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© 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 1 Como citar este material: SILVA, Simone C. P. da. Tecnologias Aplicadas à Educação: A Era Digital e a Aprendizagem Colaborativa. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2015. As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) são recursos que auxiliam o professor no processo de ensino e aprendizagem, propiciando o compartilhamento de conhecimento de forma mais democrática, participativa, colaborativa e dinâmica. Ampliam as oportunidades de formação social e exercício da cidadania, o interesse por dialogar e aprender, ao fazer uso de recursos que fazem parte do cotidiano dos alunos. Saiba Mais! A TV Paulo Freire apresenta o programa com o professor José Manuel Moran, que aborda o uso da internet na educação, em temas como a aplicação das diferentes mídias na Educação e a aprendizagem colaborativa. TV Paulo Freire

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© 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 1

Como citar este material:

SILVA, Simone C. P. da. Tecnologias Aplicadas à Educação: A Era Digital e a

Aprendizagem Colaborativa. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera

Educacional, 2015.

As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) são recursos que auxiliam o professor

no processo de ensino e aprendizagem, propiciando o compartilhamento de conhecimento

de forma mais democrática, participativa, colaborativa e dinâmica. Ampliam as

oportunidades de formação social e exercício da cidadania, o interesse por dialogar e

aprender, ao fazer uso de recursos que fazem parte do cotidiano dos alunos.

Saiba Mais!

A TV Paulo Freire apresenta o programa com o professor José Manuel Moran,

que aborda o uso da internet na educação, em temas como a aplicação das

diferentes mídias na Educação e a aprendizagem colaborativa.

TV Paulo Freire

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NÓS da Educação: José Manuel Moran (parte 1 de 3). TV Paulo Freire.

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=G1_g-N4sDuA/. Acesso

em: 24 nov. 2014.

As redes sociais e outros recursos de interação e colaboração ganham importância à

medida que facilitam a comunicação, fazendo com que a internet evolua de um conceito de

acesso passivo à informação para um conceito de transformação, criação, colaboração e

partilha de conteúdos. As redes sociais, com fins educativos, devem ser acompanhadas

por mudanças nos modelos de ensino-aprendizagem, sendo complementadas com os

novos cenários suportados pelas ferramentas de comunicação.

Esta ideia vai ao encontro da perspectiva de colaboração promovida pelas redes sociais,

nas quais as ferramentas utilizadas complementam os métodos tradicionais, permitindo ao

aluno a construção de seu próprio saber em colaboração com seus pares e professores.

Além de usar as tecnologias digitais como ferramentas de ensino, o professor pode passar

a seus alunos a importância desses novos meios na disseminação da informação,

tornando-os capazes de procurar novas fontes e de produzir suas próprias ideias.

É importante entender a relevância deste recurso no dia a dia dos estudantes, trabalhar

para minimizar os riscos do acesso a estes espaços virtuais e tirar o melhor proveito para

fins educacionais, visto que é uma ferramenta que interessa a todos. Mais que entreter, as

redes podem se tornar ferramentas de interação e colaboração valiosas para auxiliar no

processo de ensino e aprendizagem, desde que bem-utilizadas. Quando o professor sabe

quais são os interesses dos jovens para os quais planeja as aulas, ele prepara atividades

mais focadas e interessantes, o que facilita a aprendizagem. Esse é o desafio atual do

professor na era digital!

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Saiba Mais!

Assista à palestra da pesquisadora Martha Gabriel, que coloca em discussão

o acesso às TICs e os novos papéis dos professores e alunos no mundo digital.

A palestra faz parte do lançamento do livro Educ@r ‒ A (r)evolução digital na

educação.

SEMPRE um papo com Martha Gabriel. Disponível em: http://goo.gl/AdQO2K.

Acesso em: 24 nov. 2014.

GABRIEL, M. Educ@r - A (r)evolução digital na educação. São Paulo: Saraiva,

2013.

Atualmente, não é fácil aprender e conviver sem, em algum momento, sermos estimulados

a trabalhar em equipe de forma colaborativa. Crescemos com nossos pais e professores

nos ensinando que, na escola, devemos dividir nossos brinquedos, ajudar quem precisa e

ser solidários.

Independentemente do que acontece ao longo do caminho, as questões colaborativas e

cooperativas têm se tornado cada vez mais presentes, em razão dos recursos virtuais de

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estímulo à aprendizagem. Você não deve apenas trabalhar sozinho, em seu computador,

mas também ter uma postura de aprendiz e colaborador em qualquer processo.

