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1 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO EDUCACIONAL ALFA APOSTILA RELAÇÕES INTERPESSOAIS E ÉTICA PROFISSIONAL MINAS GERAIS 2012

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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO EDUCACIONAL ALFA

APOSTILA RELAÇÕES INTERPESSOAIS E

ÉTICA PROFISSIONAL

MINAS GERAIS – 2012

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INTRODUÇÃO

Este é o nosso sextomódulo. É um prazer estar com vocês

novamente.

É com imenso prazer que oferecemos esse material didático para você.

Este foi escrito com muito carinho e dedicação, sendo realizadas várias

pesquisas em autores renomados para a construção do mesmo. Esperamos que

esta seja útil para a construção do conhecimento científico de todos vocês.

Por isso, escolham o melhor momento de estudar, visto que, na educação à

distância o aluno é gerenciador de suas atividades e do seu tempo empregado aos

estudos.

Deixamos claro que estamos abertos para sugestões, críticas

e dúvidas sobre este material.

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DESCREVENDO SOBRE A ÉTICA

Conhecer os princípios básicos que norteiam estes tempos de globalização e

Reestruturação competitiva é de grande valia para o desenvolvimento das empresas

que sepreocupam com a ética e, que conseguem transformar sua preocupação em

práticas efetivas,mostrando-se mais capazes de competir. Sabe-se que o exercício

de qualquer profissão ésubmetido a normas éticas e estas, são responsáveis pela

inclusão ou exclusão do indivíduo nasociedade.

Segundo Moreira (2002), Ética, enquanto filosofia é o estudo da conduta

humana,essencial à vida em todos os aspectos, seja no pessoal, familiar, social ou

profissional. Elaenvolve os estudos de aprovação e desaprovação da ação dos

homens, levando emconsideração o valor do que poderia ser real nas ações

honestas.

Desta forma, numa definição geral, ética se refere à teoria ou aos estudos

sobre apratica moral, analisando e criticando fundamentos e princípios que orientam

ou justificamdeterminados conjuntos de valores morais. Enfatiza a virtude como

prática do bem, comopromotora da felicidade, seja individual ou coletiva, avaliando o

desempenho humano sempreem relação às normas comportamentais.

Então, ainda segundo o autor acima citado, a ética é a educação de nosso

caráter,temperamento ou vontade pela razão, em busca de uma vida justa, bela e

feliz, que estamosdestinados por natureza, ou seja, ética é o processo consciente

que nos ajuda a escolher entre vícios e virtudes, entre o bem e o mal. É a

predisposição habitual, motivada pela vontade defazer o bem.

Segundo os autores Shermerhorn & Hunt & Osborn (1999), os conceitos

éticos sãoextraídos da experiência e do conhecimento da humanidade, sendo que

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existem cinco teoriasa respeito da formação dos conceitos éticos: a teoria do

fundamentalismo, a teoria do tilitarismo, a teoria Kantiana, a teoria contratualista e a

do relativismo, as quais serãodescritas a seguir.

A Teoria do Fundamentalismo se baseia no preceito de que a ética seja

obtida defontes externas ao ser humano, podendo ser um livro, uma bíblia, ou outro

ser, permitindo,que o ser humano encontre o certo e o errado por si mesmo.

A Teoria do Utilitarismo propõe que o conceito ético deve ser elaborado diante

decada fato e o ser humano para escolher o que será mais ético, deverá analisar o

que trarámaior bem para a sociedade, levando em conta o tamanho do bem, e não o

número de pessoasbeneficiadas.

A Teoria Kantiana sugere que o conceito ético seja extraído do fato de que

cada umdeve se comportar de acordo com princípios universais, todavia, sua crítica

é a de que existeuma grande dificuldade para entrar em um consenso sobre quais

seriam os princípiosuniversais.

A Teoria Contratualista parte do pressuposto de que o ser humano assumiu

com seussemelhantes à obrigação de se comportar de acordo com as regras

morais, para poderconviver em sociedade. Sendo assim, os conceitos éticos seriam

extraídos das regras moraisque

conduzissem a concretização da

harmonia no grupo social.

A Teoria do Relativismo é

aquela que informa os princípios

éticos, posto que segundoela cada

pessoa devesse decidir sobre o que é

ou não ético, com base nas suas própriasconvicções, na sua própria concepção

sobre o bem e o mal, mostrando assim, que o que éético para um pode não ser para

outro.

Segundo Sá (2000), após observamos as teorias que permeiam os princípios

éticos, ésignificante fazer uma reflexão acerca de conduta ética, posto que se refere

a uma respostaque ocorre a partir de um determinado acontecimento, podendo

variar conforme ascircunstâncias e as condições vivenciadas.

Vale ressaltar, que o conceito de conduta se diferencia do comportamento em

virtudedo último ocorrer sempre da mesma forma tratando-se de uma constante, e a

conduta alterassede acordo com a variedade de efeitos.

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Desta forma, através do motivo de tal conduta dar-se-á, a busca pelo

conhecimento doque promove a satisfação, o prazer, a felicidade, o bem-estar,

procurando ideais imaginadospara o bem. O importante é a prática que o indivíduo

utiliza para executar suas atividadesprofissionais de forma ética.

Para que esta prática possa ocorrer é relevante que o indivíduo tenha clareza

de suaconsciência ética, e esta resulta da relação íntima do homem consigo mesmo.

Para Sá (2000,p.58), ―como uma das partes da psique, ela [consciência ética]

representa para os cientistasda mente, nosso mais direto contato com o mundo

exterior, sendo uma relação entre areflexão própria e a realidade (...)‖.

Pode-se dizer que a consciência é construída a partir das influências

ambientais, dosensinamentos e das informações que adquirimos, estando disponível

na prática de nossascondutas no dia-a-dia. Para Sá (2000, p.58), ―só podemos

pagar se possuirmos um fundo emdinheiro; só podemos agir eticamente se tivermos

uma consciência ética formada e ematividade plena‖.

Assim, a formação ética precisa de um ambiente sadio, com condutas

espelhada empráticas do bem. Todavia, esta condição nem sempre ocorre, em

virtude do desleixo dospoderes com má qualidade de idéias, tendo, o indivíduo que

deseja conservar seus valores esuas

origens éticas que proteger-se contra

situações de prenúncio.

Sendo assim vale ressaltar, que

para a conduta ser considerada do bem, é

necessário oindivíduo ter a qualidade de

viver a vida de acordo com sua própria

essência, sem produzirmalefícios a si nem

a seus semelhantes, tendo uma ética

fundamentada no respeito. ParaTeixeira (1998, p.91), ―O homem vive em sociedade

significa que o homem está unido aoutros homens e o ato dessa ligação implica em

que ele tem de estabelecer regras deconvivência, regras de conduta‖.

Segundo Sá (2000), cada um possui sua própria identidade, muito embora

existasemelhança entre as pessoas, nunca poderemos ser idênticos, caracterizando

assim, o quepode ser chamado de caráter.

Segundo Teixeira (1998), na empresa ou na escola, a diversidade de caráter

dificulta a relaçãointerpessoal, sendo necessário que a cultura da empresa

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predomine, estabelecendo padrões,normas, valores, que possam reger tais

comportamentos. Para que exista uma interação ética énecessário ainda, que haja

transparência nas relações é preciso que cada parte dê exatamenteo que está

disposta a dar e o que deseja receber.

Sá (2000) ressalta que, no mundo em que vivemos geralmente ocorrem fatos

que sãofrutos de influências que ferem a ética, em virtude de forças de diversas

naturezas. Tais fatos podem oferecer um exterior ético, porém, na essência, não são

condutas que contribuem paraa virtude, nem são aceitáveis, pois são derivados da

força de capitais, de poderes, dificultandoa liberdade individual ou ameaçando a

integridade dos indivíduos, não sendo conhecimentosconstituídos pela verdade.

