Apostila UNIP Eletro Pneumática

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  • Eletro Pneumtica

    Noes bsicas de Eletro Pneumtica

    Introduo:

    Podem-se definir a eletro Pneumtica como uma fuso entre grandezas, essenciais Automao

    industrial, a eltrica e a pneumtica.

    Principais elementos eletro Pneumticos.

    Os componentes eltricos utilizados nos circuitos de comando so distribudos em trs

    categorias:

    - Elementos de entrada de sinais eltricos,

    - Elementos de processamento de sinais,

    - Elementos de sada de sinais eltricos.

    Elementos de entrada de sinais

    Os componentes de entrada de sinais eltricos so aqueles que emitem informaes ao circuito por

    meio de uma ao muscular, mecnica, eltrica, eletrnica ou combinao entre elas. Entre os

    elementos de entrada de sinais podemos citar as botoeiras, as chaves fim de curso, os sensores de

    proximidade e os pressostatos, entre outros, todos destinados a emitir sinais para energizao ou

    desenergizao do circuito ou parte dele.

  • Botoeiras

    As botoeiras so chaves eltricas acionadas manualmente que apresentam, geralmente, um

    contato aberto e outro fechado. De acordo com o tipo de sinal a ser enviado ao comando eltrico,

    s botoeiras so caracterizadas como pulsadoras ou com trava.

    Boto pulsador tipo cogumelo

    As botoeiras pulsadoras invertem seus contatos mediante o acionamento de um boto

    e, devido a ao de uma mola, retornam posio inicial quando cessa o acionamento.

    Boto liso tipo pulsador

    Essa botoeira possui um contato aberto e um contato fechado, sendo acionada por um

    boto pulsador liso e reposicionada por mola. Enquanto o boto no for acionado, os

    contatos 11 e 12 permanecem fechados, permitindo a passagem da corrente eltrica,

    ao mesmo tempo em que os contatos 13 e 14 se mantm abertos, interrompendo a

    passagem da corrente. Quando o boto acionado, os contatos se invertem de forma

    que o fechado abre e o aberto fecha. Soltando-se o boto, os contatos voltam

    posio inicial pela ao da mola de retorno.

  • As botoeiras com trava tambm invertem seus contatos mediante o acionamento de

    um boto, entretanto, ao contrrio das botoeiras pulsadoras, permanecem acionadas e

    travadas mesmo depois de cessado o acionamento.

    Boto giratrio com trava

    O boto do tipo cogumelo, tambm conhecido como boto

    soco-trava, quando acionado, inverte os contatos da botoeira e os mantm travados.

    O retorno posio inicial se faz mediante um pequeno giro do boto no sentido

    horrio, o que destrava o mecanismo e aciona automaticamente os contatos de volta a

    mesma situao de antes do acionamento.

    Boto tipo cogumelo com trava (boto de emergncia)

  • Chaves fim de curso

    As chaves fim de curso, assim como as botoeiras, so comutadores eltricos de

    entrada de sinais, s que acionados mecanicamente. As chaves fim de curso so,

    geralmente, posicionadas no decorrer do percurso de cabeotes mveis de mquinas

    e equipamentos industriais, bem como das haste de cilindros hidrulicos e ou

    pneumticos.

    Chave fim de curso

    Chave fim de curso tipo rolete

  • Tipos de sensores

    Para especificar um sensor deve-se conhecer o material do objeto detectar. Os tipos de sensores

    mais comuns so:

    Magnticos So sensores que operam com campo magntico, detectam apenas magnetos.

    Indutivos So sensores que operam com campo eletro-magntico, portanto detectam apenas

    materiais ferromagnticos.

    Capacitivos So sensores que operam com o principio de capacitncia, detectam todos

    os tipos de materiais.

    pticos So sensores que operam com emisso de luz, estes detectam todos os tipos

    de materiais.

    Ultra-snicosSo sensores que operam com emisso e reflexo de um feixe de ondas

    acsticas. A sada comuta quando este feixe refletido ou interrompido pelo material a ser

    detectado.

