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CIÊNCIA POLÍTICA – 1º ANO CIÊNCIA POLÍTICA Definição de Ciência Política - Conjunto das Ciências que estudam a organização e o funcionamento do Estado, e as interações dos grupos nele existentes; a política, a sociologia, etc. E que tratam de valores fundamentais tais como a igualdade, a liberdade, a justiça e o poder. ( Dicionário Aurélio Ed. Séc. XXI ) - Ramo das Ciências Sociais que trata do governo e da organização dos Estados. ( Pequeno Dicionário koogan Larousse ) - Ramo das ciências sociais que estuda as formas de governo, os partidos políticos, os grupos de pressão, as relações internacionais e a administração pública, que dizem respeito a atividades de indivíduos ou de grupos e envolvem as relações humanas básicas, tratando de valores fundamentais como a igualdade, a liberdade, a justiça e o poder. A Ciência Política está intimamente ligada a história ( que fornece o material básico ao cientista ); ao direito ( quadro de idéias formais ); a filosofia ( liga-a às outras ciências ) e a sociologia ( fornece o quadro social para os fatos da vida política). ( enciclopédia Delta Universal – Vol. 4 ) A ciência política visa, ou seja, tem como objetivo, apresentar, analisar e posicionar as instituições e os problemas existentes na sociedade contemporânea, através das ciências jurídicas ( direito constitucional ) com consciência na participação , identificando os problemas e buscando as soluções. A Ciência Política estuda sem preconceito o homem em grupo. Pergunta, questiona. Nada é absoluto.

APOSTILA - Teoria Geral Do Estado e Ciência Política - Acad

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CIÊNCIA POLÍTICA Definição de Ciência Política

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CINCIA POLTICA 1 ANO

CINCIA POLTICA 1 ANO

CINCIA POLTICA

Definio de Cincia Poltica

- Conjunto das Cincias que estudam a organizao e o funcionamento do Estado, e as interaes dos grupos nele existentes; a poltica, a sociologia, etc. E que tratam de valores fundamentais tais como a igualdade, a liberdade, a justia e o poder. ( Dicionrio Aurlio Ed. Sc. XXI )

- Ramo das Cincias Sociais que trata do governo e da organizao dos Estados. ( Pequeno Dicionrio koogan Larousse )

- Ramo das cincias sociais que estuda as formas de governo, os partidos polticos, os grupos de presso, as relaes internacionais e a administrao pblica, que dizem respeito a atividades de indivduos ou de grupos e envolvem as relaes humanas bsicas, tratando de valores fundamentais como a igualdade, a liberdade, a justia e o poder.

A Cincia Poltica est intimamente ligada a histria ( que fornece o material bsico ao cientista ); ao direito ( quadro de idias formais ); a filosofia ( liga-a s outras cincias ) e a sociologia ( fornece o quadro social para os fatos da vida poltica). ( enciclopdia Delta Universal Vol. 4 )

A cincia poltica visa, ou seja, tem como objetivo, apresentar, analisar e posicionar as instituies e os problemas existentes na sociedade contempornea, atravs das cincias jurdicas ( direito constitucional ) com conscincia na participao , identificando os problemas e buscando as solues.

A Cincia Poltica estuda sem preconceito o homem em grupo. Pergunta, questiona. Nada absoluto.

Objeto da Cincia Poltica

O objeto da cincia poltica a sociedade poltica organizada. Tendo como objeto abstrato o Estado, relacionando-se com as outras cincias relacionadas ao homem; sociologia, Histria, Economia, Filosofia, Geografia, Direito.

Algumas definies

Cincia. Conjunto de conhecimentos socialmente adquiridos ou produzidos, historicamente acumulados, dotados de universalidade e objetividade que permitem sua transmisso, e estruturas com mtodos, teorias e linguagens prprias, que visam compreender e, possibilitam orientar a natureza e as atividades humanas.

Conjunto de atitudes racionais dirigidas ao sistemtico conhecimento, com objeto limitado, capaz de ser submetido a verificao.

Poltica Arte de bem governar os povos; cincia dos fenmenos referentes ao Estado (Cincia Poltica); Conjunto de objetivos que enformam determinado programa de ao governamental e condicionam a sua execuo; Princpio doutrinrio que caracteriza a estrutura constitucional do Estado. Cincia de bem governar um povo, constituindo um Estado.

Direito- Aquilo que justo, reto e conforme a lei; Cincia das normas obrigatrias que disciplinam as relaes dos homens em sociedade; Jurisprudncia. O conjunto das normas jurdicas vigentes em um Pas

Sociedade Corpo orgnico estruturado em todos os nveis da vida social, com base na reunio de indivduos que vivem sob determinado sistema econmico de produo, distribuio e consumo, sob um dado regime poltico e obedientes a normas, leis e instituies necessrias reproduo da sociedade como um todo. Coletividade.

Corpo orgnico, reunio de indivduos, que vivem num mesmo regime poltico e econmico (produo, distribuio e consumo), em todos os nveis da vida social, obedientes normas, leis e instituies necessrias reproduo da sociedade como um todo.

Sociedade vem a ser, ento, toda forma de coordenao das atividades humanas objetivando determinado fim e regulado por um conjunto de normas.

Elementos necessrios(caractersticas predominantes) para que um agrupamento humano possa ser reconhecido como uma sociedade.

A- Organizao Para assegurar a orientao das manifestaes num determinado sentido e para que se obtenha uma ao harmnica dos membros da sociedade, preservando-se a liberdade de todos, preciso que a ao conjunta seja ordenada. So as manifestaes de conjunto ordenado que devem atender a trs requisitos;

*Reiterao indispensvel que os membros da sociedade se manifestem em conjunto reiteradamente, pois s atravs da ao conjunta continuamente reiterada o todo social ter condies para a consecuo de seus objetivos.

*Ordem Para que haja o sentido de conjunto e para que se assegure um rumo certo, os atos praticados isoladamente devem ser conjugados e integrados num todo harmnico, que surge a exigncia de ordem. Essa ordem pode ser da Natureza, ou Mundo Fsico, e uma ordem humana, ou Mundo tico, estando neste compreendidas todas as leis que se referem ao agir humano. Tratando das leis que regem cada uma dessas ordens, Kelsen teoriza existir duas espcies diferentes ;

Ordem da natureza( princpio da casualidade( Se A(condio) B (se, verificada a mesma condio = mesma conseqncia, no podendo haver qualquer interferncia que altere a correlao). O aquecimento de um metal(condio), acarreta sempre a sua dilatao(conseqncia).

Ordem humana( princpio da imputao( Se A (condio) B(conseqncia) deve ser(a condio deve gerar determinada conseqncia, mas pode no gerar). (aquele que rouba deve ser preso).

*Adequao cada indivduo, cada grupo humano e a prpria sociedade no seu todo devem sempre ter em conta as exigncias e as possibilidades da realidade social, para que as aes no se desenvolvam em sentido diferente daquele que conduz efetivamente ao bem comum, ou para que a consecuo deste no seja prejudicada pela utilizao deficiente ou errnea dos recursos sociais disponveis. Para que seja assegurada a adequao indispensvel que no se impea a livre manifestao e a expanso das tendncias e aspiraes dos membros da sociedade. Os componentes da sociedade que devem orientar suas aes no sentido do que consideram o seu bem comum.

B- Finalidade social(fim comum) o bem comum. O bem comum consiste no conjunto de todas as condies de vida social que consintam e favoream o desenvolvimento integral da personalidade humana, buscando a criao de condies que permitam a cada homem e a cada grupo social a consecuo de seus respectivos fins particulares.

C Poder social (Normas de conduta) - considerado o mais importante para o estudo da organizao e funcionamento da sociedade. O poder um fenmeno social, bilateral, havendo sempre uma idia que predomina.

Teoria Monstica ou Estatismo Jurdico.

Teoria, segundo a qual, o Estado e o Direito confundem-se em uma s realidade. Para os Monistas s existe o poder estatal. No admitem qualquer regra jurdica fora do Estado. O Estado a fonte nica do Direito, porque quem d vida ao Direito o Estado atravs da fora coativa de que s ele dispe. Regra jurdica sem coao, uma contradio em si, um fogo que no queima, uma luz que no ilumina (Lhering).

Logo, como s existe o Direito emanado do Estado, ambos se confundem em uma s realidade.

Foram precursores do monismo jurdico Hegel, Hobbes e Jean Bodin.

Desenvolvida por Rudolf von Lhering e John Austin, alcanou esta teoria a sua mxima expresso com a escola tcnico-jurdica liderada por jellinek e com a escola vienense de Hans Kelsen.

Se A ,

B deve ser. Acha que Estado e Direito so a mesma coisa.

Favorece Estados centrados, monarquias absolutas, ditaduras.

Teoria Dualista / Pluralista

Teoria que sustenta serem o Estado e o Direito duas realidades distintas, independentes e inconfundveis. Para os dualistas o Estado no a fonte nica do Direito nem com este se confunde. O que provm do estado apenas uma categoria especial do Direito: o direito positivo. Mas existem tambm os princpios de direito natural, as normas de direito costumeiro e as regras que se firmam na conscincia coletiva, que tendem a adquirir positividade e que nos casos omissos, o Estado deve acolher para lhes dar jurisdicidade. Alm do direito no-escrito existem o direito cannico, que independe da fora coativa do poder civil, e o Direito das associaes menores, que o Estado reconhece e ampara.

Afirma esta corrente que o Direito criao social, no estatal. Ele traduz, no seu desenvolvimento, as mutaes que se operam na vida de cada povo, sob a influncia das causas ticas, psquicas, biolgicas, cientficas, econmicas, etc. O Direito, assim, um fato social em contnua transformao. A funo do Estado de positivar o Direito, isto , traduzir em normas escritas os princpios que se firmam na conscincia social.

O dualismo(o pluralismo), partindo de Gierke e Gurvitch, ganhou terreno com doutrina de Leon Duguit, o qual condenou formalmente a concepo monista, admitiu a pluralidade das fontes do Direito positivo e demonstrou que as normas jurdicas tm sua origem no corpo social.

Desdobrou-se o pluralismo nas correntes sindicalistas e corporativistas, principalmente no institucionalismo de Hauriou e Rennard, culminando com a preponderante e vigorosa doutrina de Santi Romano, que lhe deu um alto teor de preciso cientfica.

Favorece explorao do homem, tende a criar a anarquia. A vantagem que ajuda na evoluo pela discusso.

Teoria do Paralelismo

Segundo a qual o Estado e o Direito so realidades distintas, porem necessariamente interdependentes.

Esta terceira corrente, procurando solucionar a anttese monismo- pluralismo, adotou a concepo racional da graduao da positividade jurdica, defendida com raro brilhantismo pelo eminente mestre de Filosofia do Direito na Itlia, Georgio Del Vecchio.

