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DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA Secretaria Municipal de Educação e Cultura de João Pe Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade Sandra Verônica Ramalho Chaves Coordenadora do Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade João Pessoa/PB Novembro/2012

Apresentação direitos sandra seminário[1]

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DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Secretaria Municipal de Educação e Cultura de João PessoaSecretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e InclusãoPrograma Educação Inclusiva: Direito à Diversidade

Sandra Verônica Ramalho ChavesCoordenadora do Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade

João Pessoa/PB Novembro/2012

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Porque a terminologia “pessoa com deficiência” e não mais “portador de deficiência”?

“Deficiente, “pessoa deficiente", "pessoa portadora de deficiência", "pessoa portadora de necessidades especiais", “pessoa com necessidades especiais”, "pessoa com deficiência“, qual termo usar?

Apesar da legislação brasileira, inclusive em nossa Constituição Federal, se refira à "pessoa portadora de deficiência", este termo não é mais utilizado. Desde 2006, o termo usado passou a ser “Pessoa com Deficiência” como utilizado no texto da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU e ratificada pela Portaria da Presidência da República - Secretaria de Direitos Humanos, nº 2.344, de 3 de novembro de 2010.

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Porque a terminologia “pessoa com deficiência” e não mais “portador de deficiência”?

A diferença entre este termo e os anteriores é simples: ressalta-se a pessoa à frente de sua deficiência. Ressalta-se e se valoriza a pessoa, acima de tudo, independentemente de suas condições físicas, sensoriais ou intelectuais e, mais importante, independente de sua doença.

A construção de uma verdadeira sociedade inclusiva passa também pelo cuidado com a linguagem. Na linguagem se expressa, voluntária ou involuntariamente, o respeito ou a discriminação em relação às pessoas com deficiência. Por isso, vamos sempre nos lembrar que a pessoa com deficiência antes de ter deficiência é, acima de tudo e simplesmente: pessoa.

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Porque a terminologia “pessoa com deficiência” e não mais “portador de deficiência”?

Outro grande avanço foi a alteração do modelo biomédico para o modelo social, o qual esclarece que o fator limitador é o meio em que a pessoa está inserida e não a deficiência em si, remetendo-nos à Classificação Internacional de Funcionalidades (CIF) e não apenas a Classificação Internacional de Doenças (CID). Tal abordagem deixa claro que as deficiências não indicam, necessariamente, a presença de uma doença ou que o indivíduo deva ser considerado doente. Assim, a falta de acesso a bens e serviços deve ser solucionada de forma coletiva e com políticas públicas estruturantes para a equiparação de oportunidades.

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O que é ser pessoa/gente/humano

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Mudança de paradigma: Definição de deficiência (antes da Convenção)

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Mudança de paradigma: Definição de deficiência ( Depois da Convenção)

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Integração Inclusão Sociedade Inclusiva

Terminologia em evolução...

Concessão de benefícios assistenciais, programas e políticas especiais para os portadores de deficiência

Promoção da Inclusão – Políticas de afirmação – novo paradigma – pessoa com deficiência

Desenho Universal, direito a exercer cidadania independentemente da condição de saúde e/ou de adoecimento

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O que é a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência?

É um tratado internacional construído de forma participativa com o propósito de : “promover, proteger e assegurar promover, proteger e assegurar o exercício pleno e equitativo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por todas as pessoas com deficiência e promover o respeito pela sua dignidade inerente”, ratificada pelo Brasil com equivalência de Emenda Constitucional (Decreto Legislativo nº 186, de 09/07/2008).

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Hierarquia das Leis

Convenção sobre os Direitos da Pessoa

com Deficiência

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ARTIGOS RELATIVOS A DIREITOS

Civis e PolíticosEste Bloco tem como fim primordial proteger o ser humano, considerado individualmente, contra qualquer forma de abuso ou agressão de algum órgão público ou de outra natureza. Devem ser de aplicação imediata.

(Art. 5) Igualdade e não discriminação.(Art. 10) Direito à vida.(Art. 12) Igual reconhecimento como pessoa perante a lei.(Art. 13) Acesso à justiça.(Art. 14) Liberdade e segurança da pessoa.(Art. 15) Direito a não ser submetido a torturas e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes.(Art. 16) Proteção contra a exploração, à violência e os abusos.

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ARTIGOS RELATIVOS A DIREITOS

Civis e PolíticosEste Bloco tem como fim primordial proteger o ser humano, considerado individualmente, contra qualquer forma de abuso ou agressão de algum órgão público ou de outra natureza. Devem ser de aplicação imediata.

(Art. 17) Proteção à integridade pessoal.(Art. 18) Liberdade de movimentação e nacionalidade.(Art. 19) Direito a viver de forma independente e a ser incluído na comunidade.(Art. 20) Mobilidade pessoal.(Art. 21) Liberdade de expressão e opinião, e acesso à informação.(Art. 22) Respeito à privacidade.(Art. 23) Respeito pelo lar e pela família.(Art. 29) Participação na vida política e pública.

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ARTIGOS RELATIVOS A DIREITOS

econômicos, sociais e culturais Este bloco de direitos tem como objetivo fundamental garantir o bem estar econômico, social e cultural, de tal forma que seja assegurado o desenvolvimento pleno dos seres humanos. São direitos coletivos porque buscam beneficiar grupos e não pessoas, em particular. São de aplicação progressiva, já que se condiciona sua aplicação efetiva ao desenvolvimento alcançado pelos países.

