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DEPARTAMENTO DE FÍSICA UFSCar FÍSICA EXPERIMENTAL (Lic. Química Noturno) Prof: Michel Venet Zambrano

Apostila Fis Exp 2014

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apostila de fisica experimental

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  • DEPARTAMENTO DE FSICA

    UFSCar

    FSICA EXPERIMENTAL

    (Lic. Qumica Noturno)

    Prof: Michel Venet Zambrano

  • 2

    NDICE

    I. INTRODUO .............................................................................................................................. 4

    1. INFORMAES GERAIS .......................................................................................................................... 4

    a. Finalidade desta disciplina experimental ................................................................................................ 4

    b. Desenvolvimento das experincias ........................................................................................................ 5

    c. Normas bsicas para elaborao de relatrios ....................................................................................... 5

    2. DINMICA DO CURSO ............................................................................................................................ 7

    a. Durao ................................................................................................................................................... 7

    b. Contedo ................................................................................................................................................ 7

    c. Avaliao da disciplina ............................................................................................................................ 8

    d. Bibliografia .............................................................................................................................................. 9

    II. NOES GERAIS SOBRE MEDIDAS E AVALIAO DE ERROS ...................................... 9

    1. INTRODUO......................................................................................................................................... 9

    a. Tipos de medidas .................................................................................................................................. 10

    2. FUNDAMENTOS DE TEORIA DE ERROS ................................................................................................. 10

    a. Objetivos ............................................................................................................................................... 10

    b. Valor mdio de n resultados ................................................................................................................. 11

    c. Tipos de erros ....................................................................................................................................... 11

    d. Desvio padro experimental e do valor mdio ..................................................................................... 13

    e. Incerteza sistemtica residual .............................................................................................................. 13

    f. Incerteza padro (P) ............................................................................................................................ 14

    g. Incertezas relativas e porcentuais ........................................................................................................ 14

    h. Algarismos significativos ....................................................................................................................... 14

    i. Arredondamento de nmeros .............................................................................................................. 15

    j. Apresentao do resultado de uma medio ....................................................................................... 15

    k. Exemplo ................................................................................................................................................ 16

    l. Propagao de incertezas ..................................................................................................................... 17

    III. GRFICOS .................................................................................................................................. 20

    1. REGRAS BSICAS PARA A CONSTRUO DE GRFICOS ........................................................................ 20

    2. ALGUMAS DEFINIES UTILIZADAS EM GRFICOS .............................................................................. 21

    3. TIPOS DE GRFICOS: DETERMINAO DAS ESCALAS ........................................................................... 22

    a. Escala linear .......................................................................................................................................... 22

    b. Escala logartmica ................................................................................................................................. 22

    4. ALGUNS TIPOS DE FUNES DE AJUSTE ............................................................................................... 23

    a. Funo Linear: y = a x + b .................................................................................................................... 23

    b. Funes no lineares ............................................................................................................................ 26

    5. CRITRIOS PARA TRAAR A RETA DE AJUSTE MAIS PROVVEL ............................................................ 30

  • 3

    IV. ROTEIROS DAS PRTICAS ................................................................................................... 31

    1. PRTICA 1: MEDIDAS: DETERMINAO E TRATAMENTO DE ERROS .................................................... 31

    a. Objetivos ............................................................................................................................................... 31

    b. Introduo terica ................................................................................................................................ 31

    c. Material Utilizado ................................................................................................................................. 32

    d. Procedimento experimental ................................................................................................................. 32

    2. PRTICA 2: CONSTRUO DE GRFICOS LINEARES: DETERMINAO DA DENSIDADE DE SLIDOS ...... 33

    a. Objetivos ............................................................................................................................................... 33

    b. Introduo Terica ................................................................................................................................ 33

    c. Material Utilizado ................................................................................................................................. 33

    d. Procedimento experimental ................................................................................................................. 33

    3. PRTICA 3: MEDIDAS DE TEMPO ......................................................................................................... 34

    a. Objetivos ............................................................................................................................................... 34

    b. Introduo Terica ................................................................................................................................ 34

    c. Material Utilizado ................................................................................................................................. 35

    d. Procedimento Experimental ................................................................................................................. 35

    4. PRTICA 4: CALOR ESPECFICO DOS SLIDOS ....................................................................................... 36

    a. Objetivos ............................................................................................................................................... 36

    b. Introduo Terica ................................................................................................................................ 36

    c. Material Utilizado ................................................................................................................................. 37

    d. Procedimento Experimental ................................................................................................................. 37

    5. PRTICA 5: ASSOCIAO DE COMPONENTES ELTRICOS ..................................................................... 39

    a. Objetivos ............................................................................................................................................... 39

    b. Fundamentos tericos .......................................................................................................................... 39

    c. Material utilizado .................................................................................................................................. 39

    d. Procedimento experimental ................................................................................................................. 39

    6. PRTICA 6: CONDUO ELTRICA ATRAVS DE SOLUES AQUOSAS ................................................. 42

  • 4

    I. INTRODUO

    1. INFORMAES GERAIS

    a. Finalidade desta disciplina experimental

    A observao experimental a base para decidir em Fsica se uma teoria vlida ou no. Em

    geral um modelo terico (ou teoria) proposto com base em uma observao experimental de um

    fenmeno fsico.

    A finalidade deste laboratrio fornecer aos estudantes do curso de Licenciatura em Qumica

    uma introduo metodologia de trabalho em laboratrio e alm do tratamento e analise de dados

    experimentais, propriamente dito, que possibilite o entendimento de alguns fenmenos fsicos e

    fsico-qumicos.

    Apesar de semelhanas, h uma diferena significativa entre um laboratrio de ensino e um

    laboratrio de pesquisa. Em uma pesquisa o objetivo final geralmente a observao ou

    determinao, pela primeira vez ou com maior preciso, de um fenmeno fsico. Em um laboratrio

    de ensino por outro lado procura-se estudar fenmenos fsicos conhecidos.

    O desenvolvimento de uma pesquisa em laboratrio depende principalmente da habilidade do

    experimentador, que pode comear a desenvolver-se em um laboratrio de ensino. O propsito

    desta disciplina fornecer meios necessrios (no suficientes) que podem ser seguidos ao trabalhar

    em um laboratrio. Para tanto utilizaremos algumas experincias bsicas que permitam ao aluno

    assimilar o uso de instrumentos e tcnicas experimentais.

    Para que essas metas sejam atingidas necessrio que o aluno procure familiarizar-se com a

    metodologia, os equipamentos, a montagem experimental e a teoria envolvida em cada

    experimento. O bom convvio com as pessoas da classe (colegas de curso, professor e tcnico),

    imprescindvel para um bom aproveitamento dessa disciplina.

    Os objetivos especficos desta disciplina podem ser resumidos como:

    Familiarizar aos alunos com o uso de instrumentos de medidas utilizados em laboratrios

    de Fsica, tais como: paqumetro, micrmetro, balana, termmetro, voltmetro,

    ampermetro, osciloscpio, entre outros.

    Ensinar os mtodos estabelecidos para o tratamento e apresentao dos erros envolvidos

    nas medidas.

    Estabelecer a metodologia de organizao e apresentao de resultados experimentais.

  • 5

    b. Desenvolvimento das experincias

    Aps receber e identificar o material a ser utilizado no experimento voc pode iniciar a

    experincia. A pratica deve ser realizada de preferncia na seqncia proposta, que a que se supe

    ser a mais adequada para que possa ser completamente entendida.

    So apresentadas a seguir algumas sugestes que podem ajudar a obter melhores resultados:

    Certificar-se de que todo o grupo conhea o procedimento experimental e os conceitos

    tericos pertinentes pratica a ser realizada, quando for o caso. Consultas e discusses

    com o Professor e/ou com colegas do grupo podem evitar falhas e melhorar a obteno

    dos resultados.

    Procurar dividir o trabalho de forma que todos os componentes do grupo participem e

    entendam o experimento.

    Analisar criticamente os resultados de cada estgio da experincia, questionando se esto

    coerentes. Caso no sejam coerentes deve-se procurar localizar as possveis fontes de

    erro.

    Uma das regras bsicas de um trabalho de laboratrio consiste em identificar e

    estabelecer objetivos, descrever a metodologia utilizada e registrar os resultados obtidos.

    Cada aluno deveria ter um caderno de laboratrio onde ficam registradas essas

    informaes de forma clara e precisas, de modo que outra pessoa possa entend-las e

    reproduzir o experimento.

    c. Normas bsicas para elaborao de relatrios

    Os itens abaixo, na ordem indicada, devem constar em todos os relatrios:

    Folha de rosto: Contendo as seguintes informaes:

    Nome da disciplina

    Turma

    Ttulo da experincia

    Data

    Nome e nmero dos autores

    Resumo: Descrio compacta (aproximadamente 5 linhas) dos objetivos, da metodologia

    empregada e os resultados experimentais mais relevantes (comparados com os da

    literatura, quando for o caso).

    Objetivos.

    Fundamentos tericos: Caracterizao do problema experimental e descrio dos

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    fundamentos tericos envolvidos na interpretao dos resultados obtidos.

    Material utilizado: mencionar marca, modelo, sensibilidade ou preciso dos instrumentos

    e equipamentos utilizados.

    Procedimento experimental:

    Esquema das montagens.

    Descrio detalhada de como foram realizadas as medidas.

    Apresentao dos resultados:

    Dados obtidos, organizados em forma de tabelas.

    Clculos efetuados (devem ser colocados em um anexo).

    Resultados finais, com os respectivos desvios e unidades.

    Grficos, quando for o caso.

    Concluses: Anlise e interpretao fsica dos resultados e respostas s possveis

    questes existentes nos roteiros das experincias. Discusso do mtodo usado e das

    provveis fontes de erros (no mximo uma pgina). Comparar os resultados obtidos com

    os valores encontrados na literatura.

