tecido conjuntivo fibroso. Para que haja o grau

desejável de movimento, em muitas articulações, o elemento que se interpõe

às peças que se articulam é um líquido denominado sinóvia ou líquido

sinovial. Deste modo, os meios de união entre as peças esqueléticas

articuladas não se prendem nas superfícies de articulação, como ocorre nas

articulações fibrosas e cartilaginosas, nas articulações sinoviais o principal

meio de união é representado pela cápsula articular, espécie de manguito que

envolve a articulação prendendo-se nos ossos que se articulam.

SÍNFISESINDESMOSES 

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 A cavidade articular é um espaço virtual onde se encontra o líquido

sinovial. Este é o lubrificante natural da articulação, que permite o

deslizamento com um mínimo de atrito e desgaste.

 As superfícies articulares são aquelas que entram em contato numa

determinada articulação. Estas superfícies são revestidas em toda a sua

extensão, por cartilagem hialina, ao qual da se o nome de cartilagem articular,

que representa a porção do osso que não foi invadida pela ossificação.

 A cápsula articular e descrita como sendo uma membrana conjuntiva

que envolve a articulação sinovial como um manguito. A cápsula articular

apresenta-se com duas camadas: a membrana fibrosa (externa) e a

membrana sinovial (interna). A membrana mais externa é mais resistente epode estar reforçada, em alguns pontos, por feixes também fibrosos, que

constituem os ligamentos capsulares, destinados a aumentar sua resistência.

Em muitas articulações sinoviais, todavia, existem ligamentos independentes

da cápsula articular denominados extra-capsulares ou acessórios e em

algumas, como na do joelho aparecem também ligamentos intra-capsulaes.

Os ligamentos e a cápsula articular têm por finalidade manter a união entre os

ossos, mas, além disto, impedem o movimento em planos indesejáveis elimitam a amplitude de movimento considerada normais.

 A membrana sinovial é a mais interna das camadas da cápsula

articular. É abundantemente vascularizada e inervada, sendo encarregada da

produção da sinóvia (líquido sinovial). Discute-se se a sinóvia é uma

verdadeira secreção ou um ultra-filtrado do sangue, mas é certo que contém

ácido hialurônico que lhe confere a viscosidade necessária à sua função

lubrificadora.

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ESQUEMA DE UMA ARTICULAÇÃO SINOVIAL

3.2 DISCOS E MENISCOS

Em várias articulações sinoviais, interpostas às superfícies articulares,

encontram-se formações fibrocartilagíneas, os discos e meniscos intra- articulares,

de função discutida: serviriam à melhor adaptação das superfícies que se articulam

(tornando-as congruentes) ou seriam estruturadas destinadas a receber violentas

pressões, agindo como amortecedores. Meniscos, com sua característica forma de

meia lua, são encontrados na articulação do joelho.

3.3 CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS

O movimento nas articulações depende, essencialmente, da forma das

superfícies que entram em contato e dos meios de união que podem limitá-lo. Na

dependência destes fatores as articulações podem realizar movimentos em torno deum, dois ou três eixos. Este é critério adotado para classificá-las funcionalmente.

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Quando uma articulação realiza movimentos apenas em torno de um eixo, diz-se

que é mono-axial ou que possui um só grau de liberdade; será bi-axial a que realizar

em torno de dois eixos (dois graus de liberdade); e tri-axial se ele s forem realizados

em torno de três eixos (três graus de liberdade). Assim, as articulações que

permitem a flexão e extensão, como a articulação do cotovelo, são mono-axiais;

aquelas que realizam extensão, flexão, adução e abdução, como a rádio-cárpica

(articulação do punho), são bi-axiais; finalmente, as que permitem também a

rotação, são ditas tri-axiais, cujos exemplos típicos são as articulações do ombro e

do quadril.

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3.4 CLASSIFICAÇÃO MORFOLOGICA DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS

O critério de base para a classificação morfológica das articulações sinoviais

é a forma das superfícies articulares. O exame destas superfícies indica

consideráveis variações morfológicas. Isto é tanto mais importante quando se sabe

que a variedade e mesmo a amplitude dos movimentos realizáveis em uma

articulação dependem do tipo de “encaixe ósseo”, ou seja, da morfologia das

superfícies que entram em contato. Há grandes divergências entre os autores

quanto à nomenclatura oficial, com as ressalvas que pereceram válidas.

  Planas:  as superfícies articulares são planas ou ligeiramente curvas,

permitindo deslizamento de uma superfície sobre a outra em qualquer

direção. A articulação sacro ilíaca (entre o sacro e a porção do osso ilíaco) é

um exemplo. Deslizamento existe em todas as articulações sinoviais, mas nas

articulações planas ele é discreto fazendo com a amplitude do movimento

seja bastante reduzida. Entretanto deve-se ressaltar que pequenosdeslizamentos entre vários ossos articulados permitem apreciável variedade e

amplitude de movimento.

  Gínglimo:  este tipo de articulação é também denominada dobradiça e os

nomes referem-se muito mais ao movimento que elas realizam do que à

forma das superfícies articulares: flexão e extensão. A articulação do cotovelo

é um bom exemplo de gínglimo. Realizando apenas flexão e extensão, asarticulações sinoviais do tipo gínglimo são mono-axiais.

  Trocóide ou pivô:  neste tipo as superfícies articulares são segmentos de

cilindro e, por esta razão, cilindróides talvez fosse um termo mais aprimorado

para designá-las. Esta articulação só permite rotação e o seu eixo de

movimento, único é vertical: são mono-axiais. Um exemplo típico é a

articulação rádio-ulnar proximal responsável pelos movimentos de prono e

supinação do antebraço.

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  Condilar:  as superfícies articulares são de forma elíptica e elipsóide seria

talvez um termo mais adequado. Estas articulações permitem os movimentos

de flexão, extensão, adução e abdução, mas não a rotação. Possuem dois

eixos de movimento, sendo, portanto bi-axiais. A articulação rádio-cárpica

(articulação do punho) é um exemplo de articulação condilar.

  Selar: neste tipo de articulação a superfície articular de uma peça esquelética

tem a forma de sela, apresentando concavidade num sentido e convexidade

em outro, e se encaixa numa segunda onde convexidade e concavidade

apresentam-se no sentido inverso da primeira. A articulação do primeiro dedo

carpo-metacárpica. É interessante notar que esta articulação permite flexão,

extensão, adução, abdução e rotação, mas classificada como bi-axial. O fato

é justificado porque a rotação não pode ser realizada pelo primeiro dedo, ela

só é possível com a combinação dos outros movimentos.

  Esferóide:  as articulações de tipo esferóide apresentam superfícies

articulares que são segmentos de esferas e se encaixam em receptáculosocos. O suporte de uma caneta de mesa pode ser movimentada em qualquer

direção, é um exemplo não anatômico de uma articulação esferóide. Este tipo

de articulação permite movimentos em torno de três eixos, sendo, portanto,

tri-axial. Assim, a articulação do ombro e a do quadril permitem movimentos

de flexão, extensão, adução, abdução, rotação e circundução.

3.5 ARTICULAÇÕES SINOVIAIS SIMPLES E COMPOSTAS

Quando apenas dois ossos entram em contato em uma articulação sinovial

diz-se que ela é simples; quando três ou mais ossos participam da articulação ela é

denominada composta.

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3.6 ARTICULAÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL

 As vértebras articulam-se umas com as outras de modo a conferir rigidez,

mas também flexibilidade à coluna, qualidades necessárias para o suporte de peso,

movimentação do tronco e ajuste de posição indispensável para o equilíbrio e a

postura. As articulações entre as vértebras fazem-se ao nível dos corpos vertebrais,

através do disco intervertebral, e entre os processos articulares dos arcos vertebrais.

Ligamentos e músculos são auxiliares na manutenção do alinhamento das

vértebras.

3.6.1 Articulação dos corpos vertebrais

 As articulações dos corpos vertebrais são articulações cartilagíneas do tipo

sínfises, projetadas para suportar peso e resistência. As faces articulares das

vértebras adjacentes são conectadas pelos discos intervertebrais e ligamentos. Osdiscos intervertebrais proporcionam fixações resistentes entre os corpos vertebrais.

Também formam a metade inferior da margem anterior do forame intervertebral. Os

discos atuam como absorventes de choque, e suas formas variadas produzem as

curvas secundárias da coluna vertebral. Cada disco intervertebral e composto por

um anel fibroso e um núcleo pulposo. O anel consiste em lamelas concêntricas de

fibrocartilagem, que formam a circunferência do disco intervertebral. O núcleo

pulposo é o creme central do disco intervertebral. Ele é mais cartilaginoso do que

fibroso e é normalmente muito elástico. O núcleo está localizado mais na parte

posterior do que centralmente e possui um elevado conteúdo de água que está no

máximo no nascimento e diminui com o avanço da idade.

O ligamento longitudinal anterior é uma forte faixa fibrosa larga que cobre e

conecta as faces ântero-laterais dos corpos vertebrais e os discos intervertebrais. O

ligamento se estende da face pélvica do sacro até a primeira vértebra cervical.

O ligamento longitudinal posterior é uma faixa muito mais estreita, um pouco

mais fraca do que o ligamento longitudinal anterior. O ligamento longitudinal

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posterior corre dentro do canal vertebral ao longo da face posterior dos corpos

vertebrais, se estendendo da face posterior do sacro até a segunda vértebra

cervical.

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3.6.2 Articulações dos arcos vertebrais

 As articulações dos arcos vertebrais são as articulações dos processos

articulares, também chamadas de articulações zigapofisárias. Estas são articulações

sinoviais planas entre os processos articulares superiores e inferiores. As

articulações zigapofisárias permitem movimentos de deslizamento entre as

vértebras.

ARTICULAÇÃO ZIGAPOFISÁRIA

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3.7 ARTICULAÇÕES DO MEMBRO SUPERIOR

 As articulações do membro superior compreendem as articulações da cintura

escapular a articulação do cotovelo do punho e as articulações da mão. As

articulações do membro superior permitem grande amplitude de movimentos para

um propósito que é o de manipulação e alcance de objetos no espaço.

3.7.1 Articulações da cintura escapular

 A cintura escapular envolve as articulações esternoclavicular,

acromioclavicular, e do ombro, alguns autores colocam a movimentação da escápula

em relação ao tórax como sendo uma pseudo articulação de nome escapulotoracica.

 A mobilidade da escápula é essencial para o livre funcionamento do membro

superior. A clavícula forma um suporte que mantém o ombro separado do tórax de

modo que se mova livremente. A clavícula é o raio através do qual os ombros se

movem na articulação esternoclavicular. Uma amplitude de 15 a 20 na articulação

acromioclavicular permite o movimento do braço.

3.7.1.1 Articulação do ombro

 A articulação do ombro também chamada de glenoumeral é uma articulação

sinovial do tipo esferóide, tri-axial que permite grande amplitude de movimentos,

contudo sua mobilidade torna a articulação relativamente instável. A cabeça do

úmero redonda e grande se articula com a cavidade glenoidal relativamente rasa da

escápula que é aprofundada, pelo lábio glenoidal fibrocartilagíneo, semelhante a um

anel. Ambas as faces articulares são cobertas com cartilagem hialina.

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3.7.2 Articulação do cotovelo

 A articulação do cotovelo é uma articulação composta, isto é, compreende na

verdade três ossos envolvidos se articulando por uma única cápsula articular

comum. Dos três ossos envolvidos prepondera à articulação do úmero com a ulna

que forma a articulação úmero-ulnar, sinovial do tipo gínglimo ou dobradiça, mono-

axial permitindo os movimentos de flexão e extensão. Outra articulação envolvida é

a articulação radio-ulnar proximal que é uma articulação sinovial do tipo trocóide que

permite os movimentos de prono e supinação da cabeça do rádio que desliza sobrea ulna.

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3.7.3 Articulação do punho

 A articulação do punho ou articulação radiocarpal é se faz com a extremidade

distal do rádio e o disco articular da articulação radio-ulnar distal articulam-se com a

fileira proximal dos ossos carpais, exceto o pisiforme, em uma articulação sinovial

condilar bi-axial que permite os movimentos de flexão, extensão, adução e abdução.

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3.8 ARTICULAÇÕES DO MEMBRO INFERIOR

 As articulações do membro inferior incluem as articulações da cintura pélvica

relacionada à articulação dos dois ilíacos, e o restante das articulações que são a

articulação do quadril, articulação do joelho, articulações tíbio-fibulares, articulação

do tornozelo e articulações do pé.

3.8.1 Articulação do quadril ou coxofemoral

 A cabeça do fêmur articula-se com o osso do quadril (ilíaco), encaixando-se

no acetábulo para construir uma articulação sinovial de tipo esferóide, tri-axial,

denominada articulação do quadril. Embora apresente características bem

semelhantes à articulação do ombro, a do quadril não permite a mesma amplitude

de movimentos observada naquela articulação. Por outro lado, é mais robusta e

estável, pré-requisitos indispensáveis para a transferência de peso que ocorre nestenível.

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3.8.2 Articulação do joelho

 A maior articulação sinovial do corpo humano é também uma das mais

complexas e discutidas. A complexidade resulta principalmente das numerosas

estruturas que dela fazem parte e as controvérsias giram em torno de sua

classificação funcional, pois além de permitir os movimentos de uma articulação do

tipo gínglimo (flexão e extensão) em noventa graus ela permite um certo grau de

rotação. A articulação do joelho na verdade: o fêmur a tíbia e a patela formando três

articulações a tíbio-femoral, tíbio-fibular proximal e a patelofemoral.

ARTICULAÇÃO DO JOELHO

3.8.3 Articulação do tornozelo ou talocrural

Trata-se de uma articulação do tipo gínglimo, mono-axial, permitindo os

movimentos de dorsiflexão e plantiflexão, na qual a tróclea do tálus situa-se entre os

dois maléolos, medial e lateral, articulando-se com a face articular da tíbia.

