APRESENTAÇÃOO Fórum Nacional de Movimentos e Organizações Juvenis

(FNMOJ) é um espaço de articulação e convergência entre diferentes movimentos e organizações formados por jovens no Brasil, seja em alcance nacional, regional ou local. Sua principal tarefa é promover diálogos, atividades formativas e de mobilização em favor dos direitos juvenis.

O Fórum busca constituir uma plataforma política comum e dar maior visibilidade às lutas e bandeiras defendidas pelos/as jovens brasileiros/as, respeitando a diversidade dos movimentos e tendo a democracia como princípio de construção de um país mais igualitário, justo e solidário.

ALGUNS ESPAÇOS ONDE INCIDIMOS NA AGENDA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE JUVENTUDE

• Diálogo Nacional de Organizações Juvenis (Brasília/2004)• I Conferência Nacional de Juventude (Brasília/2004)• Oficina sobre os desafios e perspectivas das mobilizações de juventude no V Fórum Social Mundial (Porto

Alegre/2005)• Encontro durante a oficina “A participação juvenil no desenho políticas públicas: um diálogo sobre os

conselhos de juventude” (Brasília/2005)• Carta ao Conselho Nacional de Juventude reivindicando a realização de conferências em todos os

níveis(Brasília/2005)• Carta para a Comissão Especial de Juventude solicitando mais transparência no processo de construção do

Plano Nacional de Juventude (Brasília/2006)• Reuniões Paralelas ao Seminário “Política Nacional de Juventude: Diretrizes e Perspectivas” (Rio de

Janeiro/2006)• Participação na fundação do Espaço Iberoamericano de Juventude (Espanha/2007)• I Conferência Nacional de Juventude (Brasília/2008)• Presidência do Conselho Nacional de Juventude (Brasília/2010)

2004 2005 2006 2007 2008

•Primeiras articulações durante o Vozes Jovens (Brasília, maio/2004);•Diálogo Nacional de Organizações Juvenis (Brasília, junho/2004);•I Conferência Nacional de Juventude (Brasília, jun/2004).

•Oficina sobre os desafios e perspectivas das mobilizações de juventude no V Fórum Social Mundial (Porto Alegre, jan/2005); •Encontro durante a oficina “A participação juvenil no desenho das políticas públicas: um diálogo sobre os conselhos de juventude” (Brasília/2005); •Envio de carta ao Conselho Nacional de Juventude reivindicando a realização de conferências em todos os níveis (maio/2005).

•Elaboração de carta denunciando o caráter pouco democrático do processo de discussão do Plano Nacional de Juventude, enviada à Comissão Especial de Juventude da Câmara (mar/2006); •reuniões paralelas ao seminário “Política Nacional de Juventude: Diretrizes e Perspectivas” (Niterói, nov/2006); •Reuniões esporádicas em São Paulo.

•Articulação internacional junto ao Fórum Latino Americano de Juventude e ao espaço Ibero Americano de Juventude (2007/2008).

•Realização da Conferência Livre do Fórum Nacional•(Rio de Janeiro, 2008)•Participação na I Conferência Nacional de Juventude

2009 20112010

•I Festival de Juventudes América Latina e as lutas juvenis - Lançamento da Plataforma da Juventude para as Eleições 2010 (Fortaleza/2010)•Presidência do Conselho Nacional de Juventude

•Membros Titulares do Espaço Iberoamericano de Juventude

•I Encontro da Lutas Juvenis (Bélem /2009)•Eleitos para sermos conselheiros pela cadeira de fóruns e redes juvenis

DETALHAMENTO

Em novembro de 2003 algumas redes e articulações de jovens promoveram, no 1º Fórum Social Brasileiro, em Belo Horizonte, a oficina “Construindo Teias”, que teve como objetivo unir e articular os diferentes movimentos e redes de jovens existentes no País. Como resultado desta oficina, estabeleceu-se um grupo virtual (construindoteias@grupos.com.br) onde são travadas discussões sobre as questões mais significativas da conjuntura nacional e local para definição e implementação de políticas públicas para a juventude, servindo também como espaço de troca de informações e de encontro entre grupos juvenis das mais diferentes localidades do país.

