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Apostila NR 35 Trabalho Em Altura

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CAPACITAÇÃO EM NR-35

Trabalho em Altura

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SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO DO CURSO ........................................................................................................ 6 2 NORMAS E REGULAMENTAÇÕES DO MTE ................................................................................. 7

2.1 Normas Regulamentadoras........................................................................................................ 7 2.2 Normas Regulamentares envolvidas no Trabalho em Altura. ..................................................... 8

2.2.1 NR 01 Disposições Gerais ....................................................................................................................... 8 2.2.2 NR 06 Equipamentos de Proteção Individual (EPI) ................................................................................. 8 2.2.3 NR 08 Edificações ................................................................................................................................... 8 2.2.4 NR 11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais ...................................... 9 2.2.5 NR 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção ....................................... 9

2.3 Apresentação da Norma Regulamentadora Nº 35 ...................................................................... 9 35.2. Responsabilidades .................................................................................................................. 9 35.3. Capacitação e Treinamento .................................................................................................. 10 35.4. Planejamento, Organização e Execução ............................................................................... 11 35.5. Equipamentos de Proteção Individual, Acessórios e Sistemas de Ancoragem ...................... 14 35.6. Emergência e Salvamento .................................................................................................... 15 Glossário ........................................................................................................................................ 15

3 ANÁLISE DE RISCOS .................................................................................................................... 17 3.1 Conceitos Básicos .................................................................................................................... 17

3.1.1 Perigo .................................................................................................................................................... 17 3.1.2 Risco ...................................................................................................................................................... 17 3.1.3 Análise de Riscos................................................................................................................................... 18 3.1.4 Avaliação de riscos................................................................................................................................ 18 3.1.5 Gerenciamento de Riscos ..................................................................................................................... 18 3.1.6 Níveis de risco ....................................................................................................................................... 18

3.2 Desenvolvimento de estudos de análise de riscos ................................................................... 18 3.2.1 Caracterização da empresa .................................................................................................................. 19 3.2.2 Identificação de perigos ....................................................................................................................... 19 3.2.3 Estimativa de consequências e de vulnerabilidade .............................................................................. 21 3.2.4 Estimativa de frequências .................................................................................................................... 22 3.2.5 Estimativa de riscos .............................................................................................................................. 22 3.2.6 Avaliação e gerenciamento de riscos ................................................................................................... 22

3.3 Procedimentos para Trabalhos em Altura ................................................................................ 22 4 CONDIÇÕES IMPEDITIVAS PARA SERVIÇOS ............................................................................ 25 5 RISCOS POTENCIAIS ................................................................................................................... 26 6 MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE .................................................................................. 28

6.1 Escadas, Rampas e Passarelas ............................................................................................... 28 6.1.1 Escadas. ................................................................................................................................................ 28 6.1.2 Rampas e passarelas. ............................................................................................................................ 30

6.2 Medidas de proteção contra quedas de altura .......................................................................... 30 6.3Andaimes e Plataformas de Trabalho ....................................................................................... 35

6.3.1 Andaimes Simplesmente Apoiados ...................................................................................................... 36 6.3.2 Andaimes Fachadeiros .......................................................................................................................... 37 6.3.3 Andaimes Móveis ................................................................................................................................. 37 6.3.4 Andaimes Em Balanço .......................................................................................................................... 38 6.3.5 Andaimes Suspensos ............................................................................................................................ 38 6.3.6 Andaimes Suspensos Motorizados ....................................................................................................... 41 6.3.7 Plataforma de Trabalho com Sistema de Movimentação Vertical em Pinhão e Cremalheira e Plataformas .................................................................................................................................................... 42 6.3.8 Plataformas por Cremalheira ............................................................................................................... 43 6.3.9 Cadeira Suspensa .................................................................................................................................. 44

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6.3.10 Ancoragem.......................................................................................................................................... 45 6.4 Plataformas de Trabalho Aéreo ................................................................................................ 45

6.4.1 Requisitos Mínimos de Segurança ....................................................................................................... 45 6.4.2 Operação .............................................................................................................................................. 46 6.4.3 Manutenção ......................................................................................................................................... 48 6.4.4 Capacitação .......................................................................................................................................... 49 6.4.5 Disposições Finais ................................................................................................................................. 49

6.5 Serviços Em Telhados e Coberturas ........................................................................................ 50 7 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA - EPC ................................................................... 52

7.1 Exemplos de EPC .................................................................................................................... 52 7.1.1 Linha de Vida ........................................................................................................................................ 53

8 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI .................................................................... 54 8.1 Quanto ao EPI cabe ao empregador: ....................................................................................... 55 8.2 Quanto ao EPI cabe ao empregado: ........................................................................................ 55 8.3 Exemplos de EPIs .................................................................................................................... 56

8.3.1 Proteção dos Olhos e Face ................................................................................................................... 56 8.3.2 Proteção da Cabeça .............................................................................................................................. 56 8.3.3 Proteção Auditiva ................................................................................................................................. 57 8.3.6 Vestimentas de Segurança ................................................................................................................... 61 8.3.7 Proteção Respiratória ........................................................................................................................... 61

9 SELEÇÃO, INSPEÇÃO, CONSERVAÇÃO E LIMITAÇÃO DE USO DOS EPIs ............................. 62 9.1 Cinturão de segurança tipo pára-quedista ................................................................................ 62

9.1.1 Forma de Vestir o Cinturão: ................................................................................................................. 63 9.1.2 Ajuste e Travamento das Fivelas: ......................................................................................................... 63 9.1.3 Inspeção do Cinturão ............................................................................................................................ 63 9.1.4 Manutenção do Cinturão...................................................................................................................... 64

9.2 Talabartes ................................................................................................................................ 64 9.2.1 Advertências ......................................................................................................................................... 69 9.2.2 Manutenção e Armazenamento dos Talabartes .................................................................................. 70

9.3 Vara Telescópica ..................................................................................................................... 71 9.3.1 Ancoragem com Vara Telescópica ........................................................................................................ 71 9.3.2 Aplicações ............................................................................................................................................. 72

9.4 Dispositivo trava-quedas Guiados ............................................................................................ 72 9.4.1 Uso Dos Trava-Quedas ......................................................................................................................... 72 9.4.2 Colocação dos trava-quedas ................................................................................................................. 73 9.4.3 Inspeção dos Trava-Quedas Guiados ................................................................................................... 74 9.4.4 Manutenção dos Trava-Quedas Guiados ............................................................................................. 74

9.5 Trava-Quedas Retráteis para Área de Carga ........................................................................... 74 9.5.1 Trabalho em Área de Carga .................................................................................................................. 75 9.5.2 Requisitos Para Instalação Da Linha Horizontal ................................................................................... 78 9.5.3 Uso Dos Trava-Quedas ......................................................................................................................... 79 9.5.4 Trabalho em Terminal Ferroviário de Abastecimento ......................................................................... 80 9.5.5 Inspeção dos Trava-Quedas .................................................................................................................. 80

9.6 Trava-Queda para Proteção Localizada ................................................................................... 80 9.6.1 Uso do Trava-Queda Retrátil ................................................................................................................ 81

9.7 Trava-Queda Para Espaço Confinado ...................................................................................... 82 9.7.1 Espaço Confinado com Escada ............................................................................................................. 82 9.7.2 Trabalho Em Espaço Confinado Sem Escada ........................................................................................ 87

9.8 Guincho para Pessoas: ............................................................................................................ 88 9.8.1 Instruções de Uso Dos Guinchos .......................................................................................................... 89 9.8.2 Instruções para Inspeção dos Guinchos ............................................................................................... 89

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9.8.3 Instruções para Manutenção dos Guinchos ......................................................................................... 89 9.9 Cadeira Suspensa .................................................................................................................... 89

9.9.1 Uso das Cadeiras Suspensas ................................................................................................................. 90 9.9.2 Instrução para Inspeção das Cadeiras .................................................................................................. 91 9.9.3 Instruções para Manutenção das Cadeiras .......................................................................................... 92 9.9.3 Formas de Fixação dos Cabos de Aço e Cordas para Cadeira Suspensa .............................................. 92

9.10 Trabalho em Torres e Estruturas ...................................................................................... 94 9.10.1 Características do Trava-Queda Y Retrátil .......................................................................................... 95 9.10.2 Planejamento do Trabalho ................................................................................................................. 95

9.11 Trabalho em Telhados ........................................................................................................... 95 9.11.1 Planejamento do trabalho em Telhado .............................................................................................. 96 9.11.2 Durante o trabalho ............................................................................................................................. 97 9.11.3 Linha de Segurança ............................................................................................................................. 99

9.12 Cabo de Aço ........................................................................................................................ 101 9.12.1 Uso do Cabo de Aço .......................................................................................................................... 101 9.12.2 Inspeção: ........................................................................................................................................... 102 9.12.3 Manutenção: .................................................................................................................................... 103

9.13 Cordas de Segurança .......................................................................................................... 104 9.13.1 Uso das Cordas de Segurança ........................................................................................................... 104 9.13.2 Inspeção: ........................................................................................................................................... 104 9.13.3 Manutenção: .................................................................................................................................... 104

10 INSPEÇÃO DE SEGURANÇA ................................................................................................... 106 10.1 Conceito e Importância ........................................................................................................ 106 10.2 Tipos de Inspeções .............................................................................................................. 106

10.2.1 Inspeções de Rotina (Diárias) ........................................................................................................... 106 10.2.2 Inspeções Periódicas ........................................................................................................................ 107 10.2.3 Inspeções Especiais Ou Antecipadas ................................................................................................ 107

10.3 Levantamento das Causas dos Acidentes ............................................................................ 107 11 PREVENÇÃO DE ACIDENTES .................................................................................................. 108

11.1 O efeito dominó e os Acidentes de Trabalho ........................................................................ 108 11.1.1 O que se pode fazer para evitar que os acidentes ocorram ? .......................................................... 108

12. ACIDENTES TÍPICOS EM TRABALHOS EM ALTURA ............................................................ 110 13 PRIMEIROS SOCORROS .......................................................................................................... 112

13.1 Procedimentos Gerais .......................................................................................................... 113 13.1.1 Princípios para os Primeiros Socorros: ............................................................................................. 114

13.2 Legislação Sobre o Ato de Prestar Socorro .......................................................................... 114 13.2.1 Aspectos Legais ................................................................................................................................. 114

13.3 Urgências Coletivas ............................................................................................................. 116 13.4 Caixa de Primeiros Socorros ................................................................................................ 116 13.5 Choques Elétricos ................................................................................................................ 116

13.5.1 Procedimentos para choque elétrico ............................................................................................... 117 13.6 Parada Cardiorrespiratória - PCR ......................................................................................... 117

13.6.1 Parada Respiratória .......................................................................................................................... 118 13.6.2 Parada Cardíaca ................................................................................................................................ 118 13.6.3 Procedimentos para Parada Cardiorrespiratória ............................................................................. 119 13.6.4 Reanimação Cardiopulmonar (RCP). ................................................................................................ 121 13.6.5 Modo de fazer a massagem cardíaca: .............................................................................................. 122

13.7 Estado de Choque ............................................................................................................... 123 9.7.1 Sinais e sintomas ................................................................................................................................ 123 13.7.2 Providencias a serem tomadas ......................................................................................................... 124

13.8 Distúrbios causados pela Temperatura ................................................................................ 125

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13.8.1 Queimaduras .................................................................................................................................... 126 13.8.2 Insolação ........................................................................................................................................... 128 13.8.3 Intermação ....................................................................................................................................... 129

13.9 Ferimentos ........................................................................................................................... 130 13.9.1 Contusão ........................................................................................................................................... 130 13.9.2 Escoriações ....................................................................................................................................... 131 13.9.3 Amputações ...................................................................................................................................... 131 13.9.4 Ferimentos no Tórax ......................................................................................................................... 132 13.9.5 Ferimentos no Abdome .................................................................................................................... 133 13.9.6 Ferimentos nos Olhos ....................................................................................................................... 133

13.10 Hemorragia ........................................................................................................................ 134 13.10.1 Hemorragia Externa ........................................................................................................................ 134 13.10.2 Hemorragia Interna ........................................................................................................................ 134 13.10.3 Hemorragia Nasal ........................................................................................................................... 135

13.11 Entorses, Luxações e Fraturas ........................................................................................... 135 13.11.1 Entorse ............................................................................................................................................ 135 13.11.2 Luxações ......................................................................................................................................... 136 13.11.3 Fraturas ........................................................................................................................................... 136

14 TÉCNICAS PARA REMOÇÃO E TRANSPORTE DE ACIDENTADOS ...................................... 138 14.1 Transporte em Maca ............................................................................................................ 138 14.2 Transporte Sem Maca .......................................................................................................... 141

14.2.1 Transporte com Um Socorrista ......................................................................................................... 141 14.2.2 Transporte com Dois Socorristas ...................................................................................................... 142 14.2.3 Transporte com Três Socorristas ...................................................................................................... 142 14.2.4 Transporte com Quatro Socorristas ................................................................................................. 143

15 TELEFONES ÚTEIS ................................................................................................................... 144

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1 APRESENTAÇÃO DO CURSO

O curso de NR-35 do INBRAEP tem como finalidade educar para prática de Segurança do

Trabalho em Altura, bem como estabelecer os procedimentos necessários para a realização deste

trabalho, visando garantir a segurança e saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente

com esta atividade.

Todos nós sabemos da necessidade de se implantar uma estrutura voltada a prevenção

capaz de nortear os riscos de acidentes nas atividades do trabalho em Altura. Neste sentido,

procuramos direcionar nossa metodologia, recursos didáticos, etc., em atendimento ao currículo

básico para o curso de Trabalho em altura da Norma Regulamentadora, NR – 35 da Portaria SIT n.º

313, de 23 de março de 2012, do Ministério do Trabalho.

Ao longo dos tempos, a experiência tem mostrado que a preparação prévia do indivíduo

contribui sensivelmente para a melhoria do seu desempenho. No que diz respeito a segurança, os

esclarecimentos ao trabalhador quanto as possíveis condições inseguras dos ambientes de trabalho

e dos procedimentos seguros que deverá adotar é fundamental para o sucesso de Programa

Prevencionista, por estes motivos é fundamental regulamentar os serviços em locais elevados,

estabelecendo padrões mínimos de segurança, bem como cumprir exigências legais, visando

garantir a segurança física do trabalhador.

Com a aplicação do curso de Trabalho em Altura, buscamos promover a combinação

indivíduo – cargo - segurança, alicerçando no treinamento, a implantação de conceitos e medidas de

prevenção de acidentes no trabalho em Altura. Porém é fundamental que o profissional e o

responsável junto com o trabalhador pela atividade façam sempre uma minuciosa análise das

condições dos trabalhos que serão realizados, tomando as medidas necessárias para que ocorram

com total segurança para o profissional e terceiros.

.

Diogo Ramon Garcia Stupp

Eng de Seg do Trabalho

CREA-SC 076981-5

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2 NORMAS E REGULAMENTAÇÕES DO MTE

2.1 Normas Regulamentadoras

Os instrumentos jurídicos de proteção ao trabalhador têm sua origem na Constituição Federal

que, ao relacionar os direitos dos trabalhadores, incluiu entre eles a proteção de sua saúde e

segurança por meio de normas específicas

As Normas Regulamentadoras, também chamadas de “NRs”, foram publicadas pelo

Ministério do Trabalho através da Portaria N.° 3.214 em 08 de junho de 1978, com o objetivo de

estabelecer os requisitos técnicos e legais sobre os aspectos mínimos de Segurança e Saúde

Ocupacional (SSO). A partir de então, uma série de outras portarias foram editadas pelo Ministério

do Trabalho com o propósito de modificar ou acrescentar normas regulamentadoras de proteção ao

trabalhador. Assim as NRs regulamentam e fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios

relacionados à segurança e medicina do trabalho no Brasil.

As NRs são de observância obrigatória pelas empresas privadas, públicas e pelos órgãos

públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e

Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.

Elas são elaboradas e modificadas por uma comissão tripartite composta por representantes

do governo, empregadores e empregados. As NR são elaboradas e modificadas por meio de

Portarias expedidas pelo MTE.

A NR-05 (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA) tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.

Atualmente existem 35 Normas Regulamentadoras que são:

NR - 01 - Disposições Gerais

NR - 02 - Inspeção Prévia

NR - 03 - Embargo ou Interdição

NR - 04 - Serviços Especializados em Eng. de Segurança e em Medicina do Trabalho

NR - 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

NR - 06 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI

NR - 07 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional

NR - 08 - Edificações

NR - 09 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais

NR - 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade

NR - 11- Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais

NR - 12 - Máquinas e Equipamentos

NR - 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão

NR - 14 - Fornos

NR - 15 - Atividades e Operações Insalubres

NR - 16 - Atividades e Operações Perigosas

NR - 17 - Ergonomia

NR - 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção

NR - 19 - Explosivos

NR - 20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis

NR - 21 - Trabalho a Céu Aberto

NR - 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração

NR - 23 - Proteção Contra Incêndios

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NR - 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho

NR - 25 - Resíduos Industriais

NR - 26 - Sinalização de Segurança

NR - 27- Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB

NR - 28 - Fiscalização e Penalidades

NR - 29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário

NR - 30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário

NR - 31 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura,

Exploração Florestal e Aquicultura

NR - 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde

NR - 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados

NR - 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval

NR-35 – Trabalho em Altura

2.2 Normas Regulamentares envolvidas no Trabalho em Altura.

Vamos aprender um pouco mais sobre algumas normas que são importantes para o

trabalhador que irá desempenhar o trabalho em altura, lembramos que no decorrer do curso iremos

nos aprofundar ainda mais nos itens fundamentais, buscando estabelecer um trabalho seguro e com

responsabilidade.

Agora vamos entender de forma resumida, o que estabelece algumas das principais normas

regulamentares do MTE que o trabalhador deve conhecer antes de se aprofundar na NR-35 trabalho

em altura.

2.2.1 NR 01 Disposições Gerais

Estabelece o campo de aplicação de todas as Normas Regulamentadoras de Segurança e

Medicina do Trabalho Urbano, bem como os direitos e obrigações do Governo, dos empregadores e

dos trabalhadores no tocante a este tema específico. A fundamentação legal, ordinária e específica,

que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 154 a 159 da Consolidação das

Leis do Trabalho - CLT.

2.2.2 NR 06 Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

Estabelece e define os tipos de EPI's a que as empresas estão obrigadas a fornecer a seus

empregados, sempre que as condições de trabalho o exigirem, a fim de resguardar a saúde e a

integridade física dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá

embasamento jurídico à existência desta NR são os artigos 166 e 167 da CLT.

2.2.3 NR 08 Edificações

Dispõe sobre os requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas edificações para

garantir segurança e conforto aos que nelas trabalham. A fundamentação legal, ordinária e

específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR são os artigos 170 a 174 da CLT.

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2.2.4 NR 11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais

Estabelece os requisitos de segurança a serem observados nos locais de trabalho, no que se

refere ao transporte, à movimentação, à armazenagem e ao manuseio de materiais, tanto de forma

mecânica quanto manual, objetivando a prevenção de infortúnios laborais. A fundamentação legal,

ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR são os artigos 182 e 183

da CLT.

2.2.5 NR 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção

Estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento de organização, que

objetivem a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos

processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção civil. A

fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR é o

artigo 200 inciso I da CLT.

2.3 Apresentação da Norma Regulamentadora Nº 35

Por se tratar da Norma Regulamentadora numero 35 a mesma se inicia em 35.1

NR-35 TRABALHO EM ALTURA

Publicação:Portaria SIT n.º 313, de 23 de março de 2012

D.O.U. 27/03/12

35.1 Objetivo e Campo de Aplicação

35.1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.

35.1.2 Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda.

35.1.3 Esta norma se complementa com as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos Órgãos competentes e, na ausência ou omissão dessas, com as normas internacionais aplicáveis.

35.2. Responsabilidades

35.2.1 Cabe ao empregador:

a) garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma;

b) assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a emissão da Permissão de Trabalho - PT;

c) desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em altura;

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d) assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em altura, pelo estudo, planejamento e implementação das ações e das medidas complementares de segurança aplicáveis;

e) adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas;

f) garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de controle;

g) garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas de proteção definidas nesta Norma;

h) assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível;

i) estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho em altura;

j) assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade;

k) assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta Norma.

35.2.2 Cabe aos trabalhadores:

a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os procedimentos expedidos pelo empregador;

b) colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma;

c) interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis;

d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho.

35.3. Capacitação e Treinamento

35.3.1 O empregador deve promover programa para capacitação dos trabalhadores à realização de trabalho em altura.

35.3.2 Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido e aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas, cujo conteúdo programático deve, no mínimo, incluir:

a) Normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;

b) Análise de Risco e condições impeditivas;

c) Riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle;

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d) Equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação e limitação de uso;

e) Acidentes típicos em trabalhos em altura;

f) Condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de primeiros socorros.

35.3.3 O empregador deve realizar treinamento periódico bienal e sempre que ocorrer quaisquer das seguintes situações:

a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;

b) evento que indique a necessidade de novo treinamento;

c) retorno de afastamento ao trabalho por período superior a noventa dias;

d) mudança de empresa.

35.3.3.1 O treinamento periódico bienal deve ter carga horária mínima de oito horas, conforme conteúdo programático definido pelo empregador.

35.3.3.2 Nos casos previstos nas alíneas “a”, “b”, “c” e “d”, a carga horária e o conteúdo programático devem atender a situação que o motivou.

35.3.4 Os treinamentos inicial, periódico e eventual para trabalho em altura podem ser ministrados em conjunto com outros treinamentos da empresa.

35.3.5 A capacitação deve ser realizada preferencialmente durante o horário normal de trabalho.

35.3.5.1 O tempo despendido na capacitação deve ser computado como tempo de trabalho efetivo.

35.3.6 O treinamento deve ser ministrado por instrutores com comprovada proficiência no assunto, sob a responsabilidade de profissional qualificado em segurança no trabalho.

35.3.7 Ao término do treinamento deve ser emitido certificado contendo o nome do trabalhador, conteúdo programático, carga horária, data, local de realização do treinamento, nome e qualificação dos instrutores e assinatura do responsável.

35.3.7.1 O certificado deve ser entregue ao trabalhador e uma cópia arquivada na empresa.

35.3.8 A capacitação deve ser consignada no registro do empregado.

35.4. Planejamento, Organização e Execução

35.4.1 Todo trabalho em altura deve ser planejado, organizado e executado por trabalhador capacitado e autorizado.

35.4.1.1 Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele capacitado, cujo estado de saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa atividade e que possua anuência formal da empresa.

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35.4.1.2 Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que exercem atividades em altura, garantindo que:

a) os exames e a sistemática de avaliação sejam partes integrantes do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, devendo estar nele consignados;

b) a avaliação seja efetuada periodicamente, considerando os riscos envolvidos em cada situação;

c) seja realizado exame médico voltado às patologias que poderão originar mal súbito e queda de altura, considerando também os fatores psicossociais.

35.4.1.2.1 A aptidão para trabalho em altura deve ser consignada no atestado de saúde ocupacional do trabalhador.

35.4.1.3 A empresa deve manter cadastro atualizado que permita conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador para trabalho em altura.

35.4.2 No planejamento do trabalho devem ser adotadas, de acordo com a seguinte hierarquia:

a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de execução;

b) medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de execução do trabalho de outra forma;

c) medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não puder ser eliminado.

35.4.3 Todo trabalho em altura deve ser realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela análise de risco de acordo com as peculiaridades da atividade.

35.4.4 A execução do serviço deve considerar as influências externas que possam alterar as condições do local de trabalho já previstas na análise de risco.

35.4.5 Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco.

35.4.5.1 A Análise de Risco deve, além dos riscos inerentes ao trabalho em altura, considerar:

a) o local em que os serviços serão executados e seu entorno;

b) o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho;

c) o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem;

d) as condições meteorológicas adversas;

e) a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva e individual, atendendo às normas técnicas vigentes, às orientações dos fabricantes e aos princípios da redução do impacto e dos fatores de queda;

f) o risco de queda de materiais e ferramentas;

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g) os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos;

h) o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas regulamentadoras;

i) os riscos adicionais;

j) as condições impeditivas;

k) as situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador;

l) a necessidade de sistema de comunicação;

m) a forma de supervisão.

35.4.6 Para atividades rotineiras de trabalho em altura a análise de risco pode estar contemplada no respectivo procedimento operacional.

35.4.6.1 Os procedimentos operacionais para as atividades rotineiras de trabalho em altura devem conter, no mínimo:

a) as diretrizes e requisitos da tarefa;

b) as orientações administrativas;

c) o detalhamento da tarefa;

d) as medidas de controle dos riscos características à rotina;

e) as condições impeditivas;

f) os sistemas de proteção coletiva e individual necessários;

g) as competências e responsabilidades.

35.4.7 As atividades de trabalho em altura não rotineiras devem ser previamente autorizadas mediante Permissão de Trabalho.

35.4.7.1 Para as atividades não rotineiras as medidas de controle devem ser evidenciadas na Análise de Risco e na Permissão de Trabalho.

35.4.8 A Permissão de Trabalho deve ser emitida, aprovada pelo responsável pela autorização da permissão, disponibilizada no local de execução da atividade e, ao final, encerrada e arquivada de forma a permitir sua rastreabilidade.

35.4.8.1 A Permissão de Trabalho deve conter:

a) os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos trabalhos;

b) as disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco;

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c) a relação de todos os envolvidos e suas autorizações.

35.4.8.2 A Permissão de Trabalho deve ter validade limitada à duração da atividade, restrita ao turno de trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável pela aprovação nas situações em que não ocorram mudanças nas condições estabelecidas ou na equipe de trabalho.

35.5. Equipamentos de Proteção Individual, Acessórios e Sistemas de

Ancoragem

35.5.1 Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI, acessórios e sistemas de ancoragem devem ser especificados e selecionados considerando-se a sua eficiência, o conforto, a carga aplicada aos mesmos e o respectivo fator de segurança, em caso de eventual queda.

35.5.1.1 Na seleção dos EPI devem ser considerados, além dos riscos a que o trabalhador está exposto, os riscos adicionais.

35.5.2 Na aquisição e periodicamente devem ser efetuadas inspeções dos EPI, acessórios e sistemas de ancoragem, destinados à proteção de queda de altura, recusando-se os que apresentem defeitos ou deformações.

35.5.2.1 Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem.

35.5.2.2 Deve ser registrado o resultado das inspeções:

a) na aquisição;

b) periódicas e rotineiras quando os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem forem recusados.

35.5.2.3 Os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem que apresentarem defeitos, degradação, deformações ou sofrerem impactos de queda devem ser inutilizados e descartados, exceto quando sua restauração for prevista em normas técnicas nacionais ou, na sua ausência, normas internacionais.

35.5.3 O cinto de segurança deve ser do tipo paraquedista e dotado de dispositivo para conexão em sistema de ancoragem.

35.5.3.1 O sistema de ancoragem deve ser estabelecido pela Análise de Risco.

35.5.3.2 O trabalhador deve permanecer conectado ao sistema de ancoragem durante todo o período de exposição ao risco de queda.

35.5.3.3 O talabarte e o dispositivo trava-quedas devem estar fixados acima do nível da cintura do trabalhador, ajustados de modo a restringir a altura de queda e assegurar que, em caso de ocorrência, minimize as chances do trabalhador colidir com estrutura inferior.

35.5.3.4 É obrigatório o uso de absorvedor de energia nas seguintes situações:

a) fator de queda for maior que 1;

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b) comprimento do talabarte for maior que 0,9m.

35.5.4 Quanto ao ponto de ancoragem, devem ser tomadas as seguintes providências:

a) ser selecionado por profissional legalmente habilitado;

b) ter resistência para suportar a carga máxima aplicável;

c) ser inspecionado quanto à integridade antes da sua utilização.

35.6. Emergência e Salvamento

35.6.1 O empregador deve disponibilizar equipe para respostas em caso de emergências para trabalho em altura.

35.6.1.1 A equipe pode ser própria, externa ou composta pelos próprios trabalhadores que executam o trabalho em altura, em função das características das atividades.

35.6.2 O empregador deve assegurar que a equipe possua os recursos necessários para as respostas a emergências.

35.6.3 As ações de respostas às emergências que envolvam o trabalho em altura devem constar do plano de emergência da empresa.

35.6.4 As pessoas responsáveis pela execução das medidas de salvamento devem estar capacitadas a executar o resgate, prestar primeiros socorros e possuir aptidão física e mental compatível com a atividade a desempenhar.

Glossário

Absorvedor de energia: dispositivo destinado a reduzir o impacto transmitido ao corpo do

trabalhador e sistema de segurança durante a contenção da queda.

Análise de Risco - AR: avaliação dos riscos potenciais, suas causas, consequências e

medidas de controle.

Atividades rotineiras: atividades habituais, independente da frequência, que fazem parte do

processo de trabalho da empresa.