    Pneumticos So sensores que se baseiam no desequilbrio da presso em uma

    determinada conexo do sensor. A sada comuta quando um jato de ar atravs do mesmo

    alterado pela presena de um objeto.

    Sensores de proximidade

    Os sensores de proximidade, assim como as chaves fim de curso, so elementos

    emissores de sinais eltricos os quais so posicionados no decorrer do percurso de

    cabeotes mveis de mquinas e equipamentos industriais, bem como das haste de

    cilindros hidrulicos e ou pneumticos. O acionamento dos sensores, entretanto, no

    dependem de contato fsico com as partes mveis dos equipamentos, basta apenas

    que estas partes aproximem-se dos sensores a uma distncia que varia de acordo com

    o tipo de sensor utilizado.

    Existem no mercado diversos tipos de sensores de proximidade os quais devem ser

    selecionados de acordo com o tipo de aplicao e do material a ser detectado. Os mais

    empregados na automao de mquinas e equipamentos industriais so os sensores

    capacitivos, indutivos, pticos, magnticos e ultra-snicos, alm dos sensores de

    presso, volume e temperatura, muito utilizados na indstria de processos.

  • Basicamente, os sensores de proximidade apresentam as mesmas caractersticas de

    funcionamento. Possuem dois cabos de alimentao eltrica, sendo um positivo e

    outro negativo, e um cabo de sada de sinal. Estando energizados e ao se

    aproximarem do material a ser detectado, os sensores emitem um sinal de sada que,

    devido principalmente baixa corrente desse sinal, no podem ser utilizados para

    energizar diretamente bobinas de solenides ou outros componentes eltricos que

    exigem maior potncia.

    Diante dessa caracterstica comum da maior parte dos sensores de proximidade,

    necessria a utilizao de rels auxiliares com o objetivo de amplificar o sinal de sada

    dos sensores, garantindo a correta aplicao do sinal e a integridade do equipamento.

    Sensor capacitivo

    Os sensores de aproximidade capacitiva registram a presena de qualquer tipo de material.

    A distncia de deteco variam de 0 a 20mm, dependendo da massa do material a ser detectado

    e das caractersticas determinadas pelo fabricante.

  • Sensor indutivo

    Os sensores de proximidade indutivos so capazes de detectar apenas materiais

    metlicos, a uma distncia que oscila de 0 a 2 mm, dependendo tambm do tamanho

    do material a ser detectado e das caractersticas especificadas pelos diferentes fabricantes.

    Sensor ptico por barreira fotoeltrica

    Os sensores de proximidade pticos detectam a aproximao de qualquer tipo de

    objeto, desde que este no seja transparente. A distncia de deteco varia de 0 a 100

    mm, dependendo da luminosidade do ambiente. Normalmente, os sensores pticos por

    barreira fotoeltrica so construdos em dois corpos distintos, sendo um emissor de luz

    e outro receptor. Quando um objeto se coloca entre os dois, interrompendo a propagao da luz

    entre eles, um sinal de sada ento enviado ao circuito eltrico de comando.

  • Sensor ptico reflexivo

    Outro tipo de sensor de proximidade ptico, muito usado na automao industrial, o

    do tipo reflexivo no qual emissor e receptor de luz so montados num nico corpo, o

    que reduz espao e facilita sua montagem entre as partes mveis dos equipamentos

    industriais. A distncia de deteco entretanto menor, considerando-se que a luz

    transmitida pelo emissor deve refletir no material a ser detectado e penetrar no

    receptor o qual emitir o sinal eltrico de sada.

    Sensor de proximidade magntico Desligado Ligado

    Os sensores de proximidade magnticos, como o prprio nome sugere, detectam

    apenas a presena de materiais metlicos e magnticos, como no caso dos ims

    permanentes. So utilizados com maior freqncia em mquinas e equipamentos

    pneumticos e so montados diretamente sobre as camisas dos cilindros dotados de

    mbolos magnticos. Toda vez que o mbolo magntico de um cilindro se movimenta,

    ao passar pela regio da camisa onde externamente est posicionado um sensor

    magntico, este sensibilizado e emite um sinal ao circuito eltrico de comando.

