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Anos Iniciais PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

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Anos Iniciais

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

MEDIANEIRA-PR2016

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LISTA DE SIGLAS

AEE- Atendimento Educacional Especializado

AMOA- Associação Medianeirense de Otimização à Aprendizagem

AMOP - Associação dos Municípios do Oeste do Paraná

ATE – Ambiente Tecnológico Educacional

APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários

CEB – Câmara de Educação Básica

CEE – Conselho Estadual de Educação

CF - Constituição Federal

CNAS – Conselho Nacional de Assistência Social

CNE – Conselho Nacional de Educação

ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente

FUNDACEM – Fundação de Amparo à Cultura e Educação de Medianeira

FUNDEF – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização

do Magistério

FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização

dos Profissionais da Educação

IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

MEC – Ministério da Educação e Cultura

NTM – Núcleo Tecnológico Municipal

PDE – Plano de Desenvolvimento da Escola

PDDE – Programa Dinheiro Direto na Escola

PPP – Projeto Político Pedagógico

PROINFO – Programa Nacional de Tecnologia Educacional

RCNEI – Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil

SEED – Secretaria de Estado da Educação

SMED- Secretaria Municipal de Educação

UNESCO – Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................6

2. IDENTIFICAÇÃO ..............................................................................................................7

3. ASPECTOS HISTÓRICOS................................................................................................8

4. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR......................................................20

5. MARCO SITUACIONAL .................................................................................................25

5.1 DIAGNÓSTICO DO ESTABELECIMENTO ..................................................................25

5.2 ORGANIZAÇÃO ESCOLAR .........................................................................................26

5.3 ESPAÇO FÍSICO ..........................................................................................................28

5.4 RECURSOS HUMANOS ..............................................................................................30

5.5 RECURSOS PEDAGÓGICOS E TECNOLÓICOS .......................................................31

6. MARCO CONCEITUAL ..................................................................................................35

6.1 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO ...................................................................................35

6.2 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA ......................................................................................36

6.3 CONCEPÇÃO DE CRIANÇA .......................................................................................37

6.4 CONCEPÇÃO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO ...................................................37

6.5 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO ..........................................................................38

6.6 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO ..................................................................................39

6.6.1 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO BÁSICA ..................................................................42

6.6.2 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL ...............................................................42

6.6.4 CONCEPÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL ...........................................................44

6.7 CONCEPÇÃO DE ENSINO APRENDIZAGEM ............................................................54

6.8 CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO .............................................55

6.9 CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR ......................................................................56

6.10 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE E DEMOCRACIA ...................................................57

6.11 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO .................................................................................58

6.12 CONCEPÇÃO DE RECUPERAÇÃO PARALELA EM SALA DE AULA .....................64

6.6.3 EIXOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL ...........................................................................64

6.13 SALA DE RECURSOS ...............................................................................................68

7. INCLUSÃO .....................................................................................................................68

7.1 FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR E ADAPTAÇÕES CURRICULARES ......................70

8. DIVERSIDADE SEXUAL ................................................................................................72

9. HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA ........................................73

10. MARCO OPERACIONAL .............................................................................................75

10.1 AÇÕES DA ESCOLA .................................................................................................75

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10.2 ARTICULAÇÃO ESCOLA E FAMÍLIA .......................................................................79

10.3 ARTICULAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL ..............80

10.4 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA.............................................................80

10.5 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS E RECUPERAÇÃO PARALELA .........................81

10.6 ADAPATAÇÕES CURRICULARES .........................................................................83

10.7 ENCAMINHAMENTOS DE ALUNOS .......................................................................85

10.8 ATIVIDADE EM CONTRA TURNO ..........................................................................85

10.9 ESPAÇO FÍSICO E SEGURANÇA ..........................................................................86

10.10 CONSELHO ESCOLAR .........................................................................................87

10.11 ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS (APMF) ......................88

10.12 PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA – PDDE......................................88

10.13 CONSELHO DE CLASSE ......................................................................................89

10.14 DEVOLUTIVA AOS PAIS .......................................................................................90

10.15 FORMAÇÃO CONTINUADA ..................................................................................91

10.16 NUCLEO TECNOLÓGICO EDUCACIONAL ..........................................................92

10.17 INFORMÁTICA EDUCACIONAL ............................................................................93

10.18 HORA ATIVIDADE .................................................................................................94

10.19 ELEIÇOES DE DIRETOR.......................................................................................95

10.20 PROGRAMAS ........................................................................................................96

10.21 PROJETOS ............................................................................................................98

10.22 BLOG INSTITUCIONAL .......................................................................................102

10.23 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL .............................................................................103

