44
0 TÉCNICAS DE PREPARO E APRESENTAÇÃO DE PALESTRAS Alfredo Scheid Lopes Professor Emérito, DCS, UFLA- Lavras – MG Douglas Ramos Guelfi Silva Professor Adjunto, DCS, UFLA- Lavras – MG Maio, 2011

Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

0

TÉCNICAS DE PREPARO E APRESENTAÇÃO DE PALESTRAS

Alfredo Scheid Lopes

Professor Emérito, DCS, UFLA- Lavras – MG

Douglas Ramos Guelfi Silva

Professor Adjunto, DCS, UFLA- Lavras – MG

Maio, 2011

Page 2: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

1

SUMÁRIO

1 – Introdução ......................................................................................................................... 1

2 – Importância da comunicação oral ...................................................................................... 1

3 – Preparo do material audiovisual .........................................................................................2

3.1 – O enfoque da apresentação oral...................................................................................... 3

3.2 – Estrutura de apresentação do trabalho............................................................................ 4

3.3 – Necessidade de prática.................................................................................................... 5

4 – Regras básicas para obter maior sucesso na apresentação ............................................ 5

5 – Preparação de slides, transparências, álbum seriado e pôsteres ..................................... 7

6 – Apresentação por meio de pôsteres .................................................................................. 8

7 – Tabelas e gráficos ............................................................................................................ 10

8 – Normas gerais para preparação de tabelas e gráficos .................................................... 14

9 – Sugestões para a escolha do tipo de gráfico a ser utilizado ............................................ 15

10 – Recursos modernos na preparação de slides, transparências e pôsteres .................... 35

11 – Sugestões para a apresentação oral ............................................................................. 37

12 – Sugestões para o presidente da mesa .......................................................................... 40

13 – Anexos: Arranjos de salas para uso do retroprojetor e do data-show ........................... 40

Page 3: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

1

1 - Introdução

A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de

conferências, palestras e seminários é uma constante na vida de professores, pesquisadores

e extensionistas. Mesmo aqueles que não estão incluídos nessas categorias de profissionais

têm que, com maior ou menor freqüência, apresentar um tema em público, na forma de

palestra ou conferência.

A maneira normalmente usada na execução dessas tarefas é a apresentação oral,

com ajuda de recursos audiovisuais, incluindo retroprojetor, projetor de slides, data-show e

até os antigos e tradicionais álbuns seriados.

Muitas vezes, por mais conhecimento que o apresentador tenha sobre o assunto, ele

deixa a desejar na sua tarefa, pelo uso de recursos audiovisuais que não foram preparados

adequadamente, de acordo com princípios e normas que iriam permitir uma perfeita

compreensão da platéia. Outras vezes, mesmo com o melhor material audiovisual disponível,

o nervosismo e, principalmente, a falta de treinamento em princípios de comunicação, levam

a um total desinteresse da platéia e a um insucesso da apresentação.

Apesar de não sermos especialistas no assunto, temos nos preocupado em sintetizar

as informações disponíveis sobre o tema, procurando oferecer, aos interresados em melhorar

suas apresentações, uma série de pontos relevantes para serem levados em consideração

na elaboração de apresentações orais.

Dessa maneira, o objetivo dessa publicação é apresentar sugestões para a

preparação de materiais audiovisuais, dicas a serem seguidas no momento da apresentação

e sugestões para a condução dos trabalhos pelo presidente de mesa, quando for o caso.

2 - Importância da comunicação oral

O modo como a pessoa se comunica é de extrrema importância para que ela possa

alcançar seus objetivos na transmissão de sua mensagem, tornando a comunicação

eficiente.

Numa apresentação oral o conteúdo verbal contribui com 7% da nossa comunicação e

o interesse vocal e linguagem corporal com 38 e 55%, respectivamente. Dessa maneira, pelo

Page 4: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

2

menos 90% da imagem pública do comunicador depende mais de como ele age e fala do

que diz de fato.

Um exemplo histórico da grande relevância do domínio da comunicação oral ocorreu

nas eleições presidencias americanas no ano de 1960. Os candidatos eram Richard Nixon e

John Kennedy e a comunicação com eleitores ocorreu principalmente via rádio e televisão.

Pelo rádio, o conteúdo verbal é mais importante devido à ausência de linguagem corporal, e

o candidato Richard Nixon se saiu melhor nos debates.

Quando a comunicação dos candidatos ocorreu via televisão onde a eficiência da

comunicação não foi influenciada somente pelo conteúdo verbal, mas também pela

expressão e linguagem corporal o candidato que se demonstrava mais confiável era

Kennedy. O candidato Nixon era mais estruturado, tinha políticas melhor definidas, porém foi

o candidato Kennedy o eleito devido, em parte, a sua melhor eficiência na comunicação e

poder de convencimento.

Isso tudo enfatiza que, para que o processo de transmissão de informações seja

eficiente devem ser utilizados os cinco sentidos: a visão, a audição, o olfato, o tato e o

paladar. O apresentador tem que passar uma boa impressão aos ouvintes de sua

comunicação. Quanto mais e melhor os sentidos forem utilizados a perspectiva de sucesso

na transmissão do assunto abordado será mais eficiente.

3 - Preparo do material audiovisual

Antes do início da preparação da palestra, seminário ou trabalho científico é essencial

que se saiba o tipo de platéia para a qual se apresentará. Deve-se conhecer sua formação,

interesses, treinamento e seu nível intelectual, para que se possa decidir sobre o tipo de

material e linguagem a serem utilizados. Também, deve-se ter em mente o objetivo da

exposição, ou seja, onde se pretende chegar. A resposta das perguntas a seguir, ajudam no

conhecimento da platéia para qual será feita a apresentação:

a) Qual o tamanho do grupo?

b) Qual o nível de conhecimento dos participantes?

c) Que experiência têm os participantes?

Page 5: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

3

d) Que motivos levaram a procurar esta formação?

e) Qual a necessidade de formação?

Em situações em que o palestrante não conhece antecipadamente o público alvo,

deve-se procurar saber o tipo de audiência e adaptar da melhor maneira a apresentação

para um público específico.

3.1 - O enfoque da apresentação oral

Ao considerar seu objetivo, é importante compreender claramente a diferença entre

uma apresentação oral e um trabalho escrito. Isso é extremamente importante,

principalmente quando da apresentação de um trabalho científico em um congresso,

simpósio, etc.

O propósito principal de um trabalho escrito é transmitir informações. Dessa forma, ele

deve conter detalhes não apenas dos resultados em si, mas também de como foram obtidos.

O leitor tem todo o tempo de que necessita para estudá-lo e relê-lo, garantindo um

entendimento perfeito dos conceitos e conclusões. Já em apresentações orais, as

oportunidades para um exame minucioso não são oferecidas, havendo apenas possibilidade

de entender e memorizar o que é apresentado.

Essa é a diferença básica entre os dois métodos de comunicação e,

conseqüentemente, implica em não oferecer durante a apresentação oral a grande

quantidade de informações que fazem parte do trabalho escrito. O êxito de um bom trabalho

está na impressão que ele causa, e não nos detalhes de informações que são transferidas.

As informações detalhadas podem ser distribuídas em separado, por escrito, mas, a não ser

que se tenha criado uma boa impressão e estimulado o interesse, é pouco provável que

alguém chegue a lê-las.

Qualquer assunto pode tornar-se interessante se for bem apresentado, mas mesmo

um assunto interessante pode ser arruinado por uma má apresentação. Uma das causas

principais é o desejo de incluir toda a informação que se tem no trabalho escrito. Isso deve

ser evitado a qualquer custo, eliminando-se sumariamente todos os detalhes não essenciais.