Reconhece a teoria do pluralismo a existncia do direito no estatal, sustentando que vrios centros de determinao jurdica surgem e se desenvolvem fora do Estado, obedecendo a uma graduao de positividade. Sobre todos estes centros particulares do ordenamento jurdico, prepondera o Estado como centro de irradiao da positividade. O ordenamento jurdico do Estado, afirma Del Vecchio, representa aquele que dentro de todos os ordenamentos jurdicos possveis, se afirma como o verdadeiramente positivo, em razo da sua conformidade com a vontade social predominante.

A teoria do paralelismo completa a teoria pluralista, e ambas se contrapem com vantagem teoria monista. Efetivamente, Estado e Direito so duas realidades distintas que se completam na interdependncia. Como demonstra o Prof. Miguel Reale, a teoria do sbio mestre da Universidade de Roma coloca em termos racionais e objetivos o problema das relaes entre o Estado e o Direito, que se apresenta como um dos pontos de partida para o desenvolvimento atual do Culturalismo. ( tem no resumo de I.E.D.)

Na equao dos termos Estado / Direito necessrio ter em vista esses trs troncos doutrinrios: (Teoria Monstica, Teoria Dualstica, Teoria do Paralelismo), dos quais emana toda a ramificao de teorias justificativas do Estado e do Direito.

Visa garantir os direitos individuais com reflexo no coletivo. Aplicada na Democracia, Parlamentarismo, etc.

Polis Poltica = a arte de defender idias

- Aglomerado de pessoas. Povoados

- Cidade Estatal ( definio atual )

Res pblica = Indica a coisa de uso pblico ou comum; os bens pblicos, bens do Estado ou bens de uso coletivo. Tinham noo do meu e do nosso.

Anarquia inexistncia de poder. Nenhuma interveno = inexistncia de Estado.

Magistrado Sua funo no arrumar a lei mas, sim, faze-la cumprir.

Status = Atualmente, designa o conjunto de direitos e deveres que caracterizam a posio de uma pessoa em relao com as outras. Assim, numa determinada sociedade, o status social de um indivduo a soma dos status parciais que desfruta em cada grupo de que participa, tais como a igreja, a famlia, etc.

Antigamente identificava os estados de famlias, liberdade, cidadania e de direito.

Hipteses; quem primeiro, o Estado ou a Sociedade? Estado e Sociedade existiram sempre.

Sociedade primeiro, depois o Estado. A sociedade sentiu a necessidade de se organizar para a soluo de conflitos.

Definies e consideraes sobre cada elemento constitutivo do Estado

- Territrio

- Princpio da territorialidade a idia ncleo que vai influenciar o meu ordenamento jurdico vlido.

- O territrio a base fsica, o mbito geogrfico da nao, onde ocorre a validade da sua ordem jurdica (Hans Kelsen)

- O territrio fixado at onde vai sua jurisdio.

- A nao, como realidade sociolgica pode subsistir sem territrio prprio, sem se constituir em Estado, como ocorreu com a nao judaica durante cerca de dois mil anos., desde a expulso de Jerusalm at a recente partilha da Palestina. Porm, Estado sem territrio no Estado

- dever do Estado fazer cumprir a lei at o limite do seu espao territorial.

- O Estado Moderno rigorosamente territorial, indispensvel configurao do Estado, segundo as concepes atuais do direito pblico.

- As naes nmades no podem possuir individualidade poltica na atual concepo do Estado. Exemplo de nao nmade so os ciganos.

- O territrio patrimnio sagrado e inalienvel do povo. o espao certo e delimitado onde se exerce o poder do governo sobre os indivduos. Patrimnio do povo, no do Estado como instituio.

- O poder diretivo se exerce sobre as pessoas, no sobre o territrio. Tal poder de imperium ( aquilo que o ordenamento jurdico permite ) no de dominium. Nada tem em comum com o direito de propriedade. A autoridade governamental de natureza eminencialmente poltica, de ordem jurisdicional.

- O limite da soberania estatal o territrio.

- O territrio, sobre o qual se estende esse poder de jurisdio, representa-se como uma grandeza a trs dimenses, abrangendo o supra - solo, o subsolo, e o mar territorial.

- Alguns autores o dividem em terrestre, martimo e fluvial.

- A eficcia da jurisdio fazer com que a norma surta efeito.

- Tendo em vista o seu exato conceito de espao de validade da ordem jurdica, podemos limitar o territrio nos elementos que o integram;

a) a) o solo contnuo e delimitado, ocupado pela corporao poltica;

b) b) o solo insular e demais regies separadas do solo principal;

c) c) os rios, lagos e mares interiores;

d) d) os golfos, baas, portos e ancoradouros;

e) e) a parte que o direito internacional atribui a cada Estado nos rios e lagos divisrios;

f) f) o mar territorial e respectiva plataforma martima;

g) g) o subsolo;

h) h) o espao areo (supra - solo);

i) i) os navios mercantes em alto mar;

j) j) os navios de guerra onde quer que se encontrem;

k) k) os edifcios das embaixadas e legaes em pases estrangeiros.

Segundo a tendncia moderna do direito internacional, vista das novas conquistas cientficas, o domnio do supra-solo se estende ilimitadamente, usque ad sidera, assim como o do subsolo se aprofunda usque ad inferos.

No tocante ao mar territorial, a determinao da zona limtrofe questo amplamente debatida.

Antigamente prevalecia a frmula preconizada pela escola do direito natural: terrae potestas finitur ubi finitur armorum vis cessa o poder territorial onde cessa a fora das armas. Adotava-se o limite de trs milhas martimas, que era o alcance da artilharia costeira, posteriormente ampliada para doze milhas. Atualmente, invocando no s os interesses da defesa externa mas tambm os de explorao econmica, os Estados, como o Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, Equador e outros, vm adotando o limite de duzentas milhas martimas.

Direito extraterritorial a validade do meu ordenamento jurdico estatal no pode ultrapassar o meu limite territorial. Essa validade poder ultrapassar to somente com a anuncia do outro Estado.

Para os navios adentrarem no espao territorial de outro Estado necessrio pedir autorizao.

O navio de guerra o prprio Estado entrando em territrio alheio, continua sendo territrio prprio mesmo no Estado do outro. quase como uma embaixada.

Embaixadas, Consulados e Legaes- o que as diferencia uma das outras so as funes. o Estado l.

Fronteiras.

Literalmente, significa aquilo que se encontra frente.

comum o seu emprego no sentido de linha divisria ou limites, entre dois prdios ou entre dois territrios.

No entanto, fronteira e limites se distinguem;

- limites so linhas de intercesso, linhas de contato, linha de separao entre duas coisas, que se acham juntas ou unidas, mas limitadas ou demarcadas por essas linhas.

- fronteira o espao ocupado pela coisa em frente de outro espao, ocupado por outra coisa; no se mostram linhas , possuindo maior grandeza ou extenso que estas. a parte da frente que est em frente de outra parte. No to estreita como a dimenso dos limites (apegada aos pontos de contato das duas coisas, mostrando-se a mesma para ambas), enquanto que as fronteiras so duas; uma para cada lado.

As fronteiras podem ser:

- Naturais estabelecidas por acidentes geogrficos.

- Artificiais fixadas por meio de tratados. Feitas pelo homem. Ex: muro de Berlim.

- Esboadas no estabelecidas com preciso. Existe algum marco que se pode identificar como sinal de fronteira

- Morta O limite est no papel mas, no cho no h identificao.

- Viva no tem dvida do limite. e pronto.

Populao

Totalidade de habitantes de um pas ou de uma regio. Designa conjunto de pessoas, ou forma uma classe: - De Plcido e Silva.

expresso que envolve um conceito aritmtico, quantitativo, demogrfico, pois designa a massa total dos indivduos que vivem dentro das fronteiras e sob o imprio das leis de um determinado pas.

o conjunto heterogneo dos habitantes de um pas, sem excluso dos estrangeiros, dos aptridas, dos sditos coloniais, etc. Quando se diz que a populao do Brasil de cem milhes, por exemplo, nesse nmero no figuram apenas os brasileiros (nacionais) mas a massa total dos habitantes.

Os elementos de outras origens (no nacionais) podero integrar o grupo nacional pelo processo de naturalizao, nacionalizao, na forma das leis prprias. S ento podero exercer os direitos polticos que so privativos dos nacionais.

Povo

Materializa a noo de Estado. o principal elemento do Estado.

Conjunto dos indivduos que, atravs de um momento jurdico, se unem para constituir o Estado, estabelecendo com este um vnculo jurdico de carter permanente, participando da formao da vontade do Estado e do exerccio do poder soberano.

Essa participao e este exerccio podem ser subordinados, por motivos de ordem prtica, ao atendimento de certas condies objetivas, que assegurem a plena aptido do indivduo . Todos os que se integram no Estado, atravs da vinculao jurdica permanente, fixada no momento jurdico da unificao e da constituio do Estado, adquirem a condio de cidados, podendo-se, assim, conceituar o povo como o conjunto dos cidados do Estado.

A aquisio da cidadania depende sempre das condies fixadas pelo prprio Estado, podendo ocorrer com o simples fato do nascimento e determinadas circunstncias, bem como pelo atendimento de certos pressupostos que o Estado estabelece.

A condio de cidado implica direitos e deveres que acompanham o indivduo mesmo quando se ache fora do territrio do Estado.

Cidadania a pessoa estar de posse do direito civil e poltico, participando do Estado. Participao constante em todos os atos.

Cada indivduo integrante do povo participa tambm da natureza de sujeito, derivando-se da duas situaes:

a) a) os indivduos, enquanto objetos do poder do Estado, esto numa relao de subordinao e so , portanto, sujeitos de deveres. ( sdito )

b) b) enquanto membros do Estado, os indivduos se acham, quanto a ele e aos demais indivduos, numa relao de coordenao, sendo, neste caso, sujeitos de direitos.

No incio o Estado criado para servir o povo, depois, avilta-se, e o povo (sdito) quem serve ao Estado. Hoje, volta-se origem porm, com sentido de cidado.

Sdito - Povo - Cidado (conscincia).

Povo = elemento que vai participar

Cidado = elemento que vai participar bem. Quando cidado especfico de um lugar, por exemplo, cidado brasileiro, tanto se considerada o nacional como o estrangeiro naturalizado, que, sendo cidado, adquiriu a qualidade de brasileiro pela naturalizao.

O povo participa na estrutura do Estado, a populao no.

Numericamente falando, a populao maior que o povo.

Todas as pessoas que preenchem os requisitos para a formao estatal povo. O estrangeiro no .

Nao

A nao uma realidade sociolgica (de ordem subjetiva); o Estado uma realidade jurdica (necessariamente objetivo).

So os seguintes os fatores que entram na formao nacional:

a) a) naturais ( territrios, unidade tnica e idioma comum );

b) b) Histricos ( tradies, costumes, religio e leis );

c) c) Psicolgicos ( aspiraes comuns, conscincia nacional etc. ).

Assim, Nao uma entidade de direito natural e histrico. Conceitua-se como um conjunto homogneo de pessoas ligadas entre s por vnculos permanentes de sangue, idioma, religio, cultura e ideais.

- A Nao pode existir sem Estado.

