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luisprista
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homónimas (descrição sincrónica)
ouconvergentes (descrição diacrónica)
canto (< lat. canthu), ‘ângulo’canto (< lat. cantu), ‘emissão de sons…’canto (< lat. canto), ‘eu emito sons…’
divergentes (descrição diacrónica)
alvedrio (< lat. arbitrium) [via pop.]
arbítrio (< lat. arbitrium) [via erudita]
Primeiras abonações escritas:
alvedrio — século XIII arbítrio — 1596
• volta em vez (linha 1) — de novo em volta / em revolta / aqui e ali / sempre
• ínvias (l. 4) — óbvias / inúmeras / inacessíveis / invejosas
• de cidadania (6) — civil / citadino / patriótico / jurídico
• fora de regra (8) — irregular / estrangeiro / normal / regulamentar
• chegue ao conhecimento de (8-9) — saiba / conheça / seja comunicado a / diga a
• tutelares (9-10) — de tutor / titulares / de tutela / de tutoria.
• vertente (14) — cume / em apreço / que verte / ultrapassado
• incidentes (20-21) — casos / tipos /acessórios / acidentes
• assentada (22) — assente / vez / sentada / peripécia [traduzido]
• alinhavado (26) — esboçado / passado a limpo / escondido / planeado
• patéticos (32) — patetas / dramáticos / parvos / malucos
• represálias (37) — retaliações / algálias / repreensões / críticas
• pairam em fundo (39) — pastam / ficam subentendidas / ficam ao fundo / são referidas
• O não hábito de reclamar (43) — Não nos habituarmos a reclamar / Não se reclamar / O mau hábito de reclamar / O hábito de não reclamar
• propicia (44) — dificulta / prejudica / facilita / melhora
• representação (45) — imagem / petição / delegação / sabedoria
• nos círculos em que nos movemos (49) — em família / entre nós / nas altas esferas / em casa
• um dos objetivos estratégicos (53) — uma das táticas / uma das metas / uma das estratégias / uma das vitórias
• suficientemente generalistas (60-61) — pouco abstratas / vagas / cruas / concretas
• reclamantes habituais (67) — poucos que reclamam / mais interesseiros / revoltados / cocós
No episódio 1 é discutida a tese «É preferível urinar-se no banho a fazê-lo na sanita». Nesse «Debate Tipo Prós & Contras», a referida tese é defendida por uns (Busto, Nélson) e refutada por outros (Renato, Bussaco, Bruno).
Os «argumentos» — na verdade, não se trata de argumentos bem formulados mas podemos reconstituir as premissas em que se fundariam — em apoio ou em prejuízo da tese (ou mesmo um pouco à margem daquela precisa discussão) podem exemplificar a tipologia apresentada em «Alguns tipos de argumentos»:
Faço na mata porque o chichi também é natureza (Bussaco)
argumento por analogia
Mata integra naturezaChichi integra naturezaChichi deve fazer-se na mata
Faço no duche porque uma vez saí do banho para fazer chichi e, quando voltei para o banho, já não havia água (Nélson)
argumento indutivo
Não havia água porque puxaste o autoclismo (Renato)
argumento indutivo
Se não puxasse, ficava a casa de banho a cheirar a chichi (Nélson)
argumento dedutivo
Se o chichi ficar na retrete, a casa de banho cheirará mal.Se não puxar o autoclismo, o chichi fica na retrete.Se não puxar o autoclismo, a casa de banho cheirará mal.
Se se fizer chichi no banho, poupam-se descargas de autoclismo (Busto)
argumento dedutivo
Ao contrário da água dos autoclismos, que vai para o mar, a do duche volta a ser distribuída; por isso, se se fizer chichi no duche, beberemos a nossa própria urina (Bruno)
argumento dedutivo, assente em premissa falsa
A água com detergente das casas de banho vai para a piscina, porque a piscina tem um cheiro característico e é azul, e a água com detergente tem um cheiro característico e é azul (Nélson)
argumento indutivo (ou por analogia?)
No episódio 3, Renato alega que «uma vez, um homem morreu depois de ter bebido por latas com urina de rato», o que constitui um argumento indutivo (se isso aconteceu uma vez, é de prever que aconteça assim mais vezes).
Falta-nos um exemplo de argumento de autoridade, mas podíamos inventá-lo: «Saiu um texto na revista Saúde & Ciência que diz que é perigoso beber em contacto com as latas».
Finalmente, vejamos se as características do registo linguístico eram as do texto argumentativo. Surgiam conectores de causa-consequência («porque», «por isso», «e assim», «se»), contrastivos («mas»), confirmativos («pois é», «claro que é»). O verbo predominante no enunciado da tese era, com efeito, «ser» (e, salvo erro, também o deôntico «dever»).
Ouvimos também verbos declarativos ou que poderiam introduzir atos ilocu-tórios assertivos («eu assumo que», «quero acreditar que», «acho que»). E é verdade que o tempo mais usado era o Presente do Indicativo.
TPC
Aproveitando o facto de ainda não ter devolvido esses trabalhos, quem não o fez em tempo podia ainda tentar escrever o «Alfabeto sobre ‘Sermão de Santo António aos Peixes’ e o Padre Vieira».