Saiba Mais!

Existem sites que disponibilizam ferramentas para facilitar o estudo em grupo,

já que muitas vezes é difícil conciliar os horários. A tecnologia pode ajudar

muito, como colaborar na organização de material e na divisão dos conteúdos

entre várias pessoas. Confira!

Permite a criação de documentos que podem ser editados por usuários que

tenham uma conta no Gmail.

GOOGLE DOCS. Disponível em: http://www.google.com/google-d-s/intl/pt-

BR/tour1.html. Acesso em: 27 nov. 2014.

Permite o armazenamento de arquivos na nuvem, além de criação,

compartilhamento, colaboração e manutenção de conteúdo, acessível em

todos os dispositivos, como computadores, celulares e tablets.

GOOGLE DRIVE. Disponível em: http://goo.gl/JiD6LY. Acesso em: 27 nov.

2014.

Permite criar uma sala de estudos e enviar imagens, vídeos e todo tipo de

conteúdo.

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THINKBINDER. Disponível em: http://thinkbinder.com/. Acesso em: 27 nov.

2014.

No Vyew, várias pessoas de um mesmo grupo podem cadastrar e atualizar

documentos, criar discussões, agendas e checklists de tarefas feitas.

VYEW. Disponível em: http://vyew.com/s/. Acesso em: 27 nov. 2014.

Ideal para organizar pesquisas em grupo: nele, você pode marcar frases de

páginas da web, dividir anotações e criar uma biblioteca na nuvem.

DIIGO. Disponível em: www.diigo.com. Acesso em: 27 nov. 2014.

É possível constatar que a utilização de diferentes mídias de forma integrada ao processo

de ensino-aprendizagem contribui para a formação de uma pessoa mais criativa e engajada

em seu desenvolvimento. Entretanto, um dos focos no desenvolvimento de nossos alunos

é a habilidade de trabalhar em equipe (local ou virtual), de forma colaborativa.

Muitos alunos utilizam com frequência o contexto de colaboração no dia a dia, no uso de

MSN, Facebook, Instagram etc. Porém, o conceito de cooperação a favor da construção de

um conhecimento com o uso dessas ferramentas precisa sempre ser explorado.

Os avanços tecnológicos dos meios de comunicação possibilitam novas formas de

comunicação entre as pessoas. Em um primeiro momento, havia apenas a comunicação

do foco; posteriormente, o compartilhamento de experiências e, com isso, a troca de

informações e conceitos.

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Um adolescente, quando recorre a um amigo on-line para lhe perguntar sobre

características pessoais ou acadêmicas e obtém respostas, cria, sem perceber, um

ambiente colaborativo de aprendizagem.

Mas, de fato, o que é um ambiente colaborativo de aprendizagem?

Para Almeida (2001), ambientes colaborativos de aprendizagem podem ser criados por

meio de um software específico para comunicação on-line. Por meio desse software, um

grupo de pessoas aprende em colaboração mediada pelas TICs e com o apoio de um

professor-orientador, ou seja, forma-se então uma rede de inter-relações entre pessoas,

práticas, valores, hábitos, crenças e tecnologias em um contexto de aprendizagem.

Saiba Mais!

O pesquisador e professor João Mattar trata do novo perfil dos professores em

tempos de redes sociais e do uso dessa ferramenta na Educação no livro Web

2.0 e Redes Sociais na Educação.

MATTAR, J. Web 2.0 e Redes Sociais na Educação. São Paulo: Artesanato

Educacional, 2013.

Moran (2013) explica que os ambientes colaborativos possibilitam a socialização das

produções, ideias e pesquisas de alunos e professores com fácil atualização e participação

de terceiros. Entre as principais características desses ambientes colaborativos, podemos

destacar que a comunicação não depende nem do tempo, nem do local, e que a

participação ativa do grupo gera um produto coletivo, que torna a escrita estimulada.

Existem diversos tipos de ambientes colaborativos disponíveis na internet, tais como blogs,

podcasts, redes sociais e wiki.

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Saiba Mais!

O e-ProInfo também é um ambiente colaborativo de aprendizagem que utiliza

a tecnologia internet e permite a concepção, a administração e o

desenvolvimento de diversos tipos de ações, como cursos a distância,

complemento a cursos presenciais, projetos de pesquisa, projetos

colaborativos e diversas outras formas de apoio a distância e ao processo

ensino-aprendizagem.

e-ProInfo

e-PROINFO. Disponível em: http://eproinfo.mec.gov.br/. Acesso em: 27 nov.