- A Nao tem em comum com os seus cidados; a origem, os interesses, os ideais, as aspiraes.

- A Nao no sinnimo de povo.

Cidadania - o direito poltico conferido ao cidado para que possa participar da vida poltica do pas em que reside e pode ser; natural (decorre do nascimento). E Legal (atravs da naturalizao).

Raa

Nao uma unidade scio-psquica, enquanto raa uma unidade bio-antropolgica.

Uma nao pode ser formada de vrias raas. A Nao Brasileira, por exemplo, constituiu-se de trs grupos tnicos (lusitano, africano e amerndio).

Por outro lado, de um s tronco racial podem surgir vrias Naes.

A raa irrelevante para o Estado. A raa interessa biologia e antropologia.

O que interessa para o Estado a nacionalidade.

Estado

Organismo poltico administrativo que, como nao soberana ou diviso territorial, ocupa um , territrio determinado, dirigido por governo prprio e se constitui pessoa jurdica de direito pblico, internacionalmente reconhecida. Sociedade Politicamente organizada.

Cumpre ao Estado dar uma vida digna ao cidado,

Garante as outras instituies,

No subsiste sem as outras instituies; um conceito de sociedade,

uma das instituies da sociedade.

Sem perder de vista a presena necessria dos fatores nojurdicos, pode-se conceituar o Estado como a ordem jurdica soberana que tem por fim o bem comum de um povo situado em determinado territrio. ( Dalmo Dallari )

Estado uma realidade jurdica. o rgo executor da soberania nacional

Os vrios tipos de estado. O que diferencia um do outro a forma de apresentao do poder.

Elementos constitutivos do Estado

Nesse conceito se acham presentes todos os elementos que compem o Estado, e s esses elementos. A noo de poder est implcita na de soberania, que, no entanto, referida como caracterstica da prpria ordem jurdica. A politicidade do Estado afirmada na referncia expressa ao bem comum, com a vinculao deste a um certo povo e, finalmente, a territorialidade, limitadora da ao jurdica e poltica do Estado, est presente na meno a determinado territrio.

- Povo

- Poder

- Territrio

- Soberania

Estado, com caractersticas ; sem determinadas caractersticas no Estado.

Finalidade O objetivo de todos , sem exceo, vida digna.

O Estado tem que ter Poder e Autoridade.

Legitimidade do poder como distribuir o Poder. Quanto de Poder.

ESTADO REAL # ESTADO IDEAL

Estado Antigo / oriental / teocrtico Sem participao e sem organizao.

Igreja = Estado = famlia

Poder da fora poltica = Econmica = Jurdica

Por Estado Antigo, Oriental ou Teocrtico, entenda-se s formas mais recuadas no tempo, que apenas comeavam a definir-se entre as antigas civilizaes do Oriente ou Mediterrneo. A famlia, a religio, o Estado, a organizao econmica formavam um conjunto confuso, sem diferenciao aparente. No se distingue o pensamento poltico da religio, da moral, da filosofia ou das doutrinas econmicas.

Existem duas marcas caractersticas desse perodo; a natureza unitria ( o Estado sempre aparece como uma unidade geral, no admitindo qualquer diviso interior, nem territorial, nem de funes. ) e a religiosidade. ( a presena do fator religioso to marcante que o Estado desse perodo pode ser chamado de Estado Teocrtico ).

A influncia predominante religiosa, afirmando a autoridade dos governantes e as normas de comportamento individual e coletivo como expresso da vontade de um poder divino.

Nessa teocracia, h uma estreita relao entre o Estado e a divindade, podendo-se apontar a existncia de duas formas diferentes;

a) em certos casos o governo unipessoal e o governante considerado um representante do poder divino, confundindo-se, s vezes, com a prpria divindade. A vontade do governante sempre semelhante da divindade, dando-se ao Estado um carter de objeto, submetido a um poder estranho e superior a ele.

b) em outros casos, o poder do governante limitado pela vontade da divindade, cujo veculo um rgo especial: - a classe sacerdotal. H uma convivncia de dois poderes, um humano e um divino, variando a influncia deste, segundo circunstncias de tempo e lugar.

Estado Grego- Estado forte, as pessoas participam na organizao do mesmo.

Cidade Estado Valor aos cientistas, filsofos, etc. Noes de Democracia.

Auto - suficincia Um Estado forte no aceita influncias dos outros povos. Experincia fechada.

Povo

A caracterstica fundamental do Estado Grego a cidade Estado, ou seja, a polis, como a sociedade poltica de maior expresso.

O ideal visado era a autosuficincia, a autarquia, dizendo Aristteles que a a sociedade constituda por diversos pequenos burgos forma uma cidade completa, com todos os meios de se abastecer por si, tendo atingido, por assim dizer, o fim a que se props. Essa auto-suficincia tem muita importncia na preservao do carter da cidade-Estado, fazendo com que, mesmo quando esses Estados efetuaram conquistas e dominaram outros povos, no se efetivasse expanso territorial e no se procurasse a integrao de vencedores e vencidos numa ordem comum.

No Estado Grego o indivduo tem uma posio peculiar. H uma elite, que compe a classe poltica, com intensa participao nas decises do Estado, a respeito dos assuntos de carter pblico. Entretanto, nas relaes de carter privado a autonomia da vontade individual bastante restrita. Assim pois, mesmo quando o governo era tido como democrtico, isto significava uma faixa restrita da populao os cidados que participava das decises polticas, o que tambm influiu para a manuteno das caractersticas de cidade-Estado, pois a ampliao excessiva tornaria invivel a manuteno do controle por um pequeno nmero.

Estado Romano.

Imprio Mundial - Base familiar - Povo - Magistrados - Cristianismo.

Tem incio com um pequeno agrupamento humano, experimentou vrias formas de governo, expandiu seu domnio por uma grande extenso do mundo, atingindo povos de costumes e organizaes absolutamente dspares, chegando aspirao de constituir um imprio mundial. Apesar do longo tempo decorrido e do vulto das conquistas Roma sempre manteve as caractersticas bsicas de cidade-Estado, desde sua fundao em 754C., at a morte de Justiniano, em 565 da era crist.

O domnio de uma grande extenso territorial e sobretudo o cristianismo iriam determinar a superao da cidade-Estado, promovendo o advento de novas formas de sociedade poltica, englobadas no conceito de Estado Medieval.

Uma das peculiaridades mais importantes do Estado Romano a base familiar da organizao, havendo mesmo quem sustente que o primitivo Estado, a civitas, resultou da unio de grupos familiares ( as gens ), razo pela qual sempre se concederam privilgios especiais aos membros das famlias patrcias, compostas pelos descendentes dos fundadores do Estado.

Assim como no Estado Grego, durante sculos, o povo romano participava diretamente do governo, mas a noo de povo era muito restrita, compreendendo apenas uma faixa estreita da populao. Como governantes supremos havia os magistrados, sendo certo que durante muito tempo as principais magistraturas foram reservadas s famlias patrcias.

Em lenta e longa evoluo, outras camadas sociais adquirem e ampliam direitos sem que desaparecesse a base familiar e a ascendncia nobre tradicional.

Nos ltimos tempos, j com o despontar das idias de Imprio (uma das marcas do Estado Medieval), Roma pretendeu realizar a integrao jurdica dos povos conquistados mas, mantendo um slido ncleo de poder poltico, que assegurasse a unidade e a ascendncia da cidade de Roma. Ainda que se tratasse de um plebeu romano, quando este j conquistara amplos direitos, teria situao superior de qualquer membro dos povos conquistados, at o ano de 212 , quando o imperador Caracala concedeu a naturalizao a todos os povos do imprio.

o objetivo do edito de Caracala foi poltico, a unificao do Imprio; foi religioso, visa aumentar os adoradores dos deuses de Roma; foi fiscal, quer obrigar os peregrinos a pagar impostos nas sucesses; foi social, com vistas a simplificar e facilitar as decises judiciais, nos casos sobre o Estado e a constituio das pessoas.( Geraldo de Ulhoa Cintra).

Essa abertura foi o comeo do fim, inicia-se uma fase de transio, dinamizada com o Edito de Milo, em 313, em que Constantino assegura a liberdade religiosa no Imprio, desaparecendo, por influncia do cristianismo, a noo de superioridade dos romanos, que fora a base da unidade do Estado Romano.

Estado Medieval

Cristianismo Brbaros Feudalismo Instabilidade (Poltica, Econmica, Social).

Idade mdia, classificada por alguns como a noite negra da histria da humanidade e glorificada por outros como um extraordinrio perodo de criao, que preparou os instrumentos e abriu os caminhos para que o mundo atingisse a verdadeira noo do universal. No plano do Estado trata-se de perodo dos mais difceis, tremendamente instvel e heterogneo, no sendo simples a busca das caractersticas de um Estado Medieval.

Ainda assim, possvel estabelecer a configurao e os princpios informativos das sociedades polticas que, integrando novos fatores, quebraram a rgida e bem definida organizao romana, revelando novas possibilidades e novas aspiraes, culminando no Estado Moderno.

O cristianismo, as invases dos brbaros e o feudalismo foram principais elementos que se fizeram presente na sociedade poltica medieval, conjugando-se para a caracterizao do Estado Medieval.

preciso ressaltar que mesmo quando as formaes polticas revelam intenso fracionamento do poder e nebulosa noo de autoridade, est presente a aspirao unidade. Quanto maior a fraqueza revelada mas se acentuava o desejo de unidade poltica que tivesse um poder eficaz como o de Roma e que, ao mesmo tempo, fosse livre da influncia de fatores tradicionais, aceitando o indivduo como um valor em si mesmo.

O cristianismo vai ser a base da aspirao universalidade. Superando a idia de que os homens valiam diferentemente, de acordo com a origem de cada um, faz-se uma afirmao de igualdade, Afirma-se a unidade da Igreja, num momento em que no se via uma unidade poltica.

Motivos religiosos e pragmticos levaram concluso de que todos os cristos deveriam ser integrados numa s sociedade poltica. E, como havia a aspirao de que toda a humanidade se tornasse crist, era inevitvel que se chegasse idia do Estado universal, que inclusse todos os homens guiados pelos mesmos princpios e adotando as mesmas normas de comportamento pblico e particular.

A prpria igreja estimula a afirmao do imprio como unidade poltica pensando no Imprio da Cristandade e, com esse intuito que o Papa Leo III confere a Carlos Magno, no ano de 800, o ttulo de imperador. Entretanto, dois fatores de perturbao influem nesses planos; em primeiro lugar, a infinita multiplicidade de centros de poderes, como os reinos, os senhorios, as comunas, as organizaes religiosas, as corporaes de ofcios, todos ciosos de sua autoridade e de sua independncia, jamais se submetendo autoridade do Imperados; em segundo lugar , o prprio imperador recusando submeter-se autoridade da Igreja, havendo imperadores que pretenderam influir em assuntos eclesisticos, bem como inmeros papas que pretenderam o comando, no s dos assuntos de ordem espiritual, mas a de todos os assuntos de ordem temporal.

