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Anos Iniciais
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
MEDIANEIRA-PR2016
LISTA DE SIGLAS
AEE- Atendimento Educacional Especializado
AMOA- Associação Medianeirense de Otimização à Aprendizagem
AMOP - Associação dos Municípios do Oeste do Paraná
ATE – Ambiente Tecnológico Educacional
APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários
CEB – Câmara de Educação Básica
CEE – Conselho Estadual de Educação
CF - Constituição Federal
CNAS – Conselho Nacional de Assistência Social
CNE – Conselho Nacional de Educação
ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente
FUNDACEM – Fundação de Amparo à Cultura e Educação de Medianeira
FUNDEF – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização
do Magistério
FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização
dos Profissionais da Educação
IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
MEC – Ministério da Educação e Cultura
NTM – Núcleo Tecnológico Municipal
PDE – Plano de Desenvolvimento da Escola
PDDE – Programa Dinheiro Direto na Escola
PPP – Projeto Político Pedagógico
PROINFO – Programa Nacional de Tecnologia Educacional
RCNEI – Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil
SEED – Secretaria de Estado da Educação
SMED- Secretaria Municipal de Educação
UNESCO – Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................6
2. IDENTIFICAÇÃO ..............................................................................................................7
3. ASPECTOS HISTÓRICOS................................................................................................8
4. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR......................................................20
5. MARCO SITUACIONAL .................................................................................................25
5.1 DIAGNÓSTICO DO ESTABELECIMENTO ..................................................................25
5.2 ORGANIZAÇÃO ESCOLAR .........................................................................................26
5.3 ESPAÇO FÍSICO ..........................................................................................................28
5.4 RECURSOS HUMANOS ..............................................................................................30
5.5 RECURSOS PEDAGÓGICOS E TECNOLÓICOS .......................................................31
6. MARCO CONCEITUAL ..................................................................................................35
6.1 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO ...................................................................................35
6.2 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA ......................................................................................36
6.3 CONCEPÇÃO DE CRIANÇA .......................................................................................37
6.4 CONCEPÇÃO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO ...................................................37
6.5 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO ..........................................................................38
6.6 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO ..................................................................................39
6.6.1 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO BÁSICA ..................................................................42
6.6.2 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL ...............................................................42
6.6.4 CONCEPÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL ...........................................................44
6.7 CONCEPÇÃO DE ENSINO APRENDIZAGEM ............................................................54
6.8 CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO .............................................55
6.9 CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR ......................................................................56
6.10 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE E DEMOCRACIA ...................................................57
6.11 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO .................................................................................58
6.12 CONCEPÇÃO DE RECUPERAÇÃO PARALELA EM SALA DE AULA .....................64
6.6.3 EIXOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL ...........................................................................64
6.13 SALA DE RECURSOS ...............................................................................................68
7. INCLUSÃO .....................................................................................................................68
7.1 FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR E ADAPTAÇÕES CURRICULARES ......................70
8. DIVERSIDADE SEXUAL ................................................................................................72
9. HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA ........................................73
10. MARCO OPERACIONAL .............................................................................................75
10.1 AÇÕES DA ESCOLA .................................................................................................75
10.2 ARTICULAÇÃO ESCOLA E FAMÍLIA .......................................................................79
10.3 ARTICULAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL ..............80
10.4 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA.............................................................80
10.5 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS E RECUPERAÇÃO PARALELA .........................81
10.6 ADAPATAÇÕES CURRICULARES .........................................................................83
10.7 ENCAMINHAMENTOS DE ALUNOS .......................................................................85
10.8 ATIVIDADE EM CONTRA TURNO ..........................................................................85
10.9 ESPAÇO FÍSICO E SEGURANÇA ..........................................................................86
10.10 CONSELHO ESCOLAR .........................................................................................87
10.11 ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS (APMF) ......................88
10.12 PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA – PDDE......................................88
10.13 CONSELHO DE CLASSE ......................................................................................89
10.14 DEVOLUTIVA AOS PAIS .......................................................................................90
10.15 FORMAÇÃO CONTINUADA ..................................................................................91
10.16 NUCLEO TECNOLÓGICO EDUCACIONAL ..........................................................92
10.17 INFORMÁTICA EDUCACIONAL ............................................................................93
10.18 HORA ATIVIDADE .................................................................................................94
10.19 ELEIÇOES DE DIRETOR.......................................................................................95
10.20 PROGRAMAS ........................................................................................................96
10.21 PROJETOS ............................................................................................................98
10.22 BLOG INSTITUCIONAL .......................................................................................102
10.23 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL .............................................................................103
10.24 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO .....................................104
11. CALENDÁRIO ESCOLAR ........................................................................................106
12. REFERÊNCIAS ........................................................................................................108
COLOCAR O PARECER DINORA
6
1 - APRESENTAÇÃO
A LDB 9394/96 em seu art. 12, inciso I prevê que “os estabelecimentos de ensino,
respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de
elaborar e executar sua proposta pedagógica”. Atendendo à normativa, esta proposta é
elaborada com o esforço de todos os envolvidos no processo educativo e tem por finalidade,
organizar o trabalho pedagógico e administrativo na Escola Municipal Angelo Darolt,
colocando estes princípios a serviço da democratização de ensino em nosso país.
A escola precisa organizar o seu trabalho com base em seus alunos formando um
cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo.
A finalidade do Projeto Político Pedagógico - PPP da escola Angelo Darolt é reorganizar
o trabalho pedagógico e entender a educação como uma possibilidade e contribuição para a
mudança social. Através da mesma, busca-se apontar caminhos e criar condições de colocar
em prática o trabalho específico da escola.
7
2 - IDENTIFICAÇÃO
A Escola Municipal Angelo Darolt
Educação Infantil e Ensino Fundamental
Rua Rio Grande do Norte – 570,
Bairro Condá, no Município de Medianeira
CEP: 85884000 PR.
Telefone (45)3264-8658
e-mail [email protected]
Entidade mantenedora a Prefeitura Municipal de Medianeira.
8
3 - ASPECTOS HISTÓRICOS
A Escola Municipal Angelo Darolt foi criada pelo Decreto Municipal nº 016/78 de
10/02/1978, obtendo a autorização de funcionamento para o Ensino Pré-Escolar e 1ª a 4ª
séries, através da Resolução nº 345/82 e tendo seu plano Curricular aprovado pelo parecer nº
2308 de 28/09/1981.
Segundo o decreto, foi criada a Escola Municipal Angelo darolt, Ensino de Primeiro
Grau, com sua denominação em homenagem aquele que foi o primeiro prefeito municipal de
Medianeira, com exemplar fida pública, batalhou pelas boas causas de Medianeira,
principalmente no setor da Educação e da Cultura. Foi criada entre as chácaras 26 e 27 para
atender os alunos do perímetro urbano de Medianeira.
No primeiro ano de sua fundação a escola matriculou durante o ano letivo 219 alunos,
sendo 177 concluintes com apenas 7 funcionários e ou professores.
No ano de 1978, com a doação do terreno foi realizada a construção do prédio escolar,
um edifício térreo com 3 salas de aula, uma pequena dependência administrativa, 3 sanitários,
uma pequena cozinha e uma área livre sem cobertura. Na parte inclinada do local, foi
construída uma casa de madeira que se destinou por muitos anos à residência de funcionários
públicos, caseiros ou professores/professoras que eventualmente lecionassem na escola e não
podiam residir nas proximidades. Porém, uma parte plana do terreno próximo às salas de aula,
foi apenas cedida pela família para a prática de atividades recreativas ao ar livre, não tendo
registro legal como terreno público.
No mesmo ano da fundação, a escola recebeu a construção da 4ª sala de aula e uma
dependência administrativa para comportar secretaria e sala de professores/professoras.
Depois disso, na década de 80 a área da escola foi novamente ampliada com a construção de
sanitários novos, cobertura do saguão com piso e posteriormente os lavatórios. Em 1998, a
escola recebeu a construção de uma dependência para a secretaria que passou a ser
compartilhada com a direção da escola.
No ano de 2003 a escola passou por uma significativa reforma que fez a substituição
dos pisos de madeira já deteriorados, por revestimentos de lajotas e forração do teto com PVC,
bem como a revitalização da cozinha, construção de bancadas, cubas e depósito de alimentos.
Todas as reformas até então sob o comando da Secretaria de Educação e prefeitura
garantiram a manutenção da qualidade mínima para um espaço adequado e agradável.
A elaboração de um projeto pela equipe pedagógica da escola em 2005 tornou possível
uma reforma muito esperada pela comunidade, no telhado de uma das alas, no saguão, nos
9
sanitários e nos lavatórios. Esta, porém, foi executada somente no ano de 2007, com recursos
do Governo Federal, vindo a melhorar consideravelmente a qualidade do espaço existente.
Nos anos seguintes foram elaborados projetos juntamente com a Secretaria de Educação, com
recursos do Governo Federal, para a ampliação da área administrativa, com novas
dependências de secretaria, sala de direção e uma sala de professores/professoras e
coordenação pedagógica, liberando no ano de 2010 o espaço para a instalação de uma
pequena sala para guarda do acervo de leitura e do Laboratório de Informática do programa
“Proinfo” denomidado Ambiente Tecnológico Educacional (ATE).
O terreno inclinado próximo ao Rio Hervalzinho possuía uma residência de madeira,
construções comuns nos espaços escolares na década de 1970 que serviam para residência
de professores/professoras ou outros funcionários públicos. Até 1985 o terreno inclinado
próximo a residência no pátio escolar permanecia ocioso, quando a direção, juntamente com
os professores/professoras, alunos e a comunidade, realizou um projeto para a elaboração de
uma horta escolar. Esta, com a manutenção de funcionários, alguns pais e até alunos produziu
alimentos para fornecer as famílias carentes, complementar a merenda e para comercializar
entre a comunidade, sendo que, os recursos obtidos eram empregados na aquisição de
alimentos essenciais para a preparação da alimentação escolar, que na época tinha o
fornecimento precário e precisava ser mantida também pela então APM (Associação de Pais e
Mestres). A horta foi desativada nos anos seguintes havendo uma degradação da casa que era
de madeira e a área passa a integrar limites de preservação ambiental e mata ciliar.
O terreno plano ao lado da escola que comportava um gramado onde eram realizadas
as atividades recreativas ao ar livre e um parquinho com brinquedos como balanços, gangorra
e escorregador era utilizado devido a doação do antigo proprietário sem registros legais. No
ano de 2004 sob a ameaça de a escola perder o referido espaço, a Associação de Pais e
Mestres, juntamente com a Direção iniciaram com sucesso, os procedimentos de legalização
do terreno.
O pequeno parque infantil foi transferido em 2005 com a elaboração de um importante
projeto arquitetônico, respeitando o uso como área verde, do espaço até então abandonado
junto a velha moradia. É importante relembrar que, com a existência da residência no espaço
escolar ainda ocupada, a utilização do espaço para a continuidade do projeto arquitetônico do
parque infantil ficou comprometido até o ano de 2007, quando a família que ocupava o imóvel,
já em condições muito precárias, foi removida pelo serviço social da prefeitura para um
programa de habitação do município. Com isso o espaço recebeu a revitalização necessária,
10
ficando completo com uma ampla área de gramado, vários brinquedos, calçada, ajardinamento
e arborização. Os espaços do parque infantil, do saguão e do campo gramado passaram a ser
de utilização diária por todos os alunos e terem manutenção frequente até os dias de hoje. O
parque infantil da escola, além de passar sempre que necessário por reparos, a fim de garantir
a segurança das crianças teve uma ampliação em 2015 com a instalação de brinquedos novos
como casinha com escadas e tobogã, adquiridos pela Secretaria Municipal de Educação.
A situação em relação à obtenção de recursos na escola sempre foi um enfrentamento
de grande importância e responsabilidade para as equipes que administravam as escolas
desde sua fundação, que contavam com a forte atuação e apoio das APMs, que trabalhavam
na busca de recursos, garantidos por atividades promocionais, bem como doações da
comunidade local.
O cenário da obtenção dos recursos na escola passou por mudanças com a
interferência da Secretaria Municipal de Educação sob a administração do professor João
Cláudio Madureira no final dos anos 1990, que organizou verbas de subvenção, repasse de
materiais administrativos e despesas de água, luz, telefone e gás que seriam assumidos pela
Prefeitura. A partir daí é proporcionado um dos momentos mais importantes para a educação
do município com a discussão dos Projetos Políticos Pedagógicos, encontros de educação e
formação de professores/professoras e gestores das escolas, onde cada uma discute e
redefine seu papel como instituição educativa.
As associações de Pais e Mestres foram criadas logo no inicio da existência da escola,
que exerciam o papel de garantir as necessidades da instituição, administrando seus recursos
dentro da legalidade, com registros na Receita Federal e documentos junto ao Tribunal de
Contas, com seu próprio patrimônio. Somente no ano de 2005 com a reformulação do seu
estatuto, passa a vigorar com o nome de APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários.
Neste cenário, a APMF já tinha um caráter de subsidiar os projetos e programas pedagógicos,
implementando suas ações e melhorando a qualidade das atividades extracurriculares
desenvolvido com os alunos, auxiliando na manutenção do patrimônio publico na escola
realizando pequenas reformas ou consertos, ampliando o acervo de literatura e pedagógico, os
brinquedos, jogos e equipamentos necessários.
Até o final da década de 1990 quando o FUNDEF e a nova Lei de Diretrizes e Bases da
Educação – LDB 9394/96, passam a garantir outras formas de administrar a escola com
recursos públicos, a instituição era responsável pela sua própria manutenção, que envolvia
desde a complementação da merenda escolar até despesas com energia elétrica, água, gás,
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telefone, bem como todos os materiais de limpeza, administrativos, didáticos e pedagógicos,
além de equipamentos e acervos.
A participação da comunidade escolar e local por meio de colegiados, apontou a
necessidade de diferentes formas de gestão da escola quanto aos seus aspectos
administrativos e pedagógicos. A tentativa de organização dos Conselhos Escolares na rede de
ensino com a participação de toda a comunidade escolar como um exercício de discussão para
fazer valer os direitos e deveres definidos coletivamente na escola iniciou-se em 2003
atendendo a LEI municipal nº 44/02 de 27 de dezembro de 2002, chegando a tomarem posse,
os conselheiros, em 15 de dezembro de 2003, não tendo continuidade no andamento destes
conselhos nos anos seguintes.
Somente dez anos depois, iniciou-se definitivamente a Criação do Conselho Escolar
com a criação da LEI municipal Nº 149/2012, de 13 de novembro de 2012 que dispõe sobre a
Instituição e o Funcionamento dos Conselhos Escolares dos estabelecimentos de ensino, no
âmbito da rede municipal de ensino e dá outras providências. Isso permitiu o acompanhamento
e a avaliação contínuos da gestão escolar por parte de todos os participantes das comunidades
escolar (estudantes, pais, professores/professoras, funcionários e direção) e local (entidades e
organizações da sociedade civil identificadas com o projeto da Escola).
Em relação à organização da instituição, desde o inicio, a direção da escola era
assumida por pessoas determinadas ou escolhidas pela secretaria de educação.
Em 1978, na época da sua fundação, as diretoras eram nomeadas pelo poder público
municipal, a Senhora Roseli Barato.
Roseli Barato – 1978
Cleci Gravina – 1979 a 1982
Lurdes Sibila Rotta – 1983 a 1984
Tereza Silveira – 1985 a 1996
Em 1997 foi realizada a primeira eleição para diretores nas escolas, onde, em caráter
provisório, são escolhidos por funcionários e professores/professoras, representantes do
quadro da escola, com critérios estabelecidos pela Secretaria de Educação. No ano de 1999 é
aprovada a Lei nº 016/99 de Eleição para Diretores das Escolas, onde a partir daí, a cada
biênio a escola poderia eleger seu diretor com o voto de professores/professoras, funcionários
e pais de alunos.
A partir desta época assumem as professoras do quadro efetivo do município como
diretoras eleitas:
Silmara Seidel – 1997 a 2001.
Serli Terezinha Mazzola – 2002 a 2005.
Laudicéia de Fátima Fontanella Oro – 2006 a 2009.
Cleosete Maria Wagner Henn – 2010 a 2013.
12
Dulce Fatima Debarba – 2014 a 2015.
Hilária Rech Flores – 2016.
No ano de 2015, não havendo nenhum professor/professora que tivesse interesse ou
condições conforme os critérios da Lei 016/99 para candidatar-se ao pleito, novamente houve
uma nomeação para diretora pela Secretaria Municipal de Educação, da professora da rede
municipal Hilária Rech Flores.
Ao longo da história da educação é possível constatar que a escola exerceu um papel
também assistencialista, enquanto assumia responsabilidades com a saúde do aluno, exercia
atividades nas campanhas de vacinação, encaminhamentos ao dentista, doações a famílias
carentes e campanhas de vacinação de combate a zoonoses. Desde então, justifica-se a
cultura da existência de inúmeros programas que perduram até hoje como as campanhas de
saúde e cidadania, utilização de espaço para vacinação de animais, para eleições e
alojamentos em eventos como jogos. Esses procedimentos são importantes para a sociedade,
contudo não podem servir para amenizar as responsabilidades da instituição escolar quanto ao
cumprimento de sua função social, tarefa essa que exige responsabilidade e compromisso
público dos gestores com a qualidade da educação.
Com a redefinição dos papéis da escola pelas formulações e estudos do Projeto Político
Pedagógico a escola passa a realizar ações em colaboração com a Secretaria de Saúde com
enfoque educativo e de qualidade da saúde como projetos de saúde bucal, encaminhamentos
para o serviço de saúde como oftalmologistas, fonoaudiólogos, psicólogos, neurologistas e
eventuais campanhas de vacinação e prevenção de doenças.
Durante toda a existência da Escola Municipal Angelo Darolt pode-se constatar muitas
dificuldades em relação à reorganização do espaço dentro de uma estrutura física que nem
sempre conseguia atender as necessidades de cada época.
Dentre estas dificuldades é possível citar a época em que o uso da sala de
professores/professoras aconteceu juntamente com direção e secretaria e posteriormente a
secretaria compartilhada com a direção da escola.
Quando a escola recebeu as turmas de Classe Especial, não havendo sala de aula
disponível, uma delas foi separada com divisórias para comportar tanto a sala de Classe
Especial como a Sala de Apoio, além de guardar materiais de Educação Física. A falta de local
adequado para guardar materiais e acervos sempre exigiu bastante esforço, organização e
mudanças pois precisaram constantemente ser guardados em espaços divididos e usados para
mais de uma finalidade.
Em momentos diferentes o espaço da escola foi utilizado mesmo que precariamente,
registrando porém o nascimento de duas importantes instituições do município. Na década de
1980 a escola dispôs espaço para atendimento de pessoas com deficiência auditiva por
profissionais que posteriormente fundaram a Associação Medianeirense de Surdos e
13
Fissurados – AMESFI que veio a funcionar como escola e centro de atendimento
especializado. Posteriormente, na década de 1990 a escola dispôs espaço para atender
crianças em período integral como creche, que permaneceu até o ano de 2003 quando foi
construída a creche do Bairro Condá. Desde então a escola passa a atender apenas alunos de
pré-escola, sendo a turma de pré-escola de 6 anos que antecedia a 1ª serie do Ensino
Fundamental e inclusive uma turma de pré-escola de 5 anos, a qual ainda não era ofertada na
nas escolas da rede municipal. As crianças desta turma eram das proximidades da escola e do
Bairro Belo Horizonte que chegavam até a escola com transporte de alunos da prefeitura
municipal.
Com o fechamento de escolas da zona rural, alunos das escolas rurais começaram a
frequentar as escolas urbanas sendo oferecido o transporte gratuito de alunos. O transporte da
prefeitura passa a trazer alunos de locais mais afastados das proximidades e do Bairro Belo
Horizonte que não tinham vaga disponível na escola mais próxima.
A área de abrangência de cada escola que foi instituída pela Secretaria Municipal de
Educação para organizar a oferta de vagas para a escola mais próxima da residência dos
alunos. O transporte então permaneceu para atender aos alunos que não conseguiam vaga
nas escolas dos bairros vizinhos e a alunos que pertenciam a área de abrangência e residiam a
mais de dois mil metros da escola ou que, por motivo de segurança, considerando o acesso
perigoso da rua marginal à rodovia federal, precisavam utilizá-lo.
A comunidade escolar participou ativamente da luta pela melhoria do acesso quando da
duplicação da rodovia Br 277, no ano de 2014 em que foi concedido a via de mão dupla para a
marginal da mesma, melhorando as condições de acesso para as famílias que transportavam
seus filhos com algum tipo de veículo e mesmo o transporte público. Quanto ao acesso à
escola pelas trilhas das chácaras próximas, que era uma tradição da escola, foi tornando-se
pouco seguro e até inviável para as famílias considerando os fins destinados aos terrenos
como aterramentos, que foi ocorrendo pelo uso dos proprietários.
No ano de 2005 a escola recebeu os primeiros alunos inclusos no ensino regular que
foram alunos surdos, posteriormente no ano de 2007 alunos cegos. Ingressaram também
outros inclusos como alunos autistas e com deficiência intelectual, entre outras necessidades
especiais.
Os alunos de integração chegaram em 2006 formando duas turmas de Classe Especial
transferidos a partir do fechamento da Classe Especial da Escola Municipal Guimarães Rosa
do Bairro Frimesa. Eram alunos com deficiência intelectual com avaliações antigas e
freqüentando a Classe Especial por muito tempo (uma média de 4 a 5 anos). Contaram com
um ótimo trabalho de professoras especialistas na área da Educação Especial e da
coordenação pedagógica sendo todos eles tiveram avanços significativos e foram
14
encaminhados para o ensino regular quase na sua totalidade quando a Classe Especial foi
cessada.
Para acompanhar e dar suporte ao trabalho com estes alunos foram incluídos no quadro
professores/professoras intérprete de LIBRAS formados em nível superior e
professores/professoras de apoio suplementar de alunos com deficiência em sala de aula. Para
o trabalho com alunos deficientes visuais os professores/professoras receberam formação
específica em alfabetização em Braile, programa de orientação e mobilidade bem como o uso
de tecnologias assistivas.
No ano de 2008, teve o início a implantação gradativa do Ensino Fundamental de nove
anos, com a abertura de uma turma de 1º ano, composta por alunos que completaram 6 anos
até 01 março de 2008 concluindo a implantação em 2012, cessando o ensino fundamental de
oito anos em 2011, bem como a turma de classe especial que foi reduzida a apenas uma em
2010 e extinta ao final do ano letivo. Da mesma forma a escola passou a atender aos alunos
com turmas de 4 e 5 anos na Educação Infantil que até então era de 5 e 6 anos.
Quanto à acessibilidade, apenas na última reforma foram feitas algumas adequações
possibilitando a existência de rampa de acesso aos cadeirantes, corrimões que servem como
proteção e linhas guias para os cegos.
Antes disso os alunos cadeirantes como os que frequentaram a Classe Especial eram
auxiliados por professores/professoras, funcionários e alunos para se locomoverem sendo que
existiam degraus e nunca existiram banheiros adaptados.
Ao longo do tempo ficaram os registros de inúmeros projetos que a escola realizou e
participou. Um dos projetos, já extinto, era o Cooperlata. Caracterizou-se pela criação de uma
cooperativa para coletas de latas de alumínio formada pelos alunos e coordenada pela direção
da escola, onde os alunos recebiam o capital em dinheiro, conforme sua participação na coleta
de latas recicláveis, como sócios, recebendo ou custeando os passeios realizados ao final do
ano. Os alunos de todas as turmas coletavam latas de alumínio durante o ano que eram
pesadas e vendidas. Também durante o evento da festa junina os alunos de 4ª série se
responsabilizavam por organizar o recolhimento para auxiliar nos custos do tradicional para as
Cataratas no Parque Nacional do Iguaçu. O projeto tinha o objetivo de desenvolver a
consciência para os temas ambientais, bem como de cidadania, cooperação e
sustentabilidade. O mesmo surgiu a partir da formação do programa Cooperjovem pela
Cooperativa Lar com as escolas. Foi se extinguindo na medida em que a venda do material foi
se tornando inviável.
Outros projetos surgiram como o de inclusão que visava aproximar alunos do ensino
regular com inclusos por meio da linguagem dos surdos, o Braille e o respeito às diferenças.
Projetos de incentivo á leitura e à cultura foram implementados ao longo do tempo como a
leitura na Biblioteca Pública Municipal com confecção da carteirinha, cronogramas de visitas e
15
passeios locais no município, passeios para Foz do Iguaçu e Cascavel aos pontos turísticos e
cinemas, a Noite Cultural que transformou-se no Festival Cultural, e o Festival Folclórico do
Município, programação da semana da criança e da festa junina. Alguns deles se naturalizaram
como projetos de inclusão, outros se modificaram e outros tornaram-se tradição da escola, de
forma permanente.
Os professores que passaram pela escola, desde o inicio de sua fundação, bem como
os demais da rede de ensino acompanharam e participaram das experiências educacionais da
região Oeste do Paraná. Neste processo tiveram fundamental importância a criação da
Associação Educacional do Oeste do Paraná – ASSOESTE em 1980, depois Departamento
Educacional da Associação dos Municipios Lindeiros do Paraná – AMOP, que contribuíram na
formação continuada dos professores e na produção do Currículo Básico para a Escola Pública
do Estado do Paraná que alicerçava a educação nos anos iniciais.Em 2005 os professores puderam participar dos estudos no município, onde
representantes analisavam e sistematizavam as contribuições de um conjunto de educadores a
respeito das bases filosóficas, psicológicas, pedagógicas e legais, bem como o método que
sustentaria a estrutura curricular, que foram incorporados para a construção de um novo
currículo para as escolas municipais.
A elaboração desses pressupostos curriculares teve por objetivo buscar a construção
de uma unidade e de uma identidade de classes, considerando a heterogeneidade das escolas
da Região Oeste. Assim, em 2007, a escola passou a seguir o Currículo Básico para a Escola
Pública Municipal do Oeste do Paraná – anos iniciais e Educação Infantil.
Muitas mudanças nas questões legais e estruturais foram marcando a existência da
escola e de seus profissionais como Reformas Curriculares, de Plano de Carreira, de Plano
Municipal e Nacionais de Educação, programas do governo federal do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da educação – FNDE, de formação e capacitação de
professores/professoras. A comunidade sempre foi relativamente participativa, embora uma
parcela sempre precisou ser incentivada a participar. As reuniões e assembleias sempre
contaram com boa participação, bem como atividades, promoções e demais movimentos da
comunidade.
No início da década de 2000 a comunidade discutia a necessidade de cascalhamento da
rua e instalação e reforma de ventiladores nas salas de aula. No final da mesma década a rua
recebia pavimentação poliédrica e as salas de aula eram equipadas com condicionadores de
ar.
Numa pesquisa nesta mesma época, a comunidade desejava que fossem adquiridas
carteiras e cadeiras novas para melhor acomodação dos alunos. Nos meados desta mesma
década as carteiras antigas e de madeira foram sendo sub substituídas por carteiras e cadeiras
brancas de mdf e novamente em 2014 as escolas receberam carteiras e cadeiras apropriadas
16
e adequadas ao tamanho de cada faixa estaria, pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento
FNDE.
Os recursos materiais e tecnológicos foram sempre disponibilizados e atualizados na
medida do possível para garantir o trabalho com as crianças. Cópias mimeografadas foram
sendo substituídas por impressões de qualidade, imagens limitadas por retroprojetores
substituídas por multimídia conectado a internet.
No ano de 2015 as escolas receberam equipamentos modernos de copiadoras,
impressoras e scanners com possibilidade de cópias preto e branco e coloridas para melhorar
a qualidade do material impresso. Também neste ano foi construído o banheiro para
deficientes no espaço da lavanderia e do escovatório.
Algumas possibilidades continuaram sendo discutidas pela comunidade escolar como a
necessidade de muitas adequações na escola como existência de biblioteca, refeitório, quadra
coberta e outros recursos, que mostraram a importância da sua participação na construção de
uma escola de qualidade. Uma delas foi a chegada da Sala de Recursos Multifuncional,
disponibilizada pelo Ministério da Educação para a escola Angelo Darolt. Porém, até o final do
ano letivo de 2015 a mesma funcionou apenas com os materiais e jogos pedagógicos já
existentes na escola, um local improvisado junto à sala de leitura, uma impressora Braille e um
scanner de voz, aguardando então a chegada de computadores, mobília e materiais
pedagógicos como estava previsto.
A organização das turmas é feita pela idade cronológica tendo com parâmetro 31/03, em
observâncias as Diretrizes Operacionais para a matrícula no Ensino Fundamental e na
Educação Infantil expressas na Resolução nº 6, de 20 de outubro de 2010 do Conselho
Nacional de Educação, Lei Estadual nº 18.492, de 24 de junho de 2015 que aprova o Plano
Estadual de Educação do Estado do Paraná e Deliberação nº02/2014, de 03/12/2014, do
Conselho Estadual de Educação do Paraná, que estabelece Normas e Princípios para a
Educação Infantil no Sistema de Ensino do Estado do Paraná. Há de se ressaltar no critério
adotado para a organização das modalidades o respeito à infância e às condições concretas de
desenvolvimento das crianças e suas singularidades, bem como, os espaços físicos, os
equipamentos e materiais pedagógicos existentes que propiciam a ludicidade, tendo como
parâmetro também a relação professor aluno, cumprindo assim, com as funções indispensáveis
na educação infantil de educar, cuidar e brincar, cuja preparação do tempo e espaço é
fundamental para o pleno desenvolvimento da criança e suas relações sociais.
