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    Curso: Processos Industriais Mdulo: I Carga Horria: 60h.

    Docente: Janeide Reis Turno: Turma: nicaDiscente:

    Centro de Educao Tecnolgica do Estado da BahiaUnidade de Camaari

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    Sumrio

    1.Estudo geral dos gases .................................................................................................................. 021.1.Variveis de estado e quantidade de substncia......................................................................... 021.2.Leis de Gases................................................................................................................................ 031.3. Equao de Clapeyron................................................................................................................. 061.4. Relaes entre gases ................................................................................................................. 071.5. Efuso e difuso de gases - Lei de Graham................................................................................ 091.6. Misturas gasosas - presso parcial (Lei de Dalton....................................................................... 092. Fundamentos da Termodinmica.................................................................................................... 12

    3. Reaes Qumicas em soluo Aquosa.......................................................................................... 164.Disperses e Solues..................................................................................................................... 174.1.Soluo, disperso coloidal e suspenso...................................................................................... 184.2.Classificao das solues............................................................................................................ 194.3.Concentrao de Solues; Diluio de Solues; Mistura de Solues..................................... 215.Propriedades coligativas das solues ............................................................................................ 305.1.Presso de vapor e mudana de estado....................................................................................... 305.2. Relaes entre os efeitos coligativos........................................................................................... 346.Termoqumica .................................................................................................................................. 406.1.Classificao: Reao exotrmica e reao endotrmica............................................................. 41

    6.2. Entalpia Padro (H).................................................................................................................. 43

    6.3.Lei de Hess ................................................................................................................................... 456.4.Espontaneidade de uma reao.................................................................................................... 467.Cintica Qumica; ............................................................................................................................ 478.Equilbrio Qumico;........................................................................................................................... 559.Deslocamento de Equilbrio.............................................................................................................. 5710. Equilbrio Inico............................................................................................................................. 5711.Pilhas e Eletrolise; Oxido-Reduo ............................................................................................... 6212.Radioatividade; Leis das Emisses Radioativas e Meia Vida e Vida Mdia.................................. 6913. Bibliografia .................................................................................................................................... 73

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    1.Estudo geral dos gases

    1.1. Variveis de estado e quantidade de substncia

    Para se estudar os gases, usa-se um modelo que denominado Gs Ideal ou Perfeito. Esse gs

    hipottico. As variveis que caracterizam o estado de um gs so:

    A) Volume(V) - Os gases no tm volume nem forma prprios. Por definio, o volume de um gs o

    volume do recipiente que o contm.

    B) Presso(P) - A presso de um gs devida aos choques das molculas contra as paredes do

    recipiente.C) Temperatura(T) - o estado de agitao das partculas do gs. No estudo dos gases usa-se muito

    a temperatura absoluta em Kelvin (K).

    Essas variveis esto relacionadas com a quantidade de gs. Clapeyron (fsico francs)

    estabeleceu que o quociente PV/T diretamente proporcional ao nmero n de moles de um gs. No

    estado gasoso, as molculas encontram-se isoladas, separadas umas das outras por grandes

    espaos vazios em relao ao seu tamanho e em contnuo movimento de translao, rotao e

    vibrao e praticamente no h interao. Um gs tem a forma do recipiente onde est contido e

    ocupa todo o espao limitado pelas paredes do recipiente. A teoria cintica dos gasesconsidera

    estas molculas em contnuo movimento desordenado e colidindo umas com as outras e com as

    paredes do recipiente que contm o gs.As colises das molculas entre si e contra as paredes do

    recipiente que as contm so perfeitamente elsticas e de durao desprezvel. Os principais

    parmetros de interpretao de um gs so a sua temperatura, em Kelvin (energia cintica das

    molculas), e sua presso (impacto das molculas com o recipiente). "Em determinadas condies,

    um gs real apresenta comportamento que se aproxima do previsto para o gs ideal."

    As molculas no exercemfora umas sobre as outras,

    exceto quando colidem.

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    No caso de um gs, o volume o do recipiente que o contm. O volume pode ser expresso

    atravs das unidades abaixo (mais comuns).

    cm3= centmetro cbico mL = mililitro m3= metro cbico L = Litro

    1 cm3= 1mL 1000 cm3= 1000 mL = 1 L 1000 L = 1 m3

    A temperatura uma medida da energia cintica mdia de todas as molculas que

    constituem o gs. Quanto mais alta a temperaturado gs, mais altasero as velocidades das

    molculas que o formam. Na nossa escala cotidiana (celsius) esta temperatura corresponde a -

    273C. Por isso, para converter a temperatura celsius em kelvin (temperatura absoluta), devemos

    usar a relao abaixo.

    T(K) = t(C) + 273

    Por exemplo, 25 C correspondem a 298 K. A escala kelvin utilizada no estudo do

    comportamento dos gases. Nos clculos envolvendo gases, costuma-se definir as condies normais

    de temperatura e presso (CNTP), que seria o gs na temperatura de 0C (273 K) e 1 atm (760

    mmHg) de presso.

    A presso resultante da coliso das molculas do gs com as paredes do recipiente que o

    contm, fora por unidade de rea. Normalmente a presso medida em atmosfera (atm), milmetros

    de mercrio (mmHg), centmetros de mercrio (cmHg) ou torricelli (torr).

    1 atm = 760 mmHg = 76 cmHg

    1mmHg = 1 torr

    1.2. Leis de gases (Transformaes gasosas)

    A lei de Boyle-Mariotte estabelece que temperatura constante, a massa de um dado gs

    ocupa um volume que inversamente proporcional presso exercida sobre o mesmo. Se a presso

    dobrada, o volume cai para a metade. Se a presso cai para a metade, o volume dobra.

    Transformaes gasosas temperatura constante so chamadas de isotrmicas.

    O produto P.V = cte. Portanto, para o caso de um gs que sai de P1e V1e vai para P2e V2,

    atravs de um processo isotrmico... P1. V1 = P2. V2

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    A lei de Charles/Gay-Lussac estabelece que presso constante, o volume ocupado por uma

    massa gasosa diretamente proporcional temperatura absoluta. Transformaes gasosas presso

    constante so chamadas de isobricas. Se a temperatura do gs dobra, seu volume tambm dobrar.

    Se a temperatura do gs cair para metade, o volume tambm cair para metade.

    V / T = cte. Portanto, para o caso de um gs que sai de T1e V1e vai para T2e V2, atravs de um

    processo isobrico... V1/ T1 = V2/ T2

    Outra constatao de Charles/Gay-Lussac a de que volume constante, a presso exercida

    por uma massa de gs diretamente proporcional temperatura absoluta. Transformaes gasosas

    volume constante so chamadas de isocricas ouisovolumtricas. P / T = cte. Portanto, para o

    caso de um gs que sai de T1e P1e vai para T2e P2, atravs de um processo isovolumtrico...

    P1/ T1 = P2/ T2

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    1.3. Equao de Clapeyron

    As leis de Boyle-Mariotte, Charles/Gay-Lussac e de Avogadro possibilitam a obteno da

    equao de estado de um gsouequao de Clapeyronque relaciona quantidade de mols de um

    gs com presso, volume e temperatura, sendo Ra constante universal dos gases perfeitos.

    onde R = 0,082 atm.L/mol.K ou 62,3 mmHg.L/mol.K (R pode ser dado em outras unidades) e n =

    nmero de mols. A escolha da unidade da constante R depende da unidade de presso utilizada.

    Atividade

    1. Determinar a presso exercida por 9,6g de gs oxignio, contidos em um recipiente com

    capacidade de 8,2 L a 27OC. R:0,9

    2. Calcule a qual presso, em atm, 4,40g de dixido de carbono ocupam um volume de 44,8 L a

    273OC. R:0,09

    3. Qual a massa molecular de 135g de uma substncia gasosa que est dentro de um recipiente de

    3 litros a uma presso de 5 atm e a uma temperatura de 27OC? R: 221,4

    4. Um dos poluentes mais comuns o monxido de carbono. Uma amostra contendo 4 mols desse

    gs exerce uma presso de 2,46 atm a 27OC. Nessas condies, determine o volume ocupado, em

    litros, pelo gs. R:40

    5.. (Unaerp-SP) O argnio um gs raro utilizado em solda, por arco voltaico, de peas de ao

    inoxidvel. Qual a massa de argnio contida num cilindro de 9,84 L que, a 27O C, exerce uma

    presso de 5 atm? R:80

    6. Os sucos de frutas engarrafados encontrados nas prateleiras dos supermercados contm

    conservantes qumicos, e um desses o dixido de enxofre (SO2), substncia gasosa nas condies

    ambientes. Recentemente, os jornais, rdios e as TVs anunciaram a retirada de muitos desses

    sucos do mercado, pelo fato de conterem um teor de conservante maior que o permitido

    oficialmente. Qual a quantidade (em mol) de dixido de enxofre contido num recipiente de volume

    igual a 1,0 L sob presso de 22,4 atm, mantido a 273K? R:1

    7. Qual o volume de um balo contendo 44,0g de gs hlio, utilizado em parques de diverses ou

    em propaganda, num dia em que a temperatura 32OC e a presso do balo 2,5 atm? R:110,04

    8. (Cesgranrio-RJ) Num tanque de gs, havia 8,2 m3 de oxignio a 23O C e 2 atm de presso.

    Tendo ocorrido um vazamento, verificou-se que a presso diminuiu em 0,5 atm. Que massa deoxignio foi perdida, em gramas, sabendo que a temperatura permaneceu constante? R:6400

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    Gs idealou gs perfeito

    um modelo terico. um gs que obedece s equaes pV/T = k e pV = nRT, com

    exatido matemtica, ou seja, obedece rigorosamente aos postulados da teoria cintica dos gases, sleis de Boyle-Mariotte, Charles, Gay-Lussac, Equao geral de estado e Equao de Estado dos

    gases. Na prtica, temos gases reais. Um gs real tende para o gs ideal quando a presso tende a

    zero e a temperatura se eleva.

    1.4. Relaes entre gases

    Densidade absoluta de um gs nas CNTP: uma grandeza definida como a razo entre a massa eo volume ocupado por esta massa nas CNTP.

    dCNTP=M

    22,4

    g/L

    Densidade de um gs a uma presso p e temperatura T: a relao entre a massa (m) e o volumeocupado (V) e pode ser calculada a partir da Equao de Estado (Clapeyron): PV=nRT

    d =pMRT

    Densidade relativa de um gs A em relao a outro gs : Define-se como o quociente entre as

    densidades absolutas dos gases A e B, na mesma Presso e Temperatura.

    dA,B= MAMB

    Densidade relativa de um gs A em relao ao ar: Define-se como o quociente entre a densidade

    absoluta do gs A e a densidade do Ar, na mesma Presso e Temperatura.

    dA,ar=MA

    Mar

    =MA

    28,8

    Converso de unidades de volume, presso e temperatura

    m3

    1 000

    1 000

    Lou dm3

    1 000

    1 000

    mLou cm3

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    1.5.Efuso e difuso de gases - Lei de Graham

    Efuso de gases a passagem de um gs por pequenos orifcios, para um ambiente externo

    de menor presso.Difuso de gases a mistura de gases quando colocados uns na presena de outros ou seja o

    movimento espontneo de disseminao das molculas de uma substncia gasosa em outra

    substncia, de modo a formar uma mistura homognea. Tambm se considera difuso a passagem de

    uma substncia gasosa atravs de uma parede porosa.