Por ser injustificáveis, distorcerem o que é eticamente desejável e, embora

Mascarando-se como ética empresarial, são na verdade frutos das especulações, do

egoísmo,da inveja e das trapaças.

A emoção é um fator importantíssimo e que, não pode ser deixado externo a

ética,afinal, trata-se de um sentimento que advém de estados biológicos e

psicológicos que podemmotivar o primeiro impulso para a ação.

É de grande variedade o número de emoções e diferentes são seus efeitos

nosindivíduos, podendo influenciar positiva ou negativamente a qualidade ética.

Para Sá (2000,p.102), ―Razão e sentimento são independentes, mas precisam estar

harmonizados para aeficácia da conduta‖.

O emocional pode sofrer perturbações e,

caso isso ocorra, se sucede como um

tóxico,podendo gerar três grandes males na

formação e na evolução de uma consciência

ética, quesão: a raiva, a ansiedade e a

depressão. Todavia, a emoção precisa ser

controlada para que sepossa desenvolver a

vontade.

Neste contexto, as intenções são relevantes no campo profissional. Sabe-se

que oindivíduo honesto não tem intenção de prejudicar quem quer que seja,

entretanto, existe aprática desonesta que é diferente da intenção, pois está apenas

na coragem e na oportunidadedos indivíduos. Todavia, não basta à intenção de

desejar ser honesto, a pessoa tem que serhonesta, pois o profissional honesto

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torna-se digno de confiança e cresce em conceito,valorizando e respeitando sua

categoria.

Segundo Sá (2000), o profissional tem dever ético de ser honesto

integralmente,porém, se transgredir os princípios da honestidade não prejudica só

seu cliente, mas podeprejudicar as pessoas que lhe rodeiam, influenciando

negativamente. Ao praticar atosdesleais, o indivíduo desvaloriza uma comunidade.

Isto porque, não se pode chamar dehonesto aquele que falta com a lealdade, e

lealdade exige solidariedade, fidelidade,sinceridade e cumplicidade.

Quanto à importância ética do segredo entre as pessoas na organização,

verifica-se umpapel de ―guardar‖ algo que é confiado, sendo obrigatório manter o

sigilo. O segredo pode aténão ter sido pedido, mas, por parecer óbvio, se for violado,

enfraquece o vínculo estabelecidoe o valor do profissional. Sendo assim, o ideal é a

completa reserva sobre tudo o que se tornaconhecimento na prática da profissão.

Segundo Sá (2000), os casos mais graves são os que se processam com a

intenção detirar proveito próprio. O rompimento de sigilo, nas áreas tributária são

criminosos, podendolevar a proventos pecuniários, maculando a honra de quem

rompe o silêncio, sendo neste caso,a infração ética notória, e a personalidade dessa

pessoa de muito baixa qualificação.

No que se refere à competitividade nas organizações privadas, vale ressaltar

que avirtude essencial na vida dos seres é atribuir a seus semelhantes o mesmo

valor que a si seatribui, pois, o colega de profissão é geralmente aquela pessoa que

se identifica conosco,estando na mesma prática, sujeitos aos mesmos problemas e

as mesmas alegrias decorrentesda eficácia no desempenho.

Segundo Moreira (2002), é de vital importância que as empresas, ao

decidirem assumiruma postura ética, coloquem em vigor um documento interno, cuja

denominação, segundo omesmo autor, é código de ética.

...O Código de Ética tem a missão de padronizar e formalizar

oentendimento da organização empresarial em seus diversosrelacionamentos e operações. A existência do código de ética evita queos julgamentos subjetivos deturpem, impeça, ou restrinjam a aplicaçãoplena dos princípios... (MOREIRA, 2002, p. 33).

Vale ressaltar, que segundo Sá (2002), a implantação do código de ética

internoconfronta com a concorrência antiética de forma positiva, diminuindo os

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conflitosinterpessoais, posto que nele existe disciplina evitando assim, que se

macule o bom nome e oconceito social de uma categoria.

Então, eticamente faz-se necessário exercer a virtude do coleguismo com

fraternidadeprofissional, solidariedade, dentro dos preceitos da moral. Tendo para

com eles atitude delealdade, sinceridade, honestidade, compreensão, cooperação,

tolerância, cordialidade, ou seja,tudo que for amor fraterno, evitando assim ver nele

um adversário, que é o que acontecequando se desrespeita a ética.

ÉTICA E EDUCAÇÃO

Um dos problemas que se coloca na sociedade brasileira contemporânea éo

do como educar para o respeito às diferenças e para o respeito a todos os

sereshumanos, sem violência. Essa questão é central para ética.Nas escolas,

atualmente, não são incomuns ações de violência edesrespeito sob todas as formas:

agressões, uso de drogas, ameaças,discriminações, desrespeito aos professores e

aos alunos... Como a ética podenos auxiliar a construção uma educação contra a

violência?

O artigo 2º da LDB considera que, inspirada nos princípios da liberdade enos

ideais de solidariedade humana, é finalidade da educação nacional o

plenodesenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e

suaqualificação para o trabalho. O artigo 1o diz que a educação abrange os

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processosformativos que se desenvolvem em várias esferas (família, convivência,

trabalho,escola, movimentos sociais etc).

A educação para a cidadania, e os programas educacionais voltados

paraesse fim, pressupõe a crença na tolerância, a marca do bom senso, da razão e

dacivilidade que faz com que os homens possam se relacionar entre si.

Pressupõe,também, a crença na possibilidade de formar este homem, ensinando a

tolerânciae a civilidade dentro do espaço e do tempo da escola.

Nesse sentido, ser ético para a

maioria dos educadores é estar

aberto ao diálogo, umavez que

acreditam que ele é uma poderosa

ferramenta para a formação de

cidadãosconscientes, críticos e

responsáveis. Esse estado de ser

ético, também possibilita ao

educadoratuar de forma digna na

execução de sua profissão construindo saberes no seu cotidiano.

A ética é a responsável pela possibilidade atribuída à escola de conduzir o ser

à condição de crítico e responsável pelos seus atos, no entanto, ela entrelaça a

estas condições acapacidade de definir o que seja justo e injusto, moral e imoral,

uma vez que atribui valores àsatitudes dos educandos e os vigia, como se a

qualquer momento pudessem fazer, falar ousentir algo que não é permitido

eticamente.

Respeitar a liberdade do outro é conhecer os direitos e deveres de cada um

dos atoresdo ambiente escolar. Para Kant, na escola ninguém tem privilégios, mas

apenas direitos. Elacorporifica assim, o local privilegiado que permite ao ser

reconhecer a sua função social nomundo, compreendendo sua posição, se de

explorado ou de explorador, mediatizado oumediatizador.

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PRESSUPOSTOS VINCULADOS À ÉTICA

Todos têm direitos e deveres no meio em que vivem. Cabe a escola

questionar comoeles se apresentam. Até que ponto a comunidade onde se está

inserido não está abnegandoestes direitos, cada um cumpre com os seus deveres

para cobrar os seus direitos? Questõesque podem ser levantadas constantemente

pela escola.

Alguns pressupostos estão vinculados à ética como a justiça, a solidariedade,

orespeito mútuo e o diálogo. Temas importantes para serem inseridos nas aulas de

diferentesdisciplinas de maneira transversal, permitindo desmitificar a questão ética

como sendo restritaà área da Filosofia.

A justiça já era uma preocupação

dos filósofos gregos, pois Platão em sua

Repúblicajá pensava como deveria ser

tratado um ato justo, qual a relação entre

justiça e injustiça. Noentanto, há de ser

questionado como despertar no

educando a noção de justiça. A escola

podepropiciar situações onde seja

exercitada a criticidade do educando

oportunizando-lhe adistinção entre um

ato justo e um injusto. Fazer essa distinção na escola faz com que oeducando reflita

sobre a diferença e possa a partir de suas vivências criar relações queexemplifiquem

tais questões.