VIDA LEGAL DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
Curso: 2000 - ENS.PRE-ESCOLAR
17
Autorização de Funcionamento - RES 779 - 04/03/1991 - 01/01/1991 a 31/12/1992 - AUTORIZA O FUNC.DO ENSINO PRE-ESCOLAR,COM OFERTA DO JARDIM DE INFANCIADESDE 1991
Renovação Autorização de Funcionamento RES 2102 22/04/1993 - 01/01/1993 a 31/12/1994 PRORROGA PRAZO AUT.FUNC.DO ENSINO PRÉ-ESCOLAR
Renovação Autorização de Funcionamento RES 2466 05/05/1993 - 01/01/1994 a 31/12/1994 PRORROGA PRAZO AUT.FUNC.DO ENSINO PRÉ-ESCOLAR
Renovação Autorização de Funcionamento RES 5189 24/10/1994 - 01/01/1995 a 31/12/1997 PRORROGA PRAZO AUT.FUNC.DO ENSINO PRÉ-ESCOLAR,A PARTIR DE 1995
Renovação Autorização de Funcionamento RES 3504 21/10/2004 - 01/01/1998 a 31/12/2005 PRORROGA PRAZO AUT.FUNC.EDUCACAO INFANTIL, DESDE 1998(RES.AUT.0779/91)
Prorrogação de Funcionamento RES 2613 29/05/2007 - 01/01/2006 a 31/12/2008 RENOVA O PRAZO DA AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL(RES.AUT.779/91, DESDE 2006.
Prorrogação de Funcionamento RES 4234 16/09/2008 - 01/01/2009 a 31/12/2011 RENOVA PRAZO DA AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL (RES.AUT.779/91), DESDE 2009.
Renovação Autorização de Funcionamento RES 903 06/02/2012 - 01/01/2012 a 31/12/2014 RENOVA A AUTORIZAÇÃO P/ FUNCIONAMENTO DA ED. INF. DESDE O INICIO DO ANO DE 2012.
Renovação Autorização de Funcionamento RES 2951 21/09/2015 - 01/01/2015 a 31/12/2017 PAR 1364/2015-SEED/CEF, REN.AUT.FUNC.DA EDUCAÇÃO INFANTIL,PELO PRAZO DE 03(TRÊS)ANOS, A PARTIR DE 01/01/2015, (RES.AUT.779/1991). OBS: P/ ATENDIMENTO DE CRIANÇAS DE 04 (QUATRO) A 06 (SEIS) ANOS.
Curso: 4005 - 4013 - CURSO FUNDAMENTAL 1/4
Autorização de Funcionamento RES 345 05/02/1982 - 01/01/1982 a 31/12/1986 AUTORIZA O FUNC.DO ENSINO DE 1OGRAU 1/4 SERIE,DESDE 1982(PELA ADEMED)
Renovação Autorização de Funcionamento RES 2303 12/07/1988 - 01/01/1987 a 31/12/1992 PRORROGA PRAZO AUT.FUNC.DO ENSINO DE 1ºGRAU 1/4 SERIE
Renovação Autorização de Funcionamento RES 2465 05/05/1993 - 01/01/1993 a 31/12/1997 PRORROGA PRAZO AUT.FUNC.DO ENSINO DE 1ºGRAU 1/4 SERIE,DESDE 1993
Renovação Autorização de Funcionamento RES 3507 21/10/2004 23/11/2004 01/01/1998 RENOVA,POR TEMPO INDETERMINADO, O PRAZO AUT.FUNC.DO ENSINO FUNDAMENTAL1/4 SERIE,DESDE 1998(RESOL.AUT.0345/82)
Cessação Definitiva RES 3374 20/10/2015 - CESSAR DEFINITIVAMENTE AS ATIVIDADES ESCOLARES RELATIVAS AO ENSINO FUNDAMENTAL (1ª a 4ª SÉRIE), EM TODAS AS INSTITUIÇÕES DO SISTEMA ESTADUAL DE ENSINO DO PARANÁ, A PARTIR DA DATA DA PUBL.DA RES. OBS: CONTINUAM EM VIGOR PARA AS QUE OPTARAM PELA TRANSPOSIÇÃO DOS ATOS, DO ENSINO FUNDAMENTAL (1ª A 4ª SÉRIE), PARA O ENSINO FUNDAMENTAL (1º AO 5º ANO).
Curso: 4035 - CURSO FUNDAMENTAL 1/5 ANOS
18
Autorização de Funcionamento RES 3936 29/08/2008 - 28/10/2008 a 31/12/2012 AUTORIZA O FUNCIONAMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL 1/5 ANO, POR 05 ANOS, DESDE 2008, PARECER 2640/08-CEF.
Renovação Autorização de Funcionamento RES 953 28/02/2013 - 01/01/2013 a 31/12/2017 PAR 664/13-SEED/CEF
Curso: 2100 - ENS.PRE-ESCOLAR-CRECHE
Autorização de Funcionamento RES 779 04/03/1991 - 01/01/1991 a 31/12/1992 AUTORIZA O FUNC.DO ENSINO PRE-ESCOLAR,COM OFERTA DO JARDIM DE INFANCIADESDE 1991
Renovação Autorização de Funcionamento RES 2102 22/04/1993 - 01/01/1993 a 31/12/1994 PRORROGA PRAZO AUT.FUNC.DO ENSINO PRÉ-ESCOLAR
Renovação Autorização de Funcionamento RES 2466 05/05/1993 - 01/01/1994 a 31/12/1994 PRORROGA PRAZO AUT.FUNC.DO ENSINO PRÉ-ESCOLAR 33
Renovação Autorização de Funcionamento RES 5189 24/10/1994 - 01/01/1995 a 31/12/1997 PRORROGA PRAZO AUT.FUNC.DO ENSINO PRÉ-ESCOLAR,A PARTIR DE 1995 33
Renovação Autorização de Funcionamento RES 3504 21/10/2004 - 01/01/1998 a 31/12/2005 PRORROGA PRAZO AUT.FUNC.EDUCACAO INFANTIL,DESDE 1998(RES.AUT.0779/91)
Prorrogação de Funcionamento RES 2613 29/05/2007 - 01/01/2006 a 31/12/2008 RENOVA O PRAZO DA AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL(RES.AUT.779/91, DESDE 2006.
Prorrogação de Funcionamento RES 4234 16/09/2008 - 01/01/2009 a 31/12/2011 RENOVA PRAZO DA AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL (RES.AUT.779/91), DESDE 2009.
Renovação Autorização de Funcionamento RES 903 06/02/2012 - 01/01/2012 a 31/12/2014 RENOVA A AUTORIZAÇÃO P/ FUNCIONAMENTO DA ED. INF. DESDE O INICIO DO ANO DE 2012.
Geral da Escola:
MODIFICAÇÃO APROVA MOD SIST AVAL PAR 213 20/07/1981
PLANO DE IMPLANTAÇÃO APROVA PL IMPL PAR 232 04/08/1981 19
MODIFICAÇÃO HOM PAR MOD SIST AVAL RES 2111 01/09/1981 18/09/1981
PLANO DE IMPLANTAÇÃO HOM PAR PL IMPL RES 2308 28/09/1981 09/10/1981
Autorização de Funcionamento AUTORIZA O FUNC.DO ESTAB.DE ENSINO RES 345 05/02/1982 01/01/1982
MODIFICAÇÃO APROVA MOD SIST AVAL PAR 431 19/07/1982
MODIFICAÇÃO HOM MOD SIST AVAL RES 2567 24/09/1982 05/10/1982
MODIFICAÇÃO APROVA MOD SIST AVAL PAR 93 08/06/1983
MODIFICAÇÃO HOM PAR MOD SIST AVAL RES 4012 29/11/1983
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ALTERAÇÕES PASSA MANUTENC E NOMENCLATURA MUNICIPAL RES 1511 11/04/1985
Alteração de Mantenedora PASSA MANUTENC E NOMENCLATURA MUNICIPAL RES 1511 11/04/1985
PLANO DE IMPLANTAÇÃO APROVA PL CURR DE PRE ESCOLA PAR 165 02/04/1990
PLANO DE IMPLANTAÇÃO HOM PL CURR DE PRE ESCOLA RES 905 04/04/1990
PLANO DE IMPLANTAÇÃO APROVA PL CURR DE PRE ESCOLA PAR 482 20/12/1990
Regimento Escolar APROVA REG ESCOLAR DE PRE ESCOLA PAR 482 20/12/1990 15
Regimento Escolar APROVA REG ESCOLAR DE PRE ESCOLA PAR 482 20/12/1990
PLANO DE IMPLANTAÇÃO HOM PL CURR DE PRE ESCOLA RES 4021 26/12/1990
Regimento Escolar HOM REG ESCOLAR DE PRE ESCOLA RES 4021 26/12/1990
Regimento Escolar HOM REG ESCOLAR DE PRE ESCOLA RES 4021 26/12/1990
ALTERAÇÕES ACRESCENTA O TERMO ENSINO PRÉ-ESCOLAR NO NOME,PASSANDO A DENOMINAR-SE:ESCOLA MUNICIPAL ANGELO DAROLTENSINO PRÉ-ESCOLAR E DE 1ºGRAU RES 779 04/03/1991
Alteração de Denominação ACRESCENTA O TERMO ENSINO PRE-ESCOLAR NO NOME,PASSANDO A DENOMINAR-SE:ESCOLA MUNICIPAL ANGELO DAROLT RES 779 04/03/1991
ALTERAÇÕES ALT.DEN.CFE.DEL.003/98-CEE DE:ANGELO DAROLT, ESC MUL-ENS PRE ESC 1 GR PARA:ANGELO DAROLT, E M - ED INF ENS FUND RES 3120 08/08/1998
Regimento Escolar APROVA REGIMENTO ESCOLAR EDUCAÇÃO INFANTIL E 1ª A 4ª S©RIE ENSINO FUNDAMENTAL PAR 1500620 17/01/2002 15
Regimento Escolar APROVA REGIMENTO ESCOLAR EDUCACAO INFANTIL E 1A A 4A SERIE ENSINO FUNDAMENTAL PAR 62002 17/01/2002 23
Adendo ao Regimento APROVAÇÃO DO ADENDO DE ALTERAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR QUE TRATA DOSISTEMA DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ATO 43 15/04/2004 23
Adendo ao Regimento APROVACAO DO ADENDO DE ALTERACAO DO REGIMENTO ESCOLAR QUE TRATA DO SISTEMA DE AVALIACAO DA APREND ATO 43 15/04/2004 23
Adendo ao Regimento ADENDO DE ALTERAÇÃO AO REGIMENTO ESCOLAR QUE TRATA DA GESTÃO ESCOLAR, DA ORGANIZAÇÃO DIDTICA ATO 84 19/04/2005
Adendo ao Regimento ADENDO DE ALTERACAO AO REGIMENTO ESCOLAR QUE TRATA DA GESTAO ESCOLAR, DA ORGANIZACAO DIDATICA ATO 84 19/04/2005
Credenciamento educação básica CREDENCIA A OFERTA DA ED. BÁSICA POR (05 ANOS), A PARTIR DA DATA DA PUBL. DA RES.
20
4 – CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR
Na extremidade do Bairro Condá, limite com o Bairro Belo Horizonte, proximidade com o
Bairro Ipê e a pouca distância do centro da cidade de Medianeira, com um acesso
relativamente difícil por uma rua marginal à rodovia federal, não possui representatividade
numa comunidade específica, por atender a população oriunda de várias localidades, tendo
esta comunidade uma movimentação de público diferente a cada ano.
Em torno de 61% dos alunos residiam em anos anteriores, nas proximidades da escola,
pertencendo à área de abrangência da escola, enquanto que 39% dos demais eram oriundos
outros bairros ou localidades.
Gráfico 1 - Alunos matriculados conforme área de abrangência a escola em anos
anteriores
39%
61%
Fonte: Levantamento estatístico – Escola Angelo Darolt
No ano de 2016 46% dos alunos pertencem a área de abrangência que é caracterizada
pelas localidades: Bairro Condá e Bairro Belo Horizonte nas proximidades da escola, e os
Loteamentos Ana Claudia, Vila Verde, Páglia e Debastiani, enquanto 54% estão fora da área
de abrangência.
21
Gráfico 2 – Alunos matriculados conforme a área de abrangência a escola no ano de
2016
54%
46%
Fonte: Levantamento estatístico – Escola Angelo Darolt
Para chegarem até a escola são trazidos por seus responsáveis com transporte
particular, de transporte escolar, a pé pela rua marginal à rodovia o ainda utilizando as trilhas
existentes entre as chácaras.
Também em anos anteriores um número equivalente a 49% utilizavam o transporte
escolar por serem residentes de bairros próximos que não encontram vaga na sua escola mais
próxima ou os que estavam na área de abrangência numa distância superior a 2 quilômetros.
Dentre estes são considerados os alunos de transporte da educação especial e residem em
bairros mais distantes como os alunos inclusos no ensino regular. Portanto, 51% dos alunos
não utilizavam o transporte escolar.
Gráfico 3 - Alunos que utilizavam transporte escolar nos anos anteriores
51%49%
Fonte: Levantamento estatístico – Escola Angelo Darolt
No ano de 2016 houve um aumento no número de alunos que utilizam o transporte
escolar chegando a 52%, maioria dos alunos, portanto que utilizam transporte escolar.
Gráfico 4 - Alunos que utilizam transporte escolar em 2016
22
48%52%
Fonte: Levantamento estatístico – Escola Angelo Darolt
Há crianças, cujos pais preferem que seus filhos estudem numa escola menor, e mesmo
não sendo da área de abrangência trazem até a escola com transporte particular ocupando as
vagas excedentes.
Os que vivem em comunidades do campo utilizam até mais do que um transporte. São
filhos de agricultores que trabalham com pequenas extensões de terra, vivem em comunidades
com espaços e condições saudáveis de desenvolvimento, com controle de problemas de
degradação ambiental e estrutura financeira relativamente favorável.
As crianças fazem parte, na sua totalidade, da classe trabalhadora. São filhos de
trabalhadores assalariados, pequenos agricultores, microempresários, trabalhadores
autônomos e informais, com moradias simples, mas de relativo conforto ou condições de
sobrevivência. Dentre eles há um grupo de 18% de crianças de famílias que necessitam e
recebem benefícios de programas do Governo Federal, dos como o Bolsa Família, alguns que
precisam ser acompanhados pelo serviço social e que vivem em situação de vulnerabilidade
social. Da mesma maneira, é reduzida, mas existente, a presença de crianças de um grupo da
população de melhor situação econômica, com considerável condição de acesso aos bens
materiais e culturais.
Em virtude também da localização, sempre foi reduzido o número de alunos que facilitou
a inclusão de alunos com necessidades especiais e receber alunos que são de outras áreas de
abrangência que não encontram vaga nas escolas próxima a suas casas ou simplesmente
desejam matriculá-los nesta escola. Um número reduzido apresenta distorção idade série que
representam alunos retidos em algum momento por dificuldades de aprendizagem ou alunos
que ingressam transferidos.
Os estudantes são ativamente engajados e realizam as atividades de sala de aula. Tem
consciência de sua participação na conservação do patrimônio escolar. Os alunos gostam do
ambiente escolar e compreendem que os professores/professoras se preocupam com eles e
23
sua aprendizagem. Demonstram interesse e resultados positivos a cada bimestre nas
avaliações.
Observa-se também que a rotatividade de alunos/alunas nas turmas ocorre com uma
movimentação em torno de 20% a 30%. Em 2014 a movimentação foi de 27% dos alunos
sendo transferidos, sendo que 73% apenas dos matriculados em qualquer época do ano,
concluíram o ano letivo na escola e em 2015 foram transferidos 22% transferidos e 78%
concluintes.
Gráfico 5 - Alunos concluintes e transferidos em 2014
27%
73%
Fonte: Levantamento estatístico - Tabela C – 2014 – Escola Angelo Darolt
Gráfico 6 - Alunos concluintes e transferidos em 2015
22%
78%
Fonte: Levantamento estatístico - Tabela C – 2015 – Escola Angelo Darolt
Conforme mostra o gráfico acima, em virtude de não haver permanência no bairro ou
nas proximidades da escola, muitos alunos/alunas mudam com frequência de residência e ou
de cidade com suas famílias que buscam sempre melhores condições de vida.
Muitas destas crianças chegam até a escola apresentando baixo rendimento em função
das condições de vida que lhes são impostas: mudanças constantes, as condições
socioeconômicas, a organização familiar, a troca de professores/professoras, dentre outras.
Quando as crianças permanecem na escola por um tempo razoável, tem mostrado progressos
24
e resultados satisfatórios. Porém, infelizmente, há aquelas famílias com permanência reduzida
na comunidade que acabam mudando novamente num círculo vicioso que se perpetua, numa
sociedade excludente, carente de programas eficientes que visem à melhoria das condições de
vida destas pessoas.
Da mesma forma é preocupante a chegada de alunos/alunas já no final do ano, com
notas baixíssimas e sem tempo hábil de recuperação de estudos e melhora do rendimento, que
infelizmente, acabam sendo reprovados pelo sistema, aumentando as estatísticas de
repetência. Estes alunos raramente permanecem na escola no ano seguinte e possuem um
histórico de passagem por diversas escolas de outras cidades, novamente, é a organização
social impondo barreiras para a aprendizagem das crianças.
Uma problemática que soma-se a tudo isso são as crescentes dificuldades em relação
ao reflexo negativo no desenvolvimento da criança na escola, em razão da existência de
violência domestica, negligência para com as crianças em relação a atenção pela família ou
seus responsáveis, situações de crianças com problemas de saúde e higiene que vem para a
escola e não foram assistidas, que permanecem sozinhas em casa, que apresentam traços de
violência física ou simbólica, que não estão alimentadas, que não possuem atenção em relação
a regras e disciplina no ambiente familiar, principalmente em relação aos estudos, materiais e
tarefas. Este é um desafio que tem tomado cada vez mais tempo e esforço dos profissionais
que atuam em rede na área da Educação, da Saúde e no Serviço Social.
25
5. MARCO SITUACIONAL
5.1 - DIAGNÓSTICO DO ESTABELECIMENTO
A Escola Angelo Darolt, sendo uma escola com estrutura pequena, sempre apresentou
um ambiente agradável, com certa tranquilidade, devido a posição geográfica entre chácaras,
áreas de mananciais e proximidade com a natureza. Possui por isso um acesso limitado como
fim da rua Rio Grande do Norte com trilhas ainda utilizadas pelas crianças entre as chácaras
vizinhas e calçadas degradadas ou inexistentes na marginal da rodovia e no acesso até a
frente da escola. Áreas de mananciais próximas da escola com o tempo foram tornando-se
aterros e depósitos de entulhos inclusive muito próximos da área livre de acesso a recreação
das crianças.
Dentre muitos aspectos positivos da Escola Municipal Angelo Darolt destacam-se:
Equipe escolar comprometida.
Interação Escola X Família x Comunidade.
Formação Continuada para todos os segmentos da escola.
Projetos.
Alimentação escolar de qualidade.
Tabletes.
Climatização.
Acessibilidade.
Laboratório de Informática Educativa.
Internet.
Hora atividade.
Acervo de Literatura.
Incentivo à leitura e cultura
Materiais pedagógicos.
Conselho Escolar.
APMF.
PDDE.
Aprovação dos alunos.
Prova Ana
Recreio Dirigido.
A escola obteve vários avanços, contudo muitos destes aspectos ainda precisam ser
melhorados, tais como:
Falta de envolvimento e incentivo de algumas famílias na vida escolar dos educandos.
26
Construção de mais salas.
Adquirir mais materiais pedagógicos.
Adquirir mais livros.
Internet.
Recreio Dirigido.
Área coberta.
Construção de refeitório.
Contra turno.
Situacional Sócio Ambiental
5.2 – ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
A Escola Angelo Darolt atende aproximadamente 130 alunos divididos entre Educação
Infantil e Ensino Fundamental do primeiro ao quinto ano.
A partir da Lei 11.700/2008 que incluiu o inciso X no artigo 4º, fixando como dever do
Estado efetivar a garantia de vaga na escola pública a toda criança a partir da data que
completar 4 anos de idade, as crianças ingressam na escola com 4 anos completos até 31 de
março do ano letivo vigente. Da mesma forma conforme preconizam as Leis 11.274/2006 e
11.114/2005 que dispõe sobrea duração de 9 anos para o Ensino Fundamental, e a
obrigatoriedade da matricula no Ensino Fundamental aos 6 anos de idade, a escola realiza a
matricula no 1º ano do Ensino Fundamental priorizando as vagas para os alunos com 6 anos
completos também até 31 de março. Conforme orientação da Secretaria Municipal de
Educação, ao existir vaga são matriculados os alunos que completam a idade prevista após a
data de 31 de março até 31 de dezembro quando solicitado pelos pais ou responsáveis,
mediante termo de responsabilidade onde tornam-se cientes da importância da matrícula na
idade orientada para a garantia do desenvolvimento adequado da criança na infância.
São ofertadas até 20 vagas para a turma da Educação Infantil de 4 anos com um
professor/professora regente, sendo estendida para até 25 quando dispuser de um
professor/professora auxiliar. Para a Educação Infantil de 5 anos são ofertadas até 24 alunos
com um professor/professora regente. As turmas de 1º ao 3º anos ofertam até 25 vagas,
enquanto as turmas de 4º e 5º anos ofertam até 30 vagas, com um professor/professora
regente, podendo ter um professor/professora de apoio suplementar quando determinado pela
Secretaria Municipal de Educação em casos de existência de alunos inclusos com
necessidades educativas especiais, como o caso da turma que possui alunos cegos e com
Síndrome do Autismo, onde o professor/professora de apoio suplementar faz as adaptações
curriculares necessárias e auxilia no uso de tecnologias assistivas.
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No período matutino são atendidos alunos das turmas de 3º, 4º e 5º anos e Sala de
Recursos e/ou Recuperação Paralela que atende alunos em contra turno. No período
vespertino são ofertadas turmas de 1° ano e 2° anos, Sala de Recursos e/ou Recuperação
Paralela, Pré I e Pré II da Educação Infantil. As aulas em turno normal têm uma duração de
quatro horas relógio diárias.
As aulas de Recuperação Paralela atendem os alunos do Ensino Fundamental em
turmas de até 8 alunos durante 2 horas até 3 vezes por semana. A Sala de Recursos atende
alunos encaminhados mediante Avaliação Psicoeducacional em turmas de até 5 alunos
durante até 2 horas e 30 minutos até 3 vezes por semana.
O ano letivo é composto seguindo o calendário de no mínimo duzentos dias letivos,
totalizando 800 horas relógio como as demais escolas da Rede Municipal de Ensino.
O horário é organizado de forma que todos os professores/professoras possam ter sua
hora atividade garantida, inclusive o professor/professora de apoio suplementar da turma em
que estão os alunos com necessidades educativas especiais. As horas restantes em que os
professores/professoras das disciplinas não tiverem aulas, são utilizadas para projetos voltados
a recuperação de estudos, leitura, escrita, arte, jogos educativos, entre outros que a escola
sentir necessidade.
Tabela 1 – Lista de Turmas - 2016
5.3 ESPAÇO FÍSICO
Modalidade / Ano/ série Período Nº de turmas
Pré I Tarde 1
Pré II Tarde 1
1º ano Tarde 1
2º ano Tarde 1
3º ano Manhã 1
4º ano Manhã 1
5º ano Manhã 1
Recuperação Paralela Manhã 1
Tarde 1
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Em relação ao espaço físico, a escola possui uma área total de 4466,74m 2, 1229,14m2
de área livre, 946,244 de recreação com parquinho e 605,73m2 são de área construída
conforme descrito abaixo:
Uma sala de aula de 48,37 m2
Duas salas de aula de 47 m2
Uma sala de aula de 49,61 m2
Um laboratório de informática de 36,17 m2
Uma sala de materiais pedagógicos e de educação física de 15,17m2
Uma sala dos professores de 35,72 m2
Uma sala que abriga a secretaria de 8,50 m2.
Uma sala que abriga o acervo bibliográfico de 21,60 m2
Uma sala para a direção de 8,10 m2.
Uma cozinha de 24,48 m2
Um depósito de alimentos de 6,00 m2
Um banheiro feminino com dois vasos sanitários e chuveiro de 10,19m2.
Um banheiro masculino com dois vasos sanitários e chuveiro de 10,34m2
Um banheiro de funcionários de 3,77 m2
Um banheiro acessível de 2,55 m2
Uma área de serviço de 6,50 m2
Uma área coberta de 108,74 m2
Uma área de circulação de 19,94 m2
Uma rampa de 31,13 m2
Um parquinho de 946,244m2
Em relação à estrutura física, a escola possui cinco salas de aula, sendo que quatro
delas são salas de aula em tamanho padronizado, construídas para este fim, e uma delas
comporta o Ambiente Tecnológico (ATE) que se trata de um laboratório de informática no qual
ficam também guardados os equipamentos do próprio laboratório, materiais de áudio e vídeo,
impressora, projetor multimídia, lousa digital e os tablets que são usados pelas turmas do 5º
ano. Este laboratório de informática possui equipamentos em bom funcionamento que conta
apenas com uma dificuldade que se trata da carga de energia que não comporta o
funcionamento de todo o equipamento, com pequenos cortes que interrompem eventualmente
a conexão com a rede, prejudicando o bom aproveitamento e evidenciando a necessidade de
substituição da antiga rede de energia existente.
Todas as salas estão em bom estado de conservação, possuem ar condicionado que
eventualmente carecem e ficam aguardando manutenção, cortinas e iluminação necessária,
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não dispensando a instalação de mais um conjunto de lâmpadas em cada uma delas. Uma
destas salas funciona com dois mobiliários diferentes, um para o Ensino Fundamental e um
para a Educação Infantil. Na sala de professores/professoras também está a coordenação
pedagógica e nela é feita a guarda de materiais pedagógicos, equipamentos de som e material
de expediente, sendo o mobiliário desta sala todo adaptado pela APMF para que a mesma
pudesse cumprir com todas estas funções. A sala ainda conta com dois computadores, um de
uso dos professores/professoras em hora atividade e outro para uso da coordenação e direção
da escola, as impressoras e um ar condicionado.
A secretaria e sala de direção foram construídas para este fim, são duas salas pequenas
e abrigam apenas a mobília e equipamentos necessários para que cumpram as suas funções,
na secretaria há um computador com impressora, além da escrivaninha e os arquivos para a
guarda da documentação.
A cozinha possui um tanque, duas cubas, bancada, um fogão, um armário, um freezer e
uma geladeira pequena. O espaço apresenta bom estado de conservação. Anexo à cozinha
existe uma despensa precária com prateleiras, a mesma serve para a guarda dos utensílios de
cozinha e de alimentos não perecíveis.
A escola possui sanitários masculino e feminino para os alunos, e um sanitário para os
funcionários, nenhum deles é adaptado para pessoas com deficiência.
Como foi construída em duas alas e há um significativo desnível entre elas onde existe
uma rampa que dá acesso à ala mais elevada que abriga quatro salas, a cozinha e o sanitário
dos funcionários.
Entre as duas alas existe uma área coberta que é utilizada para a recepção dos alunos,
recreação, reuniões de pais, dentre outras atividades.
A escola possui ainda um escovatório que funciona no mesmo espaço da lavanderia
para os projetos de saúde bucal que passará por uma reforma no ano de 2015 com a
construção de um sanitário para deficientes neste espaço.
O parque infantil é amplo que serve para o uso dos alunos no recreio, nas horas de lazer
e em atividades dirigidas. O parque possui brinquedos antigos, mas, bem conservados.
A escola não possui quadra de esportes e as aulas de Educação Física são ministradas
num terreno gramado anexo ao pátio escolar. As aulas de Educação Física e o recreio são
realizados no saguão nos dias em que o clima não permite usar a área livre.
Não existe um espaço específico para o almoxarifado. Os materiais de Educação Física
e Arte são guardados numa pequena sala. O material de limpeza é armazenado em uma
pequena edificação atrás do prédio escolar, neste espaço também ficam guardados os
materiais de Educação Física que não podem ser guardados na sala de aula, como pneus,
trave de equilíbrio, traves pequenas para futebol. O material de expediente fica armazenado na
sala de coordenação juntamente com parte do material pedagógico e os equipamentos de som.
30
O material utilizado nas atividades de teatro e aulas de literatura, que é composto de fantasias,
alegorias, máscaras, perucas, fantoches, dentre outros fica armazenado em caixas
acomodadas em prateleiras improvisadas dentro do banheiro dos funcionários e na sala
utilizada para Sala de Recursos e de leitura.
Apesar de o prédio ser antigo com espaços adaptados e da falta de estrutura, o
ambiente é agradável e propício à aprendizagem.
