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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS – UNISINOS Leitura e Produção de Textos de Comunicação da Ciência
2015/2 Professora Alexandra F. Müller
1 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE LÍNGUA, TEXTO E COMUNICAÇÃO1
Noções básicas sobre texto e gêneros textuais
Para conseguirmos compreender qualquer tipo de manifestação de linguagem, precisamos das competências léxica e textual: entender o significado da palavra e da mensagem como um todo, ou seja, do texto.
O que é um texto?
a) Um texto não é um “aglomerado” de frases. As frases/parágrafos devem estar articulados entre si, compondo um todo significativo.
b) Todo texto é produzido por um sujeito em um determinado tempo, em um determinado espaço, com uma determinada finalidade.
c) Todo texto é escrito para um interlocutor ou um grupo de interlocutores, o que implica a escolha da estrutura e da linguagem adequada.
1 Síntese da apresentação projetada e discutida na aula 2..
Fonte: http://www.ivancabral.com/
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Todo texto realiza-se em um gênero textual.
O que é gênero textual?
Os gêneros textuais “correspondem a certos padrões de composição do texto determinados pelo contexto em que são produzidos, pelo público a que eles se destinam, por sua finalidade, por seu contexto de circulação.” (ABAURRE; ABAURRE, 2007).
Alguns exemplos de gêneros textuais no dia a dia: charge, notícia, receita, e-mail, romance, telefonema, crônica, artigo de opinião, etc.
Os gêneros textuais no contexto acadêmico
As ações de linguagem dos indivíduos que se comunicam no contexto acadêmico também se concretizam por meio de gêneros textuais.
“A comunicação encontra-se no coração da ciência, sendo ela tão vital quanto a própria pesquisa. Todo o esforço do cientista é desperdiçado se não forem divulgados os resultados das pesquisas [...]”. (GIERING et al, 2010, p. 7).
Na esfera acadêmica, a comunicação se dá por meio de gêneros como: artigos científicos, resumos, resenhas, conferências, relatórios, congressos, teses, dissertações etc.
Fonte: Marcuschi (2008, p. 194).
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Redigir nem sempre é fácil, mas pode-se aumentar a competência redacional pela prática, pelo reconhecimento da organização dos textos e pelo domínio da terminologia da área.
A comunicação no contexto acadêmico
“ [...] comunicar-se no contexto acadêmico-científico exige atenção às convenções, regras e normas que regem esse domínio de comunicação, isto é, é preciso conhecer o contrato de comunicação que rege as trocas de linguagem neste contexto.” (GIERING et al., 2010, p. 7).
Quem fala/escreve?
A quem se dirige?
Onde a produção circulará?
Que objetivos busca alcançar?
O contexto acadêmico: os textos argumentativos
Os textos que circulam na esfera acadêmica possuem um caráter essencialmente argumentativo.
O que é argumentar?
ü Chamamos argumento a todo recurso lógico e linguístico que visa a persuadir, a fazer o interlocutor aceitar o que lhe foi comunicado, a levá-lo a crer no que foi dito e a posicionar-se.
ü Um argumento não é, necessariamente, uma prova de verdade. Argumenta-se não só com aquilo que é certo, mas também com o que é possível, provável, plausível.
A elaboração do texto acadêmico
O que é preciso levar em conta quando da escrita do texto?
¢ De que lugar eu escrevo?
¢ Para quem eu escrevo?
¢ Com que finalidade?
¢ Onde meu texto irá circular?
¢ O que devo e preciso dizer?
¢ Como dizer?
Efetividade da comunicação
ü É preciso conhecer a língua e os mecanismos de seu funcionamento para poder adequar a forma de comunicação ao objetivo que temos ao produzir nosso texto.
Produtor e leitor/ouvinte estão inseridos na comunidade acadêmica.
O produtor trata de temas reconhecidos pela comunidade acadêmica como pertinentes; seus objetivos devem ser também reconhecidos pelos seus parceiros de comunicação.
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Refletindo sobre a LÍNGUA
Que língua falamos? Que imagem fazemos de nossa língua?
ü Sob o nome de português, por exemplo, há muitas variedades linguísticas agrupadas, cada qual resultando das peculiaridades das experiências vividas por cada grupo;
ü isso porque a língua varia em função de aspectos temporais, espaciais, sociais e contextuais;
ü toda variedade possui organização, regras, ou seja, uma gramática; assim, não há variedade melhor ou pior;
ü a diferença na valoração das variedades linguísticas é criada socialmente.
A variedade padrão da língua
ü Diante da diversidade e multiplicidade de falares, há a necessidade de uma relativa padronização linguística;
ü a variedade padrão deve ser entendida como sendo uma em meio às outras variedades;
ü essa variedade deve funcionar como um meio de integração social e não de discriminação e exclusão;
ü a familiarização com a língua padrão se dá basicamente através de textos escritos; a atividade de leitura nos faz absorver essa variedade.
Fonte: Revista Língua Portuguesa . Disponível em: http://revistalingua.uol.com.br/textos/72/o-‐valor-‐do-‐idioma-‐249210-‐1.asp. Acesso em: 10 jul. 2013
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Sugestões de Gramáticas:
CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 3.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
LEDUR, Paulo Flávio. Português prático. 13.ed. Porto Alegre: AGE, 2012.
A língua e seu funcionamento
“[...] os falantes de uma língua têm a capacidade de construir e entender um número ilimitado de sentenças. Estas são construídas com base numa série de princípios, isto é, com base em uma gramática.” (FARACO; MANDRY, 2008, p. 252).
A palavra gramática pode designar duas coisas diferentes:
a) os princípios básicos da organização da língua;
b) o livro em que se tenta registrar alguns desses princípios básicos da língua.
Dúvidas?
Sugestões de dicionários na internet:
http://www.ortografa.com.br/
http://www.auletedigital.com.br/
http://www.priberam.pt/dlpo/
http://www.academia.org.br (VOLP)
REFERÊNCIAS
ABAURRE, Maria Luiza M.; ABAURRE, Maria Bernadete M. Produção de texto: interlocução e gêneros. São Paulo: Moderna, 2007.
FARACO, Carlos Alberto; MANDRYK, David. Prática de Redação para Estudantes Universitários. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. 12.ed.
GIERING, Maria Eduarda et al. Leitura e produção de artigo acadêmico-científico. Coleção EAD Unisinos. São Leopoldo: Unisinos, 2010.
SAVIOLI, Francisco Platão; FIORIN, José Luiz. Lições de texto: leitura e redação.5.ed. São Paulo: Ática, 2006.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
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A Língua Portuguesa
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• A língua portuguesa é a quinta mais falada no mundo e a terceira do mundo ocidental, superada pelo inglês e pelo castelhano. Atualmente, aproximadamente 250 milhões de pessoas no mundo falam português e o Brasil responde por cerca de 80% desse total. Diante disso, a língua portuguesa é instituída como oficial em Portugal, Ilha da Madeira, Arquipélago dos Açores, Brasil, Moçambique, Angola, Guiné-‐Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Diante da grandiosidade da língua, em países do MERCOSUL é obrigatório o ensino do português como disciplina escolar. Existem ainda lugares que utilizam a língua de forma não oficial, assim o idioma é falado por uma restrita parcela da população, são eles: Macau, Goa (um estado da Índia) e Timor Leste na Oceania. A dispersão da língua em distintos continentes deve-‐se principalmente à política de expansão de Portugal, especialmente nos séculos XV e XVI, quando ocorreu a exploração de uma grande quantidade de colônias. Sendo assim, a língua da metrópole foi introduzida e logo se juntou com as culturas locais, formando uma diversidade de dialetos. Essa nova forma de falar o português fora da pátria mãe era denominada de criolo. O português é oriundo do latim vulgar (essa variação era apenas falada), língua que os romanos inseriram em uma região ao norte da Península Ibérica, chamada de Lusitânia. A partir da invasão dos romanos na região, praticamente todos os povos começaram a usar o latim, salvo o povo basco. Nesse processo teve início a constituição do espanhol, português e o galego. Em sua essência é uma língua românica, ou seja, ibérico-‐românico, que deu origem também ao castelhano, catalão, italiano, francês, romeno e outros. O português se diferencia por meio da variedade de dialetos e subdialetos e no âmbito internacional, pois a língua é classificada em português brasileiro e europeu.
Por Eduardo De Freitas http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/paises-‐que-‐falam-‐portugues.htm Acesso: fev. 2012.
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01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25.
A arte de escrever Há, portanto [...], uma arte de escrever – que é a redação. Não é uma prerrogativa dos literatos, senão uma atividade social indispensável, para a qual falta, não obstante, muitas vezes, uma preparação preliminar. A arte de falar, necessária à exposição oral, é mais fácil na medida em que se beneficia da prática da fala cotidiana, de cujos elementos parte em princípio. O que há de comum, antes de tudo, entre a exposição oral e a escrita é a necessidade da boa composição, isto é, uma distribuição metódica e compreensível de ideias. Impõe-‐se igualmente a visualização de um objetivo definido. Ninguém é capaz de escrever bem, se não sabe bem o que vai escrever. Justamente por causa disso, as condições para a redação no exercício da vida profissional ou no intercâmbio amplo dentro da sociedade são muito diversas das da redação escolar. A convicção do que vamos dizer, a importância que há em dizê-‐lo, o domínio de um assunto da nossa especialidade tiram à redação o caráter negativo de mero exercício formal, como tem na escola. Qualquer um de nós senhor de um assunto é, em princípio, capaz de escrever sobre ele. Não há um jeito especial para a redação, ao contrário do que muita gente pensa. Há apenas uma falta de preparação inicial, que o esforço e a prática vencem. Por outro lado, a arte de escrever, na medida em que consubstancia a nossa capacidade de expressão do pensar e do sentir, tem de firmar raízes na nossa própria personalidade e decorre, em grande parte, de um trabalho nosso para desenvolver a personalidade por este ângulo. [...] A arte de escrever precisa assentar numa atividade preliminar já radicada, que parte do ensino escolar e de um hábito de leitura inteligentemente conduzido; depende muito, portanto, de nós mesmos, de uma disciplina mental adquirida pela autocrítica e pela observação cuidadosa do que outros com bom resultado escreveram. Joaquim Mattoso Camara Jr.
In: CAMARA Jr., Joaquim Mattoso. Manual de expressão oral e escrita. 8.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1985.
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2 O MÉTODO CIENTÍFICO2
Você é dessas pessoas curiosas que: a) observa o mundo com atenção e procura realmente compreendê-lo? b) leva sempre em conta o que já se conhece sobre determinado assunto antes
de tirar suas conclusões? Em caso afirmativo, seu procedimento segue alguns dos princípios do método
empregado pelos cientistas para fazer ciência. Em alguma medida, podemos e devemos agir “cientificamente” em nossa vida
cotidiana, recorrendo a certos procedimentos lógicos para descobrir como as coisas funcionam ou por que elas acontecem. Agimos cientificamente quando, a partir da observação de determinado acontecimento, temos um “palpite” de por que ele está ocorrendo; esse “palpite” é o que os cientistas chamam de hipótese.
O que é ciência? Ainda que a ciência ocasionalmente envolva aprendizado com base em
manuais e aulas, sua principal atividade é a descoberta. A descoberta é um processo ativo, presente, não algo para ser realizado apenas por estudiosos isolados do mundo. Ela é tanto uma busca por informação quanto um esforço por explicar como essa informação se combina de maneira significativa.
Quase sempre a ciência procura respostas para questões muito práticas: como a atividade humana afeta o aquecimento global? Por que as populações de abelhas estão subitamente se reduzindo na América do Norte? O que permite aos pássaros migrar por distâncias tão longas? Como os textos se organizam? Como se formam os buracos negros? Se a agricultura mundial produz comida suficiente para alimentar a humanidade, por que muitas pessoas ainda passam fome? Como uma criança adquire a linguagem?
A ciência baseia-se na observação. Os cientistas empregam todos os seus sentidos para recolher informações sobre o mundo que os cerca. Ocasionalmente, eles as recolhem de maneira direta, sem a intervenção de ferramentas ou aparatos. Em outras ocasiões, empregam equipamentos como telescópios ou microscópios, a fim de recolher informações de maneira indireta. De qualquer maneira, os cientistas registrarão aquilo que veem, ouvem e sentem. Essas observações registradas são conhecidas como dados.
A ciência pode ser considerada como uma forma de pensar, mas também como uma forma de se trabalhar – um processo que requer que os cientistas façam perguntas, formulem hipóteses e as testem por meio de experiências. Esse processo tornou-se conhecido como método científico e seus princípios básicos estão em uso por pesquisadores de todas as disciplinas, em todas as partes do mundo.
2 Adaptado de HARRIS, William. HowStuffWorks - Como funciona o Método Científico. Disponível em: <http://ciencia.hsw.uol.com.br/metodos-cientificos3.htm>.
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As etapas do Método Científico Em termos fundamentais, o método científico apresenta as seguintes etapas: Etapa 1: Observação Quase todas as investigações científicas começam por uma observação que
desperta a curiosidade ou suscita uma questão. Por exemplo, quando Charles Darwin (1809-1882) visitou as Ilhas Galápagos (localizadas no Oceano Pacífico, a 950 km a oeste do Equador), ele observou diversas espécies de tentilhões, cada qual adaptado de maneira única a um habitat específico. Os bicos dos tentilhões, em especial, apresentavam largas variações e pareciam desempenhar papel importante na maneira pela qual o animal obtinha alimento. Os pássaros cativaram Darwin. Ele queria compreender as forças que permitiam que tantas variedades diferentes coexistissem com sucesso em uma área geográfica pequena. Suas observações o levaram a formular uma pergunta que poderia ser submetida a teste.
Etapa 2: Formulação da pergunta O propósito da pergunta é estreitar o foco da investigação e identificar o
problema em termos específicos. A pergunta que Darwin poderia ter feito, depois de ver tantos tentilhões diferentes, talvez fosse expressa assim: o que causou a diversificação dos tentilhões das ilhas Galápagos?
Encontrar perguntas científicas não é difícil e não requer treinamento científico. Se você já se sentiu curioso sobre algo, se já quis saber o que causou algum acontecimento, então provavelmente já formulou uma pergunta que poderia servir de base a uma investigação científica.
Etapa 3: Formulação da hipótese Perguntas anseiam por respostas e o próximo passo no método científico é
sugerir uma possível resposta em forma de hipótese. A hipótese nada mais é do que uma possível explicação para o problema. Segundo explicam Cervo e Bervian (1974, p. 29), “a hipótese é a suposição de uma causa ou de uma lei destinada a explicar provisoriamente um fenômeno até que os fatos a venham contradizer ou afirmar.”
Por exemplo, se você desejasse estudar o problema relacionado à resistência do ar, poderia já ter a sensação intuitiva de que um carro em forma de pássaro poderia enfrentar menos resistência do ar do que um carro em forma de caixa. Essa intuição pode ser usada para ajudar a formular uma hipótese.
Em termos gerais, uma hipótese é expressa na forma de uma declaração "se... então". Perceba que existem duas qualidades importantes quanto a uma hipótese expressa em formato "se... então". A primeira é que ela é passível de teste e é possível organizar uma experiência que teste a validade dessa declaração. A segunda é que ela pode ser contestada, ou seja, seria possível desenvolver uma experiência que revele que tal ideia não procede. Caso essas duas qualificações não sejam atendidas, a questão não poderá ser tratada por meio do método científico.
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Etapa 4: Experiência controlada Muitas pessoas pensam em uma experiência como algo que acontece em um
laboratório. Mas as experiências não necessariamente envolvem as bancadas de um laboratório ou tubos de ensaio. No entanto, elas precisam ser montadas de forma a testar uma hipótese específica e precisam ser controladas.
