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Apresentação - Empresa de Planejamento e Logística
29/01/2015
Cenários e alternativas de adaptação às mudanças climáticas
O Que a SAE tem a ver com isso ?
• É impossível pensar estrategicamente o Brasil do futuro – obrigação precípua da SAE – sem o bom entendimento do problema
• Além de ser um enorme problema de política internacional, a MC é um problema sobre desenvolvimento e não de meio ambiente
• A SAE está focada na agenda da adaptação – porque é onde a questão é mais multi-setorial e 100% afeta ao desenvolvimento
Por que adaptação ?
• Todos os países se beneficiam do conhecimento científico sobre aquecimento global, mas só o Brasil vai estudar impactos esperados sobre o Brasil
• Por cortar TODOS os setores e toda nossa vida, a adaptação é muito mais complexa de estudar. Resposta muito lenta dos setores
• As ações de adaptação são tipicamente preventivas - correr contra o tempo e se adiantar é essencial
Quais são os problemas de política pública?
• Impactos abrangentes, custos altos• Infraestrutura não adaptada• Investimentos públicos depreciados e
patrimônio sob risco• Maior pressão sobre defesa civil e para
prevenção de desastres• Potencial retrocesso sobre ganhos nas políticas
sociais
Questões diantes das quais não se calar…
• Percepção incipiente da causalidade nos setores econômicos
• Incorporação dos cenários climáticos no desenvolvimento nacional
• (Ainda) somos um país em desenvolvimento: quanto ou até que ponto vamos adaptar ?
• Quando fazer o investimento de adaptação: antecipar ou retardar?
Porém a tomada de decisão é fragmentada - não se dá sobre a trajetória de desenvolvimento ou de
adaptação…
Fonte: Nobre, Adaptado. 2014
Como preparar uma estratégia de adaptação?
• Lembrar que existe uma trajetória de desenvolvimento e que a adaptação vai se dar num Brasil diferente do de hoje.
• Pode inclusive fazer sentido só se preocupar com adaptação em 2050, quando a renda per capita do Brasil será igual a do Japão de hoje! Lá vai ser muito mais fácil se adaptar.
• E POR QUE NÃO?
• Qualquer coisa que façamos hoje pode se mostrar errada no futuro. Então pra que gastar recursos escassos de hoje em coisas incertas do futuro e não em problemas sociais mais prementes e certos do presente?
(cont.) Como preparar uma estratégia de adaptação?
• O contra-argumento é que o outro tipo de erro parece mais grave: ser pego de calça curta num mega desastre climático e não ter feito nada preventivamente...
• Ou não ...
• A única coisa que podemos fazer é:
• projetar os impactos (e o momento de ocorrência)• identificar medidas de prevenção e remediação• identificar um critério de decisão que nos diga se vale ou
não a pena executar estas medidas• Certamente teremos que conviver com algum dano
residual
Tipos de adaptação
• Horizonte de planejamento
• Medidas soft x hard
• Ações públicas x privadas
• Adaptação espontânea – agricultura, residências, ...
• Condições culturais e socioeconômicas locais
Preceitos básicos para o estudo da SAE
• Estudo estratégico, iniciado em 2013, a ser concluído em 2015
• Horizonte de longo prazo (2040)
• Baseado em modelos climáticos globais regionalizados ao nível 20km x 20km (parceria com INPE e MCTI)
• Integra análises setoriais de impacto e estratégias adaptativas
• SAE é a facilitadora e coordenadora técnica• Adaptação no futuro e não no presente
Passo 2 – modelagem hidrológica
– Balanço hídrico do presente e futuro será baseado numa grade de 20 x 20 km.
– Análise das vazões naturais mensais (presente e futuro) na escala das bacias incrementais contribuintes aos 195 reservatórios do setor elétrico.
– Modelagem integrada (usos múltiplos) será realizada por sistema de reservatórios (várias bacias hidrográficas)
– Abastecimento urbano: principais pontos de demanda (foco nos reservatórios do sistema elétrico e algumas áreas estratégicas)
Passo 3
• Para cada setor, a construção de um cenário tendencial sem mudança do clima e de outros cenários com mudança do clima.
• O cenário sem mudança do clima é “relativamente fácil” pois é o nosso planning-as-usual, tanto business quanto government, right?
• Os cenários com mudança do clima obedecem à disponibilidade de cenários regionalizados pelo INPE, em escala 20 km x 20 km, ou até 5 km x 5 km em casos específicos.
Passo 3 – setores
• Água: balanço hídrico em andamento• Energia: preparação do cenário tendencial• Agricultura: cenário tendencial concluído,
calibragem do SCENAGRI/EMBRAPA concluído, início das rodadas climáticas
• Saúde: cenário tendencial e ondas de frio/calor• Costeiro e Urbano: cenário tendencial e
identificação das áreas vulneráveis• Transportes: identificaçao das variáveis críticas e
relação de dose resposta
Compostos - Variação de Temperatura x Rodovias Pavimentadas 2011-2040 - DJF
Fonte: Dados SAE/PR e INPE (2014) e PNLT (2012)
Aumento mais significativo de temperatura, considerando a escala da modelagem, na região Centro-Sul do Brasil, onde se verifica maior densidade de malha asfaltica simples ou duplicada.
