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ESTADO DE RORAIMAAGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE RORAIMA
“AMAZÔNIA PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS”
CONCURSO PÚBLICO ADERR 01/2014EDITAL Nº 01
A PRESIDENTE DA AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DERORAIMA - ADERR, no uso de suas atribuições legais, considerando contrato celebrado e emconformidade com a Lei nº 949 de 09 de janeiro de 2014 e suas alterações, torna público, queestarão abertas as inscrições para o Concurso Público de Provas e Provas e Títulos, destinado aselecionar candidatos para provimento de vagas para cargos da Carreira Nível Médio/Técnico eNível Superior do Quadro de Pessoal da ADERR.
1. DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES1.1. O Concurso Público será realizado sob a responsabilidade da Universidade Estadual deRoraima – UERR, obedecendo às normas do presente Edital.1.2. O Concurso Público dar-se-á através de:1.2.1. Prova Objetiva de múltipla escolha para os cargos de Contador, Assistente Administrativo eAssistente de Laboratório, em conformidade ao disposto no item 6.2 deste Edital.1.2.1.1. Na Prova Objetiva de múltipla escolha serão avaliados os conhecimentos e/ou habilidadesdos candidatos sobre as matérias relacionadas a cada cargo, cuja composição e respectivosprogramas fazem parte do Anexo III deste Edital;1.2.2. E de Provas e Títulos para os cargos de Fiscal Agropecuário/Engenheiro Agrônomo, FiscalAgropecuário Médico Veterinário e Técnico em Agropecuária/Agrícola.1.2.2.1. Na Prova Objetiva de múltipla escolha, em conformidade ao disposto no item 6.2 desteEdital, serão avaliados os conhecimentos e/ou habilidades dos candidatos sobre as matériasrelacionadas a cada cargo, cuja composição e respectivos programas fazem parte do Anexo IIIdeste Edital e de Títulos serão avaliados conforme Anexo V.1.3. Nas referências a horários, deve ser considerado o horário local do Estado de Roraima.1.4. O inteiro teor do Edital, para os candidatos inscritos, estará disponível no endereço eletrônicowww.uerr.edu.br link Concursos - Área do Concurso para a ADERR, sendo de responsabilidadeexclusiva do candidato a obtenção do Edital e a inserção de seus dados cadastrais, informados noato de inscrição.1.5. Toda a Legislação citada nos conteúdos programáticos será utilizada para elaboração dequestões levando-se em consideração as atualizações vigentes até a data de publicação desteEdital.
2. DOS CARGOS, DAS VAGAS, DA CARGA HORÁRIA DAS ATIVIDADES E DAREMUNERAÇÃO:2.1. O Concurso Público destina-se ao provimento de 203 (duzentas e três) vagas para Cargos daCarreira de Nível Médio, Nível Técnico e Nível Superior, os quais serão exercidos nas Unidadesde Defesa Agropecuária – UDA’s, Escritórios de Atendimento a Comunidade – EAC’s e sededesta Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima – ADERR, conforme disposto noAnexo II.2.1.1. A carga horária semanal para os cargos deste Concurso Público é de 40 (quarenta)horas.2.2. Os cargos, os requisitos, as respectivas vagas e remuneração da classe inicial deste ConcursoPúblico estão indicados no Anexo II deste Edital. Os conteúdos Programáticos estão indicados no
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Anexo III. As atribuições dos cargos deste concurso estão indicadas na Lei nº. 949 de 9/01/2014,publicada no DOE nº. 2195 de 10/01/2014, e suas alterações.2.2.1. Além dos vencimentos e demais vantagens previstas na Lei Complementar nº. 053 de 31 dedezembro de 2001, o servidor da ADERR terá direito à gratificação de interiorização, desde quelotados nas Unidades de Defesa Agropecuária – UDA’s ou Escritórios de Atendimento aComunidade – EAC’s fora do perímetro urbano de Boa Vista, sobre o vencimento básico, nosseguintes percentuais:I – 5% (cinco por cento) incidente sobre o vencimento da classe inicial da respectiva carreira, paraos municípios de Cantá e Mucajaí;II – 7% (sete por cento) incidente sobre o vencimento da classe inicial da respectiva carreira, paraos municípios de Alto Alegre, Amajari, Bonfim e Iracema;III – 9% (nove por cento) incidente sobre o vencimento da classe inicial da respectiva carreira,para os municípios de Caracaraí, Normandia e Pacaraima;IV – 12% (doze por cento) incidente sobre o vencimento da classe inicial da respectiva carreira,para os municípios de Caroebe, Rorainópolis, São João da Baliza e São Luiz do Anauá;V – 15% (quinze por cento) incidente sobre o vencimento da classe inicial da respectiva carreira,para o município de Uiramutã;2.3. Serão reservadas vagas para Pessoas com Deficiência, conforme item 3.17.1.2.3.1. Consideram-se Pessoas com Deficiência aquelas que se enquadrarem nas categoriasdiscriminadas no artigo 4º do Decreto Federal nº 3.298/1999, que regulamenta a Lei Federal nº7.853/1989 e alterações posteriores.
3. DOS PROCEDIMENTOS PARA INSCRIÇÕES3.1. Período: 13 de maio a 2 de junho de 2014.3.1.1. Para maiores informações, a UERR conta com uma sala de Atendimento da Comissão deConcursos em sua sede – Campus Boa Vista, localizada na Rua Sete de Setembro, nº. 231 – BairroCanarinho. Tel. (95) 2121-0931.3.1.2. Para se inscrever, o candidato deverá acessar o endereço eletrônico www.uerr.edu.br linkConcursos - Área do Concurso para a ADERR onde consta o Edital e os procedimentosnecessários à efetivação da inscrição. A inscrição será exclusivamente pela Internet e estarádisponível durante as 24 horas do dia, ininterruptamente, considerando-se o horário local, comhorário de início às 10 horas do primeiro dia de inscrição e horário de encerramento às 23 horas doúltimo dia de inscrição, conforme Anexo I – Cronograma de Atividades.3.1.3. Ao realizar a inscrição, via internet, o candidato deverá imprimir o boleto bancário e efetuaro pagamento em qualquer agência da rede bancária, casas lotéricas, entre outros estabelecimentoscredenciados para tal fim, até a data do vencimento. A inscrição só será homologada mediantea confirmação do pagamento pelo banco junto a UERR.3.1.4. A realização da inscrição implica o conhecimento e a tácita aceitação das condiçõesestabelecidas no presente Edital, não podendo o candidato, sob hipótese alguma, alegardesconhecimento das normas estabelecidas.3.1.5. O candidato somente poderá se inscrever uma única vez, optando por um dos cargosconstantes no Anexo II deste Edital. Depois de realizada a inscrição o candidato nãoconseguirá fazer alterações e/ou realizar nova inscrição. 3.1.6. No horário comercial e dias úteis, os computadores do Laboratório de Informática da UERRestarão disponíveis para os candidatos que não tenham acesso a Internet realizarem sua inscrição.3.2. É vedada a inscrição condicional e/ou extemporânea.
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3.3. Antes de efetuar a inscrição o candidato deverá certificar-se dos requisitos exigidos paraa investidura no cargo, observando com atenção a localidade a qual se destina a vaga.3.4. Não haverá isenção total ou parcial do valor da taxa de inscrição, salvo os casos previstos noitem 3.12.3.5. As inscrições somente serão homologadas após o pagamento da respectiva taxa de inscriçãodentro do prazo de validade de pagamento, conforme datas do Cronograma de Atividades.3.5.1. O valor referente ao pagamento da taxa de inscrição não será devolvido em hipótesealguma, salvo em caso de cancelamento do certame por conveniência da Administração Pública.3.5.2. O comprovante de inscrição deverá ser mantido em poder do candidato pois, casosolicitado, o mesmo deverá ser apresentado no local e data de realização das provas.3.6. Não serão aceitas inscrições via fax e/ou via correio eletrônico (e-mail) ou realizadas fora doprazo estipulado.3.7. As informações prestadas na solicitação de inscrição pela Internet serão de inteiraresponsabilidade do candidato.3.8. As inscrições serão Homologadas pelo Presidente da Comissão Organizadora do Concurso,sendo publicada a relação na Internet através do site www.uerr.edu.br link Concursos - Área doConcurso para a ADERR.3.9. A prestação de declaração falsa ou inexata e a não apresentação de qualquer documentoexigido importarão em insubsistência de inscrição, nulidade de habilitação e perda dos direitosdecorrentes, em qualquer tempo, em qualquer etapa do certame, sem prejuízo das sanções civis epenais cabíveis. 3.10. A qualquer tempo poder-se-á anular a inscrição e as provas do candidato, desde queverificada falsidade em qualquer declaração e/ou qualquer irregularidade nas provas e respectivasetapas e/ou em documentos apresentados, eliminando-o do certame.
3.11. VALOR DA TAXA DE INSCRIÇÃO:Escolaridade mínima correspondente ao cargo Valor da Inscrição R$
Cargos de Nível Médio/Técnico 60,00Cargos de Nível Superior 90,00
3.12. DA ISENÇÃO3.12.1. O candidato doador de sangue, nos termos da Lei nº. 167/1997, poderá requerer isenção depagamento da taxa de inscrição dentro do período constante no Cronograma de Atividades –Anexo I, via internet através do site www.uerr.edu.br link Concursos - Área do Concurso para aADERR, no ato de realização da inscrição mediante o preenchimento do formulário de inscriçãooptando pela solicitação de isenção.3.12.2. O candidato deverá apresentar até o prazo máximo constante no Cronograma deAtividades – Anexo I - na Sala de Atendimento da Comissão de Concursos da UERR, o Pedidode Isenção assinado pelo candidato acompanhado de Declaração atualizada (até 30 dias dadata da inscrição) fornecida pelo banco de sangue comprovando sua condição de doador regular,há no mínimo 6 (seis) meses, nos termos da Lei Estadual 167/1997.3.12.3. Será publicado o resultado preliminar das solicitações de isenção de pagamento com arelação dos candidatos que tiveram a solicitação DEFERIDA ou INDEFERIDA na data previstano Cronograma de Atividades do certame – Anexo I deste Edital.
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3.12.4. Após a análise dos recursos será publicado, via internet através do site www.uerr.edu.brlink Concursos - Área do Concurso para a ADERR, o Resultado Final dos pedidos de isenção nadata constante no Cronograma de Atividades do certame – Anexo I deste Edital.3.12.5. Os candidatos que tiverem seus pedidos de isenção INDEFERIDA, deverão imprimir oBoleto de Pagamento da taxa de inscrição e efetuar o pagamento até a data de vencimento domesmo para homologação da inscrição.3.13. O Processo de Inscrição somente completar-se-á com:a) O correto preenchimento dos campos obrigatórios estabelecidos no requerimento/formulário deinscrição (online) conforme subitem 3.1.2;b) O pagamento da taxa de inscrição para o cargo a que o candidato concorre conforme os itens3.1.3 e 3.11.3.14. O candidato deverá atender, cumulativamente, para investidura no cargo, aos requisitosconstantes do item 4, bem como o previsto no item 3.17. e subitens, quando couber.
3.15. DA SOLICITAÇÃO DE ATENDIMENTO ESPECIAL3.15.1 O candidato que necessitar de condições especiais para a realização da Prova Objetivadeverá requerê-lo junto à Comissão de Concursos da UERR, protocolando requerimento na salade Atendimento até o término das inscrições – conforme data do Cronograma de Atividades –Anexo I, indicando claramente quais os recursos especiais necessários.3.15.2. As condições especiais solicitadas pelo candidato para o dia da Prova Objetiva serãoanalisadas e atendidas segundo critérios de viabilidade e razoabilidade, sendo comunicado oatendimento ou não de sua solicitação, quando da verificação do local da prova. 3.15.3. O candidato que requerer condição especial de prova nos termos do item 3.15 participarádo Concurso em igualdade de condições com os demais, no que se refere ao conteúdo, àavaliação, à duração, ao horário e à aplicação das provas.3.15.4. A candidata que tiver a necessidade de amamentar no dia da prova deverá levar umacompanhante que ficará com a guarda da criança em local reservado e diferente da sala de provada mesma. A amamentação se dará nos momentos que se fizerem necessários, não podendo ter,neste momento, a presença do acompanhante. Não será dado nenhum tipo de compensação emrelação ao tempo de prova perdido com a amamentação. A ausência de um acompanhanteimpossibilitará a candidata de realizar a prova.3.15.5. A não solicitação de condições especiais no ato da inscrição implica em sua não concessãono dia da realização das provas.3.15.6. O candidato Pessoa com Deficiência que necessitar de tempo adicional para realização daprova deverá solicitá-lo mediante Requerimento Especial – Anexo IV deste Edital(disponibilizado na área do Concurso da ADERR), conforme previsto no §2º do artigo 40 doDecreto Federal no 3.298 de 20 de dezembro de 1999. O referido requerimento deverá serprotocolado até a data constante no Cronograma de Atividades – Anexo I deste Edital, na sala daComissão de Concursos da UERR acompanhado de Parecer de Especialista na área de deficiênciado candidato, especificando a necessidade e o tempo necessário a ser adicionado.3.15.7. O tempo adicional não poderá ser superior a 2 (duas) horas.3.15.8. O candidato deverá protocolar o requerimento no prazo estipulado acompanhado doParecer do Especialista na área especificando a necessidade e o tempo a ser adicionado sob penade indeferimento.3.16. As informações prestadas no ato da inscrição são de inteira responsabilidade do candidato,dispondo à UERR do direito de excluir do processo do Concurso Público aquele que forneçadados comprovadamente inverídicos, em qualquer tempo.
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3.17. DAS VAGAS DESTINADAS AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA3.17.1. Serão destinadas 21 (vinte e uma) vagas do total de vagas oferecidas para os candidatosPessoa com Deficiência conforme distribuição do Anexo II deste Edital.3.17.2. O candidato que desejar concorrer as vagas reservadas para as Pessoas com Deficiênciadeverão fazer a opção de concorrer como Pessoa com Deficiência no ato de realização dainscrição mediante o preenchimento do campo de optando pela vaga.3.17.2.1. O candidato Pessoa com Deficiência que, no ato da inscrição, não declarar estacondição, não poderá em outro momento, ou fase posterior, interpor recurso ou requerimentovisando sua participação nas vagas destinadas a Pessoa com Deficiência, independentemente domotivo alegado.3.17.3. Os candidatos concorrentes as vagas destinadas a Pessoa com Deficiência, além deatenderem aos subitens 3.1.2, 3.1.3 e 3.11, deverão comprovar seu enquadramento como Pessoacom Deficiência nos termos do subitem 3.17.4. na ocasião da Perícia Médica Oficial para a posse.3.17.4. Para efeito de classificação do tipo de deficiência apresentada pelo candidato, serãoobservadas as categorias constantes do Art. 4º, Incisos I ao V do Decreto Federal nº 3.298 de 20de dezembro de 1999, quais sejam:I – deficiência física;II – deficiência auditiva;III – deficiência visual;IV – deficiência múltipla.3.17.5. Será garantido um local de prova acessível ao candidato com deficiência, comacompanhamento de equipe responsável pela aplicação das provas e da segurança do concurso,devidamente orientada sobre o tratamento a ser dispensado ao candidato, de modo a evitarconstrangimentos. 3.17.6. Os candidatos considerados pessoas com deficiência, se aprovados e classificados, além defigurarem na Lista Geral de ampla concorrência, terão seus nomes publicados em Lista separada.3.17.7. O candidato que se declarar Pessoa com Deficiência no ato da inscrição concorrerá emigualdade de condições com os demais candidatos.3.17.8. As Pessoas com Deficiência participarão do Concurso em igualdade de condições com osdemais candidatos, no que se refere ao conteúdo das provas, à avaliação e aos critérios deaprovação, horário, local de aplicação das provas, bem como a todas as Etapas deste concurso e àpontuação mínima exigida para todos os candidatos.3.17.9. Para os efeitos de observância da proporcionalidade e alternância no que concerne àconvocação dos candidatos constantes da Lista Geral de Classificação e da Lista de Candidatospessoas com deficiência, será obedecida a ordem de classificação da primeira e da segunda lista,ressaltando que no caso de um candidato pessoa com deficiência já ter sido convocado na ListaGeral de Classificação, este não mais será computado na lista de deficiência, devendo serconvocado outro candidato da segunda lista, para a devida observância da convocação alternada eproporcional.3.17.10. No caso de não haver candidatos Pessoa com Deficiência aprovados na prova ou naPerícia Médica Oficial ou de não haver candidatos aprovados em número suficiente para as vagasreservadas às Pessoas com Deficiência, as vagas remanescentes serão preenchidas pelos demaiscandidatos aprovados, observada a ordem de classificação.3.17.11 Os candidatos serão classificados em ordem decrescente de classificação nos cargos emque foram inscritos, considerando o subitem 6.2.4.
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3.17.12. Perderá o direito de concorrer às vagas reservadas às Pessoas com Deficiência ocandidato que, por ocasião da Perícia Médica Oficial, não for qualificado na perícia médica comoPessoa com Deficiência ou, ainda, que não comparecer à perícia.3.17.13. O candidato que não for considerado com deficiência na perícia médica, caso sejaaprovado no concurso, figurará na lista de classificação geral por cargo e localidade.3.17.14. A compatibilidade entre as atribuições do cargo e a deficiência apresentada pelocandidato será avaliada pela Perícia Médica Oficial.3.17.15. O candidato com deficiência que, no decorrer do estágio probatório, apresentarincompatibilidade da deficiência com as atribuições do cargo será exonerado.3.17.16. O candidato que, no ato da inscrição, se declarar com deficiência, se for qualificado naPerícia Médica Oficial e não for eliminado do concurso, terá seu nome publicado em lista à partee figurará também na lista de classificação geral por cargo e localidade.3.17.17. Após a investidura no cargo, a deficiência não poderá ser arguida para justificar o direitoà concessão de readaptação ou de aposentadoria por invalidez.
4. DOS REQUISITOS PARA A INVESTIDURA DOS CARGOS4.1. Ser aprovado no Concurso Público.4.2. Ter nacionalidade brasileira e, no caso de nacionalidade portuguesa, estar amparado peloEstatuto de Igualdade entre Brasileiros e Portugueses, com reconhecimento do gozo dos direitospolíticos, nos termos do parágrafo 1° do Art. 12 da Constituição da República Federativa do Brasile na forma do disposto no Art. 13 do Decreto n° 70.436/72.4.3. Possuir habilitação profissional na área correspondente ao cargo pleiteado;4.4. Ter idade mínima de 18 (dezoito) anos no ato da posse;4.5. Estar quite com as obrigações militares (para os homens) e eleitorais;4.6. Possuir a escolaridade mínima exigida para o cargo no ato da posse, comprovada mediantediploma ou certificado devidamente registrado de conclusão de curso conforme requisito do cargopretendido, fornecido por instituição de ensino reconhecida;4.7. Carteira Nacional de Habilitação, categoria mínima B, para os cargos de Fiscal AgropecuárioEngenheiro Agrônomo e Fiscal Agropecuário Médico Veterinário;4.8. Possuir os pré-requisitos exigidos para o cargo, conforme discriminado neste Edital;4.9. Ser considerado APTO em todos os exames médicos pré admissionais, devendo o candidatoapresentar os exames clínicos e laboratoriais solicitados em convocação específica, os quaiscorrerão às suas expensas. Caso o candidato seja considerado INAPTO para as atividadesrelacionadas ao cargo, por ocasião dos exames médicos pré admissionais, este não poderá seradmitido. Esta avaliação terá caráter eliminatório.4.10. Não ter sofrido, no exercício de função pública, penalidades incompatíveis com a investiduraem cargo público federal, estadual ou municipal.4.11. Anular-se-ão sumariamente as inscrições e todos os atos dela decorrentes, inclusive suahabilitação e a classificação do candidato que não comprovar, no ato da nomeação, opreenchimento de todos os requisitos exigidos neste Edital.
5. DA CONFIRMAÇÃO DAS INSCRIÇÕES, LOCAL E HORÁRIO DE PROVAS:5.1. A confirmação da inscrição e dos locais de realização das provas estará disponível noendereço www.uerr.edu.br link Concursos - Área do Concurso para a ADERR, observando asdatas previstas no Cronograma de Atividades – Anexo I deste Edital.
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5.2. Não serão fornecidas, por telefone, informações a respeito de datas, locais e horários derealização das provas, devendo o candidato observar as informações constantes nos itens desteEdital, inclusive os anexos do mesmo.5.3. A Prova Objetiva realizar-se-á no dia 22 de junho de 2014, com duração de 04 (quatro) horas,no horário das 8h10min às 12h10min (horário local), para todos os cargos previstos neste Edital.5.3.1. O horário de encerramento da entrada de candidatos aos locais de provas será às 8h,não sendo permitido o ingresso dos mesmos após esse horário.5.3.2. As provas serão realizadas simultânea e exclusivamente nas cidades de Boa Vista eRorainópolis, estado de Roraima.5.3.2.1. No ato da inscrição o candidato, obrigatoriamente, deverá optar por um dos locais deprova, quais sejam, Boa Vista ou Rorainópolis.5.3.3. Caso haja necessidade a UERR poderá alterar e/ou fracionar a data de realização das Provasprevistas no subitem 5.3, sendo devidamente publicado na área do concurso qualquer alteração.5.4. É de responsabilidade exclusiva do candidato a identificação correta, e com antecedência, deseu local de realização das provas e o comparecimento no horário determinado (horário limite de8h), não sendo permitido seu ingresso nos locais de prova após às 8h, seja qual for o motivoalegado.5.5. Só será homologada a inscrição do candidato que tenha efetuado o pagamento da taxa deinscrição ou tenha tido o seu pedido de isenção DEFERIDO.
6. DA REALIZAÇÃO DA PROVA OBJETIVA6.1. O candidato deverá comparecer ao local da prova com, no mínimo, 30 (trinta) minutos deantecedência do horário de encerramento da entrada dos candidatos, munido do comprovantede inscrição, documento original de identificação oficial ou carteira expedida por órgãos ouconselhos de classe que tenham força de documento de identificação (OAB, CORECON, CRA,CREA, RNE, etc.), carteira de trabalho e previdência social, carteira nacional de habilitação comfoto, passaporte brasileiro ou certificado de reservista com foto e portando caneta esferográficatransparente com tinta azul ou preta.6.1.1. Não serão aceitos protocolos ou quaisquer outros documentos de identificação (comocrachás, carteira estudantil, identidade funcional, título de eleitor, carteira nacional de habilitaçãoou certificado de reservista sem fotografia, etc.), diferentes dos estabelecidos no item 6.1.6.1.2. Não serão aceitas cópias de documentos ou papéis em substituição aos exigidos no item 6.1,quer eles estejam autenticados ou não.6.1.3. Não haverá, em hipótese alguma, segunda chamada de candidatos, nem a realização deprova fora do horário e locais marcados neste Edital.6.1.4. Não será admitido na sala de provas o candidato que se apresentar após o horárioestabelecido para o encerramento da entrada dos candidatos nos locais de prova (8h).6.1.5. Durante a realização das provas é vedada consulta a livros, revistas, folhetos ou anotações.6.1.6. No dia de realização das provas, não será permitido ao candidato entrar e/ou permanecernos locais de provas com aparelhos eletrônicos (telefone celular, pager, walkman, agendaeletrônica, notebook, handheld, receptor, gravador, máquina fotográfica, máquina de calcular,relógio com qualquer uma das funções anteriormente citadas, etc.) ou armas de qualquer tipo. 6.1.6.1. Caso o candidato esteja portando arma de fogo, esta deverá ser entregue na CoordenaçãoLocal do Concurso, antes do início das provas, mediante assinatura do Termo de Guarda de Armade Fogo e somente será devolvida ao candidato ao final de sua prova.6.1.6.2. Recomenda-se aos candidatos que deixem o celular em casa ou em seus veículos, poiscaso seja detectado, na ida ao banheiro ou a qualquer tempo, que o candidato está portando
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aparelho celular, desligado ou não, terá o fato narrado na ata da sala e o candidato será eliminadodo certame.6.1.7. O descumprimento dos itens 6.1.5 ou 6.1.6 implicará na eliminação sumária do candidato,constituindo-se em tentativa de fraude.
6.2. DA PROVA OBJETIVA6.2.1. Prova Objetiva: dia 22 de junho de 2014, com duração de 04 (quatro) horas. 6.2.2. A Prova Objetiva constará de questões com 5 (cinco) alternativas de resposta cada uma,sendo 1 (uma), e apenas uma, a correta, conforme distribuição a seguir:
QUADRO A: PROVA OBJETIVA (PARA CONTADOR, ASSISTENTEADMINISTRATIVO E ASSISTENTE DE LABORATÓRIO)MATÉRIAS Nº DE
QUESTÕESPESO PONTOS CARÁTER
1. Língua Portuguesa 10 1 10
CLASSIFICATÓRIO EELIMINATÓRIO
2. Atualidades Gerais 10 1 10
3. Informática 10 1 10
4. Legislação Geral 10 1 10
5. Conhecimentos Específicos. 20 3 60
TOTAL 60 - 100
QUADRO B: PROVA OBJETIVA (PARA FISCAL AGROPECUÁRIO/ENGENHEIROAGRÔNOMO, FISCAL AGROPECUÁRIO MÉDICO VETERINÁRIO E TÉCNICO EMAGROPECUÁRIA/AGRÍCOLA)MATÉRIAS Nº DE
QUESTÕESPESO PONTOS CARÁTER
1. Língua Portuguesa 10 1 10
CLASSIFICATÓRIO EELIMINATÓRIO
2. Atualidades Gerais 10 1 10
3. Informática 10 1 10
4. Legislação Geral 10 1 10
5. Conhecimentos Específicos. 20 2 40
TOTAL 60 - 80
6.2.3. Na Prova Objetiva:6.2.3.1. Para os cargos de Nível Médio e Técnico, com exceção das questões referentes aespecialidade (conhecimentos específicos), todas as demais serão iguais para os cargos desseNível.6.2.3.2. Para os cargos de Nível Superior, com exceção das questões referentes a especialidade(conhecimentos específicos), todas as demais serão iguais para todos os cargos desse Nível.6.2.4. A Prova Objetiva será de caráter eliminatório e classificatório, valendo 100 (cem) pontospara os cargos de Contador, Assistente Administrativo e Assistente de Laboratório e 80 (oitenta)
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pontos para os Cargos Fiscal Agropecuário / Engenheiro Agrônomo, Fiscal Agropecuário / MédicoVeterinário e Técnico em Agropecuária/Agrícola, sendo considerados classificados somente oscandidatos que atenderem as seguintes condições:a) ter obtido, no mínimo, 40% (quarenta por cento) dos pontos nas questões de ConhecimentosEspecíficos;b) ter obtido, no mínimo, 40% (quarenta por cento) do total de pontos;c) Estar posicionado até o dobro do número de vagas ofertadas por cargo e por localidade, sendoconsiderado reprovado o candidato posicionado além dele.6.2.5. Os candidatos que não alcançarem a pontuação mínima fixada no subitem 6.2.4. serãoconsiderados reprovados e consequentemente eliminados do certame e terão sua nota publicada,apenas, para efeito de publicidade dos atos do certame.6.2.6. A Prova Objetiva será confeccionada conforme distribuição das matérias constantes nosquadros A e B do subitem 6.2.2.6.2.7. As questões da Prova Objetiva deverão ser respondidas em cartão-resposta específico.6.2.7.1. O cartão-resposta é personalizado e insubstituível, o qual deverá ser obrigatoriamenteassinado pelo candidato, sob pena de eliminação do candidato no concurso.6.2.8. Na hipótese de anulação de questão(ões) da Prova Objetiva, quando da sua avaliação, a(s)mesma(s) será(ão) pontuada para todos os candidatos.6.2.8.1. Na Prova Objetiva, será atribuída nota 0 (zero):a) À(s) questão(ões) da prova que contenha(m) mais de uma opção de resposta assinalada nocartão-resposta, mesmo que apenas um pingo de tinta de caneta, sendo rejeitado pela leitoraóptica;b) À(s) questão(ões) da prova que não estiver(em) assinalada(s) no cartão-resposta;c) À Prova Objetiva e/ou questão(ões) da prova cujo cartão-resposta for preenchido fora dasespecificações nele contidas ou das instruções da prova.6.2.9. Os candidatos somente poderão se retirar do local da Prova Objetiva 1 (uma) hora após seuinício, podendo levar consigo o caderno de provas depois de decorridas 2 (duas) horas do seuinício.6.2.10. O candidato deverá transcrever para o seu cartão-resposta a frase especificada nacapa de seu caderno de prova, sob pena de eliminação do candidato no Concurso.6.2.10.1 Ao terminar a Prova Objetiva, o candidato entregará ao fiscal o cartão-resposta,devidamente assinado e com a frase transcrita, sob pena de eliminação do candidato noConcurso.6.2.11. Os 3 (três) últimos candidatos de cada sala deverão obrigatoriamente entregar osrespectivos cartões-respostas e retirarem-se do local simultaneamente, sob pena de eliminação.Caso algum dos três candidatos se recuse a permanecer na sala e se retire, o mesmo seráeliminado do certame.6.2.12. Serão de inteira responsabilidade do candidato os prejuízos advindos do preenchimentoindevido do cartão-resposta. Serão consideradas marcações indevidas as que estiverem emdesacordo com este edital e/ou com a folha de respostas, tais como marcação rasurada ouemendada e/ou campo de marcação não preenchido integralmente, bem como aquele preenchidoalém dos limites do alvéolo, dentre outras que impossibilitem a captação da marcação correta pelaleitora óptica.6.2.13. O candidato não deverá amassar, molhar, dobrar, rasgar, marcar, manchar e/ou fazerquaisquer marcação fora do local destinado para as respostas e assinatura, que impeça a leitura docartão-resposta pela leitora óptica, de qualquer modo, danificar a sua folha de respostas, sob penade arcar com os prejuízos advindos da impossibilidade de realização da leitura óptica.
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6.2.14. Não será permitido que as marcações no cartão-resposta sejam feitas por outras pessoas,salvo em caso de candidato a quem tenha sido deferido atendimento especial para esse fim. Nessecaso, o candidato será acompanhado por um fiscal da UERR devidamente treinado.
6.3. DA PROVA DE TÍTULOS (somente para os cargos de Fiscal Agropecuário/EngenheiroAgrônomo, Fiscal Agropecuário/Médico Veterinário e Técnico em Agropecuária/Agrícola)6.3.1. A Prova de Títulos será de caráter apenas classificatório e se submeterão a esta etapasomente os candidatos aprovados conforme no disposto nas alíneas a), b) e c) do subitem 6.2.4.deste Edital. 6.3.2. Esta etapa valerá até 20 (vinte) pontos, ainda que a soma dos valores dos títulosapresentados seja superior a esse valor.6.2.3. Os títulos contemplados no Anexo V deste Edital deverão ser entregues em envelope nadata fixada no Edital de convocação específico, na sala de Atendimento da Comissão deConcursos da UERR, em dias úteis e horário de funcionamento. O candidato deverá entregarcópia simples acompanhada de original ou cópia autenticada em cartório.6.2.4. O candidato deverá, obrigatoriamente, estar de posse dos documentos originais a serementregues para a avaliação de títulos quando se tratar de cópia simples não autenticada emcartório, não sendo aceita a cópia sem quaisquer uma das formas de autenticação prevista nosubitem 6.2.3. deste Edital.6.2.4. No momento da entrega dos títulos o atendente fará a conferência entre o número dedocumentos (folhas) entregues pelo candidato, sendo o quantitativo assinalado no Formulário deEntrega de Títulos. Após a conferência, o candidato receberá o Protocolo de Entrega dos Títulos.6.2.5. Os documentos entregues não serão devolvidos e/ou emprestados em hipótese alguma, damesma forma que não serão fornecidas cópias dos mesmos.6.2.6. Não serão consideradas, em nenhuma hipótese, para fins de avaliação, as cópias dedocumentos que não estejam autenticadas na forma prevista neste Edital, bem como documentosgerados por via eletrônica que não estejam acompanhados com o respectivo mecanismo deautenticação.6.2.7. A entrega dos documentos referentes à avaliação de títulos não induz, necessariamente, aatribuição da pontuação pleiteada. Os documentos serão analisados pela Comissão Avaliadora deacordo com as normas estabelecidas neste Edital.6.2.8. A não apresentação dos títulos na forma, no prazo e no local estipulado neste Edital,importará na atribuição de nota 0 (zero) ao candidato convocado na fase de avaliação de títulos.6.2.9. Não serão aceitos títulos encaminhados via fax, correio eletrônico ou por qualquer outromeio não especificado neste Edital.6.2.10. Os títulos especificados neste Edital deverão conter timbre, identificação do órgãoexpedidor, carimbo, assinatura do responsável e data.6.2.11. Cada título será considerado uma única vez.6.2.12. Os títulos considerados neste Concurso, suas pontuações, o limite máximo de pontuaçãopor categoria estão contemplados no Anexo V deste Edital. 6.2.13. Não receberá pontuação o candidato que apresentar certificado que não comprove que ocurso foi realizado de acordo com as normas do Ministério da Educação.6.2.14. Os Títulos de Pós graduação expedidos por instituição estrangeira deverão ser revalidadospor instituição de ensino superior no Brasil.6.2.15. Todo documento expedido em língua estrangeira somente será considerado para fim deavaliação e pontuação na fase de títulos, quando traduzido para a Língua Portuguesa por tradutorjuramentado.
ESTADO DE RORAIMAAGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE RORAIMA
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6.2.16. Outros comprovantes de conclusão de curso ou disciplina, tais como: comprovantes depagamento de taxa para obtenção de documentação, cópias de requerimentos, ata de apresentaçãoe defesa de TCC, ou outros documentos que não certifiquem ou diplomem o candidato não serãoconsiderados para efeito de pontuação.6.2.17. Não será considerado o título quando o mesmo for requisito exigido para o exercício dorespectivo cargo, bem como outros títulos não listados no Anexo V deste Edital.
7. DO RESULTADO7.1. O Gabarito Preliminar da prova objetiva será publicado no endereço www.uerr.edu.br linkConcursos - Área do Concurso para a ADERR conforme data do Cronograma de Atividades –Anexo I deste Edital, bem como o Gabarito Oficial após a análise de recursos, se houver.7.2. Os Resultados Preliminar e Final da Prova Objetiva e Títulos serão divulgados na internet, naárea do referido Concurso e a homologação do resultado final em Edital Específico, no DiárioOficial do Estado e tornados disponíveis no endereço www.uerr.edu.br link Concursos - Área doConcurso para a ADERR.
8. DA HABILITAÇÃO E DA CLASSIFICAÇÃO8.1. O total de pontos obtidos pelos candidatos aos cargos de Contador, Assistente Administrativoe Assistente de Laboratório será a somatória do resultado da Prova Objetiva – PO emconformidade com o Quadro A do subitem 6.2.2. e considerando o subitem 6.2.4. deste Edital.8.2. O total de pontos obtidos pelos candidatos aos cargos de Fiscal Agropecuário / EngenheiroAgrônomo, Fiscal Agropecuário / Médico Veterinário e Técnico em Agropecuária/Agrícola será asomatória do resultado da Prova Objetiva – PO, em conformidade com o Quadro B do subitem6.2.2., com o resultado da Prova de Títulos – PT (PO+PT), considerando o subitem 6.2.4. desteEdital.8.3. A Classificação dos candidatos aos cargos descritos no Anexo II será feita em ordemdecrescente dos pontos obtidos, considerando o subitem 6.2.4. deste Edital.8.3.1. Ocorrendo empate, quanto ao número de pontos obtidos na Prova Objetiva – PO de todosos cargos previstos neste Edital o desempate ocorrerá obedecendo aos critérios a seguir: a) Obtiver a maior nota nas questões de conhecimentos específicos da prova objetiva;b) Ter mais idade.
8.4. Ocorrendo empate, quanto ao número de pontos total obtidos no Resultado Final doConcurso para os cargos de Fiscal Agropecuário / Engenheiro Agrônomo, Fiscal Agropecuário /Médico Veterinário e Técnico em Agropecuária/Agrícola o desempate ocorrerá obedecendo aoscritérios a seguir: a) Obtiver a maior nota nas questões de conhecimentos específicos da prova objetiva;b) Obtiver a maior nota na Prova de Títulos;c) Ter mais idade.
8.5. Não será permitida a reclassificação de candidato, seja qual for o motivo alegado.
9. DA HOMOLOGAÇÃO DO RESULTADO FINAL9.1. Será homologada e divulgada, no Diário Oficial do Estado, o Edital com o Resultado Finaldos candidatos aprovados no certame, posicionados no quantitativo de 2 (duas) vezes o número devagas por cargo e por localidade previsto neste Edital por cargo e por ordem de classificação.
ESTADO DE RORAIMAAGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE RORAIMA
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9.1.1. Os candidatos posicionados além de 2 (duas) vezes o número de vagas por cargo e porlocalidades previsto neste Edital será considerado reprovados. 9.2. O resultado final, uma vez homologado pela Presidente da Agência de Defesa Agropecuáriado Estado de Roraima - ADERR será publicado, por meio de Edital de Homologação, no DiárioOficial do Estado, e tornado disponível no endereço www.uerr.edu.br link Concursos - Área doConcurso para a ADERR obedecendo à classificação final, não se admitindo recurso desteresultado.
10. DAS EXIGÊNCIAS PARA NOMEAÇÃO E POSSE10.1. Os candidatos aprovados serão nomeados obedecendo as vagas ofertadas por cargo elocalidade e a ordem de classificação.10.2. A aprovação no concurso além do número de vagas assegurará ao candidato apenas aexpectativa de direito à nomeação, ficando a concretização desse ato condicionada à observânciadas disposições legais pertinentes, do exclusivo interesse e conveniência da Administração, darigorosa ordem de classificação e do prazo de validade do concurso.10.3. A posse dar-se-á no período de 30 (trinta) dias a partir da publicação do ato de nomeação noDiário Oficial do Estado, sendo tornada sem efeito a nomeação dos candidatos não empossados noprazo referido.10.4. A escolaridade e requisitos exigidos para os cargos, indicados no Anexo II, deverão sercomprovados no ato da posse.10.5. O candidato que não comprovar ou não atender, no ato da posse, a escolaridade e osrequisitos elencados no item 4 e subitem 3.17 (e seus subitens), quando couber, do presente Edital,será eliminado do Concurso.10.6. O candidato, quando convocado, deverá comparecer à Perícia Médica Oficial, na data e localestipulados, apresentando os exames e laudos médicos, solicitados em Edital Específico,expedidos, no máximo há 30 (trinta) dias antes da perícia, os quais ocorrerão às suas expensas,não sendo permitida a reclassificação de candidato, seja qual for o motivo alegado.10.7. A nomeação e posse ocorrerá no cargo e localidade a qual o candidato concorreu não sendopermitido pedidos de remoção e/ou transferência no prazo de 5 (cinco) anos sob qualquerhipótese, salvo nos casos de interesse da Administração Pública devidamente justificado.
11. DOS RECURSOS11.1. É admitido recurso, conforme Cronograma de Atividades, com pedido de revisãoquanto:a) Ao Edital (caso a impugnação seja acatada o Edital será retificado);b) A Homologação Preliminar das inscrições;c) Ao Resultado preliminar dos pedidos de isenção;d) Ao gabarito preliminar – formulação das questões e respostas publicadas;e) Ao resultado preliminar da Prova Objetiva;f) Ao resultado preliminar da Prova de Títulos;g) Ao resultado Final Preliminar da Concurso.11.2. Admitir-se-á um único recurso por candidato para cada questão e para cada evento desteEdital, devidamente fundamentado, sendo desconsiderados recursos de igual teor.11.2.1. O candidato deverá protocolar todo e qualquer recurso em uma via original, digitado oudatilografado com as especificações contidas no Formulário Padrão de Recursos (disponível naárea de concursos da UERR (www.uerr.edu.br/concurso), sob pena de ser sumariamenteindeferido.
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11.3. O prazo para interposição de recursos será de 2 (dois) dias úteis após a concretização doevento que lhes disser respeito (divulgação dos resultados preliminares de pedido de isenção,gabaritos preliminares e divulgação dos resultados das provas objetivas, etc.), tendo como termoinicial o 1º dia útil subsequente à data do evento.11.4. Os recursos deverão ser dirigidos à Presidência da Comissão Organizadora do Concurso.11.5. O recurso deverá ser protocolado pessoalmente, ou por procuração em cartório, na ComissãoPermanente de Concursos - CPC do Campus da UERR de Boa Vista, seguindo rigorosamente omodelo estabelecido no Formulário Padrão de Recursos (Capa e Formulário) disponível na áreade concursos da UERR (www.uerr.edu.br/concurso).11.6. O recurso intempestivo não será apreciado, sendo considerado, para tanto, a data doprotocolo de recebimento.11.7. Não serão aceitos os recursos de matéria diversa da questionada, ou seja, que não seja objetodo recurso para o qual o prazo foi estabelecido.11.8. Não serão aceitos os recursos interpostos por fax-símile, telex, internet, telegrama ou outromeio que não seja o especificado neste Edital.11.9. Serão somente apreciados os recursos expressos em termos claros, que apontarem ascircunstâncias que os justifiquem e forem interpostos dentro do prazo.11.10. O(s) ponto(s) relativo(s) à(s) questão(ões) eventualmente anulada(s) será(ão) atribuído(s) atodos os candidatos presentes à prova, independentemente de formulação de recurso.11.11. O gabarito preliminar divulgado poderá ser alterado, com mudanças de resposta e/ouanulação da questão em função de recursos impetrados e as provas serão corrigidas de acordo como Gabarito Oficial.11.12. Na ocorrência do disposto na alínea “d” do item 11.1 poderá haver, eventualmente,alteração da classificação inicial obtida para uma classificação inferior ou superior, ou aindapoderá ocorrer a desclassificação do candidato que não obtiver a nota mínima exigida paraaprovação.11.13. As decisões dos recursos serão dadas a conhecer, individualmente aos candidatosrecorrentes, os quais deverão retirar sua(s) reposta(s) pessoalmente, ou por procuração emcartório, uma via da resposta na sala de atendimento da Comissão na UERR.