Controlar uma experiência também significa montá-la de forma que haja um grupo de controle e um grupo experimental. O grupo de controle permite que o responsável pela experiência estabeleça um parâmetro de comparação, com números em que ele possa confiar e que não resultem das mudanças geradas pela experiência.
Etapa 5: Análise dos dados e conclusão Durante uma experiência, os cientistas reúnem dados quantitativos e
qualitativos. Em meio a essas informações, se eles tiverem sorte, estão indícios que podem ajudar a sustentar ou a rejeitar uma hipótese. Uma hipótese confirmada nas experimentações passa a ser denominada lei científica; um conjunto de leis que explicam um determinado fenômeno (ou grupo deles) é designado teoria. As teorias científicas têm validade até que sejam incapazes de explicar determinados fatos ou fenômenos, ou até que algum descobrimento novo comprovado se oponha a elas. A partir de então, os cientistas começam a elaborar outra teoria que possa explicar esses novos descobrimentos.
Em síntese, as etapas do método científico são: ü Observação: análise crítica dos fatos. ü Questionamento: elaboração de uma pergunta ou identificação de um problema a ser resolvido. ü Formulação de hipótese: possível resposta a uma pergunta ou solução de um problema. ü Realização de dedução: previsão possível baseada na hipótese. ü Experimentação: teste da dedução ou novas observações para testar a dedução. Ao se realizar o experimento deve-se trabalhar com grupo de controle. ü Conclusão: Etapa em que se aceita ou se rejeita uma hipótese.
Publicação Científica Se a hipótese do pesquisador for confirmada, inicia-se o processo para a
publicação dos resultados em revistas científicas (periódicos). Ele submete o artigo a um periódico, que avalia a relevância da descoberta na área de pesquisa. Após essa avaliação pelos pares, o artigo é aprovado e publicado.
Para a redação científica, o pesquisador deve seguir normas ditadas pela comunidade científica das diferentes áreas de conhecimento.
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2.1 Questões sobre o método:
-‐ Enumere as etapas do método científico e defina-‐as com as suas palavras:
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3 ARTIGO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
3.1 Terminologia: ____________________________________________________
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QUANDO SE TEM DOUTORADO
O dissacarídeo de fórmula C12H22O11, obtido através da fervura e da evaporação de H2O do líquido
resultante da prensagem do caule da gramínea Saccharus officinarum, (Linneu, 1758) isento de
qualquer outro tipo de processamento suplementar que elimine suas impurezas, quando apresentado
sob a forma geométrica de sólidos de reduzidas dimensões e restas retilíneas, configurando pirâmides
truncadas de base oblonga e pequena altura, uma vez submetido a um toque no órgão do paladar de
quem se disponha a um teste organoléptico, impressiona favoravelmente as papilas gustativas,
sugerindo impressão sensorial equivalente provocada pelo mesmo dissacarídeo em estado bruto, que
ocorre no líquido nutritivo da alta viscosidade, produzindo nos órgãos especiais existentes na Apis
mellifera (Linneu, 1758). No entanto, é possível comprovar experimentalmente que esse dissacarídeo,
no estado físico-químico descrito e apresentado sob aquela forma geométrica, apresenta considerável
resistência a modificar apreciavelmente suas dimensões quando submetido a tensões mecânicas de
compressão ao longo do seu eixo em consequência da pequena capacidade de deformação que lhe é
peculiar.
QUANDO SE TEM MESTRADO
A sacarose extraída da cana de açúcar, que ainda não tenha passado pelo processo de purificação e
refino, apresentando-se sob a forma de pequenos sólidos tronco-piramidais de base retangular,
impressiona agradavelmente o paladar, lembrando a sensação provocada pela mesma sacarose
produzida pelas abelhas em um peculiar líquido espesso e nutritivo. Entretanto, não altera suas
dimensões lineares ou suas proporções quando submetida a uma tensão axial em conseqüência da
aplicação de compressões equivalentes e opostas.
QUANDO SE TEM GRADUAÇÃO
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O açúcar, quando ainda não submetido à refinação e, apresentando-se em blocos sólidos de pequenas
dimensões e forma tronco-piramidal, tem sabor deleitável da secreção alimentar das abelhas; todavia
não muda suas proporções quando sujeito à compressão.
QUANDO SE TEM ENSINO MÉDIO
Açúcar não refinado, sob a forma de pequenos blocos, tem o sabor agradável do mel, porém não muda
de forma quando pressionado.
QUANDO SE TEM ENSINO FUNDAMENTAL
Açúcar mascavo em tijolinhos tem o sabor adocicado, mas não é macio ou flexível.
QUANDO NÃO SE TEM ESTUDO
Rapadura é doce, mas não é mole não!!!!!
OBS:______________________________________________________________________________
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3.2 A partir da leitura do texto abaixo, caracterize:
a) linguagem:
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b) autor:
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c) leitor:
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d) estrutura do texto:
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ESTAMOS MUDANDO?
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ma etapa decisiva para a nossa visão de mundo ocorreu em 1859. Nesse ano, o naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882) pu-
blicou A origem das espécies. Anteriormente, acreditava-se que o mundo teria sido criado por uma entidade divina em uma versão es-tática e, portanto, as condições atuais seriam iguais às existentes no início. Essa criação teria acontecido em apenas sete dias e em época relativamente recente. Opiniões divergentes eram consideradas heresia, e poderiam levar seu autor à prisão, ao julgamento pelos tri-
bunais da Inquisição e, em muitos casos, à morte, queimado em uma fogueira diante de uma multidão de fi éis.
Isso mudou com a publicação de A origem das espécies. Desde então, as ideias de Darwin foram submetidas a cuidadoso exame e, com o surgimento de novas técni-cas de análise do material genético, revistas e ampliadas. Apesar das revisões, o eixo principal da teoria darwiniana permanece intacto: o fator principal que determina a evolução orgânica é a seleção natural. Nesse processo, a variação natural dos indivíduos, devido a erros aleatórios na duplicação do material genético (o ácido desoxirribonucleico, ou DNA) durante a repro-dução, está sujeita a uma seleção, porque as alterações infl uem na viabilidade ou na fertilidade de cada indivíduo e isso favorece (ou não) a transmissão de seus genes para a próxima geração.
A publicação de A origem das espécies, em que Charles Darwin propôs a teoria da evolução dos seres vivos, mudou a ideia de que o ser humano seria o ápice da evolução. Darwin mostrou que somos uma espécie como as outras, e que a diferença principal entre nossa espécie e as demais é a cultura. Supôs-se, por muito tempo, que a capacidade de adquirir e transmitir cultura era infl uenciada por fatores biológicos, mas hoje acredita-se que exista uma interação entre biologia e cultura. De que modo, porém, a cultura estaria associada à evolução de aspectos biológicos? Este artigo apresenta três exemplos, em populações bra-sileiras e latino-americanas, em que essa evolução conjunta teria acontecido.
FRANCISCO M. SALZANODepartamento de Genética, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
BIOLOGIA, CULTURA E EVOLUÇÃO
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ILUSTRAÇÃO LUCIANA ARAUJO LUMYX
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te diferentes. O rit-mo da evolução cul-tural é muito mais acelerado. Dois fa- tores explicam isso: a transmissão de uma novidade bioló-gica (mutação) só po-de ser feita por seu portador a descen-dentes diretos, en-quanto a novidade cultural pode se es-palhar rapidamente por informação en-tre pessoas não rela-cionadas, por apren-dizagem professor- -aluno e pela imitação de pessoas célebres, além da difu- são por imprensa, rádio, televisão e internet. Para dar uma ideia da rapidez da evolução cultural, basta lem- brar que apenas 12 mil anos separam a tecnologia do arco e flecha da que produziu as estações espaciais!
Hoje, grande número de pesquisadores investiga de que maneira esses dois fatores (biologia e cultura) po- dem influenciar um ao outro. Há toda uma área de estu- dos relacionada a modelos matemáticos de coevolução gene-cultura, envolvendo, por exemplo, a cooperação dentro de e entre comunidades, os tabus de incesto, bem como o comportamento sexual e crenças de paternida- de. Apresentamos a seguir três outros enfoques, basea- dos em estudos de nosso grupo de pesquisa.
Lactase em adultos_Na maioria das populações humanas, a capacidade de digerir a lactose (principal açúcar do leite) diminui rapidamente após o desmame, devido à redução dos níveis da enzima lactase no intestino. Nessas pessoas, a ingestão de leite na vida adulta, mes- mo em pequena quantidade, causa dor abdominal, fla- tulência, cãibras e diarreia. O fenômeno, porém, não é universal. A persistência de lactase na vida adulta exis- te em especial em populações europeias e em algumas africanas, e estudos mostraram forte associação entre essa característica e a prática do pastoralismo, que implica a ingestão de leite fresco como parte da dieta diária.
Foi lançada, então, a hipótese de que a persistência de lactase na vida adulta teria sido geneticamente selecio-nada devido às vantagens que proporciona: o valor nutri- tivo do leite, seu conteúdo de água e a maior absorção de cálcio. Seria, portanto, um claro exemplo de coevolu- ção gene-cultura: domesticar animais leiteiros teria dado uma vantagem adaptativa aos portadores da(s) muta- ção(ões) que permite(m) a produção de lactase por adul- tos, favorecendo a transmissão desta aos filhos. Como essa domesticação é relativamente recente na história evolutiva humana, acreditava-se que a taxa de mutação
Charles Darwin
O casamento feliz entre a evolução e a genética (cha-mado de ‘síntese moderna’) ocorreu a partir da década de 1930, por meio do trabalho de cientistas de grande importância. Entre eles, pode-se destacar, por sua rela- ção com o Brasil, onde viveu por muitos anos, o geneticista russo, naturalizado norte-americano, Theodosius Dobz-hansky (1900-1975). A ‘síntese moderna’ e outros avan- ços mais recentes – entre eles a elucidação da estrutu- ra do material genético, as técnicas de manipulação do DNA e os desenvolvimentos da bioinformática e da na- notecnologia – podem ser caracterizados como verdadei- ras revoluções científicas.
Apenas mais uma espécie?_A linhagem evoluti- va que originou o Homo sapiens começou a se diferenciar, há 7 milhões de anos, de outra que agora é representada por chimpanzés e gorilas. O que nos diferencia de nosso parente mais próximo, o chimpanzé? Embora os genomas dessas duas espécies sejam cerca de 98% idênticos, nin-guém confunde um humano com um chimpanzé, e talvez as diferenças mais marcantes sejam: (a) o tamanho e a es-trutura do cérebro, com capacidades médias cranianas de 1.350 cm3 e 450 cm3, respectivamente; (b) o bipedalismo, muito mais desenvolvido – e permanente – em humanos; (c) a linguagem, ou seja, a combinação de sons básicos (fo-nemas) para formar palavras e de palavras para formar sentenças, o que não ocorre em qualquer sistema de comu-nicação de chimpanzés; e (d) a cultura, ou seja, a elabora-ção de artefatos materiais e conceitos abstratos, quase exclusiva do H. sapiens.
Então, podemos ser distinguidos de outras espécies por meio da cultura. Mas o que é cultura? Dizem que há tantas definições de cultura quanto antropólogos, cada um salientando aspectos específicos do processo (ver ‘Chimpanzés têm cultura?’, em CH 290). Pode-se, em todo o caso, caracterizá-la como o complexo de crenças, valores, comportamentos e tradições associado a uma po-pulação – para tornar o conceito mais acessível a compa-rações, inclusive entre espécies, pode-se expressá-lo co- mo a informação capaz de afetar o comportamento indi- vidual adquirido por meio do ensino, da imitação e de ou-tras formas de aprendizagem social. O termo informação inclui conhecimento, crenças, valores e habilidades, que se expressam tanto no comportamento quanto em artefatos.
As interpretações sobre as relações entre biologia e cultura têm sofrido uma evolução curiosa ao longo dos tempos. De início, supunha-se que fatores biológicos de-terminariam de maneira estrita a capacidade de adquirir e transmitir traços culturais. Mais tarde, em especial de-vido aos trabalhos do antropólogo alemão, naturalizado norte-americano, Franz Boas (1858-1942), passou-se a questionar se a biologia teria qualquer influência nesse processo. Hoje, acredita-se em uma interação entre biolo-gia e cultura, com influências mútuas.
O que ninguém questiona é que as taxas de mudança nos processos biológicos e nos culturais são marcadamen-
FOTO WIKIMEDIA COMMONS
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Nicho, milho e colesterol_Um conceito muito usado em estudos evolutivos é o de nicho ecológico, ou seja, a posição ocupada por uma planta ou animal em sua comunidade, tanto em relação ao ambiente quanto às suas associações com outros organismos. A teoria da construção de nicho, por sua vez, salienta a capacidade dos organismos de alterar a pressão da seleção natural em seu ambiente e, assim, agir como ‘codiretores’ da própria evolução – e da evolução de outras espécies diretamente relacionadas.
Na espécie humana, a domesticação de animais lei-teiros, como citado acima, revelou ser um fator poten-cialmente capaz de gerar esse fenômeno. Nosso grupo de pesquisa identifi cou outro exemplo semelhante: a relação entre um determinado alelo (forma alternativa do mesmo gene, com sequência interna diferente) e o processo de domesticação do milho na América Central.
Que alelo é esse? Ele decorre de uma mutação que al-tera uma proteína transportadora de colesterol e outras substâncias (ABCA1, na sigla em inglês). Até agora, esse alelo foi encontrado apenas em ameríndios e populações parcialmente derivadas destes. Ele foi batizado como ABCA1*230Cys, porque induz a troca do aminoácido argi-nina por cisteína (Cys) em um local específi co (a posição 230) na proteína – os aminoácidos são os constituintes primários das proteínas. Essa alteração provoca a redu-
A prática milenar da criação de gado (na imagem, no antigo Egito) provavelmente levou à seleção, na população do Velho Mundo, do gene que determina a tolerância à lactose
teria de ser excepcionalmente alta. No entanto, simula-ções estatístico-matemáticas demonstraram que as altas frequências hoje registradas para essa mutação poderiam ter sido atingidas em cerca de 300 gerações, o que é com-patível com a data estimada do início da domesticação.
Os poucos estudos existentes sobre a persistência da lactase em ameríndios levou nosso grupo a investigar essa característica entre duas populações guaranis, uma cain-gangue e uma xavante. O estudo, com 316 indivíduos, en-volveu o gene da lactase (LCT) e a região adjacente do genoma responsável pela ativação desse gene. As altera-ções responsáveis pela persistência da lactase ocorrem nessa região.
Os resultados confi rmaram, nas populações amostra-das, a quase inexistência de variações na região ativadora. A mutação relacionada à lactase mais comum em euro-peus (denominada -13910*T) só foi registrada no estudo em baixas frequências, de 0,5% a 7,6%, que podem ser ex plicadas por uniões entre ameríndios e europeus. Em contraste, foi observada ampla variabilidade no gene LCT, com a presença de 15 haplótipos (diferentes variações na sequência de bases de um gene) e uma distribuição he-terogênea dessas variações entre as quatro populações ame -ríndias. Portanto, diferentes fatores evolucionários po dem ocorrer mesmo em porções de DNA bastante próximas.
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24 | CIÊNCIAHOJE | VOL. 50 | 297
ção dos níveis de lipoproteína de alta densidade (colesterol HDL) em circulação, já que prejudica a capa-cidade de transporte dessa subs-tância pela ABCA1.