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4 SISTEMA MUSCULAR

 A capacidade de reagir a uma modificação do meio ambiente constitui uma

das propriedades fundamentais do protoplasma animal. Assim a ameba (unicelular)

em contato com um agente irritante contrai-se no ponto de estimulo e emite um

prolongamento do citoplasma (membrana que envolve a célula) no ponto oposto

àquele que foi estimulado. Diz-se que a célula contraiu-se ao ser estimulada; em

suma, o animal movimento-se. Porém sendo unicelular, a ameba deve realizar com

uma única célula esta atividade. Nos seres multicelulares as células diferenciam-separa realizar funções especificas: algumas são apropriadas à respiração outras a

absorção, etc. as chamadas células musculares especializam-se para a contração e

o relaxamento. Estas células agrupam-se em feixes para formar a massa

macroscópica denominada músculo, os quais se acham fixados pelas suas

extremidades. Assim, músculos são estruturas que movem os segmentos do corpo

por encurtamento de distância que existe entre suas extremidades fixadas, ou seja,

por contração. Dentro do aparelho locomotor os músculos são elementos ativos domovimento e os ossos (alavancas biológicas) e articulações são elementos passivos

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do movimento. Porém, a musculatura não as segura só a dinâmica, mas também a

estática do corpo, determinado a posição e a postura do esqueleto.

 A célula muscular está normalmente sob o controle do sistema nervoso. Cadamúsculo possui o seu nervo motor, o qual se divide em muitos ramos para poder

controlar todas as células do músculo. As divisões mais delicadas destes ramos

(microscopia) terminam num mecanismo especializado conhecido como placa

motora. Quando o impulso nervoso passa através do nervo, a placa motora

transmite o impulso à células musculares determinam do a sua contração. Se o

impulso para contração resulta de um ato de vontade diz-se que o músculo é

voluntário; se o impulso parte de uma porção do sistema nervoso sobre o qual o

indivíduo não tem controle consciente, diz-se que o músculo é involuntário. Os

músculos voluntários distinguem-se histologicamente dos involuntários por

apresentar estriações transversais. Por esta razão são chamados estriados,

enquanto os involuntários são chamados lisos. O músculo cardíaco, por sua vez,

assemelha-se ao músculo estriado esquelético, histologicamente, mas atua como

músculo involuntário, além de se diferenciar dos dois por uma série de

características que lhe são próprias. Também é possível distinguir os músculos

estriados dos lisos pela topografia: os músculos estriados são chamados de

esquelético, ou seja, estriado esquelético, isto é, estão fixados, pelo menos por uma

das extremidades, ao esqueleto; os lisos são chamados de viscerais, isto é, são

encontrados na parede das vísceras de diversos sistemas do organismo, e alguns

pode estar submetidos ao controle da vontade.

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4.1 COMPONETES ANATÔMICOS DOS MÚSCULOS ESTRIADO ESQUELÉTICO

Um músculo esquelético típico possui uma porção média e extremidades. A

porção média é carnosa, vermelha no vivente (vulgarmente chamada de “carne”) e

recebe o nome de ventre muscular. Nele predominam as fibras musculares, sendo,

portanto a parte contrátil do músculo. Quando as extremidades são cilindróides ou

então tem a forma de fitas, chamam-se tendões; quando são laminares, recebem a

denominação de aponeuroses. Alguns casos fogem a regra alguns tendões ou

aponeuroses nem sempre se prendem ao esqueleto podendo fazê-lo em outros

elementos: cartilagem, cápsulas, septos intermusculares, derme, tendão de outros

músculos. Outros têm tendões tão curtos que a impressão que se tem que o ventre

muscular esta inserido diretamente ao osso. E em alguns casos parecem tendões

interpostos a ventres musculares.

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4.2 FÁSCIA MUSCULAR

 A fáscia muscular é uma lamina de tecido conjuntivo que envolve cada

músculo ou um grupo de músculos. A espessura da fáscia muscular varia de

músculo para músculo, dependendo de sua função. Ás vezes a fáscia muscular é

muito espessada e pode contribuir para prender o músculo ao esqueleto. Para que

os músculos possam exercer efetivamente um trabalho de tração ao se contrair, é

necessário que eles estejam dentro de uma bainha elástica de contenção, papel

executado pela fáscia muscular. Outra função desempenhada pela fáscia é permitir

o livre deslizamento dos músculos entre si.

4.3 ORIGEM E INSERÇÃO

Por razões didáticas, convencionou-se chamar de origem á extremidade do

músculo presa a peça óssea que não se desloca. Por contraposição. Denomina-seinserção à extremidade do músculo presa a peça óssea que se desloca. Origem e

inserção são também denominados respectivamente de ponto fixo (origem) e ponto

móvel (inserção). Nos membros, geralmente a origem é proximal e a inserção distal.

Porém, convém ressaltar que o músculo pode alternar seus pontos de origem e

inserção em determinados movimentos.

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4.4 CLASSIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS

Vários são os critérios adotados para classificação dos músculos e em

sempre as anatomistas estão acordes. Se observarmos puramente a forma do

músculo verificaremos que ela é extremamente variável e a nomenclatura se

aproxima deste fato para designar vários músculos.

4.4.1 Quanto à forma do músculo e arranjo de suas fibras

 A função do músculo condiciona sua forma e arranjo de suas fibras. Como as

funções dos músculos são múltiplas e variadas, também o são sua morfologia e

arranjo de suas fibras. De um modo geral e amplo, os músculos têm as fibras

dispostas paralelas ou obliquas à direção de tração exercida pelo músculo.

  Disposição paralela das fibras: pode ser encontrada tanto em músculos nos

quais predomina o comprimento.

Músculos longos ( ex: m. esternocleidomastoídeo), quando em músculos nos

quais comprimento e largura se equivalem. Nos músculos longos é muito

comum notar-se um convergência das fibras em direção aos tendões de

origem e inserção de tal modo que na parte média o músculo tem maior

diâmetro que nas extremidades e por seu aspecto característico é

denominado fusiforme. Os músculos fusiformes são freqüentes nos membros

(ex: bíceps braquial).

Músculos largos: (ex: m. glúteo máximo), nos músculos largos, as fibras

podem convergir para um único tendão em uma das extremidades, tomando

um trajeto em leque. (ex: peitoral maior).

  Disposição obliqua da fibras: músculos cujas fibra são obliquas em relação

aos tendões denominam-se peniformes, porque esta disposição lembra as

bordas de uma pena. Se os feixes musculares se prendem numa só borda do

tendão falamos em músculos unipenados (ex: m extensor longo dos dedos do

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pé); se os feixes se prendem nas duas bordas do tendão, será bipenado (ex

reto de coxa).

4.4.2 Quanto a origem

Quando os músculos se originam por mais de um tendão, diz-se que apresentam

mais de uma cabeça de origem. São classificados como músculos bíceps, tríceps e

quadríceps, conforme apresentam 2,3 e 4 cabeças de origem.

4.4.3 Quanto a inserção

Do mesmo modo, os músculos podem inserir-se por mais de um tendão. Quando há

dois tendões, são bicaudados; três ou mas, policaudados (ex: m. flexor longo dos

dedos do pé).

4.4.4 Quanto ao ventre muscular

 Alguns músculos apresentam mais de um ventre muscular, com tendões

intermediários situados entre eles. São digástricos os músculos que apresentam

dois ventres (ex: m digástrico) e poligástricos os que apresentam número maior,como é o caso do m. reto do abdome.

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4.4.5 Quanto à ação

Dependendo da ação principal resultante da contração do músculo, o mesmo pode

ser classificado como flexor, extensor, adutor, rotador medial, rotador lateral,

pronador, supinador, flexor plantar, flexor dorsal etc.

4.5 INERVAÇÃO E NUTRIÇÃO

Nenhum músculo pode contrair-se se não receber estimulo através de um nervo. Se

acaso o nervo for seccionado, o músculo deixa de funcionar e por esta razão entra

em atrofia. Para executar seu trabalho mecânico, os músculos necessitam de

considerável quantidade de energia. Em vista disso, os músculos recebem eficiente

suprimento sanguíneo através de uma ou mais artérias, que neles penetram e se

ramificam intensamente, formando um extenso leito capilar. Nervos e artérias

penetram sempre pela face profunda do músculo, pois assim estão mais bem

protegidos.

4.6 MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO

1-M. Temporal

2- M. Masseter

3- M. Pterigóide Medial

4- M. Pterigóide Lateral

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4.7 MÚSCULOS DA FACE

1- M. Occipitofrontal

2- M. orbicular do Olho

3- M. Abaixador do Supercílio

4- M. Corrugador do Supercílio

5- M. Prócero

6- M. Nasal

7- M. Abaixador do Septo do Nariz

8- M. Orbicular da Boca

9- M. Bucinador

10- M. Abaixador do Lábio Inferior

11- M. Levantador do Lábio Superior

12- M. Mental

13- M. Abaixador do Ângulo da Boca

14- M. Risório

15- M. Levantador do Ângulo da Boca

16- M. Zigomático Maior

17- M. Zigomático Menor

18- M. Levantador do Lábio Superior e da Asa do Nariz

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4.8 MÚSCULOS DO PESCOÇO

1- M. Platisma

2- M. Esternocleidomastóideo

3- M. Escalenos

3.1- M. Escaleno Anterior

3.2- M. Escaleno Médio

3.3 - M. Escaleno Posterior

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4.9 MÚSCULOS DO DORSO

Camada Superficial

1- M. Trapézio

2- M. Latíssimo do Dorso

3- M. Rombóide Maior

4- M. Rombóide Menor

5- M. Levantador da Escápula

6- M. Serrátil Posterior Superior

7- M. Serrátil Posterior Inferior

8- M. Infra-espinal

9- M. Supra-espinal

10- M. Redondo Menor

11- M. Redondo Maior

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4.9.1 Músculos Eretores da Espinha

1- M. Iliocostal

a) M. Iliocostal do Lombob) M. Iliocostal do Tórax

2- M. Longuíssimo

a) M. Longuíssimo do Tórax

b) M. Longuíssimo do Pescoço

3--M. Espinal

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a) M. Espinal do Tórax

b) M. Espinal do Pescoço

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4.10 MÚSCULOS DO TÓRAX

1- M. Peitoral Maior

2- M. Peitoral Menor

4- M. Subescapular

5- M. Serrátil Anterior

6- Mm. Intercostais Externos

7- Mm. Intercostais Internos

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4.11 MÚSCULOS DO ABDOME

1- M. Reto do Abdome

2- M. Oblíquo Externo

3- M. Transverso do Abdome

4- M. Diafragma

5- M. Psoas Maior

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4.12 MÚSCULO DO OMBRO

1- M. Deltóide

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4.13 MÚSCULOS DO BRAÇO

Compartimento Anterior

1- M. Bíceps Braquial

2- M. Coracobraquial

3- M. Braquial

Compartimento Posterior

4- M. Tríceps do Braquial

5- M. Ancôneo

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4.14 MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO

Compartimento anterior

1- M. Pronador Redondo

2- M. Flexor Radial do Carpo

3- M. Palmar Longo

4- M. Flexor Superficial dos Dedos (N. Mediano)

5- M. Flexor Ulnar do carpo

6- M. Flexor Profundo dos Dedos

7- M. Flexor Longo do Polegar

8- M. Pronador Quadrado

Compartimento Posterior

1- M. Braquiorradial

2- M. Extensor Radial Longo do Carpo

3- M. Extensor Radial curto do Carpo

4- M. Extensor dos Dedos

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4.15 MÚSCULOS DA COXA

Compartimento Medial

1- M. Grácil

2- M. Pectíneo

3- M. Adutor Curto

4-M. Adutor Longo

5-M. Adutor Magno

Compartimento Posterior

1- M. Bíceps da Coxa

2- M. Semitendíneo

3- M. Semimebranos

Compartimento anterior

1- M. Sartório

2- M. quadriceps

3- - Vasto lateral

4- - Vasto medial

5- -Vasto intermédio

6- -Reto da coxa

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4.16 MÚSCULOS DA PERNA

Compartimento Anterior

1- M. Tibial Anterior

7- M. Extensor Longo do Hálux

3- M. Extensor Longo dos Dedos

Compartimento Lateral

1- M. Fibular Longo

2- M. Fibular Curto

Compartimento Posterior

1- M. Gastrocnêmio

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2-M. Sóleo

3- M. Plantar

4-M. Poplíteo

5- M. Tibial Posterior

6- M. Flexor Longo dos Dedos

7- M. Flexor Longo do Hálux

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5 SISTEMA TEGUMENTAR

 A pele ou cútis é o manto de revestimento do organismo, indispensável à vida

e que isola os componentes orgânicos do meio exterior. Constitui-se em complexa

estrutura de tecidos de várias naturezas dispostos e inter-relacionados de a

adequar-se de maneira harmônica ao desempenho de suas funções.

 A pele compõe-se essencialmente de três grandes camadas de tecidos, uma

camada superficial, a epiderme, uma camada intermediaria a derme ou cório, e uma

camada profunda, a hipoderme ou tecido celular subcutâneo. A pele representa 15%

do peso corporal e apresenta grandes variações ao longo de sua extensão, sendo

ora mais flexível e elástica, ora mais rígida. Toda a superfície é composta sulcos e

saliências, particularmente acentuadas nas regiões palmo-plantares e extremidades

dos dedos onde sua disposição é absolutamente individual e peculiar, permitindo,

não somente sua utilização na identificação dos indivíduos através da datiloscopia,

bem como a diagnose de enfermidades genéticas através das impressões palmo-

plantares, os chamados dermatóglifos.

 A cor da pele é determinada pela conjunção de vários fatores, alguns de

ordem genético-racial como a quantidade de pigmento, a melanina, outros de ordem

individua e regional, como a espessura de vários componentes e ainda conteúdo

sangüíneo de seus vasos.

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ESTRUTURA DA PELE

5.1 EPIDERME

 A epiderme é constituída por epitélio estrtificado cuja espessura apresenta

variações topográficas desde 4mm nas pálpebras até 1,6mm nas regiões palmo-

plantares. A epiderme é um epitélio estratificado no qual se reconhecem distintas

camadas celulares.

  Camada germinativa ou basal: é a mais profunda das camadas da epiderme

e é constituída por dois tipos de células, as células basais e os melanócitos. 

  Camada espinhosa: é formada pelas chamadas células escamosas ou

espinhosas que têm configuração poliédrica, achatando-se progrevamente

em direção a superfície. Camada espinhosa é construída de células que tem

como característica seu meio de ligação. Fortemente unidas dando a região

da epiderme resistência ao atrito. Esta camada e o meio de ligação entre a

camadas acima com a camada basal.

