APOSTILA DE PRODUÇÃO DE VÍDEO

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  • 7/29/2019 APOSTILA DE PRODUO DE VDEO

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    ERD FilmesAPOSTILAOFICINA DE VDEOWWW.erdfilmes.com.br- e-mail:[email protected]

    ERD Filmes1 RoteiroO tema que abordaremos o corao e o pr inc pio do t rabalho

    au di ov isua l. Trata-se do roteiro. por meio dele que o diretor usa seutalento, ou supostotalento, para contar, da melhor maneira, uma histria.Podemosfazer uma analogia e imaginar que o roteiro como uma piada. s vezes, semgraa, mas quando uma pessoa que sabe a linguagem certa conta apiada, ela ficamaravilhosa. E quando uma pessoa que no tem o tom faz anarrao oresultado desastroso.Podemos ento perceber que a piada depende de quemconta, ou seja, como usada a linguagem do meio. E o roteiro a mesma coisa,depende s vezes docomo fe ito. Lembramos que o roteiro no literatura,no tem que emocionar ao ler, no tem que ser maravilhoso ao ler, mas sim

    ter indcios de que aquelao b r a a o s e r n a r r a d a n o m e i oa u d i o v i s u a l t e r s i m u m c r e s c i m e n t o e i r emocionar, fazer pensar,rir, chorar; ou seja, provocar alguma emoo no leitor.Apresentaremos algumastcnicas que utilizamos na produo de roteiros e quetm sido bem recebidas nomercado. Confesso que nada d mais medo do quever o cursor piscando e nosaber o que digitar, o que escrever, ou a folha embra nco pr ec isan do serr iscada e a id ia no vem. O rote i r ista , conhecendop r i me i r am en te oque dese j a t r ans m i t i r , u sa a l i n gua gem a ud i o v i s ua l p a r a transmitir esta mensagem da melhor maneira. Codificador e decodificador

    soelementos importantes para que a comunicao se efet ive.Imaginem se euestivesse escrevendo em rabe, vocs conseguiriam ler? Pois euestaria usandoum cdigo lingstico que vocs no tm informao e acomunicao entre oqu e es ta r i a es cr ev en do , o co nt e do e o qu evoc s i r i am en t en de r no se real izar i a. Mas , como estouesc revendo e m po rtu gus e vocs possue m a codif icao, entendem oque querem dizer as palavras em tais ordenamentos, ento a comunicao seefetiva e vocs me entendem.Para que o roteirista possa transmitir a informao quedeseja ao receptor, deveentender qual o cdigo que o receptor entende. Porexemplo, para escrever umroteiro sobre HIV para adolescentes utilizamosuma estrutura, uma linguagem.Porm se o roteiro, sobre o mesmo tema, sedestina 3 idade, a linguagem aser utilizada ser diferente. Mas, espera umpouco: no tudo mensagem? Sim,. Porm o cdigo que o receptor, no casoadolescente ou 3 idade iro entender so completamente diferentes, por issoque na minha analogia coloquei que a WWW.erdfilmes.com.br- e-mail:[email protected]

    ERD Filmesdecodificao passa pela experincia de vida, pela classe social do

    receptor,etc...Quanto mais se conhece o receptor,melhor ser o desempenho final. Por isso, aprimeira coisa, antes de fazer um roteiro, conhecer o universo do seu receptor,como ele vai decodificar a informao e, ento,

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    usar a linguagem audiovisual damelhor maneira para que ele, o receptor, possaentender a idia, a mensagemque vocs esto passando.CRIANDO HISTORIASPara cr iar a histr ia pr imeira mente vocs tm de ter em mente oquedesejam escrever, o que desejam mostrar com aquela histria. Esse oprincipalpasso. Tendo isto claro na mente fica mais fcil escrever. Tecnicamente emumroteiro deve existir:

    Apresentao do problema;Desenvolvimento/Complicao;Soluo do problema/Desenlace;Parece simples, e simples de verdade.P r i m e i r ov o c s i r o a p r e s e n t a r p a r a o s e u p b l i c o . Q u a l o p r o b l e m ad a personagem? Lembrem-se: histria sem problema no existe. Pensemcomigo:qual o f i lme, o curta, a novela que vocs viram que o

    personagem no t inhaproblema?O que leva a segunda parte, comovocs desenvolvero fazer o p bl ico i r entendendo o que estsendo narrado. E, finalmente, a soluo que vocsroteiristas estoapresentando, o que o seu personagem sofreu, passou e comoele ficou depois destetrabalho.Meus amigos, na vida de vocs, eu creio que tenham acontecidovarias coisas.Coisas boas e coisas no to boas que vocs desejam esquecer. Hmomentosna vida que tudo estava tranquilo, porm, de repente, tudo muda. E assim umroteiro, o recorte, ou o que vocs iro apresentar justamente este momentoemque alguma coisa aconteceu ou acontece na vida de uma pessoa, no caso

    dopersonagem.WWW.erdfilmes.com.br- e-mail:[email protected]

    ERD FilmesNa prtica um roteiro divido em duas partes: o literrio e o tcnico. E emcadamomento vocs utilizaro um deles. Vamos comentar o roteiro literrio, que serabase para o trabalho de toda a equipe.Roteiro LiterrioEm um roteiro literrio, no devemos nos preocupar com planos ou coisasdotipo, s com a histria, e com o que vocs querem transmitir. No soc o l o c a d a s p a l a v r a s d e s e n t i d o d u v i d o s o o u d b i o o u q u e n os e p o d e s e r c r i a d o , representado em forma de imagem. Para no sefrustrar com o roteiro, pensemem coisas simples que vocs possam fazer.Busquem coisas e lugares que sode f c il ac es so. De po is qu an do es ti ve re mescreve ndo outros rotei ros vo cs podem ir ampliando e colocando coisas eaes mais difceis. No se esqueamq u e r o t e i r o n o l i t e r a t u r a , n op o d e m o s d e s c r e v e r c o i s a s d o t i p o O d i a a m a n h e c i at r i s t e m e n t e . C o m o o d i r e t o r i r g r a v a r e s t a c e n a ?P e s s o a s caminhando, pela manh, tristes e chorando? A escrita realista, seca,

    direta.A m an hece u . P ess oas cam i nha ndo na c i d ade . P od e s e r f e i oe m t e r m o d e literatura, mas o certo em termos de linguagem audiovisual.Dica:No se preocupe com o plano s com a histria neste momento.

