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Estado: Conceito e evolução do Estado moderno.
Unidade 2: Estado: conceito. Origem e Evolução. Formação do Estado Brasileiro. Tipos de Estado. Estado de Bem Estar Social
Prof.a Dr.a Maria das Graças Rua
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
Origem e Etimologia da palavra Estado
Grécia – Pólis = Cidade-Estado
Roma – Civitas/Respública
Status(latim): condição de estabilidade, modo de estar,
situação, condição.
Maquiavel utiliza pela primeira vez a palavra
Estado(Status), em sua obra “O Príncipe” – 1513 – mas
não define o conceito.
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
CONCEITO várias formulações, com um denominadorcomumEstado é a instância institucionalizada de exercício do monopólio legítimo da força física.
WEBER: “ O Estado é uma empresa institucional de caráter político onde o aparelho administrativo leva avante, em certa medida e com êxito, a pretensão do monopólio da legítima coerção física, com vistas ao cumprimento das leis, incidente sobre a população de um dado território” .
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(ESAF/ Especialista em Políticas Públicas e Gestão
Governamental/ 2009) Q. 32 - O monopólio do uso da força pelo
Estado e seus agentes é uma característica do poder político.
Identifique o enunciado correto.
a) Somente em países onde existe uma constituição escrita o
Estado tem legitimidade para impor o monopólio do uso da força.
b) Todo grupo organizado e com uma liderança constituída tem
legitimidade para usar a força.
c) É preciso que exista um sistema legal para que a violência
seja usada legitimamente pelos agentes do Estado.
d) A legitimidade do monopólio da força exclui a dominação
ideológica.
e) O Estado que abre mão de manter forças armadas deixa de
ter o monopólio da força.
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
(ESAF/ Analista de finanças e controle – prevenção de corrupção
e ouvidoria/ 2012) Q. 2 - O conceito de Estado é central na teoria
política. Os enunciados a seguir referem-se à sua formulação.
Indique qual a assertiva correta.
a) O conceito de Estado surge com o de Pólis, na Grécia.
b) Sua formulação original integra o Direito Romano.
c) A definição passou a ser utilizada na Revolução Francesa.
d) A primeira referência ao termo é de Maquiavel.
e) A origem não pode ser identificada..
EstadoEstrutura organizacional e política, formada por
Mundo moderno e Contemporâneo:formado por organizações
território
povo governo
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soberania
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
Soberania (política): É a qualidade máxima do poder social atravésda qual as normas e decisões elaboradas pelo Estado prevalecemsobre as normas e decisões emanadas de grupos sociaisintermediários.No âmbito interno, a soberania de um Estado traduz a superioridadede suas diretrizes na organização da vida comunitária e se expressacomo poder extroverso.No âmbito externo, a soberania traduza idéia de igualdade de todosos Estados na comunidade internacional.
Elementos da soberania: é um poder (faculdade de impor aos outrosum comando a que eles ficam a dever obediência) perpétuo (nãopode ser limitado no tempo) e absoluto (não está sujeito acondições ou encargos postos por outrem, não recebe ordens ouinstruções de ninguém e não é responsável perante nenhum outropoder).
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Características da soberania:
é una e indivisível (não pode ser dividida por dois governantes oupor vários órgãos);é própria e não delegada (pertence por direito próprio ao Rei);é irrevogável (princípio de estabilidade política - o povo não temdireito de retirar ao seu soberano o poder político o poder políticoque este possui por direito próprio);é suprema na ordem interna (não admite outro poder com quemtenha de partilhar a autoridade do Estado);é independente na ordem internacional (o Estado não depende denenhum poder supranacional e só se considera vinculado pelasnormas de direito internacional resultantes de tratados livrementecelebrados ou de costumes voluntariamente aceites).
Aparato de Segurança Pública
força policial e militar pública e sistemas institucionais associados
(de defesa, proteção, prevenção e punição)
Para exercer a soberania, o Estado dispõe de
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
Administração Pública(ou Quadro Administrativo Público)
Para gerir a “coisa pública”, o Estado dispõe de
Conjunto de agências e de servidores
profissionais, mantidos com recursos públicos,
cujas atividades devem ser realizadas em
conformidade com que a lei estabelece, e que são
encarregados da decisão e implementação das
normas necessárias ao bem estar social e das
ações necessárias à gestão da coisa pública.
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Governo
Governo é corpo decisório que exerce o poder de regrar uma sociedade política.
Governo é o núcleo decisório pelo qual se manifesta o poder soberano do Estado, e que responde pela gestão da “coisa pública”
Governo é a instância máxima de administração executiva, de um Estado ou uma nação.
Uma nação sem Governo é classificada como anárquica.
Pode existir governo sem Estado, mas não Estado sem governo.
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
FORMAÇÃO/SURGIMENTO DO ESTADO MODERNOprocesso multissecular pelo qual o poder político transferiu-se de uma ou várias pessoas para uma instituiçãoDespersonalização das relações de mando político;
Processo gradual de centralização/concentração do poder e de institucionalização do mesmo poder: resulta um ordenamento jurídico carregado de imperatividademonopólio da força
Afirmação do princípio da territorialidade;
WEBERformação do Estado Moderno é a formação e ampliação da esfera pública e sua separação da esfera privada:•Separação dos possuidores individuais e grupais dos seus instrumentos privados de violência;•Gradual eliminação da administração privada da justiça;•Desprivatizaçãodos assuntos de interesse geral
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Formação do Estado Moderno resultado da crise e transformação da sociedade medieval feudal e do surgimento do capitalismo.
Período Medieval
Reinos: constituíam unidades onde o poder político era descentralizado: cada senhor feudal exercia o poder em seu feudoos feudos compunham o reino mediante relações de suserania e vassalagem
Reinos: não tinham limites territoriais claros, nem soberania sobre os feudos: o rei não governava efetivamente sob nenhum aspecto -não era ainda o poder central
Poder central: surge com o fortalecimento da coroa (rei), que aos poucos tira dos senhores feudais o poder de administrar a justiça e de cobrar tributos evolui até constituir Estado: poder central superior a qualquer outro poder interno ou externo que se exerça sobre um povo e um território
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
Baixa Idade Média (século X a XV): tensão entre o poder central (que começa a se tornar poder público) e o poder local (poder privado dos senhores feudais)
Expansão do comércio: renascimento das cidades, florescimento do artesanato, viagens comerciais, circulação do dinheiro, conceito de mercadoria Cidades (burgos) procuram se livrar das tributações impostas pelos senhores feudais e da sua interferência na aplicação da justiça e na administração atividade comercial enfrenta obstáculos: roubos de malfeitores, ataques dos soldados dos feudos, cobrança de pedágio nos feudos e nas pontes, variações nas leis e na moeda de um feudo para o outro
Atores políticos : Coroa, Clero, Nobreza feudal, Burguesia(comerciantes e banqueiros), Trabalhadores livres(artesãos e aprendizes) e camponeses.)