10.24 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO .....................................104

11. CALENDÁRIO ESCOLAR ........................................................................................106

12. REFERÊNCIAS ........................................................................................................108

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COLOCAR O PARECER DINORA

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1 - APRESENTAÇÃO

A LDB 9394/96 em seu art. 12, inciso I prevê que “os estabelecimentos de ensino,

respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de

elaborar e executar sua proposta pedagógica”. Atendendo à normativa, esta proposta é

elaborada com o esforço de todos os envolvidos no processo educativo e tem por finalidade,

organizar o trabalho pedagógico e administrativo na Escola Municipal Angelo Darolt,

colocando estes princípios a serviço da democratização de ensino em nosso país.

A escola precisa organizar o seu trabalho com base em seus alunos formando um

cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo.

A finalidade do Projeto Político Pedagógico - PPP da escola Angelo Darolt é reorganizar

o trabalho pedagógico e entender a educação como uma possibilidade e contribuição para a

mudança social. Através da mesma, busca-se apontar caminhos e criar condições de colocar

em prática o trabalho específico da escola.

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2 - IDENTIFICAÇÃO

A Escola Municipal Angelo Darolt

Educação Infantil e Ensino Fundamental

Rua Rio Grande do Norte – 570,

Bairro Condá, no Município de Medianeira

CEP: 85884000 PR.

Telefone (45)3264-8658

e-mail [email protected]

Entidade mantenedora a Prefeitura Municipal de Medianeira.

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3 - ASPECTOS HISTÓRICOS

A Escola Municipal Angelo Darolt foi criada pelo Decreto Municipal nº 016/78 de

10/02/1978, obtendo a autorização de funcionamento para o Ensino Pré-Escolar e 1ª a 4ª

séries, através da Resolução nº 345/82 e tendo seu plano Curricular aprovado pelo parecer nº

2308 de 28/09/1981.

Segundo o decreto, foi criada a Escola Municipal Angelo darolt, Ensino de Primeiro

Grau, com sua denominação em homenagem aquele que foi o primeiro prefeito municipal de

Medianeira, com exemplar fida pública, batalhou pelas boas causas de Medianeira,

principalmente no setor da Educação e da Cultura. Foi criada entre as chácaras 26 e 27 para

atender os alunos do perímetro urbano de Medianeira.

No primeiro ano de sua fundação a escola matriculou durante o ano letivo 219 alunos,

sendo 177 concluintes com apenas 7 funcionários e ou professores.

No ano de 1978, com a doação do terreno foi realizada a construção do prédio escolar,

um edifício térreo com 3 salas de aula, uma pequena dependência administrativa, 3 sanitários,

uma pequena cozinha e uma área livre sem cobertura. Na parte inclinada do local, foi

construída uma casa de madeira que se destinou por muitos anos à residência de funcionários

públicos, caseiros ou professores/professoras que eventualmente lecionassem na escola e não

podiam residir nas proximidades. Porém, uma parte plana do terreno próximo às salas de aula,

foi apenas cedida pela família para a prática de atividades recreativas ao ar livre, não tendo

registro legal como terreno público.

No mesmo ano da fundação, a escola recebeu a construção da 4ª sala de aula e uma

dependência administrativa para comportar secretaria e sala de professores/professoras.

Depois disso, na década de 80 a área da escola foi novamente ampliada com a construção de

sanitários novos, cobertura do saguão com piso e posteriormente os lavatórios. Em 1998, a

escola recebeu a construção de uma dependência para a secretaria que passou a ser

compartilhada com a direção da escola.

No ano de 2003 a escola passou por uma significativa reforma que fez a substituição

dos pisos de madeira já deteriorados, por revestimentos de lajotas e forração do teto com PVC,

bem como a revitalização da cozinha, construção de bancadas, cubas e depósito de alimentos.

Todas as reformas até então sob o comando da Secretaria de Educação e prefeitura

garantiram a manutenção da qualidade mínima para um espaço adequado e agradável.

A elaboração de um projeto pela equipe pedagógica da escola em 2005 tornou possível

uma reforma muito esperada pela comunidade, no telhado de uma das alas, no saguão, nos

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sanitários e nos lavatórios. Esta, porém, foi executada somente no ano de 2007, com recursos

do Governo Federal, vindo a melhorar consideravelmente a qualidade do espaço existente.

Nos anos seguintes foram elaborados projetos juntamente com a Secretaria de Educação, com

recursos do Governo Federal, para a ampliação da área administrativa, com novas

dependências de secretaria, sala de direção e uma sala de professores/professoras e

coordenação pedagógica, liberando no ano de 2010 o espaço para a instalação de uma

pequena sala para guarda do acervo de leitura e do Laboratório de Informática do programa

“Proinfo” denomidado Ambiente Tecnológico Educacional (ATE).

