Apostila Sistema Segurança Publica

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  • 7/30/2019 Apostila Sistema Segurana Publica

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    Tema: Sistemas de Segurana Pblica no Brasil.

    Cel Elerson Metello de Siqueira

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    Objetivos: Conhecer o contexto histrico da Segurana Pblica Brasileira;

    Conhecer a definio do Estado Democrtico de Direito;

    Compreender os conceitos bsicos sobre Segurana Pblica;

    Conhecer a estrutura do Sistema de Segurana Pblica Brasileira;

    Apresentar as atribuies constitucionais das polcias;

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    Estado Democrtico de Direito

    Conceito: Estado democrtico de direito um conceito que designa

    qualquer Estado que se aplica a garantir o respeito das liberdadescivis, ou seja, o respeito pelos direitos humanos e pelasliberdades fundamentais, atravs do estabelecimento de uma

    proteo jurdica. Em um estado de direito, as prprias autoridades polticas esto

    sujeitas ao respeito da regra de direito. Trata-se de um termocomplexo que define certos aspectos do funcionamento de umente poltico soberano e o Estado.

    O termo "estado democrtico de direito" conjuga dois conceitosdistintos que, juntos, definem a forma de funcionamentotipicamente assumido pelo Estado de inspirao ocidental. Cadaum destes termos possui sua prpria definio tcnica, mas,neste contexto, referem-se especificamente a parmetros defuncionamento do Estado ocidental moderno

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    Estado Democrtico de Direito. Zimmermman aponta as seguintes caractersticas bsicas do Estado

    Democrtico de Direito, tendo em vista a correlao entre os ideais dedemocracia e a limitao do poder estatal:

    a) soberania popular, manifestada por meio de representantes polticos;

    b) sociedade poltica baseada numa Constituio escrita, refletidora docontrato social estabelecido entre todos os membros da coletividade;

    c) respeito ao princpio da separao dos poderes, como instrumento de

    limitao do poder governamental;d) reconhecimento dos direitos fundamentais, que devem ser tratados comoinalienveis da pessoa humana;

    e) preocupao com o respeito aos direitos das minorias;

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    f) igualdade de todos perante a lei, no que implica completa ausncia deprivilgios de qualquer espcie;

    g) responsabilidade do governante, bem como temporalidade eeletividade desse cargo pblico;

    h) garantia de pluralidade partidria;

    i) imprio da lei, no sentido da legalidade que se sobrepe prpriavontade governamental.

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    POLCIA RUDIMENTOS HISTRICOS

    Etimologicamente a palavra polcia tem origem novocbulo grego politia, significando o conjunto deleis ou regras impostas aos cidados, cujo objetivo assegurar a moral, a ordem e a segurana pblica.

    Entende-se por polcia a composio de rgos e

    instituies responsveis por fazer respeitar as leis ouregras, e de reprimir e perseguir o crime.

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    Efetivamente, a primeira polcia surgiu por volta de 63A.C, em Roma, por iniciativa do Imperador Augusto,porm seus sucessores transformaram-na em

    instrumento de tirania e arbtrio, desaparecendodurante o domnio brbaro.

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    Ressurgiu sculos aps, na Inglaterra (1829) e a como umverdadeiro sistema policial efetivo, cuja destinao era amanuteno da ordem e a paz social.

    A polcia moderna uma inveno recente do ocidente,decorrente de uma insatisfao popular, resultado da formulao ereconhecimento dos direitos civis, iniciado no sculo XVIII. A Polcia

    pensada como instituio universal e neutra que visa promooda paz e da ordem pblica utilizando meios pacficos, emboratenha como recurso o uso ou ameaa do uso legtimo da forafsica.

    O incio do sculo XIX o marco do surgimento das polcias

    modernas. A data exata 1829, com a criao da PolciaMetropolitana de Londres por Sir Robert Peel.

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    A experincia cotidiana inglesa com as instituiesresponsveis pela ordem social, ou seja, o exrcito e as polciasprivadas, despertou nos indivduos a preocupao de criar umafora pblica, profissional, paga, com legitimidade e sem estarvinculada a interesses particulares.

    Ela deveria estar voltada para atender as demandas dasociedade, e no, como a polcia francesa, que era direcionadapara a proteo do Estado.

    importante ressaltar que os princpios norteadores destapolcia so, basicamente, os mesmos que orientaram asdiscusses sobre policiamento comunitrio no final do sculoXX.

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    Os Princpios de Sir Robert Peel

    1. A misso fundamental da polcia a preveno do crimee da desordem, e no a represso.

    2. A capacidade da polcia de cumprir o seu dever dependeda aprovao de sua ao pelo pblico.

    3. Para obter e conservar o respeito e a aprovao dopblico, a polcia deve poder contar com sua cooperaovoluntria na tarefa de assegurar o respeito das leis.

    4.O grau de cooperao do pblico com a polcia diminuina mesma proporo em que a necessidade do uso dafora aumenta.

    5. pela demonstrao constante de sua ao imparcial, eno quando ela cede aos caprichos da opinio pblica,que a polcia obtm o apoio da populao.

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    Os Princpios de Sir Robert Peel

    6. A polcia no deve recorrer fora fsica a menos que elaseja absolutamente necessria para fazer cumprir a lei oupara restabelecer a ordem e, mesmo assim, somente aps

    ter constatado que seria impossvel obter esses resultadospela persuaso, conselhos ou advertncias.7. A polcia deve manter com o pblico uma relao fundada

    na idia de que a polcia o pblico e o pblico a polcia.8. A polcia deve se limitar ao exerccio estrito das funes

    que lhe so confiadas e se abster de usurpar, mesmo emaparncia, aquelas que competem ao poder judicirio.

    9. A prova da eficcia da polcia a ausncia de crimes e dedesordem e no a manifestao visvel de sua ao.

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    A primeira Polcia Militar no Brasil surgiu em 1722,quando foram criadas nas vilas e nas cidades asMilcias e Companhias de Ordenanas, cuja a funo

    era de manter toda gente em grande quietao esossego, no admitindo homiziados, nem pessoasinquietas que causassem perturbao aos moradores.

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    Essas instituies serviam mais as causas

    particulares que ao interesse pblico, poiseram financiadas pelos senhores mais ricosda regio que, em contrapartida,

    acobertavam e promoviam arbitrariedades.

