Upload
aledson-martins
View
229
Download
1
Embed Size (px)
Citation preview
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
1/41
2012
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
2/41
AULA I
Sistema de Segurana Pblica Estadual e
Legislao Bsica de Segurana Pblica
Breve histrico da Polcia e sua existncia no Brasil:
Caro aluno, Polcia a denominao das corporaes governamentais
incumbidas da aplicao de determinadas leis destinadas a garantir a
segurana de uma coletividade, a ordem pblica e a preveno e elucidao de
crimes.
A ttulo de curiosidade, saiba que este termo provm do vocbulo grego("politeia"), donde derivou para o latim ("politia"), ambos com o mesmo
significado: governo de uma cidade, administrao, forma de governo.
A Polcia uma instituio presente em quase todos os pases do
mundo, desempenhando funes de preveno e represso ao crime e
manuteno da ordem pblica, atravs do uso legtimo da fora se necessrio,
fazendo respeitar e cumprir as leis.
No Brasil, so os seguintes os rgos policiais:Polcias Militares So denominadas polcias militares no Brasil as foras de
segurana pblica de cada uma das unidades federativas que tm por funo
primordial a polcia ostensiva e a preservao da ordem pblica nos Estados
brasileiros e no Distrito Federal (artigo 144, da Constituio Federal do Brasil
de 1988). Subordinam-se, juntamente com as polcias civis estaduais, aos
Governadores dos Estados e do Distrito Federal (art. 144 6 da Constituio
Federal de 1988). So foras auxiliares e reserva do Exrcito Brasileiro eintegram o Sistema de Segurana Pblica e Defesa Social brasileiro. Seus
integrantes so chamados de militares dos Estados (artigo 42 da CRFB), assim
como os membros dos Corpos de Bombeiros Militares. Cada Polcia Militar
estadual comandada por um oficial superior do posto de C, chamado de
Comandante-Geral.
Polcias Civis Instituda em 1808 no Rio de Janeiro e depois implantada em
todos os estados brasileiros, so chefiadas por Delegados-Gerais de Polcia ou
Chefes de Polcia, que comandam, por sua vez, os Delegados de Polcia
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
3/41
circunscricionais, dirigentes de cada unidade chamada de delegacia ou Distrito
Policial. Cabe Polcia Civil dos Estados, tambm, responsvel pela
preservao da ordem pblica e da incolumidade das pessoas e do patrimnio
(artigo 144, caput, da CRFB), atuar como Polcia Judiciria, ou seja, praticar
atos de auxlio ao Poder Judicirio na aplicao da Lei, nos crimes de
competncia da Justia Estadual, investigar tais delitos (excepcionalmente
poder apurar infraes penais de competncia da Justia Federal, caso no
haja unidade da Polcia Federal no local), instaurar o inqurito policial e
desenvolver aes de inteligncia policial.
Polcia Rodoviria Federal uma polcia federal, subordinada ao Ministrio
da Justia, cuja principal funo combater os crimes nas rodovias e estradas
federais do Brasil, assim como monitorar e fiscalizar o trfego de veculos,
embora tambm tenha passado a exercer trabalhos que extrapolam sua
competncia original, como a atuao dentro das cidades, mares e matas
brasileiras em conjunto com outros rgos de segurana pblica.
Polcia Federal Subordinada ao Ministrio da Justia, responsvel por
investigaes dos crimes julgados pela Justia Federal, onde tambm exerce a
funo de Polcia Judiciria. Exerce ainda funes de polcia martima,
aeroporturia, responsvel pela fiscalizao de fronteiras, alfndegas e
emisso de passaportes.
Polcia Ferroviria Federal rgo permanente, como as demais polcias
federais, organizado e mantido pela Unio e estruturado em carreira. Destina-
se ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais (artigo 144, pargrafo 3,
da Constituio Federal). Tambm considerada como "a menor polcia do
mundo". Com a privatizao das ferrovias e o desenvolvimento do policiamento
nelas realizado pelos batalhes ferrovirios das polcias militares, as atividadesda corporao federal permanecem estagnadas.
Guardas Municipais - Segundo o Art.144 da Constituio Federal a Guarda
Municipal tem como misso a proteo do patrimnio, bens, servios e
instalaes publicas municipais. uma corporao de carter civil que trabalha
uniformizada e aparelhada com treinamento especfico estabelecida em Lei.
Seus integrantes so considerados agentes de segurana dentro do mbito
municipal, cabendo-lhes exercer o policiamento municipal para todos os efeitoslegais. Atualmente, existem algumas lagunas legais que geram diferentes
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
4/41
interpretaes por parte do legislativo e autoridades estaduais. De modo geral,
cabe ao poder executivo de cada municpio decidir a atuao de sua Guarda
Civil, variando sua forma de atuao em cada municpio que a contem. Cerca
de 15,5% das cidades brasileiras tm Guardas Municipais.
Polcias Cientficas - So rgos estaduais presentes na maioria dos estados
brasileiros e especializados na produo de provas tcnicas (ou provas
periciais), por meio da anlise cientfica de vestgios produzidos e deixados
durante a prtica de delitos. Recebem denominaes diversas em cada
unidade da federao e podem estar subordinadas s Polcias Civis ou
diretamente ligadas s Secretarias de Segurana (ou rgos equivalentes) em
conformidade com a legislao local, trabalhando em estreita cooperao com
as Polcias Civil e Militar. Na segunda hiptese, so dirigidas por servidores do
quadro da Polcia Cientfica ou Polcia Tcnico-Cientfica, sendo a direo
privativa de integrantes da carreira de Perito Criminal ou Perito Legista. Antes
da criao das Polcias Cientficas autnomas em relao s Polcias Civis
(com data variando em cada estado), as percias criminais ficavam cargo
destas, razo pela qual alguns estados da federao mantm os seus
Departamentos Tcnico-Cientficos vinculados s suas respectivas Polcias
Judicirias. Quanto natureza jurdico-administrativa das Polcias Cientficas,
h discordncias doutrinrias se podem ou no se caracterizar como
instituies policiais autnomas, em decorrncia de no terem sido assim
consideradas no artigo 144 da Constituio Federal.
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
5/41
AULA II
LEGISLAES SOBRE SEGURANA PBLICA
CONSTITUIO DA REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
(05 de outubro de 1988):
Atravs da Carta magma, verificamos que a Polcia Militar, como
instituio pblica, tem o dever de servir e proteger a sociedade e desta forma
est adstrita aos preceitos estatudos no Artigo 37 do texto constitucional que
versa sobre a Administrao Pblica.
No Artigo 42, foi definida a condio do Policial Militar que passou a ser
denominado Militar Estadual. A responsabilidade do Ministrio Pblico,
Advogados e Defensoria Pblica tambm so traados nesse Artigo.
J no Artigo 144, verificam-se as regras para que o Estado proteja a
sociedade atravs da Segurana Pblica e para isso crie rgos no sentido de
cumprir seu dever.