A luta entre Papa e Imperador, que marcaria os ltimos sculos da Idade Mdia, s vai terminar com o nascimento do Estado Moderno, quando se afirma a supremacia absoluta dos monarcas na ordem temporal.

No Estado medieval a ordem era sempre bastante precria, pela improvisao das chefias, pelo abandono ou pela transformao de padres tradicionais, pela presena de uma burocracia voraz e quase sempre todo-poderosa pela constante situao de guerra ( invaso dos brbaros ) e, inevitavelmente, pela prpria indefinio de fronteiras polticas.

Para que se entenda a organizao feudal preciso ter em conta que as invases e as guerras internas tornaram difcil o desenvolvimento do comrcio. Em conseqncia valoriza-se a posse da terra, de onde todos, ricos ou pobres, poderosos ou no, devero tirar os meios de subsistncia. Assim, toda a vida social passa a depender da propriedade ou da posse da terra, desenvolvendo-se um sistema administrativo e uma organizao militar estreitamente ligados situao patrimonial.

Vai ocorrer atravs de trs institutos jurdicos, a confuso entre o setor pblico e o privado;

Pela vassalagem os proprietrios menos poderosos colocavam-se a servio do senhor feudal. Obrigando-se a dar-lhe apoio nas guerras e a entregar-lhe uma contribuio pecuniria, recebendo em troca sua proteo. Outra forma de estabelecimento de servido era o benefcio, contratado entre o senhor feudal e o chefe de famlia que no possusse patrimnio. Este ltimo recebia uma faixa de terra para cultivar, dela extraindo o sustento de sua famlia, alm de entregar ao senhor feudal uma parcela da produo. Estabelecido o benefcio. O servo era tratado como parte inseparvel da gleba e o senhor feudal adquiria, sobre ele e sua famlia, o direito de vida e morte, podendo assim estabelecer as regras de seu comportamento social e privado. Por ltimo, importante considerar a imunidade, instituto pelo qual se concedia a iseno de tributos s terras sujeitas ao benefcio.

A vassalagem era uma relao jurdica de carter pessoal, enquanto que o benefcio tinha o sentido de estabelecimento de um direito real, mas ambos implicando o reconhecimento do poder poltico do senhor feudal e contribuindo para que o feudo tivesse sua ordem jurdica prprias, desvinculada do Estado.

Conjugados os trs fatores que caracterizaram o Estado Medieval. mais como aspirao do que como realidade; um poder superior, exercido pelo imperador, com uma infinita pluralidade de poderes menores, sem hierarquia definida; uma incontvel multiplicidade de ordens jurdicas, compreendendo a ordem imperial, a ordem eclesistica, o direito das monarquias inferiores, um direito comunal que se desenvolveu extraordinariamente, as ordenaes do feudos as regras estabelecidas no fim da idade mdia pelas corporaes de ofcios. Esse quadro, como fcil de compreender, era causa e conseqncia de uma permanente instabilidade poltica, econmica e social, gerando uma intensa necessidade de ordem e de autoridade, que seria o germe de criao do Estado Moderno.

Estado Absolutista

Rei - Poder soberano e ilimitado.

Quando a Igreja romana, j no ocaso da Idade Mdia, comeou a sofrer os ataques do liberalismo religioso e da filosofia racionalista, reagiu de maneira vigorosa, enquanto o governo temporal, por sua vez, entrou em luta aberta contra o Papado. Um dos episdios que assinalam o termo inicial dessa luta foi a priso do Papa Bonifcio VIII por Felipe, o Belo, Rei da Frana, no sculo XIV

O Papado deslocou-se de Roma para Avinho, no Reno, em territrio francs, permanecendo nesse Cativeiro Babilnico durante sessenta e oito anos. A volta do Papado com Gregrio XI a Roma, em 1377, no restaurou o prestgio da Santa S, dado o advento do Grande Cisma, com a existncia de dois Papas, um em Roma e outro em Avinho, durante mais trinta anos aproximadamente.

Liberadas do poder de Roma e fortalecidas pela dissoluo do feudalismo, as monarquias medievais caminharam para a centralizao absoluta do poder, chegando a suplantar a prpria autoridade eclesistica.

Um dos primeiros expoentes do absolutismo monrquico que se inicia no sculo XV foi Luiz XI, Rei da Frana, o qual anexou coroa os feudos, subjugou a nobreza guerreira e ps em prtica uma violenta poltica unificadora que seria sustentada por Richelieu e Mazarin, at atingir o seu apogeu com Luiz XIV.

O absolutismo monrquico que compe o perodo de transio para os tempos modernos teve suas fulguraes produzidas pelo verniz terico dos humanistas da Renascena, os quais afastando os fundamentos teolgicos do Estado, passaram a encarar a cincia poltica por um novo prisma, exageradamente realista.

Ao mesmo tempo em que a Renascena restaurou e aperfeioou a majestade das artes antigas restabeleceu, no seu panorama poltico, os costumes pagos e a prepotncia das cidades gregas e romanas.

desta poca a doutrina de Maquiavel ( O Prncipe )

Estado Moderno

Distino de poder - Liberdade.

As deficincias da sociedade poltica medieval determinaram as caractersticas fundamentais do Estado Moderno. A aspirao antiga unidade do Estado Romano, jamais conseguida pelo Estado Medieval, iria crescer de intensidade em conseqncia da nova distribuio da terra.

Com efeito, o sistema feudal, compreendendo uma estrutura econmica e social de pequenos produtores individuais, constituda de unidades familiares voltadas para a produo de subsistncia, ampliou o nmero de proprietrios, tanto dos latifundirios quanto dos que adquiriram o domnio de reas menores.

Os senhores feudais, por seu lado, j no toleravam as exigncias de monarcas aventureiros e de circunstncia, que impunham uma tributao indiscriminada e mantinham um estado de guerra constante, que s causavam prejuzo vida econmica e social.

Desperta a conscincia para a busca da unidade que se concretiza com a afirmao de um poder soberano, no sentido de supremo, reconhecido como o mais alto de todos dentro de uma precisa delimitao territorial.

O Estado Moderno, cujas marcas fundamentais, desenvolvidas espontaneamente, foram-se tornando mais ntidas com o passar do tempo e medida que, claramente apontadas pelos tericos, tiveram sua definio e preservao convertidas em objetivos do prprio Estado.

Existe uma grande diversidade de opinies quanto ao nmero dos elementos essenciais para a existncia do Estado.

Em face dessa variedade de posies, sem descer aos pormenores de cada teoria, poderamos indicar a existncia de quatro elementos essenciais - a soberania, o territrio, o povo e a finalidade -, cuja sntese nos conduzir a um conceito de Estado que nos parece realista, porque considera todas as peculiaridades verificveis no plano da realidade social.

Estado liberal

Pouca interveno estatal - Pouco poder Individualismo Separao do poder Soberania popular Supremacia constitucional Direitos e garantias individuais.

O Estado liberal, marcando o advento dos tempos modernos, correspondia nos seus lineamentos bsicos com as idias ento dominantes. Era a realizao plena do conceito de direito natural, do humanismo, do igualitarismo poltico que os escritores do sculo XVIII deduziram da natureza racional do homem, segundo a frmula conclusiva de que os homens nascem livres e iguais em direitos; a nica forma de poder que se reveste de legitimidade a que for estabelecida e reconhecida pela vontade dos cidados.

Quer sob a forma de monarquia constitucional, quer sob a forma republicana, a organizao traduzia os ideais que empolgaram o mundo ao tempo das revolues populares inglesa, norte-americana e francesa:

- soberania nacional, exercida atravs do sistema representativo de governo;

- regime constitucional, limitando o poder de mando e assegurando a supremacia da lei;

- diviso do poder em trs rgos distintos ( Legislativo, Executivo e Judicirio ) com limitaes recprocas garantidoras das liberdades pblicas;

- separao ntida entre o direito pblico e o direito privado;

- neutralidade do Estado em matria de f religiosa;

- liberdade, no sentido de no ser o homem obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei;

- igualdade jurdica, sem distino de classe, raa, cor, sexo, ou crena;

- igual oportunidade de enriquecimento e de acesso aos cargos pblicos, s conquistas da cincia e cultura universitria;

- no-interveno do poder pblico na economia particular, etc.

Era esse o arcabouo terico do Estado Liberal. Entretanto, no correspondia essa teoria com a realidade. Assim como a Repblica de Plato, que fora arquitetada no mundo das idias, o Estado Liberal seria realizvel, como se disse algures, numa coletividade de deuses, nunca numa coletividade de homens.

Empolgados pelas novas idias racionalistas, fortemente sedutoras mas impregnadas de misticismo, os construtores do Estado Liberal perderam de vista a realidade. Desconheceram uma das mais importantes revolues que a histria poltica do mundo registra a revoluo industrial -, que se iniciara na Inglaterra em 1770 e que modificaria fatalmente a realidade social em todos os pases, criando problemas at ento desconhecidos mas perfeitamente previsveis. Processada ilharga da revoluo popular francesa, continuaria pelos tempos modernos a hostilizar cada vez mais o Estado Liberal, minando os alicerces da sua estrutura.

Em verdade, o liberalismo que se apresentara perfeito na teoria bem cedo se revelou irrealizvel por inadequado soluo dos problemas reais da sociedade. Converteu-se no reino da fico, com cidados teoricamente livres e materialmente escravizados.

Estado Constitucional

Poder civil Princpio da legalidade Poder estatal nico.

O Estado constitucional, no sentido de Estado enquadrado num sistema normativo fundamental, uma criao moderna, tendo surgido paralelamente ao Estado Democrtico e, em parte, sob influncia dos mesmos princpios. Os constitucionalistas, que estudam em profundidade o problema da origem das constituies, apontam manifestaes esparsas, semelhantes, sob certos aspectos, s que se verificam no Estado Constitucional moderno, em alguns povos da antigidade.

O constitucionalismo, assim como a moderna democracia, tem suas razes no desmoronamento do sistema poltico medieval, passando por uma fase de evoluo que iria culminar no sculo XVIII, quando surgem os documentos legislativos a que se deu o nome de Constituio.

Sob influncia do jusnaturalismo, afirma-se a superioridade do indivduo, dotado de direitos naturais inalienveis que deveriam receber a proteo do Estado; desenvolve-se a luta contra o absolutismo dos monarcas, ganhando grande fora os movimentos que preconizavam a limitao dos poderes dos governantes; ocorre a influncia considervel do Iluminismo, que levaria ao extremo a crena na razo, refletindo-se nas relaes polticas atravs de uma racionalizao do poder. So estes portanto, os grandes objetivos que, conjugados, iriam resultar no constitucionalismo: a afirmao da supremacia do indivduo, a necessidade de limitao do poder dos governantes e a crena quase religiosa nas virtudes da razo, apoiando a busca da racionalizao do poder.

O constitucionalismo teve, quase sempre, um carter revolucionrio.