Page 6: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

4

As pessoas, em geral, são impacientes e se a abordagem do assunto for

demasiadamente teórica ou abstrata a apresentação oral poderá ser ineficaz. Por outro lado,

as pessoas também se sentem interessadas se lhes ensinarem de forma objetiva e clara o

que querem aprender. Obviamente, o apresentador terá muito mais informações do que as

que apresenta e, se necessário, poderá mencioná-las ao responder as perguntas. Lembre-

se, porém, que se não for incentivado o interesse da platéia, é pouco provável que surjam os

questionamentos.

Em relação aos questionamentos, o apresentador deve saber deixar o público falar, ou

seja, o apresentador não consegue ouvir e falar ao mesmo tempo. Dessa forma, num

questionamento a pessoa que está arguíndo precisa sentir que está sendo escutada.

Também deve se colocar com empatia com a pessoa que o está questionado, assumindo o

quadro de referencial no local da apresentação. E por último, não deve deixar transparecer

emoções pessoais. O apresentador deve ficar atento e interessado, controlando as

exteriorizações de surpresa, acordo ou desacordo, agrado ou desagrado. Estas expressões

podem condicioná-lo a desenvolver o processo de comunicação guiado pelo outro,

deturpando, conscientemente ou inconscientemente, a mensagem.

3.2 - Estrutura de apresentação do trabalho

Como qualquer evento, uma apresentação deve ter um início, um meio e um fim. Com

a finalidade de criar uma boa impressão e de estimular o interesse, a abertura e o

encerramento são as partes mais importantes.

A abertura deve prender a atenção e sintonizar a platéia para o restante da

apresentação. É aconselhável memorizar suas linhas iniciais, para que possa dirigir-se à

platéia sem se orientar por notas. Nesse ponto, deve-se indicar a forma como a exposição

será feita, mostrando os tópicos principais e secundários a serem apresentados.

Os comentários finais são também importantes, uma vez que serão os mais

lembrados. A impressão que se cria pode tanto ser prejudicada quanto enaltecida por eles.

Os ouvintes devem terminar a sessão de apresentação com a impressão de que aprenderam

alguma coisa importante que poderá ajudá-los daquele momento em diante.

Page 7: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

5

3.3 - Necessidade de prática

O apresentador deve esforçar-se ao máximo para fazer uma boa apresentação.

Comunicadores profissionais nunca se apresentam sem ensaios, de modo que há,

obviamente, uma necessidade ainda maior de prática para os amadores. Faça isso com

amigos e colegas, não apenas para receber sugestões em relação ao conteúdo e sua

apresentação, mas também para ficar certo de que a cronometragem está correta.

Se for possível, grave em vídeo o treinamento de sua apresentação. Esteja sempre

atento com a redundância, movimentação, postura, entonação, vícios de linguagem e

possíveis cacoetes.

Lembre-se também que ficar nervoso quando se apresenta um trabalho é natural e

que, praticar com antecedência vai aumentar sua autoconfiança.

4 - Regras básicas para obter maior sucesso na apresentação

Antes de entrar em detalhes sobre a confecção de slides, transparências, álbuns

seriados e pôsteres, é necessário tomar conhecimento de algumas regras básicas a serem

seguidas com a finalidade de obter sucesso durante a sua apresentação.

- Tamanho mínimo da tela

Para qualquer apresentação, seja utilizando projetor de slides, retroprojetor ou data-

show, o tamanho mínimo da tela ou lugar para projeção deve ser calculado pela divisão do

comprimento total da sala por seis.

Exemplos: Sala de 12 m de comprimento / 6 = tela de 2 m x 2 m

Sala de 18 m de comprimento / 6 = tela de 3 m x 3 m

Sala de 24 m de comprimento / 6 = tela de 4 m x 4 m

Page 8: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

6

- Tamanho mínimo de letras e números

Um erro comum na preparação de slides e transparências é pegar uma tabela ou

figura, em geral ocupando uma página inteira de uma publicação, e fazer uma cópia em

transparência ou slide para a apresentação. O tamanho das letras originais, que seria

adequado para leitura, é totalmente inadequado para a projeção.

A regra básica para corrigir esse problema é muito simples: em qualquer situação o

tamanho mínimo de letra na confecção de tabelas, gráficos ou textos deve ser igual à largura

útil do slide/transparência dividido por 40.

Exemplos:

1) Transparência : altura = 24 cm ; largura = 20cm

Tamanho mínimo de letras e números = 20 cm / 40 = 0,5 cm

2) Slide em posição normal (paisagem) com relação altura :largura de 0,7:1

Tamanho mínimo de letras: Largura em cm dividido por 40 = tamanho em cm

3) Folha de álbum seriado: altura= 150 cm; largura=100 cm

Tamanho mínimo de letra : 100 cm / 40 = 2,5 cm

4) Slide de área de parcela experimental: dividir a largura da foto por 40 para

obtenção do tamanho mínio da letra

A importância dessa regra para slides e transparências, pode ser mostrada fazendo-se

um teste simples. Pegue a Tabela 1 (Página 11), uma tabela cuja maior dimensão é 20 cm. A

pergunta é: poderia essa tabela ser lida quando apresentada sob a forma de slide ou

transparência? Para obter essa informação (distância de observação), multiplique a maior

dimensão da cópia por seis. Deixando margens de 2 cm, a distância de observação é 20 cm

x 6 = 120 cm. Isto quer dizer que o que você vê, de uma distância de 120 cm, aproxima-se

do que apareceria na tela de projeção, visto pelo espectador sentado nas últimas fileiras,

supondo que o comprimento da sala seja igual a 6 vezes a largura da tela. Se a tela for de

apenas 1/10 do comprimento da sala, a distância de observação será 20 cm x 10 = 200 cm, o

que significa uma situação bem pior que a anterior. Fica claro porque as pessoas sentadas

nas últimas fileiras não permanecerão para o período de discussão, a menos que possam se

mover para mais perto da tela.

Page 9: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

7

5 - Preparação de transparências, slides, álbum seriado e pôste res

Antes de começar a preparar sua apresentação usando projetor de slides, data show,

retroprojetor, álbum seriado ou pôster, faça um esquema em rascunho do conteúdo de cada

unidade. Considere alguns aspectos básicos, tais como:

a) Atenha-se ao mínimo possível de unidades dentro do tempo disponível para a sua

apresentação. De maneira geral, pode-se estimar, em média, um minuto para cada unidade

de apresentação (transparência, slides ou folha do álbum seriado).

b) Nunca escreva tudo que tem a dizer sobre o assunto. Esse é um erro comum que

deve ser evitado a todo custo. Use uma seqüência de palavras-chave que ajudará a

relembrar parágrafos inteiros.

c) Coloque apenas uma idéia por unidade de apresentação. Não deixe outro item

competir com o ponto relevante a ser tratado em cada unidade.

d) Não apresente tabelas grandes e complicadas, que na maioria das vezes dificultam,

ao invés de facilitar a compreensão da mensagem. Normalmente, uma tabela não deve

conter mais de 20 dados numéricos; por exemplo: 4 linhas e 5 colunas.

e) Da mesma forma, não apresente gráficos complicados. Se num gráfico você tem 6

dados mas vai se referir a apenas 2, elimine os outros 4.

f) Ocupe toda a área da transparência, slide ou folha do álbum seriado, de forma bem

distribuída.

g) Se tiver uma série de tópicos, por exemplo 5 (cinco), cada um com vários sub-

tópicos, é preferível preparar 5 unidades de apresentação, cada uma com um tópico e os

respectivos sub-tópicos.

h) Examine criticamente cada unidade preparada para ver se convém apresentá-la.

Provavelmente, você já tem excesso de material para o tempo disponível, e a eliminação de

algumas unidades não irá prejudicar a apresentação do seu trabalho.

i) Ordene e numere todas as unidades; treine individualmente perante os colegas e

acate as críticas e sugestões para melhorar a apresentação. Em geral, são necessárias de 3

a 5 sessões de treinamento para se atingir o ponto ideal de comunicação.