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  Camada granulosa:  é formada pelas células granulomatosas assim

denominadas por caracterizarem-se pela presença de grande contidades de

grânulos. Estes grânulos são de tamanho e forma irregulares e compõem-se

de quero-hialina.

  Camada córnea: camada pela qual acontece a formação da melanina pela

células chamadas melanocitos e a formação da queratina pelo queratinocitos.

5.2 DERME

 A derme compreende um verdadeiro gel rico em substancia fundamental e

material fibrilar de três tipos que confere resistência a estiramentos :

  Fibras de colágeno

  Fibras de elastina

Substancia fundamental: é composta essencialmente por

mucopolissacarídeos. Este gel viscoso participa na resistência mecânica da pele áscompressões. Fibras colágenas: compreendem 95% do tecido cognitivo da derma. O

colágeno da derme e composto por dois tipos o tipo I e o tipo II. Fibras elásticas: são

microfibrilas que se orientam-se perpendicularmente à epiderme e a parte mais

profunda da derme conferindo elasticidade a pele. Na derme é o local de pele onde compreende a parte nervos do tegumento,

com isso existem vários receptores que captam sensações e informam ao sistema

nervoso centra o que se passa na periferia do corpo. São ele:

  Corpúsculo de pancini:  têm uma distribuição ampla, ocorrendo no tecido

subcutâneo das mãos e do pés ou mesmo em territórios profundos co septos

intermusculares e o periósteo, sendo responsável pela sensibilidade vibratória

ou seja a capacidade de perceber estímulos mecânicos repetitivos.

  Corpúsculo de meissner: Também são localizados especialmente nas

regiões plantares e palmares principalmente nas pontas dos dedos, são

estruturas específicas para a sensibilidade tátiul e pressão.

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  Corpúsculo de ruffini: ocorrem nas papilas dérmicas tanto da pele espessa

das mãos e dos pés como na pele pilosa do restante do corpo. Durante muito

tempo acredito-se que seriam sensíveis ao calor. Sabe-se hoje que são

receptores de tato e pressão.

  Terminações nervosas livres:  os receptores gerais livres ou terminações

nervosas livres são sem dúvida as mais freqüentes em todo corpo e tem a

função de captar sensações térmicas e dolorosas.

Vasos sanguíneos:  apesar das variações topográficas da disposição

vascular da pele, os vasos cutâneos constituem sempre um plexo profundo em

conexão com um plexo superficial, o plexo profundo situa-se em nível de derme

hipoderme e o superficial em região da derme próximo a epiderme, em certas

regiões ele e bem superficial no caso dos sulco e leitos ungueais, orelhas e centro

da face.

5.3 HIPODERME

É formada por tecido conjuntivo frouxo que une de maneira pouco firme a

derme aos órgãos subjacentes. É a camada responsável pelo deslizamento de pele

sobre as estruturas na qual se apóia. Depende da região em estudo e grau de

nutrição do organismo, a hipoderme poderá ter camada de tecido adiposos variável.

5.4 ANEXOS DA PELE

Os pêlos  são estruturas filiformes constituídas por células queratinizadas

produzidas pelos folículos pilosos. Existem dois tipos de pêlos, o pêlo fetal ou lanugo

que é fino e claro, pouco desenvolvido no adulto e denominado “velus” e o pêlo

terminal que corresponde pêlo espesso e pigmentado que são os cabelo a barba,

pilosidade pubiana e axilar. Ao analisarmos o pêlo observamos varias estruturas:

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  Folículo piloso

  O bulbo piloso

  Papila dérmica

Unha: são laminas de queratina que recobrem as ultimas falanges dos dedos.

 A superfície das falanges que é recoberta pela unha recebe o nome de leito ungueal,

a porção próxima recebe o nome de raiz da unha ou matriz.

ESTRUTURA DA UNHA

Glândulas sebáceas: situa-se na derme e os seus ductos geralmente desbocam na

porção terminal do folículos pilosos. O ductos se abrem-se diretamente nasuperfície da pele. A secreção sebácea ou sebum é composta por vários

componentes que pode ter uma ação de lipase bacteriana.

Glândulas sudoríparas:  são encontradas em toda a pele, excetuando-se certas

regiões, como a glande. São tubulosas e enoveladas, e seu ducto e estreito. O suor

é uma substância que contém pouca proteína além de sódio, potássio,cloreto, uréia,

amônia e ácido úrico.

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ESTRUTURA DO PÊLO E GLÂNDULAS

5.5 FUNÇÕES DA PELE

Graças á arquitetura da pele e ás propriedades físicas, químicas e biológicas

e suas várias estruturas, a pele como membrana envolvente e isolante é um órgão

capacitado para execução de múltiplas funções.

  Proteção

  Proteção imunológica

  Termoregulação

  Percepção

  Secreção

5.5.1 Proteção

Constitui uma barreira de proteção para as estruturas internas do organismo à

ação de agentes externos de qualquer natureza e ao mesmo tempo, impede perdas

de água, eletrólitos e outras substâncias do meio interno.

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5.5.2 Proteção imunológica

 A pele é um órgão com grande atividade imunológica humoral e celular por

isto a grande quantidades de testes imunológicos acontecem na pele.

TESTE DE CONTATO

5.5.3 Termoregulação

Graças a sudorese constrição e da dilatação da redes vasculares cutâneas a

pele processa o controle homeostático da temperatura do organismo.

5.5.4 Percepção

 Através da complexidade, da especializada rede nervosa cutânea a pele é o

órgão receptor sensitivo do calor, frio, dor e tato.

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5.5.5 Secreção

 A secreção sebácea e de suor é importante em vários aspectos tanto da

termo regulação na sudorese como na proteção e manutenção no caso da secreção

sebácea.

6 LESÕES ELEMENTARES DA PELE

 As reações na pele traduzem-se por limitações número de aspectosmorfológicos que são as lesões individuais ou elementares. São como letras que

constituem o alfabeto dermatológico. Assim como a união das letras surgem as

palavras e destas as frases, também do argumento de lesões elementares formam-

se os sintomas objetivos e com estes caracterizam-se as síndromes e moléstias

dermatológicas.

 Ainda que existam diferenças de conceitos e denominações, pode-se

considerar as lesões elementares em cinco grupos básicos de alterações individuais

na pele:

1- Alterações de cor

2- Formações solidas

3- Coleções liquidas

4- Alterações da espessura

5- Perdas teciduais

6.1 ALTERAÇÕES DE COR

Denominam-se genericamente manchas ou máculas que são alterações da

cor da pele, sem relevo ou depressão. Há dois grupos de manchas: as vásculo-

samgüineas, devidas à congestão ou constrição dos vasos sangüíneos da derme ou

causadas pelo extravasamento de hemácias e as pigmentares originadas pelo

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aumento ou diminuição da melanina ou depósito de outros pigmentos na derme. O

depósito de pigmentos ou substâncias sobre a epiderme são manchas artificiais.

Manchas vásculo-sangüineas 

Eritema: cor vermelha por vasodilatação, que parece pela pressão dos dedos (Digito

pressão) ou de uma lâmina de vidro (vidro pressão).

Distinguem-se os seguintes os tipos de eritema em relação à cor, extensão e

evolução aguda ou crônica.

 A) Cianose: eritema enroxado, congestão venosa ou passiva, com diminuição da

temperatura.B) Rubor: eritema rubro, por vasocongestão ativa arterial com aumento local da

temperatura.

C) Enantema: eritema localizado nas mucosas.

D) Exantema: eritema generalizado, agudo, de duração relativamente curta pode

ser mordiliforme ou rubeliforme, quando há área de eritema entremeada com

áreas de pele sã ou escarlatiforme quanto é difuso e uniforme.

E) Eritema figurados: são manchas eritematosas de forma variadas e de limitesbem definidos.

F) Eritrodermia: eritema generalizado, crônico e persistente que se acompanha

freqüentemente de descamação.

Lividez: é uma mancha de cor lívida (da cor entre o branco e o preto), do chumbo

pálido ou azulado, de temperatura fria, por isquemia.

Mancha angiomatosa: é mancha de cor vermelha, permanente, plana, que

desaparece quase completamente por vitropressão forte, causada por neoformação

névica de capilares na derme.

Mancha anêmica: área esbranquiçada, permanente, determinada por agenesia

vascular. A vitrapressão da pele circunjacente iguala esta à mancha, mostrando que

se trata de mancha anêmica e excluindo hipocramia.

Telangiectasia: lesão filamentar, sinuosa, derivada à presença de capilares

dilatados na derme.

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Púrpura: mancha vermelha que não desaparece pela vitropressão. É devida ao

extravasamento de hemácias na derme e na sua evolução torna-se,

sucessivamente, arroxeada e verde-amarelada. Até um centímetro de diâmetro

chama-se petéquia, maior, equimose e, se linear, vídice.

Manchas pigmentares ou discromias: resulta da ausência, diminuição ou aumento

da melanina ou depósito de outros pigmentos ou substâncias na pele. A deposição

de pigmento sobre a pele constituindo uma mancha artificial. A seguir são

enumeradas as manchas pigmentares.

Leucodermia: é a mancha branca e compreende a acromia, de cor branca-marfim,

causada pela falta total de melanina ou a hipocromania de cor branco-nácar,

causada pela diminuição da melanina.

Hipercromia:  mancha de cor variável, causada pelo aumento da melanina ou

depósito de outros pigmentos. O aumento da melanina (mancha melanodérmica)

tem cor variável do castanho-escuro ao preto. A cor amarelada da pele é observada

na icterícia e na carotinemia. As tatuagens apresentam coloração variável de acordo

com o pigmento e profundidade da sua localização. Eventualmente é preciso

distinguir a hipercromia de uma mancha artificial resultante do depósito de detritos

ou pigmentos sobre a pele.

6.2 FORMAÇÕES SÓLIDAS

 As formações sólidas resultam de processos inflamatórios ou neoplásicos,

atingindo isolada ou conjuntamente a epiderme, derme ou hipoderme. Distinguem-se

vários tipos.

Pápula:  lesão sólida, circunscrita, elevada, menor que 1 cm em tamanho, por

processo patológico, epidérmico, dérmico ou misto.

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Placa papulosa: é a lesão elevada de altura inferior a 1cm, em plataforma que se

estende em superfície por vários centímetros pode ser lesão individual ou constituir

aglomerado de paúpulas.

Nódulo:  lesão sólida, circunscrita, elevada ou não, de 1 a 3 cm de tamanho. O

processo patológico localiza-se na epiderme, derme e/ ou hipoderme.

Nodosidade ou tumor: formação sólida, circunscrita, elevada ou não, maior que 3

cm. O termo tumor é usado principalmente para processos neoplásicos.

Goma: é um nódulo ou nodosidade que se liquefaz na porção central e que pode se

ulcerar, eliminado substância necrótica.

Vegetação:  pápula pedunculada ou com aspecto de couve-flor, branco-

avermelhada, que sangra facilmente, devido ao aumento da camada espinhosa,

cristas epiteliais e papilas dérmicas.

Verrucosidade:  pápula ou placa papulosa de superfície dura, inelástica e

amarelada por aumento peculiar da camada córnea.

Urticária:  elevação de forma irregular, cor variável do róseo ao vermelho,pruriginosa, com duração efêmera. Resultante da exsudação aguda da derme. É

também chamada de pápula urticariana. Quando atinge vários centímetros de

extensão denomina-se placa urticada.

6.3 COLEÇÕES LÍQUIDAS

 As lesões elementares incluídas no grupo das coleções líquidas são aquelas

com conteúdo líquido que pode ser serosidade, sangue ou pus. Compreendem as

vesículas, pústulas, bolhas gomas, abscessos e hematomas

Vesículas: elevações circunscrita, contendo líquido claro, até 1 cm de tamanho. O

líquido, primitivamente claro (seroso), pode se tornar turvo (purulento) ou rubro

(hemorrágico).

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Bolhas: elevação contendo líquido claro, maior que 1 cm em tamanho. O líquido,

primitivamente claro, pode se tornar turvo- amarelado ou rubro, formando-se bolha

purulenta ou hemorrágica.

Pústula: elevação circunscrita, contendo pus até 1 cm de tamanho. É um abscesso

superficial.

Abscesso:  coleção de pus na pele ou subcutânea, circunscrita, proeminente ou

não, de tamanho variável. A pele pode estar ruborizada e há calor, dor e flutuação.

Hematoma: coleção de sangue na pele ou subcutânea, circunscrita, proeminente ou

não e de tamanho variável. Na evolução pode se tornar purulento (hematoma

infectado).

6.4 ALTERAÇÕES DE ESPESSURA

Queratose: espessamento da pele, duro, inelástico, amarelado e de superfície

eventualmente áspera. É causado pelo aumento da camada córnea.

Liquenifacação:  espessamento da pele com acentuação dos sulcos e da cor

própria da pele. Há formação de um quadriculado retiforme de malhas poligonais

bem definidas. É devida ao aumento da espessura da epiderme.

Edema:  aumento da espessura, com cor própria da pele ou róseo-branca. É

determinada pelo acumulo de liquido na derme e epiderme.

Infiltração: aumento da espessura e consistência da pele, com diminuição do seu

quadriculado normal, limites imprecisos, acompanhando-se, às vezes, de eritema

discreto e edema. Pela vitropressão, há fundo amarelado, cor café com leite. Resulta

da presença na derme de infiltrado celular.

Esclerose:  alteração da espessura com aumento da consistência da pele que se

torna lardácea ou coriácea. A pele pode estar espessada ou adelgaçada, não é

desprezível e o pregueamento é difícil ou impossível. Há mudança da cor com hipoou hipercromia. Resulta da alteração do colágeno.

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Atrofia: adelgaçamento localizado ou difuso da pele, que pode se acompanhar de

pregueamento. A diminuição da espessura é pela redução do número e volume dos

constituintes teciduais. A atrofia linear chama-se víbice.

Cicatriz: lesão lisa, saliente plana ou deprimida, sem os sulcos, poros e pêlo, móvel,

aderente ou retrátil. Associa atrofia com fibrose e discromia. É a resultante da

reparação de processo destrutivo da pele.

6.5 PERDAS TECIDUAIS

São as lesões oriundas da eliminação exagerada ou da destruição dos

tecidos cutâneos.

Escama:  massa laminada, furfurácea, micácea que se desprende da superfície

cutânea. É devida à alteração da queratinização.