Cinto de segurança tipo paraquedista: Equipamento de Proteção Individual utilizado para

trabalhos em altura onde haja risco de queda, constituído de sustentação na parte inferior do peitoral,

acima dos ombros e envolto nas coxas.

Condições impeditivas: situações que impedem a realização ou continuidade do serviço que

possam colocar em risco a saúde ou a integridade física do trabalhador.

Fator de queda: razão entre a distância que o trabalhador percorreria na queda e o

comprimento do equipamento que irá detê-lo.

Influências Externas: variáveis que devem ser consideradas na definição e seleção das

medidas de proteção, para segurança das pessoas, cujo controle não é possível implementar de

forma antecipada.

Permissão de Trabalho - PT: documento escrito contendo conjunto de medidas de controle

visando o desenvolvimento de trabalho seguro, além de medidas de emergência e resgate.

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Ponto de ancoragem: ponto destinado a suportar carga de pessoas para a conexão de

dispositivos de segurança, tais como cordas, cabos de aço, trava-queda e talabartes.

Profissional legalmente habilitado: trabalhador previamente qualificado e com registro no

competente conselho de classe.

Riscos adicionais: todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos existentes no

trabalho em altura, específicos de cada ambiente ou atividade que, direta ou indiretamente, possam

afetar a segurança e a saúde no trabalho.

Sistemas de ancoragem: componentes definitivos ou temporários, dimensionados para

suportar impactos de queda, aos quais o trabalhador possa conectar seu Equipamento de Proteção

Individual, diretamente ou através de outro dispositivo, de modo a que permaneça conectado em

caso de perda de equilíbrio, desfalecimento ou queda.

Suspensão inerte: situação em que um trabalhador permanece suspenso pelo sistema de

segurança, até o momento do socorro.

Talabarte: dispositivo de conexão de um sistema de segurança, regulável ou não, para

sustentar, posicionar e/ou limitar a movimentação do trabalhador.

Trabalhador qualificado: trabalhador que comprove conclusão de curso específico para sua

atividade em instituição reconhecida pelo sistema oficial de ensino.

Trava-queda: dispositivo de segurança para proteção do usuário contra quedas em

operações com movimentação vertical ou horizontal, quando conectado com cinturão de segurança

para proteção contra quedas.

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3 ANÁLISE DE RISCOS

Os acidentes são materializações dos riscos associados a atividades, procedimentos,

projetos, máquinas e equipamentos.

Para reduzir a frequência de acidentes, é preciso avaliar e controlar os riscos e responder as

seguintes perguntas.

Que pode acontecer errado?

Quais são as causas básicas dos eventos não desejados?

Quais são as consequências?

A análise de riscos constitui-se em um conjunto de métodos e técnicas que aplicados a uma

atividade proposta ou existente identificam e avaliam qualitativa e quantitativamente os riscos que

essa atividade representa para a população vizinha, ao meio ambiente e à própria empresa.

As utilizações de técnicas e de métodos específicos para a análise de riscos ocupam cada

vez mais o espaço nos programas sobre segurança e gerenciamento ambiental das indústrias, como

evidência da preocupação destas, dos governos e de toda a sociedade com respeito aos temas

relacionados à segurança o meio ambiente.

Os principais resultados de uma análise de riscos são:

Identificação de cenários de acidentes;

Suas frequências esperadas de ocorrência;

Magnitude das possíveis consequências.

Deve incluir as medidas de prevenção de acidentes e as medidas para controle das

consequências de acidentes para os trabalhadores e para as pessoas que vivem ou trabalham

próximo à instalação ou para o meio ambiente.

3.1 Conceitos Básicos

3.1.1 Perigo

Perigo é situação de ameaça que pode causar danos (materais, máquinas, equipamentos e

meio ambiente) e/ou lesões (pessoas).

3.1.2 Risco

Medida da perda econômica e/ou de danos para a vida humana, resultante da combinação

entre a frequência da ocorrência e a magnitude das perdas ou danos (consequências).

O risco está sempre ligado à factibilidade da ocorrência de um evento não desejado, sendo

função da frequência da ocorrência das hipóteses acidentais e das suas consequências.

O risco também pode ser definido através das seguintes expressões:

combinação de incerteza e de dano;

razão entre o perigo e as medidas de segurança;

combinação entre o evento, a probabilidade e suas consequências.

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A experiência demonstra que geralmente os grandes acidentes são causados por eventos

pouco frequentes, mas que causam danos importantes.

Os riscos à segurança e saúde dos trabalhadores dependendo do setor elevados, podendo

levar a lesões de grande gravidade e são específicos a cada tipo de atividade.

3.1.3 Análise de Riscos

É a atividade dirigida à elaboração de uma estimativa (qualitativa ou quantitativa) do riscos,

baseada na engenharia de avaliação e técnicas estruturadas para promover a combinação das

frequências e consequências de cenários acidentais.

3.1.4 Avaliação de riscos

É o processo que utiliza os resultados da análise de riscos e os compara com os critérios de

tolerabilidade previamente estabelecidos.

3.1.5 Gerenciamento de Riscos

É a formulação e a execução de medidas e procedimentos técnicos e administrativos que têm

o objetivo de prever, controlar ou reduzir os riscos existentes, objetivando mantê-la operando dentro

dos requerimentos de segurança considerados toleráveis.

3.1.6 Níveis de risco

Catastrófico

Moderado

Desprezível

Crítico

Não Crítico

3.2 Desenvolvimento de estudos de análise de riscos

Geralmente um estudo de análise de riscos pode ser dividido nas seguintes etapas:

1. Caracterização da empresa

2. Identificação de perigos

3. Estimativa de consequências e de vulnerabilidade

4. Estimativa de frequências

5. Estimativa de riscos

6. Avaliação e gerenciamento de riscos

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3.2.1 Caracterização da empresa

A caracterização da empresa e da região tem as seguintes finalidades:

identificar aspectos comuns que possam interferir na instalação ou no ambiente; o enfoque operacional e de segurança; estabelecer uma relação direita entre a empresa e a região da influência.

Espera-se os seguintes resultados práticos:

obtenção de um diagnóstico das interfaces existentes entre a empresa, objeto de análise e o local;

caracterização dos aspectos importantes que sustentarão o estudo de análise de riscos, por meio da definição de métodos, normas ou necessidades específicas;

ajuda para determinar a amplitude do estudo.

3.2.2 Identificação de perigos

Esta etapa tem o objetivo de identificar os possíveis eventos não desejados que possam levar a acidentes, possibilitando definir hipóteses acidentais que poderão produzir consequências significativas.

Portanto, técnicas específicas para a identificação dos perigos devem ser empregadas, entre as quais podemos mencionar:

Listas de verificação (Checklists); Análise "E se…?" Análise Preliminar de Perigos (APP); Análise de Modos de Falhas e Efeitos (AMFE); Estudo de Perigos e Operabilidade.

3.2.2.1 Informações para a realização ou entender uma APR/APP

A realização da análise é feita através do preenchimento de uma planilha de APR/APP para

cada módulo de análise. A planilha utilizada nesta APP, mostrada a seguir, contém 5 colunas, as

quais devem ser preenchidas conforme a descrição apresentada a seguir.

ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS OU PERIGOS (APR/APP)

Atividade/Operação: ______________________________

Referência:____________ Data: __/__/___ Revisão:__________

ETAPA RISCO/PERIGO MODE DE DETECÇÃO EFEITO RECOMENDAÇÕES / CONTROLE

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1ª coluna: Etapa

Esta coluna deve descrever, suscintamente, as diversas etapas da atividade/operação.

2ª coluna: Risco/perigo

Esta coluna deve conter os riscos/perigos identificados para o módulo de análise em estudo.

De uma forma geral, os riscos/perigos são eventos acidentais que têm potencial para causar danos

aos trabalhadores, ao público ou ao meio ambiente.

3ª coluna: Modos de detecção

Os modos disponíveis na instalação para a detecção do risco/perigo identificado na segunda

coluna devem ser relacionados nesta coluna. A detecção da ocorrência do risco/perigo tanto pode

ser realizada através da instrumentação (alarmes de pressão, de temperatura, etc.) como através da

percepção humana (visual, odor, etc.).

4ª coluna: Efeitos

Os possíveis efeitos danosos de cada risco/perigo identificado devem ser listados nesta

coluna.

5ª coluna: Recomendações/observações

Esta coluna deve conter as recomendações de medidas mitigadoras de risco propostas pela

equipe de realização da APR/APP ou quaisquer observações pertinentes ao cenário de acidente em

estudo.

Análise Preliminar de Risco (APR)

• Trata-se de uma técnica de análise prévia de riscos. • Análise Preliminar de Risco é uma visão do trabalho a ser executado, que permite a

identificação dos riscos envolvidos em cada passo da tarefa, e ainda propicia condição para evita-los ou conviver com eles em segurança.

• Por se tratar de uma técnica aplicável à todas as atividades, a técnica de Análise Preliminar de Risco é o fato de promover e estimular o trabalho em equipe e a responsabilidade solidária.

Outro modelo de Planilha de APR.

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3.2.3 Estimativa de consequências e de vulnerabilidade

Tendo por base as hipóteses acidentais formuladas na etapa anterior, estuda-se as suas possíveis consequências, medindo os impactos e danos causados por elas.

Deverão ser utilizados modelos de cálculos que representem os possíveis efeitos resultantes dos tipos de acidentes.

Em seguida deverão ser estimadas as possíveis consequências dos cenários produzidos pelas hipóteses de acidentes. Os resultados desta estimativa deverão servir de base para a análise de vulnerabilidade nos lugares estudados. Normalmente essa análise é feita considerando danos às pessoas expostas.

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3.2.4 Estimativa de frequências

Para fazer estudos quantitativos de análise de riscos é necessária a estimativa das frequências das hipóteses acidentais decorrentes das falhas nos equipamentos. Da mesma maneira, a estimativa de probabilidade de erros do homem deve ser quantificada nesta etapa. Esses dados normalmente são difíceis de serem estimados já que há poucos estudos abordando confiabilidade humana.

As seguintes técnicas podem ser utilizadas para o cálculo das frequências dos cenários de

acidentes,: análise histórica dos acidentes, através da pesquisa bibliográfica ou nos bancos de

dados de acidentes; análise por árvore de falhas (AAF); análise por árvores de eventos (AAE).

Em determinados estudos, os fatores externos da empresa podem contribuir para o risco.

Nesses casos, também deve ser considerada a probabilidade ou a frequência do acontecimento de eventos não desejáveis causados por terceiros ou por agentes externos.

Um fator que deve ser considerado na análise é o erro humano durante a realização de uma determinada operação, principalmente erros de manutenção, devido aos quais acontecem cerca de 60% a 80% dos acidentes maiores em que o erro humano está envolvido.

3.2.5 Estimativa de riscos

A estimação de riscos é feita através da combinação das frequências de ocorrência das hipóteses de acidentes e as suas respectivas consequências. Pode-se expressar o risco de diferentes formas segundo o objetivo do estudo em questão. Geralmente os riscos são expressos da seguinte maneira:

Índices de risco; Risco social; Risco individual.

3.2.6 Avaliação e gerenciamento de riscos

Nesta etapa os riscos estimados deverão ser avaliados, de maneira a definir medidas e procedimentos que serão executados com o objetivo de reduzi-los ou gerenciá-los, tendo-se por base critérios de aceitabilidade de riscos previamente definidos.

3.3 Procedimentos para Trabalhos em Altura

A antecipação deverá envolver a análise de projetos de novas instalações, métodos ou processos de trabalho, ou de modificação dos já existentes, visando a identificar os riscos potenciais e introduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação.

Para a elaboração dos procedimentos devemos analisar da seguinte forma: a. Qual atividade será executada? b. Qual o tempo necessário para executar a atividade? c. Qual o número de pessoas necessárias para a execução da atividade? d. Quais os riscos que essa atividade apresenta? e. Onde essa atividade será executada? f. Quais os riscos que esse local oferece?

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g. Quais as máquinas e equipamentos que serão utilizados? h. Quais as ferramentas serão utilizadas para a execução das atividades? i. Quais os riscos existentes na utilização das máquinas, equipamentos e ferramentas? j. Quais são as Medidas de Segurança para eliminar e/ou controlar os riscos? k. Quais os EPI e/ou os EPC que utilizarão para exercer a atividade? l. As pessoas estão capacitadas para atividade em altura? m. Todo trabalhador possui ASO para trabalho em altura? Para as atividades com riscos comuns entre eles é elaborado um único procedimento, desde

que não há alteração, ou ainda, desde que a segurança de uma atividade aumente a segurança de outra.

A partir desse levantamento, é criado o procedimento e a Permissão de Trabalho, da ou das atividades.

Os procedimentos operacionais para as atividades rotineiras de trabalho em altura devem

conter, no mínimo:

a) as diretrizes e requisitos da tarefa;

b) as orientações administrativas;

c) o detalhamento da tarefa;

d) as medidas de controle dos riscos características à rotina;

e) as condições impeditivas; f) os sistemas de proteção coletiva e individual necessários;

g) as competências e responsabilidades.

As atividades de trabalho em altura não rotineiras devem ser previamente autorizadas

mediante Permissão de Trabalho. Para as atividades não rotineiras as medidas de controle devem ser evidenciadas na Análise

de Risco e na Permissão de Trabalho. Permissão de Trabalho deve ser emitida, aprovada pelo responsável pela autorização da

permissão, disponibilizada no local de execução da atividade e, ao final, encerrada e arquivada de forma a permitir sua rastreabilidade.

A Permissão de Trabalho deve conter: a) os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos trabalhos; b) as disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco; c) a relação de todos os envolvidos e suas autorizações. A Permissão de Trabalho deve ter validade limitada à duração da atividade, restrita ao turno

de trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável pela aprovação nas situações em que não ocorram mudanças nas condições estabelecidas ou na equipe de trabalho.

Lembre-se que conforme a NR-35 a Análise de Risco deve, além dos riscos inerentes ao

trabalho em altura, considerar:

a) o local em que os serviços serão executados e seu entorno;

b) o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho;

c) o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem;

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d) as condições meteorológicas adversas;

e) a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva e individual, atendendo às normas técnicas vigentes, às orientações dos fabricantes e aos princípios da redução do impacto e dos fatores de queda;

f) o risco de queda de materiais e ferramentas;

g) os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos;

h) o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas regulamentadoras;

i) os riscos adicionais;

j) as condições impeditivas;

k) as situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador;

l) a necessidade de sistema de comunicação;

m) a forma de supervisão.

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4 CONDIÇÕES IMPEDITIVAS PARA SERVIÇOS

Toda a condição que ocasione riscos à saúde e vida dos profissionais, não sendo essas

sanadas pelos EPIs ou EPCs, são consideradas condições impeditivas para o serviço. Em alguns

casos os próprios equipamentos de segurança apresentam irregularidades, surgindo assim uma

condição impeditiva para o serviço.

Os trabalhos em altura, ou em suas proximidades devem ser suspensos de imediato na

iminência de ocorrência que possa colocar os trabalhadores em perigo.

Os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o direito de recusa, sempre que

constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras

pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas

cabíveis.

Direito de Recusa é um instrumento que assegura ao trabalhador a interrupção de uma

atividade de trabalho por considerar que ela envolve grave e iminente risco para sua segurança e

saúde ou de outras pessoas. Trata-se de uma ratificação do direito de recusa, previsto no artigo 13

da Convenção 155 da OIT e promulgada pelo Decreto 1.254 de29 de setembro de 1994, com

indicações de que essa providência de recusar-se a expor sua saúde e integridade física deva

resultar em medidas corretivas, indicando a responsabilidade dos níveis hierárquicos superiores para

as providências necessárias. Ressalte-se que esta atitude está associada à obrigação da

comunicação imediata conforme estabelece a norma regulamentar.

O profissional deve sempre buscar zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas

que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho.

O responsável pela execução do serviço também deve suspender as atividades quando

verificar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não

seja possível.

As situações ou condições de risco podem ser diretas ou indiretas:

Condições diretas: são todas as situações que colocam em risco a saúde ou vida do

profissional diretamente. Exemplo: Equipamentos, ferramentas e procedimentos inadequados para o

serviço.

Condições indiretas: são as situações que colocam em risco a saúde ou vida do profissional

indiretamente. Exemplo: Condições climáticas, Iluminação e perigo de desmoronamento.

A NR-35 estabelece que todo trabalho em altura, seja realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade.

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5 RISCOS POTENCIAIS

Muitos estabelecimentos mantêm trabalhadores envolvidos com trabalhos em altura que não tiveram capacitação formal, e muitas vezes, desconhecem ou subestimam os riscos inerentes a estas atividades.

Os autorizados a trabalhar em altura devem ter atenção em suas ações ou omissões que impliquem em negligência, imprudência ou imperícia, zelando tanto pela sua segurança e saúde como pela de outras pessoas que possam ser afetadas, podendo ter de responder civil e criminalmente.

A maioria dos acidentes do trabalho se deve a quedas de alturas elevadas, onde ocorre graves acidentes ou até a mesmo a morte do trabalhador. Segundo estudos a principal causa de acidentes de trabalho mortais é a queda em altura. Sendo que em média de todos os acidentes de trabalho ocorridos no ano, 30% correspondem às quedas.

Quando não provocam à morte do trabalhador as quedas podem provocar escoriações, fraturas, torções, hematomas, luxações entre outros, que também são acidentes que podem levar a graves situações ou impossibilidade do profissional voltar as suas atividades.

O risco de queda existe em vários ramos de atividades, devemos intervir nestas situações de risco regularizando o processo e tornando os trabalhos mais seguros, tomando medidas preventivas em todos os trabalhos realizados com risco de queda visando à segurança dos trabalhadores e terceiros.

Acidentes por queda de atura ocorrem principalmente em:

• Obras da construção civil;

• Serviços de manutenção e limpeza em fachadas;

• Serviços de manutenção em telhados;

• Pontes rolantes;

• Montagem de estruturas diversas;

• Serviços em ônibus e caminhões;

• Depósitos de materiais;

• Serviços em linha de transmissão e postes elétricos;

• Trabalhos de manutenção em torres;

• Serviços diversos em locais com aberturas em pisos e paredes sem proteção, etc.

Milhares podem ser as causas de um simples acidente, entretanto todas elas podem ser agrupadas em duas categorias.

A. Condição Insegura

B. Ato Inseguro

Condições Inseguras – são aquelas que compreendem a segurança do trabalhador estando no ambiente. São as falhas, os defeitos, irregularidades técnicas e carência de dispositivos de segurança que pões em risco a integridade física e/ou a saúde das pessoas e a própria segurança das instalações e equipamentos.

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Problemas de iluminação, ruídos e trepidações em excesso, falta de protetores em partes móveis de máquinas e nos pontos de operação, falta de limpeza e de ordem, passagens obstruídas, pisos escorregadios ou esburacados, escadas entre pavimentos sem proteções, condições sanitárias insatisfatórias, ventilação deficiente ou imprópria, ferramentas desarrumadas, ferramentas defeituosas, substâncias altamente inflamáveis em quantidade excessivas na área de produção, má distribuição de máquinas e equipamentos, condutores de eletricidade com revestimento estragado, roupas muito largas, colares, anéis, cabelos soltos em operações com máquinas de engrenagens móveis, calçados impróprio, trânsito perigoso de material rodante, calor excessivo, resíduos inflamáveis acumulados, equipamentos de extinção de fogo (se estão desimpedidos, se podem ser facilmente apanhados, se estão em situação de perfeito funcionamento).

Atos Inseguros – É a maneira como as pessoas se expõem, consciente ou inconscientemente, a riscos de acidentes. São esses os atos responsáveis por muitos dos acidentes de trabalho e que estão presentes na maioria dos casos em que há alguém ferido.

Atos imprudentes, inutilização, desmontagem ou desativação de proteções de máquinas, recusa de utilização de equipamento individual de proteção, operação de máquinas e equipamentos sem habilitação e sem treino, operação de máquinas em velocidade excessiva, brincadeira, posição defeituosa no trabalho, levantamento de cargas com utilização defeituosa dos músculos, transporte manual de cargas sem ter visão do caminho, permanência debaixo de guindastes e de cargas que podem cair, correr por entre máquinas ou em corredores e escadas, alterar o uso de ferramentas, atirar ferramentas ou materiais para os companheiros e muitos outros.

Uma "condição insegura" normalmente é o resultado do "ato inseguro" de alguém ao longo do desencadeamento do acidente.

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6 MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE

Para entendermos melhor sobre as medidas de prevenção e controle, iremos buscar alguns conceitos e obrigações estabelecidas pelo MTE através de outras normas regulamentares que foram e são muito utilizadas como norteadoras no trabalho em altura. Vale salientar que o curso de NR-35 é um curso voltado para vários profissionais que irão trabalhar em diversas áreas deste trabalho, por este motivo iremos tratar dos principais trabalhos realizados em altura.

6.1 Escadas, Rampas e Passarelas

A madeira a ser usada para construção de escadas, rampas e passarelas deve ser de boa qualidade, sem apresentar nós e rachaduras que comprometam sua resistência, estar seca, sendo proibido o uso de pintura que encubra imperfeições.

As escadas de uso coletivo, rampas e passarelas para a circulação de pessoas e materiais devem ser de construção sólida e dotadas de corrimão e rodapé.

A transposição de pisos com diferença de nível superior a 0,40m (quarenta centímetros) deve ser feita por meio de escadas ou rampas.

É obrigatória a instalação de rampa ou escada provisória de uso coletivo para transposição de níveis como meio de circulação de trabalhadores.

6.1.1 Escadas.

As escadas provisórias de uso coletivo devem ser dimensionadas em função do fluxo de

trabalhadores, respeitando-se a largura mínima de 0,80 (oitenta centímetros), devendo ter pelo menos a cada 2,90m (dois metros e noventa centímetros) de altura um patamar intermediário.

Os patamares intermediários devem ter largura e comprimento, no mínimo, iguais à largura da escada.

A escada de mão deve ter seu uso restrito para acessos provisórios e serviços de pequeno porte.

As escadas de mão poderão ter até 7,00m (sete metros) de extensão e o espaçamento entre os degraus deve ser uniforme, variando entre 0,25m (vinte e cinco centímetros) a 0,30m (trinta centímetros).

É proibido o uso de escada de mão com montante único. É proibido colocar escada de mão: a) nas proximidades de portas ou áreas de circulação; b) onde houver risco de queda de objetos ou materiais; c) nas proximidades de aberturas e vãos.

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A escada de mão deve: a) ultrapassar em 1,00m (um metro) o piso superior; b) ser fixada nos pisos inferior e superior ou ser dotada de dispositivo que impeça o seu

escorregamento; c) ser dotada de degraus antiderrapantes; d) ser apoiada em piso resistente.

É proibido o uso de escada de mão junto a redes e equipamentos elétricos desprotegidos. A escada de abrir deve ser rígida, estável e provida de dispositivos que a mantenham com

abertura constante, devendo ter comprimento máximo de 6,00m (seis metros), quando fechada.

A escada extensível deve ser dotada de dispositivo limitador de curso, colocado no quarto vão

a contar da catraca. Caso não haja o limitador de curso, quando estendida, deve permitir uma sobreposição de no mínimo 1,00m (um metro).

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A escada fixa, tipo marinheiro, com 6,00 (seis metros) ou mais de altura, deve ser provida de gaiola protetora a partir de 2,00m (dois metros) acima da base até 1,00m (um metro) acima da última superfície de trabalho.

Para cada lance de 9,00m (nove metros), deve existir um patamar intermediário de descanso, protegido por guarda-corpo e rodapé.

6.1.2 Rampas e passarelas.

As rampas e passarelas provisórias devem ser construídas e mantidas em perfeitas condições

de uso e segurança. As rampas provisórias devem ser fixadas no piso inferior e superior, não ultrapassando 30º

(trinta graus) de inclinação em relação ao piso. Nas rampas provisórias, com inclinação superior a 18º (dezoito graus), devem ser fixadas

peças transversais, espaçadas em 0,40m (quarenta centímetros), no máximo, para apoio dos pés. As rampas provisórias usadas para trânsito de caminhões devem ter largura mínima de 4,00m

(quatro metros) e ser fixadas em suas extremidades. Não devem existir ressaltos entre o piso da passarela e o piso do terreno. Os apoios das extremidades das passarelas devem ser dimensionados em função do

comprimento total das mesmas e das cargas a que estarão submetidas.

6.2 Medidas de proteção contra quedas de altura

É obrigatória a instalação de proteção coletiva onde houver risco de queda de trabalhadores ou de projeção e materiais.

As aberturas no piso devem ter fechamento provisório resistente.

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As aberturas, em caso de serem utilizadas para o transporte vertical de materiais e equipamentos, devem ser protegidas por guarda-corpo fixo, no ponto de entrada e saída de material, e por sistema de fechamento do tipo cancela ou similar.

Os vãos de acesso às caixas dos elevadores devem ter fechamento provisório de, no mínimo, 1,20m (um metro e vinte centímetros) de altura, constituído de material resistente e seguramente fixado à estrutura, até a colocação definitiva das portas.

É obrigatória, na periferia da edificação, a instalação de proteção contra queda de

trabalhadores e projeção de materiais a partir do início dos serviços necessários à concretagem da primeira laje.

A proteção contra quedas, quando constituída de anteparos rígidos, em sistema de guarda-corpo e rodapé, deve atender aos seguintes requisitos:

a) ser construída com altura de 1,20m (um metro e vinte centímetros) para o travessão superior

e 0,70m (setenta centímetros) para o travessão intermediário; b) ter rodapé com altura de 0,20m (vinte centímetros); c) ter vãos entre travessas preenchidos com tela ou outro dispositivo que garanta o fechamento

seguro da abertura.

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Em todo perímetro da construção de edifícios com mais de 4 (quatro) pavimentos ou altura equivalente, é obrigatória a instalação de uma plataforma principal de proteção na altura da primeira laje que esteja, no mínimo, um pé-direito acima do nível do terreno.

Essa plataforma deve ter, no mínimo, 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) de projeção horizontal da face externa da construção e 1 (um) complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de extensão, com inclinação de 45º (quarenta e cinco graus), a partir de sua extremidade.

A plataforma deve ser instalada logo após a concretagem da laje a que se refere e retirada,

somente, quando o revestimento externo do prédio acima dessa plataforma estiver concluído. Acima e a partir da plataforma principal de proteção, devem ser instaladas, também,

plataformas secundárias de proteção, em balanço, de 3 (três) em 3 (três) lajes.

Essas plataformas devem ter, no mínimo, 1,40m (um metro e quarenta centímetros) de balanço e um complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de extensão, com inclinação de 45º (quarenta e cinco graus), a partir de sua extremidade.

Cada plataforma deve ser instalada logo após a concretagem da laje a que se refere e retirada, somente, quando a vedação da periferia, até a plataforma imediatamente superior, estiver concluída.

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Na construção de edifícios com pavimentos no subsolo, devem ser instaladas, ainda, plataformas terciárias de proteção, de 2 (duas) em 2 (duas) lajes, contadas em direção ao subsolo e a partir da laje referente à instalação da plataforma principal de proteção.

Essas plataformas devem ter, no mínimo, 2,20m (dois metros e vinte centímetros) de projeção horizontal da face externa da construção e um complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de extensão, com inclinação de 45º (quarenta e cinco graus), a partir de sua extremidade, não esquecendo que cada plataforma deve ser instalada logo após a concretagem da laje a que se refere e retirada, somente, quando a vedação da periferia, até a plataforma imediatamente superior, estiver concluída.

O perímetro da construção de edifícios, além da obrigatoriedade da instalação de uma plataforma principal de proteção na altura da primeira laje que esteja, no mínimo, um pé-direito acima do nível do terreno e instaladas, também, plataformas secundárias de proteção, em balanço, de 3 (três) em 3 (três) lajes, deve ser fechado com tela a partir da plataforma principal de proteção.

A tela deve constituir-se de uma barreira protetora contra projeção de materiais e ferramentas. A tela deve ser instalada entre as extremidades de 2 (duas) plataformas de proteção consecutivas, só podendo ser retirada quando a vedação da periferia, até a plataforma imediatamente superior, estiver concluída. Em construções em que os pavimentos mais altos forem recuados, deve ser considerada a primeira laje do corpo recuado para a instalação de plataforma principal de proteção e istalar as plataformas secundárias de proteção, em balanço, de 3 (três) em 3 (três) lajes e constituir-se de uma barreira protetora contra projeção de materiais e ferramentas como já mencionado.

As plataformas de proteção devem ser construídas de maneira resistente e mantidas sem sobrecarga que prejudique a estabilidade de sua estrutura.