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Pensamento Medieval
Dualismo das concepções cristãs: a Cidade dos Homens (autoridade política) e a Cidade de Deus (poder divino)
Autoridade política: instrumento de Deus para a promoção da justiça e do bem: o seu exercício é humano, mas a sua origem e a sua finalidade são divinos
Por isso, a obediência política é obrigação civil de origem divina: o homem medieval deve obedecer ao governo terrestre até o limite do governo divino (poder da Igreja)
Suseranos também têm obrigaçõesseu poder não é ilimitado: são responsáveis perante Deus pela tarefa de instaurar o reinado da justiça e da piedade entre os homens e devem respeitar a tradição
suserano medieval: é um juiz e não um legislador
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Justiça é o que distingue tiranos dos suseranos legítimos é definida pela lei
Lei: conjunto dos costumes baseados no direito natural regras inscritas pela fé no coração dos homens: consciência coletiva
Ordem medieval: holística, tem natureza moral e religiosa. O conceito que melhor a define é o de comunidade e não de sociedade
Fragmentação do poder: não há poder centralizado, mas grandes constelações de poderes locais autônomos, articulados em redes de suserania e vassalagem
Sociedade era hierárquica: papéis sociais são definidos por origemstatus adscritos.
Estamentos: códigos distintos de direitos e deveres relações contratuais: contratos comunitários (não individuais) que obrigam mutuamente cada categoria social conforme o seu estatuto específico
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
Sociedade Estamental teia de relacionamentos que constitui
um determinado poder e influi em determinado campo de
atividade na qual cada estrato é regido por leis diferenciadas.
Embora a lei não preveja a mudança de status social, ela
também não a torna impossível, como no sistema de casta.
Feudalismo
Organização política e territorial em feudos grandes unidades
territoriais, de economia agrária, não monetarizada, transmitidos
hereditariamente, governados por nobres guerreiros dotados de
prerrogativas de extrair tributos, estabelecer leis, aplicar a
justiça e manter exércitos.
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Características do Feudalismo:
Desaparece o conceito de público o poder político existente não é o
do Estado é o poder privado do senhor feudal.
•Multiplicidade dos centros de poder e fragmentação da
autoridade política;
•Posse e uso privado dos instrumentos de gestão pública:
cunhar moedas, cobrar tributos, impor normas de conduta,
aplicar justiça, etc.
•Economia agrária não monetarizada, realizada em unidades
autárquicas, voltada para a subsistência;
•Relações de domínio pessoais baseadas no contrato ou pacto
de suserania e vassalagem e em relações de dependência e
subordinação (servo/senhor)
•Subordinação do poder material ao poder espiritual da Igreja
Católica.
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
Renascimento, Renascença ou Renascentismo
É o período da História da Europa aproximadamente entre
fins do século XIII e meados do século XVII grande
revolução filosófica, cultural, social e política
da concepção teocêntrica passa-se à concepção
antropocêntrica
começa a desenvolver-se a idéia da razão: o
conhecimento resulta da razão humana e da observação
dos fatos e não da revelação divina
Revolução Copernicana: teoria heliocêntrica
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
Revolução Comercial
•Expansão da vida urbana
•Aumento quantitativo e qualitativo do comércio
•Monetarização da economia
•Surgimento de um sistema bancário incipiente
•Formação e ascensão da burguesia
•Enfraquecimento político e econômico da nobreza
Dissolução do feudalismo/ desenvolvimento do
capitalismo Estado Moderno
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
(CESPE/ ANTT - Analista administrativo / 2013) Q. 60 O Estado
moderno, cuja origem europeia remonta ao período do século
XIII até fins do século XVIII ou início do XIX, tem como principal
característica o fim do monopólio da força legítima.
R: E
(CESPE/ ANTT - Analista administrativo / 2013) Q. 53 A
existência do Estado, como mecanismo político de governo,
pressupõe o controle sobre o território, a sustentação da
autoridade por meio de um sistema legal e a capacidade de
utilizar a força militar, quando esta for necessária.
R: C
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
(ESAF\Gestor\2008) Q.61- A formação do Estado moderno, entre os
séculos XII/ XIII e XVIII/XIX, consistiu em um longo e complexo
processo que levou à normatização das relações de força por meio do
exercício monopolístico do poder pelo soberano. Todos os enunciados
abaixo sobre a formação do Estado estão corretos, exceto:
a) além da distinção entre o espaço público e o privado, a formação do
Estado implicou em substituir gradualmente a supremacia da
dimensão individual do senhor feudal e do príncipe pelo princípio das
categorias sociais como núcleos da sociedade civil, novos
interlocutores do soberano.
b) o processo de formação do Estado foi marcado pela tensão entre,
de um lado, a expropriação dos poderes privados locais; e, de outro, a
necessidade do soberano de recorrer às categorias ou camadas
sociais para dispor de fundos para criar e manter seu quadro
administrativo e um exército permanente.
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
c) além do desenvolvimento do Estado territorial institucional, a
formação do Estado moderno envolveu a passagem do poder
personificado do príncipe para o primado dos esquemas universalistas
e abstratos da norma jurídica, que mais tarde daria origem ao Estado
de Direito.
d) a delimitação de um espaço das relações sociais, gerenciado de
forma exclusivamente política, tornou-se possível graças à conquista,
pelo príncipe, do apoio da esfera financeira à luta contra os privilégios,
inclusive fiscais, da aristocracia.
e) a distinção entre o mundo espiritual e o mundano, sobre a qual se
assentava o primado da Igreja e de sua concepção universalista da
república cristã, acabou por fundamentar a supremacia da política.
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
(ESAF\Gestor\2005) Q. 11- Do ponto de vista histórico podemos
verificar várias definições de Estado, com características
específicas. Indique a opção correta.
a) O Estado feudal caracteriza-se por uma concentração de
poder, em um determinado território nacional, na figura do rei.
b) O Estado estamental caracteriza-se por uma divisão de
classes entre os detentores, ou não, dos meios de produção.
c) O Estado socialista caracteriza-se por desconcentrar o poder
entre a população por meio de um sistema multipartidário.
d) O Estado absolutista caracteriza-se por um duplo
processo de concentração e centralização de poder em um
determinado território.
e) O Estado representativo caracteriza-se por ser exclusivo a
sociedades democráticas modernas, não existindo em
monarquias.
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
(ESAF\STN\2005) Q. 63- Um dos mais notáveis aspectos no processo de evolução do Estado são as estruturas institucionais que aos poucos se formaram e passaram a caracterizar o aparelho do Estado nas democracias liberais modernas. Assinale, entre as opções que se seguem, a única que NÃOcorresponde ao enunciado acima.
a) Exercício do poder político segundo ordenamentos jurídicos que se impõem não somente àqueles que prestam obediência, como os cidadãos, mas também àqueles que mandam.b) Formação de exércitos profissionais permanentes, subordinados ao chefe de Estado, cuja presença e potencial atuação é um dos elementos indispensáveis à caracterização do monopólio do uso da violência.c) Separação e independência dos Poderes que, não obstante, se fazem presentes uns na órbita dos demais mediante as faculdades de estatuir e de impedir.d) Formação do Estado Federativo, organizado segundo os princípios da autonomia e da participação, cujas unidades se relacionam politicamente com a União por meio da representação parlamentar.e) Formação de burocracias públicas e separação entre a atividade política e a administração pública, sendo esta última formalmente regida pelo critério do conhecimento técnico e pela ética da obediência.