Sem ser transportado, o coles-terol permanece dentro das cé-lulas, o que signifi ca mais tecido adiposo e, portanto, maior esto-que de energia. A formação de tecido adiposo favoreceria vá-rias funções biológicas, entre elas a capacidade de responder a variações no fornecimento de energia (em períodos de fome, característicos de tempos pré--históricos), a regulação da função repro-dutiva e a atuação do sistema imune. Essa variante teria sido favorecida pela seleção natural em épocas passadas, mas atual-mente, com a abundância de alimentos, se tornou desfavorável. Ela ainda existe por-que sua eliminação por seleção exige um tempo muito mais longo. Essa mutação na proteína ABCA1 é, portan-to, mais um exemplo de gene ‘frugal’ – gene que teria sido selecionado no passado porque, então, era vantajo-so, mas no mundo moderno se tornou prejudicial, devido ao excesso de alimentos e aos hábitos sedentários.
O estudo incluiu 1.905 ameríndios, distribuídos pelas Américas Central e do Sul e revelou, em uma subamos-tra da América Central (691 indivíduos), uma relação direta entre as frequências do alelo (sua ocorrência per-centual na população) e as idades de grãos de pólen de milho antigos, encontrados em sítios arqueológicos da mesma região (ver ‘O pólen e o alelo’).
Como interpretar esses achados? O milho, a planta nutritiva mais importante das Américas, foi domestica-do entre 6,3 mil e 10 mil anos atrás, a partir do teosinto (Zea mays parviglumis). O cultivo do milho mudou a vida das populações, que aos poucos substituíram hábitos de caça e coleta pela agricultura, criando um novo nicho eco-lógico. A mudança, porém, deixou tais povos mais vulne-ráveis a perdas de safras decorrentes de fatores ambien-
O milho, importante na dieta dos povos antigos da América
Central, tinha uma deusa própria (na imagem, a deusa Xilonen,
dos astecas)
tais ou pragas e, portanto, a pe-ríodos de fome. Nessas circuns-
tâncias, o alelo ABCA1*230Cys teria sido favorecido, por dar a seus portadores maior resistên-cia a situações desse tipo.
A América do Sul tem maior diversidade de ambientes, pes-soas ou culturas que a América Central. É possível que, nessa
região, os fatores responsáveis pela alta ocorrência desse alelo se-
jam outros. Uma hipótese pode estar ligada ao importante papel do colesterol em processos infecciosos, como na entra-
da e replicação do vírus da dengue do tipo 2 e de infecções por fl avivírus. Sabe-se ainda que a deleção do gene ABCA1 con-fere resistência total contra a malária ce-rebral em camundongos.
A aparência dos xavantes_Nosso grupo estuda há 50 anos os xavantes do Brasil Central, especifi camen-te a aldeia de Etéñitépa, na Terra Indígena Pimentel Bar-bosa, em Mato Grosso. Desde o início verifi cou-se que os indígenas apresentavam traços morfológicos – circunfe-rência maior da cabeça, face maior e mais estreita e nariz mais largo – que os distinguiam de outros ameríndios, mas só recentemente os fatores responsáveis por essas di-ferenças de aparência física foram analisados em detalhe.
Esse estudo envolveu medidas da cabeça e da face de 1.203 indivíduos de seis tribos brasileiras (xavantes, ba-nivas, caiapós, caingangues, ticunas e ianomâmis), além dos otomis, do México, para comparação externa. A aná-lise envolveu oito medidas diferentes e considerou a posição geográfi ca das populações e o clima da região, bem como aspectos genéticos independentes (do DNA mitocondrial, herdado apenas da mãe), práticas cultu-rais, organização política, sistemas de casamentos e ou-tras características socioculturais. Esse conjunto de da-dos foi analisado com sofi sticados programas computa-cionais (matemático-estatísticos).
Os zapotecas vivem na região em que fi ca Guilá Naquitz, sítio arqueológico no México, onde foi encontrado pólen de milho de 9,2 mil anos, e o alelo mutante ocorre em 24% dessa população. Já na região do lago de Cote, na Costa Rica, onde o pólen é bem mais recente (3,1 mil anos), o alelo aparece em apenas 10% da população atual, de etnia cabécar. Outras populações estudadas, que habitam áreas próximas a sítios arqueológicos em que houve datação de pólen de milho, foram: maias, na região de San Andrés, em El Salvador (pólen de 7,1 mil anos e frequência do alelo de 20%); nauátles, em Zohapilco, no México (pólen de 5,8 mil anos e frequência do alelo de 17%); cachiquel-quiches, em Zipacate, na Guatemala (pólen de 5,3 mil anos e frequência do alelo de 15%); totonacos em Laguna Pompal, no México (polén de 4,8 mil anos e frequência do alelo de 13%); e guaimis, em lago Gatún, no Panamá (pólen de 4,4 mil anos e frequência do alelo de 15%). A correlação entre as duas variáveis (idade do pólen e percentual do alelo) é de 94%.
O PÓLEN E O ALELO
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G E N É T I C A E E V O L U Ç Ã O
297 | OUTUBRO 2012 | CIÊNCIAHOJE | 25
tem sido através dos tempos/ e em qualquer era/ o impre-visto sempre acontece/ quando menos se espera!”. O escritor de ficção científica britânico Herbert George Wells (1866-1946) imaginava, no início do século passado, que a humanidade teria, no futuro, cabeças muito maio- res que as atuais, para arquivar no cérebro toda a infor- mação gerada por nosso desenvolvimento sociocultural. Ele não podia prever que tal aumento não seria necessário de-vido ao surgimento de computadores de alto desempenho.
É difícil prever a taxa de mudança da evolução cultural, mas a internacionalização proporcionada pelos modernos meios de transporte e comunicação sugere que a diver- sidade morfológica humana tenderá a diminuir, levando a maior uniformidade da população mundial, diferente-mente do que ocorreu com os xavantes.
Sugestões para leitura
COIMBRA Jr., C. E. A.; FLOWERS, N. M.; SALZANO, F. M. e SANTOS, R. V. The Xavánte in transition. Health, ecology, and bioanthropology in Central Brazil. Ann Arbor, University of Michigan Press, 2002.HÜNEMEIER, T. e outros. ‘Cultural diversification promotes rapid phenotypic evolution in Xavánte Indians’, em Proceedings of the National Academy of Sciences, v. 109 (1), p. 73, 2012.SALZANO, F. M. DNA, e eu com isso? São Paulo, Oficina de Textos, 2005.SALZANO, F. M. Genômica e evolução. Moléculas, organismos e sociedades. São Paulo, Oficina de Textos, 2012.
Qual o principal resultado? Verificou-se que a taxa de mudança morfológica (variação das medidas de crânio e face em relação à época estimada de separação entre esses diferentes grupos indígenas) dos xavantes era 3,8 vezes maior do que a taxa média, que inclui, além dos outros grupos brasileiros, os otomis, geográfica e linguistica- mente muito diferentes dos demais. As diferenças entre xavantes e não xavantes também eram acentuadas no caso de características socioculturais, não sendo influen-ciadas por fatores geográficos ou climáticos.
A estrutura populacional dessas tribos (determinada por sucessivas fissões e fusões de grupos de diferentes tamanhos, em geral associadas a linhas de parentesco) e o padrão de seleção sexual (escolha de parceiros para uniões reprodutivas) podem ter determinado esse fluxo evolucionário rápido. Comparações anteriores sobre esco-lha de parceiros(as) com base em características morfoló-gicas já haviam constatado diferenças dos xavantes em relação a outros ameríndios e a populações não ameríndias.
Rumo à uniformidade?_O que foi apresentado neste artigo torna claro que a resposta à pergunta do título é afirmativa. Estamos mudando, e essas mudanças estão sendo fortemente influenciadas por padrões culturais. Já foi dito que os humanos podem ser vistos como ciborgues, tal a influência da cultura sobre nossa biologia.
Mas o que vai acontecer daqui para a frente? O escri- tor gaúcho Luiz Fernando Veríssimo, em um pequeno verso, nos aconselha a ter cuidado com previsões: “Assim
Os xavantes têm características socioculturais singulares entre os ameríndios, e estudos comparativos com outras tribos do Brasil mostraram que também apresentam aparência física (em algumas medidas da cabeça e da face) que os diferenciam das demais populações indígenas
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4 Elementos de constituição do texto: organização da frase
Cuidado com os sete pecados textuais
1. Frases longas repletas de vírgulas ou não; (frase ocupa mais de 3
linhas, revise-a e tente dividi-la em sentenças menores, mediante o emprego de conectores adequados)
2. Parágrafos longos; (tente usar frases de abertura e encerramento, indicando o propósito do parágrafo)
3. Erros ortográficos; www.ortografa.com.br
4. Tempos verbais consistentes; As chances de absolvição aumentariam se o advogado revisse o processo.
5. Erros gramaticais: paralelismo, concordância, conjugação, crase;
6. Imagens/tabelas ilegíveis; e
7. Cópia literal – sem citação (duas páginas de jurisprudência).
Aspirar"""VTD,"quando"significar"sorver,"absorver.""Como#é#bom#aspirar#a#brisa#da#tarde."VTI,"com"a"prep."a,"quando"significar"almejar,"objeHvar..""Aspiramos#à#vaga#de#juiz#na#cidade#de#Porto#Alegre.."&
AssisAr""VTI,"com"a"prep."a,"quando"significar"ver"ou"ter"direito.""Gosto#de#assis4r#aos#jogos#do#Santos.#Assiste#ao#trabalhador/à#empregada#domés4ca#o#descanso#semanal#remunerado.#&
Visar"VTD"—"no"senHdo"de"pôr#o#visto#ou"mirar,"não"admite"preposição:""Já#visei#o"cheque.#Visei#o"alvo#e#acertei."VTI"—"no"senHdo"de"almejar,"exige"a"preposição"A:""Todos#os#par4dos#polí4cos#visam#ao"poder."
Alguns&cuidados¶&redigir&bem:"
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Verbos&estáAcos&(situar,&morar)&devem&ser&usados&com&preposição&EM:&"Moro"na"rua"Tabajara."O"Fórum"situaJse&na&avenida"Flores"da"Cunha.""Os&adjeAvos&“residente”,&“sito”&e&“domiciliado”,&derivados&de&verbos&estáAcos,&devem&também&ser&usados&com&a&preposição&EM:&&#Joaquim"Gonçalves,"residente"e"domiciliado"na&Rua&das&Flores,"..."As"obras"do"Condomínio"Bandeirantes,"sito"(situado)"na&Av.&Tiradentes,"ainda"não"foram"concluídas.""
Alguns&cuidados¶&redigir&bem:"
• Léxico:"o"domínio"das"palavras"e"suas"relações"na"frase/texto"
"Manutenção do uso da linguagem!
Alguns&cuidados¶&redigir&bem:"
A"palavra"e"suas"múlHplas"faces"• Componente"central"das"línguas;""• Ponto"de"cruzamento"dos"estudos"linguísHcos"e"de"outras"áreas"do"saber"O"termos."
• Estrutura"formal,"morfológica;"• Papel"na"construção"do"discurso;"• Elemento"de"interligação"do"ser"com"o"mundo"exterior."
"
Alguns&cuidados¶&redigir&bem:"
23
Alguns&cuidados¶&redigir&bem:"
""""As"sentenças"da"língua"portuguesa"quase"sempre"são"
consHtuídas"por"um"sujeito"e"por"um"predicado,"isto"
é," os" enunciados" expressam" algo" (predicado)" sobre"
alguém&ou"sobre"alguma&coisa&(sujeito)."
• Estrutura"frasal"básica:"" ""
" " "S+V+C+IC"
A"parte"impetrante"apresentou"aditamento"à"peHção"inicial"nos"autos.""""
" " """
Alguns&cuidados¶&redigir&bem:"
• Observe"o"seguinte"enunciado" �Um composto desenvolvido por pesquisadores da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul poderá tratar a
aterosclerose no futuro�. ROCHA,"Alexandre"Caroli."Big"Bang"e"inovação"tecnológica."Revista&Com&Ciência.""
Disponível"em"hip://www.comciencia.br/comciencia/?secHon=8&edicao=58&Hpo=resenha."Adaptação.""
• Sobre"o"que"se"expressa"algo"(sujeito)?"
• O"que"se"expressa"sobre"algo"(predicado)?"
13
Alguns&cuidados¶&redigir&bem:"
24
�Um& composto& desenvolvido& por& pesquisadores& da&
Universidade&Federal&do&Rio&Grande&do&Sul&poderá
tratar a aterosclerose no futuro�.
."
14
sujeito& predicado&
A&origem&do&universo"corresponde""
ao"assunto"da"sentença."
A&presença&da&origem&do&universo&na&mitologia&das&civilizações,&na&religião&
e&na&metaVsica"corresponde""à"informação"fornecida"sobre"o"
assunto"da"sentença."
Há uma série de informações que podem ser
acrescentadas ao núcleo da sentença: as
circunstâncias. Elas não possuem vida própria
porque apenas acrescentam informações à
ideia central; por isso, não são estruturalmente
necessárias no enunciado.
15
Alguns&cuidados¶&redigir&bem:"
16
&
sujeito"+""
verbo"+"complemento"do"verbo"+"elemento"circunstancial"
" " " " " �Um& composto& desenvolvido& por& pesquisadores& da&
Universidade& Federal& do&Rio&Grande&do& Sul& poderá& tratar"a&
aterosclerose&no&futuro�."
"
Alguns&cuidados¶&redigir&bem:"
25
"Os"elementos"circunstanciais"podem"expressar,"por"exemplo,"""• lugar:"aqui,"aí,"ali,"à"direita"etc."• tempo:"hoje,"brevemente,"sempre"etc."• modo:"bem,"amorosamente,"facilmente,"às"claras"etc."• intensidade:&bastante,"muito,"pouco,"bem"etc.&• afirmação:"sim,"certamente"etc."• negação:"não,"absolutamente,"tampouco,"de"modo"algum"etc.""• dúvida:"talvez,"acaso,"porventura,"decerto,"provavelmente"etc."
17
Alguns&cuidados¶&redigir&bem:"
Regra geral: pontuação&
Os&elementos&essenciais&de&uma&sentença&–&sujeito,&verbo&e&
complemento&verbal&–&jamais&são&separados&por&vírgula.&
&
Alguns&cuidados¶&redigir&bem:"
&Uma&boa&pontuação&é&fundamental&&
à&clareza&de&um&texto.&&&" Observe" como" a" pontuação" inadequada"dificulta"a"compreensão"do"senHdo"pelo"leitor."
19
Alguns&cuidados¶&redigir&bem:"
26
De"acordo"com"a"Infraero"essa"resolução"determinava"em"2014"que"“os"procedimentos"de"embarque"e"desembarque"eram"de"responsabilidade"das"empresas"aéreas"podendo"a"Infraero"oferecer"suporte"de"infraestrutura"quando"necessário”."
Alguns&cuidados¶&redigir&bem:" De"acordo"com"a"Infraero,"essa"resolução"determinava,"em"2014,"que"“os"procedimentos"de"embarque"e"desembarque"eram"de"responsabilidade"das"empresas"aéreas,"podendo"a"Infraero"oferecer"suporte"de"infraestrutura"quando"necessário”."
4.1 Organização da frase: exercícios
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - UNISINOS
GRAMÁTICA: RETOMANDO CONCEITOS BÁSICOS
A ESTRUTURA DA ORAÇÃO: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PONTUAÇÃO
Parte 1 – Ideia central e ideia secundária
Parte 2 – Os componentes da oração
“A origem do Universo estava presente na mitologia das civilizações, na religião e na metafísica”.
“Muito antes de se tornar tema de investigação científica, a origem do Universo estava presente na mitologia das civilizações, na religião e na metafísica”.
Parte 3 – A estrutura da oração: padrão oracional
“Instrutores costumam aconselhar os frequentadores de academias de ginástica a levantar o máximo de peso por sessão pois essa seria a melhor maneira de ganhar músculo um novo estudo sugere que a estratégia do ‘devagar e sempre’ com pesos leves pode dar resultado mais rápido”.
!