Page 10: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

8

6 - Apresentação por meio de pôsteres

O principal objetivo de um encontro científico é a troca de informações. Hoje, a forma

mais comum para apresentação de um trabalho nesses encontros é o pôster.

- Planejamento

1) Você deve enfocar cuidadosamente o sumário, introdução, material e métodos,

resultados e discussão, conclusões e referências.

2) Faça um pequeno rascunho, em escala, do seu pôster, com letra normal em papel

comum A4 (21,0 x 29,7 cm). Enfatize os pontos que você quer chamar a atenção.

3) Pense nos tópicos, texto, figuras, gráficos, ilustrações, fotos, e incorpore essas

idéias ao seu rascunho.

4) Quando estiver satisfeito com o rascunho inicial, faça um esquema grosseiro dentro

das dimensões disponíveis no painel para colocar o pôster.

- Organização

1) Seu pôster começa no canto superior esquerdo. A partir desse ponto ele deve

seguir da esquerda para a direita e de cima para baixo.

2) O título, autor (es) e a instituição devem estar na parte de cima do painel. Use

letras, números, e setas para indicar o fluxo para a audiência.

- Simplicidade

1) Não coloque informações em excesso na apresentação. Concentre-se em dois ou

três pontos principais.

2) Dê destaque às tendências e comparações com gráficos, figuras e diagramas.

3) Tenha cuidado ao elaborar o texto, e tenha certeza de que ele é facilmente

compreensível. Na realidade, outlines dos pontos importantes freqüentemente funcionam

melhor do que o texto corrido.

Page 11: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

9

4) Use abreviações e acrônimos com prudência. Não exagere na quantidade de

números, palavras, e/ou gráficos complicados. Lembre-se de que muitas pessoas vão ler ou

estudar o seu pôster quando você não estiver presente; esteja certo de que a mensagem é

clara e simples.

5) Escolha uma cor de fundo para o seu pôster. Use cores contrastantes, quando

apropriado, em figuras, gráficos e diagramas.

- Títulos, tópicos e sub-tópicos

1) É melhor chamar a atenção do título, tópicos e sub-tópicos com cores diferentes ou

com linhas coloridas. É também recomendável que as letras utilizadas nos tópicos e sub-

tópicos sejam, pelo menos, 25% maiores do que as letras do texto (0,64 cm), ou seja 0,8 cm

em negrito.

2) Para o título, use letra em negrito de pelo menos 2,5 cm. Para nomes dos autores,

instituição e endereço use letras de 1,9 cm.

- Digitação do texto

1) Mantenha o texto curto, conciso e com afirmações legíveis; minimize sentenças

completas e parágrafos longos.

2) As letras nos sub-tópicos e legendas das figuras devem ser maiores do que as do

texto, e em negrito, mas menores que as do tópico principal.

3) As letras do texto devem ser de pelo menos 0,64 cm, para serem legíveis a uma

distância de 2 m.

- Montagem

1) Planeje deixar uma margem de 2,5cm ao redor de cada folha do seu trabalho.

2) Mantenha as partes componentes do seu pôster suficientemente pequenas para

caber em uma pasta de 43 x 56 cm ou menor. As fotos devem ser montadas para evitar o

curvamento das mesmas.

Page 12: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

10

3) Se for preparar o seu pôster impresso em uma única folha grande utilizando um

ploter a laser ou jato de tinta utilize um papel glossy. Acondicione o pôster para viagem em

um tubo de plástico de 10 cm de diâmetro com dois tampões.

4) Leve o seu pôster como bagagem de mão se for fazer uma viagem aérea para

evitar extravios.

5) Mesmo que seja responsabilidade dos organizadores fornecer material para fixação

do seu pôster, leve consigo fitas adesivas dupla face, tesoura e outros materiais que julgar

necessário para essa finalidade.

- Diversos

1) Leve consigo alguns cartões com seus dados pessoais (nome, endereço, fone, fax,

e-mail) para distribuição aos interessados durante a sua apresentação.

2) Tenha disponível uma prancheta com uma folha para anotar nome e endereço dos

interessados em mais informações.

3) Você também deve, se possível, ter em mãos algumas cópias completas de seu

trabalho para distribuição aos interessados.

7 - Tabelas e gráficos

Observe os dados da Tabela 1, que representam uma tabela em tamanho original

para publicação, mas que, pelos motivos citados no tópico 5, não se prestam para preparar

uma transparência, slide ou folha de álbum seriado.

Page 13: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

11

Tabela 1. Efeito da adubação nitrogenada na produção de milho, custo de produção e lucro por acre na bacia do Rio Columbia, Washington.

N Custo

fixo

Custo

variável *

Custo

total

Produção Retorno

bruto**

Lucro Custo por

bushel

lbs/A US$ US$ US$ Bu/A US$ US$ US$

0 57 - 57,00 35 57,75 0,75 1,63

20 57 9,33 66,33 58 95,70 29,37 1,14

200 57 41,422 98,42 128 211,20 112,78 0,77

* Inclui fertilizantes, água extra, justo e custo de colheita.

** milho a US$1,65 por bushel.

Por que a Tabela 1 não é adequada?

a) O número da tabela não acrescenta nada.

b) O título é muito longo para ser lido com rapidez.

c) Há muitas notas de rodapé.

d) Pelo menos metade das colunas de números não será, provavelmente, usada pelo

apresentador.

Portanto, pode-se concluir que a Tabela 1, como está, não se presta para a

apresentação.

A platéia, principalmente em um encontro científico, não tem tempo disponível nem

esta disposta a estudar a tabela em detalhes. Se o que vou apresentar precisa ser eficiente

quanto à comunicação, isto deve ser feito pelo impacto.

A Tabela 2 foi modificada para corrigir os defeitos da Tabela 1 e preparar um bom

slide.

Page 14: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

12

Tabela 2. Reprodução da Tabela 1 com os dados digitados em tamanho adequado para preparar o slide.

MILHO – BACIA DE COLUMBIA

Nitrogênio Produção Custo Lucro

Lb/A Bu/A US$/Bu US$/Bu

0 35 1,63 0,75

20 58 1,14 29,37

200 128 0,77 112,78

O título foi reduzido a palavras-chave. As colunas foram reduzidas ao estritamente

essencial. A letra utilizada foi Arial e em negrito. Meça a largura dessa tabela (10 cm)

incluindo as margens, e a altura (7 cm) mantendo a relação 1,0:0,7 que é a relação do slide

horizontal. Nesse caso, calculando-se a distância de observação obtêm-se: 10 cm x 6 = 60

cm. Observe que, a essa distância, a visibilidade é perfeita. Observe também que, nessa

nova versão dos dados não há elementos dispersivos. O apresentador poderá dar a

mensagem e esclarecer tudo em não mais do que um minuto.

Mas será que, realmente, a Tabela 2 é a melhor cópia de slide ou transparência

possível? Por que não fazer um gráfico ao invés de uma tabela? Na Figura 1, é apresentada

uma representação gráfica obtida dos dados da Tabela 2.

Page 15: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

13

120

100

80

60

40

20

040 80 120 160 200 2400

LIBRAS DE NITROGÊNIO/ACRE

P

E

C

Y

RESPOSTA DO MILHO À ADUBAÇÃO

NITROGENADA - BACIA DE COLUMBIA

BU

SH

ELS

/AC

RE

Figura 1. Gráfico adequado para publicação mas não para preparaçãp de slide para

projeção.

A forma é essencialmente aquela empregada para publicação, mas teria certas

desvantagens como cópia de slide:

a) Uma dimensão vertical maior do que a dimensão horizontal somente é possível se

dispusermos de uma tela quadrada, o que freqüentemente não acontece.

b) A relação entre a dimensão vertical e a horizontal (1:1) deve ser reduzida para

0,7:1, para adaptar-se à dimensão da figura feita no power-point ou outro programa (slides

de 35 mm – paisagem).

c) O título tem muitas palavras.

d) A escrita vertical deve ser evitada.

e) As letras são muito pequenas.

f) A espessura das curvas dá a elas ênfase insuficiente em relação ao quadriculado.