5.4 – RECURSOS HUMANOS
Para atender aproximadamente de 130 alunos a escola conta catorze profissionais. Há
uma secretária na área administrativa. Três funcionárias são da equipe de apoio, sendo que
uma atua na cozinha e duas na limpeza. Dez são professoras, sete delas com quarenta horas
semanais na escola e três com apenas 20 horas de trabalho semanal na escola.
Tabela 2– Lista de Professores e Funcionários - 2016
FUNCIONÁRIOS FUNÇÃO QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
Clenir Inês Eidt Zanotelli Professora
Graduação em Letras, Pós-Graduação em Educação Especial Inclusiva, Pós-graduação em Arte Educacional e Terapia
Dalva Machado de Souza Arns Serviços gerais Ensino Médio completo
Dandara Tocheto Professora Cursando graduação em História
Dulce Fatima Debarba Professora
Graduação em Pedagogia, Pós- graduação em Psicopedagogia Pós-graduação em Institucional, Administração, Supervisão e Orientação Educacional, Pós-graduação em Educação Especial e Inclusiva.
Hilária Rech Flores Diretora
Graduação em Ciências Contábeis, Pós-graduação em Educação Infantil, cursando graduação em Pedagogia.
Laudicéia de Fátima Fontanella Oro
Coordenadora Pedagógica
Magistério, Graduação em Pedagogia, Pós- graduação em Psicopedagogia Institucional, Pós-graduação em Administração, Supervisão e Orientação Educacional.
Lisméia Fontanela Barcelo ProfessoraMagistério, Graduação em Pedagogia, Pós-Graduação em Orientação, Supervisão e
31
Administração Escolar.
Maria Ines Kunzler Serviços Gerais Ensino Fundamental Completo.
Marli Rosa de Araujo Cozinheira Ensino Fundamental Incompleto.
Neide Fernandes Puerari ProfessoraMagistério, Graduação em Artes Plásticas, Pós-Graduação em Psicopedagogia Institucional.
Roseli Busanello Borges dos Santos Professora
Graduação em Pedagogia, Pós-graduação em Educação Especial e Inclusiva.
Salete Tubiana dos Santos Professora Graduação em Pedagogia.
Sandra Aparecida de Macedo Primaz Professora
Magistério, Graduação em Pedagogia, Pós- graduação em Educação Especial e Inclusiva.
Semilli Ariana dos Santos Pereira Secretária Cursando Administração.
5.5 – RECURSOS PEDAGÓGICOS E TECNOLÓGICOS
O Ambiente Tecnologico Educacional (ATE) subsidiado pelo programa “Proinfo” é
utilizado pelos professores/professoras como uma ferramenta a mais no processo de ensino na
Educação Infantil e no Ensino Fundamental.
O trabalho pedagógico no Ambiente Tecnologico Educacional (ATE) é coordenado pela
coordenadora pedagógica da escola e a parte física é acompanhada da diretora. Para dar
suporte ao trabalho existe o Núcleo Tecnológico Municipal (NTM) que conta com uma
profissional especializada para assuntos pedagógicos e um técnico em informática que dá
suporte na parte de equipamentos.
Para auxiliar na incorporação e planejamento da nova tecnologia, no suporte técnico e
capacitação dos professores/professoras, a escola conta com o Núcleo Tecnológico Municipal
(NTM) que é uma estrutura descentralizada de apoio ao processo de informatização das
escolas, com o objetivo de oferecer assessoramento aos educadores, sua formação e
ampliação das possibilidades de utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação,
vinculada à metodologia no processo de ensino e aprendizagem com recursos digitais nas
escolas municipais. Atende as escolas municipais assessorando no suporte técnico e
pedagógico no uso da tecnologia no processo de ensino-aprendizagem de forma adequada,
acompanhando e avaliando o local do processo de informatização das escolas, articulando os
recursos tecnológicos com a educação significativa no processo da construção do
conhecimento. Os cursos são ofertados na modalidade de educação à distância, online, offline
e presenciais disponibilizados em diversas mídias além da plataforma e-proinfo.
32
No ano de 2011, os professores/professoras da escola iniciaram a formação com o
curso de Introdução e Educação Digital, com carga horária de 40 horas, ofertado pelo Núcleo
Tecnológico Municipal (NTM). O curso ofereceu suporte aos professores/professoras para
trabalhar com seus alunos no ATE, no sentido de utilizar a informática educativa como
instrumento, ou meio de ensino, instigando a compreensão e a interação crítica do aluno,
favorecendo o desenvolvimento de seu intelecto e fomentando a pesquisa. Após o curso de
Introdução á Educação Digital os professores/professoras tiveram continuidade às formações
com os cursos Tecnologias na Educação: Ensinando e Aprendendo com as Tecnologias da
Informação e Comunicação – TIC, Redes de Aprendizagem e Oficinas do Sistema Operacional
Linux. Os cursos, auxiliaram os professores/professoras a lançarem mão dos recursos
tecnológicos e novas mídias para potencializar a aprendizagem dos conteúdos curriculares e
também contribuir pedagogicamente para a inclusão digital dos educandos.
A escola possui também uma sala que é utilizada para a guarda do acervo bibliográfico
onde, ficam organizados e de acesso aos alunos, professores/professoras e funcionários, o
acervo composto por de literatura infantil que estão disponíveis tanto para os alunos do Ensino
Fundamental, quanto para os alunos da Educação Infantil, livros técnicos e pedagógicos, bem
como dicionários, livros didáticos e periódicos; materiais pedagógicos dentre eles jogos,
brinquedos e mapas; coletâneas de áudio livros e volumes em MEC DAYSY de uso exclusivo
dos alunos cegos, coleções de filmes em VHS e DVDs; DVDs do programa TV ESCOLA. Estes
recursos estão disponíveis para uso de todos os professores/professoras com seus alunos de
acordo com a faixa etária de cada turma para implementar o trabalho durante as aulas e nas
atividades de Recuperação Paralela.
Os recursos materiais e tecnológicos foram sempre sendo aprimorados como os
computadores de acesso aos professores/professoras para organização de suas aulas,
impressão de materiais e acesso a internet. Equipamentos de som, televisor, DVD,
retroprojetor, projetor multimídia Proinfo, jogos pedagógicos, didáticos e brinquedos foram
sempre disponibilizados e atualizados para garantir o trabalho com as crianças.
Tabela 3 – Lista de Materiais Didático-Pedagógicos
33
Materiais Didático-Pedagógicos
ANO2012
ANO2013
ANO2014
ANO2015
ANO2015
Ábaco aberto 8 8 8 8 8Alfabeto Silábico ou Ilustrado 15 21 21 21 21Aramados 6 6 6 6 6Bingo Numeral - - - - 40Bingo de Palavras - - - - 24Bloco Lógico 8 8 8 8 8Caixas com Baralho 3 3 3 3 3Carimbos 18 18 21 21 21Coleção de objetos 20 22 25 33 33Dominó 34 34 34 33 40Futebol de pregos 4 4 4 4 4Jogo de xadrez 10 12 12 12 12Jogos com Letras - - - 40 46Jogos de Alfabetização - - - 3 3Jogos de Matemática - - - 10 14Jogos de memória 31 39 39 31 57Jogos das cores Rubiks Race 7 7 7 6 6Loto Numérica - - - 5 5Luneta Galileuscope - 1 1 1 1Lupa 22 22 22 22 22Ábaco aberto 8 8 8 8 8Alfabeto Silábico ou Ilustrado 15 21 21 21 21Aramados 6 6 6 6 6Bingo Numeral - - - - 40Bingo de Palavras - - - - 24Bloco Lógico 8 8 8 8 8Caixas com Baralho 3 3 3 3 3Carimbos 18 18 21 21 21Coleção de objetos 20 22 25 33 33Dominó 34 34 34 33 40Futebol de pregos 4 4 4 4 4Jogo de xadrez 10 12 12 12 12Jogos com Letras - - - 40 46Jogos de Alfabetização - - - 3 3Jogos de Matemática - - - 10 14Jogos de memória 31 39 39 31 57Jogos das cores Rubiks Race 7 7 7 6 6Loto Numérica - - - 5 5Luneta Galileuscope - 1 1 1 1Lupa 22 22 22 22 22Ábaco aberto 8 8 8 8 8Loto leitura 8 8 8 6 6Material dourado 43 43 43 43 43Numerais e quantidade 6 6 6 6 6Painéis psicomotores 4 4 4 4 4Quebra-cabeça 45 50 54 54 54Sequência lógica 13 16 16 16 16Tangran EVA - - - 30 30Torre de blocos 5 5 5 5 5Torre de Hanói 4 4 4 4 4Torre de encaixe 7 7 7 7 7
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Tabela 4 – Lista de Acervo Bibliográfico
Tabela 5 – Lista de Recursos Tecnológicos
Acervo Bibliográfico ANO2012
ANO2013
ANO2014
ANO2015
ANO2015
Total de volumes Técnicos, de Literatura e Didáticos
4578 5420 5302 5333 5479
Coleções de Literatura Infantil - - - - 37
Recursos Tecnológicos ANO2012
ANO2013
ANO2014
ANO2015
ANO2015
Computadores 9 9 9 12Estabilizador 9 9 9 11 11Notebook 1 1 1 1 4Projetor multimídia 1 1 1 1 1Impressora 4 4 4 4 4Máquina de escrever em Braille 2 2 2 2 2Impressora em Braille - - 2 2 1Digitalizador de imagens e scanner de voz - - 1 1 1
Lousa digital - - 1 1 1Tablet - - 14 14 14Volumes em MEC DAYSY - - - - 155Fitas VHS - - - - 178DVDs TV Escola - - - - 100Áudio livros e historias em CD - - - - 158
35
6. MARCO CONCEITUAL PRINCIPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS
6.1. – CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
A Escola Municipal Angelo Darolt é considerada por todos, como um espaço e lugar
privilegiado de ensino-aprendizagem e tem passado por expressivas transformações de caráter
social, político e econômico e desempenha um papel social expressivo na construção e
reconstrução daqueles que passam parte de suas vidas sendo orientados e preparados por
ele.
Educar implica considerar que educamos para uma determinada sociedade, e nestes
tempos de incertezas, fazer educação é assumir que fazemos em uma sociedade em
permanente mudança. Entendemos que é possível haver uma mudança considerável no
contexto educacional ao inverter a concepção norteadora da bancária, que predomina hoje
majoritariamente, para a progressista que entende o ato de educar como o constante processo
de libertação da humanidade. Esta educação não aceita nem o homem isolado do mundo, nem
o mundo isolado do homem, mas sim a relação dialética do homem com o mundo. As relações
homem-mundo, como Freire propõe, devem constituir o ponto de partida para as nossas
reflexões sobre o fazer educativo.
A educação é um processo que não significa apenas o ensino, pois envolve todo um
conjunto. Como toda sociedade tem um conhecimento metódico e sistematizado, a ser
repassado de geração em geração, surge então, a escola. E o papel fundamental da escola
será a socialização deste saber sistematizado.
A construção do conhecimento pelo educando se dá de forma dinâmica, não havendo
início, meio ou fim neste processo. Cada hipótese construída pelo aluno estará
constantemente, sendo contestada por ele, ampliada, complementada a partir de suas
experiências de vida das provocações intelectuais sofridas na escola. Um processo avaliativo
que respeite tal dinamicidade do processo de conhecimento deve fundamentar-se em vários
princípios.
De acordo com Currículo Básico para a Escola Pública Municipal-Região Oeste do
Paraná, o conhecimento é um bem necessário e fundamental à produção da sobrevivência,
que depende deste e o produz. Contudo não é uma propriedade exclusiva do homem, é um
atributo de toda matéria prima organizada. Todos os seres vivos conhecem, ainda que nem
todos o façam da mesma forma, nas mesmas condições e do mesmo modo. Todavia, o homem
atinge um grau máximo de desenvolvimento maior do conhecimento, iniciando seu processo
por meio dos sentidos e acumulando experiências, sendo capaz de realizar abstrações e de
organizar o pensamento, chegando ao nível do conhecimento científico e metódico,
36
possibilitando utilizar esse instrumento como ação de transformação intencional sobre o
mundo.
6.2 – CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA
Ser criança e viver a infância são direitos conquistados que precisam ser preservados no
âmbito das diferentes instituições sociais: família, escola e comunidade, entre outros espaços e
tempos. Isso é uma responsabilidade ainda maior, no sentido de estabelecer um percurso
pedagógico que pressupõe continuidade, a Educação Infantil e o Ensino Fundamental são
indissociáveis e que, em ambos, “temos grandes desafios: o de pensar a creche, a pré-escola e
a escola como instâncias de formação cultural; o de ver as crianças como sujeitos de cultura e
história, sujeitos sociais”.
Antes mesmo de aprofundar as questões referentes à concepção, tornou-se necessário
analisar o processo de adultização no qual as crianças estão inseridas. Os meios de
comunicação, as relações familiares e os processos de formação docente, determinados por
condições sociais e econômicas, intensificaram essa condição. Deixar de desvelar essa
situação seria o mesmo que negar a necessidade de repensar a educação para a qual se
tornou imprescindível analisar os determinantes sociais, políticos, culturais e econômicos que
nos fazem perceber ou não a própria infância. Afirmam Souza e Vieira (2006,p.2): Entender a
infância como uma construção social é compreende-la marcada por valores, representações,
tensões sociais que em determinado momento histórico ofuscam, secundarizam o sujeito
criança e/ou infância, assim como em outros potencializam, valorizam, priorizam estes
conceitos na pesquisa, nos espaços mediáticos, nas politicas sociais, nos programas
pedagógicos, nas revistas, etc.
Mais do que elencar a infância como um período da existência humana, pela
necessidade da construção curricular, queremos contribuir para repensar esse tempo sem,
contudo, desconsiderar o direito primeiro de ser criança. Assim, é preciso situar na história da
humanidade com as relações sociais e os interesses predominantes, em cada momento, foram
determinando as concepções sobre infância, uma vez que os homens, dependendo da forma
como se organizam, foram produzindo os meios de que necessitavam para sobreviver e, nessa
luta pela sobrevivência, produziram diferentes relações que, por sua vez, determinaram
diferentes necessidades educativas. Nessa perspectiva, a história da infância, entendida como
a história do período inicial da vida do homem, evidencia a trajetória histórica da criança e da
infância é marcada por fatores sociais, políticos, econômicos e culturais, que foram decisivos
no aparecimento das instituições destinadas ao atendimento e à educação das crianças.
37
6.3- CONCEPÇÃO DE CRIANÇA
A palavra concepção confere alguns significados, os quais podem ser representados por:
faculdade de perceber ou conhecimento. Entendemos que quando temos a concepção de algo,
passamos a ter uma representação que pode ser carregada de ideologias e outras conotações
históricas e culturais.
Neste sentido, a concepção de criança, no âmbito do senso comum e do pensamento e
prática pedagógica, podem estar impregnadas de representações sociais, que vão sendo
reveladas na maneira como tratamos a criança.
A concepção de criança no enfoque Histórico Cultural se liga à prática pedagógica, em
vista de que, nesta vertente, a aprendizagem é um processo essencial na apropriação das
qualidades humanas, pois é a impulsionadora do desenvolvimento. Vê a criança como sujeita
de sua atividade, capaz e competente na sua relação com o mundo. Tal visão contribui para
uma criança rica em potencialidades e competências, ativa e ansiosa para se engajar no
mundo da cultura, historicamente constituído.
A concepção de criança se sustenta na tese de que a criança só se desenvolve, isto é
humaniza, mediante apropriação da cultura e no processo de sua atividade. Todas as
habilidades e aptidões humanas são, nesse sentido, formadas nas relações concretas,
compreendidas na materialidade e imaterialidade, entre o homem e o mundo da cultura,
tornando-se produtos e produtoras da historia humana. Portanto, a criança, nessa perspectiva,
não nasce com caráter humanizado, mas se humaniza pelos seus processos de vida e de
educação.
Organizar esta interação, dirigir a atividade da criança para o conhecimento da realidade
e para o seu domínio, por meio da educação intencional e não espontânea, do saber e da
cultura, permitem à criança reorganizar seu psiquismo, qualificando-o nesse processo
complexo de sua formação. Para isso, a concepção de criança como alguém capaz é conceito
essencial para organizar a atuação do adulto, sem desrespeitar as capacidades já apropriadas
das crianças e seu papel ativo nos processos de aprendizagem.
6.4 – CONCEPÇÃO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
O desenvolvimento humano, assim como a aprendizagem, é um processo que se inicia
com o nascimento e permanece durante toda a vida. O processo de desenvolvimento pode ser
dividido em quatro dimensões: físico-motor, cognitivo-intelectual, afetivo-emocional e sócio-
moral.
Estudar o desenvolvimento humano significa reconhecer que ele é determinado pela
38
interação de diversos fatores tais como a hereditariedade, a maturação neurofisiológica, o meio
em que o sujeito está inserido, a cultura e as transformações históricas.
Entre as áreas que buscam estudar o fenômeno do desenvolvimento humano, a
Psicologia ocupa um lugar de destaque. A Psicologia do Desenvolvimento é uma área da
Psicologia que busca estudar essas questões e representa uma abordagem para a
compreensão da criança e do adolescente, por meio da descrição e exploração das mudanças
psicológicas que as crianças sofrem no decorrer do tempo.
Durante a evolução histórica da ciência foram adotadas diferentes concepções sobre o
desenvolvimento humano que apresentam visões diversas sobre a “natureza” humana, o modo
de aquisição e apropriação dos conhecimentos. Foram diferentes formas de pensar como o ser
humano se desenvolve.
A diversidade humana contribui para a melhoria da qualidade da educação, uma vez que
enriquece os processos de aprendizagem e convivência. Todos ganham, pois as crianças com
necessidades especiais convivem com modelos mais enriquecedores e desafiadores e as
crianças tidas normais aprendem, desde cedo a lidar com as diferenças. Conhecer um pouco
mais sobre o desenvolvimento humano permitirá ao educador basear sua concepção de
educação na heterogeneidade, considerando as especificidades, não apenas das fases ou
períodos de desenvolvimento, mas de cada sujeito, possuidor de uma história pessoal e
situado social e historicamente.
6.5 – CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
O conhecimento é construído progressivamente por meio de ações coordenadas, que
são interiorizadas e se transformam a partir de subestruturas anteriores. Para que um novo
instrumento lógico se construa, é preciso sempre instrumentos lógicos preliminares e que o
desenvolvimento da inteligência provém de processos naturais ou espontâneos, no sentido de
que podem ser utilizados e acelerados pela educação familiar ou escolar, mas que não derivam
delas, constituindo, pelo contrário, a condição prévia e necessária da eficiência de todo ensino.
Para Piaget (1989) grande parte do conhecimento construído pelo homem é resultado
do seu esforço de compreender e dar significado ao mundo. Nessa tentativa de interação e
compreensão do meio, o homem desenvolve alguns equipamentos neurológicos herdados que
facilitam o funcionamento intelectual.
Piaget (1989), não elaborou teorias de desenvolvimento da aprendizagem, mas de
desenvolvimento do conhecimento. Sua contribuição à educação é restrita e ao mesmo tempo
vasta, visto que ao interpretar a inteligência não como algo determinado e finito, mas sim como
um processo em movimento, ou seja, em desenvolvimento, deu a base que permitiu aos
pesquisadores educacionais e cognitivos que possibilitou às crianças, jovens e adultos,
39
desenvolverem potencialmente esse conhecimento, modificando não só a noção de como se
aprende, mas também com quem se aprende.
Enfim, em todo o momento, nós somos surpreendidos por processos de aprendizagem,
pois em qualquer situação podemos observar procedimentos da construção do conhecimento,
e isto se torna mais evidente nas fases iniciais da infância, nas quais a criança sempre está
pronta para conhecer algo diferente, aprender a ser, aprender a fazer, aprender a conviver,
aprender a conhecer.
A Educação nos dias atuais tem como principal instrumento a transformação da
sociedade, pois através de suas ações ela possibilita mudança das pessoas, dos grupos, das
instituições. Dessa forma entendemos a Educação como mobilizadora, dinâmica, construtora
de uma sociedade mais cidadã, em uma perspectiva de democratização de seus espaços.
A prática pedagógica é uma prática social e política, pois não se pode conceber a
educação fora do contexto sociocultural, pois a prática social é o ponto de partida e o ponto de
chegada para a ação pedagógica e a aprendizagem é um dos principais objetivos de toda a
prática pedagógica, é a base para a construção de uma proposta de educação dinâmica e
transformadora.
Sem dúvida nenhuma, a apropriação do conhecimento torna a pessoa mais autônoma e
consciente dos seus direitos e deveres, capaz de tomar decisões que interferirão em todo
processo de vida. A ação educativa, com uma prática pedagógica coerente e comprometida,
permite a criança grande possibilidade de aprendizagem e desenvolvimento. Entretanto é papel
fundamental de toda instituição de educação garantir a aprendizagem a todos que dela
participam, visto que todos são capazes.
O desenvolvimento da humanidade tem vinculo estreito com os processos de
aprendizagem, pois toda educação é intencional, não é possível que haja neutralidade na
construção do conhecimento.
6.6 – CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
As normas comuns elaboradas pela cultura encontram-se no currículo, cerne da
educação escolar, como resultado de forças sociais, políticas e pedagógicas que expressam a
organização dos saberes vinculada a construção de sujeitos sociais. Considerando que é no
cotidiano que se efetiva a história, podemos dizer que é no momento em que o currículo se faz
ação na sala de aula que podemos ver a intencionalidade da proposta pedagógica. Ressalta-se
um elemento fundamental para sua efetivação no processo pedagógico: a mediação como
articulação entre a prática social global e a experiência social do aluno.
40
Sendo assim, o currículo é um processo dinâmico, mutante, sujeito as inúmeras
influências, portanto aberto e flexível, onde a educação escolar representa a possibilidade de
apropriação dos fatos humanos gerados no interior da prática social global compreendendo
como ocorre o processo humano de produção da realidade
Dessa forma, currículo é uma prática, é expressão da função socializadora e cultural que
envolve um conjunto de atividades nas quais um grupo assegura que seus membros adquiram
a experiência social historicamente acumulada e culturalmente organizada. Nele, a visão dos
conteúdos vai além dos conceitos e dos fatos. Incluem procedimentos, atitudes e valores,
capazes de possibilitar a formação e construção da cidadania.
O currículo indica a direção, ainda que limitada, do que se pretende produzir na
sociedade, como um processo mediado por relações e contradições do mundo material.
Precisa ser constantemente avaliado por todos os que assumem sua construção e
implementação.
O planejamento de ensino é um momento ideal para tomada de decisões bem
informadas que visam a racionalização das atividades do professor/professora e do aluno, na
situação ensino – aprendizagem, possibilitando melhores resultados – qualidade de
aprendizagem. São ações, processos ou comportamentos planejados pelo
professor/professora, para colocar o aluno em contato direto com coisas, fatos, ou fenômenos
que possibilitem modificar sua conduta, em função de objetivos previstos. Deve ser organizado
de forma a proporcionar melhores condições de aprendizagem, possibilitando melhores
resultados de qualidade de ensino.
O conteúdo é o elemento determinante, da escolha do método didático considerando o
que o aluno já sabe, e o que ainda não sabe e como intervir para que o aluno possa vir a
dominar os conteúdos desejáveis. O professor/professora necessita ter domínio dos conteúdos
específicos e das formas de ensinar, compreendendo os processos de aquisição do
conhecimento, desenvolvendo a capacidade crítica do aluno.
A metodologia de ensino adotada pelo professor/professora necessita ser organizada de
diferentes formas de interação entre professor/professora – aluno – conteúdo e contexto social.
O professor/professora não ensina somente o conteúdo, mas ensina também a forma pela qual
o aluno entra em relação com esse conteúdo pela maneira como ensina como avalia e
considera a aprendizagem.
O professor/professora precisa reformular criticamente sua própria prática pedagógica
escolar, no sentido de ajudar, apoiar o aluno na apropriação do conteúdo, realizando as
intervenções necessárias.
São inúmeros os desafios que se interpõem à tarefa de educar. Informação e
conhecimento transformaram-se no fator mais importante e no contexto trazido pelas
mudanças econômicas de nossos tempos. Para poder participar dos futuros progressos
41
tecnológicos, não basta acesso a eles, mas competência e habilidade para bem usá-los em
benefício de todos. Tornamo-nos aprendizes na sociedade do conhecimento; cada vez mais é
preciso saber lidar com novas situações que se apresentam no cotidiano profissional e
comunitário. Exige-se não apenas o saber técnico, mas também uma maior capacidade de
relacionamento humano, de trabalho grupal e interativo. Nesse contexto, desafios estendem-se
à sala de aula. Mais que nunca, ensinar e aprender reveste-se de importância que vão além de
simplesmente “passar a matéria” e “armazenar” saberes prontos.
Quando se refere à palavra currículo o que vem em mente é um conceito variado e
diverso que leva a questionar a questão da seleção do currículo a ser seguido, logo o conceito
de currículo é construído sócio historicamente, ou seja, isso significa dizer que ele não é único
e que não se apoia em ações rígidas. Sua construção vai se fazendo a partir de escolhas de
saberes que são afetadas pelo momento político, econômico, social em que vivemos.
Contudo, o conceito de currículo é abrangente e pressupõe não apenas os programas
disciplinares, mas a sua articulação, a sua contextualização, tendo presentes à visão de mundo
e de homem que se quer formar, logo seu conceito é vivo, dinâmico e como toda construção
esta sempre se refazendo.
Considerando o currículo como um programa de conteúdos e disciplinas a serem
seguidos, podemos encontrar um amplo campo de interpretação, com isso a análise do
currículo de uma instituição evidencia seus valores, seus princípios e seus projetos, para além
do que ocorre dentro da sala de atividades, a forma como são utilizados e dinamizados todos
os espaços e tempos, as rotinas, as regras, todas as relações interpessoais dentro e fora da
instituição, constitui o clima das escolas e são definidores do currículo.
O currículo de uma instituição é sempre um desafio. Exige reflexão constante, pois é um
movimento que implica olhar e escutar atentos a cada gesto, a cada acontecimento que, para
não se tornar alienado e alienante precisa ter significado e adquirir sentido para o percurso de
todos e de cada um, além de que se ancoram nos quatro pilares da educação, constantes no
relatório da UNESCO (Organização das Nações Unidas para educação, ciência e cultura)
sobre as bases da educação para o século XXI: aprender a conhecer, aprender a fazer,
aprender a ser e aprender a viver com os outros.
Assim, a visão dos conteúdos vai além dos conceitos e dos fatos. Incluem
procedimentos, atitudes e valores, capazes de possibilitar a formação e construção da
cidadania.
O Departamento de Educação da Associação dos Municípios do oeste do Paraná
(AMOP), em fevereiro de 2005, em conjunto com os secretários municipais de educação do
Oeste do Paraná, discutiu o planejamento das ações para 2005 e estabeleceram como uma
das metas, um estudo para a construção dos referenciais curriculares para as escolas
municipais. Num primeiro momento foram elaborados grupos para elaboração das propostas
42
para as disciplinas. Os trabalhos iniciaram em março de 2005, com um seminário, com os
representantes das equipes de ensino das secretarias municipais de educação, onde na
oportunidade foram discutidas a concepção de homem, de sociedade, de conhecimento e
sobre a função da escola. Após várias discussões os participantes concluíram que havia
necessidade de retomar as discussões sobre os princípios expressos no Currículo Básico do
Paraná, e de se construir uma proposta para Artes e para Educação Física, incluindo além dos
anos iniciais, a educação Infantil, considerando as especificidades da educação especial.
A construção do currículo foi feita por meio de um processo que desencadeou
discussões prévias com os representantes dos municípios, cada grupo de trabalho elaborou a
contextualização histórica, a concepção, os objetivos, os encaminhamentos metodológicos, os
conteúdos mínimos e a avaliação necessária para o atendimento das especificidades de cada
disciplina.
A elaboração desses pressupostos curriculares teve por objetivo buscar a construção de
uma unidade e de uma identidade de classes, considerando a heterogeneidade das escolas da
Região Oeste.
6.6.1 – CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO BÁSICA
Estruturada por etapas e modalidades de ensino, englobando a Educação Infantil, o
Ensino Fundamental obrigatório de nove anos e o Ensino Médio, a Educação Básica está
embasada nos seguintes princípios das Constituições Federal e Estadual:
I - Igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola,
vedada qualquer forma de discriminação e segregação;
II - gratuidade de ensino, com isenção de taxas e contribuições de
qualquer natureza vinculadas a matrícula;
III - garantia de uma Educação Básica igualitária e de qualidade.
6.6.2 – CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL
A Educação Infantil tem o objetivo de promover o desenvolvimento infantil em sua
totalidade contribuindo para a construção da identidade e da autonomia da criança, atendendo
as necessidades básicas do cuidar em cada faixa etária, tendo em vista o brincar como direito
e linguagem própria da infância.
43
Como primeira etapa da Educação Básica, a Educação Infantil no Currículo Básico para
a Escola Pública Municipal defende que sua proposta pedagógica favoreça o desenvolvimento
infantil partindo de uma concepção de criança como ser concreto, sujeito social e histórico, que
se apropria do conhecimento historicamente acumulado pela humanidade.
Brincar, Cuidar e Educar: Propiciar situações de cuidados, brincadeiras e
aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento
das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude
básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais
amplos da realidade social e cultural.
