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TÉCNICAS DE PREPARO E APRESENTAÇÃO DE PALESTRAS
Alfredo Scheid Lopes
Professor Emérito, DCS, UFLA- Lavras – MG
Douglas Ramos Guelfi Silva
Professor Adjunto, DCS, UFLA- Lavras – MG
Maio, 2011
1
SUMÁRIO
1 – Introdução ......................................................................................................................... 1
2 – Importância da comunicação oral ...................................................................................... 1
3 – Preparo do material audiovisual .........................................................................................2
3.1 – O enfoque da apresentação oral...................................................................................... 3
3.2 – Estrutura de apresentação do trabalho............................................................................ 4
3.3 – Necessidade de prática.................................................................................................... 5
4 – Regras básicas para obter maior sucesso na apresentação ............................................ 5
5 – Preparação de slides, transparências, álbum seriado e pôsteres ..................................... 7
6 – Apresentação por meio de pôsteres .................................................................................. 8
7 – Tabelas e gráficos ............................................................................................................ 10
8 – Normas gerais para preparação de tabelas e gráficos .................................................... 14
9 – Sugestões para a escolha do tipo de gráfico a ser utilizado ............................................ 15
10 – Recursos modernos na preparação de slides, transparências e pôsteres .................... 35
11 – Sugestões para a apresentação oral ............................................................................. 37
12 – Sugestões para o presidente da mesa .......................................................................... 40
13 – Anexos: Arranjos de salas para uso do retroprojetor e do data-show ........................... 40
1
1 - Introdução
A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de
conferências, palestras e seminários é uma constante na vida de professores, pesquisadores
e extensionistas. Mesmo aqueles que não estão incluídos nessas categorias de profissionais
têm que, com maior ou menor freqüência, apresentar um tema em público, na forma de
palestra ou conferência.
A maneira normalmente usada na execução dessas tarefas é a apresentação oral,
com ajuda de recursos audiovisuais, incluindo retroprojetor, projetor de slides, data-show e
até os antigos e tradicionais álbuns seriados.
Muitas vezes, por mais conhecimento que o apresentador tenha sobre o assunto, ele
deixa a desejar na sua tarefa, pelo uso de recursos audiovisuais que não foram preparados
adequadamente, de acordo com princípios e normas que iriam permitir uma perfeita
compreensão da platéia. Outras vezes, mesmo com o melhor material audiovisual disponível,
o nervosismo e, principalmente, a falta de treinamento em princípios de comunicação, levam
a um total desinteresse da platéia e a um insucesso da apresentação.
Apesar de não sermos especialistas no assunto, temos nos preocupado em sintetizar
as informações disponíveis sobre o tema, procurando oferecer, aos interresados em melhorar
suas apresentações, uma série de pontos relevantes para serem levados em consideração
na elaboração de apresentações orais.
Dessa maneira, o objetivo dessa publicação é apresentar sugestões para a
preparação de materiais audiovisuais, dicas a serem seguidas no momento da apresentação
e sugestões para a condução dos trabalhos pelo presidente de mesa, quando for o caso.
2 - Importância da comunicação oral
O modo como a pessoa se comunica é de extrrema importância para que ela possa
alcançar seus objetivos na transmissão de sua mensagem, tornando a comunicação
eficiente.
Numa apresentação oral o conteúdo verbal contribui com 7% da nossa comunicação e
o interesse vocal e linguagem corporal com 38 e 55%, respectivamente. Dessa maneira, pelo
2
menos 90% da imagem pública do comunicador depende mais de como ele age e fala do
que diz de fato.
Um exemplo histórico da grande relevância do domínio da comunicação oral ocorreu
nas eleições presidencias americanas no ano de 1960. Os candidatos eram Richard Nixon e
John Kennedy e a comunicação com eleitores ocorreu principalmente via rádio e televisão.
Pelo rádio, o conteúdo verbal é mais importante devido à ausência de linguagem corporal, e
o candidato Richard Nixon se saiu melhor nos debates.
Quando a comunicação dos candidatos ocorreu via televisão onde a eficiência da
comunicação não foi influenciada somente pelo conteúdo verbal, mas também pela
expressão e linguagem corporal o candidato que se demonstrava mais confiável era
Kennedy. O candidato Nixon era mais estruturado, tinha políticas melhor definidas, porém foi
o candidato Kennedy o eleito devido, em parte, a sua melhor eficiência na comunicação e
poder de convencimento.
Isso tudo enfatiza que, para que o processo de transmissão de informações seja
eficiente devem ser utilizados os cinco sentidos: a visão, a audição, o olfato, o tato e o
paladar. O apresentador tem que passar uma boa impressão aos ouvintes de sua
comunicação. Quanto mais e melhor os sentidos forem utilizados a perspectiva de sucesso
na transmissão do assunto abordado será mais eficiente.
3 - Preparo do material audiovisual
Antes do início da preparação da palestra, seminário ou trabalho científico é essencial
que se saiba o tipo de platéia para a qual se apresentará. Deve-se conhecer sua formação,
interesses, treinamento e seu nível intelectual, para que se possa decidir sobre o tipo de
material e linguagem a serem utilizados. Também, deve-se ter em mente o objetivo da
exposição, ou seja, onde se pretende chegar. A resposta das perguntas a seguir, ajudam no
conhecimento da platéia para qual será feita a apresentação:
a) Qual o tamanho do grupo?
b) Qual o nível de conhecimento dos participantes?
c) Que experiência têm os participantes?
3
d) Que motivos levaram a procurar esta formação?
e) Qual a necessidade de formação?
Em situações em que o palestrante não conhece antecipadamente o público alvo,
deve-se procurar saber o tipo de audiência e adaptar da melhor maneira a apresentação
para um público específico.
3.1 - O enfoque da apresentação oral
Ao considerar seu objetivo, é importante compreender claramente a diferença entre
uma apresentação oral e um trabalho escrito. Isso é extremamente importante,
principalmente quando da apresentação de um trabalho científico em um congresso,
simpósio, etc.
O propósito principal de um trabalho escrito é transmitir informações. Dessa forma, ele
deve conter detalhes não apenas dos resultados em si, mas também de como foram obtidos.
O leitor tem todo o tempo de que necessita para estudá-lo e relê-lo, garantindo um
entendimento perfeito dos conceitos e conclusões. Já em apresentações orais, as
oportunidades para um exame minucioso não são oferecidas, havendo apenas possibilidade
de entender e memorizar o que é apresentado.
Essa é a diferença básica entre os dois métodos de comunicação e,
conseqüentemente, implica em não oferecer durante a apresentação oral a grande
quantidade de informações que fazem parte do trabalho escrito. O êxito de um bom trabalho
está na impressão que ele causa, e não nos detalhes de informações que são transferidas.
As informações detalhadas podem ser distribuídas em separado, por escrito, mas, a não ser
que se tenha criado uma boa impressão e estimulado o interesse, é pouco provável que
alguém chegue a lê-las.
Qualquer assunto pode tornar-se interessante se for bem apresentado, mas mesmo
um assunto interessante pode ser arruinado por uma má apresentação. Uma das causas
principais é o desejo de incluir toda a informação que se tem no trabalho escrito. Isso deve
ser evitado a qualquer custo, eliminando-se sumariamente todos os detalhes não essenciais.
4
As pessoas, em geral, são impacientes e se a abordagem do assunto for
demasiadamente teórica ou abstrata a apresentação oral poderá ser ineficaz. Por outro lado,
as pessoas também se sentem interessadas se lhes ensinarem de forma objetiva e clara o
que querem aprender. Obviamente, o apresentador terá muito mais informações do que as
que apresenta e, se necessário, poderá mencioná-las ao responder as perguntas. Lembre-
se, porém, que se não for incentivado o interesse da platéia, é pouco provável que surjam os
questionamentos.