    Referncias: O que segue o que tem sido usado para publicaes de artigos em revistas

    cientificas, alguma variao pode existir entre uma revista e outra, mas no muda muito

    do que esta sendo apresentado abaixo. Podemos seguir essas normas para nossos

    relatrios. As referncias devem ser citadas no texto pelo nome do autor e nmero entre

    colchetes, na primeira vez, por exemplo: Em um trabalho recente, Jones et al. [1]

    propuseram..." A partir da segunda vez em que a mesma referncia citada, basta

    colocar a expresso Ref. [1], por exemplo: "na Ref. [1] comprova-se que..." Numere as

    citaes de forma consecutiva, segundo a ordem de referncia a elas no texto, entre

    colchetes [1]. Para a redao de cada referncia observe os modelos a seguir:

    Para citao de um artigo de peridico:

    [1] J.S. Hunter and J.C. Hung, Development of low-cost Multifunction sensors

    for lightweight fire and forget antitank weapon system, IEEE Trans. Industrial

    Electronics, vol. E-30, no. 1, Feb. 1983, pp. 7-10.

    Para citao de um livro:

    [2] G.K. Dubey, Power Semiconductor Controlled Drives, Englewood Cliffs, NJ:

    1989, p. 81.

    Para citao de trabalho apresentado em um evento:

    [3] J. L. Alqueres and J. C. Praca, The Brazilian power system and the challenge

    of the Amazon transmission, in Proceedings of the 1991 Power Engineering

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    Society Transmission and Distribution Conference, 91CH3070-0, pp. 315-320.

    Apndices: Contendo informaes complementares para um melhor entendimento do

    relatrio (dedues de formulas, clculos efetuados, etc.).

    Observaes:

    1) Ter sempre em mente que o relatrio deve ser claro para o leitor e no apenas para o autor.

    2) Ler o que foi escrito e verificar se tem sentido.

    3) No copiar introduo, teoria, etc... do roteiro, internet ou de livros. Procurar entender o

    fenmeno e descrev-lo com as prprias palavras.

    2. DINMICA DO CURSO

    a. Durao

    A durao do curso est prevista para ser 60h, divididas em 15 aulas de 4h, comeando o dia

    20/03/2014 e terminando o 10/07/2014.

    b. Contedo

    1a. semana (20/03)

    Introduo e formao de equipes (1h)

    Prtica 1: Medidas, erros e algarismos significativos

    Teoria de erros (3h)

    2a. semana (27/03)

    Prtica 1: Medidas, erros e algarismos significativos

    Ensinar procedimento para a correta manipulao de instrumentos de medio envolvidos na

    prtica e discusso da metodologia a ser adotada no experimento (2h)

    Realizao das medidas e tomada de dados (2h)

    3a. semana (03/04)

    Entrega do relatrio da Prtica 1 e avaliao do contedo referente prtica (2h)

    Prtica 2: Determinao da densidade de slidos (grficos lineares)

    Ensinar procedimento para a correta manipulao de instrumentos de medio envolvidos na

    prtica e discusso da metodologia a ser adotada no experimento (2h)

    4a. semana (10/04)

    Prtica 2: Determinao da densidade de slidos (grficos lineares)

    Realizao das medidas e tomada de dados (4h)

  • 8

    5a. semana (17/04)

    Entrega do relatrio da Prtica 2 e avaliao do contedo referente prtica (2h)

    Prtica 3: Medidas de tempo: Pndulo simples (grficos no lineares)

    Ensinar procedimento para a correta manipulao de instrumentos de medio envolvidos na

    prtica e discusso da metodologia a ser adotada no experimento (2h).

    ............

    11a. semana (05/06)

    Entrega do relatrio da Prtica 5 e avaliao do contedo referente prtica (2h)

    Prtica 6: Conduo eltrica atravs de solues aquosas (Exerccio entregue pelo professor)

    Discusso da metodologia a ser adotada em um experimento hipottico (1,5h)

    Entrega de dados (simulao de medidas) para seu processamento e elaborao de relatrio

    (0,5h).

    12a. semana (12/06)

    Entrega do relatrio da Prtica 6 e avaliao do contedo referente prtica (1h)

    Reposio (se necessrio) de prtica (2h)

    13a. semana (26/06)

    Entrega do relatrio da Prtica de reposio.

    Avaliao do contedo referente prtica de reposio (1h)

    Esclarecimento de dvidas

    14a. semana (03/07)

    Prova escrita: Avaliao individual dos conhecimentos adquiridos (4h)

    15a. semana (10/07)

    Prova substitutiva da prova escrita (4h)

    c. Avaliao da disciplina

    Ri - Nota do relatrio referente prtica i

    Ai - avaliao da prtica i

    Pi - Nota da prtica Pi = 0,5Ri + 0,5Ai

    Pe - Prova escrita

    Nota final = 0,71

    6

    6=1 + 0,3Pe

    Haver uma reposio de prtica para alunos que por motivo de ausncia justificada perder

    alguma prtica de laboratrio, reprovar alguma prtica ou queiram melhorar sua nota.

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    Uma prova substitutiva da prova terica ser realizada para alunos que reprovarem ou queiram

    melhorar a nota dessa prova.

    AVALIAO COMPLEMENTAR:

    Devido a especificidade da disciplina quanto ao seu carter de atividades experimentais, a

    avaliao complementar no ser aplicada.

    d. Bibliografia

    Apostila de Fsica Experimental

    Jos Henrique Vuolo "Fundamentos da Teoria de Erros"- (Edgard Blcher Ltda.)

    Livros-textos utilizados nas disciplinas de Fsica A e B tais como:

    H. Moyss Nussenzveig, Curso de Fsica Bsica 1 Mecnica, 3a ed. Ed. Edgard Blucher Ltda,

    So Paulo, 1997.

    D. Halliday, R. Resnick e J. Walker - Fundamentos de Fsica, vol 1 e 2, 4 ed. Livros Tcnicos

    e Cientficos Editora, Rio de Janeiro, 1996

    Chaves, Fsica-Mecnica, vol.1, Reichmann&Affonso Ed., 2001.

    II. NOES GERAIS SOBRE MEDIDAS E AVALIAO DE ERROS

    1. INTRODUO

    Os trabalhos de laboratrio normalmente so realizados com o objetivo de quantificar ou

    estabelecer possveis relaes entre duas ou mais grandezas, que intervm em um fenmeno ou

    processo. Alguns critrios devem ser observados ao trabalhar em um laboratrio:

    O modo correto de representar os resultados de medidas de grandezas fsicas.

    Como interpretar os resultados medidos/observados atravs de equaes, frmulas ou

    grficos.

    Como organizar os resultados em relatrios de forma que as informaes possam ser

    transmitidas e entendidas por outras pessoas.

    Deseja-se que ao final desta disciplina o aluno tenha estendido sua competncia para proceder

    segundo esses critrios.

    Medir comparar com alguma unidade padro, ou seja, verificar quantas vezes ela contm

    uma unidade adotada como padro (por exemplo, podem ser utilizados como unidade padro de

    comprimento o palmo, o p, a jarda, o metro, etc.). Desta forma ao representar uma

    grandeza escalar necessitamos especificar ao menos dois itens:

  • 10

    um nmero (quantidade)

    uma unidade (padro)

    Por exemplo: Ao definir a altura (h) de uma pessoa pode-se obter h = 1,75 m, onde 1,75 a

    quantidade de unidades padro e o metro a unidade padro. No caso de uma grandeza vetorial

    tambm sua direo e sentido teriam que ser indicados.

    O valor numrico de uma grandeza ser sempre determinado aproximadamente, devido

    ocorrncia inevitvel de imprecises durante as medidas. Os fatores que intervm na impreciso da

    medida de uma grandeza podem ser de ordem objetiva (tais como: caracterstica do objeto de

    medida, sensibilidade ou impreciso dos instrumentos utilizados) ou de ordem subjetiva (tais como:

    escolha do mtodo de medida, habilidade do operador).

    Dessa forma indispensvel na especificao de uma grandeza escalar, alm dos itens j

    mencionados (nmero e unidade), especificar a confiabilidade do valor declarado (a impreciso a

    ela associada).

    a. Tipos de medidas

    Os resultados experimentais podem ser obtidos de duas formas:

    Medida direta: Aquela obtida diretamente da leitura de um instrumento, como por exemplo,

    o comprimento lido com um paqumetro, o tempo medido com um cronmetro, a massa

    determinada com uma balana, etc.

    Medida indireta: Aquela obtida atravs de um clculo matemtico, que relaciona mais de

    uma grandeza medida diretamente. Por exemplo: a densidade de um slido, o volume de

    um corpo, a velocidade, etc.

    2. FUNDAMENTOS DE TEORIA DE ERROS

    a. Objetivos

    O mensurando a grandeza a ser determinada em um processo de medio. O valor verdadeiro

    do mensurando uma quantidade sempre desconhecida, ou seja, mesmo aps a medio, o valor

    verdadeiro do mensurando s pode ser conhecido aproximadamente devido a ERROS DE

    MEDIO.