Redes de Segurança (Incluído pela Portaria SIT n.º 157, de 10 de abril de 2006) Como medida alternativa ao uso de plataformas secundárias de proteção,pode ser instalado

Sistema Limitador de Quedas de Altura, com a utilização de redes de segurança. O Sistema Limitador de Quedas de Altura deve ser composto, no mínimo, pelos seguintes

elementos: a) rede de segurança; b) cordas de sustentação ou de amarração e perimétrica da rede; c) conjunto de sustentação, fixação e ancoragem e acessórios de rede, composto de:

I. Elemento forca; II. Grampos de fixação do elemento forca; III. Ganchos de ancoragem da rede na parte inferior.

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Os elementos de sustentação não podem ser confeccionados em madeira. As cordas de sustentação e as perimétricas devem ter diâmetro mínimo de 16mm (dezesseis

milímetros) e carga de ruptura mínima de 30 KN (trinta quilonewtons), já considerado, em seu cálculo, fator de segurança 2 (dois).

O Sistema Limitador de Quedas de Altura deve ter, no mínimo, 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros) de projeção horizontal a partir da face externa da construção.

Na parte inferior do Sistema Limitador de Quedas de Altura, a rede deve permanecer o mais próximo possível do plano de trabalho.

Entre a parte inferior do Sistema Limitador de Quedas de Altura e a superfície de trabalho deve ser observada uma altura máxima de 6,00 m (seis metros).

A extremidade superior da rede de segurança deve estar situada, no mínimo, 1,00m (um metro) acima da superfície de trabalho.

As redes devem apresentar malha uniforme em toda a sua extensão. Quando necessárias emendas na panagem da rede, devem ser asseguradas as mesmas

características da rede original, com relação à resistência à tração e à deformação, além da durabilidade, sendo proibidas emendas com sobreposições da rede.

As emendas devem ser feitas por profissionais com qualificação especialização em redes, sob supervisão de profissional legalmente habilitado.

A distância entre os pontos de ancoragem da rede e a face do edifício deve ser no máximo de 0,10 m (dez centímetros).

A rede deve ser ancorada à estrutura da edificação, na sua parte inferior, no máximo a cada 0,50m (cinquenta centímetros).

A estrutura de sustentação deve ser projetada de forma a evitar que as peças trabalhem folgadas.

A distância máxima entre os elementos de sustentação tipo forca deve ser de 5m (cinco metros).

A rede deve ser confeccionada em cor que proporcione contraste, preferencialmente escura, em cordéis 30/45, com distância entre nós de 0,04m (quarenta milímetros) a 0,06m (sessenta milímetros) e altura mínima de 10,00m (dez metros).

A estrutura de sustentação deve ser dimensionada por profissional legalmente habilitado. Os ensaios devem ser realizados de modo a atender aos testes previstos nas Normas EN 1263-1 e EN 1263-2. O Sistema de Proteção Limitador de Quedas de Altura deve ser submetido a uma inspeção

semanal, para verificação das condições de todos os seus elementos e pontos de fixação. Após a inspeção semanal, devem ser efetuadas as correções necessárias. As redes do Sistema de Proteção Limitador de Quedas de Altura devem ser armazenadas em

local apropriado, seco e acondicionadas em recipientes adequados. Os elementos de sustentação do Sistema de Proteção Limitador de Quedas de Altura e seus

acessórios devem ser armazenados em ambientes adequados e protegidos contra deterioração. Os elementos de sustentação da rede no Sistema de Proteção Limitador de Quedas em Altura

não podem ser utilizados para outro fim. Os empregadores que optarem pelo Sistema de Proteção Limitador de Quedas em Altura

devem providenciar projeto que atenda às especificações de dimensionamento previstas nesta Norma Regulamentadora, integrado ao Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT.

O projeto deve conter o detalhamento técnico descritivo das fases de montagem, deslocamento do Sistema durante a evolução da obra e desmontagem.

O projeto deve ser assinado por profissional legalmente habilitado. O Sistema de Proteção Limitador de Quedas em Altura deve ser utilizado até a conclusão dos

serviços de estrutura e vedação periférica. As fases de montagem, deslocamento e desmontagem do sistema devem ser supervisionadas

pelo responsável técnico pela execução da obra.

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É facultada a colocação de tecidos sobre a rede, que impeçam a queda de pequenos objetos, desde que prevista no projeto do Sistema Limitador de Quedas de Altura.

As redes de segurança devem ser confeccionadas de modo a atender aos testes previstos nas Normas EN 1263-1 e EN 1263-2.

Os requisitos de segurança para a montagem das redes devem atender às Normas EN 1263-1 e EN 1263-2.

6.3Andaimes e Plataformas de Trabalho

O dimensionamento dos andaimes, sua estrutura de sustentação e fixação, deve ser realizado por profissional legalmente habilitado.

Os projetos de andaimes do tipo fachadeiro, suspensos e em balanço devem ser acompanhados pela respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica.

Os andaimes devem ser dimensionados e construídos de modo a suportar, com segurança, as cargas de trabalho a que estarão sujeitos.

Somente empresas regularmente inscritas no CREA, com profissional legalmente habilitado pertencente ao seu quadro de empregados ou societário, podem fabricar andaimes completos ou quaisquer componentes estruturais.

Devem ser gravados nos painéis, tubos, pisos e contraventamentos dos andaimes, de forma aparente e indelével, a identificação do fabricante, referência do tipo, lote e ano de fabricação.

É vedada a utilização de andaimes sem as gravações. As montagens de andaimes dos tipos fachadeiros, suspensos e em balanço devem ser

precedidas de projeto elaborado por profissional legalmente habilitado. Os fabricantes dos andaimes devem ser identificados e fornecer instruções técnicas por meio

de manuais que contenham, dentre outras informações: a) especificação de materiais, dimensões e posições de ancoragens e estroncamentos; e b) detalhes dos procedimentos sequenciais para as operações de montagem e desmontagem. As superfícies de trabalho dos andaimes devem possuir travamento que não permita seu

deslocamento ou desencaixe. Nas atividades de montagem e desmontagem de andaimes, deve-se observar que: a) todos os trabalhadores sejam qualificados e recebam treinamento específico para o tipo de

andaime em operação; b) é obrigatório o uso de cinto de segurança tipo paraquedista e com duplo talabarte que

possua ganchos de abertura mínima de cinquenta milímetros e dupla trava; c) as ferramentas utilizadas devem ser exclusivamente manuais e com amarração que impeça

sua queda acidental; e d) os trabalhadores devem portar crachá de identificação e qualificação, do qual conste a data

de seu último exame médico ocupacional e treinamento. Os montantes dos andaimes metálicos devem possuir travamento contra o desencaixe

acidental. O piso de trabalho dos andaimes deve ter forração completa, ser antiderrapante, nivelado e

fixado ou travado de modo seguro e resistente. O piso de trabalho dos andaimes pode ser totalmente metálico ou misto, com estrutura

metálica e forração do piso em material sintético ou em madeira, ou totalmente de madeira. Os pisos dos andaimes devem ser dimensionados por profissional legalmente habilitado. No PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho) devem ser inseridas as

precauções que devem ser tomadas na montagem, desmontagem e movimentação de andaimes próximos às redes elétricas.

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A madeira para confecção de andaimes deve ser de boa qualidade, seca, sem apresentar nós e rachaduras que comprometam a sua resistência, sendo proibido o uso de pintura que encubra imperfeições.

É proibida a utilização de aparas de madeira na confecção de andaimes. Os andaimes devem dispor de sistema guarda-corpo e rodapé, inclusive nas cabeceiras, em

todo o perímetro, com exceção do lado da face de trabalho. É proibido retirar qualquer dispositivo de segurança dos andaimes ou anular sua ação. É proibida, sobre o piso de trabalho de andaimes, a utilização de escadas e outros meios para

se atingirem lugares mais altos. O acesso aos andaimes deve ser feito de maneira segura. O acesso aos andaimes tubulares deve ser feito de maneira segura por escada incorporada à

sua estrutura, que pode ser: a) escada metálica, incorporada ou acoplada aos painéis com dimensões de quarenta

centímetros de largura mínima e a distância entre os degraus uniforme e compreendida entre vinte e cinco e trinta e cinco centímetros;

b) escada do tipo marinheiro, montada externamente à estrutura do andaime conforme visto anteriormente no item 6.1.1 escadas; ou

c) escada para uso coletivo, montada interna ou externamente ao andaime, com largura mínima de oitenta centímetros, corrimãos e degraus antiderrapantes.

O acesso pode ser ainda por meio de portão ou outro sistema de proteção com abertura para o

interior do andaime e com dispositivo contra abertura acidental.

6.3.1 Andaimes Simplesmente Apoiados

Os montantes dos andaimes devem ser apoiados em sapatas sobre base sólida e nivelada capazes de resistir aos esforços solicitantes e às cargas transmitidas.

É proibido trabalho em andaimes apoiados sobre cavaletes que possuam altura superior a 2,00m (dois metros) e largura inferior a 0,90m (noventa centímetros).

É proibido o trabalho em andaimes na periferia da edificação sem que haja proteção tecnicamente adequada, fixada a estrutura da mesma.

É proibido o deslocamento das estruturas dos andaimes com trabalhadores sobre os mesmos. Os andaimes cujos pisos de trabalho estejam situados a mais de um metro de altura devem

possuir escadas ou rampas. O ponto de instalação de qualquer aparelho de içar materiais deve ser escolhido, de modo a

não comprometer a estabilidade e segurança do andaime.

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Os andaimes de madeira somente podem ser utilizados em obras de até três pavimentos ou altura equivalente e devem ser projetados por profissional legalmente habilitado.

O andaime deve ser fixado à estrutura da construção, edificação ou instalação, por meio de amarração e estroncamento, de modo a resistir aos esforços a que estará sujeito.

As torres de andaimes não podem exceder, em altura, quatro vezes a menor dimensão da base de apoio, quando não estaiadas.

6.3.2 Andaimes Fachadeiros

Os andaimes fachadeiros não devem receber cargas superiores às especificadas pelo

fabricante. Sua carga deve ser distribuída de modo uniforme, sem obstruir a circulação de pessoas e ser limitada pela resistência da forração da plataforma de trabalho.

Os acessos verticais ao andaime fachadeiro devem ser feitos em escada incorporada a sua própria estrutura ou por meio de torre de acesso.

A movimentação vertical de componentes e acessórios para a montagem e/ou desmontagem de andaime fachadeiro deve ser feita por meio de cordas ou por sistema próprio de içamento.

Os montantes do andaime fachadeiro devem ter seus encaixes travados com parafusos, contrapinos, braçadeiras ou similar.

Os painéis dos andaimes fachadeiros destinados a suportar os pisos e/ou funcionar como travamento, após encaixados nos montantes, devem ser contrapinados ou travados com parafusos, braçadeiras ou similar.

As peças de contraventamento devem ser fixadas nos montantes por meio de parafusos, braçadeiras ou por encaixe em pinos, devidamente travados ou contrapinados, de modo que assegurem a estabilidade e a rigidez necessárias ao andaime.

Os andaimes fachadeiros devem ser externamente cobertos por tela de material que apresente resistência mecânica condizente com os trabalhos e que impeça a queda de objetos.

A tela prevista deve ser completa e ser instalada desde a primeira plataforma de trabalho até dois metros acima da última.

6.3.3 Andaimes Móveis

Os rodízios dos andaimes devem ser providos de travas, de modo a evitar deslocamentos

acidentais. Os andaimes tubulares móveis podem ser utilizados somente sobre superfície plana, que

resista a seus esforços e permita a sua segura movimentação através de rodízios.

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6.3.4 Andaimes Em Balanço

Os andaimes em balanço devem ter sistema de fixação à estrutura da edificação capaz de

suportar três vezes os esforços solicitantes. A estrutura do andaime deve ser convenientemente contraventada e ancorada, de tal forma a

eliminar quaisquer oscilações.

6.3.5 Andaimes Suspensos

Os sistemas de fixação e sustentação e as estruturas de apoio dos andaimes suspensos

devem ser precedidos de projeto elaborado e acompanhado por profissional legalmente habilitado. (O profissional habilitado é o engenheiro civil ou tecnólogo em edificações)

Os andaimes suspensos devem possuir placa de identificação, colocada em local visível, onde

conste a carga máxima de trabalho permitida. A instalação e a manutenção dos andaimes suspensos devem ser feitas por trabalhador

qualificado, sob supervisão e responsabilidade técnica de profissional legalmente habilitado obedecendo, quando de fábrica, as especificações técnicas do fabricante.

Deve ser garantida a estabilidade dos andaimes suspensos durante todo o período de sua utilização, através de procedimentos operacionais e de dispositivos ou equipamentos específicos para tal fim.

O trabalhador deve utilizar cinto de segurança tipo pára-quedista, ligado ao trava-quedas de segurança este, ligado a cabo–guia fixado em estrutura independente da estrutura de fixação e sustentação do andaime suspenso.

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A sustentação dos andaimes suspensos deve ser feita por meio de vigas, afastadores ou

outras estruturas metálicas de resistência equivalente a, no mínimo, três vezes o maior esforço solicitante.

A sustentação dos andaimes suspensos somente pode ser apoiada ou fixada em elemento estrutural.

Em caso de sustentação de andaimes suspensos em platibanda ou beiral da edificação, essa deve ser precedida de estudos de verificação estrutural sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado.

A verificação estrutural e as especificações técnicas para a sustentação dos andaimes suspensos em platibanda ou beiral de edificação devem permanecer no local de realização dos serviços.

A extremidade do dispositivo de sustentação, voltada para o interior da construção, deve ser adequadamente fixada, constando essa especificação do projeto emitido.

É proibida a fixação de sistemas de sustentação dos andaimes por meio de sacos com areia,

pedras ou qualquer outro meio similar. Na utilização do sistema contrapeso como forma de fixação da estrutura de sustentação dos

andaimes suspensos, este deve atender as seguintes especificações mínimas: a) ser invariável quanto à forma e peso especificados no projeto; b) ser fixado à estrutura de sustentação dos andaimes; c) ser de concreto, aço ou outro sólido não granulado, com seu peso conhecido e marcado de

forma indelével em cada peça; e, d) ter contraventamentos que impeçam seu deslocamento horizontal.

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É proibido o uso de cabos de fibras naturais ou artificiais para sustentação dos andaimes

suspensos. Os cabos de suspensão devem trabalhar na vertical e o estrado na horizontal. Os dispositivos de suspensão devem ser diariamente verificados pelos usuários e pelo

responsável pela obra, antes de iniciados os trabalhos. Os usuários e o responsável pela verificação devem receber treinamento e manual de

procedimentos para a rotina de verificação diária. Os cabos de aço utilizados nos guinchos tipo catraca dos andaimes suspensos devem: a) ter comprimento tal que para a posição mais baixa do estrado restem pelo menos seis voltas

sobre cada tambor; e b) passar livremente na roldana, devendo o respectivo sulco ser mantido em bom estado de

limpeza e conservação. Os andaimes suspensos devem ser convenientemente fixados à edificação na posição de

trabalho. É proibido acrescentar trechos em balanço ao estrado de andaimes suspensos. É proibida a interligação de andaimes suspensos para a circulação de pessoas ou execução de

tarefas. Sobre os andaimes suspensos somente é permitido depositar material para uso imediato. É proibida a utilização de andaimes suspensos para transporte de pessoas ou materiais que

não estejam vinculados aos serviços em execução. Os quadros dos guinchos de elevação devem ser providos de dispositivos para fixação de

sistema guardacorpo e rodapé. O estrado do andaime deve estar fixado aos estribos de apoio e o guarda-corpo ao seu

suporte. É vedada a utilização de guinchos tipo catraca dos andaimes suspenso para prédios acima de

oito pavimentos, a partir do térreo, ou altura equivalente. Os guinchos de elevação para acionamento manual devem observar os seguintes requisitos: a) ter dispositivo que impeça o retrocesso do tambor para catraca; b) ser acionado por meio de alavancas, manivelas ou automaticamente, na subida e na descida

do andaime; possuir segunda trava de segurança para catraca; e c) ser dotado da capa de proteção da catraca. A largura mínima útil da plataforma de trabalho dos andaimes suspensos deve ser de sessenta

e cinco centímetros.

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A largura máxima útil da plataforma de trabalho dos andaimes suspensos, quando utilizado um guincho em cada armação, deve ser de noventa centímetros.

Os estrados dos andaimes suspensos mecânicos podem ter comprimento máximo de 8,00 (oito metros).

Quando utilizado apenas um guincho de sustentação por armação é obrigatório o uso de um cabo de segurança adicional de aço, ligado a dispositivo de bloqueio mecânico automático, observando-se a sobrecarga indicada pelo fabricante do equipamento.

6.3.6 Andaimes Suspensos Motorizados

Na utilização de andaimes suspensos motorizados deverá ser observada a instalação dos

seguintes dispositivos: a) cabos de alimentação de dupla isolação; b) plugs/tomadas blindadas; c) aterramento elétrico; d) dispositivo Diferencial Residual (DR); e, e) fim de curso superior e batente. O conjunto motor deve ser equipado com dispositivo mecânico de emergência, que acionará

automaticamente em caso de pane elétrica de forma a manter a plataforma de trabalho parada em altura e, quando acionado, permitir a descida segura até o ponto de apoio inferior.

Os andaimes motorizados devem ser dotados de dispositivos que impeçam sua movimentação, quando sua inclinação for superior a 15º (quinze graus), devendo permanecer nivelados no ponto de trabalho.

O equipamento deve ser desligado e protegido quando fora de serviço. A largura máxima útil da plataforma de trabalho dos andaimes suspensos, quando utilizado um

guincho em cada armação, deve ser de noventa centímetros.

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6.3.7 Plataforma de Trabalho com Sistema de Movimentação Vertical em Pinhão e

Cremalheira e Plataformas

As plataformas de trabalho com sistema de movimentação vertical em pinhão e cremalheira e

as plataformas hidráulicas devem observar as especificações técnicas do fabricante quanto à montagem, operação, manutenção, desmontagem e às inspeções periódicas, sob responsabilidade técnica de profissional legalmente habilitado.

Em caso de equipamento importado, os projetos, especificações técnicas e manuais de montagem, operação, manutenção, inspeção e desmontagem devem ser revisados e referendados por profissional legalmente habilitado no país, atendendo ao previsto nas normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT ou de entidades internacionais por ela referendadas, ou ainda, outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - CONMETRO.

Os manuais de orientação do fabricante, em língua portuguesa, devem ficar à disposição no canteiro de obras ou frentes de trabalho.

A instalação, manutenção e inspeção periódica dessas plataformas de trabalho devem ser feitas por trabalhador qualificado, sob supervisão e responsabilidade técnica de profissional legalmente habilitado.

O equipamento somente deve ser operado por trabalhador qualificado. Todos os trabalhadores usuários de plataformas devem receber orientação quanto ao correto

carregamento e posicionamento dos materiais na plataforma. O responsável pela verificação diária das condições de uso do equipamento deve receber

manual de procedimentos para a rotina de verificação diária. Os usuários devem receber treinamento para a operação dos equipamentos. Todos os trabalhadores devem utilizar cinto de segurança tipo pára-quedista ligado a um cabo

guia fixado em estrutura independente do equipamento, salvo situações especiais tecnicamente comprovadas por profissional legalmente habilitado.

O equipamento deve estar afastado das redes elétricas ou estas estarem isoladas conforme as normas específicas da concessionária local.

A capacidade de carga mínima no piso de trabalho deve ser de cento cinquenta quilogramas - força por metro quadrado.

As extensões telescópicas, quando utilizadas, devem oferecer a mesma resistência do piso da plataforma.

São proibidas a improvisação na montagem de trechos em balanço e a interligação de plataformas.

É responsabilidade do fabricante ou locador a indicação dos esforços na estrutura e apoios da plataforma, bem como a indicação dos pontos que resistam a esses esforços.

A área sob a plataforma de trabalho deve ser devidamente sinalizada e delimitada, sendo proibida a circulação de trabalhadores dentro daquele espaço.

A plataforma deve dispor de sistema de sinalização sonora acionado automaticamente durante sua subida e descida.

A plataforma deve possuir no painel de comando botão de parada de emergência. O equipamento deve ser dotado de dispositivos de segurança que garantam o perfeito

nivelamento da plataforma no ponto de trabalho, não podendo exceder a inclinação máxima indicada pelo fabricante.

No percurso vertical da plataforma não pode haver interferências que possam obstruir o seu livre deslocamento.

Em caso de pane elétrica o equipamento deve possui dispositivos mecânicos de emergência que mantenham a plataforma parada permitindo o alívio manual por parte do operador para descida segura da mesma até sua base.

O último elemento superior da torre deve ser cego, não podendo possuir engrenagens de cremalheira, de forma a garantir que os roletes permaneçam em contato com as guias.

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Os elementos de fixação utilizados no travamento das plataformas devem ser devidamente dimensionados para suportar os esforços indicados em projeto.

O espaçamento entre as ancoragens ou estroncamentos deve obedecer às especificações do fabricante e serem indicadas no projeto.

A ancoragem da torre é obrigatória quando a altura desta for superior a nove metros. A utilização das plataformas sem ancoragem ou estroncamento deve seguir rigorosamente as

condições de cada modelo indicadas pelo fabricante. No caso de utilização de plataforma com chassi móvel, este deve ficar devidamente nivelado,

patolado ou travado no início de montagem das torres verticais de sustentação da plataforma, permanecendo dessa forma durante seu uso e desmontagem.

Os guarda-corpos, inclusive nas extensões telescópicas, devem observar as especificações do fabricante, não sendo permitido o uso de cordas, cabos, correntes ou qualquer outro material flexível.

O equipamento, quando fora de serviço, deve ficar no nível da base, desligado e protegido contra acionamento não autorizado.

A plataforma de trabalho deve ter seus acessos dotados de dispositivos eletro-eletrônicos que impeçam sua movimentação quando abertos.

É proibido realizar qualquer trabalho sob intempéries ou outras condições desfavoráveis que exponham a risco os trabalhadores.

É proibida a utilização das plataformas de trabalho para o transporte de pessoas e materiais não vinculados aos serviços em execução.

6.3.8 Plataformas por Cremalheira

As plataformas por cremalheira devem dispor dos seguintes dispositivos: a) cabos de alimentação de dupla isolação; b) plugs/tomadas blindadas; c) aterramento elétrico;d) dispositivo Diferencial Residual (DR); e) limites elétricos de percurso superior e inferior; f) motofreio; g) freio automático de segurança; e, h) botoeira de comando de operação com atuação por pressão contínua.

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6.3.9 Cadeira Suspensa

Em quaisquer atividades em que não seja possível a instalação de andaimes, é permitida a

utilização de cadeira suspensa (balancim individual). A sustentação da cadeira suspensa deve ser feita por meio de cabo de aço ou cabo de fibra

sintética. A cadeira suspensa deve dispor de:

a) sistema dotado com dispositivo de subida e descida com dupla trava de segurança, quando a sustentação for através de cabo de aço;

b) sistema dotado com dispositivo de descida com dupla trava de segurança, quando a sustentação for por meio de cabo de fibra sintética;

c) requisitos mínimos de conforto previstos na NR 17 – Ergonomia; d) sistema de fixação do trabalhador por meio de cinto.

O trabalhador deve utilizar cinto de segurança tipo pára-quedista, ligado ao trava-quedas em

cabo-guia independente.

A cadeira suspensa deve apresentar na sua estrutura, em caracteres indeléveis e bem visíveis,

a razão social do fabricante e o número de registro respectivo no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ.

É proibida a improvisação de cadeira suspensa.

O sistema de fixação da cadeira suspensa deve ser independente do cabo-guia do trava-

quedas.

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6.3.10 Ancoragem

As edificações com no mínimo quatro pavimentos ou altura de 12m (doze metros), a partir do

nível do térreo, devem possuir previsão para a instalação de dispositivos destinados à ancoragem de equipamentos de sustentação de andaimes e de cabos de segurança para o uso de proteção individual, a serem utilizados nos serviços de limpeza, manutenção e restauração de fachadas.

Os pontos de ancoragem devem: a) estar dispostos de modo a atender todo o perímetro da edificação; b) suportar uma carga pontual de 1.200 Kgf (mil e duzentos quilogramas-força); c) constar do projeto estrutural da edificação; d) ser constituídos de material resistente às intempéries, como aço inoxidável ou material de

características equivalentes. Os pontos de ancoragem de equipamentos e dos cabos de segurança devem ser

independentes. Os itens 6.3.10 mencionados não se aplicam às edificações que possuírem projetos

específicos para instalação de equipamentos definitivos para limpeza, manutenção e restauração de fachadas.

6.4 Plataformas de Trabalho Aéreo

Plataforma de Trabalho Aéreo – PTA é o equipamento móvel, autopropelido ou não, dotado de

uma estação de trabalho (cesto ou plataforma) e sustentado em sua base por haste metálica (lança) ou tesoura, capaz de erguer-se para atingir ponto ou local de trabalho elevado.

6.4.1 Requisitos Mínimos de Segurança

A PTA deve atender às especificações técnicas do fabricante quanto a aplicação, operação,

manutenção e inspeções periódicas. O equipamento deve ser dotado de:

a) dispositivos de segurança que garantam seu perfeito nivelamento no ponto de trabalho, conforme especificação do fabricante;

b) alça de apoio interno;

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c) guarda-corpo que atenda às especificações do fabricante ou, na falta destas, ao disposto na proteção contra quedas, quando constituída de anteparos rígidos, em sistema de guarda-corpo e rodapé da NR-18;

d) painel de comando com botão de parada de emergência; e) dispositivo de emergência que possibilite baixar o trabalhador e a plataforma até o

solo em caso de pane elétrica, hidráulica ou mecânica; f) sistema sonoro automático de sinalização acionado durante a subida e a descida.

É proibido o uso de cordas, cabos, correntes ou qualquer outro material flexível em substituição ao guardacorpo.

A PTA deve possuir proteção contra choques elétricos, por meio de:

a) cabos de alimentação de dupla isolação; b) plugs e tomadas blindadas; c) aterramento elétrico; d) Dispositivo Diferencial Residual (DDR).

6.4.2 Operação

Os manuais de operação e manutenção da PTA devem ser redigidos em língua portuguesa e

estar à disposição no canteiro de obras ou frentes de trabalho. É responsabilidade do usuário conduzir sua equipe de operação e supervisionar o trabalho, a

fim de garantir a operação segura da PTA. Cabe ao operador, previamente capacitado pelo empregador conforme item 6.5.4 Capacitação,

realizar a inspeção diária do local de trabalho no qual será utilizada a PTA. Antes do uso diário ou no início de cada turno devem ser realizados inspeção visual e teste

funcional na PTA, verificando-se o perfeito ajuste e funcionamento dos seguintes itens: a) Controles de operação e de emergência; b) Dispositivos de segurança do equipamento; c) Dispositivos de proteção individual, incluindo proteção contra quedas; d) Sistemas de ar, hidráulico e de combustível; e) Painéis, cabos e chicotes elétricos; f) Pneus e rodas; g) Placas, sinais de aviso e de controle; h) Estabilizadores, eixos expansíveis e estrutura em geral; i) Demais itens especificados pelo fabricante. A inspeção visual deve contemplar a correta fixação de todas as peças. É responsabilidade do usuário fornecer ao operador responsável o manual de procedimentos

para a rotina de verificação diária. Antes e durante a movimentação da PTA, o operador deve manter: a) visão clara do caminho a ser percorrido; b) distância segura de obstáculos, depressões, rampas e outros fatores de risco, conforme

especificado em projeto ou ordem de serviço; c) distância mínima de obstáculos aéreos, conforme especificado em projeto ou ordem de

serviço.

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O operador deve limitar a velocidade de deslocamento da PTA, observando as condições da superfície, o trânsito, a visibilidade, a existência de declives, a localização da equipe e outros fatores de risco de acidente.

A PTA não pode ser deslocada em rampas com inclinações superiores à especificada pelo fabricante.

Quando houver outros equipamentos móveis ou veículos no local, devem ser tomadas precauções especiais, especificadas em projeto ou ordem de serviço.

A PTA não deve ser posicionada junto a qualquer outro objeto que tenha por finalidade lhe dar equilíbrio.

O equipamento deve estar afastado das redes elétricas de acordo com o manual do fabricante ou estar isolado conforme as normas específicas da concessionária de energia local, obedecendo ao disposto na NR-10.

A área de operação da PTA deve ser delimitada e sinalizada, de forma a impedir a circulação de trabalhadores.

A PTA não deve ser operada quando posicionada sobre caminhões, trailers, carros, veículos flutuantes, estradas de ferro, andaimes ou outros veículos, vias e equipamentos similares, a menos que tenha sido projetada para este fim.

Antes da utilização da PTA, o operador deve certificar-se de que:

a) estabilizadores, eixos expansíveis ou outros meios de manter a estabilidade estejam sendo utilizados conforme as recomendações do fabricante;

b) a carga e sua distribuição na estação de trabalho, ou sobre qualquer extensão da plataforma, estejam em conformidade com a capacidade nominal determinada pelo fabricante para a configuração específica;

c) todas as pessoas que estiverem trabalhando no equipamento utilizem dispositivos de proteção contra quedas e outros riscos.