    Lei de Graham: As velocidades de efuso e de difuso so inversamente proporcionais s

    razes quadradas de suas massas moleculares (ou de suas densidades).

    V = k . 1

    dDe mesmo modo pode-se calcular a velocidade de difuso do gs A em relao ao gs B pela

    equao:

    B

    A

    V

    V=

    A

    B

    d

    d

    Como a densidade para cada gs na mistura pode ser:

    dA=pMART

    B

    A

    V

    V =

    R.T

    PM

    R.T

    PM

    A

    B

    de onde vemB

    A

    V

    V =

    A

    B

    M

    M

    Quanto menor a massa molar do gs , maior ser a sua velocidade de efuso e difuso.

    1.6. Misturas gasosas - presso parcial (Lei de Dalton)

    As solues gasosas so aquelas em que o disperso em maior quantidade um gs.

    Estudaremos neste tpico apenas as solues gasosas em que todos os seus constituintes so gases;

    e chamaremos estas solues de misturas de gases visto que quase sempre tais misturas constituem

    sistemas homogneos ou unifsicos.

    dB=pMBRT

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    importante observar que todas as relaes que vimos se referem teoria do gs ideal e,

    portanto, dependem da quantidade de matria (n) do gs, mas no dependem do tipo de substncia

    gasosa, so de ordem quantitativa e no qualitativa. Sendo assim, as relaes que valem para um

    nico tipo de gs valem igualmente para misturas gasosas qualquer que seja sua composio. Ento a

    equao de Clapeyron para mistura de gases ser escrita:

    P.V = (nA+ nB+ nC) . R . T onde n total = nA+ nB+ nC para os gases A, B e C.

    Frao molar, presso parcial, presso total, volume parcial e volume total

    Frao molar de um gs A numa mistura (XA): Nmero de mols de A / nmero de mols demistura. XA = nA/ n total ; XB = nB/ n total ; XC = nC/ n totale onde XA+ XB+ XC= 1

    Presso parcial de um gs A numa mistura: Frao molar de A x presso da mistura.

    a presso exercida pelo gs A como se ele estivesse sozinho na mistura.

    PA= XA. Ptotal

    LEI DE DALTON: A presso total de uma mistura gasosa igual soma das presses parciaisdos gases que compem a mistura.

    Ptotal= pA +pB+ pC + ......

    Para os gases A e B temos que:

    Gs A: PA.V = nA. R . T (I)

    Gs B: PB.V = nB. R . T (II)

    Mistura de gases A e B (PA + PB).V = (nA+ nB) . R . T

    ou seja Ptotal.V = ntotal. R . T (III)

    Dividindo-se a equao I e II, respectivamente, pela equao III, temos:

    PA.V = nA. R . T (I) PB.V = nB. R . T. (II)

    Ptotal

    .V = ntotal

    . R . T (III) Ptotal

    .V = ntotal

    . R . T (III)

    PA. = nA. = XA PB. = nB= XB

    Ptotal ntotal. Ptotal ntotal

    % em presso parcial = frao molar em %: Deste modo, a presso parcial pode ser

    expressa em porcentagem.

    % em presso parcial = frao molar

    100

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    Volume parcial de um gs A numa mistura: o volume que teria o gs A se estivesse

    submetido presso (total) da mistura, mesma temperatura.

    LEI DE AMAGAT:O volume total de uma mistura gasosa igual soma dos volumes parciais

    dos gases que compem a mistura.

    Vtotal= vA +vB+ vC + ......

    Seguindo a mesma deduo acima, temos que:

    vA. = nA. = XA vB. = nB= XB

    Vtotal ntotal. Vtotal ntotal

    Quando expressa em porcentagem, tambm a porcentagem em volume do gs A na mistura.

    % em volume parcial = frao molar em %:

    % em volume parcial = frao molar

    100

    Massa molar aparente de uma mistura gasosa (Map)

    Sendo a massa total de uma mistura a soma de todas as massas e o ntotala soma de todos asquantidades de matria de cada gs (n=m/M), a massa molar ser M = m/n.

    PortantoMap= mtotal/ ntotal

    Densidade de uma mistura gasosa a uma presso p e temperatura T:

    d =pMapRT

    Atividade

    1. 30 mL de gs metano, a 25OC, so aquecidos a 35OC, presso constante. Calcule o novo

    volume do gs. R:31

    2. Uma amostra de nitrognio gasoso ocupa 20 mL, a 27OC e presso de 800 mmHg. Que

    volume ocuparia a amostra a 0OC e 800 mmHg? R:18,2

    3. Certa massa gasosa, mantida em um frasco fechado, tem presso igual a 190 mmHg a 27OC.

    a qual temperatura (em OC) a presso esse gs no frasco fechado ser igual a 0,5 atm? R:327OC

    4. Em um dia de inverno, temperatura de 0OC, foi colocada uma amostra de ar, presso de

    1,0 atm, em um recipiente de volume constante. Transportando essa amostra para um ambiente de

    60OC, que presso, em atm, ela apresentar? R:1,21

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    5. Um menino deixou escapar um balo contendo 2 L de gs hlio, a 20OC e presso de 2

    atm. Quando atingir uma altura em que sua presso seja 0,5 atm e sua temperatura 10OC, qual ser

    o volume ocupado pelo gs aps a subida? R: 7,72

    2. Fundamentos da Termodinmica

    Termodinmica: Relaciona as trocas de energia entre um sistema (gasoso) e o meio externo.

    Essas trocas podem acontecer envolvendo calor, energia interna e trabalho.

    Considerando um gs, num sistema fechado, contido num cilindro provido de um mbolo que

    pode se deslocar sem atrito. Ao aquecer o sistema, o gs se expande e desloca o mbolo para cima.

    O calor fornecido provocou o deslocamento do mbolo e o sistema realizou um trabalho contra o meio

    exterior. O calor e o trabalho correspondem as trocas de energia.

    Trabalho realizado (), segundo a fsica, igual ao produto da fora exercida sobre o mbolo F

    pelo seu deslocamento d; e a presso P exercida pelo gs igual ao quociente da fora exercida

    sobre o mbolo e a sua rea S.

    aquecimento

    = |F| |d| ; e P = F / S tem-se = P. S. d e sabendo queS. d =V a variao de

    volume, podemos concluir que o trabalho: = P (V)= P(V2-V1)

    Como a presso sempre positiva, o trabalho realizado assume o sinal da variao do volume.

    Na expanso gasosa: Se Vi < Vf ; AV>0; >0; o gs est cedendo energia, sob a forma de

    trabalho realizado pelo gs, para o meio exterior; Na compresso gasosa: Se V1>Vf ; AV0).

    O sistema libera calor para o meio exterior (processo exotrmico; Q

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    P

    Volume

    1 Lei da Termodinmica: A quantidade de calor trocada pelo gs com o meio ambiente igual a

    soma do trabalho realizado pelo gs durante a transformao e a variao de energia interna de

    sofrida por este gs (Q = U+ ).

    Princpio da Conservao da Energia:. A energia pode ser transformada, mas no pode ser

    criada nem destruda.

    Exemplo:

    A quantidade de calor em 100 cal provoca a realizao de trabalho de 80 cal e a variao de

    energia interna com 20 cal.

    O Primeiro princpio da termodinmica evidencia que a variao de energia depende apenas

    dos estados inicial e final, sem depender do caminho seguido entre esses estados.

    1 caminho: Q e

    Estado inicial Estado final Q Q ; mas Q = Q

    2 caminho: Q e

    Energia interna: a energia sob qualquer forma que o sistema tem armazenado. Podemos destacar a energiacintica de translao das partculas e a energia cintica de rotao das partculas. Da pode-se concluir que aenergia interna varia diretamente com a temperatura. Um sistema gasoso troca energia com o meio atravs de

    calor e trabalho. A diferena entre eles corresponde variao de energia interna (U ).

    U= Q ; Q = U+

    U = variao de energia interna ; U em funo da Temperatura: U= 3/2 n R TQ =Quantidade de calor trocado;

    = Trabalho Trocado;

    Presso

    V1 V2

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    APLICAES DO PRIMEIRO PRINCPIO DA TERMODINMICA S TRANSFORMAESGASOSAS

    Transformao Isotrmica (T=0): Ocorre a temperatura constante.

    Pela 1 Lei da Termodinmica: Q = U+ , porm U= 3/2 n R Te neste caso U = 0,

    ento Q = , indicando que todo calor trocado com o meio transformado em trabalho.

    Em um sistema gasoso, se ocorrer uma expanso (processo endotrmico; Q>0) e realiza

    trabalho sobre ele (>0).

    Em um sistema gasoso, se ocorrer uma contrao (processo exotrmico; Q 0.

    P3

    P1

    Volume

    Transformao Isobrica (P=0): Ocorre a presso constante.

    Pela 1 Lei : Q = U+ ; e neste caso se T2 >T1, ento T > 0 e U= 3/2 n R T >0ocorrer aumento na temperatura (reao endotrmica e Q > 0), indicando uma expanso

    Isotermas

    Presso

    V1

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    gasosa. Se T1 >T2, ento T< 0 e U= 3/2 n R T 0), indicando uma expanso gasosa.

    P

    Volume

    Transformao Adiabtica: Q = 0, portanto no existe troca de calor com o meio ;

    Uma garrafa trmica um sistema termicamente isolado, pois suas paredes no permitem que haja

    trocas de calor entre os lquidos colocados no seu interior e o meio externo.U= Q - Se Q = 0Concluso: U= -

    - Se >0 : U

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    3.Reaes Qumicas em Soluo Aquosa

    Quando duas solues so colocadas em contato, pode ocorrer uma reao qumica.

    Reagentes em proporo estequiomtricaConhecendo a composio e a concentrao dessas solues, podemos calcular a massa de

    reagentes e produtos envolvidos na reao. O clculo estequiomtrico feito a base das leis de

    reaes e executado com o auxlio das equaes qumicas correspondentes.