TTULO III: Da Organizao do Estado
CAPTULO VII - DA ADMINISTRAO PBLICA
Seo I - DISPOSIES GERAIS
Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos
Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios
obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte:
I - os cargos, empregos e funes pblicas so acessveis aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros,
na forma da lei;
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
6/41
II - a investidura em cargo ou emprego pblico depende de aprovao prvia
em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, de acordo com a
natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei,
ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso declarado em lei de livre
nomeao e exonerao;
III - o prazo de validade do concurso pblico ser de at dois anos, prorrogvel
uma vez, por igual perodo;
IV - durante o prazo improrrogvel previsto no edital de convocao, aquele
aprovado em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos ser
convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou
emprego, na carreira;
V - as funes de confiana, exercidas exclusivamente por servidores
ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comisso, a serem preenchidos
por servidores de carreira nos casos, condies e percentuais mnimos
previstos em lei, destinam-se apenas s atribuies de direo, chefia e
assessoramento;
VI - garantido ao servidor pblico civil o direito livre associao sindical;
VII - o direito de greve ser exercido nos termos e nos limites definidos em lei
especfica;
VIII - a lei reservar percentual dos cargos e empregos pblicos para as
pessoas portadoras de deficincia e definir os critrios de sua admisso;
IX - a lei estabelecer os casos de contratao por tempo determinado para
atender a necessidade temporria de excepcional interesse pblico;
X - a remunerao dos servidores pblicos e o subsdio de que trata o 4 do
Art. 39 somente podero ser fixados ou alterados por lei especfica, observada
a iniciativa privativa em cada caso, assegurada reviso geral anual, sempre namesma data e sem distino de ndices;
XI - a remunerao e o subsdio dos ocupantes de cargos, funes e empregos
pblicos da administrao direta, autrquica e fundacional, dos membros de
qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municpios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes polticos
e os proventos, penses ou outra espcie remuneratria, percebidos
cumulativamente ou no, includas as vantagens pessoais ou de qualquer outranatureza, no podero exceder o subsdio mensal, em espcie, dos Ministros
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
7/41
do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municpios, o
subsdio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsdio mensal do
Governador no mbito do Poder Executivo, o subsdio dos Deputados
Estaduais e Distritais no mbito do Poder Legislativo e o subsdio dos
Desembargadores do Tribunal de Justia, limitado a noventa inteiros e vinte e
cinco centsimos por cento do subsdio mensal, em espcie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, no mbito do Poder Judicirio, aplicvel este limite
aos membros do Ministrio Pblico, aos Procuradores e aos Defensores
Pblicos;
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judicirio no
podero ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
XIII - vedada a vinculao ou equiparao de quaisquer espcies
remuneratrias para o efeito de remunerao de pessoal do servio pblico;
XIV - os acrscimos pecunirios percebidos por servidor pblico no sero
computados nem acumulados para fins de concesso de acrscimos ulteriores;
XV - o subsdio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos
pblicos so irredutveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste
artigo e nos Arts. 39, 4, 150, II, 153, III, e 153, 2, I.
XVI - vedada a acumulao remunerada de cargos pblicos, exceto, quando
houver compatibilidade de horrios, observado em qualquer caso o disposto no
inciso XI.
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro tcnico ou cientfico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de sade, com
profisses regulamentadas;
XVII - a proibio de acumular estende-se a empregos e funes e abrangeautarquias, fundaes, empresas pblicas, sociedades de economia mista,
suas subsidirias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo
poder pblico;
XVIII - a administrao fazendria e seus servidores fiscais tero, dentro de
suas reas de competncia e jurisdio, precedncia sobre os demais setores
administrativos, na forma da lei;
XIX - somente por lei especfica poder ser criada autarquia e autorizada ainstituio de empresa pblica, de sociedade de economia mista e de
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
8/41
fundao, cabendo lei complementar, neste ltimo caso, definir as reas de
sua atuao;
XX - depende de autorizao legislativa, em cada caso, a criao de
subsidirias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a
participao de qualquer delas em empresa privada;
XXI - ressalvados os casos especificados na legislao, as obras, servios,
compras e alienaes sero contratados mediante processo de licitao
pblica que assegure igualdade de condies a todos os concorrentes, com
clusulas que estabeleam obrigaes de pagamento, mantidas as condies
efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitir as exigncias
de qualificao tcnica e econmica indispensveis garantia do cumprimento
das obrigaes.
XXII - as administraes tributrias da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municpios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas
por servidores de carreiras especficas, tero recursos prioritrios para a
realizao de suas atividades e atuaro de forma integrada, inclusive com o
compartilhamento de cadastros e de informaes fiscais, na forma da lei ou
convnio.
1 - A publicidade dos atos, programas, obras, servios e campanhas dos
rgos pblicos dever ter carter educativo, informativo ou de orientao
social, dela no podendo constar nomes, smbolos ou imagens que
caracterizem promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos.
2 - A no observncia do disposto nos incisos II e III implicar a nulidade do
ato e a punio da autoridade responsvel, nos termos da lei.
3 A lei disciplinar as formas de participao do usurio na administrao
pblica direta e indireta, regulando especialmente:I - as reclamaes relativas prestao dos servios pblicos em geral,
asseguradas a manuteno de servios de atendimento ao usurio e a
avaliao peridica, externa e interna, da qualidade dos servios;
II - o acesso dos usurios a registros administrativos e a informaes sobre
atos de governo, observado o disposto no art. 5, X e XXXIII;
III - a disciplina da representao contra o exerccio negligente ou abusivo de
cargo, emprego ou funo na administrao pblica.
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
9/41
4 - Os atos de improbidade administrativa importaro a suspenso dos
direitos polticos, a perda da funo pblica, a indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento ao errio, na forma e gradao previstas em lei, sem prejuzo da
ao penal cabvel.
5 - A lei estabelecer os prazos de prescrio para ilcitos praticados por
qualquer agente, servidor ou no, que causem prejuzos ao errio, ressalvadas
as respectivas aes de ressarcimento.
6 - As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privado prestadoras
de servios pblicos respondero pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsvel nos casos de dolo ou culpa.
7 A lei dispor sobre os requisitos e as restries ao ocupante de cargo ou
emprego da administrao direta e indireta que possibilite o acesso a
informaes privilegiadas.
8 A autonomia gerencial, oramentria e financeira dos rgos e entidades
da administrao direta e indireta poder ser ampliada mediante contrato, a ser
firmado entre seus administradores e o poder pblico, que tenha por objeto a
fixao de metas de desempenho para o rgo ou entidade, cabendo lei
dispor sobre:
I - o prazo de durao do contrato;
II - os controles e critrios de avaliao de desempenho, direitos, obrigaes e
responsabilidade dos dirigentes;
III - a remunerao do pessoal.
9 O disposto no inciso XI aplica-se s empresas pblicas e s sociedades de
economia mista, e suas subsidirias, que receberem recursos da Unio, dos
Estados, do Distrito Federal ou dos Municpios para pagamento de despesasde pessoal ou de custeio em geral.
10. vedada a percepo simultnea de proventos de aposentadoria
decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remunerao de cargo,
emprego ou funo pblica, ressalvados os cargos acumulveis na forma desta
Constituio, os cargos eletivos e os cargos em comisso declarados em lei de
livre nomeao e exonerao.
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
10/41
11. No sero computadas, para efeito dos limites remuneratrios de que
trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de carter indenizatrio
previstas em lei.
12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado
aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu mbito, mediante emenda s
respectivas Constituies e Lei Orgnica, como limite nico, o subsdio mensal
dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justia, limitado a noventa
inteiros e vinte e cinco centsimos por cento do subsdio mensal dos Ministros
do Supremo Tribunal Federal, no se aplicando o disposto neste pargrafo aos
subsdios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.
Seo III: DOS SERVIDORES PBLICOS DOS MILITARES DOS ESTADOS,
DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITRIOS
Art. 42. Os membros das Polcias Militares e Corpos de Bombeiros
Militares, instituies organizadas com base na hierarquia e disciplina, so
militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territrios.
1 Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territrios,
alm do que vier a ser fixado em lei, as disposies do art. 14, 8; do art. 40,
9; e do art. 142, 2 e 3, cabendo a lei estadual especfica dispor sobre as
matrias do art. 142, 3, inciso X, sendo as patentes dos oficiais conferidas
pelos respectivos governadores
Art. 14.A soberania popular ser exercida pelo sufrgio universal e pelo
voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei,
mediante: 8 - O militar alistvel elegvel, atendidas as seguintes condies:
I - se contar menos de dez anos de servio, dever afastar-se da atividade;
II - se contar mais de dez anos de servio, ser agregado pela autoridade
superior e, se eleito, passar automaticamente, no ato da diplomao, para a
inatividade.
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da Unio, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, includas suas autarquias efundaes, assegurado regime de previdncia de carter contributivo e
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
11/41
solidrio, mediante contribuio do respectivo ente pblico, dos servidores
ativos e inativos e dos pensionistas, observados critrios que preservem o
equilbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.
9 - O tempo de contribuio federal, estadual ou municipal ser contado
para efeito de aposentadoria e o tempo de servio correspondente para efeito
de disponibilidade.
CAPTULO II - DAS FORAS ARMADAS
Art. 142.As Foras Armadas, constitudas pela Marinha, pelo Exrcito e
pela Aeronutica, so instituies nacionais permanentes e regulares,organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema
do Presidente da Repblica, e destinam-se defesa da Ptria, garantia dos
poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
1 - Lei complementar estabelecer as normas gerais a serem adotadas na
organizao, no preparo e no emprego das Foras Armadas.
