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Apresentação para décimo ano de 2014 5, aula 49-50

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Na última aula do período quero que todos tragam o caderno (ou dossiê) de Português (com todas as folhas (e trabalhos).

Por favor, não quero tudo escondido em plásticos.

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No começo do v. 1, «Camões» é

a) sujeito.b) vocativo.c) modificador apositivo.d) complemento direto.

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Camões, grande Camões,vocativo

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Sabendo que «fado» (v. 2) significa ‘destino’, podemos dizer que, nos vv. 1-2, o sujeito do soneto considera que

a) a sua vida foi mais difícil do que a de Camões.

b) a sua vida foi diferente da de Camões.c) o seu destino foi muito diferente do de

Camões. d) a sua vida e a de Camões foram

bastante parecidas.

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O antecedente de «os» (v. 2) é

a) «acho».b) «Camões»c) «teu fado» e «meu».d) «quando».

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antecedente

quão semelhante acho teu fado ao meu, quando os cotejo!

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Nos vv. 3-4, o sujeito poético alude ao facto de

a) ter perdido a possibilidade de viver à beira do Tejo.

b) ter viajado por mar.c) ter sido obrigado a fixar residência

em Setúbal.d) ter-se encontrado com o gigante

Adamastor.

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arrostar co sacrílego gigante

'ter de se debater com os perigos do mar'

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arrostar co sacrílego gigante com + o preposição artigo

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No v. 4, «co» corresponde a

a) ‘cu’.b) contração de uma preposição com

«o».c) início de fezes, interrompidas por

prisão de ventre.d) contração de «como» com «o».

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A ordem mais normal das palavras no v. 6 [ Da penúria cruel no horror me vejo ]seria:

a) Vejo-me no horror da cruel penúria.b) No horror da penúria cruel, vejo-me.c) Na penúria cruel, vejo-me no horror.d) Vejo-me na cruel penúria do horror.

Vejo-me no horror da penúria cruel.

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Nos vv. 7-8, o poeta lamenta-se de

a) ter gostos excêntricos que não pôde concretizar.

b) ter tido desilusões amorosas.c) se ter dado incondicionalmente a

amante que não lhe retribuiu o mesmo afeto.

d) ter amado quem o trairia.

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Como tu, também estou carpindo chorando

lamentando

gostos vãos, que em vão desejo quero

pretendo

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A palavra «desejo» (v. 7) é

a) preposição.

b) nome.

c) verbo.

d) adjetivo.

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Como tu, também estou carpindo chorando

lamentando

gostos vãos, que em vão (eu) desejo quero

pretendo

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O complemento direto de «carpindo estou» (v. 8) é

a) «gostos vãos, que em vão desejo».

b) «saudoso amante».

c) «tu».

d) «como tu».

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Na terceira estrofe, o sujeito poético

a) pede a morte.

b) deseja a paz.

c) já morreu.

d) regozija-se com a sorte que teve durante a vida.

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«Ludíbrio, como tu, da Sorte dura» (v. 9) significa que, como Camões, o poeta

a) teve azar no jogo.

b) teve vida tormentosa.

c) foi ridicularizado por muitos.

d) foi enganado pelos seus contemporâneos.

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Na última estrofe do soneto, o poeta lamenta

a) não ter a mesma paixão de Camões pela natureza.

b) ter imitado a poesia camoniana.

c) só imitar Camões nas desvantagens.

d) não ter curtido e transado tanto como Camões.

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No v. 12, «Mas» exprime

a) oposição.

b) possibilidade.

c) conjunção.

d) disjunção.

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A vírgula final do v. 13 explica-se por

a) se fechar uma oração causal.

b) começar depois uma oração final.

c) se seguir o advérbio «não».

d) se fechar uma oração adverbial.

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Se te imito nos transes da ventura, oração subordinada adverbial condicional

Não te imito nos dons da natureza. oração subordinante

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O sentimento que percorre o soneto é de

a) orgulho por um dado percurso de vida.

b) inveja suscitada pelo confronto com Camões.

c) angústia por uma vida marcada pela desilusão.

d) pacificação ao pressentir-se a morte próxima.

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• Evitem falar para o lado durante o questionário.

• Quanto terminarem, chamem-me para me dar a folha.

• Quando eu disser que já foi tempo suficiente, por favor, parem mesmo e deem-me a folha mesmo sem eu te insistir.

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cetineta = tecido parecido com cetim

fulgurante = brilhante

proveta = vaso de vidro (= copo [=vinho]?)

narciso = o que se admira a si próprio

lombarda = variedade de couve

repolho = couve (cabeça da couve)

suculento = que tem suco; carnudo; agradável ao paladar

toicinho = toucinho

desventura = infelicidade

escaparate = armário envidraçado, vitrina

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Poeta, é certo, mas de cetineta[,]

fulgurante de mais para alguns olhos,

bom artesão na arte da proveta,

narciso de lombardas e repolhos.