    Os objetivos da teoria de erros so:

    Determinar o melhor valor possvel para a grandeza (mensurando) a partir das medies

    Determinar quanto o melhor valor obtido pode ser diferente do valor verdadeiro

    Denomina-se incerteza no melhor valor y estimativa de quanto este melhor valor pode diferir do

  • 11

    valor verdadeiro do mensurando.

    b. Valor mdio de n resultados

    Se a medio de uma determinada grandeza y repetida n vezes, os n resultados podem ser

    diferentes, em geral. Isto , obtm-se um conjunto de resultados que pode ser representado por:

    y1, y2, y3, y4, y5,..., yn-1, yn

    O valor mdio dos n resultados das medies definido por:

    =1 + 2 + 3 + + 1 +

    =

    1

    =1

    O valor mdio diferente do valor verdadeiro, mas em geral a incerteza associada ao valor

    mdio menor que a incerteza em cada um dos resultados yi.

    c. Tipos de erros

    Os erros que podem afetar o resultado de uma medio podem ser divididos em dois grandes

    grupos, que so os Erros sistemticos e Erros estatsticos ou aleatrios.

    Erro sistemtico sempre o mesmo nos n resultados. Quando existe somente erro sistemtico,

    os n resultados yi so iguais e a diferena com o valor verdadeiro sempre a mesma.

    Erro aleatrio ou estatstico um erro tal que os n resultados yi se distribuem de maneira

    aleatria em torno do valor verdadeiro. Na ausncia de erros sistemticos, quando n , o valor

    mdio de y se aproxima do valor verdadeiro.

    Em geral, numa medio, os dois tipos de erro ocorrem simultaneamente. Neste caso, conforme

    n aumenta, o valor mdio dos resultados se aproxima de um valor definido como valor mdio

    verdadeiro. A diferena entre o valor mdio verdadeiro e o valor verdadeiro o erro sistemtico da

    medio.

    ERROS ALEATRIOS

    Variaes aleatrias no resultado da medio devido a fatores que no podem ser controlados

    ou que, por qualquer motivo no so controlados.

    Em certos casos os erros aleatrios podem ser reduzidos ou praticamente eliminados, mas em

    outros casos isso no possvel. Por exemplo, o nmero de desintegraes que ocorre em 1 minuto

    em uma amostra de material radioativo uma quantidade que varia aleatoriamente em torno de um

    valor mdio, conforme uma distribuio de Poisson. Se o mensurando este valor mdio, cada

    medio tem erro estatstico intrnseco, que s pode ser reduzido repetindo-se muitas vezes a

    medio para melhorar a preciso do valor mdio.

  • 12

    Os erros estatsticos podem ser reduzidos, eliminando o reduzindo os fatores que interferem no

    processo de medio. Quando isto no possvel, uma soluo consiste em repetir muitas vezes a

    medio, como comentado no exemplo anterior, j que o valor mdio de um grande nmero de

    resultados tem erro estatstico menor.

    ERROS SISTEMTICOS

    O efeito de um erro sistemtico no pode ser avaliado simplesmente repetindo medies. Por

    isso, a incerteza relativa a erros sistemticos bem mais difcil de avaliar que a incerteza estatstica.

    Erros sistemticos podem ter causas muito diversas, geralmente enquadradas nas classificaes a

    seguir:

    Instrumentais: Calibrao de instrumentos de medio. Por exemplo, uma rgua comum

    apresenta erro sistemtico que depende da qualidade da rgua. No basta que a rgua seja

    fabricada com uma calibrao muito boa, esta deve tambm ser construda com um bom

    material, de forma que a calibrao no se altere ao longo do tempo e no dependa de fatores

    tais como temperatura, tenses e outros.

    Ambientais: Efeitos do ambiente sobre a experincia. Por exemplo, numa experincia para

    medir o campo magntico de uma amostra, o instrumento de medio indica o campo

    magntico total, que a superposio do campo da amostra e do campo magntico local da

    terra. O resultado de uma simples medio tem erro sistemtico ambiental.

    Observacionais: Falhas de procedimento ou limitaes do observador. Um erro sistemtico

    deste tipo devido ao efeito de paralaxe na leitura de escalas de instrumentos, ou seja,

    devido ao no alinhamento entre o olho do observador, o indicador da leitura e a escala do

    instrumento.

    Tericos e de grandezas: Uso de frmulas aproximadas para a obteno dos resultados e / ou

    utilizao de grandezas fsicas com valores incorretos. Por exemplo, numa medio da

    velocidade final na queda livre de uma esfera plstica se considera a frmula v = gt, neste

    caso estamos desprezando a resistncia do ar, a qual pode ser significante, dependendo a

    velocidade do ar, volume da esfera, densidade, entre outros fatores. Por outro lado, se

    considerarmos a acelerao da gravidade como sendo 10 m/s2, j estamos fazendo uma

    aproximao, que tambm influenciar no valor do resultado final.

    Residuais: Erros sistemticos de qualquer tipo, que no possam ser reduzidos a um valor

    baixo ou para os quais no seja possvel fazer correes.

    ERROS GROSSEIROS

    No so erros contemplados dentro da teoria de erros. So enganos que podem ocorrer na

    medio ou nos clculos. inadmissvel apresentar resultados que contenham erros grosseiros. Por

  • 13

    exemplo, se para um comprimento y = 47,4 mm, o observador fez leitura e anotou y = 37,4 mm, isto

    constitui um erro grosseiro. Quando existir qualquer suspeita de erro grosseiro em alguma leitura de

    instrumento, esta deve ser repetida.

    d. Desvio padro experimental e do valor mdio

    A melhor estimativa experimental do desvio padro (e) de um conjunto de n resultados (yi) de

    uma medio, feita sob condies similares, dada por:

    2 =

    1

    1

    2

    =1

    A equao anterior pode tambm ser escrita como:

    2 =

    1

    1

    2

    =1

    1 2

    Esta ltima expresso pode ser demonstrada diretamente partindo da equao anterior. Embora

    aparente ser mais complexa, mais simples para ser utilizada em caulos, pois envolve somente a

    somatria dos valores yi.

    Considerando n resultados de medies, o desvio padro do valor mdio pode ser definido,

    admitindo que o conjunto de n medies repetido k vezes. Dessa forma, podem ser considerados k

    valores mdios (yj) correspondentes aos k conjuntos de n medies. O desvio padro do valor mdio

    definido como:

    2 =

    1

    2 =1

    onde ymv o valor mdio verdadeiro, sendo = lim

    Pela prpria definio, ymv um valor desconhecido. Uma boa aproximao, adaptada para

    condies experimentais reais, :

    2

    2

    que a equao a ser utilizada nos clculos, durante o curso.

    Como pode ser observado, o desvio padro do valor mdio (m) vezes menor que o desvio

    padro do conjunto de medies (e). O desvio padro do valor mdio de uma grandeza a

    incerteza final correspondente aos erros estatsticos nas medies.

    e. Incerteza sistemtica residual

    Em princpio, a maior parte dos erros sistemticos podem ser eliminados do resultado final por

    melhoria no mtodo de medio, ou por correes no prprio resultado, mas uma vez realizadas

  • 14

    todas as melhorias e correes viveis restam ainda os erros sistemticos residuais.

    A incerteza correspondente a erros sistemticos residuais bem mais difcil de ser determinada

    que no caso de erros estatsticos.

    Uma anlise cuidadosa da acurcia dos instrumentos e do processo de medio permite estimar

    um limite de erro Lr. A relao a seguir ser adotada para estimar a incerteza padro devido a erros

    sistemticos (s) a partir de um limite de erro sistemtico residual:

    = 2 =2

    f. Incerteza padro (P)

    A incerteza padro ser a melhor estimativa para a incerteza do melhor valor da grandeza

    medida (y) e pode ser calculada como:

    2 =

    2 + 2

    g. Incertezas relativas e porcentuais

    Uma incerteza freqentemente indicada na forma de incerteza relativa ou incerteza

    porcentual. A incerteza padro relativa definida como:

    =()

    E a incerteza padro porcentual como:

    (%) = 100 = 100()

    h. Algarismos significativos

    O valor de uma grandeza experimental, obtido a partir de clculos ou medies pode ser um

    nmero na forma decimal e apresentar muitos algarismos, por exemplo:

    0, 0 0 0 0 0 X Y....Z W A B C D

    Algarismo significativo em um nmero pode ser entendido como cada algarismo que

    individualmente tem algum significado, quando o nmero escrito na forma decimal.

    Zeros a esquerda do primeiro algarismo diferente de zero no so significativos e s indicam a

    posio da vrgula decimal.

    Existe uma incerteza associada ao nmero que representa a grandeza experimental. Por isso,

    todos os algarismos direita alm de certo algarismo (neste caso W) no so significativos.

    No significativos No significativos Significativos

  • 15

    ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS NA INCERTEZA PADRO E NA GRANDEZA

    Incerteza padro

    A incerteza padro deve ser representada com 2 algarismos significativos quando o primeiro

    algarismo da incerteza seja 1 ou 2.

    A incerteza padro pode ser representada com 1 ou 2 algarismos significativos quando o

    primeiro algarismo da incerteza for 3 ou maior.

    Grandeza

    Se a incerteza padro dada com 1 algarismo significativo, o algarismo correspondente na

    grandeza o ltimo algarismo significativo. Se a incerteza padro dada com 2 algarismos

    significativos, os 2 algarismos correspondentes na grandeza podem ser considerados como os 2

    ltimos algarismos significativos.