Em relação aos questionamentos, o apresentador deve saber deixar o público falar, ou
seja, o apresentador não consegue ouvir e falar ao mesmo tempo. Dessa forma, num
questionamento a pessoa que está arguíndo precisa sentir que está sendo escutada.
Também deve se colocar com empatia com a pessoa que o está questionado, assumindo o
quadro de referencial no local da apresentação. E por último, não deve deixar transparecer
emoções pessoais. O apresentador deve ficar atento e interessado, controlando as
exteriorizações de surpresa, acordo ou desacordo, agrado ou desagrado. Estas expressões
podem condicioná-lo a desenvolver o processo de comunicação guiado pelo outro,
deturpando, conscientemente ou inconscientemente, a mensagem.
3.2 - Estrutura de apresentação do trabalho
Como qualquer evento, uma apresentação deve ter um início, um meio e um fim. Com
a finalidade de criar uma boa impressão e de estimular o interesse, a abertura e o
encerramento são as partes mais importantes.
A abertura deve prender a atenção e sintonizar a platéia para o restante da
apresentação. É aconselhável memorizar suas linhas iniciais, para que possa dirigir-se à
platéia sem se orientar por notas. Nesse ponto, deve-se indicar a forma como a exposição
será feita, mostrando os tópicos principais e secundários a serem apresentados.
Os comentários finais são também importantes, uma vez que serão os mais
lembrados. A impressão que se cria pode tanto ser prejudicada quanto enaltecida por eles.
Os ouvintes devem terminar a sessão de apresentação com a impressão de que aprenderam
alguma coisa importante que poderá ajudá-los daquele momento em diante.
5
3.3 - Necessidade de prática
O apresentador deve esforçar-se ao máximo para fazer uma boa apresentação.
Comunicadores profissionais nunca se apresentam sem ensaios, de modo que há,
obviamente, uma necessidade ainda maior de prática para os amadores. Faça isso com
amigos e colegas, não apenas para receber sugestões em relação ao conteúdo e sua
apresentação, mas também para ficar certo de que a cronometragem está correta.
Se for possível, grave em vídeo o treinamento de sua apresentação. Esteja sempre
atento com a redundância, movimentação, postura, entonação, vícios de linguagem e
possíveis cacoetes.
Lembre-se também que ficar nervoso quando se apresenta um trabalho é natural e
que, praticar com antecedência vai aumentar sua autoconfiança.
4 - Regras básicas para obter maior sucesso na apresentação
Antes de entrar em detalhes sobre a confecção de slides, transparências, álbuns
seriados e pôsteres, é necessário tomar conhecimento de algumas regras básicas a serem
seguidas com a finalidade de obter sucesso durante a sua apresentação.
- Tamanho mínimo da tela
Para qualquer apresentação, seja utilizando projetor de slides, retroprojetor ou data-
show, o tamanho mínimo da tela ou lugar para projeção deve ser calculado pela divisão do
comprimento total da sala por seis.
Exemplos: Sala de 12 m de comprimento / 6 = tela de 2 m x 2 m
Sala de 18 m de comprimento / 6 = tela de 3 m x 3 m
Sala de 24 m de comprimento / 6 = tela de 4 m x 4 m
6
- Tamanho mínimo de letras e números
Um erro comum na preparação de slides e transparências é pegar uma tabela ou
figura, em geral ocupando uma página inteira de uma publicação, e fazer uma cópia em
transparência ou slide para a apresentação. O tamanho das letras originais, que seria
adequado para leitura, é totalmente inadequado para a projeção.
A regra básica para corrigir esse problema é muito simples: em qualquer situação o
tamanho mínimo de letra na confecção de tabelas, gráficos ou textos deve ser igual à largura
útil do slide/transparência dividido por 40.
Exemplos:
1) Transparência : altura = 24 cm ; largura = 20cm
Tamanho mínimo de letras e números = 20 cm / 40 = 0,5 cm
2) Slide em posição normal (paisagem) com relação altura :largura de 0,7:1
Tamanho mínimo de letras: Largura em cm dividido por 40 = tamanho em cm
3) Folha de álbum seriado: altura= 150 cm; largura=100 cm
Tamanho mínimo de letra : 100 cm / 40 = 2,5 cm
4) Slide de área de parcela experimental: dividir a largura da foto por 40 para
obtenção do tamanho mínio da letra
A importância dessa regra para slides e transparências, pode ser mostrada fazendo-se
um teste simples. Pegue a Tabela 1 (Página 11), uma tabela cuja maior dimensão é 20 cm. A
pergunta é: poderia essa tabela ser lida quando apresentada sob a forma de slide ou
transparência? Para obter essa informação (distância de observação), multiplique a maior
dimensão da cópia por seis. Deixando margens de 2 cm, a distância de observação é 20 cm
x 6 = 120 cm. Isto quer dizer que o que você vê, de uma distância de 120 cm, aproxima-se
do que apareceria na tela de projeção, visto pelo espectador sentado nas últimas fileiras,
supondo que o comprimento da sala seja igual a 6 vezes a largura da tela. Se a tela for de
apenas 1/10 do comprimento da sala, a distância de observação será 20 cm x 10 = 200 cm, o
que significa uma situação bem pior que a anterior. Fica claro porque as pessoas sentadas
nas últimas fileiras não permanecerão para o período de discussão, a menos que possam se
mover para mais perto da tela.
7
5 - Preparação de transparências, slides, álbum seriado e pôste res
Antes de começar a preparar sua apresentação usando projetor de slides, data show,
retroprojetor, álbum seriado ou pôster, faça um esquema em rascunho do conteúdo de cada
unidade. Considere alguns aspectos básicos, tais como:
a) Atenha-se ao mínimo possível de unidades dentro do tempo disponível para a sua
apresentação. De maneira geral, pode-se estimar, em média, um minuto para cada unidade
de apresentação (transparência, slides ou folha do álbum seriado).
b) Nunca escreva tudo que tem a dizer sobre o assunto. Esse é um erro comum que
deve ser evitado a todo custo. Use uma seqüência de palavras-chave que ajudará a
relembrar parágrafos inteiros.
c) Coloque apenas uma idéia por unidade de apresentação. Não deixe outro item
competir com o ponto relevante a ser tratado em cada unidade.
d) Não apresente tabelas grandes e complicadas, que na maioria das vezes dificultam,
ao invés de facilitar a compreensão da mensagem. Normalmente, uma tabela não deve
conter mais de 20 dados numéricos; por exemplo: 4 linhas e 5 colunas.
e) Da mesma forma, não apresente gráficos complicados. Se num gráfico você tem 6
dados mas vai se referir a apenas 2, elimine os outros 4.
f) Ocupe toda a área da transparência, slide ou folha do álbum seriado, de forma bem
distribuída.
g) Se tiver uma série de tópicos, por exemplo 5 (cinco), cada um com vários sub-
tópicos, é preferível preparar 5 unidades de apresentação, cada uma com um tópico e os
respectivos sub-tópicos.
h) Examine criticamente cada unidade preparada para ver se convém apresentá-la.
Provavelmente, você já tem excesso de material para o tempo disponível, e a eliminação de
algumas unidades não irá prejudicar a apresentação do seu trabalho.
i) Ordene e numere todas as unidades; treine individualmente perante os colegas e
acate as críticas e sugestões para melhorar a apresentação. Em geral, são necessárias de 3
a 5 sessões de treinamento para se atingir o ponto ideal de comunicação.
8
6 - Apresentação por meio de pôsteres
O principal objetivo de um encontro científico é a troca de informações. Hoje, a forma
mais comum para apresentação de um trabalho nesses encontros é o pôster.