12. DO FORO JUDICIAL12.1. O foro para dirimir qualquer questão relacionada com o Concurso Público de que trata esteEdital é o da Comarca de Boa Vista, capital do Estado de Roraima.
13. DO PRAZO DE VALIDADE13.1. O Concurso Público de que trata o presente Edital terá validade de 2 (dois) anos, contadosda data da homologação de seu resultado, prorrogável uma única vez por igual período, a critérioda Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima - ADERR.
14. DISPOSIÇÕES GERAIS14.1. Será excluído do Concurso o candidato que:a) Desacatar qualquer membro da equipe encarregada da realização das provas (fiscais,coordenadores de local, etc).b) Prestar, em qualquer documento, declaração falsa ou inexata.c) For surpreendido, durante a realização da prova, em comunicação com outro candidatoverbalmente, por escrito, ou por qualquer outra forma, bem como se utilizando de livros, notas ouimpressos.
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d) Ausentar-se da sala de prova, sem acompanhamento de fiscal.e) Recusar-se a proceder a identificação pessoal bem como conferência dos dados do cartão-resposta e sua assinatura ou de outros documentos.f). Deixar de assinar o cartão resposta.g) Descumprir as determinações deste edital.h) Estiver em desacordo com o Item 6.2.4 deste edital.i) Deixar de assinar o cartão resposta.j) Não fizer a transcrição da frase da capa do caderno de prova para o cartão resposta (nolocal apropriado para este fim).k) Descumprir qualquer determinação deste edital e das instruções do caderno de prova.l) For surpreendido com aparelho celular, mesmo que desligado, no momento de revista paraentrada nos banheiros.m) Estiver portando aparelho celular, mesmo que desligado, em sala de prova e o mesmo venhaemitir qualquer sinal sonoro. SOLICITA-SE AO CANDIDATO QUE O MESMO DEIXE OCELULAR EM CASA OU EM SEU VEÍCULO, POIS O PORTE INDEVIDO DOAPARELHO CONFIGURA-SE EM TENTATIVA DE FRAUDE, SOB PENA DEELIMINAÇÃO.14.2. O não atendimento pelo candidato às condições estabelecidas neste Edital implicará suaeliminação do Concurso Público, a qualquer tempo. 14.3. A inexatidão das afirmativas e/ou irregularidades nos documentos, mesmo que verificadas aqualquer tempo, acarretarão a nulidade da inscrição com todas as suas decorrências, sem prejuízodas demais medidas de ordem administrativa, civil e criminal.14.4. O candidato deverá apresentar-se munido de documento de identidade em todas as fases doConcurso.14.5. É de inteira responsabilidade do candidato acompanhar no endereço eletrônico da UERR eno Diário Oficial do Estado comunicados e demais publicações referentes a este ConcursoPúblico.14.6. Não será fornecido ao candidato qualquer documento comprobatório de Classificação noConcurso Público, valendo para este fim o Edital de Homologação publicado no Diário Oficial doEstado.14.7. Os resultados parcial e final deste Concurso Público serão disponibilizados no endereçowww.uerr.edu.br no link do Concurso da ADERR.14.8. Os itens deste Edital poderão sofrer eventuais alterações, atualizações ou acréscimos,enquanto não consumada a providência ou evento que lhes disserem respeito, circunstância queserá mencionada em Edital ou Aviso a ser publicado na página www.uerr.edu.br link Concursos -Área do Concurso para a ADERR e no Diário Oficial do Estado.14.9. Os casos não previstos, no que tange à realização deste Concurso Público, serão analisadospela Comissão Organizadora do Concurso.
Boa Vista-RR, 8 de maio de 2014.
ROSIRAYNA MARIA RODRIGUES REMORPresidente da ADERR
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CONCURSO PÚBLICO ADERR 01/2014EDITAL Nº 01
ANEXO ICRONOGRAMA DAS ATIVIDADES
Data Atividades8/05/14 Publicação do Edital.
8 a 12/05/14 Período para impugnação do Edital13/05 a 2/06/14 PERÍODO DAS INSCRIÇÕES.13 a 18/05/14 Período das inscrições com pedidos de isenção (via internet).
13 a 19/05/14Período de entrega dos documentos comprobatórios para a isenção da taxade inscrição (somente em dias úteis)
20/05/14 Divulgação preliminar dos beneficiados da isenção para a taxa de inscrição.21 e 22/05/14 Interposição de recurso contra o indeferimento do pedido de isenção
23/05/14 Divulgação definitiva dos beneficiados da isenção para a taxa de inscrição.3/06/14 Último dia para Pagamento do Boleto Bancário para efetivação da Inscrição.
6/06/14Último dia para Protocolar requerimentos de Solicitação de Condiçãoespecial para realização da Prova Objetiva.
10/06/14Homologação Preliminar dos Inscritos – inclusive de Pessoa comDeficiência - a partir das 16h (disponibilizado no site da UERR,www.uerr.edu.br link Concursos)
11 e 12/06/14Interposição de recurso contra a Homologação Preliminar dos Inscritos –inclusive de Pessoa com Deficiência.
13/06/14Homologação Final dos Inscritos – inclusive de Pessoa com Deficiência - apartir das 16h (disponibilizado no site da UERR, www.uerr.edu.br linkConcursos)
13/06/14 Divulgação dos Locais de prova.22/06/14 Data de Realização da Prova (das 8h às 12h)22/06/14 Publicação do Gabarito Preliminar da Prova Objetiva a partir das 12h.
23 e 24/06/14 Interposição de recurso contra o Gabarito Preliminar.30/06/14 Divulgação do Gabarito Oficial. (Após análise dos recursos)30/06/14 Divulgação do Resultado Preliminar da Prova Objetiva, a partir das 16h.
1 e 2/07/14 Interposição de recurso contra o Resultado Preliminar da Prova Objetiva.3/07/14 Divulgação do Resultado Final da Prova Objetiva.
4/07/14
Convocação para a entrega de Títulos para os cargos de de FiscalAgropecuário/Engenheiro Agrônomo, Fiscal Agropecuário/MédicoVeterinário e Técnico em Agropecuária/Agrícola (conforme subitem 6.3deste Edital)
16/07/14 Resultado Preliminar da Prova de Títulos.17 e 18/07/14 Interposição de recurso contra o Resultado Preliminar da Prova de Títulos.
23/07/14 Resultado Final da Prova de Títulos.25/07/14 Resultado Final Preliminar do Concurso. 28/07/14 Interposição de recurso contra o Resultado Final Preliminar da Concurso.29/07/14 Resultado Final do Concurso.31/07/14 Homologação do Resultado Final.
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CONCURSO PÚBLICO ADERR 01/2014EDITAL Nº 01/14
ANEXO IIQUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DAS VAGAS
Cargo LocalidadeVagas amplaconcorrência
Vagas aPCD*
Escolaridade /Requisitos para ingresso
Remuneração(em R$)
Contador Boa Vista 1Curso Superior de Graduação emCiências Contábeis ou Contabilidadecom registro profissional.
3.042,67
Fiscal Agropecuário/ Engenheiro Agrônomo
Boa Vista 6 2 Diploma, devidamente registrado, deconclusão de Curso Superior deGraduação em EngenhariaAgronômica ou Agronomia fornecidopor instituição de Ensino Superiorcredenciada por órgão competente eregistro profissional.
3.847,04
Bonfim 4
Comunidade Barro / Surumú (Pacaraima)
4
Vila Jundiá (Rorainópolis)
8
Fiscal Agropecuário/ Médico Veterinário
Boa Vista 5 3
Diploma, devidamente registrado, deconclusão de Curso Superior deGraduação em Medicina Veterináriafornecido por instituição de EnsinoSuperior credenciada por órgãocompetente e registro profissional.
3.847,04
Bonfim 1
Vila São Francisco (Bonfim)
1
Alto Alegre 1
Sumaúma (Alto Alegre) 1
Amajarí 1
Três Corações (Amajarí) 1
Cantá 2
Félix Pinto (Cantá) 1
Caracarai 2
Caroebe 1
Entre Rios (Caroebe) 1
Iracema 1
Mucajaí 1
Apiaú (Mucajaí) 1
Normandia 1
Pacaraima 2
Comunidade Barro /Surumú (Pacaraima)
1
Rorainópolis 1
Nova Colina(Rorainópolis)
1
São João da Baliza 1
São Luiz do Anauá 1
Uiramutã 1 -
ESTADO DE RORAIMAAGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE RORAIMA
“AMAZÔNIA PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS”
Cargo LocalidadeVagas amplaconcorrência
Vagas aPCD*
Escolaridade /Requisitos para ingresso
Remuneração(em R$)
Assistente Administrativo
Boa Vista 15 3
Certificado, devidamente registrado,de conclusão de curso de Nível Médio(antigo 2º grau), fornecido porinstituição de ensino legalmenteautorizada.
1.250,00
Alto Alegre 1 -
Paredão (Alto Alegre) 1 -
Sumaúma (Alto Alegre) 1 -
Taiano (Alto Alegre) 1 -
Amajarí 2 -
Trairão (Amajarí) 1 -
Três Corações (Amajarí) 1 -
Bomfim 1 1
Vila São Francisco(Bonfim)
1 -
Vila Vilena (Bonfim) 1 -
Cantá 1 1
Félix Pinto (Cantá) 1 -
Taboca (Cantá) 1 -
Caracarai 1 1
Novo Paraíso (Caracarai) 1 -
Caroebe 1 -
Entre Rios (Caroebe) 1 -
Iracema 1 1
Campos Novos(Iracema)
1 -
Roxinho (Iracema) 1 -
Mucajaí 1 1
Apiaú (Mucajaí) 1 -
Normandia 1 -
Pacaraima 1 1
Comunidade Barro /Surumú (Pacaraima)
1 -
Rorainópolis 1 1
Nova Colina(Rorainópolis)
1 -
São João da Baliza 1 1
São Luiz do Anauá 1 1
Uiramutã 1 -
ESTADO DE RORAIMAAGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE RORAIMA
“AMAZÔNIA PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS”
Cargo LocalidadeVagas amplaconcorrência
Vagas aPCD*
Escolaridade /Requisitos para ingresso
Remuneração(em R$)
Assistente de Laboratório
Boa Vista 1 1
Certificado, devidamente registrado,de conclusão de curso de Nível Médio(antigo 2º grau), fornecido porinstituição de ensino legalmenteautorizada.
1.250,00
Técnico em Agropecuária / Agrícola
Boa Vista 10 3
Certificado, devidamente registrado,de conclusão de curso de NívelTécnico em Agropecuária ou TécnicoAgrícola, fornecido por instituição deensino legalmente autorizada.
1.701,81
Alto Alegre 2 -
Paredão (Alto Alegre) 1 -
Sumaúma (Alto Alegre) 2 -
Taiano (Alto Alegre) 1 -
Amajarí 2 -
Trairão (Amajarí) 1 -
Três Corações (Amajarí) 1 -
Bomfim 10 -
Vila São Francisco(Bonfim)
1 -
Vila Vilena (Bonfim) 1 -
Cantá 2 -
Félix Pinto (Cantá) 1 -
Taboca (Cantá) 1 -
Caracarai 2 -
Novo Paraíso (Caracarai) 2 -
Caroebe 2 -
Entre Rios (Caroebe) 2 -
Iracema 2 -
Campos Novos(Iracema)
1 -
Roxinho (Iracema) 1 -
Mucajaí 3 -
Apiaú (Mucajaí) 2 -
Normandia 2 -
Pacaraima 2 -
Comunidade Barro /Surumú (Pacaraima)
10 -
Rorainópolis 3 -
Nova Colina(Rorainópolis)
2 -
Vila Jundiá(Rorainópolis)
4 -
ESTADO DE RORAIMAAGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE RORAIMA
“AMAZÔNIA PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS”
Cargo LocalidadeVagas amplaconcorrência
Vagas aPCD*
Escolaridade /Requisitos para ingresso
Remuneração(em R$)
São João da Baliza 2 -
São Luiz do Anauá 2 -
Uiramutã 2 -
Subtotal de vagas ofertadas 182 21
TOTAL DE VAGAS OFERTADAS 203
ESTADO DE RORAIMAAGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE RORAIMA
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CONCURSO PÚBLICO ADERR 01/2014EDITAL Nº 01
ANEXO IIICONTEUDOS PROGRAMÁTICOS
ATENÇÃO: TODA A LEGISLAÇÃO CITADA NOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOSSERÁ UTILIZADA PARA ELABORAÇÃO DE QUESTÕES LEVANDO-SE EMCONSIDERAÇÃO AS ATUALIZAÇÕES/ALTERAÇÕES VIGENTES ATÉ A DATA DEPUBLICAÇÃO DESTE EDITAL.
CONHECIMENTOS COMUNS A TODOS OS CARGOS DE NÍVEL MÉDIO E TÉCNICO.Observação: Não sugerimos Bibliografia
1. LÍNGUA PORTUGUESA 1. Compreensão e interpretação de textos. 2. Acentuação gráfica. 3. As classes gramaticais. 4.Concordância verbal e nominal. 5. Pronomes: emprego e colocação. 6. Regência nominal e verbal.7. Noções da norma culta da língua portuguesa na modalidade escrita. 8. Divisão silábica. 9.Pontuação. 10. Sintaxe: termos da oração, período composto, conceito e classificação das orações.
2. ATUALIDADES GERAISFatos e notícias locais, nacionais e internacionais veiculados nos últimos 12 (doze) meses, a contarda data de realização da prova, em meios de comunicação de massa, como jornais, rádios, Internete televisão. Elementos de política e economia brasileira. Meio ambiente e cidadania: problemas,políticas públicas, aspectos locais e globais.
3. INFORMÁTICA1. Noções de sistema operacional (ambientes Linux e Windows). 2. Edição de textos, planilhas eapresentações (ambientes Microsoft Office e BrOffice). 3. Programas de navegação (MicrosoftInternet Explorer, Mozilla Firefox, Google Chrome e similares). 4. Conceitos básicos do hardwaree periféricos de um microcomputador 5. Segurança da informação: Procedimentos de segurança.e backup.
4. LEGISLAÇÃO GERALLei Complementar n° 053/2001 - Regime Jurídicos dos Servidores Públicos Civis do Estado deRoraima e suas alterações; Lei nº. 949 de 09/0114, Lei nº. 644 de 08 de abril de 2008, Lei 950 de09/01/14. Direito Constitucional – Artigo 1º ao artigo 16 - todos da Constituição Federal e suasalterações. Direito Administrativo - Ato administrativo: conceito, requisitos, atributos,classificação, espécies e invalidação, Vícios, Anulação e revogação. Prescrição. Controle daadministração pública: controle administrativo; controle legislativo, controle judiciário. AgentesAdministrativos: investidura e exercício da função pública. Direitos e deveres dos funcionáriospúblicos. Princípios básicos da administração. Organização administrativa: noções gerais,administração direta e indireta, centralizada e descentralizada.
ESTADO DE RORAIMAAGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE RORAIMA
“AMAZÔNIA PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS”
CONHECIMENTOS COMUNS A TODOS OS CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR.Observação: Não sugerimos Bibliografia
1. LÍNGUA PORTUGUESA 1. Compreensão e interpretação de textos. 2. Denotação e conotação. 3. Ortografia oficial;Acentuação gráfica. 4. As classes gramaticais. 5. Concordância verbal e nominal. 6. Pronomes:emprego e colocação. 7. Regência nominal e verbal. 8. Noções da norma culta da línguaportuguesa na modalidade escrita. 9. Pontuação. 10. Significação das palavras. 11. Crase.
2. ATUALIDADES GERAISFatos e notícias locais, nacionais e internacionais veiculados nos últimos 12 (doze) meses, a contarda data de realização da prova, em meios de comunicação de massa, como jornais, rádios, Internete televisão. Elementos de política e economia brasileira. Meio ambiente e cidadania: problemas,políticas públicas, aspectos locais e globais.
3. INFORMÁTICA1. Noções de sistema operacional (ambientes Linux e Windows). 2. Edição de textos, planilhas eapresentações (ambientes Microsoft Office e BrOffice). 3. Programas de navegação (MicrosoftInternet Explorer, Mozilla Firefox, Google Chrome e similares). 4. Programas de correioeletrônico (Outlook Express, Mozilla Thunderbird e similares). 5. Conceitos de organização e degerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas. 6. Segurança da informação. 6.1Procedimentos de segurança. 6.2 Noções de vírus, worms e pragas virtuais. 6.3 Aplicativos parasegurança (antivírus, firewall, antispyware, etc.). 6.4. Procedimentos de backup.
4. LEGISLAÇÃO GERALLei Complementar n° 053/2001 - Regime Jurídicos dos Servidores Públicos Civis do Estado deRoraima e suas alterações; Lei n 949 de 09/0114, Lei 644 de 08 de abril de 2008, Lei 950 de09/01/14. Direito Constitucional – Artigo 1º ao artigo 16- todos da Constituição Federal e suasalterações. Direito Administrativo- Ato administrativo: conceito, requisitos, atributos,classificação, espécies e invalidação, Vícios, Anulação e revogação. Prescrição. Controle daadministração pública: controle administrativo; controle legislativo, controle judiciário. AgentesAdministrativos: investidura e exercício da função pública. Direitos e deveres dos funcionáriospúblicos. Poderes da Administração: vinculado, discricionário, hierárquico, disciplinar eregulamentar. Poder de polícia: conceito, finalidade e condições de validade. Princípios básicos daadministração. Organização administrativa: noções gerais, administração direta e indireta,centralizada e descentralizada. Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades deeconomia mista.
5. CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS DE CADA CARGO:Observação: Não sugerimos Bibliografia
ASSISTENTE ADMINISTRATIVO1. Protocolo/recepção de documentos. 2. Classificação, codificação e catalogação de papéis edocumentos. 3. Gestão do patrimônio, cadastro e convênios. 4. Técnicas de arquivamento:classificação, organização, arquivos correntes e protocolo. 5. Noções de procedimentos
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administrativos. 6. Noções de processos licitatórios. 7. Preenchimento, encaminhamento e controlede documentos funcionais. 8. Relações Humanas no Trabalho. 9. Normas específicas para redaçãode correspondência oficial. 10. Técnicas de atendimento ao público. 11. Noções de AdministraçãoFinanceira. 12. Organização, Sistemas e Métodos. 13. Logística e Gestão de Recursos Materiais.14. Ética Profissional.
ASSISTENTE DE LABORATÓRIO1. Biossegurança: Noções de segurança química em laboratório, equipamentos de proteçãoindividual (EPIs), equipamentos de proteção coletiva (EPCs) e prevenção de acidentes, manuseio,armazenamento e descarte de agentes químicos, utilização segura de substâncias químicas(segurança química e fatores de risco). 2. Técnicas Básicas de Laboratório: Equipamentos básicose vidrarias de laboratório, métodos de separação, técnica de aquecimento, limpeza de materiais delaboratório, montagem de aparelhagem de laboratório para análises físicas e químicas, pesagem ebalança analítica, uso dos aparelhos volumétricos e influência da temperatura. 3. Soluções:Preparação, diluição, padronização e armazenamento de soluções. 4. Métodos Instrumentais:Calibração e funcionamento de pHmetro, condutivímetro e turbidímetro. 5. SubstânciasInorgânica: Conceitos, características e nomenclatura. 6. Substâncias Orgânicas: Conceitos,características e nomenclatura.
TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA / TÉCNICO AGRÍCOLA1. Defesa Sanitária Vegetal. Lei Nº 570/2006; 2. Defesa Sanitária Animal. Lei Nº 460/2004 eDecreto Nº 5.978-E, de 27 de setembro de 2004; 3. Inspeção sanitária industrial dos produtos deorigem animal. Lei Nº 841/2012; 4. Normas para licenciamento de estabelecimentosprocessadores, registro e comercialização de produtos artesanais comestíveis de origem animal evegetal. Lei Nº 870/2012 e Decreto Nº 16.374-E, de 20 de novembro de 2013; 5. Uso e aplicaçãocorretos de agrotóxicos; 6. Produção, transporte, armazenamento, comercialização, utilização,destino final dos resíduos e embalagens vazias, controle, inspeção e fiscalização de agrotóxicosseus componentes e afins. Lei Nº 881/2012; 7. Noções de fitossanidade; 8. Principais pragasagrícolas da região; 9. Noções de sanidade animal; 10. Instrução Normativa n° 44, de 02 deoutubro de 2007.
CONTADOR1. Contabilidade Pública. 1.1. Conceito, objeto e regime. 1.2. Campo de aplicação. 1.3. Legislaçãobásica (Lei nº 4.320/64 e alterações). 1.4. Receita e despesa pública: conceito, classificação econô-mica e estágios. 1.5. Receitas e Despesas orçamentárias e extra orçamentárias: interferências emutações. 1.6. Balanços financeiro, patrimonial, orçamentário e demonstrativo das variações, deacordo com a Lei n.º 4.320/64 e alterações. 2. Contabilidade Geral. 2.1. Princípios Contábeis Fun-damentais (aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade pela Resolução CFC n.º 750/93,publicada no DOU de 31/12/93, Seção I, pág. 21.582). 2.2. Patrimônio. Componentes Patrimoni-ais: Ativo, Passivo e Situação Líquida (ou Patrimônio Líquido). 2.3. Diferenciação entre Capital ePatrimônio. 2.4. Equação Fundamental do Patrimônio. 2.5. Representação Gráfica dos Estados Pa-trimoniais. 2.6 Fatos Contábeis e Respectivas Variações Patrimoniais. 2.7. Conta: Conceito. Débi-to, Crédito e Saldo. Teorias, Função e Estrutura das Contas. Contas Patrimoniais e de Resultado. 3.Matemática financeira. 3.1. Regra de três simples e composta, percentagens. 3.2. Juros simples ecompostos: capitalização e desconto. 3.3. Taxas de juros: nominal, efetiva, equivalentes, real eaparente.
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FISCAL AGROPECUÁRIO MÉDICO VETERINÁRIO1. Defesa Sanitária Animal. Lei Estadual Nº 460/2004 e Decreto Estadual Nº 5.978-E, de 27 desetembro de 2004; 2. Inspeção sanitária industrial dos produtos de origem animal. Lei Estadual nº841/2012; 3. Normas para licenciamento de estabelecimentos processadores, registro ecomercialização de produtos artesanais comestíveis de origem animal e vegetal. Lei Estadual Nº870/2012 e Decreto Estadual Nº 16.374-E, de 20 de novembro de 2013. 4. Manual de Legislaçãodos Programas Nacionais de Saúde Animal do Brasil do Ministério da Agricultura, Pecuária eAbastecimento - 2009; 5. Instrução Normativa n° 44, de 02 de outubro de 2007 (MAPA); 6.Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal – RIISPOA; 7.Manual de Procedimentos para Atenção as Ocorrências de Febre Aftosa e outras EnfermidadesVesiculares – PANAFTOSA – OPS/OMS – 2007; 8. Portaria n°. 368, de 04 de setembro de 1997(MAPA); 9. Manual do Programa Nacional de Erradicação da Brucelose e Tuberculose (MAPA);10. Prevenção, Controle e Diagnóstico Clínico e Laboratorial das Principais doenças que afetam oComércio da Saúde Humana e Animal; 11. Conhecimentos Básicos de Epidemiologia Animal eAnálise de Risco; 12. Doenças Transmitidas por Animais e por Produtos de Origem Animal.
FISCAL AGROPECUÁRIO ENGENHEIRO AGRÔNOMO1. Certificação Fitossanitária de Origem – CFO e Certificação Fitossanitária de OrigemConsolidada - CFOC, IN n° 55 de 04 de Dezembro de 2007 (MAPA); 2. Mosca da Carambola, INnº 09/2011 (MAPA); 3. Permissão de Transito de Vegetais - PTV, I.N nº 54 de 04 de Dezembro de2007 (MAPA); 4. Defesa Sanitária Vegetal, Lei Estadual Nº 570/2006; 5. Produção, transporte,armazenamento, comercialização, utilização, destino final dos resíduos e embalagens vazias,controle, inspeção e fiscalização de agrotóxicos seus componentes e afins, Lei Estadual Nº881/2012; 6. Controle de Ervas Daninhas: Tipos mais comuns de Ervas Daninhas e seu ControleEconômico; 7. Fitossanidade e Entomologia; Doenças que atacam as Principais Culturas; Pragasque causam sérios Danos Econômicos; Pragas Quarentenárias; Pragas não QuarentenáriasRegulamentadas; Manejo Integrado de Pragas; Noções de Sanidade Vegetal; Principais pragasagrícolas da região; Uso e aplicação corretos de agrotóxicos; Inspeção de Origem Vegetal, seusprodutos, subprodutos e resíduos de valor econômico; Decreto Federal n°. 24.114/34.
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ANEXO IV
REQUERIMENTO ESPECIAL PARA TEMPO ADICIONAL DE PROVA
Eu, _______________________________________________, CPF nº. ______.______.______ -
___, inscrito no Concurso da ADERR sob o número de inscrição nº. ___________________ -
Cargo ______________________________________ solicito tempo adicional para a realização
da Prova Objetiva, conforme previsto no §2º do Artigo 40 do Decreto Federal nº 3.298 de 20 de
dezembro de 1999, conforme parecer do especialista em anexo.
Declaro sob as penas da lei que o acima declarado é verdade e subscrevo abaixo.
Boa Vista – RR, ______ de __________________ de __________.
Assinatura: _________________________________________
Nome por extenso: __________________________________
ATENÇÃO:Este requerimento só terá validade quando protocolado na sala da Comissão de Concursos da UERR até
o prazo máximo de 6 de junho de 2014, juntamente com o Parecer (original ou cópia autenticada em cartórioou cópia simples acompanhada do original) emitido por especialista da área de sua deficiência.
O resultado do deferimento/indeferimento de tempo adicional de prova estará disponível no sítiowww.uer.edu.br na área do Concurso da ADERR no dia 10 de junho de 2014, por ocasião da Homologação Pre-liminar das Inscrições.
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ANEXO VAVALIAÇÃO DE TÍTULOS
I) Tabela de Títulos para o cargo de Fiscal Agropecuário/Médico Veterinário
Categoria TÍTULOSPontos porcada Título
Valor Máximoda categoria
1
Experiência profissional comprovada como Médico (a)Veterinário (a) em atividades de Defesa SanitáriaAnimal ou em atividades de Inspeção de Produtos deOrigem Animal (por ano completo, sem sobreposiçãode tempo)
1,0 4,0
2
Comprovação de conclusão de curso emEspecialização aprovado pelo Ministério da Educação,na área de Defesa Sanitária Animal ou na área deInspeção de Produtos de Origem Animal.
2,0 4,0
3
Comprovação de conclusão de curso de Mestradoaprovado pelo Ministério da Educação, na área deDefesa Sanitária Animal ou na área de Inspeção deProdutos de Origem Animal.
5,0 5,0
4
Comprovação de conclusão de curso de Doutoradoaprovado pelo Ministério da Educação, na área deDefesa Sanitária Animal ou na área de Inspeção deProdutos de Origem Animal.
7,0 7,0
Total de Pontos da Prova 20
II) Tabela de Títulos para o cargo de Fiscal Agropecuário/Engenheiro AgrônomoCategoria TÍTULOS Pontos por
cada TítuloValor Máximoda categoria
1
Experiência profissional comprovada como Agrônomoem atividades relacionadas à produção de mudas e se-mentes, identificação e controle de pragas, fiscalizaçãode agrotóxicos, fiscalização e/ou inspeção de produtos esubprodutos de origem vegetal e experiência em labora-tório de fitossanidade (por ano completo, sem sobrepo-sição de tempo)
1,0 4,0
2Comprovação de conclusão de curso de curso em espe-cialização, aprovado pelo Ministério da Educação, naárea de fitotecnia.
2,0 4,0
3Comprovação de conclusão de Mestrado, aprovado peloMinistério da Educação, na área de Fitotecnia.
5,0 5,0
4Comprovação de conclusão de Doutorado, aprovadopelo Ministério da Educação, na área de Fitotecnia.
7,0 7,0
Total de Pontos da Prova 20
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III) Tabela de Títulos para o cargo de Técnico em Agropecuária/Agrícola
Categoria TÍTULOSPontos porcada Título
Valor Máximoda categoria
1
Experiência profissional comprovada como Técnico (a) em Agropecuária, em atividades de defesa agro-pecuária, classificação vegetal, produção de mudas esementes, identificação e/ou controle de pragas (por ano completo, sem sobreposição de tempo)
1,0 4,0
2Comprovação de cursos relacionados àAgropecuária com carga horária mínima de 20(vinte) horas.
1,0 5,0
3Comprovação de curso em Informática no programaExcel (planilha eletrônica), com carga horáriamínima de 20 (vinte) horas.
1,0 3,0
4Comprovação de curso em Informática no programaWord (editor de texto), com carga horária mínima de20 (vinte) horas.
1,0 3,0
5Comprovação de conclusão de curso de Graduaçãoaprovado pelo Ministério da Educação na área deAgropecuária/Agrícola.
5,0 5,0
Total de Pontos da Prova 20
LEI N° 570, DE 1º DE DEZEMBRO DE 2006.
Dispõe sobre a Defesa Sanitária Vegetal no Estado de Roraima e dá outras providências.
O GOVERNADOR DO ESTADO DE RORAIMA, Faço saber que a Assembléia Legislativa aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Fica instituída no Estado de Roraima a Defesa Sanitária Vegetal. § 1º É competência da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento e Pecuária - SEAPA, planejar, executar, coordenar, articular com outros setores, avaliar e supervisionar as políticas de Defesa Sanitária Vegetal, através de programas gerais e especiais da fiscalização vegetal, de seus produtos e subprodutos de origem vegetal, da comercialização de produtos de uso vegetal e insumos agrícolas e outras atividades que lhe forem conferidas no Estado de Roraima, visando à promoção e proteção da saúde vegetal, bem como, à proteção ambiental, objetivando a valorização da produção vegetal e da saúde pública. § 2º Para os efeitos desta Lei, considera-se: I – VEGETAL – planta viva e suas partes, incluindo semente; II – PRODUTO VEGETAL – material não manufaturado de origem vegetal (incluindo grãos), produtos manufaturados e seus resíduos que, por sua natureza ou a de seu processamento, podem criar um risco de dispersão de pragas; III – PRAGA – qualquer espécie, raça ou biótipo de vegetais, animais ou agentes patogênicos nocivos aos vegetais ou produtos vegetais; IV – PRAGA QUARENTENÁRIA A1 – praga de importância econômica potencial para o Estado de Roraima e que não está presente nele em relação às pragas ocorrentes no território brasileiro; V – PRAGA QUARENTENÁRIA A2 – praga de importância econômica potencial para o Estado de Roraima que tem distribuição limitada e é oficialmente controlada; VI – CONTROLE OFICIAL – toda medida fitossanitária efetivamente fiscalizada e/ou executada pela Secretaria de Estado da Agricultura - SEAPA; VII – PRAGA DE QUALIDADE OU PRAGA NÃO QUARENTENÁRIA REGULAMENTADA – praga de importância econômica significativa e verificável que afeta o uso proposto dos vegetais ou produtos vegetais e encontra-se amplamente distribuído no Estado de Roraima; VIII – USO PROPOSTO – destino final do vegetal, ou suas partes, que podem ser a propagação, o consumo ou a industrialização; IX – CONTROLE (de uma praga)- contenção, supervisão ou erradicação da população de uma praga; X – INSPEÇÃO – exame visual oficial de vegetais, produtos vegetais e outros objetos de normatização, para determinar se existem pragas presentes e/ou para determinar o cumprimento das regulamentações e regulações fitossanitárias; XI – HOSPEDEIRO – qualquer espécie vegetal que pode ser infestada ou infectada por uma praga específica; XII – QUARENTENA – confinamento oficial de vegetais ou produtos vegetais sujeitos à regulamentação fitossanitária, para observação e investigação ou para futura inspeção, prova e/ou tratamento; XIII – ÁREA LIVRE DE PRAGA – área na qual uma praga específica não ocorre como demonstra a evidência científica e na qual, quando corresponde, essa condição é oficialmente mantida; XIV – ÁREA DE BAIXA PREVALÊNCIA – área dentro da qual a presença de uma praga está abaixo dos níveis de interesse econômico e está submetida à vigilância efetiva e/ou medidas de controle; XV – PROSPECÇÃO – procedimentos metódicos para determinar as características da população de uma praga ou para determinar que espécie existe dentro de uma área; XVI – TRATAMENTO – procedimento oficialmente autorizado para exterminar, remover ou tornar inférteis as pragas; e
XVII – MEDIDA FITOSSANITÁRIA – procedimento adotado oficialmente para prevenção e controle de pragas de vegetais e produtos vegetais. § 3º Para os efeitos desta Lei, a Defesa Sanitária Vegetal compõe-se de um conjunto de medidas necessárias a prevenir e impedir a introdução, disseminação e estabelecimento de pragas economicamente importantes, bem como, a assegurar a produtividade agrícola e industrial no Estado de Roraima. § 4º Entende-se por Defesa Sanitária Vegetal o serviço de prevenção de pragas Quarentenárias A1, de Pragas Quarentenárias A2 e de Pragas de Qualidade. § 5º A SEAPA estabelecerá os procedimentos, as práticas, as proibições, bem como, as fiscalizações necessárias à promoção e proteção da saúde vegetal, através de medidas de controle e/ou erradicação de pragas, estando prevista a eliminação ou não de vegetais. § 6º A SEAPA poderá firmar convênios, com instituições públicas ou privadas, que possibilitem atualização e capacitação de seu quadro técnico-administrativo, a realização de eventos culturais, a participação em projetos de pesquisas, o aperfeiçoamento tecnológico e a arrecadação de fundos para a realização de quaisquer atividades de Defesa Sanitária Vegetal.
Art. 2º A Defesa Sanitária Vegetal no Estado será desenvolvida através de programas específicos elaborados para cada tipo ou grupo de pragas dos vegetais, em consonância com as diretrizes e normas legais instituídas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – M.A.P.A., e de acordo com os interesses do Estado. Parágrafo único. Entende-se por praga qualquer espécie, raça ou biótipo de vegetais, animais ou agentes patogênicos nocivos para os vegetais ou produtos vegetais.
CAPÍTULO IIDA FISCALIZAÇÃO E DAS PROIBIÇÕES
Art. 3º São de notificação compulsória pelas autoridades fitossanitárias os casos suspeitos ou confirmados de: I - pragas que impliquem a necessidade de quarentena ou destruição do vegetal; e II - pragas existentes no Estado e listadas conforme prevê o inciso III do artigo 5º desta Lei. Parágrafo único. É dever de todo cidadão denunciar às autoridades fitossanitárias locais a ocorrência comprovada ou presumível de pragas nos termos deste artigo.
Art. 4º A promoção da política agrícola relativa ao combate das pragas que comprometem a sanidade da população vegetal dar-se-á mediante a adoção de ações e de medidas de caráter técnico e administrativo, com os seguintes objetivos: I – preservar e assegurar a qualidade e sanidade dos vegetais; II – manter serviço de vigilância fitossanitária visando à prevenção, ao controle e à erradicação de pragas dos vegetais, integrando-o no Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária de que trata o artigo 28 da Lei Federal nº 9.712, de 20 de Novembro de 1998; III – desenvolver sistema eficaz de vigilância fitossanitária; IV – estimular a participação da comunidade nas ações de Defesa Sanitária Vegetal; e V – compatibilizar as providências a serem adotadas com as normas e princípios de proteção do Meio Ambiente e da conservação dos recursos naturais, bem como, de preservação da saúde humana. § 1º O Poder Executivo, para o atendimento dos objetivos desta Lei, definirá, em regulamento específico, a população vegetal considerada de peculiar interesse do Estado e as medidas e ações tendentes à sua proteção, devendo: I – combater, controlar e erradicar as pragas, podendo inclusive destruir vegetais, parcial ou totalmente; II – adotar as providências necessárias para impedir a introdução e/ou disseminação de pragas no Estado; III – garantir a sanidade dos vegetais destinados ao consumo, produção, armazenamento, preparo, manipulação, industrialização, comércio e trânsito; IV – controlar o trânsito de vegetais no âmbito do Estado; e V – assegurar a idoneidade e qualidade dos produtos destinados aos consumidores, no tocante à fiscalização de produtos e matérias-primas de origem vegetal, seus subprodutos, resíduos e derivados de valor econômico.
§ 2º As atividades a serem desenvolvidas serão organizadas de modo a garantir o cumprimento da legislação referente à Defesa Sanitária Vegetal, sendo executadas, quando for o caso, em conjunto com a União e os Municípios.
Art. 5º À SEAPA compete: I – coordenar, executar e fiscalizar as ações de prevenção e controle de pragas e manutenção da saúde dos vegetais de importância econômica para o Estado; II – estabelecer os procedimentos, as práticas, as proibições e as imposições, nos termos da lei, necessários à Defesa Sanitária Vegetal; III – periodicamente, atualizar e publicar a lista das pragas de importância econômica para o Estado de Roraima, dentre essas, as quarentenárias e as não quarentenárias regulamentáveis, informando seus respectivos hospedeiros e plantas potenciais que venham a atacar; IV – implantar programas estaduais e/ou regionais para o controle das pragas; V – promover, através do Serviço de Extensão Rural, cursos, campanhas e ações de educação sanitária vegetal aos produtores rurais e a todas as pessoas envolvidas em atividades industriais e agroindustriais; VI – cadastrar e fiscalizar os estabelecimentos que produzem e comercializam vegetais e seus produtos, especialmente mudas e sementes; VII – caracterizar e divulgar ao público interessado, no Estado de Roraima, os espaços fisiográficos que não alojem ou que alojem, nas condições de ausência ou raridade, as “Áreas Livres de Pragas” e as “Áreas de Baixa Prevalência de Pragas”; VIII – interditar o trânsito e/ou áreas públicas ou privadas, quando a medida justificar a prevenção ou erradicação de pragas de importância econômica; IX – fiscalizar o trânsito de vegetais em todo o território roraimense; X – interditar, apreender e determinar a desinfestação e desinfecção de veículos usados no transporte de vegetais contaminados com pragas quarentenárias e não quarentenárias regulamentadas; XI – eliminar vegetais e seus produtos, quando contaminadas por pragas quarentenárias e não quarentenárias regulamentadas; e XII – exercer as demais atribuições desta Lei e as que virão a ser estabelecidas em seu regulamento.
CAPÍTULO IIIDAS MEDIDAS DE DEFESA SANITÁRIA VEGETAL
Art. 6º Os atos de fiscalização, a inspeção e a execução das medidas e ações necessárias à Defesa Sanitária Vegetal serão aplicadas sobre pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que detenham em seu poder vegetais ou produtos vegetais, a qualquer título, assim como, produzam, acondicionem, armazenem, embalem, transportem, comercializem ou manipulem produtos e subprodutos de origem vegetal destinados ao consumo humano. § 1º O exercício da inspeção e da fiscalização que define este artigo compete a Engenheiros Agrônomos e Florestais da SEAPA, nas suas respectivas áreas de competência e devidamente credenciados. § 2º Considera-se Engenheiro Agrônomo ou Florestal Oficial, para efeito desta Lei, o profissional integrante dos quadros da SEAPA encarregado da Defesa Sanitária Vegetal.
Art. 7º A SEAPA, através de seus servidores encarregados da Defesa Sanitária Vegetal, poderá requisitar força policial para o exercício pleno de suas funções, sempre que julgar necessário.
Art. 8º A SEAPA poderá, em situações emergenciais, sob sua coordenação e fiscalização, e em consonância com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – M.A.P.A., credenciar pessoas físicas ou jurídicas para o desempenho das atividades previstas nesta Lei. Parágrafo único. As atividades delegáveis constante no Capítulo deste artigo referem-se às atividades não privativas do Estado.