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI), documento do
MEC, que fundamenta este segmento educacional apresenta a tríade que contempla o cuidar,
o educar e o brincar com as crianças de 0 a 5 anos. Nos últimos anos os debates a cerca da
Educação Infantil têm apontado à necessidade de que as instituições incorporem de maneira
integrada o cuidar, o educar e o brincar. No entanto, esta nova visão enfrenta grandes barreiras
diante da história do atendimento as crianças pequenas principalmente crianças pobres, em
cunho meramente assistencialista.
Modificar esta concepção de educação assistencialista significa atentar para questões
que vão além dos aspectos legais. Embora tenhamos uma ampla legislação na área da
Educação Infantil, ela não assegura a qualidade no atendimento a estas crianças. Precisamos,
enquanto educadores, entender que quando brincamos, cuidamos, quando cuidamos,
educamos, e quando educamos, brincamos. E é nessa perspectiva que temos que encaminhar
as crianças nesta etapa da vida educacional, pois perceber a indissociabilidade das ações do
brincar, cuidar e educar significa que a criança é compreendida como cidadã em processo de
desenvolvimento, ou seja, se houver a sentença; Brincar + Educar + Cuidar = o resultado será
o desenvolvimento infantil coerente e efetivo.
Estas ações são importantes para a formação social, intelectual, psicológica da criança,
mas em especial o brincar, reflete mais relevância, pois é inerente do ser humano,
especialmente quando ainda somos bem pequenos, já que através das brincadeiras, a criança
se diverte infantilmente com flexibilidade, com aprendizagens acerca da vida, do mundo, do
outro. Delors apresenta a nós educadores os quatro pilares da educação. Segundo o autor,
todo o processo educacional é sustentado por: aprender a conhecer; aprender a fazer;
aprender a conviver; aprender a ser. E todos esses pontos são facilmente contemplados
através do brincar, do educar e do cuidar na Educação Infantil.
Na educação infantil o brincar é um instrumento eficaz de aprendizagem experiencial,
visto que permite, através do lúdico, vivenciar a aprendizagem como processo social. A
brincadeira é para a criança um espaço de investigação e construção de conhecimentos sobre
si mesma e sobre o mundo. Brincar possibilita a criança executar sua imaginação. A
44
brincadeira é um espaço privilegiado de aprendizagem onde a criança age como se fosse
maior do que é na realidade, ela realiza simbolicamente aquilo que ainda não tem capacidade
de fazer.
Educar, cuidar e brincar são direitos constitucionais da criança, já que em 1988, a
Constituição fez referencia a este segmento educacional, garantindo o em suas possibilidades.
6.6.4 – CONCEPÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL
Além da Educação Infantil, na Primeira Etapa do Ensino Fundamental de nove anos se
desenvolve no educando as capacidades corporais, linguísticas, de raciocínio, de criatividade.
Permitindo assim, que o mesmo possa resolver situações diferenciadas no contexto em que
está inserido, possibilitando-lhe acessar o conjunto de conhecimentos historicamente
produzidos pela humanidade utilizando-os como instrumentos de leitura de mundo. Desta
forma, através do desenvolvimento de sua capacidade de análise, interpretação e de síntese,
nortear sua prática social.
Com o acesso ao Ensino Fundamental, a criança a partir dos 6 anos pode usufruir do
direito à educação e beneficiar-se de um ambiente voltado à alfabetização e ao letramento,
adquirindo conhecimentos de diferentes áreas do conhecimento, com o desenvolvimento de
diversas formas de expressão.
Língua PortuguesaA Língua Portuguesa nos anos iniciais tem como objetivo que os alunos aprendam os
mais diversos gêneros do discurso em sua funcionalidade, como alicerce da interação humana
que permite o acesso aos bens culturais. Tem como conteúdos específicos os objetivos:
Escrita, produção e reescrita de texto: produzir diferentes gêneros discursivos
considerando o interlocutor, o suporte e sua função social; revisar o texto oral e
observar aspectos relacionados aos gêneros.
Leitura: ler diferentes textos produzindo significados a partir de elementos
contextualizadores e das sequências discursivas que determinam a tipologia e as
marcas linguísticas.
Oralidade: trabalhar com gêneros da oralidade atentando para as diferentes
situações sociais em que eles ocorrem, interlocutores, suporte, formato e
variedade linguística.
Analise Linguística: Compreender e utilizar o sistema de escrita alfabética do
português; analisar elementos estruturais e de organização da língua escrita a
partir dos gêneros.
45
Matemática No Currículo Básico para a Escola Pública Muncipal consta que o objetivo da
matemática é estudar as relações quantitativas e as formas espaciais enquanto uma analise
das intra e inter-relações dos eixos da matemática (números e operações, espaço e forma,
grandezas e medidas e tratamento da informação), para desenvolver as funções psíquicas
superiores (raciocínio lógico, imaginação, percepção, atenção voluntária, memória reflexiva,
linguagem, abstração, dentre outras) na perspectiva de compreender o contexto sociocultural,
e apreender o movimento que o produz, bem como suas contradições.
Assim, um dos encaminhamentos é a discussão sobre a história da produção dos
conhecimentos matemáticos, que existem para responder às necessidades humanas.
Para isso é importante conhecer e valorizar as condições materiais que caracterizam
o contexto dos nossos educandos, partindo de conceitos matemáticos considerando o
nível de desenvolvimento que o educando já tem, sendo que o tratamento formal dos
conteúdos matemáticos deve se dar de forma gradativa, construindo o significado de
quantidade, as relações que podemos estabelecer entre ela, a noção de espaço, de tempo, o
significado de tamanho, dentre outros, contribuindo para que o educando supere conceitos
espontâneos e se aproprie de conceitos científicos. É um processo que começa na fase inicial
da alfabetização ainda na Educação Infantil considerando-se como aspectos dessa
alfabetização: a decodificação, a interpretação e o posicionamento (argumentação, confronto),
enfatizando a oralidade, o registro e a leitura.
Também é encaminhamento para o trabalho com a Matemática a Resolução de
Problemas e o uso de materiais manipuláveis, como, por exemplo, recipientes, palitos,
produtos, brinquedos, cédulas monetárias, material dourado, ábaco, barra de frações, escala
cuisenaire, trenas, balanças, relógios, sólidos geométricos, embalagens, blocos lógicos, entre
outros, brincadeiras, jogos e uso de tecnologias digitais. Todos eles visam permitir a
instrumentalização para a realização de atividades e a abstração dos elementos, de forma a
contribuir para a construção de conceitos matemáticos e estimular a investigação e as novas
oportunidades de consciência sobre o mundo. Os conteúdos estão organizados por eixos com
os seguintes objetivos:
números e operações/algebra e funções - ampliar o campo numérico, percebendo
as (inter) relações dos números e a sua existência a partir das necessidades
humanas, bem como compreender as ideias presentes nas operações, as
relações existentes entre as quantidades e os diferentes tipos de cálculo.
espaço e forma/geometria – analisar e compreender as formas planas e não
planas que compõem o mundo em que vive, representá-lo de diferentes formas e
46
sob diferentes pontos de vista, bem como localizar e deslocar-se no espaço
tomando como referência o próprio corpo, objetos ou locais.
grandezas e medidas – utilizar as medidas padrão mais usuais, identificando a
grandeza envolvida e selecionando a unidade e o instrumento de medida mais
adequado em cada contexto.
Tratamento da informação/estatística e probabilidade – coletar dados, organizar
em tabelas e gráficos, facilitando a leitura. Analisar, ler e interpretar tabelas e
diferentes tipos de gráficos fazendo previsões e levantando possíveis hipóteses.
HistóriaO Currículo Básico para a Escola Pública Muncipal propõe que os conteúdos sejam
apresentados de forma que possam expressar os objetivos pretendidos, sendo, ao invés de um
rol de conteúdos, uma sequência factual, cronológica e linear, na forma de cinco círculos, um
para cada ano. O primeiro, tem sua unidade em torno do educando e seu contexto familiar; o
segundo, está voltado para o contexto de convívio do educando; o terceiro, trata da história do
educando na relação com o grupo de convívio local; o quarto, se ocupa das relações sociais
mais amplas e, o quinto, visa à inserção do povo brasileiro no contexto mundial. Todos os
conteúdos dos cinco anos pretendem ser sempre articulados tendo presente a vida, o trabalho,
a sociedade e a história.
O ensino de História, portanto, tem como objetivo compreender que a realidade e a
sociedade não se desenvolvem linearmente, que não são harmônicas, homogêneas e
monolíticas, mas que são permeadas por contradições e lutas entre as classes, de acordo com
os diferentes momentos históricos em que estão inseridos. Traz como objetivos:
a) Promover a análise, a reflexão e a compreensão da sociedade situada no espaço e
no tempo;
b) Compreender como se processam as mudanças na natureza e na sociedade;
c) Compreender o significado e a abrangência da categoria trabalho, como elemento
central no processo de produção do ser humano na organização
do espaço, na produção do conhecimento, no estabelecimento das relações sociais e na
organização da sociedade;
d) Articular o ensino à pesquisa desde o início do processo educativo;
e) Despertar o senso de inquietude, de curiosidade e questionamento perante as coisas,
os fatos e a sociedade, buscando atitudes de transformação
social;
f) Compreender e agir na perspectiva da superação da sociedade capitalista.
Geografia
47
O ensino da Geografia no Currículo Básico para a Escola Pública Muncipal considera
que o objeto da Geografia não deve ser definido simplesmente como espaço mas como
produção social dos diferentes espaços bem com o uso dessa produção pela sociedade,
propondo que sirva sobretudo para que o educando possa entender a produção dos espaços
como processos sociais mediados pelo trabalho humano, posicionando-se frente às
desigualdades sociais por meio da leitura dos espaços produzidos, reconhecendo-se como
agente das transformações do espaço e buscando novas formas de interagir com o meio para
garantir a emancipação humana e a sustentabilidade planetária.
Os conteúdos estruturantes são compostos por eixos indicadores de que o educando
seja capaz de:
a) Perceber como os homens organizam o espaço a partir de suas necessidades e
da materialidade existente
b) Identificar a produção e as transformações que se processam no espaço como
produto da sociedade que o constrói por meio do trabalho humano;
c) Analisar as relações da sociedade com a natureza numa perspectiva dialética,
crítica e transformadora;
d) Compreender que o uso das tecnologias é um fator determinante na produção
dos espaços interferindo nos conceitos de temporalidade e de espacialidade;
e) Situar-se crítica e construtivamente no espaço local, reconhecendo-se como parte
da totalidade/mundo;
f) Desenvolver o raciocínio geográfico fazendo a articulação entre as diversas
dimensões espaciais, percebendo relações entre o espaço local e outros espaços
mais amplos e distantes;
g) Articular o ensino com a pesquisa desde o início do processo educativo;
h) Elaborar noções e conceitos básicos de cartografia que possibilitem o domínio da
territorialidade;
i) Identificar o espaço local, regional como uma das escalas espaciais de produção
a que pertence, bem como, as determinações internacionais que está
subordinado;
j) Compreender e relacionar os conceitos geográficos a conhecimentos de História,
Matemática e Ciências.
Os quatro eixos que envolvem os princípios específicos da Geografia são:
Formação de conceitos de espaço e tempo;
Representação do espaço e domínio da territorialidade;
Relações sociais e de
produção presentes nos espaços;
Produção e transformação sócio históricas dos espaços.
48
Ciências da NaturezaA disciplina Ciências da Natureza ainda conforme o Currículo Básico para a Escola
Pública Municipal deve proporcionar a formação de um indivíduo que se reconheça como parte
do ambiente, compreendendo a sua dinâmica e seus fenômenos, além de compreender que a
ação humana, mediada pelo trabalho, proporciona o conhecimento científico, a produção da
tecnologia e a transformação dinâmica da natureza e do homem, dentro de um contexto
histórico, político, econômico, ambiental e social.
É importante se ter clareza de qual é a intencionalidade do conteúdo a ser trabalhado.
Nas aulas de ciências devem estar presentes as atividades práticas, o uso de vídeos curtos
como documentários, filmes e desenhos que são recursos muito importantes, mas que devem
sempre colaborar para favorecer o processo de aprendizagem.
O desenvolvimento dos conteúdos em Ciências da Natureza não deve fragmentar o
trabalho didático-pedagógico do educador, mas deixar evidente os vários elementos que
constituem o meio em que o homem está inserido, e do qual o homem é totalmente
dependente. Também não podem ser representados de uma forma momentânea e estanque, e
sim estar inseridos em todos os anos iniciais. Os conteúdos de ciências devem ser
dinamizados pela inter-relação entre a Ciência, a Tecnologia e a Sociedade.
Os conteúdos elencados para o trabalho na área de ensino das Ciências da Natureza
estão distribuídos em Eixos Temáticos que devem ser dinamizados pela inter-relação entre a
Ciência, a Tecnologia e a Sociedade:
Noções de Astronomia
Transformação e Interação da Matéria e Energia
Saúde e Melhoria da Qualidade de Vida, os quais, nesta proposta
ArteO Currículo Básico para a Escola Pública Municipal destaca que a escola tem a função
de contribuir para a formação estética dos educandos promovendo a socialização da Arte,
considerando a Arte como prática social, não cristalizada em espaços institucionalizados mas
presente nas relações sociais. É necessário que o ensino de Arte desenvolva a sensibilidade
estética, possibilitando ao educando apreciar, criar, refletir e elaborar seus próprios sentidos
com relação ao mundo à sua volta, aprimorando suas as capacidades perceptivas, inventivas,
imaginativas e criativas.
O objetivo geral do ensino de arte é propiciar o desenvolvimento da sensibilidade
estética, que é a capacidade de perceber, refletir e interpretar, questionar, criar, recriar e fruir a
partir das produções artísticas e estéticas da humanidade e suas relações com o mundo e a
natureza.
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Os conteúdos das linguagens artísticas são apresentados considerando a importância
de estabelecer essas inter-relações aproximando as diferentes linguagens
artísticas: ARTES-VISUAIS, DANÇA, MÚSICA E TEATRO.
O ensino das Artes Visuais sugere a utilização dos mais diversificados gêneros de
representação pictórica, imagens de pinturas, desenhos, escultura, fotografia, material
publicitário e imagens virtuais, filmes, infográficos e outros, explorando a diversidade do uso
dos elementos visuais e compositivos nas obras para uma melhor percepção e reflexão dos
educandos.
O ensino de Música retoma as experiências vivenciadas pelos educandos, pois está
articulada aos valores de um determinado grupo social, sendo composta e interpretada
segundo sua cultura. A mediação dos conteúdos musicais contemplam a percepção musical, a
organização e registro dos sons, no tempo e espaço, bem como a interpretação e a produção
musical.
O ensino de Dança apresenta estratégias que podem auxiliar na aplicação de atividades
lúdicas como jogos, brincadeiras, mímicas, interpretações de cenas e músicas, de atividades
técnicas como exercícios técnicos de dança, improvisações e atividades de conscientização
corporal e atividades inspiradas no cotidiano como a exploração de danças, movimentos do
cotidiano e temas da cultura brasileira.
O Teatro é uma linguagem que amplia a visão de mundo, visto que a dramatização é
inerente ao homem e ao seu processo de desenvolvimento. É um recurso que auxilia o
relacionamento do homem com o mundo, e o integra como sujeito de intuição e razão, por
meio das percepções, sensações, emoções, elaborações e racionalizações.
Educação Física
A Educação Física tem como objetivo proporcionar aos educandos o acesso às práticas
da cultura corporal presentes na realidade onde está inserido, refletindo sobre seu
sentido/significado, podendo torná-las instrumento de transformação social, ao mesmo tempo
em que compreende a importância dessa prática para o seu desenvolvimento e saúde.
Ainda conforme o Currículo Básico para a Escola Pública Municipal , a expressão
corporal é uma linguagem, um conhecimento universal, patrimônio da humanidade,
evidenciando o corpo como meio de aprendizagem. Considera que tudo o que o educando
aprende é pelo corpo, pelo movimento, uma vez que suas emoções, sensações e atitudes são
corporais.
A aprendizagem está relacionada ao movimento, pois é por meio dele que o educando se
desenvolve de forma integral e conhece o seu próprio corpo, tendo esse como referência em
relação aos objetos, aos outros e ao meio. Ressalta ainda que o conjunto de movimentos
50
corporais representa valores e princípios culturais de uma sociedade e a Educação Física
precisa considerar o acervo que o educando possui quando chega à escola buscando meios de
ampliá-lo.
A prática pedagógica na Educação Física organiza-se em eixos: jogos, ginástica, ritmo e
expressividade, cultura corporal e saúde.
Ensino Religioso
O Currículo Básico para a Escola Pública Municipal aponta que o Ensino Religioso tem como
objetivos:
a) Possibilitar a compreensão das relações homem/ natureza/ conhecimento/fé como
processos que compõem o ser em sociedade;
b) Analisar a diversidade social e cultural presente nas sociedades como formas de
identificação e pertencimento dos sujeitos a um dado grupo social, compreendendo que,
em processos diversos de organização, existem elementos agregadores e comuns;
c) Valorizar o ser humano, considerando-se a diferença como lugar de crescimento e
aprendizado;
d) Compreender que existem diferentes manifestações que exprimem o fenômeno religioso
no interior do processo histórico da humanidade.
Informática Educacional
O Ambiente Tecnológico Educacional – ATE é um importante recurso pedagógico que a
escola utiliza como um acesso ao conhecimento e novas formas de aprendizagem, sendo que
o computador pode ser bem aproveitado neste processo por despertar a curiosidade e o
interesse do aluno.
A introdução da Informática Educacional como recurso pedagógico possibilita adequar o
ensino à novas demandas sociais para que seus benefícios facilitem a aprendizagem. Por ser
bastante recente na educação, a tecnologia traz a possibilidade de grandes transformações no
modo de pensar e agir, bem como novos conceitos relacionados a comunicação e a
informação.
As tecnologias da informação e da comunicação adquirem cada vez mais relevância no
processo de ensino aprendizagem. Desta forma são colocadas demandas nestes processos
envolvendo diferentes linguagens midiáticas que podem proporcionar a construção de saberes
aos alunos e constituir desafios para a escola como o maior acesso à informação.
51
O universo midiático se constitui por ferramentas e recursos tecnológicos que se utilizam
de diferentes linguagens para desenvolver competências e conhecimentos que ocupam lugar
nas atividades pedagógicas e no cotidiano escolar.
A Informática não pode ser entendida apenas como uma ferramenta usada para
trabalhar com o conteúdo, mas um instrumento de apoio pedagógico que também prepara os
educandos para uma sociedade informatizada. Ao transmitir e sistematizar o conhecimento
socialmente elaborado, a escola em sua função social vem incorporando a inclusão digital que
potencializa a prática pedagógica, melhora as relações pessoais e cognitivas e gera
interatividade entre alunos e professores/professoras, produzindo desta forma mudanças de
paradigmas no processo de ensino e aprendizagem.
Sua utilização como instrumento de aprendizagem vem aumentando no cenário
educacional e seus recursos tecnológicos possuem intencionalidade pedagógica.
As atividades desenvolvidas no ATE tem como objetivos específicos aos alunos:
Estimular o interesse pela ferramenta computador.
Resolver exercícios educativos usando o computador.
Possibilitar a compreensão do funcionamento dos equipamentos.
Utilizar os jogos educativos para promover a aprendizagem.
Sensibilizar para a existência de novas tecnologias.
Proporcionar o acesso à informática, contribuindo com a inclusão digital.
Estimular o raciocínio lógico, percepção e atenção.
Proporcionar momentos de lazer, diversão entretenimento.
Além de todo um conjunto de ações e recursos utilizados para garantir o processo da
aprendizagem, também se faz necessário o uso das tecnologias em ambiente escolar. Este
favorece a construção do conhecimento, uma vez que permite a escola propor novas
tecnologias no processo de ensino e aprendizagem. Ou seja, tecnologia e conhecimento integram-se para produzir novos conhecimentos que permitam compreender as problemáticas
atuais e desenvolver projetos em busca de alternativas para a transformação do cotidiano e a
construção da cidadania. Porém, com a velocidade com que as mídias evoluem, é colocada à
escola a necessidade de repensar sua prática diante dos recursos tecnológicos disponíveis, e
esta prática nos remete conteúdos do currículo.
O Ambiente Tecnológico Educacional – ATE é um importante recurso pedagógico que a
escola precisa utilizar como um acesso ao conhecimento e novas formas de aprendizagem,
sendo que o computador pode ser bem aproveitado neste processo por despertar a curiosidade
e o interesse do aluno.
A introdução da Informática Educacional como recurso pedagógico possibilita adequar o
ensino à novas demandas sociais para que seus benefícios facilitem a aprendizagem. Por ser
bastante recente na educação, a tecnologia traz a possibilidade de grandes transformações no
52
modo de pensar e agir, bem como novos conceitos relacionados a comunicação e a
informação.
As tecnologias da informação e da comunicação adquirem cada vez mais relevância no
processo de ensino aprendizagem. Desta forma são colocadas demandas nestes processos
envolvendo diferentes linguagens midiáticas que podem proporcionar a construção de saberes
aos alunos e constituir desafios para a escola como o maior acesso à informação.
O universo midiático se constitui por ferramentas e recursos tecnológicos que se utilizam
de diferentes linguagens para desenvolver competências e conhecimentos que ocupam lugar
nas atividades pedagógicas e no cotidiano escolar.
De acordo com (FRÓES)
Os recursos atuais da tecnologia, os novos meios digitais: a multimídia, a Internet, a
telemática trazem novas formas de ler, de escrever e, portanto, de pensar e agir. O
simples uso de um editor de textos mostra como alguém pode registrar seu
pensamento de forma distinta daquela do texto manuscrito ou mesmo datilografado,
provocando no indivíduo uma forma diferente de ler e interpretar o que escreve, forma
esta que se associa, ora como causa, ora como consequência, a um pensar
diferente.
Desta forma a Informática não pode ser entendida apenas como uma ferramenta que
será usada para trabalhar com o conteúdo, mas um instrumento de apoio pedagógico que
também prepara os educandos para uma sociedade informatizada. Quando se ignora sua
função pedagógica e deixa de ser levada para toda a escola ela corre o risco de ser
circunscrita em uma única sala, presa a horários fixos e de responsabilidade de um único
professor/professora.
Ao transmitir e sistematizar o conhecimento socialmente elaborado, a escola em sua
função social vem incorporando a inclusão digital que potencializa a prática pedagógica,
melhora as relações pessoais e cognitivas e gera interatividade entre alunos e
professores/professoras, produzindo desta forma mudanças de paradigmas no processo de
ensino e aprendizagem. Pois, como afirma Moran, ensinar com as novas mídias trata-se de
uma revolução quando se muda simultaneamente os paradigmas convencionais do ensino, que
mantêm distantes professores/professoras es e alunos. Afirma também que um dos projetos
políticos mais importantes é que a sociedade encontre formas de diminuir a distância que
separa no acesso à informação entre os que podem e os que não podem pagar por ela. As
escolas públicas, comunidades carentes precisam ter esse acesso garantido para não ficarem
condenadas à segregação definitiva, ao analfabetismo tecnológico.
A Informática Educacional precisa contribuir para a qualidade do ensino e fazer sentido
para o professor/professora e o aluno. Desta maneira, Lopes, que também coloca sobre a
53
importância deste instrumento, afirma fazer parte do Projeto Político Pedagógico da escola,
passando a ser um excelente recurso pedagógico a ser explorado, desde que de forma
adequada e planejada, onde professor/professora e aluno colocam em prática atividades
propostas com o uso do computador e das ferramentas de informática. Sua utilização como
instrumento de aprendizagem vem aumentando no cenário educacional e seus recursos
tecnológicos possuem intencionalidade pedagógica.
As atividades desenvolvidas no ATE tem como objetivos específicos aos alunos:
Estimular o interesse pela ferramenta computador.
Resolver exercícios educativos usando o computador.
Possibilitar a compreensão do funcionamento dos equipamentos.
Utilizar os jogos educativos para promover a aprendizagem.
Sensibilizar para a existência de novas tecnologias.
Proporcionar o acesso à informática, contribuindo com a inclusão digital.
Estimular o raciocínio lógico, percepção e atenção.
Proporcionar momentos de lazer, diversão entretenimento.
A cultura e a educação têm relações profundas que precisam ser consideradas, uma vez
que a criança recebe das gerações adultas as ações educativas que são expressas sob a
condição de uma “educação formal”. Os adultos creem na eficácia consideram-na “como sendo
a verdadeira educação” tendo como objetivo maior “fazer penetrar na criança as influências em
conformidade com a imagem ideal que cada sociedade faz de sua natureza e de sua missão”.
Além de todo um conjunto de ações e recursos utilizados para garantir o processo da
aprendizagem, também se faz necessário o uso das tecnologias em ambiente escolar. Este
favorece a construção do conhecimento, uma vez que permite a escola propor novas
tecnologias no processo de ensino e aprendizagem. Ou seja, tecnologia e conhecimento integram-se para produzir novos conhecimentos que permitam compreender as problemáticas
atuais e desenvolver projetos em busca de alternativas para a transformação do cotidiano e a
construção da cidadania. Porém, com a velocidade com que as mídias evoluem, é colocada à
escola a necessidade de repensar sua prática diante dos recursos tecnológicos disponíveis, e
esta prática nos remete a uma questão hoje criticada por todos os níveis de educação: o
currículo.
6.7 - CONCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
Segundo alguns estudiosos, a aprendizagem é um processo integrado que provoca uma
transformação qualitativa na estrutura mental daquele que aprende. Essa transformação se dá
através da alteração de conduta de um indivíduo, seja por condicionamento operante,
experiência ou ambos, de forma razoavelmente permanente. As informações podem ser
54
absorvidas através de técnicas de ensino ou até pela simples aquisição de hábitos. O ato ou
vontade de aprender é uma característica essencial do psiquismo humano, pois somente este
possui o caráter intencional, ou a intenção de aprender; dinâmico, por estar sempre em
mutação e procurar informações para a aprendizagem; criador, por buscar novos métodos
visando a melhoria da própria aprendizagem, por exemplo, pela tentativa e erro.
De acordo com Currículo Básico para a Escola Pública Municipal-Região Oeste do
Paraná, o conhecimento é um bem necessário e fundamental à produção da sobrevivência,
que depende deste e o produz. Contudo não é uma propriedade exclusiva do homem, é um
atributo de toda matéria prima organizada. Todos os seres vivos conhecem, ainda que nem
todos o façam da mesma forma, nas mesmas condições e do mesmo modo. Todavia, o homem
atinge um grau máximo de desenvolvimento maior do conhecimento, iniciando seu processo
por meio dos sentidos e acumulando experiências, sendo capaz de realizar abstrações e de
organizar o pensamento, chegando ao nível do conhecimento científico e metódico,
possibilitando utilizar esse instrumento como ação de transformação intencional sobre o
mundo.
O ser humano nasce potencialmente inclinado a aprender, necessitando de estímulos
externos e internos para o aprendizado. Há aprendizados que podem ser considerados natos,
como o ato de aprender a falar, a andar, necessitando que a criança passe pelo processo de
maturação física, psicológica e social. Na maioria dos casos a aprendizagem se dá no meio
social e temporal em que o individuo convive; sua conduta muda, normalmente, por esses
fatores, e por predisposições genéticas.
O processo de ensino e de aprendizagem envolve elementos essenciais que são
indissociáveis na ação pedagógica: os conteúdos escolares, o processo de avaliação, o plano
de ação, os planejamentos de ensino, os recursos didáticos, o envolvimento da comunidade,
as relações que se estabelecem no interior da escola. Por se constituírem em elementos
essenciais, devem ser objeto permanente de reflexão.
Entende-se que a escola tem como função na sociedade a transmissão dos conteúdos
sociais, os quais possibilitam a compreensão da realidade humana na sua totalidade, isto é, a
compreensão e apreensão de conceitos científicos que permitam ao aluno aprender as
relações existentes na comunidade.
O trabalho de desenvolvimento do aluno se dá na escola através do processo de ensino,
concebido como sendo intervenção pedagógica que busca preparar o cidadão como ser
atuante de uma sociedade que favoreça o desenvolvimento das potencialidades do trabalho
individual e coletivo. Na construção dos conhecimentos sócio-culturais adquiridos
historicamente e elaborados no processo de ensino através de uma prática pedagógica, se
efetiva o processo de aprendizagem que juntamente com a avaliação deve ser contínua,
constante e gradativa, visando a reelaboração da prática pedagógica e a garantia da qualidade.
55
É necessário entendê-la como instrumento de análise permanente do processo pedagógico
que possibilita e indica ações e ajustes no encaminhamento do trabalho, a fim de garantir o
aprimoramento constante do processo ensino-aprendizagem.
6.8 – CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Por muito tempo a alfabetização foi interpretada como uma simples sistematização da
consoante mais vogal, isto é, “B+A=BA”, um código fundado na relação entre fonemas e
grafemas. A simples consciência fonológica, em uma sociedade constituída em grande parte
por analfabetos e marcada por reduzidas práticas de leitura e escrita, permitia aos indivíduos
associar sons e letras para produzir/interpretar palavras ou frases curtas, parecia ser suficiente
para diferenciar o alfabetizado do analfabeto.