“Pesquisadores italianos conseguiram conforme publicação deste ano na New England Journal of
Medicine restabelecer a visão de 112 pessoas usando células-tronco do próprio olho. Outros experimentos como os realizados no Instituto Butantan em São Paulo ajudaram a reduzir lesões nos olhos de animais de laboratório e a criar uma fundamentação científica que permite o uso experimental dessa abordagem em seres humanos”.
!
“Um composto desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul poderá tratar a aterosclerose no futuro”.
!
“Atualmente, as principais formas de tratamento da aterosclerose são a ingestão de antioxidantes, a utilização de bloqueadores de cálcio e a implantação de balões e de malhas metálicas por meio de um cateter no local da lesão”.
!
27
Regra geral 5
“Nos termos mais simples, os robôs são máquinas construídas para operar num paradigma ‘sinta-pense-aja’. Ou seja, eles têm sensores que recolhem informações sobre o mundo”.
!
“Para mover as cadeiras elétricas, por exemplo, os comandos eram os seguintes: duas aspirações levavam à frente, duas exalações transportavam para trás, uma fungada para dentro e outra para fora carregavam para a direita”.
“Somos o fruto do corporativismo que nos mantém como clientes, ou apenas não verbalizamos vontades e desejos com contexto”.
“A discussão acerca das novas técnicas de manipulação genética é altamente complexa, porque pode resvalar em execráveis postulações de controle da ‘pureza’ da espécie humana”.
!
“Um interessante caso mais recente e de outra ordem é o da teoria do Big Bang, confundida por muitos cientistas ocidentais cristãos como o próprio momento da Criação, no sentido bíblico do termo;
trata-se, portanto, da influência da matriz cultural dos cientistas na interpretação da teoria, não na sua formulação propriamente dita”.
“A vegetação funciona como um filtro, que ajuda a reduzir a poluição. A pouca densidade dessa vegetação não soluciona o problema, porém pode amenizá-lo”.
!
......no sentido bíblico do termo portanto
trata-se da influência da matriz cultural dos cientistas.........!
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PONTUAÇÃO: REGRAS DE USO DA VÍRGULA
Regra geral 1
Regra geral 2
Regra geral 3
Regra geral 4
“Pesquisadores da State University of New York criaram um controle remoto magnético que altera a função celular”.
!
“O manual (Tacuinum Sanitatis) propunha seis elementos necessários para a manutenção quotidiana da saúde: a comida e a bebida, o ar e o ambiente, o movimento e o repouso, o sonho e a vigília, as secreções e as excreções dos humores e os movimentos ou os efeitos da disposição (a alegria, a ira, a vergonha...)”.
!
“A história da Tecnologia é tão grande, tão grande que não cabe nesse espacinho. Explore a máquina acima e descubra coisas incríveis sobre Informática, Meios de Comunicação, Meios de Transporte e Grandes Invenções!”
!
“Em 2000, os biólogos Rodrigo da Silveira e Felipe Mendes, então estudantes de mestrado da Universidade de São Paulo, promoveram, no Congresso Brasileiro de Genética, um exercício aos jovens da cidade de Águas de Lindoia, que sediava o evento”.
“O poder de controlar seres vivos e objetos a distância é um talento sobrenatural popular na ficção científica e na fantasia: bruxas usando magia para arremessar seus inimigos e heróis que conseguem jogar cadeiras e mesas com a telecinese. Entretanto, quando se trata de controlar remotamente os organismos biológicos, a ciência tem alguns truques”.
!
“Ramo da matemática que estuda a interação entre estratégias, a Teoria dos Jogos foi desenvolvida inicialmente como ferramenta para descrever e prever o comportamento econômico”.
29
EXERCÍCIOS
Em relação ao enunciado “O coordenador brasileiro das negociações da conferência Rio+20, Luiz Alberto
Figueiredo Machado, advertiu os demais negociadores que o documento final deve refletir um ‘equilíbrio de
descontentamentos’"1, responda:
(1) O que justifica o emprego das vírgulas presentes no enunciado?
(2) Reescreva o enunciado eliminando a expressão “Luiz Alberto Figueiredo Machado”.
Responda às questões 3, 4 e 5 a partir do enunciado “Durante a cerimônia, o vice-governador do Rio Grande
do Sul e coordenador do projeto, Beto Grill salientou a importância do aumento no efetivo da Brigada Militar nas
estradas, o que se conseguirá após o concurso público já previsto”2.
(3) Por que se emprega a primeira vírgula?
(4) Que alterações haveria se a expressão “durante a cerimônia” fosse inserida entre o verbo “salientou” e
o complemento “a importância do aumento no efetivo da Brigada Militar nas estradas”?
(5) Falta uma vírgula no enunciado. Em que local?
Examine o enunciado “Uma destas novidades, por exemplo, será a possibilidade de realizar ligações
FaceTime pela rede de celular (3G ou 4G), que estará disponível apenas no iPhone 4S e no novo iPad”3 mediante as
seguintes questões:
(6) Reescreva o enunciado eliminando a expressão “por exemplo”.
(7) O que justifica a terceira vírgula do enunciado?
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1 Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/1106400-texto-da-rio20-sera-equilibrio-de-descontentamentos-diz-negociador.shtml. 2 Disponível em http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2012/06/rs-lanca-plano-estadual-de-seguranca-no-transito-3794334.html. 3 Disponível em http://blogdoiphone.com/page/4/.!
“As células-tronco retiradas da medula óssea e implantadas no coração não se transformaram em células musculares nem ajudaram a restaurar a capacidade de bombeamento do coração”.
“Os camundongos ‘peso leve’ podem proporcionar um novo vislumbre no mecanismo de ação do álcool, e estudos desse gene em humanos podem levar a um melhor entendimento do alcoolismo e seu tratamento”.
!
30
5 Elementos de constituição do texto: organização do parágrafo
31
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Atividade 1:
Atividade 2:
33
Atividade 3:
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Atividade 4:
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Atividade 6:
41
6 Articulação das ideias no texto (coesão e coerência)
(MARCUSCHI,!2008,!p.!96)!(MARCUSCHI, 2008, p.96)
42
• Halliday e Hasan (1976) falam da metáfora do laço, ou seja, em um texto, não há pontas soltas, ou pedaços que não se juntam a nenhum outro.
• Unidade temática e de sentido: �É preciso, antes de tudo, saber estabelecer relações, fazer ligações entre as diferentes unidades – indo e voltando�.
Texto => textum => tessitura => tecido
A COESÃO = propriedade pela qual é criada e sinalizada toda
espécie de ligação que dá ao texto unidade de sentido ou unidade temática (ANTUNES, 2005, p. 47).
resulta de uma rede de relações instituídas no texto, que podem ser de dois tipos: referenciais e sequenciais.
43
Esses são alguns exemplos de articuladores e os
possíveis sentidos que podem construir no texto.
Relações lógico-semânticas
e discursivo-argumentativas
COESÃO SEQUENCIAL
Coesão referencial
É aquela que cria, no interior do texto, sistemas de relações de sentido que permitem que o leitor identifique os referentes sobre os quais se fala no texto.
44
ATO DE ESCREVER = • consiste em utilizar a linguagem para evocar entidades/
referentes (objetos, pessoas, propriedades, processos, acontecimentos) que pertencem a universos reais ou fictícios, exteriores e interiores.
• Na fábula a seguir, observe como as expressões “veado” e “moita” são retomadas.
O"veado"e"a"moita"" " " " " " " " " "Perseguido"pelos"caçadores,"um"pobre"veado"
escondeu7se"bem"quietinho"dentro"da"cerrada"moita."""O"abrigo"era"tão"seguro"que"nem"os"cães"o"viram."E"o"veado" salvou7se." Mas," [o" veado]" ingrato" e"imprudente," passado" o" perigo," [ele]! esqueceu" o"benefício"e"pastou"a"benfeitora.""[ele]"Comeu"toda"a"folhagem.""[ele]"Fez"e"[ele]"pagou.""Dias"depois,"voltaram"os"caçadores."O"veado"correu"à"procura" da" moita," mas" a" pobre" moita," sem" folhas,"não" pôde" mais" escondê7lo," e" o" triste" animalzinho"acabou" estraçalhado" pelos" dentes" dos" cães"impiedosos."
"(Em:!KLEIMAN,!Ângela.!Texto&e& leitor:&aspectos&cognitivos&da& leitura.!Campinas,!SP:!Pontes,! 1989,!p.!51.)!
45
A COESÃO NO TEXTO ! Observar que temas já existentes podem ser, a qualquer
momento, modificados ou expandidos.
! Durante o processo de compreensão, vai-se criando na memória do leitor ou do ouvinte uma representação extremamente complexa.
! Isso se dá pelo acréscimo sucessivo de novas
categorizações e/ou avaliações acerca do tema (KOCH; ELIAS, 2006, p. 126). !
46
6.1 OS MECANISMOS DE CONEXÃO (USO DOS ARTICULADORES TEXTUAIS/conjunções)
Quando escrevemos um texto, é importante guiar o leitor para que ele possa entender as diferentes relações que queremos estabelecer entre as ideias. Essas relações entre as ideias são dadas por palavras que “organizam” o que está sendo dito: são os articuladores textuais (conjunções). A função dos articuladores é estabelecer relações de sentido entre as ideias, não só internamente às frases, mas também entre as frases e entre os parágrafos.
CONJUNÇÕES E LOCUÇÕES COORDENATIVAS
CLASSIFICAÇÃO CONJUNÇÕES LOCUÇÕES
Copulativas (indicam adição, sequencialização
temporal)
e, que (=e)
nem (=e não)
nem… nem
não só... mas também,
não só... como (também),
tanto... como, bem como
Adversativas (indicam contraste, oposição)
mas, porém, todavia, contudo,
entretanto, que (= mas)
no entanto, não obstante, apesar disso,
ainda assim, mesmo assim, de outra sorte,
ao passo que
Disjuntivas (indicam distinção ou alternativa)
ou
ora...ora, ou...ou, quer...quer,
seja...seja, já...já
seja...ou
Conclusivas1
(exprimem conclusão, condição,
consequência)
portanto, logo, assim, pois, e
por conseguinte
por consequência
pelo que; por isso
CONJUNÇÕES E LOCUÇÕES SUBORDINATIVAS
CLASSIFICAÇÃO CONJUNÇÕES LOCUÇÕES
Temporais (indicam tempo)
quando, enquanto2, apenas, mal, como, que (=desde que)
agora que, antes que, depois que, logo que, assim que, desde que, até que, primeiro que, sempre que, todas as vezes que, cada vez que, tanto que, à medida que, ao passo que, antes de (+ inf.), depois de (+ inf)
Causais (indicam a causa ou o motivo)
porque, pois, porquanto, que (= porque), como (= porque), visto (+ inf.), dado (+ inf)
visto que, já que, pois que, uma vez que, dado que, por isso que3
Finais (designam o fim, a finalidade)
que (=para que) a fim de que, para que, de modo a que, de maneira a que, por que, a fim de (+ inf.)
Condicionais (exprimem uma condição)
se caso
a não ser que, desde que, no caso que, contanto que, na condição de, salvo se, se não, sem que, dado que, a menos que, excepto se
Comparativas (estabelecem uma comparação)
que como segundo conforme qual (antecedida de tal) quanto (antecedida de tanto)
como...assim, assim como...assim, assim como... assim também, bem como, que nem, segundo...assim, consoante...assim, conforme...assim, tão/tanto...como, como se, do que (depois de mais /menos/ maior/ menor/ melhor/ pior)
Consecutivas (exprimem consequência, resultado, efeito)
que
que (precedido de tal, tanto, tão, tamanho – indicadores de intensidade) de modo que, de maneira que, de sorte que, de maneira que
Concessivas (apresentam facto contrário à acção principal, mas incapaz de impedi-la)
embora conquanto que (= ainda que) malgrado (+ inf.)
ainda que, posto que, mesmo que, mesmo se, (se) bem que, por mais que, por menos que, apesar de que, nem que, não obstante (+ inf.)
Completivas (ou integrantes) (que integram ou completam)
que, se
47
6.2 MODALIZAÇÃO
O que é modalização? Giering, Alves e Mello (2010) explicam:
• “A modalização é um procedimento discursivo que se caracteriza pela inscrição da visão de mundo do locutor [...] no texto.” • “A atitude do enunciador em relação a seu enunciado pode estar implícita no discurso ou ser explicitada por meio de expressões linguísticas que manifestam seu entendimento ou julgamento de valor sobre o assunto ou ainda em relação a si mesmo ou ao interlocutor.” • “Tais marcas de língua [...] nada mais são do que alguns elementos da frase que mostram, com maior evidência, qual é a posição do locutor em relação ao conteúdo de sua proposição.”
Quais as marcas da modalização, isto é, como quem escreve mostra seu ponto de vista no texto?
Quando explícita, a modalização é indicada na língua por um conjunto variado de classes gramaticais, tais como:
• Locuções adverbiais: sem dúvida, com certeza, etc. • Adjetivos: participação efetiva, é provável que..., etc. • Verbos: o autor sugere que..., etc. • Verbos auxiliares modais: poder, dever, querer, precisar, etc. • Advérbios: felizmente, possivelmente, certamente, quase, pouco, etc. • Substantivos: certeza, necessidade, etc.
Ao fazer uso de determinadas expressões, Koch (2004) salienta que o locutor (aquele que escreve/fala) pode situar seu discurso:
no campo da certeza no campo da possibilidade
Manifesta um saber (eu sei, portanto é verdade) em tom de autoridade e, assim, acaba forçando o leitor a aderir a seu discurso para aceitá-lo como verdadeiro.
Manifesta um saber (eu creio, portanto é possível, é provável, é permitido) em tom de probabilidade, e assim não impõe a sua posição ao leitor (ou finge não impor). O leitor tem a possibilidade de aceitar ou não as posições defendidas.
Esses recursos linguísticos utilizados para a escrita de textos podem ser evidenciados no texto (resenha) lido. Identifique alguns desses recursos na resenha lida:
a) Uso de expressões que atenuam as opiniões, como: _________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
b) Uso de alguns tempos verbais que também têm função de atenuar o que está sendo dito, como:
48
Verbos de elocução (de dizer)
Aconselhar Concluir examinar questionar
Acrescentar Concordar exemplificar raciocinar
Afirmar Confirmar explicar ratificar
Alertar Confrontar exprimir recomendar
Analisar Considerar finalizar reconhecer
Anuir Constatar indagar recusar
Anunciar Contestar indicar refutar
Argumentar Continuar interrogar reiterar
Articular Contrapor investigar repetir
Assegurar Criticar justificar replicar
Assentir Debater lembrar repudiar
Assinalar Declarar limitar resgatar
Avaliar Defender negar responder
Citar Delimitar objetar ressaltar
Comentar Demarcar ordenar resumir
Compreender Demonstrar parafrasear retratar-‐se
Comprovar Determinar perguntar retrucar
Propor Elucidar ponderar revelar
Verificar Esclarecer pontuar sintetizar
Evidenciar Especificar postular sugerir
Sustentar Estabelecer pressupor supor
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7 Paráfrase e citação: inserção do discurso alheio
7.1 Paráfrase
Segundo Othon Garcia (2007), a paráfrase consiste no desenvolvimento explicativo ou interpretativo de um texto. É um tipo de exercício que corresponde a uma espécie de tradução dentro da própria língua, em que se expressa, de maneira clara, num texto B, o que consta num texto A, sem comentários pessoais, sem nada acrescentar e sem nada omitir do que seja pertinente. A nova versão deve evidenciar o pleno entendimento do texto-base.
