Apostila Gest o Do Ar 2 1

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  • 1. Introduo Os tpicos que sero apresentados na apostila visam fornecer aos leitores conhecimentos bsicos de Gesto atmosfrica e procedimentos que o empreendedor ter estabelecer de maneira de no ser surpreendido pelos rgos ambientais e outras autoridades competentes sobre as exigncias no controle atmosfrico. Alm avaliar os custos e benefcios na implantao de sistemas de monitoramento e gerenciamento de emisses atmosfricas, minimizando os riscos para a empresa e a sociedade.

    2. Poluio Atmosfrica 2.1 Definio A poluio atmosfrica pode ser definida com a alterao das propriedades fsicas, qumicas ou biolgicas normais da atmosfera que possa causar danos reais ou potenciais sade humana, flora, fauna, aos ecossistemas em geral, aos materiais e propriedade, ou prejudicar o pleno uso e gozo da propriedade ou afetar as atividades normais da populao ou o seu bem estar.

    O Ar e a Atmosfera

    Cerca de 30.000 litros de ar, em mdia, passam diariamente pelos pulmes de uma pessoa adulta. Esse ar, atingindo as partes mais profundas do aparelho respiratrio, vai tomar contato muito ntimo com os alvolos pulmonares, cuja superfcie muito extensa, caso fosse possvel abrir-se cada alvolo e coloc-los um ao lado do outro, ter-se-ia uma rea de aproximadamente 95 metros quadrados, ou seja, a rea til de um apartamento de tamanho mdio. O ar, atravs dos alvolos vai ento entrar em contato com a corrente sangunea, fornecendo o oxignio necessrio vida humana. Esse oxignio nos provido pela atmosfera, que a denominao dada camada de gases que envolvem a Terra e que se estende at a altitude de 9600 quilmetros. A atmosfera seca constituda por cerca de 78% em volume de nitrognio, 20,9% de oxignio, 0,9% de argnio, 0,035% de dixido de carbono (gs carbnico) e por vrios outros gases em pequenas concentraes (Tabela 2.2.1). A atmosfera contm quantidade varivel de vapor de gua, dependendo do local, hora, estao do ano, etc., chegando a 0,02% em volume nas regies ridas e 4% em regies equatoriais midas. A atmosfera contm tambm partculas slidas e lquidas em suspenso (aerossis), de composio qumica e concentrao variveis e inclusive matria viva (polens, microorganismos, etc.).

    Exemplo de composio de atmosfera seca e limpa (1994)

    Constituinte Frmula % em volume Ppm Nitrognio N2 78,08 780800 Oxignio O2 20,95 209500 Argnio Ar 0,93 9300 Dixido de Carbono CO2 0,0358 358* Nenio Ne 0,0018 18 Hlio He 0,00052 5,2 Metano CH4 0,00017 1,7 Kriptnio Kr 0,00011 1,1 Hidrognio H2 0,00005 0,5 xido Nitroso N2O 0,00003 0,3 Oznio O3 0,000004 0,04 Nota do autor: em 2000 a Concentrao mdia de CO2 na baixa troposfera era de 365 ppm Fonte: Masters,1997

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  • A atmosfera dividida em troposfera, a camada da atmosfera que vai do solo at a altitude de cerca de 10 a 12 quilmetros (5 a 8 km sobre os plos e podendo chegar a 18 km sobre o equador), estratosfera, camada que vai desde a troposfera at cerca de 50 quilmetros de altitude. Setenta e cinco por cento (75%) da massa da atmosfera est contida dentro da altitude de at 10 quilmetros, ou seja, basicamente na troposfera e noventa e nove por cento (99%) da massa de ar est contida dentro da altitude de 33 quilmetros envolvendo, parte estratosfera Acima da estratosfera se localiza a quimiosfera e acima desta a ionosfera. Camadas da atmosfera do Planeta Terra

    2.2 Fontes de Poluio Atmosfrica Assim, tomando-se como referncia a qualidade do ar natural de uma regio, toda substncia que altera a composio da sua camada gasosa, quantidade e/ou em qualidade, ser considerada poluente. Desta forma, os poluentes atmosfricos tanto podem ser substncias que normalmente no esto presentes no ar, como tambm aquelas que, presentes nele, so produzidas pelas atividades humanas em quantidades excessivas como, por exemplo, o gs carbnico. Os poluentes podem ser gasosos ou partculas, slidas ou lquidas, em suspenso no ar. As atividades industriais, o trfego de veculos, a atividade de construo civil, a movimentao de materiais secos e as queimas provocam a emisso de partculas e/ou gases para a atmosfera. Isso pode alterar significativamente a qualidade do ar de uma regio.

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  • Fontes de Emisso (poluentes) indstrias, carros, queimadas, etc.

    Atmosfera (diluio e reaes qumicas)

    Receptores (seres humanos, fauna, flora, materiais, etc.)

    Fonte: IEMA As substncias usualmente consideradas poluentes do ar e suas principais origens so apresentadas na tabela 2 e 3. As fontes de emisso de partculas e/ou gases para a atmosfera so classificadas como pontuais ou extensas, de acordo com suas caractersticas fsicas: fontes pontuais - so aquelas que, devido s pequenas dimenses da sua rea de lanamento, podem ser consideradas como um ponto em relao s demais fontes e regio impactada. Um exemplo tpico de fonte pontual so as chamins das indstrias. fontes extensas - so aquelas que tm uma superfcie significativa em relao s demais fontes e regio impactada. Exemplos de fontes extensas so as pilhas de materiais secos, as vias pavimentadas ou no e os solos descobertos. As fontes de emisso para a atmosfera so ainda classificadas em fixas e mveis. Veculos com motores de combusto so caracterizados como fontes mveis. Uma chamin, por exemplo, uma fonte fixa.

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  • Tabela 02 - Tipos de Fontes de Poluio e os Principais Poluentes.

    Modalidade das Fontes

    Tipos de Fontes Poluentes

    Processos Industriais MP, SOx, NOx, CO, HC

    Caldeiras, Fornos e Aquecedores MP, SOx, NOx, CO, HC Construo Civil MP

    Queima ao Ar Livre e Queimadas MP, Fumaa, SOx, NOx,, CO, HC

    F I X A S

    Explorao, Beneficiamento, Movimentao e Estocagem de Materiais Fragmentados MP

    Tipo de Veculo/Fonte Tipo de Combustvel Poluentes Avies Querosene NOx, HC, MP

    Navios e Barcos Diesel / leo Combustvel NOx, HC, MP, SOx, CO

    Caminho, nibus Diesel NOx, HC, MP, SOx, CO

    A N T R O P O G N I C A S

    M V E I S

    Automveis, Motos Gasolina / lcool NOx,, MP, CO, HC, Aldedos Tipos de Fontes Poluentes Ocenica MP Decomposio Biolgica SO2, N2O, HC Praias, Dunas MP

    Queimadas CO, NOx, MP, Fumaa

    N A T U R A I S Eroso Elica do Solo e Superfcies MP

    SOX xido de Enxofre; NOX xido de Nitrognio; CO Monxido de Carbono; HC Hidrocarbonetos; N2O xido de Nitrognio I ; MP Material Particulado (Poeira) Fonte: IEMA 2.3 Os Poluentes Atmosfricos O nvel de poluio do ar medido pela quantificao das substncias poluentes que se apresentam a cada momento. Considera-se poluente qualquer substncia presente no ar e que, pela sua concentrao, possa torn-lo imprprio, nocivo ou ofensivo sade, inconveniente ao bem-estar pblico, danoso aos materiais, fauna e flora ou prejudicial segurana, ao uso e gozo da propriedade e s atividades normais da comunidade. A variedade de substncias que podem estar presentes na atmosfera muito grande, o que torna difcil a tarefa de estabelecer uma classificao. Entretanto, admite-se dividir os poluentes em duas categorias:

    Poluentes primrios: aqueles emitidos diretamente pelas fontes de emisso;

    Poluentes secundrios: aqueles formados na atmosfera, atravs da reao qumica entre poluentes primrios e constituintes naturais da atmosfera.