2 - No caber "habeas-corpus" em relao a punies disciplinares
militares. 3 Os membros das Foras Armadas so denominados militares, aplicando-
se-lhes, alm das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposies:
I - as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, so
conferidas pelo Presidente da Repblica e asseguradas em plenitude aos
oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes privativos os ttulos e
postos militares e, juntamente com os demais membros, o uso dos uniformes
das Foras Armadas;
II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego pblico civil
permanente ser transferido para a reserva, nos termos da lei;
III - O militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo,
emprego ou funo pblica civil temporria, no eletiva, ainda que da
administrao indireta, ficar agregado ao respectivo quadro e somente
poder, enquanto permanecer nessa situao, ser promovido por antiguidade,
contando-se-lhe o tempo de servio apenas para aquela promoo e
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
12/41
transferncia para a reserva, sendo depois de dois anos de afastamento,
contnuos ou no, transferido para a reserva, nos termos da lei;
IV - ao militar so proibidas a sindicalizao e a greve;
V - o militar, enquanto em servio ativo, no pode estar filiado a partidos
polticos;
VI - o oficial s perder o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato
ou com ele incompatvel, por deciso de tribunal militar de carter permanente,
em tempo de paz ou de tribunal especial, em tempo de guerra;
VII - o oficial condenado na justia comum ou militar a pena privativa de
liberdade superior a dois anos, por sentena transitada em julgado, ser
submetido ao julgamento previsto no inciso anterior;
VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7, incisos VIII, XII, XVII, XVIII,
XIX e XXV e no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV;
X - a lei dispor sobre o ingresso nas Foras Armadas, os limites de idade, a
estabilidade e outras condies de transferncia do militar para a inatividade,
os direitos, os deveres, a remunerao, as prerrogativas e outras situaes
especiais dos militares, consideradas as peculiaridades de suas atividades,
inclusive aquelas cumpridas por fora de compromissos internacionais e de
guerra.
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
13/41
AULA III
TTULO IV- Da Organizao dos Poderes
CAPTULO IV - DAS FUNES ESSENCIAIS JUSTIA
Seo I - DO MINISTRIO PBLICO
Art. 127. O Ministrio Pblico instituio permanente, essencial
funo jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurdica, do
regime democrtico e dos interesses sociais e individuais indisponveis.
Art. 128.O Ministrio Pblico abrange:
I - o Ministrio Pblico da Unio, que compreende:
a) o Ministrio Pblico Federal;
b) o Ministrio Pblico do Trabalho;
c) o Ministrio Pblico Militar;
d) o Ministrio Pblico do Distrito Federal e Territrios;
II - os Ministrios Pblicos dos Estados. 3 - Os Ministrios Pblicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territrios
formaro lista trplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva,
para escolha de seu Procurador-Geral, que ser nomeado pelo Chefe do Poder
Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma reconduo.
5 - Leis complementares da Unio e dos Estados, cuja iniciativa facultada
aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecero a organizao, as
atribuies e o estatuto de cada Ministrio Pblico, observadas, relativamente aseus membros:
I - as seguintes garantias:
a) vitaliciedade, aps dois anos de exerccio, no podendo perder o cargo
seno por sentena judicial transitada em julgado;
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse pblico, mediante deciso do
rgo colegiado competente do Ministrio Pblico, pelo voto da maioria
absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa; (Redao dada pelaEmenda Constitucional n 45, de 2004)
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
14/41
c) irredutibilidade de subsdio, fixado na forma do art. 39, 4, e ressalvado o
disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, 2, I; (Redao dada pela
Emenda Constitucional n 19, de 1998)
Art. 129.So funes institucionais do Ministrio Pblico:
I - promover, privativamente, a ao penal pblica, na forma da lei;
VI - expedir notificaes nos procedimentos administrativos de sua
competncia, requisitando informaes e documentos para instru-los, na forma
da lei complementar respectiva;
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei
complementar mencionada no artigo anterior;
VIII - requisitar diligncias investigatrias e a instaurao de inqurito policial,
indicados os fundamentos jurdicos de suas manifestaes processuais;
IX - exercer outras funes que lhe forem conferidas, desde que compatveis
com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representao judicial e a consultoria
jurdica de entidades pblicas.
Seo II - DA ADVOCACIA PBLICA
Art. 131.A Advocacia-Geral da Unio a instituio que, diretamente ou
atravs de rgo vinculado, representa a Unio, judicial e extrajudicialmente,
cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua
organizao e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento
jurdico do Poder Executivo.
Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal,
organizados em carreira, na qual o ingresso depender de concurso pblico de
provas e ttulos, com a participao da Ordem dos Advogados do Brasil em
todas as suas fases, exercero a representao judicial e a consultoria jurdicadas respectivas unidades federadas. (Redao dada pela Emenda
Constitucional n 19, de 1998.)
Seo III - DA ADVOCACIA E DA DEFENSORIA PBLICA
Art. 133.O advogado indispensvel administrao da justia, sendo
inviolvel por seus atos e manifestaes no exerccio da profisso, nos limites
da lei.
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
15/41
Art. 134. A Defensoria Pblica instituio essencial funo
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientao jurdica e a defesa, em
todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5, LXXIV.
1 Lei complementar organizar a Defensoria Pblica da Unio e do Distrito
Federal e dos Territrios e prescrever normas gerais para sua organizao
nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante
concurso pblico de provas e ttulos, assegurada a seus integrantes a garantia
da inamovibilidade e vedado o exerccio da advocacia fora das atribuies
institucionais. (Renumerado pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)
2 s Defensorias Pblicas Estaduais so asseguradas autonomia funcional
e administrativa e a iniciativa de sua proposta oramentria dentro dos limites
estabelecidos na lei de diretrizes oramentrias e subordinao ao disposto no
art. 99, 2.
TTULO V - Da Defesa do Estado e das
Instituies Democrticas
CAPTULO III - DA SEGURANA PBLICAArt. 144. A segurana pblica, dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos, exercida para a preservao da ordem pblica e
da incolumidade das pessoas e do patrimnio, atravs dos seguintes rgos:
I - Polcia Federal;
II - Polcia Rodoviria Federal;
III - Polcia Ferroviria Federal;
IV - Polcias Civis;
V - PolciasMilitares e Corpos de Bombeiros Militares.
1 A polcia federal, instituda por lei como rgo permanente, organizado e
mantido pela Unio e estruturado em carreira, destina-se a:
I - apurar infraes penais contra a ordem poltica e social ou em detrimento de
bens, servios e interesses da Unio ou de suas entidades autrquicas e
empresas pblicas, assim como outras infraes cuja prtica tenha
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
16/41
repercusso interestadual ou internacional e exija represso uniforme, segundo
se dispuser em lei;
II - prevenir e reprimir o trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins, o
contrabando e o descaminho, sem prejuzo da ao fazendria e de outros
rgos pblicos nas respectivas reas de competncia;
III - exercer as funes de polcia martima, aeroporturia e de fronteiras;
IV - exercer, com exclusividade, as funes de polcia judiciria da Unio.
2 A polcia rodoviria federal, rgo permanente, organizado e mantido pela
Unio e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento
ostensivo das rodovias federais.
3 A polcia ferroviria federal, rgo permanente, organizado e mantido pela
Unio e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento
ostensivo das ferrovias federais.
4 - s polcias civis, dirigidas por delegados de polcia de carreira,
incumbem, ressalvada a competncia da Unio, as funes de polcia judiciria
e a apurao de infraes penais, exceto as militares.
5 - s polcias militares cabem a polcia ostensiva e a preservao da ordem
pblica; aos corpos de bombeiros militares, alm das atribuies definidas em
lei, incumbe a execuo de atividades de defesa civil.
6 - As polcias militares e corpos de bombeiros militares, foras auxiliares e
reserva do Exrcito, subordinam-se, juntamente com as polcias civis, aos
Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territrios.
7 - A lei disciplinar a organizao e o funcionamento dos rgos
responsveis pela segurana pblica, de maneira a garantir a eficincia de
suas atividades.
8 - Os Municpios podero constituir guardas municipais destinadas proteo de seus bens, servios e instalaes, conforme dispuser a lei.