Art. 9º Para prevenção e controle de pragas previstas nesta Lei, a SEAPA exigirá, na forma do regulamento, os seguintes documentos: I – Atestado de Sanidade ou de expurgo e/ou Certificado Fitossanitário de Origem;
II – Guia de Permissão de Trânsito de Vegetais, emitido no Estado de origem por profissionais credenciados; III – apresentação de análise ou exame laboratorial, em instituições credenciadas e realização de procedimentos de controle, inclusive adoção de quarentena, quando se constatar a necessidade dessas medidas; e, IV – identificação do produto por origem e lote. Parágrafo único. A emissão dos Certificados Fitossanitários de Origem e das Guias de Permissão de Trânsito de Vegetais previstos neste artigo, será definida em regulamento específico, por iniciativa de Engenheiros Agrônomos e Florestais dentro das suas áreas de competências e credenciados junto à SEAPA, preenchidos os requisitos estabelecidos em regulamento, em consonância com a Legislação Federal pertinente.
Art. 10. As medidas gerais destinadas à Defesa Sanitária Vegetal do Estado compreenderão: I – cadastro de propriedades agrícolas no âmbito do Estado; II – cadastro de estabelecimentos produtores de sementes e mudas de peculiar interesse do Estado; III – cadastro de empresas que industrializam, beneficiam, embalam ou comercializam vegetais de peculiar interesse do Estado; IV – cadastro de laboratórios de identificação e diagnóstico de pragas existentes no Estado; V – cadastro de Engenheiros Agrônomos e de Engenheiros Florestais com atuação na área de sanidade vegetal do Estado; VI – inventário da população vegetal de peculiar interesse do Estado; VII – inventário das pragas identificadas ou diagnosticadas no âmbito do Estado; VIII – controle do trânsito estadual de vegetais, para verificação do cumprimento das exigências fitossanitárias; IX – organização e execução de campanhas de controle de pragas; X – coordenação e participação em projetos de erradicação de pragas; XI – fiscalização sanitária vegetal de peculiar interesse do Estado; XII – treinamento técnico do pessoal envolvido na fiscalização e inspeção; XIII – estabelecimento de normas técnicas para fins de Defesa Sanitária Vegetal a serem observadas pelos proprietários de empresas referidas nos incisos I, II e III deste artigo, bem como, de condições para a produção e o uso de vegetais modificados geneticamente; XIV – instalação de postos de emergência, articulados com órgãos municipais; XV – eventos agropecuários; XVI – interdição de áreas e propriedades; XVII – organização de sistema estadual de comunicação e divulgação de informações fitossanitárias; XVIII – desenvolvimento de medidas e ações, junto a produtores rurais, para a prevenção e o controle de pragas; XIX – controle de vendas de produtos agrícolas e identificação de lote ou de produto; XX – suspensão de comercialização; XXI – desinfestação e desinfecção de veículos, máquinas e equipamentos; XXII – tratamento de vegetais e produtos vegetais; XXIII – uso de variedade cultural recomendada oficialmente; e XXIV – outras práticas instituídas por programas de controle de pragas. § 1º Todos os estabelecimentos referidos nos incisos I, II e III deste artigo estão sujeitos a cadastro na SEAPA, observados os requisitos a serem fixados em regulamento, ficando criado o Cadastro Estadual de Propriedades Produtoras de Vegetais e Produtos Vegetais e Estabelecimentos de Comércio de Vegetais destinados à Propagação. § 2º Os proprietários, arrendatários ou ocupantes, a qualquer título, das propriedades e estabelecimentos referidos no inciso anterior ficam obrigados a requerer o cadastramento junto ao Órgão Executor. § 3º Poderá ser estabelecida, nos regulamentos de que trata o artigo 1º, a exigência do certificado fitossanitário para as propriedades agrícolas mencionadas no inciso I deste artigo.
§ 4º A produção de sementes e mudas pelos estabelecimentos referidos no inciso II deste artigo está sujeita à obtenção de certificado fitossanitário, na forma prevista nos regulamentos de que trata o artigo 1º desta Lei. § 5º Poderá ser estabelecida, também, a exigência de certificado de sanidade para os estabelecimentos de que trata o inciso III deste artigo, na forma prevista nos regulamentos de que trata o artigo 1º desta Lei.
Art. 11. A manipulação de agentes de doenças transmissíveis previstas nesta Lei e os seus instrumentos legais complementares, para fins de experimentação ou de qualquer outra natureza, poderá ser autorizada pela SEAPA para instituições que comprovarem as necessárias condições de biossegurança de suas instalações.
Art. 12. A SEAPA poderá negar ou cancelar registro das pessoas físicas ou jurídicas que descumprirem esta Lei.
Art. 13. Os proprietários e detentores, a qualquer título, de vegetais, produtos vegetais e industrializados, ficam obrigados a adotar as medidas de sanidade estabelecidas pelos programas de controle de pragas. § 1º Cabe aos proprietários ou responsáveis pelos organismos, produtos e materiais quaisquer despesas ou ônus advindos da interdição, suspensão da comercialização, desinfestação e desinfecção, bem como, a destruição, não assistindo o direito de qualquer indenização. § 2º Sempre que as pessoas referidas neste artigo deixarem de executar as medidas de controle, o Estado realizará os procedimentos ou tratos culturais, mediante ressarcimento pleno das despesas deles decorrentes.
Art. 14. Em caso de suspeita ou verificada a presença de pragas durante a inspeção de organismos, produtos e materiais, serão estes interditados, permanecendo sob acompanhamento e instruções, bem como, depositados em lugar indicado pelo agente fiscalizador. § 1º A interdição será determinada em Auto de Interdição, lavrado em 3 (três) vias, contendo a identificação completa do proprietário ou responsável pelo organismo, produto ou material interditado, sua quantidade ou volume, espécie e variedade, o motivo e respectivo enquadramento legal, prazo e medidas de regularização. § 2º Comprovada a não-infecção ou não-infestação e efetivadas as medidas sanitárias recomendadas, proceder-se-á à desinterdição dos organismos, produtos e materiais, lavrando-se o Auto de Desinterdição.
§ 3º A interdição e conseqüentes medidas de vigilância e Defesa Sanitária Vegetal aplicam-se aos organismos, produtos e materiais, quando constatados em pomares, quintais, jardins e quaisquer outros estabelecimentos situados em área urbana ou rural.
Art. 15. A suspensão da comercialização será determinada pela SEAPA, nos seguintes casos: I – quando vegetais e parte de vegetais estiverem desacompanhados da documentação exigida; II – quando a documentação estiver incompleta ou em desacordo com o modelo aprovado pela Secretaria; III – quando as mudas expostas à comercialização estiverem desprovidas de identificação ou com a identificação irregular ; e IV – quando, por qualquer outro motivo, houver risco de contaminação ou disseminação de pragas que não permita imediato reparo.
Art. 16. As ações de vigilância e Defesa Sanitária dos vegetais serão organizadas e coordenadas pelo Poder Público e articuladas, na forma da Lei Federal nº 9.712, de 20 de novembro de 1998, no que for atinente à saúde pública, com o Sistema Único de Saúde, delas participando: I – os serviços e instituições oficiais; II – os produtores e trabalhadores rurais, suas associações e técnicos que lhes prestam assistência; III – os órgãos de fiscalização das categorias profissionais diretamente vinculadas à sanidade vegetal; e
IV – as entidades gestoras de fundos organizados pelo setor privado para complementar as ações públicas no campo da Defesa Sanitária Vegetal.
Art. 17. As medidas da Defesa Sanitária Vegetal cuja adoção for determinada pelo Estado deverão ser executadas pelas pessoas físicas ou jurídicas responsáveis, no prazo fixado pelo Poder Público. Parágrafo único. Em caso de omissão, o Poder Público executará ou mandará executar as medidas necessárias, devendo os interessados ressarcir o Estado das despesas decorrentes da realização dos procedimentos compulsórios indicados.
Art. 18. Para a verificação de existência de praga dos vegetais, execução e aplicação das medidas constantes desta Lei e seu regulamento, os fiscais da SEAPA, no exercício de sua profissão, mediante identificação funcional, terão poder de polícia administrativa e livre acesso aos estabelecimentos públicos ou privados, urbanos ou rurais, que contenham vegetais e produtos vegetais.
Art. 19. Para desempenho das atribuições previstas nesta Lei, a SEAPA contará com a colaboração dos órgãos e entidades públicas estaduais, especialmente as Secretarias da Fazenda, da Segurança Pública e da Saúde. § 1º Para emissão de documentos fiscais de vegetais e produtos vegetais, a Secretaria da Fazenda exigirá comprovantes fitossanitários emitidos pela SEAPA, dentro do prazo de validade. § 2º As autoridades da área de Saúde Pública deverão comunicar à SEAPA, as irregularidades constatadas na fiscalização de alimentos que indiquem a ocorrência de problemas de sanidade vegetal ou de mau uso de agrotóxico. § 3º Sempre que houver dificuldade ou algum tipo de impedimento para a execução das ações, medidas, normas e serviços de que trata esta Lei, a autoridade fitossanitária poderá requisitar o auxílio da autoridade policial.
Art. 20. O trânsito estadual e interestadual de vegetais e produtos vegetais, hospedeiros de pragas quarentenárias A2 e não quarentenárias regulamentadas, com destino a áreas livres de pragas, somente será permitido conforme o que dispõe o artigo 9º desta lei. Parágrafo único. Constatada a presença de pragas em vegetal ou produto vegetal em trânsito, ainda que o seu transporte esteja acobertado de documento fitossanitário, a Defesa Sanitária Vegetal poderá adotar medidas previstas em regulamento, para se evitar a disseminação da praga.
CAPÍTULO IVDOS CONSELHOS
Art. 21. Fica criado o Conselho Estadual de Sanidade Vegetal – C.E.S.V., com caráter deliberativo e função normativa, composto dos seguintes membros: I – um representante indicado pela SEAPA; II – um representante indicado pela Superintendência Federal da Agricultura – SFA/RR; III – um representante indicado pela Universidade Federal de Roraima – UFRR; IV – um representante da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA; V – um representante indicado pelo Conselho Regional de Engenharia - CREA/RR; VI – um representante indicado pela Federação de Agricultura do Estado de Roraima - FAERR; e VII – representantes indicados pelas entidades de classe que representam os produtores rurais locais.
Art. 22. Compete ao C.E.S.V.: I – deliberar sobre política de Defesa Sanitária Vegetal no Estado de Roraima; II – julgar, em nível de segundo grau, os recursos interpostos pelos infratores contra a imposição de multas aplicadas pelo Departamento de Produção Agropecuária – DEPAG, da SEAPA, após indeferimento de recurso dirigido a esse órgão;
III – promover, em nível consultivo, o entrosamento operacional e o aperfeiçoamento das relações do Governo do Estado com a sociedade civil, através das entidades e órgãos representativos dos segmentos organizados, onde recaírem as ações da SEAPA; e IV – estimular a criação e manutenção dos Conselhos Municipais de Sanidade Vegetal C.O.M.U.S.V., com atribuição de promover, planejar, executar, facilitar e auxiliar na execução das ações de Defesa Sanitária Vegetal nas comunidades rurais e urbanas, capacitando suas lideranças para atuarem como multiplicadores das ações de sanidade vegetal, apoiando e subsidiando o C.E.S.V.
Art. 23. Os Membros do C.E.S.V. não serão remunerados, sob qualquer título, sendo suas funções consideradas serviços relevantes prestados ao Estado.
Art. 24. Sob a coordenação da SEAPA, nos municípios, através dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e as entidades de classe que representam os produtores rurais locais, serão criados os Conselhos Municipais de Sanidade Vegetal – C.O.M.U.S.V., com função de apoio e subsídio ao C.E.S.V.
Art. 25. O C.E.S.V., com composição e competência definidas nos artigos 20 e 21 desta Lei, respectivamente, será nomeado por ato do Governador do Estado, para mandato de 02 (dois) anos, à vista da indicação de suas respectivas entidades, permitida uma recondução. § 1º O Secretário de Agricultura, na qualidade de presidente do C.E.S.V., indicará o Secretário-Executivo, dentre os servidores da autarquia. § 2º O presidente do C.E.S.V., em seus impedimentos e ausências eventuais, será substituído pelo Coordenador de Defesa Sanitária Vegetal da SEAPA.
CAPÍTULO VDAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
Art. 26. Ficam os servidores do quadro da SEAPA, nos termos da presente Lei, credenciados a lavrar o Termo de Infração e Multa, quando da constatação de qualquer ação ou omissão que importe na inobservância dos seus preceitos, bem como, dos regulamentos e demais medidas diretivas dela decorrentes ao não-cumprimento do estabelecido nesta Lei e demais normas pertinentes.
Art. 27. Sem prejuízo das demais cominações estabelecidas em norma federal, aos infratores desta Lei aplicam-se, isoladas ou cumulativamente, as seguintes sanções administrativas: I – advertência; II – multa de até 5.000,00 UFIR’s, aplicável em dobro, em caso de reincidência; III – apreensão de vegetais que não se prestarem a sua finalidade ou nos quais haja sido constatada irregularidade, ou, ainda, para fins de verificação de suas condições sanitárias; IV – destruição do vegetal apreendido, no caso de ser condenado ou de não ser sanada a irregularidade verificada, podendo, a critério da autoridade, ser doado à entidade oficial ou filantrópica; V – suspensão de atividade que cause risco à população vegetal ou embaraço à ação fiscalizadora, quando ocorrer; VI – suspensão da comercialização; VII – interdição total ou parcial da propriedade agrícola ou do estabelecimento, por falta de cumprimento das determinações da fiscalização; e VIII – cancelamento de registro de pessoas físicas ou jurídicas. § 1º Para o cálculo das multas, deverá ser considerado o valor de UFIR’s ou unidade de valor equivalente vigente no dia em que se lavrar o auto de infração. § 2º Na aplicação das multas, será considerada como circunstância atenuante a comunicação do fato pelo infrator à autoridade competente. § 3º As multas previstas neste artigo serão agravadas, até a metade de seu valor, nos casos de artifício, ardil, simulação, desacato, embaraço ou resistência à ação fiscal. § 4º Em caso de reincidência, o valor das multas será aplicado em dobro. § 5º Se o vegetal apreendido puder servir à finalidade diferente da originariamente prevista, será devolvido ao infrator, para o uso condicionado pela fiscalização, salvo se existente risco fitossanitário.
§ 6º No caso de abandono do vegetal apreendido, a SEAPA, poderá doá-lo a entidades públicas ou filantrópicas, salvo se existir risco fitossanitário. § 7º A suspensão de que trata o inciso V deste artigo cessará quando sanado o risco ou findo o embaraço oposto à ação da fiscalização. § 8º A interdição que trata o inciso VII deste artigo será levantada após o atendimento das exigências que motivaram a sanção. § 9º O não-cumprimento das exigências que motivaram a interdição acarretará o cancelamento do cadastro. § 10. A inexistência ou cancelamento do cadastro implica exercício ilegal da atividade, sujeitando-se o transgressor às sanções de ordem administrativa previstas nesta Lei, sem prejuízo das sanções penais cabíveis. § 11. A aplicação da pena de multa não exclui a incidência das demais sanções previstas neste artigo. § 12. O rito processual administrativo será estabelecido na forma de regulamento desta Lei.
Art. 28. Sem prejuízo das penalidades previstas nesta Lei, os infratores estarão sujeitos à participação em programas de educação sanitária estabelecidos por ato normativo do Secretário Executivo de Agricultura, após deliberação do C.E.S.V.
CAPÍTULO VIDO PROCESSO ADMINISTRATIVO
Art. 29. A infração às disposições desta Lei e sua Regulamentação será objeto de formalização de processo administrativo, que tem como fundamento o Termo de Infração e Multa, constante de uma única peça, lavrada por servidor da SEAPA vinculado aos programas de Defesa Sanitária Animal.
Art. 30. Considera-se a infração a esta Lei a inobservância a ela e sua regulamentação, bem como, as normas técnicas especiais e a quaisquer dispositivos que, por qualquer forma, se destinem à proteção da saúde animal, da saúde pública e do meio ambiente. Parágrafo único. Responde pela infração referida neste artigo quem, por ação ou omissão, lhe der causa, concorra para sua prática ou dela se beneficie.
CAPÍTULO VIIDOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS
Art. 31. O autuado terá o prazo de 10 (dez) dias para apresentar defesa, dirigida ao Departamento de Defesa Agropecuária – DEDAG. § lº Do indeferimento do DEDAG, caberá, em última instância, recurso para o C.E.S.V., no prazo de 30 (trinta) dias, contados da intimação. § 2º Decorridos 30 (trinta) dias do julgamento final do contencioso administrativo, sem cumprimento da penalidade imposta, os autos serão encaminhados para inscrição em Dívida Ativa do Estado. § 3º O infrator, ou quem o represente, terá 15 (quinze) dias para o cumprimento da decisão, contados do recebimento da notificação que lhe noticiar o indeferimento do recurso. § 4º Quando for declarada interdição da propriedade ou do estabelecimento, os recursos porventura interpostos serão recebidos sem o efeito suspensivo.
CAPÍTULO VIIIDAS RECEITAS E SUA APLICAÇÃO
Art. 32. Os recursos pertencentes aos fundos de emergência sanitária ficarão em contas específicas das entidades privadas, representadas pelo setor agrícola no C.E.S.V., devendo ser regulamentados e movimentados de acordo com o(s) respectivo(s) programa(s) de prevenção ou erradicação.
Art. 33. Fica instituída a cobrança de taxas e emolumentos pelos serviços relacionados à Defesa Sanitária Vegetal prestados pela SEAPA, consoante o disposto no Regulamento desta Lei. Parágrafo único. Os recursos provenientes das cobranças de multas, taxas e emolumentos decorrentes da aplicação desta Lei serão recolhidos diretamente em código específico da SEFAZ e destinados especificamente ao custeio e investimentos, ao(s) programa(s) de Defesa Sanitária Vegetal.
Art. 34. Os valores arrecadados por meio de convênios com entidades públicas serão recolhidos através de código específico da SEFAZ, devendo ser utilizados de acordo com o que foi ajustado entre as partes conveniadas.
Art. 35. A SEAPA poderá, desde que autorizada pelo Governador do Estado, firmar convênios com entidades privadas, estipulando nos mesmos a fixação dos objetivos, finalidades, forma de arrecadação e gerenciamento das receitas, inclusive a responsabilidade pela movimentação dos respectivos numerários, que deverá ser atribuída às próprias entidades conveniadas.
CAPÍTULO IXDAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 36. O Poder Executivo regulamentará a presente Lei no prazo de 90 (noventa) dias, contados de sua publicação. Parágrafo único. A regulamentação de que trata este artigo poderá, a qualquer tempo, ser alterada no todo ou em parte, sempre que a evolução das normas técnicas de combate às pragas de vegetais assim o recomendar.
Art. 37. Quando da instituição do órgão de Defesa Agropecuária, as atribuições inerentes à defesa fitossanitária anteriormente destinada à SEAPA serão estabelecidas conforme o disposto na Lei de Criação do referido órgão.
Art. 38. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 39. Revogam-se as disposições em contrário.
Palácio Senador Hélio Campos, 1º de dezembro de 2006.
OTTOMAR DE SOUSA PINTOGovernador do Estado de Roraima
LEI Nº 460 DE 29 DE JULHO DE 2004
Dispõe sobre a Defesa Sanitária Animal no Estado de Roraima e dá outras providências
O GOVERNADOR DO ESTADO DE RORAIMA:Faço saber que a Assembléia Legislativa aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Fica instituída no Estado de Roraima a Defesa Sanitária Animal.§ 1° É competência da Secretaria de Agricultura e Abastecimento - SEAAB, planejar, executar,
coordenar, articular com outros setores, avaliar e supervisionar as políticas de Defesa Sanitária Animal através de programas gerais e especiais, fiscalização de animais, seus produtos e subprodutos de origem animal, da comercialização de produtos de uso veterinário e insumos pecuários e outras atividades que lhe forem conferidas no Estado de Roraima, visando à promoção e proteção da saúde animal, bem como a proteção ambiental, objetivando a valorização da produção animal e da saúde pública;
§ 2° Para os efeitos desta Lei, entende-se por Defesa Sanitária Animal o conjunto de ações básicas de proteção dos rebanhos contra introdução de doenças já erradicadas ou exóticas, impedindo a propagação, no Estado de Roraima, através de medidas técnicas de controle e/ou erradicação;
§ 3° A Secretaria de Agricultura e Abastecimento estabelecerá os procedimentos, as práticas, as proibições, bem como, as fiscalizações necessárias à promoção e proteção da saúde animal, através de medidas de controle e/ou erradicação de doenças, estando prevista a eliminação ou não de animais;
§ 4° A Secretaria de Agricultura e Abastecimento poderá firmar convênios com instituições públicas ou privadas, que possibilitem atualização e capacitação de seu quadro técnico-administrativo, a realização de eventos culturais, a participação em projetos de pesquisas, o aperfeiçoamento tecnológico e a arrecadação de fundos para a realização de quaisquer atividades de Defesa Sanitária Animal.
Art. 2° A Defesa Sanitária Animal no Estado será desenvolvida através de programas específicos elaborados para cada tipo ou grupo de doenças dos animais, em consonância com as diretrizes e normas legais instituídas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - M.A.P.A., e de acordo com os interesses do Estado.
Parágrafo único. Entende-se por doença dos animais todas as enfermidades transmissíveis e não transmissíveis e as infestações e infecções parasitárias, que prejudiquem a produção e produtividade da pecuária ou coloquem em risco a saúde pública ou o meio ambiente.
CAPÍTULO IIDA FISCALIZAÇÃO E DAS PROFISSÕES
Art. 3° Compete à Secretaria de Agricultura e Abastecimento - SEAAB, apoiada em análise da situação epidemiológica, apresentada pelo Departamento de Defesa Agropecuária DEDAG, estabelecer em âmbito Estadual ou Regional, programas e normas específicas de prevenção, controle e/ou erradicação de doenças nos animais, que ameacem a economia do Estado, a saúde animal e a saúde pública, bem como, a normatização, elaboração, execução e fiscalização, observando-se as normas Federal e Estadual, sobre as atividades relativas aos trabalhos de Defesa Sanitária Animal.
Art. 4° Para o desempenho das atribuições conferi das na presente Lei, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento poderá:
§ 1° Promover o controle e/ou erradicação de doenças prevalentes, que serão efetuadas de forma
progressiva e orientadas de acordo com a situação epidemiológica, com as prioridades para doenças transmissíveis de maior significado econômico e sanitário;
§ 2° Poderá criar outros programas de controle e erradicação de doenças ou estabelecer medidas gerais de vigilância epidemiológica pautados em normas de saúde animal e proteção do meio ambiente;
§ 3° Quando da ocorrência de zoonoses em animais de produção e que sejam de interesse da saúde pública, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento colaborará, notificando-as imediatamente à Secretaria de Saúde, devendo, para esse caso, ambas as Secretarias estabelecer, em cooperação, normas apropriadas;
§ 4° Quando da ocorrência de doenças exóticas que tenham sido introduzi das no Estado de Roraima, deverão ser imediatamente institui das, as seguintes ações:
I - interdição de estabelecimentos públicos ou privados;II - proibição da movimentação de animais, seus produtos e subprodutos;III- proibição da concentração de animais, na zona de emergência, entendendo esta como
sendo as zonas focais, perifocais e tampão;IV - sacrifício ou abate sanitário;V - desinfecção de instalações, veículos e equipamentos; eVI - adoção de medidas necessárias ao controle zoossanitário para retomar à situação sanitária
anterior.§ 5° Para efeito desta Lei, serão consideradas as seguintes medidas de Defesa Sanitária Animal:I - medidas gerais de proteção da saúde;II - medidas específicas de proteção da saúde;III - medidas de vigilância epidemiológica para o diagnóstico precoce de doenças; e IV - medidas especiais de proteção à saúde.
Art. 5° O proprietário dos animais atingidos deverá provar ter cumprido com todas as medidas de Defesa Sanitária Animal pré-estabelecidas e instituídas dentro do Estado, consoante o disposto do Regulamento desta Lei;
Art. 6° É obrigatória a aplicação das medidas de Defesa Sanitária Animal previstas nesta Lei, às doenças passíveis de isolamento ou quarentena, nos termos do Código Zoossanitário Internacional do Office International de Epizzoties - O I E.
Parágrafo único. A regulamentação desta Lei inserirá a lista provisória de doenças de notificação obrigatória no Estado de Roraima, a qual deverá ser atualizada pela SEAAB, sempre que as condições sanitárias assim o indicarem.
CAPÍTULO IIIDAS MEDIDAS GERAIS E ESPECÍFICAS DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL
Art. 7° Considera-se Médico Veterinário Oficial, para efeito desta Lei, o profissional integrante dos quadros da SEAAB, mediante concurso público, encarregado da Defesa Sanitária Animal.
Art. 8° A Secretaria de Agricultura e Abastecimento, através de seus servidores encarregados da Defesa Sanitária Animal, poderá requisitar força policial para o exercício pleno de suas funções, sempre que julgar necessário.
Art. 9º A Secretaria de Agricultura e Abastecimento poderá, em situações emergenciais, sob sua coordenação e fiscalização, e em consonância com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - M.A.P.A., credenciar pessoas físicas ou jurídicas para o desempenho das atividades previstas nesta Lei.
Art. 10. Para efeito desta Lei, são consideradas as seguintes medidas gerais de Defesa Sanitária Animal:
I - educação sanitária;II - recenseamento, identificação e avaliação dos animais;III - instalações adequadas para alojamento dos animais;
IV - sistema de registro de dados de saúde e de produtividade nas propriedades; V - alimentação;VI - seleção genética;VII - destino adequado dos dejetos, cadáveres, lixo e resíduos de animais;VIII - limpeza e desinfecção de objetos, instalações, veículos e equipamentos;IX - medidas defensivas e ofensivas para o controle de artrópodes, roedores e outros vetores; eX - controle de trânsito de animais.
Art. 11. Para efeito desta Lei, são consideradas as seguintes medidas específicas de proteção à saúde animal:
I - imuno-profilaxia; e II - quimio-profilaxia.
CAPÍTULO IVDAS MEDIDAS ESPECIAIS DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL
Art. 12. As medidas de caráter especial ou excepcional, relativas à profilaxia de cada doença transmissível, serão estabelecidas pela SEAAB, inclusive no recebimento de leite e seus derivados, nos limites da presente Lei.
Art. 13. Visando à salvaguarda dos rebanhos no território roraimense, o Secretário de Agricultura, ouvindo o Departamento de Defesa Agropecuária - DEDAG., poderá estabelecer programas específicos de controle e/ou erradicação de doenças, instituindo a obrigatoriedade de vacinação, de realização de testes para diagnóstico e de tratamento, sempre que a situação epidemiológica reinante assim o exigir.
§ 1º As vacinações, testes para diagnóstico e tratamentos previstos neste Artigo, serão realizados e custeados pelo proprietário dos animais e sua efetivação será registrada na SEAAB, consoante o disposto no Regulamento desta Lei.
§ 2° Quando o proprietário deixar de cumprir quaisquer dos procedimentos objetos deste Artigo, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento o fará compulsoriamente, arcando o proprietário com as despesas decorrentes de sua realização, sem prejuízo das penalidades eventualmente imputadas.
CAPÍTULO VDAS MEDIDAS DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Art. 14. Serão consideradas medidas de vigilância epidemiológica para o diagnóstico precoce de doenças, e que resultará numa pronta ação profilática, consoante o disposto no Regulamento desta Lei:
I - serviço de informação;II - cadastro estadual de estabelecimentos pecuários; III - controle de trânsito de animais;IV - os deveres dos proprietários de animais;V - os deveres dos transportadores de animais;VI - as vacinações e os exames ou provas diagnósticas; VII - os eventos agropecuários;VIII - notificação e o atendimento a focos; eIX - a interdição de áreas e propriedades.
Art. 15. Objetivando reduzir as oportunidades de propagação de doenças transmissíveis ao rebanho estadual, fica estabelecida a obrigatoriedade de documento zoossanitário para o trânsito intraestadual e interestadual de todas as espécies animais, incluindo peixes, seus produtos e subprodutos, seja por via terrestre, aérea ou fluvial, destinados a quaisquer finalidades.
Parágrafo único. O Regulamento estabelecerá os requisitos para expedição da competente
documentação zoossanitária para o trânsito de animais no Estado de Roraima.
Art. 16. A manipulação de agentes de doenças transmissíveis previstas nesta Lei e os seus instrumentos legais complementares, para fins de experimentação ou de qualquer outra natureza, poderá ser autorizada pela SEAAB, para instituições que comprovarem as necessárias condições de biossegurança de suas instalações.
Art. 17. A SEAAB poderá negar ou cancelar registro das pessoas físicas ou jurídicas que descumprirem esta Lei.
CAPÍTULO VIDOS DEVERES DOS ESTABELECIMENTOS DE ABA TE DE ANIMAIS E RECEBIMENTO DE
LEITE
Art. 18. Os estabelecimentos destinados ao abate de animais só poderão receber aqueles devidamente acompanhados da Guia de Trânsito Animal - G.TA., ou documento equivalente que porventura venha a substituí-Ia.
Art. 19. Os estabelecimentos que recebem leite "in natura" somente poderão fazê-lo de produtores que comprovem a vacinação do rebanho, ou exames e testes obrigatórios dos animais, contra doenças definidas de acordo com o disposto no Regulamento desta Lei.
CAPÍTULO VII DOS CONSELHOS
Art. 20. Fica criado o Conselho Estadual de Saúde Animal - C.E.S.A., com caráter deliberativo e função normativa, composto dos seguintes membros:
I - um representante indicado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento -SEAAB;II - um representante indicado pela Delegacia Federal da Agricultura - DF /RR; III - um representante indicado pela Universidade Federal de Roraima - UFRR;IV - um representante indicado pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária de Roraima -
CRMV /RR;V - um representante indicado pela Federação de Agricultura do Estado de Roraima - FAERR;
VI - um representante indicado pela Associação de Criadores de Gado de Roraima – ACRIGER;VII – um representante indicado pela COOPERCARD; VIII – um representante indicado pelo FUNDEPEC; eIX – um representante indicado pela EMBRAPA.
Parágrafo único. O Conselho Estadual de Saúde Animal reunir-se-á ordinariamente em datas previstas em regulamento e extraordinariamente, sempre que ocorrer os fatos ocorridos nos incisos VII a IX do art. 26 ou quando a maioria de seus membros entenderem que haja motivo suficiente de ordem pública, para convocação.
Art. 21. Compete ao Conselho Estadual de Saúde Animal- C.E.S.A. :I - deliberar sobre política de defesa sanitária animal no Estado de Roraima;
II - julgar, em nível de segundo grau, os recursos interpostos pelos infratores contra a imposição de multas aplicadas pelo Departamento de Defesa Agropecuária - DEDAG, da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, após indeferimento de recurso dirigido a esse órgão;
III - promover, a nível consultivo, o entrosamento operacional e o aperfeiçoamento das relações do Governo do Estado com a sociedade civil, através das entidades e órgãos representativos dos segmentos organizados, onde recaírem as ações da Secretaria de Estado de Abastecimento;e
IV - estimular a criação e manutenção dos Conselhos Municipais de Saúde Animal C.O.M.U.S.A., com atribuição de promover, planejar, executar, facilitar e auxiliar na execução das ações
de defesa sanitária animal nas comunidades rurais e urbanas, capacitando suas lideranças para atuarem como multiplicadores das ações de sanidade animal, apoiando e subsidiando o Conselho Estadual de Saúde Animal- C.E.S.A.
Art. 22. Os Membros do Conselho Estadual de Defesa Animal não serão remunerados, sob qualquer título, sendo suas funções consideradas serviços relevantes prestados ao Estado.
Art. 23. Sob a coordenação da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, os municípios, através dos poderes executivo, legislativo e judiciário, e as entidades de classe que representam os produtores rurais locais, serão criados os Conselhos Municipais de Saúde Animal - C.O.M.US.A., com função de apoio e subsídio ao Conselho Estadual de Saúde Animal- C.E.S.A..
Art. 24. O Conselho Estadual de Saúde Animal - C.E.S.A., com composição e competência definidas nos artigos 20 e 21, respectivamente, será nomeado por ato do Governador do Estado para mandato de dois (02) anos, à vista da indicação de suas respectivas entidades, permitida uma recondução.
§ 1° O Secretário de Agricultura, na qualidade de presidente do C.E.S.A., indicará o Secretário-Executivo, dentre os servidores da autarquia.
§ 2° O presidente do C.E.S.A., em seus impedimentos e ausências eventuais será substituído pelo Coordenador de Defesa Sanitária Animal da SEAAB.
CAPÍTULO VllIDAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
Art. 25. Ficam os servidores do quadro da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, nos termos da presente Lei, credenciados a lavrar o Termo de Inflação e Multa, quando da constatação de qualquer ação ou omissão que importe na inobservância dos seus preceitos, bem como, dos regulamentos e demais medidas diretivas dela decorrentes ao não cumprimento do estabelecido nesta Lei e demais normas pertinentes.
Art. 26. Sem prejuízo das demais cominações estabelecidas em norma Federal, aos infratores desta Lei aplicam-se, isoladas ou cumulativamente, as seguintes sanções administrativas:
I - advertência;II - multa de até 500 (quinhentas) Unidades Fiscais do Estado de Roraima UFERR), na sua
falta, a critério do Poder Executivo, outro valor legal correspondente;III - proibição do comércio e do trânsito de animais, seus produtos e suprodutos de origem
animal;IV - apreensão de animais;V - apreensão de produtos e subprodutos de origem animal;VI - apreensão de veículos;VII - despovoamento de animais;VIII - abate sanitário;IX - sacrifício sanitário;X - interdição de estabelecimentos rurais, recintos de eventos agropecuários e outros
estabelecimentos onde se registre ou realize aglomeração de animais ou que representem riscos de disseminação de doenças dos animais; e
XI - cancelamento de registro de pessoas físicas ou jurídicas.Parágrafo único. Em caso de reincidência, as multas serão aplicadas em dobro.
Art. 27. Sem prejuízo das penalidades previstas nesta Lei, os infratores estarão sujeitos a participação em programas de educação sanitária estabelecidos por ato normativo do Secretário Executivo de Agricultura, após deliberação do Conselho Estadual de Saúde Animal- C.E.S.A.
CAPÍTULO IXDO PROCESSO ADMINISTRATIVO
Art. 28. A infração às disposições desta Lei e sua Regulamentação, será objeto de formalização de
processo administrativo, que tem como fundamento o Termo de Infração e Multa, constante de uma única peça, lavrada por servidor da SEAAB vinculado aos programas de Defesa Sanitária Animal.
Art. 29. Considera-se infração a esta Lei a inobservância a quaisquer de seus dispositivos e ao seu regulamento, bem como, as normas técnicas especiais que se destinem à proteção da saúde animal, da saúde pública e do meio ambiente.
Parágrafo único. Responde pela infração a que alude o "caput" deste artigo quem, por ação ou omissão, lhe der causa, concorra para sua prática ou dela se beneficie.
CAPÍTULO XDOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS
Art. 30. O autuado terá o prazo de 05 (cinco) dias úteis para apresentar defesa, dirigida ao Departamento de Defesa Agropecuária - DEDAG
§ 1° Do indeferimento do Departamento de Defesa Agropecuária - DEDAG caberá, em última instância, recurso para o Conselho Estadual de Saúde Animal- C.E.S.A., no prazo de 30 (trinta) dias, contados da intimação.
§ 2° Decorridos 30 (trinta) dias do julgamento final do contencioso administrativo, sem cumprimento da penalidade imposta, os autos serão encaminhados para inscrição em Dívida Ativa do Estado.
§ 3° O infrator ou a quem represente, terá 15 (quinze) dias para o cumprimento da decisão, contados do recebimento da notificação que lhe noticiar o indeferimento do recurso.
§ 4° Quando for declarada interdição da propriedade, os recursos porventura interpostos, serão recebidos sem o efeito suspensivo.
CAPÍTULO XIDAS RECEITAS E SUA APLICAÇÃO
Art. 31. Os recursos pertencentes aos fundos de emergência sanitária ficarão em contas específicas das entidades privadas, representadas pelo setor pecuário no Conselho Estadual de Saúde Animal - C.E.S.A., devendo ser regulamentados e movimentados de acordo com o(s) respectivo(s) programa(s) de prevenção ou erradicação.
Art. 32. Fica instituída a cobrança de taxas e emolumentos pelos serviços relacionados à Defesa Sanitária Animal prestados pela Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento ou por órgãos conveniados, consoante o disposto do Regulamento desta Lei que fixará anualmente os respectivos valores.
Parágrafo único. VETADO.
Art. 33. Os valores arrecadados por meio de convênios com entidades públicas serão recolhidos através de código especifico da Secretaria de Estado da Fazenda – SEFAZ, devendo ser utilizados de acordo com o que foi ajustado entre as partes conveniadas.
Art. 34. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento poderá, desde que autorizada pelo Governador do Estado, firmar convênios com entidades privadas, estipulando nos mesmos a fixação dos objetivos, finalidades, forma de arrecadação e gerenciamento das receitas, inclusive a responsabilidade pela movimentação dos respectivos numerários, que deverá ser atribuída às próprias entidades conveniadas.
CAPÍTULO XIIDA DEFESA VEGETAL
Art. 35. VETADO.
Art. 36. VETADO.
Art. 37. VETADO.
Art. 38. VETADO.
Art. 39. VETADO.
Art. 40. VETADO.
Art. 41. VETADO.
Art. 42. VETADO.
Art. 43. VETADO.
Art. 44. VETADO.
Art. 45. VETADO.
Art. 46. VETADO.
Art. 47. VETADO.
Art. 48. VETADO.
Art. 49. VETADO.
Art. 50. VETADO.
Art. 51. VETADO.
Art. 52 O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de até 90 (noventa) dias, a partir da sua publicação.
Parágrafo único. VETADO.
CAPÍTULO XII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 53. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Art. 54. Fica revogada a Lei n° 313, de 19 de dezembro de 2001 e demais disposições em contrário.
Palácio Senador Hélio Campos, 29 de julho de 2004.
FRANCISCO FLAMARION PORTELAGovernador do Estado de Roraima
LEI Nº 870 DE 29 DE NOVEMBRO DE 2012
“Dispõe sobre as normas para licenciamento de
estabelecimentos processadores, registro e
comercialização de produtos artesanais comestíveis de
origem animal e vegetal no Estado de Roraima; revoga
a Lei nº 826, de 24 de novembro de 2011, e dá outras
providências.”
O GOVERNADOR DO ESTADO DE RORAIMA:
Faço saber que a Assembleia Legislativa aprovou e eu
sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Ficam estabelecidas normas para licenciamento
de estabelecimentos processadores, registro e
comercialização de produtos artesanais comestíveis de
origem animal e vegetal no Estado de Roraima.
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, entende-se por:
I – elaboração de produtos artesanais comestíveis de
origem animal e vegetal: o processo utilizado na
obtenção de produtos produzidos por estabelecimentos
de microempreendedor, ou oriundos da agricultura
familiar, conforme parâmetros estabelecidos nesta
Lei;
II – produtos de origem animal: a carne de animais de
açougues, de animais silvestres originários de criação
devidamente regulamentada e seus derivados, o
pescado e seus derivados, o leite e seus derivados, o
ovo e seus derivados, os produtos das abelhas e seus
derivados;
III – produtos de origem vegetal: raízes, tubérculos,
rizomas, bulbos, flores e inflorescência e frutos pré-
processados, processados, conservados, embalados e
rotulados;
IV – produtos alimentares: são produtos próprios para
o consumo humano com todas as qualidades
organolépticas, nutricionais e inócuos dos perigos
químicos, físicos e biológicos:
a) são considerados “perigos” os fatores que podem
contaminar as matérias-primas, ingredientes e
alimentos;
b) os “perigos” químicos: toxinas naturais
(ciguatoxinas, toxinas paralisantes, neurotóxicas,
amnésicas e diarréicas, entre outras), toxinas fúngicas
(micotoxinas), metabólitos tóxicos de origem
microbiana (histamina e tetrodotoxinas), pesticidas,
herbicidas, contaminantes inorgânicos tóxicos,
antibióticos, anabolizantes, aditivos e coadjuvantes
alimentares tóxicos, lubrificantes e pinturas (tintas),
desinfetantes, detergentes, entre outros;
c) os “perigos” físicos: são materiais ou objetos que
podem causar dano ao consumidor, por exemplo:
vidros, metais, madeira, ossos, entre outros;
d) os “perigos” biológicos: bactérias patogênicas e
suas toxinas, vírus, parasitos patogênicos e
protozoários.
Parágrafo único. São consideradas passíveis de
beneficiamento e elaboração de produtos artesanais
comestíveis de origem animal e vegetal e seus
derivados:
I – carne e seus derivados;
II – leite e seus derivados;
III – ovo e seus derivados;
IV – pescado e seus derivados;
V – produtos das abelhas e seus derivados;
VI – mandioca, outros tubérculos comestíveis e seus
derivados;
VII – flores e inflorescência;
VIII – frutos in natura e seus derivados;
IX – hortaliças;
X – cereais.
Art. 3º Os produtos de que trata o artigo anterior
poderão ser comercializados em todo o Estado de
Roraima, cumpridos os requisitos desta Lei.
Art. 4º Compete à Agência de Defesa Agropecuária do
Estado de Roraima – ADERR, por meio do Serviço de
Inspeção Estadual – SIE, a inspeção e fiscalização dos
produtos artesanais comestíveis de origem animal e
vegetal, a abertura dos processos, orientação sobre
implantação e implementação dos projetos das
unidades processadoras de alimentos, emissão do
registro, orientação e treinamento de técnicos e
auxiliares do seu quadro de pessoal, e a definição de
outros mecanismos de apoio técnico, nos limites de
suas áreas de atuação.