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  • As substncias usualmente consideradas poluentes do ar podem ser classificadas da seguinte forma:

    compostos de enxofre (SO2, SO3, H2S, sulfatos); compostos de nitrognio (NO, NO2, NH3, HNO3, nitratos); compostos orgnicos de carbono (hidrocarbonetos, lcoois, aldedos, cetonas, cidos

    orgnicos); monxido de carbono e dixido de carbono; compostos halogenados (HCl, HF, cloretos, fluoretos); material particulado (mistura de compostos no estado slido ou lquido).

    A primeira observao sobre essa classificao que ela feita tanto na base qumica quanto na fsica, pois o grupo "Material Particulado" se refere ao estado fsico, enquanto ou outros se referem a uma classificao qumica. So parmetros relevantes no processo de contaminao atmosfrica as fontes de emisso, a concentrao dos poluentes e suas interaes do ponto de vista fsico (diluio, que depende do clima e condies meteorolgicas) e qumico (reaes qumicas atmosfricas e radiao solar) e o grau de exposio dos receptores (ser humano, outros animais, plantas, materiais). importante salientar, que mesmo mantidas as emisses, a qualidade do ar pode mudar em funo das condies meteorolgicas, que determinam maior ou menor diluio dos poluentes. por isso que a qualidade do ar piora durante o inverno, quando as condies meteorolgicas so mais desfavorveis disperso dos poluentes. Durante os meses de inverno ocorre o fenmeno atmosfrico conhecido por inverso trmica". Trata-se da conjuno de alguns fatores meteorolgicos e climticos que favorecem a estagnao atmosfrica, dificultando a diluio dos poluentes. A intensiva reduo das correntes convectivas verticais devida ocorrncia de um determinado perfil vertical de distribuio de temperaturas, que induz a permanncia das camadas mais frias em nveis prximos superfcie, especialmente nas manhs de dias frios e ensolarados. A ausncia de correntes horizontais contribui para o agravamento do problema. A interao entre as fontes de poluio e a atmosfera definir o nvel de qualidade do ar, que determina, por sua vez, o surgimento de efeitos adversos da poluio do ar sobre os receptores, o homem, os animais, os materiais e as plantas. A determinao sistemtica da qualidade do ar deve ser, por problemas de ordem prtica, limitada a restrito nmero de poluentes, definidos em funo de sua importncia e dos recursos materiais e humanos disponveis. Neste sentido, e de forma geral, a escolha recai sempre sobre um grupo de poluentes consagrados universalmente, que servem como indicadores de qualidade do ar: dixido de enxofre (SO2), poeira em suspenso, monxido de carbono (CO), oxidantes fotoqumicos (expressos como oznio (O3)), hidrocarbonetos totais (HC) e xidos de nitrognio (NO e NO2). A razo da seleo destes parmetros como indicadores de qualidade do ar est ligada sua maior freqncia de ocorrncia e aos efeitos adversos que causam ao meio ambiente. 2.4 Os Principais poluentes e seus Efeitos sobre a Sade Considera-se poluente qualquer substncia presente no ar e que pela sua concentrao possa torna-lo imprprio, nocivo ou ofensivo sade, inconveniente ao bem estar pblico, danoso aos materiais, fauna e flora ou prejudicial segurana, ao uso e gozo da propriedade e s atividades normais da comunidade. Os principais poluentes atmosfricos de origem veicular e seus efeitos na sade so descritos a seguir:

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  • Monxido de carbono (CO) encontrado principalmente nas cidades devido ao grande consumo de combustveis, tanto pela indstria como pelos veculos. No entanto, estes ltimos so os maiores causadores deste tipo de poluio, pois alm de emitirem mais do que as indstrias, lanam esse gs altura do sistema respiratrio. Por isso, a poluio por monxido de carbono (CO) encontrada sempre em altos nveis nas reas de intensa circulao de veculos dos grandes centros urbanos. Constitui-se em um dos mais perigosos txicos respiratrios para o homem e animais dado o fato de no possuir cheiro, no ter cor e no causar irritao e no ser percebido pelos sentidos. Em face da sua grande afinidade qumica com a hemoglobina do sangue, tende a combinar-se rapidamente com esta, ocupando o lugar destinado ao transporte do oxignio; pode, por isso, causar a morte por asfixia. A exposio contnua, at mesmo em baixas concentraes, tambm est relacionada s causas de afeces de carter crnico, alm de ser particularmente nociva para pessoas anmicas e com deficincias respiratrias ou circulatrias, pois produz efeitos nocivos nos sistemas nervoso central, cardiovascular, pulmonar e outros. A exposio ao CO tambm pode afetar fetos diretamente pelo dficit de oxignio, em funo da elevao da carboxihemoglobina no sangue fetal, causando inclusive peso reduzido no nascimento e desenvolvimento ps-natal retardado. Hidrocarbonetos (THC) So gases e vapores com odor desagradvel (similar gasolina ou Diesel), irritante dos olhos, nariz. pele e trato respiratrio superior, resultantes da queima incompleta e evaporao de combustveis e outros produtos volteis. Podem vir a causar dano celular, sendo que diversos hidrocarbonetos so considerados carcinognicos e mutagnicos. Participam ainda na formao dos oxidantes fotoqumicos na atmosfera, juntamente com os xidos de nitrognio (NOX). xidos de nitrognio (NOX) No est ainda perfeitamente demonstrado que o monxido de nitrognio (NO) constitua perigo sade nas concentraes em que se encontra no ar das cidades. Entretanto, em dias de intensa radiao, o NO oxidado a dixido de nitrognio (N02), que altamente txico ao homem, aumentando a susceptibilidade s infeces respiratrias e aos demais problemas respiratrios em geral. Alm de irritante das mucosas, provocando uma espcie de enfisema pulmonar, podem ser transformadas nos pulmes em nitrosaminas, algumas das quais so conhecidas como potencialmente carcinognicas. Oxidantes fotoqumicos (O3) Os hidrocarbonetos e xidos de nitrognio reagem na atmosfera, principalmente quando ativados pela luz solar, formando um conjunto de gases agressivos chamados de oxidantes fotoqumicos. Dentre esses, o oznio o mais importante, pois utilizado como indicador da presena de oxidantes fotoqumicos na atmosfera. O oznio tambm tem origem nas camadas superiores da atmosfera, onde exerce importante funo ecolgica, absorvendo as radiaes ultravioletas do sol e reduzindo assim a sua quantidade na superfcie da Terra; pode, por outro lado, nas camadas inferiores da atmosfera, exercer ao nociva sobre vegetais, animais, materiais e sobre o homem, mesmo em concentraes relativamente baixas. No sendo emitidos por qualquer fonte, mas formados na atmosfera, os oxidantes fotoqumicos so chamados de poluentes secundrios. Ainda que sejam produtos de reaes qumicos de substncias emitidas em centros urbanos, tambm se formam longe desses centros, ou seja, nas periferias das cidades e locais onde, em geral, esto localizados os centros de produo agrcola.