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
(ESAF\IPEA\2004) Q. 21- O exame do processo de consolidação
do Estado-Nação mostra a presença de um conjunto de
condições essenciais. Analise a lista abaixo e indique a opção
correta.
1. Formação de identidades entre interesses privados e
valorização política do domínio privado.
2. Constituição do indivíduo como ator privilegiado do mercado
econômico.
3. Reconhecimento de uma autoridade central para a qual se
transferiram as lealdades políticas pessoais dos indivíduos.
4. Estabelecimento do monopólio do uso da violência.
5. Um pacto de autocontenção quanto aos limites do interesse
material.
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
a) Apenas 1 e 2 foram condições essenciais.
b) Apenas 3 e 4 foram condições essenciais.
c) Apenas 4 e 5 foram condições essenciais.
d) Apenas 2 e 5 foram condições essenciais.
e) Apenas 3 e 5 foram condições essenciais.
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
(ESAF\IPEA\2004) Q. 22- O surgimento e evolução do Estado ocidental moderno foi um processo multi-secular, não linear, sujeito a uma série de variações históricas. Porém é possível constatar algumas regularidades como as que se descrevem abaixo, das quais a única incorreta é:
a) Uma distinção entre a esfera espiritual e a mundana, inicialmente introduzida pelos Pontífices para fundamentar o primado da Igreja, e que acabou por levar à supremacia da esfera produtiva.b) Uma ruptura com uma ordem caracterizada por uma concepção universalista, pelo primado do espiritual sobre o político e pelo policentrismo do poder.c) O estabelecimento do exercício monopolístico do poder soberano, definido como o único capaz de estabelecer, nos casos controversos, qual das partes estaria com o direito.d) Uma organização das relações de poder por meio de procedimentos gerais pré-estabelecidos visando à prevenção e à repressão de conflitos e à consecução de fins que as forças sociais dominantes reconhecem como legítimos.e) A superação da organização social antecedente, na qual, além da distinção entre público e privado, não era admitida a existência política do indivíduo, totalmente absorvido pela dimensão comunitária de membro de um corpo social.
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
(ESAF\Gestor\2002) Q. 56- Indique qual das características
abaixo não está relacionada com o surgimento do Estado
moderno.
a) Desenvolve-se uma autoridade central, exercida em âmbito
nacional.
b) A aplicação da justiça e a extração de tributos transferem-se
gradualmente da esfera local para o poder central.
c) Formam-se exércitos profissionais permanentes, cuja lealdade
se orienta estritamente para o poder central.
d) Forma-se um corpo profissional encarregado da administração
dos recursos do poder central.
e) As políticas nacionais são caracterizadas pelo contínuo
exercício da autoridade central e garantidas pela personalização
e responsabilização da administração governamental.
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
EVOLUÇÃO DO ESTADO MODERNO fases (analíticas)
segundo Bobbio:
1-Proto-Estado Feudalcomunidade política
policêntrica(feudos) onde o poder local do senhor feudal
era combinado com o poder universal da Igreja, que
monopolizava o conhecimento e a legitimação pela
revelação.
2-Estado Estamentalorganização política baseada em
órgãos colegiados formados por pessoas da mesma
categoria social(estamentos, estados ou ordens),
portadores de prerrogativas e deveres específicos
juridicamente delimitados e socialmente diferenciados, que
se opõem ao detentor do poder soberano através de
assembleias deliberantes, como os parlamentos.
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
EVOLUÇÃO DO ESTADO MODERNO fases (analíticas) Bobbio:
3-Estado Absolutogradualmente se completou o processo de concentração e centralização do poder político, com o controle dos instrumentos de gestão pelo soberano, a eliminação ou subordinação dos ordenamentos jurídicos inferiores (poderes locais) e a passagem das relações de comando e obediência entre pessoas para relações entre instituições. É a fase onde ocorre a consolidação do conceito de indivíduo e de mercado e onde a terra se torna mercadoria.Funções do Estado no Século XIV - Estado Absolutista(Jean Bodin)•Estabelecer leis (sem depender de consentimento)•Declarar guerra e fazer a paz;•Admitir e demitir servidores;•Julgar em última instância;•Conceder graça aos condenados;•Cunhar moeda;•Cobrar impostos;•Impor ou suspender derramas.
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
EVOLUÇÃO DO ESTADO MODERNO fases (analíticas) Bobbio:
4-Estado Representativoconstituído a partir da Revolução Gloriosa (1688), da Independência Americana (1786) e da Revolução Francesa(1789). Expressa o compromisso entre o poder do soberano (baseado na tradição) e o poder dos representantes da sociedade (baseado na soberania popular). A representação por categorias (estamentos) foi substituída pela representação dos indivíduos singulares dotados de direitos (cidadãos).
Funções e Aparelho do Estado Liberal (Século XVIII)•Defesa externa;•Segurança pública/ordem interna;•Relações com outros Estados/diplomacia;•Administração da Justiça;•Cunhagem de moeda;•Cobrança de tributos
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
BobbioFunções e Aparelho do Estado de Direito – século XIX
•Estrutura formal do sistema jurídicogarantia de direitos
fundamentais com aplicação da norma universal por juízes
independentes;
•Estrutura material do sistema jurídicogarantia dos contratos e
liberdade de iniciativa e de concorrência no mercado, reconhecida
aos sujeitos da propriedade;
•Estrutura social do sistema jurídico tratamento da questão
social e políticas reformistas para integração da classe
trabalhadora;
•Estrutura política do sistema jurídico separação e distribuição
do poder soberano do Estado.
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
(ESAF/ Analista de finanças e controle – prevenção de corrupção
e ouvidoria/ 2012) Q. 5 - Conforme o Dicionário de Política de
Bobbio, Matteucci e Pasqualino, o Estado de Direito Moderno é
composto por certas estruturas. Das opções abaixo apenas uma
não integra as estruturas do Estado de Direito Moderno.
a) Estrutura formal do sistema jurídico.
b) Estrutura material do sistema jurídico.
c) Estrutura social do sistema jurídico.
d) Estrutura política do sistema jurídico.
e) Estrutura político-administrativa do sistema jurídico.
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
(CESPE/ ANTT - Analista administrativo / 2013) Q. 58 A estrutura
do Estado de direito é formal, por preconizar as liberdades
fundamentais com a aplicação da lei geral-abstrata; material, por
pressupor a livre concorrência do mercado;
social, por atender às demandas sociais e às políticas
reformistas da classe trabalhadora; e política, por pressupor a
separação e distribuição do poder.