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    Por onde comear?Tudo comea com uma idia do que se deseja fazer , em cima delavamosapresentar as etapas para a produo e, ento, a segunda parte.Historia em linhas1Histria em Linhas, como o prprio nome diz, apresenta literalmente ahistrianarrada, contada em poucas linhas. De modo geral em 5 linhas, ou seja, a

    idiacentr al da hist r ia, o que voc s dese jam cont ar. Nest e moment ovo cs v oapresentar o conflito, desenvolver e dar uma soluo ao conflitoapresentado.Tudo em poucas linhas.Sinopse

    A sinopse tambm conhecida como argumento. Nela vocs precisam darmaisdetalhes como o espao da ao, o tempo e os personagens. O leitor da sinopse1 tambm conhecido como Story- l ineWWW.erdfilmes.com.br- e-mail:[email protected] Filmes

    j tem noo do que ir encontrar no roteiro. Na prtica, vocs desenvolvemumpouco mais a histria e comeam a colocar mais detalhes de como e ondeaao acontecer, os personagens que iro contracenar e como o conflitoserdesenvolvido. Neste momento surge o plot( p r o b l e m a ) q u e a e s t r u t u r a dramtica do roteiro, ou qual o confl ito, oproblema principal que ser resolvidopelos personagens. Como este conflito irmexer com a moral dos personagens? nesteplot

    que o pblico ir analisar a moral das personagens.Dica:Q u a n t o m e n o r o n m e r o d e d i l o g o m e l h o r . O v d e o o b r aa u d i o v i s u a l e devemos fazer a imagem contar, vivenciar algo e oespectador ir vivenciar por meio dele, sofrer, amar, sorrir e chorar e se vocscolocam o personagem falandomui to , per der o um do s el em ent ospri nc ip ai s da ob ra au di ovi su al , que acontemplao da obra, o analisar,pensar, refletir sobre o assunto.TratamentoNo t ratamento i remos colocar o rotei ro em estrutur as dentro dalinguagemaudiovisual propriamente dita, ou seja, nele que o roteiro ganha assequnciase as cenas passo a passo.Outro ponto que no podemos esquecer oclmax do roteiro. o momento maisimportante da his t r ia. quan do opersonagem deve decidir o que fazer emdeterminado momento. O clmaxque apresenta o desenlace final. justamente oencontro do conflito com a soluodeste.Outro ponto que assim que terminamos de escrever um roteiro a idiaparecetima, por isso necessrio dar um tempo e ento depois de uma semanareler.Vocs vo ler vr ias coisa s sem s ent ido e ter de reesc reve r, ochamadotratamento. Algumas pessoas fazem at trs tratamentos antes de

    apresentar oroteiro final.PLOT Principal

    A nica maneira de aprender a escrever um roteiro escrevendo, reescrevendoereescrevendo. O plot principal a coluna dorsal da histria, a histria principal,

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    astory line desenvolvida. O conflito resolvido, o problema apresentado. O plot emvdeo bem delineado, pois geralmente o tempo destes vdeos varia entre 10 e20 minutos.Claro que temos longas sendo realizados em vdeos, porm ainda WWW.erdfilmes.com.br- e-mail:[email protected] Filmesno algo comum. Cremos que em breve ser uma realidade. O Plot oquemover o espectador a ver a obra, do que ela i r t ratar . Romeu e

    Jul ieta, por exemplo, tem no amor proibido dos dois jovens o plot principal. Esteplot tem deficar claro para o expectador. No plot j temos a idia do conflito que ahistria irnarrar e j imaginar possveis aes e qual a moral (ethos) da histria.Osub plot composto por histr ias paralelas que ajudam o autor anar rar ahistria principal. No caso de Romeu e Julieta os sub plots so osamigos deRomeu , a ama d e Jul ie ta, ent re out ros. S o os su b plots quea ju da m o p lo tp r i n c i p a l a g a n h a r v i d a . M u i t a s d a s a t i t u d e s d op e r s o n a g e m p r i n c i p a l s o conhecidas por meio do sub plot.Ao pensar no plot,imaginem se ele cria uma dvida, se ele cria uma indagao.No se esqueam que

    o que move uma histria o desejo de v-la, saber oque o personagem farem determinada situao.Resumindo...Criar um plot , um porqu, um mot ivo que far o personagem avanar na suatrajetria de vida como ser humano. Depois, a partir do plot e da idia, criarumahistria em linhas, ento colocar as aes. Depois, colocar os dilogos emcadasequncia e pronto: vocs j tm um roteiro para ser filmado. Simplesno ?B e m , s e e s t e o p a d r o ? N o , m a s u m a m a n e i r a q u ee n c o n t r a m o s d e escrever e de lecionar roteiro e vem funcionando com os

    diversos grupos em quefao palestras e cursos.Experimentem!Criao da personagemLembramos ou informamos aos roteiristas iniciantes que tentem escrevercoisasdiferentes de suas vidas. No incio as pessoas tm mania de escrever a suavidaou a de amigos, o que nem sempre gera importncia para quem ir assistir,poisproblemas todos tm e resolvem de alguma maneira. Por isso importanteestedesligamento do que voc e criar algo realmente diferente do que voc viveouvivencia. Uma dica escrever pelo menos um ou dois roteiros antes de escrever oque ir realmente gravar, pois estes dois j deram a distncia que voc precisaentreo que voc como pessoa e o que voc deseja escrever como roteirista.Sevocs escreverem apenas as suas coisas somente vocs e um grupo de WWW.erdfilmes.com.br- e-mail:[email protected] Filmesamigos i ro entender as aes e as piadinh as que esto fechadas emcer togrupo social e bem localizadas. O importante fazer uma obra aberta, em queaspessoas que nunca viram vocs possam conhecer e entender, isso arte enoapenas um vdeo para os amigos verem, rirem e em seguidaesquecerem.Ger alm ent e, quando est ou n o p roc ess o de c riao do

    personagem, escrevocomo ele fisicamente e sobre sua vida, pois assim possocriar falas diferentesp ar a p e r s o n ag e ns di f e r e nt es . Um g r a n d e e r r o c o l o c a r s e m p r e a m e s m a maneira de falar em todos os personagens. Temosde ter em mente que cada umtem um jeito, uma maneira de agir e de falar. A fala o