A escola pública possui uma diversidade cultural, étnica, religiosa, sexual e

socialmuito grande. Nesse contexto, a solidariedade assume um lugar de

comprometimento com oaprendizado. Ser solidário no ambiente escolar é respeitar

as diferenças que constituem osatores educacionais, não ocultando a sua

existência, mas trabalhando estas diferenças nocoletivo. Solidariedade. A partir dela,

os educadores sentiram-se mais confiantes no querealmente podem ser enquanto

profissionais da educação comprometidos com a vida de cadaum de seus

educandos. Faz-se necessário superar as barreiras do Capitalismo, do corre-

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corrediário, de competição desenfreada, onde a vantagem está em primeiro lugar,

para triunfar asolidariedade, a compreensão e o respeito. Respeito mútuo. Sem ser

unilateral. Respeitar comreciprocidade.

E ainda, dialogar. Manter o diálogo em sala de aula é uma atividade muito

importantepara criar condições de discussão, sobre temas relacionados a questões

sociais, políticas eeconômicas. Essas discussões criam conceitos ou os reformulam,

ou até mesmo constroemoutros a partir da vivência de cada um.

ÉTICA PROFISSIONAL DO EDUCADOR

Nos Parâmetros Curriculares Nacionais, publicado em 1997, a ética além de

serconsiderada um dos temas mais trabalhados pelo pensamento filosófico

contemporâneo, étambém um tema presente no cotidiano de cada um, fazendo

parte do vocabulárioconhecido por quase todos. Leia-se:

A reflexão ética traz á luz a discussão sobre a liberdade de escolha. A ética interroga sobre a legitimidade de práticas e valores consagrados pela tradição e pelo costume. Abrange tanto a crítica das relações entre os grupos, dos grupos nas instituições e perante elas, quanto à dimensão das ações pessoais (p. 29-30).

Vivemos, pois, numa época que muito se fala em ética. Ética na política, ética

nareligião, ética no esporte, ética nas mais diferentes profissões, muitas delas já

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com seucódigo de valores definido. E o professor já possui o seu código de ética?

Sabemos queainda não, mas não podemos esquecer de que a profissão de educar

também exige posturaséticas bem definidas, pois os professores representam um

―modelo‖ para seus educandos epara a sociedade em geral.

Desnecessário dizer que viver em sociedade implica em certas normas

deconvivência. Para tanto, se faz necessário a busca de pontos em comum. É

justamente nabusca desses pontos em comum capazes de nortear a existência e de

serem assumidos portoda uma sociedade, que surge a ética. Segundo Vázquez,

A ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. Ou seja, é ciência de uma forma específica de comportamento humano. A nossa definição sublinha, em primeiro lugar o caráter científico desta disciplina; isto é, corresponde à necessidade de uma abordagem científica dos problemas morais. De acordo com esta abordagem, a ética se ocupa de um objeto próprio: o setor da realidade humana que chamamos moral, constituído(..) por um tipo peculiar de fatos ou atos humanos. Como ciência, a ética partede certo tipo de fatos visando descobrir-lhes os princípios gerais. (...) Enquantoconhecimento científico, a ética deve aspirar a racionalidade e objetividade maiscompletas e, ao mesmo tempo, deve proporcionar conhecimentos sistemáticos,metódicos e, no limite do possível, comprováveis (VASQUEZ, 1997, p. 12-13).

Logo, toda ética deve visar o bem comum, no seu

amplo sentido, conciliando osinteresses individuai com os

interesses sociais. Ela tem o intuito de privilegiar o

bemcomum e estabelecer princípios gerais. E orientadora,

sendo que seu maior intuito é adefesa de um determinado

princípio, ou benefício para todas as pessoas.A ética propõe

princípios para a práxis nos mais diferentes campos da ação

humana.

Se para cada atividade existem normas específicas,

pode- se dizer que não há um únicoenquadramento ético

geral. Não se fala mais da ética, mas sim de éticas, pois se vive nummundo

complexo e em constante transformação. Ela é fundamental para se compreender

asrelações estabelecidas na escola que, por serem sociais, envolvem a questão da

distribuiçãodo poder e do saber. Como escreve Sonia Kramer,

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Precisamos pôr na ética nossas mãos e nosso coração. Não uma éticasupostamente tecida na solidão de um sujeito individual (...) nem, tampouco, umaética definida na crueza de normas predeterminadas (..) mas uma ética que,tecendo-se nos confrontos e se desenhando a partir da diversidade de vidacomum não abdica nunca de si mesma (...) trata-se pois de uma nova forma éticapolítica (..) uma ética que concretiza, assim sua ligação visceral com aeducação (‗KRAMER, 1993, p. 170-17]).

A ética, pensada desde a perspectiva do professor, implica um compromisso

com ajustiça social, tendo em vista não a mera conservação de tradições e da

ordem social; massim, a formação de novas gerações, herdeiras de um presente

estruturado em um passadocultural que não pode ser esquecido. Isso nos sugere

que o professor, como norteador doprocesso de ensino aprendizagem, serve de

―modelo‖ e inspiração de procedimentos sóciomoraispositivos. Sugere também que

deve inspirar confiança, tanto para os alunos e parasuas famílias como para a

sociedade em geral.

A ética profissional do educador

pode ser apreciada através das suas

relações com asociedade, com a escola,

com o aluno, com os colegas, com o

trabalho escolar quedesenvolve e também

consigo mesmo. Na relação com a

sociedade cabe ao professor

aresponsabilidade de ajudar o educando a

se tornar parte integrada e ativa do mundo

social.

Ele precisa estar consciente de que, hoje, num mundo transformado pela

ciência etecnologia, é difícil prever o que será da vida de seus alunos no futuro.O

comportamento social do professor exige uma característica de

sobriedade,moderação e equilíbrio em todos os setores da vida, mantendo-se longe

de vícios, tãodivulgados em nossos dias, como o jogo, a bebida, as drogas e outras

vicissitudes, pois seuspassos, seus atos e ações, publicas e particulares têm

repercussão social, que se refletem naconfiança que a sociedade lhe deposita.

O professor é um representante da família e da sociedade na educação das

geraçõesainda em formação. É o representante da família por que os pais nem

sequer possuemcondições sócio- econômico culturais para oferecer esta educação

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em casa, outorgandoassim poderes para que os professores continuem e ampliem a

educação dada no lar. Oprofessor não pode deste modo, desconhecer a família do

aluno nos seus aspectos afetivo,social e cultural.

Cabe ao professor cuidar de sua apresentação pessoal, não necessariamente

Chegando ao requinte da última moda, mas também, não podendo e não

devendoapresentar-se como um maltrapilho.A postura do profissional da educação

em sociedade implica atitudes que geramclima de confiança nas relações humanas

e sociais. É preciso analisar-se constantemente deforma clara e consciente para

verificar se não está sendo retrógrada ou comodista. Aoestimular mudanças, ele

deve também analisar se não está traindo os princípiosfundamentais da sociedade a

que serve e se as idéias de renovação não repudiam uma linhalógica de evolução

desta mesma sociedade.

A escola é uma instituição contextualizada, isto é, sua realidade, seus valores,

suaconfiguração variam segundo as condições histórico-sociais que a envolvem. Há

toda umaconfluência de fatores que condicionam seu perfil e suas manifestações. O

professor emrelação à escola é, ao mesmo tempo, condicionante e condicionadoSeu

modo de agir e de ser recebe influência do ambiente escolar e vice-versa. Eletem

obrigações morais para com a escola que milita. A colaboração entre a direção e

seuquadro de professores é fundamental para o sucesso da instituição escolar. Os

esforços deambos devem convergir para o mesmo objetivo, que é a educação e o

crescimento do aluno.

Para que haja um bom entendimento entre os professores e seus colegas,

faz-senecessário uma ação unificada entre os mesmos. Existem normas de

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comportamento cujaobservação ajuda os educadores a se relacionarem com seus

colegas para haver maiorentendimento entre eles e melhor interação e integração

com os alunos.