R=C
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
(ESAF\STN\2002) Q. 50- Desde o seu surgimento, o Estado moderno tem desempenhado diversas funções. Marque, entre os enunciados abaixo, o que não constitui função do Estado.
a) O Estado se define como a instituição que exerce o monopólio legítimo do uso da força ou da coerção organizada. Assim, a primeira função do Estado é a manutenção da ordem e da segurança interna e a garantia da defesa externa.
b) A menos que se admita a hipótese do poder arbitrário, a manutenção da ordem pelo Estado– a resolução de conflitos, a aplicação da justiça, a imposição de sanções – exige regras estabelecidas. Assim, é função do Estado o ordenamento jurídico das interações coletivas.
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
c) Como suas atividades, por definição, não são auto-sustentáveis, é função do Estado estabelecer e cobrar tributos dos que vivem sob seu domínio e administrar os recursos obtidos dessa forma.
d) Cabe ao Estado exercer uma função social, expressa no seguinte enunciado: “independentemente da sua renda, todos os cidadãos, como tais, têm direito a ser protegidos, de alguma maneira, contra situações de vulnerabilidade de longa duração (velhice, invalidez) ou de curta duração (doença, maternidade,desemprego)”.
e) Visando manter a estabilidade social e reduzir o conflito político, é função do Estado prover a maximização da eficiência do sistema econômico mediante a planificação, a regulamentação econômica e a intervenção pública em sustentação à iniciativa privada.
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
FORMAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO 1808, com a transferência
da família real portuguesa para o Brasilmais tarde a elevação do
Brasil a parte integrante do Reino Unido de Portugal importante
especificidade: a herança patrimonialista, caracterizada pela ausência
de um sistema contratual entre o Estado e a sociedade.
“... à época da descoberta, Portugal já não vivia em regime feudal: o rei éum “autêntico capitalista”, seus vassalos chegam ao Novo Mundo com odesejo de enriquecer. Os poderes que lhes são delegados têm apenas oobjetivo de assegurar-lhes lucros(...) “Patrimonial e não feudal o mundoportuguês, cujos ecos soam no mundo brasileiro atual, as relações entre ohomem e o poder são de outra feição, bem como de outra índole a naturezada ordem econômica, ainda hoje persistente, obstinadamente persistente.Na sua falta, o soberano e o súdito não se sentem vinculados à noção derelações contratuais, que ditam limites ao príncipe e, no outro lado,asseguram o direito de resistência, se ultrapassadas as fronteiras decomando.” (FAORO, 1998, p. 17-18 in Corporativismo no Brasil, 1930-1945http://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/16279/16279_4.PDF)
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
AIndependência não foi um processo pacífico Guerra da Independênciado Brasil de 1822, ano da proclamação da Independência, até 1824Foiuma guerra civil Luso-Brasileira, já que portugueses e brasileiroscombateram em ambos os lados
Constituição de 1824 mantinha a monarquia, a dinastia da Casa deOrléans e Bragança e d. Pedro I como imperador e defensor perpétuo doBrasil. Constituía um Estado católico, unitário e centralizador, com territóriodividido em províncias (as antigas capitanias) e quatro poderes Legislativo,Moderador, Executivo e Judicial.
Rei Absolutoexercia o Poder Moderador(a vontade expressa do imperadortinha preponderância sobre os outros três poderes), com o apoio doConselho de Estado, órgão de caráter consultivo e também o PoderExecutivo, auxiliado pelos seus ministros de Estado.O Poder Legislativo era exercido pela Assembléia Geral, formada pelaCâmara dos Deputados e pela Câmara dos Senadores ou Senado doimpério. O Poder Judicial era exercido pelos juízes de direito e pelos juízesde paz, para as tentativas de conciliação prévias a qualquer processo.
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
Crise da Monarquia
Questão MilitarO exército não aceitava mais a corrupção dentro do
governo monárquico. Algumas imposições feitas pelo imperador
também eram questionadas pelos militares. Entre elas, a proibição de
oficiais do exército brasileiro em se manifestar na imprensa, sem a
autorização do Ministro da Guerra.
Questão ReligiosaOs membros da Igreja Católica estavam
descontentes com a interferência real nos assuntos religiosos.
Abolição da escravidão proprietários de terras conservadores,
descontentes, falta de indenização
Desenvolvimento econômico lavoura cafeeirasupremacia dos
grandes proprietários rurais do Sudeste perante as demais províncias
do país.
PositivismoIdeia de progresso, questionamento da tradição
Setores progressistas da sociedade brasileira questionavam a
monarquia quanto ao voto censitário, miséria, ensino público para
poucos, elevado índice de analfabetismo.
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
Proclamação da República:“República” é a forma de governo na qual os governantes sãoeletivos e temporários, por oposição à monarquia, na qual osgovernantes são hereditários e vitalícios.Significado mais amplo o interesse de todos prevalece sobre ointeresse privado.
República Velha1889 a 1930domínio político das elitesagrárias, os chamados “barões do café”
República da Espada (1989-1894) são os cinco anos iniciais emque o Brasil teve presidentes militares, Deodoro da Fonseca eFloriano Peixoto.
República das Oligarquias 1894-1930
A República da Espada
A Constituição de 1891 (Primeira Constituição Republicana)
Instituiu a república federativa, o presidencialismo, o
voto aberto, o sufrágio universal masculino
Negou auxilio social e obrigação do Estado à educação
O Encilhamento para estimular a industrialização e os
novos negócios, os bancos passariam a liberar
empréstimos livremente às pessoas, sem mesmo saber de
suas reais condições de pagamento. Para financiar o
enorme volume de empréstimos, o governo foi obrigado a
fazer grandes injeções de dinheiro no sistema
econômico inflação.
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
A República das Oligarquias
Política do Café com Leite: acordo pelo qual políticos paulistas e mineiros se revezavam na Presidência da República, favorecendo a economia das suas regiões em detrimento das demais.
Convênio de Taubaté quando o preço do café caía no mercado externo, o governo federal comprava o excedente e estocava aguardando a alta para liberar os estoques . Mantinha o preço do café sempre em alta e garantia os lucros dos fazendeiros de café.
Política dos Governadores era uma troca de favores políticos entre governadores e presidente. O presidente apoiava os candidatos dos partidos governistas nos estados, enquanto estes políticos davam suporte a candidatura presidencial e também durante a época do governo.
Coronelismo arranjo típico da República Velha era um ponto de equilíbrio, um troca de apoio, entre o poder central que se fortalecia, mas ainda não havia se consolidado e o poder local, que vinha se fragilizando, mas ainda retinha significativo controle sobre a população nos municípios interioranos.
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
A República das Oligarquias
Tenentismo movimento que ganhou força entre militares
de média e baixa patente durante os últimos anos da
República Velha vai dar sustentação à Revolução de 1930
1922 contra a eleição de Arthur Bernardes (fraudes, etc)
Reação Republicana Levante dos 18 do Forte de
Copacabana
1924Revolta Militar de 1924+Comuna de Manaus
Ida para o Sul Coluna Prestes
A Crise de 1929-30
1930ativistas do Movimento Tenentistagolpe de Estado
derrubou o governo de Washington Luís.