I – para efeito de enquadramento nesta Lei, o
microempreendedor individual (MEI) deve atender as
legislações pertinentes para o seu registro e
legalização, que manipulem ou pretendam manipular
alimentos com finalidade da agregação de valor,
conservação, embalagem e rotulagem de alimentos
processados de modo artesanal para comercialização
de produtos de origem animal e vegetal.
II – para efeito desta lei considera-se por agricultor
familiar e empreendedor familiar rural (Lei Federal nº
11.326, de 24 de julho de 2006) aquele que pratica
atividades no meio rural, atendendo, simultaneamente,
aos seguintes requisitos:
a) não detenha, a qualquer título, área maior do que 4
(quatro) módulos fiscais;
b) utilize predominantemente mão-de-obra da própria
família nas atividades econômicas do seu
estabelecimento ou empreendimento;
c) tenha percentual mínimo da renda familiar
originada de atividades econômicas do seu
estabelecimento ou empreendimento, na forma
definida pelo Poder Executivo (Redação dada pela Lei
Federal Nº 12.512, de 2011);
d) dirija seu estabelecimento ou empreendimento com
sua família;
e) o disposto na alínea “a” do caput deste artigo não se
aplica quando se tratar de condomínio rural ou outras
formas coletivas de propriedade, desde que a fração
ideal por proprietário não ultrapasse 4 (quatro)
módulos fiscais.
Parágrafo único. Além dos requisitos citados no inciso
II deste artigo, o agricultor familiar deverá apresentar
a Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP).
Art. 5º Para obtenção do registro será obrigatória a
implantação do manual de Boas Práticas de Fabricação
(BPF) nos estabelecimentos de transformação e de
manipulação de alimentos para fins de verificação das
condições higiênico-sanitária de funcionamento.
Art. 6º A Agência de Defesa Agropecuária do Estado
de Roraima – ADERR e a Secretaria de Estado da
Saúde – SESAU poderão pactuar Acordos de
Cooperação Técnica com os órgãos que exercem o
controle sanitário de alimentos de origem animal e
vegetal no Estado de Roraima, de acordo com suas
competências legais e que possuam ou tenham acesso
a estrutura técnica e laboratorial, bem como, com
entidades públicas que preencham as condições
adequadas à execução das tarefas e a implantação e
funcionamento da inspeção e fiscalização dos
estabelecimentos, visando a garantia dos aspectos de
sanidade e controle de qualidade dos produtos
processados nos estabelecimentos abrangidos por esta
Lei.
Parágrafo único. Compete à Agência de Defesa
Agropecuária do Estado de Roraima – ADERR, por
meio do Serviço de Inspeção Estadual – SIE, o
acompanhamento e a fiscalização das atividades
inerentes aos convênios firmados com os municípios e
entidades públicas, podendo ser rescindidos quando
não atenderem aos requisitos desta Lei.
Art. 7º Os órgãos a que se refere o Artigo 6º são: a
Secretaria de Estado da Saúde – SESAU, por meio da
Vigilância Sanitária, a Agência de Defesa
Agropecuária do Estado de Roraima – ADERR,
Secretarias Municipais de Saúde, Secretarias
Municipais de Agricultura ou órgãos equivalentes, no
âmbito de seus serviços de inspeção e fiscalização dos
produtos de origem animal e vegetal.
Art. 8º O estabelecimento processador artesanal de
alimentos que adquirirem produtos de origem animal
e vegetal para beneficiar, manipular, industrializar ou
armazenar deverão manter livro de registro de entrada
e saída, constando, obrigatoriamente, a natureza e a
procedência das mercadorias.
Parágrafo único. Para a realização das análises
referentes aos produtos de origem animal e vegetal, a
ADERR utilizará como referência os laboratórios
especializados da rede oficial ou privados
estabelecidos no Estado, quando credenciados e
conveniados na forma da Lei. Caso essas análises não
possam ser realizadas pelos laboratórios credenciados,
a despesa de envio e realização das análises solicitadas
pelo serviço oficial serão custeadas pelo
estabelecimento processador artesanal de alimentos.
Art. 9º O estabelecimento processador artesanal de
alimentos de origem animal e vegetal manterá em
arquivo próprio sistema de controle que permita
confrontar, em quantidade e qualidade, o produto
processado com o lote que lhe deu origem. Art. 10.
Cada produto deverá ter seu rótulo aprovado e
registrado junto ao serviço oficial competente, sendo
objeto de norma específica e respeitando a legislação
vigente, indicando que é produto artesanal.
Art. 11. As instalações para estabelecimento
processador artesanal de alimentos de origem animal e
vegetal serão diferenciadas e obedecerão a preceitos
mínimos de construção, equipamentos, higiene e
escala de produção, e sua especificação será obedecida
em regulamento próprio.
Art. 12. Os produtos deverão ser transportados e
armazenados em condições adequadas para a
preservação de sua qualidade.
Art. 13. A caracterização de qualquer tipo de fraude,
infração ou descumprimento desta Lei sujeitará o
infrator às sanções previstas em Lei e regulamento
específicos, sem prejuízo às demais.
Art. 14. A habilitação é válida por 02 (dois) anos,
renováveis por períodos iguais ou sucessivos, devendo
ser requerida sua renovação trinta dias antes do
término de sua vigência.
Art. 15. O certificado de habilitação poderá ser
cancelado ou suspenso pelo Órgão competente nos
termos de regulamento específico.
Art. 16. Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em contrário.
Palácio Senador Hélio Campos/RR, 29 de novembro
de 2012.
JOSÉ DE ANCHIETA JUNIOR
Governador do Estado de Roraima
1
DECRETO Nº 16.374-E DE 20 DE NOVEMBRO
DE 2013.
“Regulamenta a Lei Estadual nº 870, de 29 de
novembro de 2012, que dispõe sobre as normas para
licenciamento de estabelecimentos processadores,
registro e comercialização de produtos artesanais
comestíveis de origem animal e vegetal no Estado de
Roraima e dá outras providências.”
O GOVERNADOR DO ESTADO DE RORAIMA, no
uso das atribuições que lhe confere o artigo 62, inciso
III, da Constituição do Estado de Roraima e tendo em
vista o disposto na Lei Estadual nº 870, de 29 de
novembro de 2012,
D E C R E T A:
Art. 1º Fica aprovado o regulamento para a
implantação e o funcionamento de estabelecimentos,
voltados para a produção, processamento e
comercialização de produtos artesanais comestíveis de
origem animal.
Art. 2º As normas para licenciamento de
estabelecimentos que se dedicam às atividades
artesanais de produtos comestíveis de origem animal
no Estado de Roraima serão reguladas de acordo com
o disposto na Lei Estadual nº 870, de 29 de novembro
de 2012.
Art. 3º Este Decreto entra em vigor 30 (trinta) dias
após a data de sua publicação.
Palácio Senador Hélio Campos/RR, 20 de novembro
de 2013.
JOSE DE ANCHIETA JUNIOR
Governador do Estado de Roraima
REGULAMENTO DAS NORMAS PARA
LICENCIAMENTO DE ESTABELE-
CIMENTOS PROCESSADORES, REGISTRO E
COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS
ARTESANAIS COMESTÍVEIS DE ORIGEM
ANIMAL NO ESTADO DE RORAIMA
CAPÍTULO I
DAS CONCEITUAÇÕES
Art. 1º Para efeito deste Regulamento entende-se por:
I – produtos artesanais: qualquer produto comestível
de origem animal elaborado em escala não industrial,
inclusive aqueles que mantenham características
tradicionais, culturais ou regionais;
II – estabelecimento artesanal: a estrutura física ou
micro-industrial, de pessoa física ou jurídica,
destinada ao recebimento, obtenção e depósito de
matéria prima, elaboração, acondicionamento,
armazenamento e comercialização de produtos
artesanais comestíveis de origem animal em escala não
industrial, situada nas áreas urbanas e rurais do estado
de Roraima;
III – estabelecimentos: obedecem a preceitos
simplificados de construção, limpeza e higiene, além
de normas estabelecidas em lei e outros regulamentos
técnicos;
a) estabelecimento de pequenos animais - o
estabelecimento destinado ao abate e elaboração de
produtos artesanais de pequenos animais de
importância econômica;
b) estabelecimento de médios e grandes animais: o
estabelecimento destinado ao abate e elaboração de
produtos artesanais de médios e grandes animais de
importância econômica;
c) estabelecimento de produtos cárneos: o
estabelecimento destinado à elaboração de produtos
artesanais cárneos embutidos, defumados e salgados;
d) estabelecimento de pescado e seus derivados: o
estabelecimento destinado à elaboração de produtos
artesanais que tenham como matéria prima peixes,
moluscos, anfíbios e crustáceos;
e) estabelecimento de recepção e acondicionamento de
ovos: o estabelecimento destinado à recepção, ao
acondicionamento e processamento de ovos;
f) estabelecimento de produtos apícolas: o
estabelecimento destinado à recepção e elaboração de
produtos artesanais oriundos das abelhas;
g) estabelecimento de laticínios: o estabelecimento
destinado à recepção, envase e pasteurização de leite,
sendo este para elaboração de queijo, iogurte e outros
derivados;
IV – órgão executor: a Agência de Defesa
Agropecuária do Estado de Roraima – ADERR, com
atribuição de executar as atividades de fiscalização
previstas neste Regulamento, por meio do SIE/RR; a
Secretaria de Estado da Saúde – SESAU, por meio da
Vigilância Sanitária Estadual; a Secretaria Municipal
de Saúde – SMSA, por meio da Vigilância Sanitária
Municipal; a Secretaria Estadual de Agricultura,
Pecuária e Abastecimento – SEAPA; a
Superintendência Federal de Agricultura em Roraima
– SFA/RR ou órgãos equivalentes, por meio de Acordo
de Cooperação Técnica;
V – Serviço de Inspeção Estadual de Roraima –
SIE/RR: aqueles com atribuições de registrar,
inspecionar e fiscalizar os estabelecimentos, as
instalações e equipamentos, o recebimento, a obtenção
2
e o depósito de matéria-prima e ingredientes,
elaboração, armazenagem, acondicionamento,
transporte e comercialização de produtos artesanais;
VI – inspeção e fiscalização: o ato de examinar a
higiene das pessoas, a construção e a higiene do
estabelecimento, das instalações e equipamentos; a
higiene, sanidade e os padrões físico-químicos e
microbiológicos no recebimento, obtenção e depósito
de matéria prima e ingredientes, assim como durante
as fases de elaboração, acondiciona- mento,
armazenagem, transporte e comercialização de
produtos artesanais, visando a qualidade do produto
final;
VII – inspetor e fiscal: o médico veterinário, em suas
respectivas áreas de competência, devidamente
capacitados e credenciados pelo SIE/RR, são
responsáveis pelo registro, inspeção e fiscalização do
estabelecimento, das instalações e equipamentos,
recebimento, obtenção e depósito de matéria prima e
ingredientes, elaboração, acondicionamento,
armazenagem, transporte e comercialização de
produtos artesanais;
VIII – auxiliar: técnico responsável por auxiliar o
Médico Veterinário nas inspeções e fiscalizações dos
estabelecimentos processadores de produtos artesanais;
IX – insumos: ingredientes, embalagens, produtos de
higienização, aditivos, conservantes e pesticidas;
X – limpeza: procedimento utilizado para remoção de
sujidades das superfícies, com auxílio de água,
abrasivos e detergentes;
XI – área suja: local ou dependência do
estabelecimento artesanal que apresente maior risco de
contaminação aos alimentos;
XII – área limpa: local ou dependência do
estabelecimento artesanal onde ocorra o
processamento e acondicionamento dos alimentos,
construído com o objetivo de reduzir a introdução e
multiplicação de agentes contaminadores;
XIII – armazenamento: conjunto de atividades e
requisitos para se obter uma correta conservação de
resíduos animais, insumos e produtos acabados;
XIV – barreira sanitária: instalação provida de lavador
de botas, lavatório com acionamento não manual da
água, detergente, sanitizante, papel toalha, coletor de
lixo com tampa de acionamento por pedal adjacente ao
acesso à área de processamento;
XV – efluentes: resíduos sólidos e líquidos oriundos
do processo de fabricação dos produtos artesanais.
CAPÍTULO II
DAS COMPETÊNCIAS E CONDIÇÕES PARA
OBTER O REGISTRO
Art. 2º Compete a Agência de Defesa Agropecuária do
Estado de Roraima – ADERR:
§ 1º Por meio do Serviço de Inspeção Estadual –
S.I.E., exercer ações pertinentes ao cumprimento das
normas de implantação, registro, funcionamento,
licenciamento, inspeção e fiscalização dos
estabelecimentos e dos produtos de processamento
artesanal de alimentos de origem animal;
§ 2º Pactuar acordo de cooperação técnica com os
órgãos que exerçam o controle sanitário de alimentos
de origem animal no estado de Roraima, de acordo
com suas competências legais, que preencham as
condições adequadas à execução das tarefas para a
implantação e funcionamento da inspeção e
fiscalização dos estabelecimentos, visando à garantia
dos aspectos de sanidade e controle de qualidade dos
produtos processados abrangidos por este decreto;
§ 3º Os órgãos a que se refere o parágrafo anterior são:
a Secretaria de Estado da Saúde – SESAU, por meio
da Vigilância Sanitária Estadual; a Secretaria
Municipal de Saúde – SMSA, por meio da Vigilância
Sanitária Municipal; a Secretaria Estadual de
Agricultura, Pecuária e Abastecimento – SEAPA; a
Superintendência Federal de Agricultura em Roraima
– SFA/RR ou órgãos equivalentes;
§ 4º Firmar convênios com os municípios que
possuam ou tenham acesso à estrutura técnica e
laboratorial, bem como com entidades públicas e
privadas que preencham as condições adequadas,
visando à garantia dos padrões higiênico-sanitários,
físico- químicos e microbiológicos e ao controle de
qualidade dos produtos artesanais abrangidos por este
Regulamento.
§ 5º O acompanhamento e fiscalização das atividades
dos acordos de cooperação técnica e convênios
firmados com municípios, entidades públicas e
privadas.
§ 6º Estabelecer normas, regulamentos, portarias,
ofícios, ofícios circulares, circular e instruções
adicionais ao exercício da inspeção e fiscalização da
elaboração e comercialização em escala não industrial
de produtos artesanais comestíveis de origem animal.
Art. 3º É considerado produtor artesanal de produto de
origem animal para efeito de enquadramento neste
Regulamento:
I - o microempreendedor individual (MEI) que
manipule ou pretenda manipular alimentos com
finalidade da agregação de valor, conservação,
embalagem e rotulagem de alimentos processados de
3
modo artesanal para comercialização, atendendo as
legislações pertinentes para o seu registro e
legalização;
II - e o agricultor familiar e empreendedor familiar
rural (Lei Federal Nº 11.326, de 24 de julho de 2006)
aquele que pratica atividades no meio rural,
atendendo, simultaneamente, aos seguintes requisitos:
a) não detenha, a qualquer título, área maior do que 4
(quatro) módulos fiscais;
b) utilize predominantemente mão-de-obra da própria
família nas atividades econômicas do seu
estabelecimento ou empreendimento;
c) tenha percentual mínimo da renda familiar originada
de atividades econômicas do seu estabelecimento ou
empreendimento, na forma definida pelo Poder
Executivo (Redação dada pela Lei Federal Nº 12.512,
de 2011);
d) dirija seu estabelecimento ou empreendimento com
sua família;
e) o disposto na alínea “a” do caput deste artigo não se
aplica quando se tratar de condomínio rural ou outras
formas coletivas de propriedade, desde que a fração
ideal por proprietário não ultrapasse 4 (quatro)
módulos fiscais.
Parágrafo único. Além dos requisitos citados no inciso
II deste artigo, o agricultor familiar deverá apresentar
a Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP),
expedida por órgão competente.
Art. 4º Para funcionamento do estabelecimento
artesanal de produtos de origem animal comestível, o
produtor da agricultura familiar ou o
microempreendedor deverá ser registrado na Agência
de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima –
ADERR.
§ 1º Para obter o registro na Agência de Defesa
Agropecuária do Estado de Roraima – ADERR, o
solicitante deverá formalizar pedido instruído com os
seguintes documentos:
I – requerimento dirigido a Agência de Defesa
Agropecuária do Estado de Roraima – ADERR
solicitando o registro e a instalação do serviço de
inspeção e fiscalização;
II – registro no CNPJ ou CPF e inscrição na Secretaria
de Estado da Fazenda, como produtor rural,
microempreendedor individual ou microempresa;
III – documento de inscrição no conselho de classe
competente, com anotação do responsável técnico;
IV – documento que comprove as condições de
microempreendedor individual ou agricultor familiar,
expedida pelo órgão competente;
V – documentos de identificação pessoal ou de
constituição jurídica;
VI – carteira de saúde do (s) manipulador (es) de
alimentos emitida por instituição habilitada;
VII – exame da água de abastecimento, cujas
características devem se enquadrar no padrão físico-
químico e microbiológico conforme Legislação
Vigente;
a) Quando o resultado do exame da água estiver fora
dos padrões considerados desejáveis, impõe-se novo
exame;
VIII – licenciamento ambiental expedido por órgão
competente;
IX – documento que ateste as condições sanitárias dos
animais, sobretudo os que vão dar origem a matéria-
prima a ser utilizada no processamento artesanal de
alimentos de origem animal;
X – planta baixa e/ou croqui do estabelecimento e
memorial descritivo da área de processamento;
XI – registro de rótulo conforme estabelecido no art.
43 do presente Decreto;
XII – outros documentos, atestados ou exames
exigidos pelos órgãos competentes desde que
previstos em normas complementares.
§ 2º A concessão do registro fica condicionado ao
parecer emitido no Laudo de Vistoria do SIE/RR.
§ 3º Quando o Laudo de Vistoria, a que se refere o §
2º deste artigo, estabelecer ou determinar a
necessidade de serem feitos ajustes de qualquer
natureza nos estabeleci- mentos solicitantes de acordo
com cada caso específico à conveniência da
Administração fiscalizadora, o registro ficará
condicionado até que as recomendações ou
determinações contidas no Laudo sejam atendidas, e
que não comprometa a qualidade do produto final.
§ 4º A validade do registro do produto artesanal será
de 2 (dois) anos, quando do primeiro registro, ficando
após esse prazo a obrigatoriedade da renovação por
períodos iguais ou sucessivos, devendo ser requerida
sua renovação 30 (trinta) dias antes do término de sua
vigência.
§ 5º Não atendidos os requisitos legais e
regulamentares, o pedido definitivo será indeferido.
CAPÍTULO III
DAS ATRIBUIÇÕES DO SIE/RR
Art. 5º São atribuições do SIE/RR:
I – vistoriar o estabelecimento requerente;
II – definir os produtos passíveis de serem elaborados
artesanalmente, segundo a natureza e origem da
matéria-prima e dos ingredientes, o processo de
fabricação e o potencial de risco à saúde do
consumidor;
4
III – estabelecer em regulamento, juntamente com
órgãos de pesquisa, padrões de identidade e qualidade
de produtos de origem animal comestível que ainda
não tenham legislação específica;
IV – aprovar e expedir o registro de funcionamento do
estabelecimento;
V – analisar fórmulas, rótulos, carimbos e autorização
para utilizar embalagens, conforme processo de
rotulagem, a serem usados na elaboração de produtos
artesanais, bem como aprovar as plantas de construção
de estabelecimento requerente; VI – capacitar, treinar
e credenciar inspetores, fiscais e auxiliares;
VII – acompanhar e fiscalizar as atividades inerentes
aos convênios firmados com municípios e entidades
públicas e privadas, podendo ser rescindidos quando
não atenderem aos requisitos deste Regulamento, ou
de outras normas pertinentes;
VIII – verificar carteiras de saúde dos funcionários e
proprietários de estabelecimento, exame de água e
outros atestados e exames julgados necessários;
IX – inspecionar, reinspecionar e fiscalizar o
estabelecimento, as instalações e os equipamentos, a
matéria-prima, os ingredientes e os produtos
artesanais elaborados; X – expedir laudos de inspeção
e fiscalização pertinentes ao SIE/RR.
CAPÍTULO IV
DO ESTABELECIMENTO, DAS INSTALAÇÕES
E EQUIPAMENTOS
Art. 6º O estabelecimento deve:
I – estar situado em áreas que não apresentem níveis
indesejados de odores, fumaças, poeira e outros
contaminadores, que não estejam expostos a
inundações, e devem possuir licença ambiental junto
ao órgão competente;
II – localizar-se afastado de fontes de mau cheiro e de
contaminação, distante dos limites das vias públicas,
no mínimo, em 5 (cinco) metros, de preferência no
centro do terreno, com área disponível para circulação
interna de veículos, devidamente cercado, e projetados
de forma a permitir a separação entre áreas e setores,
pelo emprego de meios eficazes, com fluxo ordenado e
continuo desde a chegada da matéria prima, durante o
processo de produção, até a obtenção do produto
acabado, de forma a evitar as operações suscetíveis de
causar contaminação cruzada;
III – ter uma área limpa e uma área suja, devidamente
separadas;
IV – ser construído em alvenaria ou outro material
aprovado pelo SIE/RR, com área compatível com o
volume máximo da produção, tamanho das espécies
animais a serem processados;
V – dispor de depósito ou armário, em material
adequado, para os insumos a serem utilizados na
elaboração dos produtos;
VI – dispor de produto aprovado pela inspeção, para
higienizar as instalações, equipamentos e utensílios,
como vapor, água quente e soluções cloradas;
VII – aplicar as providências preconizadas pelas
normas de segurança do trabalho, segundo o porte e a
natureza do estabelecimento.
VIII – dispor de banheiro, vestiário e depósito,
separados do ambiente interno destinado ao
processamento, manipulação e estocagem;
IX – possuir piso antiderrapante, sem batentes,
impermeável, de fácil higienização e com declive
adequado para permitir o escoamento adequado de
líquidos;
X – possuir paredes lisas, de cor clara, impermeáveis e
de fácil higienização, dotadas de janelas que permitam
a perfeita aeração e luminosidade;
XI – possuir teto ou forro, de cor clara, construídos
com materiais que proporcionem facilidade de
higienização e possuir sistema de vedação contra
insetos e outras fontes de contaminação;
XII – dispor permanentemente de água potável e em
quantidade suficiente para atender à demanda do
estabelecimento, cuja fonte de canalização e
reservatório deverá ser protegida, para evitar qualquer
tipo de contaminação;
XIII – dispor de sistema de escoamento de água
servida, sangue, soro, resíduos, efluentes e rejeitos da
elaboração de produtos artesanais, de acordo com as
recomendações do órgão ambiental responsável;
XIV – dispor, quando necessário, de sistema de frio,
que poderá ser composto de freezer, geladeira
industrial ou câmara fria;
XV – dispor de fonte de energia elétrica compatível
com a necessidade do estabeleci- mento;
XVI – ter as aberturas da construção, com acesso ao
seu exterior, fechadas com telas à prova de insetos;
XVII – dispor de equipamentos e recursos essenciais
ao seu funcionamento, compostos de materiais
resistentes, impermeáveis, que permitam uma perfeita
limpeza e higienização;
XVIII – evitar o uso de madeira em esquadrias ou em
utensílios dentro da unidade de produção, excetuando-
se a condição em que a tecnologia empregada o exija.
Sob nenhum pretexto podem ser utilizados objetos tais
como latas de óleo, cuias, cabaças etc.;
Art. 7º Todos os equipamentos e utensílios utilizados
nas áreas de produção, ou que entrem em contato com
as matérias-primas ou os produtos, devem ser
construídos de materiais que não transmitam
substâncias tóxicas, odores ou sabores, e sejam
5
impermeáveis e resistentes à corrosão e capazes de
resistir a repetidas operações e higienização.
Art. 8º O estabelecimento de produtos artesanais só
pode funcionar se devidamente instalado e equipado,
devendo observar as normas técnicas expedidas pela
legislação vigente.
Parágrafo único. Sempre que o tipo e a tecnologia do
produto artesanal a ser elaborado exigir, o
estabelecimento deve possuir equipamentos e
instalações compatíveis com a sua elaboração.
CAPÍTULO V
DA HIGIENE DAS INSTALAÇÕES E DOS
EQUIPAMENTOS
Art. 9º Todas as instalações e os equipamentos devem
ser mantidos em condições de higiene antes, durante e
após a elaboração dos produtos artesanais.
Art. 10. Os pisos e paredes, bem como os
equipamentos e utensílios devem ser lavados e
adequadamente higienizados com produtos registrados
no Ministério da Saúde e aprovados pelo SIE/RR,
devendo ser mantidos limpos, organizados e em
perfeitas condições de higiene e funcionamento, antes
e após o processamento dos produtos.
Art. 11. As máquinas, tanques, caixas, recipientes,
mesas e demais materiais e utensílios serão
identificados de modo a evitar equívocos entre o
destino de produtos comestíveis e os usados no
transporte ou depósito de produtos não-comestíveis ou
ainda utilizados na alimentação animal, usando-se as
denominações “comestíveis” e “não-comestíveis”.
Art. 12. É proibido o acondicionamento de matérias-
primas, ingredientes e produtos artesanais elaborados,
em carros e recipientes que tenham servido para
produtos não- comestíveis.
Art. 13. É proibido empregar recipientes de cobre,
latão, zinco, barro, ferro estanhado com ligamento que
contenha mais de 2% (dois por cento) de chumbo ou
que apresente estanhagem defeituosa, ou ainda,
qualquer utensílio que, pela forma e composição, possa
prejudicar a matéria-prima, os ingredientes ou os
produtos elaborados.
Art. 14. Os recipientes já usados, quando se
destinarem ao acondicionamento dos produtos, devem
ser previamente inspecionados, condenando-se os que,
após terem sido lavados e higienizados, forem
julgados impróprios para uso no estabelecimento. Art.
15. O estabelecimento deve ser mantido limpo, livre
de moscas, mosquitos, ratos, camundongos ou
quaisquer outros vetores, agindo-se cautelosamente
quanto ao emprego de produtos tóxicos, mesmo que
seu uso seja aprovado pelo Ministério da Saúde,
devendo as tarefas de dedetização serem realizadas por
empresa devidamente registrada nos órgãos
competentes.
Art. 16. É proibido residir, dormir, fazer refeições,
fumar, depositar produtos, objetos e materiais
estranhos à finalidade do estabelecimento ou ainda
guardar adornos, roupas ou calçados de qualquer
natureza nas instalações de recebimento, produção,
expedição, obtenção e depósito de matéria prima e
ingredientes.
Art. 17. As instalações sanitárias, vestiários e outras
dependências, devem ser mantidas limpas,
organizadas, livres de pragas, goteiras, infiltrações,
mofo, vazamentos e estruturas quebradas ou
defeituosas.
Art. 18. As câmaras frias, freezers e refrigeradores
devem atender às mais rigorosas condições de higiene
e funcionamento, devendo ser lavadas e higienizadas
sempre que necessário, ficando seu uso exclusivo aos
produtos aos quais se destinam.
Art. 19. Os currais, bretes, mangueiras e outras
instalações próprias para a guarda, pouso e contenção
de animais vivos ou para depósito de resíduos devem
ser lavados e higienizados, sempre que necessário,
com desinfetantes aprovados pelo Ministério da Saúde
ou autorizados pelo SIE/RR.
Art. 20. No estabelecimento de laticínios é obrigatória
a limpeza e a higienização dos recipientes utilizados
na coleta, antes de seu retorno aos pontos de origem.
Art. 21. O reservatório que abastece o estabelecimento
deve ser lavado e higienizado no mínimo a cada 6
(seis) meses ou, se necessário em periodicidade
inferior a critério do órgão fiscalizador.
Art. 22. As caixas de inspeção e sedimentação de
substâncias residuais devem ser frequentemente
inspecionadas e convenientemente limpas.
CAPÍTULO VI
DA HIGIENE DOS TRABALHADORES
Art. 23. Todos os funcionários e/ou proprietários de
estabelecimento, envolvidos no processo produtivo,
deverão fazer exames de saúde a cada 6 (seis) meses.
Art. 24. Sempre que comprovada a ocorrência de
dermatose, salmonelose, doença infectocontagiosa ou
repugnante nos funcionários e proprietários do
estabelecimento, estes deverão ser imediatamente
afastados do trabalho até a cura da enfermidade, só
podendo retornar após laudo médico de liberação para
exercer a atividade em questão. Art. 25. As pessoas que
trabalham nas áreas de manipulação não podem ter
acesso a setores que são passíveis de contaminação.
Art. 26. É obrigatório o uso de paramentação, gorros,
luvas, aventais, calçados próprios, todos limpos e
6
higienizados, assim como a boa higiene dos
funcionários e proprietários do estabelecimento nas
dependências de recebimento, produção, expedição,
obtenção e depósito de matéria prima e ingredientes,
elaboração, acondicionamento e armazenagem dos
produtos, sob pena de interdição do estabelecimento.
Art. 27. É obrigatório o uso de máscaras próprias e
limpas para a cobertura da boca e nariz nas tarefas que
requerem contato direto do manipulador com o
produto, tais como: corte e mexedura de coalhada,
filetagem de pescado, corte de carnes e embalagem dos
produtos, não sendo permitida a reutilização das
mesmas em mais de um turno.
Art. 28. É obrigatório o uso de equipamentos ou
indumentárias de proteção individual, tais como: luvas
em malha de aço para a desossa e corte de carnes e
pescados; chapéu, macacão, luva e bota de apicultor
para a coleta de mel; aventais industriais e outros
relacionados com a segurança do funcionário.
CAPÍTULO VII
DAS OBRIGAÇÕES DOS ESTABELECIMENTOS
Art. 29. O produtor artesanal ou estabelecimento
processador artesanal têm as seguintes obrigações:
I – cumprir e fazer cumprir todas as exigências
contidas no presente Regulamento;
II – apresentar relatório mensal ao SIE/RR até o 5º dia
útil do mês subsequente, contendo os dados
estatísticos da produção, industrialização, do
transporte e da comercialização dos produtos de
origem animal, o não atendimento da entrega do
relatório no prazo estabelecido, culminará na aplicação
das penalidades do art. 49 deste regulamento;
III – fornecer pessoal necessário, bem como o material
necessário aos trabalhos de inspeção;
IV – manter em dia o registro do recebimento de
animais, matérias-primas, produtos elaborados,
especificando sua procedência e qualidade, saída e
destino destes;
V – possuir livro oficial de registro com termo inicial
de abertura, lavrado pela ADERR, na data do início do
funcionamento, para as informações, recomendações e
visitas da fiscalização, para o controle higiênico-
sanitário e tecnológico da produção, e ser mantido no
estabelecimento produtor, à disposição da
fiscalização.
Art. 30. O estabelecimento deverá manter um sistema
de controle que permita confrontar, em quantidade, o
volume dos produtos elaborados com a matéria-prima
e ingredientes que lhe deram origem.
Art. 31. Os estabelecimentos de beneficiamento de
leite e industrialização de seus derivados são obrigados
a fornecer ao serviço de inspeção sanitária a relação
atualizada dos fornecedores, nome da propriedade
rural e atestado sanitário do rebanho, sempre que
exigido pelo Serviço Oficial de Inspeção.
CAPÍTULO VIII
DA INSPEÇÃO E DA FISCALIZAÇÃO
Art. 32. A inspeção e fiscalização obedecerão às
normas estabelecidas neste Regulamento, bem como
em outros regulamentos específicos ao produto
elaborado e à área de atuação da empresa.
Art. 33. A inspeção e fiscalização serão exercidas pela
ADERR, por meio do SIE/RR, sobre pessoas físicas e
jurídicas de direito público e privado, por servidores
devida- mente capacitados.
Art. 34. O exercício da inspeção e fiscalização previsto
no artigo anterior caberá a médicos veterinários, nas
suas respectivas áreas de competência, podendo dispor
de auxiliares devidamente capacitados, sempre sob as
suas responsabilidades.
§ 1º Os fiscais terão carteira de identidade funcional na
qual constará a denominação do órgão emitente, o
número da matrícula, além de assinatura, fotografia e
cargo.
§ 2º Os fiscais, no exercício de suas funções, ficam
obrigados a exibir a carteira de identidade funcional
quando solicitados.
§ 3º É permitido aos fiscais, no desempenho de suas
funções, o ingresso em qualquer estabelecimento das
pessoas físicas e jurídicas relacionadas no Art. 35 deste
Regulamento.
CAPÍTULO IX
DO CONTROLE DE QUALIDADE DOS
PRODUTOS, DO TRANSPORTE, DA
EMBALAGEM E ARMAZENAGEM
Art. 35. Os produtos e matérias primas artesanais
comestíveis de origem animal, satisfeitas as
exigências legais, as reinspeções, respeitadas as
disposições no presente decreto, terão livre trânsito no
estado de Roraima.
Art. 36. Qualquer produto artesanal comestível de
origem animal, destinado a alimentação humana
deverá obrigatoriamente, para transitar no estado de
Roraima, portar rótulo registrado no S.I.E./RR ou o
carimbo de inspeção aplicado no produto (carcaças de
animais abatidos).
Art. 37. Verificando o descumprimento do artigo 38
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deste regulamento, o produto será apreendido pelo
S.I.E./RR que lhe dará o destino conveniente, devendo
ser lavrado os respectivos termos de apreensão e auto
de infração contra o infrator.
Art. 38. Os produtos artesanais deverão obedecer aos
padrões higiênico-sanitários, físico-químicos e
microbiológicos estabelecidos pela legislação vigente.
Art. 39. O estabelecimento só poderá utilizar rótulos
devidamente aprovados e registrados no S.I.E./RR.
Art. 40. Cada tipo de produto deverá ter seu registro
de rótulo junto ao S.I.E./RR, descrevendo o processo
de produção e o registro de fórmula contendo matérias
primas e ingredientes utilizados.
Parágrafo único. Constituirá a fórmula dos produtos
artesanais:
I – matéria prima de origem animal;
II – ingredientes, condimentos, corantes, coagulantes,
conservantes, antioxidantes, fermentos e quaisquer
outras substâncias que entrem em sua elaboração; III –
tecnologia de processamento.
Art. 41. A elaboração de produtos artesanais não
padronizados só será permitida após a aprovação do
seu registro de rótulo pelo S.I.E./RR.
Art. 42. Os produtos artesanais produzidos
anteriormente à entrada em vigor deste Decreto, bem
como os futuros, deverão obter junto ao S.I.E./RR a
aprovação de sua fórmula e seu respectivo processo de
elaboração.
Art. 43. A análise qualitativa da matéria prima de
ingredientes e produtos artesanais será realizada em
laboratórios especializados da rede oficial ou privados
estabelecidos no Estado, quando credenciados e
conveniados na forma da Lei. Caso essas análises não
possam ser realizadas pelos laboratórios credenciados,
a despesa de envio para realização das análises
solicitadas pelo serviço oficial, em laboratórios
credenciados em outros estados, serão custeadas pelo
estabelecimento processador artesanal de alimentos.
Art. 44. Os produtos que não se destinarem à
comercialização imediata deverão ser armazenados
em locais próprios e em temperaturas adequadas para
a melhor conservação e preservação de sua qualidade.
Art. 45. O transporte da matéria-prima e dos produtos
finais deverá ser efetuado em veículo limpo e fechado,
dotado de proteção e de outras condições adequadas
para manter a qualidade do produto.
Parágrafo único. Os produtos transportados deverão
ser embalados atendendo o art. 44 deste Regulamento
e acondicionados em caixas fechadas.
Art. 46. O uso de aditivos será permitido desde que
sejam cumpridas as Normas do Ministério da Saúde,
com a obrigatoriedade de sua descrição nos
ingredientes contidos na rotulagem.
Parágrafo único. Fica terminantemente proibida a
utilização de produtos que contenham amido vegetal
e/ou gordura de origem vegetal em produtos lácteos.
Neste caso o produto deverá ser apreendido e
inutilizado imediatamente, não cabendo qualquer
indenização e submetendo o estabelecimento que o
produziu ao disposto no art. 49 deste Regulamento.
Art. 47. A embalagem dos produtos deverá obedecer
às condições de higiene necessárias à boa conservação
dos mesmos e a rotulagem conter todas as informações
preconizadas pelo Código de Defesa do Consumidor e
legislações específicas, a indicação de que é produto
artesanal e o número de registro na ADERR.
CAPÍTULO X
DAS PENALIDADES
Art. 48. As infrações às normas previstas neste
Regulamento serão punidas, isolada ou
cumulativamente, com as seguintes sanções, sem
prejuízo de natureza cível e penal cabível.
I – advertência – nos casos de primeira infração, em
que não se configure dolo ou má-fé e desde que não
haja risco iminente de natureza higiênico-sanitária,
devendo a situação ser regularizada no prazo
estabelecido pelo S.I.E./RR;
II – multa, até o limite de 29 UFERR’s, nos casos não
compreendidos no inciso I deste artigo;
III – apreensão e/ou inutilização de matéria-prima,
ingredientes e produtos artesanais elaborados, quando
não se apresentarem dentro dos padrões higiênico-
sanitários, físico- químicos e microbiológicos
adequados à sua finalidade ou quando forem
adulterados; IV – suspensão das atividades do
estabelecimento, nas hipóteses de risco ou ameaça de
natureza higiênico-sanitária, ou, ainda, de embaraço à
ação fiscalizadora;
V – interdição total ou parcial do estabelecimento,
quando a infração consistir na falsificação ou
adulteração de produtos artesanais ou se verificar a
inexistência de condições higiênico-sanitárias
adequadas;
VI – cancelamento da licença junto à ADERR,
respeitando o devido processo legal e os princípios da
ampla defesa e do contraditório.
§ 1º As multas de que trata o inciso II deste artigo são
aplicadas:
I – sem prejuízo das demais sanções previstas nos
incisos III, IV e V deste artigo, podendo ser elevadas
até o máximo de 10 vezes, quando o volume da
produção do infrator faça prever que a punição será
ineficaz;
II – em dobro, no caso de reincidência.
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III – em caso de aplicação de multa, considerando a
condição econômico-financeira do infrator e os meios
ao seu alcance para se cumprir a Lei, o mesmo poderá
solicitar o parcelamento da multa junto a ADERR em
até 12 (doze) parcelas iguais.
§ 2º Caso não sejam atendidas as exigências que
motivaram a suspensão de que trata o inciso IV deste
artigo, em prazo estipulado pelo S.I.E./RR, a empresa
é interditada.
§ 3º A interdição do estabelecimento de que trata o
inciso V deste artigo pode ser revogada ou suspensa
após o atendimento das exigências que motivaram a
sanção, caso não seja revogada ou suspensa, o registro
é cancelado decorrido o prazo de seis meses. Art. 49.
O infrator, uma vez multado, e respeitado o processo
legal, tem o prazo de 30 (trinta) dias para efetuar o
pagamento da multa, por meio de guias do Documento
de Arrecadação de Receita Estadual – DARE, e
apresentar a comprovação de pagamento na ADERR.
Art. 50. O não-recolhimento da multa no prazo legal
implica a inscrição em Dívida Ativa do Estado.
Art. 53. As penalidades impostas pelo S.I.E./RR
cabem recurso junto a ADERR.
CAPÍTULO XI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 54. O estabelecimento responderá legal e
juridicamente pelas consequências à saúde pública,
caso se comprove omissão ou negligência no que se
refere à observância dos padrões higiênico-sanitários,
físico-químicos e microbiológicos, à adição indevida
de produtos químicos e biológicos, ao uso impróprio
de práticas de recebimento, obtenção e depósito de
matéria-prima e ingredientes, elaboração,
acondicionamento, armazenagem, transporte e
comercialização de produtos artesanais.
Art. 55. Qualquer ampliação, remodelação ou
construção no estabelecimento registrado só poderá ser
feita após prévia aprovação das plantas pelo S.I.E./RR.
Art. 56. O controle sanitário dos rebanhos e produtos
vegetais que geram a matéria- prima para a produção
artesanal de alimentos é obrigatório e deverá seguir
orientação do S.I.E./RR.
Art. 57. Os Municípios que possuam estrutura técnica
e laboral, bem como o Serviço de Inspeção Municipal
instalado que preencha as condições adequadas à
execução das tarefas para implementação e
funcionamento da inspeção e fiscalização dos
estabelecimentos, visando à garantia dos aspectos de
sanidade e controle de qualidade dos produtos
processados nos estabelecimentos abrangidos por este
Decreto, poderão assumir tal competência delegada
pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado de
Roraima – ADERR.
Art. 58. O estabelecimento deverá manter controle de
qualidade do produto a ser comercializado, mediante
implantação e aplicação criteriosa das Boas Práticas de
Fabricação (BPF), sendo facultada à ADERR a coleta,
acondicionamento e encaminha- mento das amostras
ao laboratório para as análises de rotina, seguindo
normas operacionais definidas para tal fim, conforme
o disposto no art. 40 deste Decreto, sem ônus para a
unidade agroindustrial artesanal.