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  • Como so agressivos s plantas, agindo como inibidores da fotossntese e produzindo leses caractersticas nas folhas, o controle dos oxidantes fotoqumicos adquire, assim, fortes conotaes scio-econmicas. Estes poluentes formam o chamado "smog" fotoqumico ou nvoa fotoqumica, que possui esse nome porque promove na atmosfera reduo da visibilidade. Ademais, provocam danos na estrutura pulmonar. reduzem sua capacidade e diminuem a resistncia s infeces deste rgo; causam ainda. o agravamento das doenas respiratrias, aumentando a incidncia de tosse, asma, irritaes no trato respiratrio superior e nos olhos. Seus efeitos mais danosos parecem estar mais relacionados com a exposio cumulativa do que com os picos dirios. xidos de enxofre (SO2) A inalao do dixido de enxofre (S02), mesmo em concentraes muito baixas, provoca espasmos passageiros dos msculos lisos dos bronquolos pulmonares. Em concentraes progressivamente maiores, causa o aumento da secreo mucosa nas vias respiratrias superiores, inflamaes graves da mucosa e reduo do movimento ciliar do trato respiratrio, responsvel pela remoo do muco e partculas estranhas. Pode aumentar a incidncia de rinite, faringite e bronquite. Em certas condies, o S02 pode transformar-se em trixido de enxofre (S03) e, com a umidade atmosfrica, transformar-se em cido sulfrico, sendo assim um dos componentes da chuva cida. Material particulado (PTS e PM10) Sob a denominao geral de material particulado (MP) se encontra uma classe de poluentes constituda de poeiras, fumaas e todo tipo de material slido e lquido que, devido ao seu pequeno tamanho, se mantm suspenso na atmosfera. As fontes emissoras desse poluente so as mais variadas, indo de incmodas "fuligens" emitidas pelos veculos at as fumaas expelidas pelas chamins industriais, passando pela prpria poeira depositada nas ruas, levantada pelo vento e pelo movimento dos veculos. At 1989, a legislao brasileira preocupava-se apenas com as "Partculas Totais em Suspenso", ou seja, com todos os tipos e tamanhos de partculas que se mantm suspensas no ar, grosso modo, partculas menores que 100 micra (uma micra a milsima parte do milmetro). No entanto, pesquisas recentes, mostram que aquelas mais finas, em geral as menores que 10 micra, penetram mais profundamente no aparelho respiratrio e so as que apresentam efetivamente mais riscos sade. Dessa forma, a legislao brasileira passou tambm a se preocupar com as "Partculas Inalveis", a partir de 1990. Partculas minsculas como as emitidas pelos veculos, principalmente os movidos a diesel, podem ser menores do que a espessura de um fio de cabelo. Sendo assim, no so retidas pelas defesas do organismo, tais como, pelos de nariz, mucosas etc. Causam irritao nos olhos e garganta, reduzindo a resistncia s infeces e ainda provocando doenas crnicas. O mais grave que essas partculas finas, como as de fumaa de cigarro, quando respiradas, atingem as partes mais profundas dos pulmes, transportando para o interior do sistema respiratrio substncias txicas e cancergenas. As partculas causam ainda danos estrutura e fachada de edifcios, vegetao e so tambm responsveis pela reduo da visibilidade. Freqentemente adotada. So painis semelhana de muros de 3 a 5 m de altura, podendo ser opacos, de alvenaria, concreto, materiais absorventes ou translcidos (material acrlico ou vidro) etc. Com a regulamentao do controle do rudo, espera-se drstica melhoria ambiental nas reas residenciais, comerciais e de uso misto, no mbito de um plano de atendimento que deve priorizar as reas estritamente residenciais e aquelas ocupadas por hospitais, creches, casas de sade e escolas.

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  • 2.6 Efeitos Globais da Poluio Atmosfrica Deposio cida O termo "chuva cida" foi utilizado pela primeira vez pelo cientista escocs Robert Angus Smith, em meados do Sculo XIX, para se referir aos efeitos de emisses industriais nas guas de chuvas na Inglaterra. A chuva cida provm da lavagem da atmosfera pelas chuvas que arrastam os xidos de enxofre e de nitrognio nela presentes e outros elementos cidos, alterando a acidez da gua (reduo do pH), pela formao de cidos - sulfuroso, sulfrico, nitroso e ntrico principalmente - com conseqncias indesejveis para o meio ambiente, em especial para o ecossistema natural, a vegetao, a vida aqutica, edificaes e materiais de construo, como o caso do aumento da corroso de metais e ataque ao mrmore e algumas vezes para a sade humana. Ocorre tambm a deposio seca, sendo atualmente utilizado o termo "deposio cida" para caracterizar os dois fenmenos.

    Para expressar a acidez se usa uma escala logartmica da concentrao de ons hidrognio [H], denominada de "potencial Hidrogeninico" (pH), que vai de O a 14. Abaixo de 7 o pH considerado cido e acima de 7 bsico ou alcalino. gua de chuva no poluda j cida, pois tem pH em torno de 5,6 pela presena de gs carbnico na atmosfera, suficiente para sua saturao, formando cido carbnico. Quando a gua de chuva passa a ter pH menor que 5,6 por causa da presena de outros gases cidos na atmosfera, basicamente xidos de enxofre e xidos de nitrognio, de origem antropognica, ento essa chuva denominada "chuva cida". Valores abaixo de 5 j comeam a preocupar em relao a possveis efeitos fauna aqutica, em especial os peixes. A ao da deposio cida tem se apresentado mais a nvel regional ou mesmo trans-fronteiria como ocorre na Europa e entre nordeste dos EUA e sudeste do Canad, onde ocorrem chuvas cidas com pH prximo de 4,0. Na parte Oeste dos EUA a chuva cida menos intensa, pois o carvo utilizado nas termeltricas tem menor contedo de enxofre. Na Europa, principalmente pelas termeltricas a carvo e emisses veiculares, as emisses afetam principalmente os pases escandinavos, em funo de ventos predominantes e pela existncia de numerosos lagos.

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    O principal agente de deposies cidas tem sido os xidos de enxofre. Os xidos de nitrognio no so to eficientes como os de enxofre na produo de chuva acida, reao para chegar a

  • se transformar em cidos e isso ocorre ao longo da disperso da pluma de emisses, ou seja, em locais distantes da fonte e j mais diludos, alm do que podem contribuir positivamente pelo fornecimento de nitrognio s plantas. No Brasil j se sente uma preocupao em relao a este problema; no entanto, os valores at aqui conhecidos no indicam a existncia de uma chuva acida severa. Reduo da Camada de Oznio A camada de oznio da estratosfera um filtro natural para as radiaes ultravioletas do sol, protegendo a Terra, portanto, dos nveis indesejveis dessa radiao. A diminuio da concentrao de oznio nesta camada traz como possveis conseqncias o aumento de cncer de pele, de cataratas, diminuio da resposta do sistema imunolgico humano, alm de se prever a ocorrncia de muitos outros efeitos aos ecossistemas e a espcies animais e vegetais. A teoria atualmente aceita que o oznio da estratosfera est sendo eliminado em grande parte pelo cloro presente nas substncias denominadas clorofluorcarbonos (CFCs), que so substncias muito estveis quimicamente, permanecendo na atmosfera por dezenas de anos. Outros agentes dessa destruio so os xidos de nitrognio, emisses de erupes vulcnicas, o gs halon utilizado em sistemas de proteo contra incndio, o metildorofrmio e o tetracloreto de carbono (CCI4). Os CFCs so utilizados como gs refrigerante em sistemas de refrigerao (geladeiras, freezers, balces, cmaras frigorficas, etc.) e em sistemas de ar condicionado. Outros usos incluem a produo de espumas, onde agem como agente expansor, como agente de limpeza de dispositivos eletrnicos e como propelente de aerossis (embalagens tipo spray), atualmente limitado a usos essenciais. Acordos internacionais, celebrados com a intermediao da ONU, estabeleceram a eliminao da produo de clorofluorcarbonos em dezembro de 1995, nos pases desenvolvidos, e em 2005 nos pases em desenvolvimento. O Brasil, a partir de 1990, signatrio do Protocolo de Montreal e deve atender s medidas em nvel internacional, cabveis aos pases em desenvolvimento, tendo apresentado em 1994 seu plano de atendimento ao Protocolo. A Camada de Oznio