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    pensamento em ao e,se eu tenho uma rpida cognio, rpida maneira depensar, terei respostasrpidas, se, por outro lado, eu tenho uma cognio lentaconsequentemente tereidificuldade em entender algumas palavras, no s navelocidade do pensar comotambm no significado das palavras usadas. Umpersonagem mais culto usarpalavras diferenciadas em seu repertorio. Pelomodo como o personagem seexpressa j dar pistas ao espectador de quem ofalante.Estes pontos so impor tantes at p ara que o p erson agem siga

    uma l inha deraciocnio e n o mude no meio do discurso. Algunsrotei r is tas se perdem e opersonagem vai mudando sem uma explicaolgica.A ttulo de exemplo podemos citar o longa O Rei do Rio.Ary Moreno, formao segundo grau incompleto, idade de 33 anos,idealista,sofreu na infncia, pais severos e temerosos a Deus. No se apega aosdetalhes,intel igente e meticuloso, usa a lgica para resolver ospro bl emas e se mp remantm o controle.Patrcia

    - Ruiva, 25 anos, culpa o pai pela morte da me, porque este tinha umaamante. Opai o general de polcia do Rio e se candidatar prefeitura. Ela nunca seformou, j fez quatro faculdades e sempre pra no meio; desiludida, sesente perdidano mundo. Bonita e sensual no sabe o motivo pelo qual desanimade tudo navida.C o m e s s a b a s e e u e s c r e v o o s d i l o g o s e a s a e se t e n t o m a n t e r o s personagens dentro da lgica de cada um. A maneira deagir, a maneira de falar e de pensar.WWW.erdfilmes.com.br- e-mail:[email protected] Filmes

    Os ArqutiposApresentamos um caminho usado por vrios autores para criao deroteiros,usando a ideia de que o heri / personagem pr incipal , semprereal izar umtrabalho, uma ao dramtica. Ressaltamos que h vrias teorias emtodos paracriao de roteiros, os arqutipos universais um deles.Geralmenteusado por roteiristas para criar sua histria ou a base desta, usandoa idia doinconsciente coletivo de Jung2(2002) e de aes que todos temos idiade o que , mas, no sabemos comofunciona. Segundo Campbel l (2002) , atarefa do heri consiste em retirar-se dacena mundana dos efeitos secundrios einiciar uma jornada pelas regies causais dapsique onde residem efetivamenteas dificuldades para torn-las claras. Assimabordaremos a trajetria do heri,pois este encarna o lado do cidadoperfeito e, pensando no lado histricocultural, este heri espelha os ideais daclasse mdia, ntegro, bom e honesto,um cidado quase perfeito.1. O Mundo Comum: Geralmente o personagem principal ir vivenciar algo forade sua vida cotidiana,algo novo, que requer nova cognio, novos esquemasmentais. Um universoque ele no se adapta. Ou ir concertar o seu universo quepor algum motivo ficou

    desarrumado.2. Chamado Aventura

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    : O chamado acontece quando o personagem principal desafiado. Este chamadofaz o personagem sair do seu mundo comum, algoinesperado acontece.

    Assim apresentado ao pblico quem o protagonista oantagonista.3. Recusa do Chamado : Dep ois de des af iado , s ai r d a t ranqui l i dade de seu mundo e ser chamado aventura, o heri geralmente recusa por vrios motivos ochamado. Esta recusa fazalgo acontecer que o obriga a aceitar o chamado.

    4. Encontro com o Mentor:na psicologia o vnculo pai e f i lho que ajuda oheri a cumpr i r ochamado. Em alguns momentos o mentor tem a funo deexplicar aopblico a diferena entre bem e o mal. O mentor no ajuda o heri acumprir a tarefa,s mostra o caminho para o heri alcan-lo sozinho. Em muitosmomentos o mentormorre ou sai da histria para que o heri cumpra seu trajeto.5. A travessia : O h e r i d e p o i s d e a c e i t a r o c h a m a d o , p a s s a r p o r a l g u n s 2

    Estamos usando a definio de arqutipos de Jung do livro Os arqutipos e o inconscientecoletivo,Segundo o autor os arqutipos so o contedo psquico do inconsciente coletivo. So

    formas de pensamentouniversal com carga afetiva que herdada.WWW.erdfilmes.com.br- e-mail:[email protected] Filmesmomentos de di f iculdade, ponto de v i rada, Plot Point, e m q u e p e n s a r e m desistir, porm algo acontecer para o heri voltar aochamado. Amigos surgiropa ra aj ud -l o a cu mpri r se u cham ad o. s veze s

    um amor surge e o ajuda acompletar o caminho. O ideal burgus de que o amorpode tudo e contribui paraas mudanas da pessoa.6. A Provao Suprema: o desaf io mximo no qual o h eri e o a nt i -her ibrigam e o primeirovence a luta, deixando o anti-heri quase morto ou commedo do novoconf lito que pode ser fatal . O heri no se acha mais digno dochamado e temmedo de continuar.7. Recompensa: Aps a batalha final o heri tem arecompensa que a voltapara o seu mundo ou viver bem no novomundo.Anal is aremos um f i lm e par a ver como fu ncion a esta idia dosarqut ipos, o indito, Karat Kid. Escolhemos por ser um filme que todos j vimosem algummomento. No filme, o personagem Daniel San vive no seu mundo,no gostamuito da mudana que a me o fez realizar, ele meio rebelde, mas viveno seumundo, ento ele chamado para aventura, no caso desafiado a lutar, pormelerecusa este chamado. E encontra o mentor , senhor Miyagi , que oa ju da , l he e n s i n a a s t c n i c a s e a s a b e d o r i a p a r a e n f r e n t a r o s e ud e s t i n o e a c e i t a r o chamado. Com a ajuda do mentor ele faz a travessia,vence a luta e recebe arecompensa. Acha que foi sorte minha? Ento analisemoutros filmes com a ideiado arqut ipo para vocs perceberem que tudo igual !Se escolhermos outrosfilmes ser da mesma forma, pode mudar a estrutura,

    mas a forma sempreessa. Caso vo cs est ejam cu riosos , podemrealizar este raciocnio com asnovelas. Ser ainda mais fcil. Vejam que filmescomo: Mad Max (1979), Rambo,(1982),Karate Kid (1986), Duro de Matar (1988),