- Planejamento
1) Você deve enfocar cuidadosamente o sumário, introdução, material e métodos,
resultados e discussão, conclusões e referências.
2) Faça um pequeno rascunho, em escala, do seu pôster, com letra normal em papel
comum A4 (21,0 x 29,7 cm). Enfatize os pontos que você quer chamar a atenção.
3) Pense nos tópicos, texto, figuras, gráficos, ilustrações, fotos, e incorpore essas
idéias ao seu rascunho.
4) Quando estiver satisfeito com o rascunho inicial, faça um esquema grosseiro dentro
das dimensões disponíveis no painel para colocar o pôster.
- Organização
1) Seu pôster começa no canto superior esquerdo. A partir desse ponto ele deve
seguir da esquerda para a direita e de cima para baixo.
2) O título, autor (es) e a instituição devem estar na parte de cima do painel. Use
letras, números, e setas para indicar o fluxo para a audiência.
- Simplicidade
1) Não coloque informações em excesso na apresentação. Concentre-se em dois ou
três pontos principais.
2) Dê destaque às tendências e comparações com gráficos, figuras e diagramas.
3) Tenha cuidado ao elaborar o texto, e tenha certeza de que ele é facilmente
compreensível. Na realidade, outlines dos pontos importantes freqüentemente funcionam
melhor do que o texto corrido.
9
4) Use abreviações e acrônimos com prudência. Não exagere na quantidade de
números, palavras, e/ou gráficos complicados. Lembre-se de que muitas pessoas vão ler ou
estudar o seu pôster quando você não estiver presente; esteja certo de que a mensagem é
clara e simples.
5) Escolha uma cor de fundo para o seu pôster. Use cores contrastantes, quando
apropriado, em figuras, gráficos e diagramas.
- Títulos, tópicos e sub-tópicos
1) É melhor chamar a atenção do título, tópicos e sub-tópicos com cores diferentes ou
com linhas coloridas. É também recomendável que as letras utilizadas nos tópicos e sub-
tópicos sejam, pelo menos, 25% maiores do que as letras do texto (0,64 cm), ou seja 0,8 cm
em negrito.
2) Para o título, use letra em negrito de pelo menos 2,5 cm. Para nomes dos autores,
instituição e endereço use letras de 1,9 cm.
- Digitação do texto
1) Mantenha o texto curto, conciso e com afirmações legíveis; minimize sentenças
completas e parágrafos longos.
2) As letras nos sub-tópicos e legendas das figuras devem ser maiores do que as do
texto, e em negrito, mas menores que as do tópico principal.
3) As letras do texto devem ser de pelo menos 0,64 cm, para serem legíveis a uma
distância de 2 m.
- Montagem
1) Planeje deixar uma margem de 2,5cm ao redor de cada folha do seu trabalho.
2) Mantenha as partes componentes do seu pôster suficientemente pequenas para
caber em uma pasta de 43 x 56 cm ou menor. As fotos devem ser montadas para evitar o
curvamento das mesmas.
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3) Se for preparar o seu pôster impresso em uma única folha grande utilizando um
ploter a laser ou jato de tinta utilize um papel glossy. Acondicione o pôster para viagem em
um tubo de plástico de 10 cm de diâmetro com dois tampões.
4) Leve o seu pôster como bagagem de mão se for fazer uma viagem aérea para
evitar extravios.
5) Mesmo que seja responsabilidade dos organizadores fornecer material para fixação
do seu pôster, leve consigo fitas adesivas dupla face, tesoura e outros materiais que julgar
necessário para essa finalidade.
- Diversos
1) Leve consigo alguns cartões com seus dados pessoais (nome, endereço, fone, fax,
e-mail) para distribuição aos interessados durante a sua apresentação.
2) Tenha disponível uma prancheta com uma folha para anotar nome e endereço dos
interessados em mais informações.
3) Você também deve, se possível, ter em mãos algumas cópias completas de seu
trabalho para distribuição aos interessados.
7 - Tabelas e gráficos
Observe os dados da Tabela 1, que representam uma tabela em tamanho original
para publicação, mas que, pelos motivos citados no tópico 5, não se prestam para preparar
uma transparência, slide ou folha de álbum seriado.
11
Tabela 1. Efeito da adubação nitrogenada na produção de milho, custo de produção e lucro por acre na bacia do Rio Columbia, Washington.
N Custo
fixo
Custo
variável *
Custo
total
Produção Retorno
bruto**
Lucro Custo por
bushel
lbs/A US$ US$ US$ Bu/A US$ US$ US$
0 57 - 57,00 35 57,75 0,75 1,63
20 57 9,33 66,33 58 95,70 29,37 1,14
200 57 41,422 98,42 128 211,20 112,78 0,77
* Inclui fertilizantes, água extra, justo e custo de colheita.
** milho a US$1,65 por bushel.
Por que a Tabela 1 não é adequada?
a) O número da tabela não acrescenta nada.
b) O título é muito longo para ser lido com rapidez.
c) Há muitas notas de rodapé.
d) Pelo menos metade das colunas de números não será, provavelmente, usada pelo
apresentador.
Portanto, pode-se concluir que a Tabela 1, como está, não se presta para a
apresentação.
A platéia, principalmente em um encontro científico, não tem tempo disponível nem
esta disposta a estudar a tabela em detalhes. Se o que vou apresentar precisa ser eficiente
quanto à comunicação, isto deve ser feito pelo impacto.
A Tabela 2 foi modificada para corrigir os defeitos da Tabela 1 e preparar um bom
slide.
12
Tabela 2. Reprodução da Tabela 1 com os dados digitados em tamanho adequado para preparar o slide.
MILHO – BACIA DE COLUMBIA
Nitrogênio Produção Custo Lucro
Lb/A Bu/A US$/Bu US$/Bu
0 35 1,63 0,75
20 58 1,14 29,37
200 128 0,77 112,78
O título foi reduzido a palavras-chave. As colunas foram reduzidas ao estritamente
essencial. A letra utilizada foi Arial e em negrito. Meça a largura dessa tabela (10 cm)
incluindo as margens, e a altura (7 cm) mantendo a relação 1,0:0,7 que é a relação do slide
horizontal. Nesse caso, calculando-se a distância de observação obtêm-se: 10 cm x 6 = 60
cm. Observe que, a essa distância, a visibilidade é perfeita. Observe também que, nessa
nova versão dos dados não há elementos dispersivos. O apresentador poderá dar a
mensagem e esclarecer tudo em não mais do que um minuto.
Mas será que, realmente, a Tabela 2 é a melhor cópia de slide ou transparência
possível? Por que não fazer um gráfico ao invés de uma tabela? Na Figura 1, é apresentada
uma representação gráfica obtida dos dados da Tabela 2.
13
120
100
80
60
40
20
040 80 120 160 200 2400
LIBRAS DE NITROGÊNIO/ACRE
P
E
C
Y
RESPOSTA DO MILHO À ADUBAÇÃO
NITROGENADA - BACIA DE COLUMBIA
BU
SH
ELS
/AC
RE
Figura 1. Gráfico adequado para publicação mas não para preparaçãp de slide para
projeção.
A forma é essencialmente aquela empregada para publicação, mas teria certas
desvantagens como cópia de slide:
a) Uma dimensão vertical maior do que a dimensão horizontal somente é possível se
dispusermos de uma tela quadrada, o que freqüentemente não acontece.
b) A relação entre a dimensão vertical e a horizontal (1:1) deve ser reduzida para
0,7:1, para adaptar-se à dimensão da figura feita no power-point ou outro programa (slides
de 35 mm – paisagem).
c) O título tem muitas palavras.
d) A escrita vertical deve ser evitada.
e) As letras são muito pequenas.
f) A espessura das curvas dá a elas ênfase insuficiente em relação ao quadriculado.