9 A remunerao dos servidores policiais integrantes dos rgos
relacionados neste artigo ser fixada na forma do 4 do Art. 39. Verifica-se
que o Estado, utilizando-se dos diversos rgos, tendo cada um sua misso
especfica a cumprir, busca alcanar o objetivo maior, que o de proteger a
sociedade, garantindo a incolumidade das pessoas e do patrimnio, atravs da
preservao da ordem pblica.
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
17/41
AULA IV
CONSTITUIO DO ESTADO DORIO DE JANEIRO
(05 de outubro de 1989)
O Estado do Rio de Janeiro, atravs de sua Constituio Estadual
organiza-se para fazer cumprir o texto constitucional federal no que diz respeito
Segurana Pblica, traando normas com relao maneira pela qual os
Policiais Militarese outros Profissionais afetos a este mister devem proceder
para o melhor cumprimento da misso de preservar a ordem pblica. Traz o
referido texto, a regulamentao de alguns direitos previstos na carta magma,
como o direito ao porte de arma pelos Policias Militares, entre outros.
TTULO III - Da Organizao Estadual
CAPTULO IV - Da Administrao Pblica*
Seo IV - Dos Servidores Pblicos Militares*
*Ver Emenda Constitucional n 18, de 05.02.98, que dispe sobre o regime
constitucional dos militares.
Art. 91 - So servidores militares estaduais os integrantes da Polcia
Militar e do Corpo de Bombeiros Militar. *
1 - As patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, so
asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados da
Polcia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, sendo-lhes privativos os ttulos,
postos e uniformes militares.
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
18/41
2 - As patentes dos oficiais da Polcia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar
so conferidas pelo Governador do Estado.
3 - O militar em atividade que aceitar cargo pblico civil permanente ser
transferido para a reserva.
4 - O militar da ativa, que aceitar cargo, emprego ou funo pblica
temporria no eletiva, ainda que da administrao indireta, ficar agregado ao
respectivo quadro e, enquanto permanecer nessa situao, s poder ser
promovido por antiguidade, contando-se o tempo de servio apenas para
aquela promoo a transferncia para a reserva, sendo, depois de dois anos
de afastamento, contnuos ou no, transferido para a inatividade.
5 - Ao servidor militar so proibidas a sindicalizao e a greve, sendo livre,
no entanto, a associao de natureza no sindical, sem fins lucrativos,
garantido o desconto em folha de pagamento das contribuies expressamente
autorizadas pelo associado. (Ver Lei n 2.649 de 25.11.96.)
6 - O militar, enquanto em efetivo servio, no pode estar filiado a partidos
polticos.
7 - O Oficial e a Praa s perdero o posto, a patente e a graduao se
forem julgados indignos do oficialato, da graduao ou com eles incompatveis,
por deciso de tribunal competente.
8 - O Oficial, condenado na justia comum ou militar, a pena privativa de
liberdade superior a dois anos, por sentena transitada em julgado, ser
submetido ao julgamento previsto no pargrafo anterior.
9 - A lei dispor sobre os limites de idade, a estabilidade e outras condies
de transferncia do servidor militar para a inatividade.
10 - Aplica-se aos servidores a que se refere este artigo e a seus
pensionistas o disposto nos artigos 82, 2 e 89, 5 desta Constituio. 11 - O Estado fornecer aos servidores militares os equipamentos de
proteo individual adequados aos diversos riscos a que so submetidos em
suas atividades operacionais.
12 - Ser designado para as Corporaes da Polcia Militar e do Corpo de
Bombeiros Militar um pastor evanglico que desempenhar a funo de
orientador religioso em quartis, hospitais e presdios com direito a ingressar
no oficialato capelo.
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
19/41
13. O servidor pblico militar estadual demitido por ato administrativo, se
absolvido pela justia, na ao que deu causa a demisso, ser reintegrado
Corporao com todos os direitos restabelecidos."
EMENDA CONSTITUCIONAL N45, DE 2010 ACRESCENTA O 13 AO
ARTIGO 91 DA CONSTITUIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Bol da
PM n. 116 - 06 Jul 10, fl 39 e 40; DOERJ N114 DE 28 DE JUNHO DE 2010.
Sobre a administrao pblica militar , assim se posiciona o ilustre doutrinador
Paulo Tadeu Rodrigues Rosa:
A administrao pblica militar um ramo especializado da
administrao pblica e est diretamente subordinada ao chefe do Poder
Executivo (Federal ou Estadual), sujeitando-se aos princpios legais e morais.
O art. 37, caput, da CF, estabelece que, A administrao pblica direta
e indireta e as empresas parestatais da Unio, dos Estados e dos Municpios,
encontram-se sujeitos aos princpios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficcia.
Antes do advento da CF de 1988, os princpios enumerados no Art. 37
no tinham previso constitucional, mas eram defendidos pela doutrina que
entendia que o administrador pblico deve pautar seus atos pelo princpio da
legalidade e da moralidade em busca do interesse pblico e do bem comum.
O administrador pblico militar (Federal ou Estadual) que exerce funo
de elevada importncia para a coletividade deve observar os princpios
constitucionais enumerados no Art. 37, caput, da CF, sob pena de nulidade do
ato praticado e de responsabilidade funcional, podendo ser punido inclusive
com a perda do cargo.
A segurana pblica e a segurana nacional possuem uma importnciarelevante no Estado de Direito. Os integrantes das foras de segurana devem
ser os guardies dos direitos e garantias fundamentais do cidado, observando
no desenvolvimento de suas atividades os preceitos enumerados no art. 37,
caput, da CF.
Os Estados-membros que por fora da Constituio Federal possuem
servidores pblicos militares que devem obedincia ao Governador do Estado
e so os responsveis pelas atividades de ordem pblica em seus aspectossegurana pblica, tranqilidade e salubridade, devem fiscalizar as atividades
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
20/41
desenvolvidas pela administrao pblica militar, inclusive caso seja necessrio
submetendo suas contas ao Tribunal de Contas do Estado.
Os recursos devem ser aplicados de forma racional e devem estar
voltados para as necessidades da populao que sofre com o aumento da
violncia, que responsvel pela diminuio de investimentos nos grandes
centros em decorrncia do custo relacionado com a segurana das empresas e
de seus funcionrios.
O legislador constituinte de 1988 no fez qualquer distino entre
administrao pblica civil ou militar. Mas, em nenhum momento, o
administrador militar no exerccio de suas funes poder se afastar dos
princpios constitucionais.
Por disposio de lei oramentria, a administrao pblica militar
(Federal ou Estadual) recebe recursos determinados, que esto voltados para
a realizao de suas atividades fim e manuteno do patrimnio pblico e
privado. Na maioria das vezes, os recursos so limitados devido importncia
das atividades desenvolvidas.
O administrador militar o responsvel pela administrao dos recursos
e deve aplic-los de forma eficiente para a realizao de um trabalho voltado
para o interesse pblico. O administrador civil assim como o militar deve
observar os princpios enumerados no art. 37, caput, da CF, e tambm os
princpios previstos nas Constituies Estaduais que buscam regulamentar as
atividades no servio pblico, que mantido com as receitas provenientes dos
administrados.
Art. 92 - Aos servidores militares ficam assegurados os seguintes
direitos:
I - garantia de salrio, nunca inferior ao mnimo, para os que recebemremunerao varivel;
II - dcimo-terceiro salrio com base na remunerao integral ou no valor da
aposentadoria;
III - salrio-famlia para os seus dependentes;
IV - gozo de frias anuais remuneradas com, pelo menos, um tero a mais do
que o salrio normal;
V - licena gestante, sem prejuzo do emprego e do salrio, com a duraode cento e vinte dias;
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
21/41
VI - licena-paternidade, nos termos fixados em lei;
VII - licena especial para os adotantes, nos termos fixados em lei;
VIII - elegibilidade do alistvel, atendidas as seguintes condies:
a) se contar menos de dez anos de servio, dever afastar-se da atividade;
b) se contar mais de dez anos de servio, ser agregado pela autoridade
superior e, se eleito, passar automaticamente, no ato da diplomao, para a
inatividade;
IX - aos servidores militares estaduais ser permitido o porte de arma, para a
sua defesa pessoal e dos concidados, fora do horrio de servio. *
* Regulamentado pela Lei n 1.890, de 14.11.91.