Page 16: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

14

Uma versão modificada desse gráfico, mais adequada para a preparação do um bom

slide, pode ser vista na Figura 2. Observe que as deficiências da Figura 1 foram corrigidas.

100

140

180

BRUTOBRUTO

CUSTOCUSTO

DÓLARES

MilhoMilhoBacia ColumbiaBacia Columbia

BRUTOBRUTO

CUSTOCUSTO

LUCRO

DÓLARES

MilhoMilhoBacia ColumbiaBacia Columbia

00 40 80 120 160 200

20

60

NITROGÊNIO (LIBRAS/ACRE)

Os mesmos princípios devem ser seguidos para a confecção de transparências e para

preparação de álbum seriado. Nesses casos as relações entre largura e altura úteis devem

ser adequadas para preencherem todo o espaço disponível.

8 - Normas gerais para preparação de tabelas e gráficos

Para tabelas:

a) Não use número na tabela.

b) Elimine o título ou reduza-o a palavras- chave.

c) Simplifique os cabeçalhos das colunas.

d) Considere os dados. Se houver linhas e colunas de números que não serão

comentados, ou serão tratadas com a frase “Bem, esses dados mostram mais ou menos a

mesma coisa”, elimine-os.

e) Procure sempre ocupar todo o espaço útil na apresentação.

Figura 2 - Versão modificada da Figura 1, agora adequada para preparação de slides

Page 17: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

15

f) Se a tabela não se adaptar ao espaço disponível, seguindo as regras de tamanho de

letras e números, faça uma avaliação da mesma mas não diminua o tamanho mínimo das

letras e números.

g) O título da tabela pode ser uma frase que condense o que se deseja que o leitor

aprenda. Por exemplo, “Há aumento de lucro ao aumentar-se a dose de N”.

h) Se quiser chamar atenção sobre um dado numérico use cor diferente ou indique

com uma seta.

i) Quando usar cores de fundo procure não “borrocar” muito. O contraste entre as

cores do fundo e das letras e números, é o que confere a qualidade visual da transparência

ou slide.

Para gráficos

a) Escolha as escalas, de modo que a relação entre altura/largura seja 0,7:1,0 para

apresentação com slides (modo paisagem), 1,2:1,0 para transparências e 1,5:1,0 para álbum

seriado.

b) Identifique as coordenadas da maneira mais simples possível.

c) Elimine a escrita vertical, quando possível.

d) Mostre os dados observados somente se eles forem essenciais para a discussão.

e) Evite símbolos complexos e legendas.

f) Identifique as curvas ou barras de maneira simples e legível.

g) Use a marcação mais simples possível.

h) Se o gráfico não se adaptar ao espaço disponível, seguindo as regras de tamanho

de letras e números, faça uma avaliação do mesmo mas não diminua o tamanho mínimo das

letras e números.

i) Se quiser chamar atenção sobre algum ponto interessante indique com uma seta.

j) Quando usar cores de fundo observe as sugestões do item h para tabelas.

9 - Sugestões para a escolha do tipo de gráfico a ser utilizad o

Existem, na internet, vários sites com orientações sobre a escolha de tipo de gráfico a

ser utilizado, com orientações bastante úteis ao usuário. A descrição que segue foi tirada do

site: hhttttpp::////ooffffiiccee..mmiiccrroossoofftt..ccoomm//pptt--bbrr//eexxcceell--hheellpp//ttiippooss--ddee--ggrraaffiiccooss--ddiissppoonniivveeiiss--HHAA000011223333773377..aassppxx..

Page 18: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

16

No mesmo site sugere-se consultar também: 1) Alterar o tipo de um gráfico existente;

2) Criar um gráfico; 3) Criar um organograma; 4) Criar, aplicar e remover um modelo de

gráfico; 5) Demonstração: Crie gráficos no Excel 2007.

- Gráficos de colunas

Dados que estejam organizados em colunas ou linhas em uma planilha podem ser

plotados em um gráfico de colunas. Esse tipo de gráfico é útil para mostrar as alterações de

dados em um período de tempo ou para ilustrar comparações entre itens.

Nesse caso, as categorias são geralmente organizadas ao longo do eixo horizontal, e

os valores ao longo do eixo vertical.

Os gráficos de colunas possuem os seguintes subtipos:

•••• Colunas agrupadas e colunas agrupadas em 3D. Gráficos de colunas

agrupadas comparam valores entre categorias. Um gráfico de colunas agrupadas

exibe os valores em retângulos verticais 2D. Uma coluna agrupada em gráfico 3D

exibe os dados usando apenas uma perspectiva 3D.

Os gráficos de colunas agrupadas podem ser utilizados quando os dados representam:

a) Intervalos de valores (por exemplo, contagem de itens).

Page 19: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

17

b) Disposições de escala específicas (por exemplo, uma escala Likert com entradas, como:

concordo totalmente, concordo, neutro, discordo, discordo totalmente).

c) Nomes que não estão em nenhuma ordem específica (por exemplo, nomes de itens,

nomes geográficos ou nomes de pessoas).

Observação: Para apresentar dados em um formato 3D que use três eixos (um eixo

horizontal, um eixo vertical e um eixo de profundidade) que você possa modificar, use um

subtipo de gráfico de colunas 3D.

•••• Coluna empilhada e coluna 3D empilhada. Os gráficos de colunas empilhadas

mostram a relação dos itens individuais com o todo, comparando a contribuição de

cada valor para um total entre as categorias. Um gráfico de colunas empilhadas

exibe valores em retângulos 2D empilhados verticais. Um gráfico de colunas 3D

empilhadas exibe os dados por meio de uma perspectiva 3D apenas.

O gráfico de colunas empilhadas deve ser utilizado quando houver várias séries de

dados e quando desejar-se enfatizar o total.

•••• Coluna 100% empilhada e coluna 3D 100% empilhada. Esses tipos de gráficos

comparam a contribuição de cada valor para um total entre as categorias (em

porcentagem). Um gráfico de colunas 100% empilhadas exibe os valores em

retângulos verticais 2D 100% empilhados. Um gráfico de colunas 3D 100%

empilhadas exibe os dados por meio de uma perspectiva 3D apenas.

Page 20: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

18

Você pode usar um gráfico de colunas 100% empilhadas quando houver três ou mais

séries de dados e desejar-se enfatizar as contribuições para o todo, especialmente se o total

for o mesmo para cada categoria.

•••• Coluna 3D. Os gráficos de colunas 3D usam três eixos modificáveis (um eixo

horizontal, um eixo vertical e um eixo de profundidade) e comparam pontos de

dados ao longo dos eixos horizontal e de profundidade.

Esse tipo de gráfico pode ser utilizado na comparação de dados entre as categorias e

entre as séries igualmente. As categorias são mostradas ao longo dos eixos horizontal e de

profundidade, enquanto o eixo vertical exibe os valores.

•••• Cilindro, cone e pirâmide. Os gráficos de cilindro, cone e pirâmide estão

disponíveis nos mesmos tipos (agrupados, empilhados, 100% empilhados e 3D)

existentes para gráficos de colunas retangulares. Eles mostram e comparam os

dados da mesma maneira.

- Gráficos de linhas

Dados que estejam organizados em colunas ou linhas em uma planilha podem ser

plotados em um gráfico de linhas. Esse tipo de gráfico pode exibir dados contínuos ao longo

do tempo, definidos em relação a uma escala comum e são, portanto, ideais para mostrar

tendências em dados a intervalos iguais. Em um gráfico de linha, dados de categorias são

distribuídos uniformemente ao longo do eixo horizontal, e todos os dados de valores são

distribuídos igualmente ao longo do eixo vertical.