    Os algarismos no significativos direita nunca devem ser escritos num resultado final

    Zeros esquerda devem ser evitados, em regra geral. Pode ser feito por meio de mudana de

    unidades o utilizando notao cientfica, como por exemplo:

    0,0012 km = 1,2 x 10-3 km ou 1,2 m

    i. Arredondamento de nmeros

    Quando uma grandeza medida tem algarismos significativos excedentes, estes devem ser

    eliminados com arredondamento do ltimo algarismo significativo seguindo as seguintes regras:

    Se X o ltimo algarismo significativo de um nmero ento:

    De X000 a X499 os algarismos excedentes so eliminados (arredondamento para baixo)

    De X500 a X999 os algarismos excedentes so eliminados e o algarismo X aumenta em

    1 (arredondamento para cima)

    Exemplo:

    Supondo que 8 o ltimo algarismo significativo dos nmeros a seguir:

    12,3812532 12,38 (arredondamento para baixo)

    12,3850023 12,39 (arredondamento para cima)

    j. Apresentao do resultado de uma medio

    Uma grandeza experimental deve ser sempre apresentada com a respectiva incerteza padro e

    com as unidades de medida da seguinte forma:

    =

    Considerando sempre os algarismos significativos a serem representados. Exemplo:

  • 16

    = 6,67259 0,00085 1011 321

    Segundo as regras apresentadas para os algarismos significativos da incerteza padro, esse

    mesmo resultado poderia ser representado como:

    = 6,6726 0,0009 1011 321

    k. Exemplo

    MEDIO DO PERODO DE UM PNDULO COM UM CRONMETRO

    O tempo t para 10 oscilaes de um pndulo simples foi medido 8 vezes, usando um

    cronmetro digital. Os resultados das leituras ti esto na tabela abaixo, junto com os resultados Ti

    = t/10, para o perodo T do pndulo.

    i 1 2 3 4 5 6 7 8

    ti (s) 32,75 32,40 29,82 30,22 31,57 31,59 30,02 31,95

    Ti (s) 3,275 3,240 2,982 3,022 3,157 3,159 3,002 3,195

    O valor mdio dos 8 resultados de Ti :

    =1

    8 =

    25,032

    8= 3,1290

    8

    =1

    O desvio padro estatstico (e) obtido por:

    = 1

    8 1

    2

    8

    =1

    8

    8 1 2 =

    78,414

    7

    8

    79,7906 = 0,11

    O desvio padro do valor mdio dado por:

    =

    =

    0,11

    8 = 0,039

    Suponhamos que depois de fazer as medidas percebemos que o cronmetro apresenta erro de

    calibrao, atrasa 20 s em 1 h. Ou seja, ele indicar 3580 s para um tempo real de 3600 s. Este tipo

    de erro sistemtico pode ser eliminado o corrigido multiplicando as leituras feitas no cronmetro

    pela razo 3600/3580. Assim:

    =3600

    35803,1290 = 3,1465

    Por mais correto que seja o procedimento de cronometragem, existir um erro sistemtico

    residual, j que o cronmetro acionado manualmente. O tempo de reao humana da ordem de

  • 17

    0,1s. Considerando que 0,1s um nmero bastante aproximado e que existir erro tanto no

    acionamento quanto na parada do cronmetro, admitiremos que o limite de erro total de 0,5s para

    10 oscilaes do pndulo, ento:

    2

    = 0,025

    A incerteza padro pode ser calculada segundo:

    = 2 + 2 = 0,046

    O resultado final para o perodo de oscilao do pndulo deve ser escrito como:

    = 3,146 0,046

    ou

    = 3,15 0,05

    A incerteza padro relativa:

    =

    = 0,013

    Em geral a incerteza padro relativa dada em forma de porcentagem:

    % = 100

    = 1,3%

    l. Propagao de incertezas

    Uma grandeza w, que calculada como funo de outras grandezas x, y, z, ..., pode ser

    representada por:

    = (, , , )

    As grandezas x, y, z, ... so admitidas como grandezas experimentais, sendo x, y, z, ... as

    incertezas padres correspondentes:

    Se os erros nas variveis x, y, z, ... so completamente independentes entre si, a incerteza

    padro em w, em primeira aproximao, pode ser escrita como:

    2 =

    2

    2 +

    2

    2 +

    2

    2 +

    No caso de uma nica varivel x, a equao anterior se reduz a

    2 =

    2

    2 =

    As incertezas x e w so positivas por definio. Assim, deve ser considerada a raiz positiva de

    w2, isto , = + 2

    Exemplo: Incerteza no volume de um cilindro

  • 18

    O volume de um cilindro pode ser determinado medindo-se o comprimento L e raio R. O

    volume V calculado em funo de L e R.

    = , = 2

    A relao entre as incertezas dada pela equao

    2 =

    2

    2 +

    2

    2

    Assim, obtm-se que:

    2 = 2 2

    2 + 2 22

    Esta expresso inconveniente para se calcular V. Dividindo os termos por

    2 = 2 2, obtm-se uma expresso mais simples:

    2

    =

    2

    + 2

    2

    Em termos das incertezas relativas er =

    , =

    , =

    = + ()2 + 4()2

    Algumas frmulas de propagao

    Soma ou subtrao de variveis: =

    = 1,

    = 1,

    = 1,

    : 2 =

    2 + 2 +

    2 +

    Deve ser observado que o quadrado das incertezas sempre se somam, mesmo no caso de

    subtrao de variveis.

    Relao linear: = +

    Admitindo que a e b so constantes isentas de erro ou com erros desprezveis, somente a

    varivel x considerada para o clculo da incerteza.

    =

    ento: 2 = 2

    2 =

    Relao linear: =

    No caso em que b=0, w = ax e a expresso para w pode ser simplificada dividindo-a por w

    = ax:

    2

    =

    2

    =

    No caso w = ax + b, esta simplificao no possvel.

    Produto ou razo de variveis: = =

  • 19

    No caso de produto de variveis,

    =

    =

    Pode-se chegar ao resultado de que:

    2

    =

    2

    +

    2

    Este mesmo resultado vale para o caso w = x / y

    Produto de funes: =

    Substituindo as derivadas parciais obtm-se:

    2 = 1 2

    2 + 1 22

    Dividindo ambos os termos por 2 = 2, obtm-se:

    2=

    2+

    2

    Esse resultado pode ser generalizado para qualquer nmero de variveis.

    Funo trigonomtrica: =

    = cos ,

    Assim, = cos

    Funo logartmica: =

    =

    1

    ln

    1

    ln

    =

    1

    Assim,

    2 =

    1

    ln

    2

    2

    = 1

    ln

    A tabela a seguir resume alguns exemplos de frmulas de propagao de incertezas:

    = (, , ) Expresses para w

    = 2 =

    2 + 2 +

    = = 1

    =

    = =

    =

    = + =

    = 2 = 2

    2 + 22

    2

    =

    2

    +

    2

    =

    2 = 1

    2

    2 +

    2

    2

    2

    2

    =

    2

    +

    2

    = 2 = 1 2

    2 + 1 22

    2

    =

    2

    +

    2

  • 20

    = = cos

    = log = 1

    ln

    III. GRFICOS

    Ao trabalhar em laboratrios muito comum obtermos dados entre grandezas relacionadas. Um

    dos recursos mais importantes para visualizar, interpretar ou determinar essa relao a

    representao dessas grandezas na forma de grficos.

    Atravs de um grfico possvel:

    Determinar (estimar) os desvios em cada medida (atravs do distanciamento dos pontos

    experimentais uma curva de ajuste mais provvel). O desalinhamento visvel de alguns

    pontos sinaliza, todavia que um erro grosseiro foi cometido ao realizar a medida.

    Determinar a dependncia funcional de uma grandeza em relao outra.

    Determinar a expresso matemtica que as relaciona (frmula emprica), o que permite a

    interpolao e extrapolao de dados na regio de validade da frmula.

    Ao construir grficos, utilizando dados experimentais relacionados, normalmente so

    colocados os valores da varivel dependente y (valores da funo f(x)) no eixo vertical, chamado

    eixo das coordenadas; e os valores da varivel independente x no eixo horizontal, chamado eixo

    das abscissas. Em cada eixo deve ser utilizada uma escala adequada para representar os pontos

    desejados. Uma vez estabelecidas as escalas dos eixos lanam-se os pontos Pi (xi , yi ).

    1. REGRAS BSICAS PARA A CONSTRUO DE GRFICOS

    Escolher as escalas de modo que o grfico ocupe o mximo do espao disponvel. Em

    grficos com escalas lineares recomenda-se que dados representados ocupem acima de

    75% do comprimento dos eixos.

    Escolher o passo de modo que seja fcil fazer a marcao da escala, por exemplo, mltiplos

    ou submltiplos de 2 ou 5.

    Usar um degrau conveniente, aqui tambm aconselhvel a utilizao de mltiplos ou

    submltiplos de 2 ou 5. No necessrio usar a mesma escala para os eixos vertical e

    horizontal.

    Escrever ao longo dos eixos o nome e a unidade da grandeza representada.

    Os pontos Pi ( xi , yi ) podem ser marcados com smbolos . O

    tamanho dos smbolos pode corresponder, quando especificado, aos desvios associados

    grandeza representada.

  • 21

    Os pontos Pi ( xi , yi ) devem indicar os desvios quando este for conhecido ( ).

    Colocar ttulo, de preferncia, por extenso caracterizando o que representa o grfico.

    Pode conter tambm uma legenda, caracterizando a experincia ou qualquer outro dado

    importante para o leitor (como as legendas usadas sob os grficos e figuras em livros).

    Em funo da distribuio dos pontos no grfico interessante que se trace uma linha

    contnua (curva, relao funcional), que passe o mais prximo possvel de todos os pontos.

    No necessrio que a linha passe exatamente sobre cada ponto. Alguns critrios para

    determinao dessa curva so mostrados abaixo.

    O nmero de pontos para traar uma curva depende do tipo de curva, mas geralmente 5 a 10

    pontos podem ser suficientes.

    As tabelas de dados devem ser colocadas no corpo do relatrio ou em anexos (sempre

    indicando claramente a que grfico correspondem).

    As dedues e interpretaes feitas a partir de um grfico devem ser colocadas no relatrio

    prximas ao grfico, preferencialmente antes (com o intuito que o leitor possa ler e

    visualizar o grfico).

    2. ALGUMAS DEFINIES UTILIZADAS EM GRFICOS

    Escalas: denomina-se escala a qualquer segmento de reta (ou curva), marcado por pequenos

    traos que indiquem os valores ordenados de uma grandeza.