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    Sistema de Segurana Pblica na CF 1988Art 144...

    I- Polcia Federal;

    II Polcia Rodoviria Federal;III- Polcia Ferroviria Federal;

    IV - Polcias Civis;

    V - Polcias Militares e Corpos de Bombeiros Militares;

    8 Guardas Municipais;

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    Polcia Federal

    http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/7d/Coat_of_arms_of_the_Brazilian_Federal_Police.svg
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    Polcia Federal Atribuies: Art 144, 1, Incisos I, II,III e IV da CF/88;

    Histrico: A origem nominal do Departamento de Polcia Federal remonta ditadura

    de Getlio Vargas, quando este, no ano de 1944, altera a denominao daPolcia Civil do Distrito Federal (atual PolciaCivil do Estado do Rio deJaneiro) para Departamento Federal de Segurana Pblica (DFSP), pormeio de um decreto-lei.

    A mudana nominal procurava superar uma limitada atuao da polcia doRio de Janeiro em outros estados brasileiros, embora esta continuasse aconservar a sua integridade institucional herdada do perodo da sua criao,que remonta ao incio do sculo XIX.

    O DFSP foi crescendo em tamanho, importncia e atribuies, at que em1960, o Rio de Janeiro deixa de ser a capital federal e Braslia passa aexercer aquela funo.

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    Polcia Federal

    Nessa ocasio, a maioria dos integrantes do DFSP, policiais civiscariocas, declinou de uma transferncia para a nova capital,preferindo permanecer no Rio de Janeiro, fieis a suasesquicentenria instituio, o que deixou a corporao de

    Braslia carente de pessoal. Assim, houve uma fuso com o outro rgo de segurana pblica

    da cidade, a Guarda Especial de Braslia (GEB), responsvel pelavigilncia dos canteiros de obras da NOVACAP, ainda que onome do DFSP fosse mantido. Suas atribuies foram sendo

    regulamentadas com o passar dos anos, inclusive tendo suasfunes definidas na Constituio de 1967. Por fim, em fevereirode 1967, o DFSP recebe a nomenclatura atual, passando a serchamado de Departamento de Polcia Federal

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    Polcia Federal Carreiras:

    Delegado de polcia Federal;

    Escrivo de Polcia Federal;Agente da Polcia Federal;

    Perito Federal;

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    Polcia Rodoviria Federal

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Prf_brasao_novo.jpg
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    Polcia Rodoviria Federal Atribuies: Art 144, 2 da CF/88;

    Histrico: APolcia Rodoviria Federal (PRF) uma polcia federal, subordinada ao Ministrio da Justia, cuja

    principal funo combater os crimes nas rodovias e estradas federais do Brasil, assim comomonitorar e fiscalizar o trfego de veculos, embora tambm tenha passado a exercer trabalhos queextrapolam sua competncia original, como a atuao dentro das cidades e matas brasileiras emconjunto com outros rgos de segurana pblica.

    Era subordinada ao antigo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, hoje DNIT, at apublicao da Lei n 8.028, de 12 de abril de 1990, que redefiniu a estrutura do Poder ExecutivoBrasileiro.

    Suas competncias so definidas pela Constituio Federal no artigo 144 e pela Lei n 9503 (Cdigo deTrnsito Brasileiro), pelo Decreto n 1655, de 3 de outubro de 1995e pelo seu regimento interno,aprovado pela Portaria Ministerial n 1.375, de 2 de agosto de 2007

    A denominaopatrulheiro no mais existe desde 1998. O cargo de PRF se divide em quatro classes:

    Agente, Agente Operacional, Agente Especial e Inspetor. A partir de 2008, o ingresso no cargo de PRF exige como requisito o diploma em curso de NvelSuperior reconhecido pelo MEC. Tal deciso j foi publicada no Dirio Oficial da Unio.

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    Polcia Rodoviria Federal Organizao: A Polcia Rodoviria Federal foi criada em 1928 no governo do presidente

    Washington Lus, com a denominao de "Polcia das Estradas". Est presente em todas os unidades da federao e administrada pelo

    Departamento de Polcia Rodoviria Federal (DPRF), com sede emBraslia/DF. Os estados so divididos em unidades administrativas

    chamadas de Regionais. Uma regional pode ser uma "Superintendncia",no caso de estados maiores, ou um "Distrito", em estados menores.Algumas regionais englobam mais de um estado brasileiro. As regionais sodivididas em "Delegacias", que coordenam os postos (bases) defiscalizao.

    Atualmente a PRF possui mais de quatrocentos postos de fiscalizao nosmais diversos municpios brasileiros, proporcionando uma capilaridade estrutura do rgo que poucas instituies nacionais possuem.

    Apesar do trabalho uniformizado, o DPRF no uma instituio militar e ahierarquia existente dentro do rgo totalmente baseada nas funes dechefia, que podem ser ocupadas por qualquer policial. Pode acontecer, porexemplo, de um policial da classe "Agente Especial" ser chefe de um daclasse "Inspetor".

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    Polcia Ferroviria Federal

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:PFFerrovi%C3%A1ria.jpg
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    Polcia Ferroviria Federal Atribuies:Art 144, 3 da CF/1988;A Polcia Ferroviria Federal (PFF) o rgo policial

    responsvel pelo policiamento ostensivo das ferrovias federais do

    Brasil; Histria da PFF: Foi criada em 1852, por meio de um decreto do Imperador Dom

    Pedro II, com a responsabilidade de cuidar das riquezas do Brasil,que eram transportadas em trilhos de ferro. Ela foi a primeiracorporao policial especializada do pas. Hoje em dia, poucosbrasileiros conhecem a PFF, como chamada. Seu contingente de aproximadamente 1.200 agentes, muitos deles cedidos deoutros rgos de governo, sendo poucos os membros, de fato,policiais ferrovirios.

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    Polcia Ferroviria FederalCom a privatizao das ferrovias brasileiras em 1996, o seuefetivo foi reduzido de 3.200 para 1.200 policiais em todo opas, para fiscalizar cerca de 26 mil quilmetros de trilhos,destinados ao transporte de cargas.