Erosão ou exulceração:  perda superficial que atinge somente a epiderme. A

erosão linear conseqüente à coçagem chama-se escoriação.

Ulceração: perda de epiderme e derme e eventualmente atingindo a hipoderme e

outros tecidos. Ulceração persistente e de evolução crônica.

Fissura ou ragádia: perda linear da epiderme e derme, no contorno de orifícios

naturais ou em áreas de pegas ou dobras da pele.

Fístula:  canal com pertuito na pele que derma foco profundo de supuração ou

necrose.

Crosta: concreção de cor amarelo-claro ao esverdeado ou vermelho-escuro, que se

forma em áreas de perda tecidual.

Escara: área da pele de cor lívida ou negra limitada, resultante de necrose tecidual.

O termo é também empregado para a ulceração após a eliminação do esfacedo.

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6.6 PATOLOGIAS DE PELE

6.6.1 Dermatite atópica

DERMATITE ATÓPICA, DIFUSA PERNAS

DERMATITE ATÓPICA, FLEXURAL COM LIQUENIFICAÇÃO

 As lesões eritêmato-

descamativas atópica podem

atingir quase toda a superfície

cutânea. Freqüentemente há

acometido das dobras de

flexão.

Muitas alterações sãosecundarias à coçagem.

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DERMATITE ATÓPICA FLEXURAL, POSTERIOR DE COXA

DERMATITE ATÓPICA, INFANTIL, BOCHECHAS

 A região de pele comumenteacometidas são bochechas, opescoço, a fossa antecubital,os punhos, a fossa poplítea ea região superior da coxa

O paciente com dermatiteatópica freqüentemente temhistoria pregressa ou familiar

de asma e/ ou febre. Acriança freqüentemente temas bochechas brilhantessecas, fissuradas,descamativas eeritematosas.

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6.6.2 Dermatites alérgicas de contato

DERMATITE POR SAPATO

DERMATITE POR BRINCO DE NÍQUEL

 As lesões desapareceram como uso de sapatos sem sola de

borracha

 A alergia ao níquel é muitocomum em mulheres. Os lobosda orelha ficam pruriginosos,inflamados e eczematosos.Pode haver liquenificaçãoresultante do coçar crônico.

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DERMATITE POR ELÁSTICO (CINTO)

 ALERGIA A TATUAGEM 

Essa erupção eritematosa epruriginosa indubitavelmente érelacionada co elástico daroupa de baixo do paciente. Aerupção surgiu depois que aesposa alvejou a roupa debaixo do paciente.

 A alergia aos pigmentosde tatuagem é rara. Amais comum é a reaçãoao pigmento vermelhochamado cinabar(sulfeto de mercúrio)

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6.6.3 Patologias bacterianas

ERISIPELA COXA

ESTRIAS LINFAGÍTICAS

O aparecimento agudo de placaeritematosa com edema e calor,que aumenta vários centímetrospor dia, é característico. Febre,calafrios e lesões cutâneas maisgraves, podem surgir fascitesnecrosantes ou piomiosite. Os

fatores de risco são diminuição deretorno venoso e linfático, diabetesmellitus, arteriosclerose, uso de AINH e lesões abertaspreexistentes.

 Agente estreptococo 

 Após a mastectomia estepaciente desenvolveucelulite no braço, comsubseqüente estriamentolinfangítico ao longo dosvasos linfáticos defeituosos

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FASCITE NECROTIZANTE

FOLICULITE ESTAFILOCÓCICA, PÚSTULA

 Assim chamada bactériacomedora de carne –umStreptococus beta hemolitico

do grupo A- podem causarrapidamente grande destruiçãodos tecidos. Lesão emulceração necrótica

Múltiplas pústulasespalhadas no troncopodem representarfoliculite bacteriana. Asecoriações podemmascarar a pústulaprimária.

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FURÚNCULO OU ANTRAZ

 A HANSENÍASE MAL DE HANSEN

Começa como um nóduloinflamado e doloroso queusualmente flutua, aflora e serompe.

 Agente estafilococo 

É uma moléstia crônica,causada pelo mycobacterium

leprae, encontrada apenas noser humano, cujo contato sedá de individuo para individuo,principalmente por germeseliminados pela mucosa nasal.

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6.6.4 Infecções fúngicas superficiais

TINEA PEDIS, INTERDIGITAL

TINHA BOLHOSA

É característica de infecçãosimples por dermatófilos adescamação assintomática e semcomplicações dos espaçosinterdigitais. Os espaços entre 04◦ 5◦ dedos são acometidos com

maior freqüência. Quando háinfecção mista por dermatófilo ebactérias a região pode se tornarbranca, macerada e malche

 A erupção de vesículas ou bolhasna planta e na face lateral dos pés écaracterística da tinha bolhosa. Aslesão usualmente são pruriginosas eraramente dolorosas.

Freqüentemente o agente causadoré trichopyton mentagrophytes. Omecanismo de formação da bolhaparece ser semelhante ao dadermatite alérgica de contato

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TINHA DA BARBA

GRANULOMA DE MAJOCCHI

 A barba ocasionalmente é

acometida por infecçãofúngica, com formação deanéis eritematososdescamativos ou pústulas

Essa infecção fúngica(usualmente por T. rubrum)ocorre profundamente,podendo ser resistente aotratamento por antifúngicostópicos. Clinicamente nota-se

erupção pápulo-pustular naperna raspada de mulheres.

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PTIRÍASE VERSICOLOR

6.6.5 Infecções virais

HERPS LABIAL

Placas hiperpigmentas ouhiopigmentadas na regiãosuperior das costas de jovensadultos com leve descamação.O aspecto que mais incomodao paciente é a incapacidade dea lesão bronzear.

Dor ou formigamento seguidode vesículas agrupadas combase eritematosa nos lábios,tipicamente centradas naborda do vermelho mas

também em regiões próximassão características dessainfecção.

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ECZEMA HERPÉTICO

HERPES SIMPLEX

 A pele atópica pareceparticularmente susceptível ainfecção por herpes simplex.Há erupção difusas querapidamente se rompemdeixando erosões edescamação

 Após vários dias as vesículasdo herpes se transformam e

pústulas

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HERPES ZOSTER, HEMORRÁGICO

VERRUGA PLANA

Caracteriza por vesículashemorrágicas

 A verruga plana se apresentacom pápulas pouco elevadas,achatadas, encarnadas oumarrons, na fronte, face e nodorso das mãos e nas pernas.

 Agente HPV 3

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VERRUGA PLANA, PERNA

VERRUGA VULGAR

 As perna raspada deadolescente são comumenteacometidas por verrugasplanas.

Parece que o barbeadordissemina a infecção. Podem-se ver minúsculas pápulas em

torno de muitos pêlos

São características pápulasverrugosas, isoladas oumúltiplas, nas mãos e nosdedos de crianças eadolescentes.

 As verrugas são muito comunsnas mãos e ocorrem em todasas idade, com preponderânciaentre 5 e 25 anos e são maiscomuns na raça branca.

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VERRUGA PLANTAR

VERRUGA EM ROSQUINHA

É característico a placa oupápula verrugosa sob pontosde pressão na planta dos pés.

 Agente HPV tipo 1 e tipo 4

Não é comum a recidiva.

 A ilustração lembra mais umcroissant.

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6.6.6 Doenças inflamatórias

DOENÇA DE VILLANOVA

VASCULITE NODULAR

O nódulo eritematoso indolorque aumenta até formar placa,na região inferior da face

anterior da perna de mulheres,é característico da doença devillanova, também chamadapaniculite subaguda nodularmigratória. A lesão usualmentediagnosticada como celulite.

São característicos os nódulosé se trata de uma inflamaçãodo vasos superficiais.

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6.6.7 Vasculopatia

ÚLCERA POR ESTASE

6.6.8 Micose profunda

LARVA MIGRANS CUTÂNEA

 A úlcera de estase pode ocorrena estase venosa crônica,pode se atingir o ossoprovocando osteomielite.Fatores contribuintes maiscomuns osteoartrite artritereumatóide, os acidentesvasculares e a obesidade.

 A erupção linear eritematosanos pés, no dorso ou em

outros locais é característicadessa infestação por larva denematóide. Os vermes de cãese gatos são a causa maiscomum. O paciente adquireesta infestação da areia úmidae suja contaminada com asfezes de animais

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7 LESÕES E PATOLOGIAS ARTICULARES

 As articulações são formadas por dois ossos adjacentes cobertos por umasuperfície de cartilagem articular. A cápsula articular é revestida por uma membrana

que produz o líquido sinovial. Em pontos onde a pressão sobre as articulações é

grande, essas são reforçadas e protegidas por ligamentos (faixas de tecido

conjuntivo que limitam movimentos anormais). Toda articulação é rodeada por

músculos e tendões.

 A estabilidade de uma articulação é influenciada por fatores ativos e passivos.

 A estabilidade ativa é mantida pela atividade muscular sob o controle do individuo ea estabilidade passiva é mantida pelos ligamentos. Uma articulação não pode

funcionar normalmente sem a estabilidade passiva adequada.

7.1 ENTORSE

Os ligamentos prendem-se aos dois ossos que compõem a articulação. Eles

favorecem estabilidade à articulação e ainda permitem a movimentação. Não podem

ativamente resistir ao movimento, mas oferecem um “controle” contra a instabilidade

na amplitude externa de movimento das articulações. Em decorrência de sua

microestrutura, os ligamentos resistem bem a forças de tensão (tração), porém são

pouco resistentes a forças compressivas.

Os ligamentos são lesados quando a as forças excedem a capacidade dosligamentos de resistir á cargas, que pode depender da extensão da lesão. Os

ligamentos oferecem maior resistência quando a carga é aplicada lentamente: é por

esse motivo que lesões relativamente lentas podem causar fraturas por avulsão

(quando um pequeno pedaço de osso é fraturado no local onde o ligamento é preso)

em vez de rompimento o ligamento em si. Quando o paciente torce o tornozelo, os

dois ossos da articulação, além da tíbia e do tálus, são rapidamente separados,

rompendo-se assim os ligamentos que os unem.

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7.1.1 Tipos de lesões ligamentares

O rompimento de um ligamento pode afetar apenas algumas fibras ou o

ligamento inteiro. Na prática clínica, distinguir um rompimento completo de ligamento

de um rompimento parcial é útil.

1. Rompimento parcial envolvendo algumas fibras do ligamento e pode

ocasionalmente, afetar a estabilidade.

  Parte do ligamento pode se romper, enquanto o restante permanece intacto.

  Parte da inserção do ligamento com o osso pode se romper com ou sem

fragmentos ósseos

2. Um rompimento completo envolve a maior parte das fibras do ligamento e a

articulação afetada fica instável.

  Pode haver ruptura total do ligamento e separação das extremidades.

  Toda a inserção ligamentosa pode se desconectar do osso.

  Fragmento ósseo onde o ligamento está preso pode se soltar do resto do

osso.

Um rompimento parcial pode ser classificado em rompimento de grau 1

(ruptura de algumas fibras) ou de grau 2 menor (ruptura de menos da metade das

fibras); em ambos os casos a articulação fica estável. O rompimento maior em grau

2 corresponde à ruptura de mais de 50% das fibras; o grau 3 corresponde à ruptura

total, ou seja, de todas as fibras; em ambos os casos a articulação fica instável.

 A ruptura das fibras do ligamento é normalmente acompanhada de

sangramento que se difunde pelo tecido e costuma ser classificada como equimose.

Uma lesão de ligamento dentro de uma articulação ou cápsula articular pode causar

hemorragia no espaço articular. Lesões ligamentares também podem ser

acompanhadas de danos na superfície da cartilagem articular.

Sinais e sintomas a sugerir uma lesão ligamentar (entrose).

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  Equimose, inchaço (edema) e sensibilidade ao redor da articulação afetada,

causados pelo sangramento.

  Dor (algia) quando o membro se movimenta ou é sobrecarregado; pode

também haver dor à palpação.

  Instabilidade articular dependendo do tipo da articulação e da extensão da

lesão.

7.2 DESLOCAMENTO E LUXAÇÃO

Todas as articulações são rodeadas por uma cápsula articular e ligamentos.

Para que haja deslocamento, pelo menos uma porção de cápsula articular e seus

ligamentos devem-se romper; assim qualquer deslocamento envolve lesões destas

estruturas e, algumas vezes, da cartilagem articular.

Luxação de uma articulação indica que superfícies articulares opostas se

separaram e não mantêm mais contato, havendo lesão total de todos os

componentes que envolvem uma articulação. Subluxação de uma articulação de

uma articulação indica que as superfícies articulares mantêm um contato parcial,

porém não estão mais corretamente alinhadas não vendo lesão das estruturas que

envolvem a articulação.

 As luxações afetam com freqüência os ombros, os cotovelos, as articulações

dos dedos e da patela, enquanto subluxações pode afetar o corpo inteiro.

Sinais e sintomas das luxações e subluxações

  Dor à movimentação (nem sempre no caso da subluxações)

  Contato anormal da articulação, inchaço e sensibilidade

  Instabilidade da articulação (no caso das luxações)

  Os raios-X determinam o grau de deslocamento.

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7.3 LESÕES DA CARTILAGEM ARTICULAR

O revestimento macio, branco e brilhante dos ossos das articulações é

conhecido como cartilagem articular. Lesões nesta cartilagem podem ocorrer por

traumas, mas costumam ser resultado de pequenas lesões repetitivas provocadas

por atividades de impacto.

7.3.1 Mecanismo de lesão da cartilagem articular

Lesões de cartilagem articular podem ser causadas por tração, deslocamento

ou trauma da articulação. Elas costumam estar associadas a lesões de ligamento ou

subluxação da articulação. Lesões na cartilagem articular também podem ser

causadas por microtraumas repetitivos. Fraturas que penetram a superfície da

cartilagem articular podem causar defeitos articulares. Mau alinhamento da

articulação pode contribuir para os microtarumas repetitivos e cargas desfavoráveissobre a superfície articular, resultando no desgaste da cartilagem articular com o

tempo.

Graus das lesões da cartilagem articular

Os danos à cartilagem articular podem ser superficiais (parciais), profundas (totais)

ou osteocondrais.

  Lesões superficiais na cartilagem articular estendem-se pela metade superiorda superfície cartilaginosa: essas lesões não cicatrizam e não progridem, a

não ser que estejam localizadas em áreas de sustentação de peso.