(Art. 24) Educação (inclusiva)(Art. 25) Saúde(Art. 26) Habilitação e reabilitação(Art. 27) Trabalho e emprego(Art. 30) Participação na vida cultural, em atividades recreativas, lazer e esporte.

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Garantia de Direitos da Pessoa com Deficiência segundo a Convenção

PESSOA COM

DEFICIÊNCIA

Moradia

Assistência social e saúde

Sociabilidade

Entretenimento e Lazer

Educação

Trabalho

Renda Informação e acesso

Comunicação

Cidadania Mobilidade/

Acessibilidade

Saúde

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Art. 24 - Educação

Os Estados Partes reconhecem o direito das pessoas com deficiência à educação. Para efetivar esse direito sem discriminação e com base na igualdade de oportunidades, os Estados Partes assegurarão sistema educacional inclusivo em todos os níveis, bem como o aprendizado ao longo de toda a vida, com os seguintes objetivos:

a. O pleno desenvolvimento do potencial humano e do senso de dignidade e auto-estima, além do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos, pelas liberdades fundamentais e pela diversidade humana;

b. O máximo desenvolvimento possível da personalidade, dos talentos e da criatividade das pessoas com deficiência, assim como de suas habilidades físicas e intelectuais;

c. A participação efetiva das pessoas com deficiência em uma sociedade livre.

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Art. 24 - Educação

2. Para a realização desse direito, os Estados Partes assegurarão que:

a. As pessoas com deficiência não sejam excluídas do sistema educacional geral sob alegação de deficiência e que as crianças com deficiência não sejam excluídas do ensino primário gratuito e compulsório ou do ensino secundário, sob alegação de deficiência; b. As pessoas com deficiência possam ter acesso ao ensino primário inclusivo, de qualidade e gratuito, e ao ensino secundário, em igualdade de condições com as demais pessoas na comunidade em que vivem; c. Adaptações razoáveis de acordo com as necessidades individuais sejam providenciadas; d. As pessoas com deficiência recebam o apoio necessário, no âmbito do sistema educacional geral, com vistas a facilitar sua efetiva educação;e. Medidas de apoio individualizadas e efetivas sejam adotadas em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social, de acordo com a meta de inclusão plena.

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Art. 24 - Educação

3. Os Estados Partes assegurarão às pessoas com deficiência a possibilidade de adquirir as competências práticas e sociais necessárias de modo a facilitar às pessoas com deficiência sua plena e igual participação no sistema de ensino e na vida em comunidade. Para tanto, os Estados Partes tomarão medidas apropriadas, inclusive:

a. Tornando disponível o aprendizado do Braille, escrita alternativa, modos, meios e formatos de comunicação aumentativa e alternativa, e habilidades de orientação e mobilidade, além de facilitação de apoio e aconselhamento de pares; b. Tornando disponível o aprendizado da língua de sinais e promoção da identidade lingüística da comunidade surda; c. Garantindo que a educação de pessoas, em particular crianças cegas, surdocegas e surdas, seja ministrada nas línguas e nos modos e meios de comunicação mais adequados ao indivíduo e em ambientes que favoreçam ao máximo seu desenvolvimento acadêmico e social.

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Art. 24 - Educação

4. A fim de contribuir para o exercício desse direito, os Estados Partes tomarão medidas apropriadas para empregar professores, inclusive professores com deficiência, habilitados para o ensino da língua de sinais e/ou do Braille, e para capacitar profissionais e equipes atuantes em todos os níveis de ensino. Essa capacitação incorporará a conscientização da deficiência e a utilização de modos, meios e formatos apropriados de comunicação aumentativa e alternativa, e técnicas e materiais pedagógicos, como apoios para pessoas com deficiência.

5. Os Estados Partes assegurarão que as pessoas com deficiência possam ter acesso ao ensino superior em geral, treinamento profissional de acordo com sua vocação, educação para adultos e formação continuada, sem discriminação e em igualdade de condições. Para tanto, os Estados Partes assegurarão a provisão de adaptações razoáveis para pessoas com deficiência.

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Considerações finais

▪ O CONADE (Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência) é um órgão superior de deliberação colegiada criado para acompanhar e avaliar o desenvolvimento de uma política nacional para inclusão da pessoa com deficiência e das políticas setoriais de educação, saúde, trabalho, assistência social, transporte, cultura, turismo, desporto, lazer e política urbana dirigidos a esse grupo social.

▪ O CONADE faz parte da estrutura básica da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República ( Lei 10.683/03, art. 24, parágrafo único)

▪ Ele foi criado para que essa população possa tomar parte do processo de definição, planejamento e avaliação das políticas destinadas à pessoa com deficiência, por meio da articulação e diálogo com as demais instâncias de controle social e os gestores de administração pública direta e indireta.

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Há homens que lutam por um dia e são bons; há outros que lutam por um ano e são melhores;  há outros, ainda que lutam por muitos anos e são muito bons; há, porém, os que lutam

por toda a vida, estes são os imprescindíveis."

(Bertold Brecht)

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OBRIGADA!

SANDRA VERÔNICA RAMALHO CHAVES

• Pedagoga;

• Especialista em Educação Inclusiva, Educação Infantil;

• Especialista em Atendimento Educacional Especializado;

• Coordenadora da Educação Especial da Secretaria de Educação e Cultura do Município de João Pessoa;

• Assessora de Educação Especial da FUNAD.

• Currículo lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4427840A9

• Contatos:

E-mail: [email protected]

Telefone: (83) 8630-2675 / (83) 9985-8692