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    Misso Impossvel (1996), Matrix(1999), Minority Report (2002), Homem de Ferro(2008), dentre outros, mantm amesma estrutura narrativa.WWW.erdfilmes.com.br- e-mail:[email protected] FilmesCapitulo IIProduo de VdeoCostumamos falar que a produo a mente de uma obra audiovisual, enquantoo

    diretor viaja e sonha com os planos ideais, a interpretao memorvel do ator ou daatriz preferida, enquanto ele vive no mundo das idias, o produtor no; temde viver nomundo real e analisa as coisas pela tica do dia a dia e da viabilidadeeconmica dacena.Comentaremos sobre a produo de baixo custo e como diminuir mais aindaoscustos, mas se m perder a qual idade. a produo que organizatudo para arealizao do vdeo. Alguns brincam e falam que a produoarma o circo parapoder haver o espetculo. Os maldosos falam que a produoarma o circo parao palhao (diretor) brincar. Que maldade!Depois do roteiro finalizado,o produtor e o diretor comeam a trabalhar. O diretor ser o responsvel pela parte

    artstica do filme.A produo se divide em trs fases:Pr-produo,ProduoPs-produo.Algumas pessoas comentam que a fase mais importante daproduo a pr-produo. Concordamos com esta frase. Se comeamos deforma organizada, acontinuidade se tornar mais fcil.

    A Fase de Pr-ProduoNa fase de pr-pro duo o rotei ro j est def in ido e o produtor escolher aequipe. nesta fase de def in ies e plane jamento que aproduo toma umrumo: qual o equipamento ser utilizado, escolha dos atores, daequipe tcnica, otipo de cenrio, iluminao e sonorizao etc.Dica. G a s t e m t e m p o c o m a p r - p r o d u o , p o i s q u a n d o v o c sv e r o a viabilidade do vdeo e escolhero as pessoas certas. Em uma equipe,como emum na moro, tem d e ter qum ica, se n o.. . Por isso a es colhada s pess oas importante. J realizei vdeos com equipes maravilhosas quesinto saudades ecom outras que eu contava a hora de acabar logo. Pensem comcalma em quemWWW.erdfilmes.com.br- e-mail:[email protected] Filmesvocs vo convidar , faam uma entrevista e n o confundam amizadecomtrabalho para no correr o risco de perder o amigo.A produo e a di reotrabalham ao mesmo tempo, enquanto a produoor ganiza af i lmagem, o di retor def ine a equipe que geralmente o Diretor deFotografia e o Diretor de Arte que comeam a conceber artisticamente o

    vdeo.Claro que a concepo vai ter de estar dentro do oramento propostoou semoramento. Na prtica, o diretor e o produtor que financiam o vdeo, poisapoio difcil. H empresas que apiam com alimentao, logstica,emprstimo deespao para ensaiar ou para gravao, o que j ajuda muito.

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    Como ser o quarto de Patrcia?Para o pblico, todos os elementos apresentados so codificados einterpretadosdando vida personagem e sua base psicolgica e social. Oespectador aoassistir ao vdeo, procurar estas marcas, onde o diretor e aequipe deixaramdicas para que o pblico entenda aquela cena ou personagem emquesto. Por isso, importante analisar a base de cada personagem e vercomo o quar to, aroupa e o modo de falar iro contribuir para esta decodificao que

    o pblico fazsem querer. o mesmo que fazemos quando conhecemos uma pessoa,olhamoscomo ela est vestida e a roupa j mostra qual o grupo social ou qualt ribo elapertence. No exemplo do roteiro dado, O Rei do Rio como deve ser oquarto dePatrcia? Patrcia uma garota independente , portanto seu quartotem de ter esse ar de independncia e sua roupa tambm precisa mostrar isso. At aluz doquarto ir reforar ou no este ar da personagem, por isso importante adireode arte e a direo de fotografia trabalharem em conjunto para criar aconcepoartstica. importante tambm a direo contar com pessoas deoutras reas para queelas possam contribuir com um novo ou diferenciado

    olhar em uma obra. Elasindicaro, mas a responsabilidade final do diretor. elequem guia o filme e da cara final. Por isso, ele tem que saber o que deseja mostrar ea equipe tem dever a melh or maneir a de faz er a ide ia do dir eto r sermostrada por meio dasdiversas reas tcnicas e artsticas.Produo e DireoWWW.erdfilmes.com.br- e-mail:[email protected] FilmesPara exemplificar e ficar mais fcil o entendimento, comentarei outro roteiromeuchamado MBA para camel, que um curso em que os camels

    aprendem avender com tticas psicolgicas e altas armaes. Os alunos sereciclam parapoderem vender mais balas e coisas do tipo. Bem, um professor fala e15 alunosassistem aula, Porm, apenas seis alunos falam com o professor.Ento, odiretor ir escolher os sete atores, o professor e os seis alunos. Osoutros novealunos a produo ou o assistente de direo podem escolher,no o diretor quem escolhe. Ser tambm a produo que providenciar a salapara ser feitaa gravao, ou uma escola que empreste uma sala para agravao, o que mais fcil. Pela minha experincia, arrumar uma escola dar umar mais real, dever oss imi lhana , o que impo rtante par a o pb lico , poisno teat ro o pbl icocompra o sonho e a idia de que um pente uma arma, omundo do irreal, masno vdeo, tem de ter a arma, pois o vdeo trabalha comelementos da realidade.S se o di retor qu iser br inca r re al mente. Apr oduo , depoi s de esco lher a locao e ver os dias de gravao,decidir se a gravao ser fei ta em um oumais dias. Isso ser levado em contapelo diretor em funo do nmero de planosde cada sequncia e a complexidadede cada cena. H sequncias complexasque duram meio dia e sequnciassimples que so feitas em um dia. Se foremduas locaes, a produo ver qualo melhor dia para cada uma. Depois destemnimo planejamento montaremos adecupagem de produo.