Crise econômica de escala mundial, devido à quebra da
Bolsa de Nova Yorque em 1929 (esmagando todas as
economias exportadoras caso do Brasil e suas exportações
de café)
a superprodução da lavoura cafeeira,
o conflito na sucessão presidencial que levou à ruptura
da política do café com leite na chapa de oposição
encabeçada por Getúlio Vargas e formada pela Aliança
Liberal, que unia as oligarquias de Minas Gerais, Rio
Grande do Sul e Paraíba
assassinato do candidato a vice-presidente da oposição
Ciência PolíticaProfa. Dra. Maria das Graças Rua
A República Populista – 1930-1964“Denomina-se Populismo, à forma de manifestação das insatisfações da massa urbana e, ao mesmo tempo, o seu reconhecimento e manipulação pelo Estado. Do ponto de vista da camada dirigente, o Populismo é, por sua vez, a forma dada ao Estado para dar conta dos anseios populares e, simultaneamente, elaborar mecanismos de seu controle.” Esta nova conjuntura resultou do desenvolvimento industrial e urbano ocorrido antes de 1930, mas que, “após a Revolução, é ele próprio induzido pela ação do Estado”. ( Koshiba e Pereira)
Líder populista estabelece laços emocionais com o povo, e não racionais.Tem contato direto como o povo, não sendo necessária a presença de nenhum intermediárioproximidade gera nas pessoas a afeição pelo líder. Um exemplo disso foi Vargas, chamado de “pai dos pobres".
Vargas foi o exemplo máximo do populismo no Brasil. Aclamado pelas massas por sua liderança carismática e empenho na aprovação de reformas trabalhistas que favoreceram o operariado
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A ERA VARGAS
Primeiro período 15 anos, sendo quatro de governo provisório (1930-1934), três de governo constitucional (1934-1937) e oito de ditadura (1937-1945). Características nacionalismo e populismo.
Governo ProvisorioExtinguiu a constituição de 1891 e afastou os governadores que pertenciam a República das Oligarquias.
Dissolveu os órgãos legislativos e nomeouinterventores para os governos estaduais Grandeconcentração de poderes nas mãos do Executivofederal.
Criou o Ministério do Trabalho, Indústria e Comérciointerlocução com esses trabalhadores e base do pactocorporativista.
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O Governo Constitucional
Revolução Constitucionalista de 1932 tornou urgente uma nova constituição promulgada em 16 de Julho de 1934.
Através de eleição indireta, Getúlio Vargas continuou no poder . No Governo Constitucional os partidos políticos do Brasil seguiram as doutrinas políticas dos países europeus.
Os dois principais partidos políticos da época eram:
AIB-Ação Integralista Brasileira - Partido facista, que propunha uma política totalitária no Brasil um governo semelhante aos implantados na Itália e Alemanha (Nazi-Fascismo). O líder era Plínio Salgado.
ANL - Aliança Nacional Libertadora - Partido com ideais do Socialismo-Marxismo à imagem do Partido Comunista da União Soviética. Luís Carlos Prestes era o principal líder Chegou a promover uma revolta armada fracassada que ficou conhecida como “Intentona Comunista”, que deu a Vargas o pretexto para um golpe de estado.
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CONSTITUIÇAO DE 16/julho/1934
instituiu o voto secreto; o voto obrigatório para maiores de 18 anos; voto feminino (direito que já havia sido instituído pelo Código Eleitoral de 1932); deputados classistas (representantes de classes sindicais); previu a criação da Justiça Eleitoral;
criação da Justiça do Trabalho; proibiu o trabalho infantil, determinou jornada de trabalho de oito horas, repouso semanal obrigatório, férias remuneradas, indenização para trabalhadores demitidos sem justa causa, assistência médica e dentária, assistência remunerada a trabalhadoras grávidas;
proibiu a diferença de salário para um mesmo trabalho, por motivo de idade, sexo, nacionalidade ou estado civil;
Previu uma lei especial para regulamentar o trabalho agrícola e as relações no campo (que não chegou a ser feita) e reduziu o prazo de aplicação de usucapião a um terço dos originais 30 anos.
Previu nacionalização dos bancos e das empresas de seguros; nacionalizou as riquezas do subsolo e quedas d'água no país; determinou que as empresas estrangeiras deveriam ter pelo menos 2/3 de empregados brasileiros;
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O ESTADO NOVO
Com o pretexto de que o Brasil estava sendo ameaçado pelo comunismo, Getúlio Vargas apoiado pelas Forças Armadas, pôs em pratica o "Plano Cohen", golpe de estado que deu origem ao Estado Novo (1937-1945). Golpe de Estado é a derrubada ilegal de um governo constitucionalmente legítimo.
Fechou o Congresso Nacional em 1937, e passou a governar com poderes ditatoriais. A constituição de 1937(a Polaca), que criou o "Estado Novo", tinha caráter centralizador e autoritário: suprimiu a liberdade partidária, a independência entre os três poderes e o próprio federalismo existente no país. Criou o Tribunal de Segurança Nacional.
Foi criado o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), com o intuito de projetar Getúlio Vargas como o "Pai dos Pobres" e o "Salvador da Pátria". Este governo assemelhava-se com o governo fascista de Mussolini da Itália.
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O Nacional Desenvolvimentismo e o Trabalhismo
Industrialização aumento da população operária.
Vargas organizou as relações de trabalho de cima para baixo, inspirado na Carta del Lavoro, mãe do corporativismo fascista, que teve partes inteiras traduzidas literalmente na Constituição de 1937.
Visando manter suas bases de poder e fazer face ao crescimento do Partido Comunista, Vargas criou, primeiramente, o PSD, em abril de 1945.
Em seguida, organizou o PTB como partido político em maio de 1945, um mês após a criação da UDN e do PSD.
O PTB nasce sob chancela governamental, tendo como principal articulador o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e líder o chefe do Estado Novo, o presidente Getúlio Vargas,
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O LEGADO DE VARGAS
O desmantelamento do federalismo, a fragilização dos
poderes estaduais e o fortalecimento de um governo central;
O papel do Estado como principal investidor na economia,
o desenvolvimentismo, a criação de mecanismos sociais
(como a Consolidação das Leis do Trabalho) etc., são
legados centrais, juntamente com o voto universal e a
criação do primeiro grande partido trabalhista.
Implantação da administração burocrática no Brasil
criação do Departamento Administrativo do Serviço Público,
em 1938.
Democraciasempre em segundo plano.
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A Constituição de 1946
Setembro de 1946 inaugura a quarta República, quase 20 anos de liberdade política e pluripartidarismo, interrompido pelo golpe militar de 1964.
Foi restabelecido o princípio federativo, com a autonomia para os Estados e Municípios e a independência dos três Poderes da União.