    Regras fundamentais:

    1.Escrever a equao qumica

    2.Acertar os coeficientes desta equao

    3.Estabelecer uma regra de trs entre a proporo estequiomtrica da equao e a proporo

    dada no problema, obedecendo as relaes de:

    Massa------------------massa ou

    N moles--------------- N moles

    Massa-------------------Volume gasoso

    Volume gasoso -------------------Volume gasoso

    Massa -------------------nmero de molculas

    Analise o exemplo:

    H3PO4(aq) + 3KOH K3PO4 + 3H2O

    Va=300 mL=0,3 L Vb= 150mL=0,15 L Vfinal = (300+150) mL

    Ma=0,5 ml/L Mb= 3 mol/L Vfinal = 0,45 L

    na= 0,15 mol nb=0,45 mol

    H3PO4(aq) + 3KOH K3PO4 + 3H2O

    1 ml reage com 3 mols originando 1 ml e 3 mols

    0,15 ml reage com 0,45 mols originando x ml e y molregra de trs

    H3PO4(aq) K3PO4 H3PO4(aq) 3H2O

    1 ml originando 1 ml 1 ml originando 3 ml

    0,15 ml originando x ml e x = 0,15 mol; 0,15 ml originando y mol e y= 0,45 mols

    Desta maneira, pode-se concluir que os reagentes foram todos consumidos. Agora utilizando estes

    dados podemos responder as questes a seguir:

    Qual a concentrao em mol/L da soluo final em relao :a) ao cido? zero

    b) a base? zero

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    Misturas homogneas apresenta apenas uma fase, ou seja, possuem as mesmas

    caractersticas em todas as suas extenses. Podem ser consideradas como solues.

    Ex: gua com sal dissolvido, lcool e gua, ar atmosfrico puro, ouro 18K e liga Cu-Ni.

    Para diferenciar umas das outras, tomamos por base o tamanho das partculas das substncias

    na mistura. A referencia ser o nm - nanmetro (10-9m).

    Tambm podemos utilizar o (angstron), que corresponde a 10-10m.

    Assim, 1 nm = 10 .

    4.1.Soluo, disperso coloidal e suspenso

    Soluo toda mistura homognea (aspecto uniforme) de duas ou mais substncias, queapresenta dois componentes principais, chamado de soluto e solvente.

    O soluto sempre ir representar o componente que se encontra dissolvido em uma outra

    substncia que, no caso, ser o solvente. Ainda com base na definio, possvel dizer que o soluto

    sempre ser a espcie que se encontra em menor quantidade. Dessa forma, so homogneas e

    chamadas solues as misturas que apresentam partculas de soluto (substncia que participa em

    menor quantidade) de tamanho menor ou igual a 1 nm.

    Na disperso coloidal:as partculas dispersas tm dimetro entre 1 e 100 nm

    so agregados de molculas ou de ons comuns, ou macromolculas, ou macroons isolados

    no se sedimentam sob a ao da gravidade, nem sob a ao dos centrifugadores comuns, mas sim

    sob a ao de ultracentrifugadores

    no so retidas por filtros comuns, mas o so por ultrafiltros

    Exemplos: protenas em gua, amido em gua, gelatina em gua, neblina, fumaa e a maioria dos

    colides naturais e Industriais - preparo de gelias, maionese, creme chantilly, leite, manteiga, tintas,

    etc.

    Efeito Tyndall: aquele observado quando a luz se dispersa ao se chocar com as partculas do

    disperso. Este efeito pode ser observado quando a luz de um farol projetado na noite de neblina, a

    luz torna-se difusa e o meio fica turvo; j a gua pura no desvia os raios da luz.

    Na suspenso:

    as partculas dispersas tm dimetro maior que 100 nm

    so agregados de molculas ou de ons

    sedimentam-se pela ao da gravidade ou dos centrifugadores comuns

    so retidas pelo filtro comum e so detectadas a olho nu ou com o auxlio de microscpios comuns.

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    4.2.Classificao das solues

    Quanto ao estado fsico do solvente:

    Slidas: ligas metlicas, tais como bronze (Cu+Sn) e lato (Cu+Zn);

    Lquidas: Podemos ter um slido dissolvido em um lquido, ou ento, dois lquidos dissolvidos entre

    si. So formados por uma ou mais substncias dissolvidas (soluto) num lquido (solvente). Seus

    componentes no podem ser separados por filtrao. Sua separao pode ocorrer usando outros

    processos fsicos, tais como a destilao.

    Gasosas: ar atmosfrico;

    Quanto condutividade eltrica ou natureza do soluto:

    eletrolticas ou inicas; capazes de conduzir corrente eltrica, graas aos seus ons livres em

    soluo, solutos de slidos inicos ou soluto molecular que sofra ionizao.

    no-eletrolticas ou moleculares: no so capazes de conduzir corrente eltrica, pois no

    forma seus ons livres em soluo.

    Coeficiente de solubilidade: a quantidade de soluto que se encontra dissolvido em uma quantidade

    padro (mnima) de solvente a uma determinada temperatura. Normalmente a quantidade de solvente

    mais usada de 100g.

    Quanto proporo soluto/solvente:

    Dependendo da quantidade de soluto em relao quantidade

    de solvente (coeficiente de solubilidade), as solues podem ser saturadas, insaturadas e

    supersaturadas.

    Soluo saturada: toda soluo em que o soluto atinge o seu coeficiente de solubilidade na

    temperatura fornecida;

    Soluo saturada com corpo de fundo: toda soluo em que a quantidade de soluto

    dissolvida ultrapassa o coeficiente de solubilidade (ponto de saturao);

    Soluo supersaturada: quando excede a quantidade mxima de soluto a ser dissolvida de

    acordo com o coeficiente de solubilidade, sendo que o excesso de soluto dissolvido por variao de

    temperatura.

    Soluo insaturada: toda soluo em que a quantidade de soluto dissolvida no ultrapassa

    o coeficiente de solubilidade (ponto de saturao).

    Quando conhecido o coeficiente de solubilidade de um soluto em vrias temperaturas,

    possvel apresentar os seus valores em um grfico que relaciona a solubilidade com a temperatura,

    que passaremos a denominar de curva de solubilidade.

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    Veja alguns exemplos:

    CsNaCl= 36g/100g H2O 20OC

    So necessrios 36g de NaCl (soluto) em 100g de gua (solvente) para formar uma soluo

    saturada a20OC.CsNaCl= 35,7g/100g H2O 0

    OC

    So necessrios 35,7g de NaCl (soluto) em 100g de gua (solvente) para formar uma soluo

    saturada a 0OC.

    Analisando o grfico, possvel perceber que qualquer ponto situado esquerda da curva

    ir representar a condio de supersaturao e qualquer ponto direita representar a condio de

    insaturao. Alm disso, importante observar que todo ponto situado na curva indica que a soluo

    est saturada.

    Atividade

    A tabela a seguir refere-se a solubilidade de uma determinada substncia nas respectivastemperaturas:

    Temperatura (C) g/100g de H2O30 6050 7070 90

    Uma soluo saturada desse sal foi preparada, utilizando-se 200g de gua a 70OC e a seguir foiresfriada a 30OC. com base nessas informaes, responda:

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    1. Qual a massa de precipitado que ir se formar?

    2. Qual a massa da soluo final?

    3. Para dissolver 40g dessa substncia a 50O C, qual dever ser a massa de guanecessria?

    4. (Fuvest-SP) Quatro tubos contm 20 mL de gua cada um a 20OC. Coloca-se nessestubos dicromato de potssio (K2Cr2O7) nas seguintes quantidades:

    Tubo A Tubo B Tubo C Tubo D

    Massa de K2Cr2O7 1,0 3,0 5,0 7,0

    A solubilidade do sal, a 20OC, igual a 12,5g/100 mL de gua. Aps agitao, em quais tuboscoexistem, nessa temperatura, soluo saturada e fase slida?

    5. (PUC-RJ) A tabela abaixo mostra a solubilidade de vrios sais, temperatura ambiente, emg/100 mL:

    Substncia g/100 mL de H2ONitrato de prata 260

    Sulfato de alumnio 160Cloreto de sdio 36

    Nitrato de potssio 52Brometo de potssio 64

    Se 25 mL de uma soluo saturada de um desses sais forem completamente evaporados, e oresduo slido pesou 13g, qual era o sal? R:nitrato de potssio

    6. (UEL-PR) A 10OC a solubilidade do nitrato de potssio de 20,0g/100g de H2O. Umasoluo contendo 18,0g de nitrato de potssio em 50,0g de gua a 25OC resfriada a 10OC. Quantosgramas do sal permanecem dissolvidos na gua?

    7. (FEI-SP) Tem-se 500g de uma soluo aquosa de sacarose (C12H22O11), saturada a 50OC. Qual a massa de cristais que se separam da soluo, quando ela resfriada at 30OC?R:55,6

    Dados: Cs a 30OC = 220g/100g de H2O e Cs a 50OC = 260g/100g de H2O

    8. (EEM-SP) Evapora-se completamente a gua de 40g de soluo de nitrato de prata,saturada, sem corpo de fundo, e obtm-se 15g de resduo slido. Qual o coeficiente de solubilidadedo nitrato de prata para 100g de gua na temperatura da soluo inicial ? R:Cs=60g/100g H2O

    4.3.Concentrao de Solues; Diluio de Solues; Mistura de Solues;

    Unidades de concentrao das solues

    De acordo com a IUPAC, a quantidade de matria deve ser expressa em mols. Nas solues, a

    concentrao pode ser determinada em mols, massa ou volume. O que realmente importa estabelecer

    uma comparao entre a quantidade de soluto e a quantidade de solvente ou de soluo.

    Os tipos mais comuns de concentrao so:

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    Ttulo

    Frao molar

    Densidade absoluta

    Concentrao comum ou em g/L

    Concentrao molar ou molaridade

    Concentrao comum (C): Determina a quantidade de massa de soluto (m1) em gramas por unidade

    de volume (V) de soluo (L).

    Atividade

    01. Qual a concentrao de uma soluo contendo 40g de cloreto de sdio dissolvidos em

    250 mL de soluo? R:160

    02. Uma soluo foi preparada adicionando-se 40g de hidrxido de sdio em gua suficiente

    para produzir 200 mL de soluo. Calcule a concentrao comum dessa soluo. R:200

    03. Calcule a concentrao comum de uma soluo de nitrato de prata, sabendo que ela

    encerra 120g do sal em 600 cm3 de soluo. R:200

    04. Determine a massa de cido ntrico, em gramas, necessria para a preparao de 150

    mL de uma soluo de concentrao 50g/L. R:7,5g

    05. (Faap-SP) Calcule a concentrao, em g/L, de uma soluo aquosa de nitrato de sdio

    que contm 30g de sal em 400 mL de soluo. R:7,5

    Ttulo ou concentrao em massa/massa (T): Determina a quantidade de massa de soluto

    (m1) em uma determinada quantidade de massa de soluo (m). No apresenta unidade.

    Atividade

    01.Calcular a porcentagem, em massa, de uma soluo formada, quando foram utilizados 40g

    de cloreto de sdio para serem dissolvidos em 60g de gua. R: 40%

    02. Uma soluo aquosa de hidrxido de sdio preparada, misturando-se 20g de soluto com

    140g de solvente. Qual a porcentagem, em massa, do soluto na soluo? R: 12.5%

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    Concentrao molar ou molaridade (Mr): a relao entre o nmero de mols do soluto (n1) e

    o volume (V), em litros, da soluo.