Pargrafo nico- O disposto nos incisos V, VI, VIII, XVI, XVII e XXI do artigo 83
desta Constituio aplica-se aos servidores a que se refere este artigo, que
tambm tero assegurado adicional de remunerao para as atividades
penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei. *
* Acrescentado pela Emenda Constitucional n 2, de 06.08.91.
* Suspensa a eficcia deste pargrafo pelo STF, na ADIN 858-7, publicado. no
DORJ I de 18.06.93 (p.12110).
* Ver Lei Complementar n 57, de 12.12.89; Decreto 15.460, de 17.09.90.
Art. 93 - A lei dispor sobre a penso militar estadual. Abaixo, verifica-se
a organizao feita pelo Estado no sentido de regulamentar a forma de sua
atuao para, atravs dos rgos que esto sob sua subordinao preservar a
ordem pblica.
TTULO V - Da Segurana Pblica
CAPTULO NICO
Art. 183 - A segurana pblica, que inclui a vigilncia intramuros nos
estabelecimentos penais, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos,
exercida para a preservao da ordem pblica e da incolumidade das
pessoas e do patrimnio, pelos seguintes rgos estaduais: *
I - Polcia Civil;
II - Polcia Penitenciria; *
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
22/41
* As expresses destacadas no artigo e o inciso II foram declarados
inconstitucionais pelo STF, na ADIN 236-8, publicado no DORJ I de 15.05.92
(p.6778).
III - Polcia Militar;
IV - Corpo de Bombeiros Militar.
1 - Os Municpios podero constituir guardas municipais destinadas
proteo de seus bens, servios e instalaes, conforme dispuser a lei.
2 - Os rgos de segurana pblica sero assessorados pelo Conselho
Comunitrio de Defesa Social, estruturado na forma da lei, guardando-se a
proporcionalidade relativa respectiva representao.
3 - Os membros do Conselho referido no pargrafo anterior sero nomeados
pelo Governador do Estado, aps indicao pelos rgos e entidades
diretamente envolvidos na preveno e combate criminalidade, bem como
pelas instituies representativas da sociedade, sem qualquer nus para o
errio ou vnculo com o servio pblico.
Art. 184 - A Polcia Militar e o Corpo de Bombeiro Militar, foras
auxiliares e reserva do Exrcito, subordinam-se, com a Polcia Civil, ao
Governador do Estado.
Art. 185 - O exerccio da funo policial privativo do policial de carreira,
recrutado exclusivamente por concurso pblico de provas ou de provas e
ttulos, submetido a curso de formao policial.
Pargrafo nico - Os integrantes dos servios policiais sero reavaliados
periodicamente, aferindo-se suas condies fsicas e mentais para o exerccio
do cargo, na forma da lei.
Art. 186 - Para atuar em colaborao com organismos federais, deles
recebendo assistncia tcnica, operacional e financeira, poder ser criadorgo especializado para prevenir e reprimir o trfico e a facilitao do uso de
entorpecentes e txicos.
Art. 187 - A pesquisa e a investigao cientfica aplicadas, a
especializao e o aprimoramento de policiais civis e militares e dos
integrantes do Corpo de Bombeiro Militar sero orientados para contar com a
cooperao das universidades, por intermdio de convnio.
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
23/41
Art. 188 - Polcia Civil, dirigida por Delegados de Polcia de carreira,
incumbem, ressalvada a competncia da Unio, as funes de polcia judiciria
e a apurao das infraes penais, exceto as militares.
Art. 189 - Cabem Polcia Militar a polcia ostensiva e a preservao da
ordem pblica; ao Corpo de Bombeiro Militar, alm das atribuies definidas
em lei, incumbe a execuo de atividades de defesa civil.
1 - A lei dispor sobre os limites de competncia dos rgos policiais
mencionados no caput deste artigo. (ver decreto 88777, e Lei 443, abaixo)
2 - As corporaes militares do Estado sero comandadas por oficial
combatente da ativa, do ltimo posto dos respectivos quadros, salvo no caso
de mobilizao nacional.
3 - assegurada aos servidores militares estaduais isonomia de
vencimentos com os servidores militares federais. *
*O 3 foi declarado inconstitucional pelo STF, na ADIN 237.6, publicado no
DORJ I de 04.02.96 (p. 758).
Art. 190 - Na divulgao pelas entidades policiais aos rgos de
comunicao social dos fatos pertinentes apurao das infraes penais
assegurada a preservao da intimidade, da vida privada, da honra e da
imagem das vtimas envolvidas por aqueles fatos, bem como das testemunhas
destes.
Art. 191 - Ao abordar qualquer cidado no cumprimento de suas
funes, o servidor policial dever, em primeiro lugar, identificar-se pelo nome,
cargo, posto ou graduao e indicar o rgo onde esteja lotado.
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
24/41
AULA V
DECRETO No 88.777,de 30 de setembro de 1983
Este decreto aprova o regulamento para as Polcias Militares e Corpos
de Bombeiros Militares (R-200).
O PRESIDENTE DA REPBLICA, usando da atribuio que lhe confere
o artigo 81, item III, da Constituio, DECRETA:
Art . 1 - Fica aprovado o Regulamento para as Polcias Militares e
Corpos de Bombeiros Militares (R-200), que com este baixa.
Art . 2 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicao,
revogados os Decretos n 66.862, de 08 de julho de 1970, e n 82.020, de 20
de julho de 1978, e as demais disposies em contrrio. Braslia, DF, 30 de
setembro de 1983; 162 da Independncia e 95 da Repblica.
JOO FIGUEIREDO Walter Pires Este texto no substitui o publicado no
D.O.U. de 4.10.1983 REGULAMENTO PARA AS POLCIAS MILITARES E
CORPOS DE BOMBEIROS MILITARES (R-200)
ASSUNTOS:
CAPTULO I - Das Finalidades
CAPTULO II - Da Conceituao e CompetnciaCAPTULO III - Da Estrutura e Organizao
CAPTULO IV - Do Pessoal das Polcias Militares
CAPTULO V - Do Exercito de Cargo ou Funo
CAPTULO VI - Do Ensino, Instruo e Material
CAPTULO VII - Do Emprego Operacional
CAPTULO VIII - Da Competncia do Estado-Maior do Exrcito, atravs da
Inspetoria-Geral das Polcias MilitaresCAPTULO IX - Das Prescries Diversas
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
25/41
REGULAMENTO PARA AS POLCIAS MILITARES
E CORPOS DE BOMBEIROS MILITARES (R-200)
CAPTULO I - Das Finalidades
Art . 1 - Este Regulamento estabelece princpios e normas para a aplicao do
Decreto-lei n 667, de 02 de julho de 1969, modificado pelo Decreto-lei n
1.406, de 24 de junho de 1975, e pelo Decreto-lei n 2.010, de 12 de janeiro de
1983.
LEI N 443, DE 1 DE JULHO DE 1981:ESTATUTO DOS POLICIAIS MILITARES DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
TTULO I - GENERALIDADES
CAPTULO I - DISPOSIES PRELIMINARES
Art. 1 - O presente Estatuto regula a situao, obrigaes, deveres, direitos e
prerrogativas dos policiais militares do Estado do Rio de Janeiro.
Art. 2 - A Polcia Militar do Estado do Rio de Janeiro, subordinada ao
Secretrio de Estado de Segurana Pblica, uma instituio permanente,
organizada com base na hierarquia e na disciplina, destinada manuteno da
ordem pblicano Estado do Rio de Janeiro, sendo considerada Fora Auxiliar,reserva do Exrcito.
Art. 154 - So adotados na Polcia Militar, em matria no regulada na
legislao estadual, as leis e regulamentos em vigor no Exrcito Brasileiro, no
que lhe for pertinente.
Art. 155 - Esta Lei entrar em vigor na data de sua publicao, ficando
revogados os Decretos-Leis n 215, de 18.07.75, e 323, de 01.09.76, a Lei n
323 , de 18.06.80, e as demais disposies em contrrio.
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
26/41
Rio de Janeiro, 01 de julho de 1981.
ANTNIO DE PDUA CHAGAS FREITAS Governador.
LEGISLAO BSICA SOBRE SEGURANA
PBLICACdigo Penal; Cdigo de Processo Penal; Cdigo de Processo Penal Militar;
Cdigo Penal Militar; Lei de Contravenes Penais; Portarias; Resolues;
Diretrizes; Notas de Instruo; Posturas Municipais etc.