É importante que cada educador no supervalorize a sua disciplina

menosprezando asoutras. Esta é uma atitude que a ser combatida, pois todas as

disciplinas contribuem paraalcançar os objetivos da escola. É abominável

professores ridicularizarem ou fazerreferencia a colegas de trabalho em sala de

aula. As críticas negativas feitas junto aosalunos favorecem um ambiente de fofoca

e mexericos, podendo os alunos se aproveitaremda situação e jogarem um

professor contra o outro. Nesse sentido Moretto escreve que oprofessor deve ―...

estar sempre disposto a ressaltar os méritos de seus colegas, suasiniciativas. sua

competência e sua dedicação ao ensino, o que muito favorecerá a tarefa educativa

dos colegas” (1995, p. 8).

Sempre que tiver oportunidade,

compete ao professor referir-se a outras

disciplinasde maneira global, valorizando

assim todas as disciplinas e os seus

respectivos professores.Ele precisa estar

atento para evitar que os alunos façam

complôs contra colegas de trabalhoou

provocar reações negativas contra as

decisões destes. As determinações combinadas emreuniões, as conversas sigilosas

e as trocas de informações que obtiverem com a direçãodizem respeito somente aos

docentes. A ética no permite comentários desnecessários com ocorpo discente.

Assuntos pendentes resolvem-se diretamente com a direção de modo franco sem

aintromissão de educandos. É recomendado não comentar fora da escola os

problemasrelacionados com a direção ou com o estabelecimento de forma

depreciativa. Estescomentários favorecem o desenvolvimento de um clima de

desconfiança e descrédito para aescola.

Para haver ambiente favorável aos educadores, se faz necessário o

cumprimento dasnormas estabelecidas pela escola, valorizando a profissão e

incentivando o intercambioentre todo o corpo diretivo, docente e demais funcionários

da escola.

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É fundamental para a educação o bom relacionamento entre professor e

aluno. Oestabelecimento de laços de simpatia e amizade entre ambos são também

fundamentais paraque sejam alcançados os objetivos propostos. São muitos os

aspectos do comportamento doprofessor com relação ao aluno, e capazes de influir

em suas relações, que fica difícildiscriminar todos. Citarei alguns apontados por

Moretto que exigem, por parte doprofessor, ponderação quanto a sua conduta:

a) Cultivar atitude de justiça e trato igualitário para com seus alunos.

b) Abster-se de assumir atitudes racistas, quer em relação á cor, ou nacionalidade.

c) Ao chamar a atenção do aluno, fazê-lo franca e lealmente, não invocando nunca

razõesde defeitos físicos, deficiências de inteligência, raça ou nacionalidade. A

admoestação devedizer respeito ao que dependa da própria ação do aluno.

d) Não revelar, em classe, aspectos da vida particular da família do aluno.

e) Não comentar as provas dos alunos em público. Não é ético também, ridicularizar

alunosem face de seus erros.

f) Evitar expressões e modismos lingüísticos vulgares.

g) Abster-se de assumir posição político-partidária.

h) Cumprir sempre o que prometeu a seus alunos.

i) Evitar que sempre prevaleça a sua opinião.

j) Esforçar-se para tomar-se amigo de seus alunos (1995, p. 4-8).

A relação do professor com a sociedade, com a escola, com os alunos e com

oscolegas, depende fundamentalmente da maneira como este professor se auto-

define. Osproblemas de conduta que implicam as relações do professor consigo

mesmo, no sãorelações unicamente subjetivas porque, de acordo com elas, os

resultados objetivos podemaparecer negativa ou positivamente.

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Para haver ambiente favorável aos educadores, se faz necessário o

cumprimento dasnormas estabelecidas pela escola, valorizando a profissão e

incentivando o intercambioentre todo o corpo diretivo, docente e demais funcionários

da escola.

Acreditar na educação é não fazer de sua atividade profissional, mera forma

deganhar a vida. É necessário também que o professor acredite na disciplina que

leciona.Atitudes desta natureza propiciam ao educando perceber que o mestre

possui a convicçãonecessária para educar. É grande a responsabilidade do

educador como agente influenciadorde mentalidade em formação. É de sua

obrigação elaborar o plano de curso de suadisciplina, selecionar conteúdos

significativos,programar técnicas para que este conteúdoseja assimilado de forma

agradável, não esquecendo de que o bom plano de aula favorecesignificativamente

a aprendizagem e é sinal de respeito para com o aluno.

Outro aspecto importante na relação do professor consigo mesmo é a

suaatualização permanente, buscando sempre inovações para melhorar o seu

desempenhoprofissional. Ser autodidata é uma virtude que todos os educadores

devem prezar. Oaperfeiçoamento tem de ser entendido em sentido amplo,

procurando atualizar não só osconhecimentos sobre a matéria que leciona, mas

também os conhecimentos sobre suadisciplina e inteirar-se dos progressos da

didática e da sociedade de maneira geral. Oprofessor consciente desenvolve seu

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espírito de autocrítica e avalia constantemente suapostura e sua própria conduta. É

importante, freqüentemente, examinar as situaçõesconflitivas em que se esteve

envolvido, certificando-se assim se sua ação foi positiva ounegativa.

A maturidade também é uma qualidade essencial dos

verdadeiroseducadores. Sendo eles social, intelectual e emocionalmente maduros,

serão com certeza osgrandes transformadores da sociedade, os agentes

equilibrados que enfrentarão comsabedoria todos os desafios inerentes a sua

profissão. A educação precisa de mestrescompetentes, equilibrados, destemidos,

ousados, críticos, éticos, capazes de lutar por umasociedade mais igualitária e

solitária.

O professor tem compromisso com os estado social atual, tem

compromissotambém com a evolução, com a modificação, com o progresso

social.Em suma, o novo milênio exige um profissional que direcione o seu olhar para

ofuturo. Exercitando a imaginação e a fantasia de seus alunos na tentativa de

solucionarproblemas ou situações que os novos tempos trazem. É importante que

ele seja provocadore desafiador, contribuindo para a formação de cidadãos críticos e

autônomos. Ele tem comocompromisso: cultivar no aluno o espírito inquiridor,

ensiná-lo a expressar adequadamenteas suas idéias, a aprender com os erros e a

enfrentar obstáculos, levá-lo a acreditar em si e adescobrir seus talentos e

potencialidades, despertando o desejo pelo saber.

O professor com visão de futuro amplia o seu campo de ação educacional, o

queproporciona ao aluno descobrir o funcionamento e o significado do que lhe é

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proposto,sabendo o porquê do ensinar e o porquê do aprender. O professor

necessário nessa novarealidade é aquele que atende as necessidades impostas

pela sociedade contemporânea eque não tem medo de usar o saber e ousar com

este saber. Ele transporta a realidade para aeducação inventando uma nova forma

de ensinar. Este professor, afirma Biz, ―não pode ser movido somente pela

inteligência, mas tambémpela emoção. Sem ela, como desempenhar com alegria,

uma tarefadesgastante, muitas vezes, pouco compreendida pelos pais,autoridades e

alunos entediados? Sua missão não é de facilitador,mas de animador. Viver como

um intelectual transformador (2000,p. 8)‖.

Cumpre aos educadores se questionarem constantemente sobre o tipo de

sociedade paraqual devem preparar os educandos, que serão responsáveis pelo

rumo do país no alvorecerde um novo século. Dentro do contexto educacional, o

papel dos professores é talvez omais significativo da realidade global, capaz de

interferir na modificação do ser humano adesenvolver-se como ser integral, nas suas

potencialidades cognitivas, afetivas,psicomotoras e sociais, criando condições

favoráveis para o aluno conhecer e compreendero mundo em que vive e, assim,

poder construir-se dando oportunidade ao educando dedelinear seu papel como ser

pensante, consciente, criador, livre e participante —transformador da sua realidade.