  Lesões profundas ou de espessura total na cartilagem se estendem para

baixo do osso subcondral, mas não o atravessa; elas não cicatrizam, mas

progridem para osteoartrite.

  Lesões osteocondrais (osso cartilagem) passam pelo osso subcondral é

atravessam o osso trabecular, podendo cicatrizar por inflamação, permitindo

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crescimento vascular (sangue) com invasão de fibroblastos (células fibrosas),

o que irá produzir tecido fibroso de reparação.

 As lesões articulares podem ser graduadas clinicamente de acordo com aclassificação de Outerbridge.

  Grau 1: fissuras estendendo-se apenas para dentro da cartilagem superficial;

  Grau 2: fibrilação aumentada na superfície e múltiplas fissuras estendendo-

se para metade da profundidade da cartilagem;

  Grau 3: fissuras aumentadas e fendas estendendo-se para baixo do osso

subcondral, porém sem exposição do osso subcondral;

  Grau 4: perda completa de cartilagem e exposição do osso subcondral.

Sinais e sintomas da lesão da cartilagem articular

  Pode haver historia de torção, deslocamento ou contusão da articulação.

  Pode haver inchaço em conseqüência do derrame ou sangramento.

  Dor quando a área é movimento ou suporta carga

  Articulação se apresenta “travada” durante movimentos ou sustentação do

peso

  Observa-se crepitação durante a movimentação.

7.4 OSTEOCONDRITE DISSECANTE

Osteocondrite dissecante (OCD) é a separação localizada de um segmentode osso e cartilagem normal. Se a parte óssea do fragmento necrosa (morre), não

ocorre cicatrização, e o fragmento se separa por completo do tecido circundante.

Em 75% dos casos , a lesão se localiza no côndilo medial femoral do joelho.

Pode também ocorrer no tornozelo, ombros, cotovelos e quadris. O problema pode

ter inicio dos 5-10 anos de idade até os 40, porém é mais comum entre os 10-20

anos. É 2-3 vezes mais comum em homens. A OCD pode ser dividida em forma

 juvenil e forma adulta. A forma juvenil afeta crianças e adolescentes até o

fechamento das epífises de crescimento (zona de crescimento do osso); a forma

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adulta também afeta adolescentes após o fechamento das epífises. Quando mais

 jovem o paciente e mais cedo for à detecção da OCD, melhor o prognóstico e o

tratamento e melhora.

Mecanismo de lesão

  Traumas repetitivos sobre a articulação e afetando a cartilagem

  Torções repetidas na mesma articulação

  Distúrbios vasculares

Sinais e sintomas

  Dor difusa pela articulação

  Sensações de travamento e quebra são comuns

  Derrame articular recorrente da articulação

  Raios-X e ressonância magnética confirmam o corpo livre.

7.5 OSTEOARTRITE (OSTEOARTROSE)

O termo osteoartrite se refere particularmente à degeneração e desgaste

excessivo da cartilagem articular, embora alterações graduais nos tecidos que

circundam o osso (osso subcondral) também ocorram. Essa condição se desenvolve

e progride com o avanço da idade e pode ser “primaria” e “secundaria”. 

  A osteoartrite primaria cuja causa é desconhecida, ocorre com mais

freqüência em mulheres e pessoas diabéticas. A obesidade provavelmente

não influi de forma significativa para o inicio da doença, mas acelera o

processo degenerativo depois de já iniciado.

  Osteoartrite secundaria  pode ocorrer tanto após lesão quanto doença

articular. As causas possíveis incluem fraturas da superfície articular, danos

cartilaginosos, lesões ligamentares e subluxações, assim como infecções e

artrite reumatóide. Cargas impróprias e persistentes sobre as articulações, por

exemplo, em pessoas que correm em superfícies inclinadas, também pode,

em casos raros, resultar em osteoartrite.

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7.5.1 Alterações patológicas 

Tanto na osteoartrite primaria quanto na secundaria, as alterações articulares

são semelhantes. No inicio, a cartilagem articular amolece. Em seguida, a superfície

se torna irregular , a cartilagem “desfia” e surgem fissuras, que podem se estender

para o osso subjacente, por fim, a cartilagem desgasta e o osso é exposto,

passando a atuar como superfície de sustentação de peso da articulação. A o

mesmo tempo, o osso enrijece (esclerosa) e áreas de baixa densidade (cistos)

começam a se desenvolver. As novas células cartilagíneas ao redor da cartilagem

desgastada são ossificadas, e projeções ósseas (osteofitos) se formam comoresultado do espessamento da cápsula articular.

Sinais e sintomas

  Dor . Geralmente há pouca de dor. Mesmo quando ausente durante

atividades diárias normais, a dor costuma se manifestar com o aumento da

carga e na articulação afetada.

  Anomalias articulares. Várias alterações podem ser observadas naarticulação osteoartritica durante o exame clínico. As alterações incluem

inchaço, ADM limitada, hipotrofia muscular (perda da massa muscular),

sensibilidade, crepitação, aumento da temperatura local e instabilidade.

  Rigidez.  A rigidez é comum após um período de inatividade, podendo

também haver claudicação, principalmente pela manhã.

  Alterações morfológicas. Incluem estreitamento do espaço articular, cistos

osteófitos e esclerose. Pode também haver evidência de aumento naprodução de líquido sinovial (pela sinovite).

7.6 ARTRITE REUMATÓIDE

 A artrite reumatóide, classificada como doença auto-imune (ou seja, do

próprio sistema imunológico), apesar de não ter uma causa precisa conhecida, é

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uma inflamação crônica que afeta as articulações, os tendões, a bainha dos

tendões, os músculos e as bolsas, além de outros tecidos orgânicos. A condição é

três vezes mais comum em mulheres que em homens e costuma se desenvolver por

volta dos 20-30 ou 40-55 anos de idade, mas também pode ter inicio na infância

(artrite reumatóide juvenil).

O primeiro estagio da artrite reumatóide é uma inflamação da membrana

(revestimento da articulação internamente) sinovial associada à deposição de

proteína (fibrina). Como resultado da inflamação, ocorre secreção de fluidos na

articulação, causando inchaço (edema). O tecido inflamatório se propaga para o

centro do espaço articular, recobrindo a superfície articular é sistematicamente

destruída, da superfície em direção ao osso subjacente, havendo formação de cistos

no osso adjacente. A medida que o tecido inflamatório começa a ser substituído por

tecido cicatricial, a cápsula articular se torna mais espessa e, conseqüentemente,

impede a movimentação da articulação, aumentando a inflamação.

Sinais e sintomas

Na prática deve-se considerar a existência de artrite reumatóide se três ou quatro

das seguintes condições forem observadas:

1. Rigidez matinal.

2. Dor e sensibilidade em pelo menos uma articulação.

3. Edema das partes moles ou excesso de líquido em pelo menos uma

articulação.

4. Quando (2) ou (3) estiver presente, edema em pelo menos outra articulação.

5. Edema articula simétrico.

6. Nódulos nos tendões em locais típicos para a ocorrência de artrite

reumatóide.

7. Alterações radiográficas típicas de artrite reumatóide.

8. Exames de sangue mostram alterações típicas de artrite reumatóide.

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7.7 GOTA

 A gota é causada pelo acúmulo de cristais de ácido úrico nas articulações e 95%

das vitimas são homens de meia-idade. A primeira articulação metatarsofalangeana

(na base do hálux) é a mais afetada e durante um ataque agudo que geralmente

dura 2-7 dias apresenta: edema, rubor, aumento da temperatura local e dor

profunda. A condição, em sua forma crônica, pode afetar mais de uma articulação e,

nesse caso, mimetiza outras doenças articulares generalizadas.

7.8 CAPSULITE ADESIVA (OMBRO CONGELADO)

Definição por Codman: “difícil definir, difícil tratar e difícil explicar” 

É um processo inflamatório que se instala nos tendões e á imobilidade do MS

é dada pela dor. Há uma manifestação simpático-reflexa. Ocorre um espessamentoda cápsula articular permanecendo inelástica. Há fibrose e infiltração perivascular

aumentada. O líquido sinovial está normal. Etiologia: desconhecida / síndrome da

causa algia

Sinais sintomas

  Dor mal localizada

  Diminuição da ADM /

  Bloqueio da rotação interna e externa /

  Diminuição da força muscular / alteração da propriocepção

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Classificação

 As capsulites são classificadas em:

  Primárias (sem causa aparente);

  Secundárias (decorrentes de outras patologias).

Observa-se a associação da capsulite adesiva com: tireoidopatias, DM,

doenças auto-imunes, doenças degenerativas da coluna cervical, doença

intratorácica (pneumopatia, IAM), doença neurológica (TCE, AVC, tumores,

epilepsia), doença psiquiátrica, etc.

Os casos primários são os mais freqüentes que os secundários e têm pior

prognóstico.

Evolução clinica ocorre em 3 fases distintas:

Fase 1  –  Fase álgica (dolorosa)  –  inicio gradual, mal localizado, reduz o

movimento do ombro. Dor (intensa, constante, independe da posição) crescente

 junto com a limitação progressiva das ADM´S. Dura cerca de 3 a 4 meses. Pode

haver sinais de distrofia simpático-reflexa.

Fase 2  – Fase de rigidez (congelamento) - dificuldade para usar o membro /

restrição aos movimentos de rotação interna e externa. Dura em torno de 6 meses a

1 ano. A dor passa a se concentrar no período noturno, agrava á mobilização

forçada ou aos movimentos reflexos, persistindo a rigidez articular.

O movimento do ombro é gradualmente perdido enquanto que este

permanece doloroso. Há perda de movimentos ativos e passivos em todos os

planos, e não apenas numa direção especifica. Entretanto as dores diminuem ou

desaparecem e só persiste um bloqueio completo dos movimentos do ombro,incomodando consideravelmente o doente nos gestos habituais da vida corrente. A

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rigidez torna-se predominante. Dor severa só ocorre com movimentos súbitos. O

ombro apresenta-se bloqueado. Alguns movimentos são possíveis, mas graças à

articulação escapulo-torácica.

Fase 3  –  descongelamento:  há um retorno gradual dos movimentos, de

forma lenta e progressiva. Dura de 1 a 2 anos.

Evolução da capsulite

1. Estágio de Pré-adesão: caracterizado por mínima ou nenhuma perda de

movimento articular. Há uma reação inflamatória sinovial (somente

detectada na artroscopia).

2. Estágio de sinovite adesiva aguda: caracterizado por sinovite proliferativa

e formação de aderências.

3. Estágio de Maturação: caracterizado por redução da sinovite, com perda

da prega axilar.

4. Estágio Crônico: as aderências estão totalmente estabelecidas e são

marcadamente restritivas.

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8 LESÃOES E PATOLOGIAS MUSCULARES

Os músculos podem ser danificados tanto por trauma direto (inpacto) comoindireto (sobrecarga). As lesões resultantes podem ser divididas em rupturas e

hematomas:

  As rupturas podem ser completas ou parciais

  Os hematomas são provocados pela lesão e podem ser tanto inter quanto

intramusculares (existem grandes diferenças entre o tratamento e

diagnóstico dos dois tipos).

Músculos e tendões funcionam como uma unidade. Em princípio, as lesões

podem afetar a origem do músculo, o ventre do músculo, o ponto onde o músculo e

o tendão se unem (junção músculo-tendínea), o próprio tendão e a inserção do

tendão no osso e periósteo. Na pratica, as lesões normalmente ocorrem na junção

do músculo com o tendão, independentemente da medida da pressão.

8.1 RUPTURAS MUSCULARES

 As fibras musculares respondem e se adaptam rapidamente a mudanças. O

músculo danificado pode cicatrizar em pouco tempo, com as fibras regenerando-se

em cerca de 3 semanas. Contudo, quando ocorre uma lesão, certo grau de

sangramento é quase inevitável, e o processo de cicatrização pode ser afetado, do

ponto de vista mecânico, pela redução do contato entre as extremidades rompidas

das fibras musculares. Se o sangramento pode ser controlado, a cicatrização

provavelmente será mais rápida e completa

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8.1.1 Distensões

Causadas por extensão excessiva ou sobrecarga excêntrica, localizada na junção domúsculo com o tendão. Tais rupturas são o resultado da força intrínseca gerada nos

músculos, geralmente na mudança entre contração excêntrica e concêntrica.

 As distensões podem ser classificadas de acordo co o grau da ruptura primeiro e

segundo graus envolvem ruptura parcial, e o terceiro se refere a rupturas completas

ou separação.

  A distensão leve, ou primeiro grau, envolve a distensão excessiva do

músculo, com conseqüente ruptura de menos de 50% das fibras musculares.

Não há perda significativa de força nem restrição de movimentos. Movimentos

ativos ou distensões passivas, porém, causam dor e desconforto em volta da

área danificada. Deve-se lembrar que pequenas rupturas ou distensões leves

podem ser tão dolorosas quanto lesões mais sérias.

  A distensão moderada, ou de segundo grau, envolve uma ruptura muscular

mais significativa, mas não completa. A dor se agrava mediante qualquer

tentativa de contração muscular.

  A distensão grave, ou de terceiro grau, envolve a ruptura completa do

músculo.

Sinas e sintomas

  Dor aguda ou em pontada no movimento da lesão e durante a contração

do músculo em questão. A dor costuma ser fraca quando o músculo está

em repouso.

  Em rupturas parciais, a dor resultante pode inibir a contração muscular.

Em rupturas completas, os músculos são incapazes de se contrair por

questões mecânicas.

  Em rupturas parciais, algumas vezes é possível palpar o defeito muscular

durante o exame. Em rupturas completas, o defeito pode ser palpado por

todo o ventre muscular. O músculo pode formar uma protuberância,

lembrando um tumor.

  Sensibilidade e edema localizados são freqüentes na região afetada.

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  Após cerca de 24 horas, geralmente pode-se observar equimose e

descoloração abaixo da do local da lesão (sinais de sangramento dentro

do músculo lesado). Pode haver espasmo muscular.

8.1.2 Contusões

Ocorrem como resultado do impacto direto (trauma). O músculo épressionado contra o osso subjacente, por exemplo, quando o joelho de um jogador

de se choca com a coxa de outro durante um jogo de futebol. O resultado pode ser

laceração muscular e sangramento intenso no músculo. Rupturas por contusão

também podem ocorrer em músculos superficiais, causando sintomas semelhantes à

causa dos por distensões.