2014.

Nessas comunidades, o conceito de comunicação passa a ser revisto. Nelas, a linguagem

utilizada na comunicação em tempo real, mediada por computador, é praticamente uma

transcrição da fala, porque o que se escreve é aquilo que se quer falar. Com isso, a

linguagem está sendo recontextualizada, passando a ter características como o

imediatismo, a repetição e elementos da fala em situações de interação verbal em tempo

real. Pode-se afirmar, então, que uma nova escrita está sendo criada, com características

da fala, a qual não respeita as regras da linguagem escrita tradicional.

Os ambientes colaborativos de aprendizagem modificam também a forma de realizar a

leitura, pois na internet temos a opção de escolher somente o que nos interessa ou o que

nos chama mais atenção. Se compararmos dois leitores, constataremos que escolheram

caminhos diferentes, pois, em uma página com vários recursos de comunicação, como

escrita, imagens e sons, um deles poderá escolher somente ler um texto, enquanto o outro

prefere ouvir música ou observar uma imagem antes de ler o texto. O mesmo fato acontece

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quando o leitor se depara com um hipertexto, já que ele, à medida que lê, escolhe os links

de seu interesse.

Podemos afirmar, então, que a linguagem utilizada na internet é composta por um conjunto

complexo de habilidades que interagem, tais como leitura, escrita, fala, compreensão oral.

Moran (2000; 2013), em seus textos, incita-nos a refletir sobre os avanços tecnológicos e a

inserção desses recursos em sala de aula. Segundo ele, tudo aconteceu tão rápido que

não tivemos condições nem de explorá-los intensamente, nem de aprender a utilizá-los; por

isso, ainda hoje, encontramos muitos professores que utilizam as tecnologias somente para

ilustrar suas aulas.

Saiba Mais!

O filósofo Pierre Lévy falou sobre cultura, democracia e inteligência coletiva em duas

palestras no Centro Universitário Senac, Santo Amaro, em março de 2014. O pesquisador

é autor de vários livros sobre o assunto, traduzidos para mais de 12 línguas e estudados

em diferentes universidades em todo o mundo.

Senac SP

PIERRE LÉVY no Senac São Paulo: Diálogos sobre ciberdemocracia. Senac SP, 17 mar.

2014. Disponível em: http://goo.gl/AcYuuI. Acesso em: 24 nov. 2014.

PIERRE LÉVY no Senac São Paulo: diálogos sobre inteligência coletiva. Senac SP, 17

mar. 2014. Disponível em: http://goo.gl/nYnYH1. Acesso em: 24 nov. 2014.

A internet está presente no cotidiano e provoca mudanças tanto na Educação Presencial

quanto na Educação a Distância, pois favorece um trabalho cooperativo e colaborativo

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entre as pessoas. Quando utilizada a favor do processo educacional, pode potencializar a

aprendizagem colaborativa por meio da comunicação entre as partes.

Para Silva (2002), a aprendizagem é um processo de construção, em que o aluno é o autor

de sua própria aprendizagem. Neste contexto, o professor que consegue transpor o simples

fato de comunicar por meio digital e direcionar seus alunos para uma comunicação

participativa estimulará a responsabilidade, a participação, a comunicação, a interação e o

confronto de ideias dos alunos, além de desenvolver as competências básicas,

fundamentais também para o mercado de trabalho: curiosidade, criatividade, capacidade

de trabalhar em equipe, de saber comunicar-se e de buscar informações.

Saiba Mais!

O Laboratório de Inclusão Digital e Educação Comunitária (Lidec) da Escola

do Futuro, da USP, produziu o vídeo “Web 2.0 – a máquina somos nós”, com

base na adaptação do vídeo “The Machine is Us/ing Us”, de Michael Wesch,

em que o autor discute a importância da tecnologia digital em nossas vidas.

Escola do Futuro

WEB 2.0 – A Máquina Somos Nós. Escola do Futuro. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=NJsacDCsiPg. Acesso em: 24 nov. 2014.

Desta forma, as pessoas que trabalham de maneira colaborativa são coautoras do

processo de interação e criação. Cada uma é responsável pela sua própria aprendizagem

e pela ação colaborativa. Assim, seguindo esse mesmo raciocínio, as pessoas tornam-se

corresponsáveis pela aprendizagem do grupo.