Acompanhando sua trajetória, percebemos que a figura do educador passou por

umametamorfose, e continua se transformando. O novo milênio exige que os

professorestenham competência, sejam humanos e que exerçam o seu papel com

ética. A formação doindivíduo se dá através da interação do educando com a

presença viva do professor. Nocom autoritarismo, mas com coerência, com bom

senso, sendo exigente sim, na busca daverdade. A verdade se constrói no diálogo, e

com postura de humildade.

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AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS

Tudo que fazemos na vida, seja no âmbito pessoal ou profissional, requer a

interaçãoentre os indivíduos. Isso porque, vivemos em sociedade e se tornaria

inviável o fato devivermos isoladamente, sem que necessitássemos manter contato

com os outros.

Segundo Tourinho (1982), para que as relações interpessoais sejam

estabelecidasdentro de uma organização, faz-se necessário a existência de um

contato entre aqueles quenela trabalham, uma percepção entre e sobre os

indivíduos. A partir do momento em quepercebemos o outro, não apenas em suas

características físicas, mas também em seusprocessos mais íntimos, passamos a

nos relacionar com ele de forma positiva ou negativa,baseados em preceitos éticos

ou não.

O estabelecimento de um contato com o outro indivíduo torna-se então, uma

questãode fundamental importância no âmbito das relações interpessoais, isto por

que oestabelecimento de um contato empobrecido favorecerá a permanência de

relações tambémempobrecidas e fracas , fato que pode acarretar em emissões de

comportamentos anti-éticos ehostis para com os outros; enquanto que bons contatos

desencadearão, na grande maioria dasvezes, relações baseadas em mútuo respeito

e cordialidade entre os funcionários.

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Ainda segundo o autor, dentro de uma organização, as relações

estabelecidas entre osfuncionários devem ser mediadas da melhor forma possível.

Boas relações trazem à tona,maior motivação, melhor produtividade e,

conseqüentemente, um ambiente de trabalhofavorável.

Francis apud Tourinho (1982), presidente da General Foods, expressa de

formabastante clara e realista essa idéia . Ele nos diz que: ―O problema da

produtividade individualé principalmente um problema de Relações Humanas‖.

Os relacionamentos estabelecidos e concretizados dentro das organizações

podemassumir diferentes formas e ser classificados da seguinte maneira:

Relacionamento Verticalpara cima; Relacionamento Horizontal e Relacionamento

Vertical para baixo.

Segundo Moscovici (2001), o relacionamento vertical para cima, é

compreendidoatravés das relações entre os clientes internos e seus superiores, os

quais podem apresentar-sede formas variadas, dentre elas, como uma pessoa

generosa ou autoritária, um indivíduoafetuoso ou intolerante e assim por diante.

O relacionamento horizontal é compreendido através de um mesmo

padrãohierárquico, ou seja, é a interação entre os funcionários da empresa, os

chamados ―colegas detrabalho‖. Os tipos mais comuns são: o complexado, o

fraterno, o presunçoso, o falador e oamargurado.

E por fim, o relacionamento Vertical para baixo, o qual compreende as

relaçõesinterpessoais estabelecidas com os subordinados, os quais freqüentemente

se apresentamcomo relapsos, bajuladores, revoltados, incapazes ou atenciosos.

A partir do exposto, torna-se importante ressaltar que em qualquer tipo de

relaçãointerpessoal estabelecida com outros indivíduos, a humanização é uma

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questão de vitalimportância, isto é, o respeito, a empatia, a cordialidade, a

solidariedade, a mútua ajuda entreos indivíduos que compõem o corpo técnico da

organização, fazem-se necessários para queessas relações sejam consolidadas e

fortalecidas com caráter positivo, tornando assim oambiente de trabalho, um local

não mais de discussões, mas sim um ambiente pacífico etranqüilo, onde os

funcionários possam estabelecer laços de afetuosidade, fraternidade

eprincipalmente onde, os comportamentos éticos sejam uma constante.

O DIA-A-DIA NA ESCOLA (ORGANIZAÇÃO) E SUAS

DIFICULDADES

Segundo Moscovici (2000), ao introduzir-se na organização, o indivíduo está

cheio deesperanças, tudo é novidade, o interesse pelo trabalho é grande. No início,

a pessoa fazplanos, sonha com formas de se realizar, idealizando uma carreira

invejável, todavia, aospoucos, com o convívio adentro da mesma, vai conhecendo

uma realidade diferente,observando que será mais difícil do que imaginou

concretizar seus sonhos. As relaçõesinterpessoais começam a se corroer, as outras

pessoas designam dificuldades, as chefiascomeçam a mostrar seu lado não

apoiador como pareciam nos primeiros contatos, aoapresentar -lhe o serviço a ser

executado.

Desta forma, começam a surgir os obstáculos, atravessando o indivíduo uma

fase deperplexidade e insegurança, sem entender as incomunicações, as linguagens

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usadas nasorganizações, revelando um fato cerceante sobre sua vontade de

trabalhar bem, de fazercoisas novas, de tomar iniciativa e obter sucesso.Assim, o

indivíduo percebe a complexidadeconflitiva e frustrante da vida na organização,

diminuindo seu entusiasmo inicial.

Isto tudo ocorre, em virtude da qualidade de vida na organização atual deixar

muito adesejar. Nas organizações sociais é usado um modelo burocrático, onde o

que predomina é ocontrole sobre as pessoas. O programa de recompensa é o

estimulador, o encorajador dacompetição nas relações interpessoais, propiciando o

comportamento de só ―olhar para cima‖e ―parecer o melhor‖, no sentido de tentar

ocupar uma posição de destaque.

... surge a dúvida: permanecer ou sair da organização? Como emqualquer relação intrapessoal, este é um período de grande tensão,insatisfação e ansiedade, podendo ser acompanhado de insônias,distúrbios gastrointestinais, entre outros sofrimentospsicossomáticos... (MOSCOVICI, 2000, p.4).

Agora, depende do indivíduo que presenciar este tipo de situação, decidir qual

deveráser sua postura a partir dos acontecimentos ocorridos, caso deseje continuar

na empresa, seirá se acomodar e obedecer aos padrões que regem o

funcionamento interno, ou, se irá seguiras regras do jogo (incluindo as menos

nobres), a fim de alcançar sucesso pessoal e fazercarreira, mesmo que isto lhe

custe a abdicação de certos valores.

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O meio de obter carreira envolve uma fase de tensão até a decisão. À

distância entre asduas opções abarca atitudes e valores, algo além da capacitação

profissional. Desta forma,aproveitar a oportunidade, ou criar a oportunidade depende

mais de atributos pessoais do quede fatores externos. Então, será necessário saber

reconhecer uma oportunidade, para agir nomomento certo com atributos da

personalidade e da dinâmica pessoal.

Segundo Moscovici (2000), a vida no trabalho é considerada composta de

cinco fases:o choque da realidade; a socialização e crescimento; a crise do meio da

carreira; a aceitação; apré-aposentadoria. Cada fase possui uma faixa etária da vida

do indivíduo, desde 20-25 anosaté o final da carreira 65-70 anos.Estas etapas

mostradas acima divulgam como o indivíduo vive nas organizações emrelação a

satisfação, o que será descrito a seguir: de 20- 25 anos o indivíduo deverá

estarvivendo a fase do choque da realidade, estando completamente insatisfeito

com seu cargo ecom a organização, se agüentar esta fase, persistindo em continuar

na mesma empresa passarápara a fase dos 26-35 anos, onde ele está em fase de

socialização e crescimento, começando ase adaptar as dificuldades e encontrando

saída para os conflitos interpessoais, estando muitosatisfeito com o cargo e com a

organização, afinal começou a se ajustar.