Esse conceito de alfabetização em nossa realidade não é mais suficiente, pois, a
crescente complexidade de nossa sociedade faz surgir maiores e mais variadas práticas de uso
da língua. A língua escrita não é mais vista como meta de conhecimento desejável, mas como
verdadeira condição para sobrevivência e a conquista da cidadania.
A alfabetização fundamentada no Currículo Básico para a Escola Pública Muncipal
apresenta-se na compreensão Sociointeracionista de linguagem, que tem como objeto de
trabalho os gêneros do discurso como a realidade da língua, considerando que a alfabetização
vai além da decodificação e da compreensão da estrutura da língua.
Compreende-se que a alfabetização vai além da apropriação do código ou da condição
de fazer uso da leitura e da escrita. É preciso que o sujeito participe das necessidades sociais
exigidas pela leitura e pela escrita na sociedade atual.
A alfabetização numa perspectiva de letramento supõe a compreensão da função social
dos diferentes gêneros nas mais diversas práticas sociais de interação .
O objeto de reflexão do letramento é o ensino e a aprendizagem dos aspectos sociais da
língua escrita. Desta forma o letramento na alfabetização uma aborda uma concepção social
da escrita, em contraste com uma concepção tradicional que considera a aprendizagem de
leitura e produção textual como a aprendizagem de habilidades individuais.
Alfabetização e letramento são indissociáveis. Isso porque em atividades de letramento
com práticas de leitura e participação social na cultura escrita ocorre a alfabetização como
compreensão do código escrito.
Estas duas etapas são de fundamental importância sendo que a aquisição da linguagem
escrita pode ocorrer por meio uso dos gêneros que socialmente circulam. Portanto o aluno
alfabetizado deve compreender a importância da leitura e da escrita como forma de
participação no mundo letrado.
56
Neste processo a consciência fonológica é um dos procedimentos essenciais para que a
criança tenha acesso ao mundo da alfabetização e do letramento. Trata-se da capacidade de
compreender a constituição das palavras por diversos sons ou segmentações. Relacionada
aos conhecimentos da correspondência de grafemas e fonemas possibilita ao aluno a
aquisição do sistema de escrita alfabética.
6.9 – CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR
A Gestão Escolar de forma democrática além de ser necessária para uma administração
escolar transparente e atuante, também ocupa um lugar de destaque no Plano Nacional de
Educação de 2014 conforme Lei 13.005/2014.
O Plano Nacional de Educação, traça princípios da gestão democrática e objetiva
implantar conselhos escolares e outras formas da participação da comunidade escolar e local
na melhoria do funcionamento das oportunidades educativas e dos recursos pedagógicos.
De acordo com a LDB, Art. 14, os sistemas de ensino definirão as normas da gestão
democrática do ensino público na educação básica de acordo com as suas peculiaridades,
conforme os seguintes princípios: Participação dos profissionais da educação na elaboração do
projeto pedagógico da escola; Participação da comunidade escolar e local, em conselhos
escolares ou equivalentes.
A Deliberação CEE 02/2005 em concordância com a legislação nacional, estabelece que
a proposta pedagógica deve ser resultado do processo de participação coletiva da comunidade
e dos segmentos que compõe a instituição’’ (Art. 10, inciso 1°).
Para entendermos melhor o que é gestão compartilhada e democrática é interessante
analisarmos o significado dessas palavras:
Compartilhar: ter ou tomar parte em; participar de; compartir; repartir.
Democracia: governo do povo; soberania popular; Regime de governo que se
caracteriza pela liberdade do voto eleitoral, pela visão de poderes e pelo controle da
autoridade.
Como podemos negar a legitimidade de participação daquele que são usuários dos
nossos serviços, os pais, e depois exigimos deles a participação, o auxílio e apoio tanto nas
questões administrativas quanto pedagógicas?
Para democratizar a instituição escolar, é necessário que haja a participação efetiva da
comunidade, nas decisões e no planejamento das atividades que subsidiarão a prática
pedagógica. A participação da comunidade de forma alguma pode se resumir apenas em
angariar fundos para manutenção da instituição e compra de equipamentos, este modelo de
participação não torna a instituição um espaço democrático.
A participação da comunidade em todas as atividades desenvolvidas pela instituição
57
escolar é a garantia do exercício da cidadania em uma sociedade democrática, assim sendo,
podemos dizer que esta participação compreende o âmbito social, econômico e cultural. A
gestão democrática é aquela que há a participação de todos os envolvidos, professores,
funcionários, alunos e pais nas decisões tomadas.
A articulação do trabalho da instituição com a comunidade deve despertar na
comunidade um sentimento de fazer parte, de pertencimento, possibilitando o fortalecimento
das relações de confiança, de solidariedade, de respeito, de generosidade, agregando outros
valores que podem passar a ser compartilhados no cotidiano das atividades. Essa articulação
permite que a instituição mantenha um canal de diálogo aberto com a comunidade, o que
resulta num excelente relacionamento e contribui para o melhor atendimento a criança, que é o
principal foco do nosso atendimento. A participação promove o conhecimento, e a medida em
que os pais se inteiram do que acontece no âmbito escolar, eles passam a valorizar e a apoiar
muitas vezes incondicionalmente as ações da instituição. Os encontros agendados com a
comunidade não devem ser de caráter repressor, punitivo, ameaçador ou apenas para
repassar instruções, mas sim para participar coletivamente e ativamente da construção das
atividades, da realidade, do cotidiano da instituição.
Esse modelo de gestão vai de encontro à concepção de homem e sociedade que
queremos formar, e a elaboração do projeto político pedagógico contribui para consolidação
dessa participação da comunidade dentro da instituição. Mas cabe ressaltar que todo esse
processo é bastante novo, se trata de um fato histórico na educação e requer aprofundamento
sobre o assunto para que possamos contextualizar e tornar uma realidade esse modelo de
gestão dentro das nossas instituições.
6.10 – CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE E DEMOCRACIA
A democracia pode ser entendida como uma forma de organização da sociedade
baseada em princípios éticos de liberdade, igualdade, diversidade, solidariedade e
participação. Portanto, democracia é a um só tempo um projeto e um desejo, uma utopia que
se aplica na medida em que vira realidade.
A sociedade, no entanto é uma organização baseada em regras e princípios que
precisam ser diariamente transformados através da participação e conscientização de cada um,
visando o bem comum.
O homem por sua vez é o agente responsável pela transformação desta sociedade. Ser
que está em constante mudança, ultrapassa limites, desenvolve novas experiências. Sujeito da
história, crítico, consciente e responsável. Ele é entendido como um ser social, transformador,
crítico que busca novos conhecimentos para sua atuação na sociedade. É um cidadão que
possui capacidade de desenvolver-se, adaptar-se às tendências que estão surgindo e ajustar o
58
que precisa, para que a sua relação com os outros indivíduos e com o meio seja justa,
igualitária e que promova a cidadania, ou seja, promova o exercício de direitos, deveres e
atitudes de solidariedade e cooperação cotidianas.
O homem é um sujeito ativo que transforma o mundo que o rodeia através do trabalho. É
um ser social, homem definido por um projeto político de sociedade. É o ente que, para ser,
necessita produzir os seus próprios meios de subsistência material e simbólica, em outras
palavras é pelo trabalho que o homem animal se torna humano. O trabalho é condição
essencialmente humana e é por ele que nos diferenciamos do outros animais.
A vigência do espaço coletivo é exigência para a consolidação da democracia.
Democracia é compromisso que se desdobra em responsabilidade concreta em ação
consequente em vista da afirmação de sujeitos conscientes e de espaços coletivos.
A concepção democrática da sociedade, afirma que a ordem política, econômica e social
é fruto de um processo histórico conduzido por homens e mulheres. Somos nós que
construímos uma sociedade justa ou que aceitamos ser parte de uma sociedade injusta e
desigual.
Desta forma, a participação política de todos os segmentos da comunidade escolar na
reflexão e discussão sobre os problemas do cotidiano escolar, cria significação real para todos
os sujeitos do processo sobre suas responsabilidades específicas, como também desenvolver
o prazer de aprender nos alunos.
Entendendo que a formação do cidadão crítico capaz de pensar, estabelecer conexões,
relações e compreensão do contexto social, em termos de autonomia e criatividade, requer o
desenvolvimento de capacidades e habilidades que vão além das competências técnicas, é
necessário levar o educando a desenvolver as competências sociais que lhe permitam produzir
a qualidade de vida individual e social.
6.11 – CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
A concepção de avaliação é comumente a ideia de mensuração de mudanças do
comportamento humano. Essa abordagem viabiliza o fortalecimento no aspecto quantitativo.
A avaliação deve ser vista como um caminho que garanta a evolução de todas as
crianças e deve prever que elas possuem ritmos diferentes que dependerão de processos de
aprendizagem diferentes. A avaliação não pode ter caráter promocional, punitivo ou seletivo,
mas sim deve ser um indicador que possibilite uma intervenção pedagógica consciente por
parte do professor.
É necessário então que se considere a individualidade de cada criança, ter clareza de
que nem todas seguem os padrões da criança ideal e que nem todas se desenvolvem da
59
mesma forma e no mesmo ritmo. Ao avaliar a criança deve-se considerar suas característica
próprias e seus diferentes ritmos de aprendizagem e desenvolvimento.
Desta forma, podemos concluir então que o objetivo da avaliação é acompanhar o
progresso da criança, auxiliando o professor no processo de construção do conhecimento e as
características de todas as fases de seu desenvolvimento. Levando em conta que nem todas
as crianças atingirão ao mesmo rendimento e nem apresentarão as mesmas características em
determinada idade. Neste sentido torna-se mais fácil para o professor compreender melhor o
processo de ensino aprendizagem.
A Educação no mundo em que vivemos, pensada de forma concreta, tem que usar os
mecanismos e ferramentas provenientes da ciência e do progresso humano, precisa ser
reflexiva, analítica e pensar o mundo e seus próprios processos com o apoio da filosofia e da
história. De acordo com Vigotski, a aprendizagem está relacionada ao desenvolvimento desde
o início da vida humana, e é um aspecto necessário e universal do processo de
desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente organizadas e especificamente
humanas.
E desta forma de ver a educação, se faz necessário entender a avaliação como
instrumento de análise permanente de processo pedagógico que possibilita e indica ações e
ajustes no encaminhamento do trabalho, a fim de garantir o aprimoramento constante do
processo ensino-aprendizagem.
O conhecimento não pode ser simplesmente transferido pelo educador para o educando.
A aprendizagem implica em pesquisar, trabalhar, investigar, refletir sobre os objetos, fazer
análises a fim de extrair informações para então transformá-las em conhecimento
sistematizado. Ela possibilita o enfrentamento da realidade e, como conseqüência a construção
da práxis.
Tendo em mente que o conhecimento é historicamente construído pela humanidade e
que a ela pertence, portanto, deve ser socializado igualmente a todos.
Sob os aspectos legais, busca-se a aplicação coerente e eficaz do princípio da
igualdade para que se possa alcançar a justiça. No entanto, o direito à igualdade, garantido
pela Constituição Federal brasileira, gera controvérsias e, muitas vezes, interpretações dúbias
na esfera judicial.
Fazer valer o direito para todos, não é, necessariamente, aplicar e impor o cumprimento
do que está na lei. Há que se ter um entendimento mais profundo no que concerne a justiça.
De acordo com Mantoan, “a escola justa e desejável para todos não se sustenta unicamente no
fato de os homens serem iguais e nascerem iguais” ( 2006, p.16). Segundo a autora, é preciso
entender que a igualdade natural não tem um significado único, sendo necessário estabelecer
comparações a fim de que se possa compreender que “não se pode ser igual em tudo” (2006,
p. 17).
60
Há que se dar ênfase à capacidade, a possibilidade e a eficiência de cada indivíduo e
compreender que existem diferentes contextos familiares, trajetórias de vida, ritmos, valores e
níveis de conhecimento, a estigmatização ou a normalização são expectativas geradas em
situações sociais. Visto assim, uma diferença não oferece vantagem ou desvantagem, o que a
caracteriza como tal são os olhares que lançamos sobre ela. Semelhanças e diferenças são,
igualmente, fundamentais, é a maneira como as combinamos que resulta na identidade do
sujeito. De acordo com a Declaração de Salamanca:
toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a oportunidade
de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem.
toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de
aprendizagem que são únicas.
aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola
regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança, capaz
de satisfazer a tais necessidades
escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios mais
eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades acolhedoras,
construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos; além disso,
tais escolas provêem uma educação efetiva à maioria das crianças e aprimoram a
eficiência e, em última instância, o custo da eficácia de todo o sistema educacional.
Respeitando estes princípios e tendo em vista a atual realidade, que se apresenta
desafiadora, faz-se necessário buscar uma construção transformadora da mesma. E, para que
isso aconteça, efetivamente, são necessários objetivos claros que orientem e direcionem o
trabalho a ser desenvolvido:
Assegurar o acesso e permanência do aluno na escola através de práticas
socializadoras, numa construção coletiva, de forma a garantir a qualidade do processo
de ensino-aprendizagem, tornando viável a melhor formação do aluno na escola,
oferecendo-lhe instrumentos, para que, a partir de suas necessidades reais, entenda a
realidade e torne-se agente participativo na sociedade.
Caracterizar a escola como institucionalizadora das mediações reais para que
possa de forma efetiva, concreta e histórica construindo práticas democráticas que
superem os conflitos, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e
autoritárias, rompendo desta forma com a rotina do mando impessoal, diminuindo os
efeitos fragmentários da divisão de trabalho.
Avaliar de forma crítica e diagnóstica, numa perspectiva de inclusão que favoreça
o desenvolvimento da capacidade do aluno em se apropriar dos conhecimentos
tecnológicos, científicos e sociais, produzidos histórica e coletivamente pela
humanidade, visando a elevação do nível cultural e a qualidade da escola pública,
61
produzindo um diagnóstico mais coerente, suprindo a necessidade da escola de
organizar seu trabalho pedagógico com base em seus alunos.
Compreender a cidadania como participação social e políticas, assim como
exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes
de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo
para si o mesmo respeito.
Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes
situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar
decisões coletivas;
Conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais
e culturais como meio para construir progressivamente a noção de identidade nacional e
pessoal e o sentimento de pertinência ao País;
Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sócio-cultural brasileiro, bem
como aspectos sócios culturais de outros povos e nações, é posicionando-se sobre
qualquer discriminação baseadas em diferenças culturais, de classe social, de crenças,
de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais;
Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente,
identificando seus elementos e as interações entre eles contribuindo ativamente para
melhoria do meio ambiente;
Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança
em suas capacidades afetivas, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e
de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no
exercício da cidadania;
Conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos saudáveis
como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em
relação a sua saúde e a saúde coletiva;
Utilizar as diferentes linguagens - verbais, musical, matemática, gráfica, plástica e
corporal - como meio para produzir, expressar e comunicar suas idéias, interpretar e
usufruir as produções culturais, em contexto público e privado, atendendo a diferentes
intenções e situações de comunicações;
Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para
adquirir ou construir conhecimentos;
Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los,
utilizando para isso o pensamento lógico, criatividade, a intuição, a capacidade de
análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação.
Uma das formas de democratização do espaço pedagógico escolar é o repensar das
práticas avaliativas adotadas pelo mesmo, transformando-o em novas ações.
62
A função da avaliação escolar vai muito além da constatação, da mensuração de
conhecimentos estanques, da memorização de conteúdos sem relevância social. A avaliação
escolar deve acompanhar e orientar todo processo pedagógico, se objetivarmos efetivamente o
serviço aos propósitos da sociedade e da escola.
A primeira coisa a ser feita, para que a avaliação sirva à democratização do ensino, é
modificar a sua utilização de classificatória para diagnóstica. A avaliação passa a ser assumida
como um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o
aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar em
sua aprendizagem. Se for importante aprender aquilo que se ensina na escola, a função da
avaliação é possibilitar ao educador condições de compreensão do estágio em que o aluno se
encontra tendo em vista poder trabalhar com ele para que saia do estágio defasado em que se
encontra e possa avançar em termos de conhecimentos necessários.
Para que a avaliação diagnóstica seja possível é preciso compreendê-la e realizá-la
comprometida com uma concepção pedagógica. Deve estar comprometida com uma proposta
pedagógica histórica – crítica, uma vez que esta concepção está preocupada com a
perspectiva de que o educando deverá apropriar-se criticamente do conhecimento e
habilidades necessárias a sua realização como sujeita crítico, dentro desta sociedade que se
caracteriza pelo modo capitalista de produção.
Esta forma de entender, propor e realizar a avaliação da aprendizagem exige que ela
seja um instrumento auxiliar da aprendizagem e não um instrumento de aprovação e
reprovação.
A nota é capaz de motivar ou desmotivar, mas a Escola e o professor/professora
precisam concebê-la sempre como motivação, ponto de partida para uma ação necessária,
como oportunidade para discutir, analisar, avaliar.
Para que a avaliação funcione para os alunos como um meio de auto compreensão
importa que tenha também o caráter de uma avaliação participativa. O professor/professora a
partir dos instrumentos adequados de avaliação discute com os alunos o estágio de
aprendizagem que eles atingiram. O objetivo da participação é professores/professoras e
alunos chegarem juntos a um entendimento de situação de aprendizagem, que está articulado
com o processo de ensino. Então não será uma discussão abstrata, mas uma discussão a
partir dos resultados efetivos da aprendizagem, manifestado nos instrumentos elaborados.
A avaliação diagnóstica é vista como um meio investigativo da aprendizagem para
redimensionar o processo tendo em vista garantir a qualidade de ensino para todos.
As formas de avaliarmos nossos alunos vem há muito tempo sendo discutidas, fazendo
com que os professores/professoras levantem certos questionamentos, que colocam em
análise a nossa prática pedagógica. Dentre estas questões vamos citar algumas:
O que eu vou ensinar para meus alunos?
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Como vou ensinar?
O que eu quero que meus alunos aprendam?
Como os alunos aprendem?
Como avalio meus alunos?
Como desenvolvo minha prática pedagógica?
Para que a nossa prática educacional tenha êxito faz-se necessário que cada
professor/professora, reflita sobre estas questões, entendendo a citação de Paulo Freire
“ninguém educa ninguém, ninguém se educa sozinho, os homens se educam entre si,
mediados pelo mundo”.
Mostrando nossa preocupação com a educação, refletindo sobre Currículo e nossa
prática educativa procura, dentro da escola, as melhores maneiras para que a aprendizagem
aconteça. Desenvolvendo assim uma prática docente qualitativa onde existe a
responsabilidade coletiva com novas aprendizagens, analisando com competência todo nosso
trabalho, priorizando dentre as formas de avaliação a diagnóstica como forma de verificar até
que ponto nossa prática é caminho para a concretização de uma ideia.
A avaliação diagnóstica realiza-se sobre o presente, tem em vista o futuro, caracteriza-
se como processo e interessa-se pela eficácia enquanto qualidade para todos.
A partir da avaliação diagnóstica nossos professores/professoras redimensionam a
prática educativa, no sentido de favorecer a aprendizagem valorizando a diversidade, pois
“todos somos diferentes uns dos outros e de nós mesmos, à medida que crescemos e nos
desenvolvemos. Somos todos especiais!” (Carvalho, 2004, p. 17).
Desta forma, a avaliação proporciona ao professor/professora uma análise de sua
prática, bem como da turma de alunos, para em seguida propor novas ações, estratégias,
rotinas e novas normas, fazendo com que seu trabalho construa uma educação de qualidade.
6.12 – RECUPERAÇÃO PARALELA EM SALA DE AULA
A Recuperação Paralela é uma ação que visa dar o suporte para a criança superar as
dificuldades, ampliando o tempo necessário para a aquisição de determinados requisitos que
nem sempre são possíveis de serem apropriados apenas na sala de aula, promovendo a
qualidade. Os resultados do trabalho da Recuperação Paralela, além de serem registrados pelo
professor/professora e analisados pelo Conselho de Classe, aparecem na dinâmica da sala de
aula, no melhor aproveitamento da aprendizagem.
No processo de avaliação do rendimento escolar, dar-se-á ênfase na recuperação de
conteúdos, de forma paralela e contínua, objetivando oportunizar ao aluno de menor
rendimento a recuperação dos conteúdos não assimilados, zelar pela sua aprendizagem e
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melhorar suas condições de acesso e permanência na escola, além de oferecer um ensino de
melhor qualidade. Por isso, a recuperação paralela, parte integrante da ação educativa, assim
se desenvolverá:
A recuperação de estudos precisa ser garantida em todo o processo educativo e
compreendida como uma ação a ser desenvolvida no cotidiano e não em momentos finais,
cabendo aos docentes exercitarem várias formas de atividades, oportunizando ao educando de
menor rendimento a reelaboração dos conceitos que por alguma razão não foram apropriados,
onde novas oportunidades sejam oferecidas.
6.13 – EIXOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Cuidar, Educar e Brincar: Propiciar situações de cuidados, brincadeiras e
aprendizagens orientadas de formas integradas e que possam contribuir o desenvolvimento
das capacidades infantis de relações interpessoais, de ser e estar com os outros em uma
atitude básica de aceitação, respeito e confiança e o acesso, pelas crianças, aos
conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural.
O Referencial Curricular Nacional para a educação infantil (RCNEI), do documento do
MEC, que fundamenta esse segmento educacional apresenta a tríade que contempla o cuidar,
o educar e o brincar com as crianças de 0 a 5 anos. Nos últimos anos o debate acerca da
Educação Infantil tem apontado à necessidade de que as instituições incorporem de maneira
integrada o cuidar, o educar e o brincar. No entanto, essa nova visão enfrenta muitas barreiras
diante da história do atendimento as crianças pequenas principalmente as crianças pobres, em
cunho meramente assistencialista.
Modificar essa concepção de educação assistencialista significa atentar para a questão
que vão além dos aspectos legais. Embora tenhamos uma ampla legislação na área da
educação infantil, ela na assegura a qualidade no atendimento a estas crianças. Precisamos,
enquanto educadores, entender que quando brincamos, cuidamos, quando cuidamos,
educamos, e quando educamos, brincamos. E é perspectiva que temos que encaminhar as
crianças nessa etapa da vida educacional, pois perceber a indissociabilidade das ações do
brincar, cuidar e educar significa que a criança é compreendida como cidadã em processo de
desenvolvimento, ou seja, se houver a sentença: Brincar + Educar + Cuidar = o resultado será
o desenvolvimento infantil coerente e efetivo.
Estas ações são importantes para a formação social, intelectual, psicológica da criança,
mais em especial o brincar, reflete mais relevância, pois é inerente do ser humano,
especialmente, quando ainda somos bem pequenos, já que através das brincadeiras, a criança
se diverte infantilmente com flexibilidade, com aprendizagem a cerca da vida, do mundo, do
65
outro. Delors apresenta a nós educadores os quatros pilares da educação. Segundo o autor,
todo o processo educacional é sustentado por: aprender a conhecer; aprender a fazer;
aprender a conviver, aprender a ser. E todos esses pontos são facilmente contemplados
através do brincar, do educar, e do cuidar na Educação Infantil.
Na Educação Infantil o brincar é um instrumento eficaz de aprendizagem experiencial,
visto que permite através do lúdico, vivenciar a aprendizagem como processo social. A
brincadeira é para a criança um espaço de investigação e construção de conhecimentos sobre
si mesma e sobre o mundo. Brincar possibilita a criança exercitar sua imaginação. A
brincadeira é um espaço privilegiado de aprendizagem onde a criança age como se fosse
maior do que é na realidade, ela realiza simbolicamente aquilo que ainda não tem capacidade
de fazer.
Educar, cuidar e brincar são direitos constitucionais da criança, já que em 1988, a
constituição fez referência a este segmento educacional. Garantindo o direito as crianças de
serem atendidas e respeitadas em suas possibilidades.
Articulação entre as ações de cuidar e educar o desenvolvimento humano: A
estruturação dos conteúdos por eixos tem como finalidade principal auxiliar o educador no
planejamento do seu trabalho. Nesse contexto amparados na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (9394/96), que possibilita as instituições escolares a organização do
currículo de diferentes formas e também pelos Parâmetros Nacionais de Educação Infantil,
foram estabelecidos os seguintes eixos:
Identidade e Autonomia Pessoal: No convívio social a criança vai elaborando suas
primeiras noções de identidade, expressando sua identidade e autonomia por meio das
imitações do grupo social em que convive, interage e se identifica. É imprescindível a
intervenção do professor, pois o vínculo entre ele e a criança, contribui para uma visão
de um mundo agradável e acolhedor. É importante que o professor, ao interagir com a
criança tenha conhecimento do desenvolvimento infantil para instigar a conscientização
corporal, bem como, as possibilidades motoras e as sensações a que seu corpo está
sujeito. A construção e a consciência da própria identidade são fatores importantes e
requerem a atenção dos professores, conhecendo as características socioculturais, do
grupo familiar das crianças, buscando romper as crenças e preconceitos particulares.
Outro aspecto importante é a consciência sobre a sexualidade, através da intervenção
do professor desmistificando tabus e preconceitos a partir de um diálogo franco e
fundamentado em conhecimentos consistentes.
Corpo e Movimento: Simultaneamente ao desenvolvimento da identidade e autonomia
pessoal, o trabalho na educação Infantil incorpora o corpo e movimento como um dos
eixos organizadores de sua ação uma vez que o ser humano desde o nascimento entra
66
em contato com o mundo pelo movimento. Assim, o seu corpo é uma das primeiras
formas de linguagem utilizada. Fazem parte deste eixo da Educação Infantil:
a) Consciência corporal que está no centro da transformação do próprio corpo
durante a vida e na realização de cada movimento. “Toda transformação traz em si uma
modificação na forma de perceber ao próprio corpo e aos objetos. Então, ao educador
cabe organizar, pedagogicamente, a experiência corporal do cotidiano da Educação
Infantil”. (Currículo Básico para a Escola Pública Municipal – Região do Oeste do
Paraná).
b) Linguagem cênica, jogos e brincadeiras – é com o ato de brincar ou jogar
que as mudanças mais significativas acontecem no desenvolvimento psíquico da
criança, pois a brincadeira faz parte do cotidiano de uma criança saudável. A criança se
desenvolve a partir do convívio com outras crianças e com o mundo. A imaginação e a
imitação são instrumentos que fazem parte do ato de brincar. Os jogos, a dramatização
e as brincadeiras vão ajudar as crianças a organizar, desorganizar e reconstruir o mundo
à sua volta.
c) Linguagem e expressão musical – é através da promoção de atividades
musicais, de audição ou dança que a criança vai formar uma linguagem que promova a
comunicação consigo mesma, com os outros e com o meio. Por meio de um trabalho
consciente se constrói inúmeras possibilidades de expressão corporal com a finalidade
de trabalhar os diferentes segmentos corporais com a criança na Educação Infantil.
Intercomunicação e Linguagem: O gesto, o desenho, o ouvir, o falar e a escrita são
expressões criadoras que constituem as linguagens fundamentais que são de extrema
relevância nesta fase da vida. A leitura instiga a curiosidade da criança e assume total
importância na voz do educador, pois revela-se na interpretação dos sentidos, sejam nos
gestos, nos discursos orais, escrita, ou na plástica e nos ícones. Assim, fica evidente
que não será possível trabalhá-la desvinculada da ação intencional de ler, interpretar e
confrontar sentidos. A literatura infantil pode ser caracterizada como um bem cultural,
porém esse acesso ainda é restrito a poucas crianças. O trabalho com literatura infantil
traz muitos benefícios, pois constitui numa forma de imaginar e criar, de ver e interpretar
o mundo, por meio da discussão, reflexão, estabelecendo relações entre o mundo real e
o literário. O desenvolvimento do senso critico e estético, bem como a integração da
criança a sua cultura e o conhecimento de outras culturas decorrem de um trabalho
pedagógico intencionalmente planejado.
Conhecimento do Ambiente Físico, Social e Cultural: O presente eixo destaca a
importância das crianças entrarem em contato com os diferentes fenômenos físicos, com
os acontecimentos e as relações socioculturais da realidade em que estão inseridos. Na
educação infantil a descoberta do ambiente pela criança, tem como objetivo o
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entendimento da origem, formação do espaço e da forma de organização para ocupar,
construir e transformar o ambiente em que vivem. Ao abordar esse assunto para as
crianças é interessante citar os ambientes onde elas se desenvolvem e interagem, ou
seja, o ambiente familiar, escolar, rural, urbano, chamando a atenção para os espaços
onde desenvolve suas atividades e para os elementos que esses espaços incluem, os
espaços são: casas, escolas, praças, rua, parque, bairro, entre outros. Já os elementos
são as pessoas, animais, plantas, levando em consideração a relação entre esses
elementos e as condições que cada contexto inclui, como por exemplo, a relação de
cooperação, afeto, participação e as condições de limpeza, ventilação, ruído,
temperatura, entre outros. Assim, fica evidente que o meio onde a criança está inserida
não é estático, mas sim, dinâmico e pode influenciar e ser influenciado pelo homem, pois
é um espaço de relações. Para compreensão dos espaços social e cultural a melhor
opção é tomar como ponto de partida a realidade social da criança e de sua família, seja
através da observação, do relato, das comparações ou das vivencias sensoriais, todos
esses quesitos são imprescindíveis para a compreensão. Cabe ressaltar também que
o desafio é o de transformar as curiosidades infantis e seus questionamentos em
conhecimentos a serem explorados e aprendidos, instigando-os a falar o que sabem
sobre determinada questão, a apresentarem as dúvidas que possuem e em conjunto
encontrar respostas, assim, há a possibilidade de exercitar a expressão e o registro do
conhecimento que foi construído por múltiplas linguagens e formas de representação.