    Degrau: a diferena entre os valores da grandeza, representado por dois traos consecutivos

    da escala.

    Passo: a distncia (em unidades de comprimento) entre dois traos consecutivos em uma

    escala.

    O degrau e o passo podem ser:

    Constante: neste caso as escalas so chamadas lineares ou uniformes.

    Varivel: neste caso as escalas so chamadas no-lineares.

    Exemplos de Escalas em uma dimenso:

    Linear:

    onde a grandeza i a corrente eltrica, dada em Ampres.

    Degrau = 2 A

    Passo = 1,5 cm

    No linear:

  • 22

    onde a grandeza x a distncia em metros.

    Degrau = 1 m (constante) .

    Passo = Varivel.

    3. TIPOS DE GRFICOS: DETERMINAO DAS ESCALAS

    De uma maneira geral, costuma-se utilizar trs tipos de grficos:

    Linear: Quando os as escalas dos dois eixos so lineares.

    Mono-Log: Quando uma escala logartmica e a outra linear.

    Di-Log: Quando as duas escalas so logartmicas.

    a. Escala linear

    Conforme mencionado, numa escala linear o degrau e o passo so constantes. O degrau (D) de

    uma escala pode ser obtido da seguinte forma:

    =

    =

    Onde Vmax o maior valor da grandeza que desejamos representar no eixo e L o comprimento do

    eixo (espao disponvel para represent-lo).

    EXEMPLO: Se numa experincia de medida de foras o maior valor medido para a fora for

    Fmax = 14,0 x 103 N, e desejamos ter um eixo com L = 8 cm, o degrau ser:

    =14 103

    8 = 1,75 103

    Para uma melhor visualizao da escala, neste caso adotaramos D = 2,0 x 103 N/cm. Para a

    escolha do degrau ( interessante que o degrau seja mltiplo ou submltiplos de 2 ou 5) sempre

    devemos aumentar o valor calculado. Observe na figura abaixo que o maior valor de F

    corresponder a mais de 70% do comprimento do eixo.

    b. Escala logartmica

    O fato da escala ser logartmica significa que o passo, a distncia d medida entre dois pontos,

    proporcional diferena dos logaritmos desses nmeros. As escalas logartmicas se repetem em

    dcadas (de 10 em 10), isto acontece devido propriedade dos logaritmos: log 20 = log 10 + log

    2. Em folhas vendidas comercialmente em geral o comprimento da dcada de 10 cm.

    (N)

  • 23

    Portanto, os valores marcados em uma dcada sero sempre 10 vezes maiores do que os valores

    marcados na dcada anterior.

    Determinao da Escala (E)

    Eixos logartmicos so divididos em dcadas, cujo passo (sub-diviso) corresponde ao

    logaritmo do nmero que representa multiplicado pelo comprimento da dcada.

    A escala determinada no incio de uma das dcadas como sendo 10n (n-inteiro)

    multiplicado pela unidade da grandeza que representa (Ex: 101 m, 10-5 N).

    Definido o incio da dcada 10n as subdivises seguintes sero: 2 10n, 3 10n, 4 10n e

    assim sucessivamente.

    Uma vez determinada a primeira dcada as dcadas adjacentes so definidas por 10n-1 (para

    valores menores que 10n) e 10n+1 (para valores maiores que 10n) e assim sucessivamente. (Ver figura

    abaixo).

    OBS: (a origem numa escala logartmica no o ponto ZERO)

    4. ALGUNS TIPOS DE FUNES DE AJUSTE

    A seguir sero apresentados alguns exemplos de como, a partir da representao grfica de duas

    grandezas, podemos determinar a relao funcional entre elas. Para tanto, sempre que possvel,

    interessante representar os pontos Pi ( xi , yi ) de modo que apresentem uma distribuio linear no

    grfico ou proceder a um ajuste usando um programa computacional adequado.

    a. Funo Linear: y = a x + b

    Quando os pontos experimentais so lanados em um grfico e a curva que melhor se ajusta for

    uma reta (grfico 1), a equao dessa reta a relao funcional que relaciona a grandeza y

    101

    102

    103

    10-1

    100

    101

    Distncia x (cm)

  • 24

    (ordenada) com a grandeza x (abscissa). Observa-se no exemplo a seguir que:

    A dependncia funcional entre as grandezas y e x (linear) expressa pela reta mdia (que

    pode ser representada pela equao y = a x + b),

    A inclinao (coeficiente angular constante) dada por =

    Se a curva a reta mdia, sua inclinao representa a mdia da constante a ( )

    No ponto onde a reta intercepta o eixo y (para x = 0), obtm-se o coeficiente linear da reta

    y(0) = b.

    Grfico 1. Dependncia da varivel y em relao varivel x. Os pontos se referem aos dados experimentais

    (com seus respectivos desvios). A linha contnua representa a curva de ajuste.

    Quando representamos nos eixos grandezas fsicas os coeficientes a e b possuem significado

    fsico, que muitas vezes so os resultados que desejamos obter.

    Assim, a partir da determinao grfica dos coeficientes a e b obtm-se a relao funcional entre

    as variveis x e y como sendo: = +

    EXEMPLO: Numa experincia para determinar a elongao de uma mola em funo do peso

    suspenso foram obtidos os pontos mostrados na tabela. Pela lei de Hooke sabe-se que h uma

    relao linear entre a fora F (fora de gravidade) atuando sobre a mola e a elongao d da mola:

    = . Se a fora F marcada no eixo y e a elongao d sobre o eixo x, ento a constante da mola

    k (dada pela inclinao da reta de ajuste) :

    =

    =

    2 12 1

    = 12 1 103

    6 0,5 = 2 103

  • 25

    Tabela I. Peso suspenso e elongao de uma mola, medidos em um sistema massa-mola.

    Fora (dinas) Elongao (cm)

    0 0

    2000 1,0

    5000 2,5

    7000 3,5

    12000 6,0

    14000 7,0

    Grfico 2. Relao entre do peso suspenso e a elongao de uma mola em um sistema massa-mola.

    Assim, a relao entre a fora atuando na mola F e a elongao dada por:

    = 2 103

    O coeficiente linear zero, indicando que o ponto da escala de medies estava alinhado com a

    mola antes de qualquer peso ter sido pendurado nela. Note que um dos valores usados para calcular

    a inclinao um ponto arbitrrio sobre a reta e no um ponto da tabela de dados.

    O coeficiente linear zero, indicando que o ponto da escala de medies estava alinhado com a

    mola antes de qualquer peso ter sido pendurado nela.

    -1,0 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0

    -2

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    16

    F

    d

    Elongao de uma mola em

    funo do acrscimo de peso

    Peso

    (d

    inasx10

    3)

    Elongao (cm)

  • 26

    b. Funes no lineares

    Conforme mencionado sempre interessante a representao dos dados experimentais de

    forma que graficamente apresentem uma distribuio linear dos pontos, ou uma distribuio que

    permita estimar visualmente a dependncia entre as grandezas lanadas. Por exemplo:

    Em uma experincia de queda livre de um corpo de massa m, partindo do repouso, a equao da

    posio dada por =1

    22. Se for construdo um grfico de h vs t obter-se- uma parbola

    (portanto uma distribuio no linear dos pontos no grfico, geralmente de anlise mais difcil).

    Porm, se construirmos um grfico h vs t2 obteremos uma distribuio linear dos pontos, de onde se

    pode calcular

    2= =

    1

    2, diretamente (em analogia ao caso anterior). H que se

    ressaltar, entretanto, que neste caso particular a relao funcional entre h e t j conhecida.

    Nos casos onde no conhecemos a relao funcional entre as variveis x e y, uma das possveis

    formas de obt-la a representao dos dados em grficos no lineares. Abaixo so mostrados

    exemplos para grficos Di-log ou Mono-log. Caso nenhuma dessas duas formas de representao

    fornea uma distribuio linear dos pontos, ou que pelo menos uma distribuio que permita

    visualizar a forma da curva de ajuste, devem-se procurar outros mtodos para encontrar a relao

    funcional entre as variveis em estudo.

    Funes do tipo: = , onde a e n so constantes.

    Relaes funcionais deste tipo podem ser analisadas aplicando o logaritmo, o que nos d:

    log = log + log

    Assumindo: = log , = log = log , obtm-se a equao de uma reta do tipo:

    = + , que tem a mesma forma do caso que discutimos anteriormente.

    Assim lanando os valores de log y no eixo vertical e log x no eixo horizontal, em um grfico

    linear (papel milimetrado), possvel obter os coeficientes n (inclinao) e B (coeficiente linear).

    Como no caso anterior (item a), podemos estabelecer a equao que relaciona Y e X e,

    conseqentemente, a relao funcional entre x e y.

    Outra opo para a representao dos pontos P (xi,yi) utilizar grficos com escalas no

    lineares, por exemplo, escalas logartmicas.

    Se os pontos experimentais forem lanados diretamente em um papel Di-log (ou Log-Log), no

    qual as escalas: vertical e horizontal, so logartmicas, tambm obteremos uma reta.

    Neste grfico a inclinao n obtida da relao:

    = log

    log =

    log 2 log 1log 2 log 1

    importante observar que para o clculo da inclinao necessrio calcular o logaritmo dos

  • 27

    valores xi e yi, escolhidos na curva.

    Quando log x = 0 (x = 1), temos que log y = log a, conseqentemente y (x=1) = a.