Todas as situações de mau funcionamento e os problemas identificados devem ser corrigidos

antes de se colocar o equipamento em funcionamento, devendo o fato ser analisado e registrado em documento específico, de acordo com o item 18.22.11 da NR-18.

Durante o uso da PTA, o operador deve verificar a área de operação do equipamento, a fim de

certificar-se de que:

a) a superfície de operação esteja de acordo com as condições especificadas pelo fabricante e projeto;

b) os obstáculos aéreos tenham sido removidos ou estejam a uma distância adequada, de acordo com o projeto;

c) as distâncias para aproximação segura das linhas de força energizadas e seus componentes sejam respeitadas, de acordo com o projeto;

d) inexistam condições climáticas que indiquem a paralisação das atividades; e) estejam presentes no local somente as pessoas autorizadas; f) não existam riscos

adicionais de acidentes. Todos os trabalhadores na PTA devem utilizar cinto de segurança tipo pára-quedista ligado ao

guarda-corpo do equipamento ou a outro dispositivo específico previsto pelo fabricante. A capacidade nominal de carga definida pelo fabricante não pode ser ultrapassada em

nenhuma hipótese. Qualquer alteração no funcionamento da PTA deve ser relatada e reparada antes de se

prosseguir com seu uso. O operador deve assegurar-se de que não haja pessoas ou equipamentos nas áreas

adjacentes à PTA, antes de baixar a estação de trabalho.

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Quando fora de serviço, a PTA deve permanecer recolhida em sua base, desligada e protegida contra acionamento não autorizado.

As baterias devem ser recarregadas em área ventilada, onde não haja risco de fogo ou explosão.

6.4.3 Manutenção

É responsabilidade do proprietário manter um programa de manutenção preventiva de acordo

com as recomendações do fabricante e com o ambiente de uso do equipamento,contemplando, no mínimo:

a) verificação de:

a1. funções e controles de velocidade, descanso e limites de funcionamento; a2. controles inferiores e superiores; a3. rede e mecanismos de cabos; a4. dispositivos de segurança e emergência; a5. placas, sinais de aviso e controles;

b) ajuste e substituição de peças gastas ou danificadas; c) lubrificação de partes móveis; d) inspeção dos elementos do filtro, óleo hidráulico, óleo do motor e de refrigeração; e) inspeção visual dos componentes estruturais e de outros componentes críticos, tais

como elementos de fixação e dispositivos de travamento. O programa deve ser supervisionado por profissional legalmente habilitado. A manutenção deve ser efetuada por pessoa com qualificação específica para a marca e

modelo do equipamento. Os equipamentos que não forem utilizados por um período superior a três meses devem ser

submetidos à manutenção antes do retorno à operação. Quando identificadas falhas que coloquem em risco a operação, a PTA deve ser removida de

serviço imediatamente até que o reparo necessário seja efetuado. O proprietário da PTA deve conservar, por um período de cinco anos, a seguinte

documentação: a) registros de manutenção, contendo:

a1. datas; a2. deficiências encontradas; a3. ação corretiva recomendada; a4. identificação dos responsáveis;

b) registros de todos os reparos realizados, contendo: b1. a data em que foi realizado cada reparo; b2. a descrição do trabalho realizado; b3. identificação dos responsáveis pelo reparo; b4. identificação dos responsáveis pela liberação para uso.

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6.4.4 Capacitação

O operador deve ser capacitado de acordo com o item 18.22.1 da NR-18 e ser treinado no

modelo de PTA a ser utilizado, ou em um similar, no seu próprio local de trabalho. A capacitação deve contemplar o conteúdo programático estabelecido pelo fabricante,

abordando, no mínimo, os princípios básicos de segurança, inspeção e operação, de forma compatível com o equipamento a ser utilizado e com o ambiente esperado.

A comprovação da capacitação deve ser feita por meio de certificado. Cabe ao usuário:

a) capacitar sua equipe para a inspeção e a manutenção da PTA, de acordo com as recomendações do fabricante;

b) conservar os registros dos operadores treinados em cada modelo de PTA por um período de cinco anos;

c) orientar os trabalhadores quanto ao uso, carregamento e posicionamento dos materiais na estação de trabalho da PTA.

O usuário deve impedir a operação da PTA por trabalhador não capacitado.

6.4.5 Disposições Finais

Estes conceitos não se aplicam às PTAs para serviços em instalações elétricas energizadas. Os projetos, especificações técnicas e manuais de operação e serviço dos equipamentos

importados devematender ao previsto nas normas técnicas vigentes no país. Cabe ao usuário determinar a classificação de perigo de qualquer atmosfera ou localização de

acordo com a norma ANSI/NFPA 505 e outras correlatas Para operação em locais perigosos, o equipamento deve atender ao disposto na norma

ANSI/NFPA 505 e outras correlatas. A PTA deve ser inspecionada e revisada segundo as exigências do fabricante antes de cada

entrega por venda, arrendamento ou locação. As instruções de operação do fabricante e a capacitação requerida devem ser fornecidas em

cada entrega, seja por venda, arrendamento ou locação. Os fornecedores devem manter cópia dos manuais de operação e manutenção. Os manuais de operação e manutenção são considerados parte integrante do equipamento,

devendo ser fornecidos em qualquer locação, arrendamento ou venda e ser mantidos no local de uso do equipamento.

Os avisos contendo informações de segurança devem ser redigidos em língua portuguesa. É vedado:

a) o uso de pranchas, escadas e outros dispositivos que visem atingir maior altura ou distância sobre a PTA;

b) a utilização da PTA como guindaste; c) a realização de qualquer trabalho sob condições climáticas que exponham trabalhadores

a riscos; d) a operação de equipamento em situações que contrariem as especificações do

fabricante quanto a velocidade do ar, inclinação da plataforma em relação ao solo e proximidade a redes de energia elétrica;

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e) o uso da PTA para o transporte de trabalhadores e materiais não relacionados aos serviços em execução.

6.5 Serviços Em Telhados e Coberturas

Para trabalho em telhados e coberturas devem ser utilizados dispositivos dimensionados por profissional legalmente habilitado e que permitam a movimentação segura dos trabalhadores.

É obrigatória a instalação de cabo guia ou cabo de segurança para fixação de mecanismo de ligação por talabarte acoplado ao cinto de segurança tipo pára-quedista.

O cabo de segurança deve ter sua(s) extremidade(s) fixada(s) à estrutura definitiva da

edificação, por meio de espera(s) de ancoragem, suporte ou grampo(s) de fixação de aço inoxidável ou outro material de resistência, qualidade e durabilidade equivalentes.

Nos locais sob as áreas onde se desenvolvam trabalhos em telhados e ou coberturas, é obrigatória a existência de sinalização de advertência e de isolamento da área capazes de evitar a ocorrência de acidentes por eventual queda de materiais, ferramentas e ou equipamentos.

É proibida a realização de trabalho ou atividades em telhados ou coberturas sobre fornos ou qualquer equipamento do qual possa haver emanação de gases, provenientes ou não de processos industriais.

Havendo equipamento com emanação de gases, o mesmo deve ser desligado previamente à realização de serviços ou atividades em telhados ou coberturas.

É proibida a realização de trabalho ou atividades em telhados ou coberturas em caso de

ocorrência de chuvas, ventos fortes ou superfícies escorregadias. Os serviços de execução, manutenção, ampliação e reforma em telhados ou coberturas devem

ser precedidos de inspeção e de elaboração de Ordens de Serviço ou Permissões para Trabalho, contendo os procedimentos a serem adotados.

Todo o serviço realizado sobre o telhado exige um planejamento prévio, devendo necessariamente ser verificado: o tipo de telha, seu estado e resistência; materiais e equipamentos necessários à realização dos trabalhos; definição de trajeto sobre o telhado visando deslocamento racional, sinalização e isolamento da área prevista para içamento e movimentação de telhas ou outros materiais; definição dos locais para instalação de cabo-guia de aço para possibilitar uso do cinto de segurança e controle médico e qualificação técnica dos trabalhadores para os serviços.

É proibida a concentração de cargas em um mesmo ponto sobre telhado ou cobertura. Trabalhadores devem ser orientados que é proibido qualquer tipo de carga concentrada sobre

as telhas, visto que é o motivo principal de graves acidentes.

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7 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA - EPC

Equipamento de Proteção Coletiva – EPC é todo dispositivo, sistema, ou meio, fixo ou móvel

de abrangência coletiva, destinado a preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores

usuários e terceiros. São utilizados para proteção de segurança enquanto um grupo de pessoas

realiza determinada tarefa ou atividade.

Essas medidas visam à proteção não só de trabalhadores envolvidos com a atividade

principal que será executada e que gerou o risco, como também à proteção de outros funcionários

que possam executar atividades paralelas nas redondezas ou até de passantes, cujo percurso pode

levá-los à exposição ao risco existente.

7.1 Exemplos de EPC

Conjunto de aterramento Equipamento destinado à execução de aterramento temporário, visando à

equipotencialização e proteção pessoal contra energização indevida do circuito em intervenção.

Cone de Sinalização Sinalização de áreas de trabalho e obras em vias

públicas ou rodovias e orientação de trânsito de veículos e de pedestres, podendo ser utilizado em conjunto com a fita zebrada, sinalizador STROBO, bandeirola, etc.

Tapetes de borracha Acessório utilizado para isolação contra contatos indiretos a

eletricidade e contra escorregões em ambientes escorregadios. Fita de Sinalização Utilizada quando da delimitação e isolamento de áreas de

trabalho interna e externamente na sinalização, interdição, balizamento ou demarcação em geral por indústrias, construtoras, transportes, órgãos públicos ou empresas que realizam trabalhos externos.

Correntes para sinalização em ABS Utilizada quando da delimitação e isolamento de áreas de

trabalho interna e externamente na sinalização, interdição, balizamento ou demarcação em geral. Excelente para uso externo, não perdendo a cor ou descascando com a ação de mal tempo.

Grade Metálica Dobrável Isolamento e sinalização de áreas de trabalho, poços de

inspeção, entrada de galerias subterrâneas e situações semelhantes. Placas de sinalização São utilizadas para sinalizar perigo (perigo de vida, etc.) e

situação dos equipamentos, a sinalização tem um papel fundamental para a segurança no trabalho.

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7.1.1 Linha de Vida

Genericamente, podemos identificar as linhas de vida como Sistemas Coletivos contra

Quedas em Altura e que, possibilita a sua utilização por um, dois ou mais trabalhadores. Existem linhas de vida do tipo vertical ou horizontal, instaladas de forma fixa ou temporária e

em relação às quais são ancorados os Equipamentos de Proteção Individual Antiqueda, como bloqueadores automáticos, mosquetões, cintas e cordas.

Nas linhas de vida verticais encontramos soluções técnicas e fixas do tipo cabo de aço galvanizado ou inox (preferencial) ou do tipo de calha ou carril de alumínio (mais comum), inox ou galvanizado.

No que diz respeito às linhas de vida horizontais e fixas, existem mais soluções e que passam pela instalação de cabo de aço inox ou galvanizado, cabo sintético (novidade) ou calha ou carril de alumínio, inox ou galvanizado, sendo que aqui deverá existir uma maior preocupação quanto à seleção do sistema mais apropriado, tendo em conta se pretendemos obter um simples Sistema de Travamento de Queda ou um Sistema de Posicionamento de Trabalho.

Veremos mais sobre este equipamento nas unidades posteriores.

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8 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI

Conforme a NR-6 Equipamento de Proteção Individual – EPI é todo dispositivo de uso

individual utilizado pelo empregado, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a

segurança e a saúde no trabalho.

Nos trabalhos quando as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou

insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados EPIs específicos e adequados às

atividades desenvolvidas.

Todo EPI deve possuir um Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo Ministério do Trabalho

e Emprego.

O emprego do Equipamento Individual é uma determinação legal, contida na Norma

Regulamentadora n.º 6 da Portaria MTb 3214/78, que visa disciplinar as condições em que o mesmo

deve ser empregado na proteção do trabalhador.

A empresa é obrigada a fornecer ao empregado, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em

perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de

acidentes do trabalho ou de doenças ocupacionais;

Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;

Para atender situações de emergência.

A utilização de cada EPI depende do trabalho a ser realizado.

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8.1 Quanto ao EPI cabe ao empregador:

Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;

Exigir o seu uso;

Fornecer ao empregado somente EPI’s aprovados pelo órgão nacional competente em

matéria de segurança e saúde no trabalho;

Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação

Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;

Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;

Comunicar ao MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) qualquer irregularidade

observada.

Registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou

sistema eletrônico

Conforme o Art. 157 da CLT

Cabe às empresas:

I. Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;

II. Instruir o empregado, através de ordens de serviço, quanto às precauções a serem

tomadas no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças profissionais.

8.2 Quanto ao EPI cabe ao empregado:

Utilizar apenas para a finalidade a que se destina;

Responsabilizar-se pela guarda e conservação;

Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;

Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

Conforme o Art. 158 da CLT

Cabe aos empregados:

I. Observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as ordens de serviço

expedidas pelo empregador.

II. Colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste capítulo (V)

Parágrafo único – Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:

A observância das instruções expedidas pelo empregador;

Ao uso dos Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s fornecidos pela empresa.

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8.3 Exemplos de EPIs

Segue alguns exemplos de EPIs, não listaremos todos, pois segundo o ministério do Trabalho o curso de NR-35, exige somente o conhecimento de Equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura. Além de existirem diversos EPIs para diversas atividades. Listaremos alguns dos mais comuns e utilizados, os equipamentos mais utilizados no trabalho em altura veremos na próxima unidade.

8.3.1 Proteção dos Olhos e Face

Óculos de segurança

Equipamento destinado à proteção contra elementos que

venham a prejudicar a visão. Proteção dos olhos contra impactos

mecânicos, partículas volantes e raios ultravioletas.

A higienização dos óculos é lavar com água e sabão neutro e

secar com papel absorvente. (O papel não poderá ser friccionado na

lente para não riscá-la.)

8.3.2 Proteção da Cabeça

Capacetes de proteção

Utilizado para proteção da cabeça do trabalhador contra agentes metereológicos (trabalho a

céu aberto) e trabalho em local confinado, impactos provenientes de queda ou projeção de objetos,

queimaduras, choque elétrico e irradiação solar.

Capacete de proteção tipo aba frontal com viseira

Utilizado para proteção da cabeça e face, em trabalho onde

haja risco de explosões com projeção de partículas e queimaduras

provocadas por abertura de arco voltaico (eletricidade).

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Higienização dos Capacetes

Limpá-lo mergulhando por 1 minuto num recipiente contendo água e detergente ou

sabão neutro;

O casco deve ser limpo com pano ou outro material que não provoque atrito, evitando

assim a retirada da proteção isolante de silicone (brilho), o que prejudicaria a rigidez

dielétrica do mesmo;

Secar a sombra.

Obs: a limpeza do visor deve ser feita do mesmo modo que os óculos de segurança.

8.3.3 Proteção Auditiva

Equipamento destinado a minimizar as consequências de ruídos prejudiciais à audição. O PROTETOR AURICULAR, não anula o som, mas reduz o RUÍDO (que é o som

indesejável) a níveis compatíveis com a saúde auditiva. Isso significa que, mesmo usando o protetor auricular, ouve-se o som mais o ruído, sem que este afete o usuário.

Protetor auditivo tipo concha

Utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que

apresentem ruídos excessivos.

Para higienização deve-se lavar com água e sabão neutro, exceto

as espumas internas das conchas.

Protetor auditivo tipo inserção (plug)

Também é utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades e

nos locais que apresentem ruídos excessivos, porem possui uma baixa

durabilidade.

Para higienização deve-se lavar com água e sabão neutro,

exceto as espumas internas das conchas.

Há no mercado, protetores auditivos descartáveis feitos de espuma, geralmente não utilizados

por visitantes ou pessoas que raramente necessita de seu uso.

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Luva isolante de borracha

Utilizada para proteção das mãos e braços do profissional contra choque em trabalhos e

atividades com circuitos elétricos energizados.

As luvas devem ser testadas com inflador de luvas para verificação da existência de furos, e

por injeção de tensão de testes. As luvas isolantes apresentam identificação no punho, próximo da

borda, marcada de forma indelével, que contém informações importantes, como a tensão de uso, por

exemplo, nas cores correspondentes a cada uma das seis classes existentes.

As Luvas isolantes de borrachas são classificadas pelo nível de tensão de trabalho e de teste,

conforme tabela a seguir:

TABELA – CLASSES DE LUVAS ISOLANTES (NBR 10622/89)

TIPO DE CLASSE COR TENSÃO DE

USO

TENSÃO DE

ENSAIO

TENSÃO DE

PERFURAÇÃO

Classe 00 Bege 500V 2,5 KV 5 KV

Classe 0 Vermelha 1000V 5 KV 6 KV

Classe I Branca 7,5 kV 10 KV 20 KV

Classe II Amarela 17 kV 20 KV 30 KV

Classe III Verde 26,5 kV 30 KV 40 KV

Classe IV Laranja 36 kV 40 KV 50 KV

Para higienização deve-se, lavar com água e detergente neutro, enxaguar com água, secar

ao ar livre e a sombra e polvilhar, externa e internamente, com talco industrial.

Luva de cobertura

Utilizada exclusivamente como proteção da luva isolante de

borracha. As luvas de cobertura devem ser utilizadas por cima das luvas

isolantes.

Para higienização deve-se, limpar utilizando pano limpo,

umedecido em água e secar a sombra.

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Luva de proteção em raspa e vaqueta

Utilizada para proteção das mãos e braços do empregado contra

agentes abrasivos e escoriantes.

Para higienização deve-se, impar com pano limpo e umedecido

em água, secando a sombra

Luva de proteção em borracha nitrilica

Utilizada para proteção das mãos e punhos do empregado

contra agentes químicos e biológicos.

Para higienização deve-se, lavar com água e sabão neutro.

Luva De Proteção Em Pvc (Hexanol)

Utilizada para proteção das mãos e punhos do empregado

contra recipientes contendo óleo, graxa, solvente e ascarel.

Para higienização deve-se, lavar com água.

Manga de proteção isolante de borracha

Utilizada para proteção do braço e antebraço do trabalhador contra

choque elétrico durante os trabalhos em circuitos elétricos energizados.

Para higienização deve-se, lavar com água e detergente neutro,

secar ao ar livre e a sombra, e polvilhar talco industrial, externa e

internamente.

Calçado de proteção tipo botina de couro

Protege os pés contra impactos de objetos que caem ou são projetados, impacto contra

objetos imóveis e contra perfurações.

Os calçados protegem os pés contra torção, escoriações, derrapagens e umidade.

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Calçado de proteção tipo bota de couro (cano longo)

Além de se utilizado para minimizar as consequências de impactos de objetos que caem ou

são projetados, protege dos pés e pernas contra torção, escoriações, derrapagens e umidade, o

calçado cano longo protege ataque de animais peçonhentos.

Para uma melhor conservação e higienização dos calçados de proteção deve-se, armazenar

em local limpo, livre de poeira e umidade, se molhado secar a sombra e engraxar com pasta

adequada para a conservação de couros.

Calçado de proteção tipo condutivo

Utilizada para proteção dos pés quando o empregado realiza trabalhos ao potencial.

Para uma melhor conservação e higienização deve-se, engraxar com pasta adequada para a

conservação de couros, armazenar em local limpo, livre de poeira e umidade, se molhado secar a

sombra e nunca secar ao sol (pode causar efeito de ressecamento).

Perneira de segurança

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Utilizada para proteção das pernas contra objetos perfurantes, cortantes e ataque de animais

peçonhentos.

8.3.6 Vestimentas de Segurança

Vestimenta de proteção tipo condutiva

Utilizada para proteção do empregado quando executa trabalhos ao potencial.

Para higienização deve-se, lavar manualmente em água com

detergente neutro, torcer suavemente e secar a sombra. A roupa pode

ser lavada em máquina automática no ciclo roupa delicada de 8 a 10

minutos, com água com detergente neutro, secar a sombra emvaral sem

partes oxidáveis, não fazer vincos ou passar a ferro.

Vestimenta de proteção anti chama

Utilizada para proteção dos trabalhadores contra queimaduras.

para trabalhos externos as vestimentas deverão possuir elementos refletivos e cores

adequadas;

8.3.7 Proteção Respiratória

Destinado à utilização em áreas confinadas e sujeitas a emissão de gases e poeiras.

Porém deve ser utilizado para proteção respiratória em atividades e locais que apresentem tal

necessidade, em atendimento a Instrução Normativa Nº1 de 11/04/1994 – (Programa de Proteção

Respiratória - Recomendações/ Seleção e Uso de Respiradores).

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9 SELEÇÃO, INSPEÇÃO, CONSERVAÇÃO E LIMITAÇÃO DE USO DOS

EPIs

9.1 Cinturão de segurança tipo pára-quedista

Em atividades com risco de queda e altura superior a 2 m, deve ser usado cinturão tipo pára-quedista (NR 18.23.3), com ligação obrigatoriamente frontal ou dorsal.

Equipamento destinado à proteção contra queda de pessoas, vale salientar novamente que é

obrigatória sua utilização em trabalhos acima de 2 metros de altura.

Para esse tipo de cinturão, podem ser utilizados trava-quedas instalados em cabos de aço ou

flexível fixados em estruturas a serem escaladas.

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Geralmente os cinturões possuem tamanho único, com 5 ajustes das fitas primárias e fita

secundária para fechamento peitoral. Oferece total conforto, inclusive no agachamento, sem o

necessário reajuste dos cinturões com apenas duas fivelas. Pode ser usado com talabarte simples

em poliéster (ligação frontal ou dorsal) ou talabarte Y em poliéster. Há alguns modelos que possui

argolas nos ombros para trabalho e/ou resgate em espaço confinado com o Suporte de Ombros.

9.1.1 Forma de Vestir o Cinturão:

1. Pegue o cinturão pela argola dorsal (A).

2. Passe os pés nos porta-coxas (B) já afivelados

3. Coloque os suspensórios (C), um a um, pelos braços

4. Ajuste e trave a fivela da cintura(D)

5. Ajuste e trave as fivelas dos suspensórios (E).

6. Ajuste e trave as fivelas dos porta-coxas (F).

7. Ajuste e trave a fivela secundária frontal (G).

9.1.2 Ajuste e Travamento das Fivelas:

1. Passe a ponta da fita pela peça maior e, em seguida pela menor.

2. Retorne a ponta da fita passando pela peça maior e faça o ajuste necessário.

3. Puxe a ponta da fita até a união das duas peças, completando o travamento da fivela.

Existem vários modelos de Cinturões de Segurança, cada modelo dependerá do fabricante.

Lembramos que o setor de segurança ou um técnico de segurança da sua empresa deve instruí-lo

na colocação do tipo do cinto que irás utilizar para o seu trabalho.

9.1.3 Inspeção do Cinturão

Antes de cada uso, o usuário deve certificar-se de que:

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Todas as fitas de nylon estejam perfeitas, sem cortes, furos, rupturas, partes queimadas, desfiamentos, mesmo que parciais.

Todos os pontos de costura estejam perfeitos, sem desfiamentos ou descosturados. Todos os componentes metálicos estejam sem ferrugem, amassados ou danificados. Não há suspeita de contaminação por produtos químicos. OBS: o cinturão deve ser aposentado quando houver constatação de qualquer problema na

inspeção.

9.1.4 Manutenção do Cinturão

O cinturão de segurança deve ser usado por um único trabalhador que é responsável pelos seguintes cuidados:

Armazená-lo: em local seco, à sombra, sem contato com piso de cimento, fontes de calor, produtos químicos, abrasivos ou cortantes.

Lavá-lo: com sabão neutro, água com temperatura até 30° e escova de cerdas macias (plásticas). Nunca use detergente. Deixar secar ao ar livre, longe da luz solar.

Aposentá-lo: os cinturões são fabricados em poliéster e envelhecem naturalmente em contato com o ar, mesmo sem serem utilizados.

Teoricamente, a vida útil do cinturão não pode ser preestabelecida, dependendo muito da

frequência e cuidados durante o uso, grau de exposição a produtos químicos, elementos abrasivos e luz solar.

Praticamente, para os cinturões de poliéster, adota-se uma vida útil de, no máximo, quatro

anos após sua fabricação. Em situações bastante severas, o cinturão é aposentado após um ano de uso ou, ainda, imediatamente após reter uma queda.

9.2 Talabartes

O talabarte é parte de um sistema de detenção de queda quando usado com um absorvedor

de energia aprovado e fixado às conexões de detenção de queda do cinto para-quedista. O talabarte

consiste numa corda, cinto ou cabo e ganchos que se fecham e bloqueiam automaticamente. Os

talabartes com absorvedores de energia integral são desenvolvidos para dissipar a força numa

queda.

Para colocar e ajustar o talabarte, siga os passos conforme as figuras. Verifique todos os

conectores para assegurar-se de que os mesmos estejam fechados e travados antes do uso.

Existem vários tipos e modelos de talabarte, mas de modo geral são divididos em dois,

Talabarte simples e Talabarte Y.

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Verifique regularmente se os elementos estão presos e/ou ajustados durante o uso.

O comprimento total de um talabarte de segurança integral com absorvedor de energia

deverá ser de no máximo 2 metros, já incluindo os seus conectores.

Veja alguns modelos e tipos de Talabarte:

Ajustes do talabarte

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Uso do gancho

Uso do mosquetão

Fixação do cinto de proteção e ancoragem

Fixação da ancoragem na estrutura

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Fixação correta ou incorreta

Alcance máximo do talabarte

Exigência de espaço livre mínimo para detenção

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DEVE-SE levar em consideração o espaço livre mínimo necessário (espaço livre= D, veja

figura) abaixo do usuário para prevenir colisão com estrutura ou o chão. Recomendações específicas

serão dadas com o subsistema. Espaço livre abaixo dos pés do usuário deve ser seguida conforme

indicado na etiqueta do produto.

Perigo de colisão ou queda em balanço

É responsabilidade do adquirente do Talabarte assegura-se de que os usuários do produto

estejam familiarizados com estas instruções de uso e treinados por pessoal competente. Assegure-

se de que tenha sido treinado adequadamente para o uso desse equipamento e certifique-se que

entende totalmente como o produto funciona.,

Perigos químicos, calor e corrosão podem danificar o talabarte. Inspeções mais frequentes

são requisitadas nesses ambientes. Não utilize o talabarte em ambientes com temperaturas abaixo

de -40°C e acima de 50°C. Tenha cuidado quando trabalhar próximo de riscos elétricos, maquinário

móvel e superfícies abrasivas.

O usuário deve ter um plano de resgate e os meios necessários para implementá-lo; esse

plano deve levar em consideração o equipamento e o treinamento especial necessários para realizar

o resgate imediato sob todas as condições previstas conforme as normas vigentes.

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É recomendado designar o talabarte a um único usuário para possibilitar o rastreamento do

seu uso. Estas instruções e o cartão de registro devem ser emitidos e mantidos com cada talabarte.

Todos os componentes conectados ao talabarte DEVEM ser compatíveis. Utilize APENAS

componentes aprovados. As instruções e advertências dos componentes utilizados com o talabarte

DEVEM ser seguidas.

Os talabartes duplos com absorvedor de energia permitem conexão contínua, enquanto o

usuário se movimenta de um local para outro.

9.2.1 Advertências

O cinturão para-quedista é o único acessório de proteção contra quedas que pode ser usado

em um sistema de retenção de queda. Um sistema de detenção de queda SOMENTE DEVE ser

conectado ao ponto dorsal em anel "D” traseiro ou ao anel “D” frontal se tiver a etiqueta anexa “A” de

detenção de queda. Estes pontos também podem ser utilizados para conectar um sistema de

resgate.

Nunca utilize os anéis “D” laterais para proteção contra quedas ou proteção de escalada. O

anel “D” das laterais de um cinto SOMENTE DEVE ser usado para conectar um sistema de

posicionamento de trabalho e NUNCA para conectar um sistema de proteção contra quedas ou

proteção de escalada. Sempre utilize os dois anéis “D” laterais juntos para aplicações de

posicionamento de trabalho. Ajuste o talabarte de posicionamento de trabalho para que o ponto de

ancoragem seja mantido na altura da cintura ou acima dela. Assegure-se de que o talabarte esteja

firme e que o movimento esteja restrito a uma distância máxima de 0,6m.

Sempre que possível, para engatar um sistema de proteção contra quedas, escolha um ponto

de ancoragem diretamente ACIMA da posição do usuário para minimizar quedas devido a

oscilações. Evite qualquer ponto de força duvidosa. É preferível utilizar ancoragens estruturais

fornecidas para esse fim ou pontos de ancoragem com uma força mínima de 15kN.

O comprimento total de um talabarte de segurança integral com absorvedor de energia

deverá ser de no máximo 2 metros, já incluindo os seus conectores.