Noções Lógicas-Matemáticas: A construção do conhecimento lógico pode ser
oportunizada através de jogos e brinquedos, assim, quanto mais o educador priorizar
ações e recursos que possibilitem investigar, observar, estabelecer relações, perceber
semelhanças e diferenças, explorar, reconhecer, descrever e envolver-se, maior serão
as oportunidades de desenvolvimento. Neste sentido, o professor poderá ir propondo
dificuldades e desafios que permitam aprofundar o conhecimento de diversas noções
matemáticas. É interessante buscar situações e desafios da realidade vivida pela criança
no seu cotidiano. Antes mesmo da idade escolar, a criança está em contato permanente
com formas, grandezas, números, medidas, contagens e já constrói conceitos. Assim, é
importante que a criança tenha contato com jogos e materiais manipulativos, explorando
as diferenças, semelhanças, forma, cor, tamanho, textura, entre outros, para a formação
de conceitos matemáticos que serão necessários no decorrer de sua vida.
6.14 – SALA DE RECURSOS
A implantação de salas de recursos multifuncional em escolas públicas de educação
básica refere-se à doação, pelo Ministério da Educação, de equipamentos, mobiliários,
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materiais pedagógicos e de acessibilidade destinados a atender as especificidades
educacionais dos alunos. Além de implantar as salas de recursos multifuncionais,
o MEC também adquire kits de atualização das salas existentes com o objetivo de
complementá-las com novos recursos e equipamentos. A sala de recurso multifuncional é
mantida em funcionamento nas escolas, sob orientação da Secretaria Municipal de Educação e
com o apoio da Equipe Multifuncional dessa secretaria. Seu objetivo é apoiar e desenvolver
um Atendimento Educacional Especializado de forma complementar ou suplementar à
escolarização dos estudantes, que passaram por uma avaliação psicoeducacional, atendendo-
os individualmente ou em pequenos grupos, dando apoio complementar aos professores e pais
atuando diretamente com as dificuldades.
7 – INCLUSÃODECRETO 7611
Entendemos que a educação de qualidade, em que se respeite, reconheça e valorize a
diversidade, é um direito de todos e este direito deve ser assegurado pelo Estado, a quem
cabe sua gestão e financiamento. Portanto, a Educação Inclusiva se faz necessária, mas é
preciso que o Estado também atenda plenamente as necessidades apontadas para adequar às
escolas para que todos possam ter acesso à educação sem maiores constrangimentos.
A escola tem papel fundamental na formação deste ser e desta sociedade. Tem por
finalidade a formação do indivíduo para que possa atingir sua cidadania. Sendo assim, a
mesma é um espaço político importante e representa uma instância onde podemos começar a
levantar questões fundamentais a respeito de onde vem o conhecimento, qual sua base
material e quais as várias formas de dominação e consciência que estão ligadas a ele.
Como um lugar que prepara o aluno para participar e lutar pelo desenvolvimento da
democracia e das diferenças sociais, deve garantir o direito à escola para todos, visando o
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o
trabalho. Sendo assim, uma sociedade igualitária, com oportunidades para todos, necessita de
ações concretas e efetivas de caráter público e comunitário, conduzindo ao respeito e a
valorização das diferenças na educação.
A valorização das diferenças motiva a uma sociedade inclusiva aonde a escola vem a
desempenhar relevante papel no processo da inclusão de pessoas com necessidades
especiais. Sendo assim, cabe aos governos estabelecer políticas efetivas e adequadas à
implantação da educação para todos. Neste sentido, a década de 90 foi propícia para o
surgimento dessa expressão, concebida na Conferência Mundial sobre Educação para todos
em Jomtien, na Tailândia, assegurando a democratização da educação, independentemente
das diferenças particulares dos alunos. Este aspecto ressalta também a Declaração de
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Salamanca: “O princípio da inclusão consiste no reconhecimento da necessidade de se
caminhar rumo à ‘escola para todos’ – um lugar que inclua todos os alunos celebre a diferença,
apóie a aprendizagem e responda as necessidades individuais.”
Todos esses movimentos em prol da qualidade na educação foram extremamente
significativos para que se ampliassem os espaços de discussão sobre a necessidade de os
governos contemplarem propostas que reconhecessem a diversidade dos alunos, e os meios e
os modos para garanti-las. Porém, faz-se necessário ainda, que além do governo, educadores,
alunos, pais e comunidade em geral unam esforços na luta pela consolidação do direito a uma
escola de qualidade para todos os que a torna, de fato, uma sociedade inclusiva.
O maior desafio é ter clareza de que o ponto de partida de uma escola que quer ser
participativa e inclusiva, é que ela tem que descobrir quais são as suas incoerências internas, o
conteúdo, as avaliações, a metodologia, para que as pessoas dentro da própria escola, da
comunidade, enfim da sociedade em geral possam levar para frente aquilo que estão
aprendendo.
A Educação Inclusiva se faz necessária, mas é preciso que o Estado atenda plena e
previamente as necessidades apontadas para adequar às escolas para que todos possam ter
acesso à educação sem maiores constrangimentos.
Quanto à Proposta de Política Inclusiva para o Estado do Paraná, entendemos que esta
atende a uma prerrogativa para a democracia: a educação para todos, sem segregação social
sob qualquer pretexto, inclusive o das necessidades especiais. Por outro lado, não é justo nem
ético encaminhar mais alunos com necessidades especiais para as classes comuns em
escolas sem infraestrutura, com falta de funcionários e sem a capacitação necessária para que
o professor/professora lide com esta nova realidade.
Daí que a articulação entre o trabalho docente e as relações sociais e políticas mais
amplas é requisito indispensável para que o projeto de ensino e aprendizagem resulte em
efeitos formativos, pois o trabalho docente, neste caso não se restringe ao que ocorre no
interior da sala de aula. Antes, configura-se como mediação entre a escola e a sociedade,
entre o individual e o social. Para tentar dar conta dessa tarefa, no ano de 2007 o município de
Medianeira, por intermédio da Secretaria Municipal de Educação, realizou estudos com todos
os professores/professoras, elaborando, junto aos municípios do oeste do Paraná, o Currículo
Básico para a Escola pública Municipal, em preparação para a implantação do Ensino
Fundamental de nove anos. Nossa escola, como unidade da rede, participou efetivamente do
processo.
Entendendo que cada ser humano é único e que a escola precisa atender a todos na
sua individualidade, a escola tem como filosofia Educar na Diversidade, buscando atender a
todas as crianças indistintamente dentro dos princípios da educação inclusiva. Uma educação
centrada na mediação entre sujeitos que possibilite e potencialize o desenvolvimento de novas
70
capacidades e competências e o acesso a instrumentos que favoreçam a inserção cultural dos
indivíduos.
7.1 FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR E ADAPTAÇÕES CURRICULARES
Com base na atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394\96 no
artigo 59, o qual preconiza que os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos currículo,
métodos, recursos e organização específicos para atender às suas necessidades.
As Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica Assim,
estabelecem, em seu Artigo 2º, que “os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos,
cabendo às escolas organizarem-se para o atendimento aos educandos com necessidades
educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de
qualidade para todos.” Ainda conforme o texto do Projeto Escola Viva do Ministério da
Educação e Secretaria de Educação Especial as “Adaptações curriculares são definidas como
respostas educativas que devem ser dadas pelo sistema educacional, de forma a favorecer a
todos os alunos e, dentre estes, os que apresentam necessidades educacionais especiais”.
Não se trata de um novo currículo, mas sim um currículo dinâmico, alterável, passível de
ampliação para que possa atender realmente todos os alunos. Não deve ser entendido apenas
como uma mera modificação ou acréscimo de atividades complementares na estrutura
curricular. É importante ressaltar que adaptar o currículo não significa reduzi-lo ou simplificá-lo,
mas sim torná-lo acessível, o que é muito diferente de empobrecê-lo. Exige que as mudanças
na estrutura do currículo e na prática pedagógica estejam em consonância com os princípios e
diretrizes do Projeto Político Pedagógico na perspectiva de um ensino de qualidade para todos
os alunos.
As necessidades educacionais especiais revelam as diferentes estratégias necessárias
para permitir que todos os alunos participem integralmente das oportunidades educacionais,
obtendo resultados favoráveis, dentro de uma programação tão normal quanto possível. Nestas
circunstâncias as adaptações curriculares implicam a planificações pedagógicas e ações
docentes fundamentadas em critérios que definem o que o aluno deve aprender; como e
quando ele deve aprender; quais formas de organização do ensino são mais eficientes para
pessoas com necessidades educacionais especiais e como e quando avaliar esses alunos.
Essas estratégias poderão ser atribuições de instâncias políticas administrativas
superiores por exigirem ações de natureza política, administrativa, financeira, burocrática,
denominadas Adaptações Curriculares de Grande Porte e outras compreendem modificações
menores, de competência específica do professor, sendo necessários pequenos ajustes nas
ações planejadas a serem desenvolvidas no contexto da sala de aula sendo então
denominadas Adaptações curriculares de Pequeno Porte.
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Os alunos com necessidades educacionais especiais precisam, sempre que necessário,
ter um plano individualizado de ensino norteador das ações de ensino do professor e das
atividades escolares do aluno. Esse plano pode ser atualizado continuamente e deve ser
sequencial, independente da série em que o aluno esteja, sendo que o critério de inserção do
aluno na sala de aula regular é a faixa etária do grupo. Adaptações Curriculares de Pequeno
Porte ou de Grande Porte quando necessárias, cabem ao professor e a equipe de ensino que
devem estar preparados para essa constatação para a garantia de que cada aluno tenha as
respostas educacionais que necessita
De acordo com a Cartilha Escola Viva, do Ministério da Educação e Secretaria de
Educação Especial, é importante considerar as seguintes adaptações:
Adaptações de objetivos de ensino: quando são eliminados alguns objetivos básicos,
ou são introduzidos outros objetivos específicos, que podem ser complementares e\ou
alternativos trazendo benefícios a alunos com deficiência para que possam conviver
regularmente em sua vida escolar, com o máximo possível de possibilidades educacionais
disponíveis. Estes objetivos precisam ser significativos para a vida do aluno, para proporcionar
o conhecimento e favorecer o pleno desenvolvimento.
Adaptação de conteúdos: quando são adaptados conteúdos específicos e também a
eliminação de conteúdos básicos do currículo, determinados pelas adaptações dos objetivos.
Isto acontece em função das necessidades especiais dos alunos que precisam ter atendidas as
suas necessidades especiais.
Adaptações do Método de ensino e da organização didática: quando o professor
utiliza estratégias e recursos que melhor respondam às características e as necessidades
educacionais especiais dos alunos. Assim ocorre uma modificação no nível de complexidade
das atividades e nos procedimentos de ensino, introduzindo atividades alternativas às
previstas.
Adaptações de Sistema de Avaliação: são adaptações vinculadas as dos objetivos e
conteúdos do plano de ensino. Evitam a cobrança desnecessária de conteúdos e habilidades e
diminuem a ansiedade do aluno e do professor. Indicam os conteúdos ou processos que ainda
não foram apreendidos ou precisam ser retomados. Neste processo é importante a avaliação
diagnóstica, que oferece melhores subsídios para as adaptações e tomadas de decisões.
Adaptação de temporalidade: consiste em ajustes no tempo de permanência do aluno
em uma determinada turma, ou no encaminhamento de um aluno para a série seguinte, ainda
que não corresponder totalmente o plano de ensino da classe anterior.
8 – DIVERSIDADE SEXUAL
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De acordo com Rosenberg (1985) e Vidal (2003), há uma preocupação histórica por
parte das políticas educacionais e do sistema educacional, em relação à questão do gênero,
sexo, diversidade e orientação sexual. No entanto, a inserção dessas questões no sistema
educacional brasileiro é recente, apenas na segunda metade dos anos de 1980, é que
aconteceram discussões mais abertas no que diz respeito à igualdade e valorização de gênero
e da iniciativa da criação de uma cultura que vise o reconhecimento e o respeito da diversidade
sexual, no interior de espaços sociais como a escola.
Na questão do gênero, no que se refere às mulheres, é possível visualizar avanços mais
expressivos, porém é valido lembrar que os mesmos se deram em consequência de várias
lutas dos movimentos feministas em prol da igualdade de direitos. Porém, há muito no que se
avançar na conquista de direitos das mulheres, homossexuais, entre outros.
O gênero e diversidade sexual são trabalhados sob a ótica da inclusão social com o
objetivo de ofertar a educação para todos com qualidade e equidade, ou seja, onde a escola
atenda cada aluno dentro de sua necessidade, garantindo a inclusão e promovendo a
igualdade de enfrentamento de todo e qualquer tipo de preconceito.
A escola é “[...] um lugar privilegiado para promover a cultura de reconhecimentos da
pluralidade das identidades e dos comportamentos relativos a diferenças [...]” (Brasil, MEC,
2007, p.09), um espaço de construção, no qual a rede possa reunir e se articular para criar
estratégias para trabalhar com questões como noção de corpo, orientação sexual, de gênero,
de sexualidade, de doenças sexualmente transmissíveis, de respeito, entre outras que são
socialmente construídas, buscando prevenir as problemáticas relacionadas a gênero.
9 – HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA
A Deliberação nº04/06 e a lei n° 10.639 de 09 de janeiro de 2003, tratam do ensino
sobre História e Cultura Afro-Brasileira tornando-o obrigatório nos estabelecimentos de ensino.
No 1° ano do Ensino Fundamental de 09 anos, a intenção ao trabalhar com a História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana será, conforme descrito na lei “a conscientização da luta dos
negros no Brasil, a cultura negra brasileira e a importância do negro na formação da sociedade,
resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política”.
Desta forma, pretende-se abordar estes aspectos históricos e principalmente de forma a
conscientizá-los a favor da aceitação e do respeito a todas as raças e culturas. Este trabalho
acontecerá interligado aos conteúdos de História, Geografia, Literatura Infantil e principalmente
nas vivências e experiências de sala de aula.
Em relação à obrigatoriedade do Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena,
nossa Escola também seguirá as normativas reguladoras de caminhos, embora não fechados a
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que historicamente possam a partir das determinações iniciais tomarem novos rumos.
Diretrizes não visam a desencadear ações uniformes; todavia, objetivam oferecer referências e
critérios para que se implantem ações, as avaliem e reformulem no que e quando necessário.
Esta obrigatoriedade está pautada na LEI 11.645/08, sancionada no dia 10 de março de
2008, pelo Presidente da República, Luis Inácio da Silva, a qual Altera a Lei 9.394, de
20/12/96, modificada pela Lei 10.639, de 09/01/2003, que estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da
temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. E conforme preveem os atuais artigos
26-A e 79-B da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, instituídos pela Lei 11.645/08,
bem como as suas Diretrizes Curriculares Nacionais, estabeleceram a obrigatoriedade do
ensino de História e Culturas Africana e Afro-Brasileira no ensino básico. Porém, o
cumprimento dessa obrigatoriedade legal pelos sistemas de ensino e, consequentemente,
pelos educadores não é tarefa trivial, pois se trata de uma proposição que exige a consciência
política e histórica da diversidade. E este princípio deve conduzir:
À igualdade básica de pessoa como sujeito de direitos;
À compreensão de que a sociedade é formada por pessoas que
pertencem a grupos étnico-raciais distintos, que possuem cultura e
história próprias igualmente valiosas e que em conjunto constroem, na
nação brasileira a sua história;
E para que se cumpra o disposto na Lei, há a necessidade de se desencadear algumas
ações educativas de combate ao racismo e às discriminações, as quais encaminham conexões
dos objetivos, estratégias de ensino e atividades com a experiência de vida dos alunos e
professores/professoras, valorizando aprendizagem vinculada às suas relações com pessoas
negras, brancas, mestiças, assim como as vinculadas às relações entre negros, indígenas e
brancas no conjunto da sociedade.
Desta forma, entende-se por educação inclusiva, não apenas aquela que inclui o aluno
com necessidades educativas especiais, mas sim toda a criança na sua diversidade. Neste
sentido, o que se busca é uma educação de qualidade que atenda as necessidades de toda a
comunidade.
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10 – MARCO OPERACIONAL
Todo esforços da escola Angelo Darolt existem no sentido de atender as crianças da
comunidade de forma a oferecer condições para que as mesmas se apropriem dos conteúdos
de ensino e das aprendizagens básicas no tempo em que forem alunos desta escola. Para
tanto a escola procura enfrentar os inúmeros desafios da mudanças e da transformações, tanto
na forma como a escola organiza seu processo de trabalho pedagógico, como na gestão que é
exercida pelos interessados, o que implica no repensar constante das suas ações que devem
estar sempre centradas nas crianças.
10.1 – AÇÕES DA ESCOLA
O envolvimento de todos os atores do processo educativo é de fundamental importância
para que este transcorra de forma eficiente.
O diretor escolar, antes de ser um administrador deve ser um educador. Ele é o principal
articulador da coletividade. Isto exige do diretor a capacidade de ouvir, alinhavar idéias,
questionar, inferir, traduzir posições e sintetizar uma política de ação, com o propósito de
coordenar efetivamente o processo educativo. O diretor, no exercício de sua responsabilidade
diferenciada, deve poder resolver o conflito entre as exigências burocráticas - administrativas
colocadas pelas instâncias superiores do sistema escolar, e o conteúdo educativo que urge ser
desenvolvido no interior da escola, conciliando a competência técnica com clareza política. A
efetivação da administração escolar colegiada se caracteriza, como prática transformadora,
estruturante e estruturadora no âmbito da comunidade escolar sob a liderança do diretor -
educador com uma prática voltada para a liberdade e responsabilidade.
Para auxiliar o diretor e para que todo o trabalho escolar tenha maior êxito nas escolas
contamos com o coordenador pedagógico que tem papel importante na organização do
trabalho pedagógico escolar. Este trabalho deve ser regido pela reflexão e ação, teoria e
prática.
O professor por sua vez, tem por tarefa, dentro deste conjunto, compreendendo que seu
trabalho se estende ao compromisso com a totalidade do processo escolar, não se restringindo
a sala de aula.
Os docentes sempre dispõem de um plano de aula pronto quando os alunos entram em
sala de aula, evitam a ocorrência de interrupções e buscam aproveitar o tempo de ensino e
aprendizagem. Seus planejamentos contêm as informações necessárias sobre os conteúdos
trabalhados e os critérios de avaliação. Procuram expor os objetivos de aprendizagem numa
linguagem adequada e buscam estimular a curiosidade e o interesse dos estudantes.
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Os professores/professoras propõem atividades fora da escola como passeios visitas
pedagógicas, utilizar os espaços internos e externos para realizar atividades cotidianas como
ler, desenhar, contar histórias, brincar e jogar. Utilizam e sentem-se a vontade como os
materiais existentes disponíveis para aprendizagem integrando-os ás atividades de sala de
aula.
A equipe escolar trabalha em conjunto para tratar das questões de interesse da escola,
avalia o desempenho de seu pessoal e o da escola como um todo conseguindo trabalhar de
forma cooperativa e harmoniosa apesar da diversidade de desafios existentes.
Os docentes na maioria das vezes demonstram entusiasmo no desempenho de suas
funções e mostram-se abertos a inovações e processos de mudança pois o ambiente é
peculiar com poucos profissionais que conseguem conhecer todas as especificidades da
escola e o andamento das turmas nos anos anteriores, assumindo turmas ou funções
diferentes no turno matutino e vespertino em virtude de a escola comportar apenas uma turma
de cada desde o pré até o 5º ano. Participam de cursos de atualização, demonstrando
empenho no seu desenvolvimento profissional.
A equipe de docentes que trabalha na escola na maioria das vezes sente-se valorizada
e respeitada por pais e estudantes. Demonstra experiência no manejo de turmas e no
acompanhamento do trabalho individual e de grupos, demonstra ter domínio dos conteúdos,
considera seu trabalho significativo e sente-se capaz de ensinar bem, estando sempre aberta a
orientações e mudanças de postura quando necessário.O educando, por sua vez é o eixo
central da escola. É para ele que está voltado todo o processo ensino-aprendizagem e todos
precisam contribuir para que o trabalho escolar valorize a construção do seu conhecimento.
Durante os diferentes momentos pelos quais a escola tem passado, destaca-se a
dificuldade que enfrentou quanto à depredação do seu patrimônio, não por parte dos
alunos/alunas de dentro do espaço escolar, mas por ação de vândalos que passaram a
frequentar os arredores para fazer uso do rio e da mata nas proximidades ou mesmo do
parquinho em horários fora de expediente. O espaço interessante que a escola possui desperta
interesse inclusive da população de localidades próximas, que não são alunos. Por ser
afastada, sujeita a depredação nos períodos de fins de semana, feriados ou finais de tarde, a
escola, que não tem sua área externa totalmente protegida, fica vulnerável a utilização não
supervisionada por responsáveis ou seguranças. A gestão da escola enfrentou situações de
invasão, depredação e assaltos precisando organizar medidas junto ao poder público para
aumentar a segurança do prédio escolar, bem como a conscientização da comunidade no
sentido de ajudar a proteger o patrimônio público.
Com relação à estrutura física a escola apresenta varias dificuldades como a
inexistência de refeitório, quadra coberta, espaço adequado para reuniões ou receber os pais,
para a realização das atividades físicas. Atualmente as aulas de Educação Física são
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ministradas em um terreno gramado anexo ao pátio escolar e em dias úmidos no saguão da
escola prejudicando o andamento das demais atividades. Até mesmo o monitoramento do
recreio que precisa ser dirigido para diminuir conflitos e acidentes é prejudicado em dias de
chuva pela falta de espaço adequado. Ainda não possui algumas adequações como corrimões
até o parquinho.
A ausência de uma biblioteca impede um trabalho de mais qualidade em relação ao
incentivo à leitura a toda a comunidade escolar, limitando o acesso aos projetos de leitura
existentes na escola.
Um aspecto muito interessante tem sido ao longo dos anos o processo de
amadurecimento em relação à inclusão na escola Angelo Darolt sempre foi beneficiado pelo
número reduzido de alunos. Desde o ingresso de alunos/alunas surdos, cegos e com outras
deficiências tem se observado o papel da socialização que acontece entre alunos/alunas com
deficiências e necessidades educativas especiais e demais alunos, professores/professoras,
funcionários, pais e comunidade em geral. Isso tem sido uma marca bastante positiva,
essencial para o sucesso da escola e o crescimento dos professores/professoras. O ensino
procura sempre estar voltado à aprendizagem de todos sem exceção, as aulas são preparadas
de maneira a atingir a aprendizagem de todos, considerando as adaptações curriculares
necessárias. Atividades que contemplem muito todas as formas de percepção, os aspectos
lúdicos, concretos, o trabalho cooperativo e o respeito à individualidade e a diversidade. Nesse
sentido podemos dizer que a educação inclusiva proporcionou um grande avanço na qualidade
de ensino de toda a escola.
É possível perceber o envolvimento de todos diante de um aluno/aluna com alguma
necessidade. Os professores/professoras fazem os diagnósticos e juntamente com direção e
coordenação pedagógica fazem os encaminhamentos necessários. Com isso é possível
perceber ao longo do ano letivo a evolução na aprendizagem dos alunos, inclusive evitando-se
possíveis reprovações. Da mesma forma ocorre o compromisso com os resultados e decisões
soberanas emanadas pelo Conselho de Classe, que considera a possibilidade de um aluno
com determinadas dificuldades evoluir e superar as dificuldades ao longo do ano letivo
seguinte com acompanhamento e empenho de todos. Isso tem mostrado o avanço de
alunos/alunas que tiveram com sucesso condições e tempos respeitados sem necessariamente
sofrer uma reprovação.
Os professores/professoras efetivos atuando na escola, quase na sua totalidade
possuem formação em ensino superior e uma ou mais especializações. Os que ainda cursam a
graduação geralmente são professores/professoras que ingressaram recentemente e ainda
estão em estágio probatório. Mostram um interesse em participar dos cursos de formação
continuada oferecidos pela Secretaria Municipal de Educação e outros, como cursos de
extensão, especializações e formação à distância.
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No início do ano letivo de 2007, a Secretaria Municipal de Educação, juntamente com os
coordenadores escolares, fixou uma meta de 95% de aprovação para os alunos da rede, para
o final do ano letivo corrente.
Apesar de inúmeras dificuldades que a escola enfrenta ao longo de seu percurso de
trabalho, tem evidenciado um resultado positivo em relação aos seus dados. Nos últimos 8
anos analisados o índice de abandono escolar permanece 0%, considerado nulo, não tendo
registro de alunos evadidos há vários anos e os índices de aprovação permanecem próximos
de 100%.
Gráfico 2 - Dados de aprovação nos últimos 8 anos.
Fonte: Levantamento estatístico - Tabela C – 2007 a 2015 – Escola Angelo Darolt
O trabalho na escola para evitar o número de alunos retidos no Ensino Fundamental é
bastante intensificado e justifica-se ao considerar-se que o índice de aprovação tem sido
positivo conforme mostra o gráfico acima, estando próximo de 100%. Ocorre que quando um
único aluno precisa ser retido o índice abaixa consideravelmente. Também, ao se analisar o
perfil das duas reprovações ocorridas em 2013 e 2015, é possível perceber que foram
reprovações difíceis de serem evitadas devido ao ingresso destes com grandes defasagens ao
final do último bimestre letivo, não sendo possível um trabalho de recuperação e estudos ou
realização de encaminhamentos necessários em tempo hábil.
A escola alcançou o índice do IDEB com média de 6,4 no ano de 2010. Nos anos
anteriores e posteriores, as turmas de 4ª série e atual 5º ano não tem sido testadas pela Prova
Brasil por não ter atingido o número mínimo de alunos para a realização do teste.
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
78
10.2 – ARTICULAÇÃO ESCOLA E FAMÍLIA
Desde o primeiro dia letivo as famílias enquanto pais, mães ou responsáveis legais pelo
aluno, têm, além de suas atribuições legais, o dever de participar ou comparecer às reuniões e
demais convocações do setor pedagógico e administrativo da escola, sempre que se fizer
necessário ou forem convocados. Estas reuniões têm o objetivo de manter relações
cooperativas com a família e escola no âmbito escolar, de acompanhamento do
desenvolvimento escolar do aluno pelo qual a família é responsável e de que pais, mães ou
responsáveis legais possam assumir junto à escola ações de corresponsabilidade que
assegurem a formação educativa do aluno.
As reuniões acontecem conforme as convocações do setor pedagógico e administrativo
da escola durante o ano da seguinte forma:
Assembleias gerais ordinárias e extraordinárias;
Reuniões bimestrais para entrega de boletins;
Reuniões de pais, mães ou responsáveis de alunos de uma determinada turma;
Reuniões pais, mães ou responsáveis de um determinado aluno;
Reuniões de convocação do Conselho Escolar;
Reuniões de convocação da APMF;
Nestas reuniões são realizadas orientações e informações a respeito do trabalho
realizado com a educação das crianças existente dentro do papel de cada um, com da escola,
da família e mesmo da criança.
De acordo com o papel da escolta são definidos assuntos como:
Currículo
Aprendizagem e conhecimento
Desenvolvimento motor
Socialização e relacionamento afetivo
Disciplina
Potencial e criatividade
Como são os processos de avaliação
Como é o trabalho com as dificuldades de aprendizagem e as necessidades
educativas especiais
Quem auxilia nas medidas e encaminhamentos adotados
Normas, direitos, deveres, atribuições e proibições conforme o Regimento Escolar
Avaliação do PPP
Ações que a escola realiza
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A escola mantém, portanto, a comunicação permanente com a comunidade que na
maioria das vezes entra em contato com a escola por iniciativa própria. Este é um trabalho de
informação sobre os resultados e o desempenho da escola, sobre os seus objetivos e projetos,
sobre os resultados das avaliações de seus filhos. Na maioria das vezes esta comunidade
mostra-se satisfeita em relação ao trabalho realizado e aos resultados da escola e dos alunos.
A escola incentiva os pais a acompanharem o progresso e os deveres dos seus filhos e
o resultado é a participação quando convidados ou convocados. Desta forma a comunidade
contribui voluntariamente e quando é mobilizada para participar de eventos e atividades.
10.3 – ARTICULAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL
A transição da educação infantil para o ensino fundamental de nove anos, deve levar em
conta as experiências vivenciadas pelas crianças na educação infantil.
A educação infantil favorece interações mais diversificada, com maior espaço tanto para
a questão lúdica quanto para o diálogo. Já no ensino fundamental, a estrutura organizacional
privilegia prática mais individual, ficando sob responsabilidade da escola se adequar da melhor
maneira para atender aos alunos de seis anos que passam para o primeiro ano do ensino
fundamental.