Em maio de 2004 alguns grupos, entidades e movimentos começaram a articular a criação do Fórum Nacional de Movimentos e Organizações Juvenis (FNMOJ) e conseguiram, por meio da realização de encontros e reuniões paralelas a outros eventos relacionados à juventude, realizar algumas atividades, dentre as quais é importante destacar:

DETALHAMENTO

• Maio 2004: primeira reunião realizada em Brasília, numa sala da UnB, durante a realização do evento “Vozes Jovens”, organizado pelo Banco Mundial, juntamente com a Organização Internacional do Trabalho-OIT, da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura-UNESCO, da Agência Americana para o Desenvolvimento-USAID e da Escola de Administração Fazendária-ESAF.

• Junho 2004: participação no Dialogo Nacional de Organizações Juvenis promovido pela UNE, em Brasília, durante o qual foi construído um manifesto.

DETALHAMENTO

• Junho 2004: série de reuniões realizadas no âmbito da I Conferência Nacional de Juventude, promovida pela Comissão Especial de Juventude da Câmara Federal em Brasília, que contaram com a presença de mais de 100 entidades. Durante a Conferência, o Fórum organizou uma passeata na frente do Palácio do Planalto, para entregar uma carta de reivindicações ao Presidente da República. A passeata teve a adesão da grande maioria dos participantes na Conferência, que no dia teve que adiar o início dos trabalhos. Nas reuniões, ficou decidido que o grupo “Construindo Teias” serviria de canal de comunicação do Fórum na Internet. OU: Em junho de 2004, na ocasião da 1ª Conferência Nacional da Juventude, diversos grupos e entidades se mobilizaram em favor da criação de um movimento nacional de articulação da juventude brasileira, lançando um manifesto pró-fórum de organizações juvenis. No lançamento, foi realizado um ato público na Praça dos Três Poderes, em Brasília, seguido da entrega do manifesto à Presidência da República.

DETALHAMENTO

• Janeiro 2005: realização de uma oficina no Fórum Social Mundial em Porto Alegre e articulação de uma carta a ser levada para Brasília na ocasião da instalação da recém criada Secretaria Nacional de Juventude. oficina sobre os desafios e perspectivas das mobilizações de juventude

• Abril 2005: realização de uma reunião durante a Oficina “A participação juvenil no desenho das políticas públicas: um diálogo sobre os conselhos de juventude”, realizada em Brasília, por iniciativa da Ação Educativa, Fundação Friedrich Ebert, Ibase, Instituto Pólis, Observatório Jovem do Rio de Janeiro/UFF e Projeto Redes e Juventudes. Nessa reunião foi eleita uma coordenação provisória do Fórum, composta por: Instituto Sou da Paz (SP), Instituto República (BSB), Observatório da Juventude (BH) e Projeto Redes e Juventudes (NE).

DETALHAMENTO

• Maio 2005: elaboração de uma carta encaminhada ao Conselho Nacional de Juventude recém criado, com o objetivo de reivindicar a realização de Conferencias de juventude em nível municipal, estadual e nacional, onde possam ser legitimamente eleitos os membros de uma nova gestão de Conselho Nacional de Juventude deliberativo. A carta foi lida durante uma reunião do Conselho, e recebeu uma resposta no qual o Conselho se comprometeu a instalar um Grupo de Trabalho para “analisar a forma de composição do CNJ, procurando desenhar processos e mecanismos ideais para a formação de suas próximas gestões”.

DETALHAMENTO

• Março 2006: elaboração, no Construindo Teias, de uma carta dirigida à Comissão Especial de Juventude para denunciar o caráter pouco democrático do processo de discussão do Plano Nacional de Juventude. A carta foi assinada por mais de 80 entidades e levada para Brasília na ocasião do Seminário promovido pela referida Comissão. Durante o seminário, o Fórum realizou varias reuniões e organizou uma Comissão para servir de interlocução com os organizadores da Conferência, conseguindo dar resposta a algumas das reivindicações contidas na carta.