14
Uma versão modificada desse gráfico, mais adequada para a preparação do um bom
slide, pode ser vista na Figura 2. Observe que as deficiências da Figura 1 foram corrigidas.
100
140
180
BRUTOBRUTO
CUSTOCUSTO
DÓLARES
MilhoMilhoBacia ColumbiaBacia Columbia
BRUTOBRUTO
CUSTOCUSTO
LUCRO
DÓLARES
MilhoMilhoBacia ColumbiaBacia Columbia
00 40 80 120 160 200
20
60
NITROGÊNIO (LIBRAS/ACRE)
Os mesmos princípios devem ser seguidos para a confecção de transparências e para
preparação de álbum seriado. Nesses casos as relações entre largura e altura úteis devem
ser adequadas para preencherem todo o espaço disponível.
8 - Normas gerais para preparação de tabelas e gráficos
Para tabelas:
a) Não use número na tabela.
b) Elimine o título ou reduza-o a palavras- chave.
c) Simplifique os cabeçalhos das colunas.
d) Considere os dados. Se houver linhas e colunas de números que não serão
comentados, ou serão tratadas com a frase “Bem, esses dados mostram mais ou menos a
mesma coisa”, elimine-os.
e) Procure sempre ocupar todo o espaço útil na apresentação.
Figura 2 - Versão modificada da Figura 1, agora adequada para preparação de slides
15
f) Se a tabela não se adaptar ao espaço disponível, seguindo as regras de tamanho de
letras e números, faça uma avaliação da mesma mas não diminua o tamanho mínimo das
letras e números.
g) O título da tabela pode ser uma frase que condense o que se deseja que o leitor
aprenda. Por exemplo, “Há aumento de lucro ao aumentar-se a dose de N”.
h) Se quiser chamar atenção sobre um dado numérico use cor diferente ou indique
com uma seta.
i) Quando usar cores de fundo procure não “borrocar” muito. O contraste entre as
cores do fundo e das letras e números, é o que confere a qualidade visual da transparência
ou slide.
Para gráficos
a) Escolha as escalas, de modo que a relação entre altura/largura seja 0,7:1,0 para
apresentação com slides (modo paisagem), 1,2:1,0 para transparências e 1,5:1,0 para álbum
seriado.
b) Identifique as coordenadas da maneira mais simples possível.
c) Elimine a escrita vertical, quando possível.
d) Mostre os dados observados somente se eles forem essenciais para a discussão.
e) Evite símbolos complexos e legendas.
f) Identifique as curvas ou barras de maneira simples e legível.
g) Use a marcação mais simples possível.
h) Se o gráfico não se adaptar ao espaço disponível, seguindo as regras de tamanho
de letras e números, faça uma avaliação do mesmo mas não diminua o tamanho mínimo das
letras e números.
i) Se quiser chamar atenção sobre algum ponto interessante indique com uma seta.
j) Quando usar cores de fundo observe as sugestões do item h para tabelas.
9 - Sugestões para a escolha do tipo de gráfico a ser utilizad o
Existem, na internet, vários sites com orientações sobre a escolha de tipo de gráfico a
ser utilizado, com orientações bastante úteis ao usuário. A descrição que segue foi tirada do
site: hhttttpp::////ooffffiiccee..mmiiccrroossoofftt..ccoomm//pptt--bbrr//eexxcceell--hheellpp//ttiippooss--ddee--ggrraaffiiccooss--ddiissppoonniivveeiiss--HHAA000011223333773377..aassppxx..
16
No mesmo site sugere-se consultar também: 1) Alterar o tipo de um gráfico existente;
2) Criar um gráfico; 3) Criar um organograma; 4) Criar, aplicar e remover um modelo de
gráfico; 5) Demonstração: Crie gráficos no Excel 2007.
- Gráficos de colunas
Dados que estejam organizados em colunas ou linhas em uma planilha podem ser
plotados em um gráfico de colunas. Esse tipo de gráfico é útil para mostrar as alterações de
dados em um período de tempo ou para ilustrar comparações entre itens.
Nesse caso, as categorias são geralmente organizadas ao longo do eixo horizontal, e
os valores ao longo do eixo vertical.
Os gráficos de colunas possuem os seguintes subtipos:
•••• Colunas agrupadas e colunas agrupadas em 3D. Gráficos de colunas
agrupadas comparam valores entre categorias. Um gráfico de colunas agrupadas
exibe os valores em retângulos verticais 2D. Uma coluna agrupada em gráfico 3D
exibe os dados usando apenas uma perspectiva 3D.
Os gráficos de colunas agrupadas podem ser utilizados quando os dados representam:
a) Intervalos de valores (por exemplo, contagem de itens).
17
b) Disposições de escala específicas (por exemplo, uma escala Likert com entradas, como:
concordo totalmente, concordo, neutro, discordo, discordo totalmente).
c) Nomes que não estão em nenhuma ordem específica (por exemplo, nomes de itens,
nomes geográficos ou nomes de pessoas).
Observação: Para apresentar dados em um formato 3D que use três eixos (um eixo
horizontal, um eixo vertical e um eixo de profundidade) que você possa modificar, use um
subtipo de gráfico de colunas 3D.
•••• Coluna empilhada e coluna 3D empilhada. Os gráficos de colunas empilhadas
mostram a relação dos itens individuais com o todo, comparando a contribuição de
cada valor para um total entre as categorias. Um gráfico de colunas empilhadas
exibe valores em retângulos 2D empilhados verticais. Um gráfico de colunas 3D
empilhadas exibe os dados por meio de uma perspectiva 3D apenas.
O gráfico de colunas empilhadas deve ser utilizado quando houver várias séries de
dados e quando desejar-se enfatizar o total.
•••• Coluna 100% empilhada e coluna 3D 100% empilhada. Esses tipos de gráficos
comparam a contribuição de cada valor para um total entre as categorias (em
porcentagem). Um gráfico de colunas 100% empilhadas exibe os valores em
retângulos verticais 2D 100% empilhados. Um gráfico de colunas 3D 100%
empilhadas exibe os dados por meio de uma perspectiva 3D apenas.
18
Você pode usar um gráfico de colunas 100% empilhadas quando houver três ou mais
séries de dados e desejar-se enfatizar as contribuições para o todo, especialmente se o total
for o mesmo para cada categoria.
•••• Coluna 3D. Os gráficos de colunas 3D usam três eixos modificáveis (um eixo
horizontal, um eixo vertical e um eixo de profundidade) e comparam pontos de
dados ao longo dos eixos horizontal e de profundidade.
Esse tipo de gráfico pode ser utilizado na comparação de dados entre as categorias e
entre as séries igualmente. As categorias são mostradas ao longo dos eixos horizontal e de
profundidade, enquanto o eixo vertical exibe os valores.
•••• Cilindro, cone e pirâmide. Os gráficos de cilindro, cone e pirâmide estão
disponíveis nos mesmos tipos (agrupados, empilhados, 100% empilhados e 3D)
existentes para gráficos de colunas retangulares. Eles mostram e comparam os
dados da mesma maneira.
- Gráficos de linhas
Dados que estejam organizados em colunas ou linhas em uma planilha podem ser
plotados em um gráfico de linhas. Esse tipo de gráfico pode exibir dados contínuos ao longo
do tempo, definidos em relação a uma escala comum e são, portanto, ideais para mostrar
tendências em dados a intervalos iguais. Em um gráfico de linha, dados de categorias são
distribuídos uniformemente ao longo do eixo horizontal, e todos os dados de valores são
distribuídos igualmente ao longo do eixo vertical.