  • Elementos de processamento de sinais

    Os componentes de processamento de sinais eltricos so aqueles que analisam as

    informaes emitidas ao circuito pelos elementos de entrada, combinando-as entre si

    para que o comando eltrico apresente o comportamento final desejado, diante dessas

    informaes. Entre os elementos de processamento de sinais podemos citar os rels

    auxiliares, os contatores de potncia, os rels temporizadores e os contadores, entre

    outros, todos destinados a combinar os sinais para energizao ou desenergizao

    dos elementos de sada.

    Rels auxiliares

    Os rels auxiliares so chaves eltricas de quatro ou mais contatos, acionadas por

    bobinas eletromagnticas. H no mercado uma grande diversidade de tipos de rels

    auxiliares que, basicamente, embora construtivamente sejam diferentes, apresentam

    as mesmas caractersticas de funcionamento.

    Rel auxiliar com 2 contatos abertos e 2 fechados

    Este rel auxiliar, particularmente, possui 2 contatos abertos (13/14 e 43/44) e 2

    fechados (21/22 e 31/32), acionados por uma bobina eletromagntica de 24 Vcc.

    Quando a bobina energizada, imediatamente os contatos abertos fecham, permitindo

    a passagem da corrente eltrica entre eles, enquanto que os contatos fechados abrem

    interrompendo a corrente. Quando a bobina desligada, uma mola recoloca

    imediatamente os contatos nas suas posies iniciais.

  • Alm de rels auxiliares de 2 contatos abertos (NA) e 2 contatos fechados (NF),

    existem outros que apresentam o mesmo funcionamento anterior mas, com 3 contatos

    NA e 1 NF.

    Rel auxiliar com 3 contatos NA

    e 1 NF

    Rel auxiliar com contatos comutadores

    Este outro tipo de rel auxiliar utiliza contatos comutadores, ao invs dos tradicionais

    contatos abertos e fechados. A grande vantagem desse tipo de rel sobre os

    anteriores a versatilidade do uso de seus contatos. Enquanto nos rels anteriores a

    utilizao fica limitada a 2 contatos Na e 2 NF ou 3 NA e 1 NF, no rel de contatos

    comutadores pode-se empregar as mesmas combinaes, alm de, se necessrio,

    todos os contatos abertos ou todos fechados ou ainda qualquer outra combinao

    desejada.

  • Rels temporizadores

    Os rels temporizadores, tambm conhecidos como rels de tempo, geralmente possuem um

    contato comutador acionado por uma bobina eletromagntica com retardo

    na ligao ou no desligamento.

    Rel temporizador com retardo na ligao

    Este rel temporizador possui um contato comutador e uma bobina com retardo na

    ligao, cujo tempo ajustado por meio de um potencimetro. Quando a bobina

    energizada, ao contrrio dos rels auxiliares que invertem imediatamente seus

    contatos, o potencimetro retarda o acionamento do contato comutador, de acordo com

    o tempo nele regulado. Se o ajuste de tempo no potencimetro for, por exemplo, de 5

    segundos, o temporizador aguardar esse perodo de tempo, a partir do momento em

    que a bobina for energizada, e somente ento os contatos so invertidos, abrindo 11 e

    12 e fechando 11 e 14. Quando a bobina desligada, o contato comutador retorna

    imediatamente posio inicial. Trata-se, portanto, de um rel temporizador com

    retardo na ligao.

  • Este outro tipo de rel temporizador apresenta retardo no desligamento. Quando sua

    bobina energizada, seu contato comutador imediatamente invertido. A partir do

    momento em que a bobina desligada, o perodo de tempo ajustado no potencimetro

    respeitado e somente ento o contato comutador retorna posio inicial.