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Cozido à portuguesa, mais as carnes

suculentas da auto-importância,

com toicinho e talento, ambas partes

do meu caldo entornado na infância.

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Nos olhos, uma folha de hortelã,

que é verde como a esperança que amanhã

amanheça de vez a desventura.

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Poeta de combate, disparate,

palavrão de machão no escaparate,

porém morrendo aos poucos de ternura.

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O enunciador [o poeta] diz-se talentoso («com […] e talento»), empenhado ou lutador («poeta de combate»), apaixonado ou meigo («morrendo aos poucos de ternura»), vaidoso ou egocêntrico («narciso»; «as carnes […] da auto-importância»).

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O filme é claramente de memórias de infância. Nas primeiras cenas foi dado o motivo da recordação do crescimento do protagonista numa vila siciliana (a notícia da morte do adulto protetor de então, Alfredo). A história entra como pano de fundo (há diversas alusões ao fim da segunda guerra mundial).

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Os vários estados do edifício (o primeiro cinema, a destruição pelo fogo, o novo edifício, a ruína quando o protagonista regressar) servem também de marcos que apoiam a nossa perceção da passagem do tempo.

A ação da parte amorosa acaba também por aproveitar o cinema (salvo erro, um primeiro beijo do protagonista vai aí decorrer).

O edifício vai causar a cegueira de Alfredo, tornando-se depois ocupação semi-profissional do protagonista.

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A analepse é um recurso essencial. Apanhamos a história já no momento em que o protagonista sabe da morte de Alfredo, pelo que se tem de fazer depois um recuo no tempo, constituindo esse flash back a maior parte do filme. (Há um ou dois brevíssimos regressos à atualidade, só para lembrar que o tempo da narração não é aquele, até a história contada em analepse chegar ao presente em que começara e termos depois o resto do enredo, quase um mero epílogo.)

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Não há propriamente prolepses, a não ser talvez algumas falas de Alfredo, que, a certa altura, aludirá, velada mas certeiramente, ao futuro de Totó.

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A analepse é um recurso essencial. Apanhamos a história já no momento em que o protagonista sabe da morte de Alfredo, pelo que se tem de fazer depois um recuo no tempo, constituindo esse flash back a maior parte do filme. (Há um ou dois brevíssimos regressos à atualidade, só para lembrar que o tempo da narração não é aquele, até a história contada em analepse chegar ao presente em que começara e termos depois o resto do enredo, quase um mero epílogo.)

Não há propriamente prolepses, a não ser talvez algumas falas de Alfredo, que, a certa altura, aludirá, velada mas certeiramente, ao futuro de Totó.

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Uma elipse notável consiste no salto dos anos entre o Totó criança e o Salvatore adolescente (o truque é descobrirmos um novo ator sob a mão de Alfredo, o que aliás resolve também um problema que se põe aos filmes que percorrem gerações: acompanhar o crescimento físico das personagens). Há outros momentos recorrentes de aceleração do relato, que corresponderão a resumos, que aproveitam as imagens passadas na sala de cinema (pela justaposição de trechos de filmes que vão acompanhando a história do cinema, do preto e branco a Brigitte Bardot, percebemos que nos estão a ser dados vários anos em poucos minutos).

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Ao contrário, uma história demorada contada por Alfredo a Totó (que só veremos na próxima aula) parece fazer aumentar/demorar o discurso relativamente ao tempo «real».

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cetineta = tecido parecido com cetimfulgurante = brilhanteproveta = vaso de vidro (= copo [=vinho]?)narciso = o que se admira a si própriolombarda = variedade de couverepolho = couve (cabeça da couve)suculento = que tem suco; carnudo;

agradável ao paladartoicinho = toucinhodesventura = infelicidadeescaparate = armário envidraçado, vitrina

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Poeta, é certo, mas de cetineta[,]fulgurante de mais para alguns olhos,bom artesão na arte da proveta,narciso de lombardas e repolhos.

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Cozido à portuguesa, mais as carnessuculentas da auto-importância,com toicinho e talento, ambas partesdo meu caldo entornado na infância.

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Nos olhos, uma folha de hortelã,que é verde como a esperança que amanhãamanheça de vez a desventura.

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Poeta de combate, disparate,palavrão de machão no escaparate,porém morrendo aos poucos de ternura.

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O enunciador [o poeta] diz-se talentoso («com […] e talento»), empenhado ou lutador («poeta de combate»), apaixonado ou meigo («morrendo aos poucos de ternura»), vaidoso ou egocêntrico («narciso»; «as carnes […] da auto-importância»).

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TPC — Queria que, na última aula do período, todos trouxessem o caderno, ou dossiê, de Português (com todas as folhas e trabalhos).

Por favor, não gostaria de ver tudo escondido em plásticos.