Art. 59. A ADERR poderá estabelecer, quando for o
caso, as análises rotineiras necessárias para cada
produto beneficiado.
Parágrafo único. As amostras para as análises
especificadas no caput deste artigo deverão ser
coletadas exclusivamente nas unidades artesanais.
Art. 60. Normas operacionais complementares,
quando necessárias, serão estabelecidas em
normativas internas da ADERR.
Art. 61. Os casos omissos e dúvidas suscitadas na
execução deste Regulamento serão resolvidos pela
ADERR, com a participação direta de representante(s)
dos estabeleci- mentos artesanais.
Art. 62. Os estabelecimentos de produtos artesanais
não contemplados por este Regulamento continuarão
regidos pelo disposto nas legislações vigentes, ou
qualquer outra norma que o substitua.
Palácio Senador Hélio Campos/RR, 20 de novembro
de 2013.
JOSÉ DE ANCHIETA JÚNIOR
Governador do Estado de Roraima
1
LEI Nº 881 DE 21 DE DEZEMBRO DE 2012.
Dispõe sobre a produção, o transporte, o armazenamento,
a comercialização, a utilização, o destino final dos
resíduos e embalagens vazias, o controle, a inspeção e a
fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, no
Estado de Roraima, e dá outras providências.
O GOVERNADOR DO ESTADO DE RORAIMA: Faço
saber que a Assembleia Legislativa do Estado aprovou e
eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º O uso, a produção, o consumo, o transporte, o
armazenamento, a comercialização, o destino final dos
resíduos e embalagens vazias, o controle, a inspeção e a
fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, na
forma dos artigos 23 e 24 da Constituição Federal de 1988
e na forma do artigo 10 da Lei Federal nº. 7.802, de 11 de
julho de 1989, observarão, além do estabelecido na
Legislação Federal Específica em vigor, as normas
complementares fixadas na regulamentação desta Lei.
Art. 2º Compete à Agência de Defesa Agropecuária de
Roraima (ADERR), à Secretaria de Estado de Saúde -
SESAU e a Fundação Estadual de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos (FEMARH), zelar pelo cumprimento
dos dispositivos estabelecidos por esta Lei e pela
Legislação Federal vigente, nos termos estabelecidos
nesta Lei.
Art. 3º Para os efeitos desta Lei entende-se por:
I - aditivo: substância ou produto adicionado à
agrotóxicos, componentes e afins, visando melhorar sua
ação, função, durabilidade, estabilidade e detecção ou
para facilitar o processo de produção;
II - adjuvante: produto utilizado em mistura com produtos
formulados para melhorar a sua aplicação;
III - adulterar: Mudar, alterar, modificar;
IV - agente biológico de controle: o organismo vivo, de
ocorrência natural ou obtida por manipulação genética,
introduzido no ambiente para o controle de uma
população ou de atividades biológicas de outro organismo
vivo considerado nocivo;
V - agrotóxicos e afins: produtos e agentes de processos
físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos
setores de produção, no armazenamento e beneficiamento
de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de
florestas, nativas ou plantadas, e em outros ecossistemas,
ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade
seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de
preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados
nocivos, assim como as substâncias e produtos
empregados como desfolhantes, dessecantes,
estimuladores e inibidores de crescimento;
VI - armazenamento: ato de armazenar, estocar ou guardar
agrotóxicos, seus componentes e afins;
VII - cadastro de agrotóxicos e afins: ato privativo da
Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (ADERR)
que permite comercializar, transportar, armazenar e
utilizar um agrotóxico e afim, no Estado de Roraima, e
para obtenção de dados sobre produtos utilizados no
Estado, o qual visa subsidiar as ações de controle e
fiscalização do uso, do comércio, do armazenamento e do
transporte de agrotóxicos e afins;
VIII - centro ou central de recebimento: estabelecimento
mantido e credenciado por um ou mais fabricantes e
registrantes, ou conjuntamente com comerciantes,
destinado à triagem, recebimento, prensagem ou
trituração e armazenamento provisório de embalagens
vazias de agrotóxicos, seus componentes e afins, dos
estabelecimentos comerciais, dos postos de recebimento
ou diretamente dos usuários;
IX - comercialização: operação de compra, venda ou
permuta dos agrotóxicos, seus componentes e afins;
X - comerciante: toda pessoa jurídica que emite nota fiscal
de agrotóxicos e afins;
XI - componentes: princípios ativos, produtos técnicos,
suas matérias-primas, ingredientes inertes e aditivos
usados na fabricação de agrotóxicos, seus componentes e
afins;
XII - controle: verificação do cumprimento dos
dispositivos legais e requisitos técnicos relativos a
agrotóxicos, seus componentes e afins;
XIII - detentor: pessoa física ou jurídica que, durante uma
ação fiscalizatória, estiver de posse ou sob sua
responsabilidade agrotóxicos e afins;
XIV - embalagem: invólucro, recipiente ou qualquer
forma de acondicionamento, removível ou não, destinado
a conter, cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter
os agrotóxicos, seus componentes e afins;
XV - empregador: empresa, individual ou coletiva, que,
assumindo os riscos da atividade econômica, admite,
assalaria e dirige a prestação de serviços. Equiparam-se ao
empregador, para efeitos exclusivos de emprego, os
profissionais liberais e as instituições sem fins lucrativos
que admitirem trabalhadores como empregados;
XVI - equipamento de proteção coletiva (EPC): todo
dispositivo ou produto, de uso coletivo, destinado à
proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a
saúde em ambientes de trabalho;
XVII - equipamento de proteção individual (EPI): todo
vestuário, material ou equipamento destinado a proteger
pessoa envolvida na produção, manipulação e uso de
agrotóxicos, seus componentes e afins;
XVIII - exportação: ato de saída de agrotóxicos, seus
componentes e afins, do país para o exterior;
2
XIX - fabricante: pessoa física ou jurídica habilitada a
produzir componentes;
XX - falsificar: reproduzir imitando, contrafazer, dar
aparência enganosa;
XXI - fiscalização: ação direta da Agência de Defesa
Agropecuária de Roraima (ADERR), com poder de
polícia, na verificação do cumprimento da legislação
específica;
XXII - formulador: pessoa física ou jurídica habilitada a
produzir agrotóxicos, seus componentes e afins;
XXIII - formulação: produto resultante do processamento
de produto técnico, mediante adição de ingredientes
inertes, com ou sem adjuvante ou aditivo;
XXIV - importação: ato de entrada de agrotóxicos, seus
componentes e afins no Estado, provenientes de outras
Unidades da Federação;
XXV - impureza: substância diferente do ingrediente ativo
derivado do seu processo de produção;
XXVI - ingrediente ativo ou princípio ativo: agente
químico, físico ou biológico utilizado para conferir
eficácia aos agrotóxicos e afins;
XXVII - ingrediente inerte: substância ou produto não
ativo em relação à eficácia dos agrotóxicos e afins, usado
como veículo, diluente ou para conferir características
próprias às formulações;
XXVIII - inspeção: acompanhamento, por técnicos
especializados, das fases de produção, transporte,
armazenamento, manipulação, comercialização,
utilização, importação, exportação e destino final dos
agrotóxicos, seus componentes e afins, bem como de seus
resíduos e embalagens;
XXIX - intervalo de reentrada: intervalo de tempo entre a
aplicação de agrotóxicos ou afins e a entrada de pessoas
na área tratada sem a necessidade de uso do EPI;
XXX - intervalo de segurança ou período de carência, na
aplicação de agrotóxicos ou afins:
a) antes da colheita: intervalo de tempo entre a
última aplicação e a colheita;
b) pós-colheita: intervalo de tempo entre a última
aplicação e a comercialização do produto tratado;
c) em pastagens: intervalo de tempo entre a última
aplicação e o consumo do pasto;
d) em ambientes hídricos: intervalo de tempo entre
a última aplicação e o reinício das atividades de irrigação,
dessedentação de animais, balneabilidade, consumo de
alimentos provenientes do local e captação para
abastecimento público; e
e) em relação a culturas subsequentes: intervalo de
tempo transcorrido entre a última aplicação e o plantio
consecutivo de outra cultura.
XXXI - limite máximo de resíduo (LMR): quantidade
máxima de resíduo de agrotóxico ou afim oficialmente
aceita no alimento, em decorrência da aplicação adequada
numa fase específica, desde sua produção até o consumo,
expressa em partes (em peso) do agrotóxico, afim ou seus
resíduos por milhões de partes de alimento (em peso)
(ppm ou mg/kg);
XXXII - manipulador: pessoa física ou jurídica habilitada
e autorizada a fracionar e reembalar agrotóxicos, seus
componentes e afins, com o objetivo específico de
comercialização;
XXXIII - manejo integrado: conjunto de práticas
agronômicas baseadas no manejo das populações de
pragas, patógenos e plantas invasoras, visando minimizar
a utilização de agrotóxico ou afim, manter a população
dos agentes abaixo do nível de dano econômico e
viabilizar a conservação do equilíbrio do agroecossistema,
com maior produção e menor custo;
XXXIV – matéria-prima: produto ou substância utilizado
na obtenção de um ingrediente ativo ou de um produto que
o contenha por processo químico, físico ou biológico;
XXXV - mistura em tanque: associação de agrotóxicos e
afins no tanque do equipamento aplicador, momentos
antes da aplicação;
XXXVI - novo produto: produto técnico, pré-mistura ou
produto formulado, contendo ingrediente ativo ainda não
registrado no Brasil;
XXXVII - país de origem: país em que o agrotóxico,
componente ou afim é produzido;
XXXVIII - país de procedência: país exportador do
agrotóxico, componente ou afim para o Brasil;
XXXIX - pesquisa e experimentação: procedimentos
técnico-científicos que visam gerar informações e
conhecimentos a respeito da aplicabilidade de
agrotóxicos, de seus componentes e afins, da sua
eficiência e dos seus efeitos sobre a saúde humana e o
meio ambiente;
XL - posto de recebimento: estabelecimento mantido ou
credenciado por um ou mais estabelecimentos comerciais
ou conjuntamente com fabricantes, destinado a receber e
armazenar, provisoriamente, embalagens vazias de
agrotóxicos e afins devolvidas pelos usuários;
XLI - pré-mistura: produto obtido a partir do produto
técnico, por meio de processos químicos, físicos ou
biológicos, destinados exclusivamente à preparação de
produtos
XLII - prestadora de serviço: pessoa física ou jurídica
habilitada a executar trabalho de aplicação e
armazenamento de agrotóxicos, seus componentes e afins,
e ainda recebimento e armazenamento provisório de
embalagens vazias de agrotóxicos, seus componentes e
afins;
XLIII - produção: processo de natureza química, física ou
biológica para obtenção de agrotóxicos, seus componentes
e afins;
XLIV - produto de degradação: substância ou produto
resultante de processos de degradação de um agrotóxico,
componentes ou afins;
3
XLV - produto formulado: agrotóxico ou afim obtido a
partir do produto técnico ou de pré-mistura, por processo
físico, ou diretamente de matérias-primas por processos
físicos, químicos ou biológicos;
XLVI - produto formulado equivalente: produto que,
comparado com produto formulado já registrado, possui a
mesma indicação de uso, produtos técnicos equivalentes
entre si, a mesma composição qualitativa e cuja variação
quantitativa dos componentes não o leva a expressar
diferença no perfil toxicológico e ecotoxicológico frente
ao produto em referência;
XLVII - produto para jardinagem amadora: produtos para
uso em jardins domésticos, tais como inseticidas para
jardim, formicidas, abrilhantadores de folha e herbicidas
pronto-uso ou em pequena embalagem;
XLVIII - produtos saneantes: produtos registrados pela
ANVISA, para uso em ambiente urbano; estes produtos
devem utilizar ingredientes ativos de toxidade oral aguda
(DL50 oral) maior que 2000 mg/kg de peso corpóreo para
produtos sob a forma líquida, ou a 500 mg/kg de peso
corpóreo para produtos sob a forma sólida;
XLIX - produto técnico: produto obtido diretamente de
matérias-primas por processo químico, físico ou
biológico, destinado à obtenção de produtos formulados
ou de prémisturas e cuja composição contenha teor
definido de ingrediente ativo e impurezas, podendo conter
estabilizante e produtos relacionados, como isômeros;
L - produto técnico equivalente: produto que tem o mesmo
ingrediente ativo de outro produto técnico já registrado,
cujo teor e conteúdo de impurezas presentes não variem a
ponto de alterar seu perfil toxicológico e ecotoxicológico;
LI - propaganda comercial: a comunicação de caráter
comercial ou técnico-comercial dirigida a público
específico;
LII - receita ou receituário agronômico: prescrição e
orientação técnica para utilização de agrotóxico ou afim,
por profissional legalmente habilitado, engenheiros
agrônomos ou florestais, em suas respectivas áreas de
competência;
LIII - registrante de produto: pessoa física ou jurídica,
legalmente habilitada, que solicita o registro de um
agrotóxico, componente ou afim;
LIV - registro de empresa e de prestadora de serviço: ato
dos órgãos competentes estaduais, municipais e do distrito
federal que autoriza o funcionamento de um
estabelecimento produtor, formulador, importador,
exportador, manipulador, comercializador, ou prestador
de serviços na aplicação de agrotóxicos e afins;
LV - registro especial temporário (RET): ato privativo de
órgão federal competente, destinado a atribuir o direito de
utilizar um agrotóxico, componente ou afim para
finalidades específicas em pesquisa e experimentação, por
tempo determinado, podendo conferir o direito de
importar ou produzir a quantidade necessária à pesquisa e
experimentação;
LVI - reincidência: quando o infrator infringe os mesmos
dispositivos legais;
LVII - resíduo: substância ou mistura de substâncias
remanescentes, ou existentes em alimentos ou no meio
ambiente, decorrentes do uso ou da presença de
agrotóxicos e afins, inclusive quaisquer derivados
específicos tais como produtos de conversão e de
degradação, metabólitos, produtos de reação e impurezas,
consideradas toxicológicas e ambientalmente
importantes;
LVIII - rotulagem: ato de identificação impressa ou
litografada, com dizeres ou figuras pintadas ou gravadas a
fogo por pressão ou decalque, aplicados sobre qualquer
tipo de embalagem unitária de agrotóxico ou afim e em
qualquer outro tipo de projeto de embalagem que vise à
complementação, sob forma de etiqueta, carimbo,
indelével, bula ou folheto contendo, inclusive, nome e
registro, no conselho de fiscalização profissional, do
responsável técnico pelo produto;
LIX - solvente: líquido no qual uma ou mais substâncias
se dissolvem para formar solução;
LX - titular de registro: pessoa física ou jurídica que detém
os direitos e as obrigações conferidas pelo registro de
agrotóxico, componente ou afim;
LXI - transporte: ato de deslocamento, em todo o território
do Estado, de agrotóxicos, seus componentes e afins;
LXII - usuário: consumidor final de agrotóxicos e afins;
LXIII - utilização: emprego de agrotóxicos e afins,
mediante sua aplicação, visando alcançar uma
determinada finalidade; e
LXIV - venda aplicada: operação de comercialização
vinculada à prestação de serviços de aplicação de
agrotóxicos e afins, indicadas em rótulo e bula.
LXV - venda direta: operação de comercialização
realizada diretamente entre o consumidor final e os
fabricantes, formuladores, registrantes, distribuidores e
revendedores de agrotóxicos, seus componentes e afins,
instalada em outros Estados.
CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA
Art. 4º À Agência de Defesa Agropecuária de Roraima
(ADERR) compete:
I - estabelecer diretrizes e exigências de dados e
informações para registro de empresa e de prestador de
serviços, cadastro de agrotóxicos e afins, destinados ao
uso nos setores de produção agropecuária, no transporte,
no armazenamento e beneficiamento de produtos
agrícolas, nas pastagens, nas agroindústrias e na proteção
de florestas plantadas;
II - conceder registro a pessoa física e jurídica que
produza, importe, exporte, manipule, embale, armazene
ou comercialize agrotóxicos, seus componentes e afins,
instalados no Estado;
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III - conceder cadastro a pessoa física e jurídica que
produza, importe, exporte, manipule, embale, armazene
ou comercialize agrotóxicos, seus componentes e afins;
IV - conceder registro a pessoa física e jurídica, que
comercialize ou preste serviços de aplicação de
agrotóxicos e afins;
V - cadastrar produtos agrotóxicos e afins, previamente
registrados no órgão federal competente, a serem
armazenados, comercializados e utilizados no Estado de
Roraima;
VI - controlar, fiscalizar e inspecionar a comercialização,
a utilização, o transporte interno de agrotóxicos e afins, a
prestação de serviços de aplicação nos setores de
produção agropecuária, no armazenamento e
beneficiamento de produtos formulados; agrícolas e
agroindustriais, nas pastagens e na proteção de florestas
plantadas;
VII - orientar e fiscalizar o destino adequado dos resíduos
e das embalagens vazias de agrotóxicos e afins;
VIII - realizar a amostragem de produtos agrícolas, de solo
e de água, para determinação dos níveis de resíduos de
agrotóxicos, seus componentes e afins;
IX - realizar a amostragem de produto agrotóxico e afim
para avaliação das especificações declaradas no registro;
X - desenvolver ações educativas de divulgação e de
esclarecimento que assegurem o uso correto de
agrotóxicos e afins e a destinação adequada de resíduos e
embalagens vazias;
XI - publicar no Diário Oficial do Estado a relação dos
agrotóxicos e afins cadastrados no Estado e os produtos
descontinuados, neste caso informando o motivo.
Art. 5º À Secretaria de Estado da Saúde compete:
I - estabelecer diretrizes e exigências de dados e
informações para registro de empresa e de prestador de
serviços, cadastro de produtos saneantes e produtos para
jardinagem amadora destinados à higienização,
desinfecção e desinfestação de ambientes domiciliares,
públicos ou coletivos, e àqueles cujo destino seja o
tratamento de água e o uso em campanhas de saúde
pública;
II - conceder registro a empresa que produza, importe,
manipule, embale, armazene e comercialize produto
saneante e produto para jardinagem amadora, destinado à
higienização, desinfecção e desinfestação de ambientes
domiciliares, públicos ou coletivos, também produtos para
o tratamento de água e o uso em campanhas de saúde
pública;
III - conceder registro a empresa prestadora de serviços de
aplicação de produtos saneantes e produtos para
jardinagem amadora, utilizados na higienização,
desinfecção ou desinfestação de ambientes domiciliares,
públicos ou coletivos, bem como de produtos destinados
ao tratamento de água e de uso em campanhas de saúde
pública;
IV - conceder cadastro a produtos saneantes e produtos
para jardinagem amadora, previamente registrados no
órgão federal competente, a serem produzidos,
manipulados, embalados, armazenados, comercializados
e utilizados na higienização, desinfecção ou desinfestação
de ambientes domiciliares, públicos ou coletivos, bem
como de produtos destinados ao tratamento de água e de
uso em campanhas de saúde pública;
V - controlar, fiscalizar e inspecionar o uso, o transporte
interno, o armazenamento, a comercialização e a
destinação de sobras, rejeitos e embalagens vazias de
produtos saneantes e produtos para jardinagem amadora,
as empresas prestadoras de serviços de aplicação dos
produtos destinados à higienização, desinfecção de
ambientes domiciliares, públicos ou coletivos, também os
produtos destinados ao tratamento de água e ao uso em
campanhas de saúde pública;
VI - desenvolver ações educativas de divulgação e de
esclarecimento, que assegurem o uso correto e seguro de
produtos saneantes e produtos para jardinagem amadora e
a destinação final das embalagens vazias;
VII - Implantar ações de atenção integral à saúde das
populações expostas laboralmente a agrotóxicos,
considerando os diferentes níveis de complexidade da
rede de atenção à saúde do SUS (atenção primária em
saúde, centros de referência em saúde do trabalhador, rede
de especialistas, urgência emergência, centros de
informações toxicológicas, rede hospitalar e vigilância em
saúde), visando a promoção, a proteção, a prevenção, a
vigilância, o diagnóstico, o tratamento, a recuperação e a
reabilitação da saúde.
VIII - publicar no Diário Oficial do Estado, listagem dos
novos produtos saneantes e produtos para jardinagem
amadora, cadastrados para uso na higienização,
desinfecção ou desinfestação de ambientes domiciliares,
públicos ou coletivos, incluídos os produtos destinados ao
tratamento de água e campanhas de saúde pública, e
relação dos produtos saneantes e produtos para
jardinagem amadora que tiverem seu cadastro cancelado,
neste caso informando o motivo;
Art. 6º À Fundação Estadual de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos (FEMARH) compete:
I - estabelecer diretrizes e exigências para o licenciamento
ambiental (Licença Prévia,
Licença Instalação e Licença de Operação) de
estabelecimento formulador e embalador de agrotóxicos e
afins;
II - conceder licenciamento ambiental a estabelecimento
produtor;
III - fiscalizar, controlar e inspecionar:
a) a operação da indústria, da manipulação e da
embalagem;
b) o transporte e o armazenamento de agrotóxicos,
seus componentes e afins com vistas à proteção ambiental;
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c) a prestação de serviços de aplicação dos
agrotóxicos e afins, destinados ao uso em florestas
nativas, ambientes hídricos e outros ecossistemas;
IV - desenvolver ações educativas de divulgação e de
esclarecimento, que assegurem a conservação dos
recursos ambientais quando da utilização de agrotóxicos e
afins, também quando da destinação final de resíduos e
embalagens vazias de agrotóxicos e afins;
V - estabelecer exigências, normas e procedimentos para
licenciamento ambiental de unidades de recebimento de
embalagens vazias de agrotóxicos e afins;
VI - conceder licenciamento ambiental para unidades de
recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos e afins;
VII - orientar e fiscalizar o destino das embalagens vazias
de agrotóxicos e afins nas unidades de recebimento.
CAPÍTULO III
DO CADASTRAMENTO DO PRODUTO
Art. 7º O Agrotóxico, seus componentes e afins, para
serem produzidos, importados, manipulados, embalados,
armazenados, comercializados e utilizados no Estado de
Roraima terão de ser previamente registrados no órgão
federal competente e cadastrados na ADERR.
Art. 8º Para que os produtos sejam cadastrados, a indústria
importadora, produtora ou manipuladora de agrotóxicos e
afins, postulante do cadastramento do produto,
apresentará obrigatoriamente, mediante requerimento
dirigido ao Dirigente do órgão estadual competente, os
seguintes documentos:
I - requerimento firmado por representante legal da
empresa, dirigido ao dirigente do órgão estadual
competente;
II - comprovante de registro do produto no órgão federal;
III - cópia do modelo de bula aprovado pelo
MAPA/ANVISA/IBAMA;
IV - cópia do layout do rótulo aprovado pelo
MAPA/ANVISA/IBAMA;
V - cópia da monografia técnica aprovada pela ANVISA;
VI - comprovação que é associado a órgão responsável
pelo recolhimento e destinação final de agrotóxicos; e
VI - comprovante de recolhimento da taxa de cadastro.
§ 1º Atendido o disposto nesta Lei, ou em regulamento, é
fornecido ao interessado o
Certificado de Cadastro do Produto.
§ 2º O cadastramento junto à ADERR terá validade de (1)
um ano, a partir da data do cadastramento, sendo
automaticamente cancelado, quando do vencimento ou
cancelamento no órgão federal equivalente, e poderá ser
revalidado por períodos iguais e sucessivos.
§ 3º Os cadastrantes e titulares de registro fornecerão,
obrigatoriamente, ao setor do órgão competente do Estado
de Roraima, as inovações concernentes aos dados
fornecidos para o cadastro de seus produtos.
Art. 9° Em caso de dúvida sobre a nocividade ambiental e
toxicológica do produto, a ADERR, ouvidos os órgãos
competentes da Secretaria de Estado da Saúde e da
Fundação Estadual de Meio Ambiente e Recursos
Hídricos (FEMARH), poderá requisitar dos órgãos
públicos ou privados informações ou pesquisas
adicionais, a serem custeadas pelo requerente do cadastro,
com parecer final do Conselho Estadual de Agrotóxicos.
Art. 10. Os produtos saneantes e produtos para jardinagem
amadora deverão ser regidos por normas estabelecidas
pela Secretaria de Estado da Saúde.
Art. 11. A empresa produtora, manipuladora e
importadora deverá fornecer método e padrão analítico do
produto, quando solicitada pela ADERR, que poderá
determinar exames laboratoriais às expensas do
requerente do cadastro.
Art. 12. A indústria importadora, produtora ou
manipuladora de agrotóxicos e afins, postulante do
cadastramento do produto, apresentará, obrigatoriamente,
mediante requerimento dirigido ao Dirigente da ADERR,
os seguintes documentos:
I - requerimento dirigido ao Dirigente da ADERR,
firmado pelo representante legal da empresa;
II - cópia do Certificado de Registro junto ao órgão federal
competente;
III - cópia do Relatório Técnico aprovado pelo órgão
federal competente;
IV - cópias do rótulo e bula aprovados pelos órgãos
federais competentes;
V - comprovação que é associado a órgão responsável
pelo recolhimento e destinação final de agrotóxicos; e
VI - comprovante de pagamento de taxa para fins de
cadastramento do produto.
Parágrafo único. O cancelamento do registro do produto
junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA) acarreta o cancelamento ex-
officio do cadastramento existente perante a ADERR ou o
arquivamento do pedido de cadastramento.
6
Art. 13. Os usuários, para aquisição de agrotóxicos em
outros Estados da Federação, deverão solicitar autorização
de aquisição do produto na ADERR, acompanhado do
respectivo receituário agronômico.
Art. 14. O procedimento de cadastramento do produto
obedecerá a essa norma e a procedimentos específicos
estabelecidos por ato do Dirigente da ADERR.
Parágrafo único. Qualquer pessoa física ou representante
de pessoa jurídica de direito público ou privado poderá
examinar a documentação de cadastro existente e solicitar
cópias, mediante pagamento de custas.
Art. 15. Qualquer alteração no registro referente ao
produto já cadastrado deverá ser imediatamente
comunicado a ADERR, obrigando ao interessado fazer
pedido de alteração de cadastro, anexando os documentos
comprobatórios da alteração e efetuando pagamento da
taxa de alteração de cadastro, permanecendo a validade
inicial do cadastro.
Art. 16. Atendido o disposto no artigo 12 desta Lei, após
análise e parecer do setor responsável, será fornecido ao
interessado o Certificado de Cadastro do Produto.
Art. 17. Atendidas as diretrizes dos órgãos estaduais
responsáveis que atuam nas áreas de agricultura, saúde, e
meio ambiente, as pessoas físicas e jurídicas que sejam
prestadoras de serviços na aplicação de agrotóxicos, seus
componentes e afins, ou que os produzam, importem,
exportem ou comercializem, ficam obrigadas a
providenciar a sua regularização no Estado, atendidas as
diretrizes e exigências dos órgãos federais responsáveis
que atuam nas áreas de saúde, do meio ambiente e da
agricultura.
Parágrafo único. São prestadoras de serviços as pessoas
físicas e jurídicas que executem trabalho de prevenção,
destruição e controle de seres vivos, considerados
nocivos, aplicando agrotóxicos, seus componentes e afins.
Art. 18. Qualquer pessoa física ou jurídica de direito
público ou privado poderá, em petição fundamentada,
solicitar a impugnação do cadastramento do produto,
objeto desta Lei, arguindo prejuízos ao meio ambiente, à
saúde humana e aos animais.
Art. 19. Possuem legitimidade para requerer o
cancelamento ou a impugnação, em nome próprio, do
registro de agrotóxicos e afins, em petição fundamentada,
arguindo prejuízos ao meio ambiente, à saúde humana e
aos animais:
I - a pessoa física ou jurídica beneficiária do registro ou
do ato administrativo atacado;
II - entidades de classe, representativa de profissões
ligadas ao setor, em funcionamento há pelos menos um
ano;
III - partidos políticos com representação na Assembleia
legislativa do Estado de Roraima ou com representação no
Congresso Nacional;
IV - entidades legalmente constituídas para defesa dos
interesses difusos relacionados à proteção do consumidor,
do meio ambiente e dos recursos naturais.
§ 1° A solicitação de impugnação poderá ser feita a
qualquer tempo, mesmo após o cadastramento do produto
no Estado, mediante petição escrita e dirigida ao dirigente
da ADERR que, após análise e instrução do processo, o
encaminhará ao Conselho Estadual de Agrotóxicos.
§ 2° A petição deverá ser instruída com laudo técnico,
firmado, no mínimo, por 02 (dois) profissionais
habilitados na área de biociências, e devidamente
publicada em Diário Oficial do Estado.
§ 3º A publicação a que se refere o parágrafo anterior
caberá a ADERR, assim que o Conselho Estadual de
Agrotóxicos emitir parecer conclusivo.
§ 4° Apresentado o pedido de impugnação, a empresa
cadastrante será notificada, por via postal, com aviso de
recebimento (AR), ou pessoalmente ao seu representante
legal, e terá o prazo de até 30 (trinta) dias, a contar do
efetivo recebimento da notificação para oferecer a
contradita.
Art. 20. Ao Conselho Estadual de Agrotóxicos caberá
emitir parecer final, baseado em parecer técnico, sobre o
pedido de impugnação, apresentado, conforme o artigo
anterior desta Lei.
Parágrafo único. Decidido pela impugnação ou
cancelamento do cadastro, o produto não mais poderá ser
comercializado no Estado de Roraima, tendo a empresa
responsável pelo produto, o prazo de 30 (trinta) dias para
efetuar o seu recolhimento junto aos estabelecimentos
comerciais, findo os quais, o mesmo será apreendido pela
ADERR, com lavratura de autos.
Art. 21. A relação dos produtos cadastrados no Estado de
Roraima será publicada em Diário Oficial do Estado,
anualmente, bem como toda e qualquer alteração em caso
de novos cadastros ou cancelamentos destes.
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§ 1º A ADERR caberá elaborar e disponibilizar,
mensalmente, a listagem de agrotóxicos, seus
componentes e afins, permitidos no Estado de Roraima, e
a relação dos produtos que tiveram os cadastros
cancelados no período;
§ 2º Nas listagens deverão constar, no mínimo, o nome
técnico e comercial, o fabricante, o número do registro no
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA) e a classe toxicológica;
§ 3º Em caso de cancelamento de cadastro de produto, a
ADERR publicará no Diário Oficial do Estado a relação
dos produtos, informando o motivo.
CAPÍTULO IV
DO REGISTRO DAS EMPRESAS
Art. 22. As pessoas físicas ou jurídicas que produzam,
manipulam, aplicam, embalam, armazenam, importam ou
comercializam agrotóxicos, ficam obrigadas a promover,
anualmente, o seu registro junto a ADERR, cumprindo as
seguintes exigências:
I - apresentar, obrigatoriamente, os seguintes documentos
para registro e renovação de registro:
a) requerimento dirigido ao dirigente da ADERR,
solicitando o cadastro;
b) memorial descritivo;
c) cópia do contrato social registrado e atualizado
na Junta Comercial do Estado de Roraima;
d) comprovante de pagamento da taxa anual;
e) anotação de responsabilidade técnica - ART;
f) CGC/MF, Inscrição Estadual e Alvará de
Funcionamento;
g) declaração firmada pelo profissional legalmente
habilitado pelo Conselho Regional de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia – CREA/ RR que presta serviço
de Assistência técnica à empresa, renovada anualmente; e
h) comprovante que é associado a Posto de
Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos.
II - manter à disposição do serviço de inspeção e
fiscalização, o sistema de controle de entrada e saída dos
produtos, contendo, no mínimo:
a) relação detalhada do estoque existente; e
b) ficha de controle de estoque contendo o nome
comercial e quantidade dos produtos vendidos e/ou
aplicados, acompanhados dos respectivos receituários e
guias de aplicação.
III - o sistema de controle exigido nesta Lei, legível e
autêntico, deverá ser apresentado, também nos locais onde
o produto for depositado ou armazenado;
IV – encaminhar mensalmente aos escritórios locais da
ADERR a relação de estoque existente; e
V – comunicar imediatamente a ADERR a entrada de
agrotóxicos no estabelecimento para fiscalização e
lançamento na ficha de controle de estoque.
§ 1° As exigências do presente artigo e seus incisos
aplicam-se também em casos de filiais e nas mudanças de
endereço.
§ 2° Qualquer alteração na documentação exigida no
artigo 22, inciso I, deverá ser comunicada no prazo
máximo de 30 (trinta) dias, a ADERR, bem como a
comunicação antecipada, em caso de encerramento de
firmas, constando como alteração de registro e
permanecendo a validade do registro.
I - as alterações solicitadas caracterizam-se como
alteração de cadastro e será cobrada taxa de alteração de
cadastro conforme estabelecido nesta Lei; e
II - as alterações serão efetuadas por averbação ou
apostilamento no Certificado de registro ou cadastro, que
manterá seu prazo de validade.
§ 3° Para os efeitos desta Lei, ficam as cooperativas e
associações equiparadas às empresas comerciais.
§ 4º O registro das empresas será critério de habilitação
para qualquer modalidade licitatória no âmbito do Estado.
Art. 23. Atendido o disposto no artigo 22 desta Lei, após
análise pelo setor competente, será fornecido ao
interessado, no caso de pessoas jurídicas, o “Certificado
de Registro de Estabelecimento Comercial”, que deverá
ser fixado em lugar de destaque.
Art. 24. Cada estabelecimento terá registro específico e
independente, ainda que exista mais de um na mesma
localidade, de propriedade da mesma pessoa, empresa,
grupo de pessoas ou de empresas.
Art. 25. Nenhum estabelecimento que opere com
agrotóxicos e afins abrangidos por esta Lei poderá
funcionar sem assistência de profissional legalmente
habilitado pelo Conselho Regional de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia de Roraima - CREA/RR.
Art. 26. As instalações, ampliações, operacionalização ou
manutenção de indústrias para produção, postos e centrais
de recolhimentos de embalagens vazias de agrotóxicos e
afins no Estado de Roraima, dependem de licenciamento
na FEMARH, ouvida a ADERR e a Secretaria de Estado
da Saúde.
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Art. 27. As pessoas físicas ou jurídicas que produzam,
manipulem, importem, exportem ou que sejam
prestadoras de serviços na aplicação de agrotóxicos, seus
componentes e afins, ficam obrigados a manter à
disposição do serviço de fiscalização, os livros de registro
ou outro sistema de controle, com modelos a serem
definidos pelo órgão competente.
Art. 28. As empresas produtoras terão prazo de até
noventa dias para providenciar a retirada e a destinação
final dos produtos apreendidos, interditados, vencidos
e/ou impróprios para uso.
CAPÍTULO V
DOS PRESTADORES DE SERVIÇOS
Art. 29. As pessoas físicas ou jurídicas que sejam
prestadoras de serviços na aplicação de agrotóxicos e afins
ficam obrigadas a promover o seu cadastro na ADERR,
devendo apresentar, no ato do requerimento do
cadastramento, os seguintes documentos:
a) requerimento dirigido ao dirigente da ADERR,
solicitando o cadastro;
b) comprovante que a empresa está regularmente
constituída perante a junta comercial, quando for o caso,
e/ou documentos pessoais do aplicador;
c) alvará atualizado, quando for pessoa jurídica;
d) cópia da Anotação de Responsabilidade Técnica
(ART) do técnico responsável no CREA/RR;
e) comprovante de recolhimento da taxa de
cadastro correspondente;
f) relação detalhada do estoque existente, quando
for o caso; e
g) nome comercial dos produtos e quantidades
aplicadas, acompanhadas dos respectivos receituários e
guia de aplicação.
§1º As pessoas físicas ou jurídicas que sejam prestadoras
de serviços na aplicação de agrotóxicos e afins equiparam-
se aos usuários quanto aos procedimentos para aquisição
e devolução de embalagens vazias de agrotóxicos
adquiridos.
§ 2º É obrigatório encaminhar mensalmente, até o quinto
dia útil do mês seguinte, ao escritório local da ADERR as
guias de aplicação, com informações detalhadas do
usuário, cultura a ser tratada, produto utilizado e forma de
aplicação, acompanhadas dos respectivos receituários.
§ 3º O cadastramento das empresas prestadoras de
serviços de aplicação de produtos domissanitários, em
ambientes domésticos e do trabalho, deverá ser efetuado
na Secretaria de Estado de Saúde.
Art. 30. Os agrotóxicos, seus componentes e afins, só
poderão ser comercializados diretamente aos usuários,
através de apresentação do Receituário Agronômico
prescrito por profissional de nível superior, engenheiro
agrônomo ou florestal no âmbito de suas competências,
legalmente habilitado no CREA/RR.
Art. 31. Os órgãos públicos, dispostos no caput do art. 2º
desta Lei, poderão celebrar convênios, parcerias, ajustes,
protocolos, acordos ou contratos com Entidades Públicas
Federal, Estadual ou Municipal, para executar as
atribuições relacionadas com a inspeção e fiscalização de
agrotóxicos e afins, e com o monitoramento e controle de
resíduos de agrotóxicos em produtos agrícolas.
Art. 32. As amostras fiscais para análise laboratorial de
resíduos químicos e biológicos de produtos vegetais, parte
de vegetais e seus subprodutos podem ser coletadas a
qualquer tempo e hora, em quaisquer estabelecimentos
submetidos ao regime desta Lei.
Parágrafo único. A análise deve ser realizada em
laboratório credenciado, a fim de impedir, de acordo com
a legislação, a comercialização de produtos agrícolas com
resíduos químicos acima dos limites oficiais permitidos, e
ainda orientar os produtores, exportadores e trabalhadores
quanto ao uso correto e seguro dos agrotóxicos e afins.
Art. 33. À ADERR é conferido o poder de polícia
administrativa, mediante identificação funcional, quando
no exercício das funções relativas às ações de inspeção e
fiscalização de produtos agrotóxicos, seus componentes e
afins.
Parágrafo único. Fica também assegurado à ADERR, em
todo o território do estado de Roraima, o livre acesso às
empresas prestadoras de serviços, aos estabelecimentos
comerciais de revenda de agrotóxicos, às empresas
industriais, às propriedades rurais, “Packing House” e às
centrais de abastecimento de produtos hortigranjeiros.
CAPITULO VI
DO ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE
Art. 34. O armazenamento de agrotóxicos e afins obedece
à legislação federal e às instruções fornecidas pelo
fabricante, no rótulo, na bula, ou juntamente com a
embalagem, incluindo as especificações e os
procedimentos a serem adotados no caso de acidente,
derramamento ou vazamento do produto.
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Art. 35. O transporte de agrotóxicos, seus componentes e
afins, deverá submeter-se às regras e procedimentos
estabelecidos para o transporte de cargas perigosas,
constantes na legislação específica em vigor.
Art. 36. Para a aquisição de agrotóxicos em outros
estados, os usuários deverão solicitar à ADERR
autorização de aquisição, e informar, na chegada, ao posto
de fiscalização de entrada e/ou ao escritório local da
ADERR, os produtos e quantidades recebidas.
§ 1º Os documentos exigidos para o trânsito de
agrotóxicos e afins são:
I – Nota Fiscal – Se o produto for destinado diretamente
ao usuário deverá constar na mesma o endereço para
devolução da embalagem vazia;
II – Receituário Agronômico – emitida por Engenheiro
Agrônomo ou Engenheiro Florestal, com registro ou visto
no CREA/RR, no caso do produto ser destinado
diretamente ao usuário;
III – Autorização de Aquisição – Fornecida pela ADERR
por produto a ser adquirido, mediante apresentação do
Receituário Agronômico, emitida por Engenheiro
Agrônomo ou florestal com registro e/ou visto no
CREA/RR, no caso do produto ser destinado diretamente
ao usuário.
§ 2º No caso de usuários adquirirem agrotóxicos e afins
em revendas estabelecidas em outras Unidades da
Federação, a devolução poderá ser realizada em Postos de
recebimento do Estado de Roraima, desde que conste o
local de devolução na nota fiscal e o termo de aceite, com
firma reconhecida do responsável pela central ou posto de
recebimento de embalagens vazias do Estado de Roraima.
§ 3º Quando os agrotóxicos e afins forem destinados à
aplicação em Unidades Demonstrativas dos comerciantes
será exigido:
I – comprovante de cadastro na ADERR, do aplicador, na
categoria de prestador de serviços fitossanitários na
aplicação de agrotóxicos;
II - nota fiscal da empresa emitida, para a própria firma,
constando o número do lote de fabricação do produto;
III - receituário agronômico, emitido por Engenheiro
Agrônomo com visto no CREA/ RR, especificando a
dosagem, cultura e a área dos experimentos em que será
utilizada. O receituário deverá ser emitido para a própria
empresa que fará a demonstração, que será responsável,
também, pela retirada das embalagens vazias de
agrotóxicos;
IV – no receituário deverão constar recomendações de
segurança a serem adotadas no transporte do produto; e
V – relação detalhada, a ser entregue no Posto fiscal e/ou
ULSAV do município, constando: nome dos
proprietários, nome das propriedades, área a ser utilizada
por propriedade, finalidade da aplicação (diagnóstico) e
quantidade de embalagens.
Art. 37. Quando em trânsito pelo estado de Roraima, com
destino à outra Unidade da Federação, agrotóxicos e afins
estarão sujeitos à comprovação de destino final, através de
Nota fiscal e Receituário Agronômico, além do
cumprimento das regras de trânsito para cargas perigosas.