    Sua principal funo, atualmente, proteger o que restouda malha ferroviria do pas, que est abandonada a prpriasorte, com atos constantes de vandalismo, alm de crimesde todos os tipos. Tambm ajuda na segurana da

    Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, a empresaque opera 6 linhas de metropolitanos na RegioMetropolitana de So Paulo e presena permanente naEstao Brs.

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    Polcia Ferroviria FederalAtua de forma constante no policiamento preventivo e repressivo emRecife, na CBTU e Metrorec, Natal, Belo Horizonte e Rio Grande doSul. Supervisiona a segurana na CTS - Companhia de Transporte deSalvador com um pequeno quadro de remanescentes cedidos pelaCBTU.

    Hoje, contando com o reforo de um novo contingente, que retornar,ter em todo Brasil um efetivo de 3000 homens preparados,exclusivamente, para operar na malha ferroviaria, como uma tropa deoperaes de choque e operaes de alto risco.

    H um projeto de lei do Senado, o de N 150, de 2003, que prope acriao de um plano de carreira para a Polcia Ferroviria, com os cargos

    de:- Agente de Polcia Ferroviria Federal; e- Inspetor de Polcia Ferroviria Federal;

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    Polcia Civil

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    Polcia Civil Atribuies: Art 144, Inciso IV e 4 da CF 1988; Lei Complementar n 407, de 30 de junho de 2010, que dispe sobre a

    Organizao e o Estatuto da Polcia Judiciria Civil do Estado de Mato Grosso:Art. 7 So funes institucionais da Polcia Judiciria Civil, as de polcia

    judiciria, com exclusividade, de apurao das infraes penais, o combateeficaz criminalidade, alm das seguintes:I - cumprir e fazer cumprir, no mbito das suas funes, os direitos e asgarantias constitucionais, estabelecendo o respeito dignidade da pessoahumana e sua convivncia harmnica com a comunidade;II - praticar, com exclusividade, todos os atos necessrios apurao dasinfraes penais no inqurito policial e termo circunstanciado;III - adotar as providncias destinadas a preservar as evidncias Criminais e asprovas das infraes penais;IV - requisitar percias em geral, para comprovao da infrao penal e de suaautoria;V - guardar, nos atos investigatrios, o sigilo necessrio elucidao do fato;

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    Polcia Civil VI - manter intercmbio operacional, judicial e cooperaotcnico-cientfica com outras instituies policiais;

    VII - prestar informao, quando fundamentadamenterequisitada pela autoridade competente, referente aos

    procedimentos policiais; VIII - organizar e manter cadastro atualizado de pessoas

    procuradas, suspeitas ou indiciadas pela prtica de infraespenais e as que cumprem pena no sistema penitencirio estadual;

    IX - organizar, fiscalizar e manter o cadastro e registro de armas,munies, da instituio e dos servidores daPolcia JudiciriaCivil, bem como dos explosivos e demais produtos controlados.

    X - manter estatsticas de maneira a fornecer informaesprecisas e atualizadas sobre os ndices de criminalidade;

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    Polcia Civil

    XI - exercer policiamento repressivo e especializado, mantendo equipesde policiais treinados, armamentos e

    meios de transporte adequados para realizar o rastreamentoinvestigatrio areo, terrestre e em guas

    fluviais; XII - realizar aes de inteligncia e contra-inteligncia policial,

    objetivando a preveno e a represso criminal; XIII - fiscalizar reas pblicas ou privadas sujeitas ao poder de polcia; XIV - promover a participao, com reciprocidade, dos sistemas

    integrados de informaes relativas aos bancos de dados disponveis nos rgos pblicos municipais, estaduais

    e federais, bem como naqueles situados no mbito da iniciativa privada de interesse institucional; XV - exercer outras funes que lhe sejam conferidas em lei.

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    Polcia Civil

    Histrico:

    Dos primrdios de nossa colonizao at 1603, a vida colonial brasileira noconheceu uma organizao policial.

    No Rio de Janeiro, todo o poder executivo, legislativo ou judicirio estava reunido nasmos dos governadores da cidade, desde sua fundao em 1565, cabendo-lhes,desta forma, todas as providncias de carter policial.

    A primeira polcia existente no Rio foi a Guarda Escocesa, trazida por Villegagnon em

    1555, para lhe garantir a vida, permitindo-lhe colocar em execuo um regimeopressor e severo. No dia 1 de maro de 1565, na vrzea existente entre o Morro Cara de Co, hoje

    So Joo, e o pico do Po de Acar foi fundada solenemente a cidade de SoSebastio do Rio de Janeiro. Nessa ocasio, Estcio de S nomeou as primeirasautoridades, sendo indicado para o cargo de Alcaide Pequeno encarregado dasdiligncias noturnas o carcereiro Francisco Fernandes.

    Nesse dia foram nomeados ainda, Pedro Martins Namorado - Juiz das Terras; Antoniode Marins Coutinho - Provedor da Fazenda Real; Francisco Dias Pinto - Alcaide Mor;Pedro Costa Tabelio, Escrivo das Sesmarias e Oficial de Armas da Cidade; JooGrossi Almotac , funcionrio incumbido da aferio dos pesos e medidas, preosde comestveis e asseio da populao.

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    A primeira Cadeia Pblica foi construda em 1567, no Morro do Castelo. Em1627 j estava em runas: - no local onde hoje se ergue o Palcio Tiradentes.Dela, o mrtir da Inconfidncia Mineira saiu para a forca.

    O Conselho de Vereana criado por Mem de S foi quem editou as primeirasposturas referentes atividade policial, sendo que a inaugural estabeleceuseveras penas para o vcio do jogo. A fiscalizao e aferio de pesos e medidas,os preos dos comestveis, o asseio da Cidade e o policiamento tambm foramobjeto de normas governamentais. As diligncias com o intuito de realizarprises foram atribudas ao Alcaide Pequeno, que, quando necessrio, se faziaacompanhar do tabelio que dava f.

    A organizao dos Quadrilheiros, j existente em Lisboa desde 1603, com afinalidade de prender malfeitores, foi criada pelo Ouvidor Geral Luiz Nogueirade Brito nos moldes da metrpole. Esta organizao estava prevista nasOrdenaes Filipinas, em seu Livro 1, Ttulo 73.