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  • Efeito Estufa SOS Planeta Terra

    O Efeito de Estufa consiste, basicamente, na ao do dixido de carbono e outros gases sobre os raios infravermelhos refletidos pela superfcie da terra, reenviando-os para ela, mantendo assim uma temperatura estvel no planeta. Ao irradiarem a Terra, parte dos raios luminosos oriundos do Sol so absorvidos e transformados em calor, outros so refletidos para o espao, mas s parte destes chega a deixar a Terra, em conseqncia da ao refletora que os chamados "Gases de Efeito de Estufa" (dixido de carbono, metano, clorofluorcarbonetos- CFCs- e xido de azoto) tm sobre tal radiao reenviando-a para a superfcie terrestre na forma de raios infravermelhos.

    J desde pocas pr-histricas que o dixido de carbono tem tido um papel determinante na regulao da temperatura global do planeta. Com o aumento da utilizao de combustveis fsseis (Carvo, Petrleo e Gs Natural) a concentrao de dixido de carbono na atmosfera duplicou nos ltimos cem anos. A este ritmo e com o abatimento massivo de florestas que se tem praticado ( nas plantas que o dixido de carbono, atravs da fotossntese, forma oxignio e carbono, que utilizado pela prpria planta) o dixido de carbono comear a proliferar levando, muito certamente, a um aumento da temperatura global, o que, mesmo tratando-se de escassos graus, levaria ao degelo das calotas polares e a grandes alteraes ao nvel topogrfico e ecolgico do planeta.

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  • Por que a Terra esquenta? 1 - A maior parte da energia solar chega at o solo terrestre, enquanto parte do calor transmitido pelo Sol refletido para o espao pelas camadas exteriores da atmosfera. 2 - A Terra, assim aquecida, devolve ao espao, atravs da radiao infravermelha, parte da energia recebida. No entanto, a maior poro deste calor fica aprisionada na atmosfera terrestre, graas ao vapor de gua e a uma mistura de gases, em especial o dixido de carbono (CO2). O resultado deste ciclo efeito estufa natural, que mantm a temperatura global em torno de 15,5 C e faz da Terra um planeta habitvel se no fosse este aprisionamento de calor, a Terra seria um planeta frio e sem vida, como Marte. Ao longo deste sculo, entretanto, a atividade humana despejou enormes quantidades de dixido de carbono e metano na atmosfera, elevando a temperatura da Terra, segundo os cientistas, em cerca de 0,46 C desde 1900. O Protocolo de Kioto Delegaes de 150 pases estiveram na conferncia de Kioto em busca de um acordo que permita reduzir as emisses de gases que provocam o efeito estufa, amenizando suas conseqncias. O consenso esbarrou em um fator igualmente poderoso: o econmico. Pases ricos e pobres sentaram-se mesa de negociao procurando garantir seu crescimento e ao mesmo tempo evitar que a Terra sofra graves modificaes ambientais. O acordo global para proteger o mundo das conseqncias do efeito estufa ficou pronto aps 11 dias de discusses. O Protocolo de Kioto prev uma reduo global nos prximos 15 anos de 5,2% das emisses dos principais gases poluentes, em relao ao nvel registrado em 1990, atravs de cotas de emisso de carbono. A reduo ser feita apenas por pases industrializados, em cotas diferenciadas de at 8%. Para ter valor legal, o documento precisar ser ratificado pelos congressos de pelo menos 55 pases at maro do ano que vem, mas o senado americano j se pronunciou contra o acordo. Pases da Unio Europia e ambientalistas, defensores de cortes maiores, duvidam que o protocolo traga mudanas significativas no combate ao aquecimento global. Resta saber se haver, com a ratificao do Protocolo, como obrigar os pases industrializados a cumprir seus compromissos.

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  • Os Maiores Paises Poluidores Pases e toneladas de CO2 emitidos (em milhes/ano) Porcentagem das emisses globais:

    Pases Toneladas de CO2emitidos (em milhes/ano) Porcentagem dasemisses globais

    1 - EUA 5.229 22,70% 2 - China 3.007 13,07% 3 - Rssia 1.548 6,73% 4 - Japo 1.151 5,00% 5 - Alemanha 884 3,84% 6 - ndia 803 3,49% 7 - Reino Unido 565 2,46% 8 - Canad 471 2,05% 9 - Ucrnia 431 1,87% 10 - Itlia 424 1,84% 11 - Frana 362 1,57% 12 - Coria do Sul 353 1,53% 13 - Polnia 336 1,46% 14 - Mxico 327 1,42% 15 - frica do Sul 320 1,39% 16 - Brasil 287 1,25%

    Voc sabia? - Se a temperatura mdia do mundo aumentar apenas em 4C, calcula-se que o nvel geral das

    mars subir cerca de 5 metros. Cidades inteiras desaparecero debaixo dgua. 3. Qualidade do Ar Qualidade do ar: limite para o ar que respiramos 3.1 Padres de Qualidade do Ar Para conhecer, avaliar, controlar e buscar uma boa qualidade do ar tendo em vista a sade da populao, os governos estabeleceram limites de quantidade para alguns poluentes que esto na atmosfera. So os chamados padres de qualidade.

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  • No Brasil, existem as leis que fixam padres de qualidade para algumas substncias. Veja o quadro abaixo: Padres Nacionais de Qualidade do Ar (RESOLUO CONAMA no 003 de 28/06/90)

    Poluente Tempo de Padro Primrio Padro Secundrio Mtodo Amostragem microg/m3 ppb microg/m3 ppb de Medio

    Partculas Totais 24 horas (1) 240 150 Amostrador de grandes em Suspenso MGA (2) 80 60 volumes Dixido de 24 horas (1) 365 139 100 38,2 Pararosanilina ou Enxofre MAA (2) 80 30,5 40 15,3 Equivalente Monxido de 1 hora (1) 40.000 35.000 40.000 35.000 Infravermelho Carbono 8 horas 10.000 9.000 10.000 10.000 no dispersivo Oznio 1 hora (1) 160 81,6 160 81,6 Quimiluminescncia ou Equivalente Partculas 24 horas (1) 150 150 Separao inercial/ Inalveis MAA (3) 50 50 Filtrao Dixido de 1 hora (1) 320 170 190 101 Quimiluminescncia ou Nitrognio MAA (3) 100 53,2 100 53,2 Equivalente Hidrocarbonetos. 3 horas (4) 160 0,24ppmC - - Cromatografia gasosa/ N metano (6 h s 9 h) ionizao de chamas Padro Primrio de qualidade do ar: So as concentraes de poluentes presentes no ar que, ultrapassados, podero afetar sade.

    (1) No deve ser excedido mais que uma vez ao ano. (2) Mdia Geomtrica Anual (3) Mdia Aritmtica Anual (4) EPA (Enviromental Protection Agency)- USA

    Padro Secundrio de qualidade do ar: So as concentraes de poluentes das quais se prev o mnimo efeito adverso sobre o bem estar da populao, assim como o mnimo dano fauna, flora, aos materiais e ao meio ambiente em geral. 3.2. Monitoramento da Qualidade do Ar Para que serve?