Art. 38. É proibido o transporte de agrotóxicos e afins:
I - juntamente com pessoas e animais;
II - juntamente com alimentos ou medicamentos
destinados ao consumo humano ou animal, ou com
embalagens de produtos destinados a estes fins;
III - juntamente com outro tipo de carga, salvo se houver
compatibilidade entre os diferentes produtos
transportados; e
IV - sem o lacre, rótulo de identificação e demais dados
que permitam identificar os fabricantes, classe
toxicológica, número do lote e outros que, por norma
escrita, o órgão fiscalizador julgar necessário.
CAPITULO VII
DA RECEITA AGRONÔMICA
Art. 39. Os agrotóxicos e afins só poderão ser
comercializados diretamente aos usuários, através da
apresentação do receituário agronômico, prescrito por
profissional legalmente habilitado no Conselho Regional
de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Roraima -
CREA/RR, Engenheiro Agrônomo ou Engenheiro
Florestal, dentro de suas respectivas áreas de competência.
§ 1° Deverão constar do receituário agronômico, no
mínimo:
I - nome do usuário, da propriedade e sua localização;
II - local de aplicação;
III - cultura;
IV - área da cultura, em hectares ou pés, ou sendo produto
armazenado, o volume a ser tratado;
V - diagnóstico;
VI - nome comercial do agrotóxico;
VII - princípio ativo do produto;
VIII - concentração;
IX - formulação;
X - classe toxicológica;
XI - intervalo de segurança;
10
XII - doses de aplicação e quantidades totais a serem
adquiridas;
XIII - época de aplicação;
XIV - número de aplicações;
XV - modalidade de aplicação, sendo que, no caso de
aplicação aérea devem ser registradas as instruções
específicas;
XVI - recomendação para que o usuário leia atentamente
o rótulo e a bula do produto;
XVII - obrigatoriedade do uso de equipamentos de
proteção individual;
XVIII - grupo químico do produto;
XIX - recomendações de caráter geral aos cuidados com o
meio ambiente, à saúde do trabalhador, primeiros socorros
e precauções de uso, impressas no verso da receita;
XX - recomendações específicas com relação à proteção
do meio ambiente, quando as condições do local da
aplicação exigirem, explícitas no receituário;
XXI - data, nome, CPF, registro no Conselho de Classe e
assinatura do profissional que o emitiu e do produtor; e
XXII – número e tipos de embalagens.
§ 2º. Se o formulário usado pelo profissional não
contemplar todos os itens do § 1º, deverá ser entregue a
ADERR, relatório, em anexo, com as informações
solicitadas.
§ 3°. A receita agronômica deverá ser expedida em, no
mínimo, cinco (05) vias, todas legíveis, com a seguinte
destinação:
I - 1ª via – estabelecimento comercial;
II - 2ª via – usuário;
III - 3ª via – profissional que prescreveu;
§ 4° As receitas deverão ser mantidas no estabelecimento
comercial à disposição dos órgãos fiscalizadores por um
período de 05 (cinco) anos.
§ 5° A receita deverá ser específica para cada
produto/cultura ou problema fitossanitário;
§ 6° Só poderão ser prescritos produtos com observância
das recomendações de uso aprovadas no registro.
Art. 40. Quando a aplicação de agrotóxicos e afins for
executada por firma prestadora de serviços, esta fornecerá
receituário agronômico e guia de aplicação, sendo que a
guia de aplicação será expedida em 03 (três) vias: uma
para o usuário, outra para a ADERR, e a terceira via fica
em poder do prestador, contendo no mínimo:
I - nome e endereço do usuário;
II - cultura e área tratada por agrotóxico com finalidade
fitossanitária;
III - local da aplicação e endereço;
IV - princípio ativo do produto;
V - nome comercial do produto usado;
VI - quantidade empregada do produto comercial;
VII - forma de aplicação;
VIII - data e hora da prestação de serviço;
IX - riscos oferecidos pelo produto ao ser humano, meio
ambiente e animais;
X - cuidados necessários;
XI - identificação do aplicador e assinatura;
XII - identificação do responsável técnico e assinatura; e
XIII - assinatura do usuário.
Parágrafo único. A ADERR, com a colaboração da
FEMARH e, com apoio dos fabricantes e comerciantes de
agrotóxicos, desenvolverá ações de instrução, divulgação
e esclarecimento que estimulem o uso seguro e eficaz dos
agrotóxicos.
CAPÍTULO VIII
DA DESTINAÇÃO FINAL DE SOBRAS E
EMBALAGENS
Art. 41. O uso, a aplicação, a guarda e o destino final das
embalagens e das sobras dos produtos não poderão causar
danos à saúde pública e ao meio ambiente, devendo a
ADERR, em conjunto com a Secretaria de Estado da
Saúde e a FEMARH, tomar as medidas necessárias para
garantir a diminuição destes riscos.
Parágrafo único. De acordo com o que trata o caput deste
artigo, o fabricante, transportador, comerciante, usuário,
armazenador ou distribuidor deverão tomar as medidas
necessárias para evitar a ocorrência desses danos.
Art. 42. Os usuários, comerciantes e fabricantes de
agrotóxicos, seus componentes e afins, ficam
responsáveis pela destinação final das embalagens vazias
e suas sobras, e por produtos apreendidos pela ação
fiscalizadora e aqueles impróprios para utilização ou em
desuso.
Art. 43. É de responsabilidade da pessoa física ou jurídica
usuária ou responsável pela aplicação de agrotóxicos e
afins, a devolução em local devidamente autorizado pela
11
FEMARH e deverá atender rigorosamente às
recomendações técnicas da bula ou folheto complementar,
devendo efetuar a devolução das embalagens vazias, e
respectivas tampas no prazo máximo de um (01) ano após
a aquisição do produto.
§ 1º Os usuários de que trata o caput deste artigo deverão
efetuar a devolução das embalagens vazias e respectivas
tampas, aos postos de recebimento de embalagens vazias
de agrotóxicos indicados na Nota Fiscal, ao qual o
comerciante é associado.
§ 2º Se, ao término do prazo de devolução, remanescer
produto na embalagem, ainda no seu prazo de validade,
será facultada a devolução da embalagem, em até 03 (três)
meses após o final do prazo de validade do produto.
§ 3º É facultado ao usuário a devolução das embalagens
vazias a qualquer unidade de recebimento licenciada pela
FEMARH, desde que credenciada pelo estabelecimento
comercial.
§ 4º Os usuários deverão manter à disposição dos órgãos
fiscalizadores os comprovantes de devolução de
embalagens vazias, fornecidos pelos estabelecimentos
comerciais ou pelas unidades de recebimento, pelo prazo
de, no mínimo, 01 (um) ano, após a devolução da
embalagem.
§ 5º No caso de embalagens contendo produtos impróprios
para utilização ou em desuso, o usuário observará as
orientações contidas nas respectivas bulas, cabendo às
empresas produtoras e comercializadoras promover o
recolhimento e a destinação final admitidos pelo órgão
ambiental competente.
§ 6º As embalagens rígidas, que contiverem formulações
miscíveis ou dispersíveis em água, deverão ser submetidas
pelo usuário à operação de tríplice lavagem, ou tecnologia
equivalente, conforme orientação constante de seus
rótulos, bulas ou folheto complementar.
§ 7º Os usuários de agrotóxicos e afins, quando adquirirem
produtos em outros estados, deverão incumbir-se de sua
destinação adequada, conforme indicado na Nota Fiscal.
§ 8º As embalagens usadas não poderão ser utilizadas para
outros fins e deverão ser tríplices lavadas e devolvidas aos
postos e/ou central de recebimento de embalagens vazias
de agrotóxicos e afins.
§ 9º Os fabricantes de agrotóxicos e afins são responsáveis
pelo recolhimento, armazenamento, transporte e pela
destinação final das embalagens vazias devolvidas pelos
usuários.
Art. 44. O fracionamento e a reembalagem de agrotóxicos
e de seus componentes e afins, com o objetivo de
comercialização, somente poderão ser realizados por
empresa produtora ou por manipulador, sob
responsabilidade daquela, em locais e condições
previamente autorizados pelos órgãos estaduais e
municipais competentes.
Art. 45. Os estabelecimentos comerciais deverão ser
associados às unidades de recebimento de embalagens
vazias de agrotóxicos, previamente licenciadas,
responsáveis pela destinação final destas embalagens,
rótulos, bulas ou folheto complementar.
Parágrafo único. Os estabelecimentos comerciais:
I – deverão disponibilizar unidades de recebimento,
previamente licenciadas, cujas condições de
funcionamento e acesso não venham a dificultar a
devolução pelo usuário;
II – farão constar na nota fiscal de venda do produto, o
endereço para devolução da embalagem vazia,
comunicando ao usuário, formalmente, qualquer alteração
no endereço; e
III – os postos e centrais de recebimento de embalagens
vazias de agrotóxicos e afins ficam obrigados a manter à
disposição do serviço de fiscalização o sistema de controle
das quantidades e dos tipos de embalagens adquiridas e
devolvidas pelos usuários com as respectivas datas das
ocorrências.
Art. 46. As unidades de recebimento de embalagens
vazias fornecerão, ao usuário, comprovante de
recebimento das embalagens onde deverão constar, no
mínimo:
I – nome da pessoa física ou jurídica que efetuou a
devolução;
II – data do recebimento;
III – quantidades e tipos de embalagens recebidas; e
IV – nomes das empresas responsáveis pela destinação
final das embalagens.
Parágrafo único. Os comprovantes serão emitidos, no
mínimo, em 03 (três) vias, sendo, 01 (uma) via para o
usuário, 01 (uma) via para o posto de recebimento de
embalagens vazias e uma via para a ADERR.
Art. 47. Os estabelecimentos destinados ao
desenvolvimento de atividades que envolvam embalagens
vazias de agrotóxicos, componentes ou afins, bem como
produtos em desuso ou impróprios para utilização,
12
deverão obter licenciamento ambiental, junto a
FEMARH.
Art. 48. As empresas produtoras de agrotóxicos, seus
componentes e afins são responsáveis pelo recolhimento,
pelo transporte e pela destinação final das embalagens
vazias, devolvidas pelos usuários aos estabelecimentos
comerciais ou as unidades de recebimento, e dos produtos
por elas fabricados e/ou comercializados no Estado de
Roraima e, quando estes forem:
I - apreendidos e/ou interditados pela ação fiscalizatória,
no prazo de até 120 (cento e vinte) dias; e
II - impróprios para utilização ou em desuso, vencidos
com vistas à sua reciclagem ou inutilização, de acordo
com normas e instruções dos órgãos registrantes e
sanitário ambientais competentes.
§ 1º As empresas registrantes e produtoras de agrotóxicos
e afins podem instalar e manter postos ou centros de
recebimento de embalagens usadas, vazias e produtos
vencidos e/ou impróprios para consumo, atendidos o
disposto na Lei nº 9974 de 06 de junho de 2000, nesta Lei
e na legislação ambiental.
§ 2º As empresas produtoras de agrotóxicos, componentes
e afins, estabelecidas no País são responsáveis pelo
recebimento e pela destinação final adequada das
embalagens vazias que contiverem produtos por elas
produzidos.
§ 3º O prazo para recolhimento e destinação final das
embalagens pelas empresas registrantes e produtoras é de,
no máximo, 120 (cento e vinte) dias, a contar da
notificação pelo órgão fiscalizador, constatado o
preenchimento total da capacidade física do Posto ou
Central de Recebimento de Embalagens vazias de
Agrotóxicos e afins.
§ 4º Os responsáveis por postos e centros de recolhimento
de embalagens vazias deverão manter a disposição dos
órgãos de fiscalização, sistema de controle das
quantidades e dos tipos de embalagens recebidas e
encaminhadas à destinação final. Encaminhando
mensalmente à ADERR.
Art. 49. Os agrotóxicos, seus componentes e afins
apreendidos por ação fiscalizadora terão seu destino final
estabelecido, após a conclusão do processo
administrativo, a critério da autoridade competente,
cabendo à empresa produtora e comercializadora a adoção
das providências estabelecidas e, ao infrator, arcar com os
custos decorrentes.
Art. 50. Compete ao poder público fiscalizar usuários,
comerciantes e fabricantes e a devolução e destinação
adequada das embalagens de agrotóxicos, seus
componentes e afins.
CAPÍTULO IX
DA INSPEÇÃO E DA FISCALIZAÇÃO
Art. 51. A inspeção é exercida quando da solicitação de
registro de pessoa física ou prestação de serviços na
aplicação e destinação adequada das embalagens vazias de
agrotóxicos, seus componentes e afins.
Art. 52. As ações de inspeção e fiscalização efetivam-se
em caráter permanente e constituem atividades de rotina
dos órgãos estaduais dentro de suas respectivas áreas de
competência.
Parágrafo único. Quando solicitadas pelos órgãos
competentes, as empresas devem prestar informações ou
entregar documentos nos prazos estabelecidos.
Art. 53. A inspeção, o controle e a fiscalização são
realizados por agentes fiscais credenciados e legalmente
habilitados em suas atividades, com livre acesso aos locais
onde se realizem o armazenamento, o comércio, o
transporte e a aplicação de agrotóxicos e afins, e podem,
ainda:
I – inspecionar e fiscalizar a produção, o uso, a
manipulação e o consumo dos agrotóxicos e afins;
II – inspecionar e fiscalizar o estabelecimento de
comercialização, armazenamento e prestação de serviços;
III – inspecionar e fiscalizar a devolução e destinação final
de sobras, resíduos e embalagens;
IV - coletar amostras para análise fiscal;
V - fazer visitas rotineiras de fiscalização para apuração
de infrações ou eventos que tornem os produtos passíveis
de alteração, e lavrar os respectivos autos;
VI - verificar o cumprimento das condições de
preservação da qualidade ambiental;
VII - verificar a procedência e as condições dos produtos,
quando expostos à venda;
VIII - interditar, parcial ou totalmente, os
estabelecimentos comerciais ou de prestação de serviços;
IX - lavrar os autos de infração previstos neste
Regulamento.
X - inspecionar e fiscalizar o transporte de agrotóxicos,
seus componentes e afins, por qualquer via ou meio de
transporte em sua jurisdição;
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XI - analisar resíduos de agrotóxicos e afins em produtos
agrícolas e em seus subprodutos;
XII - inspecionar e fiscalizar o armazenamento,
transporte, reciclagem e destinação final de embalagens
vazias e dos produtos apreendidos pela ação fiscalizadora
e daqueles impróprios para utilização ou em desuso;
XIII - inspecionar e fiscalizar, Postos e Centrais de
Recebimento de Embalagens vazias de agrotóxicos e
afins.
Parágrafo único. Caberá à Secretaria de Estado da Saúde
e a FEMARH fiscalizar, e inspecionar em suas áreas de
atribuição.
Art. 54. Para efeito de análise fiscal, será realizada coleta
de amostra representativa do produto pela autoridade
fiscalizadora.
§ 1° A coleta de amostra será realizada em 03 (três) partes,
de acordo com técnica e metodologia indicadas em ato
administrativo.
§ 2° A amostra deverá ser autenticada e tornada
inviolável, na presença do interessado e, na ausência ou
recusa deste, de duas testemunhas.
§ 3° Uma parte será utilizada pelo laboratório oficial,
outra permanecerá no órgão fiscalizador e a última ficará
à disposição do interessado para perícia de contraprova,
no órgão fiscalizador.
Art. 55. A análise fiscal será realizada por laboratório
oficial, ou devidamente credenciado, com o emprego de
metodologia oficial para identificar ocorrências de
fraudes, desobediência à legislação, falsificação e
adulteração, observadas pelo Agente Fiscal, na
comercialização ou utilização.
Parágrafo único. A metodologia oficial para as análises
fiscais será determinada em ato administrativo do
dirigente da ADERR.
Art. 56. O resultado da análise fiscal deverá ser informado
ao fiscalizador e ao fiscalizado, no prazo máximo de 90
(noventa) dias, contados na data da coleta da amostra.
Art. 57. O interessado que não concordar com o resultado
da análise poderá requerer perícia de contraprova arcando
com o ônus da mesma.
§ 1° A perícia de contraprova deverá ser requerida dentro
do prazo de 10 (dez) dias, contados do recebimento do
resultado da análise fiscal.
§ 2° No requerimento de contraprova, o interessado
indicará o seu perito, que deverá satisfazer os requisitos
legais pertinentes à perícia, sob pena de recusa liminar.
Art. 58. A perícia de contraprova será realizada em
laboratório oficial, ou devidamente credenciado, com a
presença de peritos do interessado e do órgão fiscalizador,
com a assistência técnica do responsável pela análise
anterior.
§ 1° A perícia de contraprova não excederá o prazo de 60
(sessenta) dias, contados da data de seu requerimento,
salvo quando condições técnicas exigirem a sua
prorrogação.
§ 2° A parte da amostra a ser utilizada na perícia de
contraprova não poderá estar violada, o que será,
obrigatoriamente, atestada pelos peritos.
§ 3° Verificada a violação da amostra, não será realizada
a perícia de contraprova, sendo finalizado o processo de
fiscalização e instaurada sindicância para apuração de
responsabilidades.
§ 4° Ao perito interessado será dado conhecimento da
análise fiscal, prestadas as informações que solicitar e
exibidos os documentos necessários ao desempenho de
sua tarefa.
§ 5° Da perícia de contraprova, serão lavrados laudos e ata
assinados pelos peritos, sendo arquivados os originais no
laboratório oficial ou credenciado, após a entrega de
cópias a ADERR.
§ 6° Se os peritos apresentarem laudo divergente do laudo
da análise fiscal, o desempate será feito por um terceiro
perito, eleito de comum acordo ou, em caso negativo,
designado pela ADERR, realizando-se nova análise em
amostragem, em poder do órgão fiscalizador, facultada a
assistência dos peritos anteriormente nomeados,
observado o disposto nos § 1º e § 2º deste artigo.
§ 7° Qualquer que seja o resultado da perícia de
desempate, não será permitida a sua repetição, tendo o seu
resultado, prevalência sobre os demais.
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Art. 59. A ADERR comunicará ao interessado o resultado
final das análises, aplicando as penalidade cabíveis, se
verificadas irregularidades.
Art. 60. As ações de inspeção e fiscalização se efetivarão
em caráter permanente e constituirão atividade de rotina
da ADERR.
Parágrafo único. Quando solicitadas pelos órgãos
responsáveis deverão as pessoas físicas e jurídicas prestar
informações ou proceder à entrega de documentos, nos
prazos estabelecidos, a fim de não obstarem as ações de
inspeção e fiscalização e a adoção das
Art. 61. As inspeções e fiscalizações serão exercidas por
profissionais legalmente habilitados para tais atribuições
e devidamente credenciados pela ADERR.
Art. 62. A fiscalização será exercida sobre os produtos em
comercialização, no transporte, nos estabelecimentos
comerciais, nas propriedades rurais, nos depósitos ou
outros locais de propriedade dos usuários, associações
rurais e postos e centrais de recebimento de embalagens
vazias, de acordo com especificações baixadas em ato
administrativo do Dirigente da ADERR.
CAPITULO X
DAS TAXAS
Art. 63. As taxas para execução dos serviços serão
estabelecidas por meio de Lei e revertidas exclusivamente
em benefício da atividade geradora, sendo cobradas para
os respectivos serviços a serem realizados:
I - registro de estabelecimento comercial;
II - registro de empresa prestadora de serviço;
III - registro de indústria, produtora, importadora,
exportadora e manipuladora de agrotóxicos, seus
componentes e afins;
IV - cadastro da empresa produtora, importadora,
exportadora, manipuladora e comercializadora de
agrotóxicos, seus componentes e afins;
V - cadastro de agrotóxicos, seus componentes e afins;
VI - alteração de cadastro de agrotóxicos, seus
componentes e afins;
VII - renovação de cadastro de empresa produtora,
importadora, exportadora, manipuladora e
comercializadora de agrotóxicos, seus componentes e
afins.
Art. 64. As taxas serão recolhidas através de DARE ou
Boleto bancário emitido pela ADERR.
§ 1º O DARE ou boleto bancário tem a validade de 60
(sessenta) dias após o pagamento.
§ 2º Os valores das taxas de atividades de agrotóxicos são
as seguintes:
I - cadastro de produto – 3 (três) UFERRs ou a que vier a
substituí-la;
II - renovação de cadastro – 2 (duas) UFERRs ou a que
vier a substituí-la;
III - alteração de cadastro – 2 (duas) UFERRs ou a que
vier a substituí-la;
IV - registro de estabelecimento comercial – 1,5 (Uma e
meia) UFERRs ou a que vier a substituí-la;
V - renovação de registro de estabelecimento comercial –
1,5 (Uma e meia) UFERRs ou a que vier a substituí-la; e
VI - alteração de registro de estabelecimento comercial –
1,5 (Uma e meia) UFERRs ou a que vier a substituí-la.
§ 3º Os prestadores de serviços na aplicação de
agrotóxicos, postos e centrais de recolhimento de
embalagens vazias de agrotóxicos e afins, para efeito de
recolhimento de taxa de cadastro, equiparam-se aos
estabelecimentos comerciais.
CAPÍTULO XI
DAS INFRAÇÕES, SANÇÕES E PROCESSOS
Art. 65. Constitui infração, para efeito desta lei, toda ação
ou omissão que importe na inobservância de preceitos
estabelecidos na Lei Federal nº 7.802, de 11 de julho de
1989, Lei Federal nº 9.974, de 06 de junho de 2000, e nesta
Lei, ou na desobediência às determinações de caráter
normativo dos órgãos ou das autoridades administrativas
competentes.
Art. 66. As responsabilidades administrativas, civis e
penais, pelos danos causados à saúde das pessoas e ao
meio ambiente, em função do descumprimento nos casos
previstos em lei, recairão sobre:
I - o registrante que, por dolo ou por culpa, omitir
informações ou fornecê-las incorretamente e promover
propaganda indutiva;
II - o fabricante que produzir agrotóxicos e afins em
desacordo com as especificações constantes do registro;
deixar de promover o cadastro do produto antes da
comercialização; deixar de recolher, em tempo hábil,
produtos com prazo de validade vencidos, interditados,
apreendidos ou impróprios ao uso;
III - o profissional que receitar a utilização de agrotóxicos
e afins de forma errada, displicente ou indevida; receitar
agrotóxicos para produtor e cultura não existentes na
região; deixar receituários assinados sob responsabilidade
da loja agropecuária;
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IV - o comerciante que efetuar venda de agrotóxicos e
afins, em desacordo ou, sem o respectivo receituário,
venda de produtos não registrados para a cultura, deixar
de informar o local de recebimento de embalagens vazias
de agrotóxicos;
V - o empregador que não fornecer ou não fizer a
manutenção dos equipamentos destinados à produção,
distribuição e aplicação dos agrotóxicos e afins; e
VI - o usuário ou o prestador de serviços que utilizar
agrotóxicos e afins em desacordo com o receituário;
deixar de devolver as embalagens vazias dos agrotóxicos
adquiridos no local indicado na Nota Fiscal, dentro do
período estabelecido; reutilizar embalagens vazias; não
observar período de carência; não utilizarem equipamento
de proteção individual.
VII - ao proprietário da terra, pessoalmente, se agricultor
e a ele solidariamente com o meeiro ou arrendatário, em
razão do uso de área interditada para determinada
finalidade.
Parágrafo único. A autoridade que tiver ciência ou notícia
de ocorrência de infração é obrigada a promover a sua
apuração imediata, mediante processo administrativo
próprio, sob pena de responsabilidade.
Art. 67. São infrações:
I - produzir, manipular, acondicionar, transportar,
armazenar, comercializar, importar, exportar e utilizar
agrotóxicos, seus componentes e afins, em desacordo com
as disposições da legislação vigente e com o disposto na
presente Lei;
II - produzir, manipular, acondicionar e armazenar
agrotóxicos, seus componentes e afins, em
estabelecimentos que não estejam registrados nos órgãos
competentes;
III - fraudar, falsificar, adulterar e fracionar agrotóxicos,
seus componentes e afins; e violar os lacres de produtos
interditados pela fiscalização;
IV - alterar a composição ou a rotulagem dos agrotóxicos,
seus componentes e afins, sem prévia autorização do
órgão registrante e comunicação ao órgão estadual
cadastrante;
V - armazenar agrotóxico, seus componentes e afins, sem
respeitar as condições de segurança, quando houver riscos
à saúde e ao meio ambiente;
VI - comercializar agrotóxicos e afins sem receituário ou
em desacordo com a receita, bem como deixar de devolver
o produto com validade vencida; comercializar produtos
com prazo de validade vencido ou não cadastrados no
Estado;
VII - omitir ou prestar informações incorretas às
autoridades registrantes, fiscalizadoras ou inspetoras;
VIII - não utilizar equipamentos visando à proteção da
saúde do trabalhador, medidas que se fizerem necessárias
quando da manipulação de agrotóxicos;
IX - utilizar agrotóxicos e afins sem os devidos cuidados
à proteção da saúde humana e do meio ambiente;
X - utilizar agrotóxicos e afins em desacordo com o
receituário;
XI - dificultar a fiscalização ou inspeção, ou não atender
às informações em tempo hábil;
XII - concorrer de qualquer modo, para a prática de
infração ou dela obter vantagens;
XIII - dispor de forma inadequada às embalagens vazias
ou restos de agrotóxicos, seus componentes ou afins;
XIV - não fornecer ou não fazer a manutenção dos
equipamentos destinados à produção, distribuição e
aplicação dos agrotóxicos e afins;
XV - dar destinação indevida às embalagens, aos restos e
resíduos dos agrotóxicos, seus componentes e afins;
XVI - comercializar agrotóxicos e afins não registrados no
órgão competente e não cadastrados no Estado;
XVII - emitir receituário agronômico sem a assinatura do
produtor e/ou para cultura ou produtor inexistente na
região;
XVIII - deixar de proceder a tríplice lavagem da
embalagem lavável;
XIX - comercializar agrotóxicos ou afins para empresa
distribuidora comercial, associação ou qualquer pessoa
jurídica que não tenha cadastro no Estado;
XX - deixar de recolher em tempo hábil as embalagens,
produtos vencidos e não cadastrados no Estado;
XXI - utilizar produtos não registrados no órgão
competente e/ou não cadastrados no Estado;
XXII - comercializar e/ou utilizar produtos
contrabandeados e /ou falsificados; e
XXIII - transportar, comercializar ou exporem
agrotóxicos e afins sem o rótulo de identificação do
produto, sem os documentos exigidos ou em desacordo
com o transporte de cargas perigosas.
XXIV - ausência de controle do estoque de agrotóxico e
afim em livro apropriado ou em sistema informatizado nos
estabelecimentos comerciais e a não comprovação legal
da origem do produto.
XXV - não fornecimento de relatórios com informações
sobre o recebimento das embalagens vazias de
agrotóxicos e afins pelos Postos ou Centrais.
Art. 68. Aquele que concorre para a prática de infração ou
dela obtém vantagem, ou aquele que produz, embala,
comercializa, transporta, armazena, prescreve, usa, aplica
ou presta serviços de aplicação de agrotóxico ou afim,
aquele que dá destino final indevido às embalagens,
sobras e produtos vencidos, também aquele que
16
comercializa produto agrícola ou agroindustrial com
níveis de resíduos acima do permitido pela legislação ou
não recomendado para a cultura e normas vigentes, fica
sujeito às penalidades previstas na Lei Federal nº 9.605,
de 12 de fevereiro de 1998 e Lei Federal nº 7.802, de 11
de julho de 1989, sem prejuízo na aplicação das sanções
previstas no artigo 65 desta Lei, além de multa.
Art. 69. O empregador, o profissional responsável ou o
prestador de serviços que deixa de promover as reais
medidas de proteção à saúde e ao meio ambiente está
sujeito às penalidades previstas na Lei Federal nº 9.605,
de 12 de fevereiro de 1998 e Lei Federal nº 7.802, de 11
de julho de 1989, sem prejuízo na aplicação das sanções
previstas no artigo 65 desta Lei, além de multa.
Art. 70. Sem prejuízo das responsabilidades, civil e penal
cabíveis, a infração de disposições legais acarretará
isolada ou cumulativamente, nos termos desta Lei e da
legislação em vigor, independentemente das medidas
cautelares de embargo de estabelecimento e apreensão do
produto ou alimentos contaminados, a aplicação das
seguintes sanções:
I – advertência, aplicada por infração leve;
II - multa de até 100 UFERRs ou outro índice que o
substitua, aplicável em dobro em caso de reincidência;
III - condenação do produto;
IV - inutilização do produto;
V - suspensão temporária do cadastro ou registro;
VI - cancelamento do cadastro ou registro;
VII - interdição temporária ou definitiva do
estabelecimento e/ou produto;
VIII - interdição temporária ou definitiva da área
agricultável;
IX - cancelamento do Registro do Estabelecimento;
X - inutilização de vegetais, parte de vegetais e alimentos
nos quais tenha havido aplicação de agrotóxicos de uso
não autorizado ou apresentarem resíduos acima dos níveis
permitidos; e
XI - recomposição da flora e/ou da fauna, com obrigações
ou custos por conta do infrator, quando decorrente do uso
indevidos de agrotóxicos e afins.
§ 1° A advertência será aplicada nas infrações leves, nos
casos de infrator primário, quando o dano possa ser
reparado e quando o infrator não tenha agido com dolo ou
má fé.
§ 2° Multa é a pena pecuniária imposta a quem infringir
as disposições legais pertinentes à inspeção e à
fiscalização da comercialização, embalagem, transporte,
armazenamento e utilização de agrotóxicos e afins, pela
notificação a parte infratora para o pagamento.
§ 3° Condenação do produto é a ação punitiva que implica
na proibição da comercialização e uso de agrotóxicos e
afins, quando estes não atenderem às condições e
especificações do seu registro e cadastro, efetivada pela
lavratura do auto de apreensão.
§ 4° A inutilização do produto será aplicada nos casos de
produto sem registro ou naqueles em que fique constatada
a impossibilidade de lhe ser dada outra destinação ou
reaproveitamento.
§ 5º A suspensão temporária de funcionamento, de
registro ou de cadastro do estabelecimento e/ou produto
será aplicada nos casos de ocorrência de irregularidade ou
prática de infrações reiteradas, passíveis, entretanto, de
serem sanadas.
§ 6° O cancelamento do cadastro estadual de agrotóxicos
e afins ou registro de estabelecimento será aplicado, nos
casos em que não comporte a suspensão de que trata o
parágrafo anterior, ou seja, nos casos de impossibilidade
de serem sanadas as irregularidades ou quando constatada
a fraude ou má fé, pela notificação a parte infratora.
§ 7° O cancelamento do registro de estabelecimento
comercial será aplicado nos casos de impossibilidade de
serem sanadas irregularidades ou quando constatadas a
fraude ou
§ 8° A interdição do estabelecimento, efetivada através de
lavratura de termo de interdição, ocorrerá sempre que
constatada irregularidade por parte de infração reiterada
ou quando verificar-se, mediante inspeção técnica, a
inexistência de condições sanitárias ou ambientais para o
funcionamento do estabelecimento, podendo a interdição
ser suspensa, assim que se sanarem as irregularidades
constatadas.
§ 9° A interdição definitiva dar-se-á quando,
comprovadamente, o estabelecimento não oferecer
condições sanitárias ou ambientais para seu
funcionamento.
§10 A inutilização de vegetais, parte de vegetais e
alimentos será determinada a critério da autoridade
sanitária competente, sempre que apresentarem resíduos
acima dos níveis permitidos, de cujo ato será lavrado
termo.
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§11 A inutilização de vegetais, parte de vegetais e
alimentos, nos quais tenha havido aplicação de
agrotóxicos e afins de uso não autorizado, será
determinada a critério da autoridade fiscalizadora
competente, de cujo ato será lavrado termo.
§ 12 Ocorrendo interdição ou apreensão, o infrator,
quando identificado, será fiel depositário, ficando
proibido a sua substituição ou comercialização até
determinação do órgão fiscalizador.
Art. 71. O Engenheiro Agrônomo ou Engenheiro Florestal
que, eventualmente, cometa alguma infração de ordem
profissional, será submetido, previamente, a julgamento
do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia de Roraima - CREA/RR, antes da aplicação
das sanções previstas no artigo 16 da Lei Federal nº 7802,
de 11 de julho de 1989.
Art. 72. No caso de aplicação das sanções previstas nesta
Lei, não caberá direito a ressarcimento ou indenizações
por eventuais prejuízos, e os custos referentes a quaisquer
procedimentos previstos nesta Lei correrão por conta do
infrator.
Art. 73. Para a imposição de pena e sua gradação, a
autoridade competente observará:
I - as circunstâncias atenuantes e agravantes;
II - a gravidade do fato, tendo em vista as suas
consequências para a saúde humana e ao meio ambiente;
e
III - os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento
das normas agrícolas, sanitárias e ambientais.
§ 1° São circunstâncias atenuantes:
I - não ter o infrator concorrido para a consecução do
evento;
II - quando o infrator por espontânea vontade, procurar
minorar ou reparar as consequências do ato lesivo que for
imputado; e
III - ser infrator primário e a falta cometida ser de pequena
monta.
§ 2° São circunstâncias agravantes:
I - ser infrator reincidente;
II - ter o infrator cometido a infração objetivando a
obtenção de qualquer tipo de vantagem;
III - ter o infrator conhecimento do ato lesivo e deixar de
tomar as providências necessárias com o fito de evitá-lo;
IV - coagir outrem para a execução material da infração;
V - ter a infração consequência danosa à agricultura, saúde
humana e ao meio ambiente; e
VI - ter o infrator agido com dolo, fraude ou má fé.
§ 3° Cometidas, concomitantemente, duas ou mais
infrações, aplicar-se-á pena correspondente a cada uma
delas.
§ 4° A aplicação de penalidade não desobriga o infrator de
reparar a falta que lhe deu origem.
§ 5° A reincidência torna o infrator passível de
enquadramento na penalidade máxima e a caracterização
da infração como gravíssima.
Art. 74. As infrações classificam-se em: leves, graves e
gravíssimas.
§ 1º São consideradas infrações leves:
I - falta de exposição, em local visível, do comprovante de
registro – 0,7 UFERRs;
II - falta de comunicação de alteração no registro de
agrotóxico e afins – 0,7 UFERR;
III - falta de identificação da área de armazenamento e de
exposição para o comércio de agrotóxico e afim – 1,0
UFERR;
IV - ausência do controle de estoque de agrotóxico e afim
em livro apropriado, ou em sistema informatizado, e a não
comprovação legal da origem do produto – 1,8 UFERRs;
V - não fornecer relação do estoque de agrotóxico e afim
no prazo previsto – 1,8 UFERRs;
VI - falta de comunicação de alteração no registro da
empresa – 1,8 UFERRs
VII - falta de renovação do registro de estabelecimento
comercial ou de empresa prestadora de serviços de
aplicação de agrotóxico e afim – 2,0 UFERR’s;
VIII - comercialização de agrotóxico e afim com validade
vencida ou identificação incompleta – 10 UFERRs;
IX - falta de registro do estabelecimento comercial ou da
empresa prestadora de serviços de aplicação de agrotóxico
e afim – 10 UFERRs;
X - falta de registro do estabelecimento comercial ou da
empresa prestadora de serviços na aplicação de
agrotóxicos e afins – 11 UFERRs;
XI - falta de responsável técnico – 12 UFERRs;
XII - comercialização de agrotóxico ou afim para
estabelecimento não registrado para esse fim – 15
UFERRs;
18
XIII - não recolhimento, pelo fabricante, de agrotóxico e
afim com validade vencida ou com cadastro cancelado –
15 UFERRs.
§ 2º São consideradas infrações graves:
I - não devolução, pelo usuário, da embalagem vazia de
agrotóxico e afim no prazo determinado – 16 UFERRs;
II - comercialização ou exposição ao comércio, de
agrotóxico e afim com embalagem danificada – 16
UFERRs;
III - não recebimento, pelo comerciante, de embalagem
vazia de agrotóxico e afim – 16 UFERR’s;
IV - falta de cadastro do produto no Estado de Roraima –
16 UFERRs;
V - utilização de equipamentos de proteção e de aplicação
de agrotóxicos e afins sem manutenção, ou de forma
inadequada ou não utilização dos mesmos – 17,5
UFERRs;
VI - receita de agrotóxico e afim em desacordo com as
especificações do produto, a legislação e as normas
vigentes – 18 UFERRs;
VII - receitar agrotóxicos ou afins para cultura ou produtor
não existentes na região – 18 UFERRs;
VIII - dispor, de forma inadequada, as embalagens ou
restos de agrotóxicos, seus componentes e má fé,
expedindo-se a notificação a parte infratora afins – 18
UFERRs;
IX - não fornecimento, pelo empregador, de equipamento
de proteção ao aplicador de agrotóxicos e afins – 19
UFERRs;
X - descarte de embalagens, sobra ou resíduo de
agrotóxicos e afins em desacordo com a legislação federal
e estadual e em desacordo com a orientação técnica – 21
UFERRs;
XI - omissão ou prestação de informação incorreta por
ocasião do cadastro de agrotóxicos e afins e registro de
estabelecimentos – 23 UFERRs;
XII - armazenamento inadequado de agrotóxico e afim –
25 UFERRs;
XIII - acondicionamento inadequado, pelo comerciante,
posto ou central de recebimento das embalagens vazias de
agrotóxicos e afins recebidas do usuário final – 25
UFERRs;
XIV - comercialização de agrotóxico e afim sem rótulo ou
bula, com rasura no rótulo ou fora de especificação – 25
UFERRs;
XV - venda e exposição de agrotóxicos, seus componentes
ou afins, ao lado de produtos alimentícios ou animais de
estimação ou guarda destinados à comercialização – 25
UFERRs;
XVI - não utilização, pelo usuário, de Equipamento de
Proteção Individual – EPI na aplicação de agrotóxicos e
afins – 25 UFERRs;
XVII - venda ou aplicação de agrotóxicos e afins sem
receituário ou em desacordo com ele – 30 UFERRs;
XVII - inobservância do período de carência após a
aplicação de agrotóxicos e afins – 30 UFERRs;
XIX - falta de cadastro de agrotóxico e afim – 30
UFERRs;
XX - comercialização de produtos e subprodutos com
resíduo de agrotóxicos e afins acima dos níveis permitidos
– 30 UFERRs;
XXI - violar lacre de produtos interditados pela
fiscalização – 30 UFERRs;
XXII - não recolhimento, pelo fabricante, das embalagens
vazias de agrotóxicos e afins, no prazo previsto em Lei –
30 UFERRs;
XXIII - não fornecimento de relatórios com informações
sobre o recebimento das embalagens vazias de
agrotóxicos e afins pelos Postos ou Centrais – 40
UFERRs;
XXIV - transporte de agrotóxicos e afins sem receituário
agronômico, Nota Fiscal, Autorização de importação e/ou
rótulo de identificação do produto – 40 UFERRs;
§ 3º São consideradas infrações gravíssimas:
I - venda, utilização ou remoção de agrotóxico e afim
interditado – 41 UFERRs;
II - comercialização de agrotóxicos e afins sem registro no
órgão federal competente; interditados para a venda por
ação fiscalizatória e sem disponibilizar local para
devolução de embalagens vazias – 46 UFERRs;
III - comercialização de produto agrícola, agroindustrial
ou florestal, proveniente de área interditada em razão do
uso inadequado de agrotóxico e afins – 46 UFERRs;
IV - aplicação de agrotóxico e afins não recomendados
para a cultura – 46 UFERRs;
V - deixar sob a guarda de outrem receituários em branco
e assinados pelo responsável técnico – 47 UFERRs;
VI - comercialização, armazenagem e utilização de
agrotóxico e afim sem registro – 51 UFERRs;
VII - criação de entrave à fiscalização ou perícia de
agrotóxicos e afins – 72 UFERRs;
VIII - falta de atendimento à intimação da fiscalização de
agrotóxico e afim – 77 UFERRs;
IX - fracionamento, fraude, falsificação ou adulteração de
agrotóxico e afim – 87 UFERRs;
X - concorrer de qualquer modo para a prática da infração
ou dela obter vantagem – 95
UFERRs;
19
XI - venda fracionada, fraude, falsificação ou adulteração
de agrotóxicos e afins – 100 UFERRs;
XII - alterar a composição e/ou rotulagem de agrotóxicos,
seus componentes e afins – 100 UFERRs.
Art. 75. A multa será aplicada obedecendo a seguinte
gradação:
a) Infrações leves - até 15 UFERRs ou a que vier a
substituí-la;
b) Infrações graves - até 40 UFERRs ou a que vier
a substituí-la; e
c) Infrações gravíssimas - até 100 UFERRs, ou a
que vier a substituí-la.
I - a regulamentação para a imposição de pena e sua
gradação será feita conforme estabelecido nesta Lei.
§ 1° A multa será aplicada em dobro nos casos de
reincidência.
§ 2° As multas serão agravadas até o grau máximo em
casos de artifício ardil, simulação ou embaraço da ação
fiscalizadora.
§ 3° A multa pode constituir pena principal ou
complementar a ser aplicada de acordo com sua
gravidade.