A POLCIA MILITAR E SUA PARTICIPAO NA PRESERVAO
DA ORDEM PBLICA
Atravs de diversas iniciativas, a PM se apresenta apta a desenvolver
suas atividades administrativas e operacionais no sentido se dar seu melhor
para cumprir seu dever perante a sociedade, fazendo preservar seu direito
constitucional com relao preservao da segurana pblica. Para isso
institui procedimentos que a seguir se verifica:
A) NOTA DE INSTRUO 07/92: A SEGURANA PBLICA NA
CONSTITUIO(Texto de Diego Figueiredo Moreira Neto)
... A ordem pblica a disposio pacfica e harmoniosa da convivncia
pblica, conforme os princpios ticos vigentes na sociedade. A segurana
pblica a garantia da ordem pblica, sua finalidade deve ser legtima, legal e
moral." A polcia administrativa da ordem pblica a que realiza a preveno e
a represso imediata, atuando a nvel individual ou coletivo. A polcia judiciria
a que apura as infraes pessoais e auxilia o poder judicirio, realizando a
represso imediata, atuando a nvel individual....
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
27/41
B) CRIA O POLICIAMENTO COMUNITRIO ATRAVS, DA NOTA
DE INSTRUO 002/92, PBLICA NO BOL PM 069, DE 13 DE
ABRIL DE 1992.
(Texto elaborado do pelo Cel PM Carlos Magno Nazareth Cerqueira).
... A Polcia comunitria um movimento que se inicia nos idos de
1980, nos Estados Unidos da Amrica. No Brasil, o Estado de So Paulo foi
pioneiro nesta iniciativa. No Rio de Janeiro, em 1983, esta modalidade de
policiamento comeou a ser implantado e atravs dele, busca o Estado
prevenir o crime.
A Polcia de Toronto em muito colaborou para a existncia dessepoliciamento. A polcia comunitria toda uma mudana filosfica de aplicao
da lei e da polcia, estabelecendo um relacionamento ntimo entre a
comunidade e a polcia, ficando esta mais sensvel aos problemas da sua rea,
identificando-os (lixo, iluminao, asfaltamento, deteriorao do meio
ambiente).
Deve ser o policiamento orientado para os seguintes fatores: efetivao
dos policiais na rea de policiamento, diviso da rea seguindo caractersticasdemogrficas, comit de ligao com a comunidade para reunies peridicas,
identificao dos reais problemas da comunidade, aumento das patrulhas a p,
descentralizao na organizao, gesto participativa, os direitos humanos e a
proteo, garantindo a liberdade do cidado.
Vrias polmicas se formavam em razo da novidade que era esta
modalidade e em 1992, esta modalidade de policiamento j era realidade em
nosso Estado....
C) ORGANOGRAMA DA PMERJ:
Relacionam-se abaixo, hierarquicamente, o funcionamento da
Corporao:
1) Comando Geral:Assessorado pela AjG, Apar, CAC, CAEs, CCI, CComSoc,
CIntPM, CPMERJ, CGC.
2) Estado Maior Administrativo: DGAF, DGEI (APM, CFAP, CIEAT, COM,
CQPS, CSMED, ESAV, ESPM), DGP (CRSP), DGS ( CRSP, CFRPM, HCPM,
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
28/41
HPM NIT, OCPM, PPM CASC, PPM SJM, PPM OLA, LIF), EMGPM1,
EMGPM3, EMGPM4.
3) Estado Maior Operacional:
1CPA: 1 AO 6, 13, 16, 17, 22, 23 BPM, 1 CIPM).
2CPA: 9, 14, 18, 27, 31, 40 BPM.
3CPA: 15, 20, 21, 24, 34, 39 BPM.
4CPA: 7, 12, 25, 35 BPM.
5CPA: 10, 25, 33, 37 BPM.
6CPA: 8, 29, 32, 36 BPM.
7CPA: 11, 26, 30, 36 BPM
CPF: UPP (BABILNIA, BATAN, CIDADE DEDEUS, D MARTA,
PAVO/PAVOZINHO), BOPE, BPCHQ, BPFMA, BPRV, BPTUR, CIA CAES,
GAM, GEPCRP, GSAR, RCECS.
D)CORREGEDORIA INTERNA DA PMERJ:
Histrico
A Corregedoria Interna da Polcia Militar foi criada atravs da Resoluo
SEPM n 0127, de 24 Ago 93, pblica no DOERJ n 0162, de 26 Ago 93 e
republicada em Bol PM n 180, de 26 Ago 93, pelo ento Secretrio de Estado
de Policia Militar Cel PM Carlos Magno Nazareth Cerqueira, por transformao
funcional da Chefia de Policia Militar, do Ncleo do Centro de Criminalstica da
Policia Militar e da Seo de Justia e Disciplina da Diretoria Geral de Pessoal,
tendo sido nomeado como seu primeiro Corregedor o Cel PM Edgard da Costa
Magalhes.
Misso
A Corregedoria Interna da Policia Militar encontra-se alocada no mbito
do aquartelamento do Quartel General, na Rua Evaristo da Veiga, e tem como
sua principal funo assessorar o Sr Comandante Geral no que diz respeito
Justia e Disciplina, promover e coordenar a apurao das infraes penais
militares e transgresses disciplinares atribudas a integrantes da PMERJ,
promover e coordenar as atividades de investigao e de percia tcnica, em
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
29/41
apoio s atividades de Policia Judiciria Militar, promover, coordenar, fiscalizar,
modificar e controlar os assuntos prisionais da Corporao e promover
integrao com os rgos do Poder Judicirio, Ministrio Pblico, Defensoria
Pblica, Corregedorias e Ouvidorias no Estado do Rio de Janeiro.
Atualmente, a Corregedoria encontra-se sob a Chefia do Cel PM
Ronaldo Antonio de Menezes.
Em razo da publicao do Decreto Estadual n 27.789, de 22 Jan 01,
pelo ento Excelentssimo Governador Anthony Garotinho, em que criava a
Corregedoria Geral Unificada, passou a ser denominada Corregedoria Interna
da Policia Militar.
E) PROERD PROGRAMA EDUCACIONAL DE RESISTNCIA S DROGAS
O PROERD Programa Educacional de Resistncia s Drogas foi
implantado pioneiramente pela Polcia Militar do Estado do Rio de Janeiro, no
ano de 1992, e constituiu-se numa moderna ferramenta do trabalho policial
militar voltada para a reduo do consumo de drogas entre jovens escolares.
Seu surgimento foi uma conseqncia do interesse da Polcia Militar do Estado
do Rio de Janeiro em desenvolver um projeto de preveno voltado para o
maior esclarecimento da populao, em especial, a de menor faixa etria, a
respeito dos diversos aspectos relacionados ao abuso de drogas
SISTEMA DE SEGURANA PBLICA NO CONTEXTOBRASILEIRO
A)Secretaria Nacional de Segurana Pblica
(Decreto 5535, de 13 de setembro de 2005)
Possui as seguintes competncias, entre outras: promover a integrao
dos rgos de segurana pblica; estimular a modernizao e o
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
30/41
reaparelhamento dos rgos de segurana pblica; realizar e fomentar estudos
e pesquisas voltadas para a reduo da criminalidade e da violncia; estimular
e propor aos rgos estaduais e municipais a elaborao de planos e
programas integrados de segurana pblica, objetivando controlar aes de
organizaes criminosas ou fatores especficos geradores de criminalidade e
violncia, bem como estimular aes sociais de preveno da violncia e da
criminalidade; promover e coordenar as reunies do Conselho Nacional de
Segurana Pblica (CONASP).
B) rgos de Assistncia Direta ao Secretrio Nacional de
Segurana Pblica
Servio de Execuo Oramentria e Financeira;
Servio de Apoio Tcnico-Administrativo;
rgos Singulares Especficos;
Departamento de Pesquisas, Anlise de Informao e Desenvolvimento
de Pessoal; Departamento de Execuo e Avaliao do Plano Nacional de
Segurana Pblica;
C) rgos Colegiados
1) Conselho Nacional de Segurana Pblica CONASP: competncia, entre
outras, cooperao tcnica entre a Unio, Estados e Distrito Federal nocombate criminalidade)
2) Comisso Nacional de Segurana Pblica nos Portos, Terminais e Vias
Navegveis COMPORTOS: Decreto 1507, de 30 de maro de 1995 e decreto
1972, de 30 de julho de 1996.