Wander Emediato (2004) apresenta dois tipos de paráfrase:
a) paráfrase lexical: consiste num exercício de substituição de palavras de um texto por palavras e expressões de mesmo valor semântico. O sentido do texto deve permanecer o mesmo, mas o vocabulário será significativamente diferente.
b) paráfrase explicativa: não se limita à substituição de palavras, mas explica o que o emissor entendeu do que leu, buscando esclarecer o que pode estar mais ou menos obscuro, isto é, explicitar, com estruturas frasais próprias, o teor do texto original. Não se trata, porém, de um comentário, mas de uma espécie de esclarecimento, de uma “tradução” do texto, procurando deixa-lo compreensível.
Emediato comenta que a paráfrase é
um exercício excelente para o aprimoramento do vocabulário, já que o aluno terá de reescrever um texto, conservando tudo o que o texto original tem de essencial, sem repetir as mesmas expressões e palavras utilizadas no primeiro texto. (EMEDIATO, 2004, p. 126).
Exemplos:
Texto original:
A Era de Ouro do Inter chegou ao fim em 2012, quando o clube foi eliminado ainda cedo da Libertadores e, assim, encerrava um ciclo de seis temporadas seguidas com títulos internacionais. O ano passado terminaria mal para os colorados, com uma grave crise de vestiário, com o Beira-Rio em ruínas pelas obras da Copa, sem a vaga à Libertadores e com Bolívar sendo mandado embora.
Fonte: <http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/esportes/inter/noticia/2013/09/sem-beira-rio-e-futebol-solido-os-problemas-do-inter-na-temporada-4268269.html >. Acesso em: 14 set. 2013
Paráfrase:
O ano de 2012 marcou o término da Era Dourada do Internacional. Sem estádio em função das reformas para a Copa do Mundo e eliminado precocemente da Copa Libertadores, o clube enfrentou uma forte crise interna à equipe e dispensou o jogador Bolívar, encerrando as seis temporadas de títulos internacionais conquistados.
Texto original:
A Engenharia é um fator determinante para o desenvolvimento econômico das nações. Cada vez mais a criação e a produção de bens de grande valor agregado fazem a diferença na balança comercial do mundo globalizado. A capacidade de inovação depende de vários fatores, entre eles a existência, quantidade e qualidade de profissionais de Engenharia. Com a rápida evolução da tecnologia e a consequente obsolescência das existentes, a formação do engenheiro deve privilegiar os conteúdos essenciais, ensinando-o a se adaptar rapidamente aos novos conhecimentos e técnicas.
Fonte: < http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,artigo-para-que-devem-ser-formados-os-novos-engenheiros,838027,0.htm>. Acesso em: 28 fev. 2014
Paráfrase:
Com a crescente evolução tecnológica do mundo globalizado, os engenheiros têm ocupado papel de destaque, uma vez que a criação de produtos inovadores está, de certa forma, atrelada a esses profissionais, os quais contribuem significativamente para o progresso da economia. Como as tecnologias rapidamente se tornam ultrapassadas, os cursos de Engenharia devem dar prioridade para o ensino de princípios fundamentais da área, pois, assim, possibilitam ao futuro engenheiro o desenvolvimento da capacidade de adaptação aos novos contextos.
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paráfrase deve dizer de forma mais clara (na medida do possível, com vocabulário e estrutura de frase novos) o que está dito no texto original.
O texto abaixo se refere às questões 1, 2, 3 e 4.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37
Força e simplicidade
Pesquisadores descobrem que fios de nylon enrolados como uma mola se comportam como supermúsculos capazes de aguentar 100 vezes mais peso que a musculatura humana.
Sofia Moutinho
Revista Ciência Hoje
Uma ideia simples. Tão simples que é até difícil de acreditar que ninguém tenha pensado nela antes. Apenas enrolando fios comuns de nylon, cientistas conseguiram criar uma espécie de “músculo artificial” que pode ter diversas aplicações de engenharia, desde o uso em próteses mecânicas até em tecidos inteligentes.
O fio de nylon é um material resistente que, em temperatura ambiente, não sofre muitas alterações em sua estrutura. Esticado, ele é muito útil como linha de pesca ou base para bijuterias. Já ao ser enrolado como um fio de telefone, uma equipe internacional de pesquisadores, com a participação de um brasileiro, descobriu que esse material se transforma no que os cientistas chamam de um “atuador”, isto é, um elemento capaz de produzir movimento.
O engenheiro Marcio Dias, doutorando na Universidade do Texas em Dallas (Estados Unidos), explica que o simples ato de torcer um fio de nylon com um torno faz com que ele passe a ter uma capacidade enorme de contração quando aquecido. “Sob calor, o nylon se expande radialmente (na largura) e se contrai ao longo do comprimento da fibra”, explica. “Ao enrolarmos as fibras como uma mola, essa capacidade de contração térmica aumenta em 10 vezes, o que nos permite usar esse material para gerar movimento.” O fio de nylon espiralado se contrai tanto sob o calor que pode chegar a ter metade de seu comprimento sem perder seu formato, ao passo que os músculos humanos só conseguem contrair 20% de seu tamanho. Assim, o material funciona como uma supermola que pode ser controlada por alterações em sua temperatura.
Uma das possíveis aplicações do fio seria na construção de janelas ou persianas inteligentes, que se abririam quando estivesse quente e se fechariam quando estivesse frio, somente pelo estímulo da temperatura do ar. Outra ideia seria usar o nylon enrolado para fabricar tecidos inteligentes capazes de ficar mais ou menos permeáveis de acordo com o calor. “Conforme a direção do ‘enrolamento’, as fibras de nylon podem se expandir ou contrair com a temperatura”, explica Dias. “Quando trançadas junto com fibras naturais, como o algodão, elas poderiam ser usadas para mudar a abertura dos poros do tecido.”
Ainda segundo o pesquisador, o fio de nylon enrolado poderia ser usado basicamente em qualquer situação em que fossem necessárias força e alta potência mecânica. “Esse material, mesmo tão pequeno, produz a mesma potência mecânica que um motor a jato moderno”, frisa. “Por isso, tem muitas aplicações industriais, por exemplo, substituindo atuadores hidráulicos e elétricos em máquinas e dispositivos onde peso é um fator crítico. Em veículos, isso levaria a uma redução significativa do peso, permitindo maior economia de combustível.”
Para aplicações que não dependem da temperatura ambiente, como no caso de automóveis e próteses mecânicas, o fio de nylon poderia ser enrolado junto com algum
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38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
metal condutor, como a prata. Assim, seria capaz de receber uma corrente elétrica que o aqueceria quando a compressão fosse necessária. “As aplicações são muito vastas”, resume o líder do estudo, o físico Ray Baughman, da Universidade do Texas. “Hoje, os robôs e as próteses mais avançados estão limitados por motores e sistemas hidráulicos grandes e pesados que restringem seu desempenho. As fibras de nylon enroladas podem mudar isso.”
A pesquisa será publicada na Science desta semana. No ano passado, a mesma equipe já havia publicado no mesmo periódico um artigo semelhante ao descobrir que fibras de nanotubos de carbono também apresentam extrema contração quando enroladas e aquecidas. O nanotubo de carbono, no entanto, é um material muito mais caro e complexo de trabalhar que o simples fio de nylon. “O que conseguimos com o nylon é um material barato (cerca de cinco dólares o quilo) com uma força incrível que excede em todos os aspectos o desempenho de um músculo humano”, conclui Baughman.
QUESTÕES
1) Analise o texto “Força e simplicidade” e identifique nele duas citações diretas e duas indiretas (indique as linhas). Indique quais os verbos e os conectores de conformidade que ligam as citações ao seu autor (indique a linha e escreva qual o verbo/conector).
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
2) Construa um parágrafo e insira os trechos abaixo como citações indiretas. Faça as devidas alterações, construindo paráfrases.
2.1) linhas 13 a 15;
2.2) linhas 28 a 31;
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3) Elabore uma paráfrase lexical do trecho presente entre as linhas 1 e 4.
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
4) Elabore uma paráfrase explicativa do trecho presente entre as linhas 26 e 28.
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
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____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
5) Leia os segmentos abaixo e faça o que se pede.
Texto-base: “As técnicas mirabolantes da geoengenharia para conter o aquecimento global”
Jaqueline Sordi, Zero Hora, 16/01/2015
A) Texto-base David Keith, físico da Universidade de Harvard, afirma que a geoengenharia pode ser uma ferramenta extremamente poderosa para amenizar os efeitos do aquecimento global. Mas suas opiniões não são unanimidade no meio acadêmico. Durante muito tempo consideradas meras especulações, essas opções hoje avançam dentro e fora de laboratórios e dividem pesquisadores. Enquanto alguns condenam os riscos de interferir na natureza desta forma, outros afirmam que, se as concentrações de carbono na atmosfera alcançarem um estágio crítico, a geoengenharia será a única forma de controlar nosso clima.
B) Texto reproduzido Enquanto alguns condenam os riscos de interferir na natureza, outros afirmam que, se as concentrações de carbono na atmosfera alcançarem um estágio crítico, a geoengenharia será a única forma de controlar nosso clima. É o que defende também David Keith, físico da Universidade de Harvard. Ele afirma que a geoengenharia pode ser uma ferramenta extremamente poderosa para amenizar os efeitos do aquecimento global. Mas essas opiniões não são unanimidade entre os pesquisadores e dividem os posicionamentos dentro e fora dos laboratórios, é o que explica a matéria publicada por Sordi no Jornal Zero Hora em 16 de janeiro de 2015.
5.1) O texto B é paráfrase ou plágio do texto A? Por quê? Apresente trechos de A e B que comprovem/ilustrem/justifiquem sua resposta. __________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
C) Texto-base Para o astrofísico Luiz Gylvan Meira Filho, ex-vice-presidente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) e pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, somente reduzir as emissões de gases de efeito estufa já não é mais suficiente para reverter o aquecimento global. “Um pouco de geoengenharia será necessário inevitavelmente. Acredito que essas técnicas podem ajudar. Há que proceder com cautela, para evitar a criação de problemas ainda maiores”, pondera.
D) Texto reproduzido Na matéria “As técnicas mirabolantes da geoengenharia para conter o aquecimento global”, publicada no Jornal Zero Hora em 16 de janeiro de 2015, a jornalista Jaqueline Sordi apresenta um depoimento do astrofísico Luiz Gylvan Meira Filho – que é ex-vice-presidente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) e também pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo – que alega que será preciso recorrer às técnicas da geoengenharia para que seja possível modificar o quadro de aquecimento global. Isso porque apenas diminuir a emissão de gases de efeito estufa não dará conta dessa reversão. Além disso, o pesquisador alerta que se deve agir com precaução, a fim de não gerar
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outros problemas, de proporções maiores.
5.2) O texto D é paráfrase ou plágio do texto C? Por quê? Apresente trechos de C e D que comprovem/ilustrem/justifiquem sua resposta. __________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
7.2 citação: inserção do discurso alheio
Observe os textos abaixo:
Plástico produzido por humanos vai virar camada geológica, diz estudo Rachel Nuwer
Do New York Times para Folha de S. Paulo - 05/08/2014 Ninguém sabe o que acontecerá com os 5,5 bilhões de toneladas métricas de plástico
fabricados desde meados do século 20, grande parte dos quais viraram lixo. Agora, pesquisadores descobriram que resíduos de plástico podem se transformar em um novo mineral.
"Plastiglomerado" é uma fusão de materiais naturais e artificiais. O plástico derretido funde-se com areia, conchas, seixos, basalto, coral e madeira, ou penetra nas cavidades das rochas, formando um híbrido de pedra e plástico. Conforme os pesquisadores relatam no periódico "GSA Today", os materiais provavelmente serão bem mais duradouros e poderão se tornar marcadores geológicos.
"O plástico mais convencional é relativamente fino e se fragmenta rapidamente", disse Richard Thompson, da Universidade Plymouth na Inglaterra, que não participou da pesquisa. "Mas aqui está descrito algo que será ainda mais resistente ao processo de envelhecimento."
O plastiglomerado foi descoberto em 2006 pelo oceanógrafo Charles Moore, do Instituto de Pesquisa Marinha Algalita em Long Beach, Califórnia. Ele estava pesquisando plástico encontrado na praia de Kamilo, que fica na maior ilha do Havaí. [...]
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2014/08/1495261-plastico-produzido-por-humanos-vai-virar-camada-geologica-diz-estudo.shtml>. Acesso em: 05 ago. 2014
Vozes implícitas no texto
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Vozes implícitas no texto
Folha de S. Paulo, 16 de junho de 2014.
Vozes explícitas
Vozes explícitas no texto
ANEEL prevê reajuste maior de energia
Folha de S.Paulo, 05/08/2014 Documento interno da Aneel indica que o aumento da conta de energia provocado pelos
empréstimos às distribuidoras será maior do que a agência reguladora tem afirmado publicamente. Segundo o documento, de 2013, assinado pelo então diretor Edvaldo Santana, a cada R$ 1 bilhão devido pelo setor, as tarifas de energia crescem 0,8 ponto percentual. Como os empréstimos totalizam R$ 17,7 bilhões, o impacto na tarifa será de exatos 14,16%.
A lógica foi confirmada pela área técnica da Aneel. "Entretanto, vale lembrar que o repasse se dá durante dois ciclos tarifários, que ocorrem a partir de 2015", afirmou a agência, em nota. Na terça-feira da semana passada (29), o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, afirmou que o impacto na tarifa seria de apenas 8%, divididos em dois anos. "O reajuste [das tarifas] nunca é exclusivamente ligado ao valor do empréstimo", disse.
Vozes explícitas no texto acadêmico Vozes explícitas no texto acadêmico A PERSPECTIVA ADMINISTRATIVA NA ATUAÇÃO DO ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO:
ESTUDO DE CASO EM UMA PEQUENA EMPRESA METALÚRGICA José Henrique de Andrade (EESC/USP, SP, Brasil)
Juliana Veiga Mendes (UFSCar, SP, Brasil) Edmundo Escrivão Filho (EESC/USP, SP, Brasil)
[...] Considerando o profissional da engenharia de produção, sua formação é voltada para
adquirir competências em duas áreas: a tecnológica e a administrativa. Tais competências, quando articuladas, visam a garantir a compreensão sobre os sistemas de produção e seus recursos constituintes (pessoas, equipamentos, materiais, informações e energia), possibilitando o exercício de sua função organizando esses recursos para a produção de bens e serviços, de maneira econômica, respeitando os preceitos éticos, culturais e ambientais (FLEURY, 2008).
A competência tecnológica é obtida por uma base de conhecimentos tecnológicos adquiridos em disciplinas com conteúdo teórico e prático, desenvolvidos em sala de aula e em laboratórios específicos, permitindo a atuação profissional competente em diferentes setores de atividade. Já a competência administrativa é obtida por meio de um conjunto de disciplinas no exame de princípios e técnicas da área de Administração.
Para poder formar administradores competentes é fundamental saber sobre o trabalho do administrador (ESCRIVÃO FILHO; MENDES, 2010). O que faz o administrador? Essa é uma pergunta ainda não bem respondida, como confirma os estudos de Mintzberg (2010, p.15) sobre o tema: “Hoje, somos inundados com histórias sobre sucessos grandiosos e fracassos ainda mais grandiosos dos grandes líderes, mas ainda não conseguimos compreender de verdade os simples fatos sobre um gerente normal”. [...]
55
Manual&da&biblioteca&da&UNISINOS&
Conforme a ABNT (2002, p. 1), citação é a “Menção de uma informação extraída de outra fonte”.
A citação é usada para conferir credibilidade ao trabalho científico, fornecer informações a respeito dos trabalhos desenvolvidos na área da pesquisa e apresentar pontos de vista semelhantes ou divergentes sobre o assunto de sua pesquisa (UNISINOS, 2014, p. 77, grifos nossos).
Citações: inserção do discurso alheio
Manual&da&biblioteca&da&UNISINOS&
Formas de inserção do discurso alheio:
1. Citação direta 2. Citação indireta 3. Citação de citação Sistemáticas: autor-data e nota de rodapé.
Exemplos do Manual da Biblioteca (UNISINOS, 2014).