Page 21: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

19

Os gráficos de linhas devem ser utilizados quando os rótulos de categorias são textos

e estão representando valores uniformemente espaçados como meses, trimestres ou anos

fiscais. Isso é válido especialmente quando existem várias séries — para uma série,

considere o uso de um gráfico de categorias. Também podem ser utilizados quando houver

vários rótulos numéricos uniformemente espaçados, especialmente em anos. Em casos em

que o número de rótulos numéricos ultrapassar dez, deve-se dar preferência para os gráficos

de dispersão.

Gráficos de linhas têm os seguintes subtipos de gráficos:

•••• Linha e linha com marcadores. Exibidos com marcadores para indicar valores

de dados individuais, ou sem, os gráficos de linhas são úteis para mostrar

tendências com o tempo ou categorias ordenadas, especialmente quando há

muitos pontos de dados e a ordem na qual eles são apresentados for importante.

Se houver muitas categorias ou os valores forem aproximados, deve-se optar por

um gráfico de linhas sem marcadores.

•••• Linha empilhada e linha empilhada com marcadores Exibidos com

marcadores para indicar valores de dados individuais, ou sem nenhum marcador,

gráficos de linhas empilhadas podem ser usados para mostrar a tendência da

colaboração de cada valor ou das categorias ordenadas com o tempo. Porém,

Page 22: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

20

como não é fácil verificar se as linhas estão empilhadas, considere o uso de um

outro tipo de gráfico de linhas ou de área empilhada.

•••• Linha 100% empilhada e linha 100% empilhada com marcador es Exibidos

com marcadores para indicar valores de dados individuais, ou sem nenhum

marcador, gráficos de linhas 100% empilhadas são úteis para mostrar a tendência

da porcentagem de cada valor participante com o tempo ou das categorias

ordenadas. Se houver muitas categorias ou os valores forem aproximados, deve-

se optar pelo uso de um gráfico de linhas 100% empilhadas sem marcadores.

Para uma melhor apresentação desse tipo de dados, considere o uso de um gráfico de

área 100% empilhada.

•••• Linha 3D Gráficos de linhas 3D mostram cada linha ou cada coluna de dados

como uma barra de formato 3D, com eixos horizontal, vertical e de profundidade

que podem ser modificados.

- Gráficos de pizza

Dados que estejam organizados apenas em uma coluna ou linha em uma planilha

podem ser plotados em um gráfico de pizza. Esse tipo de gráfico mostra o tamanho de itens

Page 23: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

21

em uma série de dados, de modo proporcional à soma dos itens. Os pontos de dados são

exibidos como um percentual de toda a pizza.

Considere a utilização de um gráfico de pizza quando:

a) Desejar plotar apenas uma série de dados;

b) Nenhum dos valores a ser plotado for negativo;

c) Quase nenhum dos valores a ser plotado for igual a zero;

d) Não houver mais de sete categorias;

e) As categorias representarem partes de toda a pizza.

Gráficos de pizza têm os seguintes subtipos de gráficos:

•••• Pizza e pizza 3D. Gráficos de pizza exibem a contribuição de cada valor para um

total no formato 2D ou 3D. As fatias do gráfico podem ser, manualmente, puxadas

para fora, a fim de enfatizá-las.

•••• Pizza de pizza e barra de pizza. Os gráficos de pizza de pizza ou barra de pizza

exibem gráficos de pizza com valores definidos pelo usuário extraídos do gráfico

de pizza principal e combinados em um gráfico de pizza secundário ou em um

Page 24: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

22

gráfico de barras empilhadas. Esses tipos de gráficos são úteis quando se deseja

facilitar a identificação das pequenas fatias no gráfico de pizza principal.

•••• Pizza destacada e pizza destacada 3D. Gráficos de pizza destacada exibem a

contribuição de cada valor para um total e, ao mesmo tempo, enfatizam valores

individuais. Os gráficos de pizza destacada podem ser exibidos no formato 3D.

Pode-se alterar a configuração de exposição de pizza para todas as fatias e para

cada fatia individualmente, mas não é possível mover manualmente as fatias de

uma pizza destacada. Caso seja desejado puxar manualmente as fatias para fora,

recomenda-se o uso de um gráfico de pizza ou gráfico de pizza 3D.

- Gráficos de barras

Dados que estejam organizados em colunas ou linhas em uma planilha podem ser

plotados em um gráfico de barras, os quais ilustram comparações entre itens individuais.

Considere a utilização de um gráfico de barras quando:

Page 25: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

23

a) Os rótulos dos eixos forem longos.

b) Os valores mostrados forem durações.

Gráficos de barras têm os seguintes subtipos de gráficos:

•••• Barras agrupadas e barras agrupadas em 3D. Gráficos de barras agrupadas

comparam valores entre categorias. As categorias são geralmente organizadas ao

longo do eixo vertical e os valores, ao longo do eixo horizontal. Uma barra

agrupada em gráfico 3D exibe os retângulos horizontais em formato 3D.

•••• Barras empilhadas e barras empilhadas em 3D. Gráficos de barras empilhadas

mostram a relação de cada item com o todo. Um gráfico de barras 3D empilhadas

exibe os retângulos horizontais em formato 3D.

•••• Barras 100% empilhadas e barras 100% empilhadas em 3D . Esse tipo de

gráfico compara a contribuição de cada valor para um total entre as categorias (em

porcentagem). Um gráfico de barras 3D 100% empilhadas exibe os retângulos

horizontais em formato 3D.

Page 26: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

24

•••• Cilindro, cone e pirâmide horizontais. Esses gráficos estão disponíveis nos

mesmos tipos (agrupados, empilhados e 100% empilhados) fornecidos para

gráficos de barras retangulares. Eles mostram e comparam os dados exatamente

da mesma maneira. A única diferença é que esses tipos de gráficos exibem formas

de cilindro, cone e pirâmide, ao invés de retângulos horizontais.

- Gráficos de área

Dados que estejam organizados em colunas ou linhas em uma planilha podem ser

plotados em um gráfico de área. Esse tipo de gráfico enfatiza a magnitude da mudança no

decorrer do tempo e pode ser usado para chamar atenção para o valor total ao longo de uma

tendência. Por exemplo, os dados que representam o lucro no decorrer do tempo podem ser

plotados em um gráfico de área para enfatizar o lucro total. Exibindo a soma dos valores

plotados, o gráfico de área mostra também a relação das partes com um todo.

Gráficos de área têm os seguintes subtipos de gráficos:

•••• Área 2D e área 3D. Quer sejam exibidos em 2D ou 3D, os gráficos de área exibem

a tendência de valores no decorrer do tempo ou outros dados de categoria. Os

gráficos de área 3D usam três eixos (horizontal, vertical e profundidade)

modificáveis. Como regra, deve-se considerar o uso de um gráfico de linha, ao

Page 27: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

25

invés de um gráfico de área não empilhada, pois os dados de uma série podem ser

ocultados pelos dados de outra série.

•••• Área empilhada e área 3D empilhada. Gráficos de área empilhada exibem a

tendência da contribuição de cada valor no decorrer do tempo ou outros dados de

categoria. Um gráfico de área 3D empilhada é exibido da mesma maneira, mas usa

uma perspectiva 3D. A perspectiva 3D não é um gráfico 3D real — um terceiro eixo

de valor (eixo de profundidade) não é usado.

•••• Área 100% empilhada e área 3D 100% empilhada. Gráficos de área 100%

empilhada exibem a tendência da contribuição de cada valor no decorrer do tempo

(em porcentagem) ou outros dados de categoria. Um gráfico de área 3D 100%

empilhada é exibido da mesma maneira, mas usa uma perspectiva 3D. A

perspectiva 3D não é um gráfico 3D real — um terceiro eixo de valor (eixo de

profundidade) não é usado.