    Os quadrilheiros eram escolhidos em Assemblia por juzes e vereadores, do rolde todos os moradores da localidade, exerciam suas funes, gratuitamente,por trs anos. Deviam andar armados de lana de 18 palmos; prestavam

    juramento e competia-lhes reprimir furtos, prender criminosos, vadios eestrangeiros, exercer vigilncia sobre casas de tavolagens, prostbulos,alcoviteiras, etc.

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    No recebiam remunerao dos cofres pblicos. Podiam, porm, apossar-se dasarmas arrecadadas dos ladres e malfeitores.

    Alm dos quadrilheiros, existiam os Alcaides que faziam diligncias reprimindovadios, bbados, capoeiras, meretrizes escandalosas e criminosos em geral.Nomeados por Carta Rgia, tinham a funo de prender, mas s o faziam com certasformalidades, sendo uma delas a de ser acompanhado de um escrivo ou tabelio,encarregado de dar f do que fizessem ou tivessem encontrado. Constituem aprimeira manifestao do exerccio da polcia judiciria no Brasil.

    A vinda dos vice-reis para o Brasil no modificou muito a situao policial no Rio deJaneiro.

    O Terceiro Vice-Rei Luiz de Almeida Portugal Soares Da Alarco SilvaMascarenhas, Marqus do Lavradio e Conde de Avintes, alarmado com o incrementoda criminalidade e com a decadncia e descrdito da organizao dos Quadrilheiros,criou e regulamentou o Corpo dos Guardas Vigilantes, bem como organizou umaGuarda Montada.

    At a chegada de D. Joo VI ao Brasil, os vice-reis enfeixavam nas mos, no s asfunes administrativas mas, tambm, as policiais, juntamente com os ouvidoresgerais.

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    Com a chegada do monarca o sistema policial experimentou, com a criaoda Intendncia Geral de Polcia da Corte e do Estado do Brasil, uma fase deefetivo progresso.

    Pelo Alvar de 10 de maio de 1808, Dom Joo criou, com as mesmasatribuies que tinha em Portugal, o cargo de Intendente Geral de Polcia daCorte, nomeando para exerc-lo o Conselheiro do Pao e Desembargador,Paulo Fernandes Viana, iniciando, assim, uma nova fase para a vida da

    cidade e grandes modificaes no organismo policial. Dom Joo tinha por escopo organizar uma polcia eficiente, visando a

    precaver-se contra espies e agitadores franceses, no representando essaorganizao, necessariamente, um mecanismo repressor de crimescomuns. Sua idia era dispor de um corpo policial principalmente poltico,que amparasse a Corte e desse informes sobre o comportamento do povo eo preservasse do contgio das temveis idias liberais que a revoluo

    francesa irradiava pelo mundo. Essa polcia, alm de dar proteo poltica a D. Joo, foi a estrutura bsica

    da atividade policial no Brasil.

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    Histrico da Polcia Judiciria Civil em Mato Grosso:

    A polcia civil em Mato Grosso foi criada em 24 de maio de 1842, porportaria do Presidente da Provncia, sendo escolhido o Chefe de Polciadentre os desembargadores, juzes de direito, delegados ou cidados,sendo obrigatria a aceitao do encargo.

    A partir da Repblica, a polcia estadual foi reestruturada pelo Decreton 08, de 26 de outubro de 1891, dando origem Chefatura de Polcia e

    preservando o cargo de delegado de polcia. Em 1967 a Secretaria de Segurana Pblica substituiu a antiga

    Chefatura de Policia. No dia 7 de junho de 1972 o Bacharel Srgio AdibHage foi nomeado Diretor Geral de Polcia, se tornando, assim, oprimeiro Diretor Geral do Departamento Geral de Polcia Civil.

    A Polcia Civil de carreira foi instituda pela Lei n 4.721, de 1984 e,

    finalmente, a Lei Complementar n 155, de 14 de janeiro de 2004, dispssobre a organizao e o Estatuto da Polcia Judiciria Civil do Estado deMato Grosso, que passou a ter essa denominao.

    A Lei Complementar n 407, de 30 de junho de 2010 estabeleceu aorganizao e o Estatuto da PJC de Mato Grosso;

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    Polcia Civil Carreiras:Delegado de Polcia;

    Escrivo de Polcia;

    Investigador de Polcia;

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    Polcia Militar Emblema Nacional das Polcias Militares Brasileiras:

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Bras%C3%A3o_Nacional_PPMM.PNG
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    Polcias Militares No Brasil as Polcias Militares Estaduais so forasde segurana pblica, as quais tm por funoprimordial o policiamento ostensivo e a preservao da

    ordem pblica no mbito dos Estados (e DistritoFederal). Subordinam-se aos governadores e so, parafins de organizao, foras auxiliares e reserva doExrcito Brasileiro, e integram o sistema de segurana

    pblica e defesa social do Brasil. Seus integrantes sodenominados militares estaduais, assim como osmembros dos Corpos de Bombeiros Militares.

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    Histrico das Polcias MilitaresAt o incio do sculo XIX no existiam instituiespoliciais militarizadas em Portugal (o Brasil ainda eraapenas uma colnia), e a Coroa Portuguesa fazia uso de

    unidades do exrcito quando necessrio. A primeiracorporao com essas caractersticas foi a GuardaReal de Polcia de Lisboa, criada pelo PrncipeRegente D. Joo em 1801; tomando-se por modelo a

    Gendarmaria Nacional(em francs: GendarmerieNationale) da Frana, instituda em 1791.

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    Histrico das Polcias Militares

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    Histrico das Polcias Militares O conceito de uma gendarmaria nacional surgiu aps a Revoluo

    Francesa, em consequncia da Declarao dos Direitos do Homem e doCidado, na qual se prescrevia que a segurana era um dos direitosnaturais e imprescindveis; contrapondo-se concepo vigente, deuma fora de segurana voltada unicamente aos interesses do Estado edos governantes.

    Com a vinda da Famlia Real para o Brasil, a Guarda Real de Polciapermaneceu em Portugal; sendo criada outra equivalente no Rio de

    Janeiro, com a denominao de Diviso Militar da Guarda Real dePolcia do Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1809.

    Uniforme do Corpo Policial da Provncia do Par. A legislao imperial registra a criao de outros Corpos Policiais nas

    provncias. Em 1811 em Minas Gerais, 1818 no Par, em 1820 noMaranho, e em 1825 na Bahia e em Pernambuco.