Todavia, surge a fase de crise do meio da carreira de 36-45 anos, momento

em que oindivíduo também se encontra em crise na vida pessoal, posto que vários

fatores biológicos,psicológicos, sociais e situacionais convergem para um estado de

insatisfação difusa. É umperíodo difícil, de reconhecimento forçado, da inevitável

diminuição da capacidade física,perda da juventude (ou chegada da velhice), maior

preocupação com a saúde. Isto tudopropicia uma insuficiente satisfação com o cargo

e com a organização.

Ainda segundo a autora, posteriormente, surge a fase da aceitação, de 46-55

anos,onde o profissional começa a aceitar as mudanças que ocorreram em sua vida,

reiniciando asintonia com o cargo ocupado e com a organização da qual faz

parte.Desta forma, o indivíduo poderá atingir a pré-aposentadoria entre 56-65 anos,

muitoinsatisfeito com a organização e, cheio de satisfação com o cargo ocupado

todos estes anos desua vida profissional.

Após os dados descritos, observa-se que na maioria das fases, o indivíduo

estáinsatisfeito com a organização e isto se dá, pelo fato de a mesma se preocupar

mais com oaumento da produtividade, esquecendo de propiciar qualidade de vida

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aos trabalhadores. Avelocidade do avanço tecnológico geralmente não acompanha

a qualidade de vida.Acompetição está cada vez mais acirrada, é preciso vencer, é

preciso ter sucesso, ficar sempre afrente dos outros, em direção ao topo.

Nesta corrida contra o tempo, e contra os outros, o indivíduo vai exigindo

cada vezmais de si, chegando a comprometer sua saúde e sua produtividade.A

ansiedade queacompanha este estado de esforço poderá levar a uma síndrome de

stress.Observando o dia-a-dia do indivíduo na organização percebe-se que ninguém

seimporta com quem é o indivíduo e sim com o que o indivíduo faz. Para Moscovici

(2000,p.10), ―o Fazer é mais valorizado do que Ser. Geralmente a referência a uma

pessoa é emrelação ao que faz: ―Fulano é engenheiro‖ .

O papel organizacional passa a ser a identidade social e, isto é muito

frustrante para oindivíduo, aumentando sua ansiedade, afinal se trata da perda de

sua identidade. Estavalorização do fazer em detrimento do ser está ligada a

concepção mecanicista daorganização representada pela estrutura burocrática.

A organização atual de valores mecanicistas/burocrático, recomenda um ritmo

inteiramente ligado ao trabalho, reservando intervalos mínimos, sem levar em

consideração asnecessidades humanas de interação consigo mesmo e com os

outros, e nem as necessidadesde atividades espontâneas, ficando o indivíduo com

pouca qualidade de vida, posto que otrabalho em excesso é tão maléfico quanto

qualquer doença.

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Desta forma, os dias úteis, o lazer, os exercícios físicos passam a ser inúteis,

ficando oindivíduo volúvel a intoxicação pelo trabalho, devido o excesso de

dedicação que pode até setransformar em patológico. Todavia, estes indivíduos

muitas vezes são tidos como exemplos aserem imitados, pois trabalham

exaustivamente, chegando cedo e saindo após o término doexpediente.

Segundo Moscovici (2000), estes males modernos, desenvolvem juntamente

com odesenvolvimento industrial e tecnológico a prosperidade econômica, o conforto

material, afartura de alimentação elementos essenciais em sociedades competitivas,

onde o stress é avariável constante na luta pelo sucesso, na carreira profissional e

na vida pessoal.

CULTURA ORGANIZACIONAL

A vida dentro da Organização apresenta para o indivíduo momentos de luz e

momentos sombrios. Aquilo que permanece na claridade, geralmente é o que a

organização eseus componentes focalizam, acreditam e valorizam; já o lado

sombrio, compreende aquiloque eles ignoram e desvalorizam (MOSCOVICI, 2000).

A organização, apesar de não admitir, grande parte das vezes, acaba se

entregando asistemas de valores diferentes daqueles que são sustentados dentro do

ambiente de trabalho,aceitando a competição, a mútua agressão e violência entre os

funcionários; utilizando-se dacoerção, através de ameaças, punições e privações.

Estes fatores, na realidade, apresentam-secomo grandes influenciadores para a não

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permanência da ética no estabelecimento dasrelações entre os indivíduos que

compõem a Organização e a partir daí, as relações podem sedar através da

claridade ou da escuridão.

A interação entre as pessoas dentro da organização pode também ser

estudada a partirda Cultura Organizacional estabelecida por ela uma vez que, a

mesma é formada por pessoase a Cultura é caracterizada por um sistema de

valores, crenças e comportamentoscompartilhados, os quais orientam a forma de

agir dos seus componentes.

Ainda segundo a autora, cada organização estabelece e molda a sua cultura,

por isso asculturas estabelecidas são diferentes umas das outras.Para Shermerhorn

& Hunt & Osborn(1999, p. 196), ―Assim como não há duas pessoas com a mesma

personalidade, não existemduas culturas organizacionais perfeitamente idênticas‖ .

Entretanto, existem alguns aspectos em comum entre elas, como por exemplo

aquestão de que toda cultura organizacional é composta de três dimensões: a

dimensãomaterial, que compreende o sistema produtivo, ou seja, a estrutura das

organização detrabalho, o ambiente físico e os recursos materiais; a dimensão

psicossocial ou política, quecorresponde a estrutura funcional e de poder, isto é, a

relação das pessoas entre si e asrelações formais e informais mantidas e, por fim a

dimensão ideológica, a qual compreende arelação dos indivíduos com os valores,

normas, filosofia e outros elementos afins.

As organizações tendem a estabelecer e implantar a sua cultura, a partir da

somatóriade habilidades apresentadas (técnicas, humanas, políticas e

administrativas), e das cargaspsicossociais, as quais são provenientes de fatores

humanos individuais, de relacionamentosgrupais e das relações interpessoais

mantidas.

Ao se analisar as relações

interpessoais na organização, verifica-se

as característicasculturais,posto que, as

mesmas mostram o grau de formalidade

e de informalidade existentesnos

ambientes organizacionais, ocasionando

numa maior ou menor flexibilidade nas

relações(KANAANE, 1999).

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A cultura corporativa, como também é chamada a cultura organizacional, é

capaz defornecer respostas para vários eventos que possam vir a ocorrer dentro da

empresa e umexemplo disso é que na grande maioria das vezes, oferece respostas

que levam soluções paralidar com os comportamentos considerados anti-éticos ou

para o caso das relaçõesinterpessoais serem conduzidas de forma negativa. Para

Srour (1998, p. 174), ―A cultura éaprendida, transmitida e partilhada. Não decorre de

uma herança biológica ou genética,porém, resulta de uma aprendizagem

socialmente condicionada‖.

O processo de integração interna, geralmente começa quando se estabelece

uma únicaidentidade para o grupo, ou seja, quando cada conjunto e cada subcultura

estabelecem umaúnica definição de si mesmo; a partir da caracterização dos

membros do grupo, este irátomando as suas características próprias, podendo a

partir de então ser situado como rígido oumaleável, cheio de oportunidades ou

competitivo e assim por diante.

Segundo Shermerhorn & Hunt & Osborn (1999), a cultura organizacional é

divididaem grupos e para que se tenha uma dimensão e conhecimento da forma

como ela funciona,faz-se necessário o conhecimento de cada grupo que a compõe.

As subculturas são pequenos grupos de indivíduos que possuem um padrão

especial devalores e filosofia. Para Shermerhorn & Hunt & Osborn (1999, p. 197),

―As subculturas sãogrupos de pessoas com um padrão especial de valores e

filosofia...‖ .As subculturas são inevitáveis em qualquer organização, elas podem se

dar de forma harmônica ou gerar conflitos, trazendo, neste caso alguns problemas

de integração de esforçosprodutivos. As pessoas tendem a agrupar-se a partir de

características individuais próximas,isto é, a partir do momento em que se

assemelham, a facilidade é maior para que elas setornem uma subcultura.