- Gráficos de dispersão (XY)

Dados que estejam organizados em colunas ou linhas em uma planilha podem ser

plotados em um gráfico de dispersão (XY). Esse tipo de gráfico mostra as relações entre os

Page 28: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

26

valores numéricos em várias seqüências de dados ou plota dois grupos de números como

uma seqüência de coordenadas XY.

Um gráfico de dispersão tem dois eixos de valores, mostrando um conjunto de dados

numéricos ao longo do eixo horizontal (eixo X) e outro ao longo do eixo vertical (eixo Y). Ele

combina esses valores em pontos de dados únicos e os exibe a intervalos irregulares, ou

agrupamentos. Gráficos de dispersão costumam ser usados para exibir e comparar valores

numéricos, como dados científicos, estatísticos e de engenharia.

Deve-se considerar a utilizar de um gráfico de dispersão quando:

a) Desejar-se alterar a escala do eixo horizontal;

b) Desejar-se tornar esse eixo uma escala logarítmica;

c) Os valores do eixo horizontal não estiverem uniformemente espaçados;

d) Existirem muitos pontos de dados no eixo horizontal;

e) Desejar-se mostrar efetivamente dados da planilha que incluem pares ou conjuntos

agrupados de valores, e ajustar as escalas independentes de um gráfico de dispersão para

revelar mais informações sobre os valores agrupados;

f) Desejar-se mostrar similaridades entre grandes conjuntos de dados em vez de

diferenças entre pontos de dados;

g) Desejar-se comparar vários pontos de dados sem preocupação com o tempo —

quanto mais dados forem incluídos em um gráfico de dispersão, melhor será a comparação.

Com o objetivo de organizar dados em uma planilha para um gráfico de dispersão, os

valores de X devem ser colocados em uma linha ou coluna para, em seguida, inserir os

valores de Y correspondentes nas linhas ou colunas adjacentes.

Page 29: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

27

Gráficos de dispersão têm os seguintes subtipos:

•••• Dispersão com marcadores apenas. Este tipo de gráfico compara pares de

valores. Deve-se optar pelo uso de um gráfico de dispersão com marcadores de

dados, mas sem linhas se o uso de muitos pontos de dados e linhas de conexão

tornar a leitura mais difícil. Também será possível usar esse tipo de gráfico quando

não houver necessidade de mostrar a conectividade dos pontos de dados.

•••• Dispersão com linhas suaves e dispersão com linhas suaves e marcadores.

Este tipo de gráfico exibe uma curva suave que conecta os pontos de dados. As linhas

suaves podem ser exibidas com ou sem marcadores. Se houver muitos pontos de dados,

deve-se optar pelo uso de uma linha suave sem marcadores.

Page 30: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

28

•••• Dispersão com linhas retas e dispersão com linhas retas e marcadores. Este

tipo de gráfico exibe linhas retas de conexão entre os pontos de dados, as quais

podem ser exibidas com ou sem marcadores.

- Gráficos de ações

Dados que estejam organizados em colunas ou linhas em uma ordem específica em

uma planilha podem ser plotados em um gráfico de ações. Como o nome sugere, um gráfico

de ações é usado mais freqüentemente para ilustrar a flutuação de preços de ações. No

entanto, também pode ser usado para fins científicos. Por exemplo, pode-se utilizar um

gráfico de ações para indicar a flutuação de temperaturas diárias ou anuais, desde que os

dados sejam organizados na ordem correta.

A maneira como os dados do gráfico de ações são organizados na planilha é muito

importante. Por exemplo, para criar um simples gráfico de ações de alta-baixa-fechamento,

você deve organizar seus dados com Alta, Baixa e Fechamento inseridos como títulos de

colunas, nessa ordem.

Page 31: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

29

Gráficos de ações têm os seguintes subtipos de gráficos:

•••• Alta-baixa-fechamento. O gráfico de ações de alta-baixa-fechamento é

geralmente usado para ilustrar os preços das ações, requerendo três séries de

valores na seguinte ordem: alta, baixa e fechamento.

•••• Abertura-alta-baixa-fechamento. Este tipo de gráfico de ações requer quatro

séries de valores na ordem correta (abertura, alta, baixa e fechamento).

•••• Volume-alta-baixa-fechamento. Este tipo de gráfico de ações requer quatro

séries de valores na ordem correta (volume, alta, baixa e fechamento). Ele mede o

volume usando dois eixos de valor: um para as colunas que medem o volume e

outro para os preços das ações.

Page 32: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

30

•••• Volume-abertura-alta-baixa-fechamento. Esse tipo de gráfico de ações requer

cinco séries de valores na ordem correta (volume, abertura, alta, baixa e

fechamento).

- Gráficos de superfície

Dados que estejam organizados em colunas ou linhas em uma planilha podem ser

plotados em um gráfico de superfície. Esse tipo de gráfico é útil quando se deseja encontrar

combinações vantajosas entre dois conjuntos de dados. Como em um mapa topográfico,

cores e padrões indicam áreas que estão no mesmo intervalo de valores. Pode ser utilizado

quando tanto as categorias quanto as séries de dados são valores numéricos.

Gráficos de superfície têm os seguintes subtipos de gráficos:

Page 33: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

31

•••• Superfície 3D. Gráficos de superfície 3D mostram tendências de valores em duas

dimensões em uma curva contínua. As faixas coloridas não representam as séries

de dados, mas a distinção entre os valores. Esse tipo de gráfico mostra uma

exibição 3D dos dados, que podem ser imaginada como uma folha de borracha

disposta sobre um gráfico de colunas 3D. É, geralmente, usado para mostrar a

relação entre grandes quantidades de dados que normalmente seriam difíceis de

identificar.

•••• Superfície 3D delineada. Quando exibido sem cor na superfície, um gráfico de

superfície 3D é denominado gráfico de superfície 3D delineado. Mostra somente as

linhas. A leitura de um gráfico de superfície 3D delineado não é fácil, mas ele é útil

na plotagem de grandes conjuntos de dados com mais rapidez.

•••• Contorno. Gráficos de contorno são gráficos de superfície exibidos de cima,

similares aos mapas topográficos 2D. Em um gráfico de contorno, as faixas

coloridas representam intervalos de valores específicos e as linhas conectam

pontos interpolados de igual valor.

Page 34: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

32

•••• Contorno delineado. Gráficos de contorno delineado também são gráficos de

superfície exibidos de cima. Sem faixas de valores na superfície, um gráfico

delineado mostra somente as linhas.

- Gráficos de rosca

Dados que estejam organizados em colunas ou linhas em apenas uma planilha podem

ser plotados em um gráfico de rosca. Como um gráfico de pizza, um gráfico de rosca exibe a

relação das partes com um todo, podendo conter mais de uma série de dados. Como a

leitura dos gráficos de rosca não é fácil, pode ser conveniente a utilização de um gráfico de

colunas empilhadas ou barras empilhadas.

Page 35: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

33

Gráficos de rosca têm os seguintes subtipos de gráficos:

•••• Rosca. Exibem dados em anéis, nos quais cada anel representa uma série de

dados. Se as porcentagens forem exibidas nos rótulos de dados, cada anel

totalizará 100%.

•••• Rosca Destacada. Como os gráficos de pizza destacada, gráficos de rosca

destacada exibem a contribuição de cada valor para um total ao mesmo tempo em

que enfatizam valores individuais, podendo conter mais de uma série de dados.

Page 36: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

34

- Gráficos de bolhas

Podem ser plotados em um gráfico de bolha dados que estão organizados em colunas

em uma planilha, de tal forma que valores de X sejam listados

Gráficos de bolhas têm os seguintes subtipos de gráficos:

•••• Bolhas ou bolhas com efeito 3D. Os dois tipos de gráficos de bolhas comparam

conjuntos de três valores, em vez de dois. O terceiro valor determina o tamanho do

marcador da bolha. Também é possível exibir bolhas no formato 2D ou com um

efeito 3D.

- Gráficos de radar

Os dados organizados em colunas ou linhas em uma planilha podem ser plotados em

um gráfico de radar, os quais comparam os valores agregados de várias séries de dados.