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    Histrico das Polcias Militares

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    Histrico das Polcias Militares

    O Corpo de Minas no era um corpo de tropas (unidade militar), mas apenasum pequeno grupamento com vinte policiais, possivelmente no militarizados.Os Corpos de Polcia do Par e do Maranho pertenciam a uma regio comadministrao independente; no sendo encontradas maiores informaessobre suas estruturas. Os Corpos Policiais da Bahia e de Pernambuco eramrealmente tropas militarizadas, pois consta no documento de criao quedeveriam ser constitudos com estados maiores, companhias de infantaria, e de

    cavalaria, e que seus uniformes seriam semelhantes ao usado pelo Corpo dePolcia da Corte. Com a abdicao de D. Pedro I em abril de 1831, a Regncia realizou uma grande

    reformulao nas foras armadas brasileiras. As Milcias e as Ordenanas foramextintas,e substitudas por uma Guarda Nacional. A Guarda Real da Polcia doRio de Janeiro foi tambm extinta,e em seu lugar foi autorizado a formao deum Corpo de Guardas Municipais Voluntrios;sendo igualmente permitido

    s provncias criarem corporaes assemelhadas, caso julgassem necessrio. Tudo isso devido ao temor de sublevaes armadas e a subverso dos poderesconstitudos. At mesmo o Exrcito Imperial (antiga designao do ExrcitoBrasileiro) esteve sob ameaa de desmobilizao, pois se acreditava queinstituies de defesa formadas por cidados comuns seriam mais confiveisque tropas profissionais.

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    Histrico das Polcias Militares

    Com a morte de D. Pedro I em 1834, afastou-se em definitivo oreceio de um possvel retorno do antigo monarca, e o temidorealinhamento com Portugal. Ocorrendo-se ento, a rejeio e oafastamento dos extremismos, e efetivando-se uma reformaconstitucional; na qual sobreveio uma relativa descentralizao

    poltico-administrativa, sendo institudos Corpos Legislativosnas provncias. Com esse redirecionamento poltico, o Legislativo que passou a fixar, anualmente, e sobre informao doPresidente da Provncia, as foras policiais respectivas. AsGuardas Municipais foram lentamente desativadas (algumaspermaneceram at a Guerra do Paraguai) e transformadas ousubstitudas por Corpos Policiais. A mudana no foi apenasuma troca de denominao, mas de fato uma completareestruturao do aparato policial existente.

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    Histrico das Polcias Militares

    Pela formao e estrutura, os corpos policiais so os quemais se aproximam das atuais policiais militares; legtimosantecessores, com as quais possuem ligao direta eininterrupta. Durante e aps a Guerra do Paraguai, os

    Corpos Policiais por muito pouco no sofreram completaextino, inicialmente por falta de efetivos, enviados para aguerra como parte dos Voluntrios da ptria, eposteriormente pela carncia de recursos financeiros.Entretanto, foi justamente a guerra que lhes deu umarelativa homogeneidade nacional, fortaleceu o esprito decorpo, e estabeleceu os fortes vnculos com o Exrcito queduram at os dias de hoje.

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    Histrico das Polcias Militares Com a Proclamao da Repblica foi acrescentada a designaoMilitaraos CPs,

    os quais passaram a denominarem-se Corpos Militares de Polcia. Em 1891 foi promulgada a Constituio Republicana, que inspirada na

    federalista estadunidense, passou a dar grande autonomia aos Estados(denominao dada s antigas Provncias do Imprio).

    Pela nova Constituio os Corpos Militares de Polcia deveriam subordinarem-se aos Estados, administrados de forma autnoma e independente; os quaispassaram ento a receber diversificadas nomenclaturas regionais (Batalho dePolcia, Regimento de Segurana, Brigada Militar, etc.).

    Os Estados mais ricos investiram em suas corporaes, transformando-asprogressivamente em pequenos exrcitos regionais, com o objetivo deimpressionar os adversrios, e tambm de afastar a possibilidade deintervenes federais no Estado. Nesse momento, acirradas pelas divergnciasda poltica, as polcias militares afastaram-se entre si, cada uma estabelecendosuas prprias particularidades.

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    Histrico das Polcias MilitaresQuartel da PMRN -1935

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    Histrico das Polcias MilitaresGuarda Municipal Corpo Policial

    Subordinada ao juiz de paz, e este aoMinistro da Justia.

    Subordinado ao Presidente da Provncia,e indiretamente ao Ministrio da Guerra

    Jurisdio restrita aos distritos de paz Jurisdio sobre toda a Provncia.

    Proibida de se reunir, sob pena de ser punidapor reunio ilcita (conspirao).

    Tropa aquartelada.

    Formao paramilitar Formao militar modelada no Exrcito.

    Efetivo cadastrado, principalmente pelasparquias do municpio

    Efetivo recrutado voluntariamente, ouforado, nos momentos de crise

    O guarda municipal possua outra ocupaoprincipal, e no deveria receber tarefas que odistanciasse muito de sua residncia.

    A ocupao era profissionalizante, e o efetivopodia ser destacado, temporariamente ou emdefinitivo, para qualquer regio da Provncia.

    O guarda somente recebia pagamentoquando mobilizado por mais de trs diasconsecutivos de servio

    O efetivo era assalariado s expensas daprovncia.

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    Histrico das Polcias Militares Em 1915, as dificuldades apresentadas no Conflito do Contestado (1913)

    e a ecloso da Primeira Guerra Mundial (1914), despertaram no Exrcitoa urgente necessidade de uma reformulao nas foras armadasbrasileiras. Nesse ano a legislao federal passou a permitir que asforas militarizadas dos Estados pudessem ser incorporadas ao Exrcito

    Brasileiro, em caso de mobilizao nacional. Em 1917 a Brigada Policial e o Corpo de Bombeiros da Capital Federaltornaram-se oficialmente Reservas do Exrcito;condio essa a seguirestendida aos Estados. A aceitao desse acordo isentava o efetivo daFora Estadual do servio militar obrigatrio, implantado em 1916.Entretanto, a negao implicava o no reconhecimento dos postos egraduaes pelo governo federal, podendo os oficiais e sargentos seremconvocados como simples soldados. A partir desse momento ocorreuuma reaproximao das corporaes, passando a existir umaprogressiva padronizao de uniformes, armas e equipamentos. Apsas Revolues de 1930 e de 1932 as corporaes praticamente fundiram-se num mesmo modelo.

