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Apresentação Historia da Cultura e da Arte

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JORGE COLI

Formado em História da arte e arqueologia (graduação e mestrado) e graduado em História do Cinema pela Universidade de Provença - França;

Doutor em Estética pela Universidade de São Paulo;

Livre docente em História da Arte e da Cultura;

Professor titular em História da Arte e da Cultura, no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp.

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O autor toma como ponto de partida obras de Vítor Meireles, Pedro Américo e Almeida Júnior, figuras representativas da pintura do Século XIX.

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Nos últimos 100 anos o ocidente viu o triunfo da modernidade, e essa por sua vez acarretou na eliminação de tudo aquilo que não parecia estar dentro do parâmetros que esses modernos estabeleciam.

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Um dos pontos importantes é que a pintura do século passado mantinha uma densa relação com a história da arte, mais antiga ou recente.

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Sendo assim a inovação e a especificidade do fazer não eram tidos , como valores tão fundamentais como para o público de hoje.

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O século XIX inventou uma História Brasileira. Ele surgiu dentro de um clima cultural nacionalista, que teve configurações diferentes, mas que permaneceu até o século XX, reforçado pelo Estado Novo.

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A descoberta do Brasil foi uma invenção do século XIX.

Os responsáveis se encontravam-se, ao lado de historiadores, que fundamentava cientificamente a “Verdade” desejada.

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A Carta de Pero Vaz de Caminha, publicada em 1817, na Corografia Brasílica de Aires de Casal, só de caráter documental conferia um alto valor, mas adquire um caráter mítico de “ato fundador” do País.

FONTE: http://perandre.com/casa/Assets/images/redeini2.jpg

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O estilo de Caminha confere ao documento o poder definitivo de projetar-se no imaginário histórico brasileiro.

A carta de Caminha torna presentes os acontecimentos remotos ocorridos, além de dois elementos humanos nobres:

Índios e PortuguesesPagãos e Católicos

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Para imprimir esse instante inicial da historia do Brasil Vitor Meireles decide em 1859 pintar a Primeira missa no Brasil, e a descrição minuciosa de Caminha é utilizada para servir de inspiração.

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Notemos que Meireles inspira-se, para sua Obra, na Première messe em Kabylie, pintada por Horace Vernet e apresentada em 1855.

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FONTE: http://www.expo-orientalisme.be/images/content/1854_vernet_messe_en_kabylie_01.jpg

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A pintura de Vernet retrata o episódio que ocorrera em 1853 e que fazia parte do projeto colonial francês na África do Norte. Ela simboliza ao domínio do exército conquistador em interior de terras habitadas por um povo que soube resistir e se revoltar contra os europeus. A missa celebra a submissão das tribos Cabilas.

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E uma obra de Vítor Meireles, que mostra uma Batalha entre Brasileiros e Holandeses, mostra a barreira dos nacionais em uma marcha sobre os estrangeiros que tentam em vão uma defesa em forma de barricada.

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Meireles utiliza nesse quadro processes neoclássicos, fazendo com que os personagens sejam concebidos com precisão anatômica, porem esse método cria uma dificuldade de expressar movimentos, “criando uma mundo cristalizado”.

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Percebe-se que não é muito comum as pinturas militares de batalhas. E que Antoine Jean Gros, inaugura o gênero da pintura na arte contemporânea, num momento da França pós-revolucionaria, e tendo um estado fortemente militarizado.

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FONTE: http://www.ricci-art.net/img003/678.jpg

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FONTE: http://fr.academic.ru/pictures/frwiki/65/Antoine-Jean_Gros_010.jpg

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Diferente de Gros que marca, expõe as diferenças raciais, Meireles por questão ideológica, não ressalta e tende anular as diferenças.

Entende que todos são Brasileiros.

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Antes de estudar na França, Meireles passa em Roma onde irá sofre uma determinação importante em sua vida artística.

A alta qualidade do desenho, senso de abstração, capacidade luminista fez com que Meires se aproxima-se das preocupações Puristas, como podemos observar.

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A estética nega a eloquência neoclássica percebe-se gravidade e recolhimento nos personagens, abstração das linhas, simplificação dos volumes, abandono da anatomia e da observação em benefício de uma especifica espiritualidade.

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A Guerra do Paraguai trouxe consequência para as artes no Brasil.

As batalhas não eram apenas uma ressurreição do passado, mas sim retomavam episódios efervescentes na memória celebrando heróis falecidos a pouco tempo ou ainda vivos.

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Desde o período napoleônico esse gênero não entravam em sintonia tão forte com o presente.

Quadros de Batalhas sempre foram construção fictícia da História.

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Na Europa havia vários pintores do tema militar, no Brasil essa produção era modesta.

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Nessa perspectiva, Avaí, como Guararapes, de Vítor Meireles, possuem lugar fora do comum dentro da pintura Brasileira.

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Pedro Américo, possuía uma agilidade fulminante no pincel, a qual permitiu pintar 60m² de tecido.

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A característica mais constante na pintura de Almeida Júnior, que permanece desde as primeiras telas até as finais e o sentido firme e exato da composição. Deste modo tendo a geometria como sua grande aliada.

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Na arte de Almeida Júnior, as relações geométricas nunca se impõem sobre o sentido geral da imagem. Elas suportam o visível, sustentam aquilo que é dado a ver, mas retiram-se por trás desse visível. São elas que dão força aos personagens afirmados, conferindo-lhes uma evidencia icônica. (Coli, Jorge. Ed. Senac São Paulo, 2005. pg. 105)

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Os caipiras de Almeida Júnior estão sempre associados a alguma ação.

Podemos notar por fim que com exceção do quadro “O Violeiro”, os outros quadros possuem ferramentas ambíguas que ao mesmo tempo de que são tidas como ferramentas de trabalhos também podem ser tidas como armas poderosas.

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Coli, Jorge. Ed. Senac São Paulo, 2005.

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Dezenove e Vinte: http://www.dezenovevinte.net/ <<acessado 05/11/2010>>