É comum dentro das organizações, que os indivíduos estabeleçam aliança e

lealdadecom aqueles que lhes são mais próximos, o fato de muitas vezes existirem

amigos em comumentre os funcionários, de se ter funcionários nascidos na mesma

cidade, que já fizeram cursosjuntos entre outros exemplos, acabam formando as

culturas de origem. Essas subculturaspodem apresentar-se como um impedimento

para a integração com os demaisQuando falamos em Cultura Organizacional, nos

remetemos a alguns termos eelementos, os quais são indispensáveis para o

aprofundamento do assunto, para a definição dotipo de cultura implantada e

conseqüentemente para a forma como as relações interpessoaissão estabelecidas.

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As Organizações são cheias de histórias e narrativas de eventos que já

ocorreram, osquais podem acarretar em reforço dos comportamentos existentes e

enfatizar o ajustamentodestes comportamentos no ambiente

organizacional.Segundo Shermerhorn & Hunt & Osborn (1999), talvez uma das

histórias de maiorimportância seja a história da empresa, isso porque, grande parte

das vezes, ela contém liçõesde atos heróicos de quem a fundou. Estes Heróis,

geralmente, são pessoas intuitivas, que têmvisão e fazem seu próprio tempo, porém,

o inverso também é verdadeiro e, ao contrário doque se espera, eles podem

apresentar-se como sendo pessoas de difícil convívio e insensíveis,nestes casos, os

relacionamentos podem tornar-se negativos e comprometidos .

Os Ritos e os Rituais, são elementos mais óbvios da Cultura Organizacional;

oprimeiro termo refere-se as atividades de natureza expressiva, elaboradas com

intuito dereiterar traços característicos de uma cultura; já o segundo termo se

caracteriza como sendo osistema dos ritos. Para Shermerhorn & Hunt & Osborn

(1999, p. 199), ―os ritos sãoatividades padronizadas e repetitivas usadas em épocas

especiais para influenciar ocomportamento e entendimento dos membros da

Organização‖.

Geralmente, a cultura organizacional de uma empresa especifica o

comportamento queseria considerado adequado para que os indivíduos se

enquadrem no sistema social daOrganização; estes elementos são conhecidos

como regras e papéis culturais, os quaisaparecem como forma de controle diário e,

de certa forma, influenciam nas relações mantidasentre os funcionários. A partir

destas regras, os indivíduos são recompensados ou punidos edependendo da

organização, a violação de regras condizentes ao comportamento ético

podeacarretar em sérias conseqüências.

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A filosofia que a empresa segue, segundo Shermerhorn & Hunt & Osborn

(1999),conecta os aspectos relacionados com os objetivos e colaborações. Uma

filosofia bemdesenvolvida define as fronteiras de forma clara para todos os membros

da empresa,mostrando que onde acaba o limite e o espaço de um, começa o do

outro; e assim sendo, vaiprivilegiar o comprometimento ético nas relações

estabelecidas.

Os tabus organizacionais, cumprem o papel de orientar o comportamento,

colocandoem nítida evidencia o aspecto disciplinar da Cultura com ênfase no não-

permitido. Os tabusgeralmente estão ligados a questões que podem abalar o

comprometimento das boas relaçõesinterpessoais, em que grandes partes das

vezes ligam-se a questões discriminatórias queocorrem no âmbito Organizacional.

A comunicação é um elemento importantíssimo quando se dá ênfase as

relaçõesinterpessoais. Sabemos que as pessoas interagem através da comunicação

e por isso ela deveser estabelecida da forma mais clara possível para que não haja

mal entendidos.Ainda segundo o autor, a precisão da linguagem torna-se uma

solução plausível paraos crônicos problemas de comunicação. Muitas mensagens

explícitas encerram outrasimplícitas, na maioria das vezes, discordantes, as quais

exigem habilidade para fugir doconteúdo aparente e decifrar o que está contido mais

profundamente no psicológico.

Os valores compartilhados dentro da organização, são elementos de vital

importância,pois referem-se as noções compartilhadas daquilo que os indivíduos

que a compõe têm do queé importante ou acessível para o grupo a que pertencem .

Dependendo da forma como esses valores são compartilhados,

surgirãocomportamentos moralmente aceitos ou não, pois quando eles são

compartilhados de formatotal entre os indivíduos, as chances de se cometer

comportamentos anti-éticos decai econseqüentemente o clima de harmonia entre os

funcionários prevalece. Os valores geramuma identidade corporativa forte e acabam

melhorando o comprometimento coletivo.Todavia, essa situação pode transformar-

se numa arma obscura que acaba impedindo arealização de mudanças.

Quando uma cultura é fortemente estabelecida e mantida, a mudança torna-

se algo dedifícil aceitação. As pessoas não estão acostumadas a lidar com elas,

repensar seus valores,suas crenças e atitudes e outro fator de grande influência, é

que os indivíduos nem sempreestão dispostos a mudar.

Não raro, isso acontece quando uma organização adquire outra e as culturas

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estabelecidas são fortes o suficiente para gerar contraculturas. Estas contraculturas,

referem-sea grupos de pessoas que vão de encontro com a cultura que se pretende

estabelecer dentroda organização. Esse tipo de comportamento, costuma ser

prejudicial, uma vez que acabaimpedindo a manutenção de boas relações

interpessoais com os novos membros da empresa.

COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

Para que a organização tenha um desenvolvimento saudável é importante o

equilíbriono comportamento dos integrantes da mesma, nas suas ações e reações,

sendo de primordial importância tomar conhecimento primeiramente do que é

comportamento por definição e posteriormente, qual sua influencia nos conflitos que

ocorrem dentro das organizações.

Segundo Shermerhorn & Hunt & Osborn (1999), comportamento é um

conjunto deoperações materiais e simbólicos, entendido como um processo dialético

e significativo empermanente interação, o qual, permite ao indivíduo o surgimento de

novas instâncias decomportamento.

Comportamento pode ainda ser definido como as reações dos indivíduos e as

respostasque este apresenta a dado estímulo, sendo determinado pelo conjunto de

característicasambientais (adquiridas) e hereditárias (genéticas), com absorção de

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pressões exercidas nomeio ambiente, estando constantemente em estado de

adaptação aos determinantes sócio-organizacionais.

Entender o comportamento na organização é vital, uma vez que, o fator

humano estávinculado a toda tarefa realizada sendo um impulsionador do sistema

organizacional e dasociedade como um todo.Então, ao considerar o processo de

desenvolvimento organizacional, é importantedesenvolver nos dirigentes e

subordinados a reflexão sobre os valores, normas, padrõesestabelecidos e regras

presentes na organização. Este agrupamento está associado à educaçãono sentido

de que os indivíduos que fazem parte da organização deverão aprender a essência

de suas condutas, dos comportamentos e dos processos cognitivos e emocionais

envolvidosem sua ação no contexto socioprofissional.

Existe um velho provérbio que diz: ―As aparências enganam‖ , logo, é

importantecompreender que não se pode trabalhar com dados invisíveis, sendo

necessário conhecer osaspectos aparentes e subjacentes do comportamento, e o

que eles podem alterar nas ações ereações, a fim de diminuir os conflitos nos

agrupamentos organizacionais.

Ainda segundo o autor nos aspectos aparentes encontramos os objetivos e as

missões aserem cumpridas, os recursos materiais a serem utilizados, a

comunicação formal e informalutilizada, as normas explícitas e os valores

declarados. Nos aspectos subjacentes temos asemoções, os sentimentos, as

atitudes, o mecanismo de defesa e o inconsciente coletivo.

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Destes todos citados acima, vale ressaltar a emoção, posto que, são

reaçõesautomáticas.O agir impulsivamente geralmente traz resultados negativos.

Então, é importanteconhecer suas próprias emoções para que se tenha mais

capacidade de decisão, saber lidarcom a mesma para livrar-se de ansiedades e

irritabilidades e, saber reconhecer as emoçõesnos outros, ou seja, ter empatia, a fim

de conseguir reconhecer os sinais sociais que indicamdo que os outros precisam ou

o que querem.