Da prpria noo de Constituio, resultante da conjugao dos sentidos material e formal, resulta que o titular do poder constituinte sempre o povo. nele que se encontram os valores fundamentais que informam os comportamentos sociais, sendo ilegtima a Constituio de um indivduo ou de um grupo e no do povo a que a Constituio se vincula. A Constituio autntica ser sempre uma conjugao de valores individuais e valores sociais, que o prprio povo selecionou atravs da experincia.

Ainda hoje, no desapareceu a necessidade de impor limitaes ao poder para proteo dos valores fundamentais do indivduo que continua a ser a base da vida social, devendo-se proceder a conjugao dos valores individuais e sociais e promove-los adequadamente.

Para a proteo e promoo dos valores fundamentais de convivncia indispensvel o Estado Democrtico, que impe a observncia de padres jurdicos bsicos, nascidos da prpria realidade.

No est, portanto, superada a necessidade de se preservar a supremacia da Constituio, como padro jurdico fundamental e que no pode ser contrariado por qualquer norma integrante do mesmo sistema jurdico. As normas constitucionais, em qualquer sistema regular, so as que tm o mximo de

eficcia, no sendo admissvel a existncia, no mesmo Estado, de normas que com elas concorram em eficcia ou que lhes sejam superiores. Atuando como padro jurdico fundamental, que se impe ao Estado, aos governantes e aos governados, as normas constitucionais condicionam todo o sistema jurdico, da resultando a exigncia absoluta de que lhes sejam conformes todos os atos que pretendam produzir efeitos jurdicos dentro do sistema.

Democracia

Reunindo-se ambos os conceitos, formal e substancial, temos que a Democracia consiste em um sistema poltico no qual:

1) 1) todo poder emana do povo, sendo exercido em seu nome e no seu interesse;

2) 2) as funes de mando so temporrias e eletivas;

3) 3) a ordem pblica baseia-se em uma constituio escrita, respeitado o princpio da tripartio do poder de Estado

4) 4) admitido o sistema de pluralidade de partidos polticos, com a garantia de livre crtica;

5) 5) os direitos fundamentais do homem so reconhecidos e declarados em ato constitucional, proporcionando o Estado os meios e as garantias tendentes a torn-los efetivos;

6) 6) o princpio da igualdade se realiza no plano jurdico, tendo em mira conciliar as desigualdades humanas, especialmente as de ordem econmica;

7) 7) assegurada a supremacia da lei como expresso da soberania polular;

8) 8) os atos dos governantes so submetidos permanentemente aos princpios da responsabilidade e do consenso geral como condio de validade.

Instituies ; Todas as instituies de algum modo tm, transmitem, conceitos de moral e tica.

Em sua principal significao, instituio quer exprimir a criao ou a constituio de alguma coisa, que se personaliza, segundo plano ou bases preestabelecidas, isto , sob imposio de regras, que passam a reg-las, enquanto existente. Em decorrncia, ento, tomado no conceito de conjunto de regras, que se mostram as bases ou os fundamentos da organizao ou da entidade formada. E indica a prpria organizao. Neste sentido, as instituies se dizem pblicas ou privadas, segundo a origem da vontade que as formou e o objeto para que se instituram.. Em decorrncia, a expresso empregada para designar a prpria corporao ou a organizao instituda, no importa o fim que se destine, isto , seja econmico, religioso, educativo, cultural, etc. Consideram-se pessoas jurdicas.

Indica mesmo, usado no plural, o conjunto de rgos representativos da soberania nacional e que formam o prprio governo

Todas as instituies tm poder; escolas, igreja, empresas, etc. - poder no dominante.

O Estado tem o poder dominante, o poder pblico que o diferencia das outras instituies.

O Estado a sociedade politicamente organizada.

A idia de organizao Estatal evitar o abuso, dosar o poder

Soberania. (Qualidade do poder)

No h Estado perfeito sem soberania.

Soberania uma autoridade superior que no pode ser limitada por nenhum outro poder.

A Soberania ;

- Una - no pode existir mais de uma autoridade soberana em um mesmo territrio.

- Indivisvel - o poder soberano delega atribuies, reparte competncias, mas no divide a soberania.

- Inalienvel - a soberania, por sua prpria natureza. A vontade personalssima, no se aliena, no se transfere a outrem. O corpo social uma entidade coletiva dotada de vontade prpria, constituida pela soma das vontades individuais.

- Imprescritvel - a soberania no sentido de que no pode sofrer limitao no tempo. Uma nao, ao se organizar em estado soberano, o faz em carter definitivo e eterno.

Qualidade do poder - o poder de imperium, com amplitude internacional. Poder absoluto e perptuo.

A soberania soberana, suprema mas no absoluta

Fontes da soberania (Carismtica ou Democrtica)

- Teoria da soberania absoluta do rei. - A soberania do rei originria, ilimitada, absoluta, perptua e irresponsvel em face de qualquer outro poder temporal ou espiritual. Os monarcas eram acreditados como representantes de Deus na ordem temporal, e na sua pessoa se concentravam todos os poderes. O poder de soberania era o poder pessoal do rei e no admitia limitaes.

- Teoria da soberania popular (teoria do direito divino providencial) - ligada a soberania carismtica, vem do povo mas somente no sentido de que o povo imagem e semelhana de Deus, no democrtica.

O poder pblico vem de Deus, sua causa eficiente, que infunde a incluso social do homem e a conseqente necessidade de governo na ordem temporal. O rei no recebe o poder por manifestao sobrenatural da vontade de Deus, mas por uma determinao providencial da onipotncia divina. O poder civil corresponde com a vontade de Deus, mas promana da vontade popular.

- Teoria da soberania nacional.

Ganha corpo com as idias poltico-filosficas do Liberalismo e inspiraram a Revoluo Francesa. Ao smbolo da coroa ope-se o da nao. "A coroa no pertence ao rei; o rei que pertence coroa. Esta um princpio, uma tradio, de que o rei depositrio, no proprietrio".

A nao a fonte nica do poder de soberania. O rgo governamental s o exerce legitimamente mediante o consentimento nacional.

Vem da noo de povo. Onde nasce o conceito de soberania indivisvel.

teoria nacionalista; a soberania originria da nao, no sentido estrito de populao nacional, no do povo em sentido amplo. Exercem os direitos de soberania apenas os nacionais ou nacionalizados, no gozo dos direitos de cidadania, na forma da lei. A soberania seria Una, Indivisvel, Inalienvel, Imprescritvel.

- Teoria da soberania do Estado.

A soberania a capacidade de autodeterminao do Estado por direito prprio e exclusivo. O Estado quem sabe o que bom.

A soberania apenas uma qualidade do poder do Estado, uma qualidade do Estado perfeito.

O Estado anterior ao Direito e sua fonte nica. O direito feito pelo Estado e para o Estado; no o Estado para o direito.

A soberania um poder jurdico, um poder de direito, tendo sua fonte justificativa na vontade do prprio Estado.

- Teoria Negativista da soberania.

A soberania uma idia abstrata. No existe concretamente. Existe apenas a crena na soberania.

Estado, nao, direito e governo so uma s e nica realidade. No h direito natural nem qualquer outra fonte de normatividade jurdica que no seja o prprio Estado. Conceituando-se o Estado como "organizao da fora a servio do direito".

A soberania resume-se em mera noo de servio pblico.

Consideravam a soberania "um princpio ao mesmo tempo indemonstrado, indemonstrvel e intil".

A negao da soberania, acentuou Esmein, s pode levar a um resultado; afirmar o reino da fora.

Entre os povos democrticos predomina o conceito de que; soberania, em ltima anlise," a lei, e esta encontra sua legitimidade no direito natural, que preside e limita o direito estatal" e, segundo os constituintes argentinos; "os homens se dignificam prostando-se perante a lei, porque assim se livram de ajoelhar-se perante tiranos.

- Teoria Realista ou Institucionalista.

A soberania originria da nao, mas s adquire expresso concreta e objetiva quando se institucionaliza no rgo estatal, recebendo atravs deste o seu ordenamento jurdico-formal dinmico.

A soberania originariamente da Nao (quanto fonte do poder), mas, juridicamente, do estado (quanto ao seu exerccio).

A soberania a vontade do Estado que a Nao politicamente organizada. Este entendimento no exclui a possibilidade de retornar a Nao o seu poder originrio, sempre que o rgo estatal se desviar dos seus fins legtimos, conflitando abertamente com os fatores reais do poder.

O Estado sempre a racionalizao do poder supremo na ordem temporal, armado de fora coativa irredutvel, autoridade, unidade e rapidez de ao, para fazer face, de imediato, aos impactos e arremetidas das foras dissolventes que tentem subverter a paz e a segurana da vida social.

A fonte o povo que cria uma mquina administrativa (o governo) para fazer cumprir as normas. O Estado cria a teoria para materializar a idia.

- Escolas Alem e Austraca - Natureza estritamente jurdica. um direito do Estado e de carter absoluto. Sem limitao de qualquer espcie, nem mesmo do direito natural cuja existncia negada.(Jellinek e Kelsen, livro Maluf pgina 34).

A guerra o desrespeito soberania dos outros.

Ns, Estado Constitucional - princpio da legalidade.

Limites da Soberania.

A soberania limitada pelos princpios de direito natural, pelo direito grupal e pelos imperativos da coexistncia pacfica dos povos na rbita internacional.

- princpios de direito natural - o Estado apenas instrumento de coordenao do direito, e porque o direito positivo, que do estado emana, s encontra legitimidade quando conforme com as leis eternas e imutveis da natureza.

"uma lei humana no verdadeiramente lei seno enquanto deriva da lei natural; se, em certo ponto, se afasta da lei natural, no mais lei e sim uma violao da lei - s. Toms de Aquino".

- pelo direito grupal, isto , pelos direitos dos grupos particulares que compem o Estado (grupos biolgicos, pedaggicos, econmicos, polticos, espirituais, etc.), bem como pelos imperativos da coexistncia pacfica dos povos na rbita internacional.

Sendo o fim do estado a segurana do bem comum, compete-lhe coordenar a atividade e respeitar a natureza de cada um dos grupos menores que integram a sociedade civil.

O Estado existe para servir ao povo e no o povo para servir o Estado.

O governo h de ser um governo de leis, no a expresso da soberania nacional simplesmente. As leis definem e limitam o poder. "a autoridade do direito maior do que a autoridade do Estado".

- No plano internacional - limitada pelos imperativos da coexistncia de Estados soberanos, no podendo invadir a esfera de ao das outras soberanias. Limitam a soberania o princpio da coexistncia pacfica das soberanias. Todos os Estados tm seu espao para fazer seu ordenamento jurdico vlido e eficaz dentro de seu territrio.

Estado Perfeito -

aquele que rene os quatro elementos constitutivos do Estado em toda sua integridade.

O elemento governo entende-se como poder soberano irrestrito.

caracterstica do Estado Perfeito, sobretudo, a plena personalidade jurdica de direito pblico internacional.

a Doutrina Clssica.

Estado Imperfeito

aquele que, embora possuindo os quatro elementos constitutivos, sofre restrio em qualquer deles.