    Rel temporizador com retardo no desligamento

    Elementos de sada de sinais

    Os componentes de sada de sinais eltricos so aqueles que recebem as ordens

    processadas e enviadas pelo comando eltrico e, a partir delas, realizam o trabalho

    final esperado do circuito. Entre os muitos elementos de sada de sinais disponveis no

    mercado, os que nos interessa mais diretamente so os indicadores luminosos e

    sonoros, bem como os solenides aplicados no acionamento eletromagntico de

    vlvulas hidrulicas e pneumticas.

    Indicadores luminosos

    Os indicadores luminosos so lmpadas incandescentes ou LEDs, utilizadas na

    sinalizao visual de eventos ocorridos ou prestes a ocorrer. So empregados,

    geralmente, em locais de boa visibilidade que facilitem a visualizao do sinalizador.

    Indicador luminoso

  • Indicadores sonoros

    Os indicadores sonoros so campainhas, sirenes, cigarras ou buzinas, empregados na

    sinalizao acstica de eventos ocorridos ou prestes a ocorrer. Ao contrrio dos

    indicadores luminosos, os sonoros so utilizados, principalmente, em locais de pouca

    visibilidade onde um sinalizador luminoso seria pouco eficaz.

    Sinalizador sonoro

    Solenides

    Os solenides so bobinas eletromagnticas que, quando energizadas, geram um

    campo magntico capaz de atrair elementos com caractersticas ferrosas,

    comportando-se como um im permanente.

    Numa eletrovlvula, hidrulica ou pneumtica, a bobina do solenide enrolada em

    torno de um magneto fixo, preso carcaa da vlvula, enquanto que o magneto mvel

    fixado diretamente na extremidade do carretel da vlvula. Quando uma corrente

    eltrica percorre a bobina, um campo magntico gerado e atrai os magnetos, o que

    empurra o carretel da vlvula na direo oposta a do solenide que foi energizado.

    Dessa forma, possvel mudar a posio do carretel no interior da vlvula, por meio de

    um pulso eltrico.

  • Em eletrovlvulas pneumticas de pequeno porte, do tipo assento, o mbolo da vlvula

    o prprio magneto mvel do solenide. Quando o campo magntico gerado, em

    conseqncia da energizao da bobina, o mbolo da vlvula atrado, abrindo ou

    fechando diretamente as passagens do ar comprimido no interior da carcaa da

    vlvula.

    Solenide acionado

  • Circuitos eletro pneumticos

    Os circuitos eletropneumticos so esquemas de comando e acionamento que representam os

    componentes pneumticos, hidrulicos e eltricos empregados em mquinas e equipamento

    industriais, bem como a interao entre esses elementos para se conseguir o funcionamento

    desejado e os movimentos exigidos do sistema mecnico. Enquanto os circuitos pneumtico

    representa o acionamento das partes mecnicas, o circuito eltrico representa a seqncia de

    comando dos componentes pneumticos para que as partes mveis da mquina ou equipamento

    apresentem os movimentos finais desejados.

    Basicamente, existem trs mtodos de construo de circuitos eletropneumticos.

    Intuitivo,

    Minimizao de contatos ou seqncia mnima,

    Maximizao de contatos ou cadeia estacionria.

    Mtodo intuitivo

    Na tcnica de elaborao de circuitos pelo mtodo intuitivo utiliza-se o mecanismo do

    pensamento e do raciocnio humano na busca da soluo de uma situao-problema

    apresentada. Dessa forma, pode-se obter diferentes solues para um mesmo

    problema em questo, caracterstica principal do mtodo intuitivo.

  • Exemplos prticos de construo de circuitos eletropneumticos pelo mtodo intuitivo.

    Circuito 01

    Ao acionarmos um boto de comando, a haste de um cilindro pneumtico de ao

    simples com retorno por mola deve avanar. Enquanto mantivermos o boto acionado,

    a haste dever permanecer avanada. Ao soltarmos o boto, o cilindro deve retornar a

    sua posio inicial.

    Para soluo desta situao problema, o circuito pneumtico apresenta um cilindro de

    ao simples com retorno por mola e uma vlvula direcional de 3/2 vias, normal

    fechada, acionada eletricamente por solenide e reposicionada por mola. O circuito

    eltrico de comando utiliza o contato normalmente aberto de um boto de comando

    pulsador.