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    Outro ponto importante e que deve ser analisado a equipe tcnica. Na prticaumaequipe mnima em vdeo como j falamos composta por:1 - Cmera man2Operador de udio3 - Diretor de fotografia4 Diretor de arte5 - Produo6 DiretorClaro que pode ser feita uma equipe mais completa, mas essa seria uma mnimaparaque o trabalho possa fluir com mais tranquilidade.PrazosCumpr i r prazos outro ponto importante para a pro duo e di reo. A

    datacontribui para que toda a equipe possa ficar livre nos dias e feita pelo diretorepela produo depois de conversar com a equipe tcnica e com os atores.Hmomentos que tem que escolher e ntre uma boa locao gratui ta,um ator ououtro, a lgum da equipe tcnica ou algo do t ipo. Estamosan al isan do um aproduo gratuita ou sem recursos, mas quando h verba feito um contrato eque tem que ser cumprido. Esta mecnica entre dias que atorespodem gravar ea locao conseguida ou o dia que algum da equipe tcnica podeestar presente delicada e deve ser feito com calma e com antecedncia parano mudar emcima da hora a gravao. Conversar com a equipe e

    apresentar a realidade amelhor maneira de se ter credibilidade com aequipe, sempre jogar limpo, terparceiros.Quando a direo no apresenta equipe segurana e datas pr-estabelecidaspara ensaio, a gravao comea aperder a credibilidade e a minar a confianano trabalho, antes de comear . Oideal na primeira reunio com a equipe deatores e tcnica, j indicar onde equando sero as gravaes.LocaesNo rotei ro so def in idas quais as locaes que sero necessr iaspara areal izao do vdeo. Geralmente o prod utor e o di retor que

    escolhem as locaes. O uso de locaes reais confere ao vdeo uma almado espao. AWWW.erdfilmes.com.br- e-mail:[email protected] Filmesu t i l i z a o d e e s t d i o s e n o f o r b e m f e i t a f i c a c o m c a r a d ea r t i f i c i a l , fake.Cuidado com estdio, s vezes conseguir uma casa, um escritrio, uma locaoreal mais fcil e melhor. Pensem nisso.O vdeo trabalha com o realismo/naturalismo e alocao contribui para passar amensagem que se deseja. Um exemplo um escritriomontado em um estdio eum escritrio real. No estdio haver o controle de luz e deudio, o que j por si s uma van tagem. J no escr it ri o nem sempre oudio e a luz podem ser controlados, porm o uso do escritrio real fica maisnatural para a gravao. Ata baguna e a desordem fazem parte, a tal alma dalocao.PermissesOutro ponto importante a autorizao. Para gravar na rua geralmente bomavisar a polcia que haver uma gravao. necessrio enviar um ofcio.

    Aindaque a polcia no envie ningum, o que geralmente acontece, pelo menos sabe

    oque est acontecendo.Lembramos que para fechar a rua ou o trnsito s com apermisso da polcia oude rgos competentes. Geralmente sugiro ir a bairrosafastados do centro paracenas deste tipo. Na rua bom ter cuidado e gravarem espaos que no hproblemas de segurana, ter pessoas, amigos que fiquem

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    assistindo a gravao,p o i s o v o l u m e n e s t e m o m e n t o i g n o r a o s q u ede se jam faz e r a l g o e r ra do . impor tan te que se conhea a lgum dobair ro em que vai gravar , no centroger almente no h problemas,mas no s ba ir ro s co nv er sa r co m u m mora do r, conhecer o presidente daassociao de moradores e com ele fazer a gravao importante. J gravei emalgumas favelas no Rio de Janeiro e, nessas ocasies,sempre conversava commoradores ou com o presidente da associao paragravar sem problemas.

    Recomendo que, ainda que trabalhe com amigo ou atores importante a autorizaode imagem. Ode uso da imagem por troca financeiraou apenas a pessoa abrir mo decobrar pela utilizao da imagem em um vdeode b a i x o o r a m e n t o . A s s i m ,es te do cu me nt o po de se r im po r t an te em um momento futuro, tantopara os atores, para o diretor no vender a obra, quantop a r a o d i r e t o r ,p a r a o a t o r n o p r o i b i r a e x i b i o d a o b r a . N o a n e x o2 apresentamos alguns exemplos de autorizao.Em algumas cidades do Brasil aspessoas so sempre receptivas s gravaes ea t a j u d a m . R e a l i z e ia l g u m a s o f i c i n a s d e v d e o p e l o B r a s i l e

    s e m p r e conseguimos casas, lojas cujos proprietrios desejavam apenas ver econtribuir.No custa nada pedir o espao emprestado.WWW.erdfilmes.com.br- e-mail:[email protected] FilmesDicaC a s a d e a m i g o , n a m o r a d a , a e s c o l a q u e e s t u d a o u e s t u d o u , ap a d a r i a d a esquina, a praa da cidade, sempre procurem ver com osamigos as locaesque vocs precisam e gravem nos dias que a pessoa dispe, oufim de semana.O que no pode atrapalhar o trabalho das pessoas. E o

    brasileiro um povoamistoso e gosta de ajudar. Nos lugares do Brasil quegravei sempre tivemosa p o i o d o s m o r a d o r e s . T e n t e , v o c s v os e s u r p r e e n d e r , a t f i g u r a n t e s conseguimos entre os moradores.Capitulo III - DireoDireoChegamos parte que todos gostam, onde pulsa a gnese do filme e daparteartstica. aqui, na direo, que o filme nasce como obra ou se perde nocampocomum das idias repetidas. A responsabilidade da direo muito grande,poisa escolha dos atores de uma responsabilidade gigantesca e quando se erranaescolha dos atores, h como consertar depois.Alguns diretores fazemlaboratrio com o elenco principal, outros j arriscam ealguns pedem ajuda.