    Avaliar os nveis de exposio aos poluentes atmosfricos em que a populao est exposta;

    Realizao do auto-monitoramento de empresas para avaliao de fontes de emisso de poluentes;

    Estudos epidemiolgicos; Caracterizao fsico qumica para determinao da contribuio das fontes nos resultados

    de monitoramento de Material Particulado. Quais poluentes so comumente monitorados?

    Material Particulado (PTS), Partculas Inalveis com dimetro menores que 10 (dez) microns (PM10), Dixido de Enxofre (SO2), xidos de Nitrognio (NOx), Hidrocarboneto (HC) Oznio (O3),

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  • Equipamentos de monitoramento manuais Monitoramento de PTS (HI-VOL) Monitoramento de SO2 Equipamentos Automticos 3.2.2. ndices de Qualidade do Ar Fonte: IEMA Monitoramento automtico dos principais poluentes

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  • Determinao de ndices de Qualidade do Ar Os ndices so divulgados pelos rgos ambientais populao atravs da Internet e imprensa. A forma de divulgar os resultados por ndices a mais adequada para o fcil entendimento da populao dos nveis de poluio. As faixas concentraes de cada poluentes determinam o ndice e classificado por cores. Conseqentemente est relacionada com a mdia das ltimas 24h para os poluentes (PTS, PM10 e SO2), 1h para os poluentes (NO2 e O3) e 8h para o (CO). Atravs da concentrao mdia do pior poluente de cada estao no dia feito um clculo para a determinao do ndice de qualidade do Ar. Aps essa determinao o ndice classificado por uma cor correspondente. A tabela a seguir mostra como ser essa classificao: Classificao e Faixa do ndice

    PTS Mdia(24h) g/m3

    PM10 Mdia(24h) g/m3

    SO2 Mdia(24h) g/m3

    NO2 Mdia(1h) g/m3

    O3 Mdia(1h) g/m3

    CO Mdia(8h) g/m3

    BBoomm ((00--5500)) 0-80 0-50 0-80 0-100 0-80 0-4500

    RReegguullaarr ((5511--110000)) 81-240 51-150 81-365 101-320 81-160 4501-9000

    IInnaaddeeqquuaaddaa ((110011--119999)) 241-375 151-250 366-800 321-1130 161-200 9001-15000

    MM ((220000--119999)) 376-625 251-420 801-1600 1131-2260 201-800 15001-30000

    PPssssiimmaa ((330000--339999)) 626-875 421-500 1601-2100 2261-3000 801-1000 30001-40000

    CCrrttiiccaa AAcciimmaa ddee 440000

    876-1000 501-600 2101-2620 3001-3750 1001-1200 40001-50000

    Fonte: IEMA Os ndices at a classificao (Regular), atende o Padro de Qualidade do Ar estabelecido pela resoluo CONAMA n0 03 de 1990. PTS Partculas Totais em Suspenso PM10 Partculas Inalveis menores de 10 microns SO2 Dixido de Enxofre NO2 Dixido de Nitrognio O3 - Oznio CO Monxido de Carbono 3.2.3 Como est a qualidade do Ar da Grande Vitria? A Rede Automtica do IEMA vm divulgando os ndices de qualidade do ar atravs da internet (www.seama.es.gov.br) e da imprensa escrita. De agosto de 2000 a julho de 2001, para nenhum dos parmetros monitorados pela Rede Automtica, o padro Federal de Qualidade do Ar no foi ultrapassado. Veja o resumo abaixo:

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  • NN ddee ddiiaass xx nnddiicceess ddee QQuuaalliiddaaddee ddoo AArr ((AAggoossttoo ddee 22000000 aa jjuullhhoo 22000011))

    ndice (nde dias) Estao

    BBoomm ((00--5500))

    RReegguullaarr ((5511--110000))

    IInnaaddeeqquuaaddaa ((110011--119999))

    MM ((220000--229999))

    PPssssiimmaa ((330000--339999))

    CCrrttiiccaa AAcciimmaa ddee

    440000 Laranjeiras 299 66 0 0 0 0 Carapina 359 6 0 0 0 0

    Jardim Camburi 336 29 0 0 0 0 Enseada do

    Su 330 35 0 0 0 0

    Vila Velha-Ibes 356 9 0 0 0 0 Vila Velha-

    Centro 318 47 0 0 0 0

    Cariacica 125 160 0 0 0 0 Os ndices at a classificao (R gularRe ), atendem o Padro de Qualidade do Ar estabelecido pela resoluo CONAMA n0 03 de 1990.

    egular

    Fonte: IEMA 4. Padres de emisso nas fontes de poluio atmosfrica Para manter emisses de gases e partculas dentro de limites que no comprometam a qualidade do ar de uma regio, o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) estabeleceu alguns padres de emisso. Existem padres de emisso para a queima de combustvel em caldeiras, para veculos leves novos, para veculos diesel, etc. A rigor, os padres de emisso so valores de referncia que estabelecem as quantidades mximas que podem ser emitidas por uma determinada fonte pontual, em uma dada regio, de forma a lhe assegurar a qualidade ambiental. Para o atendimento aos padres de emisso na fonte, geralmente torna-se necessria a instalao de equipamentos ou sistemas de controle das emisses. 5. Controle da poluio atmosfrica nas empresas Um programa de controle da poluio do ar deve ter como objetivo garantir que os poluentes atmosfricos nas reas receptoras mantenham-se em concentraes tais que no afetem a sade humana, nem causem danos flora, fauna, aos materiais e ao meio ambiente em geral. Para isso, deve ser controlada a emisso dos gases e de material particulado, nas fontes, e aproveitadas as condies de disperso dos mesmos, na atmosfera. Um efetivo controle da poluio do ar deve compreender:

    definio dos padres de qualidade do ar a serem alcanados; estudo das condies meteorolgicas da rea: direo e velocidade dos ventos;

    temperatura; presso; estabilidade; radiao; umidade relativa; precipitao; monitoramento da qualidade do ar.

    O monitoramento da qualidade do ar, realizado por meio de urna rede de medio consistente e integrada aos dados meteorolgicos locais, proporciona informaes seguras sobre a qualidade do ar de uma regio. Assim, o monitoramento das emisses na fonte e o monitoramento da

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  • qualidade do ar possibilitam a implementao de controle de modo a manter a qualidade do ar dentro dos nveis aceitveis. Se o monitoramento for realizado de forma automtica e contnua, 24 horas por dia, possibilita que os geradores e os de controle ambiental detectem picos de concentrao de poluentes e atuem imediatamente junto s fontes emissoras, reduzindo a possibilidade de ocorrncia de episdios crticos de poluio. As medidas de controle da poluio do ar podem ter carter preventivo ou corretivo. As aes preventivas visam evitar que as concentraes dos poluentes, em determinadas reas, alcancem valores superiores aos dos padres de qualidade do ar. Entre essas medidas, destacam-se: localizao adequada das fontes poluidoras, em relao s outras reas; melhoria dos processos de combusto; reduo da emisso de poluentes. As medidas corretivas so adotadas objetivando reduzir as concentraes de determinados poluentes em uma rea, e podem constar de: remoo das fontes; instalao de equipamentos de reteno de poluentes nas fontes; punies legais. As principais medidas de controle da poluio do ar so apresentadas a seguir.

    Disciplina do uso e ocupao do solo

    O planejamento territorial pode ser usado no sentido de minimizar a poluio do ar, atravs de medidas como:

    Localizao adequada das fontes poluidoras em relao s outras reas. Por exemplo,

    zonas industriais devem situar-se afastadas de reas residenciais ou de outros usos sensveis poluio atmosfrica, observando o sentido predominante dos ventos.