O terreno inclinado próximo ao Rio Hervalzinho possuía uma residência de madeira,

construções comuns nos espaços escolares na década de 1970 que serviam para residência

de professores/professoras ou outros funcionários públicos. Até 1985 o terreno inclinado

próximo a residência no pátio escolar permanecia ocioso, quando a direção, juntamente com

os professores/professoras, alunos e a comunidade, realizou um projeto para a elaboração de

uma horta escolar. Esta, com a manutenção de funcionários, alguns pais e até alunos produziu

alimentos para fornecer as famílias carentes, complementar a merenda e para comercializar

entre a comunidade, sendo que, os recursos obtidos eram empregados na aquisição de

alimentos essenciais para a preparação da alimentação escolar, que na época tinha o

fornecimento precário e precisava ser mantida também pela então APM (Associação de Pais e

Mestres). A horta foi desativada nos anos seguintes havendo uma degradação da casa que era

de madeira e a área passa a integrar limites de preservação ambiental e mata ciliar.

O terreno plano ao lado da escola que comportava um gramado onde eram realizadas

as atividades recreativas ao ar livre e um parquinho com brinquedos como balanços, gangorra

e escorregador era utilizado devido a doação do antigo proprietário sem registros legais. No

ano de 2004 sob a ameaça de a escola perder o referido espaço, a Associação de Pais e

Mestres, juntamente com a Direção iniciaram com sucesso, os procedimentos de legalização

do terreno.

O pequeno parque infantil foi transferido em 2005 com a elaboração de um importante

projeto arquitetônico, respeitando o uso como área verde, do espaço até então abandonado

junto a velha moradia. É importante relembrar que, com a existência da residência no espaço

escolar ainda ocupada, a utilização do espaço para a continuidade do projeto arquitetônico do

parque infantil ficou comprometido até o ano de 2007, quando a família que ocupava o imóvel,

já em condições muito precárias, foi removida pelo serviço social da prefeitura para um

programa de habitação do município. Com isso o espaço recebeu a revitalização necessária,

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ficando completo com uma ampla área de gramado, vários brinquedos, calçada, ajardinamento

e arborização. Os espaços do parque infantil, do saguão e do campo gramado passaram a ser

de utilização diária por todos os alunos e terem manutenção frequente até os dias de hoje. O

parque infantil da escola, além de passar sempre que necessário por reparos, a fim de garantir

a segurança das crianças teve uma ampliação em 2015 com a instalação de brinquedos novos

como casinha com escadas e tobogã, adquiridos pela Secretaria Municipal de Educação.

A situação em relação à obtenção de recursos na escola sempre foi um enfrentamento

de grande importância e responsabilidade para as equipes que administravam as escolas

desde sua fundação, que contavam com a forte atuação e apoio das APMs, que trabalhavam

na busca de recursos, garantidos por atividades promocionais, bem como doações da

comunidade local.

O cenário da obtenção dos recursos na escola passou por mudanças com a

interferência da Secretaria Municipal de Educação sob a administração do professor João

Cláudio Madureira no final dos anos 1990, que organizou verbas de subvenção, repasse de

materiais administrativos e despesas de água, luz, telefone e gás que seriam assumidos pela

Prefeitura. A partir daí é proporcionado um dos momentos mais importantes para a educação

do município com a discussão dos Projetos Políticos Pedagógicos, encontros de educação e

formação de professores/professoras e gestores das escolas, onde cada uma discute e

redefine seu papel como instituição educativa.

As associações de Pais e Mestres foram criadas logo no inicio da existência da escola,

que exerciam o papel de garantir as necessidades da instituição, administrando seus recursos

dentro da legalidade, com registros na Receita Federal e documentos junto ao Tribunal de

Contas, com seu próprio patrimônio. Somente no ano de 2005 com a reformulação do seu

estatuto, passa a vigorar com o nome de APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários.

Neste cenário, a APMF já tinha um caráter de subsidiar os projetos e programas pedagógicos,

implementando suas ações e melhorando a qualidade das atividades extracurriculares

desenvolvido com os alunos, auxiliando na manutenção do patrimônio publico na escola

realizando pequenas reformas ou consertos, ampliando o acervo de literatura e pedagógico, os

brinquedos, jogos e equipamentos necessários.