    Acho que todas as alternativas so vlidas, pois a escolhado elenco rea lmente o mom ento de lic ado do fi l me. Sempre ar ri sque i, em algumas vezes fui felize em outras preferi ouvir a opinio das pessoas. Tive sortede trabalhar com atoresde primeira linha e muitos se tornaram amigos, algunsiniciantes, outrosexperientes, mas todos com vontade de fazer, experimentar.T ive opr iv i lgio de t rabalhar com atores no inc io da carrei ra, comoCl u dio Garcia, Nando Cunha, Thais Pacholeck, Mel Lisboa, HelenaBorchiver, CamilaMorga do, Paulo Hamil to n, C ludio Lins, dentr e o utros

    que t ive o prazer deconviver e aprender.Como j dirigi alguns curtas e a mdia de quatro atores por curta, j trabalhei,em mdia, com mais de 500 atores, seja deincio de carreira, j profissionais ouamadores e um momento que eu gosto eprezo muito a parte do ensaio dosatores.Alm da escolha dos atores o

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    diretor escolhe a equipe que fica mais prximadele, que so: o diretor defotografia, o cmera e a direo de arte e o assistenteWWW.erdfilmes.com.br- e-mail:[email protected] Filmesde direo. Estes so elementos que vo contribuir para a concepo do vdeo. ummomento tambm de briga, pois o diretor apresenta um ponto de vista, o ator outro eficam s vezes em um bom debate para ver qual o melhor ponto de vistapara o

    pblico poder entender a histria, s vezes a briga fica quente, massempre animada. Quando ensaiava com Nando Cunha br igvamosmuito,debatamos, e as pessoas at pensavam que eu no gostava dele ou vice-versa,mas no outro trabalho l estava ele. Admirava e admiro o ponto de vista delededefender o personagem, e n ossa br iga e ra por isso, aprendi mui tocom ele.Fizemos vrios trabalhos juntos, resultado de vrios debates!Na gravaoSempre ensaiar primeiro, para que o ator se acostume com o texto e relembre.No diada gravao no se dirige ator, s ver alguns detalhes, vocs no podempa r a r a

    e q u i p e p a r a d i r i g i r o a t o r . P a r a i s s o q u e e x i s t e o e n s a i o . Ai d i a relembrar, e sempre deixar o ator se sentindo bem e seguro do que ira fazer.Oensaio para o ator e tambm para a equipe tcnica, pois o cmera j irver oenquadramento e a equipe entender o que vai ser feito. Outra coisa deixar aequipe saber o que vai acontecer, todos devem saber para que sesintam novdeo, pois o f i lme de todos, de toda a equipe, e o di retor o maestro, o regente. Ento depois de tudo, depois do ok, s fazer a gravao eboa sorte!CAPITULO IV Direo Decupagem Decupagem de Direo - Planos

    N a d e c u p a g e m d e d i r e o e n c o n t r a r e m o s o c o n c e i t o d ep l a n o s e d e e n q u a dr a m e nt o , po r i ss o a n te s d e c o n t i nu a r mo sd e v e m o s d e f i n i r o q u e enquadramento, que nada mais do que a imagemque o pblico ver, ou seja, amoldura da imagem. como um quadro em que serecorta o espao para verapenas uma parte dele. Um dos erros dos amadores sempre deixar a cmeraregistrando em plano geral, imitando o que Grif fith fezh mais de 100 anos. Acmera, que a responsvel pelo enquadramento,geralmente apresenta umalente que cambivel, ou seja, ela pode ir dagrande angular at a teleobjetiva.Estas duas lentes que vo fazer osenquadramentos. A lente grande angular,como o nome diz, mostra a imagemaberta e a teleobjetiva mostra os detalhes daimagem, imagens mais prximas.WWW.erdfilmes.com.br- e-mail:[email protected] Filmes

    Ao mesmo tempo em que o diretor faz os ensaios com o ator, deve ir pensandonadecupagem de direo. Em que consiste a decupagem de direo? j irimaginando como o pblico ver as cenas. Podemos fazer um paralelo comar e v i s t a e m q u a d r i n h o s , o s q u a d r o s , a s i m a g e n s s op a r e c i d a s c o m o enquadramento.A primeira coisa que se deve saber osprincipais planos.Exi ste uma di fe rena e nt re os planos do ci nema e o s

    planos da TV. Vamosapresentar os principais e qual lente faz qual tipo deenquadramento:Super Plano geral

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    Plano GeralPlano AmericanoPlano ConjuntoPlano Mdio

    Primeirssimo PlanoCloseDetalheGeral mente, cada lente faz ce rto p lano at e m fun o de suaespecificidadetica, o que no impede de fazer experincias ou gravar uma nicalente todos osplanos apenas afastando ou aproximando a cmera do objeto.Grandeangular Faz os planos mais abertos (Super Plano Geral, Plano Geral, Plano

    Americano)Os planos mdios podem ser fei tos pe la grande angular ou

    pela te le (PlanoMdio, Primeirssimo Plano).TeleobjetivaFaz os planos Close e Detalhe, mas tambm pode fazer o PrimeirssimoPlano.Depende do que o diretor deseja passar na cena.Os planos

    A decupagem clssica determina alguns enquadramentos padro em relaofigura humana, existe uma diferena entre cinema e TV. O vdeo seaproximamais do cinema neste momento do que da TV.WWW.erdfilmes.com.br- e-mail:[email protected] Filmes

    Super Plano Geral mais usado no cinema, devido tela de cinema ser maior do que a tela da TV; esteplano usado para apresentar as imagense os espaos. O espectador v ondeest se passando a ao, v todo ocenrio.Plano Geral o enquadramento onde focal izado mais o cenr io do queopersonagem, em que pode se ver o personagem inteiro na tela.Plano de Conjunto o enquadramento da pessoa por inteiro, o cenrio j notem tanta importncia.Existem algumas confuses entre o plano conjunto e oplano geral, uns chamamo plano geral quando aparece a pessoa de corpo inteiroe plano conjunto quantotem mai s de uma pessoa na cena . Ou tras pes soas chamam de plano gerala pessoa de corpo inteiro. O importante a equipe saber o significado certo do planoque o diretor quer ao falar.Plano Americanocriado para poder apresentar o ator de western sacando aarma. O corte doquadro feito at a altura do joelho. Este plano muito usadoem TV em funo do

    tamanho da tela da TV ser de dimenso menor. Foi o planocriado pelos americanos.Plano Mdio o enquadramento da pessoa na altura da cintura.Primeiro Plano