    01. Quantos litros de soluo de cloreto de sdio a 0,2M podem ser preparados a partir de

    468g de cloreto de sdio? R: 40L

    02. Qual a quantidade de soluto, em gramas, presente em 100mL de uma soluo 1M de HCl?

    R: 3,65g

    03. (UFRN) Qual a concentrao molar da glicose (C6H12O6) numa soluo aquosa que

    contm 9g de soluto em 500mL de soluo? R: 0,1M

    04. Qual a concentrao molar de uma soluo aquosa de cido sulfrico, sabendo-se queforam dissolvidos 49g do cido em 2L de soluo? R: 0,25M

    05. (UFAC) Qual a molaridade de uma soluo aquosa contendo 36,5g de cido clordrico

    (HCl) dissolvidos em gua at completar 2L de soluo? R:0,5M

    06. Para preparar uma soluo de concentrao 0,2 mol/L, usando 15g de iodeto de sdio

    (NaI), qual dever ser o volume dessa soluo, em litros? R: 0,5L

    07. Ao dissolver 5,85g de cloreto de sdio em gua suficiente para 0,5L de soluo, calcule a

    concentrao molar dessa soluo? R: 0,2M08. No preparo de uma soluo alvejante de tinturaria, 521,5g de hipoclorito de sdio (NaClO)

    so dissolvidos em gua suficiente para 10L de soluo. Qual a concentrao molar da soluo

    obtida? R: 0,7

    09. (Vunesp-SP) Dissolveram-se 2,48g de tiossulfato de sdio penta-hidratado (Na2S2O3.5H2O)

    em gua suficiente para se obter 100cm3de soluo. Qual a molaridade dessa soluo? R: 0,1M

    % em volume:

    _volume de soluto_volume de soluo

    x 100

    (s usada quando soluto e solvente so ambos lquidos ou ambos gasosos)

    Frao molar do soluto (X1): a relao entre o nmero de mols do soluto (n1) e o nmero de

    mols da soluo (n2).

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    Frao molar do solvente (X2): a relao entre o nmero de mols do solvente (n2) e o

    nmero de mols da soluo (n2)

    Atividade

    01. Calcular as fraes molares do soluto e do solvente em uma soluo que contm 117g de

    cloreto de sdio dissolvidos em 324g de gua. R: 0,1 e 0,9

    02. (FURRN adaptado) Qual a frao molar do soluto e do solvente de uma soluo preparada

    tomando-se 3 mols de glicose e 97 mols de gua? R: 0,03 e 0,97

    03. Qual a frao molar do componente B numa mistura contendo 4g de A (M=20g/mol) e 8,4g

    de B (M=28g/mol)? R: 0,6

    04. (U.F.Fluminense-RJ) Uma soluo contm 18g de glicose (C6H12O6), 24,0g de cido

    actico (C2H4O2) e 81,0g de gua. Qual a frao molar do cido actico na soluo? R: 0,08

    05. (Faap-SP) Uma soluo aquosa de NaCl apresenta 11,7% em peso de soluto. Determine

    as fraes molares do soluto e do solvente nessa soluo. R: 0,0392 e 0,9608

    Concentrao molal ou molalidade (W): a relao entre o nmero de mols do soluto (n1) e a massa,

    em kg, do solvente.

    Atividade01. Calcular a molalidade da soluo formada utilizando-se 171g de sacarose (C12H22O11) dissolvidos em 400g

    de gua. R: 1,25

    02. Determinar a massa de gua, em gramas, que deve ser utilizada para dissolver 0,2 mol de cloreto de sdio

    e originar uma soluo 0,4 molal. R: 500g

    Densidade absoluta (d): a razo estabelecida entre a massa e o volume dessa soluo.Assim, se a densidade de uma soluo de 10g/L, isso significa que cada litro de soluo

    apresenta massa de 10g.V

    md =

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    Calcular a densidade absoluta de uma soluo que apresenta massa de 50g e volume de 200

    cm3.d=?

    m=50g

    V=200cm3

    Relao entre as unidades de concentrao e densidade

    Relao entre concentrao comum e ttulo

    Relao entre molaridade e ttulo

    Relao entre molaridade e concentrao comum

    Relao final

    Atividade

    01. Uma soluo de cido clordrico, de densidade 1,2 kg/L, contm 40% em massa, de HCl.

    Qual a massa de gua, em gramas, existente em 1 L de soluo do cido, nessaconcentrao? R:720g

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    02. (PUC-PR) A soluo aquosa de NaOH (soda custica) um produto qumico muito

    utilizado. Uma determinada indstria necessitou usar uma soluo com 20% em massa de hidrxido

    de sdio, que apresenta uma densidade de 1,2 kg/L. Qual a molaridade da soluo? R: 6M

    03. O soro caseiro, recomendado para evitar a desidratao infantil, consiste em uma soluo

    aquosa de cloreto de sdio (3,5 g/L) e de sacarose (11 g/L). Qual a concentrao molar do cloreto de

    sdio nessa soluo? R: 0,06M

    04. Num refrigerante do tipo cola, foi feita uma anlise qumica que determinou uma

    concentrao de ons fosfato (PO4-3) igual a 0,15 g/L. Qual a concentrao de ons fosfato, em mols

    por litro, nesse refrigerante? R: 1,57x10-3M

    05. (Cesgranrio-RJ) Num exame laboratorial, foi recolhida uma amostra de sangue, sendo o

    plasma separado dos eritrcitos, ou seja, deles isolado antes que qualquer modificao fosse feita naconcentrao de gs carbnico. Qual a concentrao em g/L, sabendo-se que a concentrao de CO2,

    neste plasma, foi de 0,025 mol/L? R: 1,1

    06. Considerando que o contedo de cido actico existente no vinagre de aproximadamente

    3% em peso e que a densidade do vinagre 1 g/mL, qual a molaridade do cido actico existente em

    um litro de vinagre? R: 0,5M

    Diluio de solues: Diluir uma soluo nada mais do que acrescentar solvente a essa

    soluo, alterando a relao soluto/solvente. Considerando que a massa do soluto a mesma,alterando apenas o volume da soluo, podemos ter as seguintes frmulas:

    importante considerar que em toda diluio a concentrao final ser sempre menor que a

    concentrao inicial.

    Atividade

    01. A uma amostra de 100 mL de hidrxido de sdio 20g/L foi adicionada gua suficiente

    para completar 500 mL. Qual a concentrao, em g/L, dessa nova soluo? R: 4 g/L

    02. (Vunesp-SP adaptado) Qual o volume, em mL, de uma soluo de cido sulfrico 15 mol/L

    necessrio para preparar 500 mL de uma soluo aquosa de cido sulfrico de concentrao 3 M?

    R:100 mL

    03. Qual a molaridade de uma soluo de hidrxido de sdio, que foi obtida adicionando-se 80

    mL de gua a 20 mL de outra soluo de concentrao 0,1M? R: 0,02M

    04. (Osec-SP) Preparam-se 100 mL de uma soluo contendo 1 mol de cloreto de potssio

    (KCl). Tomaram-se, ento, 50 mL dessa soluo e juntaram-se 450 mL de gua. Qual a molaridade da

    soluo final? R: 1M

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    05. (PUC-MG) Uma soluo de hidrxido de potssio (KOH) foi preparada dissolvendo-se

    16,8g da base em gua suficiente para 200 mL de soluo. Dessa soluo, qual o volume que deve

    ser diludo a 300 mL, para que a molaridade seja 1/3 da soluo original? R: 100 mL

    06. (UFRN) Qual o volume de gua, em mL, que deve ser adicionado a 80 mL de soluo

    aquosa 0,1M de uria, para que a soluo resultante seja 0,08M? R: 20

    07. Em 300 mL de uma soluo de cloreto de sdio 0,2M, foi adicionada gua suficiente para

    fazer um litro de soluo. Qual a molaridade da soluo final? R: 0,06M

    08. (Cesgranrio-RJ) Uma soluo 0,05M de sacarose, contida em um bquer, perde gua por

    evaporao at restar um volume de 100 mL, passando a concentrao para 0,5M. Qual o volume de

    gua evaporado? R: 900 mL

    Mistura de duas solues de mesmos solutos

    Quando so misturadas duas solues formadas pelo mesmo soluto e pelo mesmo solvente,

    observe que eles se comportam como se ocorresse uma diluio, sendo que a soluo resultante

    ficar entre os valores das duas outras solues.

    Atividade01. Duas amostras de solues aquosas de hidrxido de sdio uma de volume 200 mL e

    0,15M e outra de volume 0,1L e 0,030M foram misturadas. Qual a molaridade da soluo final?

    R:0,2M

    02. 500 mL de uma soluo 1M de cido sulfrico e 1500 mL de uma outra soluo 2M do

    mesmo cido foram misturados e o volume final foi completado a 2,5L pela adio de gua. Qual a

    molaridade da soluo resultante? R: 1,4M

    03. (Fesp-SP) Qual o volume, em mL, de uma soluo de hidrxido de sdio 1,5M, que deve

    ser misturada a 300 mL de uma soluo 2M da mesma base, a fim de torn-la soluo 1,8M? R: 200

    mL

    04. 300 mL de soluo de hidrxido de amnio, com concentrao 3 g/L, foram misturados com

    200 mL de outra soluo de mesma base, de concentrao desconhecida. Aps a mistura, foi obtida

    uma soluo final contendo 4 g/L. Indique, respectivamente, quantos gramas de soluto h na primeira

    soluo e qual o valor da concentrao desconhecida? R: 0,9g e 2,22 g/L

    05. (UFAC) Qual a molaridade de uma soluo de hidrxido de sdio formado pela mistura de

    60 mL de soluo a 5M com 300 mL de soluo a 2M? R: 2,5M

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    06. Qual deve ser a massa de soluo de hidrxido de sdio cujo ttulo igual a 0,12, que deve

    ser adicionada a 200g de outra soluo de NaOH, de ttulo igual a 0,20, para que seja obtida uma

    soluo de NaOH de ttulo igual a 0,18? R: 66,66g

    Mistura de duas solues de solutos diferentes que no reagem entre si

    Devemos considerar cada soluto de modo independente na soluo final isto , como se o

    outro soluto no existisse. Desse modo, tudo se passa como se cada soluo inicial sofresse uma

    diluio, partindo de seu volume inicial e atingindo o volume da mistura. Sendo assim, podemos aplicar

    as frmulas de diluio:

    Lembre-se que ao calcular a concentrao de ons aps a mistura, deveremos considerar cada

    on independente e somar aqueles que repetem na mistura.