8.2 HEMATOMA MUSCULAR

O hematoma muscular se caracteriza por um sangramento no músculo, este

sangramento pode variar.

8.2.1 Hematoma intramuscular

O sangramento dentro de um músculo pode ser causado por ruptura ou

impacto. Ele inicia-se dentro da fáscia do músculo e aumenta a pressão

intramuscular, o que comprime os vasos sangüíneos, anulando qualquer resistência

a sangramentos futuros. O inchaço resultante persiste por 48 horas e é

acompanhado de sensibilidade, dor e comprometimento da mobilidade.

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8.2.2 Hematoma intermuscular

Pode haver sangramento entre os músculos quando a fáscia muscular e os

vasos sangüíneos adjacentes são danificados. Após um aumento inicial, que induz a

difusão do sangramento, a pressão cai rapidamente. Em virtude da gravidade da

condição, costuma haver inchaço e equimose (causados pelo acumulo de sangue)

na porção distal à área danificada nas 24-48 horas após a lesão. Por não haver

aumento prolongado na pressão, o inchaço é temporário e a função muscular

retorna rapidamente.

8.3 MIOSITE OSSIFICANTE TRAUMÁTICA

Se o tratamento imediato for inadequado, um hematoma intramuscular

profundo pode gradualmente calcificar e ossificar. A ossificação persiste enquanto a

cicatrização for interrompida por impactos e contrações repetitivas. O resultado serááreas com diferentes graus de elasticidade e força no músculo afetado e maior risco

de lesões futuras. A ossificação é um processo inflamatório demorado para o qual os

médicos hesitam em indicar tratamentos ativos prolongados. Se a função e a

flexibilidade muscular sofrerem comprometimento significativo por mais de 6-10

semanas e o exame de raios-X revelar a ossificação, deve-se considerar a remoção

cirúrgica.

8.4 CÃIBRAS MUSCULARES

 A cãibra muscular afeta a maioria das pessoas em alguns momentos de suas

vidas os atletas podem sofrer de cãibras musculares durante o esforço extremo,

como em partidas de futebol ou corridas de longa distância. Atletas que competem

em climas muito quentes sofrem de cãibras.

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Causa

  Durante os esforços prolongados, especialmente quando está muito quente, o

organismo perde grandes volumes de líquidos. A desidratação predispõe omúsculo a sofre cãibras, embora a conexão exata entre esses fatores ainda

seja desconhecida: depleção de glicose e deficiência de sais pode contribuir.

  Ainda não se sabe a causa exata das cãibras, mas qualquer fator que

comprometa a circulação deve ser considerado. Tais fatores incluem meias

apertadas e calçados apertados, acumulo de ácido lático nos músculos, veias

varicosas, frio e infecções.

8.5 LESÕES TENDÍNEAS

 As lesões tendíneas são um diagnostico freqüente e um problema terapêutico

na área da saúde, se na forem tratadas adequadamente, podem resultar em

problemas crônicos.

O músculo geralmente se fixa ao osso por meio de um tendão para onde os

efeitos da contração muscular são conduzidos. A principal função do tendão é

transmitir a força do músculo para o osso. O músculo produz força apenas quando

se contrai, estirando o tendão. Os tendões exibem grande diversidade anatômica,

com variação de forma, no comprimento, na vascularização e na extensão do

revestimento sinovial. Também uma variabilidade nas características bioquímicas e

mecânicas.

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8.5.1 Classificação das lesões tendíneas

Tendinite tem sido o termo clínico aplicado tradicionalmente para quase

qualquer dor na estrutura dos tendões, incluindo tendão, bainha sinovial que envolve

o tendão e bolsa adjacente. Contudo, estabeleceu-se que a resposta inflamatória,

nesse tipo de lesão, é reduzida. As lesões tendíneas, com freqüência, estão

associadas a processos degenerativos, que aumentam coma idade conforme o

tendão começa a perder a elasticidade. Rupturas por fadiga nas fibras tendíneas

provavelmente contribuem para a ocorrência de problemas nos tendões e podem

preceder degeneração e tendinose.

 As causas que contribuem para a degeneração do tendão são: Suprimento

inadequado de oxigênio, nutrição imprópria, alterações hormonais, inflamação

crônica e envelhecimento. O processo degenerativo é decorrente de tensão por uso

excessivo, fadiga, enfraquecimento e possíveis alterações vasculares.

Lesões tendíneas associadas à degeneração, e não à inflamação,

normalmente se localizam em regiões co circulação de sangue deficiente. Lesões notendão do calcâneo, por exemplo, podem estar a 2-5 cm da ligação do tendão com o

calcâneo, onde a vascularização é reduzida. Lesão no tendão do supra-espinhal

pode ocorrera 1-2 cm da sua ligação ao úmero, onde o suprimento sangüíneo

também é deficiente. Em virtude da irrigação escassa, a resposta inflamatória é

reduzida, assim como a capacidade de reparo.

Com base na anatomia dos tendões, é possível descrever quatro condições

patológicas. Esta classificação enfatiza a distinção entre peritendão, ou inflamação

sinovial, e envolvimento crescente da substância tendínea como provável refluxo da

falta de adaptação às cargas físicas, além de enfatizar respostas variadas da

estrutura do tendão ao estresse. Tais categorias são:

  Peritendinite: inflamação apenas do peritendão

  Peritendinite com tendinose: inflamação da bainha do tendão associada à

degeneração intratendínea

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  Tendinose: degeneração no próprio tendão em decorrência de hipotrofia

celular

  Tendinite: degeneração assintomática do tendão com rompimento e

resposta inflamatória de reparo

Um nome geralmente proposto para problemas de dor nos tendões é tendinopatia.

8.6 TENOSSINOVITE ESTENOSANTE DE DEQUERVEIN

Conceito: é um processo inflamatório da bainha que envolve o tendão. Bainha

dos músculos abdutor longo e extensor curto do polegar do primeiro compartimento

dorsal dos extensores do punho. A ruptura do tendão do extensor longo do polegar – 

dedo em martelo. Comum em gestantes / mulheres

Fisiopatologia: O uso excessivo do movimento do polegar leva a um processo

inflamatório local e ocorre um espessamento desses tendões. O espessamento leva

a um fechamento do compartimento dorsal (estenose).

Sinais e sintimas:

dor intensa / limitação da ADM e da força muscular do polegar.

8.7 TENDINITE CALCÁRIA

Conceito: ocorre um deposito de cálcio no músculo devido a uma cicatrização

do processo inflamatório. E os depósitos de cálcio ocorrem nos tendões.

Etilogia: desconhecida

Fisiopatologia: Codman: ocorre uma degeneração do manguito previamente ao

deposito de cálcio por estar na faixa etária dos 40 anos; Rockwood: Não há a

necessidade de degeneração para que esse processo ocorra e classifica a patologia

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em 3 fases. Fase 1: pré-calcifica / Fase 2: calcifica / Fase 3: pós-calcifica. Neer: o

impacto subacromial não é a causa do insulto local. A teoria esta em 4 tipos de dor:

  O cálcio irrita quimicamente o tecido muscular;

  O edema local produz tensão no tecido;

  O músculo edemaciado e a bursa espessada sofrem fibrose pela irritação

química;

  Ombro congelado em decorrência do repouso prolongado.

Sinais e sintomas:

dor / limitação da ADM / diminuição da forca muscular.

9 LESÃOES E DOENÇAS OSSEAS

Os ossos são rígidos, leves, elásticos e resistem a forças de tração e pressão,

podem suportar cargas estáticas e dinâmicas.

O osso longo pode ser dividido basicamente em:

  Cabeça, colo e corpo, ou Epífise proximal, diáfise e epífise distal.

 A superfície interna do osso compacto (diáfise) será preenchida por uma

delgada camada celular chamada endósteo, esta camada será envolvida e revestida

por outra camada de tecido conectivo fibroso (mais resistente) que age como uma

membrana limitante que é o periósteo. É neste em que ocorrem as inserções

musculares, tendíneas e nervosas. A percepção da dor se dá pela sensibilidade à

tração e a pressão.

 A vascularização que é um fator primordial no processo de ossificação ocorre

da seguinte forma nos ossos longos. Existe a artéria nutricial que perfura a diáfise e

se divide em ramos longitudinalmente para melhor nutrir a medula óssea e o osso

compacto até as metáfises, este vaso é denominado como primário. Existem outros

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vasos (denominados vasos secundários) que nutrem o osso compacto e o

esponjoso nas extremidades ósseas (epífises).

Esses dois grupos de vasos são separados pela lâmina cartilaginosa epifisal. Estesgrupos de vasos são importantes para a nutrição da zona de crescimento ósseo,

logo, problemas na nutrição dessa região poderão causar perturbações no

crescimento ósseo.

Simultaneamente, sob o pericôndrio:

  Algumas células mesenquimais proliferam e diferencia-se em osteoblastos

que produz delgada casca óssea superficial para reforço da zona de

destruição.

  Outras células mesenquimais do broto periosteal diferenciam-se em

fagócitos (osteoclastos), para remoção de restos cartilagíneos da

degeneração.

  Outras se diferenciam em osteoblastos para formar as trabéculas ósseas

dentro do tecido conectivo nas epífises.

 A formação óssea se dá por deposição de sais de cálcio e fosfato no tecidomesenquimal, este processo começa a se formar a partir da 8ª semana de gestação,

com o surgimento dos vasos primários que formarão os primeiros centros de

ossificação. Este processo de ossificação pode ser de 2 tipos

 Intramembranoso – Os ossos membranosos, são os chatos, desenvolve-se

diretamente no mesênquima. A formação óssea intramembranosa é contínua

durante o crescimento, pois devem adaptar suas formas e dimensões

constantemente ao crescimento. A diferenciação dos osteoblastos se dá a partir das

células mesenquimais acrescida do deposito de sais de cálcio sobre a membrana

que serve de esboço ósseo.

  Endocondral  –  Forma os ossos de substituição. Estes ossos são

precedidos, no feto e na criança por miniaturas esqueléticas composta de cartilagem

hialina, uma formação prévia de moldes cartilaginosos, nos quais irão se depositar

os sais de cálcio e fosfato.

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Portanto, na ossificação endocondral ou intracartilaginosa há

simultaneamente retirada de cartilagem e formação de osso.

Essa formação está diretamente relacionada à nutrição sangüínea, como jáfoi dito anteriormente.

O processo de ossificação endocondral inicia-se com o amolecimento e

destruição central da cartilagem do broto periosteal, proveniente da face profunda

do pericôndrio (peri = em torno - côndrio = cartilagem) com células mesenquimais

e vasos sangüíneos.

O primeiro centro de ossificação ou centro primário de ossificação, surge no

centro da diáfise ainda na fase embrionária, na diáfise do osso longo ou no interior

do osso irregular.

Como está iniciando o processo de ossificação o endocondrio que ocupa a

diáfise vai sendo retirado e sendo ocupado de matriz óssea, passando a se chamar

de endósteo. Da mesma forma ocorre com o pericôndrio que está agora cobrindo

osso (pois iniciou o processo de ossificação), e será substituído por matriz óssea

seu nome passará para periósteo (peri = em torno - ósteo = osso).

Os pontos secundários de ossificação são epifisários e surgem geralmente

após o nascimento.

 À medida que a criança vai crescendo toda a diáfise fica ossificada com o

osso compacto e a epífise com osso esponjoso, este vai sendo remodelado e

adaptado para que suas trabéculas se alinhem segundo as forças realizadas pela

atividade muscular e carga de peso do indivíduo em crescimento. E

conseqüentemente a neoformação cartilagínea se restringe a delgados discos entre

a epífise e a diáfise conhecidas como placa epifisária, ou lâmina ou disco epifisal;

região que permitirá o crescimento ósseo longitudinal na criança, essa zona de

crescimento irá se calcificando gradativamente durante a adolescência até que na

idade adulta já estará totalmente calcificada, assim o crescimento longitudinal do

osso cessa.

Na diáfise o tecido central fetal, dá lugar à medula óssea, e a fim de haveruma nutrição sangüínea adequada, os diversos pontos da matriz inorgânica, são

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nutridos através de um sistema de canalículos que a percorrem no sentido

longitudinal (canais de Hawers, agora canal central e no sentido horizontal (canais

de Volkmann, agora canal perfurante. Os vasos que tentam alcançar a medula

óssea penetram a matriz inorgânica através dos forames nutrícios.

No revestimento interno supracitado “endósteo” encontram-se as células

fagocitárias, os osteoclastos. E no periósteo estão as células denominadas

osteoblastos, que dão origem ao tecido ósseo. Dessa forma a produção de tecido

ósseo se faz de fora para dentro, daí resulta a manutenção do diâmetro constante

do osso.

9.1 COMPONENTES DO TECIDO ÓSSEO

O osso é e uma das estruturas mais fortes do corpo devido a sua combinação

de elementos.

Os minerais, o cálcio e o fosfato junto com o colágeno são os elementos

orgânicos que constituem cerca de 70% do tecido ósseo. Os outros 30% do tecido é

água.

 A formação óssea se dá por deposição de sais de cálcio e fosfato no tecido

mesenquimal, este processo começa a se formar a partir da 8ª semana de gestação,

com o surgimento dos primeiros centros de ossificação.

Os minerais – conferem ao osso sua rigidez, contribuindo para sua resistência

compressiva.

O Colágeno  –  Confere ao osso sua flexibilidade, contribuindo para suaresistência tensiva.

9.2 MORFOLOGIA RELACIONADA AO MOVIMENTO

Quando a criança realiza seus movimentos, ocorrem forças tensivas sobre o

periósteo nas áreas de inserções musculares como essa força é muito grande, o

periósteo se descola e o osso preenche este espaço e assim ocorre à remodelação

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da diáfise e algumas pequenas áreas da epífise próximas à diáfise, formando os

tubérculos e as proeminências ósseas.