O Poder Legislativo volta a ser bicameral, com o Senado voltando à posição de 1891. As eleições passam a ser diretas em todos os níveis, e há liberdade de organização partidária. Os deputados eram eleitos por sufrágio universal, voto secreto e direto, com sistema de representação proporcional dos partidos políticos. O Poder Legislativo nos Estados é exercido pelas Assembleias Legislativas.
Estabeleceu-se, porém, uma fonte de atrito incompatível com o presidencialismo: a possibilidade de presidente e vice-presidente da República serem eleitos por partidos diversos.
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Destaques para o aperfeiçoamento do Estado Democrático de Direitodeclaração, no Capítulo dos Direitos e das Garantias Individuais, de que a lei não poderá excluir da apreciação do Poder Judiciário qualquer lesão de direito individual. São excluídas as penas de morte, banimento e confisco.
Proclama o princípio da intervenção do Estado no domínio econômico e dá-lhe as bases no interesse público; estabelece os limites da intervenção, que são os direitos fundamentais, objeto das garantias contidas na Constituição; condiciona o uso da propriedade ao bem-estar social e dispõe que a lei reprimirá toda e qualquer forma de abuso do poder econômico.
http://jchistorybrasil.webnode.com.br/terceira-republica-ou-republica-populista-1945-1964-/
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A Experiência Democrática ou República Populista,
1945-1964período marcado pelo Populismo
Governo Dutra (1946-51) – Plano SALTE (Saúde, Alimentação,
Transporte e Emergia)
O Retorno de Vargas ao poder (1951-53), eleito pelo PTB
governo marcado pelo nacionalismo e pelo
intervencionismo estatal na economia, trazendo insatisfações ao
empresariado nacional e ao capital internacional.
Nacionalismo econômico de Vargas logrou estabelecer o
monopólio estatal do petróleo, que mobilizou boa parte a
população brasileira sob o slogan “O Petróleo é nosso”,
resultando na criação da Petrobrás em 1951.
Governo de Café Filho (1954/1955) vice de Getúlio, com
interrupções (Carlos Luz, Nereu Ramos) levou o mandato a termo
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Governo Juscelino Kubitschek - PSD (1956/1961)
Desenvolvimentismo Plano de Metas, que tinha como lema “Cinqüenta anos de progresso em cinco de governo.”
Plano de Metas expansão e consolidação do "capitalismo associado ou dependente" brasileiro o processo de industrialização ocorreu em torno das empresas estrangeiras (as multinacionais)controlaram os setores chaves da economia nacional – maquinaria pesada, alumínio, setor automobilístico, construção naval – ocasionando a desnacionalização econômica.
A política econômica de JK Inflação devido a intensa emissão monetária, e a política de abertura ao capital estrangeiro resultou em remessas de lucros e royalties ao exterior.
Todas as grandes construções realizadas no Governo Juscelino Kubitschek só foram possíveis com o uso do capital estrangeiro aumento da dívida externa.
Período de JK construção de Brasília, pela criação da Sudene (Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste).
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Governo Jânio Quadros (1961) UDNSem apoio político,
Jânio Quadros renunciou ao cargo de presidente em 25 de
Agosto de 1961. Na verdade Jânio Quadros queria dar um
Golpe de Estado. Como o seu vice, João Goulart, era visto
como um comunista, acreditava ele que o Congresso jamais
entregaria a Presidência a João Goulart. Jânio Quadros
esperava que o Congresso e as Forças Armadas o forçassem
a continuar na presidência, com os poderes fortalecidos.
Governo de João Goulart (1961/1964) – PTB país dividido
entre os que queriam o cumprimento da Constituição e os
que temiam o suposto comunismo de GoulartPara conciliar
as duas correntes – favorável e contra a posse – o
Congresso Nacional aprovou um ato adicional em 02 de
setembro de 1961, estabelecendo o sistema parlamentarista
no Brasil( de 08/1961 a 01/1963)
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Em janeiro de 1963, foi realizado um referendo para decidir sobre a permanência ou não do regime parlamentarista resultando na volta ao presidencialismo, com poderes plenos a Jango. Foi o fim do parlamentarismo na República brasileira.
Segunda fase do governo de João Goulart Plano Trienalcombate à inflação e desenvolvimento econômico, com reformas estruturais, denominadas reformas de base: reforma agrária; reforma eleitoral – estendendo o direito de votos aos analfabetos; reforma universitária, ampliando o número de vagas nas faculdades públicas e reforma financeira e administrativa, procurando limitar os lucros dos bancos e a remessa de lucros ao exterior.
A reação uniu os grandes empresários, proprietários rurais, setores conservadores da Igreja Católica e a classe média urbana que realizaram a Marcha da Família com Deus e pela Liberdade.
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A Ditadura Militar no Brasil, 1964-1984
Após a deposição de Goulart por golpe militar em 31 de março de a1964, em 9 de abril, é decretado o Ato Institucional Número 1 (AI-1), pelo qual se cassavam os mandatos políticos de opositores ao regime militar e se tirava a estabilidade de funcionários públicos.
Foram suspensas as garantias constitucionais, com a supressão de liberdades individuais e a criação de um código de processo penal militar que permitiu que o Exército brasileiro e a polícia militar do Brasil pudessem prender e encarcerar pessoas consideradas suspeitas, além de impossibilitar qualquer revisão judicial. O novo regime adotou uma diretriz nacionalista, desenvolvimentista e de combate ao comunismo e passou a governar por Atos Institucionais e por Decretos-Leis.
O Congresso Nacional foi dissolvido, e as eleições para vários cargos executivos passaram a ser realizadas de forma indireta. O cargo de presidente passou a ser exercido pelos generais das forças armadas.
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Tipos de Estado
Contemporâneo:
Estado de Bem Estar Social
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Estado Intervencionista do século XXresposta à crise
econômica das décadas de 1920/30:
proteção e ampliação dos direitos sociais e garantia do
pleno emprego
promoção do desenvolvimento econômico
expansão do aparelho do Estado
Tipologia Clássica:
a)Estado de Bem Estar Social
b)Estado Desenvolvimentista
c)Estado Socialista
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Estado de Bem Estar Social ou Estado Providência (WelfareState)Expressa a concepção de uma economia cujas funçõesseriam distribuídas entre o mercado e o Estado.
forte consenso quanto ao modelo democrático, alto nível dedesenvolvimento econômico e tecnológico, países com posiçãode destaque no sistema capitalista mundial;
incorporação dos direitos sociais ao sistema de cidadania:direito ao trabalho, direito aos cuidados de saúde, direito àeducação e direito à proteção contra a vulnerabilidade(assistência)
Na moderna concepção de Estado-providência, os mercadosdirigem as atividades específicas do dia-a-dia da vida econômica,enquanto que os governos regulamentam as condições sociais eproporcionam serviços que caracterizam uma rede de segurançasocial.
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A ideia de racionalização da "política social", para obter aeficiência econômica, deu origem ao conceito de "políticassociais produtivas", apoiado pelos movimentos detrabalhadores durante a Grande Depressão dos anos 1930.