    Atividade

    01. Misturando-se 100 mL de cloreto de sdio 70g/L e 200 mL de cloreto de potssio 40g/L,

    quais sero as concentraes, em g/L, dessas duas substncias, na soluo final? R: 23,3 e 26,6

    02. (UFRN) Quais as concentraes de Na+, K+, Cl-, de uma soluo formada a partir de 100

    mL de soluo aquosa de cloreto de sdio 0,1M e 100 mL de soluo aquosa de cloreto de potssio0,1M? R: 0,05M; 0,05M e 0,10M

    03. Misturando-se 50 mL de soluo 5M de nitrato de sdio (NaNO3) com 150 mL de soluo

    2M de cloreto de potssio, quais sero as molaridades dessas duas substncias, na soluo final?

    R:1,25M e 1,5M

    04. (UFRJ) Misturou-se 100 mL de soluo aquosa de cloreto de potssio 0,1M com 100 mL

    de soluo aquosa de cloreto de magnsio 0,1M. Quais as concentraes de K+, Mg+2, Cl-, na soluo

    resultante? R: 0,05M; 0,05M e 0,15M

    Mistura de duas solues de solutos diferentes que reagem entre si

    Havendo reao qumica e no uma simples mistura, devemos resolver com auxlio do clculo

    estequiomtrico e observar se no h excesso de um participante na reao.

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    Exerccio resolvido

    01. Juntando-se 200 mL de cido sulfrico 0,3M e 100 mL de hidrxido de potssio 1,2M.

    Pergunta-se quais sero as molaridades da soluo final em relao ao cido, base e ao sal

    formado.

    H2SO4 + 2KOH K2SO4 + 2H2O

    1mol 2mols 1 mol 2mols

    Calculando o nmero de mols de cada reagente:

    H2SO4 + 2KOH K2SO4 + 2H2O

    1mol 2mols 1 mol 2mols

    0,06mol 0,12mol 0,06mol 0,12mol

    Molaridade final do H2SO4zero Molaridade final do KOH zero

    Molaridade final do K2SO4

    Atividade

    01. Qual ser a molaridade da soluo final com relao ao sal formado, quando junta-se 0,3L

    de cido clordrico 0,4M e 0,2L de hidrxido de sdio 0,6M? R: 0,24M

    02. (FFC-BA) A 1L de soluo 0,1M de hidrxido de sdio adiciona-se 1L de soluo de cido

    clordrico 0,1M. Qual ser o valor da massa slida quando a soluo resultante for levada secura at

    que a mesma seja formada? R: 5,85g

    03. (UFRN) Cada cm3de leite de magnsia contm 0,08g de Mg(OH)2. Quantos mols de HCl

    do suco gstrico so neutralizados quando uma pessoa ingere 15cm3de leite de magnsia? R: 4x10-2

    mol.

    04. (UFF-RJ) Se 40 ml de HCl 1,6M e 60 mL de NaOH 2M so misturados, quais

    concentraes molares de Na+, Cl

    -e OH

    -so encontradas, respectivamente, na soluo resultante?

    R: 1,2; 0,64; 0,56.

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    5.Propriedades Coligativas de solues

    So propriedades relacionadas apenas ao nmero de partculas dispersas numa dada soluo,

    independentemente da natureza destas partculas. Durante o estudo de cada uma das propriedadescoligativas, ser necessrio sempre comparar o comportamento da soluo com o respectivo solvente

    puro.

    Para ilustrar um exemplo de tal comparao, verifique que ao se aquecer gua pura, ao nvel do

    mar, a temperatura de ebulio da gua (solvente puro) igual a 100OC. No entanto, quando se aquece

    uma soluo aquosa de cloreto de sdio, percebe-se que o ponto de ebulio da gua sofre um

    aumento. A elevao do ponto de ebulio da gua na soluo aquosa foi ocasionada pela presena do

    soluto.

    Com isso, percebe-se que a adio de um soluto sempre ir produzir efeitos em algumas

    propriedades fsicas de um solvente, que so: aumento do ponto de ebulio, diminuio do ponto

    de congelamento, diminuio da presso de vapor, aumento da presso osmtica.

    Tais efeitos so conhecidos como efeitos coligativos, que dependem exclusivamente da

    concentrao (quantidade) de partculas que se encontram dispersas em um solvente. Os efeitos

    coligativos definem as quatro propriedades coligativas importantes que sero apresentadas em nosso

    estudo. Estes fenmenos qumicos so classificados em: abaixamento da presso de vapor do solvente

    (tonoscopia); elevao da temperatura de ebulio do solvente (ebuliometria); abaixamento da

    temperatura de congelao do solvente (crioscopia) e presso osmtica (osmometria).

    5.1.Presso de vapor e mudana de estado

    Presso de vapor : a presso do vapor de A no equilbrio lquido (A)-vapor (A), a uma dadatemperatura.Quanto maior a presso de vapor a uma mesma temperatura, mais voltil o lquido.

    Um lquido entra em ebulio temperatura em que a sua presso de vapor iguala-se presso

    exterior. Assim, a 100C a gua tem presso de vapor igual a 1 atm. Portanto, sob 1 atm a gua entra

    em ebulio a 100C.

    A maioria dos slidos funde-se com expanso de volume. O gelo uma das poucas

    excees, fundindo-se com contrao de volume.

    O PF do gelo aumenta com a diminuio da presso, e vice-versa. Para a maioria dos

    slidos, o PF aumenta com o aumento da presso, e vice-versa.

    O PE de todas as substncias aumenta com o aumento da presso, e vice-versa.

    As variaes dos PF so insignificantes com a variao da presso, porque no equilbrio

    slido-lquido no h participante gasoso.

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    As variaes dos PE so significativas com a variao da presso, porque no equilbrio

    lquido- vapor h participante gasoso.

    A presso de vapor depende da TEMPERATURA e da NATUREZA DO LQUIDO.Se as molculas esto presas fortemente ao lquido, a vaporizao difcil e a presso de

    vapor pequena. Mas se, ao contrrio, as molculas esto presas fracamente no lquido, a

    vaporizao ocorre facilmente e a presso de vapor grande. Por exemplo, veja que a 20C, a PMV

    da gua 17,5 mmHg, enquanto que a PMV do lcool etlico 44 mmHg. Dessa forma, podemos

    concluir que o lcool mais voltil que a gua.

    Para quaisquer lquidos, quanto maior a temperatura, maior a capacidade de vaporizao e

    maior a presso de vapor.

    Propriedades fsicas de uma substncia Presso de vapor aumenta com a elevao de temperatura.

    Temperatura de ebulio: temperatura na qual a presso mxima de vapor igual presso

    ambiente.

    Temperatura de fuso: geralmente aumenta com o aumento de presso; no caso da

    gua, diminui.

    Presso de vapor aumenta com a elevao de temperatura.

    Para um mesmo lquido, a PMV aumenta medida que aumenta a temperatura. Por exemplo, a 27C, aPMV da gua 26 mmHg, e a 47C, 79 mm Hg.

    No equilbrio, a velocidade de condensao iguala a

    velocidade de vaporizao, isto , o nmero de molculas

    que deixam o lquido fica igual ao nmero de molculas

    que retornam para o lquido. A presso mxima de vapor

    ou presso de vapor do equilbrio costuma ser indicada

    apenas por presso de vapor.

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    Temperatura de ebulio: temperatura na qual a presso mxima de vapor igual

    presso ambiente.

    Experimentalmente, a ebulio caracterizada pela formao de bolhas no lquido. Essas bolhas

    vo at a superfcie e rebentam. A bolha, se formada no interior do lquido puro, contm somente

    molculas no estado gasoso do lquido puro. Essas molculas exercem, ento, uma presso contra as

    paredes internas da bolha. Consideremos uma bolha logo abaixo da superfcie do lquido.

    Quanto maior a PMV nas condies ambientes, mais fcil se torna ferver o lquido, isto , quanto

    menor for o ponto de ebulio, mais voltil ser o liquido. Assim, a 20C, a PMV da gua 17,5 mmHg

    e o lcool, 44 mmHg. Veja o grfico:

    Ao nvel do mar (1 atm = 760 mmHg), o lcool ferve a 78,3C, e a gua, a 100C. Observe no

    grfico que, aumentando a temperatura, a PMV aumenta. a 78,3C, o lcool ferve, pois sua PMV se

    iguala presso atmosfrica. A PMV da gua fica igual a 760 mmHg, a 100C.

    Em uma panela de presso, a presso que existe sobre a superfcie do lquido est entre 1146

    mmHg e 1500 mmHg, fazendo com que a gua ferva a uma temperatura maior que 100C.

    Neste caso, podemos considerar, aproximadamente, que a fora

    que empurra a bolha para o interior do lquido a que origina a presso

    atmosfrica. Aquecendo o lquido, a presso de vapor na bolha aumenta

    e, a uma certa temperatura, iguala-se presso atmosfrica, escapandodo lquido. Esta a temperatura de ebulio. Podemos ento definir

    como Ponto de ebulio a temperatura na qual a presso de vapor do

    lquido se iguala presso que existe sobre a superfcie do lquido.

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    Diagrama de fases e o Ponto triplo

    O diagrama de fases um grfico que relaciona as condies de temperatura e presso nas

    quais uma substncia existe como slido, lquido ou gs.

    Ponto triplo de uma substncia um estado no qual se estabelece o equilbrio slido- lquido-

    vapor . Somente a uma determinada temperatura e presso, que varia de uma substncia para outra,

    estabelece-se esse equilbrio triplo.

    Presso(mmHg) Curva de fuso Curva de ebulio

    Lquido

    Slido Vapor

    4,58 PONTO TRIPLO

    Curva de sublimao

    0,01 temperatura(C)

    No caso da gua, esse equilbrio estabelece-se a, e somente a, 0,01C e 4,58 mmHg.

    No existe lquido a uma presso inferior do respectivo ponto triplo. Assim, no existe gua

    lquida a uma presso menor que 4,58 mmHg.

    A uma presso inferior do ponto triplo, ocorre somente o equilbrio slido-vapor(sublimao).

    Substncia que sublima presso ambiente tem a presso do ponto triplo acima da presso

    ambiente (1 atm ao nvel do mar). Exemplo: gelo seco ou CO2 (s).

    Em Santos, ao nvel do mar, onde a

    presso atmosfrica 1 atm (760 mmHg),a gua entra em ebulio a 100C. Em

    So Paulo, a presso atmosfrica

    aproximadamente 700 mmHg e,

    conseqentemente, a gua ferve a uma

    temperatura menor que 100C.

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    5.2. Relaes entre os efeitos coligativos:verificados numa soluo com a adio de um

    soluto no voltil diminui a presso mxima de vapor e a temperatura de fuso e eleva a temperatura

    de ebulio

    Tonoscopia ou tonometria: representa o estudo do abaixamento da presso mxima de

    vapor (PMV) de um solvente quando se adiciona a ele um soluto no-voltil. Em relao

    presso de vapor de um solvente puro, pode-se dizer que sempre ela ser maior do que a

    presso de vapor de uma soluo.