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    o co r t e d a im ag em na l i n ha do pe i t o . A lgu ns c mer as apelidarameste enquadramento de , o plano mais usado em telejornalismo edramaturgia, jque evidencia a emoo do ator e do apresentador.Close-up o p l a n o d e a p r o x i m a o d o r o s t o n o s e u l i m i t e . Or o s t o d o personagem ocupa toda a telaL e mb r am os q ue c l os e p a r ape ss oa , ob je t o an ima i s ge ra lme n te se f a l a detalhe, hoje esta

    diferena j est em desuso, graas ao dos adestradostecnolgicos queconfundem o uso padro e criam uma nova linguagem que vaiseperpetuando.Subjetiva quando o pbico v a imagem que o ator est vendo, ouseja, a cenavira os olhos do personagem e o pblico sabe o que ele viunaquele momento.Exemplo: um personagem conversa com outro e de repente eleolha para o lado,fica mudo e sorri. O pblico s v a cara do personagem sorrindo,mas no sabeWWW.erdfilmes.com.br- e-mail:[email protected] Filmes

    quem ele viu, ento feito uma subjetiva e o pblico v o que o ator est vendoeento entende o sorriso, pois ele v a menina da escola, que ele apaixonado,sozinha, sem as amigas (j reparou que meninas em poca escolar sandam embando?).Cmera, aoVocs sabem por que quando o seu amigo ou amiga o convida para ver ovdeo docasamento ou do aniversrio, voc dorme? Calma no s voc quefogedestas armadilhas sempre regadas a guaran e pipoca, pois a pessoa quegravou, ocmera / diretor, no tinha a linguagem cinematogrfica e foi gravandotoda a ao

    em um nico plano, ou seja, gravou como vemos, em planogeral .Geralmente as pessoas quando iniciam o seu trabalho dec mera de se jamapenas gravar e ficam felizes de ver que conseguiramgravar, que a imagemapareceu na fita. o momento de deslumbramento com atecnologia como umacr ian a se descob ri ndo. Depo is vem o mom en to queel e se acha o me lh or cmera do mundo e comea a querer inventar planose linguagem. como um jogador que nunca jogou bola na vida e chuta a bola emum gol vazio, ele marcao gol, a rede balana e j se acha o novo Pel! preciso serhumilde e aprender com os outros e saber que uma coisa a tcnica, outra alinguagem. O que seaprende em pouco tempo a tcnica, no a linguagem. Isso quefalta em grandeparte dos cmeras de evento social. Prefiro cham-losoperadores de cmera,que apresentam a falta de uma linguagem e excessode tcnica, s operam am qu in a. u m e st ag io su pe r i or aoa d e s t r a d o t e c n o l g i c o , q u e s u s a a tecnologia para gravar o bsico dobsico. importante ter noo de que os planos so como a palavra e nopodemosescrever um texto s com as palavras, tem que colocar-se a vrgula, o pontoetc.e etc. Criar linguagem a maneira como se conta a histria para opblico.Faremos uma analogia com uma piada j conhecida, se uma pessoaque sabenarrar a piada voc morre de rir, mesmo conhecendo a piada. E

    uma excelentepiada sendo contada por uma pessoa que no sabe contar, no tem alinguagem,n o t e m o j e i t i n h o , v o c n o r i , a i n d a q u e a p i a d as e j a t i m a , p o i s f a l t a justamente a linguagem.WWW.erdfilmes.com.br- e-mail:[email protected]

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    ERD FilmesA ao deve ser recor tada para os diversos planos existentes,contr ibuindo,assim, na criao de uma linguagem variada. E o diretor deve criar aemoo, ouacompanhar a emoo por meio dos planos, isso criar a linguagem. Scolocar a c m era no t r i p e f i lm ar o i n c i o d o f r ac ass o e t e r s eu s es p ec t a do r es bocejando.Continuidade

    A continuidade pode ser analisada de duas maneiras, uma delas a utilizaodacontinuidade da cena, isso continuidade de ao e de roupa etc. J a outra ac o n t i n u i d a d e d e p l a n o s e n e l a e n c o n t r a m o s a r e g r a d o s 3 0 .

    A s d u a s s o importantes e cada qual dos problemas na tela e perda deconfiana no que oespectador est vendo.Continuidade de ao a c o n t i n u i d a d e d a c e n a , c o m o o p r p r i o n o m e d i z .

    A p r e s e n t a u m a continuidade na ao que est sendo feita pelo ator, em funodo ambiente queele est e dos assessrios que este apresenta. Exemplificando,

    imagine um ator que entra na sala, senta, depois levanta e vai cozinha, pega umagua e depoisvolta para sala e senta, Tudo isso falando ao celular. Imagineque gravada aparte do sof em uma casa (cenrio) e a cozinha em outra casa(outro cenrio) eno dia d a g ra vao da cozinha e squecem o ce lu la r een tr eg am ao at or ou tr ocelular, algumas pessoas vo ver a diferena entreos celulares. Ou se a blusaestava fechada e na cozinha a blusa apareceaberta e coisas do tipo. Essa acontinuidade lgica, a lgica da cena anterior.

    Alguns continuistas tiram foto nofim da cena e depois antes de inic iar veemcomo estava a pessoa, a roupa, ocenrio.

    SISTEMAS DIGITAIS DVO formato DV (Digital Vdeo) foi um grande debate entre a Panasonic eaSony dentre outras empresas, mas principalmente destas que monopolizavamom e r c a d o d e c m e r a c o n s u m e r . D e u m c o n s r c i o o n d e e n t r a r a mo u t r a s empresas como a Hitachi, JVC, Mitsubishi, Sanyo, Sharp, Thompson,Toshiba,Philips dentre outras surgiu o formato que invadiu o mercado amador, caseiroesemi-profissional, o formato DV e MiniDV.WWW.erdfilmes.com.br- e-mail:[email protected] FilmesEste formato teve na globalizao o apoio para que os preos dosequipamentosbaixassem, assim aconteceu com as cmeras de vdeo e com oscomputadores.A vantagem do sistema DV em comparao com oan to lgi co VH S mu it ogrande, dentre eles o sistema DV j apresenta umaqualidade de imagem emtorno de 500 linhas de resoluo contra 300 linhasde resoluo das cmerasVHS, alm do udio digital, dentre ou tros. Mas umponto foi crucial para estedesenvolvimento, a evoluo dos computadores e osurgimento da placa firewire,o n d e o q u e e r a g r a v a d o p o d e r i a s e r p a s s a d o p a r a o c o m p u t a d o r . E s s a vantagem aliada ao preo baixo trouxeuma grande revoluo social.

    REFERNCIAS:AUMONT, Jacques.A Esttica do filme. So Paulo: Papirus Editora, 1994.BAZIN, Andr.