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
31/41
ESTRUTURA DA SEGURANA PBLICA NO ESTADO DO RIO
DE JANEIRO
Integrantes da SESEG:
Secretrio de Segurana: Jos Mariano Beltrame
Subsecretrio de Modernizao Tecnolgica: Edval de Oliveira
Novaes Jnior
Subsecretria de Ensino e Programas de Preveno: Jssica Oliveira
de Almeida
Subsecretrio de Inteligncia: Rivaldo Barbosa de Arajo Jnior
Subsecretrio de Planejamento e Integrao Operacional: Antnio
Roberto Cesrio de S
Subsecretrio de Gesto Estratgica: Hlio Pacheco Leo
Chefe de Gabinete: Marcelo Montanha Sousa
Assessor Jurdico: Marcos Tabet
Presidente do Instituto de Segurana Pblica (ISP): Paulo Augusto
Souza Teixeira
Corregedor da Corregedoria Geral Unificada: Giuseppe Italo Brasilino
Vitagliano
Ouvidor de Polcia: Luiz Srgio Wigderovitz
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
32/41
Conhecendo a Corregedoria Geral Unificada (CGU)
A viso da corregedoria no somente punitiva. Averiguam-se as
condutas policiais inquinadas de ilcitas. Caso a resposta seja positiva, aps
submisso do investigado ao devido procedimento legal, com a rigorosa
observncia do contraditrio e da ampla defesa, provada a acusao, a CGU
pune ou sugere a punio, com maior ou menor rigor, dependendo da
gravidade do comportamento.
Quando no constata a prtica da transgresso funcional, arquiva-se o
procedimento. Qualquer informao avaliada. Acusaes mais brandas so
enviadas s Corregedorias Internas. A partir das graves, abre-se sindicncias,
inquritos, conselhos de justificao, de disciplina, comisso de reviso
disciplinar.
A CGU exerce, tambm, atividades de fiscalizao atravs de equipes
de inspees feitas nas unidades da Polcia Civil, Militar, Corpo de Bombeiros
Militares, em seus veculos, ou qualquer lugar onde seus membros exeram
suas atividades.
Instituto de Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
Autarquia criada em dezembro de 1999 para planejar e implementar
polticas pblicas e auxiliar a Secretaria de Segurana pblica na execuo de
aes no Estado do Rio de janeiro. Por meio do ncleo de Pesquisas em
Justia Criminal e Segurana Pblica (NUPESP), o ISP desenvolve pesquisas,
com o apoio da FAPERJ (fundao de Amparo e Pesquisas do Estado do Rio
de Janeiro), e produz relatrios estatsticos sobre o sistema de segurana
pblica estadual, analisando os problemas que mais afetam populao e o
desempenho de aes nesta rea.
Cabe tambm ao ISP a divulgao desses dados, feitas mensalmente
no Dirio Oficial do Estado, no Boletim mensal de monitoramento e anlise, no
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
33/41
relatrio sntese de criminalidade constatada e em outras publicaes como a
srie estudos, todas disponveis na internet.
Com esta publicao, o ISP cumpre seu papel de manter a populao
informada sobre as atividades do setor de segurana no Estado do Rio de
Janeiro. Tambm responsabilidade do ISP promover cursos de
aprimoramento para policiais civis e militares, contribuindo para a
profissionalizao das polcias. O ISP est vinculado Secretaria de Estado de
Segurana Pblica, mas tem receita e administrao prprias.
reas Integradas de Segurana Pblica AISP
Mais que uma nova diviso geogrfica das reas de atuao das
Polcias Civil e Militar, as AISP foram criadas em 1999, por meio de resoluo
do Secretrio de Segurana Pblica, para estreitar as relaes entre as
corporaes e, assim, melhor assistir populao.
Em todo o estado so 40 AISP, cada qual representada pelos
comandantes dos batalhes da Polcia Militar e delegados titulares das
delegacias distritais.
As AISP tambm instituram um Conselho Comunitrio de Segurana
que, juntamente com a fora policial, fica responsvel pela avaliao por rea
da dinmica criminal, observando ainda a incidncia criminal, elucidao de
delitos e qualidade do servio prestado pela polcia. Numa gesto participativa,
a sociedade convidada a identificar os crimes mais comuns, discutindo
solues integradas e acompanhando os resultados das medidas adotadas.
Mensalmente, cada AISP promove, ainda, um Caf Comunitrio para
avaliaes do policiamento local com representantes da sociedade.
Entre outras, existem as seguintes AISP:
AISP 1: 1 BPM, 6 e 7 DP, bairros: Catumbi, Cidade Nova, Estcio, Rio
Comprido, Santa Tereza.
AISP 40: 39BPM, 54 DP, municpio: Belford Roxo; bairros: Areia
Branca, Jardim Redentor, Parque So Jos, Novo Aurora e Lote XV.
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
34/41
Informaes sobre a Polcia Civil
Lei n 3.586, de 21/06/2001 - Reorganiza as carreiras policiais
Decreto n 34.633/2003 - Estrutura a Polcia Civil do Estado do Rio de
Janeiro
1) Atribuies da Polcia Civil
I exercer, com exclusividade, as atividades de polcia judiciria e apurar as
infraes penais no Estado do Rio de Janeiro;II concorrer para a convenincia harmnica da comunidade;
III praticar todos os atos atinentes Polcia Judiciria, no mbito do territrio
do Estado, na forma da legislao em vigor;
IV promover as percias criminais e mdico-legais necessrias;
V realizar as investigaes indispensveis aos atos de Polcia Judiciria;
VI proteger pessoas e bens;
VII proteger direitos e garantias individuais;VIII reprimir as infraes penais;
IX participar dos Sistemas Nacionais de Identificao Criminal, de Armas e
Explosivos, de Roubos e Furtos de Veculos Automotores, Informao e
Inteligncia, e de outros, no mbito da Segurana Pblica;
X promover a identificao civil e criminal;
XI recrutar, selecionar, formar e aperfeioar profissional e culturalmente os
policiais civis, bem como realizar percias mdicas admissionais e examesperidicos dos policiais civis;
XII colaborar com o Poder Judicirio, o Ministrio Pblico e demais
autoridades constitudas;
XIII participar da proteo do bem-estar da comunidade e dos direitos da
pessoa humana;
XIV manter servio diuturno de atendimento aos cidado;
XV custodiar provisoriamente pessoas presas, nos limites de sua
competncia;
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
35/41
XVI estabelecer intercmbio sobre assuntos de interesse policial, com
instituies educacionais e rgos integrantes do sistema de segurana pblica
estadual elencados na Constituio Federal, bem como organizaes nacionais
e internacionais voltadas
segurana pblica e assuntos correlatos;
XVII apurar transgresses disciplinares atribudas a policiais civis;
XVIII controlar e executar a segurana interna de seus rgos;
XIX registrar, controlar e fiscalizar armas, explosivos e agressivos qumicos
de uso controlado, consoante o estabelecido na legislao federal;
XX estabelecer o controle estatstico das incidncias criminais no Estado, do
desempenho de suas unidades policiais e dos demais dados de suas
atividades;
XXI promover autorizaes, registro, controle e fiscalizao das atividades de
diverses pblicas, excetuadas as atribuies cometidas a outros rgos
pblicos;
XXII desenvolver atividades de inteligncia e contra-inteligncia,
especialmente, em relao criminalidade.