§ 4° A multa deverá ser recolhida mediante guia de
recolhimento, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar do
recebimento da notificação de sua imposição.
§ 5° Havendo defesa, o prazo para recolhimento da multa
será de 10 (dez) dias, a contar da data de notificação da
decisão.
§ 6° O valor das multas, quando não pagas, passará para a
Dívida Ativa do Estado.
§ 7° O não pagamento das multas implica na suspensão do
registro do estabelecimento.
Art. 76. Nas infrações em que se verifiquem a intoxicação
humana e a contaminação alimentar ou ambiental por
agrotóxicos e afins, compete, respectivamente, à
Secretaria de Estado da Saúde e à Secretaria de Estado do
Desenvolvimento Ambiental, adotar os procedimentos
administrativos e aplicações das penalidades cabíveis, de
acordo com a legislação vigente.
Art. 77. As infrações à legislação serão apuradas em
procedimento administrativo próprio, iniciado com
lavratura de auto de infração, observados os ritos e prazos
estabelecidos nesta Lei, na legislação federal e em atos
complementares.
§ 1° Concluída a fase de instrução do processo, será o
infrator julgado, no prazo de 60 (sessenta) dias, pelo órgão
fiscalizador competente que, motivadamente, decidirá da
admissão das provas, determinando a sua produção no
caso de deferi-las.
§ 2° Em caso de motivo relevante, o órgão fiscalizador
competente poderá ultrapassar por mais 30 (trinta) dias o
prazo estabelecido no parágrafo anterior, lavrando
despacho fundamentado no processo, ou quando
estiverem envolvidas análises de produtos.
Art. 78. Os autos de infração, interdição, apreensão e
destinação final deverão ser lavrados em 03 (três) vias, de
acordo com instruções do órgão fiscalizador, e assinados
pelo agente que verificar a infração e pelo proprietário do
estabelecimento ou seu representante legal.
Parágrafo único. Procedida à autuação, uma via do auto de
infração será entregue ao infrator, outra encaminhada à
repartição do órgão fiscalizador competente, e uma
terceira ficará de posse do autuante.
Art. 79. Os autos, anteriormente mencionados deverão
conter, no mínimo:
I - nome do infrator, seu domicílio e residência, bem como
os demais elementos necessários a sua qualificação e
identificação civil;
II - local, data e hora da infração; e
III - descrição da infração, em conformidade com o
contido no artigo 73 desta Lei, e sanção do dispositivo
legal transgredido.
§1º Sempre que o infrator se negar a assinar algum dos
autos, será o fato nele declarado remetendo-se-lhe
posteriormente uma de suas vias.
§ 2º As omissões ou incorreções na lavratura do Auto de
Infração, não acarretam a sua nulidade, desde que nele
constem os elementos necessários para a determinação da
infração e a caracterização do infrator ou do co-
responsável ou de ambos.
Art. 80. O infrator poderá apresentar a defesa ao órgão
estadual fiscalizador no prazo de 15 (quinze) dias, a contar
da data de recebimento do auto de infração.
20
Art. 81. O infrator poderá recorrer das decisões
eliminatórias, em última instância, dentro de igual prazo
fixado para a defesa, ao Conselho Estadual de
Agrotóxicos.
Parágrafo único. Após a decisão final, será dada ciência
ao autuado, através de ofício, pessoalmente, por via
postal, com aviso de recebimento – AR, ou quando
necessário, por edital publicado em órgão oficial de
imprensa.
Art. 82. Acolhido no mérito a defesa do recurso, o órgão
fiscalizador competente expedirá ordem de liberação do
produto apreendido ou do estabelecimento interditado ou
embargada, quando for o caso, no prazo máximo de 15
(quinze) dias.
CAPÍTULO XI
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
Art. 83. A infração à legislação sobre agrotóxicos e afins
é apurada em procedimento administrativo próprio,
iniciado com a lavratura do auto de infração, observados
o rito e os prazos estabelecidos nesta Lei e em outras
normas legais e regulamentares aplicáveis à espécie.
CAPÍTULO XIII
DA EXECUÇÃO
Art. 84. As decisões definitivas do processo
administrativo são executadas:
I - por via administrativa;
II - judicialmente.
Art. 85. Deve ser executada por via administrativa a pena:
I - de advertência;
II - de multa;
III - de condenação do produto agrotóxico e afim, após a
interdição ou a apreensão, com a lavratura do termo de
condenação;
IV - de suspensão do registro para funcionamento da
empresa fabricante, comercializadora ou prestadora de
serviços e expedição de notificação oficial;
V - de cancelamento do registro da empresa fabricante,
comercializadora ou prestadora de serviços e expedição de
notificação oficial;
VI - de interdição da empresa fabricante,
comercializadora ou prestadora de serviços, por
notificação, determinando a suspensão imediata da
atividade, com a lavratura de termo de interdição do local.
§ 1º As medidas cautelares de embargo de
estabelecimento e apreensão de produtos agrotóxicos e
afins, ou alimentos contaminados, são executadas com a
lavratura do termo correspondente.
§ 2º Não atendida a notificação, a autoridade
administrativa pode requisitar força policial para que a
penalidade seja plenamente cumprida.
Art. 86. Depois de inscrita na dívida ativa, a pena de multa
deve ser executada por via judicial para cobrança do
débito, o qual é recolhido em nome da instituição que deu
origem ao processo.
CAPÍTULO XIV
CONSELHO ESTADUAL DE AGROTÓXICOS
Art. 87. Fica instituído o Conselho Estadual de
Agrotóxicos é composto por 09 (nove) membros e seus
suplentes, de notório saber, sob a coordenação da
ADERR, constituída de um representante indicado das
seguintes entidades:
I – Agência de Defesa Agropecuária de Roraima -
ADERR;
II – Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento – SEAPA;
III – Fundação Estadual de Meio Ambiente, Ciência e
Tecnologia - FEMARH;
IV – Secretaria de Estado da Saúde – SESAU;
V – Ministério da Agricultura, Pecuária e do
Abastecimento – MAPA;
VI – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária –
EMBRAPA;
VII – Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura –
CREA;
VIII – Universidade Federal de Roraima – UFRR; e
IX – Associação dos Engenheiros Agrônomos de Roraima
– AEA/RR.
§ 1º O Conselho Estadual de Agrotóxicos tem as seguintes
atribuições:
I - apreciar pedidos de cancelamento de registros e
encaminhá-los com parecer ao órgão federal registrante;
II - apreciar pedidos de cancelamento de autorização de
estabelecimentos com localização inadequada e
encaminhar parecer aos órgãos estaduais competentes;
III - propor à ADERR medidas de restrições de uso de
produtos, equipamentos e outros que julgar necessário;
IV - propor aos órgãos federais registrantes que
estabeleçam autorização de uso emergencial de
agrotóxicos e afins;
21
V - emitir parecer sobre a instalação de postos e centrais
de recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos e
afins no Estado de Roraima, quando solicitado; e
VI – Emitir parecer em recursos de segunda instância.
§ 2º O Conselho deverá ouvir os estabelecimentos e os
órgãos envolvidos antes de elaborar parecer final.
§ 3º O Conselho ora Criado como, órgão de deliberação
coletiva, será instalado no prazo máximo de 60 dias a
contar da publicação da presente lei, ao qual incumbirá a
elaboração do Regimento Interno a ser aprovado por ato
do Poder Executivo Estadual.
§ 4º O Conselho, no desenvolvimento de suas atribuições
contará com apoio técnico e administrativo da ADERR.
§ 5º As funções e atribuições de conselheiro são
consideradas de relevante interesse público, sendo, por
conseguinte não remuneradas.
CAPÍTULO XV
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 88. São instituídas as taxas de serviços prestados pela
Agência de Defesa Agropecuária de Roraima – ADERR,
referentes a emissão de documentos em razão dos serviços
prestados pela instituição, na forma a seguir:
I – atos referentes à sanidade vegetal;
a) coleta de material vegetal – 0.055 UFERRs
(acrescido da taxa de deslocamento no valor de 0.0025
UFERRs por quilometro percorrido em veículo oficial);
b) permissão de trânsito de vegetal – PTV - 0,11
UFERRs por documento;
c) certificado de destruição e restos culturais - 0,11
UFERRs por documento;
d) atestado de tratamento de plantas e produtos
vegetais - 0,11 UFERRs por documento;
e) segunda via da carteira de habilitação de
responsável técnico – RT - 0,11 UFERRs por documento;
f) manutenção de unidade de produção – UP, e
unidade de consolidação – UC - 0,11 UFERRs por UP;
g) vistoria para emissão de documentos
fitossanitários - 0,11 UFERRs por documento acrescido
da taxa de deslocamento no valor de 0.0025 UFERRs por
quilometro percorrido em veículo oficial;
h) inscrição de UP unidade de produção – UP, e
unidade de consolidação – UC - 0,18 UFERRs por UP;
i) curso de credenciamento para emissão de CFO e
CFOC, 0.81 UFERRs por inscrição;
j) curso de extensão de praga na emissão de CFO e
CFOC, 1.08 UFERRs por inscrição; e
k) aquisição de bloco de CFO e CFOC com 50
(cinquenta) jogos 0.66 UFERRs por bloco.
II - atos referentes a serviços de classificação de produtos
de origem vegetal, seus derivados e subprodutos de valor
econômico:
a) classificação de grãos de arroz beneficiado –
0,0085 UFERR por tonelada ou fração;
b) classificação de grãos de arroz em casca –
0,0085 UFERR por tonelada ou fração;
c) classificação de fragmentos de arroz - 0,0085
UFERR por tonelada ou fração;
d) classificação de grãos de feijão - 0,0085 UFERR
por tonelada ou fração;
e) classificação de grãos de milho - 0,009 UFERR
por tonelada ou fração;
f) classificação de grãos de soja - 0,0085 UFERR
por tonelada ou fração; e
g) valor mínimo por laudo ou certificado de
classificação – 0,145 UFERR.
Art. 89. Acrescenta-se o artigo 26-A à Lei nº 570, de 1 de
dezembro de 2006.
Art. 26-A. Constitui infração, para os efeitos desta Lei,
toda a ação ou omissão que importe a inobservância ou a
desobediência das normas estabelecidas na Lei nº 570, de
01 de dezembro de 2006, nesta Lei e em atos normativos.
§1º Cometerá infração aquele que:
I - dificultar, embaraçar ou impedir a ação fiscalizadora;
II - não possuir inscrição, cadastro, registro, autorização,
licença ou credenciamento estabelecidos nesta Lei ou em
atos normativos;
III - deixar de comunicar alterações cadastrais no prazo de
30 (trinta) dias, a contar da data da ocorrência, ou no prazo
previsto em normas específicas;
IV - não comunicar a ocorrência de pragas de notificação
obrigatória;
V - não cumprir as determinações legais;
VI - produzir, transportar, armazenar ou comercializar
vegetais em desacordo com os padrões de produção e
sanidade, previstos nesta Lei e em atos normativos;
VII - não cumprir as restrições sanitárias impostas a
vegetais quanto ao transporte, à comercialização, a
condução, a transferência ou ao armazenamento;
VIII - não possuir ou portar documentação exigida pela
legislação com prazo de validade expirado, ou deixar de
apresentá-la quando solicitada;
22
IX - prestar informação falsa, alterada, inexata, enganosa
ou em desacordo com este Regulamento e atos
normativos;
X - difundir, propagar ou disseminar, por qualquer meio
ou método, culposa ou dolosamente, pragas que possam
causar danos à sanidade vegetal do Estado.
§2º Responderá pela infração quem a cometer, incentivar
ou auxiliar na sua prática ou dela se beneficiar.
§3º Na ocorrência de violação às normas contidas nesta
Lei em atividade desenvolvida em imóvel arrendado, caso
não seja identificado o proprietário arrendatário ou o
responsável, o arrendador será notificado a sanar a
irregularidade no prazo de 30 (trinta) dias, o qual vencido,
sem as providências do proprietário do imóvel, lhe será
aplicada a penalidade prevista.
§4º Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual a
infração não teria ocorrido.
§5º Exclui a imputação da infração a causa decorrente de
força maior ou de eventos naturais imprevisíveis.
Art. 90. Dá-se nova redação ao inciso II, acrescenta-se o
inciso IX, com as redações a seguir e, revoga-se o §1º,
todos do artigo 27 da Lei nº 570, de 01 de dezembro de
2006.
Art. 27. [...]
[....]
II – multa de até 206 (duzentas e seis) UFERR (Unidade
Fiscal do Estado de Roraima) ou outro índice que venha a
substituí-lo. (NR)
[...]
IX – Proibição da comercialização de vegetais ou
insumos. (AC)
§1º REVOGADO.
Art. 91. A ADERR poderá baixar normas
regulamentadoras complementares visando
aperfeiçoamento da execução das ações sobre o uso, o
comércio, o armazenamento, o transporte e a fiscalização
de agrotóxicos componentes e afins no Estado de
Roraima.
Parágrafo único. Os modelos de documentos e
formulários, destinados à execução destas atividades,
serão padronizadas e aprovadas pela ADERR.
Art. 92. A ADERR divulgará o valor dos emolumentos
dos serviços das atividades de agrotóxicos, anualmente, de
acordo com a variação dos índices da UFERR ou o que
vier a substituí-la.
Art. 93. A receita decorrente de taxas e multas prevista
nesta lei é considerada recursos próprios da ADERR que
serão cobrados e recolhidos em conta bancária própria,
devendo a receita reverter em benefício da própria
atividade.
Art. 94. Os casos omissos nesta Lei serão dirimidos pela
Diretoria de Defesa, Inspeção e Classificação Vegetal.
Art. 95. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JOSÉ DE ANCHIETA JUNIOR
Governador do Estado de Roraima
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
INSTRUÇÃO NORMATIVA N o 44, DE 2 DE OUTUBRO DE 2007
(Publicado no Diário Oficial da União Nº 191, quarta-feira, 3 de outubro de 2007, seção 1, pág 2 a 10)
O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABA STECIMENTO , no uso das atribuições que lhe confere o art. 2o, do Decreto no 5.741, de 30 de março de 2006, tendo em vista o disposto no anexo do citado Decreto, nos arts. 10 e 71 do Regulamento do Serviço de Defesa Sanitária Animal, aprovado pelo Decreto no 24.548, de 3 de julho de 1934, e o que consta do Processo no 21000.004530/2007-81, resolve:
Art. 1o Aprovar as diretrizes gerais para a Erradicação e a Prevenção da Febre Aftosa,
constante do Anexo I, e os Anexos II, III e IV, desta Instrução Normativa, a serem observados em todo o Território Nacional, com vistas à implementação do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), conforme o estabelecido pelo Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária.
Art. 2o Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3o Ficam revogadas a Portaria SDSA no 11, de 3 de novembro de 1983, a Portaria
Ministerial no 121, de 29 de março de 1993, a Portaria SDA no 185, de 1o de dezembro de 1993, as alíneas ‘a’, ‘b’, ‘c’, ‘d’, ‘e’, do inciso I, do art. 11, da Portaria no 162, de 18 de outubro de 1994, a Portaria no 82, de 28 de junho de 1996, a Instrução Normativa SDA no 11, de 13 de março de 2001, a Instrução Normativa SDA no 47, de 26 de setembro de 2001, a Instrução Normativa SDA no 5, de 17 de janeiro de 2003, a Portaria no 40, de 14 de julho de 2003, e a Instrução Normativa SDA no 82, de 20 de novembro de 2003.
REINHOLD STEPHANES
ANEXO I
DIRETRIZES GERAIS PARA A ERRADICAÇÃO E A PREVENÇÃO DA FEBRE AFTOSA
CAPÍTULO I DEFINIÇÕES
Art. 1º O Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) emprega
as definições técnicas e científicas estabelecidas por órgãos e instituições internacionais dos quais o País é membro signatário, em especial a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Parágrafo único. Para fins desta Instrução Normativa, consideram-se as seguintes definições: I - animais susceptíveis: bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos, suínos, ruminantes silvestres e
outros nos quais a infecção foi demonstrada cientificamente; II - área de proteção sanitária: área geográfica estabelecida em torno dos focos de febre aftosa,
de acordo com a estratégia para contenção e eliminação do agente infeccioso. A definição dos seus limites geográficos é de responsabilidade do serviço veterinário oficial, levando em consideração as características epidemiológicas da doença, os sistemas de produção pecuária predominantes, a estrutura de comunicação e de rede viária disponível e a presença de barreiras naturais capazes de impedir a disseminação da doença. Sua implantação deve ser realizada por meio de ato específico que deverá incluir as ações sanitárias a serem executadas. A área de proteção sanitária deverá abranger:
a) área perifocal: área imediatamente circunvizinha ao foco de febre aftosa, compreendendo,
pelo menos, as propriedades rurais adjacentes ao mesmo. Como apoio à sua delimitação, pode ser empregado um raio de três quilômetros traçado a partir dos limites geográficos do foco confirmado;
b) área de vigilância: área imediatamente circunvizinha à área perifocal. Como apoio à sua
delimitação, podem ser consideradas as propriedades rurais localizadas até sete quilômetros dos limites da área perifocal; e
c) área tampão: área imediatamente circunvizinha à área de vigilância, representando os
limites da área de proteção sanitária. Como apoio à sua delimitação, podem ser consideradas as propriedades rurais localizadas até quinze quilômetros dos limites da área de vigilância;
III - doença vesicular infecciosa: conjunto de doenças transmissíveis caracterizadas,
principalmente, por febre e pela síndrome de claudicação e sialorréia, decorrente de vesículas ou lesões vesiculares nas regiões da boca, focinho ou patas, podendo também ser encontradas na região do úbere. Nessa categoria estão a febre aftosa e a estomatite vesicular, além de outras doenças confundíveis, que podem apresentar lesões ulcerativas ou erosivas durante sua evolução clínica;
IV - emergência veterinária: condição causada por focos de doenças com potencial epidêmico para
produzir graves conseqüências sanitárias, sociais e econômicas, que comprometem o comércio nacional e internacional, a segurança alimentar ou a saúde pública, e que exigem ações imediatas para seu controle ou eliminação, visando ao restabelecimento da condição sanitária anterior, dentro do menor espaço de tempo e com o melhor custo-benefício;
V - material patogênico: material de risco biológico para febre aftosa, colhido de casos confirmados
de doença vesicular infecciosa ou de qualquer animal susceptível à febre aftosa localizado em zona infectada, incluindo:
a) amostras de vírus da febre aftosa; b) amostras de soro sangüíneo, de sangue total ou de qualquer material infeccioso; c) excreta, tecido, órgão e qualquer outro material que se envie a laboratório especializado, para fins
de diagnóstico; VI - miúdos in natura: órgãos e vísceras de animais susceptíveis, não submetidos a quaisquer
tratamentos físicos ou químicos; VII - Plano de Contingência: documento que estabelece os princípios, estratégias,
procedimentos e responsabilidades em caso de uma emergência veterinária, com o intuito de treinar, organizar, orientar, facilitar, agilizar e uniformizar as ações necessárias à resposta rápida para o controle e eliminação da doença;
VIII - Plano de Ação: parte do plano de contingência que inclui os procedimentos específicos para
investigação de casos suspeitos de doença vesicular e atuação durante ocorrência de focos de febre aftosa; IX - sacrifício sanitário: eliminação de todos os animais que representam risco para difusão ou
manutenção de agente biológico, segundo avaliação epidemiológica do serviço veterinário oficial, seguida de destruição das carcaças por incineração, enterramento ou qualquer outro processo que garanta a eliminação do agente infeccioso e impeça a propagação da infecção, acompanhada de limpeza e desinfecção;
X - serviço veterinário oficial: instituição pública de defesa sanitária animal; XI - sistema de emergência veterinária: conjunto de recursos, estruturas e procedimentos,
organizado com o objetivo de desenvolver a capacidade de detecção rápida e pronta reação na ocorrência de doenças, visando a seu controle ou erradicação. Inclui a elaboração de planos de contingência e de ação;
XII - tipos de casos na investigação de doenças vesiculares: a) caso suspeito de doença vesicular: notificação apresentada por terceiros ao serviço
veterinário oficial indicando a possibilidade de existência de um ou mais animais apresentando sinais clínicos compatíveis com doença vesicular infecciosa;
b) caso confirmado de doença vesicular: constatação pelo serviço veterinário oficial de
animais apresentando sinais clínicos compatíveis com doença vesicular infecciosa, exigindo adoção imediata de medidas de biossegurança e de providências para o diagnóstico laboratorial;
c) caso descartado de doença vesicular: todo caso suspeito de doença vesicular investigado
pelo serviço veterinário oficial cujos sinais clínicos não são compatíveis com doença vesicular infecciosa; d) caso ou foco de febre aftosa: registro, em uma unidade epidemiológica, de pelo menos um
caso que atenda a um ou mais dos seguintes critérios: 1. isolamento e identificação do vírus da febre aftosa em amostras procedentes de animais
susceptíveis, com ou sem sinais clínicos da doença, ou em produtos obtidos desses animais;
2. detecção de antígeno viral específico do vírus da febre aftosa em amostras procedentes de casos confirmados de doença vesicular, ou de animais que possam ter tido contato prévio, direto ou indireto, com o agente etiológico;
3. existência de vínculo epidemiológico com outro foco de febre aftosa, constatando-se,
também, pelo menos uma das seguintes condições: 3.1. presença de um ou mais casos confirmados de doença vesicular; 3.2. detecção de anticorpos contra proteínas estruturais ou capsidais do vírus da febre aftosa
em animais não vacinados contra essa doença; ou 3.3. detecção de anticorpos contra proteínas não-estruturais ou não-capsidais do vírus da febre
aftosa, desde que a hipótese de infecção não possa ser descartada pela investigação epidemiológica; e) caso descartado de febre aftosa: todo caso confirmado de doença vesicular que não atenda
aos critérios para confirmação de caso ou foco de febre aftosa; XIII - unidade epidemiológica: grupo de animais com probabilidades semelhantes de
exposição ao vírus da febre aftosa. Dependendo das relações epidemiológicas estabelecidas e da extensão da área das propriedades rurais envolvidas, pode ser formada por uma propriedade rural, por um grupo de propriedades rurais (ex.: assentamentos rurais ou pequenos vilarejos), por parte de uma propriedade rural, ou por qualquer outro tipo de estabelecimento onde se concentram animais susceptíveis à doença (ex.: recintos em um parque de exposições ou leilões). A constituição de uma unidade epidemiológica é de responsabilidade do serviço veterinário oficial, que deve se fundamentar em análises técnicas e avaliações de campo. No caso de envolver mais de uma propriedade rural, deverá ser considerada a existência de contigüidade geográfica;
XIV - vínculo epidemiológico: termo empregado para estabelecer a possibilidade de
transmissão do agente infeccioso entre casos confirmados da doença e animais susceptíveis, localizados ou não em uma mesma exploração pecuária. Pode ser estabelecido pela movimentação animal, pela proximidade geográfica que permita o contato entre doentes e susceptíveis ou pela presença de outros elementos capazes de carrear o agente infeccioso. A caracterização do vínculo epidemiológico é de responsabilidade do serviço veterinário oficial, fundamentando-se em análises técnicas e avaliações de campo;
XV - zona: conceito implantado pela OIE, e adotado nas estratégias do PNEFA, para
representar uma parte de um país claramente delimitada, com uma subpopulação animal com condição sanitária particular para determinada doença dos animais. No caso da febre aftosa, são considerados os seguintes tipos de zona, de acordo com o Código Sanitário para os Animais Terrestres da OIE:
a) zona livre: com ou sem vacinação, representa o espaço geográfico com certificação, pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), do cumprimento das seguintes condições: ausência de ocorrência de focos e de circulação viral pelos prazos estabelecidos; existência de adequado sistema de vigilância sanitária animal; existência de marco legal compatível; e presença de uma adequada estrutura do serviço veterinário oficial;
b) zona tampão: espaço geográfico estabelecido para proteger a condição sanitária dos
rebanhos de uma zona livre frente aos animais e seus produtos e subprodutos de risco oriundos de um país ou de uma zona com condição sanitária distinta, mediante a aplicação de medidas baseadas na epidemiologia da doença e destinadas a impedir a introdução do agente patogênico. Essas medidas podem
incluir, entre outras, a vacinação, o controle do movimento de animais e a intensificação da vigilância da doença;
c) zona infectada: espaço geográfico de um país que não reúne as condições necessárias para
ser reconhecido como zona livre, com ou sem vacinação; e d) zona de contenção: espaço geográfico estabelecido no entorno de explorações pecuárias
infectadas ou supostamente infectadas, cuja extensão é determinada levando em consideração fatores epidemiológicos e os resultados das investigações realizadas e na qual são aplicadas medidas de controle para impedir a propagação da infecção.
CAPÍTULO II
FUNDAMENTOS E ESTRATÉGIAS DO PNEFA
Art. 2º O PNEFA tem como objetivos a erradicação da febre aftosa em todo o Território Nacional e a sustentação dessa condição sanitária por meio da implantação e implementação de um sistema de vigilância sanitária apoiado na manutenção das estruturas do serviço veterinário oficial e na participação da comunidade. Seus objetivos encontram-se inseridos no Plano Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa, que busca a eliminação da doença em toda a América do Sul.
Art. 3º A execução do PNEFA fundamenta-se em critérios científicos e nas diretrizes
internacionais de luta contra a doença, com responsabilidades compartilhadas entre os setores públicos e privados. As estratégias do Programa envolvem:
I - medidas gerais e comuns: a) manutenção e fortalecimento das estruturas dos serviços veterinários oficiais; b) cadastramento do setor agropecuário; c) edição de atos para respaldar as medidas operacionais do PNEFA, incluindo ações
corretivas; d) estabelecimento de sistemas de supervisão e auditoria do serviço veterinário oficial; e) modernização do sistema de informação epidemiológica; f) fortalecimento das estruturas de diagnóstico laboratorial; g) fortalecimento dos programas de treinamento de recursos humanos; h) controle da movimentação de animais, seus produtos e subprodutos; i) manutenção de programas de educação sanitária e comunicação social; j) organização e consolidação da participação comunitária por meio da implantação e
manutenção de comissões estaduais e locais de saúde animal; k) manutenção da adequada oferta de vacina contra a febre aftosa, produzida sob controle do
MAPA;
l) controle dos procedimentos de comercialização e aplicação da vacina contra a febre aftosa; e m) implantação e manutenção de sistema de emergência veterinária, com capacidade de
notificação imediata e pronta reação frente a suspeitas e casos confirmados de doença vesicular. II - medidas prioritárias nas zonas livres: a) fortalecimento do sistema de prevenção, incluindo a implantação de análises técnicas e
científicas contínuas para identificação das vulnerabilidades e para orientação das ações de vigilância e fiscalização;
b) implantação de procedimentos normativos e técnicos considerando o sacrifício sanitário e a
destruição de produtos de origem animal de risco para febre aftosa, ingressados de forma irregular ou sem comprovação de origem;
c) adoção de procedimentos para monitoramento da condição sanitária dos rebanhos
susceptíveis; d) implantação e manutenção de fundos financeiros, públicos ou privados, para apoio ao
sistema de emergência veterinária; e e) em zonas livres com vacinação, implantação de estratégias e de cronograma de trabalho
para a suspensão da obrigatoriedade da vacinação contra a febre aftosa. III - medidas prioritárias nas zonas infectadas: a) fortalecimento do sistema de vigilância em saúde animal, considerando a implantação de
serviços veterinários oficiais; b) realização de análises e avaliações técnicas para caracterização epidemiológica e
agroprodutiva das regiões envolvidas e para definição das estratégias de erradicação do agente viral; e c) intensificação da participação de outros setores públicos e privados.
CAPÍTULO III
ATENDIMENTO ÀS SUSPEITAS DE DOENÇA VESICULAR E AOS FOCOS DE FEBRE AFTOSA
Art. 4º As doenças vesiculares infecciosas são de notificação compulsória. Todo médico
veterinário, produtor rural, transportador de animais, profissionais que atuam em laboratórios veterinários oficiais ou privados e em instituições de ensino e pesquisa veterinária que tenham conhecimento de casos suspeitos de doença vesicular, ficam obrigados, em prazo não superior a 24 horas do conhecimento da suspeita, a comunicar o fato ao serviço veterinário oficial.
§ 1º No caso de o notificante ser proprietário ou responsável pela exploração pecuária com
casos suspeitos de doença vesicular, deverá interromper a movimentação dos animais, produtos e subprodutos de origem animal, até autorização por parte do serviço veterinário oficial.
§ 2º A notificação da suspeita poderá ser efetuada pessoalmente ou por qualquer meio de
comunicação disponível, resguardado o direito de anonimato.
§ 3º Todas as notificações de casos suspeitos de doença vesicular devem ser registradas pelo serviço veterinário oficial, que deverá atendê-las dentro do prazo de 12 (doze) horas contadas a partir de sua apresentação, seguindo as orientações constantes no plano de ação adotado pelo serviço veterinário oficial.
§ 4º A infração ao disposto no caput deste artigo deverá ser devidamente apurada pelo serviço
veterinário oficial que, quando for o caso, representará contra o infrator junto ao Ministério Público. § 5º Caso o infrator seja médico veterinário, além do disposto no § 4º deste artigo, o serviço
veterinário oficial deverá encaminhar denúncia formal ao Conselho Regional de Medicina Veterinária. § 6º O serviço veterinário oficial nas unidades da Federação é responsável pela implantação de
campanhas educativas de esclarecimento, informando e preparando a comunidade para imediata notificação de casos suspeitos de doença vesicular.
Art. 5º O desenvolvimento e a manutenção do sistema de vigilância epidemiológica da febre
aftosa envolve as seguintes ações: I - manutenção de estrutura administrativa apropriada para os casos de emergência veterinária,
que deverá fazer parte do plano de contingência; II - notificação imediata de casos suspeitos de doença vesicular e pronta reação nos casos
confirmados; III - elaboração de plano de ação para atendimento e investigação epidemiológica dos casos
confirmados de doença vesicular e dos focos de febre aftosa; IV - realização de treinamentos e simulações para execução dos planos de ação; V - desenvolvimento de capacidade operacional adequada, destacando os laboratórios de
diagnóstico; VI - elaboração de atos e disciplinamento de procedimentos prevendo a participação de outros
setores governamentais e privados para pronta reação; e VII - desenvolvimento de capacidade para aplicação de todos os recursos necessários para
conter a propagação da doença, incluindo pessoal, equipamento, recursos financeiros e medidas governamentais que amenizem os impactos econômicos e sociais decorrentes.
§ 1º O MAPA é o órgão responsável para coordenar a implantação e a gestão do sistema de
emergência veterinária. § 2º O serviço veterinário oficial deverá cumprir todas as recomendações determinadas pelo
plano de ação para doenças vesiculares. Art. 6º O registro e a comunicação da ocorrência de casos suspeitos ou confirmados de doença
vesicular devem seguir criteriosamente o sistema de comunicação definido e coordenado pelo MAPA. Art. 7º A constatação de caso confirmado de doença vesicular implica a adoção de medidas
sanitárias para identificação e contenção do agente etiológico. Nesse caso, a investigação epidemiológica
deve prosseguir para determinação de origem e abrangência do problema sanitário. As ações imediatas envolvem:
I - registro e comunicação da ocorrência às instâncias superiores por meio do formulário de
atendimento inicial e dos fluxos definidos pelo MAPA; II - definição e interdição da unidade epidemiológica com casos confirmados de doença
vesicular; III - colheita de material para diagnóstico laboratorial, acompanhada de avaliação clínica e
epidemiológica; IV - realização de investigação epidemiológica inicial, considerando análise do trânsito de
animais susceptíveis; e V - suspensão temporária do trânsito de animais e de produtos de risco oriundos de
propriedades rurais limítrofes ou com vínculo epidemiológico com a unidade epidemiológica onde foram confirmados os casos de doença vesicular.
Art. 8º A interdição especificada no art. 7º desta Instrução Normativa compreende: I - lavratura de auto de interdição, dando ciência do ato aos produtores rurais ou seus
representantes que possuam explorações pecuárias na unidade epidemiológica envolvida, incluindo orientações quanto às medidas de biossegurança necessárias; e
II - proibição de saída de animais susceptíveis ou não à doença e de quaisquer outros produtos
ou materiais que possam veicular o agente viral, assim como o trânsito de veículos e de pessoas não autorizadas.
§ 1º No caso de impossibilidade de armazenagem do leite na unidade epidemiológica, o
serviço veterinário oficial decidirá e orientará sobre a destruição do leite no local, ou autorizará o seu transporte, sob controle oficial e em meio de transporte apropriado, para o local mais próximo onde se realizarão os procedimentos que assegurem a destruição do agente viral.
§ 2º As proibições contidas nos incisos deste artigo poderão ser substituídas por medidas de
biossegurança definidas pelo serviço veterinário oficial, resguardadas as garantias zoossanitárias para impedir a difusão do agente viral.
§ 3º Para fins de investigação de casos suspeitos de doenças vesiculares, controle de focos,
realização de monitoramentos ou inquéritos para avaliação de circulação viral, ou outra atividade de importância para a erradicação da doença, o serviço veterinário oficial poderá suspender temporariamente a vacinação contra a febre aftosa e a movimentação de animais da exploração pecuária envolvida ou de regiões consideradas de risco sanitário.
Art. 9º A não confirmação de foco de febre aftosa ou de outra doença exótica ou erradicada no
país permite a suspensão da interdição estabelecida nos arts. 7º e 8º desta Instrução Normativa, resguardadas as recomendações técnicas para cada caso.
Art. 10. A confirmação de foco de febre aftosa leva à declaração de estado de emergência
veterinária, de acordo com as orientações contidas nos planos de contingência e de ação.
§ 1º O MAPA deverá definir e coordenar as ações a serem implantadas, considerando a condição sanitária da região envolvida e fundamentando-se na avaliação do risco de difusão do agente viral, na caracterização de vulnerabilidade e receptividade da região e na capacidade de atenção do serviço veterinário oficial local, avaliando-se as conseqüências econômicas e sociais envolvidas. Essas ações podem incluir sacrifício sanitário, vacinação emergencial e medidas de interdição.
§ 2º Até a definição e delimitação das áreas de proteção sanitária no entorno do(s) foco(s) de
febre aftosa registrado(s), o MAPA estabelecerá a interdição de uma área de segurança mais abrangente, que poderá envolver municípios, Unidades da Federação ou outra divisão geográfica, necessária para evitar a dispersão do agente infeccioso para outras regiões do País.
Art. 11. A confirmação de doença vesicular pelo serviço veterinário de inspeção em
matadouros, no exame ante-mortem ou no post-mortem, deve ser imediatamente comunicada ao serviço veterinário oficial da Unidade da Federação envolvida.
§ 1º Independentemente do âmbito de atuação do serviço de inspeção veterinária no
abatedouro, deverão ser aplicadas as medidas sanitárias e os procedimentos técnicos estabelecidos pelo MAPA.
§ 2º A comercialização das carnes, produtos e subprodutos obtidos no abate deverá ser
suspensa até definição pelo serviço veterinário oficial quanto à destinação. Art. 12. No caso da confirmação de doença vesicular infecciosa no recinto de exposições,
feiras, leilões e outras aglomerações de animais, deverá ser observado, no que couber, o disposto nos arts. 7º e 8º desta Instrução Normativa.
CAPÍTULO IV RECONHECIMENTO E MANUTENÇÃO DE ZONAS LIVRES DE FEBR E AFTOSA
Art. 13. O reconhecimento e a manutenção de zonas livres de febre aftosa no país, assim como
o restabelecimento da condição sanitária após a reintrodução do agente viral, seguem as diretrizes preconizadas pela OIE.
§ 1º A condução do processo de reconhecimento de zona livre de febre aftosa, com ou sem
vacinação, é de responsabilidade do MAPA e apresenta as seguintes etapas: I - avaliação do cumprimento das condições técnicas e estruturais exigidas, por meio de
supervisão e auditorias do MAPA; II - declaração nacional, por meio de ato do MAPA, de reconhecimento da área envolvida
como livre de febre aftosa, com ou sem vacinação, com base em parecer favorável do MAPA; e III - encaminhamento à OIE de pleito brasileiro, fundamentado tecnicamente, solicitando o
reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa, com ou sem vacinação. § 2º Para uma Unidade da Federação ou parte de Unidade da Federação ser reconhecida como
zona livre de febre aftosa ou como zona tampão, deverá apresentar, no mínimo, classificação BR-3 (risco médio) para febre aftosa ou outra classificação de risco semelhante que venha a ser adotada pelo MAPA.
Art. 14. A manutenção da condição sanitária nas zonas livres de febre aftosa exige a implementação de atividades contínuas de vigilância epidemiológica, incluindo os seguintes aspectos, sem prejuízo de outras normas e procedimentos estabelecidos pelo MAPA:
I - controle nos pontos de ingresso representados por postos de fronteira internacional, postos
de divisa interestadual, portos, aeroportos, aduanas especiais, lojas francas ou quaisquer recintos alfandegados, pistas de pouso, rodoviárias e collis posteaux, incluindo a inspeção de bagagens dos passageiros;
II - permissão de ingresso de animais, produtos e subprodutos de risco para febre aftosa
somente após avaliação pelo serviço veterinário oficial; III - proibição de manutenção e manipulação de vírus da febre aftosa íntegro, exceto naquelas
instituições com nível de biossegurança apropriado e oficialmente aprovadas pelo MAPA; IV - proibição do ingresso e da permanência de animais em lixões ou aterros sanitários e da
retirada de restos de alimentos desses locais para a alimentação de animais; V - proibição do uso, na alimentação de suídeos, de restos de comida, de qualquer
procedência, salvo quando submetidos a tratamento térmico que assegure a inativação do vírus da febre aftosa;
VI - identificação e monitoramento de possíveis pontos de risco para ingresso de animais,
produtos e subprodutos em desacordo com a presente Instrução Normativa; VII - identificação específica, no cadastro do serviço veterinário oficial, de estabelecimentos
que representem maior risco para introdução do vírus da febre aftosa; VIII - identificação específica de produtores rurais que possuam explorações pecuárias em
outras Unidades da Federação ou países; IX - intensificação da vigilância epidemiológica nas explorações pecuárias, com prioridade
aos estabelecimentos mencionados nos incisos VII e VIII do presente artigo; e X - implementação e manutenção de equipes volantes de fiscalização. § 1º Todos os animais susceptíveis à febre aftosa, seus produtos e subprodutos, materiais,
substâncias ou qualquer produto veterinário que possa veicular o agente viral, que ingressarem em zonas livres, com ou sem vacinação, em desacordo com esta Instrução Normativa, deverão ser enviados ao sacrifício sanitário ou destruídos.
§ 2º A juízo do serviço veterinário oficial, os produtos e subprodutos obtidos do sacrifício
sanitário ou da apreensão de que trata o § 1º, art. 14 desta Instrução Normativa, poderão ser destinados ao consumo desde que atendidas as garantias de saúde pública e de saúde animal.
§ 3º Os restos de alimentos transportados ou consumidos em viagens aéreas, marítimas,
fluviais ou terrestres deverão ser destruídos sob supervisão do serviço veterinário oficial, por metodologia e em local previamente aprovado pelo MAPA.
CAPÍTULO V VACINAÇÃO CONTRA A FEBRE AFTOSA
Art. 15. Somente poderão ser comercializadas e utilizadas no país vacinas contra a febre aftosa
registradas e controladas pelo MAPA. § 1º O registro de que trata o caput deste artigo somente será concedido para vacinas
inativadas e aprovadas pelo serviço veterinário oficial. § 2º As cepas virais a serem utilizadas nas vacinas serão definidas pelo serviço veterinário
oficial, com base na avaliação da situação epidemiológica prevalente. § 3º A critério do serviço veterinário oficial, poderão ser produzidas vacinas com
características específicas para utilização em áreas e situações de risco. Art. 16. Cabe ao serviço veterinário oficial fiscalizar e controlar todas as etapas de produção,
comercialização, distribuição, transporte e utilização da vacina contra a febre aftosa, bem como o seu descarte.
§ 1º Os estabelecimentos distribuidores ou revendedores cumprirão as determinações do
serviço veterinário oficial referentes à conservação, comercialização e controle de vacinas contra a febre aftosa.
§ 2º A vacina contra a febre aftosa somente poderá sair do estabelecimento revendedor em
condições que permitam a adequada conservação de sua temperatura durante o transporte até a propriedade rural.