Os pontos secundários de ossificação são epifisários e surgem geralmenteapós o nascimento. À medida que a criança vai crescendo toda a diáfise fica

ossificada com o osso compacto e a epífise com osso esponjoso, este vai sendo

remodelado e adaptado para que suas trabéculas se alinhem segundo as linhas de

forças realizadas pela atividade muscular e carga de peso do indivíduo em

crescimento. E conseqüentemente a substância cartilagínea se restringe a delgados

discos entre a epífise e a diáfise conhecidas como placa epifisária, ou lâmina ou

disco epifisal; região esta que permitirá o crescimento ósseo longitudinal na criança,

essa zona de crescimento irá se calcificando gradativamente durante a adolescência

até que na idade adulta já estará totalmente calcificada.

Os ossos requerem estresse mecânico para crescerem e se fortalecerem,

assim a atividade física é um componente importante no desenvolvimento e

manutenção da integridade estrutural e força esquelética. O tecido ósseo precisa

experimentar estímulos diários para manter sua saúde.

Desta forma é fácil concluir que inatividade leva a perda óssea por diminuição

do metabolismo ósseo.

Ex: Astronautas sujeitos a perda da gravidade e de atividade física pelo

confinamento em um pequeno espaço físico, experimentaram perdas ósseas

importantes em períodos relativamente curtos.

O oposto também se dá, com o aumento da atividade física e o aumento de

depósito ósseo.

Ex: Tenista que estimulam com cargas e estresse maior somente em um

membro superior, este apresenta uma espessura cortical 35% maior que o

segmento contralateral.

Quando um osso é fraturado no local onde ocorreu à fratura haverá um maior

depósito ósseo para seu fortalecimento, isso é popularmente conhecido como calo

ósseo.

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Perda óssea aceita como fisiologicamente normal com a idade do individuo é

denominado osteopenia. O agravamento dessa perda óssea seria denominado de

osteoporose. A osteoporose é considerada como uma patologia de redução

acentuada de massa óssea, que ocorre mais comumente nas mulheres após a

menopausa.

O osso é uma estrutura altamente adaptável ao desuso, imobilização, atividade

vigorosa e altos níveis de carga. O tecido ósseo consegue se reparar e pode

alterar suas propriedades e estruturação em resposta a demanda mecânica.

Durante o crescimento e ao longo da vida os ossos estão sujeitos a cargas

mecânicas, aplicadas externamente e a forças musculares, as quais o ossoresponde. O osso é remodelado e reparado, é um tecido dinâmico e ativo em que

grandes volumes de osso são removidos pela reabsorção óssea e depositado nova

estrutura óssea em substituição.

Conforme a Lei de Wolff a densidade óssea, os formatos e os tamanhos dos

ossos estão diretamente ligados à quantidade e direção dos estresses mecânicos

sobre os ossos, assim sendo maior mineralização óssea.

Já que o peso corporal é a força mais constante que atua sobre os ossos, à

densidade óssea está diretamente proporcional ao peso do individuo.

No entanto a dieta, a genética, a atividade física realizada pela pessoa

influencia diretamente sobre o peso corporal. “Ósseo”. 

 A lei de Wolff se reporta à função dos osteoblastos e osteoclastos que atuam

constantemente formando e reabsorvendo as estruturas ósseas de acordo com as

novas situações mecânicas a que o corpo (osso) sofre.

9.3 HIPERTROFIA ÓSSEA

Indivíduos fisicamente ativos apresentam ossos mais mineralizados que

indivíduos sedentários da mesma idade, raça e sexo.

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Esportistas apresentam hipertrofia óssea no segmento mais utilizado pelo

esporte, ou seja, tenistas têm seu braço ativo cerca de 35% mais largo e

mineralizado que o segmento contralateral.

9.4 ATROFIA ÓSSEA

Indivíduos que se nutrem mal são sedentários e apresentam uma quantidade

reduzida de estresse mecânico nos ossos, naturalmente irão perder sua densidade

óssea progressivamente, podendo apresentar atrofia óssea ou osteopenia, em

casos extremos poderemos chegar a uma perda óssea significativa, a qual será

denominada osteoporose.

 A velocidade de deposito e reabsorção ocorre de forma diferente no corpo

humano, em um mesmo osso, áreas diferentes têm ritmos de remodelagem

diferentes.

Nas crianças o depósito ósseo ocorre em maior quantidade, já na idade

adulta se iguala e na idade avançada a tendência é de haver maior reabsorção do

que depósito.

Onde houver maior estresse mecânico maior será o estímulo de crescimento

e fortalecimento ósseo, por isso a atividade física é tão importante nos jovens,

aumenta sua massa óssea, melhora sua estruturação, há maior fixação de minerais

nos ossos dando-lhe maior rigidez. Assim os ossos serão mais densos e mais

largos onde há maior estimulação. (exemplo membro superior do tenista ativo tem

espessura cortical 35% maior que o contralateral).

Os depósitos ósseos irão exceder a reabsorção óssea quando houver uma

lesão ou quando for necessário maior força. (levantadores de peso desenvolverão

espessamentos na inserção dos músculos mais ativos).

O simples fato de suportar o peso corporal já é suficiente para regular a

densidade óssea nos ossos que exercem essa atividade.

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Inatividade e perda da atividade do peso realizam uma perda óssea

significativa, por redução na velocidade de formação. (exemplo astronauta).

Ossificação de tecido mole é conhecida como miosite ossificante, onde comomecanismos de defesa o corpo deposita tecido ósseo com resposta de proteção a

traumas repetitivos.

Como já foi dito acima atividade física, estresse mecânico estimulam

crescimento ósseo, assim doenças como osteoporose está diretamente ligada com o

fato da maior incidência estar em populações de pessoas mais sedentárias.

Mostrando assim a necessidade de hábitos saudáveis de vida.

Não confundir atividade física diária, com atletismo. Neste ultimo há casos de

atletas jovens que têm perdido muitas massa óssea e as características ósseas de

seus esqueletos lembram o de uma pessoa idosa.

Osso compacto é especialmente capaz de absorver cargas tensivas se as

fibras de colágenos estiverem paralelas às cargas. Tipicamente o colágeno é

disposto em camadas que vão a direções diferentes. Quanto maior a quantidade de

camada, mais força e dureza terá o osso.

Osso esponjoso, por sua estruturação trabecular é especialmente capaz de

absorver cargas compressivas, pois embora tal estrutura seja mais frágil que o osso

cortical, tem a possibilidade de armazenar, absorver e distribuir cargas.

No entanto esta estrutura leve e resistente a cargas de peso, em indivíduos

de idade avançada, possivelmente pela perda de minerais, tem grande incidência de

fraturas epifisárias.

Como o osso está adaptado a receber cargas no sentido longitudinal, quando

recebe uma carga grande em outro sentido, tem dificuldade de se ajustar, podendo

ocorrer lesão ou micro-lesão, como pro exemplo uma torção ou um cisalhamento. A

isso se dá o nome de Característica anisotrópica, ou seja, seu comportamento irá

variar dependendo da direção de aplicação da carga.

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9.5 CARACTERÍSTICA VISCOELÁSTICA

O osso responde de forma diferente dependendo da velocidade com que acarga é aplicada e da intensidade da mesma. Assim resiste mais facilmente a cargas

menores aplicadas de forma rápida, do que as cargas maiores aplicadas de forma

lenta.

9.5.1 Resposta elástica

Quando a carga é aplicada o osso sofre deformação não maior que 3% e

quando a carga é removida o osso se recupera e volta ao seu comprimento original.

9.5.2 Resposta plástica

Com a colocação continuada de carga sobre o tecido ósseo ele atinge seu

ponto de deformação, após o qual as fibras externas do tecido ósseo começarão a

ceder, sofrendo microrrupturas. Assim quando a carga é retirada o osso não volta

ao seu formato original.

9.6 LESÕES COMUNS DOS OSSOS

Considerando as funções biomecânicas desempenhadas pelo osso, sua

integridade é fundamental e sua rigidez, o osso pode ser afetada por lesões ou

patologias.

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Fratura é uma interrupção na continuidade de um osso. A natureza de uma

fratura depende da magnitude, da direção, da intensidade e da duração da

sobrecarga.

 As fraturas são classificadas como simples (quando as extremidades ósseas

não rompem a pele) e como expostas quando uma ou ambas as extremidades

rompem a pele.

 As cargas excessivas de compressão, de inclinação, torção, encurvamento,

cisalhamento, provocam fraturas diferenciadas.

 As cargas tensivas (tração) fazem o arrancamento da estrutura, denominado

avulsão. As estruturas ósseas arrancadas ocorrem em arremessos explosivos ou

saltos, podendo resultar em fratura por avulsão do epicôndilo medial do úmero e do

calcâneo.

Os ossos longitudinais são os que mais sofrem lesão, como seu crescimento

ocorre em virtude de aplicação de forças compressivas, é natural que tenha maior

resistência a este tipo de força, do que as outras.

9.7 LESÃO VERSUS CARGA

Para um osso sofrer ou não uma lesão isso irá depender dos seguintes

fatores:

 Magnitude da força aplicada.  Os limites de carga do material (resistência)  A

história das cargas recebidas pelo osso.  A carga pode ser aumentada ou diminuída

pela atividade muscular, pois o músculo pode realizar carga compressiva ou tensiva.

  A velocidade com que a carga é colocada, pois quando o tecido ósseo não

consegue se deformar na mesma velocidade pode causar lesão.

9.8 FRATURAS POR ESTRESSE

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São também conhecidas como fraturas por fadiga, resultando de força de

magnitude excessiva ou forças de baixa magnitude com repetição excessiva,

ocorrem normalmente microtraumatismos. Ocorre fratura por estresse quando o

processo de remodelagem óssea (depósito ósseo), não consegue reparar

rapidamente e sofre um novo microtraumatismo adicional. Pois os ossos respondem

aos microtraumatismos com remodelagem óssea, ou seja, os osteoclastos

reabsorvem os fragmentos ósseos fraturados e os osteoblastos depositam osso

novo no local. Estas fraturas podem começar com uma pequena interrupção de na

continuidade das camadas externas do osso cortical, mas podem evoluir para uma

fratura cortical completa.

Nos corredores cerca de 50% das fraturas ocorrem na tíbia, 20% nos

metatarsos, podem também ocorrer no colo do fêmur e do púbis. Uma das causas é

o treinamento excessivo que não permite a remodelagem óssea finalizar. Outro

fator é a fadiga muscular e mudanças bruscas de direção e de superfície.

9.9 LESÕES EPIFISÁRIAS

 As epífises dos ossos longos são denominadas epífises de pressão. E as

apófises são denominadas epífises de tração.

Cerca de 10% das lesões traumáticas em crianças e adolescente acometem a

epífise.

Lesões epifisárias incluem:

 Aquelas que afetam a cartilagem articular

 Aquelas que afetam as apófises (local onde se inserem os tendões musculares,

logo sofre maior carga tensiva).

  Aquelas que afetam a placa epifisária cartilaginosa, tanto lesões agudas

traumáticas quanto às repetitivas podem lesar a placa epifisária, provocandofechamento prematuro encerando o crescimento ósseo.

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Outra forma de lesão epifisária é a osteocondrose, conhecida como apofisite,

está freqüentemente associada com avulsões traumáticas, ocorrem habitualmente

no calcâneo e o tubérculo tibial na área de inserção do tendão patelar.

9.10 OSTEOMIELITE

Conceito: é uma infecção óssea com envolvimento do osso cortical e esponjoso.

 Agente etiológico: Bactéria – Stafilicocos Áureos 85%

Pneumococos, estreptococos, salmonelas 15%

Fisiopatologia: Um foco de infecção clinicamente estabelecido como amigdalite,

dentário, pulmonar, otites, ferimentos contaminados. A bactéria penetra e se instala

no osso. Com a baixa do sistema imunológico e o tempo de permanência da

infecção determinam a proliferação da doença. O inicio da instalação ocorre de

forma hematogenica na região metafisaria dos ossos longos.

Classificação:

1- Hematogenica  –  via de contaminação hematica pela existência de um foco

séptico

2- Pós-Traumatica – Ferimento contaminado (PAF/arma branca / cirurgia..)3- Crônica – Manutenção de um foco infeccioso

4- Abcesso Ósseo – Abcesso de Brodie – infecção circunscrita localizada.

Sinais e sintomas

  Dor / edema / limitação da ADM / diminuição da forca muscular / alterações

proprioceptivas

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Sinais da inflamação: Dor, calor, rubor, febre, hiperemia

Complicações: Septicemia, Artrite séptica, Morte, Cronificacão (Seqüestro ósseo  – 

abcesso)

9.11 TUBERCULOSE ÓSSEA

Conceito: Infecção granulomatosa causada por uma bactéria Mycobacterium

tuberculosis que pode causar osteomielite ou artrite tuberculosa.

 Agente etiológico: Bactéria - Bacilo de Koch

Fisiopatologia: A via de entrada é hematogenica por um foco tuberculoso e o bacilo

estabelece no osso ou na articulação. Causa destruição do tecido ósseo ou

cartilaginoso sem respeitar a barreira epifisária. O bacilo de Koch instala na

membrana sinovial e há uma reação inflamatória com espessamento. Forma-se otecido de granulação e o “pannus” destrói a superfície articular produzindo uma

erosão da cartilagem ate atingir o osso e levar a uma deformidade. Tuberculose

vertebral – Mal de Pott

Sinais e sintomas: Dor / limitação funcional / edema (derrame articular) / febre

9.12 DOENÇAS OSTEOMETABÓLICAS

9.12.1 Raquitismo

Conceito: interrupção do processo de mineralização da placa de crescimento

(crianças)

Classificação: existem mais de 50 doenças

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1- Raquitismo carencial: deficiência de vit. D, cálcio e fósforo (diário: 400 UI ao

dia)

2- Raquitismo secundário a tubulopatias renais – depleção de fosfato

3- Raquitismo associado a má absorção gastrointestinal

4- Raquitismo secundário a distúrbio de vit. D

5-

Fisiopatologia: A atividade e a produção de matriz óssea ocorrem normalmente,

entretanto há deficiência na mineralização do tecido osteoide e da martriz

cartilaginosa pré-ossea. A vit. D tb chamada de calciferóis tem papel fundamental e

seus principais percussores são Vit D2 (ergosterol) (e 7 deidrocolesterol) D3

(derme/epiderme).

Sinais e sintomas

Irritabilidade / apatia / achatamento do crânio / alargamento das suturas

craniais / dentição retardada / articulação costocondral proeminente / pectus

carinatum / fraqueza / distensão abdominal / frouxidão ligamentar / encurvamento

dos ossos longos / baixa estatura / cifoescoliose.