    Utilizao de barreiras naturais ou artificiais, propagao de poluentes.

    Distribuio adequada de edificaes, de forma a garantir a circulao do ar e,

    consequentemente, as disperso dos poluentes.

    Melhoria da circulao dos veculos, atravs de um sistema virio adequado. A emisso de poluentes, de um modo geral, decresce com o aumento da velocidade mdia dos veculos.

    Melhoria e incentivo ao uso do transporte coletivo, reduzindo a quantidade de veculos em

    circulao.

    A definio de locais adequados para a instalao de novas fontes de emisso de poluentes ou a sua proibio por ser feito atravs de estudos de disperso (modelos de disperso), de forma a garantir que no sejam ultrapassados os padres de qualidade do ar nas reas receptoras.

    Controle das emisses nas empresas O controle das emisses visa reduo da concentrao de poluentes, antes de ser lanado na atmosfera. Isto obtido atravs da implantao de sistemas de controle e/ou adoo de procedimentos operacionais. Dentre os principais temos:

    altura adequada das chamins de indstrias, em funo das condies de disperso dos poluentes;

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  • uso de matrias primas e combustveis que resultem em resduos gasosos menos poluidores;

    modificao dos processos industriais, objetivando reduzir a emisso de poluentes; operao e manuteno adequadas dos equipamentos, visando a garantir o bom

    funcionamento dos mesmos, diminuindo-se o lanamento de poluentes atmosfricos;

    melhoria da combusto; quanto mais completa a combusto, menor a emisso de poluentes.

    Controle da emisso de poluentes nos veculos utilizados pela empresa; Uso de combustveis menos poluidores, nos veculos (exemplo: gs natural); Instalao de equipamentos de reteno de partculas e gases. Controle efetivo de emisses visveis.

    Alguns dos equipamentos de controle de emisses utilizados. Ciclone Os separadores ciclnicos tm com principio de operao, a ao da forca centrifuga sobre as partculas slidas em movimento num fluxo rotativo, como mostrado abaixo;

    Lavador de Gases O lavador de gs ou scrubber um dispositivo no qual realiza-se a separao de um conjunto de particulados, ou de um poluente gasoso, de um gs, por meio da lavagem do mesmo com gua, que na maioria dos casos nebulizada para formar pequenas gotas.

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  • Filtro de Mangas O processo de filtragem um dos mais antigos mtodos de remoo de partculas de um fluxo de ar contaminado, apresentado altas eficincias para uma ampla gama de tamanhos de partculas.

    O princpio de funcionamento da coleta est baseado na filtragem (impactao inercial, interceptao e difuso). Na medida em que a poeira se deposita no filtro, a perda de carga aumenta gradativamente, at atingir um valor mximo, para o qual foi especificado o ventilador que produz o fluxo gasoso. Ao se atingir este limite, entram em ao os sistemas de limpeza das mangas.

    Ha dois sistemas usados para se realizar a limpeza que so: Mecnico Sistema mais antigo que est em desuso. Nele as mangas so posicionadas

    com a extremidade aberta na parte inferior e o fluxo de ar contaminado se d no sentido da parte interna para a parte externa. A limpeza feita por meio de sacudidas nas mangas ou por vibrao das mesmas (sistema de excntrico e alavancas).

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  • Pneumtico - Sistema moderno que est em pleno uso. Nele as mangas so posicionadas

    com a extremidade aberta na parte superior e o fluxo de ar contaminado se d no sentido da parte externa para a parte interna. A limpeza feita por meio do insuflamento interno das mangas, por meio um jato de ar comprimido. Para visualizar melhor o processo de limpeza com ar comprimido.

    Uma observao deve ser feita, mesmo com a limpeza das mangas por processos automticos, ainda assim ficam retidas partculas nestas, assim sempre uma perda de carga residual ocorrer. E comum, que de tempos em tempos, se faa uma escova manual das mangas como forma de melhorar o desempenho destas e aumentar a sua vida til.

    A eficincia de um filtro de mangas vai aumentado, conforme ocorre o acmulo de material particulado no tecido. Com isto, a eficincia de reteno poder atingir va1ores superiores acima de 90%. Porm, se a eficincia aumenta a perda de carga tambm aumentaria. Fazendo-se necessrio que de tempos em tempos a limpeza seja feita.

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  • Precipitador Eletrosttico Nestes equipamentos de controle o ar contaminado com material particulado submetido a uma elevada diferena de potencial eltrico. Desta forma, as partculas se ionizam e se depositam nas placas coletoras que possuem sinal eltrico oposto ao delas. Para que este processo possa ocorrer de forma eficiente, o contaminante deve ser susceptvel a ionizao, pois materiais que no responderem a estes estmulos eltricos no sero coletados pelas placas. A construo mais simples deste mecanismo (precipitador) aquela em que um fio ionizador est colocado entre duas placas coletoras, conforme ilustra a figura seguinte.

    Pelo fio ionizador circulam cargas negativas, enquanto que as placas apresentam cargas positivas, O fluxo de ar contaminado ao passar pelo interior das placas ser ionizado com sinal negativo e ento ser coletado pela atrao das placas que possuem sinal eltrico oposto.

    Os precipitadores eletrostticos so apropriados para a coleta de material particulado muito fino, com dimetros menores que 100 pm, apresentando eficincia superior a 90%. O custo de um precipitador eletrosttico industrial bem alto, e assim poucas empresas tero condies de fazer tal investimento. Porm, ele apresenta uma srie de vantagens, entre elas podemos citar:

    Pequena perda de carga em comparao com a perda encontrada nos filtros de mangas; Facilidade de limpeza das placas com vibrao (normalmente feitas por meio de marteletes

    mecnicos); Vida til bastante longa; Capacidade de operarem com gases quentes.

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  • Como escolher um equipamento de Controle de emisses? Para escolher um equipamento de controle torna-se necessrio considerar:

    Eficincia Consumo de energia Custo de investimento Natureza fsica e qumica dos particulados Periculosidade (incndios e exploses)

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  • importante anotar que a implantao de um equipamento para reduzir as emisses de uma determinada fonte no significa obrigatoriamente que as concentraes daquele poluente no ar sero reduzidas na mesma proporo, isso porque a melhoria da qualidade do ar, com relao quele poluente, depende da participao de todos os demais emissores da regio. 6. INVENTRIO DE EMISSES Toda degradao da qualidade do ar tem sua origem na emisso de poluentes. Conforme vimos, das fontes de emisso podem ser naturais ou antropognicas. As estimativas de emisso, realizadas atravs dos inventario de fontes e emisses, uma tarefa indispensvel para a abordagem do problema de poluio atmosfrica. Trata-se do levantamento, em determinada regio de estudo das fontes existentes, e da estimativa da qualidade de poluentes emitidas por essas fontes. Obviamente, somente os poluentes primrios sero considerados no inventrio. O principal objetivo do inventrio identificar a qualidade total de poluentes emitida. Porm, geralmente as informaes do inventrio sero utilizadas para o projeto de redes de monitoramento e para interpretar seus resultados. Outra utilidade dos inventrios fornecer os dados iniciais para alimentar modelos matemticos que simulem a disperso de poluentes na regio (ver captulo seguinte). Nestes casos, as informaes a serem fornecidas pelo inventrio sero de trs tipos: a distribuio espacial das fontes, a quantificao das emisses de cada poluente (inclusive sua distribuio espacial e temporal), e as condies do lanamento. Distribuio espacial A distribuio espacial diz respeito localizao das fontes, isto , ao seu mapeamento. Uma primeira classificao das fontes faz-se necessria, entre fontes fixas (por exemplo, as indstrias), cuja localizao definida e constante, e fontes mveis (veculos, embarcaes, aeronaves). interessante observar que os veculos individualmente so moveis, mas uma via de circulao de veculos, assim como um porto ou um aeroporto, podero ser considerados como fontes fixas. Isto simplifica a distribuio espacial, uma vez que no os veculos individualmente, mas as vias de circulao sero lanadas no inventrio, que conter apenas fontes fixas. Na localizao espacial, uma outra classificao das fontes pode ser realizada, entre fontes pontuais, fontes linha e fonte rea. Fontes pontuais (ou fontes ponto) so as atividades de maior intensidade de emisses

    (geralmente indstria), de localizao definida no espao. Tais fontes so plotadas individualmente no mapeamento, e as emisses e condies de lanamento de cada uma dessas fontes sero estimadas individualmente.