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Os gráficos de linhas devem ser utilizados quando os rótulos de categorias são textos
e estão representando valores uniformemente espaçados como meses, trimestres ou anos
fiscais. Isso é válido especialmente quando existem várias séries — para uma série,
considere o uso de um gráfico de categorias. Também podem ser utilizados quando houver
vários rótulos numéricos uniformemente espaçados, especialmente em anos. Em casos em
que o número de rótulos numéricos ultrapassar dez, deve-se dar preferência para os gráficos
de dispersão.
Gráficos de linhas têm os seguintes subtipos de gráficos:
•••• Linha e linha com marcadores. Exibidos com marcadores para indicar valores
de dados individuais, ou sem, os gráficos de linhas são úteis para mostrar
tendências com o tempo ou categorias ordenadas, especialmente quando há
muitos pontos de dados e a ordem na qual eles são apresentados for importante.
Se houver muitas categorias ou os valores forem aproximados, deve-se optar por
um gráfico de linhas sem marcadores.
•••• Linha empilhada e linha empilhada com marcadores Exibidos com
marcadores para indicar valores de dados individuais, ou sem nenhum marcador,
gráficos de linhas empilhadas podem ser usados para mostrar a tendência da
colaboração de cada valor ou das categorias ordenadas com o tempo. Porém,
20
como não é fácil verificar se as linhas estão empilhadas, considere o uso de um
outro tipo de gráfico de linhas ou de área empilhada.
•••• Linha 100% empilhada e linha 100% empilhada com marcador es Exibidos
com marcadores para indicar valores de dados individuais, ou sem nenhum
marcador, gráficos de linhas 100% empilhadas são úteis para mostrar a tendência
da porcentagem de cada valor participante com o tempo ou das categorias
ordenadas. Se houver muitas categorias ou os valores forem aproximados, deve-
se optar pelo uso de um gráfico de linhas 100% empilhadas sem marcadores.
Para uma melhor apresentação desse tipo de dados, considere o uso de um gráfico de
área 100% empilhada.
•••• Linha 3D Gráficos de linhas 3D mostram cada linha ou cada coluna de dados
como uma barra de formato 3D, com eixos horizontal, vertical e de profundidade
que podem ser modificados.
- Gráficos de pizza
Dados que estejam organizados apenas em uma coluna ou linha em uma planilha
podem ser plotados em um gráfico de pizza. Esse tipo de gráfico mostra o tamanho de itens
21
em uma série de dados, de modo proporcional à soma dos itens. Os pontos de dados são
exibidos como um percentual de toda a pizza.
Considere a utilização de um gráfico de pizza quando:
a) Desejar plotar apenas uma série de dados;
b) Nenhum dos valores a ser plotado for negativo;
c) Quase nenhum dos valores a ser plotado for igual a zero;
d) Não houver mais de sete categorias;
e) As categorias representarem partes de toda a pizza.
Gráficos de pizza têm os seguintes subtipos de gráficos:
•••• Pizza e pizza 3D. Gráficos de pizza exibem a contribuição de cada valor para um
total no formato 2D ou 3D. As fatias do gráfico podem ser, manualmente, puxadas
para fora, a fim de enfatizá-las.
•••• Pizza de pizza e barra de pizza. Os gráficos de pizza de pizza ou barra de pizza
exibem gráficos de pizza com valores definidos pelo usuário extraídos do gráfico
de pizza principal e combinados em um gráfico de pizza secundário ou em um
22
gráfico de barras empilhadas. Esses tipos de gráficos são úteis quando se deseja
facilitar a identificação das pequenas fatias no gráfico de pizza principal.
•••• Pizza destacada e pizza destacada 3D. Gráficos de pizza destacada exibem a
contribuição de cada valor para um total e, ao mesmo tempo, enfatizam valores
individuais. Os gráficos de pizza destacada podem ser exibidos no formato 3D.
Pode-se alterar a configuração de exposição de pizza para todas as fatias e para
cada fatia individualmente, mas não é possível mover manualmente as fatias de
uma pizza destacada. Caso seja desejado puxar manualmente as fatias para fora,
recomenda-se o uso de um gráfico de pizza ou gráfico de pizza 3D.
- Gráficos de barras
Dados que estejam organizados em colunas ou linhas em uma planilha podem ser
plotados em um gráfico de barras, os quais ilustram comparações entre itens individuais.
Considere a utilização de um gráfico de barras quando:
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a) Os rótulos dos eixos forem longos.
b) Os valores mostrados forem durações.
Gráficos de barras têm os seguintes subtipos de gráficos:
•••• Barras agrupadas e barras agrupadas em 3D. Gráficos de barras agrupadas
comparam valores entre categorias. As categorias são geralmente organizadas ao
longo do eixo vertical e os valores, ao longo do eixo horizontal. Uma barra
agrupada em gráfico 3D exibe os retângulos horizontais em formato 3D.
•••• Barras empilhadas e barras empilhadas em 3D. Gráficos de barras empilhadas
mostram a relação de cada item com o todo. Um gráfico de barras 3D empilhadas
exibe os retângulos horizontais em formato 3D.
•••• Barras 100% empilhadas e barras 100% empilhadas em 3D . Esse tipo de
gráfico compara a contribuição de cada valor para um total entre as categorias (em
porcentagem). Um gráfico de barras 3D 100% empilhadas exibe os retângulos
horizontais em formato 3D.
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•••• Cilindro, cone e pirâmide horizontais. Esses gráficos estão disponíveis nos
mesmos tipos (agrupados, empilhados e 100% empilhados) fornecidos para
gráficos de barras retangulares. Eles mostram e comparam os dados exatamente
da mesma maneira. A única diferença é que esses tipos de gráficos exibem formas
de cilindro, cone e pirâmide, ao invés de retângulos horizontais.
- Gráficos de área
Dados que estejam organizados em colunas ou linhas em uma planilha podem ser
plotados em um gráfico de área. Esse tipo de gráfico enfatiza a magnitude da mudança no
decorrer do tempo e pode ser usado para chamar atenção para o valor total ao longo de uma
tendência. Por exemplo, os dados que representam o lucro no decorrer do tempo podem ser
plotados em um gráfico de área para enfatizar o lucro total. Exibindo a soma dos valores
plotados, o gráfico de área mostra também a relação das partes com um todo.
Gráficos de área têm os seguintes subtipos de gráficos:
•••• Área 2D e área 3D. Quer sejam exibidos em 2D ou 3D, os gráficos de área exibem
a tendência de valores no decorrer do tempo ou outros dados de categoria. Os
gráficos de área 3D usam três eixos (horizontal, vertical e profundidade)
modificáveis. Como regra, deve-se considerar o uso de um gráfico de linha, ao
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invés de um gráfico de área não empilhada, pois os dados de uma série podem ser
ocultados pelos dados de outra série.
•••• Área empilhada e área 3D empilhada. Gráficos de área empilhada exibem a
tendência da contribuição de cada valor no decorrer do tempo ou outros dados de
categoria. Um gráfico de área 3D empilhada é exibido da mesma maneira, mas usa
uma perspectiva 3D. A perspectiva 3D não é um gráfico 3D real — um terceiro eixo
de valor (eixo de profundidade) não é usado.
•••• Área 100% empilhada e área 3D 100% empilhada. Gráficos de área 100%
empilhada exibem a tendência da contribuição de cada valor no decorrer do tempo
(em porcentagem) ou outros dados de categoria. Um gráfico de área 3D 100%
empilhada é exibido da mesma maneira, mas usa uma perspectiva 3D. A
perspectiva 3D não é um gráfico 3D real — um terceiro eixo de valor (eixo de
profundidade) não é usado.