Até o final da década de 1990 quando o FUNDEF e a nova Lei de Diretrizes e Bases da

Educação – LDB 9394/96, passam a garantir outras formas de administrar a escola com

recursos públicos, a instituição era responsável pela sua própria manutenção, que envolvia

desde a complementação da merenda escolar até despesas com energia elétrica, água, gás,

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telefone, bem como todos os materiais de limpeza, administrativos, didáticos e pedagógicos,

além de equipamentos e acervos.

A participação da comunidade escolar e local por meio de colegiados, apontou a

necessidade de diferentes formas de gestão da escola quanto aos seus aspectos

administrativos e pedagógicos. A tentativa de organização dos Conselhos Escolares na rede de

ensino com a participação de toda a comunidade escolar como um exercício de discussão para

fazer valer os direitos e deveres definidos coletivamente na escola iniciou-se em 2003

atendendo a LEI municipal nº 44/02 de 27 de dezembro de 2002, chegando a tomarem posse,

os conselheiros, em 15 de dezembro de 2003, não tendo continuidade no andamento destes

conselhos nos anos seguintes.

Somente dez anos depois, iniciou-se definitivamente a Criação do Conselho Escolar

com a criação da LEI municipal Nº 149/2012, de 13 de novembro de 2012 que dispõe sobre a

Instituição e o Funcionamento dos Conselhos Escolares dos estabelecimentos de ensino, no

âmbito da rede municipal de ensino e dá outras providências. Isso permitiu o acompanhamento

e a avaliação contínuos da gestão escolar por parte de todos os participantes das comunidades

escolar (estudantes, pais, professores/professoras, funcionários e direção) e local (entidades e

organizações da sociedade civil identificadas com o projeto da Escola).

Em relação à organização da instituição, desde o inicio, a direção da escola era

assumida por pessoas determinadas ou escolhidas pela secretaria de educação.

Em 1978, na época da sua fundação, as diretoras eram nomeadas pelo poder público

municipal, a Senhora Roseli Barato.

Roseli Barato – 1978

Cleci Gravina – 1979 a 1982

Lurdes Sibila Rotta – 1983 a 1984

Tereza Silveira – 1985 a 1996

Em 1997 foi realizada a primeira eleição para diretores nas escolas, onde, em caráter

provisório, são escolhidos por funcionários e professores/professoras, representantes do

quadro da escola, com critérios estabelecidos pela Secretaria de Educação. No ano de 1999 é

aprovada a Lei nº 016/99 de Eleição para Diretores das Escolas, onde a partir daí, a cada

biênio a escola poderia eleger seu diretor com o voto de professores/professoras, funcionários

e pais de alunos.

A partir desta época assumem as professoras do quadro efetivo do município como

diretoras eleitas:

Silmara Seidel – 1997 a 2001.

Serli Terezinha Mazzola – 2002 a 2005.

Laudicéia de Fátima Fontanella Oro – 2006 a 2009.

Cleosete Maria Wagner Henn – 2010 a 2013.

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Dulce Fatima Debarba – 2014 a 2015.

Hilária Rech Flores – 2016.

No ano de 2015, não havendo nenhum professor/professora que tivesse interesse ou

condições conforme os critérios da Lei 016/99 para candidatar-se ao pleito, novamente houve

uma nomeação para diretora pela Secretaria Municipal de Educação, da professora da rede

municipal Hilária Rech Flores.

Ao longo da história da educação é possível constatar que a escola exerceu um papel

também assistencialista, enquanto assumia responsabilidades com a saúde do aluno, exercia

atividades nas campanhas de vacinação, encaminhamentos ao dentista, doações a famílias

carentes e campanhas de vacinação de combate a zoonoses. Desde então, justifica-se a

cultura da existência de inúmeros programas que perduram até hoje como as campanhas de

saúde e cidadania, utilização de espaço para vacinação de animais, para eleições e

alojamentos em eventos como jogos. Esses procedimentos são importantes para a sociedade,

contudo não podem servir para amenizar as responsabilidades da instituição escolar quanto ao

cumprimento de sua função social, tarefa essa que exige responsabilidade e compromisso

público dos gestores com a qualidade da educação.

Com a redefinição dos papéis da escola pelas formulações e estudos do Projeto Político

Pedagógico a escola passa a realizar ações em colaboração com a Secretaria de Saúde com

enfoque educativo e de qualidade da saúde como projetos de saúde bucal, encaminhamentos

para o serviço de saúde como oftalmologistas, fonoaudiólogos, psicólogos, neurologistas e

eventuais campanhas de vacinação e prevenção de doenças.

Durante toda a existência da Escola Municipal Angelo Darolt pode-se constatar muitas

dificuldades em relação à reorganização do espaço dentro de uma estrutura física que nem

sempre conseguia atender as necessidades de cada época.