DETALHAMENTO

• Novembro 2006: durante o “Seminário Política Nacional de Juventude: Diretrizes e Perspectivas” promovido pelo Conselho Nacional de Juventude houve duas reuniões do Fórum Nacional de Movimentos e Organizações juvenis (FNMOJ). Na primeira (dia 28/Nov) estiveram presentes 81 pessoas em 35 movimentos e organizações. Ficou explícito que era preciso fazer um encontro de três ou quatro dias para organização do FNMOJ, colocar pautas em comum, estabelecer um diálogo com o CONJUVE, a fim de incidir/provocar decisões e pautas nesta instância. Assim sendo deliberou-se um comitê de coordenação para organizar este encontro (Maio-2007 no RJ).

2009 - I Encontro das Lutas Juvenis - Belém do ParáO 9º Fórum Social Mundial, em Belém do Pará, foi um espaço importante para a organização da juventude brasileira. Nele se realizou na Tenda do Mundo do Trabalho o I Encontro das Lutas Juvenis organizado pelo Fórum de Movimentos e Organizações Juvenis (FNMOJ) que contou aproximadamente com 300 participantes, organizados nas mais variadas institucionalidades do campo e da cidade: sindicatos, agremiações estudantis, ong’s, quilombos, tribos, associações comunitárias, movimentos informais, redes, entre outros.

O I Encontro das Lutas Juvenis foi o espaço das bandeiras de lutas de movimentos sociais, coletivos e redes juvenis do Brasil e também de paises da América Latina, fortalecendo assim, a perspectiva de construção de um mundo mais justo, mais solidário e socialista e teve como resultado o início da construção de uma plataforma comum de reivindicações para as diversas expressões organizadas de juventude.

O I Encontro das Lutas Juvenis marcou uma nova forma de atuação da juventude no FSM, agora não apenas restrita ao território do Acampamento Intercontinental da Juventude e sim ocupando toda extensão do território do FSM. Esse movimento aponta que os/as jovens não desejam apenas o fortalecimento de pautas específicas, mas querem o diálogo intergeracional e lutam por políticas universais e bandeiras históricas dos movimentos sociais brasileiros. Contrariando assim a lógica que vincula a geração jovem do século 21 ao consumismo e à efemeridade de sujeitos passivos, despolitizados e apáticos a qualquer possibilidade de transformação social.

O Fórum Social Mundial configurou-se como o espaço mais importante para a construção da resistência à globalização capitalista. No atual contexto de crise do neoliberalismo em escala mundial, precisamos dar respostas para superar a situação de extrema exploração dos/das jovens, seja pela necessidade de trabalhar cada vez mais precocemente, seja pelo seu impedimento ao acesso à cultura, ao lazer, à educação e até mesmo à vida digna.

O I Encontro das Lutas contribuiu para o estabelecimento do diálogo entre movimentos “tradicionais” (sindical e estudantil) e movimentos com outra tradição política (culturais e comunitários). Sinalizando que essa nova geração política, articulada em diferentes organizações e mobilizações juvenis, traz consigo a possibilidade da renovação das práticas políticas e demonstrando que está disposta, mesmo dentro de sua diversidade, a encontrar o que unifica, fortalecendo a ação coletiva.

No encontro anunciamos a tarefa urgente de construir uma plataforma política que reúna o conjunto de reivindicações da juventude organizada, em coletivos e movimentos, enquanto uma importante ferramenta para a mobilização juvenil. Um instrumento que seja capaz de pressionar o Estado em suas diversas esferas de poder para a criação e promoção de políticas públicas de universalização dos direitos sociais, civis, políticos e econômicos da juventude.

O Encontro foi também um momento para fortalecer e ampliar o Fórum Nacional de Movimentos e Organizações Juvenis que surge da necessidade de articular mais intensamente a sociedade civil, principalmente os/as jovens de movimentos e aqueles que trabalham com o tema, no processo de construção das Políticas Públicas para essa parcela da população.

2010 - I Festival de Juventudes América Latina e as lutas juvenis - Lançamento da Plataforma da Juventude para as Eleições 2010 (Fortaleza/2010)

O lançamento da Plataforma da Juventude para as Eleições 2010 realizado durante o I Festival das Juventudes em Fortaleza, coroou todo o processo construtivo do Festival, marcado pela unidade e participação da diversidade de movimentos juvenis organizados.Construída de forma coletiva e coordenada pelo Fórum Nacional de Movimentos de Organizações Juvenis (FONAJUVES), a Plataforma é um documento com reivindicações de movimentos e organizações autônomas que visa alterar a realidade vivida pela maioria da Juventude.