- Gráficos de dispersão (XY)
Dados que estejam organizados em colunas ou linhas em uma planilha podem ser
plotados em um gráfico de dispersão (XY). Esse tipo de gráfico mostra as relações entre os
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valores numéricos em várias seqüências de dados ou plota dois grupos de números como
uma seqüência de coordenadas XY.
Um gráfico de dispersão tem dois eixos de valores, mostrando um conjunto de dados
numéricos ao longo do eixo horizontal (eixo X) e outro ao longo do eixo vertical (eixo Y). Ele
combina esses valores em pontos de dados únicos e os exibe a intervalos irregulares, ou
agrupamentos. Gráficos de dispersão costumam ser usados para exibir e comparar valores
numéricos, como dados científicos, estatísticos e de engenharia.
Deve-se considerar a utilizar de um gráfico de dispersão quando:
a) Desejar-se alterar a escala do eixo horizontal;
b) Desejar-se tornar esse eixo uma escala logarítmica;
c) Os valores do eixo horizontal não estiverem uniformemente espaçados;
d) Existirem muitos pontos de dados no eixo horizontal;
e) Desejar-se mostrar efetivamente dados da planilha que incluem pares ou conjuntos
agrupados de valores, e ajustar as escalas independentes de um gráfico de dispersão para
revelar mais informações sobre os valores agrupados;
f) Desejar-se mostrar similaridades entre grandes conjuntos de dados em vez de
diferenças entre pontos de dados;
g) Desejar-se comparar vários pontos de dados sem preocupação com o tempo —
quanto mais dados forem incluídos em um gráfico de dispersão, melhor será a comparação.
Com o objetivo de organizar dados em uma planilha para um gráfico de dispersão, os
valores de X devem ser colocados em uma linha ou coluna para, em seguida, inserir os
valores de Y correspondentes nas linhas ou colunas adjacentes.
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Gráficos de dispersão têm os seguintes subtipos:
•••• Dispersão com marcadores apenas. Este tipo de gráfico compara pares de
valores. Deve-se optar pelo uso de um gráfico de dispersão com marcadores de
dados, mas sem linhas se o uso de muitos pontos de dados e linhas de conexão
tornar a leitura mais difícil. Também será possível usar esse tipo de gráfico quando
não houver necessidade de mostrar a conectividade dos pontos de dados.
•••• Dispersão com linhas suaves e dispersão com linhas suaves e marcadores.
Este tipo de gráfico exibe uma curva suave que conecta os pontos de dados. As linhas
suaves podem ser exibidas com ou sem marcadores. Se houver muitos pontos de dados,
deve-se optar pelo uso de uma linha suave sem marcadores.
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•••• Dispersão com linhas retas e dispersão com linhas retas e marcadores. Este
tipo de gráfico exibe linhas retas de conexão entre os pontos de dados, as quais
podem ser exibidas com ou sem marcadores.
- Gráficos de ações
Dados que estejam organizados em colunas ou linhas em uma ordem específica em
uma planilha podem ser plotados em um gráfico de ações. Como o nome sugere, um gráfico
de ações é usado mais freqüentemente para ilustrar a flutuação de preços de ações. No
entanto, também pode ser usado para fins científicos. Por exemplo, pode-se utilizar um
gráfico de ações para indicar a flutuação de temperaturas diárias ou anuais, desde que os
dados sejam organizados na ordem correta.
A maneira como os dados do gráfico de ações são organizados na planilha é muito
importante. Por exemplo, para criar um simples gráfico de ações de alta-baixa-fechamento,
você deve organizar seus dados com Alta, Baixa e Fechamento inseridos como títulos de
colunas, nessa ordem.
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Gráficos de ações têm os seguintes subtipos de gráficos:
•••• Alta-baixa-fechamento. O gráfico de ações de alta-baixa-fechamento é
geralmente usado para ilustrar os preços das ações, requerendo três séries de
valores na seguinte ordem: alta, baixa e fechamento.
•••• Abertura-alta-baixa-fechamento. Este tipo de gráfico de ações requer quatro
séries de valores na ordem correta (abertura, alta, baixa e fechamento).
•••• Volume-alta-baixa-fechamento. Este tipo de gráfico de ações requer quatro
séries de valores na ordem correta (volume, alta, baixa e fechamento). Ele mede o
volume usando dois eixos de valor: um para as colunas que medem o volume e
outro para os preços das ações.
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•••• Volume-abertura-alta-baixa-fechamento. Esse tipo de gráfico de ações requer
cinco séries de valores na ordem correta (volume, abertura, alta, baixa e
fechamento).
- Gráficos de superfície
Dados que estejam organizados em colunas ou linhas em uma planilha podem ser
plotados em um gráfico de superfície. Esse tipo de gráfico é útil quando se deseja encontrar
combinações vantajosas entre dois conjuntos de dados. Como em um mapa topográfico,
cores e padrões indicam áreas que estão no mesmo intervalo de valores. Pode ser utilizado
quando tanto as categorias quanto as séries de dados são valores numéricos.
Gráficos de superfície têm os seguintes subtipos de gráficos:
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•••• Superfície 3D. Gráficos de superfície 3D mostram tendências de valores em duas
dimensões em uma curva contínua. As faixas coloridas não representam as séries
de dados, mas a distinção entre os valores. Esse tipo de gráfico mostra uma
exibição 3D dos dados, que podem ser imaginada como uma folha de borracha
disposta sobre um gráfico de colunas 3D. É, geralmente, usado para mostrar a
relação entre grandes quantidades de dados que normalmente seriam difíceis de
identificar.
•••• Superfície 3D delineada. Quando exibido sem cor na superfície, um gráfico de
superfície 3D é denominado gráfico de superfície 3D delineado. Mostra somente as
linhas. A leitura de um gráfico de superfície 3D delineado não é fácil, mas ele é útil
na plotagem de grandes conjuntos de dados com mais rapidez.
•••• Contorno. Gráficos de contorno são gráficos de superfície exibidos de cima,
similares aos mapas topográficos 2D. Em um gráfico de contorno, as faixas
coloridas representam intervalos de valores específicos e as linhas conectam
pontos interpolados de igual valor.
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•••• Contorno delineado. Gráficos de contorno delineado também são gráficos de
superfície exibidos de cima. Sem faixas de valores na superfície, um gráfico
delineado mostra somente as linhas.
- Gráficos de rosca
Dados que estejam organizados em colunas ou linhas em apenas uma planilha podem
ser plotados em um gráfico de rosca. Como um gráfico de pizza, um gráfico de rosca exibe a
relação das partes com um todo, podendo conter mais de uma série de dados. Como a
leitura dos gráficos de rosca não é fácil, pode ser conveniente a utilização de um gráfico de
colunas empilhadas ou barras empilhadas.
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Gráficos de rosca têm os seguintes subtipos de gráficos:
•••• Rosca. Exibem dados em anéis, nos quais cada anel representa uma série de
dados. Se as porcentagens forem exibidas nos rótulos de dados, cada anel
totalizará 100%.
•••• Rosca Destacada. Como os gráficos de pizza destacada, gráficos de rosca
destacada exibem a contribuição de cada valor para um total ao mesmo tempo em
que enfatizam valores individuais, podendo conter mais de uma série de dados.
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- Gráficos de bolhas
Podem ser plotados em um gráfico de bolha dados que estão organizados em colunas
em uma planilha, de tal forma que valores de X sejam listados
Gráficos de bolhas têm os seguintes subtipos de gráficos:
•••• Bolhas ou bolhas com efeito 3D. Os dois tipos de gráficos de bolhas comparam
conjuntos de três valores, em vez de dois. O terceiro valor determina o tamanho do
marcador da bolha. Também é possível exibir bolhas no formato 2D ou com um
efeito 3D.
- Gráficos de radar
Os dados organizados em colunas ou linhas em uma planilha podem ser plotados em
um gráfico de radar, os quais comparam os valores agregados de várias séries de dados.