    Presso(mmHg) Solvente puro

    P Solvente na soluo

    P

    t temperatura(C)

    A diferena entre a presso mxima de vapor do solvente puro e a presso mxima de vapor do

    solvente em soluo denomina-se abaixamento da presso mxima de vapor. O abaixamento dapresso de vapor provocado pela adio de um soluto no-voltil pode ser calculado por meio da

    seguinte expresso, conhecida como Lei de Raoult.

    1

    0

    0

    0

    Xp

    pp

    p

    p=

    =

    Atividade

    01. Em uma soluo foram dissolvidos 150g de sacarose (M1=342 g/mol) em 750g de gua. Sabe-se

    que a presso de vapor da gua pura no local onde se encontra a soluo igual a 190 mmHg.

    Calcular o abaixamento relativo da presso mxima de vapor, o abaixamento absoluto da presso de

    vapor e a presso mxima de vapor da soluo. R: 0,01; 1,9 mmHg e 188,1 mmHg

    02. No preparo de uma soluo so dissolvidos 15g de uria (CON2H4) em 450g de gua, numa

    determinada temperatura. Calcule a presso de vapor da gua na soluo, nessa temperatura,

    considerando que a presso de vapor da gua pura seja igual a 23,54 mmHg. R=23,3 mmHg

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    Ebuliometria ou ebulioscopia: o estudo da elevao da temperatura de ebulio de um

    solvente quando se adiciona a ele um soluto no-voltil. O soluto no-voltil atrapalha a evaporao

    das molculas, roubando-lhes energia cintica.Em relao ao ponto de ebulio de uma soluo,

    possvel afirmar que ele sempre ser maior que o ponto de ebulio do solvente puro.

    Com a variao da presso externa, ocorre variao da temperatura de ebulio.

    Se tomarmos um solvente puro e uma soluo, observaremos que a soluo ferver a uma

    temperatura superior temperatura de ebulio do solvente. O aumento da temperatura de ebulio,

    aps adicionarmos soluto, denomina-se elevao da temperatura de ebulio.

    Assim pode-se afirmar que: Quanto maior a quantidade de partculas dispersas em uma

    soluo, maior ser o seu ponto de ebulio.

    WKtttEeee.' ==

    V

    e

    E

    L

    TRK

    2.

    = onde =E

    K constante ebuliomtrica do solvente

    =et t de ebulio do solvente e

    et' = t de incio da ebulio do solvente

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    =W molalidade da soluo; 2e

    T = temp. termodinmica de ebulio do solvente; =V

    L calor

    latente de vaporizao do solvente.

    Uma soluo tem ponto de ebulio varivel, pois, medida que o solvente vaporiza, a

    concentrao da soluo restante aumenta, fazendo com que a temperatura de ebulio aumente.

    Atividade

    01. Calcular a temperatura de ebulio de uma soluo que contm 60g de glicose (C6H12O6)

    dissolvidos em 500g de gua, sabendo que a temperatura de ebulio da gua pura de 100OC e a

    constante ebuliomtrica de 0,52OC/molal. R=100,346OC

    02. Que massa de uria (CON2H4) deve ser dissolvida em 200g de gua para que a temperatura

    de ebulio da soluo seja igual a 100,26OC? Dado: KE=0,52OC/molal R=6g

    03. Uma soluo de 16g de CaBr2em 800g de gua eleva de 0,13OC o ponto de ebulio dessa

    soluo. Qual o grau de dissociao do brometo de clcio? Dado: Ke=0,52OC/molal R=75%

    04. Calcular a temperatura de ebulio de uma soluo que contm 42,6g de sulfato de sdio

    (Na2SO4), dissolvidos em 240g de gua, sabendo que a constante ebulioscpica da gua de

    0,52OC/molal e que o grau de dissociao do sal de 30%. R=101,04OC

    05. Em 40g de um certo solvente, cuja constante ebuliomtrica igual a 5O C/molal, foram

    dissolvidos 2,67g de um composto molecular, provocando um aumento de 1,25 OC na temperatura de

    ebulio do solvente. Calcule a massa molecular do soluto e a molalidade da soluo. R: 267 e 0,25

    molal.

    Criometria ou crioscopia: o estudo do abaixamento do ponto de congelamento (temperatura

    de solidificao) de um solvente quando se adiciona a ele um soluto no-voltil. Em relao ao ponto

    de congelamento de uma soluo, possvel afirmar que a soluo apresentar sempre ponto de

    congelamento menor do que o do solvente puro

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    WKtttCccc.' ==

    S

    c

    C

    L

    TRK

    2

    .= onde =

    CK constante criomtrica do solvente

    =ct t de solidificao do solvente e ct' = t de incio da solidificao do solvente

    =W molalidade da soluo; 2CT = temp. termodinmica de solidificao do solvente; =

    VL calor latente de

    solidificao do solvente

    A criometria no cotidiano: Nos recipientes onde ficaro as bebidas para gelar, coloca-se gelo

    e sal, pois o gelo e o sal formam uma mistura que funde a -22C (mistura euttica). Uma parte do gelo

    derrete, pois a sua temperatura st acima de -22C. Sendo a fuso um processo endotrmico, a

    temperatura da mistura gelo e sal abaixada, e assim as bebidas ficam mais geladas.

    Curiosidades

    A criogenia (gerao de frio) uma tecnologia que abrange a produo e a utilizao do frio

    muito intenso (na faixa de -100C) por meio dos chamados gases criognicos (He, Ne, N2, Ar, O2, Kr,

    Xe e CO2) que podem ser obtidos a partir da liquefao do ar atmosfrico e posterior destilao

    fracionada. Entretanto, por razes econmicas, o hlio obtido em jazidas de gs natural e o gs

    carbnico, da queima do gs natural ou nos processos de fermentao. Os gases mais utilizados so

    o nitrognio (PE=-196C) e o gs carbnico (PE=-78C). O nitrognio usado rotineiramente em

    conservao de tecidos, embries, esperma, vulos, etc e o gs carbnico, com o nome de gelo-

    seco, em carrinhos de sorvete, na conservao de alimentos em acampamentos.

    Atividade

    01. O efeito crioscpico aplicado na produo de misturas refrigerantes, Na indstria de sorvetes,

    por exemplo, emprega-se salmoura, uma soluo saturada de NaCl, para manter a gua lquida

    abaixo de OC. Calcule a massa de NaCl com grau de dissociao = 100% que deve ser adicionada

    por quilograma de H2O para que a mesma s comece a solidificar a -12C.Dado: kc = 1,86C/molal.

    R=188,7

    02. Nos pases que costumam ter um inverno rigoroso, adicionam-se anticongelantes gua do

    radiador dos automveis para impedir que a expanso de volume que acompanha o congelamento da

    gua rompa os alvolos do radiador. Do ponto de vista crioscpico, seriam timos anticongelantes sais

    como MgCl2 , ou CaCl2, que em solues aquosas a 30% em massa congelam em torno de -50C.

    Essas solues no entanto so inconvenientes, porque corroem o motor. Alternativamente,

    empregam-se como solutos, etanol, glicerina ou etilenoglicol, e se obtm solues que congelamentre-10 e-25C. Calcule a massa de glicerina, C3H8O3, que deve ser adicionada por quilo de gua

    para que a soluo s comece a solidificar a -10C, Dado: kc = 1,86OC/molal. R=494,6 g

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    Osmometria ou osmoscopia: entende-se por osmose a passagem de um solvente (lquido) por meio

    de uma membrana semipermevel, de um meio menos concentrado (diludo) para o meio mais

    concentrado.

    Para impedir a passagem do solvente para o meio mais concentrado, necessrio aplicar

    uma presso sobre a soluo concentrada, que ser chamada de presso osmtica. Dessa forma,

    podemos definir presso osmtica como a presso que se deve aplicar soluo para no deixar

    o solvente atravessar a membrana semipermevel. A aplicao da presso osmtica s vlida

    para solues diludas, nas quais a molaridade e, aproximadamente, igual molalidade.

    Consideremos uma campnula hermeticamente fechada, contendo um bquer com gua pura e outro

    bquer com uma soluo aquosa de glicose, conforme o desenho a seguir:

    I II

    A gua pura tem maior presso de vapor que a soluo aquosa de glicose, isto , a gua pura

    evapora mais facilmente. Como conseqncia h uma transferncia de gua do bquer da direita para

    o bquer da esquerda. Passado um tempo, teremos a seguinte condio:

    Na osmose ocorre fenmeno semelhante. Admite-se que o solvente atravessa a membrana

    semipermevel na forma de vapor, ocorrendo uma verdadeira destilao do mesmo. Evapora em um

    lado e condensa no outro lado, conforme a figura II acima.

    No podemos esquecer dos tipos de membranas:

    o Permeveis: so aquelas que permitem a passagem tanto do solvente como do soluto;

    o Semipermeveis: so aquelas que permitem apenas a passagem do solvente;

    o Impermeveis: so aquelas que no permitem a passagem do soluto e solvente.

    Osmose reversa:consiste em aplicar uma elevada presso para fazer com que a gua flua de uma

    soluo mais concentrada para uma soluo menos concentrada, atravs de uma membrana

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    semipermevel. Podemos utilizar a osmose reversa para obter a dessalinizao das guas dos

    oceanos, j que a presso osmtica da gua do mar da ordem de 30 atm. Se aplicarmos uma

    presso superior a 30 atm, o fluxo osmtico ser revertido e poderemos obter gua potvel.

    Exerccios resolvidos

    Uma soluo aquosa apresenta, num volume de 300 ml, 4g de NaOH e 1,17g de NaCl. Admitindo os

    solutos 100% dissociados, calcule a presso osmtica dessa soluo a 27OC.

    Dadas as solues aquosas:

    I) Glicose 0,5M

    II) Uria 1,0M

    III) NaCl 0,5M (=100%)

    IV) CaCl20,5M (=100%)

    a)Qual delas entrar em ebulio sob uma temperatura maior?

    b)coloque-as em ordem crescente, de acordo com suas temperaturas de congelao.

    c)Em qual delas a presso osmtica ser maior?

    Para resolver o exerccio, calcule o produto Mr.i.A soluo com maior valor de Mr.iter pontode ebulio maior, ponto de congelao menor e maior presso osmtica. Veja s:

    a) a soluo IV ter efeitos coligativos mais intensos. Por exemplo, maior ponto de ebulio;

    b) Quanto maior o produto Mr.i, mais intenso ser o efeito crioscpico, ou seja, menor o

    ponto de congelao da soluo. Portanto, a ordem crescente das temperaturas de congelao :

    IV

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    c) Quanto maior o produto Mr.i, maior ser a presso osmtica. Portanto, a soluo IV ter

    a maior presso osmtica.