So tipos de Estados imperfeitos:

- os vassalos - existiram em toda Idade Mdia, principalmente sob o imprio turco. (no imprio romano, os estados invadidos ficavam sobre as ordens de Roma).

- os protegidos (protetorados) - criados pela diplomacia de ps-guerra.

O Pacto da Sociedade das Naes de 1919, criou diversos protetorados, notadamente a Sria e a Palestina. A Frana foi a pas que mais se valeu desse processo para manter seu vasto imprio colonial, abrangendo Taiti, Madagascar, Tunsia, Marrocos, etc.

Estado imperfeito tambm aquele que perde seu territrio, mas subsiste pelo reconhecimento do direito internacional.

Exemplo de Estado imperfeito - os judeus que, perdendo seu territrio no podiam exercer sua soberania.

A tendncia, hoje, no existir mais Estado imperfeito.

No plano do direito pblico internacional os Estados se dividem em simples e compostos. Lembrar que o direito pblico interno d outra diviso (unitrios e federais) porque v o Estado por dentro, na sua estrutura interna. Enquanto o direito pblico internacional v o sujeito como unidade ou pluralidade, isto , como Estado nico ou como unio de Estados.

Estado simples

aquele que corresponde a um grupo populacional homogneo, com o seu territrio tradicional e seu poder pblico constitudo por uma nica expresso, que o governo nacional. Compara um Estado com outro.

O Brasil um Estado simples pois, depois da independ6encia administra sozinho, independente, sem ordem externa. um Estado que tem seus elementos perfeitos.

Antes o Brasil, como colnia, era composto pois Portugal interferia, no existiam os elementos fundamentais de um estado.

Hoje, o Brasil no mais um estado simples por causa do Mercosul (por opo).

Exemplos - Frana, Portugal, Itlia, etc.

Estado composto

uma unio de dois ou mais Estados, apresentando duas esferas distintas de poder governamental, e obedecendo a um regime jurdico especial, varivel em cada caso, sempre com a predominncia do governo da unio como sujeito de direito pblico internacional.

uma pluralidade de Estados, perante o direito pblico interno, mas no exterior se projeta como uma unidade.

So tipos caractersticos de Estado composto:

a)Unio Pessoal

Forma prpria da monarquia, que ocorre quando dois ou mais estados so submetidos ao governo de um s monarca. De modo geral resulta esse fato em direito de sucesso hereditria.

Na unio pessoal os Estados conservam a sua autonomia interna e internacional. Ligam-se apenas pela pessoa fsica do imperante.

Para Pedro Calmon, "a unio pessoal um acidente de ordem dinstica: segue a sorte das famlias reais. Cessada a razo poltica ou jurdica que determinou a unio, cessa o fato.

b)Unio Real

tambm uma forma tipicamente monrquica. Consiste na unio ntima e definitiva de dois ou mais estados, conservando cada um a sua autonomia administrativa, a sua existncia prpria, mas formando uma s pessoa jurdica de direito pblico internacional.

Foram exemplos de unio real; Esccia, Irlanda, e Inglaterra; Sucia e Noruega, ustria e Hungria.

c)Unio Incorporada

uma unio de dois ou mais Estados distintos para a formao de uma nova unidade. Neste caso, os Estados se extinguem; so completamente absorvidos pela nova entidade resultante da incorporao. A Gr-Bretanha exemplo clssico. Os reinos, outrora independentes, Inglaterra, Esccia e Irlanda do Norte, formaram unio pessoal, depois unio real e, finalmente, fundiram-se formando um s Estado com a denominao de Gr-Bretanha.

d)Confederao

uma reunio permanente e contratual de Estados independentes que se ligam para fins de defesa externa e paz interna.

Nesta unio, os Estados no sofrem qualquer restrio sua soberania interna, nem perdem a personalidade jurdica de direito pblico internacional. A par dos Estados soberanos, unidos pelos laos da unio contratual, surge a confederao, como entidade supra-estatal, com as suas instituies e as sua autoridades constitudas. uma nova unidade, representativa de uma pluralidade de Estados.

A unio confederada tem duplo objetivo; assegurar a defesa externa de todos e a paz interna de cada um dos Estados confederados, delegando a maior competncia ao supergoverno da unio confederada.

Segundo Jellinek," a confederao uma forma instvel da unio poltica; a unio s pode existir enquanto aos Estados componentes convir; os estados guardam como corolrio natural de sua soberania poltica a possibilidade de, a todo tempo, se desligarem da unio, segundo a frmula: os Estados no foram feitos para o acordo, mas o acordo para os Estados".

A Comunidade dos Estados Independentes (CEI) o exemplo mais recente da unio de Estados sob a forma confederativa.

Outras formas.

Enquanto existiu, a URSS, apresentava-se como Estado Federal, sendo, entretanto, uma forma especial de confederao. Para Queiroz Lima, trata-se de "uma cooperao efetiva de naes, com o fim de estabelecer a paz, de forma duradoura, dentro da ordem comunista.

As unidades que integravam a unio russa eram classificadas como Repblicas e gozavam de soberania nos limites da constituio (Lei fundamental). O art.4 da Lei fundamental, embora contivesse expressa referncia ao sistema federativo, consignava o princpio caracterstico da confederao: cada uma das Repblicas Federadas conserva o direito de abandonar livremente a unio.

Porm, a teoria no correspondia a realidade: as unidades que procuraram desligar-se, foram submetidas pelas armas russas.

A Espanha republicana adotou tambm um sistema federativo especialssimo: a autonomia provincial semelhante autonomia municipal nos EUA, onde as comunas gozam de pleno direito de auto-organizao administrativa, com acentuado teor de autonomia poltica.

Imprio Britnico

"forma de Estado sui generis que desafia qualquer classificao"- Lord Balfour.

Gigantesca construo poltica que se estende pelas cinco partes do mundo, abrange quase um quarto da superfcie habitvel da terra, rene perto de meio bilho de almas e compreende mais de cinqenta governos.

O Imprio Britnico no confederao, nem federao, nem unio pessoal ou real, mas sim, interessante combinao de Colnias da Coroa, Domnios e outras unidades que formam a Britsh commonwealth - " um grupo de naes livres", segundo Ware.

As unidades que integram esse vasto Imprio dividem-se em quatro classes distintas;

a)Colnias da Coroa - integralmente submetidas ao governo ingls e diretamente administradas pelas autoridades da metrpole.

b)Colnias com Instituies Representativas - possuem instituies legislativas prprias mas sem governo responsvel; a funo executiva subordina-se ao governo central, no assemblia local.

Esse duplo sistema no funcionou e essas colnias ou regridem condio de colnia da coroa ou evoluem para a forma de colnia autnoma.

c)Colnias autnomas - desenvolvidas social, poltica e economicamente, adquirem autonomia, organizando-se nos moldes do regime parlamentar ingls, com executivo colegiado e responsvel perante a prpria assemblia dos representantes nacionais.

d)Federaes Coloniais - evoluo do regime de autonomia, que desfrutam de amplas prerrogativas, at mesmo no campo do direito pblico internacional. Possuem certos atributos de soberania pois mantm representantes diplomticos nos pases estrangeiros e firmam tratados.

Vrios pases da Commonwealth faziam parte da ONU como membros originrios.

Trs princpios foram fixados em 1926, como garantia das boas relaes entre os domnios e a Metrpole; a) o reconhecimento de um s rei.; b) a igualdade de estatutos; c) a livre associao.

Todos os membros do agregado britnico prestam obedincia Coroa, que smbolo vivente da unio.

O esprito prtico dos ingleses, sua elevada cultural democrtica, profundo senso de compreenso e tolerncia, a sagacidade e a prudncia dos seus estadistas so fatores que explicam a permanncia dessa vasta estrutura poltica no correr dos tempos.

Estado Unitrio

aquele que apresenta uma organizao poltica singular, com um governo nico de plena jurisdio nacional, sem divises internas que no sejam de ordem administrativa. O Estado unitrio o tipo normal, o Estado padro.

Frana, Portugal, Blgica, Holanda, Uruguai, Panam, Peru so Estados unitrios.

Embora descentralizados em municpios, distritos, ou departamentos, tais divises so de direito administrativo. No tm esses organismos menores uma autonomia poltica.

Somente de um lugar saem as leis vlidas para todo o espao geogrfico.

PL unicameral - poder legislativo, uma casa s.

Estado Federal.

aquele que se divide em provncias politicamente autnomas, possuindo duas fontes paralelas de direito pblico, uma nacional e outra provincial. Brasil, EUA, Mxico, Argentina, e Venezuela so estados federais.

O que o caracteriza o fato de, sobre o mesmo territrio e sobre as mesmas pessoas, se exercer, harmnica e simultaneamente, a ao pblica de dois governos distintos: o federal e o estadual.

O Estado federal uma organizao formada sob a base de uma repartio de competncias entre o governo nacional e os governos estaduais, de sorte que a Unio tenha supremacia sobre os Estados membros e estes sejam entidades dotadas de autonomia constitucional perante a mesma unio.

O Estado federal um Estado de Estados.

Resumo de Estado federal;

a)As unidades federadas no so atados na exata acepo do termo; so Provncias, como no Brasil-Imprio, na Argentina e em outras federaes.

Segundo a doutrina Norte Americana, denomina-se Estados-membros.

b)O Poder de auto-determinao dos Estados-membros denomina-se autonomia, no soberania. Os Estados membros s tm personalidade jurdica de direito pblico interno, no internacional. No possuem representaes diplomticas nem firmam tratados.

c)Perante o direito pblico internacional. A federao Estado simples, isto , uma unidade. S a Unio sujeito de direito internacional.

d)No sistema congressual bicameral, prprio da forma federativa, a cmara dos deputados representa a populao nacional, e o Senado composto de delegados dos Estados membros, embora sejam estes eleitos pelo voto popular, em cada unidade.

O governo federal no dispe de poder de domnio sobre os territrios estaduais; dispe de poder de jurisdio, nos limites de sua competncia.

Alm das unidades federadas, so partes integrantes da federao os territrios, sem autonomia poltica, colocados sob a administrao direta do governo central.

O Distrito Federal a sede do governo da Unio. tambm uma das unidades integrantes da federao e goza de relativa autonomia, devendo necessariamente possuir assemblia Legislativa prpria. Entretanto, isso no ocorre na federao brasileira atual.

No Continente americano contam-se cinco Repblicas federativas: EEUU, Mxico, Brasil, Argentina e Venezuela.

A federao brasileira de fundo eminentemente orgnico, com crescente ampliao de poder central, analisado em nossa obra "Direito Constitucional".

Resumo da aula;

- Provncias politicamente autnomas,

- Autonomia administrativa,

- Princpio da hierarquia da norma (LICC - pag 69 82).

- Guardio da constituio Federal (Poder Judicirio). STF (Supremo Tribunal Federal).

- Poder Legislativo Bicameral. - Congresso Nacional - (Senado federal = representa os Estados-membro; e a Cmara dos Deputados = representa o povo).

- Princpio da Rigidez Constitucional - mais difcil emendar do que fazer as leis.