GUNNAR MYRDALOs mercados de trabalho e a organização daprodução poderiam ser racionalizados mediante a utilização deregulamentações sociais para obter um nível mais alto deprodutividade.E também a esfera social deveria ser racionalizada através do usode políticas sociais, como políticas familiares, sempre embenefício de maior eficiência nacional.MYRDAL 1932 proposta de intervenção estatal na economiacomo um processo de racionalização da reprodução dapopulação e da esfera domicilar, baseadas na observação de queos custos de reprodução e de criação de filhos estavamdesigualmente distribuídos entre as classes sociais (Myrdal,1987).
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GUNNAR MYRDAL (1898-1987,Suécia) 1932 as
modernas políticas sociais são totalmente diferentes das
antigas políticas de auxílio à pobreza, porque são
investimentos e não custos.
As políticas sociais modernas seriam eficientes e produtivas
pela sua ação profilática e preventiva, direcionada para
evitar o surgimento de bolsões de pobreza e a criar maiores
riquezas.
Contra as propostas de "maior economia orçamentária" para
sair da Depressão, Myrdal argumentava que as políticas
sociais não eram uma simples questão de redistribuição de
renda, mas uma questão vital para o desenvolvimento
econômico (porque iriam aquecer a economia) e tinham
como objetivo principal o aumento do PIB.
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Resposta à Grande Depressão políticaseconômicas intervencionistas adotadas nos EUA (com o NewDeal) e na Alemanha.
J.M. KEYNES (1886-1946, Inglaterra) afirma que o cicloeconômico não é auto-regulado, como pensavam os neoclássicos,uma vez que é determinado pelo "espírito animal" dosempresários; e afirma que o sistema capitalista é incapaz de gerarempregos suficientes para absorver a mão de obra.
Por isso é papel do Estado operar como agente de controle daeconomia, com objetivo de conduzir a um sistema de plenoemprego. (Teoria geral do emprego, do juro e da moeda,1936).
A estratégia para vencer a crise econômica seria uma intervençãoestatal que aumentasse a demanda efetiva através do aumentodos gastos públicos.
.
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Keynes atribuiu ao Estado o direito e o dever de conceder
benefícios sociais que garantissem à população um padrão
mínimo de vida como a criação do salário-mínimo, do
salário-desemprego, da redução da jornada de trabalho,
oferta de educação e assistência médica gratuita.
IMPORTANTE: são objetivos essenciais do pensamento
Keynesiano a garantia do bom funcionamento do mercado
e a defesa dos direitos dos cidadãos na saúde, educação e
alimentação.
Outro princípio fundamental é a igualdade de oportunidades.
Ao longo do tempo deverão ser implementadas políticas
públicas, aumentando o orçamento do Estado para essas
áreas.
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1942Sir WILLIAM H. BEVERIDGE(1879-1963, Inglaterra),
formulou o Plano Beveridge, que reformou os mecanismos
de proteção social e estruturou o sistema da Seguridade
Social na Inglaterra, de natureza universal, baseado na
participação compulsória de toda a população.
Implantou um regime de repartição, onde as contribuições
sociais são direcionadas para um fundo único, do qual saem
os recursos para a concessão de benefícios e prestação dos
serviços.
O funcionamento do sistema se operacionaliza através de
um pacto intergeracional, de forma que as contribuições dos
trabalhadores e da sociedade hoje garantem os recursos
necessários para a concessão dos benefícios atualmente
pagos, sistemática que tende a se estender indefinidamente
no tempo.
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O modelo Beveridgeano priorizou três áreas de atuação:
assistência (renda mínima aos necessitados), previdência
(mecanismos reparadores para a classe trabalhadora no caso de
necessidades sociais, e saúde para toda a população .
Seguridade Social imperativo de que seja garantida a todos os
cidadãos a libertação das situações de necessidade, como
condição indispensável para o efetivo gozo dos direitos civis e
políticos.
O conceito da Seguridade Social vai além da preocupação com a
renda e orienta-se por amplo conceito das necessidades
humanas, apreciadas em virtude da evolução social. A ideia
central deste modelo é a de solidariedade social, mediante um
pacto entre gerações.
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Princípios do Plano Beveridge:
a) proteção de toda a população da totalidade dos riscos sociais
(proteção do berço ao túmulo);
b) prestações em valor uniforme, que corresponda ao
suprimento das necessidades vitais;
c) o financiamento da seguridade social através de contribuições
no que tange às prestações em geral, e impostos, no que diz
respeito aos abonos de família e ao tratamento de saúde;
d) gestão confiada ao serviço público;
e) complemento das medidas por meio de política do pleno
emprego, política sanitária e de saúde, com atendimento
gratuito a toda a população.
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DEMOCRACIAS CONSOLIDADASPeríodo 1945-1970
Ampliação dos benefícios sociais: trabalhadores formais e informais como trabalhadores rurais, domésticos e donas de casa; Garantia de condições de sobrevivência aos indivíduos e as famílias com renda insuficiente;Cobertura especial para situações de maior vulnerabilidade: famílias numerosas, mães solteiras, crianças em idade escolar, mulheres grávidas, parto, idosos, inválidos, etc.Universalização das políticas de atenção à saúde;Aposentadoria dissociada da idéia de velhice/incapacitação, aproximando-se dos salários dos trabalhadores ativos;Incorporação das classes médias ao sistema previdenciário.
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Estado de Bem-Estar Social HOJEAnálise integrada da
economia e da política social
A principal formulação foi a de Keynes e Myrdall além
de remeter à equidade, também incorpora as relações entre
as modernas instituições da política social e o processo de
desenvolvimento e modernização capitalista.
Após o período neoliberal política social é pensada no
quadro das relações entre Estado, desenvolvimento e
sistemas de proteção social (SPS) abordagens se
orientam para os efeitos dos SPS sobre o crescimento
econômico e para a análise das sinergias entre SPS e
desenvolvimento econômico (e não os efeitos da economia
sobre as políticas sociais, como no passado)
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Bem-estar mediante inserção produtiva: diferentes versões, todas associadas à terceira via proposta pela social-democraciaeuropéia: Bem estar produtivo, Bem estar pelo trabalho, Novo bem estar social, Bem estar social positivo, Bem estar social ativo
Ponto em comumenfatizam a redução dos riscos sociais mediante educação e capacitação, a fim de promover os beneficiários das políticas sociais a pessoas independentes e ativas co-produtoras da sua proteção social Proposta de instituir um novo modelo de Estado de Bem Estar Social (EBES).
Amartya Sem politica social como investimento em capital humano, em capital social ou, ainda, nas capacidades humanas via medidas destinadas a ampliar as capacidades das pessoas para participar com liberdade do processo produtivo.