    Fontes Linhas so aquelas onde as emisses ocorrem ao longo de uma trajetria. Trata-se

    dos eixos virios de maior densidade de trfego de veculos. Tais fontes tambm sero lanadas no mapeamento, e sua contribuio para as emisses ser tambm considerada individualmente.

    Fonte rea sero definidas para caracterizar todo um conjunto de fontes de emisso (vias de

    menor intensidade de trnsito, indstrias de menor porte, atividades comerciais e residenciais, etc), que no sero consideradas individualmente, mas sim coletivamente. Para fins do mapeamento e da estimativa de emisses, as fontes reas podero ser subdivididas em diversas classes: por exemplo, reas rurais, reas residenciais, reas industriais, reas comerciais, etc.

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  • Esquema simplificado de distribuio de fontes emissoras dos tipos ponto, linha e rea Nem sempre as informaes sobre a localizao das fontes em determinada regio est disponvel. Neste caso, necessrio realizar levantamentos. Os levantamentos podem ser diretos, por meio do chamado cadastramento de fontes (contato direto com as fontes, atravs de pesquisa de campo, ou atravs de troca de correspondncias) ou indiretos, contratando rgos e entidades que disponham de informaes sobre as atividades econmicas, tais como: rgos ambientais, estaduais e municipais. Esses geralmente dispem de informaes

    obtidas atravs do licenciamento, que so especialmente teis para as fontes de natureza industrial. Na realidade, como nem todas as fontes esto licenciadas, as informaes obtidas tero que ser complementadas.

    Outros rgos pblicos. Vrios rgos dispem de informaes indispensveis ao inventrio.

    Por exemplo, no caso de veculos automotores, os dados sobre a frota esto disponveis no Departamento de Trnsito, os dados sobre o trfego nos rgos de trnsito. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica) dispe dos dados de recenseamentos, mas est legalmente impedido de fornecer informaes sobre as atividades individualmente. Os dados estatsticos (nmero de estabelecimentos de determinado tipo e determinado porte, por exemplo) so porm muito teis. Os rgos fazendrios (Ministrio e secretarias estadual e Municipal da Fazenda) e as Secretarias de Planejamento dispem tambm de informaes sobre as atividades econmicas, e devem ser consultados.

    Empresas pblicas e concessionrios de servios pblicos. Muitas informaes teis podem ser obtidas nessas entidades, como por exemplo: consumo de combustvel, energia e insumos em atividades industriais, comerciais e residncias, (por exemplo, junto Petrobrs, s empresas concessionrias de energia eltrica e de gua, etc). Na prtica, realizar esse levantamento uma atividade difcil, onde aflora a dificuldade de comunicao entre os diferentes rgos. As bases de dados raramente so compatveis entre si, e nem sempre existe a informao ser disponibilizada, a um custo factvel ou em um formato que seja til ao inventrio. No caso de realizar um levantamento direto (cadastramento), deve-se evitar criar uma nova base de dados desconsiderando os demais rgos pblicos, pois isso ir agravar ainda mais o problema do desencontro de informaes. Qualificao das emisses A principal informao desejada no inventrio a quantificao das emisses de cada poluente na regio de estudo. Dependendo da finalidade, o nvel de detalhamento dessa informao pode ser diferente. No caso mais simples, apenas a carga total das emisses ser necessria (por

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  • exemplo, toneladas/ano de CO ou de material particulado). Muitas vezes, em especial para efeitos do monitoramento e para os modelos de disperso, sero necessrias informaes mais detalhadas, por exemplo, a distribuio das emisses no tempo e no espao. Vrios mtodos podem ser utilizados para estimar as quantidades de poluentes emitidas pelas fontes. Os procedimentos variam conforme os tipos de fontes. Nas Indstrias As indstrias de maior porte so consideradas no inventrio como fontes ponto, cuja localizao e emisses so identificadas individualmente. As emisses so estimadas utilizando informaes disponveis, que podem ser de dois tipos:

    Dados de medies: a informao mais precisa e a ideal para o inventrio, pois reflete a quantidade real de poluentes emitida pela fonte. Em muitos casos, essas informaes esto disponveis nos rgos ambientais, especialmente para as maiores fontes que geralmente encontra-se em processos de licenciamento;

    Estimativas: quando os dados de medies no estiverem disponveis, deve-se realizar uma

    estimativa. Para tanto, utilizam-se os chamados fatores de emisso, que permitem estimar as emisses com base em outras informaes disponveis. Os fatores de emisso podem estar correlacionados com os dados sobre a produo (por exemplo, a massa de material particulado emitido por cada tonelada de cimento produzida), sobre o consumo de matrias primas, sobre o consumo de combustveis, etc. Os fatores de emisso podem ser encontrados na literatura tcnica, devem, porm ser avaliados ou revisados criticamente, antes de sua utilizao. Por exemplo, deve-se verificar para qual tipo de processamento industrial ele se aplica, uma vez que para um determinado tipo de indstria podem existir diferentes tecnologias de processamento. Deve-se verificar, ainda, se o fator leva em considerao, ou no, a existncia de equipamentos de controle de emisso.

    As estimativas de emisso de uma dada fonte podem ser levadas no inventrio de duas formas: como cargas totais (kg/ano ou kg/dia de cada poluente emitido), ou, quando possvel, na forma de vazes dos efluentes atmosfricos (em m3/s, CNTP) e respectiva concentrao de poluentes (g/m3, CNTP). Para as indstrias que representem diversos pontos de lanamento de efluentes atmosfricos (por exemplo, refinarias de petrleo, siderrgicas integradas, etc) desejvel realizar estimativas para cada lanamento (cada chamin). Para o emprego dos dados em modelos de disperso ou no monitoramento, importante informar o regime e as condies de lanamento.

    Regime de lanamento As emisses atmosfricas podem apresentar variaes ao longo do tempo. Ao se colocar essas informaes no inventrio, ele fornecer no apenas informaes sobre as quantidades anuais de poluentes emitidas, mas tambm a variao dessas emisses ao longo do dia, ao longo dos dias da semana, e ao longo dos meses do ano. Para tanto, as variaes abaixo podem ser detectadas e registradas no inventrio.

    Variaes dirias: cada lanamento poder ser enquadrado em uma das seguintes situaes:

    Regime contnuo: a vazo e concentrao de poluentes nos efluentes so consideradas constantes ao longo do tempo. Os valores da vazo e concentrao so lanados no inventrio. Regime intermitente: as vazes e concentraes sofrem variao ao longo do dia, porm

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  • segundo ciclo conhecido. No inventrio pode-se registrar, alm da vazo e concentrao mdias, informaes sobre a variao diria. Por exemplo, vazes e concentraes para cada hora do dia, quando o lanamento somente ocorrer em determinado horrio, ou o nmero de descargas dirias, e quantidade de poluentes emitida em cada descarga de efluentes (para processos industriais em regime de bateladas), e assim por diante. Regime irregular: as vazes e concentraes so variveis no tempo, sem seguir um regime previsvel. Nesse caso, apenas a estimativa dos valores mdios esperados para a vazo e concentrao ser levada ao inventrio, mas deve-se registrar que se trata de uma emisso em regime irregular.