- Interveno Federal,

- Territrio - sem autonomia poltica - o poder determina que um territrio no tenha autonomia poltica por razes de segurana nacional. atitude anti-democrtica.

- Sede - Distrito Federal,

- M administrao s o executivo julga,

- A Argentina usa o termo provncia para o termo Estado membro,

- O Brasil era unitrio centrado - dividiu o Estado unitrio em Estados membros.

- No Estado unitrio o poder legislativo quem faz as leis - unicameral.

- A Inglaterra Estado unitrio porm, bicameral. Foge regra.

Poder- (Capacidade de impor obedincia).

O poder uns dos elementos essenciais constitutivos do Estado.

Sendo o Estado uma sociedade, no pode existir sem um poder, tendo este na sociedade estatal certas peculiaridades que o qualificam, das quais a mais importante a soberania.

O que caracteriza o poder estatal a dominao, ou seja o poder de imperium ,que submete os homens ligando sua conduta a um dever jurdico

H duas espcies de poder:

- Poder dominante- possui duas caractersticas bsicas: originrio e irresistvel. Originrio porque o Estado moderno se afirma a si mesmo como principio originrio dos submetidos, pelo direito que ele prprio se atribui, de dispor, mediante suas leis, em seu territrio, de todo o poder de dominao. E irresistvel por ser um poder dominante onde, dominar significa mandar de modo incondicional podendo exercer coao para que se cumpram as ordens dadas . o poder pblico capaz de impor o cumprimento de um ordenamento.

- Poder no dominante- o que se encontra em todas as sociedades que no o Estado, tanto naquelas em que se ingressa voluntariamente quanto nas de que se integrante involuntrio. Assim, mesmo as sociedades polticas s tm o poder no dominante pois no dispe de imperium.

Poder Constituinte-

A nao tem o direito organizar-se politicamente, como fonte do poder pblico. Esse poder que ela exerce em determinados momentos chama-se Poder Constituinte.

O poder constituinte uma funo da soberania nacional. o poder de constituir e reconstituir ou reformular a ordem jurdica estatal. Capacidade de criar ou alterar a norma.

A Constituio, lei fundamental do Estado, provm de um poder soberano ( a nao ou o povo, nas democracias) que no podendo elabor-la diretamente, em face da complexidade do Estado moderno, o faz atravs de representantes eleitos e reunidos em Assemblias Constituinte. Tanto pode ser exercido para a organizao originria de um agrupamento nacional ou popular quanto para constituir, reconstruir, ou reformular a ordem jurdica de um Estado j formado

O poder constituinte pode ser;

Originrio (quando tem o poder de constituir, fazer nascer, originar uma lei. Cria normas a prpria Constituio federal.

Derivado - o poder reformador, poder constituinte secundrio que consiste na competncia para reformar parcialmente ou emendar a Constituio, que no um cdigo esttico, mas dinmico, que deve acompanhar a evoluo da realidade social, econmica e tico-jurdica. Cria as normas infraconstitucionais.

O poder deve ser legtimo e legal.- o poder sendo os anseios da base. O poder exercido pela norma.

Poder legal lei ( ordenamento jurdico do poder ).

Poder ilegal o poder pela fora ( no tem respaldo no ordenamento jurdico )

Poder legtimo - o poder que o povo quer. A base participa, escolhe. Se no tem apoio da base no legtimo.

muito mais difcil conceituar a legitimidade do que a legalidade.

Legitimidade exprime, em qualquer aspecto, a qualidade ou o carter do que legtimo ou se apresenta apoiado em lei. Pode referir-se s pessoas, s coisas ou aos atos, em virtude da qual se apresentam todos segundo as prestaes legais ou consoante requisitos impostos legalmente, para que consigam os objetivos desejados ou obtenham os efeitos, que se assinalam em lei.

Legtimo o que est conforme s leis ou que se apresenta cumprindo as determinaes legais. Determina o ato, a causa, o direito, apoiado na regra ou revestido das exigncias legais, pelo que valer como de direito. o que procede legalmente, que lcito, permitido, autorizado. legal porque procede da lei, est permitido ou autorizado em lei, amparado ou apoiado em lei.

Legalidade Exprime a situao da coisa ou do ato, que se mostra dentro da ordem jurdica ou decorrente de preceitos de lei. a ao exercida dentro da ordem jurdica ou na conformidade das regras prescritas em lei. Exprime o prprio poder legal

Poder idia, ns inventamos, e o governo a materializao do poder.

Governo concreto, voc sabe onde ele est. E o governo pode fazer cumprir a lei porque ns acreditamos no poder.

Formas de Governo

Governo- a prpria soberania posta em ao.

- Complexo que disciplina o exerccio do poder.

- Autoridade, possibilidade de suscitar obedincia

- Conjunto das funes necessrias manuteno da ordem jurdica e da administrao pblica.

Seu requisito essencial a independncia tanto na ordem interna como na ordem externa. Se o governo no independente e soberano no um estado perfeito e sim um semi- Estado.

Alguns doutrinadores colocam o governo como elemento constitutivo do Estado no lugar de poder.

Governo o conjunto das funes pelas quais, no Estado, assegurada a ordem jurdica. Este elemento estatal apresenta-se sob vrias modalidades; quanto a sua origem, natureza e composio, do que resultam as diversas formas de governo.

Trs aspectos de direito pblico interno devem ser considerados;

a) a) segundo a origem do poder; o governo pode ser de direito ou de fato;

- Governo de direito - aquele que foi constitudo de conformidade com a lei fundamental do Estado, sendo, por isso, considerado como legtimo perante a conscincia jurdica da nao.

- Governo de fato - aquele implantado ou mantido por via de fraude ou violncia.

b) b) pela natureza das suas relaes com os governados, pode ser legal ou desptico;

- Governo legal - aquele que, seja qual for a sua origem, se desenvolve em estrita conformidade com as normas vigentes de direito positivo. Subordinando-se ele prprio aos preceitos jurdicos, como condio de harmonia e equilbrio sociais.

- Governo desptico - ao contrrio do governo legal, aquele que se conduz pelo arbtrio dos detentores eventuais do poder, oscilando ao sabor dos interesses e caprichos pessoais.

c) c) quanto extenso do poder pode ser constitucional ou absolutista

- Governo constitucional - aquele que se forma e se desenvolve sob a gide de uma constituio, instituindo a diviso do poder em trs rgos distintos e assegurando a todos os cidados a garantia dos direitos fundamentais, expressamente declarados.

- Governo absolutista - o que concentra todos os poderes num s rgo. Tem suas razes nas monarquias de direito divino e se explicam pela mxima do cesarismo romano que dava a vontade do prncipe como fonte da lei.

Classificao essencial de Aristteles.

Aristteles classificava em duas as formas de governo;

- Normais - que tm por objeto o bem da comunidade, atendem aos interesses gerais e, Anormais - aquelas que visam somente vantagens para os governantes.

As formas Normais ou Puras, segundo a classificao de Aristteles, ainda aceitas, so;

a) a) Monarquia - governo de uma s pessoa. A monarquia caracteriza-se pela Honra (Montesquieu). Forma anormal a Tirania.

b) b) Aristocracia - governo de uma classe restrita. A Aristocracia caracteriza-se pela Moderao (montesquieu). Forma anormal a Oligarquia.

c) c) Democracia - governo de todos os cidados. A Democracia caracteriza-se pela Virtude (Montesquieu). Forma anormal a Demagogia.

Alguns escritores acrescentam uma quarta expresso, a Teocracia (considerada simplesmente uma modalidade de aristocracia ou oligarquia ou plutocracia), que tem como forma anormal a Clerocracia (governo desptico dos sacerdotes), cuja classe governante pode ser formada por nobres, sacerdotes, detentores do poder econmico ou qualquer outro grupo social privilegiado, formando uma aristocracia dominante.

Qual a melhor forma de governo? "A corrupo pode ser idntica em todas as formas de governo; o principal no o regime em si, mas a virtude na execuo dele (Fenelon)".

Monarquia e Repblica.

Segundo Maquiavel (considerado fundador da cincia poltica moderna), so duas as formas de governo: Monarquia (ou principado) e Repblica, ou seja, governo da minoria ou da maioria.

- Monarquia - O governo hereditrio e vitalcio, e suas caractersticas so (segundo Queiroz Lima);

a) a) autoridade unipessoal;

b) b) vitaliciedade;

c) c) hereditariedade;

d) d) ilimitabilidade do poder e indivisibilidade das supremas funes de mando;

e) e) irresponsabilidade legal, inviolabilidade corporal e sua dignidade.

Esse conjunto de caractersticas pertence monarquia absoluta. s monarquias, mesmo, pertencem somente as duas primeiras caractersticas.

A forma monrquica no se refere apenas aos soberanos coroados; os consulados e as ditaduras tambm

A monarquia se subdivide em:

- Monarquia Absoluta - todo o poder se concentra na pessoa do monarca. Exercendo ele, por direito prprio, as funes de legislador, administrador e supremo aplicador da justia, agindo por seu exclusivo arbtrio, prestando contas de seus atos somente Deus, justificando-se pela origem divina de seu poder.

Na crena popular da origem sobrenatural do poder exercido pelos soberanos coroados repousou a estabilidade das instituies monrquicas desde a mais remota antigidade at o limiar da Idade Moderna.

Entre as monarquias absolutistas se incluem o cesarismo romano, o consulado napolenico e certas ditaduras latino-americanas.

- Monarquia Limitada - o poder central se reparte admitindo rgos autnomos de funo paralela, ou se submete esse poder s manifestaes da soberania nacional. Podem ser de trs tipos;

a) a) Monarquia de estamentos (monarquia de braos) - aquela onde o rei descentraliza certas funes que so delegadas a elementos da nobreza reunidos em Cortes, ou rgos semelhantes que funcionam como desdobramento do poder real. Geralmente eram delegados a esses rgos funes de ordem tributiva. forma antiga tpica do regime feudal. Normalmente nomeava pessoa de sua confiana, devido a administrao do poder estatal. Classe social, status.

b) b) Monarquia Constitucional - aquela em que o rei s exerce o poder executivo, ao lado dos poderes legislativo e judicirio, nos termos de uma constituio escrita (Blgica, Holanda, Sucia, Brasil-Imprio). S o que est no ordenamento jurdico. O que o ordenamento determinar.

c) c) Monarquia parlamentar - aquela em que o rei no exerce funo de governo - o Rei reina mas no governa -, segundo a frmula dos ingleses. O poder executivo exercido por um Conselho de Ministros (gabinete) responsvel perante o Parlamento. A rainha a chefe do Estado e o Primeiro Ministro o chefe do Governo. O ponto negativo neste sistema que precisa de "cidado".

Ao rei se atribui um quarto poder - Poder Moderador - com ascendncia moral sobre o povo e sobre os prprios rgos governamentais, "smbolo vivo da nao", porm, sem participao ativa no funcionamento da mquina estatal. forma decorrente da adoo do sistema parlamentarista no Estado monrquico. O Rei preside a Nao; no propriamente o governo. Firma tratados. Poltica externa.