Gráficos de radar têm os seguintes subtipos de gráficos:

Page 37: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

35

•••• Radar e radar com marcadores a cada ponto de dados . Com ou sem

marcadores para pontos de dados individuais, gráficos de radar exibem alterações

em valores com relação a um ponto central.

•••••••• Radar preenchido. Em um gráfico de radar preenchido, a área coberta por uma

série de dados é preenchida com uma cor.

10 – Recursos modernos na preparação de slides, transparênc ias, pôsteres

A maneira mais rápida, simples e eficiente para o preparo desses materiais,

atualmente, é pelo uso do computador, existindo, no mercado, vários tipos de softwares

específicos para essa finalidade (Sigma Plot, Harvard Graphics, PowerPoint, Excel para

confecção de gráficos e mesmo o Word para confecção de tabelas). Atualmente, o programa

de apresentações mais utilizado é o PowerPoint, além de outros como o Corel

Presentantions.

Muitos desses softwares já contêm programados os princípios básicos, anteriormente

apresentados, quanto aos tipos e tamanho mínimo de letra, tipos de fundo, combinação de

modelos de desenhos (estruturas) e cores de fundo mais adequadas para várias situações,

além de galerias prontas dos mais diferentes tipos de gráficos e tabelas, tendo o usuário

apenas que escolher o que é mais adequado aos seus dados e aos seus objetivos.

O tratamento de imagens digitalizadas em scanners ou obtidas a partir de câmaras

digitais pode ser feito nos programas Photoshop da Adobe, PhotoPaint da Corel, ou ainda

no Paint Shop Pro, da Jasc, ou até mesmo no Photo Editor que vem com o MS Office. .

Page 38: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

36

O tamanho das imagens, quando destinadas somente para visualização em

apresentações, deve possuir, no mínimo, a resolução de 100 dpi (dot per inch) ou 100 ppp

(pontos por polegada), abaixo da qual tem-se a degradação da qualidade da imagem. Para

se ter uma noção, uma foto comum (10 x 15 cm), digitalizada com 100 dpi, ocupa cerca de

700 KB no formato BMP ou TIFF (sem perda de qualidade) ou cerca de 10% disso no

formato JPG (com perda de qualidade).

Fotos e outras imagens com muitas cores podem ser gravadas em formato JPG

(extensão do arquivo) ou caso tenham poucas cores (até 256) como gráficos, esquemas,

croquis, etc. Os programas de apresentações possuem comandos específicos para inserção

das imagens nos slides.

Para impressão de transparências coloridas deve-se utilizar os filmes especiais para

essa finalidade e impressoras a laser ou jato de tinta, não se esquecendo de fazer antes as

mudanças necessárias solicitadas pelo sistema de impressão. Pode-se, também, fazer a

impressão final colorida em papel glossy de boa qualidade e depois produzir a transparência

colorida nas máquinas xerox.

Para confecção de pôsteres, banners e mesmo álbuns seriados existem impressoras a

laser ou jato de tinta (plotters) que trabalham em papel glossy de grande tamanho, em rolos

com 2 m de largura, e que dão um acabamento espetacular e profissional. Quem não estiver

preocupado em obter um produto final de altíssima qualidade pode fazer a impressão em

papel comum, bem mais barato que o papel glossy. Se não tiver acesso a um plotter os

pôsteres, banners e álbuns seriados podem ser impressos por partes, utilizando papel glossy

ou comum tipo A4, ou outro com gramatura igual ou auperior a 90g/m2, fazendo-se a

montagem dessas partes para compor o produto final. Quando os pôsteres, banners e álbuns

seriados forem ser utilizados várias vezes, durante muito tempo, sugere-se a plastificação

dos mesmos.

E, finalmente, seguem alguns comentários sobre a preparação de palestras,

seminários ou trabalhos científicos com a utilização do data-show. Um erro comum é que, o

palestrante, muitas vezes entusiasmado com os recursos do data-show, exagera na entrada

dos componentes de um slide de modo que a apresentação passa a ser muito mais um show

dos recursos de apresentação, perdendo a objetividade da mensagem final. O exagero dos

detalhes de entrada pode ser mais prejudicial aos objetivos propostos do que uma

mensagem mais simples, concisa e bem estruturada.

Page 39: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

37

Para montagem de apresentações multimídia, utilize recursos que possibilitem reter a

atenção do público, porém sem movimentos aleatórios e excessivos, devendo-se optar por

padrões de movimentação: slide sempre abrindo para a esquerda, linha e textos entrando da

direita para a esquerda, etc.

Uma opção interessante para a obtenção de material para as apresentações é a

internet, onde se tem uma infinidade de opções, desde imagens e documentos até

programas de apresentação e edição de imagens. Entretanto, deve-se tomar cuidado com a

fonte dos materiais, uma vez que a fidedignidade não é qualidade presente em boa parte dos

“websites”.

11 – Sugestões para a apresentação oral

Os itens que seguem referem-se a alguns princípios básicos que devem ser levados

em consideração na tarefa de apresentar o trabalho, utilizando data-show, transparências ou

mesmo álbum seriado. Como a maioria dos itens é comum a todos esses audiovisuais, os

princípios são apresentados em conjunto, cabendo comentários específicos para cada um

deles, quando for o caso:

1) Verifique com antecedência a disponibilidade de equipamentos. Peça um projetor

de slides ou retroprojetor de reserva para que, em caso de queima da lâmpada ou outro

problema, você não fique a ver navios.

2) Verifique se o aparelho está no foco correto e se a posição do mesmo irá permitir

que todos vejam o local de projeção. Lembre-se de que, na maioria das vezes, ao usar um

retroprojetor como recurso visual, você vai ficar em pé próximo ao aparelho, de frente para a

platéia.

3) Após ser apresentado pelo presidente da mesa, diga em poucas palavras a sua

satisfação por estar ali participando do evento

4) Se houver um microfone, use-o de modo consistente, mantendo-o à mesma

distância. O ideal é usar um microfone de lapela. Se não for usar o microfone, controle a

altura da voz de acordo com o tamanho do auditório e o número de pessoas na platéia.

5) Colocando a primeira transparência, slide ou folha do álbum seriado, procure ficar à

vontade, domine seus nervos e lembre-se de que mesmo os mais experientes ficam

nervosos. Nervosismo é normal; domínio dos nervos exige treinamento.

Page 40: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

38

6) Se você se sentir um pouco inseguro durante a apresentação, procure dissimular.

Conte um caso acontecido numa aula, com um colega ou professor, relativo ao assunto da

apresentação. Quebre a frieza. Quando você terminar, verificará que já se sente bem melhor

no ambiente. Você perdeu a inibição, um fato comum que atinge a todos nós, em momentos

como esses.

7) Se você não se domina bem durante a exposição, estude a possibilidade de alguém

ajudá-lo a colocar as transparências ou operar o data-show. Combine um sinal para mudar

de transparência ou slide. Evite ficar dizendo: próximo, próximo.

8) Numere as transparências na ordem de apresentação. No momento de passar de

uma transparência para outra, não demore muito tempo sem dizer algo; ou não fique

procurando qual deve ser a próxima. Isso dá uma verdadeira agonia na platéia. Existe uma

correlação direta entre o tempo de silêncio entre uma transparência e outra e o grau de

agonia dos espectadores.

9) Dê muita ênfase aos porquês. Procure chamar a atenção. Mostre autoconfiança,

precisão, segurança sobre o assunto abordado. Use tom de voz firme ao dirigir-se à platéia e

mude o tom quando quiser chamar mais atenção sobre determinado aspecto. Você já viu

como é terrível assistir a uma palestra em que o apresentador, do começo ao fim, mantém

um único tom de voz?

10) Use de vez em quando o “suspense” de perguntas como essa: Qual seria a

explicação científica para esse comportamento? Deixe passar alguns segundos entre a sua

pergunta e a sua resposta. Deixe a platéia em certo “suspense” e dê a resposta.