Citações: inserção do discurso alheio
Manual&da&biblioteca&da&UNISINOS&
Formas de inserção do discurso alheio: 1. Citação direta “É a transcrição fiel do texto de trechos da obra do autor consultado; a redação, a ortografia e a pontuação devem ser rigorosamente respeitadas e seguidas.” (UNISINOS, 2014, p. 77)
Vozes explícitas: citação direta
56
Vozes explícitas: citação direta
(UNISINOS, 2014)&
Vozes explícitas: citação direta
- autor inserido no parágrafo: Conforme afirma Campello (2000, p. 55),
A pesquisa científica é um processo complexo, e durante sua execução o pesquisador assume diversas funções: a de líder de equipe, a de captador de recursos, a de comunicador, dentre outras. A função de comunicador é de fundamental importância nesse processo, pois o pesquisador precisa estar constantemente atualizado em relação aos avanços de sua área, inteirando-se do que outros cientistas estão fazendo e, por outro lado, mostrando o que ele próprio está realizando, como forma de ter seu trabalho avaliado pelos seus pares e de garantir a prioridade de suas descobertas.
(UNISINOS, 2014)&
Vozes explícitas: citação direta
- autor não faz parte do parágrafo:
A pesquisa científica é um processo complexo, e durante sua execução o pesquisador assume diversas funções: a de líder de equipe, a de captador de recursos, a de comunicador, dentre outras. A função de comunicador é de fundamental importância nesse processo, pois o pesquisador precisa estar constantemente atualizado em relação aos avanços de sua área, inteirando-se do que outros cientistas estão fazendo e, por outro lado, mostrando o que ele próprio está realizando, como forma de ter seu trabalho avaliado pelos seus pares e de garantir a prioridade de suas descobertas. (CAMPELLO, 2000, p. 55).
(UNISINOS, 2014)&
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Vozes explícitas: citação indireta
(UNISINOS, 2014)&
Vozes explícitas: citação indireta
Formas de inserção do discurso alheio: 1. Citação indireta “Citação livre, indireta ou paráfrase é quando o autor do trabalho, através de síntese pessoal redigida com suas palavras, reproduz fielmente as ideias de outro autor, sempre indicando a fonte da qual foram extraídas .” (UNISINOS, 2014, p.80).
58
Manual&da&biblioteca&da&UNISINOS&
Formas de inserção do discurso alheio:
1. Citação de citação “É utilizada quando o autor não pode consultar o documento original, fazendo a reprodução da informação já citada por outro autor. É importante que o autor procure consultar a fonte original do documento.” (UNISINOS, 2014, 83)
Vozes explícitas: citação de citação
Manual&da&biblioteca&da&UNISINOS&Vozes explícitas: citação de citação
(UNISINOS, 2014)&
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Manual&da&biblioteca&da&UNISINOS&Vozes explícitas: citação de citação
(UNISINOS, 2014)&
Manual&da&biblioteca&da&UNISINOS&Expressões latinas
(UNISINOS, 2014)&
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EXERCÍCIOS – CITAÇÕES
Engenheiros criam site que oferece descontos em troca de atenção3
João Pedro Pereira
Parece um site de vendas online, mas aquilo que ele vende é publicidade. Quantos mais anúncios os usuários virem, mais dinheiro a plataforma faz. A ideia é de quatro engenheiros da informática do Instituto Superior Técnico, em Lisboa. Concluído o curso, em 2009, dois seguiram para a vida profissional, os outros dois para um doutorado. Mas mantiveram o contato e a ideia de criar um negócio.
Depois de várias discussões, o Pricious “nasceu para resolver dois problemas”, diz Carlos Mendes, 27 anos e um dos cofundadores da empresa. “Normalmente, as pessoas não veem publicidade, porque não têm incentivo. Além disso, o poder de compra das pessoas tem diminuído e queríamos descontos para produtos em que as empresas não os fazem”, explica, em uma entrevista em um escritório, compartilhado com outra empresa, no centro de Lisboa. No Pricious, estão à venda o último modelo do iPhone e o recente PlayStation 4. Mas também um Ford Fiesta, uma Bimby e um cartão de 500 euros em compras de produtos da Apple.
O conceito é simples. “Na página de cada produto é colocado um vídeo publicitário. O usuário vê o anúncio e, no final, é colocada uma pergunta sobre o que acabou de ver, com duas opções de resposta. Se acertar, o preço daquele produto sofre uma redução”, detalhou Mendes. As respostas de todos os usuários vão contribuindo para que o desconto seja cada vez maior – e, a qualquer momento, qualquer usuário pode fazer a compra. Não há um limite para o desconto aplicado, mas o sistema faz com que cada redução seja progressivamente menor à medida que aumenta o número de vezes que é aplicado um desconto. Ou seja, é difícil fazer com que um produto fique muito barato bem depressa.
Para quem anuncia, o Pricious procura resolver o problema da falta de atenção aos anúncios em um mundo já repleto de distrações, particularmente quando se trata da Internet. Um outro site português, chamado AdFamilies, está tentando solucionar a mesma questão, mas de uma forma diferente: os usuários devem dar a sua opinião sobre os anúncios que veem e recebem dinheiro por isso.
No caso do Pricious, explicam os engenheiros fundadores, a cobrança aos anunciantes é feita apenas quando a visualização é acompanhada por uma resposta certa. É na diferença entre o montante conseguido com a publicidade e o custo de fazer os descontos que está o negócio. Entre os clientes que já puseram anúncios na plataforma, ou que o farão em breve, estão alguns nomes de peso: Ford e Unilever, por exemplo.
Desde seu lançamento, em 16 de Janeiro, o site, por ora direcionado apenas para o mercado português, conseguiu perto de quatro mil usuários registrados, de acordo com os fundadores. Os descontos estiveram entre 15% e 23%.
Até aqui, o Pricious não significou um grande investimento. O desenvolvimento da plataforma foi feito pelos quatro fundadores, que investiram com um capital de dez mil euros, montante que está sendo gasto sobretudo em campanhas de publicidade online. Os próximos passos serão direcionados a ações para promover o site. A meta, dizem, é chegar aos 100 mil usuários até ao final do ano e tentar faturar 400 mil euros.
3 Texto adaptado e revisado. Portal de Notícias Público (Portugal). Disponível em: <http://p3.publico.pt/actualidade/economia/10892/ pricious-este-site-oferece-descontos-em-troca-de-atencao>. Acesso em: 28 fev. 2014.
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1) Releia o texto “Engenheiros criam site que oferece descontos em troca de atenção” e identifique citações diretas e indiretas.
2) Reelabore o parágrafo abaixo inserindo as falas do engenheiro como citações indiretas.
Depois de várias discussões, o Pricious “nasceu para resolver dois problemas”, diz Carlos Mendes, 27 anos e um dos cofundadores da empresa. “Normalmente, as pessoas não veem publicidade, porque não têm incentivo. Além disso, o poder de compra das pessoas tem diminuído e queríamos descontos para produtos em que as empresas não os fazem”, explica, em uma entrevista em um escritório, compartilhado com outra empresa, no centro de Lisboa.
O conceito é simples. “Na página de cada produto é colocado um vídeo publicitário. O usuário vê o anúncio e, no final, é colocada uma pergunta sobre o que acabou de ver, com duas opções de resposta. Se acertar, o preço daquele produto sofre uma redução”, detalhou Mendes. As respostas de todos os usuários vão contribuindo para que o desconto seja cada vez maior – e, a qualquer momento, qualquer usuário pode fazer a compra.
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3) Reelabore o parágrafo abaixo transformando a citação indireta em direta. Seja criativo: invente uma fala para um dos engenheiros!
No caso do Pricious, explicam os engenheiros fundadores, a cobrança aos anunciantes é feita apenas quando a visualização é acompanhada por uma resposta certa.
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8 Resumo: processo de sumarização
(ver item 10 do polígrafo)
O QUE É RESUMO?
De modo geral, pode-se depreender que o resumo é a apresentação concisa e seletiva das informações de um texto, isto é, destacam-se os elementos de maior interesse e importância - as ideias principais do autor do texto-base. Caracteriza-se por:
• demonstrar a compreensão global do texto-base, com o objetivo de informar o leitor sobre tal texto; • apresentar as ideias essenciais, conforme a progressão e o encadeamento em que aparecem no texto-base.
No resumo, não se deve incluir julgamentos pessoais, comentários e/ou juízos de valor a respeito do texto-base. Como as ideias apresentadas não são de autoria de quem escreve o
resumo, é imprescindível fazer referência ao autor das ideias veiculadas.
1) O processo de sumarização
O ato de resumir é considerado uma decorrência de uma necessidade natural da mente humana, sendo entendido como um mecanismo mental de síntese/redução. Quando se produz um resumo, seja escrito seja oral, sumariza-se conforme o tipo de interlocutor, de acordo com o que se julga que ele deva conhecer sobre o objeto sumarizado, de acordo com o que se julga ser o objetivo desse interlocutor e, também, conforme o local onde o resumo circulará.
2) O ato de resumir no contexto acadêmico
O ato de resumir é um dos mais importantes nas atividades acadêmicas, pois essa capacidade de síntese é indispensável para a produção dos gêneros acadêmicos, tais como resenhas, artigos, relatórios, projetos de pesquisa, dentre outros.
A prática do resumo, além de exercitar a capacidade de síntese, desenvolve a competência da leitura seletiva e objetiva de informações.
3) Como resumir?
Para uma boa prática do resumo, é importante observar algumas “etapas”:
• identificar o plano geral da obra e seu desenvolvimento (compreensão global: observar o gênero do texto, o meio de circulação, o autor, a data de publicação, o tema);
• identificar a ideia central do texto e o objetivo do autor; • identificar as partes principais do desenvolvimento de texto (argumentos ou dados); • identificar as conclusões apresentadas no texto.
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Utilize o mecanismo de paráfrase para produzir o seu resumo!
Releia os itens 5.3, 5.4 e 5.5 deste material antes de elaborar seu resumo.
Feito isso, há alguns procedimentos que podem ser observados para a produção do resumo, tais como:
• supressão de conteúdos facilmente inferíveis a partir do conhecimento de mundo ou do contexto;
• supressão de sequências de expressões que indicam sinonímia ou explicação; • supressão de exemplos; • supressão das justificativas de uma afirmação; • reformulação das informações, utilizando termos mais genéricos;
Atenção! Tais procedimentos são apenas algumas sugestões para a produção do resumo e variam conforme o texto a ser sumarizado. Por exemplo, manter, no resumo, uma analogia ou um exemplo utilizado pelo autor do texto pode ser de suma
importância para o entendimento da questão abordada.
4) Como iniciar o processo de resumir?
1) Ler o texto tantas vezes quantas for necessário para a apreensão de sua ideia global; 2) voltar ao texto e assinalar as palavras, expressões ou ideias-chave; 3) fazer um esquema das ideias: ideia central (tese a ser defendida/questão a ser discutida) e objetivo do autor; argumentos utilizados para sustentar tal ideia/informações apresentadas para tratar da questão; conclusão; 4) observar a articulação entre essas ideias do texto-base; 5) encadear as ideias, formando uma unidade.
5) Como escrever?
1) Para iniciar o resumo, é interessante construir um parágrafo introdutório, a fim de contextualizar o seu leitor. Indique o texto-base a ser resumido, informando título, autor, data e, se necessário e pertinente, o local de publicação. 2) Situe o tema tratado no texto-base e apresente a questão-chave que é discutida (a tese defendida pelo autor). 3) Articule a essa questão-chave os principais argumentos que lhe dão sustentação. 4) Destaque a conclusão a que chega o autor do texto-base. ¢ Ao produzir o seu resumo, pergunte-se: o meu resumo pode ser compreendido em si mesmo por um leitor que não conhece o texto original? ¢ Lembre-se: no resumo você não deve inserir opiniões ou avaliações suas em relação ao texto-base. Além disso, deve fazer referência ao autor das ideias.
Atenção! Não é recomendável elaborar o resumo à medida que se lê o texto pela primeira vez, pois, como ainda não se apreendeu o sentido global do texto, pode-se correr o risco de apresentar pormenores irrelevantes ou omitir informações importantes.
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EXERCÍCIO - RESUMO
Leia atentamente o texto abaixo e produza um resumo de, no máximo, 15 linhas.
É ruim, mas é bom
Referência: JOHNSON, Steven. Tudo que é ruim é bom para você: como os games e a TV nos tornam mais inteligentes. (tradução: Sérgio Goés). Rio de Janeiro: Zahar, 2012. 188 p. R$ 38,00
Resenhado por: Thiago Camelo
Quando o apocalipse se apresenta, em geral ele vem acompanhado de crianças-zumbis jogando videogame, vendo televisão ou mexendo no computador por horas. A degradação do mundo passa, para muitos, pela substituição de “velhos e bons” hábitos culturais por outros nem tanto: videogame, internet e televisão encabeçariam a lista daquilo que está emburrecendo os jovens e tomando o lugar edificante dos livros.
Só por arejar o senso comum, a leitura de Tudo que é ruim é bom para você já valeria a pena. O livro do teórico da comunicação estadunidense Steven Johnson, lançado nos Estados Unidos em 2005, ganhou nova tradução e edição da editora Zahar. Apesar de quase uma década ter decorrido – exatamente os anos de consolidação da web 2.0 e dos consoles com controle sem fio ou sem controle –, o ensaio é ainda bem atual. E é atual exatamente porque combate a visão preestabelecida, pessimista e ultrapresente de que estamos emburrecendo com as ofertas da cultura de massa. Uma espécie de profecia do fim do mundo que vem acompanhada de um temor pelo futuro intelectual dos adolescentes de hoje.
Johnson, autor de obras com ótima repercussão como Cultura da interface (1997) e De onde vêm as boas ideias (2010) e colaborador de revistas como Wired e Time, é reconhecido como um dos mais influentes pensadores da internet. O autor inicia seu livro como quem apresenta uma carta de intenções: “Este livro é uma obra de persuasão à moda antiga que, em última análise, pretende convencê-lo de uma coisa: na média, a cultura popular ficou mais complexa e intelectualmente estimulante ao longo dos últimos trinta anos”. Johnson defende que a cultura popular estimula o sistema neurológico e cognitivo e desenvolve habilidades que gerações passadas nem sonhariam possuir.
Mesmo se o leitor não concordar inteiramente com os argumentos e os exemplos apresentados por Johnson no decorrer das 188 páginas do livro, dificilmente evitará a reflexão sobre o cenário ao nosso redor. Até porque o autor nos cerca de cultura e referências pop, ícones que dificilmente passam desapercebidos: jogos como PacMane SimCity, desenhos animados como Os Simpsons e Procurando Nemo, seriados como 24 horas e House; um deles, ao menos, o leitor há de ter ouvido falar.
Enquanto a maior parte dos críticos da cultura popular acredita em um emburrecimento da sociedade movida a videogames, internet, televisão e filmes blockbusters, Steven Johnson mostra que há em curso uma cultura de massa cada vez mais sofisticada, que está nos tornando mais inteligentes, capazes e informados. Este é o argumento-chave de Johnson: é necessária uma maior capacidade cognitiva para se apreender a maioria das produções culturais atuais, sejam elas jogos, filmes ou seriados. Os games de hoje, por exemplo, exigem cada vez mais dos jogadores, de um jeito que livro algum poderia almejar. Do mesmo modo, se compararmos atentamente as séries de TV recentes com as do passado, veremos um crescimento impressionante de sofisticação narrativa e de demanda intelectual. Ele não julga as qualidades formais e de conteúdo dos reality shows, por exemplo, mas afirma que, para se compreender e acompanhar algumas tramas “em tempo real” e as mudanças repentinas no enredo, é preciso uma certa sofisticação de raciocínio. Johnson diz com todas as letras: “A cultura popular de hoje pode não estar nos mostrando o caminho da retidão. Mas está nos deixando mais inteligentes”.