O talabarte DEVE ser totalmente inspecionado antes de cada uso para verificar que o mesmo

esteja em condições de uso. Além disso, o talabarte DEVE ser inspecionado uma vez a cada doze

meses por pessoal autorizado pela legislação vigente no país de uso. Examine as fitas do talabarte

para detectar desgastes, cortes, queimaduras, bordas desgastadas, abrasões ou outros danos.

Examine a costura para detectar qualquer ponto puxado, solto ou arrebentado. Verifique a

legitimidade da marca do produto. Não use o talabarte se durante a inspeção for revelada alguma

condição insegura.

NÃO modifique ou tente consertar o talabarte.

Se o talabarte tiver sido sujeito a detenção de queda ou forças impactantes, o mesmo DEVE

ser removido de uso imediatamente e destruído.

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Para segurança do usuário é essencial que no caso de produto revendido fora do país de

origem, o revendedor forneça instruções e informações adicionais relevantes sobre o uso,

manutenção, verificação periódica e reparo, no idioma do país onde o produto vai ser usado.

A não observação desses avisos podem causar ferimentos graves ou morte.

O prazo de validade do talabarte deve ser determinado em função do uso, manutenção,

conservação e armazenamento do mesmo. Ou seja, a pessoa competente e responsável pelas

inspeções anuais recomendadas determinará o momento para seu efetivo descarte.

Proteja o equipamento durante o transporte preferencialmente mantendo-o guardado em

sacolas próprias para melhor acondicionamento e durabilidade do mesmo.

Para sistemas de proteção contraquedas os talabartes com comprimento maior que 0,90m

deverão possuir absorvedor de energia.

9.2.2 Manutenção e Armazenamento dos Talabartes

A grande maioria dos talabartes são feitos com tecido de Nylon, Poliéster e cabo de aço inox

ou galvanizado. Todas as ferragens portadoras de carga são manufaturadas em aço ou duralumínio.

Limpe o talabarte com uma solução de água e sabão em pó neutro. Seque as peças de metal

com um pano limpo e pendure o talabarte para secar ao ar livre. Não acelere a secagem com calor.

O acúmulo excessivo de sujeira, tinta ou outro material estranho pode impedir o

funcionamento adequado do talabarte, e em casos mais graves, desgastar o tecido. Questões

referentes a condições e limpeza do talabarte devem ser direcionadas ao fabricante.

Equipamentos danificados ou que necessitem de manutenção devem ser marcados como

“SEM CONDIÇÕES DE USO” e retirados de serviço. Manutenção corretiva (exceto limpeza) e

reparos, como substituição de elementos, devem ser realizados pelo fabricante. Não tente fazer

reparos.

Armazene o talabarte em lugar limpo, seco, arejado e sem exposição direta à luz solar. Evite

áreas onde o calor, umidade, luz, óleo e outros produtos químicos e seus vapores ou outros

elementos degradantes possam estar presentes.

Equipamentos danificados ou que necessitem de manutenção não devem ser armazenados

na mesma área que equipamentos utilizáveis.

Equipamentos muito sujos, molhados ou contaminados devem ser submetidos à manutenção

apropriada (por exemplo, secos e limpos) antes de serem guardados.

Antes de utilizar equipamentos que estejam armazenados há muito tempo, deve ser realizada

uma Inspeção Formal por uma pessoa competente.

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Transporte o talabarte num pacote para que o proteja de cortes, umidade, produtos químicos

e seus vapores, temperaturas extremas e raios ultravioletas.

9.3 Vara Telescópica

Permite acessar pontos de ancoragem situados geralmente de 2 a 10 metros do solo. Seu

peço varia de 1kg a 6kg dependendo do modelo, tamanho e fabricante e geralmente possui 5

elementos telescópicos. Possibilita fácil montagem na vertical e transporte. Desconecta dos

mosquetões instalados para facilidade de trabalho. Geralmente possui comprimento ajustável. A vara

deve ser de material não condutor de energia elétrica.

9.3.1 Ancoragem com Vara Telescópica

Para instalação temporária de linha de segurança vertical a olhal, situados a menos de 10 m

do solo, usa-se a vara telescópica com o conector. Para instalação temporária de linha de segurança

vertical em vigas com dimensões circunscritas em um círculo com diâmetro de até 15 cm, usa-se a

vara telescópica com o conector. Conexão do conector à barra de ancoragem, por meio de pressão e

rotação de 90º.Para retirar a vara telescópica basta rotação inversa de 90º.

Todas as partes da vara telescópica só são desconectadas por simples pressão do botão de

segurança. Inclusive na ligação aos mosquetões, impedindo que se soltem acidentalmente a vara

telescópica fica presa ao mosquetão durante o trabalho.

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9.3.2 Aplicações

1 Segura movimentação em escadas móveis, para limpeza, manutenção de luminárias,

exautores e equipamentos industriais.

2. Segura movimentação em andaimes tubulares.

3. Segura movimentação em escadas de marinheiro.

9.4 Dispositivo trava-quedas Guiados

Utilizado para proteção do empregado contra queda em serviços onde exista diferença de

nível, em conjunto com cinturão de segurança tipo pára-quedista.

São normalmente feitos em aço inoxidável e possuem tripla trava de segurança. Resistem ao

contato com os produtos corrosivos, que normalmente são usados em serviços de limpeza. Efetuam

travamento simultâneo em dois pontos da linha de segurança, aumentando, consequentemente, a

eficiência da frenagem. Todos os equipamentos devem aprovados pelo Ministério do Trabalho

possuindo o numero de CA.

Os dispositivos trava quedas possuem um fácil funcionamento, não necessitando das mãos

para funcionar.

A alça do aparelho, forçada por uma mola, normalmente fica abaixada, mantendo o

equipamento travado no cabo de segurança. Na subida ou descida, o cinturão de segurança mantém

a alça levantada, destrava o aparelho e permite perfeita movimentação. Nas quedas ou descidas

bruscas o equipamento trava-se imediatamente no cabo. O aparelho pode ser colocado ou retirado

imediatamente em qualquer ponto do cabo.

O trava-queda guiado é indicado para movimentação em linhas verticais de qualquer

comprimento.

9.4.1 Uso Dos Trava-Quedas

Utilizado para proteção do empregado contra queda em serviços onde exista diferença de

nível, em conjunto com cinturão de segurança tipo pára-quedista.

Só deve ser usado trava-queda com cinturão e extensor especificados no CA (NR 6.6.1c). A

não obediência destas exigências acarreta em multa de até 6.000 UFIR's ( mais de seis mil reais) por

trabalhador ( infração código 206.007-8, nível 3).

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O cabo de aço ou corda de segurança deve estar ancorado superiormente em ponto que

resista a, no mínimo, 15 kN.

Os trava-quedas modelos para cabo de aço e para corda de segurança devem ser usados

somente com extensor em aço constituído de, no mínimo, um mosquetão e, no máximo, dois

mosquetões, interligados por corrente com, no máximo, seis elos de diâmetro 6,5 mm.

Nota: nunca aumentar o comprimento da ligação entre o aparelho e o cinturão; no máximo

usar seis elos de corrente.

9.4.2 Colocação dos trava-quedas

A) Retirar o mosquetão e mover as alavancas para cima;

B) Girar o aparelho na horizontal e introduzir o cabo na sua abertura intermediária:

C) Recolocar o aparelho na vertical; o cabo se ajustará normalmente;

D) Verificar se o aparelho ficou colocado na posição correta (seta para cima), recolocar o

mosquetão e apertar a porca de sua segurança.

Antes de usar o aparelho faça o teste inicial de funcionamento que segue da seguinte forma:

A) Puxe o mosquetão que se liga ao cinturão para cima, até que o aparelho se desloque

alguns centímetro para cima;

B) Só use o aparelho após constatar que o mesmo trava-se imediatamente no cabo

vertical após o mosquetão deixar de ser puxado para cima.

Não se esqueça: o trava-queda deve ser ligado, obrigatoriamente, à argola das costas

(ligação dorsal) ou às alças do peito (ligação frontal) do cinturão pára-quedista.

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Assim como os outros EPIs utilizados no trabalho em altura, cada tipo de equipamento

apresenta sua peculiaridade, sendo que a empresa ou o fabricante do equipamento deve explicar o

correto funcionamento e peculiaridade de cada equipamento utilizado. Não se esqueça de ler o

manual.

9.4.3 Inspeção dos Trava-Quedas Guiados

Antes de cada uso, inspecionar:

Os trava-quedas não devem ter rebites frouxos, peças gastas, tortas ou aparência

duvidosa.

Nota: inutilizar o aparelho que apresentar algum dos problemas acima ou após a retenção de

uma queda.

Os trava-quedas, sem o mosquetão, devem apresentar perfeita mobilidade das

alavancas, isto é, movendo-se as alavancas para cima, elas devem retornar

totalmente e rapidamente à sua posição original.

Nota: havendo problema de mobilidade, verificar orientação em Manutenção.

Não esqueça de fazer a inspeção no cabo de aço, corda e cinturão.

9.4.4 Manutenção dos Trava-Quedas Guiados

Manter os trava-quedas limpos, afastados de produtos químicos nocivos ao aço inox e

protegidos das intempéries em local seco. Os aparelhos podem ficar mergulhados em solventes para limpeza e ter seus eixos

lubrificados com óleo tipo "máquina de costura", para voltar a ter perfeita mobilidade. Nota: continuando a ter má mobilidade, o aparelho deve ser inutilizado.

9.5 Trava-Quedas Retráteis para Área de Carga

As estatísticas de acidentes demonstram que o trabalho de carregamento em caminhões, principalmente durante a operação de enlonamento, sem a devida proteção contra quedas, é o principal responsável por graves acidentes nesta área.

Mundialmente, o sistema de segurança contra quedas mais usado sobre caminhões e vagões

ferroviários é constituído por trava-queda retrátil conectado a um trole.

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Os modelo de funcionamento retrátil, possuem de 10 m a 20m de cabo de aço galvanizado, com 4,8 mm de diâmetro, ou inox para indústrias alimentícias/farmacêuticas e com revestimento sintético para locais com atmosfera potencialmente explosiva.

Possui mosquetão-destorcedor para durabilidade do cabo com indicador de queda (indica necessidade de revisão).

Obs: Os modelos com 20m de cabo de aço com revestimento sintético é o mais usado, no

Brasil, pelas distribuidoras de combustível.

9.5.1 Trabalho em Área de Carga

TRABALHO EM LOCAL FIXO

Quando o local é fixo, caso específico de abastecimento em caminhão-tanque geralmente

adota-se a instalação do trava-queda em ponto fixo.

Nos demais locais obedecendo-se os seguintes critérios :

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a) Fixação do trava-queda: deve ser instalado sempre acima da cabeça do trabalhador, a uma distância de, no mínimo, 70 cm, em um ponto com resistência superior a 1500 kg (NBR 14628).

b) O deslocamento horizontal do trabalhador (figura), em relação ao centro do aparelho (L), não deve ser superior a um terço da distância entre o ponto de ligação do cinturão e o solo (H).

c) Considerando a necessidade de proteção do trabalhador no deslocamento desde o solo até o bocal de abastecimento sobre o tanque, as normas internacionais recomendam usar trava-queda com cabo retrátil de comprimento de, no mínimo, 7 metros.

TRABALHO EM LOCAL MÓVEL

Havendo necessidade de trabalho em local móvel como por exemplo sobre toda a carroceria

do caminhão, deve-se usar o trava-queda com trole, movimentando-se em linha horizontal.

Em áreas internas, geralmente usa-se o trava-queda conectado ao trole e viga de aço I de 4"

x 2 5/8".

Importante: considerando a necessidade de proteção ao trabalhador no deslocamento desde

o solo até o topo da carga (operação de enlonamento), as normas internacionais recomendam usar trava-queda retrátil com cabo de comprimento de, no mínimo, 7 metros.

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A linha horizontal pode ser rígida ou flexível, sendo, geralmente, constituída de uma das alternativas:

Viga de Aço "I" De 4" X 2 5/8"

Nessa alternativa, deve-se utilizar o trole adequado, com os trava-quedas de 10 ou 20 m. A

mobilidade dos aparelhos na linha horizontal é excelente, mesmo em trechos curvos. Em caso de queda, a força de impacto (cerca de 600 kg) é facilmente diluída em toda a

estrutura.

Trilho Inox

Nesse caso usa-se um perfil "U" de 40 x 40 mm, em aço inox, com o trole especifico para

essa função. O aço inox é ideal para atmosfera industrial agressiva ou marítima. A mobilidade e a força de impacto é igual ao caso anterior.

Cabo de Aço

Usa-se cabo de aço com, no mínimo, 3/8 " de diâmetro, com trole especifico. Essa alternativa

oferece uma instalação rápida, leve e econômica, porém, tecnicamente, não é uma boa solução. Está sendo cada vez menos usada no exterior, pelos seguinte motivo:

O trole, pelo efeito da gravidade, tende a deslizar para o centro da catenária, aumentando o

esforço do trabalhador para movimentação contrária. Para atenuar esse grave incoveniente durante o trabalho, costuma-se diminuir a folga do cabo de aço (flexa) na linha catenária, porém, tal solução

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acarreta altíssimas cargas instantâneas nos pontos de ancoragem do cabo, em caso de queda: os pontos de fixação do cabo de aço nas paredes de alvenaria ou tesouras, com certeza não foram projetados para resistirem a cargas instantâneas várias vezes superior a 600 kg.

9.5.2 Requisitos Para Instalação Da Linha Horizontal

1) Posicionamento: deve coincidir com o eixo central longitudinal do caminhão, carreta,

vagão ou aeronave. (conforme figura).

2) Comprimento da linha horizontal: deve ser sufuciente para que, em eventuais

movimentações do trabalhador além da sua extremidade (L), não seja superior a um terço da altura (H).

3) Altura da instalação: a linha horizontal deve ser instalada a uma altura que garanta, em qualquer situação de trabalho, uma distância de no mínimo, 70 cm da cabeça do trabalhador. Caso não haja a distância de 70 cm, deve-se adotar duas linhas paralelas, conforme, obedecendo o item 2.

4) Resistência da linha horizontal: deve suportar, em qualquer ponto, uma carga de, no

mínimo, 1500 kg (NBR 14628). 5) Peso do trabalhador: deve ser de, no máximo, 100 kg, conforme NBR 11370 e 14628, da

ABNT.

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9.5.3 Uso Dos Trava-Quedas

Antes de conectar o trava-queda ao cinturão, faça o teste inicial de bom funcionamento: só

use o aparelho após constatar: Imediato travamento do cabo após ser puxado com força para fora. Retorno integral do cabo retrátil após deixar de ser puxado. 5- O cabo retrátil deve ser

conectado à argola dorsal (costas) do cinturão pára-quedista e durante o uso é necessário que fique esticado pela ação da mola interna retrátil.

Após o uso, nunca deixar o cabo recolher com velocidade (tomar o mesmo cuidado que se exige para as trenas de medição). Para efetuar o recolhimento do cabo de aço faça a substituição do cinturão por uma fraca corda. A corda possibilitará fácil recuperação do cabo de aço no próximo uso e rompe-se facilmente se for puxada acidentalmente por empilhadeira ou caminhão, sem causar danos ao trava-queda e à instalação.

Cuidados para uso de trava-quedas em troles

a) O trole deve oferecer rápido e fácil deslizamento horizontal com mínimo esforço do cabo retrátil.

b) Evitar amassamento da carcaça por choque mecânico com final da linha ou entre aparelhos quando utilizados em uma mesma linha.

Cuidados para Linha Horizontal

A linha horizontal deve ser projetada para nunca haver contato dos trava-quedas com pontos fixos da estrutura ou cabeça do trabalhador.

A eventual colisão dos trava-quedas com pontos da estrutura amassa sua carcaça e impede a rotação do carretel interno e o bom funcionamento do aparelho.

Nos casos de utilização de dois ou mais aparelhos em linha horizontal, deve-se analisar os eventuais problemas de choque entre os aparelhos em uma mesma linha ou entre linhas paralelas, a fim de não amassar as carcaças.

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9.5.4 Trabalho em Terminal Ferroviário de Abastecimento

Considerando que, em um terminal de várias linhas, as operações de abastecimento são

localizadas em uma mesma linha transversal aos vagões-tanques, costuma-se utilizar uma única linha horizontal de trilho (viga "I"), conforme figura.

9.5.5 Inspeção dos Trava-Quedas

Os trava-quedas retráteis devem ser obrigatoriamente inspecionados antes de cada uso

fazendo-se o teste de bom funcionamento. Importante: não efetuar teste de queda livre de peso, visto que, rompendo ou danificando o

pino de segurança do destorcedor dos aparelhos, neste caso deverão ser enviados para revisão. O cabo de aço retrátil e o cinturão pára-quedista deve ser inspecionado conforma já visto e

inutilizados após reter uma queda (NBR 11370). Os trava-quedas montados em troles devem ter fácil deslocamento ao longo de toda a linha e

em nenhum caso deve haver possibilidade de amassar a carcaça do aparelho por choque mecânico.

9.6 Trava-Queda para Proteção Localizada

Indicado para proteção em trabalho com pouco deslocamento em relação ao ponto de fixação

do aparelho e quando se necessita de um travamento instantâneo, igual aos cintos automotivos.

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Deve ser usado obrigatoriamente com o cinturão de segurança tipo pára-quedista. Geralmente possui 2,5 m de fita de nylon retrátil e dois mosquetões de aço inox, abertura 20 mm. Peso: 0,8 kg. Possui fita retrátil com indicador de queda (alerta visual que informa que o aparelho já reteve uma queda e deve ser descartado).

9.6.1 Uso do Trava-Queda Retrátil

1) Só deve ser usado com o cinturão de segurança especificado no CA. Importante: a não obediência desta exigência acarreta multa de 6000 UFIR's (mais de 6000 Reais)

2) Este trava-queda deve ser fixado sempre acima da cabeça do usuário, em um ponto com resistência igual ou superior a 1500 kg (NBR 14628).

3) A carga máxima de trabalho dos trava-quedas retráteis (peso do trabalhador) é de 100 kg (NBR 14628).

4) A fita retrátil deve ser conectada à argola dorsal (costas) ou alças frontais (peito) do cinturão pára-quedista e durante o uso é necessário que fique esticada pela ação da mola interna retrátil.

5) A fita retrátil de nylon deve estar perfeita, sem cortes, furos, rupturas, parte queimadas, desfiamentos, mesmo que parciais. Os pontos de costura devem estar perfeitos, sem desfiamentos ou descosturados.

6) Este aparelho não deve ser conectado em trole, devido à sua mola retrátil muito sensível e a fita sujeita a fácil torção durante a movimentação aleatória do usuário.

7) Antes de conectar o trava-queda ao cinturão, faça o teste inicial de bom funcionamento: só use o aparelho após constatar: a) Imediato travamento da fita retrátil após ser puxada com força para fora. b) Retorno integral da fita retrátil após deixar de ser puxada.

8) O trava-queda deve ser inutilizado após retenção de uma queda, visto que obedece a

mesma especificação dos cintos automotivos.

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9.7 Trava-Queda Para Espaço Confinado

Especialmente indicado para trabalho em espaço confinado . Possui manivela de resgate que

só deve ser usada na emergência, visto que o equipamento não é projetado para movimentação constante de pessoa ou peso. Em condições normais de trabalho a manivela de resgate é mantida desativada e o aparelho funciona de forma idêntica a qualquer trava-queda retrátil.

Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio". (Subitem 33.1.2, da NR 33 do MTE).

9.7.1 Espaço Confinado com Escada

O Ministério do Trabalho e Emprego exige, para serviços em espaços confinados com escadas, equipamentos adequados que garantam em qualquer situação, conforto e segurança do trabalhador nas três operações fundamentais:

a) Fácil movimentação em escadas que obedeçam as exigências do item 18.12.5 da NR 18

do MTE. b) Proteção contra queda por meio de dispositivo trava-queda conforme exigência do Anexo

I da NR 6 do MTE. c) Rápido e fácil resgate por um só vigia, por meio de um guincho, conforme exigência do

item 33.4 da NR 33 do MTE.

Critérios Para Escolher Equipamentos com Cabo de Aço ou Corda

Para escolha adequada, devem ser considerados os seguintes aspectos:

1- Para segurança contra perigo de faísca em espaço confinado com atmosfera potencialmente explosiva é comum usar equipamentos com corda sintética ou cabo de aço com revestimento sintético.

2- Em serviços envolvendo solda, máquinas de corte ou produtos ácidos, costuma-se usar cabo de aço.

3- Em locais com risco de contato com fiação energizada, costuma-se usar corda devido

à sua baixa condutividade elétrica.

4- Nas indústrias farmacêuticas e alimentícias, é normal usar cabo de aço inoxidável.

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5- Em locais com risco de haver movimentação do cabo sobre quinas cortantes de concreto ou aço, durante uma emergência, adota-se o robusto cabo de aço com 8 mm de diâmetro, carga de ruptura de 3480 kg.

Critérios para Escolher o Suporte de Ancoragem Externo ao Espaço Confinado:

Todos os tripés e monopés devem resistir à carga estática de 15 kN conforme exigência das

normas NBR 14.626/627/628/629/751, devendo ser comprovado.

TRIPÉS

Tripé para acesso com até 1,1 m de diâmetro

Geralmente produzido em resistente liga de alumínio, altura regulável de 1,1 a 2,3 m,

distância entre pernas de 1,1 a 1,7 m. Possui duas roldanas em nylon para uso de dois aparelhos e olhal para fixação de um terceiro cabo.

Devem possuir sapatas antiderrapante, interligadas por corrente de segurança. É usado com os guinchos ou trava-queda resgatador. Pode ser fornecido em sacola de nylon

resinado para transporte e armazenagem.

Tripé para acesso com mais de 1,1 m de diâmetro

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Deve ser usado com guincho e cadeira. Geralmente produzido em tubo de aço com acabamento anti-ferruginoso. Possui uma roldana

em nylon e olhal para fixação de um segundo cabo. Base de ancoragem: a estabilidade do tripé deve ser garantida por sua base. É usado com os

guinchos ou trava-queda resgatador.

MONOPÉS

Monopé para bocais com até 1,1 m de diâmetro

Indicado para uso em base fixa (a) instalada em beirais (22 kg) ou em base móvel (b) sobre

bocais com até 1,1 m de diâmetro (44 kg). Este tipo de Monopé é giratório, para facilidade de resgate pelo vigia. Produzido em tubo de

aço, com acabamento anti-ferruginoso. É usado com os guinchos ou trava-quedas resgatador. O outro tipo de monopé é indicado para fixação em olhal ou barra horizontal, situada de 1,5 a

3,5 m do piso.

Geralmente produzido em dois tubos de resistente liga de alumínio, encaixe telescópico,

comprimento variável de 2,2 a 3,5 m. Possui olhal para um segundo cabo.

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CRITÉRIOS PARA ESCOLHER OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS

E RESGATE:

Em espaço confinado com escada existem basicamente duas alternativas de trabalho: 1) Usar um só aparelho denominado trava-queda resgatador. 2) Usar um guincho para pessoas em conjunto com um trava-queda guiado. Vejamos em detalhes as características, vantagens e restrições de cada sistema de trabalho: 1- Usar só um aparelho (Trava-queda resgatador)

Manivela de resgate normalmente fica desativada, em quanto o profissional executa o

trabalho na escada ou no espaço confinado.

Manivela de resgate só deve ser usada para efetuar resgate. Caso ocorra algum imprevisto

ou o profissional não responda ao chamado do vigia.

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Utilizando o trava-queda resgatador o trabalhador pode movimentar-se com facilidade na

escada, sem risco de queda. O cabo retrátil nunca fica frouxo, devido à ação de uma mola de retorno. Havendo movimento brusco ou desequilíbrio do trabalhador, o equipamento trava-se imediatamente e evita a queda da pessoa.

Havendo necessidade de resgatar o trabalhador durante a sua movimentação na escada ou no piso do espaço confinado, bastará o vigia ativar e movimentar a manivela de resgate.

Durante a movimentação normal do trabalhador, na escada ou no piso, o aparelho libera ou recolhe o cabo automaticamente, sem auxílio do vigia. Este só tem o trabalho de ativar a manivela de resgate e girá-la quando efetua o resgate.

Limitações: Para trabalho constante de içar ou descer pessoa ou material, deve ser usado um guincho,

visto que a manivela de resgate do trava-queda só deve ser usada na emergência. O trava-queda geralmente só tem 20 m de cabo, ou seja, não pode ser usado para

movimentações superiores a 20 m. 2- Usar um guincho para pessoas em conjunto com um trava-queda guiado

A utilização de um guincho para pessoas em conjunto com um trava-queda guiado (modelo

que atenda as exigências do MTE): O trabalhador pode movimentar-se com facilidade na escada, sem risco de queda. O cabo de

aço ou corda do trava-queda é preso no tripé ou monopé, mantendo esticado por um pequeno peso. Havendo movimento brusco ou desequilíbrio do trabalhador, o equipamento trava-se imediatamente e evita a queda da pessoa.

Havendo necessidade de resgatar o trabalhador durante a sua movimentação na escada ou

no piso do espaço confinado, bastará o vigia movimentar a manivela do guincho no sentido de recolhimento dos cabos.

Durante a descida e a movimentação horizontal do trabalhador, o vigia deve liberar o cabo em

quantidade suficiente para que se mantenha sem carga, quase esticado. Na subida do trabalhador, o vigia deve recolher o cabo sem carga, quase esticado.

Com esta liberação e recolhimento dos cabos o vigia tem um maior controle da movimentação do trabalhador dentro do espaço confinado.

Utilizando o guincho para pessoas pode-se usar cabo de aço ou cordas de grande comprimento.

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9.7.2 Trabalho Em Espaço Confinado Sem Escada

O Ministério do Trabalho e Emprego exige, para serviços em espaços confinados sem

escadas, equipamentos adequados que garantam, em qualquer situação, conforto e segurança ao trabalhador nas três operações fundamentais:

a) fácil forma de movimentação vertical. b) proteção contra queda por meio de dispositivo trava-queda conforme exigência do Anexo I

da NR 6 do MTE c) rápido e fácil resgate por um só vigia, por meio de um guincho, conforme exigência do

item 33.4 da NR 33 do MTE. Não havendo escada, a movimentação vertical, geralmente, é feita por cadeira suspensa e

em alguns casos por suporte de ombros.

Usando-se cadeira suspensa ou suporte de ombros é obrigatório utilizar um trava-queda em

linha independente. O cabo de aço corda do trava-queda deve ser preso no tripé e mantido esticado por um pequeno peso. Havendo movimento brusco do trabalhador ou rompimento do cabo de sua sustentação, o trava-queda bloqueia imediatamente a movimentação e evita o acidente.

Suporte De Ombros

O suporte de ombros deve ser utilizado apenas para pouca profundidade e pequenas

dimensões, devido ao desconforto da posição. Serve para ligação do cabo do guincho às argolas dos ombros do cinturão pára-quedistapara este fim. Deve resistir à carga de 15 kN.

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Cadeira Suspensa

O uso da cadeira suspensa oferece máximo conforto e permite pendurar material, sendo que o peso total, trabalhador mais carga, não ultrapasse 100 kg. O uso da cadeira suspensa oferece desempenho eficiente, principalmente para trabalho nas paredes ao longo do espaço confinado.

A cadeira suspensa deve ser usada em conjunto com os guinchos e obedecer às exigências do MTE (NR 18 - ítem cadeira suspensa) e da norma NBR 14.751 da ABNT.

Em alguns tipos de serviço, é necessário um constante ajuste de posicionamento do trabalhador para manuseio de equipamentos / instrumentos instalados nas paredes do espaço confinado. Nestes casos, pode ser conveniente utilizar cadeira suspensa com comando local (manivelas).

9.8 Guincho para Pessoas:

São equipamentos destinados à movimentação vertical do trabalhador em serviços constantes ou no resgate em espaço confinado.

Os guinchos para pessoas devem obedecer todos os requisitos da NBR 14.751 da ABNT,

com desempenho comprovado por laudo. Devem possuir no mínimo duas travas de segurança, conforme exigência do Ministério do

Trabalho (NR 18.15.51). Os guinchos são de fácil e seguro funcionamento: com simples rotação da manivela

movimenta-se com mínimo esforço. A capacidade de cada guincho deve ser verificada com o manual ou com o fabricando do mesmo.

Para subir: gira-se num sentido. Para descer: gira-se ao contrário. Para parar: basta tirar a

mão da manivela. Manopla da manivela dobrável para facilitar o transporte. Podem ser fixados, sem uso de ferramentas, nos tripés e monopés.

Os guinchos devem ser sempre usados em conjunto com trava-quedas. Possuem fácil transporte, os guinchos podem ser fornecidos em sacolas de nylon destinadas

para transporte e armazenagem, junto com seu cabo ou corda. Basicamente os guinchos são divididos em dois modelos: Cabo de Aço ou Corda, vale

salientar que a capacidade de cada guincho dependerá de milímetros o cabo ou corda tiverem.