  • Circuito 02

    Um cilindro pneumtico de ao dupla deve poder ser acionado de dois locais

    diferentes e distantes entre si como, por exemplo, no comando de um elevador de

    cargas que pode ser acionado tanto do solo como da plataforma.

    Neste caso, o circuito pneumtico utiliza um cilindro de ao dupla e uma vlvula

    direcional de 5/2 vias, com acionamento por servocomando eletropneumtico e retorno

    por mola. importante lembrar que o acionamento por servocomando indireto, ou

    seja, no o solenide quem aciona diretamente o carretel da vlvula direcional; ele

    apenas abre uma passagem interna do ar comprimido que alimenta o prtico 1 da

    vlvula para que esse ar, chamado de piloto pneumtico, acione o carretel e mude a

    posio de comando da vlvula. O circuito eltrico, por sua vez, possui dois botes de

    comando pulsadores, ligados em paralelo.

  • Circuito 03

    Um cilindro pneumtico de ao dupla deve avanar somente quando dois botes de

    comando forem acionados simultaneamente (comando bi-manual). Soltando-se

    qualquer um dos dois botes de comando, o cilindro deve voltar imediatamente a sua

    posio inicial.

    Nesta situao, o circuito pneumtico o mesmo utilizado anteriormente, empregando

    um cilindro de ao dupla e uma vlvula direcional de 5/2 vias com acionamento por

    servocomando e reposicionamento por mola. Sero usados, novamente, dois botes

    de comando pulsadores, s que agora ligados em srie.

  • Circuito 04

    Um cilindro de ao dupla deve ser acionado por dois botes. Acionando-se o primeiro

    boto o cilindro deve avanar e permanecer avanado mesmo que o boto seja desacionado.

    O retorno deve ser comandado por meio de um pulso no segundo boto.

    Existem, na verdade, quatro possibilidades de comando do cilindro, por meio de trs vlvulas

    direcionais diferentes. Pode-se utilizar uma vlvula direcional de 5/2 vias acionada por dois

    solenides, ou uma vlvula direcional de 5/2 vias acionada por duplo servocomando (vlvula de impulso),

    ou ainda uma vlvula direcional de 5/2 vias acionada por solenide com reposicionamento por

    mola.

    As quatro alternativas diferentes de construo do circuito eletropneumtico sero apresentadas a

    seguir:

    Soluo eletropneumtica utilizando uma vlvula direcional de 5/2 vias acionada

    por dois solenides, sem mola de reposio:

    Empregando-se uma vlvula direcional de 5/2 vias com acionamento por dois

    solenides, sem mola de reposio, basta efetuar um pulso nos botes para

    comandar os movimentos de avano e retorno do cilindro, no sendo necessrio

    manter os botes acionados para dar continuidade ao movimento.

  • Caso os dois botes S1 e S2 forem acionados simultaneamente, embora os dois

    contatos normalmente abertos fecham, os dois contatos normalmente fechados

    abrem e garantem que os dois solenides Y1 e Y2 permaneam desligados.

    A montagem alternada dos contatos fechados dos botes, em srie com os contatos

    abertos, evita que os dois solenides sejam energizados ao mesmo tempo, fato

    que poderia causar a queima de um dos solenides, danificando o equipamento.

    2-Soluo eletropneumtica utilizando uma vlvula direcional de 5/2 vias acionada

    por duplo servocomando (vlvula de impulso):

    Como na vlvula direcional com acionamento por servocomando o solenide no

    movimenta diretamente o carretel, apenas abre uma passagem interna de ar

    comprimido para que ele pilote a vlvula, no ocorre o risco, neste caso, da queima

    de um dos solenides caso ambos sejam ligados ao mesmo tempo.

  • Neste tipo de vlvula, quem empurra o carretel para um lado ou para outro o prprio ar

    comprimido. Portanto, se por algum motivo os solenides forem energizados simultaneamente, no

    h a ao de um contra o outro e, sendo assim, o circuito eltrico torna-se simplificado, sem a

    necessidade da montagem alternada dos contatos fechados dos botes, em srie com os contatos

    abertos, conforme apresentado na soluo 1.