    ***Pode-se concluir que solues com o mesmo produto Mr.i possuiro efeitos coligativos de

    mesma intensidade. Assim, as solues II e III tem a mesma presso de vapor, fervem e congelam na

    mesma temperatura e possuem a mesma presso osmtica (solues isotnicas).

    Qual dever ser a concentrao molar de uma soluo de cloreto de clcio - CaCl2(=100%) tal

    que seja isotnica de uma soluo 0,9M de NaCl (=100%) na mesma temperatura?

    CaCl2 =100%; Mr=?; i=3 P=Mr.R.T.i

    P=Mr.R.T.3

    NaCl =100%; Mr=0,9M; i=2 P=Mr.R.T.i

    P=0,9.R.T.2Atividade

    01. A presso osmtica do sangue na temperatura do corpo, 37O C, de 7,62 atm.

    Considerando todos os solutos do sangue como sendo moleculares, calcule a molaridade total do

    sangue. R=0,3M

    02. Eventualmente, a soluo 0,3M de glicose utilizado em injees intravenosas, pois tem

    presso osmtica prxima do sangue. Qual a presso osmtica, em atm, da referida soluo, a

    37OC? R=7,626 atm

    03. Sabe-se que 2,8g de um composto orgnico so dissolvidos em benzeno, fornecendo 500 mL de

    uma soluo molecular que, a 27OC, apresenta presso osmtica igual a 2,46 atm. Qual a massa

    molar do composto orgnico? R=56

    6.Termoqumica

    a parte da Qumica que estuda as variaes de energia que acompanham as reaesqumicas.

    Entalpia de um sistema (H): o calor trocado presso constante. No possvel determinar

    diretamente a entalpia de cada substncia participante de uma reao, mas podemos determinar

    experimentalmente a variao de entalpia (H), que ocorre numa reao qumica.

    A variao de entalpia medida nas transformaes qumicas, utilizando a seguinte frmula:

    H= Hp Hr, sendo que Hp a entalpia dos produtos e Hr a entalpia dos reagentes.

    Fatores que afetam a variao de entalpiaTemperatura : O valor de H varia sensivelmente com a temperatura em que se deu a reao. Se

    uma reao ocorre a uma temperatura X, obtm-se um HX.

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    Presso: Para reaes envolvendo substncias gasosas, o valor de H varia de modo significativo a

    presses na ordem de 1000 atm. Porm, no necessria levar em conta a variao de entalpia no valor

    de H, j que as reaes so feitas sob presso atmosfrica normal (1 atm).

    Quantidade de reagentes e produtos: Se a quantidade de reagentes, por exemplo, for dobrada, a

    quantidade de calor ir dobrar tambm.

    1 H2(g) + 1 Cl2(g) 2 HCl(g) H = - 44,2 kcal

    2 H2(g) + 2 Cl2(g) 4 HCl(g) H = - 88,4 kcal

    Fase de agregao:a energia das substncias aumenta progressivamente medida que elas passam

    da fase slida para lquida e a fase gasosa(mais energtica).

    2 H2(g) + 1 O2(g) 2 H2O(l) H = - 68,3 kcal

    2 H2(g) + 1 O2(g) 2 H2O(g) H = - 57,8 kcalNuma reao exotrmica, quanto menos energtica for a fase de agregao dos produtos

    formados, maior ser a energia liberada. Quanto mais energtica for a fase de agregao dos

    produtos formados, menor ser a energia liberada, pois a energia ficar retida no produto. A H de

    sntese de H2O(l) , em mdulo maior que a H2O(g) .

    Variedade alotrpica: Em uma reao exotrmica ocorre que se o reagente na forma alotrpica mais

    estvel (menos energtico) obtm-se menor quantidade de energia liberada.

    C(grafita) + O2(g) CO2(g) H = - 94,00 kcalC(diamante) + O2(g) CO2(g) H = - 94,45 kcal

    Presena de solvente: Quando dissolvemos uma substncia em um solvente qualquer, ocorre

    liberao de energia na forma de calor.

    1 H2(g) + 1 Cl2(g) 2 HCl(g) H = - 44,2 kcal

    1 H2(g) + 1 Cl2(g)OH2 4 HCl(g) H = - 88,4 kcal

    (cada 1 mol de HCl dissolvido em gua libera 18 kcal)

    6.1.Classificao: Reao exotrmica e reao endotrmicaReao exotrmica: aquela que libera energia na forma de calor ou aquela em que o calor

    considerado "produto" da reao. As reaes de combusto liberam energia para o ambiente. A

    solidificao e a condensao so mudanas de estado fsico que liberam calor.

    [Entalpia dos produtos] < [Entalpia dos reagentes] H < 0

    A entalpia dos produtos menor que a dos reagentes, ou seja, apresenta H

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    Veja que o sinal do H igual ao calor do primeiro membro e contrrio ao do segundo membro,

    quando vem na prpria reao.

    Reao endotrmica: aquela que absorve calor ou aquela em que o calor considerado

    "reagente". A fotossntese, os cozimentos de nossos alimentos so exemplos deste tipo de reao. A

    fuso e a vaporizao so mudanas de estado fsico que absorvem calor.

    [Entalpia dos produtos] > [Entalpia dos reagentes] H > 0

    A entalpia dos produtos maior que a dos reagentes, ou seja, apresenta H >0. Pode ser

    representada de vrias formas:

    Veja que o sinal do H igual ao calor do primeiro membro e contrrio ao do segundo membro,

    quando vem na prpria reao.

    Entalpia Reao exotrmica Entalpia Reao endotrmica

    Hr reagentes Hp Produtos

    Hp produtos Hr reagentes

    Caminho da reao Caminho da reao

    Equao termoqumica: a equao qumica acompanhada do valor do l, g, aq;

    os estados alotrpicos, se houver;a temperatura e a presso.

    Hr > HpH < 0 Hr < Hp

    H > 0

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    6.2. Entalpia Padro (H)

    Por conveno, a entalpia padro de substncias simples na forma alotrpica mais estvel a

    25C e 1 atm igual a zero (H0= 0).

    gs hidrognio (H2) H =0 Carbono C(grafita) H = 0 Oxignio gs oxignio O2 H = 0

    gs cloro (Cl2) H =0 C(diamante) H 0 gs oznio O3 H 0

    Entalpia padro de formao ou Calor de formao, ou simplesmente entalpia de uma

    substncia composta X, o 0fH da reao de formao de 1 mol de X a partir de seus elementos,

    com H0= 0, ou seja, a quantidade de calor libertada ou absorvida na sntese total de um mol dessa

    substncia a partir de seus elementos no estado padro.

    H2(g) + Cl2(g) 1 HCl(g)0

    )(HClfH = - 22,1 kcal

    1 H2(g) + O2(g) 1H2O(l)0

    )(guafH = - 68,3 kcal

    Hreao= H (produtos) -H (reagentes)

    Entalpia padro de combustoou Calor de combusto de uma substncia X a variao

    de calor (H) que ocorre na reao de combusto completa de 1 mol da substncia X. a 25C e 1

    atm de presso.

    Entalpia padro de dissoluode uma substncia X o H do processo de dissoluo de 1

    mol da substncia X numa quantidade de solvente suficientemente grande para que uma diluio da

    soluo obtida no seja acompanhada de liberao nem de absoro de calor.

    No caso do H de soluo de um composto slido (cristalino) em gua, temos:

    H(soluo)= H(reticular)+ H(hidratao)

    Entalpia padro de neutralizao ouCalor de neutralizao:

    H+(aq)+ OH-(aq) H2O(l)

    H = - 58 kJ

    O calor de neutralizao constante (H = - 58 kJ) na neutralizao entre cidos fortes e bases

    fortes. o calor da reao de neutralizao de um equivalente-grama de um cido ou um

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    equivalente-grama de uma base. Para solues aquosas diludas, verifica-se que o calor de

    neutralizao de cidos fortes com bases fortes aproximadamente 13,7 kcal.

    1 Eg cido (aq) + 1 Eg base(aq) 1 Eg sal (aq) + H2O0

    oneutralizaH

    A constncia do valor da variao de entalpia no assim to surpreendente, porque, quando

    cidos e bases fortes esto suficientemente diludos, a reao que ocorre apenas de H+com OH-.

    Evidentemente que, em se tratando de cidos e bases fracos, o grau de ionizao ( ) j no se

    aproxima dos 100% e o valor do H foge do valor previsto.

    Energia de ligao a energia absorvida na quebra de 1 mol de ligao no estado gasoso. A

    principal aplicao prtica permitir o clculo da variao de entalpia de reaes, conhecendo-se as

    energias de ligaes. Veja esse exemplo, reagindo gs hidrognio e cloro, formando cloridreto.

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    EXERCCIO RESOLVIDO

    Calcular a variao de entalpia na reao: CH4+ 2O2CO2 + 2H2O, utilizando as entalpias deformao, em kcal/mol: CH4=17,9; CO2=94,1 e H2O=68,3.

    Resoluo:

    6.3.Lei de Hess

    Lei de Hessou lei dos estados inicial e final - Hess determinou em 1840 a seguinte lei: "A

    variao de entalpia envolvida numa reao qumica, sob determinadas condies experimentais,

    depende exclusivamente da entalpia inicial dos reagentes e da entalpia final dos produtos, seja a

    reao executada em uma nica etapa ou em vrias etapas sucessivas".

    O H de uma reao s depende dos estados inicial e final e no depende dos estados

    intermedirios.

    O calor total liberado ou absorvido nas reaes sucessivas: AB e B C igual ao calor

    liberado ou absorvido na reao AC. Outra maneira de dizer a mesma coisa que o calor liberado

    ou absorvido na reao AC no depende do nmero de estados intermedirios.

    Lembre-se que, ao multiplicar ou dividir os coeficientes de uma reao termoqumica por um

    nmero qualquer, deve-se multiplicar ou dividir o valor deH desta reao pelo mesmo nmero.

    Atividade

    01. Calcule a Hda reao de formao do metano, dadas as reaes abaixo em condiespadro:

    H2(g) + O2(g) H2O(l) 0 )(guafH = - 68,3 kcal

    C (grafita) + O2(g) CO2(g) 0H = - 94,0 kcal

    CH4(g) + 2 O2(g) CO2(g + 2H2O(l) 0H = - 212,8 kcal

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    Uma reao espontnea a que tende a ser a mais exotrmica (entalpia mnima ou menor

    valor de H) e, ao mesmo tempo, a que tende a uma maior distribuio de matria e energia (entropia

    mxima ou maior valor de S).

    Energia Livre de Gibbs: A energia livre liberada numa reao a energia mxima que livre para

    produzir trabalho til. Mede a relao entre a entalpia e a entropia atravs da equao de Gibbs e

    prev a espontaneidade de uma reao qumica.