Plataforma da Juventude para as Eleições 2010A Plataforma que apresentamos aqui é resultado da construção coletiva do conjunto dos movimentos, redes e organizações juvenis que subscrevem esse documento. São organizações que possuem suas bandeiras e propostas para alterar a realidade vivida pela maioria da juventude brasileira.A unificação dessas bandeiras diversas em uma Plataforma é expressão do nosso desejo mais profundo de avançar rumo as transformações que a juventude e o povo brasileiro precisam.Levando-se em consideração que as demandas da juventude são indissociáveis, devemos garantir:

Fortalecimento da Política Institucional de Juventude

Aprovação do PEC da Juventude;Aprovação do Estatuto da Juventude;Aprovação do Plano Nacional de Juventude;Organização de conferências de juventude de 2 em 2 anos (anos não eleitorais), de forma piramidal (município, estado, união), que tenha como objetivo aprovar planos de juventude ou atualizá-los e legitimar conselhos de juventude nas três esferas;Constituir um sistema nacional de políticas de juventude que enraize a política nacional de juventude para estados e municípios, financiado por um fundo público que garantam recursos para seu funcionamento.

Negros e negras

Recomendar as propostas apresentadas pelo Encontro Nacional da Juventude Negra (ENJUNE); Cidadania LGBT

Transversalizar a política de respeito à orientação sexual e identidade de gênero nas políticas de juventude;Aprovação do Projeto de Lei que criminaliza a homofobia PLC 122/2005;Aprovação da união civil entre pessoas do mesmo sexo.

Plataforma da Juventude para as Eleições 2010

Jovens MulheresImplementar políticas públicas de promoção dos direitos sexuais e direitos reprodutivos das jovens mulheres, garantindo mecanismos que evitem mortes maternas, aplicando a lei de planejamento familiar, garantindo o acesso a métodos contraceptivos e a legalização do aborto;Implementação da Lei Maria da Penha;

Meio Ambiente

Criar uma política de Juventude e Meio Ambiente, institucionalizada em PPA, bem como a Agenda 21 da juventude, que fortaleça os movimentos juvenis no enfrentamento à grave crise ambiental global e às mudanças climáticas. Aprovação do Estatuto Indígena;

Jovens com deficiência

Ratificação da Convenção da ONU sobre pessoas com deficiências; Juventude do Campo

Garantir o acesso a terra ao jovem e à jovem rural, na faixa etária de 16 a 32 anos, independente do estado civil, por meio de reforma agrária, priorizando este segmento nas metas do programa de reforma agrária do Governo Federal, atendendo a sua diversidade de identidades sociais e, em especial aos remanescentes de trabalho escravo;Educação para os jovens do campo, criação de escolas agrícolas e cursos universitários adequados a realidade;Geração de trabalho e renda de jovens do campo.Revisão dos índices de produtividade e o estabelecimento do limite da propriedade para 35 módulos fiscais;

Plataforma da Juventude para as Eleições 2010

EducaçãoEducação pública de qualidade para toda a população;Educação inclusiva, não racista, não sexista, não homofóbica e não lesbofóbica.Ampliar o orçamento da educação para 10% do PIB;Ampliar orçamento para a educação de nível médio.Ampliação de recursos para o ensino técnico e tecnológico.Destinação de 14% dos recursos para as universidades federais exclusivamente para as políticas de assistência estudantil;Ampliação dos recursos em assistência estudantil para estudantes do Prouni e para estudantes de baixa renda de universidades privadas;

Cidade/Tempo Livre e Lazer

Passe Livre para jovens até 29 anos;Redução da jornada de trabalho de 44h para 40h sem redução salarial;Criação de espaços culturais públicos, descentralizados, com gestão compartilhada e financiamento direto do Estado, levando em conta as opções dos jovens pela prática de esportes radicais ou de aventura.Ampliar e qualificar os programas e projetos de esporte e lazer em todas as esferas públicas, enquanto política de Estado, tais como os programas esporte e lazer da cidade, bolsa atleta e Segundo Tempo com núcleos nas escolas, universidades e comunidades;

Cultura Criação de um fundo público voltado para financiamento a projetos de grupos culturais geridos por jovens. Comunicação e Inclusão Digital

Democratização dos veículos de comunicação.