Dentre estas dificuldades é possível citar a época em que o uso da sala de

professores/professoras aconteceu juntamente com direção e secretaria e posteriormente a

secretaria compartilhada com a direção da escola.

Quando a escola recebeu as turmas de Classe Especial, não havendo sala de aula

disponível, uma delas foi separada com divisórias para comportar tanto a sala de Classe

Especial como a Sala de Apoio, além de guardar materiais de Educação Física. A falta de local

adequado para guardar materiais e acervos sempre exigiu bastante esforço, organização e

mudanças pois precisaram constantemente ser guardados em espaços divididos e usados para

mais de uma finalidade.

Em momentos diferentes o espaço da escola foi utilizado mesmo que precariamente,

registrando porém o nascimento de duas importantes instituições do município. Na década de

1980 a escola dispôs espaço para atendimento de pessoas com deficiência auditiva por

profissionais que posteriormente fundaram a Associação Medianeirense de Surdos e

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Fissurados – AMESFI que veio a funcionar como escola e centro de atendimento

especializado. Posteriormente, na década de 1990 a escola dispôs espaço para atender

crianças em período integral como creche, que permaneceu até o ano de 2003 quando foi

construída a creche do Bairro Condá. Desde então a escola passa a atender apenas alunos de

pré-escola, sendo a turma de pré-escola de 6 anos que antecedia a 1ª serie do Ensino

Fundamental e inclusive uma turma de pré-escola de 5 anos, a qual ainda não era ofertada na

nas escolas da rede municipal. As crianças desta turma eram das proximidades da escola e do

Bairro Belo Horizonte que chegavam até a escola com transporte de alunos da prefeitura

municipal.

Com o fechamento de escolas da zona rural, alunos das escolas rurais começaram a

frequentar as escolas urbanas sendo oferecido o transporte gratuito de alunos. O transporte da

prefeitura passa a trazer alunos de locais mais afastados das proximidades e do Bairro Belo

Horizonte que não tinham vaga disponível na escola mais próxima.

A área de abrangência de cada escola que foi instituída pela Secretaria Municipal de

Educação para organizar a oferta de vagas para a escola mais próxima da residência dos

alunos. O transporte então permaneceu para atender aos alunos que não conseguiam vaga

nas escolas dos bairros vizinhos e a alunos que pertenciam a área de abrangência e residiam a

mais de dois mil metros da escola ou que, por motivo de segurança, considerando o acesso

perigoso da rua marginal à rodovia federal, precisavam utilizá-lo.

A comunidade escolar participou ativamente da luta pela melhoria do acesso quando da

duplicação da rodovia Br 277, no ano de 2014 em que foi concedido a via de mão dupla para a

marginal da mesma, melhorando as condições de acesso para as famílias que transportavam

seus filhos com algum tipo de veículo e mesmo o transporte público. Quanto ao acesso à

escola pelas trilhas das chácaras próximas, que era uma tradição da escola, foi tornando-se

pouco seguro e até inviável para as famílias considerando os fins destinados aos terrenos

como aterramentos, que foi ocorrendo pelo uso dos proprietários.

No ano de 2005 a escola recebeu os primeiros alunos inclusos no ensino regular que

foram alunos surdos, posteriormente no ano de 2007 alunos cegos. Ingressaram também

outros inclusos como alunos autistas e com deficiência intelectual, entre outras necessidades

especiais.

Os alunos de integração chegaram em 2006 formando duas turmas de Classe Especial

transferidos a partir do fechamento da Classe Especial da Escola Municipal Guimarães Rosa

do Bairro Frimesa. Eram alunos com deficiência intelectual com avaliações antigas e

freqüentando a Classe Especial por muito tempo (uma média de 4 a 5 anos). Contaram com

um ótimo trabalho de professoras especialistas na área da Educação Especial e da

coordenação pedagógica sendo todos eles tiveram avanços significativos e foram

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encaminhados para o ensino regular quase na sua totalidade quando a Classe Especial foi

cessada.

Para acompanhar e dar suporte ao trabalho com estes alunos foram incluídos no quadro

professores/professoras intérprete de LIBRAS formados em nível superior e

professores/professoras de apoio suplementar de alunos com deficiência em sala de aula. Para

o trabalho com alunos deficientes visuais os professores/professoras receberam formação

específica em alfabetização em Braile, programa de orientação e mobilidade bem como o uso

de tecnologias assistivas.