    EXEMPLO: Numa experincia para determinar a intensidade luminosa que incide em uma

    fotoclula em funo da distncia at a fonte de luz foram obtidos os pontos mostrados na tabela

    abaixo. Sabe-se que a corrente eltrica na fotoclula proporcional intensidade luminosa

    incidente. Para determinar a relao funcional entre a corrente eltrica I e a distncia da fonte x

    pode-se propor uma relao do tipo = 0 . Aplicando o logaritmo funo I(x) obtemos:

    log = log 0 + log

    Tabela II. Distncia fonte de luz e corrente eltrica numa fotoclula.

    Distncia (cm) Corrente Eltrica (mA)

    1,00 50,00

    2,00 11,50

    5,00 2,00

    11,50 0,40

    22,40 0,10

    Grfico 3. Corrente eltrica em uma fotoclula em funo da distncia a uma fonte de luz.

    A partir do grfico acima podemos obter o coeficiente n, que a inclinao da reta, como segue:

    =

    =

    log 2 log 1log 2 log 1

    =log 0,10 log 50,00

    log 22,00 log 1,00=

    2,699

    1,350 2

    100

    101

    102

    10-1

    100

    101

    Io

    X

    I

    Corrente eltrica I em uma

    fotoclula em funcao da

    distancia x da fonte de luz.

    Co

    rren

    te E

    ltr

    ica I (

    mA

    )

    Distncia x (cm)

  • 28

    O coeficiente I0 obtido diretamente no grfico e igual a I(x=1), logo I0 = 50,00 mA.

    Assim, a relao entre a corrente eltrica na fotoclula I e a distncia fonte luminosa dada

    por: = 50,002

    Funes Exponenciais: = , onde D e n so constantes

    Essa uma dependncia (funo) muito comum em cincia. Essa funo pode ser linearizada

    com o uso dos logaritmos naturais. Aplicando o logaritmo natural obtemos:

    ln = ln +

    Esta equao ser uma reta quando representarmos ln y no eixo vertical e x no eixo horizontal

    de um papel milimetrado.

    Ao representarmos y diretamente num eixo logartmico e x num eixo linear, como os de um

    papel Monolog, tambm se obter uma reta, cujo coeficiente linear ln D e a inclinao :

    = ln

    =

    ln 2ln 1

    21 (Observe que aqui logaritmo neperiano).

    Quando x = 0 temos ln D = ln y(0), ou seja, D = y(0)

    Observao:

    Quando se deseja utilizar o papel Monolog mais freqentemente comercializado, ou alguns

    programas computacionais, deve-se atentar para o fato de que a escala logartmica encontra-se na

    base 10 e no na base e dos logaritmos neperianos

    Neste caso, aplicando o logaritmo na base 10 equao = se obtm:

    log = log + log

    A distribuio dos pontos no grfico tambm ser uma reta com coeficiente linear log =

    log (0), porm, cuja inclinao : log = ln

    .

    EXEMPLO: Numa experincia para determinar a velocidade em funo do tempo, de uma

    esfera que se desloca em um fludo, foram obtidos os pontos mostrados na tabela abaixo. Sabe-se

    que a velocidade da bola sofre a ao de uma fora de atrito viscoso que deve diminuir sua

    velocidade com o tempo. Para determinar a relao funcional entre a velocidade v e o tempo t pode-

    se propor uma relao do tipo = 0

    . A proposta de uma equao de ajuste do tipo

    exponencial, neste caso, resulta do fato de que a distribuio dos pontos num grfico Monolog

    uma reta (ver abaixo). Aplicando o logaritmo funo v(t) obtemos:

    log = log 0 1

    log

    Onde e a base dos logaritmos neperianos e , o tempo caracterstico de amortecimento.

    A partir do grfico podemos obter o coeficiente 1

    log como segue:

  • 29

    log =

    log =

    2 1log 2 log 1

    = log 7,0 2,5

    log 0,40 log 10,00= 1,40

    O coeficiente v0 obtido diretamente no grfico e igual a v (t=0), logo v0 = 60,00 cm/s.

    Assim, a relao entre a velocidade da bola v e o tempo t dada por:

    = 60,000,71

    Tabela III: Tempo de queda e velocidade de uma esfera em um fludo.

    Tempo (s) Velocidade (cm/s)

    1,0 29,40

    2,0 14,50

    3,0 6,54

    4,0 3,48

    5,0 1,71

    6,0 0,84

    7,0 0,41

    8,0 0,20

    Grfico 4. Velocidade em funo do tempo de queda de uma esfera em um fludo.

    0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,010

    -1

    100

    101

    vo

    v

    t

    Velocidade em funo do

    tempo de uma bola

    movendo-se em um leo.

    Velo

    cid

    ad

    e (

    cm

    /s)

    Tempo (s)

  • 30

    5. CRITRIOS PARA TRAAR A RETA DE AJUSTE MAIS PROVVEL

    Para determinar a curva ou relao funcional (a melhor curva de ajuste ou a curva mais

    provvel) entre as variveis, que melhor representa os pontos de um grfico, o critrio mais

    utilizado o Mtodo dos Mnimos Quadrados (MMQ).

    Este mtodo consiste em determinar os coeficientes da funo y(x) para qual a diferena:

    () 2

    =1

    mnima, onde Y(x) a funo proposta como mais provvel para descrever os pontos

    experimentais, xi e yi so as coordenadas dos pontos P ( xi,yi ) e n o nmero de pontos. Para o caso

    em que os pontos no grfico apresentem uma distribuio linear, assumimos = + .

    Atravs do Mtodo dos Mnimos Quadrados (neste caso tambm denominado Regresso Linear, por

    assumirmos uma reta como a curva mais provvel) determinamos os valores de a e b para os quais a

    expresso: ( + ) 2

    =1 mnima. Para isso, necessrio resolver as equaes abaixo:

    ( + )

    2

    =1

    = 0

    ( + )

    2

    =1

    = 0

    Derivando essas equaes resulta:

    =1

    + 2

    =1

    =

    =1

    +

    =1

    =

    =1

    De onde obtemos para os coeficientes angular a e linear b da reta proposta, as seguintes

    expresses:

    =

    =1

    =1

    =1

    2=1

    =1

    2 =

    =

    =

    =

    =1

    2=1

    =1

    =1

    2=1

    =1

    2 =

    Onde so os valores mdios das variveis yi e xi respectivamente. De posse dos valores de

    a e b podemos substitu-los na equao y(x) proposta. A partir da, atribuindo valores a x podemos

    traar a reta mais provvel, que descreve a distribuio dos pontos do grfico.

    Ainda atravs de tratamentos estatsticos dos dados possvel obter tambm a incerteza padro

    associada de a e b como sendo:

    =

    2=1

    = + 2

    =1

    2

  • 31

    = 2

    =1

    2=1

    =1

    2 2

    =1

    2=1

    Se a melhor reta obrigatoriamente tiver que passar pela origem (b = 0) seu coeficiente angular

    a e o respectivo desvio sero dados por:

    =

    =1

    2=1

    = 1

    1

    2

    =1

    2=1

    Observao: Os coeficientes obtidos pelas equaes anteriores, somente so vlidos para o caso

    em que a curva mais provvel uma reta. Para o caso em que a distribuio dos pontos do grfico

    no pode ser descrita por uma reta deve-se assumir outro tipo de funo y(x).

    O MMQ geralmente o mtodo utilizado para o ajuste de curvas nos programas computacionais

    mais comuns.

    IV. ROTEIROS DAS PRTICAS

    1. PRTICA 1: MEDIDAS: DETERMINAO E TRATAMENTO DE ERROS

    a. Objetivos

    Aprender a utilizar instrumentos de medio como rgua, paqumetro, micrmetro e balana.

    Usar as regras de propagao de erros e conceito de algarismos significativos no clculo da

    incerteza padro e representao de grandezas indiretas.

    b. Introduo terica

    Esta prtica tomar por base a seo II desta apostila. Contudo, convm lembrar que medir

    comparar com alguma unidade padro, ou seja, verificar quantas vezes ela contm uma unidade

    adotada como padro (por exemplo, podem ser utilizados como unidade padro de comprimento o

    palmo, o p, a jarda, o metro, etc.). Desta forma ao representar uma grandeza escalar

    necessitamos especificar ao menos trs itens (no caso de uma grandeza vetorial tambm sua direo

    e sentido)

    Um nmero (quantidade)

    Uma unidade (padro)

    A confiabilidade do valor declarado (incerteza padro a ela associada).

    Com base no exposto conclui-se que a representao do resultado da medida de uma grandeza

  • 32

    (X), ser feita na forma de um intervalo de validade, da seguinte maneira:

    = (ver seo II.2)

    Dessa forma, deve-se pensar num intervalo e no em um nico valor para a grandeza X, i.e.,

    deve-se entender que o valor de X est situado no intervalo entre + . Esse

    procedimento dever ser sempre adotado ao representar resultados experimentais, independente da

    sensibilidade do aparelho.

    O erro associado ao instrumento em uma medida direta, como regra geral, porm no como

    dogma, igual metade da menor diviso da escala (este critrio ser adotado para todas as

    medidas realizadas nesta disciplina). Os erros estatsticos e do experimentador devem ser avaliados

    em cada medida.

    Ao realizar uma medida indireta (volume, densidade,...), a partir de medidas diretas (comprimento,

    massa,...), a influncia dos erros associados s medidas diretas, deve ser calculada segundo critrios

    de propagao de erros (ver seo II - NOES GERAIS SOBRE MEDIDAS E AVALIAO DE

    ERROS).

    c. Material Utilizado

    Pea metlica, balana, rgua, micrmetro e paqumetro.

    d. Procedimento experimental

    Cada grupo receber duas peas metlicas (uma barra e um cilindro) cujas dimenses devem ser

    medidas atravs de trs instrumentos (rgua, paqumetro e micrmetro).