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9.8.1 Instruções de Uso Dos Guinchos

1- Geralmente a carga máxima de trabalho é 120 kg (pessoa mais material de trabalho ou

carga), dependendo do fabricante . 2- Para movimentação do trabalhador em serviço constante, o guincho deve ser usado em

conjunto com trava-queda e cinturão pára-quedista (NR 18). 3- Para resgate numa emergência, permite-se o içamento do trabalhador sem uso do trava-

queda, somente com cadeira suspensa, suporte de ombros, maca ou cinturão pára-quedista.

9.8.2 Instruções para Inspeção dos Guinchos

Antes de cada uso do guincho, deve-se inspecionar: 1- Peças gastas, quebradas, trincadas ou aparência duvidosa. 2- Inspecionar o Trava-quedas guiados 3- Cinturão de segurança, e 4- Inspecionar todo o Sistema de Proteção Contra Quedas.

9.8.3 Instruções para Manutenção dos Guinchos

1 - Armazenar os guinchos limpos e abrigados das intempéries, em lugar seco. 2 - Os guinchos devem ser revisados anualmente pelo fabricante conforme exigência da

norma NBR 14.751. 3 - Manter os eixos lubrificados, através dos três furos, com óleo tipo máquina de costura.

9.9 Cadeira Suspensa

Em quaisquer atividades em que não seja possível a instalação de andaimes, é permitida a utilização de cadeira suspensa (balancim individual).

A sustentação da cadeira suspensa deve ser feita por meio de cabo de aço ou cabo de fibra

sintética (corda).

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A cadeira suspensa deve dispor de: a) sistema dotado com dispositivo de subida e descida com dupla trava de segurança, quando

a sustentação for através de cabo de aço; b) sistema dotado com dispositivo de descida com dupla trava de segurança, quando a

sustentação for por meio de cabo de fibra sintética; c) requisitos mínimos de conforto previstos na NR 17 – Ergonomia; d) sistema de fixação do trabalhador por meio de cinto. O trabalhador deve utilizar cinto de segurança tipo pára-quedista, ligado ao trava-quedas em

cabo-guia independente. A cadeira suspensa deve apresentar na sua estrutura, em caracteres indeléveis e bem

visíveis, a razão social do fabricante e o número de registro respectivo no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ.

Como já vimos é proibida a improvisação de cadeira suspensa. O sistema de fixação da cadeira suspensa deve ser independente do caboguia do

travaquedas. Trava-queda acoplado diretamente à estrutura da cadeira possibilita maior segurança e total

facilidade de movimentação vertical, eliminando as dificuldades decorrentes do trava-queda ligado às costas. Sempre é possível escolher o tipo mais adequado para qualquer que seja o trabalho com movimentação vertical.

As cadeiras devem obedecer às exigências do Ministério do Trabalho e a norma NBR 14751 da ABNT.

9.9.1 Uso das Cadeiras Suspensas

O ponto de ancoragem do cabo de sustentação da cadeira deve ser independente do ponto

de ancoragem do cabo do trava-queda e resistirem a, no mínimo, 1500 kg (NR 18 e NBR 14751). A conexão do cabo de aço da cadeira ao ponto de ancoragem deve ser feita com uso de cabo

de aço independente, corrente, mosquetão ou manilha, isto é, não se deve usar o próprio cabo de aço da cadeira para amarração (NBR 14751).

a) Enfiar a corda na argola passando pelo gancho. b) Apertar a alavanca controladora de velocidade e deixar a corda presa. c) Passar a corda no gancho de segurança.

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Procedimentos de segurança para montagem e acesso à cadeira:

a) A cadeira suspensa e seu trava-queda integrado devem ser preparados para

funcionamento por um trabalhador habilitado e protegido por cinturão pára-quedista e talabarte de corrente ( máximo 2 m) ligado à sua argola dorsal ou frontal ( Fig.a).

b) O trabalhador só deve sentar-se à cadeira com o talabarte de corrente ligado ao seu cinturão ( Fig.b).

c) O trabalhador só deve soltar-se do talabarte de corrente após ligar seu cinturão à cadeira (fig.c).

NOTA: para sair da cadeira deve-se fazer o procedimento inverso.

9.9.2 Instrução para Inspeção das Cadeiras

Antes de cada uso, inspecionar: 1- As cadeiras suspensas não devem ter peças gastas, tortas, quebradas, trincadas ou

aparência duvidosa. 2- Os componentes como: Trava-quedas guiados e cinturão de segurança devem ser

inspecionados conforme já vimos. 3- A cadeira de descida não devem apresentar excessivo desgaste das partes metálicas

pela movimentação da corda de nylon. A alavanca de freio não deve ter folga em seu eixo e o freio deve deixar a cadeira imóvel quando o trabalhador nela estiver sentado com seu material de trabalho.

4- As cadeiras devem ter as manoplas e travas com perfeita mobilidade. É importante desmontar as manoplas, lavá-las e engraxá-las após o uso de produtos químicos corrosivos ou pastoso "tipo epóxi", para evitar engripamento das travas.

5- As cadeiras devem ter os dentes das engrenagens em perfeito estado. A corda da cadeira ou o cabo de aço da cadeira devem ser colocados corretamente conforme figura.

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9.9.3 Instruções para Manutenção das Cadeiras

1- Armazenar as cadeiras suspensas limpas e abrigadas das intempéries em lugar seco. 2- Desmontar, lavar e engraxar as manoplas das cadeiras após uso de produtos químicos

corrosivos ou pastosos "tipo epóxi". 3- As cadeiras suspensas devem ser revisadas anualmente pelo fabricante conforme

exigência da norma NBR 14751.

9.9.3 Formas de Fixação dos Cabos de Aço e Cordas para Cadeira Suspensa

As normas NBR 14626, 14627, 14628 e 14751 da ABNT exigem que os cabos e as cordas

das cadeiras e trava quedas sejam fixados em pontos ou suportes de ancoragem que resistam, no mínimo, 1.500 kg.

Fixação dos Cabos de Aço ou Cordas Sem Uso de Suportes

Nesse caso, não há distância entre os cabos e a fachada, sendo possível a movimentação da cadeira, com facilidade, do solo ao penúltimo andar.

As cordas devem ser protegidas da quina da parede por meio de material flexível, tipo

borracha. Os cabos de aço das cadeiras e dos trava-quedas não devem ser apoiados nas quinas,

mesmo com proteção, tipo borracha, visto que sofrem deformação permanente e ficam com a resistência comprometida. Para sua correta fixação é necessário usar corrente ou outro cabo de aço (com diâmetro maior) ligados por meio de mosquetão ou manilhas.

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Fixação dos Cabos de Aço ou Cordas Com Uso de Suportes

Utilizando-se os suportes que deixam os cabos distanciados cerca de 30 cm da fachada, é

possível movimentar-se com facilidade do solo ao último andar.

Modernos e práticos os sistemas suportes de trabalho em fachadas, possibilitam

movimentação da base de ancoragem, no terraço, por um só homem. Estes tipos de equipamentos geralmente são elaborados para atende todas as exigências de segurança do Ministério do Trabalho e das normas da ABNT. Resistem à carga de 15 kN (1500 kg). Fácil transporte por elevador ou escada. Montagem e desmontagem em geralmente 10 minutos.

Existem vários modelos e fabricantes de suportes para trabalhos em fachadas, mas para fins

didáticos apresentaremos o suporte móvel modelo ST1, sua base de ancoragem (40kg) possui rodas com revestimento de poliuretano, alojamento para 18 contrapesos de 25 kg, conexão com diversas opções de montagem a uma viga ou duas na posição horizontal, conforme altura do beiral do terraço. Cada viga com 2,50 m pesa 30 kg.

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9.10 Trabalho em Torres e Estruturas

Os serviços executados em estruturas elevadas eram realizados com o cinturão de segurança

abdominal e toda a movimentação era feita sem um ponto de conexão, isto é, o trabalhador só teria

segurança quando estivesse amarrado à estrutura, estando susceptível a quedas.

Este tipo de equipamento, devido a sua constituição não permitia que fossem adotados novos

procedimentos quanto à escalada, movimentação e resgate dos trabalhadores.

Com a preocupação constante em relação à segurança dos trabalhadores, a legislação atual

exigiu a aplicação de um novo sistema de segurança para trabalhos em estruturas elevadas que

possibilitam outros métodos de escalada, movimentação e resgate.

A filosofia de trabalho adotada é de que em nenhum momento, nas movimentações durante a

execução das tarefas, o trabalhador não poderá ficar desamarrado da estrutura.

Atualmente, na América do Norte e na Europa, está sendo usado um novo sistema de

trabalho denominado Trava-Queda Y Retrátil, que permite fáceis e seguras movimentações aleatórias no alto de torres e estruturas, usando a ligação dorsal do cinturão pára-quedista. Este sistema de trabalho é complementado com o uso do trava-queda guiado em cabo de aço vertical, fixo ao longo da torre ou estrutura, que é o meio mais prático, seguro e rápido para descida e subida.

Estes travas quedas Y Retráteis são de fácil conexão dorsal, com dupla trava de segurança, ao cinturão, sem auxílio de ferramentas.

Como se sabe o talabarte Y com duas fitas de segurança e um absorvedor de energia é bem conhecido por sua vantagem de proteção contínua com fácil movimentação aleatória.

Porém é também conhecido por sua grande desvantagem: em caso de retenção de uma queda, o deslocamento vertical do usuário pode chegar a 5,75m ( norma europeia EN 355 e norma brasileira NBR 14629) ou seja o usuário pode cair até dois andares e sofrer lesões no choque com as estruturas.

Este novo Trava-Queda Y Retrátil reduz a distância de queda em, praticamente , um centímetro.

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9.10.1 Características do Trava-Queda Y Retrátil

Cada fita retrátil trabalha independentemente, libera e retrai automaticamente um total de 2,5

m de fita, proporcionando proteção constante e fácil mobilidade ao usuário. Possui carcaça de nylon super-resistente, com bordas arredondadas para conforto de uso. Possui indicador de queda para cada fita retrátil, que permite verificar que o aparelho reteve

uma queda e necessita de revisão.

9.10.2 Planejamento do Trabalho

Todo serviço realizado em torres e estruturas exige um planejamento dos seguintes itens:

Tipo da torre ou estrutura, estado dos componentes e resistência dos pontos de ancoragem.

Definição da movimentação visando deslocamento racional, distante de rede elétrica e garantindo-se resistência mecânica de todos os pontos de ancoragem de, no mínimo, 1500 kg.

Controle médico e qualificação técnica dos trabalhadores para serviço nessa área de alta periculosidade.

Condições climáticas satisfatórias para liberar trabalho, visto que é proibido com chuva e vento.

Deve ser usado capacete de segurança com jugular e outros EPIs de acordo com a tarefa.

Definição dos equipamentos onde é conveniente usar ligação frontal do cinturão pára-quedista, conforme os seguintes exemplos:

9.11 Trabalho em Telhados

Muitos trabalhadores executam suas tarefas com exigência, porém se esquecem da sua própria segurança. É fácil observar um trabalhador andando sobre um telhado como se estivesse caminhando em uma calçada qualquer, sem capacete de segurança, manipulando telhas sem luvas e por fim caminhando sobre uma superfície estreita com a sua caixa de ferramentas à mão, correndo o risco de cair de uma altura superior a três metros.

Nunca saberemos as reais condições de um telhado, até porque essa superfície está exposta

aos raios solares, chuva e até defeitos de fabricação invisíveis aos olhos, que podem fragilizar as telhas com o passar do tempo. O trabalho em telhado exige planejamento prévio, EPI adequado e passarelas para aumentar a resistência das telhas e evitar que o trabalhador sofra acidentes. Não

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importa quanto tempo é necessário para montar e desmontar um aparato de segurança, o importante é evitar que o trabalhador se exponha a riscos desnecessários.

O trabalhador não deve sob nenhuma hipótese caminhar sobre superfícies estreitas, pois o

risco de queda é alto. Normalmente esses locais são revestidos com pedras naturais ou chapas metálicas para dar acabamento, deixando a superfície sem aderência, além de o trabalhador correr o risco de sofrer um mal súbito enquanto caminha.

O objetivo deste estudo é apresentar os procedimentos de segurança a serem observados na

realização de trabalhos em telhados, levando-se em conta as exigências do Ministério do Trabalho e Emprego e normas da ABNT, para evitar quedas de nível causadas basicamente pelos seguintes motivos:

rompimento de telhas por baixa resistência mecânica;

tábuas mal posicionadas;

escorregamentos em telhados úmidos, molhados ou com acentuada inclinação;

mal súbito do funcionário ou intoxicação decorrentes de gases, vapores, ou poeiras no telhado;

calçados inadequados e/ou impregnados de óleo ou graxa;

inadequado içamento de telhas e transporte sobre o telhado;

locomoção sobre coroamento dos prédios;

escadas de acesso ao telhado sem a devida proteção;

falta de sinalização e isolamento no piso inferior; trabalho com chuva ou vento;

precariedade nos acessos aos telhados.

ofuscamento por reflexo do sol;

9.11.1 Planejamento do trabalho em Telhado

Todo serviço realizado sobre telhado exige um rigoroso planejamento, devendo

necessariamente ser verificado os seguintes itens:

Tipo de telha, seu estado e resistência. Materiais e equipamentos necessários à realização dos trabalhos;

Definição de trajeto sobre o telhado visando deslocamento racional, distante de rede elétrica ou área sujeita a gases, vapores e poeiras;

Sinalização e isolamento da área prevista para içamento e movimentação de telhas;

Definição dos materiais, ferramentas e equipamentos (EPIs) necessários à realização do trabalho;

Necessidade de montagem de passarelas, escadas, guarda-corpos ou estruturas sobre o telhado para facilitar manutenção de telhas, calhas, clarabóias, chaminés, lanternis, etc;

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Definição dos locais para instalação de cabo-guia ou cabo de segurança para possibilitar uso do cinturão de segurança conforme exigência do Ministério do Trabalho e Emprego;

Controle médico e qualificação técnica dos trabalhadores para serviços nessa área de alta periculosidade;

Condições climáticas satisfatórias para liberar trabalho em telhado, visto que é proibido com chuva ou vento; programar desligamento de forno ou outro equipamento do qual haja emanação de gases e estão sob o telhado em obras;

Orientar os trabalhadores e proibir qualquer tipo de carga concentrada sobre as telhas, visto que é o motivo principal de graves acidentes.

9.11.2 Durante o trabalho

Proibir carga concentrada

As telhas de fibrocimento, alumínio ou barro não foram projetadas para suportar cargas concentradas. Seus fabricantes advertem para não pisar ou caminhar diretamente sobre elas. Considerando que a maior parte dos acidentes em telhados ocorrem por rompimento mecânico de seus componentes, motivados por concentração excessiva de pessoas ou materiais num mesmo ponto, é recomendado:

Ao utilizar escada portátil, subir uma pessoa de cada vez; seu comprimento não pode ser superior a 7 metros

Nunca pisar diretamente nas telhas

Nunca pisar, apoiar passarelas metálicas ou tábuas sobre telhas translúcidas flexíveis. Elas não foram projetadas para suportar pesos;

Nunca permitir concentrar mais de uma pessoa num mesmo ponto do telhado ou mesma telha;

O beiral do telhado não suporta peso de pessoas ou cargas;

Todo material usado deve ser imediatamente removido após conclusão do serviço;

Equipamentos de Proteção Individual - EPI

Todo funcionário que executar serviço em telhado deve usar os seguintes equipamentos:

Sapato de segurança com solado antiderrapante;

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Óculos de segurança com proteção lateral. Quando houver risco de ofuscamento pelo reflexo do sol em telhas de alumínio ou outras superfícies refletoras, usar lentes escuras especificas para este fim.

Capacete de segurança com jugular. Deve-se sempre utilizar a jugular do capacete para evitar que o mesmo caia.

Cinturão de segurança tipo pára-quedista, conectado a cabo, corda ou trilho de aço por meio de dispositivos que possibilitem fácil movimentação sobre toda a área de trabalho;

Luva de raspa;

E outros equipamentos de segurança pendendo da tarefa a ser executada.

Içamento de telhas

As telhas devem ser suspensas uma a uma, amarradas como mostra a figura abaixo. Lembre-se de fazer o nó (circulo vermelho) acima do centro de gravidade da carga que evitará seu tombamento.

Escadas de acesso aos telhados

Devem ser equipadas com linhas verticais de segurança para uso de trava-quedas. Nas

escadas é possível fazer instalação permanente de cabo de aço galvanizado ou inox.

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Tábuas ou Passarela para Telhado

Para se andar sobre as telhas geralmente se usa tábuas para impedir a queda ou até a

quebra das telhas. Deve se usar uma tábua com largura suficiente para uma boa distribuição no telhado. Vale salientar que já existem no mercado passarelas especificas para esse fim, proporcionando maior segurança e conforto para os profissionais de irão trabalhar em telhados.

Vejamos o modo correto de colocar a Tábua ou Passarela:

Em telhados inclinados devem-se fazer degraus ou utilizar passarela especifica para telhados

inclinados. As passarelas possuem a superfície de contato com o telhado lixada para melhor aderência.

Dependendo da inclinação do telhado e/ou telhas com superfícies úmidas e escorregadias é recomendável utilizar correntes galvanizadas com elos tipo de 3 mm de diâmetro fixadas na cumeeira e conectadas por mosquetões aos olhais existentes nas passarelas, conforme figura abaixo.

As correntes não devem ser conectadas à linha de segurança para não impedir a

movimentação dos trabalhadores em toda a área do telhado.

9.11.3 Linha de Segurança

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O MTE exige por meio da NR 18.18 que, nos telhados, seja instalada a linha de segurança para movimentação do trabalhador com cinturão de segurança tipo pára-quedista. A linha de segurança pode ser temporária ou permanente.

Linha de Segurança Temporária

A Linha de Segurança Temporária é também conhecida como Linha de Vida. É de fácil montagem e desmontagem, para utilização em vários locais.

Linha de Segurança Temporária são linhas horizontais constituídas de corda, cabo ou trilho

de aço, com resistência em qualquer ponto, a uma carga de, no mínimo, 1500 kg, destinadas a dar mobilidade com segurança a um ou mais trabalhadores que efetuam movimentação horizontal com risco de queda.

Este sistema temporário de segurança pode ser fácil e rapidamente montado a partir de

pontos de ancoragem previamente instalados. Quando não houver os pontos de ancoragem previamente instalados devem ser instalados corretamente.

A Linha de Segurança é constituída de duas linhas de segurança divididas em Linha primária e secundária. A linha primária é ligada ao ponto de ancoragem, a linha secundária é ligada na linha primária como exemplo na figura.

Linha de Segurança Fixa

Geralmente, a linha permanente de segurança é constituída de cabo de aço galvanizado com

diâmetro de 3/8 instalado na cumeeira. Para movimentação sobre todo o telhado a linha secundária, geralmente, é constituída pela

corda de nylon trançada de 12 mm de diâmetro com o mosquetão para deslocamento horizontal ao longo da linha primária. A subida ou descida no telhado ou rampa deve ser feito com o manuseio do trava-queda. Outra forma de trabalho sobre todo o telhado pode ser feita com o Trole movimentando-se na linha Primária de cabo de aço de 3/8", com o trava-queda retrátil.

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9.12 Cabo de Aço

9.12.1 Uso do Cabo de Aço

Os cabos de aço utilizados nas cadeiras suspensas, guinchos e trava-quedas, são de

construção 6x19, galvanizados ou inoxidáveis. São 6 pernas com 19 arames cada, torcidas em torno de uma alma que pode ser de fibra ou aço.

Medição do diâmetro: o diâmetro do cabo de aço é aquele da sua circunferência máxima.

Manuseio do cabo de aço: o cabo de aço deve ser enrolado e desenrolado corretamente, a

fim de não ser estragado facilmente por deformações permanentes e formação de nós fechados. Se o cabo for manuseado de forma errada, ou seja, enrolado ou desenrolado sem girar o rolo ou o carretel, o cabo ficará torcido e formará laço. Com o laço fechado (posição 2), o cabo já estará estragado e precisará ser substituído ou cortado no local.

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Importante: mesmo que um nó esteja aparentemente endireitado, o cabo nunca poderá

render serviço máximo, conforme a capacidade garantida. O uso de um cabo com este defeito torna-se perigoso, podendo causar graves acidentes.

Superlaço: os cabos de aço devem ser fornecidos com olhal tipo superlaço, de máxima

segurança, inviolável por lacre prensado industrialmente com sapatilha protetora. A construção deste superlaço é detalhado nas figuras abaixo.

Importante: mesmo sem o lacre e a sapatilha protetora, o olhal já suporta uma carga superior

à carga de trabalho do cabo (posição 5).

9.12.2 Inspeção:

Antes de cada uso, o cabo de aço deve ser inteiramente inspecionado quanto aos seguintes problemas:

1. Formação de nó fechado, em decorrência de manuseio incorreto.

2. Número de arames rompidos:

Cabo de aço com 4,8 mm de diâmetro: deve ser inspecionado em trechos de 3 cm de comprimento e substituído se, em um trecho, tiver 6 arames rompidos ou se, em uma única perna, tiver 3 arames rompidos.

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Cabo de aço com 8 mm de diâmetro: deve ser inspecionado em trechos de 5 cm de comprimento e substituído se, em um trecho, tiver 6 arames rompidos ou se, em uma única perna, tiver 3 arames rompidos.

3. Corrosão: quando se verificar a incidência de corrosão na galvanização.

Atenção:

1) Havendo problemas em todo o cabo, ele deve ser aposentado. Havendo problemas localizados, ele pode ser cortado e usado.

2) Ao se observar um cabo de aço, se for encontrado algum outro defeito considerado grave, o cabo deve ser substituído, mesmo que o número admissível de arames rompidos não tenha atingido o limite encontrado na tabela, ou até mesmo sem ter nenhum arame rompido.

A inspeção visual de um cabo se sobrepõe a qualquer norma ou método de substituição dos mesmos.

9.12.3 Manutenção:

1) Mantê-lo: afastado de produtos químicos nocivos (ácidos), abrasivos e cantos afiados.

2) Armazená-lo: em local seco, por meio de carretel, para fácil manuseio, sem torção estrutural.

3) Olhal com grampos: os cabos de aço poderão ter olhal confeccionado com grampos de aço galvanizados (fig. abaixo), conforme tabela abaixo:

Para cabo de aço com diâmetro de 4,8 mm, usa-se 3 grampos de 3/16” com espaçamento entre si de 29 mm.

Para cabo de aço com diâmetro de 8 mm, usa-se 3 grampos de 5/16” com espaçamento entre si de 48 mm.

Os grampos devem ser montados de maneira correta e reapertados após o uso do cabo de aço.

Alguns modelos de cabos de aço não podem ser lubrificados, para evitar escorregamento dos aparelhos. (da cadeira suspensa)

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9.13 Cordas de Segurança

9.13.1 Uso das Cordas de Segurança

As cordas utilizadas para sustentação da cadeira suspensa, trava-queda e cinturão de segurança deverão obedecer as seguintes especificações do Ministério do Trabalho e Emprego (NR 18.16.6):

a) Deve ser constituído de trançado triplo e alma central.

b) Trançado externo em multifilamento de poliamida.

c) Trançado intermediário e o alerta visual de cor amarela em multifilamento de polipropileno ou poliamida com o mínimo de 50% de identificação, não podendo ultrapassar a 10% da densidade linear.

d) Trançado interno em multifilamento de poliamida.

e) Alma central torcida em multifilamento de poliamida.

f) Construção dos trançados em máquina com 16, 24, 32 ou 36 fusos.

g) Número de referência: 12 ( diâmetro nominal em mm).

h) Densidade linear 95 + 5 KTEX ( igual a 95 + 5 g/m).

i) Carga de ruptura mínima de 20 kN.

j) Carga de ruptura mínima de segurança sem o trançado externo 15 kN.

Importante: uso de corda diferente da acima especificada é de responsabilidade do usuário,

podendo provocar graves acidentes.

9.13.2 Inspeção:

Antes de cada uso, a corda deve ser inteiramente inspecionada.

Inspeção externa: a capa da corda deve estar perfeita, diâmetro constante, sem cortes, fios partidos, partes queimadas, sem desgastes significativos por abrasão e sem suspeita de contaminação por produto químico nocivo à sua estrutura.

Inspeção interna: palpando-a em todo o comprimento, a corda não deve apresentar caroço, inconsistência à dobra, emagrecimento da alma (parte interna), movimentação ou folga entre capa e alma.

Importante: havendo problemas em toda a corda, ela deve ser aposentada. Havendo

problemas localizados, ela pode ser cortada e usada.

9.13.3 Manutenção:

A corda de segurança deve ser usada por um único trabalhador, com as cordas devemos tomar os seguintes cuidados:

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1) Mantê-la: limpa, afastada de produtos químicos nocivos (ácidos), cantos afiados e piso das obras.

Jamais pisá-la com sapatos sujos: partículas de areia, terra e pó penetram nas fibras e causam grande desgaste dos fios durante o uso.

Recomenda-se armazenar a corda em carretel para fácil manuseio, sem torção estrutural.

2) Armazená-la: em local seco, à sombra, sem contato com o piso de cimento, fontes de calor, produtos químicos, abrasivos ou cortantes.

3) Lavá-la: com sabão neutro, água com temperatura de até 30° e escova com cerdas macias (plásticas). Nunca use detergente. Deixar secar ao ar livre, longe da luz solar.

4) Aposentá-la: as cordas geralmente são fabricadas em poliamida, produto que envelhece naturalmente em contato com o ar, mesmo sem serem usadas.

Teoricamente, a vida útil da corda não pode ser preestabelecida, dependendo muito da

frequência e cuidados durante o uso, grau de exposição a produtos químicos, elementos abrasivos e luz solar.

Praticamente, para as cordas de poliamida, adota-se uma vida útil de, no máximo, quatro anos após sua fabricação. Em situações bastante severas de trabalho, costuma-se aposentá-la após um ano de uso.

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10 INSPEÇÃO DE SEGURANÇA

10.1 Conceito e Importância

A inspeção de segurança consiste na observação cuidadosa dos ambientes de trabalho, com

o fim de descobrir, identificar riscos que poderão transformar-se em causas de acidentes do trabalho

e também com o objetivo prático de tomar ou propor medidas que impeçam a ação desses riscos.

A inspeção de segurança se antecipa aos possíveis acidentes, mas quando repetidas,

alcançam outros resultados: favorecem formação e o fortalecimento do espírito prevencionista que os

empregados precisam ter; servem de exemplo para que os próprios trabalhadores exerçam, em seus

serviços, controles de segurança; proporcionam uma cooperação mais aprofundada entre os

Serviços Especializados e CIPA’s e os diversos setores da empresa; dão aos empregados a certeza

de que a direção da empresa e o poder público (no caso das inspeções oficiais ) têm interesse na

segurança do trabalho.

Quando se fala das atividades prevencionistas, não se pode deixar de destacar as inspeções de segurança

Toda inspeção segue um ciclo de procedimentos básicos que contribui para a elaboração do

mapeamento de riscos, ou seja, uma metodologia de inspeção dos locais de trabalho tornada obrigatória a partir da publicação da Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho NR-9 (Programas de Prevenção de Riscos Ambientais), de 17/8/92.

Os acidentes são evitados com a aplicação de medidas específicas de segurança,

selecionadas de forma a estabelecer maior eficácia na prática. As prioridades são: Eliminação do risco: significa torná-lo definitivamente inexistente. Por exemplo: uma escada

com piso escorregadio apresenta um sério risco de acidente. Esse risco poderá ser eliminado com a troca do material do piso por outro, emborrachado e antiderrapante.

Neutralização do risco: o risco existe, mas está controlado. Essa alternativa é utilizada na

impossibilidade temporária ou definitiva da eliminação de um risco. Por exemplo: as partes móveis de uma máquina polias, engrenagens, correias etc. devem ser neutralizadas com anteparos protetores, uma vez que essas partes das máquinas não podem ser simplesmente eliminadas.

Sinalização do risco: é a medida que deve ser tomada quando não for possível eliminar ou

isolar o risco. Por exemplo: máquinas em manutenção devem ser sinalizadas com placas de advertência; locais onde é proibido fumar devem ser devidamente sinalizados.

10.2 Tipos de Inspeções

10.2.1 Inspeções de Rotina (Diárias)

Visam detectar e eliminar riscos comuns, já conhecidos tanto do ponto de vista do

equipamento como pessoal, exemplo:

Falta de uso de EPI ou inexistência do mesmo;

Uniformização;

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Remoção de proteção de máquina;

Ordem. Arrumação e limpeza;

10.2.2 Inspeções Periódicas

Devem ser programadas para serem feitas em intervalos regulares (semanais / mensais /

bimestrais / trimestrais). Podem incluir a inspeção de toda a empresa, de um departamento, uma seção, certos tipos

de operações, determinados equipamentos e aspectos relativos a higiene, sendo necessária a elaboração de um relatório final.

Aspectos “políticos” e participação dos principais envolvidos (produção, supervisão,

manutenção, líderes, membros da cipa, convidados imparciais não acostumados e não viciados com o local da inspeção).