No ano de 2008, teve o início a implantação gradativa do Ensino Fundamental de nove

anos, com a abertura de uma turma de 1º ano, composta por alunos que completaram 6 anos

até 01 março de 2008 concluindo a implantação em 2012, cessando o ensino fundamental de

oito anos em 2011, bem como a turma de classe especial que foi reduzida a apenas uma em

2010 e extinta ao final do ano letivo. Da mesma forma a escola passou a atender aos alunos

com turmas de 4 e 5 anos na Educação Infantil que até então era de 5 e 6 anos.

Quanto à acessibilidade, apenas na última reforma foram feitas algumas adequações

possibilitando a existência de rampa de acesso aos cadeirantes, corrimões que servem como

proteção e linhas guias para os cegos.

Antes disso os alunos cadeirantes como os que frequentaram a Classe Especial eram

auxiliados por professores/professoras, funcionários e alunos para se locomoverem sendo que

existiam degraus e nunca existiram banheiros adaptados.

Ao longo do tempo ficaram os registros de inúmeros projetos que a escola realizou e

participou. Um dos projetos, já extinto, era o Cooperlata. Caracterizou-se pela criação de uma

cooperativa para coletas de latas de alumínio formada pelos alunos e coordenada pela direção

da escola, onde os alunos recebiam o capital em dinheiro, conforme sua participação na coleta

de latas recicláveis, como sócios, recebendo ou custeando os passeios realizados ao final do

ano. Os alunos de todas as turmas coletavam latas de alumínio durante o ano que eram

pesadas e vendidas. Também durante o evento da festa junina os alunos de 4ª série se

responsabilizavam por organizar o recolhimento para auxiliar nos custos do tradicional para as

Cataratas no Parque Nacional do Iguaçu. O projeto tinha o objetivo de desenvolver a

consciência para os temas ambientais, bem como de cidadania, cooperação e

sustentabilidade. O mesmo surgiu a partir da formação do programa Cooperjovem pela

Cooperativa Lar com as escolas. Foi se extinguindo na medida em que a venda do material foi

se tornando inviável.

Outros projetos surgiram como o de inclusão que visava aproximar alunos do ensino

regular com inclusos por meio da linguagem dos surdos, o Braille e o respeito às diferenças.

Projetos de incentivo á leitura e à cultura foram implementados ao longo do tempo como a

leitura na Biblioteca Pública Municipal com confecção da carteirinha, cronogramas de visitas e

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passeios locais no município, passeios para Foz do Iguaçu e Cascavel aos pontos turísticos e

cinemas, a Noite Cultural que transformou-se no Festival Cultural, e o Festival Folclórico do

Município, programação da semana da criança e da festa junina. Alguns deles se naturalizaram

como projetos de inclusão, outros se modificaram e outros tornaram-se tradição da escola, de

forma permanente.

Os professores que passaram pela escola, desde o inicio de sua fundação, bem como

os demais da rede de ensino acompanharam e participaram das experiências educacionais da

região Oeste do Paraná. Neste processo tiveram fundamental importância a criação da

Associação Educacional do Oeste do Paraná – ASSOESTE em 1980, depois Departamento

Educacional da Associação dos Municipios Lindeiros do Paraná – AMOP, que contribuíram na

formação continuada dos professores e na produção do Currículo Básico para a Escola Pública

do Estado do Paraná que alicerçava a educação nos anos iniciais.Em 2005 os professores puderam participar dos estudos no município, onde

representantes analisavam e sistematizavam as contribuições de um conjunto de educadores a

respeito das bases filosóficas, psicológicas, pedagógicas e legais, bem como o método que

sustentaria a estrutura curricular, que foram incorporados para a construção de um novo

currículo para as escolas municipais.

A elaboração desses pressupostos curriculares teve por objetivo buscar a construção

de uma unidade e de uma identidade de classes, considerando a heterogeneidade das escolas

da Região Oeste. Assim, em 2007, a escola passou a seguir o Currículo Básico para a Escola

Pública Municipal do Oeste do Paraná – anos iniciais e Educação Infantil.

Muitas mudanças nas questões legais e estruturais foram marcando a existência da

escola e de seus profissionais como Reformas Curriculares, de Plano de Carreira, de Plano

Municipal e Nacionais de Educação, programas do governo federal do Fundo Nacional de

Desenvolvimento da educação – FNDE, de formação e capacitação de

professores/professoras. A comunidade sempre foi relativamente participativa, embora uma

parcela sempre precisou ser incentivada a participar. As reuniões e assembleias sempre

contaram com boa participação, bem como atividades, promoções e demais movimentos da

comunidade.

No início da década de 2000 a comunidade discutia a necessidade de cascalhamento da

rua e instalação e reforma de ventiladores nas salas de aula. No final da mesma década a rua

recebia pavimentação poliédrica e as salas de aula eram equipadas com condicionadores de

ar.