Em relação ao aluno, espera-se que eles sejam mais ativos, autodirigidos, criativos, críticos,

pesquisadores e atuantes, caso nós, professores, queiramos que eles produzam

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conhecimento e transformem nossa realidade. Porém, aprender neste novo contexto requer

habilidades que deverão ser desenvolvidas junto ao processo, desde que o professor crie

situações para tanto.

O professor que estimula esse projeto torna-se um dos aprendizes por meio do teste e da

análise crítica de suas iniciativas. À medida que os participantes de uma comunidade virtual

se relacionam, eles realizam trocas que se somam a outras vivências. Tais trocas ocorrem

em diversas direções e, simultaneamente, lançam novas informações que provocam

situações de desafios na sala de aula, contribuindo para o processo de aprendizagem.

Peters (2003) destaca a grande diferença entre espaços de aprendizagem colaborativos

reais tradicionais e os espaços de aprendizagem virtuais. Nos espaços tradicionais, as

atividades de aprendizagem são fixas em razão do tempo e da localização, ou seja, o grupo

apresenta-se em locais e horas preestabelecidos para trocar informações e experiências.

Já nos espaços virtuais, o tempo e os locais não são fixos, criando uma infinidade de

atividades, iniciativas de pesquisas e, principalmente, de troca de informações,

experiências e conhecimento, conforme os desafios são apresentados e a iniciativa de cada

integrante do grupo.

Se você observar e analisar criticamente, perceberá que todas essas sugestões tiveram

como ponto de partida a tradicional visita a uma biblioteca, as reuniões em casas de amigos

e a redação de um único trabalho coletivo criado, hoje, com o avanço da tecnologia. Essa

integração entre os elementos possibilitou a transposição das questões de tempo e espaço.

Neste contexto, para que o trabalho atinja o objetivo proposto de construção colaborativa

do conhecimento, é fundamental o papel do professor, direcionando o processo para que o

grupo não se afaste do objetivo preestabelecido, ou seja, é preciso dar significado ao

conteúdo a ser ministrado. Toda iniciativa de aprendizagem colaborativa só é eficaz quando

está integrada a um projeto pedagógico viável, ao conteúdo a ser apresentado e ao

conhecimento a ser adquirido.

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Saiba Mais!

Ana Paula Solino Bastos e Nelson Barrelo Junior falam sobre a importância

das interações que podem ocorrer em sala de aula, tanto interações entre os

alunos, que podem ter mediação do professor, quanto interações do professor

com os alunos ou dos alunos com o material didático. A aula é disponibilizada

dentro do Projeto e-Aulas USP, que tem como objetivo permitir que

professores disponibilizem suas videoaulas e que alunos acessem videoaulas

de diversas disciplinas da Universidade de São Paulo. O projeto é aberto ao

público.

Projeto e-Aulas USP

A SALA de aula como um espaço de interações. E-Aulas USP. Disponível em:

http://eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=4587. Acesso em: 24 nov.

2014.

Blog: página na internet utilizada como diário virtual. O usuário pode postar textos,

imagens, vídeos e sons. Pode ser utilizada pedagogicamente como uma ferramenta de

registro e de socialização.

Compreensão oral: está relacionada à capacidade de entender o que está sendo falado,

isto é, o estabelecimento de relações e a contextualização necessários para entender o

sentido de uma mensagem transmitida.

Podcast: arquivos de áudio que podem ser acessados pela internet.

Wiki: ambiente colaborativo que permite a edição coletiva.

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Instruções

Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará

algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os

enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.

Questão 1

(UEMA/2013 - adaptada) A letra da música de Gilberto Gil trata da rede de comunicação existente no mundo e sugere

a importância dessa rede para a inclusão digital, do ponto de vista socioeconômico.

Pela Internet

Criar meu web site

Fazer minha home-page

Com quantos gigabytes

Se faz uma jangada

Um barco que veleje

[...]