    Soluo eletropneumtica utilizando uma vlvula direcional de 5/2 vias com

    acionamento por servocomando e reposio por mola, com comando eltrico de

    auto-reteno e comportamento de desligar dominante:

    Neste caso, a vlvula direcional reposicionada por mola e no apresenta a mesma

    caracterstica de memorizao da vlvula de duplo servocomando,empregada na soluo 2.

    Sendo assim, para que se possa avanar ou retornar a haste do cilindro com um nico pulso, sem

    manter os botes de comando acionados, necessrio utilizar um rel auxiliar no comando eltrico

    para manter o solenide Y1 ligado, mesmo que o boto S1 seja desacionado.

  • O circuito eltrico utilizado nesta soluo 3 chamado de comando de auto-

    reteno com comportamento de desligar dominante porque, se os dois botes de

    comando S1 e S2 forem acionados ao mesmo tempo, o rel K1 permanece

    desligado pelo contato do boto de comando S2. Podemos dizer que, neste caso, o

    boto S2 tem prioridade sobre S1 pois, se ambos forem acionados

    simultaneamente, prevalece como dominante a condio de desligar do contato

    fechado do boto de comando S2.

    Mtodo de maximizao de contatos (seqncia mxima)

    O mtodo de maximizao de contatos, tambm conhecido como mtodo passo a

    passo ou cadeia estacionria, ao contrrio do mtodo cascata, no apresenta a

    caracterstica de reduzir o nmero de rels auxiliares utilizados no comando eltrico.

    Em compensao, pode ser aplicado com segurana em todo e qualquer circuito

    seqencial eletropneumtico, no importando se as vlvulas direcionais de comando

    so acionadas por simples ou duplo solenide ou servocomando.

    A grande vantagem que o comando em cadeia estacionria leva sobre os demais

    mtodos de construo de circuitos eltricos a total segurana na emisso dos sinais

    enviados pelos componentes de entrada, tais como botoeiras, chaves fim de curso e

    sensores de proximidade. No comando passo a passo, se um elemento de sinal, seja

    ele um boto, sensor ou chave fim de curso, for acionado fora de hora, acidentalmente

    ou mesmo propositadamente, esse componente no pode interferir no circuito pois

    cada acionamento depende da ocorrncia do acionamento anterior. Isso significa que o

    prximo movimento de uma seqncia de comando s ocorre, depois da confirmao

    do movimento anterior ter ocorrido. Dessa forma, a cadeia estacionria evita totalmente

    as sobreposies de sinais, tpicas das seqncias indiretas, alm de garantir que os

    movimentos de avano e retorno dos cilindros pneumticos obedeam rigorosamente

    seqncia de comando, passo a passo.

    De acordo com o que foi estudado no mtodo cascata, a seqncia de movimentos era

    dividida em setores secundrios que poderiam apresentar dois ou mais movimentos,

    desde que as letras no se repetissem, ou seja, cada cilindro poderia se movimentar

    uma nica vez dentro do setor, sem importar o nmero de cilindros a se movimentar.

  • J na cadeia estacionria, cada setor poder comandar um nico movimento de um

    nico cilindro, isto , como cada letra da seqncia representa um cilindro, o nmero

    de divises ser igual ao nmero de letras existentes na seqncia. Assim, numa seqncia com

    dois cilindros que avanam e retornam uma nica vez durante um ciclo,teramos quatro

    movimentos e, portanto, quatro setores ou quatro passos.

    Vamos tomar como exemplo, novamente, a seguinte seqncia de movimentos para

    dois cilindros:

    Uma vez identificada que a seqncia indireta e, feita a opo pela construo do

    circuito eltrico de comando pelo mtodo passo a passo, o primeira etapa dividir a

    seqncia em setores que determinaro o nmero de rels auxiliares a serem

    utilizados. O nmero de rels corresponde sempre ao nmero de setores ou passos de

    movimento, mais um.