Numa pesquisa nesta mesma época, a comunidade desejava que fossem adquiridas

carteiras e cadeiras novas para melhor acomodação dos alunos. Nos meados desta mesma

década as carteiras antigas e de madeira foram sendo sub substituídas por carteiras e cadeiras

brancas de mdf e novamente em 2014 as escolas receberam carteiras e cadeiras apropriadas

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16

e adequadas ao tamanho de cada faixa estaria, pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento

FNDE.

Os recursos materiais e tecnológicos foram sempre disponibilizados e atualizados na

medida do possível para garantir o trabalho com as crianças. Cópias mimeografadas foram

sendo substituídas por impressões de qualidade, imagens limitadas por retroprojetores

substituídas por multimídia conectado a internet.

No ano de 2015 as escolas receberam equipamentos modernos de copiadoras,

impressoras e scanners com possibilidade de cópias preto e branco e coloridas para melhorar

a qualidade do material impresso. Também neste ano foi construído o banheiro para

deficientes no espaço da lavanderia e do escovatório.

Algumas possibilidades continuaram sendo discutidas pela comunidade escolar como a

necessidade de muitas adequações na escola como existência de biblioteca, refeitório, quadra

coberta e outros recursos, que mostraram a importância da sua participação na construção de

uma escola de qualidade. Uma delas foi a chegada da Sala de Recursos Multifuncional,

disponibilizada pelo Ministério da Educação para a escola Angelo Darolt. Porém, até o final do

ano letivo de 2015 a mesma funcionou apenas com os materiais e jogos pedagógicos já

existentes na escola, um local improvisado junto à sala de leitura, uma impressora Braille e um

scanner de voz, aguardando então a chegada de computadores, mobília e materiais

pedagógicos como estava previsto.

A organização das turmas é feita pela idade cronológica tendo com parâmetro 31/03, em

observâncias as Diretrizes Operacionais para a matrícula no Ensino Fundamental e na

Educação Infantil expressas na Resolução nº 6, de 20 de outubro de 2010 do Conselho

Nacional de Educação, Lei Estadual nº 18.492, de 24 de junho de 2015 que aprova o Plano

Estadual de Educação do Estado do Paraná e Deliberação nº02/2014, de 03/12/2014, do

Conselho Estadual de Educação do Paraná, que estabelece Normas e Princípios para a

Educação Infantil no Sistema de Ensino do Estado do Paraná. Há de se ressaltar no critério

adotado para a organização das modalidades o respeito à infância e às condições concretas de

desenvolvimento das crianças e suas singularidades, bem como, os espaços físicos, os

equipamentos e materiais pedagógicos existentes que propiciam a ludicidade, tendo como

parâmetro também a relação professor aluno, cumprindo assim, com as funções indispensáveis

na educação infantil de educar, cuidar e brincar, cuja preparação do tempo e espaço é

fundamental para o pleno desenvolvimento da criança e suas relações sociais.

VIDA LEGAL DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

Curso: 2000 - ENS.PRE-ESCOLAR

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Autorização de Funcionamento - RES 779 - 04/03/1991 - 01/01/1991 a 31/12/1992 - AUTORIZA O FUNC.DO ENSINO PRE-ESCOLAR,COM OFERTA DO JARDIM DE INFANCIADESDE 1991

Renovação Autorização de Funcionamento RES 2102 22/04/1993 - 01/01/1993 a 31/12/1994 PRORROGA PRAZO AUT.FUNC.DO ENSINO PRÉ-ESCOLAR

Renovação Autorização de Funcionamento RES 2466 05/05/1993 - 01/01/1994 a 31/12/1994 PRORROGA PRAZO AUT.FUNC.DO ENSINO PRÉ-ESCOLAR

Renovação Autorização de Funcionamento RES 5189 24/10/1994 - 01/01/1995 a 31/12/1997 PRORROGA PRAZO AUT.FUNC.DO ENSINO PRÉ-ESCOLAR,A PARTIR DE 1995

Renovação Autorização de Funcionamento RES 3504 21/10/2004 - 01/01/1998 a 31/12/2005 PRORROGA PRAZO AUT.FUNC.EDUCACAO INFANTIL, DESDE 1998(RES.AUT.0779/91)

Prorrogação de Funcionamento RES 2613 29/05/2007 - 01/01/2006 a 31/12/2008 RENOVA O PRAZO DA AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL(RES.AUT.779/91, DESDE 2006.