    Variaes semanais e sazonais: quando houver uma variao semanal (paralisaes de atividades em determinados dias da semana) ou sazonal (paralisaes anuais para manuteno programada, ou variaes no ritmo produtivo em determinadas pocas do ano, conforme se verifica particularmente nas agroindstrias), esta dever ser indicada no inventrio.

    Condies de lanamento Especialmente quando as informaes do inventrio forem utilizadas para alimentar modelos de disperso. torna-se necessrio especificar, alm das vazes e concentraes de poluentes. as condies de lanamento sada da chamin, tais como: altura e dimenses (dimetro) da chamin, temperatura e teor de umidade dos gases efluentes, dentre outras. Veculos Os veculos automotores, como fontes mveis, so includos no inventrio de duas maneiras. Atravs da estimativa das emisses totais, e, se possvel, atravs das estimativas para as fontes linha e fontes rea. Emisses totais

    Os dados de partida para o clculo das emisses veiculares so (a) as informaes sobre a frota de veculos circulante na regio considerada, (b) os fatores de emisso de poluentes (geralmente em grama por quilmetro rodado, e (e) as estimativas de quilometragem rodada. Em todos os trs dados haver um grau de incerteza considervel, o que torna essas estimativas menos precisas do que as fontes industriais. Dados sobre a frota circulante podem ser obtidos junto s autoridades de trnsito. desejvel obter o nmero de veculos licenciados de cada modelo, e de cada ano de fabricao (ou seja, de cada ano-modelo). Uma distino bsica refere-se ao tipo de veculo (biciclos, veculos leves, veculos comerciais), e o tipo de combustvel (gasolina, lcool, diesel, gs natural, GLP). Obviamente, a frota circulante no corresponde necessariamente ao total de veculos que efetivamente trafegam na regio, deve-se incluir os veculos procedentes de outras regies, e excluir os veculos em viagens. Como aproximao possvel considerar que essas duas parcelas se equivalem e se neutralizem, embora em algumas situaes essa regra no seja necessariamente aplicvel (por exemplo, quando a regio apresentar trfego intenso em rodovias intermunicipais ou interestaduais, ou quando a regio sofrer alteraes significativas no volume de trfego por motivo de afluxo ou refluxo de veculos por exemplo, em reas tursticas).

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  • Os fatores de emisso so os valores esperados para a quantidade de poluentes emitidas por quilmetro rodado. Para os veculos novos esses fatores so bem conhecidos, pois a fabricao e comercializao dos veculos so acompanhada pelo rgo ambiental federal (IBAMA). Para os veculos em uso considerado o fator de emisso observados no ano de fabricao do veculo, alterado por um fator de determinao que considera os efeitos da idade sobre as emisses (aumento das emisses de hidrocarbonetos, monxido de carbono, e partculas, e diminuio das emisses de xidos de nitrognio). Como resultado haver um fator de emisso para cada ano-modelo de veculo. Deve-se ressaltar que os fatores de emisso so obtidos atravs de ensaios onde so medidas as emisses mdias ao longo de um ciclo predeterminado de operao do veculo (aceleraes, desaceleraes, velocidades de cruzeiro, e paradas), que pretende similar o uso que normalmente se faz de um automvel em reas urbanas. Obviamente, tal ciclo no obedecido pelos veculos no dia-a-dia, serve, porm como uma aproximao, na falta de outra metodologia.

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  • 30

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 1. CLEZAR, C. A. ei ai. Ventilao industrial. Editora da UFSC, 1999, pp 287-296.

    (Um livro simples e prtico. Alm de tratar do equipamentos de proteo ambiental. O seu ltimo captulo mostra de forma simplificada o uso do modelo gaussiano para previso de concentraes de poluentes).

    2. HABBEL, W.. Relatrio sobre a Rede Otimizada para o Monitoramento da Qualidade do Ar da

    Grande Vitria-ES. 1998. (O consultor alemo Werner Habbel analisa e critica o trabalho coordenado pelo consultor Rogrio Queirz. Este relatrio crtico e o estudo (projeto) prprio de Queirz so importantes para se entender como ser o futuro da rede de monitoramento da regio da Grande Vitria. Ver item 5).

    3. MACINTYRE, A. J. . Ventilao industrial e controle da poluio. Editora LTC, 1990. (Trata dos

    contaminantes industriais, seus padres e equipamentos de controle, procurando dar enfoque a aos aspectos da segurana no trabalho).

    4. MELO, G. C. B.. Efluentes atmosfricos e qualidade do ar. Apostila da escola de Engenharia

    da UFMG. 1996. (Uma excelente introduo ao estudo da poluio atmosfrica). 5. PEAVY ei ai.. Environmental engineering. McGraw Hill, 1985. (Um livro que aborda os nveis

    de poluio do ar e da gua e atravs dos resduos slidos. Por ser genrico, fornece uma boa base introdutria ao estudo da Engenharia Ambiental).

    6. QUEIROZ, R. 5. ei a. Rede Otimizada para o Monitoramento da Qualidade do Ar da Grande

    Vitria-ES. 1997.

    7. RIBEIRO NETO, P. Uma metodologia para avaliao da capacidade dispersiva na atmosfera de uma regio especifica. Dissertao de Mestrado. Programa de Mestrado em Engenharia Ambientai da Universidade Federal do Esprito Santo, 1997, pp. 4 1-127. (Neste trabalho Paulo Ribeiro Neto apresenta uma metodologia capaz de avaliar as condies atmosfricas de disperso).

    8. SEINFELD, J. 1-1. Contaminacon atmosfrica: fundamentos fsicos y qumicos. Instituto de

    Estudos de Administrao Local, Madrid, 1978. (Excelente livro. Aborda de forma clara e detalhada quase todos os tpicos de importncia para o estudo da contaminao do ar. O autor, Seinfeld, foi um dos primeiros a estudar os problemas de poluio do ar. Ele reside na Califrnia, um dos locais onde o ar sofre um processo de poluio muito intenso).

    9. STERN ei ai. Fundamentals of airpollution. Academic Press, INC.,1984. (Um livro que

    contempla praticamente todas as questes relativas ao estudo da poluio do ar). 10.VAZZQLER, H. J. Comparao de dados reais com a simulao de uma soluo exata

    condicionada da equao de disperso atmosfrica. Dissertao de Mestrado. Programa de Mestrado em Engenharia Ambiental da Universidade Federal do Esprito Santo,1998. (Apresenta em seu capitulo 4 uma discusso detalhada sobre os modelos de disperso de contaminantes).

    11. Relatrio Anual de Qualidade do Ar 2000-2001 IEMA.

    Tipo de Veculo/FonteTipo de CombustvelPoluentesNTipos de FontesPoluentes

    Por que a Terra esquenta?O Protocolo de KiotoOs Maiores Paises PoluidoresQualidade do ar: limite para o ar que respiramos

    Partculas TotaisPara que serve?

    Equipamentos de monitoramento manuais

    3.2.2. ndices de Qualidade do ArN de dias x ndices de Qualidade do Ar \(Agos

    Disciplina do uso e ocupao do soloControle das emisses nas empresas

    Distribuio espacialQualificao das emissesNas Indstrias