    Cada integrante do grupo dever realizar suas medidas. Como as peas so irregulares, para

    cada dimenso devem ser realizadas 03 medidas em pontos diferentes. Os valores medidos devem

    ser apresentados em tabelas.

    A seguir deve ser medida a massa da pea.

    Devero ser calculados o volume e a densidade com a respectiva incerteza padro para cada

    pea. Como foram usados instrumentos com precises diferentes, calcule essas grandezas para o

    caso mais preciso e para o menos preciso. Represente corretamente os resultados.

    Apresente todos os clculos efetuados em apndices.

    Para elaborar as concluses interessante comparar a densidade obtida com valores tabelados

    para a densidade de alguns metais, o que permitir identificar o metal de que so feitas as peas.

    {Valores tabelados: alumnio: 2,6989 0,0001 g/cm3, lato: 8,7 0,2 g/cm3, cobre: 8,9 0,1

    g/cm3}.

  • 33

    2. PRTICA 2: CONSTRUO DE GRFICOS LINEARES: DETERMINAO DA

    DENSIDADE DE SLIDOS

    a. Objetivos

    Obter a densidade de um material, a partir de vrias amostras.

    Usar o Mtodo dos Mnimos Quadrados (M.M.Q.) para traar grficos lineares.

    Usar o mtodo estatstico para representar o resultado de diferentes medidas de uma mesma

    grandeza.

    Comprovar a consistncia entre os dois mtodos utilizados

    Identificar o material de que so feitas as amostras.

    b. Introduo Terica

    Na primeira prtica o volume foi tratado como medida indireta, obtido a partir das medidas

    diretas das dimenses.

    Nesta prtica o volume ser medido diretamente, com o uso de uma proveta com gua

    (correspondendo ao volume V1). Ao se introduzir nesta proveta uma amostra cujo volume Vi se quer

    medir, h o deslocamento da gua para o volume V2.

    Dessa forma, Vi = V2 V1 e tambm Vi = V2 + V1

    Nesta prtica, sero usadas vrias amostras de um mesmo material de densidade , sendo que

    a i-sima amostra possui massa mi e volume Vi.

    Como visto na seo II , uma das maneiras de se encontrar atravs da mdia dos vrios

    valores medidos para esta grandeza. Outra maneira lanar as medidas (Vi, mi ) em um grfico de

    massa (eixo y) em funo do volume (eixo x) e encontrar o coeficiente da reta, que ser o valor

    procurado para .

    c. Material Utilizado

    Peas metlicas, proveta, gua, balana e papel milimetrado.

    d. Procedimento experimental

    Cada grupo receber algumas peas metlicas do mesmo material, com diferentes

    dimenses.

    Medir o volume V das peas recebidas, conforme explicao acima, fazendo as combinaes

    necessrias de modo a obter 6 amostras diferentes.

  • 34

    A seguir, medir massa de cada uma das 6 amostras (organizar os seus dados em forma de

    tabela).

    Calcular a densidade i e a incerteza i de cada uma das 6 amostras ( =

    ) e apresentar

    resultado final utilizando o mtodo estatstico (seo II).

    Construir um grfico de m (nas ordenadas, eixo y) versus V (nas abscissas, eixo x) e traar

    visualmente a melhor reta que representaria a distribuio de seus pontos e determinar o

    coeficiente angular dessa reta ( a densidade ).

    Utilizando o MMQ, descrito na seo III, obter o coeficiente da reta ( a densidade ).

    Traar as duas retas dos itens anteriores.

    Compare os 3 valores de densidade obtidos.

    Apresente todos os clculos efetuados em apndices.

    3. PRTICA 3: MEDIDAS DE TEMPO

    a. Objetivos

    Estabelecer critrios para melhorar a preciso em medidas de tempo com cronmetro manual.

    Construir grficos no lineares (em papel di-log).

    Determinar a acelerao da gravidade local (g).

    b. Introduo Terica

    Um Pndulo Simples (PS) consiste de uma partcula de massa m suspensa por um fio leve, fino

    e inextensvel de comprimento L, preso a um ponto fixo.

    Quando a partcula afastada de sua posio de equilbrio e solta, ela oscila devido fora de

    atrao gravitacional. As duas nicas foras que atuam sobre a partcula em um PS so a trao do

    fio e a fora peso da partcula, a qual pode ser decomposta em uma fora normal Pn e uma fora

    tangencial Pt, trajetria S (ver figura abaixo).

    PnPt

    T

    A equao diferencial que descreve o movimento do pndulo dada por:

  • 35

    0 sen L

    g

    2

    2

    dt

    d (P.3-1)

    onde g a acelerao gravitacional e a amplitude (ngulo) de oscilao.

    possvel mostrar que o perodo de oscilao T (tempo gasto para uma oscilao completa)

    dado por:

    ...)2

    sen6

    5

    4

    3

    2

    1

    2sen

    4

    3

    2

    1

    2sen

    2

    11(/2 = 6

    2

    2

    2

    2

    2

    24

    2

    2

    2

    22

    2

    2

    gLT (P.3-2)

    Nos casos em que a amplitude de oscilao pequena ( 10O , sen ) pode ser usada a

    relao:

    gLT / 2 ou 21

    2/)/( LgT (P.3-3)

    A freqncia natural de oscilao f (n de oscilaes completas por segundo) dada por:

    LgT

    f / 2

    11 (P.3-4)

    Da equao (P.3-4) temos que a acelerao gravitacional g pode ser obtida pela relao:

    Lg T

    4

    2

    2 (P.3-5)

    ou seja, medindo o perodo de oscilao de um pndulo simples de comprimento conhecido

    podemos determinar a acelerao gravitacional local.

    c. Material Utilizado

    Pndulo simples, cronmetro, papel milimetrado e di-log, e trena.

    d. Procedimento Experimental

    H certa dificuldade na medida de intervalos de tempo curtos, feitos com cronmetros

    disparados manualmente. A automao nem sempre simples. O aumento na preciso da medida

    pode ser conseguido se o movimento for peridico, usando o processo de mltipla contagem. Este

    problema ser abordado nesta experincia.

    Verificar como utilizar o cronmetro para medir tempo. Determinar o desvio associado a

    cada medida.

    O tempo de reao do ser humano (intervalo de tempo entre a visualizao de um fenmeno

    e o seu registro ou, nesta experincia em particular, o tempo gasto para ligar ou desligar o

    cronmetro) da ordem de 0,2 s. , portanto, maior do que o desvio avaliado do cronmetro.

    Com prtica e cuidado este tempo pode ser diminudo. Isto significa que em toda medida de

    tempo, controlada manualmente, haver que se considerar o erro associado ao tempo de

  • 36

    reao. Recomenda-se que cada aluno deve medir o seu tempo de reao, no cronmetro,

    ligando e desligando-o algumas vezes, do modo mais rpido que puder. A seguir, ao realizar

    as medidas de tempo, deve-se levar em conta o tempo de reao do operador ao estimar o

    erro cometido.

    Colocar o pndulo a oscilar em um ngulo pequeno ( 10 ).

    Medir o tempo de 30 oscilaes completas do pndulo simples e determinar o perodo do

    mesmo com os seguintes comprimentos de fio aproximados: L = 50,0 cm; 75,0cm; 100,0cm,

    150,0cm e 200,0cm.

    Construir um grfico em papel milimetrado de T vs L.

    Uma outra forma de determinar a dependncia de T com L assumir que a funo seja do

    tipo T = K Lw, onde K e w so constantes. Aplicando a funo logaritmo em ambos os lados

    da equao obtemos:

    log T = log K + w log L (P.3-7)

    Pode-se ver que log T diretamente proporcional ao log L. Dois procedimentos podem ser

    adotados neste caso:

    1- Representar log T vs log L , em papel milimetrado, que dever resultar em uma reta cuja

    inclinao w e que corta o eixo log T (log L = 0) no ponto log K (coeficiente linear).

    2- Lanar os valores de T e de L diretamente num papel di-log, que resultar tambm numa

    reta, a partir da qual se podem determinar os valores de w (a partir da inclinao) e de K

    (quando L = 1).

    Nesta prtica adotaremos o segundo procedimento.

    Construir um grfico di-log de T vs L. Traar visualmente a reta mais provvel.

    Determinar a partir do grfico os valores de K e de w. Escrever a equao com os valores

    obtidos para K e w. Por comparao relacione as constantes K e w com as constantes da

    equao P.3-3.

    4. PRTICA 4: CALOR ESPECFICO DOS SLIDOS

    a. Objetivos

    Medir o calor especfico de slidos (por exemplo: Alumnio, Lato)

    b. Introduo Terica

    Para aumentar a temperatura de uma substncia, deve-lhe ser fornecida uma quantidade de

    calor (Q) que pode ser definida, desde que essa substncia no sofra transio de fase, como:

  • 37

    Q = m c T

    Onde m a massa do substncia, c o calor especifico da substncia e T a variao de

    temperatura sofrida pela substncia.

    Geralmente o calor especfico de uma substncia no um valor constante e nico, ele pode

    depender da forma em que se fornece calor substncia, por exemplo, se o calor fornecido a

    presso constante ou a volume constante. Alm disso, o calor especifico pode depender da

    temperatura. Para os slidos quando a variao da temperatura no for muito grande, geralmente ele

    pode ser tomado como constante.

    c. Material Utilizado

    Termopar, substncia que se quer medir o calor especfico, balana, calormetro (garrafa

    trmica/calormetro), gua e sistema para aquecimento de gua.

    d. Procedimento Experimental

    Nesse experimento ser medido o calor especifico de alguns slidos (a tcnica vale tambm

    para lquidos), para isso ser colocado um slido a uma determinada temperatura (Ti - Temperatura

    inicial do slido) em um calormetro (garrafa trmica) com paredes adiabticas (para no perder

    calor para o meio externo) contendo gua em equilbrio trmico com o recipiente. Pelo fato da

    parede ser adiabtica a variao de calor do sistema ser igual a zero (Q = 0), ou seja:

    Qcalormetro + Qgua + Qsubstncia = 0

    onde:

    Qcalormetro = KT

    Qgua = mguacgua (Tequilbrio Tinicial gua)

    Qsubstncia = msubstncia csubstncia (Tequilbrio Tinicial substncia)

    Antes de iniciar a medida do calor especifico do slido, precisamos encontrar a capacidade trmica

    (K) do calormetro. Como fazer isso?