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    O Cinema. So Paulo: Brasiliense, 1991.CARRIRE, Jean Claude.A Linguagem Secreta do Cinema . Rio de Janeiro: NovaFronteira , 1994. _________, & BONITZER, Pascal.Prtica do roteiro cinematogrfico. JSNCHION, Michel.O Roteiro Cinematogrfico

    . Martins Fontes, So Paulo, 1989.COMPARATO, Doc.Da criao ao roteiro. Rocco, Rio de Janeiro, 1995.EISENSTEIN, Serguei.A Forma do Filme.ESCUDERO, Garcia.Vamos Falar de Cinema. Lisboa: Livros RTP, 1971.ESPINAL, Lus.Conscincia critica Diante do Cinema . So Paulo: Lic estudante doBrasil, 1956.KANIN, Garson.

    O Refgio dos Deuses . Rio de Janeiro: Novo Tempo, Editora, SoPaulo, 1996.FIELD, Syd. 4Roteiros. Editora Objetiva, Rio de Janeiro, 1997. __________Como resolver problemas de roteiro. Objetiva: Rio de Janeiro, 2002. _________Manual do roteiro. Objetiva: Rio de Janeiro, 1995. _________.Os Exerccios do roteirista

    . Objetiva: Rio de Janeiro, 1996.HOWARD, David & MABLEY, Edward. Teoria e prtica do roteiro

    . Ed . Gl obo , So Paulo, 1996.MRQUEZ, Gabriel Garcia.Como contar um conto . Casa Jo rge Ed it or ia l, Ri o de Janeiro, 1995.MRQUEZ, Gabriel Garcia.Me alugo para sonhar. Casa Jorge Editorial, Rio deJaneiro, 1997.PUDOVKIN, Vsevolod. O Ator no Cinema. Rio de Janeiro: Editora casa do REY,Marcos.O Roteirista profissional de cinema e televiso.

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    OFICINA DE VDEOO que necessrio para umaproduo audiovisual?Ministrante:Prof. Roberto Carloswww.consciencia.net/artes/cinema.jpg

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    ObjetivosElaborar roteiros audiovisuais

    Compreender o processo de produoaudiovisualAprender o manuseio bsico de umacmeraAprender a editar um vdeo

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    Produo Audiovisual

    PlanejamentoRoteirizaoElementosPr-produoProduo

    Ps-produo

    Produo Audiovisual

    Planejamento

    Roteirizao

    Elementos

    Pr-produo

    Produo

    Ps-produo

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    PlanejamentoProcesso queenvolve tomada dedecises e avaliaoprvia decadadeciso,estabelecendoobjetivos a serematingidos no futuroviajeaqui.abril.com.br/.../antes_exterior.jpgRoteirizaoPr-visualizao dofilme, do vdeo, doproduto audiovisualMapeamento de umcaminho para sechegar ao audiovisual

    buzz.globo.com/.../2008/06/roteiro-viagem-jb.jpgElementosPlanos: poro do objeto, personagem oucenrio captados pela cmera. Tipos:Geral, Mdio,Close-up e Detalhe.Angulao: posio da cmera quanto aum objeto ou personagem. Pode ser Maisalta, Mais

    baixa ou a altura deles.

    Movimentos (deslocamentos da cmera)Som (Cria ambientes, situaes, clima)Plano geral

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    Enquadra parte docenrioDescritivoPersonagens no tmimportnciaPlano mdio (Americano)

    Presena humanaCenrio secundrioPersonagem do joelho para cimaPredomnio da aosobre o cenrioPlano close-up

    Cenrio perde anitidezPersonagem naaltura dos ombrosExpresso facialdefinidaRosto ocupa todo oquadro

    Expresso humana o centro de interesseIntensidadedramtica/psicolgicaPlano detalheSem definio limiteApresenta partes depessoas, objetosChama a atenopara um pontoespecficoAngulaoCmera alta(viso superior)Focalizaobjetos/personagensde cima para baixoAchatamento daimagemSensao dediminuio/inferioridadeOlhar decima/superioridade

    AngulaoCmera baixa(viso inferior)Focalizaobjetos/personagensde baixo para cima

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    Achatamento daimagemSensao deaumento/superioridadeOlhar debaixo/inferioridadeAngulaoCmera normal(viso mdia)

    Focal iza pessoas naaltura dos olhosImagem mais comumPerspectiva normalAngulaoCmera subjetivaMostra o que opersonagem estolhandoMovimentosPanormica (Pan)

    Movimento em que a cmera gira sem sair do lugar; o girohorizontal ou verticalequivale cabea que gira sobre opescoo para ver tudo o que pode.MovimentosPanormicahorizontalDescreve a cenahorizontalmente (daesquerda para a direitaMovimentosPanormicaverticalDescreve o objeto oupessoa verticalmente,de cima para baixo oude baixo para

    cima,dependendo dainteno da descrioMovimentos - TravellingA cmera se desloca;o cinegrafistacaminha com acmera na mo ounum veculoemmovimento ou emqualquer objetomvel (cadeira derodas, patins, por exemplo);

    permiteacompanhar objetosem movimentoMovimentos - ZoomAproximao at close. No movimento fsico, tico. A aproximaoou o afastamento d-se

    pela utilizaoda lente zoom.MovimentosZoom InZoom In(aproximao): traz aimagem distante parabem perto; favorece aconcentraodaatenoMovimentosZoom OutZoom Out(afastamento): leva aimagem prxima paralonge; retrocederevelando o cenriodo

    primeiro plano departida; favorece arevelaoPr - Produo

    Corresponde a preparao para agravao do vdeo, definindo osmateriais, equipamentos,iluminao,captao de som e marcao dastomadas (cenas).Produo

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    Equivale a gravao do vdeo, depois dapreparao dos equipamentos e damarcao dastomadas (cenas).Ps - Produo a etapa final da produo audiovisual,onde feita a montagem do vdeo(escolha eorganizao das imagens emsequncia de acordo com o roteiro).

    Making offFilme: Era uma VezDiretor: Bruno SilveiraRoteiro: Patrcia AndradeSinopse:

    Um jovem morador da favela e a filhanica de uma famlia rica se apaixonam, gerandopreconceitos e crticas nos ambientes em que vivem.Dirigido por Breno Silveira (2 Filhos deFrancisco).CLIQUE ->http://br.youtube.com/watch?v=BDO8VdNcwt8CrditosProf. RC

    Google imagensWindows Movie Maker

    http://br.youtube.com/watch?v=BDO8VdNcwt8http://br.youtube.com/watch?v=BDO8VdNcwt8