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    Histrico das Polcias MilitaresFoto PMERJ -1950

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    Histrico das Polcias Militares Com a queda do governo ditatorial de Getlio Vargas, as polcias

    militares retornaram ao completo controle dos Estados.A designaocomo Polcia Militar j era usada de forma extra-oficial desde o incioda Repblica. A denominao oficializou-se aps a Segunda GuerraMundial, devido divulgao e prestgio do termo ao final do conflito.

    A partir dessa poca foi dado um novo direcionamento no emprego daspolcias militares, sendo diversificadas suas atividades e criados novosservios especializados; progressivamente, desenvolvendo aconfigurao que possuem atualmente. At ento elas atuavam comoautnticas gendarmarias, exercendo principalmente a segurana deprdios pblicos, e fornecendo destacamentos policiais ao interior doEstado. Nos grandes centros urbanos, o clssico policiamento como

    conhecido atualmente, era realizado pelas Guardas Civis, segmentosuniformizados das Polcias Civis Estaduais. Essa sobreposio noagradou a todos, e a cidade de So Paulo, por exemplo, teve de serdividida entre a Guarda Civil e a Fora Pblica (antiga denominao daPMESP).

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    Histrico das Polcias Militares Novas modificaes foram inseridas com instituio do Governo Militar de 1964. Em

    1967 foi criada a Inspetoria Geral das Polcias Militares (IGPM) subordinada aoExrcito. O policiamento fardado passou a ser considerado exclusividade das polciasmilitares, e foram extintas as Guardas Civis e outras organizaes similares. Nadcada de setenta ocorreu um acirramento da resistncia ao Governo Militar, e amaioria das polcias militares sofreram intervenes; sendo nomeados oficiais doExrcito para comand-las. Nessa poca novamente ocorreu uma homogeneizao,onde foi regulamentada uma classificao hierrquica nica, e at se tentouestabelecer um uniforme padronizado para todo pas.

    Com o fim do Governo Militar na dcada de oitenta, as polcias militares voltaram-separa o objetivo de recompor suas prprias identidades, fortemente marcadas pelaimagem da represso dos dois longos perodos de regime de exceo (de 1930 a

    1945, e de 1964 a 1988). Passou-se a investir numa reaproximao com a sociedade;tentando-se recuperar antigas modalidades de policiamentos, e desenvolver outrasnovas. Atualmente dois programas tm merecido especial ateno nas polciasmilitares, Polcia Comunitria e o Proerd.

    Estruturas das Polcias Militares

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    Estrutura Operacional As polcias militares esto estruturadas operacionalmente de maneia

    similar ao Exrcito, organizadas em comandos intermedirios,batalhes, companhias e pelotes. Os batalhes so baseados nosgrandes centros urbanos, e suas companhias e pelotes so distribudosde acordo com a densidade populacional nas cidades circunvizinhas.Normalmente os pelotes so tambm subdivididos em destacamentosou postos de policiamento. A polcia montada est organizada em

    regimentos, divididos em esquadres e pelotes. Em escala decrescente, a estrutura operacional se subordina da

    seguinte forma: Comando de Policiamento de rea (CPA) ou Regio de Polcia Militar

    (RPM) ou Comando Regional (CR ); Batalho de Polcia Militar (BPM);

    Companhia de Polcia Militar (Cia PM); Peloto de Polcia Militar (Pel PM);

    Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO) ou de Polcia Militar(DPM), ou Ncleo Policial Militar (NPM)); Posto de Policiamento Comunitrio (PPC) ou Base de Policiamento Comunitrio

    (BPC)

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    Estruturas das Polcias Militares Existem ainda outras denominaes intermedirias,

    tais com: Grupamentos Especiais, Guarnies etambm Companhias Independentes de Polcia Militar

    (CIPM ou Cia PM Ind) que esto no mesmo nvel deautonomia administrativa dos batalhes; tendo,entretanto, efetivo e reas de policiamento menores.

    Ainda Base Comunitria de Segurana , em Mato

    Grosso, equivaleria ao efetivo de uma Companhia PM;

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    Carreiras das Polcias Militares Oficiais (Hierarquia):

    Coronel;

    Tenente Coronel;

    Major;Capito;

    1 Tenente;

    2 Tenente;Praas especiais: Alunos Oficiais ou Cadetes dos

    Cursos de Formao de Oficiais das Polcias Militares;

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    Carreiras das Polcias Militares Praas (Hierarquia):

    Sub-tenente;

    1 Sargento;

    2 Sargento; 3 sargento;

    Cabo;

    Soldado;

    Praas em situaes especiais: Alunos dos cursos deformao de soldados, cabos e sargentos e de habilitao deoficiais do administrativos e especialistas;

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    Polcia Militar

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    Polcia Militar Atribuies: Art 144, 5 e 6 da CF 1988; Lei Complementar n 386 de 05 Mar 2010 que dispe sobre a Organizao Bsica da PMMT,

    estabelece em seu Art 1 estabelece: Art. 1 A Polcia Militar do Estado de Mato Grosso fora auxiliar e reserva do Exrcito,

    organizada com base na hierarquia e na disciplina, em conformidade com as disposies contidasna Constituio Federal, no Decreto-Lei n 667, de 02 de julho de 1969, e Decreto Federal n 88.777,

    de 30 de setembro de 1983, subordinada diretamente ao Governador do Estado, vinculadaoperacionalmente Secretaria de Estado de Justia e Segurana Pblica e Comandada por umCoronel da Ativa do Quadro de Oficiais Policiais Militares (QOPM), tendo por finalidade a polciaostensiva, a preservao da ordem pblica, da vida,da liberdade, do patrimnio e do meio ambiente,de modo a assegurar com equilbrio e equidade, o bem estar social, na forma da Constituio Federal eda Constituio do Estado de Mato Grosso, competindo-lhe:

    I - executar com exclusividade, ressalvadas as misses peculiares das Foras Armadas, e asaes investigativas inerentes Polcia Judiciria Civil, o policiamento ostensivo fardado, planejadopelas autoridades Policiais Militares competentes,a fim de assegurar o cumprimento da lei, a

    preservao da ordem pblica e o exerccio dos poderes constitudos;II - atuar de maneira preventiva, como fora de dissuaso, em locais ou reas especficas,onde se presuma ser possvel a perturbao da ordem pblica;