Compostos - Variação de Temperatura x Rodovias Não Pavimentadas 2011-2040 - DJF
Fonte: Dados SAE/PR e INPE (2014) e PNLT (2012)
Compostos - Variação de Precipitação x Rodovias Pavimentadas x Trechos Inundáveis 2011-2040 -
DJF
Fonte: Dados SAE/PR e INPE (2014) e PNLT (2012)
Aumento mais significativo de precipitação na Região Nordeste (CE, RN e PB) e áreas isoladas no Norte (AM e RR) do Brasil, considerando a escala da modelagem, onde se verifica densidade moderada e muito baixa de malha asfáltica.
Compostos - Variação de Precipitação x Rodovias Não Pavimentadas x Trechos Inundáveis 2011-2040
- DJF
Fonte: Dados SAE/PR e INPE (2014) e PNLT (2012)
Aumento de precipitação na Região Nordeste (CE, RN e PB) e áreas isoladas no Norte (AM e RR) do Brasil, considerando a escala da modelagem, onde se verifica densidade moderada de rodovias não pavimentadas.Aumento de precipitação em áreas isoladas na região Norte (AM, RR e PA), considerando a escala da modelagem, onde ser verificam trechos não pavimentados.
Compostos - Variação de Temperatura x ferrovias 2011-2040 - DJF
Fonte: Dados SAE/PR e INPE (2014) e PNLT (2012)
Aumento mais significativo de temperatura, na região Centro-Sul do Brasil, considerando a escala da modelagem, onde se verifica maior densidade da malha férrea existente.
Aumento mais moderado da temperatura, na região Centro-Noroeste, considerando a escala de modelagem, onde se verificam extensos trechos planejados da malha férrea.
Compostos - Variação de Temperatura x ferrovias 2011-2040 - DJF
Fonte: Dados SAE/PR e INPE (2014) e PNLT (2012)
Aumento mais significativo da precipitação, , na região NE, considerando a escala de modelagem, onde se verificam a ocorrência de trechos de rios inundáveis.
Ocorrência densa de trechos inundáveis na Região Sudeste do Brasil, considerando a escala da modelagem, onde se verificam a ocorrência dos trechos ferroviários em planejamento.
Irrigação Necessária
Baixo Risco Climático
Irrigação Recomendada
Risco de Geadas
Risco de Temp. Elevadas
Alto Risco Climático
Cultura: Café Arábica
Zoneamento Atual
Irrigação Necessária
Baixo Risco Climático
Irrigação Recomendada
Risco de Geadas
Risco de Temp. Elevadas
Alto Risco Climático
Cultura: Café Arábica
Cenário: A2
Ano: 2020
Irrigação Necessária
Baixo Risco Climático
Irrigação Recomendada
Risco de Geadas
Risco de Temp. Elevadas
Alto Risco Climático
Cultura: Café Arábica
Cenário: A2
Ano: 2050
Irrigação Necessária
Baixo Risco Climático
Irrigação Recomendada
Risco de Geadas
Risco de Temp. Elevadas
Alto Risco Climático
Cultura: Café Arábica
Cenário: A2
Ano: 2070
Custos anuais de adaptação dos países em desenvolvimento por setor, 2010-2050, US$ bilhões
SETOR Cenário climático
SECO CHUVOSOAgricultura, florestas, pesca 2.5 2.6Abastecimento de água 19.7 14.4Saúde humana 1.5 2.0Zonas costeiras 27.6 28.5Infraestrutura 13.0 27.5Eventos extremos 6.4 6.7Total 71.2 81.5Somando custos diferentemente 70.0 100.0
Outros passos
• Articulação com ministérios e atores chave• Disponibilização dos mapas na plataforma da
INDE (www.inde.gov.br) • Publicação do relatório em abril/2015• Contribuição ao Plano Nacional de Adaptação• Oportunidade de avançar com estudo em
hidrovias e ferrovias
MUITO GRATOS COORDENAÇÃOSérgio Margulis – [email protected] Natalie Unterstell – [email protected]ássia Saretta [email protected] Nakane – [email protected]
SOCIOECONOMICOSandra de Carlo – [email protected]
GEOPROCESSAMENTORafael Fleury – [email protected] Carvalho – [email protected]
INFRAESTRUTURA URBANA E DE TRANSPORTESBruno Carvalho – [email protected]
INFRAESTRUTURA COSTEIRA Leila Menezes – [email protected] Paula Prates – [email protected]
SAÚDE HUMANA E AGRICULTURAPriscilla Santos [email protected] Castanheira [email protected]
ENERGIARicardo Natal – [email protected]