Gráficos de radar têm os seguintes subtipos de gráficos:
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•••• Radar e radar com marcadores a cada ponto de dados . Com ou sem
marcadores para pontos de dados individuais, gráficos de radar exibem alterações
em valores com relação a um ponto central.
•••••••• Radar preenchido. Em um gráfico de radar preenchido, a área coberta por uma
série de dados é preenchida com uma cor.
10 – Recursos modernos na preparação de slides, transparênc ias, pôsteres
A maneira mais rápida, simples e eficiente para o preparo desses materiais,
atualmente, é pelo uso do computador, existindo, no mercado, vários tipos de softwares
específicos para essa finalidade (Sigma Plot, Harvard Graphics, PowerPoint, Excel para
confecção de gráficos e mesmo o Word para confecção de tabelas). Atualmente, o programa
de apresentações mais utilizado é o PowerPoint, além de outros como o Corel
Presentantions.
Muitos desses softwares já contêm programados os princípios básicos, anteriormente
apresentados, quanto aos tipos e tamanho mínimo de letra, tipos de fundo, combinação de
modelos de desenhos (estruturas) e cores de fundo mais adequadas para várias situações,
além de galerias prontas dos mais diferentes tipos de gráficos e tabelas, tendo o usuário
apenas que escolher o que é mais adequado aos seus dados e aos seus objetivos.
O tratamento de imagens digitalizadas em scanners ou obtidas a partir de câmaras
digitais pode ser feito nos programas Photoshop da Adobe, PhotoPaint da Corel, ou ainda
no Paint Shop Pro, da Jasc, ou até mesmo no Photo Editor que vem com o MS Office. .
36
O tamanho das imagens, quando destinadas somente para visualização em
apresentações, deve possuir, no mínimo, a resolução de 100 dpi (dot per inch) ou 100 ppp
(pontos por polegada), abaixo da qual tem-se a degradação da qualidade da imagem. Para
se ter uma noção, uma foto comum (10 x 15 cm), digitalizada com 100 dpi, ocupa cerca de
700 KB no formato BMP ou TIFF (sem perda de qualidade) ou cerca de 10% disso no
formato JPG (com perda de qualidade).
Fotos e outras imagens com muitas cores podem ser gravadas em formato JPG
(extensão do arquivo) ou caso tenham poucas cores (até 256) como gráficos, esquemas,
croquis, etc. Os programas de apresentações possuem comandos específicos para inserção
das imagens nos slides.
Para impressão de transparências coloridas deve-se utilizar os filmes especiais para
essa finalidade e impressoras a laser ou jato de tinta, não se esquecendo de fazer antes as
mudanças necessárias solicitadas pelo sistema de impressão. Pode-se, também, fazer a
impressão final colorida em papel glossy de boa qualidade e depois produzir a transparência
colorida nas máquinas xerox.
Para confecção de pôsteres, banners e mesmo álbuns seriados existem impressoras a
laser ou jato de tinta (plotters) que trabalham em papel glossy de grande tamanho, em rolos
com 2 m de largura, e que dão um acabamento espetacular e profissional. Quem não estiver
preocupado em obter um produto final de altíssima qualidade pode fazer a impressão em
papel comum, bem mais barato que o papel glossy. Se não tiver acesso a um plotter os
pôsteres, banners e álbuns seriados podem ser impressos por partes, utilizando papel glossy
ou comum tipo A4, ou outro com gramatura igual ou auperior a 90g/m2, fazendo-se a
montagem dessas partes para compor o produto final. Quando os pôsteres, banners e álbuns
seriados forem ser utilizados várias vezes, durante muito tempo, sugere-se a plastificação
dos mesmos.
E, finalmente, seguem alguns comentários sobre a preparação de palestras,
seminários ou trabalhos científicos com a utilização do data-show. Um erro comum é que, o
palestrante, muitas vezes entusiasmado com os recursos do data-show, exagera na entrada
dos componentes de um slide de modo que a apresentação passa a ser muito mais um show
dos recursos de apresentação, perdendo a objetividade da mensagem final. O exagero dos
detalhes de entrada pode ser mais prejudicial aos objetivos propostos do que uma
mensagem mais simples, concisa e bem estruturada.
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Para montagem de apresentações multimídia, utilize recursos que possibilitem reter a
atenção do público, porém sem movimentos aleatórios e excessivos, devendo-se optar por
padrões de movimentação: slide sempre abrindo para a esquerda, linha e textos entrando da
direita para a esquerda, etc.
Uma opção interessante para a obtenção de material para as apresentações é a
internet, onde se tem uma infinidade de opções, desde imagens e documentos até
programas de apresentação e edição de imagens. Entretanto, deve-se tomar cuidado com a
fonte dos materiais, uma vez que a fidedignidade não é qualidade presente em boa parte dos
“websites”.
11 – Sugestões para a apresentação oral
Os itens que seguem referem-se a alguns princípios básicos que devem ser levados
em consideração na tarefa de apresentar o trabalho, utilizando data-show, transparências ou
mesmo álbum seriado. Como a maioria dos itens é comum a todos esses audiovisuais, os
princípios são apresentados em conjunto, cabendo comentários específicos para cada um
deles, quando for o caso:
1) Verifique com antecedência a disponibilidade de equipamentos. Peça um projetor
de slides ou retroprojetor de reserva para que, em caso de queima da lâmpada ou outro
problema, você não fique a ver navios.
2) Verifique se o aparelho está no foco correto e se a posição do mesmo irá permitir
que todos vejam o local de projeção. Lembre-se de que, na maioria das vezes, ao usar um
retroprojetor como recurso visual, você vai ficar em pé próximo ao aparelho, de frente para a
platéia.
3) Após ser apresentado pelo presidente da mesa, diga em poucas palavras a sua
satisfação por estar ali participando do evento
4) Se houver um microfone, use-o de modo consistente, mantendo-o à mesma
distância. O ideal é usar um microfone de lapela. Se não for usar o microfone, controle a
altura da voz de acordo com o tamanho do auditório e o número de pessoas na platéia.
5) Colocando a primeira transparência, slide ou folha do álbum seriado, procure ficar à
vontade, domine seus nervos e lembre-se de que mesmo os mais experientes ficam
nervosos. Nervosismo é normal; domínio dos nervos exige treinamento.
38
6) Se você se sentir um pouco inseguro durante a apresentação, procure dissimular.
Conte um caso acontecido numa aula, com um colega ou professor, relativo ao assunto da
apresentação. Quebre a frieza. Quando você terminar, verificará que já se sente bem melhor
no ambiente. Você perdeu a inibição, um fato comum que atinge a todos nós, em momentos
como esses.
7) Se você não se domina bem durante a exposição, estude a possibilidade de alguém
ajudá-lo a colocar as transparências ou operar o data-show. Combine um sinal para mudar
de transparência ou slide. Evite ficar dizendo: próximo, próximo.
8) Numere as transparências na ordem de apresentação. No momento de passar de
uma transparência para outra, não demore muito tempo sem dizer algo; ou não fique
procurando qual deve ser a próxima. Isso dá uma verdadeira agonia na platéia. Existe uma
correlação direta entre o tempo de silêncio entre uma transparência e outra e o grau de
agonia dos espectadores.
9) Dê muita ênfase aos porquês. Procure chamar a atenção. Mostre autoconfiança,
precisão, segurança sobre o assunto abordado. Use tom de voz firme ao dirigir-se à platéia e
mude o tom quando quiser chamar mais atenção sobre determinado aspecto. Você já viu
como é terrível assistir a uma palestra em que o apresentador, do começo ao fim, mantém
um único tom de voz?
