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Ligações Glicosídicas. Noções de enzimas. Digestão, Absorção e Transporte de Carboidratos. Ligação glicosídica Em química , a ligação glicosídica é uma ligação covalente resultante da reação de condensação entre uma molécula de um carboidrato com um álcool (OH), que pode ser outro carboidrato. Especificamente, o que ocorre é combinação da hidroxila de um carbono anomérico de um monossacarídeo (grupo hemiacetal ) com a hidroxila de um álcool ou com a hidroxila de qualquer carbono de outro monossacarídeo, produzindo água . As valências livres de ambas as moléculas se unem produzindo a ligação glicosídica ( - O-). Formação da ligação glicosídica (ex: maltose)

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Ligações Glicosídicas. Noções de enzimas. Digestão, Absorção e Transporte de Carboidratos.

Ligação glicosídica

• Em química, a ligação glicosídica é uma ligação covalente resultante da reação de condensação entre uma molécula de um carboidrato com um álcool (OH), que pode ser outro carboidrato.

• Especificamente, o que ocorre é combinação da hidroxila de um carbono anomérico de um monossacarídeo (grupo hemiacetal) com a hidroxila de um álcool ou com a hidroxila de qualquer carbono de outro monossacarídeo, produzindo água. As valências livres de ambas as moléculas se unem produzindo a ligação glicosídica ( -O-).

Formação da ligação glicosídica (ex: maltose)

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• As ligações glicosídicas entre as unidades monossacarídicas são a base para a formação de oligo e polissacarídeos.

• As ligações glicosídicas podem ter várias formas, pois o C anomérico de um açúcar pode estar ligado a qualquer um dos grupo OH de um segundo açúcar para formar uma ligação α ou ß glicosídica.

• Os grupos OH são numerados e o esquema de numeração segue o dos átomos de C nos quais estão ligados.

• A notação para a ligação glicosídica especifica qual forma anomérica do açúcar (α ou ß) é a que está envolvida na ligação e também quais átomos de C estão ligados.

Enzimas

CONCEITOS GERAIS E FUNÇÕES 

• As enzimas são proteínas especializadas na catálise de reações biológicas.

• Um catalisador é tudo aquilo que facilita reações químicas sem ser nelas consumido.

• Elas estão entre as biomoléculas mais notáveis devido a sua extraordinária especificidade e poder catalítico, que são muito superiores aos dos catalisadores produzidos pelo homem.

• Praticamente todas as reações que caracterizam o metabolismo celular são catalisadas por enzimas.

• Como catalisadores celulares extremamente poderosos, as enzimas aceleram a velocidade de uma reação, sem no entanto participar dela como reagente ou produto.

• As enzimas atuam ainda como reguladoras deste conjunto complexo de reações.

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• As enzimas são, portanto, consideradas as unidades funcionais do metabolismo celular.

NOMENCLATURA DAS ENZIMAS

Existem 3 métodos para nomenclatura enzimática:

            - Nome Recomendado:  Mais curto e utilizado no dia a dia de quem trabalha com enzimas; Utiliza o sufixo "ase" para caracterizar a enzima. Exs: Urease, Hexoquinase, Peptidase, etc.

      - Nome Sistemático: Mais complexo, nos dá informações precisas sobre a função metabólica da enzima. Ex: ATP-Glicose-Fosfo-Transferase

          - Nome Usual : Consagrados pelo uso; Exs: Tripsina, Pepsina, Ptialina.

PROPRIEDADES DAS ENZIMAS

São catalisadores biológicos extremamente eficientes e aceleram em média 109 a 1012 vezes a velocidade da reação, transformando de 100 a 1000 moléculas de substrato em produto por minuto de reação.

Atuam em concentrações muito baixas e em condições suaves de temperatura e pH.

Possuem todas as características das proteínas. Podem ter sua atividade regulada. Estão quase sempre dentro da célula, e compartimentalizadas.

BIOQUIMICA NUTRICIONAL

Alimentos in natura ou processado

- Ingestão entrada de alimento em um organismo

- Digestão quebra das moléculas dos alimentos

- Absorção passagem das moléculas à circulação sanguínea

- Distribuição oferta de substâncias às células

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Digestão de Carboidratos

• A digestão dos carboidratos tem início na boca quando o alimento sofre a ação da α-amilase.

• A α-amilase realiza hidrólise do amido e glicogênio em maltose e outros oligossacarídeos.

Glândula salivar a-amilase

Para o amido:

amilose glicose maltose maltotriose dextrina

amilopectina dextrina limite a

Composição do amido

Amilose

Cadeia reta, não ramificada, de 250 a 300 resíduos de D-glicopiranose, ligadas por pontes glicosídicas α-1,4.

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Amilopectina

Menos hidrossolúvel que a amilose, constituída de aproximadamente 1400 resíduos de α-glicose ligadas por pontes glicosídicas α-1,4, e ligações α-1,6.

Estômago

a-amilase continua a digestão por até meia hora no interior do bolo alimentar

a-amilase inativada pelo baixo pH gástrico

• O pâncreas sintetiza enzimas que facilitam a digestão luminal.

• A a-amilase pancreática atua sobre as moléculas de maltose, maltotriose e dextrinas.

• As dissacaridases e trissacaridases, enzimas presentes na borda em escova são responsáveis pela digestão dos dissacarídios.

• A sucrase e lactase são encontradas em maior concentração no jejuno, enquanto a maltase é mais abundante no íleo

Intestino

ABSORÇÃO DOS CARBOIDRATOS

• A absorção dos nutrientes ocorre através da passagem do alimento pelo intestino delgado.

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• Os carboidratos são absorvidos como monossacárides em sítios adjacentes à borda em escova.

• Galactose e glicose são absorvidos por transporte ativo e frutose é absorvida por meio de difusão facilitada, processo este não dependente de energia.

• A glicose é transportada por uma proteína carreadora de membrana contra o gradiente de concentração.

DIGESTAO DE CARBOIDRATOS

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ABSORÇÃO

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GERAL

• Digestão é a degradação dos alimentos ingeridos até moléculas que sejam absorvíveis à enzimas

• Absorção é o movimento dos nutrientes, da água e dos eletrólitos do lúmen intestinal para o sangue:

• Via celular (transportadores nas membranas)• Via paracelular (por entre as células)

Ação de enzimas e absorção

• Mucosa intestinal

– Vilosidades e microvilosidades (borda em escova) à aumentam a área da superfície intestino delgado

RESUMO

• Carboidratos são polissacarídeos, dissacarídeos e monossacarídeos

• Apenas os monossacarídeos são absorvidos pelas células epiteliais intestinais

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• Logo, todos os carboidratos ingeridos devem ser digeridos até monossacarídeos (glicose, frutose e galactose)