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    Polcia MilitarIII - atuar de maneira repressiva, em caso de perturbao da ordem pblica e precedendo o

    eventual emprego das Foras Armadas;IV - atender convocao do Governo Federal, em caso de guerra externa, para prevenir ou reprimirgrave perturbao da ordem ou ameaa de sua irrupo subordinando-se ao Comando das RegiesMilitares para emprego em suas atribuies especficas de Polcia Militar e como participante dadefesa territorial;

    V - atender convocao, inclusive mobilizao do Governo Federal, em caso de guerraexterna, para prevenir ou reprimir grave perturbao da ordem ou ameaa de sua irrupo,subordinando-se fora terrestre para emprego em suas atribuies especficas de Polcia Militar, ecomo participante da defesa interna e territorial;

    VI - exercer atividades de Polcia Judiciria Militar;VII - executar dentro de sua rea de competncia, atividades de defesa civil no Estado de

    Mato Grosso;VIII - realizar com exclusividade o policiamento ostensivo areo nas aes Policiais Militares,

    sem prejuzo de outras aes integradas;IX - organizar e manter cadastro de informaes e de pessoas envolvidas em prticas de

    crimes e infraes penais;X - realizar a guarda externa dos estabelecimentos prisionais;XI - promover os meios necessrios para difundir a importncia da Polcia Militar

    sociedade, de forma a viabilizar o indispensvel nvel de confiabilidade da populao;XII - desempenhar outras atribuies previstas em lei;

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    Polcia Militar

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    Histrico da Polcia Militar de Mato Grosso Fase Colonial (1.753 a 1.835)

    Com a recm criada Capitania de Mato Grosso, desmembrada deSo Paulo, Dom Antnio Rolim de Moura, 1 Governador, criou eorganizou, em 1.753, a segurana pblica na capital Vila Bela,com o nome de COMPANHIA DE ORDENANAS, com 80(oitenta) homens. Dezesseis anos mais tarde (1.769), no governodo Capito-General Luiz P. de Souza Coutinho, transformadaem FORA PBLICA, com o efetivo de 620 (seiscentos e vinte)homens, dos quais mais da metade da Companhia deOrdenanas. A partir da a segurana pblica de ento passoupor vrias situaes no decorrer de 82 (oitenta e dois) anos, dosquais 70 (setenta) anos foram de Brasil-Colnia. Suas atividadeslimitavam-se, basicamente, Vila Bela e Cuiab.

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    Histrico da Polcia Militar de Mato Grosso Fase Provincial (1.835 a 1.891)

    O incio desta fase marcado pela criao da Polcia Militar que,por meio da decretao da Lei n. 30, de 05 de setembro de 1.835,cria o corpo policial com a denominao de HOMENS DO

    MATO. Nesta fase, a funo da polcia era basicamente caarescravos fugidos, da o nome homens do mato, e atendia aosinteresses polticos do governo da poca, sendo adotadas vriasdenominaes como: CORPO MUNICIPAL PERMANENTE,GUARDA PROVISRIA DE SEGURANA, COMPANHIA DE

    PEDESTRES e SEO DE COMPANHIA DE FORA POLICIAL.Durante a Guerra do Paraguai passou a denominar-seVOLUNTRIOS DA PTRIA e esta fase finda com adenominao ps-Guerra, ou seja, COMPANHIA POLICIAL.

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    Histrico da Polcia Militar de Mato Grosso Fase Republicana (a partir de 1.891)

    Em 1.891 promulgada a Constituio do Estado de Mato Grosso e, em seu Art.62 criada a POLCIA MILITAR e, em seguida, promulgado o Regulamentoda Fora Pblica do Estado de Mato Grosso (Dec n. 32, de 24/12/1.892).Citamos que nesse mesmo decreto existe as seguintes denominaes para aento Polcia Militar: FORA PBLICA, CORPO DE POLCIA, CORPO

    MILITAR e FORA POLICIAL, esta ltima a mais utilizada por ter sidoutilizada no Decreto Federal n. 07, de 20/11/1.889, que cria nos Estados a ForaPolicial.Em 1.917 a Polcia foi reorganizada, com a criao do Comando Geral e de doisBatalhes e Infantaria e dois Regimentos de Cavalaria, recebendo o nome deFORA PBLICA.Em julho de 1.940 a Polcia voltou a denominar-se FORA POLICIAL e, aps a2 Guerra Mundial, por fora da Lei n. 337, de 25/07/1.947, voltou a ter adenominao do comeo do sculo e que perdura at hoje: POLCIA MILITAR.O Decreto Federal n. 9.208, de 20/04/1.946, instituiu o Dia das Polcias Civis eMilitares o dia 21 de abril e o Alferes Joaquim Jos da Silva Xavier (OTIRADENTES), tornou-se Patrono das Polcias Brasileiras.

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    Histrico da Polcia Militar de Mato Grosso Fase Republicana (a partir de 1.891)

    Em 1.891 promulgada a Constituio do Estado de Mato Grosso e, em seu Art.62 criada a POLCIA MILITAR e, em seguida, promulgado o Regulamentoda Fora Pblica do Estado de Mato Grosso (Dec n. 32, de 24/12/1.892).Citamos que nesse mesmo decreto existe as seguintes denominaes para aento Polcia Militar: FORA PBLICA, CORPO DE POLCIA, CORPO

    MILITAR e FORA POLICIAL, esta ltima a mais utilizada por ter sidoutilizada no Decreto Federal n. 07, de 20/11/1.889, que cria nos Estados a ForaPolicial.Em 1.917 a Polcia foi reorganizada, com a criao do Comando Geral e de doisBatalhes e Infantaria e dois Regimentos de Cavalaria, recebendo o nome deFORA PBLICA.Em julho de 1.940 a Polcia voltou a denominar-se FORA POLICIAL e, aps a2 Guerra Mundial, por fora da Lei n. 337, de 25/07/1.947, voltou a ter adenominao do comeo do sculo e que perdura at hoje: POLCIA MILITAR.O Decreto Federal n. 9.208, de 20/04/1.946, instituiu o Dia das Polcias Civis eMilitares o dia 21 de abril e o Alferes Joaquim Jos da Silva Xavier (OTIRADENTES), tornou-se Patrono das Polcias Brasileiras.