    Equao de Gibbs

    G = H - TS G = H - TS

    G < 0 liberao de energia livre reao espontnea

    G > 0 absoro de energia livre reao no-espontnea

    G = 0 equilbrio

    Energia gasta na organizao= TS

    Uma vez que H e S variam muito pouco com a temperatura, temos que:

    H S G

    + - + (sempre)

    - + - (sempre)

    + ++-

    quando H > TSquando H < TS

    - -+-

    quando |H| < |TS|quando |H| > |TS|

    Calcule o valor de Gpara a reao: C2H 2(g)+ 2 H2(g) C2H6(g) temperatura de 100C, e determine

    se esse processo ou no espontneo nesta temperatura.Dados: HfC2H 2(g)= + 54,2 kcal/mol; HfC2H6 (g)= - 20,2 kcal/mol; S H2(g= 31,2 cal/K mol;

    S C2H 2(g)= 48 cal/K mol; S C2H6 (g) = 54,8 cal/K mol.

    7.Cintica qumica

    Estuda a velocidade das reaes qumicas e os fatores que a influenciam e a possibilidade de

    controlar essa velocidade, tornando-as mais rpidas ou mais lentas. O estudo feito em reaes com

    velocidade moderada, que pode ser acompanhada, como a decomposio trmica de sais, acombusto de vrios compostos orgnicos, a transformao de alimentos pela ao de bactrias.

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    7.1.Teoria das colises

    Partimos do princpio de que as partculas de uma substncia qumica no esto paradas. Elas

    possuem uma determinada quantidade de energia e se movimentam. Este movimento faz com que se

    choquem e pode fazer com que ocorra a reao. Para isto, se deve ter quebra de ligaes qumicas e

    formao de novas ligaes, o que requer colises eficazes ou efetivas, nas quais so indispensveis

    duas condies: coliso suficientemente energtica e orientao favorvel das molculas em choque.

    Segundo a Teoria da Colises, o que determina a velocidade de reao a natureza e a quantidade

    de choques entre as molculas dos reagentes.

    Choques mal orientados, mesmo entre partculas ativadas, no conduzem reao, assim

    como choques bem orientados entre partculas no ativadas tambm no conduzem. Dessa forma, o

    choque deve ocorrer entre partculas ativadas em uma boa orientao.

    7.2. Velocidade de reao

    A velocidade de consumo de reagentes e formao de produtos a relao entre a

    variao de sua quantidade ou de concentrao, e o tempo em que ela ocorre.

    Vs=t

    n

    ou Vs=

    [ ]

    t

    S

    onde [ ]S = Concentrao da substncia S;

    n = variao de n de mols; t = tempo decorrido

    Velocidade mdia da reao o mdulo da velocidade de consumo de reagentes ou da

    velocidade de formao de produtos, dividido pelo respectivo coeficiente da substncia na equao da

    reao balanceada.

    Dada a equao :1 N2 (g) + 3 H2 (g) 2 NH3 (g)

    Teremos a equao da velocidade mdia na reao de formao da amnia:

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    )(reaomv = 12N

    v

    = 3

    2Hv

    = 2

    3NHv

    )(reaomv =[ ]t

    N

    2.1

    1=

    [ ]t

    H

    2.3

    1=

    [ ]t

    NH

    3.2

    1

    Dada a equao genrica :aA (g) + bB (g) cC (g)

    )(reaomv =[ ]t

    A

    a

    .1

    =

    [ ]t

    B

    b

    .1

    =

    [ ]t

    C

    c

    .1

    Fatores que influenciam na velocidade da reao:

    A temperatura O aumento da temperatura faz com que aumente a velocidade da reao. Ex.:Um

    comprimido efervescente reage amais rpido com gua quente do que com a gua fria.No refrigerador, a

    velocidade de decomposio de alimentos por microorganismos diminuda pela diminuio da

    temperatura.

    A concentrao das solues o aumento da concentrao de um reagente geralmente torna a

    reao mais rpida.

    O estado de diviso de um lquido quando em reao em sistema heterogneo - uma maior

    superfcie de contato do slido com o reagente lquido produz maior velocidade de reao. Ex.: O

    comprimido triturado reage mais rapidamente com a gua.

    Natureza dos reagentes Quanto maior o nmero de ligaes a serem rompidas nos reagentes e

    quanto mais forte forem estas ligaes, mais lenta ser a reao e vice-versa.

    Presso: Se aumentarmos a presso (diminuindo o volume, por exemplo), aumentamos o nmero

    de colises e, portanto, a velocidade da reao. Ex.: panela de presso. Aumentando a presso, haver um

    aumento na temperatura de ebulio da gua dentro da panela, possibilitando assim um cozimento mais

    rpido do alimento imerso.

    Presena (concentrao e forma fsica) de um catalisador:

    Catalisador: espcie qumica que acelera a velocidade de uma reao qumica. Os

    catalisadores atuam reduzindo a energia de ativao, e por conseqncia, aumentando a velocidade.

    Inibidor: espcie qumica que, juntamente com as molculas reagentes, faz com que estas

    reajam a uma velocidade menor. So utilizados como conservantes de alimentos, pois eles retardam a

    reao de decomposio. Por exemplo, podemos citar na margarina, a ao do conservante EDTA

    clcico dissdico.

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    2. Considerando o grfico, responda os nmeros que correspondem variao de entalpia e a

    energia de ativao da reao inversa.

    Resposta: Reao inversa a reao da direita para a esquerda. Dessa forma, o B o reagente

    e o A o produto. O 5 a energia de ativao da reao inversa e a variao de entalpia

    representada pelo 4.

    3. Considere os seguintes processos: neutralizao de leite de magnsia no estmago,

    oxidao de cobre, formando zinabre e ataque de cido muritico (HCl) em pedao de palha de ao.

    Quem apresenta alta energia de ativao?

    Resposta: Ter alta energia de ativao significa velocidade baixa, ou seja, reao muito lenta.

    Isso quer dizer que somente a oxidao do cobre formando zinabre apresenta, pois uma reao

    lenta. J os dois outros processos apresentam energia de ativao baixa, o que significa uma reao

    rpida.

    Atividade1. A combusto do gs de cozinha uma reao exotrmica, porm s se inicia ao receber

    energia externa como, por exemplo, a da chama de um palito de fsforo. Como chamada a energia

    fornecida pelo palito?

    2. Observe o diagrama de energia e julgue as afirmativas:

    I- O processo exotrmico;

    II- A reao tem variao de entalpia igual a 30 kcal

    III- A energia de ativao vale +130 kcal

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    temperatura. Para dada reao, a constante de velocidade depende fundamentalmente da

    temperatura, isto , variando a temperatura, varia o valor de k.

    Quando um dos reagentes se encontra no estado slido, ou lquido em excesso, sua

    concentrao no aparece na equao da Lei da ao das massas:

    Os expoentes a e b na expresso de clculo da velocidade instantnea, na verdade, so

    determinados experimentalmente. Existem reaes que ocorrem em vrias etapas, e a mais lenta

    determina a velocidade da reao. Por exemplo:

    Assim, os expoentes sero iguais aos coeficientes da equao balanceada somente para

    reaes elementares, que ocorrem em uma nica etapa.

    A ordem de uma reao dada pela soma dos expoentes aos quais esto elevadas asconcentraes na frmula da velocidade:

    Meia-vida

    Tempo necessrio para reagir a metade da quantidade de uma substncia.

    A desintegrao radioativa reao de 1 ordem. A meia-vida constante e no depende da

    quantidade do radioistopo.Catlise e catalisador

    Catlise uma reao na qual toma parte um catalisador.

    Catalisador uma substncia que aumenta a velocidade de uma reao, permanecendo

    inalterado qualitativa e quantitativamente no final da reao.

    A ao do catalisador abaixar a energia de ativao, possibilitando um novo caminho para a

    reao. O abaixamento da energia de ativao que determina o aumento da velocidade da reao.

    Catlise homognea:Catalisador e reagentes constituem uma s fase.

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    Catlise heterognea :Catalisador e reagentes constituem duas ou mais fases (sistema

    polifsico ou mistura heterognea).

    Enzima uma protena que atua como catalisador em reaes biolgicas. Caracteriza-se

    pela sua ao especfica e pela sua grande atividade cataltica. Apresenta uma temperatura tima,

    geralmente ao redor de 37C, na qual tem o mximo de atividade cataltica.

    Autocatlise: Quando um dos produtos da reao atua como catalisador. No incio, a reao

    lenta e, medida que o catalisador (produto) vai se formando, sua velocidade vai aumentando.8. Equilbrio qumico

    uma reao reversvel na qual a velocidade da reao direta igual da reao inversa e,

    conseqentemente, as concentraes de todas as substncias participantes permanecem constantes.

    Caractersticas do equilbrio qumico:

    S pode ser atingido em sistemas fechados Em sistemas fechados, toda reao qumica reversvel Propriedades macroscpicas como densidade, cor, concentrao, massa, permanecem constantes. A velocidade da reao direta igual velocidade da reao inversa.

    Como ocorre o equilbrio qumico:

    No incio da reao, a velocidade da reao direta mxima pois, a concentrao de reagentes mxima.A quantidade de reagentes vai diminuindo e a velocidade da reao direta diminui.Os produtos vo sendo formados e a reao inversa se inicia.A velocidade da reao inversa vai aumentando, a medida que a quantidade de produtosaumenta.Num instante Te, as velocidades das reaes direta e inversa se igualam.O equilbrio foi atingido.

    Grfico das reaes direta e inversa em funo do tempo

    Velocidade Vd

    Vi

    Tempo

    Constante de equilbrio: Quando as duas reaes reversveis atingem o equilbrio, o estado

    de equilbrio definido pela constante de equilbrio KC.

    Te

    Vd = Vi 0

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    reagentes produtos

    aA + bB cC + dD [C]c[D]

    d

    Kc=

    [A]a[B]

    b

    Kcno varia com a concentrao nem com a presso, mas varia com a temperatura.

    Quanto maior o Kc, maiores so as concentraes dos produtos em relao s dos reagentes,

    no equilbrio.

    Quanto menor o Kc, menores so as concentraes dos produtos em relao s dos reagentes,

    no equilbrio.

    Equilbrios gasosos homogneos

    A velocidade de reaes que envolve gases pode ser expressa em funo das presses

    parciais de seus reagentes.

    reagentes produtos

    aA + bB cC + dD

    (pC)c(pD)dKp=

    (pA)a(pB)b

    Kp= Kc(RT)n onde n = (c + d) - (a + b)

    Equilbrios heterogneos: Os participantes slidos no entram na expresso do Kcnem do Kp(se houver).

    C(s) + CO2 (g) 2 CO(g) (pCO)2Kp=

    pCO2

    Princpio de Le Chatelier: Quando se exerce uma ao sobre um sistema em equilbrio, eledesloca-se no sentido que produz uma minimizao da ao exercida.

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    9.Deslocamento de equilbrio qumico

    Equilbrio e concentrao

    Um aumentoda concentrao de um participante desloca o equilbrio no sentido da reao

    em que este participante consumido.