Método de inspeção do sinal da cruz (em cima, em baixo, direita, esquerda). Equipamentos de segurança, hidrantes, mangueiras, proteções, EPI´s.

10.2.3 Inspeções Especiais Ou Antecipadas

Requer conhecimentos técnicos bem como em alguns casos a utilização de aparelhos especializados, exemplos:

Penetração em reservatórios;

Manutenção em equipamentos tais como caldeiras, vasos pressurizados, elevadores.

Manutenção elétrica e civil - seja por firmas empreiteiras ou não.

10.3 Levantamento das Causas dos Acidentes

Alguns atos inseguros podem ocorrer durante uma inspeção de segurança. Os processos educativos, a repetição das inspeções, as campanhas e outros recursos se prestarão a reduzir sensivelmente a ocorrência de tais atos.

Quanto às condições inseguras, elas se tornam mais aparentes, mais visíveis, mais notadas porque são situações concretas, materiais mais duráveis que alguns atos inseguros que, às vezes, aconteceu em poucos segundos.

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11 PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Acidente zero! Essa é uma meta que todas as empresas devem procurar alcançar. Prevenir um acidente significa vê-lo antecipadamente; chegar antes que o mesmo aconteça;

tomar providências cabíveis para que o acidente não tenha possibilidade de ocorrer. Nesta unidade analisaremos as principais medidas preventivas, de alcances individuais e coletivos, que visam à proteção do trabalhador.

11.1 O efeito dominó e os Acidentes de Trabalho

Um dos fatos já comprovados de suas causas dos acidentes é que, quando um acidente acontece, vários fatores entraram em ação antes.

Heinrich, em seu livro Industrial AccidentPrevention, sugere que a lesão sofrida por um trabalhador, no exercício de suas atividades profissionais, obedece a uma sequência de cinco fatores:

hereditariedade e ambiente social

causa pessoal

causa mecânica

acidente

lesão

A hereditariedade refere-se ao conjunto de características genéticas. Da mesma forma, certas características psicológicas também são transmitidas dos pais para os filhos, influenciando o modo de ser de cada um.

Ambiente Social influência nos hábito das pessoas. É fácil de observar com que facilidade

uma nova moda se espalha e “pega”. Ora a onda é usar cabelos longos, ora usar a cabeça raspada. Já houve a época da minissaia, das roupas hippies e hoje impera a moda do “cada um na sua”. Esses exemplos servem para ilustrar quanto o ambiente social afeta o comportamento das pessoas.

Causa Pessoal está relacionada com a bagagem de conhecimentos e habilidades e com as condições de momento que cada um está atravessando. A probabilidade de envolvimento em acidentes aumenta quando se está triste ou deprimido, ou quando se vai desempenhar uma tarefa para a qual não se tem o preparo adequado.

A causa mecânica diz respeito às falhas materiais existentes no ambiente de trabalho.

Quando o equipamento não apresenta proteção para o trabalhador, quando a iluminação do ambiente de trabalho é deficiente ou quando não há boa manutenção do maquinário, os riscos de acidente aumentam consideravelmente.

Quando um ou mais dos fatores anteriores se manifestam, potencializa a ocorria do acidente

que pode provocar ou não lesão no trabalhador.

11.1.1 O que se pode fazer para evitar que os acidentes ocorram ?

Como vimos uma maneira de evitar os acidentes é controlar os fatores que o antecedem. Não é possível interferir nas características genéticas de uma pessoa, mas é possível

influenciar sua conduta proporcionando um ambiente social rico em exemplos positivos.

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A educação e o treinamento do trabalhador para o exercício de suas funções são recursos importantíssimos para reduzir o risco de acidentes.

Um trabalhador que conhece bem o seu trabalho e o desempenha com seriedade, atento às normas de segurança, está muito menos sujeito a um acidente do que um trabalhador desleixado, que não mostra preocupação com a qualidade de seu trabalho.

O fator central, mais próximo do acidente, é a causa mecânica! A remoção da causa

mecânica é o fator que mais reduz a probabilidade de um acidente ocorrer.

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12. ACIDENTES TÍPICOS EM TRABALHOS EM ALTURA

Boa parte dos acidentes com trabalho em altura poderia ser evitada. Quando se fala neste

tipo de risco geralmente as pessoas leigas no assunto lembram da construção civil. Mas até mesmo uma simples troca de lâmpada pode configurar trabalho em altura.

Os trabalhos em altura são uma das maiores causas de acidentes de trabalho, tanto na construção civil como em outros ramos de trabalho. Estes acidentes sejam com lesões, afastamentos ou óbitos, todos são graves como todo e qualquer acidente.

Sejam por falta de informação ou por descumprimento da lei muitas empresas deixam de fornecer os equipamentos de proteção individual (EPIs), treinamentos e até mesmo não instituem os programas exigidos pelas Normas Regulamentadoras (PPRA, PCMSO ou PCMAT), não garantindo aos seus colaboradores um ambiente de trabalho com condições seguras. Os colaboradores por sua vez acabam se acidentando, até muitas vezes por fatores pessoais que o levam a acreditar que não irá lhe acontecer nada de errado.

A construção civil é umas das recordistas em acidentes dentro da gama de atividades laborais no nosso país, apesar das leis e normas técnicas vigentes e a fiscalização, os acidentes continuam crescentes, devido à falta de mão de obra especializada e de consciência sobre os procedimentos seguros.

As estatísticas de acidentes demonstram que o trabalho de carregamento em caminhões, principalmente durante a operação de enlonamento, sem a devida proteção contra quedas, também é um dos principais responsável por graves acidentes nesta área.

Geralmente as causas dos acidentes no ramo de trabalho em altura ocorrem pela não

utilização dos EPIs, juntamente com: Perda de equilíbrio do trabalhador à beira do espaço, sem proteção. (Escorregão, passo em

falso etc.)

Falta ou Falha de uma instalação ou de um dispositivo de proteção. (Quebra de suporte ou

ruptura de cabo de aço).

Método impróprio de trabalho

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Contato acidental com condutor ou massa sobtensão elétrica.

Trabalhador não apto ao trabalho em altura (Problemas de Saúde).

Deste modo devemos colocar em prática todo o conhecimento técnico para que haja a

prevenção destes acidentes, implantando métodos de trabalho, treinamentos e medidas preventivas que proporcionem segurança para todos os trabalhadores.

Deve-se cobrar também a obrigação do empregador de mostrar os riscos existentes nas atividades dos funcionários e o treinamento sobre as medidas preventivas que devem aplicar para prevenir acidentes no desempenho do trabalho. Devem divulgar obrigações e proibições que os empregados devam cumprir e dar conhecimento aos empregados de que serão passíveis de punição, pelo descumprimento das normas de segurança e saúde expedidas.

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13 PRIMEIROS SOCORROS

O curso da NR-35 por se tratar do trabalho em Altura, tem os primeiros socorros de um modo

geral, voltado para este seguimento. Salientamos que o curso de primeiro socorros é bem amplo e

especifico, não tendo este modulo (NR-35), o objetivo de substituir um curso de primeiros socorros,

pois somente com um curso completo e especifico de primeiros socorros a pessoa terá o

conhecimento profundo das técnicas para diversas situações que podem ocorrer no dia-a-dia.

Primeiros Socorros são as primeiras providências tomadas no local do acidente. É o

atendimento inicial e temporário, até a chegada de um socorro profissional. Geralmente presta-se

atendimento no próprio local.

As providências a serem tomadas inicialmente são:

Uma rápida avaliação da cena e vítima;

Aliviar as condições que ameacem a vida ou que possam agravar o quadro da vítima,

com a utilização de técnicas simples;

Acionar corretamente um serviço de emergência local.

Apesar das medidas de segurança comumente adotadas no ambiente de trabalho e dos

cuidados que as pessoas têm com suas próprias vidas, nem todos os acidentes podem ser evitados

porque nem todas as causas podem ser controladas. Assim, os riscos de acidente fazem parte do

nosso cotidiano, o que requer a presença de pessoas treinadas para atuar de forma rápida.

Cada vez se investe mais na prevenção e no atendimento às vítimas. Mas, por mais que se

aparelhem hospitais e pronto-socorros, ou se criem os Serviços de Resgate e SAMUs – Serviços de

Atendimento Móvel de Urgência – sempre vai haver um tempo até a chegada do atendimento

profissional. Nesses minutos, muita coisa pode acontecer. Nesse tempo, as únicas pessoas

presentes são as que foram envolvidas no acidente e as que estavam ou passaram pelo local.

Somente a equipe especializada é composta por socorristas, ou seja, socorrista é a pessoa

que esta preparada, treinada e habilitada a fazer os primeiros socorros e transporte de acidentados.

A pessoa que presta os primeiros socorros em casos de acidentes ou mal súbitos deve ter

noções de primeiros socorros. Esta função é importante, pois pode manter a vítima viva até a

chegada do socorro adequado, bem como não ocasionar outras lesões ou agravar as já existentes.

A pessoa que presta os primeiros socorros deve agir com bom senso, tolerância, calma e ter

grande capacidade de improvisação.

Prestar os primeiros socorros é uma atitude humana, que requer coragem e o conhecimento

das técnicas adequado capazes de auxiliar numa emergência. O socorro imediato evita que um

ferimento se agrave ou que uma simples fratura se complique, ou que um desmaio resulte na morte

do acidentado.

É comum que as pessoas sintam-se incomodadas e até não gostem de socorrer uma pessoa

estranha. Mas não se esqueça de que você, parentes ou amigos também podem ser vítimas de

acidentes ou de um mal súbito.

Os Primeiros Socorros ou socorro básico de urgência são as medidas iniciais e imediatas

dedicadas à vítima, fora do ambiente hospitalar, executadas por qualquer pessoa treinada, para

garantir a vida, proporcionar bem-estar e evitar agravamento das lesões existentes.

O conhecimento e a aplicação dos primeiros socorros têm como objetivo fundamental salvar

vidas. Se você não tiver condições emocionais de prestar socorro direto à vítima, procure por alguém

que o auxilie no atendimento e, em seguida, acione os serviços especializados: médicos,

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ambulâncias, SAMU e bombeiros. Não deixe uma pessoa acidentada sem uma palavra de apoio nem

um gesto de solidariedade, nem deixe de adotar os procedimentos cabíveis.

Existem várias maneiras de ajudar em um acidente, até um simples ato de chamar

assistência especializada como, ambulância e bombeiros, é de suma importância para o atendimento

adequado. Ao pedir ajuda, deve procurar passar o máximo de informações, como endereço do

acidente, ponto de referencia, sexo da vitima, idade aproximada, tipo de acidente e numero de

vitimas. Prestar os primeiros socorros não significa somente fazer respiração artificial, colocar um

curativo num ferimento ou levar uma pessoa ferida para o hospital. Significa chamar a equipe

especializada (Bombeiros, SAMU), pegar na mão de alguém que está ferido, tranquilizar os que

estão assustados ou em pânico, dar um pouco de si.

13.1 Procedimentos Gerais

Um atendimento adequado depende antes de tudo de uma rápida

avaliação da situação, que indicará das prioridades.

A pessoa que esta preparada e treinada, deve fazer uma observação

detalhada da cena, certificando-se de que o local onde se encontra a vítima está

seguro, analisando a existência de riscos, como desabamentos, atropelamentos,

colisões, afogamento, eletrocução, agressões entre outros.

Somente depois de assegurar-se da segurança da cena é que a pessoa deve ser aproximar

da vítima para prestar assistência. Não adianta tentar ajudar e, em vez disso se tornar mais uma

vítima. Lembre-se Primeiro você, depois sua equipe e por ultimo a Vítima.

Antes de examinar a vítima, a pessoa deve se proteger para evitar riscos de contaminação

através do contato com sangue, secreções ou por produtos tóxicos. Por isso é importante a utilização

de kits de primeiros socorros como; luvas, óculos, máscaras entre outros. Na ausência desses

dispositivos, vale o improviso com sacos plásticos, panos ou outros utensílios que estejam

disponíveis.

Sempre que possível, deve-se interagir com a vítima, procurando acalmá-la e, ao mesmo

tempo, avaliar suas condições enquanto conversa com ela.

Uma vez definida e analisada a situação, a ação deve ser dirigida para:

Pedido de ajuda qualificada e especializada

Avaliação das vias áreas

Avaliação da respiração e dos batimentos cardíacos

Prevenção do estado de choque

Aplicação de tratamento adequado para as lesões menos graves

Preparação da vítima para remoção segura

Providencias para transporte e tratamento médico (dependendo das condições)

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13.1.1 Princípios para os Primeiros Socorros:

Agir com calma e confiança – evitar o pânico

Ser rápido, mas não precipitado

Usar bom senso, sabendo reconhecer suas limitações

Usar criatividade para improvisação

Demonstrar tranquilidade, dando ao acidentado segurança

Se houver condições solicitar ajuda de alguém do mesmo sexo da vítima

Manter sua atenção voltada para a vítima quando estiver interrogando-a

Falar de modo claro e objetivo

Aguardar a resposta da vítima

Não atropelar com muitas perguntas

Explicar o procedimento antes de executá-lo

Responder honestamente as perguntas que a vítima fizer

Usar luvas descartáveis e dispositivos boca-máscara, improvisando se necessário,

para proteção contra doenças de transmissão respiratória e por sangue.

Atender a vítima em local seguro (remove-la do local se houver risco de explosão,

desabamento ou incêndio).

13.2 Legislação Sobre o Ato de Prestar Socorro

Devido à importância do ato de prestar socorro, há artigos específicos na legislação brasileira

acerca do assunto. Para o Código Penal Brasileiro, por exemplo, todo indivíduo tem o dever de

ajudar um acidentado ou chamar o serviço especializado para atendê-lo; a omissão de socorro

constitui crime previsto no Artigo 135.

Código penal - Art. 135 – Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco

pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em

grave e iminente perigo; ou pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública.

Pena – detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.

Parágrafo único – A pena é aumentada de metade, se a omissão resulta lesão corporal ou de

natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.

CLT - Art. 181 – Os que trabalham em serviços de eletricidade ou instalações elétricas devem

estar familiarizados com os métodos de socorro a acidentados por choque elétrico.

13.2.1 Aspectos Legais

Durante uma emergência, as pessoas podem se deparar com questões jurídicas, por tanto

comentaremos os principais tópicos penais que podem ser de interesse.

Homicídio simples

Art. 121 - Matar alguém.

Pena - Reclusão de seis a vinte anos.

Parágrafo 3º - Se o homicídio é culposo.

Pena - Detenção de um a três anos.

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Nulidade do crime

Art. 19 - Não há crime quando o agente pratica o fato.

I - Em estado de necessidade.

II - Em legítima defesa.

III - Em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de

direito

Estado de necessidade

Art. 20 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para

salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro

modo evitar direito próprio ou alheio, cujo sacrifício nas circunstancias, não era

razoável exigir-se.

Parágrafo 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem

tinha o dever legal de enfrentar o perigo.

Parágrafo 2º - Embora reconheça que era razoável exigir-se o

sacrifício do direito ameaçado, o Juiz pode reduzir a pena de um a dois

terços.

Lesões corporais

Art. 129 - Ofender a integridade corporal ou saúde de outrem.

Pena - Detenção de um a três anos.

Omissão de socorro: Art. 135 - deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo

sem risco pessoal, a criança abandonada ou extraviada, ou a pessoa inválida ou ferida, ao

desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade

pública.

Exposição ao perigo

Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e eminente.

As questões jurídicas em relação aos Primeiros Socorros são bem complexas, visto que

deixar de prestar socorro como no item 18.2 código penal art. 135, a omissão de socorro é crime,

cujo sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, mesmo que não tenha o deve jurídico de prestar

assistência. Esta assistência vai desde chamar o serviço especializado, até de fato iniciar os

Primeiros Socorros. Por outro lado o Art. 129 não permite ofender a integridade corporal ou saúde de

outrem.

Por este motivo a pessoa deve estar muito confiante, preparada e treinada para iniciar os

procedimentos de primeiros socorros, utilizando de bom senso sempre, para avaliar a melhor forma

de manter a vítima viva.

Uma coisa é certa, sempre se deve chamar o serviço especializado e prestar uma assistência

psicológica para a vítima quando não estamos preparados para iniciarmos manobras complexas.

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13.3 Urgências Coletivas

Acidentes em locais onde há aglomeração de pessoas costuma envolver um grande número

de vitimas e nesses casos, geralmente, o atendimento é muito confuso.

Ao se deparar com uma urgência coletiva, deve tomar as seguintes medidas:

Providenciar comunicação imediata com os serviços de saúde, defesa cível,

bombeiros e polícia.

Isolar o local, para proteger vítimas e demais pessoas.

Determinar locais diferentes para a chegada dos recursos e saída das vítimas.

Retirar as vítimas que estejam em local instável

Determinar as prioridades de atendimento, fazendo uma triagem rápida das vítimas

para que as mais graves possam ser removidas primeiro.

Providencias o transporte de forma adequada para não complicar as lesões

13.4 Caixa de Primeiros Socorros

É importantíssimo e recomendável ter em casa, no trabalho e no carro uma caixa de primeiros

socorros, para que no caso de algum inconveniente você esteja preparado.

Há alguns itens necessários para uma caixa de primeiros socorros como:

Compressas de gaze (preferencialmente esterilizadas).

Rolos de atadura de crepe ou de gaze (tamanhos diversos)

Esparadrapo

Tesoura de ponta arredondada

Pinça

Soro fisiológico ou água bidestilada

Luvas de látex

Lanterna

13.5 Choques Elétricos

Com o avanço da tecnologia cada vez mais estamos circulados por máquinas, aparelhos e

equipamentos eletrônicos. Por isso as ocorrências de choques elétricos se tronam mais frequentes.

Em casos de alta voltagem, os choques podem ser fortes e provocar queimaduras graves, às vezes

levando até a morte. Os choques causados por correntes elétricas residenciais, apesar de

apresentarem riscos menores, por serem de baixa voltagem, também merecem atenção e cuidado,

pois em alguns casos também podem levar a morte.

Em um acidente que envolva eletricidade, a rapidez no atendimento é fundamental. A vítima

de choque elétrico às vezes apresenta no corpo queimaduras nos lugares percorridos pela corrente

elétrica, além de poder sofrer arritmias cardíacas se a corrente elétrica passar pelo coração.

Em algumas vezes, dependendo da corrente elétrica, a vítima que leva o choque fica presa

no equipamento ou fios elétrico, isso pode ser fatal. Se a pessoa que irá prestar os primeiros

socorros tocar na vitima, a corrente também irá atingi-la, por isso, antes de tudo é necessário

desligar o aparelho, tirando-o da tomada ou até mesmo desligando a chave geral.

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13.5.1 Procedimentos para choque elétrico

Como visto anteriormente, antes de tocar a vítima, deve-se desligar a corrente elétrica, caso

não seja possível, separar a vítima do contato utilizando qualquer material que não seja condutor de

eletricidade como: um pedaço de madeira, cinto de couro, borracha grossa,luvas.

Para atender uma vítima de choque elétrico devemos seguir alguns passos básicos como:

Realizar avaliação primária (grau de consciência, respiração e pulsação);

Deite a vítima e flexione a cabeça dela para trás, de modo a facilitar a respiração.

Se constatar parada cardiorrespiratória, aja imediatamente, aplicando massagem

cardíaca.

Caso esteja respirando normalmente e com batimentos cardíacos, verifique se ocorreu

alguma queimadura, cuidando delas de acordo com o grau de extensão que tenha

atingido. Depois prestar os primeiros socorros, providencie assistência médica

imediata.

As correntes de alta tensão se localizam, por exemplo, nos cabos elétricos que vemos nas

ruas, quando ocorre algum choque envolvido esses cabos, geralmente, há morte instantânea,

somente pessoas autorizadas ou da central elétrica pode desligá-los. Nesse caso, entre em contato

com a central, os bombeiros ou a policia, indicando o local exato do acidente. Procedendo dessa

maneira, você certamente poderá evitar novos acidentes.

Lembre-se: não deixe que ninguém se aproxime da vítima, nem tente ajudá-la antes de a

corrente elétrica ser desligada, sendo a distância mínima recomendada de quatro metros, somente

depois de desligada é que você deverá prestar socorro.

Dependendo das condições da vítima e das características da corrente elétrica o acidentado

pode apresentar:

Sensação de formigamento;

Contrações musculares fracas que poderão tornar-se fortes e dolorosas;

Inconsciência;

Dificuldade respiratória ou parada respiratória;

Alteração do ritmo cardíaco ou parada cardíaca;

Queimaduras;

Traumatismos como fraturas e rotura de órgãos internos;

No acidente elétrico, a vítima pode ficar presa ou ser violentamente projetada à distância.

13.6 Parada Cardiorrespiratória - PCR

A parada cardiorrespiratória é a parada dos movimentos cardíacos e respiratórios, ou seja, é

a ausência das funções vitais, movimentos respiratórios e batimentos cardíacos. A ocorrência isolada

de uma delas só existe em curto espaço de tempo, a parada de uma acarreta a parada da outra. A

parada cardiorrespiratória leva à morte no período de 3 a 5 minutos.

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13.6.1 Parada Respiratória

Como sabemos o ser humano não vive sem o ar (oxigênio), quando ocorre por alguma razão

uma parada respiratória, a pessoa pára de respirar ou sofre uma asfixia, essa ultima pode ocorrer em

ambientes confinados, um dos riscos indiretos em trabalhar com eletricidade.

A parada respiratória pode correr por diversas situações como afogamento, sufocação,

aspiração excessiva de gases venenosos ou vapores químicos, soterramento, presença de corpo

estranhos na garganta, choque elétrico entre outros.

Há um modo bem simples para perceber os movimentos respiratórios da vitima, chegando

bem próximo da boca e do nariz da vítima e verificar:

Se o tórax se expande

Se há algum ruído de respiração

Sentir na sua própria face se há saída de ar

Sinais de Parada Respiratória

Inconsciência

Tórax imóvel

Ausência de saída de ar pelas vias aterias (nariz e boca)

13.6.2 Parada Cardíaca

Ocorrendo uma parada respiratória temos que ficar atentos, pois pode ocorrer uma parada

cardíaca simultaneamente, ou seja, pode parar os batimentos do coração.

As pulsações cardíacas indicam a frequência e a força com que o coração está enviando o

sangue para o corpo, estas pulsações seguem sempre o mesmo ritmo e força em situações normais.

Porém quando isso não ocorre, pode estar havendo um problema com a circulação do sangue, ou

seja, pode estar havendo uma parada cardíaca.

Sinais de Parada Cardíaca

Inconsciência

Ausência de pulsação (batimentos cardíacos)

Ausência de som de batimentos cardíacos

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Para verificar as pulsações é necessário senti-las nas artérias principais que passam pelo

corpo, as mais utilizadas é a que passam pelo pescoço, denominadas carótidas. Quando ocorre uma

ausência de pulsação nessas artérias é um dos sinais mais evidentes que ocorreu uma parada

cardíaca.

Quando ficar com dúvida ou não conseguir verificar as pulsações, deve-se observar se a

vítima apresenta algum sinal de cirucurlação como:

Respiração

Tosse ou emissão de som

Movimentação

Em casos onde esses sinais não são evidentes, deve-se considerar que a vítima esta sem

circulação e iniciar as compressões torácicas.

13.6.3 Procedimentos para Parada Cardiorrespiratória

Primeiramente deve-se verificar a segurança do local, em seguida, deve falar com a vítima

buscando saber se ela esta consciente ou não. Após confirmação do estado de inconsciência a

prioridade é pedir auxilio qualificado.

Lembre-se antes de avaliar as condições da vítima, usar os dispositivos de proteção possíveis

ou improvisados como; luvas, panos ou sacos plásticos.

A iniciação deve começar com o ABC da vida, que consiste em avaliar:

A - Vias Aérias

B - Boca ( Respiração) ou Boa respiração

C - Circulação

Caso se confirme uma parada cardiorrespiratória (PCR), ela deverá ser tratada com a

Reanimação cardiopulmonar (RCP).

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13.6.3.1 Obstrução das Vias Aéreas

A obstrução das vias aéreas é uma das principais causas de morte em pessoas

inconscientes, as vias aéreas podem estar obstruídas por várias maneiras como; sangue, secreções

e corpos estranhos, mas a principal causa de obstrução é a “queda da língua”. Quando a pessoa

esta inconsciente, o relaxamento da musculatura do maxilar faz com que a língua caia para trás,

impedindo a passagem do ar.

O que fazer em casos de obstrução

Remover dentadura, pontes dentárias, excesso de secreção, dentes soltos etc.

Na obstrução por presença de sangue ou secreção, deve-se limpar a boca e nariz da

vítima com um pano limpo e virar sua cabeça para o lado facilitando a saída do liquido.

Colocar uma das mãos sobre a testa da vítima e com a outra elevar o queixo; essa

manobra reposicionará corretamente a língua, desobstruindo as vias aéreas.

Em casos de suspeitas de a vítima ter sofrido algum tipo de traumatismo, por queda

acidente de transito, agressão entre outros fatores, é necessário proteger a coluna

cervical (pescoço). A manobra a ser aplicada é a de “elevação modificada da

mandíbula”, que consiste simplesmente no posicionamento dos dedos bilateralmente

por detrás dos ângulos da mandíbula do paciente, seguido do deslocamento destes

para frente, ou seja mantendo a cabeça e o pescoço em uma posição neutra abrindo

somente a boca da vítima.

Em caso de presença de secreção com suspeita de traumatismo, para retirar esta

secreção deve-se virar a cabeça junto com o corpo (sendo necessários três

socorristas ou pessoas treinadas), mantendo assim a coluna cervical alinhada.

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A pessoa que presta os primeiros socorros deve ver, ouvir e sentir a respiração, caso a vitima

esteja respirando deverá avaliar a pulsação.

Em parada cardiorrespiratória o tempo é fundamental, pois dependendo do tempo pode levar

a vítima a ter lesão cerebral.

ATENDIMENTO LESÃO CEREBRAL

Até 4 minutos Improvável

De 4 a 6 minutos Provável

Em mais de 6 minutos Muito provável

13.6.4 Reanimação Cardiopulmonar (RCP).

Se os procedimentos de obstrução das Vias Aéreas, não foram suficientes para a vítima

retornar a respirar, ou até mesmo a vitima não apresenta pulsação, será necessário a reanimação

cardiopulmonar (RCP).

Nova regra de ressuscitação dá prioridade à massagem cardíaca, leigos não precisam fazer

respiração boca a boca, essa nova regra começou a valer a partir de 2010.

Pesquisas americanas recentes mostram que a massagem aumenta em três vezes as

chances de vida. Até então no Brasil 95% dos que sofreram ataque repentino, morreram antes de

chegar ao hospital.

A mudança se deu com o intuito de facilitar o processo e impedir que pessoas desistam de

fazê-lo pelo receio de encostar sua boca na boca de desconhecidos.

Segundo a AHA (American Heart Association), órgão americano que divulgou as novas

normas, as chances de sucesso de uma pessoa que faz a massagem cardíaca corretamente são

praticamente as mesmas de quem opta pela massagem e respiração artificial, além de contar com a

vantagem de se ganhar tempo – essencial no processo.

Pela nova norma, a respiração artificial deve ainda ser padrão para os profissionais de saúde,

que sabem fazê-la com a qualidade e agilidade adequada, alem de possuir os equipamentos de

proteção necessários.

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Se a vítima da parada cardíaca não receber nenhuma ajuda em até oito minutos, a chance de

ela sobreviver não passa de 15%. Já ao receber a massagem, a chance aumenta para quase 50%

até a chegada da equipe de socorro, que assumirá o trabalho.

13.6.5 Modo de fazer a massagem cardíaca:

A massagem cardíaca deve ser realizada no meio do peito (entre os dois mamilos), com o

movimento das mãos entrelaçadas (uma em cima da outra) sob braços retos, que devem fazer ao

menos cem movimentos de compressão por minuto, de forma rápida e forte.

Os movimentos servem para retomar a circulação do sangue e, consequentemente de

oxigênio, para o coração e o cérebro, interrompida quando o coração para. Não espere mais de dez

segundos para começar a compressão e a faça até o resgate chegar, sem qualquer interrupção.

Como demanda esforço físico, tente revezar com outra pessoa, de forma coordenada, se

puder

Procedimentos.

Realizar somente quando tiver certeza de que o coração da vítima parou

Colocar a vítima sobre uma superfície rígida

Ajoelhar-se ao lado da vítima

Entrelaçar os seus dedos, estendendo-os de forma que não toquem no meio do peito

da vítima (entre os dois mamilos).

Posicionar seus ombros diretamente acima de suas mãos sobre o peito da vítima

Manter os braços retos e os cotovelos estendidos

Pressionar o osso esterno para baixo, aproximadamente 5 centímetros;

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Fazer as compressões uniformemente e com ritmo;

Faça até o resgate chegar, sem qualquer interrupção

Durante as compressões, flexionar o tronco ao invés dos joelhos

Evitar que os seus dedos apertem o peito da vítima durante as compressões.