Eu quero entrar na rede

Promover um debate

Juntar via Internet

Um grupo de tietes de Connecticut

De Connecticut acessar

O chefe da milícia de Milão

Um hacker mafioso acaba de soltar

Um vírus pra atacar programas no Japão

Eu quero entrar na rede pra contactar

Os lares do Nepal, os bares do Gabão

Que o chefe da polícia carioca avisa pelo celular

Que lá na praça Onze tem um videopôquer para se jogar

(Adaptada de GIL, Gilberto. Pela internet. Disco Quanta. Warner Music, 1997)

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A relação entre a exclusão socioeconômica e a digital está apresentada na seguinte

assertiva:

a) A digital desencadeia a socioeconômica, pela relação direta entre a existência de

ampla tecnologia da informação e comunicação e a realidade dos países

subdesenvolvidos.

b) A socioeconômica desencadeia a digital, por existir maior investimento dos países

subdesenvolvidos no acesso à tecnologia de informação e comunicação, portanto,

maior inclusão.

c) A socioeconômica desencadeia a digital, pois há relação igualitária entre países

desenvolvidos e subdesenvolvidos quanto ao acesso à tecnologia de informação e

comunicação, e à inclusão.

d) A digital desencadeia a socioeconômica, à medida que o acesso às tecnologias de

informação e comunicação ocorre de forma mais estruturada nos países

subdesenvolvidos.

e) A socioeconômica desencadeia a digital, por haver uma relação desfavorável quanto

ao menor acesso dos países subdesenvolvidos à tecnologia de informação e

comunicação.

Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito.

Questão 2

(IBMECRJ/2009 - adaptada) Uma malha digital que cresce em velocidade vertiginosa cobre nosso planeta: é a internet,

a rede mundial de computadores. Considerando essa importante inovação tecnológica

contemporânea, analise a informação: A integração econômica global é facilitada pelo uso

das mesmas técnicas; contudo, integrar não significa incluir a todos.

Com base nas informações e em seus conhecimentos, escolha a alternativa que melhor

explica a afirmativa apresentada.

a) Ao mesmo tempo em que a internet facilita o processo de integração econômica

global, é também responsável pela chamada exclusão digital, pois acentua a

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distância entre os usuários e aqueles que já viviam em situação de marginalidade

econômica e social.

b) A era da informação e da revolução científica prioriza a qualificação da mão de obra

e a incorporação de novas habilidades, reconhecendo a diferença existente entre

ricos e pobres.

c) A velocidade da informação é o benefício apresentado pela internet para a

globalização, pois reduz o espaço mundial a um espaço virtual, sem a necessidade

de integrar todos os internautas.

d) A internacionalização da rede e a incorporação de centenas de milhões de usuários

por todo o planeta excluem as diferenças culturais e econômicas por causa da

mundialização dos padrões de consumo.

e) A internet dinamizou e tornou imediatas transações e negociações em escala

mundial, evitando a exclusão digital pelas parcerias com empresas e investimentos

em inovações tecnológicas.

Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito.

Questão 3

(FUNCAB/2012 - adaptada)

As TICs aplicadas na Educação ‒ tais como o uso da informática, a utilização da internet,

da multimídia e de outros recursos ligados às linguagens digitais de que atualmente se

dispõe ‒ estão cada vez mais presentes nas escolas para qualificar o processo educativo.

Sobre elas, é correto afirmar:

a) Em nada ou muito pouco vem colaborar para tornar o processo ensino-aprendizagem

mais prazeroso, eficiente e de qualidade.

b) A integração das novas tecnologias à educação deverá ocorrer de forma aleatória,

sem o estabelecimento de objetivos específicos ou projetos próprios, pois o que

importa é oferecer aos alunos o acesso ao computador.

c) São usadas para substituir as técnicas e metodologias convencionais, por exemplo,

o livro, o quadro de giz e o mimeógrafo.

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d) Os resultados serão favoráveis graças ao grande preparo da equipe docente para

qualquer eventualidade, ao longo do processo ensino-aprendizagem.

e) A obtenção de resultados qualitativos no processo educacional escolar com o uso

dessas tecnologias depende da forma como elas são introduzidas e utilizadas nesse

processo.

Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito.

Questão 4

(IFRN/2012 – adaptada)

As TICs aplicadas à educação permitem interações e a participação dos estudantes nos

espaços colaborativos dos ambientes virtuais de aprendizagem e em sala da aula, nas

formas oral ou escrita. Cite dois exemplos de espaços colaborativos virtuais como esse.

Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito.

Questão 5

(IFRN/2012 – adaptada)

Uma prática docente verdadeiramente mediadora depende fundamentalmente dos meios

tecnológicos, sem os quais se torna inviável o processo de interação. Explique o papel do

professor em tempos de tecnologias digitais em sala de aula.

Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito.