Art. 17. As estratégias de vacinação contra a febre aftosa são definidas pelo serviço veterinário
oficial, de acordo com a situação epidemiológica de cada Unidade da Federação, zona ou outras áreas geográficas, considerando os seguintes aspectos:
I - as épocas e a duração das etapas de vacinação sistemática deverão ser definidas pelo
MAPA com base em proposta técnica do serviço veterinário oficial nas Unidades da Federação, elaborada após avaliação das características geográficas e agroprodutivas predominantes na região;
II - a vacinação sistemática e obrigatória, em áreas definidas pelo MAPA, deve ser realizada
em bovinos e bubalinos de todas as idades. É proibida a vacinação de caprinos, ovinos e suínos e de outras espécies susceptíveis, salvo em situações especiais com aprovação do MAPA;
III - são reconhecidas as seguintes estratégias de vacinação sistemática e obrigatória de
bovinos e bubalinos: a) vacinação semestral de todos os animais, em etapas com duração de 30 dias; b) vacinação semestral de animais com até 24 (vinte e quatro) meses de idade e anual para
animais com mais de 24 meses de idade, com realização ou não de etapa de reforço para animais com até 12 (doze) meses de idade, em etapas com duração de 30 (trinta) dias. Essa estratégia somente poderá ser adotada em Unidades da Federação onde o cadastro de propriedades rurais esteja consolidado e com realização de vacinação semestral por pelo menos dois anos consecutivos, observando-se índices globais de vacinação superiores a 80%;
c) vacinação anual de todos os animais, em etapas de 45 a 60 dias, em regiões onde as características geográficas possibilitam o manejo das explorações pecuárias apenas durante período limitado do ano;
d) outras estratégias de vacinação poderão ser adotadas após análise pelo MAPA; IV - uma vez definidas as etapas de vacinação, os serviços veterinários oficiais nas Unidades
da Federação deverão regulamentar e divulgar os procedimentos estabelecidos no âmbito estadual; V - qualquer prorrogação ou antecipação das etapas de vacinação deverá ser aprovada pelo
MAPA, mediante solicitação fundamentada em parecer técnico do serviço veterinário oficial nas Unidades da Federação;
§ 1º A vacinação contra a febre aftosa é de responsabilidade dos produtores rurais, que
deverão comprovar a aquisição da vacina em quantidade compatível com a exploração pecuária sob a responsabilidade dos mesmos e declarar sua aplicação dentro dos prazos estabelecidos, conforme procedimentos definidos pelo serviço veterinário oficial.
§ 2º O serviço veterinário oficial nas Unidades da Federação poderá realizar o
acompanhamento da vacinação contra a febre aftosa em qualquer exploração pecuária localizada no âmbito estadual, podendo também assumir a responsabilidade pela aquisição ou aplicação da vacina em áreas de risco ou em outras explorações pecuárias consideradas de importância estratégica.
§ 3º As etapas de vacinação em execução até a data de publicação desta Instrução Normativa
permanecem em vigor, sendo que quaisquer alterações deverão ser aprovadas pelo MAPA. § 4º A critério do MAPA, e em caráter excepcional, poderá ser autorizada a realização da
vacinação fora das etapas previstas. § 5º O serviço veterinário oficial nas Unidades da Federação deverá elaborar e encaminhar
relatório ao MAPA das atividades de vacinação contra febre aftosa, de acordo com orientações estabelecidas por aquele, dentro de 30 (trinta) dias após o término da etapa.
§ 6º O serviço veterinário oficial, sob coordenação do MAPA, desenvolverá estudos
epidemiológicos visando à supressão da vacinação sistemática contra a febre aftosa. Art. 18. O serviço veterinário oficial nas Unidades da Federação é responsável pela
fiscalização do comércio, da distribuição e da aplicação da vacina contra a febre aftosa, podendo essa fiscalização ser efetuada por amostragem aleatória ou dirigida às explorações pecuárias de maior risco, utilizando parâmetros definidos pelo MAPA.
§ 1º Em zonas livres de febre aftosa sem vacinação é proibida a aplicação, manutenção e
comercialização de vacina contra a referida doença. § 2º Em áreas onde a vacinação é obrigatória, os estabelecimentos de leite e derivados somente
poderão receber leite in natura de explorações pecuárias cujo produtor tenha comprovado a realização de vacinação.
CAPÍTULO VI CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DO TRÂNSITO DE ANIMAIS SUSC EPTÍVEIS À FEBRE
AFTOSA
Seção I Aspectos gerais
Art. 19. Toda movimentação de animal susceptível à febre aftosa deve ser acompanhada da
Guia de Trânsito Animal (GTA) e de outros documentos estabelecidos pelo serviço veterinário oficial, de acordo com as normas em vigor.
§ 1º Para a movimentação de bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos, a GTA somente poderá
ser expedida pelo serviço veterinário oficial. § 2º Toda carga de animais susceptíveis à febre aftosa em desacordo com o estabelecido na
presente Instrução Normativa deverá ser apreendida e encaminhada para sacrifício sanitário ou a outra destinação prevista pelo serviço veterinário oficial da Unidade da Federação, após avaliação dos riscos envolvidos, cabendo ao infrator as sanções e penalidades previstas na legislação específica da referida Unidade da Federação.
§ 3º Toda carga de animais susceptíveis à febre aftosa, quando lacrada pelo serviço veterinário
oficial de origem, por observância a esta Instrução Normativa, somente poderá ter seu lacre rompido sob supervisão do serviço veterinário oficial.
§ 4º Quando o trajeto for superior a doze horas em transporte rodoviário, deverá ser
estabelecido previamente um ponto intermediário para o descanso e alimentação dos animais. Nesse caso, o lacre da carga será rompido e a carga novamente lacrada sob supervisão do serviço veterinário oficial no local, acrescentando na GTA o número dos novos lacres.
Art. 20. A emissão de GTA para movimentação de bovinos e bubalinos oriundos de Unidade
da Federação ou região onde a vacinação contra a febre aftosa é obrigatória deve considerar os seguintes requisitos, sem prejuízo das demais normas em vigor:
I - respeitar o cumprimento dos seguintes prazos, contados a partir da última vacinação contra
a febre aftosa: a) quinze dias para animais com uma vacinação; b) sete dias para animais com duas vacinações; e c) a qualquer momento após a terceira vacinação; II - durante as etapas de vacinação contra a febre aftosa, os animais somente poderão ser
movimentados após terem recebido a vacinação da referida etapa obedecidos os prazos de carência previstos no inciso I do presente artigo, exceto quando destinados ao abate imediato;
III - durante a etapa de vacinação e até 60 (sessenta) dias após o seu término, os animais
destinados ao abate imediato ficam dispensados da obrigatoriedade da vacinação contra a febre aftosa; IV - animais acima de três meses de idade não poderão ser movimentados sem a comprovação
de no mínimo uma vacinação contra febre aftosa;
V - animais oriundos de regiões onde se pratica a estratégia de vacinação contra a febre aftosa
descrita na alínea “c”, inciso III, do art. 17 desta Instrução Normativa, para participação em exposições, feiras, leilões e outras aglomerações de animais em regiões onde a vacinação contra a febre aftosa é obrigatória, deverão apresentar histórico de pelo menos duas vacinações contra a doença, sendo a última realizada no máximo até seis meses do início do evento;
VI - a critério do serviço veterinário oficial, considerando a situação epidemiológica para febre
aftosa em determinada região, a participação de animais susceptíveis à febre aftosa em exposições, feiras, leilões e outras aglomerações de animais poderá ser suspensa temporariamente nas localidades de risco para difusão da doença ou submetida a normas sanitárias complementares, podendo incluir o reforço da vacinação contra a febre aftosa;
VII - a realização de exposições, feiras, leilões e outras aglomerações de animais em regiões
onde as características geográficas possibilitam o manejo das explorações pecuárias somente durante período limitado do ano, deverá ser submetida a normas específicas definidas pelo serviço veterinário oficial das Unidades da Federação, após aprovação do MAPA.
Art. 21. O ingresso de animais susceptíveis à febre aftosa em zonas livres, zona tampão ou
Unidades da Federação classificadas como, pelo menos, BR-3 (risco médio) para febre aftosa ou outra classificação de risco semelhante que venha a ser adotada pelo MAPA, está condicionado ao cumprimento de requisitos zoossanitários específicos definidos nas Seções II a IV desta Instrução Normativa, empregando-se o seguinte fluxo de documentos e de informações:
I - o interessado pelo ingresso dos animais nas regiões em questão deverá encaminhar
requerimento ao serviço veterinário oficial na Unidade da Federação de destino, de acordo com modelo de formulário apresentado no Anexo II;
II - o serviço veterinário oficial no destino dos animais, confirmada a congruência do pleito
apresentado quanto às normas em vigor, deverá dar ciência ao serviço veterinário oficial na origem, solicitando a conferência das informações apresentadas e avaliação da viabilidade de execução dos procedimentos zoossanitários necessários na origem;
III - o serviço veterinário oficial na origem dos animais deverá comunicar ao serviço
veterinário oficial no destino o resultado da avaliação realizada e o início dos procedimentos zoossanitários necessários;
IV - cumpridos os requisitos zoossanitários estabelecidos, o serviço veterinário oficial na
origem dos animais deverá comunicar o serviço veterinário oficial no destino para que este emita a autorização de ingresso dos animais na região em questão, conforme modelo de formulário apresentado no Anexo III; e
V - de posse da autorização emitida pelo serviço veterinário oficial da Unidade da Federação
de destino dos animais, o serviço veterinário oficial na origem poderá autorizar a emissão da respectiva GTA que deverá estar acompanhada de atestado zoossanitário, de acordo com modelo apresentado no Anexo IV, e seguir com os animais envolvidos durante todo o trajeto. Cópias dos referidos documentos deverão ser encaminhadas ao serviço veterinário oficial no destino.
§ 1º A coordenação dos procedimentos de que trata o presente artigo é de responsabilidade da
Superintendência Federal de Agricultura do MAPA localizada nas Unidades da Federação, que deverá contar com apoio e participação dos serviços veterinários oficiais das Unidades da Federação.
§ 2º Os documentos descritos neste artigo devem ser emitidos conforme os modelos
apresentados nos Anexos II a IV, devendo conter, quando couber, o emblema do serviço veterinário oficial da Unidade da Federação.
§ 3º O ingresso em zona livre de febre aftosa, zona tampão ou Unidade da Federação
classificada como, pelo menos, BR-3 (risco médio) para febre aftosa ou outra classificação de risco semelhante que venha a ser adotada pelo MAPA, deverá ser limitado a rotas específicas definidas pelo MAPA, com base em propostas fundamentadas pelo serviço veterinário oficial das Unidades da Federação envolvidas.
Art. 22. Quando, entre os procedimentos zoossanitários descritos nas Seções II a IV desta
Instrução Normativa, for exigido o isolamento de animais, este poderá ser realizado na propriedade de origem, desde que os animais possam permanecer agrupados e separados dos demais animais susceptíveis à febre aftosa existentes na referida propriedade durante todo o período de avaliação.
Art. 23. O trânsito de animais susceptíveis à febre aftosa envolvendo a passagem por regiões
com diferentes condições zoossanitárias deverá ser definido pelo MAPA, considerando a adoção dos seguintes procedimentos:
I - autorização pelo MAPA, após avaliação dos riscos sanitários envolvidos; II - estabelecimento de fluxo de documentos e de informações, incluindo requerimento de
ingresso, atestado zoossanitário e autorização de trânsito emitidos pelos serviços veterinários oficiais das Unidades da Federação envolvidas;
III - entre os procedimentos técnicos empregados poderão ser incluídos: lacre da carga dos
veículos transportadores; estabelecimento da rota de transporte; especificação dos postos fixos de fiscalização para ingresso dos animais; e realização de limpeza e desinfecção dos veículos transportadores.
Art. 24. O serviço veterinário oficial nas Unidades da Federação deverá manter, junto às
unidades veterinárias locais, cadastro dos transportadores de animais, pessoas físicas ou jurídicas. Parágrafo único. De acordo com a situação epidemiológica, o serviço veterinário oficial
poderá exigir que os veículos transportadores de animais susceptíveis à febre aftosa sejam lavados e desinfetados após o desembarque dos animais ou durante a passagem dos mesmos em postos fixos de fiscalização e proibir o uso de palha, maravalha ou outro material orgânico no assoalho dos referidos veículos transportadores.
Seção II Ingresso de animais em zona livre de febre aftosa sem vacinação
Art. 25. É proibido o ingresso de animais vacinados contra a febre aftosa em zona livre sem
vacinação. Art. 26. O ingresso de animais susceptíveis à febre aftosa em zona livre sem vacinação fica
autorizado para:
I - animais nascidos ou que permaneceram, imediatamente antes de seu ingresso, por um período mínimo de 12 (doze) meses em outra zona livre de febre aftosa sem vacinação, transportados em veículos lacrados, dispensados os demais procedimentos estabelecidos no art. 21 desta Instrução Normativa;
II - ovinos, caprinos, suínos e outros animais susceptíveis à febre aftosa, oriundos de zona
livre de febre aftosa com vacinação, após atendimento das seguintes condições: a) animais não vacinados contra febre aftosa, nascidos ou que permaneceram, imediatamente
antes de seu ingresso, por período mínimo de 12 (doze) meses em zona livre de febre aftosa com vacinação, e oriundos de propriedades rurais cadastradas pelo serviço veterinário oficial;
b) transportados em veículos com carga lacrada pelo serviço veterinário oficial da Unidade da
Federação de origem; c) quando destinados ao abate imediato, os animais deverão ser encaminhados diretamente a
estabelecimentos com serviço de inspeção veterinária oficial, estando dispensados os procedimentos estabelecidos no art. 21 desta Instrução Normativa;
d) para outras finalidades que não o abate, o ingresso poderá ser autorizado de acordo com o
estabelecido no art. 21 desta Instrução Normativa, incluindo os seguintes procedimentos zoossanitários: 1. os animais deverão receber identificação individual, permanente ou de longa duração, e
permanecer isolados pelo período de, pelo menos, trinta dias antes do embarque, em local aprovado pelo serviço veterinário oficial da Unidade da Federação de origem e sob sua supervisão;
2. realização de testes de diagnóstico para febre aftosa, de acordo com definições do MAPA,
em amostras colhidas após 14 (catorze) dias, no mínimo, do início da quarentena; 3. apresentação de resultados negativos para os testes de diagnóstico realizados; e 4. os animais deverão permanecer isolados no destino, sob supervisão do serviço veterinário
oficial, por período de, pelo menos, 14 (catorze) dias. Durante o período de avaliação, fica proibida a saída de quaisquer outros animais susceptíveis à febre aftosa existentes na propriedade de destino, exceto para abate imediato.
§ 1º Na constatação de pelo menos um resultado positivo aos testes de diagnóstico
mencionados no item “2”, alínea “d”, do inciso II do presente artigo, todo o grupo de animais deverá ser impedido de ingressar na zona livre sem vacinação, devendo ser realizadas as seguintes ações na Unidade da Federação de origem, com o objetivo de esclarecer as reações positivas aos testes de diagnóstico empregados, mantendo-se a propriedade interditada até o resultado final da investigação:
I - investigação epidemiológica na propriedade rural de origem, considerando a avaliação
clínica dos animais susceptíveis; II - ovinos e caprinos positivos deverão ser submetidos a colheita de amostras de líquido
esofágico-faríngeo para pesquisa viral ou a outros procedimentos de diagnóstico definidos pelo MAPA; III - no caso de reações positivas em suínos, os testes sorológicos deverão ser estendidos a
outros animais da exploração pecuária, de acordo com definição do serviço veterinário oficial,
fundamentada nas indicações epidemiológicas de cada caso, ou realizados outros procedimentos de diagnóstico definidos pelo MAPA; e
IV - o MAPA deverá ser notificado sobre a investigação epidemiológica em andamento,
podendo definir outras ações a serem aplicadas em cada caso. § 2º No caso de suínos oriundos de granjas certificadas como GRSC (Granjas de Reprodutores
Suídeos Certificadas) fica dispensada a realização dos testes de diagnóstico mencionados no presente artigo.
Seção III
Ingresso de animais em zona livre de febre aftosa com vacinação
Art. 27. A permissão de ingresso de animais susceptíveis à febre aftosa em zona livre com vacinação fica condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos zoossanitários:
I - animais com origem em zona livre de febre aftosa sem vacinação: a) ovinos, caprinos, suínos e outros animais susceptíveis, com exceção de bovinos e bubalinos,
estão dispensados de requisitos adicionais com referência à febre aftosa; b) bovinos e bubalinos, com exceção daqueles destinados ao abate imediato ou de outros que o
MAPA venha a autorizar, deverão ser imediatamente vacinados contra a febre aftosa na Unidade da Federação de destino; e
c) quando a finalidade do ingresso de bovinos e bubalinos não for o abate, o serviço
veterinário oficial da Unidade da Federação de origem deverá, com antecedência ao ingresso, encaminhar comunicação sobre a movimentação desses animais ao serviço veterinário oficial da Unidade da Federação de destino;
II - animais susceptíveis com origem em zona tampão, Unidade da Federação ou parte de
Unidade da Federação classificada como BR-3 (risco médio) para febre aftosa ou outra classificação de risco semelhante que venha a ser adotada pelo MAPA:
a) proceder diretamente da referida região, onde tenham permanecido por, pelo menos, 12
meses anteriores à data de expedição da autorização ou desde o seu nascimento, no caso de animais com menos de 12 meses de idade, e de exploração pecuária onde a febre aftosa não foi oficialmente registrada nos 12 meses anteriores à data do embarque, e que, num raio de 25km a partir dela, a doença não foi registrada nos seis meses anteriores. Os animais não devem apresentar sinais clínicos da doença no dia do embarque;
b) permanecer isolados por um período mínimo de 30 dias antes do embarque, em local
oficialmente aprovado e sob supervisão do serviço veterinário oficial, sendo submetidos a provas laboratoriais para febre aftosa definidas pelo MAPA. As amostras para diagnóstico deverão ser colhidas após 14 dias, no mínimo, do início da quarentena e analisadas em laboratórios pertencentes à Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária. A critério do MAPA, as provas de diagnóstico poderão ser dispensadas quando a finalidade for o abate imediato;
c) quando a finalidade da movimentação não for o abate, no caso de se identificar pelo menos
um animal positivo às provas laboratoriais empregadas, todo o grupo de animais deverá ser impedido de
ingressar na zona livre de febre aftosa com vacinação. Para fins de abate, nos casos em que os testes de diagnósticos forem exigidos, somente os animais com reação positiva ficarão impedidos de ingressar na zona livre, estando os demais liberados para o trânsito com destino direto ao abatedouro; e
d) no destino, os animais deverão ser mantidos isolados por um período não inferior a 14 dias,
em local oficialmente aprovado e sob supervisão veterinária oficial. § 1º Suídeos, quando oriundos de GRSC, deverão atender apenas às alíneas “a” e “b”
estabelecidas no inciso II deste artigo, excluídas as exigências de testes de diagnóstico. § 2º Na constatação de pelo menos um resultado positivo aos testes de diagnóstico
mencionados no inciso II do presente artigo, deverá ser realizada investigação nas propriedades de origem, de acordo com o estabelecido no § 1º, art. 26 desta Instrução Normativa.
§ 3º Bovinos, bubalinos, caprinos e ovinos com até seis meses de idade, acompanhados ou não
das respectivas mães, ficam dispensados dos testes laboratoriais mencionados no inciso II, do presente artigo, devendo estar identificados individualmente e constarem da relação definida nos modelos de formulários empregados.
§ 4º No caso de eventual existência de animais susceptíveis à febre aftosa no estabelecimento
aprovado para isolamento no destino, tais animais serão impedidos de ser movimentados durante o período de isolamento, salvo se destinados diretamente ao abate.
§ 5º Em casos excepcionais, relacionados com a capacidade e disponibilidade de abate na
origem, o MAPA poderá autorizar o ingresso de suídeos destinados ao abate imediato, independente da classificação de risco para febre aftosa na origem, para animais que atendam aos seguintes requisitos zoossanitários:
I - procedentes de estabelecimentos cadastrados e supervisionados pelo serviço veterinário
oficial; II - tenham permanecido no estabelecimento de origem desde seu nascimento; III - tenham sido submetidos à quarentena na origem, sob supervisão veterinária oficial, e a
testes de diagnóstico para febre aftosa segundo definições do MAPA; e IV - destinados diretamente a estabelecimentos de abate sob inspeção oficial, excluídos
aqueles habilitados para mercados internacionais que apresentem exigências específicas quanto à origem dos animais.
Seção IV
Trânsito de animais envolvendo zona tampão, zona infectada e outras áreas segundo classificação de risco para febre aftosa
Art. 28. Animais susceptíveis à febre aftosa para ingresso em zona tampão e unidades da
Federação ou regiões classificadas como, pelo menos, BR-3 (médio risco) para febre aftosa, ou outra classificação de risco semelhante que venha a ser adotada, não reconhecidas como zona livre de febre aftosa, quando oriundos de Unidades da Federação com classificação de risco inferior, deverão cumprir com os requisitos estabelecidos no inciso II, art. 27 desta Instrução Normativa, exceto a exigência de testes de diagnóstico.
Art. 29. No caso da suspensão temporária do reconhecimento de zonas livres de febre aftosa, em função de ocorrência de focos da doença, o trânsito de animais susceptíveis à febre aftosa, assim como de produtos e subprodutos de risco, com origem nas Unidades da Federação ou parte das Unidades da Federação envolvidas, incluindo áreas de proteção e zonas de contenção, deverá cumprir procedimentos específicos definidos pelo MAPA, após avaliação de cada caso.
Art. 30. O trânsito de suídeos envolvendo GRSC, ou outra classificação semelhante a ser
adotada pelo MAPA, não prevista nesta Instrução Normativa, independentemente da classificação de risco para febre aftosa na origem, poderá ser autorizado pelo MAPA após avaliação fundamentada em parecer técnico do serviço veterinário oficial da Unidade da Federação na origem.
Art. 31. Para o trânsito dentro da zona infectada, não envolvendo o disposto no art. 28 desta
Instrução Normativa, deverão ser observados os seguintes requisitos, independentemente da finalidade considerada:
I - os animais devem proceder de exploração pecuária na qual, nos 60 (sessenta) dias
anteriores, não se tenha constatado nenhum foco de febre aftosa, e que, nas suas proximidades, num raio de 25km, também não tenha ocorrido nenhum caso nos 30 (trinta) dias anteriores;
II - para bovinos e bubalinos oriundos de regiões onde a vacinação contra a febre aftosa for
obrigatória, o serviço veterinário oficial deverá comprovar a sua realização de acordo com as diretrizes estabelecidas no Capítulo V desta Instrução Normativa;
III - bovinos e bubalinos provenientes de zona livre de febre aftosa sem vacinação deverão ser
vacinados na chegada, sendo revacinados após 30 (trinta) dias sob controle do serviço veterinário oficial, caso a vacinação contra a febre aftosa seja obrigatória na região de destino.
CAPÍTULO VII CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DO TRÂNSITO DE PRODUTOS E
SUBPRODUTOS OBTIDOS DE ANIMAIS SUSCEPTÍVEIS À FEBRE AFTOSA
Art. 32. Todo produto ou subproduto de origem animal, para ser comercializado, deverá estar acompanhado de certificação sanitária definida pelo serviço veterinário oficial.
Art. 33. Todo produto de origem animal procedente da zona livre de febre aftosa sem
vacinação e de estabelecimento integrante do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal terá livre trânsito em todo o território nacional.
Art. 34. É permitido o ingresso em zona livre de febre aftosa, com ou sem vacinação, dos
produtos e subprodutos abaixo relacionados oriundos de todo o Território Nacional sem prejuízo de outros instrumentos legais em vigor:
I - carnes e miúdos destinados ao consumo humano, submetidos a tratamento térmico
suficiente para inativar o vírus da febre aftosa; II - couros e peles em qualquer fase de sua industrialização ou curtidos; III - leite pasteurizado ou leite longa vida, submetido a tratamento UAT (Ultra Alta
Temperatura);
IV - cascos, chifres, pêlos e crinas, submetidos a tratamento capaz de inativar o vírus da febre aftosa, secos e devidamente acondicionados;
V - ração animal industrializada; VI - sebo (gordura fundida) e farinha de carne e ossos; VII - gelatina e colágeno hidrolisado, obtidos de pele bovina e suína; e VIII - outros produtos e subprodutos obtidos de animais susceptíveis à febre aftosa,
submetidos a tratamento suficiente para inativar o agente viral, não contidos na presente Instrução Normativa, mediante parecer e autorização do MAPA após realização de avaliação de risco específica.
Art. 35. Permite-se o ingresso dos produtos a seguir relacionados em zona livre de febre aftosa
sem vacinação, considerando a origem e o atendimento aos procedimentos zoossanitários específicos: I - origem em zona livre de febre aftosa com vacinação: a) carne fresca com ou sem osso obtida de bovino e bubalino que permaneceram, nos últimos
doze meses ou desde seu nascimento, em zona livre de febre aftosa com vacinação. A carne deve ser obtida de animal que não apresentou sinais clínicos de doença vesicular infecciosa no momento do embarque para o abate e no exame ante-mortem, nem foram identificadas lesões sugestivas de febre aftosa durante o exame post-mortem e abatido em matadouro com inspeção veterinária oficial e integrante do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal;
b) carne fresca com ou sem osso e miúdos in natura de ovinos, caprinos, suídeos e de outros
animais susceptíveis, que permaneceram, nos últimos doze meses ou desde seu nascimento, em zona livre de febre aftosa com vacinação, e obtida em matadouros com inspeção veterinária oficial e integrante do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal;
c) leite in natura, transportado sob refrigeração em caminhões apropriados e com carga
lacrada, procedente de indústrias com inspeção veterinária oficial integrantes do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal e destinado a indústrias com serviço de inspeção veterinária oficial integrantes do mesmo Sistema, para beneficiamento imediato;
d) couros e peles em bruto, obtidos em estabelecimentos de abate com inspeção veterinária
oficial ou submetidos a salga com sal marinho contendo 2% de carbonato de sódio por período mínimo de sete dias;
II - origem em zona tampão ou Unidade da Federação classificada como, no mínimo, BR-3
(risco médio) para febre aftosa, ou outra classificação semelhante que venha a ser adotada pelo MAPA: a) carne bovina desossada: 1. obtida de animais que permaneceram na região de origem especificada, nos doze meses
anteriores à data de expedição da autorização, ou desde seu nascimento, no caso de animal com menos de um ano de idade, e que não apresentaram sinais de doença vesicular infecciosa no momento do embarque para o abate;
2. obtida em matadouro com inspeção veterinária oficial integrante do Sistema Brasileiro de
Inspeção de Produtos de Origem Animal; e
3. submetida, antes da desossa, a processo de maturação sanitária em temperatura acima de +
2º C (dois graus Celsius) durante um período mínimo de 24 horas depois do abate, não tendo o pH alcançado valor superior a seis, verificado no centro do músculo longissimus dorsi;
b) carne fresca de caprinos, ovinos, suídeos e de outros animais susceptíveis obtida em
matadouros com inspeção veterinária oficial e integrante do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal e destinada diretamente a outro estabelecimento, com serviço de inspeção veterinária oficial e integrante do mesmo Sistema, onde será submetida a tratamento suficiente para inativação do vírus da febre aftosa;
c) leite in natura, transportado sob refrigeração em caminhões apropriados e com carga
lacrada, procedente de indústria com inspeção veterinária oficial integrante do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal, e destinado a indústrias com serviço de inspeção veterinária oficial e integrantes do mesmo Sistema, para beneficiamento imediato; e
d) couros e peles em bruto, submetidos a salga com sal marinho contendo 2% de carbonato de
sódio por período mínimo de 28 (vinte e oito) dias. Parágrafo único. Os produtos deverão ser transportados em veículos com carga lacrada pelo
serviço veterinário oficial da Unidade da Federação de origem, ou outro tipo de controle autorizado pelo serviço veterinário oficial, devendo ingressar na zona livre de febre aftosa somente por locais definidos e aprovados previamente pelo MAPA.
Art. 36. Permite-se o ingresso dos produtos abaixo relacionados em zona livre de febre aftosa
com vacinação, oriundos de zona tampão ou Unidade da Federação ou parte de Unidade da Federação classificada como, pelo menos, BR-3 (risco médio) para febre aftosa, ou outra classificação semelhante a ser adotada:
I - carne de bovino desossada: a) obtida de animais que permaneceram pelo menos durante os três meses anteriores ao abate
na região de origem especificada em propriedade onde nos 60 dias anteriores não foi registrada a ocorrência de febre aftosa, o que também não aconteceu nos 30 dias anteriores no raio de 25 km da citada propriedade. Referidos animais também não apresentaram sinais de doença vesicular infecciosa no momento de embarque para o abate;
b) obtida em matadouro com inspeção veterinária oficial integrante do Sistema Brasileiro de
Inspeção de Produtos de Origem Animal; e c) submetida, antes da desossa, a processo de maturação sanitária em temperatura acima de +
2ºC (dois graus Celsius) durante um período mínimo de 24 horas depois do abate, não tendo o pH alcançado valor superior a seis, verificado no centro do músculo longissimus dorsi;
II - carne fresca de caprinos, ovinos, suínos e de outros animais susceptíveis que atendam às
condições definidas para carne fresca de bovinos, exceto a exigência de maturação e desossa; III - miúdos in natura obtidos em estabelecimento de abate com inspeção veterinária oficial
integrante do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal , destinados a processamento para fins opoterápicos ou para produção de alimento para animais, em estabelecimentos aprovados pelo MAPA;
IV - leite in natura , transportado sob refrigeração em caminhões apropriados e com carga
lacrada, procedente de indústria com inspeção veterinária oficial integrante do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal e destinado a indústrias com serviço de inspeção veterinária oficial integrantes do mesmo Sistema;
V - peles e couros em bruto submetidos, antes do embarque, a salga com sal marinho contendo
2% (dois por cento) de carbonato de sódio, durante o período mínimo de 14 (catorze) dias. Parágrafo único. Os produtos deverão ser transportados em veículos com carga lacrada pelo
serviço veterinário oficial da Unidade da Federação de origem, ou outro tipo de controle autorizado pelo serviço veterinário oficial, devendo ingressar na zona livre de febre aftosa somente por locais definidos e aprovados previamente pelo MAPA.
Art. 37. É permitido o ingresso em zona livre de febre aftosa com vacinação de peles e couros
em bruto, procedentes de Unidades da Federação classificadas como alto risco ou risco desconhecido para febre aftosa, ou outra classificação semelhante que venha a ser adotada, submetidos, antes do embarque, a salga com sal marinho contendo 2% (dois por cento) de carbonato de sódio durante o período mínimo de 28 (vinte e oito) dias.
Art. 38. É permitido o ingresso na zona livre de febre aftosa, com ou sem vacinação, de
sêmen, embrião ou ovócitos de animais susceptíveis à febre aftosa quando obtidos em centro registrado pelo serviço veterinário oficial e processados de acordo com as normas técnicas internacionais, localizado em Unidade da Federação ou parte de Unidade da Federação classificada como, pelo menos, risco médio para febre aftosa, ou outra classificação semelhante que venha a ser adotada pelo MAPA, atendendo às exigências contidas nas alíneas “a” e “b”, inciso II, art. 27, desta Instrução Normativa, e acompanhados de certificado zoossanitário.
Art. 39. É permitido o ingresso na zona livre de febre aftosa, com ou sem vacinação, de carnes
e produtos cárneos, miúdos in natura devidamente embalados e acondicionados, destinados à exportação através dos portos, aeroportos, postos de fronteira, e demais recintos alfandegados localizados nessas áreas, e oriundos de qualquer Unidade da Federação, desde que procedam de estabelecimentos habilitados pelo MAPA para exportação e acompanhados da documentação sanitária correspondente.
Parágrafo único. O veículo transportador deverá ser lacrado na origem e o lacre só poderá ser
rompido no destino pelo serviço veterinário oficial. Art. 40. É proibido o ingresso na zona livre de febre aftosa, com ou sem vacinação, de material
patogênico destinado a qualquer fim, salvo quando previamente autorizado pelo MAPA. Art. 41. O ingresso em zona livre de febre aftosa, com ou sem vacinação, de produtos e
subprodutos de animais susceptíveis à febre aftosa não especificados nestas normas, incluindo material de interesse científico e com finalidade para uso industrial, deverá ser autorizado previamente pelo MAPA após análise de risco.
CAPÍTULO VIII
TRÂNSITO INTERNACIONAL DE ANIMAIS SUSCEPTÍVEIS À FE BRE AFTOSA E DE SEUS PRODUTOS E SUBPRODUTOS
Art. 42. É proibida a importação de animais susceptíveis à febre aftosa e de seus produtos e
subprodutos quando procedentes de países, regiões ou zonas não incluídos na Lista de Países Livres de
Febre Aftosa publicada pela OIE, salvo exceções contidas neste Capítulo. Art. 43. É permitida a importação de carnes frescas desossadas de carcaças de bovinos
quando: I - obtidas de animais que permaneceram no país exportador nos últimos dois anos anteriores a
data do seu abate ou desde seu nascimento, em áreas onde se encontrem implantadas, e em execução, medidas de controle oficiais;
II - obtidas de animais procedentes de propriedade na qual, nos 60 dias anteriores, não tenha
sido registrado nenhum foco de febre aftosa, e que, nas suas proximidades, num raio de 25km, também não tenha ocorrido nenhum caso nos 30 dias anteriores;
III - obtidas de animais abatidos em abatedouro oficialmente habilitado para a exportação ao
Brasil; IV - obtidas de carcaças das quais foram removidos os principais nódulos linfáticos; V - a carne, antes da desossa, tenha sido submetida a processo de maturação sanitária em
temperatura superior a +2°C, durante um período de, pelo menos, 24 horas após o abate, e que o pH no centro do músculo longissimus dorsi, em cada metade da carcaça, não tenha alcançado valor superior a seis.
Art. 44. É permitida a importação de produtos que utilizem como matéria-prima carne bovina,
uma vez atendido o art. 43 desta Instrução Normativa. Art. 45. É permitida a importação de produtos que utilizem como matéria-prima carnes,
miúdos ou vísceras que tenham sido submetidos a procedimentos de inativação do vírus da febre aftosa, de acordo com as recomendações da OIE.
Art. 46. É permitida a importação de sêmen e embriões de bovinos, desde que atendidas as
disposições expressas nos incisos I e II do art. 43 desta Instrução Normativa, além do cumprimento das seguintes condições:
I - tenham sido obtidos em centrais de inseminação artificial ou em outros estabelecimentos
registrados ou aprovados pelo serviço veterinário oficial do país exportador e que atendam às condições gerais e específicas recomendadas pela OIE.
II - tenham sido colhidos, processados e armazenados segundo as orientações da OIE, no caso
de sêmen, e da Sociedade Internacional de Transferência de Embriões, no caso de embriões; III - que o serviço veterinário oficial do país exportador certifique o cumprimento dos
requisitos zoossanitários brasileiros aplicáveis à mercadoria em questão. Art. 47. É permitida a importação de palhas e forrageiras procedentes de países, regiões ou
zonas incluídos na Lista de Países Livres de Febre Aftosa publicada pela OIE ou desde que oriundas de propriedades onde, nos 30 dias anteriores à colheita, bem como em um raio de 3km das referidas propriedades, não tenha havido focos de febre aftosa, e que tenham sido submetidas a um dos seguintes tratamentos:
I - vapor de água em recinto fechado durante, pelo menos, 10 minutos a uma temperatura de,
no mínimo, 80°C; ou II - vapor de formol (gás formaldeído) produzido por solução a 35-40%, em recinto fechado
durante, pelo menos, 8 horas a uma temperatura de, no mínimo, 19ºC. Art. 48. É permitida a importação de outros produtos de origem animal, submetidos aos
procedimentos de inativação do vírus da febre aftosa, recomendados pela OIE. Art. 49. Os certificados zoossanitários que acompanham as mercadorias de que trata a presente
Instrução Normativa deverão conter as garantias específicas definidas para cada caso. Art. 50. As condições para importação expressas nesta Instrução Normativa serão aplicadas
sem prejuízo de outras exigências sanitárias em vigor.
CAPÍTULO IX DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 51. Os casos omissos e as dúvidas suscitadas na execução deste ato serão dirimidas pelo
MAPA.
ANEXO II (Modelo)
REQUERIMENTO PARA INGRESSO DE ANIMAIS SUSCEPTÍVEIS À FEBRE AFTOSA EM ZONA LIVRE DE FEBRE AFTOSA, ZONA TAMPÃO OU RISCO MÉDIO
( ) SEM VACINAÇÃO ( ) COM VACINAÇÃO ( )ZONA TAMPÃO OU RISCO MÉDIO Manifestamos interesse em ingressar com animais susceptíveis à febre aftosa na região acima caracterizada, para o que
solicitamos autorização de acordo com o que estabelece a ________________ nº _________/07, do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, e prestamos as informações que se seguem:
1. Informações sobre a procedência e caracterização dos animais
Origem dos animais:
UF Município:
Nome da propriedade:
Nome do responsável pelos animais na origem:
Endereço para contato
Tel. FAX Endereço eletrônico
Informações sobre os animais:
Espécie: Finalidade: Quantidade:
Informações adicionais sobre os animais (se necessário):
2. Informações sobre o destino
UF Município:
Nome da propriedade:
Nome do responsável pelos animais no destino:
Tel. FAX Endereço
eletrônico:
Meio de transporte: Rodoviário Aéreo Marítimo Outro:
Ponto de ingresso:
_______________________________________ Local e data
________________________________________________________________
Nome e assinatura do interessado
ANEXO III (MODELO)
AUTORIZAÇÃO PARA O INGRESSO DE ANIMAIS SUSCEPTÍVEIS À FEBRE AFTOSA EM ZONA LIVRE DE FEBRE AFTOSA, ZONA TAMPÃO OU RISCO MÉDIO
( ) SEM VACINAÇÃO ( ) COM VACINAÇÃO ( )ZONA TAMPÃO OU RISCO MÉDIO
Nº ___________/ _______ AUTORIZO a entrada dos animais abaixo identificados, de acordo com o que estabelece a ________________ nº _______/07,
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, observado o que se segue:
I. os animais deverão ser encaminhados para o estabelecimento de destino identificado nesta autorização, sob supervisão de
veterinário oficial designado para fins de:
( ) isolamento, para observação, pelo período mínimo de ______ dias;
( ) realização dos exames laboratoriais requeridos;
II. a presente autorização somente é válida para entrada pelo ponto especificado nesta autorização;
III. esta autorização poderá ser cancelada a qualquer momento, caso ocorra alteração da situação sanitária da exploração
pecuária de origem ou da unidade da Federação de procedência, a critério do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de
Defesa Agropecuária.
Informações sobre o local de destino para isolamento:
UF Município:
Nome da propriedade:
Nome do responsável pelos animais no destino:
Tel. FAX Endereço
eletrônico:
Meio de transporte: Rodoviário Aéreo Marítimo Outro:
Ponto de ingresso:
Informações sobre os animais:
Espécie: Finalidade: Quantidade:
Informações adicionais sobre os animais (anexar relação com identificação individual):
Procedência:
UF Município:
Nome da propriedade:
Nome do responsável pelos animais na origem:
_______________________________________ Local e data da emissão
___________________________________________________________________
Carimbo e assinatura do emitente
1ª via: destinatário. 2ª via: unidade da Federação de procedência. 3ª via: ponto de ingresso. 4ª via: emitente.
ANEXO IV (Modelo)
ATESTADO ZOOSSANITÁRIO DE ORIGEM PARA INGRESSO DE A NIMAIS SUSCEPTÍVEIS EM ZONA LIVRE DE FEBRE AFTOSA, ZONA TAMPÃO OU RISCO MÉDIO
( ) SEM VACINAÇÃO ( ) COM VACINAÇÃO ( )ZONA TAMPÃO OU RISCO MÉDIO
ADICIONAL A GUIA DE TRÂNSITO ANIMAL (GTA) Nº ____/__________ ESPÉCIE ENVOLVIDA: bovina bubalina caprina ovina suína outras: ___________________
Atesto, para fins de ingresso em zona livre de febre aftosa, zona tampão ou risco médio de acordo com o estabelecido na Instrução Normativa nº _____/07, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que os animais abaixo identificados satisfazem às seguintes condições:
( ) 1. são nascidos e criados no estabelecimento de procedência ou nele permaneceram nos últimos ____ meses antes do embarque.
( ) 2. atendem às condições definidas nos artigos ______________ da Instrução Normativa nº _______/07, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
( ) 3. na unidade da Federação onde se situa a exploração pecuária de procedência, a vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa é regularmente praticada e oficialmente controlada.
( ) 4. na unidade da Federação de origem o serviço veterinário oficial está estruturado e possui os dispositivos legais necessários para fiscalizar o trânsito de animais, exercer a vigilância epidemiológica e sanitária e a interdição de focos da doença, bem como para aplicar as demais medidas de defesa sanitária animal.
( ) 5. foram mantidos isolados nos 30 dias anteriores ao embarque, em local oficialmente aprovado e sob supervisão veterinária oficial, não manifestando qualquer sinal clínico de doença transmissível, ocasião em que foram submetidos aos testes oficialmente aprovados para febre aftosa.
( ) 6. os suídeos são nascidos e criados em estabelecimento oficialmente certificado como GRANJA DE REPRODUTORES SUÍDEOS CERTIFICADA, de acordo com as normas zoossanitárias vigentes. A certificação é válida até _____ / _____ / ____.
( ) 7. Identificação dos animais:
Nº Identificação Raça Sexo Idade (meses) Nº Identificação Raça Sexo Idade
(meses) 1 11 2 12 3 13 4 14 5 15 6 16 7 17 8
18 9 19 10 20 Continua em folha anexa? ( ) Sim. ( ) Não. Obs.:
Identificação e assinatura do médico veterinário do serviço veterinário oficial da unidade da Federação de origem
Carimbo Assinatura