11) Evite as posições estáticas e demoradas como: ficar com as mãos para trás,

braços cruzados, etc. Gesticule (não tanto quanto italiano) mas cuidado com certos cacoetes

de gestos e palavras. Não faça como aquele que, ao fim de 40 minutos de palestra, tinha

falado 112 vezes: é!

12) Se houver uma parte de sua palestra que não requer ilustração, desligue a

lâmpada do retroprojetor ou deixe um intervalo na projeção dos slides. Não permita que

transparências ou slides não específicos compitam com a sua exposição.

13) Fique próximo ao retroprojetor, mas evite fixação por tempo prolongado em um só

local. Procure andar próximo e dirigir-se à platéia quando você se sentir seguro do assunto.

Olhe para os vários setores do local procurando obter um “feed-back”. Não fale para a tela ou

para as janelas.

Page 41: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

39

14) Quando estiver usando o retroprojetor e for apontar alguma coisa do assunto, isso

pode ser feito usando um apontador sobre a transparência. Se estiver muito nervoso, o que é

demonstrado pelo tremor ampliado de suas mãos na tela, deixe o apontador fixo em cima da

transparência.

15) Outra alternativa para transparências ou slides é o uso de apontador tipo laser,

mas somente o ligue enquanto estiver mostrando algo relevante.

16) Freqüentemente, é de bom alvitre que o próprio apresentador faça uma pergunta

para estimular o interesse; mas pergunte para a platéia como um todo e não para uma

pessoa em particular, evitando constrangimentos. Como o objetivo da pergunta é estimular a

participação da audiência, deseja-se que o maior número de pessoas responda.

17) Seja sempre auto-confiante e demonstre segurança, sem entretanto exagerar ao

ponto de deixar transparecer que você quer demostrar ser o único dono da verdade. Isso é

recebido pela platéia de maneira positiva. Até no momento das perguntas, o inquisidor

demonstrará mais respeito pelo seu trabalho. Você vai começar ganhando pontos.

18) Se durante uma pergunta você não se sentir seguro na resposta, peça

delicadamente que o interlocutor a repita. Talvez você, intimamente, nem precise se fixar na

repetição, mas, com isso, você terá tempo de raciocinar, buscar um argumento ou um

exemplo para a resposta.

19) Em certas situações é melhor que as perguntas, exceto as que exigem

esclarecimentos sobre um ponto ou significado que não ficou patente, sejam deixadas para o

fim da apresentação.

20) Termine com as conclusões, procurando enfatizar alguma coisa a mais com

respeito ao aspecto prático dos seus resultados. Agradeça a atenção e se coloque à

disposição para responder as perguntas.

21) E mais importante de tudo: ao apresentar um trabalho, fazer uma palestra ou uma

conferência ou mesmo uma aula em prova didática de um concurso, está em jogo o seu

nome profissional, o departamento a que pertence, a sua instituição ou mesmo um emprego.

Ganhar ou perder, a responsabilidade é sua!

Page 42: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

40

12 – Sugestões para o presidente da mesa

O presidente da mesa tem, também, uma grande responsabilidade no sucesso da

apresentação. Quando for exercer essa função lembre-se dos seguintes pontos:

a) Local: Assegure-se de que a sala possa ter um baixo nível de iluminação geral,

sem luz na tela, e de que a platéia possa ver a tela de uma distância adequada.

b) Equipamentos para projeção: Obtenha um retroprojetor, projetor de slides ou data

show com potência suficiente para produzir uma imagem visível para todos os membros da

platéia. Se for usar o retroprojetor, esse deverá ser colocado de tal forma que o

apresentador, postando-se em pé próximo ao mesmo, não prejudique a visão da platéia

(Figura 3). Tenha sempre equipamentos de reserva ou, pelo menos, lâmpadas

sobressalentes.

c) Tela: Obtenha uma tela quadrada ao invés de retangular. Sua largura não deve ser

menor do que 1/6 do comprimento da sala. Se essas exigências não puderem ser seguidas,

é melhor projetar direto na parede.

d) Tribuna: Se houver uma tribuna, oriente a posição da mesma de modo que o

apresentador possa ver o local de projeção e passar os componentes de sua apresentação,

sem mudar de lugar. Se houver iluminação na tribuna, verifique para que a lâmpada seja de

baixa potência e para que não haja reflexos na direção da platéia ou da tela.

e) Período de perguntas: o presidente da mesa ou o apresentador deve repetir a

pergunta usando o microfone.

f) Mantenha o horário: Com uma programação apertada ou não, o Presidente da

Mesa deve informar ao apresentador que ele será comunicado quando faltarem 10 minutos

para o término da apresentação. Esse sistema geralmente funciona, mas sempre haverá

alguns apresentadores que não atendem e continuam falando. Um método que funciona é

colocar uma lâmpada à vista de ambos, apresentador e platéia. Acenda a luz por um

momento, poucos minutos antes do tempo do apresentador terminar. No momento em que o

apresentador deve parar, ligue a luz e deixe-a ligada. Se a lâmpada for vermelha e de grande

tamanho, e se houver um sistema de pisca-pisca no circuito, o apresentador deverá parar

dentro do prazo previsto (espera-se).

13 – Anexos: Arranjos de salas para uso de retroprojetor e data-show

Page 43: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

41

Arranjo com mesa central.Ideal para grupos de 6 a 12pessoas, no máximo. Este arranjo promove discussões. É o único arranjo possívelem salas pequenas.

Arranjo tipo anfiteatro -o melhor para apresentações.A melhor disposição para pequenasou médias apresentações é a do tipo anfiteatro.Aqui o auditório fica num plano elevado, em forma de meio círculo, ao redor do apresentador.Num anfiteatro bem planejado a acústica é excelente e o orador fica bastante próximo da audiência. Isso permite maior número de pessoas por m2 que qualquer outro arranjo e oferece uma visão clara, sem a menor obstrução ao que está sendo projetado na tela.É ideal para apresentações seguidas de perguntas e respostas.

Arranjo tipo “U”.Este é o melhor arranjo para reuniões que envolvem debates, porque permite a comunicação face a face e a interação do grupo. Ideal para grupos de 12 a 20 pessoas ou menos. Faça o arranjo em “U” com mesas retangulares.

Anexo 1: Arranjos ideais para o uso do retroprojeto r.As salas de reuniões ou conferências são de diferentes tamanhos e a disposição da platéia pode variar bastante, dependendo do tipo de móveis e de como arranja-los. O símbolo ( ) representa o apresentador.

Page 44: Apresenta o de palestras 1§ão+de+palestras.pdf1 1 - Introdução A apresentação de trabalhos técnico-científicos em congressos, e a realização de conferências, palestras e

42

Figura 3. Arranjos da sala para apresentações com transparências ou slides

Anexo 2. Arranjos ideais para uso do projetor de sl ides ou data-show. Os princípios discutidos no anexo 1, são também aplicáveis para o projetor de slides e data-show. Face a posição do apresentador ( ), a tela, neste caso, podeser colocada em posição central, a exceção de projeções duplas.

Anexo 2. Arranjos ideais para uso do projetor de sl ides ou data-show. Os princípios discutidos no anexo 1, são também aplicáveis para o projetor de slides e data-show. Face a posição do apresentador ( ), a tela, neste caso, podeser colocada em posição central, a exceção de projeções duplas.

Arranjo com mesa central

Arranjo tipo anfiteatro -o melhor para apresentações

Arranjo para escritório

Arranjo tipo auditório ou teatro

Arranjo tipo sala de aula

Arranjo com projeção duplaEste tipo de arranjo por de usado com2 projetores de slides ou mesmo com umretroprojetor e um projetor de slides. Nesse último caso as transparências devem serde fundo escuro com letras claras.

Arranjo tipo “U”