Introdução: contextualização
Apresenta o livro, o autor e temática
Informações sobre o autor
Resumo da obra
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Ele chama a descoberta tardia da complexidade intelectual da cultura de massa de “Curva do Dorminhoco”, em homenagem a um clássico diálogo do filme de Woody Allen – O dorminhoco –, em que cientistas do ano 2173 se espantam com o fato de que frituras não eram, no passado, consideradas saudáveis. Entender a Curva do Dorminhoco, segundo o autor, passa por vivenciar a descoberta de que nem tudo o que é ruim, ou dizem ser ruim, de fato faz mal. Ao menos, não faz mal para o desenvolvimento da nossa cognição.
E aqui se apresenta, talvez, uma certa fraqueza do livro. Johnson, em momento algum, avalia mais profundamente o viés artístico das dezenas de obras que cita. Mesmo quando compara obras do passado com as do presente, é para dizer apenas que o lixo de ontem é menos complexo do que o de hoje. No livro, essa argumentação, repetida à exaustão, parece perder a força na medida em que o autor escolhe não “sujar as mãos” com o julgamento da qualidade das obras.
Há dois anos, um ensaio para a revista Serrote, do Instituto Moreira Salles, propôs uma análise do enredo de Prince of Persia, jogo de videogame recente destinado a diversas plataformas. O autor do texto de mais de 30 páginas, o escritor Daniel Galera, aprofunda-se na crítica à narrativa e ao enredo do jogo, destacando uma nova forma de fruição que o videogame pode apresentar – característica que teria a ver com as diversas maneiras de interação com a história propostas pelo jogo. Galera, sem subterfúgios, coloca Prince of Persia no mesmo nível, ou acima, de grandes obras.
O fato de o livro de Johnson deter-se apenas no aumento da capacidade cognitiva e não encarar de frente seriados de TV, jogos de videogame e reality shows como produtos culturais do nosso tempo dignos de uma crítica de arte tira parte do fôlego, não do mérito, de Tudo que é ruim é bom para você. Provocativo, o livro oferece um panorama otimista do mundo contemporâneo. Amparado em diversos fatos sobre as mídias populares e em disciplinas que vão da neurociência à economia, a obra mostra a sociedade não em declínio, mas indo de forma rápida e estimulante em direções que ainda não entendemos completamente. Texto adaptado e revisado. Revista Ciência Hoje On-line. Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/resenhas/2012/05/e-ruim-mas-e-bom>. Acesso em: 28 fev. 2014.
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Opinião do resenhista
Informação extra:
comparação com outra
obra
Opinião do resenhista
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9 Artigo científico: leitura e interpretação
O que é?
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9.1 Texto de apoio sobre o que é o Artigo Científico.
O ARTIGO ACADÊMICO-‐CIENTÍFICO: COMO ELABORAR?
Juliana Alles de Camargo de Souza4
Resumo: Alunos nos cursos de graduação e pós-‐graduação demonstram profundas dificuldades para
escreverem os artigos solicitados por seus professores. Mesmo alguns professores, em vista desse
tipo de problema, mantêm uma certa distância da comunicação da ciência que produzem. Por tais
razões, este estudo pretende instrumentalizar, minimamente, um leitor interessado em escrever um
artigo acadêmico-‐científico, mediante uma caracterização simples e breve deste gênero textual.
Revisam-‐se os estudos já concretizados por Motta-‐Roth (2009), Feltrim, Aluísio e Nunes (2000) e
materiais elaborados pela articulista deste texto em cursos sobre escrita acadêmica. As seções e os
procedimentos básicos da escrita do gênero em foco são enumerados e caracterizados brevemente,
para resultar num roteiro simples de auxílio à ação de escrever o artigo acadêmico-‐científico.
Palavras-‐chave: Gênero textual. Artigo acadêmico-‐científico. Roteiro simples para a escrita.
Abstract: Students in undergraduate and graduate courses show profound difficulties to write the articles requested by their professors. Even some professors, given this type of problem, keep a distance from the communication of science they produce. For these reasons, this study aims to minimally instrumentalize a student or professional interested in writing an academic and scientific article through a simple and brief characterization of this genre. Furthermore, this article reviews the studies already implemented by Motta-‐Roth (2009), Feltrim, Aluísio e Nunes (2000), and materials
4 Professora das Faculdades Integradas de Taquara – Faccat. Mestrado em Linguística Aplicada pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. [email protected]
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prepared by the writer of this text in courses on academic writing. The sections and the basics of the writing of the genre in focus are listed and briefly characterized to result in a simple guide to assist the action of writing an academic and scientific article.
Keywords: Text genre. Academic and scientific article. Simple guide for writing.
1 Introdução
Este artigo de revisão objetiva mostrar, de forma muito breve, os elementos que
caracterizam o gênero textual artigo acadêmico-‐científico, de modo a constituir um roteiro
simplificado para sua construção.
Assume-‐se a noção de enunciado que Marcuschi (2008, p. 21) apresenta, como “unidade
concreta e real da atividade comunicativa entre os indivíduos situados em contextos sociais sempre
reais”. Por conseguinte, postula-‐se a noção de linguagem como uma atividade social-‐interativa; a
visão de texto como “unidade de sentido ou unidade de interação” (MARCUSCHI, 2008, p. 21) e se
adota a noção de compreensão que remete a uma atividade de construção de sentido emergente
numa relação entre um eu e um tu, bem como a concepção de gênero textual relacionada a uma
ação social.
Nessa perspectiva, o gênero artigo acadêmico-‐científico pode definir-‐se como o texto mais
conceituado na divulgação do saber especializado acadêmico e científico. Sua função é ser uma
forma de comunicação entre pesquisadores, profissionais, professores e alunos de graduação e pós-‐
graduação. Assim, esses textos assim denominados “são trabalhos técnico-‐científicos, escritos por
um ou mais autores, com a finalidade de divulgar a síntese analítica de estudos e resultados de
pesquisas” (LEIBRUDER, 2000). Sua situação de produção pode ser particularizada como a seguir se
anota.
O artigo acadêmico-‐científico é um texto em que se relata uma pesquisa, um estudo, uma
experiência científica (artigo experimental) ou no qual se desenvolve uma discussão teórica (artigo
de revisão). Os especialistas, cientistas, acadêmicos ou estudantes são os produtores desse texto
com a finalidade de relatar seus estudos, suas pesquisas ou experimentações e/ou discutir estudos
teóricos sobre uma dada realidade ou tema. Tal gênero é marcado por atingir, fundamentalmente,
um público mais especializado ou os pares. Igualmente, alcança leitores em formação na academia,
posto que circula em periódicos científicos das diversas áreas de conhecimento e em sites
acadêmicos, nas versões online.
69
Trabalhos relevantes sobre escrita acadêmica em língua inglesa, como o de Swales (1990),
preocuparam-‐se com o exame dos movimentos textuais5 que particularizam o gênero. Estudos sobre
o tema, no Brasil, como o de Motta-‐Roth (2009) e Feltrim, Aluísio e Nunes (2000) são importante
base deste breve artigo de revisão.
Este trabalho, dadas essas pressuposições teóricas iniciais, objetiva esclarecer alguns
detalhes sobre a escrita de um artigo acadêmico-‐científico, explicitando o que se convenciona
chamar de movimentos textuais pertinentes ao gênero focalizado. Assim, o texto em curso se
compõe de oito seções que explicitam os movimentos (SWALES, 1990) ou ações necessárias para que
o artigo cumpra sua finalidade de compartilhar as descobertas e as revisões comparativas que as
abordagens acadêmico-‐científicas oportunizam. Justifica-‐se e fundamenta-‐se o trabalho
empreendido, singularizam-‐se os movimentos gerais e específicos de Resumo, Introdução, Revisão
de Literatura ou Pressupostos Teóricos, Materiais, Métodos ou Metodologia, Resultados e Discussão,
Conclusão ou Considerações Finais.
2 Por que o artigo acadêmico-‐científico?
O artigo acadêmico concretiza um impacto numa dada área de conhecimento, quando os
estudos que relata ou a discussão que desenvolve são adequados às práticas de pesquisa e de
argumentação utilizadas nessa área. Dessa maneira, o produtor do artigo pode descrever o estudo em
questão, expor e avaliar seus resultados, concluir e argumentar diante de seus leitores.
A fim de que o produtor de um artigo acadêmico-‐científico atinja seus objetivos (relatar
pesquisa, estudos, experimentações e discutir teorias), são fundamentais as seguintes etapas, as
quais contribuem para a estruturação do artigo: a) seleção de referências bibliográficas relevantes
sobre o tema em questão; b) reflexão sobre estudos já realizados sobre tal tema; c) delimitação de
um problema a ser estudado, que ainda revele lacunas (ou novas direções) a serem investigadas na
área de conhecimento; d) elaboração de uma abordagem para exame do problema; e) delimitação e
análise de um corpus representativo desse universo sobre o qual o estudioso quer se debruçar; f)
apresentação e discussão dos resultados obtidos com a análise e/ou as experimentações desse corpus
ou recorte experimental; g) conexão com estudos prévios na área de conhecimento em foco, e
conclusão que pode levar a generalizações, a partir dos resultados, ou a novos rumos investigativos, em
vista das correções e descobertas que os resultados apontarem (MOTTA-‐ROTH, 2009).
5 Swales (1990) realizou trabalhos em Sociorretórica, focalizando a esquematização de gêneros acadêmicos em Língua Inglesa. No modelo que cria, postula movimentos de texto constituídos por passos. Por exemplo: no Resumo, que é um movimento textual (etapa de construção) do artigo acadêmico-‐científico, um dos passos anotados é a contextualização ou a apresentação da pesquisa e outro, a exposição de um tópico principal.
70
Esses passos ou etapas estão representados na Figura 1, que se transcreve a seguir:
Figura 1 -‐ Progressão do artigo acadêmico-‐científico
Fonte: Motta-‐Roth (2009, p. 41)
A Figura 1 mostra, numa progressão que se ampara no geral, uma especificação da
abordagem concretizada na Introdução e Metodologia que se amplia novamente, num movimento
de retorno aos aspectos generalizantes. Configuram-‐se, dessa forma, as quatro seções fundamentais
do artigo acadêmico-‐científico: Introdução, Metodologia, Resultados e Discussão. A progressão de
uma seção para outra representa “a passagem de uma visão geral da disciplina como um campo de
conhecimento, em direção a uma perspectiva mais específica de um problema ainda não resolvido”,
de acordo com o que escreve Motta-‐Roth (2009, p. 40).
3 O resumo de um artigo acadêmico-‐científico
Metodologia: Descrição dos materiais e procedimentos usados no trabalho para estudar o problema.
+ GERAL
Introdução: Apresentação de fatos conhecidos, resumo de estudos prévios, generalizações sobre conhecimento compartilhado e indicação da importância do assunto
para a área. + GERAL
+ Específico Identificação de um problema a ser estudado
Resultados: Informações e dados obtidos, comentados com o auxílio de exemplos retirados do próprio trabalho.
Discussão: Interpretação dos resultados em relação ao que se avançou no conhecimento do problema.
+ GERAL
+ Específico
+ GERAL
71
Como aparece na abertura deste texto, o Resumo objetiva trazer ao leitor uma visão
sumarizada do que vai ser desenvolvido no corpo do artigo. Muitos leitores consultam resumos para
verificar do que trata o artigo e para, de fato, confirmar se a leitura será válida ou não para o fim que
têm em vista.
O Resumo acadêmico, por essa razão, deve apresentar, sempre de forma direta (isso inclui a
linguagem), o(s) objetivo(s) (dentro de que se pode citar o problema de pesquisa focalizado); a
metodologia; os resultados/discussão e/ou as conclusões principais do estudo realizado. Utilizam-‐se,
no final do resumo, palavras-‐chave, e, dependendo do periódico e das normas que este possuir,
deve-‐se traduzi-‐lo (e também as palavras-‐chave) para uma língua estrangeira especificada (a mais
utilizada é a língua inglesa). Outro cuidado é observar o número de palavras que o resumo deve
respeitar, o que é preconizado pelas normas de um dado evento ou periódico. Por exemplo, nas
Faculdades Integradas de Taquara (FACCAT), o Resumo não deve ultrapassar 250 palavras. O Resumo
é considerado o portão de entrada do artigo acadêmico-‐científico e, por isso, deve ser elaborado de
forma muito enxuta linguística e textualmente, o que o uso da terceira pessoa do singular, com sua
impessoalidade, possibilita. Dessa forma, oportuniza-‐se atingir o fim a que se destina, já que,
inúmeras vezes, o resumo de artigos é reproduzido em publicações ou sites que listam apenas esta
parte inicial do artigo, a fim de que os leitores, por meio dessas sumarizações, decidam ler ou não o
artigo em sua totalidade.
É essencial lembrar-‐se de que, ao final do Resumo, colocam-‐se as palavras-‐chave. Estas
sintetizam os pilares sobre os quais o estudo se faz. Aconselha-‐se que essas palavras sejam escritas
em ordem da mais geral para a mais específica.
4 A Introdução no artigo acadêmico-‐científico
A Introdução de um artigo acadêmico-‐científico é uma espécie de enquadramento que
orienta o leitor na imersão que realiza no texto. Ela contextualiza o leitor na sua jornada de
compreensão textual. Mostra, igualmente, o planejamento global que esquematiza e organiza os
passos seguintes do texto. É nessa etapa que se relata a construção do problema e tema da pesquisa
e é aí que se enumeram os objetivos que o trabalho define, os quais lhe conferem razão de existir.
Sugere-‐se que a Introdução do artigo focalize os seguintes aspectos: a) generalização sobre o
tema abordado (objeto de estudo, ponto de vista); b) indicação da relevância do tema para a área
(justificativas); c) identificação de lacunas que existem nos estudos sobre o tema focalizado; d) breve
explicação sobre como o artigo pretende preencher essas lacunas (método utilizado); e) explicitação
72
dos objetivos do artigo; f) descrição da estruturação do artigo quanto às seções que elabora e seu
foco principal.
Hipóteses de estudo bem como uma alusão rápida e geral de resultados podem ser anotadas
com extrema brevidade, estrategicamente.
Dadas essas pistas sobre a Introdução, procede-‐se à sucinta explicação dos outros passos
importantes na elaboração do artigo em foco.
5 Revisão de literatura ou pressupostos teóricos
A Revisão de Literatura ou os Pressupostos Teóricos constituem o movimento ou etapa do
artigo que apresenta as teorias assumidas e postuladas para o exame do corpus representativo
selecionado, ou para a discussão sobre uma experiência ou experimentação realizada, com um
determinado objetivo já explicitado na Introdução do texto. Os procedimentos de escrita conhecidos
como citação (direta e indireta) são comuns nesta etapa, pois, ao apresentar as ideias dos autores, é
necessário o uso de verbos dicendi (dizer, apontar, anotar, indicar, contrapor, discutir, enumerar,
relatar, entre muitos outros). A citação direta tem uma formatação própria e norma particular de
citação (quando longa envolve recuo e mudança de tamanho de fonte e, quando curta, fica inserida
no parágrafo e delimitada por aspas) e seu uso serve para trazer a fala direta (cópia) do autor no
corpo do texto em construção. Já a citação indireta relata o que o autor disse, com construção
elaborada por quem está redigindo o texto. Para saber detalhes formais, sugere-‐se consulta ao
manual de formatação da Faccat. Realizou-‐se esta pressuposição e fundamentação, neste texto, na
Introdução e na em que se delinearam alguns suportes teóricos para a construção da análise do
gênero em foco.