10.4 – ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
A Educação Básica, tem a finalidade de proporcionar o desenvolvimento do aluno, e
assegurar a formação indispensável para o exercício da cidadania, fornecendo meios para
progredir no trabalho e em estudos posteriores, assegura em todas os níveis de ensino os
seguintes objetivos em comum. A organização curricular dos cursos atenderá obrigatoriamente
em cada nível de ensino:
Educação Infantil na modalidade de pré-escolar, com os eixos:
- Identidade e Autonomia;
- Corpo e Movimento;
- Intercomunicação e Linguagens;
- Conhecimento Físico, Social e Cultural e;
- Noções Lógico-Matemáticas.
Ensino Fundamental anos iniciais, com as disciplinas:
Base Nacional Comum:
- Arte;
- Ciências;
- Educação Física;
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- Ensino Religioso;
- Geografia;
- História;
- Língua Portuguesa; e
- Matemática.
Parte Diversificada:
- Literatura Infantil; e
- Informática Educativa.
Quanto aos critérios de organização interna da escola, cabe ressaltar que trabalhamos
com o regime de seriação, no qual o aluno é aprovado para o ano seguinte mediante a
consumação dos objetivos estabelecidos na série em questão.
E neste sentido, ao se propor um novo encaminhamento teórico-metodológico, para a
aquisição da linguagem escrita, fez-se necessária a reorganização de alguns conteúdos
curriculares. Sendo que a rede municipal teve vários momentos para fazer esta reorganização,
com o objetivo de fazer uma reflexão da práxis pedagógica. Assim após a reflexão, a equipe da
SMED juntamente com coordenadores, diretores e professores/professoras fizeram a
reorganização, suprimindo conteúdos que não estavam compatíveis e/ou acrescentando
conteúdos que se faziam necessários. Com isso, houve também a necessidade de readequar
encaminhamentos metodológicos e critérios avaliativos.
10.5 – RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS E RECUPERAÇÃO PARALELA
A recuperação de estudos se constitui num mecanismo que proporciona a oportunidade
ao aluno para que ele aprenda conhecimentos que não conseguiu assimilar durante o ano
letivo, visando a superação de dificuldades e defasagens específicas. É um direito daqueles
que não conseguiram aprender com os métodos adotados até então pela escola em um
determinado tempo. Ela acontece assim que o professor identifica as necessidades dos alunos
com menor rendimento e estabelece as estratégias para recuperá-las.
A recuperação de estudos deve ser realizada pela escola revendo metodologias,
estratégias e recursos utilizados, proporcionando ao aluno outra maneira de vivenciar e
aprender o conteúdo em sala de aula, para depois ser novamente avaliado. É a realização de
um plano de estudos que deverá ocorrer de forma contínua ao longo do ano e que pode se
intensificar ao final do ano letivo ou de cada bimestre. Constitui-se num conjunto de estratégias
elaboradas pelo professor com o objetivo de recuperar conteúdos essenciais que não foram
assimilados pelo estudante tendo como foco a aprendizagem e não apenas a recuperação de
notas.
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As estratégias para recuperação consistem num trabalho mais direcionado com um
planejamento que atenda o aluno individualmente, com encaminhamentos de forma continua
inserido no trabalho do dia a dia em sala de aula, com intervenções pontuais e imediatas. É
uma forma de ensinar diferente daquela anteriormente utilizada. Podem ser aulas de revisão,
aulas adicionais, atividades e pesquisas, exercícios e trabalhos extras, exercícios que retomam
conteúdos importantes, motivação à participação durante as atividades, envolvimento dos
familiares, ensino de técnicas facilitadoras da aprendizagem como anotações e leituras,
organização do tempo e do espaço em sala de aula, bem como atividades e tarefas
suplementares.
A partir do momento em que o aluno apresentar maior dificuldade em sala de aula, não
atingir os objetivos mesmo com a exploração de vários recursos e possibilidades pelo
professor/professora regente, é feito o encaminhado para a Sala de Recuperação Paralela,
reunião com os pais para orientações possíveis, encaminhamento para acompanhamento do
serviço social ou atendimento especializado.
A Recuperação Paralela atende a fase da alfabetização dos alunos de 1º ao 3º anos e
demais turmas através de atendimento individual aos alunos que demonstrem rendimento
insuficiente, oferecendo aos mesmos, condições para acompanhar os conteúdos.
Individualmente realiza um trabalho para intensificar as áreas da aprendizagem que se
encontram defasadas ou dificuldades específicas apresentadas em relação aos conteúdos do
currículo, especialmente na área língua portuguesa, matemática e áreas do desenvolvimento
psicomotor e cognitivo, com atividades planejadas de acordo com a dificuldade de cada um.
O ingresso do aluno na Recuperação Paralela é realizado por encaminhado pelos
professores/professoras regentes por meio de registro em ficha específica das dificuldades
pontuais em relação aos conteúdos trabalhados em sala de aula, apresentadas pelo aluno. Os
professores/professoras de Recuperação Paralela prepara suas aulas, juntamente com os
professores/professoras regentes e a coordenadora pedagógica, de acordo com as
necessidades de cada aluno. Quando a dificuldade é sanada, os professores/professoras de
Recuperação Paralela preenchem a ficha de egresso daquele aluno. A criança retorna à
Recuperação Paralela sempre que necessário.
A Recuperação Paralela acontece em contra período às aulas regulares ao longo do ano
letivo ou enquanto perdurar a necessidade do aluno. Quando o aluno não comparecer às aulas
de Recuperação Paralela por opção ou determinação da família, o pai, mãe ou responsável
legal, deve apresentar um plano alternativo para atender suas dificuldades.
O acompanhamento permanente das médias de aprovação e dados de desempenho da
aprendizagem e evasão escolar ocorre com coleta de dados e informações, realização de
reuniões com a equipe escolar e família, orientação e apoio da SMED. Além de encaminhar
para Recuperação Paralela, proporciona o encaminhamento de casos que necessitam de
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atendimentos específicos, orientação e treinamento aos professores/professoras, realização de
avaliação constante do processo de modo a obter gradativamente resultados sempre mais
positivos, articulados pela direção e coordenação pedagógica da escola.
10.6 – ADAPTAÇÕES CURRICULARES
As adaptações curriculares de Grande Porte compreendem adaptações de acesso ao
currículo, ambiente físico, recursos, materiais, mobiliários e capacitação de profissionais que
envolvem ações do poder público.
As adaptações curriculares de Pequeno Porte são feitas de acordo com as
necessidades de respostas educativas de cada criança e como o Projeto Político Pedagógico
deve contemplar a realidade da escola, citamos as adaptações específicas para os alunos com
necessidades educativas especiais dos alunos da escola, no caso, alunos com deficiência
visual, deficiência física com deficiência intelectual.
A implementação das adaptações curriculares de Pequeno Porte é de responsabilidade
exclusiva do professor e acontece em várias áreas e momentos de sua atuação. São
adaptações que tem início no seu Plano de Ensino após a avaliação diagnóstica e constatação
da diversidade de seu grupo, vindo a favorecer a todos. De acordo com a Cartilha Escola Viva,
do Ministério da Educação e Secretaria de Educação Especial, podemos citar:
Criar condições físicas, ambientais e materiais para a participação do aluno com
necessidades especiais na sala de aula;
Favorecer os melhores níveis de comunicação e de interação do aluno com as
pessoas com os quais convive na comunidade escolar;
Favorecer a participação do aluno nas atividades escolares;
Atuar na aquisição dos equipamentos e recursos materiais específicos
necessários;
Adaptar materiais de uso comum em sala de aula;
Adotar sistemas alternativos de comunicação, para os alunos impedidos de
comunicação oral, tanto no processo de ensino e aprendizagem como no
processo de avaliação; favorecer a eliminação de sentimentos de inferioridade, de
menos valia, ou de fracasso.
Quanto as adaptações específicas para os alunos com deficiência visual:
Posicionar o aluno de forma a favorecer sua possibilidade de ouvir o professor;
Dispor o mobiliário da sala de forma a facilitar a locomoção e o deslocamento do
aluno, e evitar acidentes, quando este precisar materiais ou informações do
professor;
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Dar explicações verbais sobre todo o material abordado em sala de aula de
maneira visual; ler, por exemplo, o conteúdo que escreve na lousa;
Oferecer suporte físico, verbal e instrucional para a locomoção do aluno no que
se refere à orientação espacial e mobilidade;
Utilizar os recursos e materiais adaptados disponíveis: pranchas, presilhas para
evitar o deslizamento do papel na carteira, lupa, material didático de tipo
ampliado, livro falado, equipamento de informática, materiais desportivo como
bola de guizo, etc.
Alunos com deficiência intelectual requerem as adaptações:
Posicionar o aluno de forma que possa obter a atenção do professor;
Estimular o desenvolvimento de habilidades interpessoal;
Encorajar a ocorrência de interações e o estabelecimento de relações com o
ambiente físico e de relações sociais estáveis;
Estimular o desenvolvimento de habilidades de autocuidado;
Estimular a atenção do aluno para as atividades escolares;
Estimular a construção de crescente autonomia do aluno, ensinando-o a pedir as
informações de que necessita, a solicitar ajuda, enfim, a se comunicar com as
demais pessoas de forma que estas sejam informadas de sua necessidade e do
que esteja necessitando;
Oferecer um ambiente emocionalmente acolhedor para todos os alunos.
No caso dos alunos com deficiência física, as adaptações para o acesso ao currículo
são ajustes no ambiente físico:
Posicionar o aluno de forma a facilitar-lhe o deslocamento na sala de aula,
especialmente no caso dos que utilizam cadeiras de rodas, bengalas, andadores,
etc.;
Utilizar recursos ou equipamentos que favoreçam a realização das atividades
propostas em sala de aula: pranchas para escrita, presilhas para fixar o papel na
carteira, suporte para lápis(favorecendo a preensão), presilha de braço, cobertura
de teclado, etc.
Utilizar os recursos ou equipamentos disponíveis que favoreçam a comunicação
dos que estiverem impedidos de falar: sistemas de símbolos (livro de signos,
desenhos, elementos pictográficos, ideográficos e/ou outros, arbitrários criados
pelo próprio professor juntamente com o aluno, ou criado no ambiente familiar,
etc.), auxílios físicos ou técnicos (tabuleiros de comunicação, sinalizadores
mecânicos, tecnologia de informática);
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Utilizar textos escritos complementados por material em outras linguagens e
sistemas de comunicação (desenhos, fala, etc.).
10.7 – ENCAMINHAMENTOS DE ALUNOS
Como a escola apresenta rotatividade de alunos/alunas, que ingressam e são
transferidos, constantemente, estes recebem atenção e atendimento individualizado desde o
momento em que ingressam. Inicialmente é realizado um processo de diagnose onde são
identificadas as suas potencialidades e necessidades. São observadas suas avaliações e
registros anteriores e realizados encaminhamentos necessários para cada caso como para
Recuperação Paralela ou de Sala de Recursos, avaliações psicológicas ou fonoaudiológicas,
acompanhamento do Serviço Social, orientações para a família e avaliação da Equipe
Multidisciplinar. Quando são transferidos a escola envia quando necessário o relatório da
situação de aprendizagem e os encaminhamentos realizados junto com a documentação do
aluno/aluna. Nos casos de alunos que ingressam no final do ano letivo o Conselho de Classe é
que define os encaminhamentos necessários para o ano letivo seguinte, inclusive para o caso
de aprovação ou retenção destes alunos/alunas.
Diante do desafio que está estabelecido para a escola em relação as situações de
violência e negligência em relação às crianças e adolescentes alunos/alunas da escola, os
professores/professoras, funcionários, coordenação pedagógica e direção da escola tem
trabalhado no sentido de melhorar o conhecimento, as informações e o trabalho em rede com a
equipe multidisciplinar da Secretaria de Educação, a Saúde, o Serviço Social e o Conselho
Tutelar no sentido sempre de garantir os direitos destas crianças e adolescentes conforme
preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, bem como o Cumprimento do
Regimento Escolar.
10.8 – ATIVIDADES EM CONTRA TURNO
As atividades de contra turno, são importantes para auxiliar no desenvolvimento das
crianças. Esta é uma fragilidade não só da instituição, por não ter espaço adequado para
realização destas atividades, mas de todo o município que não atinge todos os aunos com
programas sociais que ocupem as crianças em horários enquanto não estudam. Este problema
traz a preocupação de as crianças estarem expostas a situações de violência e contato com
drogas e ao risco de acidentes no uso dos rios da proximidade para o lazer, evidenciando a
necessidade de toda a sociedade de uma escola em período integral para nossas crianças,
jovens e adolescentes.
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O envolvimento dos alunos em atividades em contra turno ainda não é possível no
espaço escolar, mas algumas medidas são tomadas como incentivar os pais que podem levar
as crianças em atividades de música, dança, esportes e outros cursos em entidades
particulares (instrumentos musicais, dança, inglês, informática, judô, natação...), incentivar a
participação nas oficinas da Secretaria de Cultura do município (balé, capoeira, violão, flauta,
teatro...), nas atividades esportivas da Secretaria de Esportes (escolinhas de futebol,
ginástica...), encaminhar junto com o serviço social as crianças que estão em situação de
vulnerabilidade social para serem atendidas no Centro de Atendimento à Criança e o
Adolscente – CEACA, sugerir atividades no SEMEAR para crianças que moram no Bairro Belo
Horizonte, incentivar o programa de atividades em contra turno do SESC em parceria com o
município para crianças de 4º e 5º anos da rede municipal de ensino. Enquanto as atividades
de contra turno na escola não são possíveis, há um incentivo para o enriquecimento das aulas
realizadas em horário de aula incentivando atividades e projetos.
10.9 – ESPAÇO FÍSICO E SEGURANÇA
Como o espaço para a realização das aulas de Educação Física e de recreação ainda
está inadequado, as atividades são realizadas pensando em garantir um espaço de lazer e
aprendizado saudável e com qualidade nas áreas livres como o gramado utilizando o saguão
da escola e o parquinho infantil que é amplo e espaçoso. Porém a escola continua informando
através do PDDE Interativo buscando apoio com projetos junto à Secretaria Municipal de
Educação as possibilidades para a realização do projeto de construção de uma mini quadra
coberta para o espaço existente.
A dificuldade em relação á estrutura física é acompanhada de perto pelo Conselho
Escolar atuando juntamente com a Secretaria de Educação para viabilizar os projetos de
adequação e construção da quadra coberta bem como de outros espaços como biblioteca,
refeitório e readequação da rede elétrica do laboratório de informática ou ambiente tecnológico.
Enquanto a quadra e o refeitório não existem, as aulas de educação-física em dias chuvosos
são adequadas ao espaço da sala de aula e do saguão não deixando de considerar os
conteúdos da disciplina e da Psicomotricidade, o recreio da mesma forma é reorganizado
dispondo brinquedos, filmes e outros materiais para as crianças e a alimentação é realizada na
própria sala de aula com acompanhamento do professor/professora.
Quanto à inexistência de uma biblioteca a escola procura manter o trabalho de incentivo
a leitura com projetos e atividades organizadas pelos professores/professoras e toda a equipe
da escola. São organizados regulamentos e cronogramas para a escolhas de livros ou
periódicos para levar para casa, cantinhos de leitura em sala de aula com livros de literatura,
periódicos e dicionários oriundos de programas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
86
Educação (FNDE) como o Programa nacional Biblioteca da Escola (PNBE) e o Programa
Nacional do Livro Didático (PNLD). O ambiente do saguão também dispõe de títulos mais
acessíveis e coloridos para leituras rápidas e leitura deleite enquanto as crianças brincam no
intervalo, início ou final da aula.
Os reparos e a segurança do prédio escolar é sempre uma preocupação para os
gestores e a comunidade escolar. Com o intuito de garantir a manutenção e a preservação do
espaço escolar como patrimônio público, oferecendo instalações adequadas e local digno e
agradável para a aprendizagem, a escola realiza atividades de conscientização permanente
para proteção e preservação do espaço físico, atividades de manutenção e pequenos reparos
realizados pela APMF, a mantenedora, comunidade escolar e demais autoridades, para coibir o
acesso e permanência de vândalos e pessoas estranhas à comunidade escolar no pátio da
escola em períodos de finais de semana, férias e recessos.
As dificuldades em relação ás depredações do patrimônio e assaltos no prédio da escola
foram analisadas com a gestão da escola e o poder público que tomaram medidas para
aumentar a segurança como aumentar o monitoramento e vigilância, bem como construção de
muro no parque infantil. Junto aos alunos/alunas é realizado um trabalho de conscientização
permanente da preservação do espaço escolar com atenção à higiene do ambiente e a
organização de brinquedos e livros no saguão, que ficam disponíveis para todas as crianças
usarem, o que acontece de forma natural, sem que sejam subtraídos ou destruídos.
10.10 – CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar, de
natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização do trabalho
pedagógico e administrativo da instituição escolar em conformidade com as políticas e
diretrizes educacionais da Secretaria Municipal de Educação observando a Constituição
Federal e Estadual, Lei Orgânica do Município, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, Estatuto da Criança e Adolescente, o Projeto Político-Pedagógico e o Regimento
Escolar, para o cumprimento da função social e específica da escola.
Sua tarefa mais importante é acompanhar o desenvolvimento da prática educativa e,
nela, o processo ensino-aprendizagem, possibilitando a garantia de: espaço para todos os segmentos da comunidade escolar e local expressarem
suas ideias e necessidades, contribuindo para as discussões dos problemas e a
busca de soluções;
decisões efetivamente coletivas;
transparência das decisões tomadas e;
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capacidade de fiscalização e controle da sociedade civil sobre a execução da
política educacional.
O Conselho Escolar promove o vínculo entre todos os estes mecanismos que fortalecem
a gestão democrática, uma vez que é uma organização de articulação entre a escola e a
sociedade. Ele tem uma importância muito grande na garantia da qualidade do trabalho
pedagógico e da educação, por ser a gestão da escola um ato político exigindo tomada de
decisões e trabalho coletivo com a participação dos dirigentes e dos demais envolvidos no
processo.
10.11 – ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS (APMF)
Enquanto o Conselho Escolar representa uma forma de organização da comunidade
escolar para exercer o poder de decisão na gestão política e pedagógica conforme a legislação
em vigor, a Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) possui característica de
uma instituição com personalidade jurídica, responsável pela execução e prestação de contas
dos recursos utilizados. Colabora conjuntamente com o Conselho Escolar promovendo ações
que visam a participação e a mobilização da comunidade escolar em favor da qualidade da
educação.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF), também atua promovendo a
aproximação dos educandos, pais e educadores para seu próprio aperfeiçoamento a fim de
mais eficientemente trabalharem para a melhor formação do educando. É um órgão
cooperador da escola, visando o bem estar coletivo, exigindo um ensino democrático e de
ótimo nível. Propõe a integração família – escola e comunidade, representando o interesse dos
mesmos junto a comunidade escolar, contribuindo para as adequações necessárias dos planos
curriculares.
10.12 PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA – PDDE
PDDE: o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem por finalidade prestar
assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das
redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial
mantidas por entidades sem fins lucrativos, registradas no Conselho Nacional de Assistência
Social (CNAS) como beneficentes de assistência social, ou outras similares de atendimento
direto e gratuito ao público.
O programa engloba várias ações e objetiva a melhora da infraestrutura física e pedagógica
das escolas e o reforço da autogestão escolar nos planos financeiro, administrativo e didático,
contribuindo para elevar os índices de desempenho da educação básica.
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Os recursos são transferidos independentemente da celebração de convênio ou instrumento
congênere, de acordo com o número de alunos extraído do Censo Escolar do ano anterior ao
do repasse.
10.13 – CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em
assuntos didáticos – pedagógicos, com atuação restrita a cada turma do estabelecimento de
ensino, tendo por objetivo avaliar o processo ensino – aprendizagem na relação
professor/professora – aluno e os procedimentos adequados a cada caso. Tem por finalidade,
estudar e interpretar os dados da aprendizagem em sua relação com o trabalho do
professor/professora, na direção do processo ensino – aprendizagem, proposto pela proposta
pedagógica analisando os resultados da aprendizagem e buscar alternativas para redirecionar
o trabalho pedagógico.
O Conselho de Classe é constituído pelo diretor, pelo coordenador e por todos os
professores/professoras da escola e reúne - se ordinariamente em cada bimestre, em datas
previstas no Calendário Escolar.
Dentre as instâncias colegiadas dentro da escola, o Conselho de Classe destaca-se por
dinamizar a gestão pedagógica como um dos poucos momentos que permitem a discussão
pedagógica do ensino e da aprendizagem de forma situada e integrada. Como princípios
básicos são considerados:
A auto avaliação da equipe pedagógica, que ao fazer uma analise de sua
atuação, reorganiza o trabalho pedagógico no sentido da superação de
dificuldades;
A analise diagnostica das turmas que não pode ser superficial, mas levar em
conta os fatores que contribuem positiva ou negativamente para a aprendizagem,
como a metodologia e os instrumentos de avaliação;
Definição e registro do que for determinado para atender as necessidades de
mudança ou direcionamento apontadas nos diagnósticos;
Estabelecimento de propostas de ação assumidas coletivamente como uma ação
conjunta;
O Conselho de Classe tem como finalidade:
Estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação do trabalho
do professor e do processo ensino-aprendizagem ;
Analisar o processo ensino-aprendizagem de acordo com a organização do
currículo;
Propor encaminhamentos para a melhoria do processo ensino-aprendizagem;
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Analisar o rendimento escolar das turmas com base nos fatores pedagógicos;
Analisar, discutir e buscar encaminhamentos com todos os profissionais da escola
para solucionar os problemas existentes;
Subsidiar teoricamente os profissionais que atuam na escola com visas a
melhoria da qualidade do processo ensino-aprendizagem ;
O Conselho de Classe se estrutura a partir de três dimensões que são Pré – Conselho,
Conselho de Classe e Pós Conselho. O Pré – Conselho é um momento especifico com ações
direcionadas, que antecede a reunião do Conselho de Classe, com levantamento de dados que
permitem o redirecionamento do processo de ensino. O Pós – Conselho traduz-se nos
encaminhamentos e ações previstas com retomada do plano de trabalho docente,
encaminhamentos metodológicos, instrumentos e critérios de avaliação, bem como a devolutiva
a pais e alunos sobre aproveitamento, encaminhamentos e ações necessárias.
10.14 – DEVOLUTIVA AOS PAIS
As discussões elaboradas pelos professores dentro dos momentos do Conselho de
Classe e das reuniões pedagógicas sobre as avaliações de alunos definem os
encaminhamentos e as necessidades da escola diante dos resultados, dificuldades e avanços
apontados. A partir disso é estabelecida a programação de reuniões e orientações aos pais,
mães ou responsáveis legais pelo aluno, para serem realizados os encaminhamentos
pedagógicos e as práticas e medidas necessárias.
A devolutiva aos pais, portanto, acontece com reuniões conforme as convocações do
setor pedagógico e administrativo, que podem ser bimestrais para entrega de boletins, reuniões
de pais, mães ou responsáveis de alunos de uma determinada turma, ou reuniões de pais,
mães ou responsáveis de apenas um determinado aluno.
10.15 – FORMAÇÃO CONTINUADA
Também para garantirmos qualidade faz-se necessário o incentivo a formação continuada dos educadores através de recursos, seminários, encontros pedagógicos, horas
de estudos sendo estas decididas entre o grupo com assuntos de interesses pedagógicos para
melhorar a prática educativa. Igualmente a programação de atividades que envolvem o nosso
aluno, a nossa escola e a comunidade visam à participação e interesse de todos para uma
melhor qualidade de ensino e de aprendizagem.
90
Os professores/professoras podem dispor de diferentes modelos que vem se
consolidando como oportunidade para formação continuada para professores/professoras,
estudantes e gestores, dentre eles a Educação à Distância, como os Cursos Formação Pela
Escola, um Programa de Formação Continuada nas Ações do FNDE, o Programa Nacional de
Tecnologia Educacional PROINFO/ MEC, a formação em Conselhos Escolares pelo programa
de Formação em Gestão Educacional e a busca pelos cursos de extensão.
Os professores/professoras participam também da formação do Pacto Nacional pela
Alfabetização na Idade Certa que é um conjunto de ações, materiais e referências curriculares
e pedagógicas disponibilizados pelo Ministéiro da Educação – MEC, tendo como eixo principal
a formação continuada de professores/professoras alfabetizadores.
Além da formação continuada, a cada bimestre é feita uma parada para realizar a
avaliação do trabalho de toda a equipe escolar. A reunião tem por objetivo levantar os pontos
positivos e negativos do trabalho e avaliar indicadores e dados de aprovação, reprovação,
movimentação e resultados de avaliações. Feita a constatação, a equipe lança sugestões e se
organiza em grupos de estudos que pesquisam e debatem os temas propostos.
A formação continuada de professores é mecanismo primordial e essencial no
desencadeamento de mudanças em sua práxis. Tais mudanças não ocorrem somente pela
incorporação de novos paradigmas de comportamentos da sociedade.
Dessa forma, é importante que o professor tenha consciência de que seu conhecimento
é limitado e que seu papel é muito mais de levar o aluno a refletir sobre as informações
obtidas, do que simplesmente incorporá-las, tendo como ponto de apoio o conhecimento da
realidade em que encontram-se inseridos.
Para melhor entender o processo de formação docente (aquele além de sua certificação
oficial), é necessário conceituá-la expressando a abrangência que o envolve para a legitimação
do trabalho desse profissional. Sabe-se que os professores para constituírem sua profissão,
buscam subsídios teóricos em vários espaços.
Para auxiliar a equipe docente mediante os problemas encontrados, além das diversas
medidas tomadas pela escola, conta-se com o suporte oferecido pela SMED através:
Do suporte técnico e pedagógico proporcionado por uma equipe pedagógica
composta por profissionais que respondem pela Educação Infantil e Ensino
Fundamental, direcionando todo o trabalho desenvolvido na rede e diretamente
ligada às escolas no que compete ao auxílio pedagógico, orientação, tomada de
decisões, promoção de cursos, formação continuada, distribuição de turmas.
Da Equipe Multidisciplinar a qual desenvolve um trabalho de forma articulada com
a escola, tendo como objetivo identificar e propor alternativas de enfrentamento
aos fatores institucionais, familiares, sociais, culturais e econômicos que por sua
vez interferem no processo educacional. Este trabalho é desenvolvido a partir do
91
atendimento aos educandos e suas famílias, em casa e na escola, de forma
interdisciplinar e integrada na instituição e às demais políticas setoriais: saúde,
assistência social e transporte, buscando contribuir para o sucesso dos
educandos no que se refere às aprendizagens, tendo como base o Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA), conjunto de normas do ordenamento jurídico
brasileiro que tem como objetivo a proteção integral da criança e do adolescente,
aplicando medidas e expedindo encaminhamentos visando detectar a real
dificuldade de aprendizagem do educando e oportunizar as ações necessárias
para auxiliá-los.
Do Departamento de Educação Especial, que atende educandos com
necessidades educativas especiais através de avaliações diagnósticas com
enfoque psico-educacional, as quais investigam o educando por meio de coleta
de dados e informações, buscando a intervenção mais adequada no momento,
favorecendo orientação e encaminhamento específico caso haja necessidade.
Também orientando o encaminhamento de alguns educandos que apresentam
dificuldades acentuadas e específicas para atendimentos na Associação
Medianeirense de Otimização à Aprendizagem (AMOA).
10.16 – NÚCLEO TECNOLÓGICO MUNICIPAL - NTM
O Programa Nacional de Informática na Educação – PROINFO, acredita e tem ciência de
que o acesso à informática deve ser visto como um direito e, portanto, nas escolas públicas o
estudante deve poder usufruir de uma educação que no momento atual inclua, no mínimo, uma
alfabetização tecnológica. Tal alfabetização deve ser vista não como um curso de Informática,
mas sim, como um aprender a ler essa nova mídia, ofertando a formação continuada dos
educadores para o uso pedagógico das tecnologias de informação.
Essas novas tecnologias estão contribuindo para a aquisição da aprendizagem e
desenvolvimento do educando bem como da formação continuada do corpo docente.
A partir de 12 de dezembro de 2007, mediante a criação do decreto n° 6.300, o ProInfo
passou a ser Programa Nacional de Tecnologia Educacional, tendo como principal objetivo
promover o uso pedagógico das tecnologias de informação e comunicação nas redes públicas
de educação básica, sendo assim, os professores, que cursam as etapas de formação
percebem a contribuição deste curso para a inclusão digital, familiarizando, motivando e
preparando para a utilização significativa de recursos básicos de computadores (Sistema
Operacional Linux Educacional e softwares livres) e recursos da internet, refletindo sobre o
impacto da vida, da sociedade e de sua prática pedagógica.
92
O funcionamento do ProInfo se dá de forma descentralizada, existindo em cada unidade da
Federação uma Coordenação Estadual, e os Núcleos de Tecnologia Educacional - NTE,
dotados de infra-estrutura de informática e comunicação que reúnem educadores e
especialistas em tecnologia de hardware e software, objetivando gerenciar processos de
implantação e utilização de novas tecnologias da comunicação e da informação, informática e a
internet, dentro de uma perspectiva sócio-interacionista e transformadora através de
capacitação continuada de educadores e novas tecnologias da informação e comunicação, da
elaboração de projetos temáticos dentro de uma proposta pedagógica, assessorias
pedagógicas e técnicas.