Esping-Andersendesafios do crescimento econômico no contexto da globalização versus possibilidades e limites das políticas sociais
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Análise de padrões e tipos de Welfare State (EBES)
Análise histórica e integradapropõe que o EBES não se
limita às economias desenvolvidas da social democracia
está presente em outras regiões, nas economias emergentes
com diferentes configurações e processos são “regimes” de
bem estar social
Esping-AndersenQuatro variáveis na análise dos EBES
1-Relação público-privado na provisão social;
2-Grau de desmercantilização dos bens e serviços sociais(redução
da dependência dos indivíduos frente ao mercado, mediante
seguro desemprego, seguro saúde e pensões);
3-Efeitos da desmercantilização na estrutura social;
4-Grau de desfamiliarização (redução da dependência do indivíduo
em relação à renda da familia ou do cônjuge).
I
TIPOLOGIAS DO ESTADO DE BEM-ESTAR SOCIAL (Viana)Variáveis: qualidade dos direitos sociais; grau em que o sistema
promove ou reproduz a estratificação social; forma de relacionamento entre o Estado, o mercado e as famílias.
TITMUS(1963) ESPING-ANDERSEN (1991)
Modelo residual Regime liberal
Características Seletividade para os
mais necessitados;
caráter de assistência
social; intervenção
limitada no tempo;
falha dos mecanismos
naturais (mercado e
família)
Requer comprovação de
pobreza; benefícios
reduzidos; estigma do
necessitado; sociedades de
burguesia forte e movimento
operário fraco.
Países EUA, Inglaterra EUA, Canadá, Australia,
Nova Zelândia.
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TITMUS(1963) ESPING-ANDERSEN (1991)
Modelo meritocrático Regime conservador
Características Política social complementar ao mercado, atendimento segmentado por ocupações. Qualidade e quantidade dos serviços relacionada com o desempenho no mercado de trabalho. Base contributiva tripartite.
Estado substitui o mercado como provedor de serviços sociais. Direitos sociais ligados à situação de trabalho/ocupação. Benefícios hierarquizados e diferenciados refletindo classe ou status. Países onde Igreja ou Estado predominaram na transformação da sociedade.
Países Alemanha
BRASIL
Alemanha, França, Áustria,Itália
BRASIL
TIPOLOGIAS DO ESTADO DE BEM-ESTAR SOCIAL e o Padrão Brasileiro
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TITMUS(1963) ESPING-ANDERSEN (1991)
Modelo Redistributivo Regime Social Democrata
Características Mercado incapaz desolucionar a pobreza;Estado produz e distribuitodos ou quase todos osbens e serviços sociais;Acesso a todos ou quasetodos os benefícios éuniversal; prevalecemsistemas públicosgratuitos (espec.educação e saúde)
Beneficios garantidos pelo Estadocomo direitos sociais e ampliadosàs novas classesmédias;princípios douniversalismo edesmercantilização; promoção daigualdade com alto custo e elevadopadrão de qualidade; países ondepredominaram as coalizões social-democratas.
Países Escandinávia
(especialmente Suécia)
Escandinávia
TIPOLOGIAS DO ESTADO DE BEM-ESTAR SOCIAL e o Padrão Brasileiro
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Esping-Andersen inicialmente identificou três “regimes” de EBES: Regime liberal, Regime Conservador-Corporativo e Regime Social-Democrata.
Mais tarde caracterizou o Regime Mediterrâneo (ou “Modelo de EBES do Sul”, “Estado ou Regime de Bem Estar Social Mediterrâneo” ou “Via Média de Desenvolvimento do Bem Estar Social”)Características predominantes: 1-Dualidade em relação à proteção socialpopulação dividida entre protegidos e não protegidos;2-Familismoênfase na família ou na individualização dos membros;3-Estrutura de provisão social combina de forma peculiar benefícios ocupacionais, com universalização da saúde e presença ou não, de programas de assistência social e apoio familiar;4-Mecanismos discricionários na distribuição dos benefícios sociais: corporativismo, clientelismo e patronagem partidária.
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Países do Leste e Sul da Ásia EBES com peculiar relação
entre desenvolvimento econômico e política social
“Estado Produtivista de Bem Estar Social” ou “Estado
Desenvolvimentista de Bem Estar Social”
Características predominantes:
1-Objetivos econômicos predominam sobre objetivos
sociais, levando ao baixo gasto social:
2-Reduzido papel do Estado na provisão socialmais
participação das famílias, das empresas e organizações
filantrópicas;
3-Direitos universais reduzidos a proteção cobre apenas
trabalhadores dos setores público e privado;
4-Posição central da família como valor e como referência,
que promove a independência dos membros frente ao
Estado.
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Estado Desenvolvimentista (ou Estado Produtor, Estado
Regulador)
atua como principal agente promotor do desenvolvimento
econômico.
Funções:
Oferecer infra-estrutura
Oferecer financiamento (poupança pública)
Produzir bens e serviços destinados ao mercado nas áreas
onde a iniciativa privada não atua ou não atende às
demandas
Promover os setores considerados estratégicos
ocorre nos países periféricos do sistema capitalista,
podendo apresentar regime democrático ou autoritário.
É o modelo mais comum na América Latina
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FATORES DE CONSOLIDAÇÃO DO ESTADO DE BEM ESTAR1Fatores materiais, políticos e econômicos: ritmo decrescimento constante e elevado; consenso quanto ás políticaskeynesianas; consenso em torno do crescimento e do plenoemprego como objetivos; generalização do paradigma fordista;crescimento da arrecadação, com ganhos fiscais crescentes.
2Convergência entre o desenvolvimento das políticas de bem-estar social e a estabilidade econômica internacional decorrentedos acordos de Bretton Woods.
3Clima de solidariedade interna decorrente do processo dereconstrução pós-guerra e da bipolarização externa.
4Expansão e fortalecimento da democracia partidária demassas, que levou ao aumento do peso eleitoral das camadastrabalhadoras e conquistou o apoio de outros segmentosinteressados nas questões do bem-estar.
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TEORIAS EXPLICATIVAS DA EXPANSÃO DO WELFARE
STATE
T.SKOCPOL & D.RUESCHEMEYER (1996)a dimensão política
e os arranjos neocorporativos nas sociedades centrais no pós-
guerra favoreceram as políticas de concertação entre o Estado, o
capital e o trabalho, que visavam a garantir emprego, salários e
arrecadação compatíveis com as novas concepções de cidadania
e com a redistribuição da renda necessária para manter o padrão
de consumo do mercado interno.
CLAUS OFFE os ganhos salariais indiretos providos pelas
políticas de bem-estar promoviam o arrefecimento do conflito
entre o capital e o trabalho, entre a acumulação e a redistribuição.
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MARSHALL o desenvolvimento da democracia, do sufrágio e
o empoderamento das organizações operárias desencadearam a
conquista dos direitos sociais e abriram espaço ao estado de
bem-estar.
HAROLD L. WILENSKY (1923-2011, EUA) o que viabilizou o
Estado de bem-estar social foi o suporte teórico do
keynesianismo (para expansão de gastos estatais visando o
crescimento econômico e o aumento da demanda e do emprego)
e a incorporação das massas ao mercado consumidor pelo
crescimento da produção industrial e pela oferta de rendas extra-
mercado.
JAMES O´CONNOR a expansão do welfare state está
associada aos imperativos de acumulação e legitimação do
Estado capitalista.