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Apresentação para décimo ano de 2014 5, aula 65-66

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Em casa

Ir mantendo as folhas organizadas

Ir fazendo os trabalhos de

(incluindo preparação das leituras)

Ir revendo a gramática que dermos

Ler as combinadas

Atentar nas instru das tarefas

O texto deve ter a forma epistolar, seguindo a estrutura de uma carta, com 300 a 800 palavras. Quanto a mim, vale a pena adotar abordagem original, evitando as banalidades a que o tema em causa facilmente nos leva.

Podes trazer-me a carta à mão ou a computador, embora, para efeitos de eventual envio ao concurso, me pareça conveniente a escrita em computador.

Vou recolher o tepecê (comentários acerca de «Elogio da

velhice enquanto verdadeira» [p. 68] e do cartoon no cimo da p. 72)

No período que abre o texto (ll. 1-5), reconhecemos dois objetivos ilocutórios (correspondentes a cada uma das metades em que a vírgula os divide):

a) declarativo; compromissivo.b) assertivo; compromissivo. Eu sei que... | mas vou tomar como...

c) expressivo; declarativo.d) expressivo; assertivo.

Em «E não será a despropósito, como os leitores verão» (5-7),

a) a forma de tratamento corresponde a artigo definido + nome + 3.ª pessoa.

os leitores verão

b) a forma de tratamento corresponde a artigo definido + nome + 2.ª pessoa. c) a forma de tratamento corresponde a você + 3.ª pessoa.d) o narrador não se dirige a ninguém.

No terceiro parágrafo (10-20), o cronista

a) permite que depreendamos ter havido críticas à delegação portuguesa.b) ironiza com o facto de ter havido poucos comentadores.c) critica o facto de não se verem imagens de quem comenta os Jogos.d) ridiculariza a semelhança das opiniões dos comentadores.

Oh, não vou tratar da delegação portuguesa, nem de atletas a quem o corpo pede caminha, nem nada disso, que já está batido e rebatido.

Nas falas em discurso direto a que o cronista recorre nas ll. 22-29, o que se satiriza é

a) a estranheza dos nomes dos atletas concorrentes.b) a irrelevância de algumas modalidades nos Jogos.c) a linguagem dos que comentavam os Jogos. ele que | ela que | ele que d) o excesso de repetições das mesmas reportagens.

«E com isto sagraram-se, todos, campeões mundiais da Bengala Idiota,

(= bordão)

em todas as categorias» (33-36) reporta-se

a) aos atletas.b) aos comentadores.c) aos membros da delegação portuguesa.d) a todos os participantes.

«Isto é a rapaziada do desporto, há que dar-lhes o desconto...» (43-44) refere-se

a) à delegação portuguesa e aos atletas.b) aos atletas portugueses.c) aos atletas de todos os países.d) aos comentadores.

O parágrafo entre parênteses nas linhas 45-51 critica

a) a condescendência que se costuma ter com a linguagem do jornalismo desportivo.b) o facto de se ser mais exigente em termos linguísticos com os desportistas do que com outros grupos.c) a linguagem de muitos com responsabilidades, o que quase tornaria legítima a complacência com outros erros.d) o desprezo a que se tem votado a linguagem desportiva.

Nas ll. 52-59, o narrador assume que o bordão linguístico «sempre igual a si próprio»

a) já não é corrente. julgo que não, embora talvez me engane

b) ainda perdura.

c) ainda tem surtos.

d) é uma verdadeira epidemia.

Para o cronista, conforme se anuncia nas ll. 61-62, o mais trágico é que

a) também na Antena 2, em programas culturais, se ouve já «sempre igual a si próprio».

b) a praga do «sempre igual a si próprio» já passou aos programas culturais.

c) «ele que» já extravasou dos programas desportivos para os culturais.

d) estes tiques linguísticos se revelam definitivos.

Nas ll. 76-78 alude-se a

a) produtos com prazos de validade curtos.

b) um negregado dia.

c) epidemias breves.

d) modismos efémeros.

O que incomodou João Aguiar, aquando da divulgação de Mulheres à beira de um ataque de nervos, foi

a) o próprio filme de Almodovar.

b) a menção que o título continha a «nervos».

c) o trocadilho fácil que o título do filme inspirou.

d) a escola jornalística dos totós que palravam diante de microfones.

O «vírus» na l. 101 corresponde

a) ao bordão «ele que».

b) ao bordão «eles que».

c) aos apresentadores-robôs.

d) aos comentadores-robôs e aos apresentadores-robôs.

As formas corretas das palavras em itálico nas linhas 109-112 seriam:

a) «membro»; «quaisquer»; «aversão».

b) «membrana»; «qualquer»; «medo».

c) «membro»; «quaisquer»; «medo».

d) «membro»; «quaisquer»; «atração».

• membro é nome sobrecomum– sobrecomuns = nomes uniformes que

designam pessoas sem identificar o seu género natural: «o membro», «a vítima», «o cônjuge», «a criança», «a pessoa» (cfr. p. 299)

• qualquer (sing.) > quaisquer (pl.)