Funções Básicas do NTM:
Capacitar educadores;
Prestar suporte pedagógico e técnico às escolas;
Pesquisar, desenvolver e disseminar experiências educacionais.
O ProInfo Integrado é um programa de formação voltada para o uso didático-pedagógico
das Tecnologias da Informação e Comunicação no cotidiano escolar, contemplando ações de
formação que contribuam para dinamizar os processos de ensino e de aprendizagem,
desenvolver potencialidades, habilidades e conhecimentos específicos.
10.17 – INFORMÁTICA EDUCACIONAL
As aulas no Ambiente Tecnológico Educacional – ATE tem como objetivo contemplar as
necessidades curriculares e de aprendizagem dos alunos. Sua contextualização com o
currículo tem como finalidade a produção de conhecimento e o desenvolvimento da
aprendizagem.
O professor/professora designado para a aula de Informática Educacional atende a
turma de alunos durante uma hora e quinze minutos, uma vez por semana. As aulas são
planejadas pelo professor/professora considerando os recursos didáticos e pedagógicos
disponíveis e o conteúdo programático de cada turma, com registro específico para cada aula
realizada, tendo em vista as diferenças e necessidades de cada turma. Os alunos podem usar
os computadores em dupla desde que todos tenham acesso as atividades e experimentações
durante as aulas.
A escola procura manter os equipamentos em perfeito estado de conservação em
parceria com o técnico da SMED, para que possam ser utilizados sempre que necessário e
possui um horário para a organização do uso do Ambiente Tecnológico Educacional – ATE por
todos os alunos da escola bem como os professores/professoras em hora atividade.
Desta forma, caberá aos profissionais da educação selecionar e utilizar as tecnologias
que venham ao encontro do que é proposto no currículo, o qual foi analisado e redirecionado,
93
com vistas na garantia da construção do conhecimento de seu educando. E nós, os
profissionais da educação desta escola, temos consciência de que o fazer pedagógico nos
remete a um vasto conhecimento, que envolve muitos saberes e distintas culturas, cabendo-
nos a tarefa de difundi-los utilizando-se dos vários recursos disponíveis, inclusive os
tecnológicos que também estão a serviço da educação.
Esta é uma ferramenta pedagógica inovadora, a qual oferece diversas possibilidades ao
educando para que construa seu saber de modo significativo, complementando o trabalho do
educador, enriquecendo as aulas, tornando-as mais dinâmicas e motivadoras. No Ambiente
Tecnológico Educacional (ATE), todas as turmas têm acesso, podendo usufruir de todos os
recursos disponíveis no programa, com a mediação do educador que auxilia o educando nesse
processo, que deve planejar a aula de acordo com o currículo escolar (assunto/conteúdo) com
antecedência.
10.18 – HORA ATIVIDADE
Os professores/professoras devem ser constantemente estimulados a modificar sua
ação pedagógica, para isso é necessário que eles tenham acesso à formação continuada e
permanente que possibilite a sua preparação para utilização das tecnologias como um recurso
que fortaleça sua autonomia pedagógica.
Conforme prevista na LDB, a Hora Atividade veio propiciar aos professores/professoras
a disponibilidade de um tempo específico na escola para realização de estudos e pesquisas
que fundamentam o trabalho pedagógico e também preparação das aulas, o que vem a
contribuir para a qualidade de ensino.
A Hora atividade é o período dedicado ao professor, prioritariamente no recinto escolar, para preparar aulas da semana no diário de classe, organizar conteúdos programáticos, planejar, preparar e avaliar o trabalho pedagógico, participar de reuniões pedagógicas, fazer estudos e aperfeiçoamento do seu trabalho profissional e de articulação com a comunidade. Neste momento o professor também atende pais, mães ou responsáveis legais dos alunos para realizar o acompanhamento do desenvolvimento escolar do aluno pelo qual a família é responsável, assumindo junto à escola ações de corresponsabilidade com a formação educativa do aluno.
A hora atividade tem como fundamentação a Lei n 11.738/2008 que institui o Piso
Salarial Profissional Nacional para os profissionais do magistério público da Educação Básica e
também o Parecer CNE/CEB n 18/2012 que reexamina a implantação da Lei do Piso, no qual
aprova a implantação da composição da jornada de trabalho. Corresponde a 2 horas e 30
minutos, para cada 20 horas trabalhadas na semana.
A parte diversificada conta com aulas de Literatura Infantil e Informática Educacional, as
aulas de Educação Física, Arte, Literatura, Ciências para o Ensino Fundamental e ainda
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conforme o eixo Corpo e Movimento a as aulas de Psicomotricidade da Educação Infantil, são
desenvolvidas por outro professor enquanto o professor regente da turma permanece em hora
atividade.
10.19 – ELEICÕES DE DIRETOR
A eleição para diretores escolares é um segmento democrático com participação da
comunidade escolar. Nela é escolhido entre os docentes atuantes na escola, por voto direto,
secreto e facultativo da comunidade escolar, professores, funcionários e pais de alunos, com
base na lei a nº 164/97 de 28 de outubro de 1997. No ano de 1999 é aprovada a Lei nº 016/99
de Eleição para Diretores das Escolas, sendo o candidato é eleito para mandato de 02 (dois)
anos, com direito a reeleição para um período de mais dois anos.
A Lei exige dos candidatos formação em docência, devendo ser professor concursado,
tendo o mesmo já concluído o seu estágio probatório e atuado no estabelecimento pelo menos
06 (seis) meses antes da eleição.
Caberá a direção à gestão dos serviços escolares, no sentido de garantir o alcance dos
objetivos educacionais do estabelecimento de ensino, tendo como principal atribuição
coordenar a elaboração e a execução da proposta pedagógica, eixo de toda e qualquer ação a
ser desenvolvida na instituição.
O diretor, além de administrar, é um educador que tem as exigências burocrático-
administrativas, e o conteúdo educativo que precisa ser desenvolvido no interior da escola. Por
isso, o diretor da escola exerce uma forte liderança quando trabalha com objetivos definidos,
com visão estratégica para a implementação destes objetivos, assumindo funções
pedagógicas. A atual diretora é a
10.20 – PROGRAMAS
FUNDEB: Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação. Para viabilizar a implantação do FUNDEB, sua
regulamentação foi editada por Medida Provisória através da Emenda Constitucional nº53,
Medida Provisória 339/06. Sua implantação será gradativa (três anos) tanto para sub-
vinculação dos impostos quanto para inserção de matrículas de etapas não contempladas
atualmente pelo FUNDEF. Terá a vigência de 14 anos (até 2020); Ao incluir a Educação
Infantil, a Educação de Jovens e Adultos, Ensino Médio e modalidades, incorpora a concepção
de Educação Básica presente na legislação educacional. O FUNDEB também consta de um
95
acompanhamento efetivo da aplicação desses recursos aos fins que se destinam, sendo que
poderão ser utilizados indistintamente entre as etapas e modalidades, dentro do que
estabelece o artigo 211 CF. A Medida Provisória ainda define claramente quem são os
“profissionais do magistério” e o que é “efetivo exercício”. Neste sentido, os recursos deverão
ser utilizados para remuneração, no que diz respeito ao total de pagamentos devidos aos
profissionais do magistério da educação, em decorrência do efetivo exercício em cargo,
emprego ou função, integrantes da estrutura, quadro ou tabela de servidores do Estado,
Distrito Federal ou Município, conforme o caso, inclusive os encargos sociais incidentes. Sendo
que os profissionais do magistério da educação compreendem docentes, profissionais que
oferecem suporte pedagógico direto ao exercício da docência, incluindo-se direção ou
administração escolar, planejamento, inspeção, supervisão, orientação educacional e
coordenação pedagógica. Ainda a Medida Provisória prevê que o efetivo exercício diz respeito
a atuação efetiva no desempenho das atividades de magistério previstas no inciso II,
associada à sua regular vinculação contratual, temporária ou estatutária, com o ente
governamental que o remunera, não sendo descaracterizado por eventuais afastamentos
temporários previstos em lei, com ônus para o empregador, que não impliquem rompimento da
relação jurídica existente. Diante disso, o acompanhamento efetivo da aplicação desses
recursos, torna-se responsabilidade da sociedade, principalmente por meio da atuação dos
conselhos gestores.
FNDE: em que são repassadas as verbas anuais para cada escola de acordo com o
número de alunos matriculados que a mesma possui. O valor deve ser investido na aquisição
de materiais permanentes, materiais didáticos e materiais de expediente que a escola
necessitar.
FUNDACEM: é uma fundação vinculada à Secretaria de Educação onde são realizados
projetos de Oficinas de Cultura, cursos artísticos, apresentações cultural do município e fora
dele. É uma conquista de toda rede, pois oferece oportunidades de desenvolvimento artístico e
cultural dos nossos alunos e conseqüentemente, da comunidade em geral.
Para efetivar a proposta, exige-se que o Estado dê condições para que haja atendimento
adequado e que este financiamento esteja previsto já na LDO para (2001), no que se refere a:
Remoção de barreiras arquitetônicas e adequação do espaço físico na
escola;
Mobiliário adequado, que facilite movimentação e arranjos diversos;
Ampliação dos quadros públicos de professores/professoras,
pedagogos e profissionais da saúde para atuar nas escolas que
contemplem educação inclusiva;
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Obediência a critérios, baseados em avaliação profissional, para a
escolha da melhor alternativa de atendimento aos alunos com
necessidades especiais.
Materiais didáticos em quantidade suficiente e adequados ao trabalho
escolar, que atendam às necessidades dos alunos, segundo indicação
de equipe multiprofissional ou definição a partir de discussões coletivas
entre professores/professoras envolvidos.
Capacitação dos professores/professoras de ensino regular para o
embasamento teórico e prático conforme o tipo de necessidade
especial (deficiência física, deficiência mental, deficiência auditiva,
deficiência visual), necessário para realizar um trabalho de qualidade
com os alunos que apresentem necessidades especiais inseridos no
ensino regular;
Instituição de equipe multiprofissional para um número determinado de
alunos com necessidades especiais por escola. Composta esta de
equipe de psicólogo, fonoaudiólogo, pedagogo, fisioterapeuta,
psicopedagogo, assistente social, terapeuta ocupacional, equipe
médica (neurologista, oftalmologista, otorrinolaringologista, pediatra) e
professor/professora especializado as quais caberá avaliar, encaminhar
e acompanhar os alunos com necessidades especiais aos programas
compatíveis com sua idade, necessidades, aprendizagem e
desenvolvimento. Caberá também a esta equipe prestar orientações e
apoio às escolas inclusivas;
Redimensionamento do número de alunos em até 20, levando em
consideração a presença de não mais que dois com necessidades
especiais, sendo que o professor/professora esteja capacitado para
atender a deficiência apresentada;
Obediência a critérios, baseados em avaliação profissional, para a
escolha da melhor alternativa de atendimento aos alunos com
necessidades especiais.
Para auxiliar nas despesas da escola, a Prefeitura Municipal é responsável pelo material
de limpeza, de expediente, telefone e alimentação escolar. Para averiguação da mesma foi
composto Conselho de Fiscalização da Merenda Escolar, sendo que esta contribuição é de
grande ajuda para as escolas da rede pública.
Compreendemos que a educação de qualidade, em que se respeitem, reconheça e
valorize as diversidades, é um direito de todos e este direito deve ser assegurado pelo Estado,
a quem cabe sua gestão e financiamento.
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10.21 – PROJETOS
A escola Municipal Angelo Darolt, desenvolve vários projetos e ações na área da leitura,
literatura, cultura, pesquisa, inclusão, conservação do meio ambiente e relacionamento entre
pessoas. São ações importantes realizadas para o fortalecimento dos processos de
aprendizagem com a presença da cultura, da literatura, da música, do teatro e de outras formas
de arte, bem como exploração de temas como cidadania, ética e saúde:
Saúde na escola - Em relação à saúde e desenvolvimento integral da criança, com o
intuito de garantir que a criança esteja saudável e em condições de desenvolvimento integral a
escola mantém contato e orientação aos pais para tomadas de medidas em relação à saúde da
criança. A escola comunica imediatamente os casos de doença das crianças para que a família
providencie o atendimento apropriado junto ao serviço de saúde e nos casos de emergência é
acionado também o serviço de emergência do SAMU ou SIATE quando necessário.
A prevenção de doenças e contaminação no espaço escolar é considerada, sendo
estabelecido que cada criança tenha uma garrafa de água para abastecer no bebedouro e uma
toalha para uso pessoal diariamente.
São realizados também encaminhamentos sempre que necessários aos alunos que
apresentam alguma necessidade de atendimento, com orientação da equipe multidisciplinar da
Secretaria Municipal de Educação para qualquer necessidade que a criança apresentar como
atendimento psicológico, fonoaudiológico, neurológico, nutricional, entre outros como os
atendimentos especializados na AMOA.
O acompanhamento do Serviço Social é garantido para auxiliar nos encaminhamentos
necessários junto às famílias para a tomada de medidas necessárias aos casos de
vulnerabilidade social e demais encaminhamentos junto ao CREAS, CRAS e Conselho Tutelar.
Escovação Dental Diária - é um projeto pedagógico com participação de profissionais
da saúde na realização de atividades para o controle da cárie, acompanhamento dos índices
de cárie em parceria com a secretaria de saúde, aplicação semanal de flúor, escovação diária
na escola e informações aos pais para acompanhamento e tratamento odontológico. É
realizada com todos os alunos diariamente no início da aula ou após a alimentação conforme
cronograma estabelecido anualmente. Ela acontece em um escovatório que funciona no
mesmo espaço da lavanderia onde as crianças realizam sob supervisão do
professor/professora, além da escovação diária dos dentes, a higienização das mãos e a
aplicação de flúor uma vez por semana conforme orientação dos profissionais da Secretaria de
Saúde. O projeto conta com a visita periódica dos dentistas e técnicos das clinicas
odontológicas da Secretaria de Saúde visando a melhoria na saúde bucal e a higiene pessoal
das crianças.
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Olhos da Minha Escola - é uma triagem pelas agentes de saúde com o teste de
acuidade visual para encaminhar alunos para consulta com oftalmologista. Trata-se de um
projeto de parceria entre as secretarias de saúde, educação e uma clínica particular do
município.
Os casos de suspeita de surdez são encaminhados para o serviço de saúde ou para a
Associação Medianeirense de Surdos e Fissurados – AMESFI que realiza gratuitamente
exames como da audiometria ou do processamento auditivo central.
Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronautica: A Olimpíada Brasileira de
Astronomia e Astronautica – OBA que tem por objetivos fomentar o interesse dos jovens pela
astronomia, pela astronáutica e ciências afins e promover a difusão dos conhecimentos básicos
de uma forma lúdica e cooperativa. É realizada pelos alunos anualmente nos níveis 1 para 1º e
2º ano e nível 2 para 3º, 4º e 5º anos.
Hora da Leitura - Uma ação importante no processo de ensino e aprendizagem é o
fortalecimento do hábito da leitura através de espaço adequado e ambiente estimulador,
fomentando atividades que incentivem a mesma. A escola desenvolve atividades de leitura em
sala de aula, no qual as professores/professoras, uma vez por semana, incluem nas suas
atividades um horário específico para atividades exclusivas de leitura.
Leitura em Casa – O projeto que nasceu com o nome Levando Sonhos tem o objetivo
de estimular a leitura, conservar os livros e reaproveitar material reciclado, com a criação de
uma bolsa, com a qual cada criança carrega seus livros para casa, sendo que ela pode ser
produzida com material reciclado ou alternativo. O acervo é ampliado através de ações de
aplicação de recursos destinados e da APMF, pela SMED, pelo PNBE e doações da Fundação
Dorina Nowill. Os alunos trocam livros toda semana e realizam a leitura em família em casa. A
sala guarda o acervo bibliográfico infantil, de livros em tinta, audiolivros e em BRAILLE, pelos
quais foi conferido o selo Livro Acessível, livros de pesquisa e dicionários.
Feira do Livro – acontece anualmente e tem por objetivo fomentar a leitura e fornecer
ao aluno e seus familiares livros por preços acessíveis. Todo o lucro obtido com a Feira do
Livro é revertido em acervo bibliográfico para biblioteca escolar ou melhorias dos recursos para
incentivo à leitura.
Festival de Folclore – um grupo de teatro ou dança é organizado anualmente para
realizar apresentações de caráter folclórico ou cultural que resgata, através da literatura, da
dança, do teatro e da música a cultura brasileira ou internacional. Este grupo prepara um
espetáculo que apresenta no Festival ou Amostra de Cultura e Folclore no Centro Popular de
Cultura Arandurá – CPC para todo o município.
Teatro na Escola – atividades de teatro e contação de histórias são fomentadas pelos
professores/professoras que trabalham com apresentações adaptadas para estimular os
alunos a participarem e se interessarem pela arte na escola.
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Festival de Música – são atividades realizadas internamente na escola envolvendo
música e cantos que estimulam a criança a se apresentar de forma voluntária e livre
denominado Cantarolângelo que estimula a criatividade e a desenvoltura diante do público.
Semana da Criança - na semana da criança, são desenvolvidas atividades
diferenciadas onde são destacadas as oficinas de brinquedos folclóricos, brinquedos como
cama-elástica, alimentação diferenciada, mimos e contação de histórias.
Oficina de Brinquedos – na semana da criança, são desenvolvidas atividades
diferenciadas, dentre elas, oficinas de brinquedos folclóricos, onde as crianças produzem
brinquedos alternativos, folclóricos ou tradicionais para estimular a criatividade e a ludicidade.
Musicalização na Escola – durante todo o ano, nas aulas de Arte, Literatura, Educação
Física e também nas disciplinas do núcleo comum, são trabalhadas atividades voltadas à
musicalização, cantigas de roda, ritmo, corpo e movimento, como forma de recreação e
expressão.
Festa Junina – pela realização de uma festa junina para a comunidade e uma
internamente exclusiva para os alunos a escola busca destacar a importância cultural das
festas juninas, divulgar a cultura e valorizar valores e tradições com a possibilidade de
integração da comunidade. A festa junina aberta à comunidade é uma promoção que têm por
objetivo a integração com a comunidade local e também a arrecadação de fundos para
aquisição de material didático pedagógico, a melhoria e a manutenção do prédio e dos projetos
existentes. A preparação para as apresentações da festa junina são um importante momento
em que as professoras trabalham com aspectos como a musicalização, o ritmo, o movimento e
a disciplina, além de elementos culturais a partir da pesquisa de temas e músicas do ambiente
rural, da cultura junina e folclórica.
Cinema na Escola – Durante o ano as crianças assistem com as
professores/professoras em aula, filmes interessantes que são explorados como uma
importante recurso didático pedagógico para a construção do conhecimento. O trabalho com o
cinema culmina eventualmente com um passeio que leva os alunos pelo menos uma vez por
ano até um cinema em Foz do Iguaçu – visto que o município ainda não possui sala de cinema
- para assistirem a um filme que está em cartaz. É uma experiência cultural que busca
aproximar as crianças da linguagem artística específica do cinema e contribui para
instrumentalizar o aluno na compreensão e interpretação da cultura cotidiana e dos valores
sociais.
Festival Cultural – evento que acontece sempre no final do ano no palco do Centro
Popular de Cultura de Medianeira, onde são realizadas atividades culturais de teatro, dança,
música e literatura pelas crianças, mostradas a toda a comunidade.
Passeios e Visitas Escolares – durante todo o ano são feitos passeios e visitas
pedagógicas desde os arredores da escola e do bairro, como para visitas em locais do
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município que necessitam de transporte, como parte dos estudos dos conteúdos de História,
Geografia, Ciências, Arte e Literatura. Ao final do ano, eventualmente todas as turmas realizam
passeios fora do município, que é custeado em parte pelas famílias, outra parte pela APMF.
São atividades consideradas letivas que possuem objetivo pedagógico, que oportunizam a
saída do ambiente escolar para conhecer novos lugares e ter contato com situações de
aprendizagem diferenciadas. Os passeios e visitas buscam integração, o desenvolvimento
pessoal, cultural, social e intelectual das crianças. São consideradas as questões de segurança
e transporte, os pertences que devem ser levados para garantia de alimentação e saúde da
criança, os responsáveis que acompanham o grupo, a adequação do local e tempo de passeio
para cada faixa etária e as orientações para o aproveitamento do passeio.
Parque Infantil e Brinquedos do Saguão - O parque infantil é um espaço amplo que
serve para o uso de todos os alunos diariamente, no recreio, nas horas de lazer e em
atividades dirigidas pelas professoras, contando com brinquedos instalados e um espaço de
área livre. O saguão, por sua vez, com a disponibilidade de brinquedos, jogos, materiais para
desenho e leitura, é utilizado para recreação e estimular a conservação e não depredação do
ambiente escolar.
Recreio Dirigido, é a organização dos espaços e brincadeiras coordenados pelas
funcionárias e professoras que estão em hora atividade, que acompanham e supervisionam as
atividades lúdicas com as crianças no intervalo visando uma melhor integração dos alunos na
hora do recreio.
Projeto Ervalzinho – é realizado por meio da observação do Córrego Hervalzinho
afluente do Rio Alegria nas proximidades da escola. As atividades trabalham dentro das aulas
de ciências e geografia, conceitos e conhecimentos bem como conscientização para atitudes
voltadas à preservação do meio ambiente. Consiste em visitas às proximidades da escola,
observação das mudanças que ocorrem no espaço e o acompanhando da situação do Córrego
Ervalzinho que é afluente e tem sua foz próximo ao terreno da escola. Sua importância se
justifica porque a conservação da mata ciliar, tanto do rio principal como dos afluentes
existentes a pouca distância da escola têm evidenciado problemas de ordem ambiental. Daí a
importância do trabalho por uma nova mentalidade que produza atitudes diferentes e eduque
para novos hábitos e formas mais responsáveis de se relacionar com o meio ambiente.
PROERD – é o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência
desenvolvido nas turmas de 5º ano do Ensino Fundamental, por policiais militares treinados e
preparados para desenvolver o lúdico através de metodologia especialmente voltada para
crianças, adolescentes e adultos. O objetivo é transmitir uma mensagem de valorização à vida,
e da importância de manter-se longe das drogas e da violência. Após quatro meses de curso
101
as crianças recebem o certificado PROERD, ocasião que prestam o compromisso de
manterem-se afastados e longe das drogas e da violência.
Hora cívica – é o momento cívico, com a execução do hino nacional do Brasil, por, no
mínimo, uma vez na semana, nos dois turnos de aula, para incentivar o civismo, conhecer o
significado da Bandeira Nacional, assim como o canto e a interpretação da letra do Hino
Nacional.
10.22 – BLOG INSTITUCIONAL
O Blog Institucional é uma reconstrução de atividades desenvolvidas na escola, com
isso os pais podem participar e se inteirar das informações administrativas e pedagógicas no
processo de ensino-aprendizagem.
A escola utiliza o Blog Institucional que é um recurso tecnológico educacional,
tecnologia da informação e comunicação (tic´s) sendo uma ferramenta a mais no processo de
ensino e aprendizagem com a finalidade de divulgar os trabalhos desenvolvidos no interior da
escola para a comunidade escolar, promovendo assim a interação e a participação de alunos
e professores, alunos e alunos, professores e professores, escola e a comunidade escolar,
incentivando a troca de informação e a construção do conhecimento.
O professor com essa ferramenta tecnológica tem a oportunidade de divulgar as
atividades propostas e desenvolvidas com a sua turma promovendo os aspectos culturais e
informativos na articulação da comunidade escolar. Vem trazendo em sua proposta pedagógica
diferentes estratégias que despertam de fato o interesse nos alunos pelo novo, o dinâmico e o
mundo da informação, estimulando estes para construção de textos, troca de experiências,
pesquisas, leitura textuais e projetos. Esse novo recurso tecnológico é para dar ênfase às aulas
propostas em sala de aula.
10.23 – AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
A avaliação institucional é um momento de análise da escola e seu desempenho, seus
processos, seus resultados e suas relações internas e externas, seus valores e suas condições
de funcionamento. Constitui-se também uma ferramenta que auxilia a escola a definir suas
prioridades.
A avaliação institucional acontece anualmente no final do segundo semestre de cada
ano letivo, pois esse é o caminho para as mudanças e também um desafio para a escola.
Pela avaliação institucional a escola conhece suas necessidades, seus problemas, as
causas geram esses problemas e as medidas para a tomada de decisões, bem como suas
expectativas para melhorar as práticas existentes.
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A avaliação precisa contemplar critérios, dentre eles:
Ensino aprendizagem
Ambiente escolar
Participação da comunidade
Gestão de pessoas
Infra-estrutura
Funcionamento da escola
Destinação de recursos
Projetos e programas existentes
Ações da Secretaria Municipal de Educação de educação junto à escola
Resultados
Em pesquisa quantitativa sobre a escola, os pais e alunos respondem se consideravam
RUIM, BOM, EXCELENTE ou NÃO CONHEÇO cada uma das 23 questões, podendo sugerir
ou comentar cada questão. No ano de 2016 foram utilizadas as seguintes questões:
1 – Como você vê a aprendizagem de seu filho(a)?
2 – Como você vê a forma que a escola está ensinando?
3 – Como você vê a forma de trabalho das professoras?
4 – Como você vê a forma de trabalho da coordenadora?
5 – Como você vê a forma de trabalho da diretora?
6 – Como você vê a forma de trabalho da escola com a leitura?
7 – Como você vê a forma de a escola dar atenção às dificuldades dos alunos?
8 – Como você vê a forma de envolvimento da família na escola?
9 – Como você vê a forma de seu envolvimento na escola?
10 – Como você vê a forma de recreação presente na escola?
11 – Como você vê os espaços para educação física da escola?
12 – Como você vê a alimentação escolar?
13 – Como você vê a manutenção e higiene na escola?
14 – Como você vê as instalações da escola?
15 – Como você vê o gosto dos alunos pela escola?
16 – Como você vê a festa junina?
17 – Como você vê o festival cultural?
18 – Como você vê os passeios e visitas pedagógicas que os alunos fazem?
19 – Como você vê o compromisso da Secretaria Municipal de Educação?
20 – Como você vê a gestão democrática na escola?
21 – Como você vê a gestão da APMF ?
22 – Como você vê a gestão do Conselho escolar?
103
23 – Como você vê as reuniões pedagógicas e assembleias?
Os resultados foram positivos tendo a escola, na visão dos pais um desempenho entre
BOM e EXCELENTE.
10.24 – AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O Projeto Político Pedagógico é o eixo norteador de todo o trabalho escolar e como tal
precisa estar bem fundamentado, devendo retratar a prática diária da escola. É neste sentido
que ele é compreendido não apenas como um documento legal a ser apresentado aos órgãos
competentes, mas sim como um documento fruto de um processo coletivo de trabalho que ao
se construir a cada dia, retrata a identidade da escola.
A avaliação do Projeto Político Pedagógico é antes de tudo a avaliação de todo o
processo pedagógico da escola que acontece no cotidiano se consolidando num momento da
reescrita do mesmo. Esta avaliação do projeto político-pedagógico deve ser prevista pelo
Conselho Escolar, no inicio do primeiro semestre de cada ano letivo com participação de
todos os envolvidos, quando serão redimensionadas as ações para o ano letivo que se inicia. A
revisão precisa ter critérios claros e imparciais para serem usados na avaliação para que o
processo seja eficaz e para que boas iniciativas não corram o risco de serem esquecidas. A
atualização do registro ajuda a sedimentar a cultura escolar e a difundi-la entre alunos,
professores, funcionários, gestores e a comunidade.
Devem ser analisadas questões como:
Se o PPP reflete as necessidades da escola?
Se as ações planejadas foram executadas
Ações que deram certo e devem ser mantidas e quais deram errado e devem ser
modificadas;
Se as ações planejadas atingiram as expectativas;
Se as ações foram suficientes para que os objetivos fossem alcançados
Se as metas estão dentro do alcance
Se a equipe foi envolvida e aderiu a iniciativa
Se o impacto na comunidade foi o esperado
Se o PPP é reconhecido como cultura da escola
Desafios que a escola enfrenta
Definir novas prioridades
Se surgiram novas demandas
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11 – CALENDÁRIO ESCOLAR
O calendário é feito pela Secretaria Municipal de Educação e, em seguida, se dentro das
regularidades, é aprovado pelo Núcleo Regional de Educação. É elaborado com mais de 200
dias letivos para eventuais interferências que possam se dar no decorrer do ano. Não constam
como dias letivos, feriados, conselhos de classes, parte das horas de estudos e encontros
pedagógicos para capacitação de docentes, que são feitos em dias não letivos.
105
106
12 – REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DO OESTE DO PARANÁ. Currículo Básico Para Escola
Pública Municipal: Educação Infantil e Ensino Fundamental – Anos Iniciais. Cascavel/PR,
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9394, de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e legislação
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Educação, Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Brasília:
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garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola : necessidades educacionais
especiais dos alunos Iniciando nossa conversa.1. Visão histórica. 2. Deficiência no contexto
escolar. 3. Sensibilização e convivência. 4. Construindo a escola inclusiva 5. Adaptações
curriculares de grande porte. 6. Adaptações curriculares de pequeno porte. / Maria Salete
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Pedagógica na Educação Infantil.