6 Materiais e métodos ou metodologia?
A pergunta que dá título a esta seção tem como propósito esclarecer o fato de que artigos da
área das ciências mais exatas têm uma rotina mais fixa de configuração. Assim, o uso do título de
uma seção “Materiais e Métodos” é bastante comum e de indiscutível necessidade, já que ali se
apontam os materiais utilizados em uma pesquisa em Botânica, por exemplo, e os métodos utilizados
para a coleta, organização e interpretação de dados coletados. Em áreas mais sociais ou humanas,
costuma-‐se também usar o termo Metodologia como título desta seção ou mesmo uma frase que
signifique que esse momento do texto explicita os percursos metodológicos adotados. Essa seção
visa a descrever os caminhos percorridos de uma experimentação, de um exame de um corpus ou de
73
um estudo sobre uma dada teoria ou, ainda, sobre um conjunto de teorias sobre um determinado
tema ou problema, por exemplo.
Muitos métodos são consagrados nas diversas áreas de conhecimento; outros são novos e
outros são conjugados diante de uma necessidade de situação de pesquisa. O que se ressalta é que
todos precisam ser explicados e esclarecidos na seção do artigo dedicada à metodologia.
No caso de uso de materiais específicos para uma investigação de campo, para o exame de
um tema, ou de um corpus também se exige enumeração e descrição clara, específica.
A Figura 2, a seguir, pode ilustrar o que se diz acima:
Figura 2 -‐ Artigo acadêmico-‐científico das áreas exatas e das áreas sócio-‐humanas
Fonte: Adaptado de Feltrim, Aluísio e Nunes (2000, p. 4).
Note-‐se que esta figura em forma de carretel mostra com clareza a abertura generalizante
que o artigo possui em seu início (Resumo que sumariza, Introdução que contextualiza e enquadra),
um estreitamento do foco, quando realizada a análise e a Pressuposição Teórica (especificando-‐se o
estudo em questão) e uma nova ampliação, que ocorre na Discussão/Conclusão ou nas
Considerações Finais.
O círculo marca a diferença que se pode verificar nos artigos de ciências mais exatas como a
Física ou Biologia, por exemplo, quando Materiais e Métodos e Resultados são listados ou focados
muito especificamente no corpo textual. Já nas ciências de feição social ou humana, a Pressuposição
Teórica e a análise de corpus de textos, por exemplo, revelam, por vezes, uma organização que pode
usar títulos bem específicos os quais delimitam a(s) metodologia(s) empregada(s) no estudo.
Resumo
Introdução
Materiais e métodos
Resultados
Discussão Conclusões
Resumo
Introdução
Pressupostos teóricos
Análises (corpora) Outros títulos
específicos
Considerações finais
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7 Resultados
As diferenças entre as áreas aqui também influenciam a maneira de organizar este
movimento do texto. Em textos de metodologia exclusivamente quantitativa, as tabelas e os gráficos
podem aparecer para demonstrar os resultados obtidos estatisticamente, fato comum nas Exatas.
Nas áreas mais Humanas ou Sociais, embora o quantitativo e esses procedimentos também
apareçam, os resultados podem ser descritos num texto que compara, avalia e que faz uma
contabilização mais qualitativa do que estatística ou até uma revisão, tal como se faz neste texto. Por
isso, esta seção, às vezes, se mescla às considerações finais ou às conclusões neste último caso.
Neste texto em curso, obtém-‐se um quadro em palavra e imagens (figuras que estão listadas
sequencialmente, conforme a norma) sobre o que caracteriza o gênero textual artigo acadêmico-‐
científico. Isso implica registro de observações relevantes que um leitor interessado ou com
necessidade de escrever um artigo possa utilizar para realizar sua tarefa de comunicar suas
descobertas de pesquisa.
8 Conclusão ou considerações finais
A Conclusão efetua um movimento inverso ao que se faz na introdução: “enquanto a
introdução delimita o tema estudado partindo de um universo até chegar a um nicho, a conclusão
amplia novamente o tema do nicho ocupado até chegar ao universo” (FUCHS; SOUZA, 2009).
Assim, na conclusão, se realizam: a) a revisão e interpretação dos principais resultados
obtidos; b) a demonstração de como os resultados e suas interpretações concordam ou contrastam
com pesquisas anteriores, apresentando razões possíveis para os resultados obtidos; c) a indicação
da relevância dos resultados do estudo para a área em que se insere e até para outras com as quais
tenha relação; d) a discussão de implicações teóricas do trabalho e de possíveis aplicações que o
trabalho oportuniza; e) as recomendações e sugestões para futuros estudos de ampliação ou
aprofundamento de questões discutidas no trabalho, com possível abertura de lacuna a ser
preenchida por novas pesquisas.
Dessa maneira, este texto cumpre o objetivo a que se propôs, em vista de anotar os
movimentos do texto do artigo acadêmico-‐científico e os procedimentos internos de cada uma
das etapas de configuração do gênero.
Sublinha-‐se que estudos sobre a expressão linguística inerente à escrita do artigo acadêmico-‐
científico, como o uso do discurso citado, da modalização, da paráfrase e da ação de resenhar
75
constituem um trabalho mais longo e de cunho mais específico. Tais procedimentos ficam como
sugestão para outros estudos sobre este gênero que acompanha o pesquisador que todos devem ser
quando habitam o universo do saber.
Conclui-‐se com uma citação direta (que ainda não se exemplificou no corpo deste texto), a
qual fecha com significativa importância tudo que se anotou:
Escrever é parte inerente ao ofício do pesquisador (FEITOSA, 1991). O trabalho do cientista não se esgota nas descobertas que faz. É de sua responsabilidade comunicar os seus resultados, suas descobertas, suas criações. Sendo assim, a escrita científica caracteriza-‐se como um processo de comunicação muito importante, pois uma descoberta científica torna-‐se reconhecida através das publicações de seus resultados. (FELTRIM, ALUÍSIO; NUNES, 2000, p. 1).
Referências
FEITOSA, Vera Cristina. Redação de textos científicos. Campinas: Papirus, 1991.
FELTRIM, Valéria Delisandra; ALUÍSIO, Sandra Maria; NUNES, Maria das Graças Volpe. Uma revisão bibliográfica sobre a estruturação de textos científicos em português. São Carlos: ICMC-‐USP, 2000.
FUCHS, Juliana Thiesen; SOUZA, Juliana Alles de Camargo. Como escrever (sem medo) o artigo acadêmico. Curso de Extensão EaD. Edição 2009/2. São Leopoldo: UNISINOS, 2009.
LEIBRUDER, Ana Paula. O discurso de divulgação científica. In: BRANDÃO, Helena Nagamine. Gêneros do discurso na escola: mito, conto, cordel, discurso político, divulgação científica. São Paulo: Cortez, 2000.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008.
MOTTA-‐ROTH, Désirée. Artigo acadêmico. In: MOTTA-‐ROTH, Désirée (Org.). Redação acadêmica: princípios básicos. Santa Maria: Imprensa Universitária, 2009.
SWALES, John M. Genre analysis: english in academic and research settings. Madrid: Cambridge University Press, 1990.
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9.2 Resumo acadêmico-científico
Resumo acadêmico-‐científico “O resumo acadêmico-‐científico pode corresponder (i) a uma parte de uma publicação
acadêmico-‐científica ou (ii) a uma publicação que integra resumos de um evento ou periódico.” (GIERING et al., 2010, p. 29).
Ao trabalhar com o resumo de um artigo acadêmico, a referência é o primeiro tipo de resumo mencionado por Giering et al. (2010). Nesse sentido, todo resumo acadêmico-‐científico tem a função de apresentar ao leitor as informações essenciais do artigo. Para cumprir essa função, o texto deve ser composto pelas seguintes partes, sendo as partes destacadas em negrito elementos obrigatórios da produção textual:
a) Contexto; b) Lacuna; c) Propósito; d) Metodologia; e) Resultados; f) Conclusão.
Logo, o texto precisa:
a) ser breve e conciso (enfocar as ideias principais, deixando de lado as secundárias);
b) ser claro;
c) usar a ordem direta e frases pouco extensas (evitar as frases-‐parágrafo);
d) empregar a terceira pessoa;
e) seguir uma ordem lógica;
f) usar conectores, quando necessário;
g) usar o presente do indicativo (o pretérito somente para os resultados);
h) usar marcadores discursivos para indicar o tema de cada sentença (objetivo, metodologia, resultados, conclusão...);
i) redigir o texto em parágrafo único.
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Exercício:
AVALIAÇÃO DA POLUIÇÃO SONORA GERADA PELO TRÁFEGO DE VEÍCULOS NO JARDIM BOTÂNICO BOSQUE RODRIGUES ALVES EM BELÉM – PA
Resumo: O ruído é um fato comum nos grandes centros urbanos, gerado principalmente por tráfego de veículos. Estudos mostram que o ruído de tráfego de 66 dB(A) é considerado como o limiar do dano à saúde e, consequentemente, a medicina preventiva estabelece 65 dB(A) como o nível máximo que um cidadão pode se expor no meio urbano, sem riscos. Em muitas cidades, os níveis sonoros urbanos já alcançaram valores inaceitáveis e mesmo em áreas de refúgio, tais como praças e parques, já não é possível usufruir de um ambiente sossegado. Neste contexto, decidiu-se realizar uma avaliação do nível de ruído, gerado pelo tráfego de veículos, no interior do Jardim Botânico Bosque Rodrigues Alves, na cidade de Belém-PA. Efetuaram-se medições do nível sonoro equivalente em dB(A) em 20 pontos espalhados dentro da área do Bosque, além de entrevistas com os frequentadores do local para conhecer suas percepções em relação ao ruído ambiental. Constatou-se que 45% dos pontos de medição apresentaram níveis sonoros acima de 65 dB(A) e 15% dos pontos avaliados não satisfizeram à Lei Municipal no 7.990 de 2000, que fixa o limite de 70 dB(A) como nível máximo de emissões sonoras em áreas verdes. O resultado do questionário aplicado na forma de entrevistas aos frequentadores do Bosque mostrou que 30% dos entrevistados apontam a poluição sonora e 10% indicam a falta de segurança como fatores de perturbação no local. Palavras-chave: Nível Sonoro, Ruído, Riscos Ambientais, Conforto Ambiental.
A UTILIZAÇÃO DO DESIGN COMO VANTAGEM COMPETITIVA NO SETOR MOVELEIRO DE SANTA MARIA/RS
Resumo: Este artigo expõe a contribuição inovadora e dinamizadora dos profissionais do design no setor moveleiro, enfocando o aumento da competitividade da cadeia produtiva do setor. Desta forma, a questão motivadora do estudo busca determinar: como o design, enquanto estratégia, alinhado a qualidade, pode atuar como diferencial competitivo em micro e pequenas empresas do setor moveleiro? Para concretizar o estudo foram realizadas entrevistas individuais com os gestores de indústrias moveleiras e aplicados questionários aos consumidores de móveis na região de Santa Maria, localizada no centro do Estado do Rio Grande do Sul. A pesquisa mostrou que, a procura por mecanismos, que geram competitividade entre as empresas está cada vez mais intensa, e a busca por métodos inovadores para conseguir a eficiência é de grande importância. O design agrega valor ao produto em termos de estética, ergonomia, conforto e funcionalidade, além de ser um elemento muito importante na racionalização da produção.
Palavras-chave: Indústria moveleira. Design. Qualidade. Competitividade.
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10 Quadro-resumo sobre os gêneros
A partir dos estudos realizados em aula, complete o quadro abaixo:
Artigo de Divulgação Cie. Artigo Acadêmico Resumo indicativo
O que é?
Qual a função?
Onde encontramos?
Quem escreve?
Quais são as princi-‐pais características?
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EXERCÍCIOS
Os mecanismos de conexão: o uso de organizadores textuais
Conforme Machado (2010, p. 47), na elaboração de um texto, é fundamental orientar o nosso leitor “para que ele possa entender as diferentes relações que queremos estabelecer entre as ideias”. E de que forma estabelecemos estas relações? Utilizamos palavras que possuem a função de organizar o que está sendo escrito – são os chamados ORGANIZADORES TEXTUAIS. Também chamados de “conectivos”, que são elementos de conexão de frases. Mas esta relação é mais ampla, segundo Machado: estabelecer relação entre as ideias, não apenas em frases, mas também entre parágrafos.
A seguir, analisaremos os ORGANIZADORES TEXTUAIS e verificaremos quais suas funções.
Atividade 1. Classifique os conectivos abaixo no quadro a seguir, segundo suas funções.
Não só... mas também entretanto – com efeito – embora – ainda que –
no entanto – de fato – contudo – apesar de – mesmo que - mas
Conectivos que indicam adição de ideias
Conectivos que indicam
contraste entre ideias ou argumentos contrários
Conectivos que indicam explicação / constatação / confirmação
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Atividade 2. Além dos conectivos acima, podemos também encontrar outros que têm valores/funções diferentes. Marque com
- C: os conectivos que introduzem conclusões;
- A: os que introduzem argumentos, causas ou justificativas.
( ) já que ( ) assim ( ) uma vez que ( ) devido a
( ) por isso ( ) como ( ) isso posto ( ) pelo fato de
( ) assim sendo ( ) portanto ( ) porque ( ) pois
Atividade 3. Identifique os conectivos nos trechos abaixo.
Texto 1
Nas últimas décadas, a obra de Vygotsky tem sido intensamente recuperada, pois sua influência sem dúvida é crescente no panorama atual, tanto no tocante à psicologia cognitiva quanto à educação em geral.
Esse é um texto claro e abrangente de psicologia pedagógica, destinado sobretudo à formação docente, cujo destaque é a grande amplitude dos temas abordados [...]
In: VYGOTSKY, L. Psicologia pedagógica. Ed. Comentada. São Paulo: Artmed, 2001. Quarta capa.
Tese do autor Argumentos usados Conectivos que introduzem os argumentos e seu valor
Pois – causa ou justificativa
Atividades propostas com base em:
MACHADO, Anna Rachel (Org.) Resenha. São Paulo: Parábola Editorial, 2004. p. 47-50
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Trabalho:
Leia atentamente o artigo acadêmico “A produção científica sobre inovação: análise da base SciELO no período de 2005 a 2012” e responda às questões abaixo.
1) Identifique quais são as seções que integram o artigo acadêmico em análise?
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2) Resuma em uma frase a ideia central do texto lido.
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3) Sobre a estrutura do artigo lido, identifique quais são as seções e as subseções que integram:
a) introdução do texto?
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b) desenvolvimento?
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c) conclusão?
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4) De acordo com a estrutura do texto artigo acadêmico estudada em aula, este artigo apresenta as seções essenciais de um artigo acadêmico? Justifique a sua resposta, fazendo uma citação direta (AUTOR, ano, página) do texto “O Artigo Acadêmico-‐Científico: Como Elaborar?” de Juliana Alles de Camargo de Souza.
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5) Identifique e classifique (na ordem em que elas aparecem no texto) as citações bibliográficas presentes nos três primeiros parágrafos da seção Introdução. (Para facilitar a sua resposta, coloque o autor e o ano e ao lado o tipo de citação).
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6) Ainda de acordo do a seção Introdução, identifique, na ordem em que elas aparecem no texto, quais são os tipos de informações que integram os dois últimos parágrafos do texto de acordo com a teoria estudada.
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7) A secção denominada de Metodologia está de acordo com os preceitos teóricos vistos em aula? Justifique a sua resposta.
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8) Identifique os principais resultados apresentados na seção Conclusão, sintetizando-‐os em um período.
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9) Os autores, na página 39 do texto, apresentam uma citação direta de mais de três linhas. A partir da sua leitura, transforme-‐a em uma citação indireta com o autor inserido no parágrafo (lembre-‐se que há uma forma específica para a realização desse tipo de citação).
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