• fobia = 'medo' (queria dizer-se o contrário: «gosto, atração por»)

Nomes uniformes no género (cfr. p. 299)

•sobrecomuns = designam pessoas sem identificar o género natural: «o membro», «a vítima», «o cônjuge», «a criança», «a pessoa»

•epicenos = o género natural é assinalado através de «macho» ou «fêmea»: «a cobra macho», «a girafa fêmea»

•comuns de dois = género é assinalado por determinante: «o colega», «a colega»

Nas últimas três linhas do texto (115-117), recorre-se aa) três das expressões em moda que o texto mencionara. Um pobre de Cristo não consegue manter-se sempre igual a si próprio e fica, inevitavelmente, à beira de um ataque de nervos. Ele que era tão calmo, pobre rapaz.

b) duas das expressões em moda que o texto mencionara.

c) uma das expressões em moda que o texto mencionara.

d) quatro das expressões em moda que o texto mencionara.

Identificam este texto com o género cronístico as seguintes características:

a) linguagem informativa e objetiva; atualidade do tema.

b) preocupação com o quotidiano; tom pedagógico.

c) existência de lead; referência à atualidade.

d) linguagem literária; predomínio da subjetividade.

antecedente = a expressão anterior que o pronome substitui

Comi sete rins de chocolate. Adorei-os.

abantesma ou avantesma — fantasma; espetro; [fig.] pessoa ou objeto que assusta (Do latim phantasma)

Bem... Olá. Eu sou o Dr. Bean (pelo que parece).

O meu trabalho consiste em sentar-me a olhar os quadros. Portanto, O que aprendi eu que possa dizer sobre este quadro?

Bem, Primeiro que tudo, que ele é muito grande. O que é magnífico, pois, se ele fosse muito pequeno — microscópico, estão a ver —, ninguém conseguiria vê-lo, o que seria lastimável.

Em segundo lugar — e estou a aproximar-me do fim desta análise do quadro —, em segundo lugar, porque é que se justifica que este homem tenha gastado 50 milhões dos vossos dólares na sua compra?

E a resposta é... Bem, Este quadro vale tanto dinheiro, porque é um retrato da mãe de Whistler e, como eu aprendi ao ficar em casa do meu melhor amigo, David Langley, e da sua família, as famílias são muito importantes, e,

apesar de o Sr. Whistler saber perfei-tamente que a sua mãe era uma avan-tesma atroz com ar de quem se sentara num cato, ele não a abandonou e até se deu ao trabalho de pintar este extraor-dinário retrato dela. Não é apenas um quadro, é um retrato de uma velha tara-lhoca e feiosa que ele estimava acima de tudo.

E isso é maravilhoso. Pelo menos é o que eu penso.

Bem... Olá. Eu sou o Dr. Bean (pelo que parece).

O meu trabalho consiste em sentar-me a olhar os quadros. Portanto, o que aprendi eu que possa dizer sobre este quadro?

Bem, primeiro que tudo, que ele é muito grande. O que é magnífico, pois, se ele fosse muito pequeno — microscópico, estão a ver —, ninguém conseguiria vê-lo, o que seria lastimável.

Em segundo lugar — e estou a aproximar-me do fim desta análise do quadro —, porque é que se justifica que este homem tenha gastado 50 milhões dos vossos dólares na sua compra?

E a resposta é... Bem, este quadro vale tanto dinheiro, porque é um retrato da mãe de Whistler e, como eu aprendi ao ficar em casa do meu melhor amigo, David Langley, e da sua família, as famílias são muito importantes e, apesar de o Sr. Whistler saber perfeitamente que a sua mãe era uma avantesma atroz com ar de quem se sentara num cato, ele não a abandonou e até se deu ao trabalho de pintar este extraordinário retrato dela. Não é apenas um quadro, é um retrato de uma velha taralhoca e feiosa que ele estimava acima de tudo.

E isso é maravilhoso. Pelo menos é o que eu penso.

Portanto, o que aprendi eu que possa dizer sobre este quadro?

Bem, primeiro que tudo, que ele é muito grande. O que é magnífico, pois, se ele fosse muito pequeno — microscópico, estão a ver —, ninguém conseguiria vê-lo, o que seria lastimável.

[...] e, apesar de o Sr. Whistler saber perfeitamente que a sua mãe era uma avantesma atroz com ar de quem se sentara num cato, ele não a abandonou e até se deu ao trabalho de pintar este extraordinário retrato dela. Não é apenas um quadro, é um retrato de uma velha taralhoca e feiosa que ele estimava acima de tudo.

E isso é maravilhoso. Pelo menos é o que eu penso.

TPC — (1) Se já te tiver devolvido a carta que foi pedida em recente tepecê, lança as emendas que fiz e traz-me de novo o texto (acompanhado da versão que emendei para poder verificar se as correções foram todas bem incorporadas). [Creio que um texto destes, para efeito de concurso, deve ser feito a computador; por isso, se a primeira versão fora manuscrita, deverias passá-lo agora a computador.]

(2) Lê, para estudo, as páginas sobre ‘Atos de fala’ (tiradas da Gramática Prática de Português) que reproduzi em Gaveta de Nuvens. (Já houvera também estudo desta parte através das folhas do Caderno de Atividades, que ainda poderás relancear.)

(3) Não esqueças de ir lendo o livro que porventura tenhas escolhido (ou pede-me ajuda, se for caso disso — em Gaveta de Nuvens, ‘Leituras’, está longo texto que explica o que se pretende).