9.12.2 Osteomalácia

Conceito: mineralizacao deficiente do osso cortical ou esponjoso

maduro.(adolescente)

9.12.3 Osteogênese imperfeita

Conceito: é uma doença hereditária em que há uma fragilidade óssea excessiva,

com fraturas sucessivas e evolui para deformidades progressivas.

Fisiopatologia: está relacionado a um defeito do colágeno.

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Sinais e sintomas: múltiplas fraturas , encurtamento e deformidades dos membros,

9.12.4 Osteoporose

Conceito: doença metabólica do tecido ósseo que se caracteriza por perda gradual

de massa óssea (trabeculado) enfraquecendo os ossos por deteriorização da

microarquitetura.

 As atividades osteoblasticas estão diretamente ligadas ao equilíbrio hormonal de

estrogênio e progesterona.

Classificação:

1. Idiopática – Osteoporose PrimáriaOsteoporose Secundária

Primária - divide-se em: osteoporose pós-menopausica ou tipo I

Osteoporose senil ou tipo II relacionado à idade

Secundaria – decorre das seguintes condições clinicas: Hiperparatireoide / diabetes /

tumores / ingestão de corticoide

Fatores de risco:

Genéticos / biológicos: historia familiar / raça branca / menopausa precoce

Comportamentais/ambientais: álcool / tabagismo / secundário / baixa ingestão de

cálcio

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Sinais e sintomas

É assintomática, a não ser que ocorra uma fratura.

9.12.4.1 Osteoporose severa

` Valor para densidade óssea mais do que 2,5 desvios-padrões abaixo da

média do adulto jovem de mesmo sexo e raça na presença de uma ou mais fraturas

decorrentes de fragilidade óssea. (*) 1 desvio-padrão é igual a 10%.

Estas situações são particularmente importantes em mulheres no período

perimenopáusico, pois permite apontar as perdedoras rápidas de cálcio ou que não

atingiram suficiente pico de massa óssea e serão candidatas a fraturas vertebrais

cerca de dez anos após a menopausa se não forem adequadamente tratadas. Deste

modo, por meio da densitometria óssea, pode-se detectar estados de osteopenia e

conceituar-se osteoporose através da massa óssea e risco estatístico de fratura.

Marcadores do remodelamento ósseo

Deve-se ressaltar que a densitometria óssea fornece o grau de mineralizaçãoóssea, sendo uma informação semelhante a uma fotografia, parada. Entretanto,

precisamos de exames que nos mostrem como as células que retiram (osteoclastos)

e produzem (osteoblastos) osso estão se comportando. Sabendo-se se há alteração

no remodelamento ósseo (acelerado, normal ou lento) poderemos intervir com

medicamentos. As proteínas medidas são os marcadores do remodelamento ósseo

e refletem o estado atual da atividade óssea... São classificados em marcadores de

formação e marcadores de reabsorção óssea, dependendo do fenômeno biológico

que expressam. Os principais marcadores de formação óssea são a fosfatase

alcalina óssea e a osteocalcina. São produzidos pelos osteoblastos e estão

aumentados nos estados de remodelamento ósseo acelerado.

9.12.5 Doença de Paget

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Conceito: Esta doença originalmente descrita por Sir James Paget em 1877

caracteriza-se pela instalação, em época tardia da vida, de uma atividade anárquica

de osteoclastos e osteoblastos, que leva à distorção e enfraquecimento ósseos.

Etiologia: A causa é desconhecida, porém a distribuição errática da moléstia,

confirmada em numerosas pesquisas, pode ser compatível com uma influência do

meio ambiente, sobreposta a susceptibilidade genética. A prevalência de lesões

radiográficas vai desde quase 8% dos pacientes acima de 50 anos em Lancashire,

Reino Unido, a apenas 1% na Geórgia, Estados Unidos, e 0,4% na Suécia. Em 14%

dos relatos foi confirmado histórico familiar,nestes, casos esporádicos (57 anos).

 Além disso, a ultramicroscopia mostra inclusões nucleares que lembram

paramxovirus. Em alguns pacientes também foram encontrados antígenos de vírus

sincicial respiratório e paramixovirus.

9.12.5.1 Características clínicas

 A doença de Paget aumenta em prevalência com a idade. Pode se originar

num único osso, mas torna-se-á poliostóstico em quase 90% dos casos. Os

principais ossos envolvidos (em ordem decrescente de freqüência) são as vértebras

lombares, sacro, crânio, fêmur, tíbia, clavícula, úmero as costelas. Quando o crânio

é afetado, o calvário é consideravelmente mais envolvido do que o esqueleto facial,

porém a doença mandibular é rara.

Os ossos se espessam, porém se enfraquecem, fazendo com que ossos

longos se destorçam sob o peso do corpo. Em doença da abóbada craniana o osso

torna-se grandemente espessado e aumentado; a diferenciação entre as placas

interna e externa é progressivamente perdida e o espaço do diploé torna-se

obliterado. O envolvimento dos ossos temporais pode levar à surdez; os ramos

ópticos e 8° podem ser comprometidos.

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 A instalação na maxila provoca um aumento do terço central da face, até se

sobrepor ao terço inferior. Os rebordos alveolares tornam-se grosseiramente

espessados, arredondados e amplos, com os dentes espaçados. O aumento de

vascularização nos ossos atingidos pode fazer com que a pele suprajacente se

aqueça; a dor óssea poderá ser severa em estágio ativo.

Radiograficamente a doença da abóbada craniana mostra áreas de

radiolucência irregulares, porém bem definidas (osteoporose circunscrita) nos

estados iniciais. Mais tarde, áreas de esclerose se estendem para produzir a típicas

opacidades em flocos de algodão.

Nos maxilares pedem o padrão trabecular e áreas de radiolucência sãosubstituídas pela imagem em floco de algodão. Nos estágios iniciais perde-se a

lâmina dura e a reabsorção periapical pode imitar infecção. Mais tarde surge,

tipicamente, uma ampla hipercementose.

Do ponto de vista microscópico predomina, de inicio, a atividade

osteoclástica. Os padrões festonados de reabsorção ficam marcados por linhas

irregulares de reversão, basófilas, o que cria um padrão em mosaico ou de "quebra-

cabeça", ao se seguir a aposição. Nos estágios ativos o osso é envolto por

osteoblastos e osteoclastos numerosos. Estes são anormalmente grandes, com

muitos núcleos. Mais tarde as células ósseas tornam-se menos numerosas, porem

persiste o padrão das linhas de reversão e o quadro de "quebra-cabeça". A medula

hematopoética é substituída por tecido conjuntivo frouxo, altamente vascular e

quando a doença se alastra, pode resultar hematopoese extra medular.

Lesões por células gigantes resultam, com relativa freqüência, em áreas de

doença de Paget no crânio ou esqueleto facial. Sua aparência, comportamento e

resposta ao tratamento são similares àqueles dos granulomas centrais de células

gigantes. O sarcoma, na doença de Paget, tem uma incidência em 0,1 a 1%, porém

existem raros casos não autenticados que envolvam os maxilares. Tal como em

tumores de células gigantes, os sarcomas se desenvolvem mais tarde na vida, em

pessoas de resto normais.

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9.12.5.2 Características químicas e prognóstico

Os níveis sanguíneos de cálcio e fosfato são tipicamente normais, porém osníveis de fosfotase alcalina, que são maiores de que em qualquer outro tipo de

afecção, podem alcançar 700iu/l. Os níveis de hidroxiprolina urinária se elevam

durante a fase ativa de reabsorção da doença. Pode se desenvolver hipercalcemia,

particularmente em pacientes imobilizados ao leito.

 A doença de Paget usualmente se mostra ativa por um período de 3 a 5 anos,

quando pode se tornar virtualmente estática. A dor óssea eventualmente se mostre

severa, mas o alastramento mórbido poderá provocar colapso cardíaco devido a alta

vascularidade de muitos ossos, o que provoca um  shunt   artérico-venoso. As

complicações bucais incluem dificuldade com dentaduras, sangramento ou infecção

do osso, particularmente como resultado de tentativa de extração de dentes com

hipercementose.

No geral o tratamento mais eficiente é por meio de bisfosfonatos; tal como

etidronato dissódico o qual, adsorvido pelos cristais de hidroxiapatita, desaceleram

seu crescimento e reabsorção. O reduzido ritmo de renovação óssea permite que as

anormalidades bioquímicas retornem ao normal.

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10 LESÕES DE ORIGEM NERVOSA

10.1 CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES NERVOSAS POR SEDDON

 Axonotmese – lesão de um nervo, como por uma compressão muito forte, que

lesa as fibras nervosas, produzindo deficiências motoras e sensitivas, sem seccionar

completamente o nervo, de maneira que se pode instalar a cura. Ou arquitetura

interna do nervo preservada, mas os axônios estão seriamente danificados que

ocorre a degeneração walleriana. A sintomatologia é de dor / atrofia muscular /

perda das funções motoras, sensitivas e simpáticas / tempo de recuperação  –  o

axônio se regenera em torno de 1mm ao dia.

Neurotmese  –  lesão de um nervo, em que todas as estruturas essenciais

foram seccionadas. Ou, a estrutura do nervo é destruída por corte, fibrose grave ou

compressão prolongada. A sintomatologia: anestesia / atrofia / perda das funções

sensitivos, motoras e simpáticas / tempo de recuperação – meses e é cirúrgico.

Neuropraxia  –  um bloqueio fisiológico transitório causado por isquemia por

pressão ou estiramento do nervo sem degeneração walleriana. Sintomatologia: dor /

ausência de atrofia / fraqueza muscular / tempo de recuperação – dias.

Sinais e sintomas

Dor / alteração da sensibilidade tátil, térmica, dolorosa / dormência /formigamento / hipotrofia  –  atrofia / hiporreflexia  –  arreflexia / dificuldade

(incapacidade) motora.

Exame físico funcional (testes neurológicos) 

Estesiometro (monofilamentos) / avaliação da sensibilidade térmica, dolorosa

/ reflexos bicipital e patelar / descrição do dermatomos correspondentes

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10.2 CERVICOBRAQUIALGIA E ESPONDILOARTROSE

Conceito: dor na região cervical com irradiação para o membro superior devido a

uma compressão do plexo braquial. Mecanismo de lesão: espasmo muscular /

hipertrofia dos músculos da região cervical.

Sinais e sintomas: dor / formigamento na região do dermátomo correspondente /

alteração de sensibilidade / diminuição da ADM / diminuição do pulso radial.

10.3 HÉRNIA CERVICAL

Conceito: Lesão do disco intervertebral. Mecanismo de lesão: movimentos de

hiperextensao ou hiperflexão forçada com a fixação do olhar. Movimentos

excessivos de torção.

Classificação: Abaulamento / Protusão / Prolapso / Extrusão / Seqüestro

10.4 SÍNDROME DO DESFILADEIRO CÉRVICO-TORÁCICO.

Conceito: Síndrome compressiva que acomete o plexo braquial e a artéria subclávia

na região cervical baixa. Mecanismo de lesão: Podem ser de 2 causas:

1- Hipertrofia dos músculos escalenos e peitoral

2- Presença de costela cervical

Sinais e sintomas: dor / formigamento no dermatomo correspondente / perda do

pulso radial / diminuição da ADM e da força muscular do membro superior /

alteração de sensibilidade

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10.5 SÍNDROME DO TÚNEL ULNAR (CUBITAL)

Compressão do nervo ulnar – tríade do túnel ulnar (dor / garra do 4 e 5 dedos

/ atrofia hipotênar)

  Hipertrofia dos músculos flexores de punho e dedos

  Alteração da mecânica articular

  Traumatismo direto / quedas

Lesão nervosa – dermátomo correspondente

10.6 SÍNDROME DO TÚNEL RADIAL OU SUPINADOR (arcada de frohse)

Compressão do nervo radial

  Hipertrofia dos músculos flexores de punho e dedos

  Alteração da mecânica articular

  Traumatismo direto / quedas

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10.7 SÍNDROME DO PRONADOR

Compressão do nervo mediano

1- Hipertrofia dos músculos pronador redondo e dos flexores de punho e

dedos

2- Alteração da mecânica articular

3- Traumatismo direto / quedas

10.8 SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO

Conceito: síndrome compressiva neurológica onde ocorre a compressão do nervo

mediano dentro do túnel carpal.

Fisiopatologia: a síndrome é causada por uso excessivo do punho que leva a um

estreitamento e inflamação do túnel que aloja nervos e tendões, principalmente do

nervo mediano.

Sinais e sintomas: dor / alteração da sensibilidade / formigamento na palma da mão /

perda da força muscular.

10.9 SÍNDROME DO TÚNEL DO TARSO

Conceito: é uma síndrome compressiva nervosa (neuropraxia) do nervo tibial

posterior.

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Mecanismo de lesão: Uso excessivo, impacto, faz gerar uma hipertrofia do músculo

tibial posterior comprimindo o nervo tibial posterior na região posterior do maléolo

medial levando a uma compressão nervosa.

Sinais e sintomas: dor / formigamento / alteração da sensibilidade / impotência

funcional ...

10.10 LOMBALGIA

Conceito: dor na região lombar. Mecanismo de lesão: As causas de uma lombalgia é

de ordem multifatorial. Algumas possíveis causas:

  Espamo do músculo quadrado lombar levando a compressão das facetas

articulares;

  Aumento da lordose fisiológica com compressão das facetas

  Anteversão exagerada do quadril

  Retração dos músculos do períneo

  Má postura

  Contratura dos músculos iliopsoas e adutores

  Outros...

Sinais e sintomas: dor na região lombar / diminuição da ADM / dificuldade na

marcha.

Comportamento pélvico: anteversão / retroversãoComportamento sacral: nutação / contra-nutação

10.11 SÍNDROME DO PIRIFORME

Conceito: síndrome neurológica compressiva do nervo ciático.

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Mecanismo de lesão: o nervo ciático é encarcerado / comprimido pelo músculo

piriforme (pelvitrocanteriano) devido a sua hipertrofia. Conhecida também como a

“síndrome do bumbum sarado” 

Mais comum em mulheres que freqüentam academias com exercício de extensão e /

ou abdução coxofemoral com carga.

Sinais e sintomas: dor irradiada no membro inferior / marcha claudicante /

formigamento / dificuldade de sentar