ATENÇÂO: As manobras de Primeiros Socorros sempre são reformuladas sendo necessário

o aluno sempre estar buscando se atualizar.

13.7 Estado de Choque

As principais causas do estado de choque são: hemorragias e queimaduras graves, choque

elétrico, ataque cardíaco, dor intensa de qualquer origem, infecção grave e envenenamento por

produtos químicos.

O estado de choque é um complexo grupo de síndromes cardiovasculares agudas que não

possui, uma definição única que compreenda todas as suas diversas causas e origens.

Didaticamente, o estado de choque se dá quando há mal funcionamento entre o coração, vasos

sanguíneos (artérias ou veias) e o sangue, instalando-se um desequilíbrio no organismo.

O estado de choque se caracteriza pela falta de circulação e oxigenação dos tecidos do

corpo, provocada pela diminuição do volume de sangue ou pela deficiência do sistema

cardiovascular.

O estado de choque põe em risco a vida da vítima, sendo assim uma grave emergência

médica. O correto atendimento exige ação rápida e imediata.

9.7.1 Sinais e sintomas

O estado de choque pode se manifestar de diferentes formas. A vítima pode apresentar

diversos sinais de sintomas ou apenas alguns deles, dependendo da intensidade em cada caso. O

quadro clínico, portanto, é praticamente o mesmo, não importando a causa que desencadeou o

estado de choque.

A vítima de estado de choque ou na iminência de entrar em choque apresenta geralmente os

seguintes sintomas:

Pele pálida, úmida, pegajosa e fria. Cianose (arroxeamento) de extremidades, orelhas,

lábios e pontas dos dedos.

Suor intenso na testa e palmas das mãos.

Fraqueza geral.

Pulso rápido e fraco.

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Sensação de frio, pele fria e calafrios.

Respiração rápida, curta, irregular ou muito difícil.

Expressão de ansiedade ou olhar indiferente e profundo, com pupilas dilatadas,

agitação.

Medo (ansiedade).

Sede intensa.

Visão nublada.

Náuseas e vômitos.

Respostas insatisfatórias a estímulos externos.

Perda total ou parcial de consciência.

Taquicardia

Queda de pressão arterial

Tonturas e calafrios

13.7.2 Providencias a serem tomadas

Algumas providências podem ser tomadas para evitar o estado de choque. Mas infelizmente

não há muitos procedimentos de primeiros socorros a serem tomados para tirar a vítima do choque.

Deitar a Vitima

A primeira atitude é tentar acalmar a vítima que esteja consciente.

Vítima deve ser deitada de costas, com as pernas elevadas (30cm) e a cabeça virada

para o lado, evitando assim, caso ela vomite, que aspire podendo provocar

pneumonia. (caso não houver suspeita de lesão ou fraturas na coluna)

No caso de ferimentos no tórax que dificultem a respiração ou de ferimento na cabeça,

os membros inferiores não devem ser elevados.

Afrouxar as roupas da vítima no pescoço, peito e cintura, para facilitar a respiração e a

circulação

Verificar se há presença de prótese dentária, objetos ou alimento na boca e os retirar.

No caso de a vítima estar inconsciente, ou se estiver consciente, mas sangrando pela boca

ou nariz, deitá-la na posição lateral de segurança (PLS), para evitar asfixia, conforme demonstrado

na Figura.

Obs: se a vitima sofreu alguma lesão grave que possa ter causado algum dando na coluna a

vitima não deve ser movimentada.

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Respiração

Verificar quase que simultaneamente se a vítima respira. Deve-se estar preparado para iniciar

a reanimação cardiopulmonar, caso a vítima pare de respirar.

Pulso

Enquanto as providências já indicadas são executadas, observar o pulso da vítima. No

choque o pulso da vítima apresenta-se rápido e fraco (taquisfigmia).

Conforto

Dependendo do estado geral e da existência ou não de fratura, a vítima deverá ser deitada da

melhor maneira possível. Isso significa observar se ela não está sentindo frio e perdendo calor. Se

for preciso, a vítima deve ser agasalhada com cobertor ou algo semelhante, como uma lona ou

casacos.

Tranquilizar a Vítima

Se o socorro médico estiver demorando, tranquilizar a vítima, mantendo-a calma sem

demonstrar apreensão quanto ao seu estado. Permanecer em vigilância junto à vítima para dar-lhe

segurança e para monitorar alterações em seu estado físico e de consciência.

Atenção: Em todos os casos de reconhecimento dos sinais e sintomas de estado de choque,

providenciar imediatamente assistência especializada. A vítima vai necessitar de tratamento

complexo que só pode ser feito por profissionais e recursos especiais para intervir nestes casos. Não

se deve dar nada para beber.

13.8 Distúrbios causados pela Temperatura

A temperatura, calor ou frio, e os contatos com gases, eletricidade, radiação e produtos

químicos, podem causar lesões diferenciadas no corpo humano.

A temperatura do corpo humano, em um determinado momento, é o resultado de vários

agentes que atuam como fatores internos ou externos, aumentando ou reduzindo a temperatura.

Mecanismos homeostáticos internos atuam para manter a vida com a constância da temperatura

corporal dentro de valores ideais para a atividade celular. Estes valores oscilam entre 34,4 e 400C.

O contato com chamas e substancias superaquecidas, a exposição excessiva ao sol e até

mesmo à temperatura ambiente muito elevada, provocam reações no organismo humano que podem

se limitar à pele ou afetar funções orgânicas vitais.

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13.8.1 Queimaduras

Queimaduras são lesões provocadas pela temperatura, geralmente calor, que podem atingir

graves proporções de perigo para a vida ou para a integridade da pessoa, dependendo de sua

localização, extensão e grau de profundidade.

A tabela a seguir, se refere à extensão da área lesada, ajudando assim a avaliar a gravidade

de uma queimadura.

ÁREA ATINGIDA EXTENSÃO

Cabeça 7%

Pescoço 2%

Tórax e Abdome 18%

Costas e Região Lombar 18%

Cada Braço 9%

Cada Perna 18%

Genitália 1%

Profundidade ou Grau das Queimaduras Dependendo da profundidade queimada do corpo, as queimaduras são classificadas em

graus para melhor compreensão e adoção de medidas terapêuticas adequadas.

São consideradas grandes queimaduras aquelas que atingem mais de 15% do corpo, no caso

de adultos, e mais de 10% do corpo, no caso de crianças de até 10 anos.

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13.8.1.1 Queimadura de Primeiro Grau

É a mais comum, deixa a pele avermelhada, além de provocar

ardor e ressecamento, sendo a lesão é superficial.

Trata-se de um tipo de queimadura causado quase sempre por

exposição prolongada à luz solar ou por contando breve com líquidos

ferventes.

Providências

As queimaduras de 1º grau podem ser tratadas sem recurso ao hospital, a não ser que

atinjam uma área muito grande ou sejam em bebês e idosos. Este tipo de queimadura melhora em 3

dias.

13.8.1.2 Queimadura de Segundo Grau

Mais grave do que a de primeiro grau, essa queimadura é aquela

que atinge as camadas um pouco mais profundas da pele.

Caracteriza-se pelo surgimento de bolhas, desprendimento das

camadas superficiais da pele, com formação de feridas avermelhadas e

muito dolorosas.

Providências

Queimaduras do 1º e 2º grau (de baixa gravidade) podem ser tratadas sem recurso ao

hospital. Os casos mais graves a vítima deve ser encaminhada ao hospital.

Deve-se:

Aplicação de água fria até alivio da dor, pelo menos 5 minutos;

Secagem da zona afetada com compressa esterilizada;

Cobrir com um pano limpo

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Aplicação de gaze vaselinada (não aderente) sobre a queimadura e um penso

absorvente para absorver exsudado (deve ser mudado regularmente):

Não deve-se estourar as bolhas.

Os cremes/loções calmantes só estão indicados para as queimaduras de 1º grau.

Não colocar nenhum produto caseiro.

Nota: Não se deve usar algodão porque aderir à ferida

13.8.1.3 Queimadura de Terceiro Grau

Queimaduras de terceiro grau são aquela em que todas as

camadas da pele são atingidas, podendo ainda alcançar músculos e

ossos. Essas queimaduras apresentam-se secas, esbranquiçadas ou de

aspecto carbonizado, fazendo com que a pele se assemelhe ao couro,

diferentemente do que acontece nas queimaduras de primeiro e segundo

graus.

Esse tipo de queimadura não produz dor intensa, já que provoca a destruição dos nervos que

transmitem a sensação de dor.

Geralmente a queimadura de terceiro grau é causada por contato direto com chamas, líquidos

inflamáveis ou eletricidade. É grave e representa sérios riscos para a vítima, sobretudo se atingir

grande extensão do corpo.

Providências

O tratamento de queimaduras de modo geral pode ser feita da seguinte forma, podendo ser

de Primeiro, Segundo ou Terceiro grau.

Deve-se resfriar com água o local atingido, pelo menos 5 minutos.

Proteger o local com um pano limpo.

Providenciar atendimento médico.

Esse atendimento médico pode ser dispensado apenas no caso de queimaduras de primeiro

e segundo grau, em que a área lesada não seja muito extensa.

Queimaduras elétricas:

Requer urgência hospitalar porque podem afetar áreas não visíveis, como órgãos internos.

13.8.2 Insolação

A insolação é uma enfermidade provocada pela exposição excessiva aos raios solares,

podendo se manifestar subitamente, quando a pessoa cai desacordada, mantendo presentes, porém,

a pulsação e a respiração.

A insolação acontece quando o organismo fica incapacitado de controlar sua temperatura.

Quando a pessoa tem insolação, sua temperatura corporal aumenta rapidamente, o mecanismo de

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transpiração falha e o corpo fica incapacitado de se resfriar. A temperatura corporal de uma pessoa

com insolação pode subir até 41 graus, ou mais, em 10 a 15 minutos. Insolação pode causar morte

ou incapacitação permanente se o tratamento de emergência não for providenciado.

Sinais e Sintomas:

Tontura

Enjôo

Dor de cabeça

Pele seca e quente

Rosto avermelhado

Febre alta

Pulso rápido

Respiração difícil

Não é comum esses sinais aparecerem todos ao mesmo tempo, geralmente observam-se

apenas alguns deles.

Providências

Remover a vítima para lugar fresco e arejado;

Aplicar compressas frias sobre sua cabeça;

Baixar a temperatura do corpo de modo progressivo, envolvendo-a com toalhas

umedecidas;

Oferecer líquidos em pequenas quantidades e de forma frequente;

Mantê-la deitada;

Avaliar nível de consciência, pulso e respiração;

Providenciar transporte adequado;

Encaminhar para atendimento hospitalar.

O ideal é deixar que a temperatura vá diminuindo bem lentamente, para não ocorrer um

colapso, divido quedas bruscas de temperatura.

13.8.3 Intermação

Ocorre devido à ação do calor em lugares fechados e não arejados (nas fundições, padarias,

caldeiras etc.) com temperaturas muito altas. A intermação acarreta uma série de alterações no

organismo, com graves consequências para a saúde da vítima.

Sinais e Sintomas:

Temperatura do corpo elevada;

Diferentes níveis de consciência;

Pele úmida e fria

Palidez ou tonalidade azulada no rosto

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Cansaço

Calafrios

Respiração superficial

Diminuição da pressão arterial

Para prevenir a intermação, o trabalhador não deve permanecer por longos períodos de

tempo em ambientes quentes e fechados, é necessário ingerir muito líquido e alimentos que

contenham sal.

Providências

Remover a vítima para lugar fresco e arejado;

Mantê-la deitada com o tronco ligeiramente elevado;

Baixar a temperatura do corpo de modo progressivo, aplicando compressas de pano

umedecido com água;

Avaliar nível de consciência, pulso e respiração;

Encaminhar imediatamente para atendimento hospitalar.

13.9 Ferimentos

13.9.1 Contusão

A contusão é uma lesão sem o rompimento da pele, tratando-se de uma forte compressão

dos tecidos moles, como pele, camada de gordura e músculos, conta os ossos.

Em alguns casos quando a batida é muito forte, pode ocorrer rompimento de vasos

sanguíneos na região, originando um hematoma.

Procedimentos

Manter em repouso a parte contundida

Aplicar compressas frias ou saco de gelo até que a dor melhore e a inchação se

estabilize.

Caso utiliza o gelo, proteger a parte afetada com um pano limpo para evitar

queimaduras na pele.

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13.9.2 Escoriações

São lesões simples da camada superficial da pele ou mucosas, apresentando solução de

continuidade do tecido, sem perda ou destruição do mesmo, com sangramento discreto, mas

costumam ser extremamente dolorosas. Não representam risco à vítima quando isoladas.

Geralmente são causadas por instrumento cortante ou contundente.

As escoriações acontecem quando o objeto atinge apenas as camadas superficiais da pele.

Esse tipo de ferimento acontece geralmente em consequência de quedas, quando a pele de certas

partes do corpo, sofre arranhões em contato com as asperezas do chão, que são as escoriações

mais frequente.

Procedimentos

Lavar as mãos com água e sabão e protegê-las para não se contaminar.

Lavar a ferida com água e sabão para não infeccionar

Secar a região machucada com um pano limpo

Verificar se existe algum vaso com sangramento. Se houver, comprimir o local até

cessar o sangramento.

Proteger o ferimento com uma compressa de gaze ou um curativo pronto. Caso não

seja possível, usar um lenço ou pano limpo.

Prender o curativo ou pano com cuidado, sem apertar nem deixar que algum nó fique

sobre o ferimento.

Manter o curativo limpo e seco.

As feridas devem ser cobertas para estancar a hemorragia e também evitar contaminação.

Lembre-se: Em casos graves, depois do curativo feita deve-se encaminhar a vítima para

atendimento médico.

13.9.3 Amputações

As amputações são definidas como lesões em que há a separação de um membro ou de uma

estrutura protuberante do corpo. Podem ser causadas por objetos cortantes, por esmagamentos ou

por forças de tração.

O reimplante é a primeira opção para pessoas que perderam um membro (se houver

esmagamento em qualquer parte do membro, as chances de reimplante diminuem). A primeira

providência, ao presenciar esse tipo de acidente, é ligar para 193 (serviço de resgate móvel). Se a

cidade dispuser de Samu (Serviço de Atendimento Municipal ao Usuário), ligar 192

Procedimentos

Chamar ajuda: tempo é crucial nesse tipo de trauma. Quanto mais

rápido for feito o atendimento, maiores as chances de sucesso no

reimplante. Primeiro chamar o socorro e depois cuidar da vítima

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Assistência À vítima: Se a vitima estiver consciente fazer o possível

para acalmá-la. Providenciar compressas (panos limpos) e fazer

compressão no local da amputação, isso evita grandes perdas

sanguíneas, pois com a ruptura de vasos a hemorragia é constante.

Compressas: Envolver a parte amputada em panos limpos. Muito

Importante: não trocar os panos usados para fazer a compressão.

Desse modo, a equipe médica poderá dimensionar a perda

sanguínea

Recuperar o membro: Colocar o membro dentro de dois sacos

plásticos

Isopor e Gelo: Colocar o membro embalado dentro de um isopor

com gelo e tampar, caso haja tampa. Nunca colocar a parte

amputada diretamente em contato com o gelo, pois isso pode

causar morte celular e não haverá possibilidade de reimplante

Encaminhar para hospital: Enviar o seguimento com a vítima na

ambulância. Caso isso não seja possível, ter o cuidado de enviar a

parte amputada para o mesmo hospital onde a vítima está sendo

atendida

É bom sempre lembrar que a vítima deve ser vista como um todo, mesmo nos casos de

ferimentos que pareçam sem importância. Uma pequena contusão pode indicar a presença de lesões

internas graves, com rompimento de vísceras, hemorragia interna e estado de choque.

13.9.4 Ferimentos no Tórax

Os ferimentos no Tórax podem ser muito graves, principalmente se os pulmões forem

atingidos.

Quando o pulmão é atingindo de forma a ter um orifício de tamanho considerável na parede

do tórax, pode-se ouvir o ar saindo ou ver o sangue que sai borbulhando por esse mesmo orifício.

Procedimentos

Utilizar um pedaço de plástico limpo ou gazes

Fazer curativo de três pontas (três lados fechados e um lado aberto)

Encaminhar a vítima imediatamente para atendimento médico.

O curativo impedirá a entrada de ar na inspiração, mas permitirá a saída de ar na expiração.

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Caso não consiga fazer o curativo de três pontas, cubra o ferimento todo com uma compressa

ou um pano limpo e leve a vítima imediatamente para o hospital.

Atenção: a ferida só deve ser totalmente coberta no momento exato em que terminou uma

expiração, ou seja, após a saída do ar.

13.9.5 Ferimentos no Abdome

Os ferimentos profundos no abdome costumam ser graves, podendo atingir algum órgão

abdominal. Dependendo do ferimento pode perfurar a parede abdominal, deste modo, partes de

algum órgão (ex: intestino) podem vir para o exterior. Neste caso, não tente de forma alguma colocá-

los no lugar.

Procedimentos

Chamar atendimento especializado (Samu 192, Bombeiros 193)

Cobrir as partes expostas com panos limpos, umedecidos com água e mantidos

úmidos.

Nunca cubra os órgãos expostos com material aderentes (papel, toalha, papel

higiênico, algodão), que deixam resíduos difíceis de remover.

Caso tenha algum objeto encravado não tente retira-lo.

13.9.6 Ferimentos nos Olhos

Os olhos são órgãos muitos sensíveis e, quando feridos, somente um especialista dispõe de

recursos para tratá-los. Portanto, tomar muito cuidado para não ferir ainda mais os olhos que estiver

sendo tratado.

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Procedimentos

Nunca retirar dos olhos um objeto que esteja entranhado ou encravado.

Cobrir os olhos com gazes ou pano limpo.

Prenda o curativo com duas tiras de esparadrapos o que evitará mais irritação

Cubra o olho não acidentado para evitar a movimentação do olho atingido. Essa manobra não

deve ser feita quando a vítima precisa do olho sadio para se salvar.

13.10 Hemorragia

É a perda de sangue através de ferimentos, pelas cavidades naturais como nariz, boca, etc;

ela pode ser também, interna, resultante de um traumatismo.

As hemorragias podem ser classificadas inicialmente em arteriais e venosas, e, para fins de

primeiros socorros, em internas e externas.

A hemorragia abundante e não controlada pode causar a morte em 3 a 5 minutos.

13.10.1 Hemorragia Externa

Sinais e Sintomas

Sangramento visível;

Nível de consciência variável decorrente da perda sanguínea;

Palidez de pele e mucosa.

Procedimentos

Comprimir o local usando um pano limpo. (quantidade excessiva de pano pode

mascarar o sangramento);

Manter a compressão até os cuidados definitivos;

Se possível, elevar o membro que está sangrando;

Não utilizar qualquer substância estranha para coibir o sangramento;

Encaminhar para atendimento hospitalar.

13.10.2 Hemorragia Interna

Sinais e Sintomas

Sangramento geralmente não visível;

Nível de consciência variável dependente da intensidade e local do sangramento.

Sangramento pela urina;

Sangramento pelo ouvido;

Fratura de fêmur;

Dor com rigidez abdominal;

Vômitos ou tosse com sangue;

Traumatismos ou ferimentos penetrantes no crânio, tórax ou abdome.

Procedimentos

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Manter a vítima aquecida e deitada, acompanhando os sinais vitais e atuando

adequadamente nas intercorrências;

Chamar urgente o atendimento hospitalar especializado.

13.10.3 Hemorragia Nasal

Sinais e Sintomas

Sangramento nasal visível

Procedimentos

Colocar a vítima sentada, com a cabeça ligeiramente voltada para trás, e apertar-lhe

a(s) narina(s) durante cinco minutos;

Caso a hemorragia não ceda, comprimir externamente o lado da narina que está

sangrando e colocar um pano ou toalha fria sobre o nariz. Se possível, usar um saco

com gelo;

Encaminhar para atendimento hospitalar.

13.11 Entorses, Luxações e Fraturas

Quedas, pancadas e encontrões podem lesar nosso ossos e articulações e provocar

entorses, luxações ou fraturas.

13.11.1 Entorse

É a separação momentânea das superfícies ósseas articulares, provocando o estiramento ou

rompimento dos ligamentos, quando há um movimento brusco.

Caso no local afetado apareça mancha escura 24 ou 48 horas após o acidentem pode ter

havido fratura, deve-se procurar atendimento médico de imediato.

Procedimentos:

Aplicar gelo ou compressas frias durante as primeiras 24 horas

Após este tempo aplicar compressas mornas.

Imobilizar o local (por meio de enfaixamento, usando ataduras ou lenços).

A imobilização deverá ser feita na posição que for mais cômoda para o acidentado.

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Dependendo do caso, encaminhar para atendimento médico.

13.11.2 Luxações

É a perda de contato permanente entre duas extremidades ósseas numa articulação.

Na luxação, as superfícies articulares deixam de se tocar de forma permanente. É comum

ocorrer junto com a luxação uma fratura.

Sinais e Sintomas

Dor local intensa;

Dificuldade ou impossibilidade de movimentar a região afetada;

Hematoma;

Deformidade da articulação;

Inchaço;

Procedimentos

Manipular o mínimo possível o local afetado;

Não colocar o osso no lugar;

Imobilizar a área afetada antes de remover a vítima (caso seja muito necessário)

Se possível, aplicar bolsa de gelo no local afetado;

Encaminhar para atendimento hospitalar.

13.11.3 Fraturas

Fratura é o rompimento total ou parcial de qualquer osso.

Como nem sempre é fácil identificar uma fratura, o mais recomendável é que as situações de

entorse ou luxação sejam atendidas como possíveis fraturas.

Existem dois tipos de fratura:

Fechadas: sem exposição óssea.

Expostas: o osso está ou esteve exposto.

Procedimentos

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Manipular o mínimo possível o local afetado;

Não colocar o osso no lugar;

Proteger ferimentos com panos limpos e controlar sangramentos nas lesões expostas;

Imobilizar a área afetada antes de remover a vítima (caso seja muito necessário)

Se possível, aplicar bolsa de gelo no local afetado (fratura fechada);

Encaminhar para atendimento hospitalar.

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14 TÉCNICAS PARA REMOÇÃO E TRANSPORTE DE ACIDENTADOS

O transporte de acidentados deve ser feito por equipe especializada em resgate (Corpo de

Bombeiros, Samu entre outros).

O transporte realizado de forma imprópria poderá agravar as lesões, provocando sequelas

irreversíveis ao acidentado.

A vítima somente deverá ser transportada com técnica e meios próprios, nos casos, onde não

é possível contar com equipes especializadas em resgate ou se o local apresenta um grande risco de

morte.

OBS: É imprescindível a avaliação das condições da vítima para fazer o transporte

seguro.

A melhor forma de transporte de uma vítima é feito por maca. Se por acaso não houver uma

disponível no local, ela pode ser improvisada com duas camisas ou um paletó e dois bastões

resistentes, ou até mesmo enrolando-se um cobertor várias vezes em uma tábua larga.

Porém em alguns casos, na impossibilidade de uso de maca o transporte pode ser feito de

outra maneira, porém tomando-se todos cuidados para não agravar o estado da vítima.

A remoção ou transporte como indicado abaixo só é possível quando não há suspeita de

lesões na coluna vertebral e bacia.

14.1 Transporte em Maca

A maca é a melhor maneira de transportar uma vítima. Dependendo do local onde o acidente

tenha acontecido, muitas vezes será necessário improvisar uma. O mais importante é saber colocar

a vítima sobre a maca.

A maca improvisada com uma porta ou uma tábua de aproximadamente 50 cm de largura é

muito eficiente, usada nos casos de suspeita de lesão da coluna vertebral, com a vítima imobilizada.

Maca improvisada com porta. Fonte: Senac

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Exceto a maca improvisada com porta ou tábua, todas as demais têm como base cabos de

vassouras ou galhos de árvores, varas, guarda-chuvas grandes entre outros. O que irá variar é a

superfície sobre a qual a vítima será colocada.

Para utilizarmos o transporte em maca feita por varas, é imprescindível que as mesmas sejam

resistentes para suportar do peso da vítima

Para transportar para a maca uma vítima com indícios de lesão na coluna ou na bacia, são

necessários três socorristas ou pessoas altamente treinadas. Como deve ser feito o transporte para maca:

Em primeiro lugar, alguém coloca a maca bem perto da vítima.

Estando a vítima deitada de barriga pra cima, os socorristas se ajoelham ao lado dela e todos, ao mesmo tempo, passam os braços por sobe o corpo da vítima, de modo que ele fique todo no mesmo nível.

Com bastante cuidado, vão levantando a vitima, sem deixar que ele dobre qualquer parte de seu corpo, e a colocam sobre a maca.

Caso a suspeita da coluna seja na cervical, um dos socorristas ou pessoa treinada deverá cuidar exclusivamente da cabeça da vítima, de forma a mantê-la estabilizada.

Deve-se suspeitar de lesão na coluna quando a vítima apresentar marcas de trauma no

tronco ou ainda das clavículas, ou, ainda, se estiver inconsciente. Se houver suspeitas de fratura na coluna ou na bacia, a vítima deverá, necessariamente, ser

transportada em maca plana e rígida ( do tipo porta ou tábua) Vamos ver alguns exemplos de macas improvisadas com cabo(s):

Pegue camisas ou paletós e enfie as mangas para dentro, no caso de paletós ou similares, abotoe-os inteiramente e passe os cabos pelas mangas.

Consiga cobertores, toalhas, colchas ou lençóis e enrole o tecido em torno dos cabos ou dobre as laterais do tecido sobre eles.

Usando sacos de estopa, de aniagem ou náilon trançado, enfie um cabo em cada lateral do saco.

Peque cintos, cordas ou tiras largas de tecido e amarre-os aos dois cabos, em cada lateral.

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Fonte: Senac

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14.2 Transporte Sem Maca

Na impossibilidade do uso de maca ou padiola e sendo vital a remoção de uma pessoa

acidentada, o transporte terá que ser feito de outra maneira, porém tomando-se todos os cuidados para não agravar o estado em que a vitima esta.

14.2.1 Transporte com Um Socorrista

Transporte de Apoio

Esses são recursos a ser adotado quando o acidentado está

consciente e tem apenas ferimentos leves:

Passar um dos braços da vítima em torno do seu pescoço.

Colocar um de seus braços em torno da cintura da vítima e segurá-la pelo punho. Dessa forma, a vítima pode caminhar apoiada no socorrista.

Transporte nas Costas

De costas para a vítima (que deve estar de pé), passar os braços dela em torno do seu pescoço.

Com seu corpo um pouco inclinado para frente, levantar e carregar a vítima.

Se a pessoa tiver condições de se firmar no

tronco do socorrista, ele poderá usar os braços para segurá-la pelas pernas, o que proporciona maior firmeza durante o transporte.

Transporte nos Braços

Esse recurso é adequado quando a vítima está consciente, porém com ferimentos nos pés ou nas pernas que impedem de caminhar.

Colocar um braço sob os joelhos e o outro em torno da parte superior do tórax da vítima, e levantá-la. Quanto mais alta for a posição da vítima no colo do socorrista menos ele vai se cansar.

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14.2.2 Transporte com Dois Socorristas

Transporte em cadeirinha Com os braços, os socorristas formam um pequeno assento, para a vítima, que deverá se

manter segura.

Faça a cadeirinha conforme figura.

Passe os braços da vítima o redor do seu

pescoço e levante a vítima.

Transportes pelas extremidades

Um socorrista segura a vítima por debaixo dos braços e o outro pelas pernas.

Esse tipo de transporte só deve ser

feito se não houver suspeita de fraturas na coluna ou nos membros da vítima.

Transporte por cadeira

Sentar a vítima em uma cadeira.

Um socorrista segura a cadeira pelas pernas e o outro pelo encosto. Por proporcionar maior estabilidade, esse é o tipo de transporte mais adequado para vítimas

que apresentam problemas respiratórios.

14.2.3 Transporte com Três Socorristas

Transporte no Colo Para esse transporte é exigido a presença de três socorristas, e só é valido caso a vítima não

tenha suspeitas de fratura na coluna ou na bacia.

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Estando a vítima deitada de barriga pra cima, os três socorristas se ajoelham ao lado

dela: um próximo à extremidade superior do corpo, outro no meio e o terceiro próximo aos pés.

Pegando a vítima por baixo, a um tempo só, os três a carregam juntos ao tórax.

14.2.4 Transporte com Quatro Socorristas

Semelhante ao de três pessoas. A quarta pessoa imobiliza a cabeça da vítima impedindo

qualquer tipo de deslocamento.

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15 TELEFONES ÚTEIS

CORPO DE BOMBEIROS (RESGATE) ................................................................................ 193

AMBULÂNCIA SAMU............................................................................................................ 192

POLÍCIA MILITAR.................................................................................................................. 190