    No mtodo passo a passo, para dividir uma seqncia em setores ou passos deve-se

    escrever a seqncia de forma abreviada e, em seguida, cort-la com traos verticais

    em cada letra, da esquerda para a direita, no importando os sinais de ( + ) ou ( - ).

    Finalmente, o nmero de subdivises provocadas pelos traos verticais igual ao

    nmero de passos que a cadeia estacionria deve comandar. Eis alguns exemplos:

    Nestes dois casos, os traos subdividem a seqncia em quatro partes, determinando

    quatro passos de comando.

  • Nestas seqncias, os traos determinam seis subdivises que definem seis passos de

    comando.

    A segunda etapa, na construo do circuito de comando pelo mtodo passo a passo,

    consiste em desenhar o circuito eltrico de comando propriamente dito, tendo por

    referncia as seguintes orientaes:

    1- Cada elemento de sinal, seja ele um boto, chave fim de curso ou sensor de

    proximidade, dever energizar sempre um rel auxiliar, temporizador ou contador e

    nunca diretamente um solenide;

    2- Cada elemento de sinal, seja ele um boto, chave fim de curso ou sensor de

    proximidade, dever energizar sempre um rel auxiliar, temporizador ou contador e

    nunca diretamente um solenide;

    3- Cada rel auxiliar da cadeia estacionria deve realizar trs funes distintas: efetuar

    sua auto-reteno, habilitar o prximo rel a ser energizado e realizar a ligao e

    ou o desligamento dos solenides, de acordo com a seqncia de movimentos;

    4- Habilitar o prximo rel significa que o rel seguinte somente poder ser energizado

    se o anterior j estiver ligado;

    5- A medida em que os movimentos da seqncia vo sendo realizados, os rels so

    ligados e mantidos um a um;

    6- O final do ltimo movimento da seqncia dever ativar um ltimo rel o qual no

    ter auto-reteno e dever desligar o primeiro rel da cadeia estacionria;

    7- Como a regra fazer com que o rel anterior habilite o seguinte, quando o ltimo

    rel da cadeia desliga o primeiro, este desliga o segundo, que desliga o terceiro e,

    assim, sucessivamente, at que todos sejam desligados;

    8- O nmero de rels auxiliares a serem utilizados na cadeia estacionria igual ao

    nmero de movimentos da seqncia + 1;

  • 9- Movimentos simultneos de dois cilindros em uma seqncia de comando devem

    ser considerados dentro de um mesmo passo e, portanto, necessitaro de apenas

    um rel para esses movimentos;

    10-Quando um cilindro realiza mais do que dois movimentos dentro de um mesmo

    ciclo, as chaves fim de curso ou sensores por ele acionados devero estar fora da

    cadeia estacionria, acionando rels auxiliares avulsos cujos contatos sero

    aproveitados na cadeia, no local onde seriam colocados os elementos emissores

    de sinais.

    Sero apresentados, a seguir, uma srie de circuitos eletropneumticos e eletro-

    hidrulicos seqenciais nos quais as orientaes mencionadas acima sero detalhadas

    e exemplificadas. Os circuitos eltricos de comando sero elaborados utilizando o

    mtodo passo a passo em duas situaes: para vlvulas direcionais acionadas por

    servocomando e com reposio por mola, assim como para vlvulas do tipo memria

    com duplo servocomando.

  • 4 2

    5

    1

    3

    Y1 Y2

    S1S2

    4 2

    5

    1

    3

    Y3

    S3S4

    Seqncia de Movimentos Mtodo da Cadeia Estacionria

    1. Construir o circuito utilizando o Programa Fluid Sim.

  • 4 2

    5

    1

    3

    Y1 Y2

    S1S2

    4 2

    5

    1

    3

    Y3

    S3S4

    2.Execute a seguinte seqncia de movimentos:

  • Referncias

    FESTO DIDACTIC ; SENAI-DN. Mdulo Instrucional de Introduo Pneumtica -

    CBS Coleo Bsica SENAI. 2. ed, 1979.

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