Segundo Fritz (1997), existem diferentes concepções do termo

comportamento, ouseja, comportamento individual, comportamento grupal e

comportamento organizacional.O comportamento individual retrata as reações

inerentes ao indivíduo e suas condutasno contexto organizacional. O

comportamento grupal refere-se a gama de reações dosindivíduos que compõem

um grupo. Vale ressaltar, que as ações emergentes docomportamento grupal

retratam as várias influências decorrentes da dinâmica existente,incluindo as

pessoas, a interação, o sentimento, as atividades (tarefas), a comunicação e

osobjetivos.

Entretanto, o comportamento organizacional se diferencia dos dois outros

citadosacima, em virtude, das manifestações emergentes no contexto das

organizações, indicando oscontroles, o processo decisório e os esquemas técnico-

administrativo assumidos num dadomomento organizacional. É de grande valia ter

conhecimento que, embora estescomportamentos apresentem definições distintas,

são interdependentes.

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A estrutura comportamental produz dois tipos de comportamento, o decisório

e ooscilatório. O primeiro citado anteriormente remete a movimentação de algo de

um lugar paraoutro, enquanto o segundo remete a movimentação de um lugar para

outro, retornando aposição original.

Nas organizações observamos que muitas ações movimentam-se de um

estado real (asituação atual) para um estado deseja do (objetivos e aspirações). A

ação é inicialmente geradae, então chega ao final, uma vez que o resultado

desejado é atingido, ocorrendo umcomportamento decisório, ou seja, na

organização as ações de cada pessoa contam econtribuem para a energia e talento

da empresa toda.

A grosso modo, pode-se exemplificar o comportamento decisório como o

movimentode um carro de brinquedo, que ao empurrarmos para onde acabar sua

força, não retorna aolocal inicial. Já o comportamento oscilatório pode ser

exemplificado por uma cadeira deembalo, que ao ser empurrada vai para trás, mas

retorna a posição inicial.

O sucesso muitas vezes é conduzido ao fracasso, e por isso, dá-se ênfase ao

estudo docomportamento nas organizações, ressaltando o mesmo como uma das

mais valiosaspossibilidades e perspectivas para a implantação de programa de

qualidade. Portanto, éimportante fazer o indivíduo repensar constantemente seus

atos e atitudes, valores e crenças,a fim de contribuir para a ética organizacional,

respeitando as regras de interesse comum einteragindo saudavelmente nas relações

interpessoais.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1- A educação da criança e do adolescente pressupõe e exige que tanto em

casa, junto à família, quanto na escola, junto à comunidade escolar, eles

façam uso de:

A) suas características pessoais;

B) seus conhecimentos escolares;

C) seus estudos;

D) suas aptidões esportivas;

E) seus limites.

2- Na rotina da escola, o Inspetor Escolar quase sempre vive situações de

conflito, que podem ser atribuídas a dificuldades de comunicação e a

desentendimentos interpessoais. Uma das formas para superar tal tipo de

conflito é:

A) recorrer ao Supervisor Educacional para que leve oproblema ao Conselho de

Classe;

B) procurar a direção e registrar queixa contra o(s) aluno(s);

C) identificar o momento propício para conversar com o(s)aluno(s) esclarecendo os

assuntos conflitantes;

D) pedir ajuda às famílias para a solução do problema;

E) solicitar à direção que o conflito seja discutido na reuniãode pais.

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3- O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua

conduta. Assim, dentre os comportamentos relacionados, o que se pode

classificar como antiético é:

A) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços públicos;

B) abster-se de exercer sua função, poder ou autoridadecom finalidade estranha ao

interesse público;

C) não fazer uso de informações privilegiadas obtidas noâmbito interno de seu

serviço, em benefício próprio ou deparentes;

D) considerar que seus comportamentos e atitudesparticulares em nada influenciam

o seu desempenho navida pública;

E) esclarecer a verdade, ainda que contrária aos interessesda própria pessoa

interessada ou da AdministraçãoPública.

4- Considerando que o Inspetor Escolar integra a equipe educativa da escola é

importante que esteja sempre atento para que não tenha atitudes autoritárias,

mas sim aquelas baseadas:

A) nas informações recebidas;

B) no diálogo;

C) na voz de comando;

D) no regimento pedagógico;

E) na pegadogia.

5- OInspetor Escolar adota uma atitude ética quando:

A) utiliza as diferentes linguagens verbal, gráfica, corporal –como meio para

produzir, expressar e comunicar suasideias;

B) questiona a realidade, formulando problemas eresolvendo-os com a utilização da

sua criatividade;

C) mostra a todos a relevância no processo do crescimento edesenvolvimento em

quaisquer condições de vida esaúde particulares à criança e sua realidade social;

D) sabe posicionar-se de maneira crítica, responsável econstrutiva, utilizando o

diálogo como forma de mediarconflitos e de tomar decisões coletivas;

E) busca soluções diferentes para problemas diferentes,experimentando novas

ideias e aprendizados

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6- Na situação em que exista conflito de interesses, os participantes:

A) Devem agir normalmente e seguir seus interesses

B) Devem firmar acordo com a contraparte, entrando ambos em consenso

C) Devem efetuar a comunicação do fato à outra parte e adotar todos os

controles emecanismos mitigadores de seus efeitos

D) Serão impossibilitados de exercer suas funções nesta situação

E) Todas estão corretas.

7- Veja a imagem:

Partindo do pressuposto de que todo texto revela uma visão de mundo, pode-

se interpretar o conteúdoda charge como sendo:

A) Ingênuo, por se tratar de um assunto que não envolve malícia em sua

abordagem.

B) Irreal, visto que o assunto tratado é apenas imaginário e não corresponde à

realidade social.

C) Infantil, já que o tema abordado refere-se apenas ao mundo das crianças.

D) Crítico, pois há a expressão da visão do autor sobre determinado comportamento

em situaçõescotidianas através do humor e da sátira.

E) Todas estão corretas.

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8- Na linguagem comum e mesmo na culta, segundo Boff (2003), ética e moral são

sinônimas. Identificamos a ética com a moral pelo fato de terem as mesmas origens

etimológicas. Mas a ética distingue-se da moral. Podemos afirmar que a origem

etimológica de ética e moral é, respectivamente:

A) "ethos" e "mores", ambos com o significado de "morada humana" ou "modo de

ser".

B) "ethos" e "pathos", ambos com o significado de "modo de ser" ou "costumes".

C) "mores" e "ethos", ambos com o significado de "morada humana" ou "modo de

ser".

D) "mores" e "pathos", ambos com o significado de "costumes" ou "morada

humana".

9- A interação entre as pessoas dentro da organização pode também ser estudada a

partir da(o):

A) Cultura Organizacional

B) Gestão de Pessoas

C) Ética profissional

D) Ética

E) Todas as respostas acima.

10- É fundamental para a educação o bom relacionamento entre professor e aluno.

Oestabelecimento de laços de simpatia e amizade entre ambos são também

fundamentais paraque sejam alcançados os objetivos propostos. São muitos os

aspectos do comportamento doprofessor com relação ao aluno, e capazes de influir

em suas relações, que fica difícildiscriminar todos. São exemplos de comportamento

que o professor deve ter com relação a sua conduta:

A) Cultivar atitude de justiça e trato igualitário para com seus alunos.

B) Abster-se de assumir atitudes racistas, quer em relação á cor, ou nacionalidade.

C) Ao chamar a atenção do aluno, fazê-lo franca e lealmente, não invocando nunca

razõesde defeitos físicos, deficiências de inteligência, raça ou nacionalidade. A

admoestação devedizer respeito ao que dependa da própria ação do aluno.

D) Não revelar, em classe, aspectos da vida particular da família do aluno.

E) Todas as alternativas estão corretas.