Atualmente, é inegável que o termo colaboração está diretamente ligado à nova forma de

trabalho e de vida na sociedade moderna, uma vez que a aprendizagem passa a ser uma

necessidade constante, o que ocasiona uma mudança de foco da aprendizagem centrada

no indivíduo para a colaborativa, na qual, além das habilidades tradicionalmente

consideradas essenciais, também passam a ser necessários o uso e o domínio da

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tecnologia, a capacidade de resolver problemas e de trabalhar em colaboração com

criatividade.

As pessoas se desenvolvem e aprendem mais quando estão inseridas em um processo

coletivo de aprendizagem. Nesta condição, elas compartilham significados e

representações comuns, comunicam e discutem seus pontos de vista, examinam e

aperfeiçoam suas ideias e, ainda, podem estabelecer o diálogo acerca das questões

colocadas, seja revisando, modificando ou contrapondo soluções e alternativas.

Diante deste novo cenário de Educação, é importante perceber que a busca pelo

conhecimento deve integrar a recriação do significado das coisas, a colaboração, a

discussão, a negociação e a solução de problemas. E, para que isso ocorra, é necessária

a existência da interação entre os indivíduos que buscam a construção deste

conhecimento.

A sociedade da informação requer, hoje, um professor que atue como mediador, facilitador,

incentivador, desafiador e investigador. Ao mesmo tempo em que são autores, os alunos

são coautores e constroem seu conhecimento por meio da exploração, navegação,

comunicação e trocas.

ALMEIDA, M. E. B. Educação, projetos, tecnologia e conhecimento. São Paulo: Proem,

2001.

MORAN, J. M. Ensino e Aprendizagem Inovadores com tecnologias. Informática na

Educação: Teoria e Prática, PGIE – UFRGS, v. 3, n. 1, p. 137-144, set. 2000.

MORAN, J. M.; MASETTO, M. T.; BEHRENS, M. A. (Orgs.) Novas tecnologias e mediação

pedagógica. 21. ed. Campinas: Papirus, 2013.

NEVADO, R. A. Ambientes virtuais que potencializam as relações de ensino-aprendizagem.

Boletim Salto para o futuro. Rio de Janeiro: TV Escola, SEED-MEC, 2005. (Série novas

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formas de aprender: comunidades de aprendizagem). Disponível em:

http://goo.gl/rGMOAu. Acesso em: 2 nov. 2014.

PETERS, O. A Educação a Distância em transição. Rio Grande do Sul: Unisinos, 2003.

SILVA, M. Internet na escola e inclusão. In: BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO.

Tecnologias na escola. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/2sf.pdf.

Acesso em: 2 nov. 2014.

SILVA, M. Sala de aula interativa. 3. ed. Rio de Janeiro: Quartet, 2002.

TAJRA, S. F. Informática na Educação: novas ferramentas pedagógicas para o professor

na atualidade. São Paulo: Érica, 2012.

Questão 1

Resposta: Alternativa E.

Comentário: Fatores socioeconômicos desencadeiam a exclusão digital por dificultarem o

acesso às TICs; neste caso, ambientes educacionais também sofrem pela falta de estrutura

e acesso à internet, deixando que o processo ensino-aprendizagem não seja beneficiado

pelas potencialidades das TICs.

Questão 2

Resposta: Alternativa A.

Comentário: O desenvolvimento desigual provocado pela concentração de poder e renda

é ainda mais radical quando olhamos pelo viés da exclusão digital, que distancia aqueles

que usam a tecnologia e se beneficiam dela no cotidiano daqueles que não possuem

acesso a ela.

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Questão 3

Resposta: Alternativa E.

Comentário: O uso dos recursos tecnológicos na educação deve encorajar as mudanças

tão necessárias para a revisão do processo ensino-aprendizagem na escola. Deve

estimular professores e alunos a recriar estratégias de uso das TICs em sala de aula para

impulsionar ações que ressignifiquem qualitativamente o ensino.

Questão 4

Resposta: Wikipedia e redes sociais (Facebook, Twitter, Instagram, Flickr, podcasts) são

exemplos de ambientes virtuais que permitem a interação de alunos fora da sala de aula.

Questão 5

Resposta: As transformações decorrentes do avanço das TICs têm cada vez mais exigido

a formação de um professor com capacidades de mediar o processo de descoberta,

assimilação e construção de novos conhecimentos. Esse professor é classificado, hoje,

como mediador.