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    Histrico da Polcia Militar de Mato Grosso

    O GOLPE DE 64 em 1.964 vieram os governosmilitares e, de imediato, foi criada a IGPM (Inspetoria

    Geral das Polcias Militares), a cargo de um General deBrigada, destinada a controlar e fiscalizar as tropasmilicianas dos Estados. Em 1.966 foi criada a SSP(Secretaria de Segurana Pblica) que veio substituir a

    Chefatura de Polcia.

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    Guarda Municipal

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    Guarda Municipal

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    Guarda Municipal

    Atribuies:Art 144 8 da CF 1988; Histrico: Na Carta Magna, em seu artigo 144, 8, ao estabelecer atividades, rgos e atuao

    frente segurana pblica e incolumidade das pessoas e do patrimnio, preconizaa responsabilidade de todos, e principalmente do "Estado" (Unio, Estados, DistritoFederal e Municpios), sendo um direito e responsabilidade de todos.

    Em suma, as Guardas Municipais atuam na segurana pblica, protegendo os bens,servios e instalaes, nos termos da lei, cuja funo de extrema relevncia,auxiliando na manuteno da ordem pblica junto com a Polcia Federal, PolciaCivil e Militar, alm de outros previstos na prpria Constituio Federal, como ocaso da Polcia da Cmara dos Deputados, com atribuies tambm limitadas aosfatos ilcitos daquela Casa de Leis.

    Segundo pesquisa do BNDES a Guarda Municipal j se faz presente e atua em maisda metade dos municpios com populao superior a 100 mil habitantes: 51,7% paraos municpios com populao entre 100 mil e 500 mil habitantes e 80,8% paraaqueles com populao superior a 500 mil habitantes.

    Guarda Municipal

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    Guarda Municipal Organizao: As Guardas Municipais ou Guardas Civis Municipais foramestruturadas a partir do dispositivo da Carta Magna - Constituio

    Federal de 1988, que faculta aos municpios "criar" Guardas Municipais,para proteo dos seus bens, servios e instalaes conforme dispuser aLei;

    Portanto, a priori, elas tm poder de polcia para agirem nessas

    situaes, mas agem tambm em qualquer outra situao de flagrantedelito ou ameaa ordem ou vida, alm de em situaes decalamidade, porque nesses casos, conforme a lei dispe, "qualquer dopovo poder e as autoridades policiais e seus agentes deveroprender quem quer que seja encontrado em flagrante delito"(artigo 301, do Cdigo de Processo Penal). Assim, mesmo que hajadivergncias sobre a possibilidade de ao das Guardas Municipais, esta amparada pela lei. Portanto, assim como a polcia est para as leispenais, as guardas municipais esto para as leis municipais.

    Quanto sua organizao administrativa, diverge bastante entre um eoutro municpio;

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    Guarda Municipal

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    A Polcia Militar e sua misso

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    constitucional

    A Constituio Federal, no seu Art. 144, caput,estabelece que (...) a segurana pblica, dever doEstado, direito e responsabilidade de todos, exercida

    para a preservao da Ordem pblica e daincolumidade das pessoas e do patrimnio (...),enumerando logo a seguir rgos que cuidaro delaatribuindo s Polcias Militares a polcia ostensiva e a

    preservao da ordem pblica (...), alm de qualific-las como foras auxiliares e reservas do ExrcitoBrasileiro.

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    O d bli C i

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    Ordem Pblica-ConceitoA Ordem Pblica, no dizer de Moreira Neto (1987), a

    situao de convivncia pacfica e harmnica dapopulao, fundada nos princpios ticos vigentes na

    sociedade, inspira-se na condio de estar, pessoas epatrimnio, protegidos e livres de perigos contra aode pessoas em conflito com a lei, sem conotaoideolgica ou adversa.

    Componentes da Ordem Pblica:

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    Segurana Pblica garantia de convivnciapacfica, de indivduos em sociedade, proporcionadapelo Estado pelo exerccio do Poder de Polcia nas

    suas quatro modalidades (Ordem de Polcia,Consentimento de Polcia, Fiscalizao de Polcia e aSano de Polcia).

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    Tranqilidade Pblica Clima de serenidade combase na convivncia pacfica e harmoniosa,produzindo o efeito agradvel da situao de bem

    estar social.

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    Salubridade Pblica Mais ligada a atividade deBombeiro Militar, est diretamente ligada a condiesque prevaleam a sade, como responsabilidade do

    Poder Pblico.

    Ameaas aos Objetivos Nacionais.

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    O pargrafo 6 do mesmo artigo 144 da CF/88 nosimpe a condio de (...) foras auxiliares e reserva doExrcito (...). Isso significa que temos tambm uma

    funo, eventual, de carter militar, para atuaoepisdica de enfrentamento das insurreies e defesados objetivos nacionais. Portanto, integrando oSistema de Defesa Nacional, podendo ser usado comoinstrumento de Defesa Interna, de Defesa Territorial ede Defesa Civil.

    D f I t

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    Defesa Interna: Defesa interna o conjunto de atos planejados e

    coordenados pelo Governo, aplicados para superarameaas, de origem interna ou externa, com efeitos

    internos, que possam atentar contra os objetivosnacionaispermanentes.

    Defesa E terna

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    Defesa Externa: conjunto de atos planejados e coordenados pelo

    Governo, aplicados para superar ameaas especficasde origem externa, que possam atentar contra os

    objetivos nacionais permanentes..

    Defesa Civil:

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    Defesa Civil: um conjunto de medidas que visam basicamente a

    prestao de socorro e assistncia s populaesatingidas por calamidades adversas ou conseqnciasdos efeitos indesejveis de guerra ou desastre, a Polcia

    Militar atua, com o policiamento ostensivo geral, nainterdio de reas nas quais sinistros estejamocorrendo, isolando reas crticas e/ou perigosas, eainda nas aes de salvamento e evacuao dapopulao, auxiliando nas campanhas de arrecadaode donativos, distribuio de medicamentos,

    vacinao e principalmente na guarda do que forarrecadado.

    Polcia Federal

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    Polcia FederalArt