10) Use de vez em quando o “suspense” de perguntas como essa: Qual seria a
explicação científica para esse comportamento? Deixe passar alguns segundos entre a sua
pergunta e a sua resposta. Deixe a platéia em certo “suspense” e dê a resposta.
11) Evite as posições estáticas e demoradas como: ficar com as mãos para trás,
braços cruzados, etc. Gesticule (não tanto quanto italiano) mas cuidado com certos cacoetes
de gestos e palavras. Não faça como aquele que, ao fim de 40 minutos de palestra, tinha
falado 112 vezes: é!
12) Se houver uma parte de sua palestra que não requer ilustração, desligue a
lâmpada do retroprojetor ou deixe um intervalo na projeção dos slides. Não permita que
transparências ou slides não específicos compitam com a sua exposição.
13) Fique próximo ao retroprojetor, mas evite fixação por tempo prolongado em um só
local. Procure andar próximo e dirigir-se à platéia quando você se sentir seguro do assunto.
Olhe para os vários setores do local procurando obter um “feed-back”. Não fale para a tela ou
para as janelas.
39
14) Quando estiver usando o retroprojetor e for apontar alguma coisa do assunto, isso
pode ser feito usando um apontador sobre a transparência. Se estiver muito nervoso, o que é
demonstrado pelo tremor ampliado de suas mãos na tela, deixe o apontador fixo em cima da
transparência.
15) Outra alternativa para transparências ou slides é o uso de apontador tipo laser,
mas somente o ligue enquanto estiver mostrando algo relevante.
16) Freqüentemente, é de bom alvitre que o próprio apresentador faça uma pergunta
para estimular o interesse; mas pergunte para a platéia como um todo e não para uma
pessoa em particular, evitando constrangimentos. Como o objetivo da pergunta é estimular a
participação da audiência, deseja-se que o maior número de pessoas responda.
17) Seja sempre auto-confiante e demonstre segurança, sem entretanto exagerar ao
ponto de deixar transparecer que você quer demostrar ser o único dono da verdade. Isso é
recebido pela platéia de maneira positiva. Até no momento das perguntas, o inquisidor
demonstrará mais respeito pelo seu trabalho. Você vai começar ganhando pontos.
18) Se durante uma pergunta você não se sentir seguro na resposta, peça
delicadamente que o interlocutor a repita. Talvez você, intimamente, nem precise se fixar na
repetição, mas, com isso, você terá tempo de raciocinar, buscar um argumento ou um
exemplo para a resposta.
19) Em certas situações é melhor que as perguntas, exceto as que exigem
esclarecimentos sobre um ponto ou significado que não ficou patente, sejam deixadas para o
fim da apresentação.
20) Termine com as conclusões, procurando enfatizar alguma coisa a mais com
respeito ao aspecto prático dos seus resultados. Agradeça a atenção e se coloque à
disposição para responder as perguntas.
21) E mais importante de tudo: ao apresentar um trabalho, fazer uma palestra ou uma
conferência ou mesmo uma aula em prova didática de um concurso, está em jogo o seu
nome profissional, o departamento a que pertence, a sua instituição ou mesmo um emprego.
Ganhar ou perder, a responsabilidade é sua!
40
12 – Sugestões para o presidente da mesa
O presidente da mesa tem, também, uma grande responsabilidade no sucesso da
apresentação. Quando for exercer essa função lembre-se dos seguintes pontos:
a) Local: Assegure-se de que a sala possa ter um baixo nível de iluminação geral,
sem luz na tela, e de que a platéia possa ver a tela de uma distância adequada.
b) Equipamentos para projeção: Obtenha um retroprojetor, projetor de slides ou data
show com potência suficiente para produzir uma imagem visível para todos os membros da
platéia. Se for usar o retroprojetor, esse deverá ser colocado de tal forma que o
apresentador, postando-se em pé próximo ao mesmo, não prejudique a visão da platéia
(Figura 3). Tenha sempre equipamentos de reserva ou, pelo menos, lâmpadas
sobressalentes.
c) Tela: Obtenha uma tela quadrada ao invés de retangular. Sua largura não deve ser
menor do que 1/6 do comprimento da sala. Se essas exigências não puderem ser seguidas,
é melhor projetar direto na parede.
d) Tribuna: Se houver uma tribuna, oriente a posição da mesma de modo que o
apresentador possa ver o local de projeção e passar os componentes de sua apresentação,
sem mudar de lugar. Se houver iluminação na tribuna, verifique para que a lâmpada seja de
baixa potência e para que não haja reflexos na direção da platéia ou da tela.
e) Período de perguntas: o presidente da mesa ou o apresentador deve repetir a
pergunta usando o microfone.
f) Mantenha o horário: Com uma programação apertada ou não, o Presidente da
Mesa deve informar ao apresentador que ele será comunicado quando faltarem 10 minutos
para o término da apresentação. Esse sistema geralmente funciona, mas sempre haverá
alguns apresentadores que não atendem e continuam falando. Um método que funciona é
colocar uma lâmpada à vista de ambos, apresentador e platéia. Acenda a luz por um
momento, poucos minutos antes do tempo do apresentador terminar. No momento em que o
apresentador deve parar, ligue a luz e deixe-a ligada. Se a lâmpada for vermelha e de grande
tamanho, e se houver um sistema de pisca-pisca no circuito, o apresentador deverá parar
dentro do prazo previsto (espera-se).
13 – Anexos: Arranjos de salas para uso de retroprojetor e data-show
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Arranjo com mesa central.Ideal para grupos de 6 a 12pessoas, no máximo. Este arranjo promove discussões. É o único arranjo possívelem salas pequenas.
Arranjo tipo anfiteatro -o melhor para apresentações.A melhor disposição para pequenasou médias apresentações é a do tipo anfiteatro.Aqui o auditório fica num plano elevado, em forma de meio círculo, ao redor do apresentador.Num anfiteatro bem planejado a acústica é excelente e o orador fica bastante próximo da audiência. Isso permite maior número de pessoas por m2 que qualquer outro arranjo e oferece uma visão clara, sem a menor obstrução ao que está sendo projetado na tela.É ideal para apresentações seguidas de perguntas e respostas.
Arranjo tipo “U”.Este é o melhor arranjo para reuniões que envolvem debates, porque permite a comunicação face a face e a interação do grupo. Ideal para grupos de 12 a 20 pessoas ou menos. Faça o arranjo em “U” com mesas retangulares.
Anexo 1: Arranjos ideais para o uso do retroprojeto r.As salas de reuniões ou conferências são de diferentes tamanhos e a disposição da platéia pode variar bastante, dependendo do tipo de móveis e de como arranja-los. O símbolo ( ) representa o apresentador.
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Figura 3. Arranjos da sala para apresentações com transparências ou slides
Anexo 2. Arranjos ideais para uso do projetor de sl ides ou data-show. Os princípios discutidos no anexo 1, são também aplicáveis para o projetor de slides e data-show. Face a posição do apresentador ( ), a tela, neste caso, podeser colocada em posição central, a exceção de projeções duplas.
Anexo 2. Arranjos ideais para uso do projetor de sl ides ou data-show. Os princípios discutidos no anexo 1, são também aplicáveis para o projetor de slides e data-show. Face a posição do apresentador ( ), a tela, neste caso, podeser colocada em posição central, a exceção de projeções duplas.
Arranjo com mesa central
Arranjo tipo anfiteatro -o melhor para apresentações
Arranjo para escritório
Arranjo tipo auditório ou teatro
Arranjo tipo sala de aula
Arranjo com projeção duplaEste tipo de arranjo por de usado com2 projetores de slides ou mesmo com umretroprojetor e um projetor de slides. Nesse último caso as transparências devem serde fundo escuro com letras claras.
Arranjo tipo “U”