2) Estrutura Bsicaa) rgos de Assessoramento Direto do Chefe de Polcia
Gabinete do Chefe de Polcia
Assessoria Jurdica - ASSEJUR
Assessoria Tcnico-Administrativa - ATA
b)rgo de Planejamento e Coordenao
Assessoria Geral de Planejamento e Coordenao - ASPLAN
c) rgos de Atividades Especiais
Subchefia Administrativa da Polcia Civil
Secretaria Executiva da Comisso de Promoes - SECOP
Delegacia Supervisora
Museu da Polcia Civil
Subchefia Operacional da Polcia Civil
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
36/41
d) rgo de Apoio de Sade
Hospital da Polcia Civil Jos da Costa Moreira - HPCJCM
e)rgos Colegiados
Conselho Superior de Polcia - CSP
Comisso de Promoes da Polcia Civil
Comisso Permanente de Licitao
Comisso de Controle e Fiscalizao de Contratos
f)rgo de Correio e Fiscalizao
Corregedoria Interna da Polcia Civil - COINPOL
g)rgo de Formao e Treinamento Profissional
Academia Estadual de Polcia Silvio Terra - ACADEPOL
h) rgos de Apoio Administrativo
Departamento Geral de Administrao e Finanas - DGAF
Departamento Geral de Tecnologia da Informao e Telecomunicaes -
DGTIT
Coordenadoria de Comunicaes da Polcia Civil - CECOPOL
i) rgos Operacionais
Departamento Geral de Polcia Especializada - DGPE
Coordenadoria de Recursos Especiais - CORE
Coordenadoria de Informao e Inteligncia Policial - CINPOL
Divises Especializadas
Delegacias EspecializadasDepartamento Geral de Polcia da Capital - DGPC
Delegacias Policiais
Departamento Geral de Polcia da Baixada Fluminense - DGPB
Delegacias Policiais
Departamento Geral de Polcia do Interior - DGPI
Coordenadorias Regionais de Polcia do Interior - CRPI
Departamento Geral de Polcia Tcnico-Cientfica - DGPTCInstituto de Identificao Felix Pacheco - IFP
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
37/41
Instituto Mdico-Legal Afrnio Peixoto - IMLAP
Instituto de Criminalstica Carlos Eboli - ICCE
Coordenadoria das Delegacias de Acervo Cartorrio
Delegacias de Acervo Cartorrio - DEAC
3)Quadro Funcional
Grupo I -Autoridades Policiais
Delegado de Polcia
Grupo II -Agentes de Polcia Estadual de Apoio Tcnico Cientfico
Perito Legista
Perito Criminal
Engenheiro Policial de Telecomunicaes
Papiloscopista Policial
Tcnico Policial de Necrpsia
Auxiliar Policial de Necrpsia
Grupo III - Agentes de Polcia Estadual de Investigao e Preveno
Criminais
Inspetor de Polcia - Comissrio de Polcia
Oficial de Cartrio Policial - Comissrio de Polcia
Investigador Policial
Piloto Policial
4) Delegacia Legal
um programa de informatizao e modernizao das unidades da
Polcia Civil do Estado do Rio de Janeiro. Compreende a padronizao dos
registros de ocorrncia (RO) e procedimentos decorrentes, com o controle
centralizado e utilizao de um banco de dados central.
O nome legal decorre da supresso das carceragens das delegacias
policiais, prtica antes tolerada em decorrncia das deficincias do complexo
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
38/41
penitencirio, mas ilegal. A reforma das delegacias para a implantao do
sistema exigiu novo visual arquitetnico, externo e interno, instalao de ar
condicionado central e nova diviso dos espaos para as diversas aplicaes.
A adaptao das equipes policiais informatizao exigiu a realizao
de cursos especficos na Acadepol e como forma de incentivo remuneratrio foi
criada a gratificao de Delegacia Legal.
OCORRNCIA RELACIONADAS COM A SEGURANA PBLICA
Publicaes diversas em peridicos divulgam constantemente situaesrelacionadas atividade de segurana pblica, como os abaixo relacionados:
Controle de correspondncias em presdios (13 set 2010)
Rio - Para evitar que material ilcito, como celular e drogas, entrem nos
presdios e hospitais do sistema penitencirio Secretaria de Administrao
Penitenciria (Seap) baixou dia 1 resoluo estabelecendo regras para o
recebimento de encomendas ...
As drogas que se escondem sob as luzes da Lapa (16ago10)
A Lapa, que abriga tantos eventos, tantas casas de show, tantas
histrias curiosas da boemia , antiqurios famosos e hoje a 'menina dos
olhos' da cidade do Rio de Janeiro tem um lado que pouca gente conhece e
que se esconde dentro das boates, ...
Droga e tragdia: caminhos que se encontram (02ago2010)
Jos Roberto de Oliveira Junior, um jovem de classe mdia, de 20 anos,
que consumia cocana desde os 16, esfaqueou os prprios pais, no ltimo
domingo, no apartamento em que com eles residia no bairro da Tijuca, no Rio.
Havia consumido vrios...
Artigo Segadas Vianna(26jul2010)
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
39/41
Infelizmente certas coisas podem se chamar de 'morte anunciada'. E
olha que eu, que sou um permanente defensor de nossas polcias, tenho , por
dever de conscincia, escrever sobre isso. Policiais Militares receberam
propina, suborno, para liberarem o...
Fim dos GPAEs (24jun2010)
Durante a solenidade de posse do coronel Robson Rodrigues da Silva
no Comando de Polcia Pacificadora (CPP), o secretrio estadual de
Segurana, Jos Mariano Beltrame, afirmou hoje que, ainda este ano, sero
desativados os dois ltimos Grupamentos de ...
CRACK: pode chegar a 1,2 milho o nmero de viciados no Brasil
(14jun2010)
O Ministrio da Sade estima que 600 mil jovens sejam dependentes de
crack no Brasil. Mas alguns estudiosos calculam que este nmero seja o dobro.
Estes so os impressionantes e preocupantes dados constantes em recente
matria trazida por uma revista ...
Crime de arruaceiros em So Janurio (26mai2010)
As cenas de humilhao e de gravssimo constrangimento de que foram
vtimas jogadores do tradicional Clube de Regatas Vasco da Gama, mostradas
na primeira pgina de 'O DIA', na edio de hoje (26/05/10), onde foram
registradas lamentveis fatos, ocorridos ...
Polcia Civil faz mudanas nas delegacias de todo o Estado
(25mai2010)
A Policia Civil inicia nesta quarta-feira uma srie de mudanas nas
delegacias de todo o Estado. As primeiras sero anunciadas ainda nesta
manh no Boletim Interno da instituio. Nesta dana das cadeiras certo que
a delegada Valeria de Castro assumir
Sobre as Unidades de Polcia Pacificadora (19mai2010)
No possvel que parte da imprensa continue passando para a
populao, que composta em sua imensa maioria por leigos no assunto (e
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
40/41
muitos curiosos e palpiteiros tambm...), que as Unidades de Polcia
Pacificadora da Polcia Militar, as j famosas, ...
Sobre a acusao de constrangimento: revistar pode, arriar as
calas no. (17mai2010)
Ainda que num estado democrtico de direito prevaleam primeiramente
os princpios constitucionais da presuno da inocncia e o da ampla defesa e
do contraditrio, o incidente, durante uma revista policial, na noite do ltimo
sbado...
Sobre o trabalho de preveno ao uso de drogas(10mai2010)
Das mais importantes a matria de 'O DIA', de 10/05/10, onde se tem
notcia que a Polcia Militar, por deciso do Governo do Estado, no processo de
consolidao das UPPs (Unidades de Polcia Pacificadora), visando o
enfraquecimento do poder paralelo ...
A expanso estratgica da segurana no Rio (04mai2010)
Assim como em Cali e Medlin, na dcada de 90, onde medidas
estratgicas, tomadas pelo governo colombiano, possibilitaram a queda brusca
dos ndices de criminalidade naquelas cidades, at ento dominadas pela ao
do narcotrfico- a taxa de homicdios ...
Tijuca a caminho da pacificao (28ago2010)
No processo contnuo e decisivo de implantao das Unidades de
Polcia Pacificadora - UPPs - at os negativistas e derrotistas de planto
comeam a se render - sem dvida um eficaz e inovador modelo de
policiamento comunitrio alocado em morros e favelas ...
Sobre arrastes, ameaa de exploso delegacia policial e a polcia
pr-ativa (26ab2010)
A preocupante matria de 'O DIA de domingo, 25/04/10, pginas 12 e
13, no melhor estilo do jornalismo investigativo produtivo, onde ficou
7/27/2019 Apostila - Seguranca Publica
41/41
constatada a perigosa ao de uma quadrilha de 60 assaltantes
(traficantes)que vem agindo com extrema audcia e ...
Qual deve ser a prioridade da segurana pblica? (24abr2010)
- Aumento e qualificao de efetivo, com investimento em equipamentos
e salrio;
- Investimento em projetos sociais para reduo da desigualdade;
- Represso mxima ao trfico de drogas e s faces criminosas;
- Tolerncia zero com todo tipo de delito no Rio.