    Uma das possibilidades a seguinte:

    Aquea aproximadamente 110mL de gua at a temperatura de ebulio.

    Enquanto a gua est sendo aquecida, mea a massa do calormetro (mc).

    Despeje a gua quente dentro do calormetro e mea a massa novamente (mca). A diferena

    mca-mc ser igual massa de gua quente (maq) despejada no calormetro.

    Mea a massa de aproximadamente 100mL de gua temperatura ambiente (maf) e a

    temperatura desta (Taf).

  • 38

    Agite levemente a garrafa com a gua quente a fim de se obter o equilbrio trmico entre a

    garrafa e a gua, mea a temperatura (Taq = Tc).

    Adicione a gua temperatura ambiente no calormetro.

    Mea a temperatura do sistema aps atingir o equilbrio trmico (Teq).

    De posse desses dados e substituindo-os na equao abaixo possvel obter o valor da

    capacidade trmica (K) da garrafa.

    Admitindo que o sistema no perca e nem ganha energia do meio ambiente, (paredes

    adiabticas):

    K(Teq - Tc) + maf ca (Teq - Taf) + maqca(Teq - Taq) = 0

    O calor especifico da gua (ca ) pode ser considerado como sendo 1cal/goC.

    Repita esse procedimento pelo menos mais uma vez para confirmar se no esta sendo

    cometido algum erro grosseiro.

    De posse da capacidade trmica do calormetro (K), proceda, por exemplo, da seguinte

    maneira para obter o calor especifico do slido.

    Limpe o calormetro.

    Mea a massa do slido (ms) que se quer medir o calor especifico e deixe-o isolado (sem

    contato com as mos).

    Aquea novamente gua (~110mL) at chegar na temperatura de ebulio.

    Enquanto a gua est sendo aquecida, mea a massa do calormetro (mc).

    Despeje a gua quente dentro do calormetro e mea a massa novamente (mca). A diferena

    mca-mc ser igual massa de gua quente (maq) despejada no calormetro.

    Mea a temperatura do ambiente (Ts).

    Agite levemente a garrafa com a gua quente a fim de se obter o equilbrio trmico entre a

    garrafa e a gua, mea a temperatura (Taq = Tc).

    Coloque com cuidado o slido no calormetro, aguarde at que ocorra o equilbrio trmico

    (agite levemente a gua para que o equilbrio acontea mais rapidamente), mea essa

    temperatura (Teq).

    Admitindo que o sistema no perca e nem ganha energia do meio ambiente, (paredes

    adiabticas):

    K(Teq - Tc) + ms cs(Teq - Ts) + maq ca(Teq - Taq) = 0

    De onde pode ser calculado o calor especfico do slido cs.

    Repita o procedimento para outro slido.

  • 39

    5. PRTICA 5: ASSOCIAO DE COMPONENTES ELTRICOS

    a. Objetivos

    Estudar o comportamento de resistores hmicos em corrente contnua, quando associados em

    srie e em paralelo.

    Treinamento de medies utilizando multmetro e fonte de tenso.

    b. Fundamentos tericos

    A associao de resistores ou quaisquer outros componentes resistivos em um circuito pode ser

    analisada pelas leis de Kirchhoff. Ou seja, em um circuito de resistores em srie a tenso total

    igual soma das tenses em cada componente, enquanto a corrente a mesma em todos os

    componentes.

    Do mesmo modo, em uma associao em paralelo a corrente total igual soma das correntes

    em cada elemento, enquanto a tenso a mesma em todos os componentes. Isto nos leva a dizer que

    em um circuito em srie a soma das resistncias igual resistncia equivalente Req

    = 1 + 2 + 3 + +

    e no circuito em paralelo a soma dos inversos das resistncias igual ao inverso da resistncia

    equivalente do circuito.

    1

    =

    1

    1+

    1

    2+

    1

    3+ +

    1

    c. Material utilizado

    Multmetros, fonte de tenso contnua, resistores

    d. Procedimento experimental

    Circuito em srie

    Escolha um resistor de 560 e um de 1 K, pelo cdigo de cores. Mea agora estes valores

    com o ohmmetro.

    A seguir monte o circuito:

  • 40

    Ajuste a tenso da fonte para 10,00 V usando o voltmetro. Mea com o ampermetro o valor da

    corrente no circuito. Mantenha o ampermetro conectado no circuito e mea os valores das tenses

    em R1 e R2 e nos terminais do ampermetro. Faa todas as medidas de tenso com dois dgitos e as

    de corrente com trs dgitos de preciso depois da vrgula.

    Circuito em paralelo

    Usando os mesmos resistores, monte o circuito abaixo, ajuste a tenso na fonte para Vf =

    10,00 V e repita o procedimento do primeiro item, medindo IR1, IR2, a corrente total no circuito It e

    os valores das tenses em R1 e R2.

    Levando em conta os desvios,

    Faa uma anlise terica do circuito em srie, usando Vf = 10,00 V e calculando VR1, VR2 e I.

    Verifique se estes valores esto de acordo com os valores medidos e explique as eventuais

    discrepncias.

    Faa uma anlise terica do circuito em paralelo, usando Vf = 10,00 V e calculando IR1, IR2 e

    It. Verifique se estes valores esto de acordo com os valores medidos e explique as eventuais

    discrepncias.

    Verifique a validade da 1 e da 2. lei de Kirchhoff nos dois circuitos acima.

    Calcule para os dois circuitos acima a potncia dissipada em cada resistor e a potncia total

    dissipada no circuito. Compare com o valor de 1 W, que a potncia mxima admissvel

    pelos resistores utilizados na experincia.

    Seqncia sugerida

    Circuito em srie

    Valores das resistncias dos resistores medidos com o ohmmetro:

    R1 = ( + )

    R2 = ( + )

    Valor da corrente no circuito medido com o ampermetro:

  • 41

    I = ( + ) mA

    Valores das tenses medidos com o voltmetro:

    VF

    = ( + ) V

    VR1 = ( + ) V

    VR2 = ( + ) V

    Vamp = ( + ) V

    Verifique a validade da 2 lei de Kirchhoff, comparando o valor de VF com a soma das

    tenses nos resistores:

    VF = ( + ) V

    Vamp + VR1 + VR2 = ( + ) V

    Com base nos resultados acima, calcule o valor da resistncia interna do ampermetro na escala

    utilizada.

    Ramp= ( + )

    Calcule R = V/I para cada resistor usando a corrente e as tenses medidas em cada resistor.

    Valores das resistncias dos resistores obtidos a partir de V/I:

    R1 = ( + )

    R2 = ( + )

    Comparando os valores das resistncias obtidos com o ohmmetro e com o resultado de V/I,

    qual o mtodo mais preciso para obter a resistncia? Explique.

    Utilizando os valores das resistncias medidos com o ohmmetro, calcule o valor da resistncia

    equivalente do circuito.

    Req

    Calcule agora o valor da resistncia equivalente do circuito usando a expresso:

    Req = VF / I

    Req

    Comparando os resultados, explique a diferena entre eles. Esta diferena comparvel ao valor

    da resistncia interna do ampermetro que voc estimou acima?

    Calcule a potncia dissipada em cada resistor e compare com o valor da potncia mxima

    admissvel em cada resistor utilizado.

    P1 = ( + ) W

    P2 = ( + ) W

    Circuito em paralelo

    Valor da corrente total no circuito usando o ampermetro:

    I = ( + ) mA

  • 42

    Valor das correntes nos resistores usando o ampermetro:

    IR1 = ( + ) mA

    IR2 = ( + ) mA

    Valores das tenses no circuito medidos com o voltmetro:

    VF = ( + ) V

    VR1 = ( + ) V

    VR2 = ( + ) V

    Note que a tenso a mesma em todos os componentes do circuito (Se houver uma discrepncia

    entre a tenso nos resistores e a tenso na fonte, explique).

    Verifique a validade da 1a lei de Kirchhoff, comparando o valor da corrente total I que sai da

    fonte com a soma das correntes que passam pelos dois resistores.

    Itotal = ( + ) mA

    IR1 + IR2 = ( + ) mA

    Utilizando os valores das resistncias medidos com o ohmmetro, calcule o valor da resistncia

    equivalente do circuito.

    Req

    Calcule agora o valor da resistncia equivalente do circuito usando a expresso:

    Req = VF / I

    Req

    Comparando os resultados, explique se eles so compatveis entre si.

    Calcule a potncia dissipada em cada resistor e compare com o valor da potncia mxima

    admissvel em cada resistor utilizado.

    P1 = ( + ) W

    P2 = ( + ) W

    6. PRTICA 6: CONDUO ELTRICA ATRAVS DE SOLUES AQUOSAS

    Esta prtica ser realizada em forma de projeto, ou seja, ser proposto no dia da aula um

    experimento hipottico, ser discutida a parte terica envolvida em tal experimento e

    adicionalmente sero entregues os dados (simulao de medidas) para serem processados e

    apresentados em forma de relatrio.

    Algumas questes sero apresentadas tambm, envolvendo teoria, procedimento experimental e

    processamento de resultados, as quais devero ser esclarecidas pelos estudantes, na apresentao do

    relatrio da prtica.