Ateno: - Formas de Governo = Monarquia e Repblica.

Sistemas de Governo = Presidencialismo e Parlamentarismo

- Repblica

Caractersticas fundamentais;

- Temporalidade - mandato com durao determinada.

- Eletividade - eleito pelo povo.

- Responsabilidade - deve prestar contas. Politicamente responsvel.

No Estado moderno a soberania do povo. Governo do povo para o povo. A origem o povo que a fonte do poder estatal. O povo como razo de existir.

Do - fonte; (do povo)

Pelo - fundamento; (pelo povo)

Para - liberar. (para o povo).

Valores - Liberdade e Igualdade.

Liberalismo clssico Revoluo Francesa = Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Objetivo - Afirmao da soberania popular.

Benefcio - Aumento da participao do povo no governo; limitao de poder dos governantes, com atribuio de responsabilidade poltica; liberdade individual.

Pressupostos;

- investir no social para dar dignidade pessoa, em vista do equilbrio.

- Econmico -

- Informao -

- Bipartidarismo

A principal caracterstica da Democracia a liberdade.

"o governo renova-se mediante eleies peridicas - Maquiavel". o governo temporrio e eletivo.

As caractersticas essenciais da forma republicana so a eletividade e a temporariedade.

"Existir Repblica toda vez que o poder, em esferas essenciais do Estado, pertencer ao povo ou a um Parlamento que o represente"(Prof. Machado Pauprio).

A Repblica pode ser aristocrtica ou democrtica.

Repblica Aristocrtica - o governo de uma classe privilegiada por direitos de nascimento ou de conquista. o governo dos melhores, no exato sentido do termo, pois a palavra aristocracia no corresponde, especificamente, a nobreza, mas a escol social, isto , os melhores da sociedade. Atenas e Veneza foram Repblicas aristocrticas.

A Repblica aristocrtica pode ser direta poder de governo exercido diretamente pela classe dominante em assemblias gerais) ou indireta (delegados eleitos, em assemblia representativa) admitindo, teoricamente a forma semidireta. Exemplo: - poltica caf-com-leite ou a dos militares. o governo alternado dentro de uma classe.

Repblica Democrtica - aquela em que todo poder emana do povo, podendo ser direta, indireta ou semidireta. Qualquer um que, preenchendo os requisitos estatais, pode assumir esse lugar.

Repblica Democrtica Direta - governa a totalidade dos cidados, deliberando em assemblias populares, como faziam os gregos no antigo Estado ateniense. Atualmente est completamente abandonado, em face da evoluo social e da crescente complexidade dos problemas governamentais.

Soberania de todos.

Repblica Democrtica indireta ou representativa - a soluo racional, apregoada pelos filsofos dos sculos XVII e XVIII e concretizada pela Revoluo Francesa.

Firmado o princpio da soberania nacional e admitida a impraticabilidade do governo direto, apresentou-se a necessidade irrecusvel de se conferir, por via do processo eleitoral, o poder de governo aos representantes ou delegados da comunidade (sistema representativo).

O poder pblico se concentra nas mos de magistrados eletivos, com investidura temporria e atribuies predeterminadas.

"Repblica no coexistncia de trs poderes, mas a condio que, sobre existirem os trs poderes constitucionais, o Legislativo, o Executivo e o Judicirio, os dois primeiros derivam, realmente, de eleio popular"(Rui Barbosa).

Os Poderes Legislativo e o Executivo so eleitos pelo povo, pelo sufrgio universal. E o Poder Judicirio, sua composio, obedece ao princpio da nomeao, pelos outros dois poderes pois, os atos desse Poder decorrem da vontade da lei e no do arbtrio dos magistrados.

A eletividade a regra, em face da verdadeira doutrina republicana democrtica.

Repblica Democrtica Semidireta ou Mista - Miscigenao dos dois. O povo se contrape ao Estado. Precisa de soberania e Congresso nacional. Consiste esse sistema em restringir o poder da assemblia representativa, reservando-se ao pronunciamento direto da assemblia geral dos cidados os assuntos de maior importncia, particularmente os de ordem constitucional (Suia e alguns Estados da federao norte-americana).

A delegao de poderes, neste sistema, feita com as devidas restries, de tal sorte que os problemas considerados de vital importncia nacional so decididos pelo prprio povo por processos tpicos de democracia direta, como o referendum, a iniciativa popular, o veto popular, etc.

Em todos os casos de conflitos entre os poderes do Estado, reforma constitucional, ratificao de tratados, emprstimos externos, etc. decide o povo em ltima instncia.

Os EUA introduzem cada vez mais no sistema institutos de democracia direta.

O Brasil, pela Constituio de 1946, adotou o plebiscito, em tudo semelhante ao referendum, para a soluo dos casos de divisas internas, administrativas ou judicirias, subordinando as decises das cmaras representativas ao pronunciamento das populaes interessadas.

Os institutos de manifestao da soberania nacional, que integram a doutrina republicana so:

Referendum - O Estado faz a lei, apresenta para o povo e pergunta o que faz com ela.. Identifica o conflito, elabora a soluo e a apresenta a votao. Eu sei o que vem.

O referendum pode servir como instrumento de limitao do poder das assemblias representativas. No tem o mesmo alcance das assemblias populares; o povo no formula solues; apenas se manifesta sobre o problema que lhe submetido, aprovando ou desaprovando a soluo proposta.

Para Queiroz Lima referendum fator de equilbrio democrtico pois;

a) a) est em harmonia com os mais puros princpios democrticos.

b) b) Constitui poderoso obstculo ao despotismo possvel das assemblias.

c) c) Assegura perfeita concordncia de vistas entre a maioria parlamentar e a opinio dominante no pas.

d) d) valioso instrumento de pacificao e estabilidade.

No entanto, o referendum tem sido usado abusivamente para legitimar atos de usurpao da soberania nacional (Napoleo, Hitler; Salazar, etc.) perdendo, assim, sua caracterstica essencial de instituto democrtico.

Plebiscito - Identifica o conflito e pergunta ao povo se, no futuro, elabore a lei. No sei o que vem. consulta feita priori, e a soluo obtida sobrepe-se vontade das assemblias representativas.

No plano internacional, fundado na doutrina do livre arbtrio dos povos, adotado para a soluo de contendas vrias.

Como individualizao do direito geral que tem cada povo de dispor de si mesmo, o plebiscito, no direito internacional ou no pblico interno, afirmao solene do princpio da soberania nacional e instrumento de conteno dos desmandos das assemblias representativas.

Iniciativa popular - direito assegurado populao de formular projetos de lei e submet-los ao Parlamento. Tal projeto, assinado por determinado nmero de eleitores, ser obrigatoriamente recebido como objeto de deliberao pela assemblia legislativa.

Veto popular - faculdade concedida ao povo de recusar uma lei emanada do Parlamento. Embora aprovada, sancionada e promulgada, a lei ser anulada se contra ela manifestar-se a maioria do corpo eleitoral.

Recall - processo de pronunciamento popular, de natureza plebiscitaria, dirigido pela assemblia representativa.

CONSTITUIO

- ndice - D noo geral da Constituio (do seu contedo total), para a utilizao sistemtica.

- Prembulo - um enunciado solene do esprito de uma Constituio, do seu contedo ideolgico e do pensamento que orientou os trabalhos da Assemblia Constituinte. Revela a inteno do legislador, faz conhecer os males que quis remediar e o fim que quer alcanar.

Contm o prembulo, em geral, a declarao da origem do poder constituinte; Deus - nas teocracias; o povo ou os representantes do povo - nas democracias; o Estado - nos regimes totalitrios e autocrticos, etc.

O prembulo no tem carter normativo, mas um instrumento para que o intrprete conhea a orientao seguida pelo texto constitucional no trato dos problemas internos e das relaes internacionais.

Histrico dos valores bsicos da tcnica histrica de elaborao do contedo. Qual a viso que se tinha poca (valores) da elaborao. (Liberdade, Segurana, Bem-estar, Desenvolvimento, Igualdade e Justia).

Na poca da elaborao desta Constituio, predominava o sentimento de Liberdade, porque era o que o povo pedia. O povo pedia abertura, um Estado mais livre, justo, fraterno.

Polmicas sobre o prembulo:

Alguns estudiosos defendem que o prembulo pertence Constituio por dar orientao sobre a mesma, ajuda a saber como ler...

Outros estudiosos do assunto dizem que, prembulo no Constituio

H, tambm, a discusso sobre a frase "sobre a proteo de Deus"".

- Constituio propriamente dita.- Tecnicamente a Constituio vai do art. 1 ao art.250.

- ADCT- Aps a Constituio vem o ADCT - Ato das Disposies Constitucionais Transitrias, que vo preencher os artigos da Constituio. Complementa-a at que venha a lei para regulamentar o assunto.

O art.3 da parte ADCT, que foi lido em aula, exemplo de ato transitrio.

Obs. O Unicameral, no caso, significa que vai reunir as duas casa para uma votao s.

- Emendas - Aps o ADCT vm as Emendas Constituio. (cerca de 28)

Emendar atualizar. Porm, devido a Rigidez Constitucional, para emendar uma lei necessrio que ocorra duas votaes. (princpio da rigidez constitucional: - muito mais fcil fazer uma lei do que emendar).

Todas as emendas tm que estar de acordo com o texto Constitucional.

A Constituio o conjunto dos valores da sociedade e por isso no pode ser alterado facilmente.

O objetivo uma sociedade livre, justa e solidria.

Se tiver lei, o assunto no pode ter medida provisria. S se tiver lacuna e interesse real.

- ndice- Depois da emenda e antes do ndice final a Saraiva apresenta um Adendo especial, onde consta o texto integral original dos artigos que foram alterados.

- A Constituio o estatuto da pessoa jurdica e privada.

- guia ou regra geral do funcionamento do Estado.

- Conjunto dos Direitos maiores.

- como a bula de um remdio que explica como funciona. Neste caso, explica como funciona nosso ordenamento jurdico.

Diviso do Corpo da constituio.

- Ttulos - os ttulos so divididos em captulos - que podem ser divididos em artigos - que se subdividem em incisos (algarismo romano) e o inciso em pargrafos e alneas.

Nunca deixar de ler o caput que a regra geral.

Art 1 A Repblica federativa do Brasil, formada pela Unio indissolvel dos Estados e Municpios e do Distrito federal, constitui-se em Estado democrtico de Direito e tem como fundamentos:

I - a soberania;

II - a cidadania;

III - a dignidade da pessoa humana;

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

V - o pluralismo poltico.

Pargrafo nico. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituio.

Analisando os termos dos artigos temos;

- Repblica - forma de governo em que o poder exercido por governos alternados. Tem como principais caractersticas a temporalidade, a eletividade e a responsabilidade.

- Federativa - por ser um Estado federal, onde, os Estados membros tm autonomia poltica e administrativa. O Estado adota o poder legislativo bicameral (duas casa legislativas - Senado federal que representa os estados membros e a Cmara dos Deputados que representa o povo).