Prorrogação de Funcionamento RES 4234 16/09/2008 - 01/01/2009 a 31/12/2011 RENOVA PRAZO DA AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL (RES.AUT.779/91), DESDE 2009.

Renovação Autorização de Funcionamento RES 903 06/02/2012 - 01/01/2012 a 31/12/2014 RENOVA A AUTORIZAÇÃO P/ FUNCIONAMENTO DA ED. INF. DESDE O INICIO DO ANO DE 2012.

Renovação Autorização de Funcionamento RES 2951 21/09/2015 - 01/01/2015 a 31/12/2017 PAR 1364/2015-SEED/CEF, REN.AUT.FUNC.DA EDUCAÇÃO INFANTIL,PELO PRAZO DE 03(TRÊS)ANOS, A PARTIR DE 01/01/2015, (RES.AUT.779/1991). OBS: P/ ATENDIMENTO DE CRIANÇAS DE 04 (QUATRO) A 06 (SEIS) ANOS.

Curso: 4005 - 4013 - CURSO FUNDAMENTAL 1/4

Autorização de Funcionamento RES 345 05/02/1982 - 01/01/1982 a 31/12/1986 AUTORIZA O FUNC.DO ENSINO DE 1OGRAU 1/4 SERIE,DESDE 1982(PELA ADEMED)

Renovação Autorização de Funcionamento RES 2303 12/07/1988 - 01/01/1987 a 31/12/1992 PRORROGA PRAZO AUT.FUNC.DO ENSINO DE 1ºGRAU 1/4 SERIE

Renovação Autorização de Funcionamento RES 2465 05/05/1993 - 01/01/1993 a 31/12/1997 PRORROGA PRAZO AUT.FUNC.DO ENSINO DE 1ºGRAU 1/4 SERIE,DESDE 1993

Renovação Autorização de Funcionamento RES 3507 21/10/2004 23/11/2004 01/01/1998 RENOVA,POR TEMPO INDETERMINADO, O PRAZO AUT.FUNC.DO ENSINO FUNDAMENTAL1/4 SERIE,DESDE 1998(RESOL.AUT.0345/82)

Cessação Definitiva RES 3374 20/10/2015 - CESSAR DEFINITIVAMENTE AS ATIVIDADES ESCOLARES RELATIVAS AO ENSINO FUNDAMENTAL (1ª a 4ª SÉRIE), EM TODAS AS INSTITUIÇÕES DO SISTEMA ESTADUAL DE ENSINO DO PARANÁ, A PARTIR DA DATA DA PUBL.DA RES. OBS: CONTINUAM EM VIGOR PARA AS QUE OPTARAM PELA TRANSPOSIÇÃO DOS ATOS, DO ENSINO FUNDAMENTAL (1ª A 4ª SÉRIE), PARA O ENSINO FUNDAMENTAL (1º AO 5º ANO).

Curso: 4035 - CURSO FUNDAMENTAL 1/5 ANOS

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Autorização de Funcionamento RES 3936 29/08/2008 - 28/10/2008 a 31/12/2012 AUTORIZA O FUNCIONAMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL 1/5 ANO, POR 05 ANOS, DESDE 2008, PARECER 2640/08-CEF.

Renovação Autorização de Funcionamento RES 953 28/02/2013 - 01/01/2013 a 31/12/2017 PAR 664/13-SEED/CEF

Curso: 2100 - ENS.PRE-ESCOLAR-CRECHE

Autorização de Funcionamento RES 779 04/03/1991 - 01/01/1991 a 31/12/1992 AUTORIZA O FUNC.DO ENSINO PRE-ESCOLAR,COM OFERTA DO JARDIM DE INFANCIADESDE 1991

Renovação Autorização de Funcionamento RES 2102 22/04/1993 - 01/01/1993 a 31/12/1994 PRORROGA PRAZO AUT.FUNC.DO ENSINO PRÉ-ESCOLAR

Renovação Autorização de Funcionamento RES 2466 05/05/1993 - 01/01/1994 a 31/12/1994 PRORROGA PRAZO AUT.FUNC.DO ENSINO PRÉ-ESCOLAR 33

Renovação Autorização de Funcionamento RES 5189 24/10/1994 - 01/01/1995 a 31/12/1997 PRORROGA PRAZO AUT.FUNC.DO ENSINO PRÉ-ESCOLAR,A PARTIR DE 1995 33

Renovação Autorização de Funcionamento RES 3504 21/10/2004 - 01/01/1998 a 31/12/2005 PRORROGA PRAZO AUT.FUNC.EDUCACAO INFANTIL,DESDE 1998(RES.AUT.0779/91)

Prorrogação de Funcionamento RES 2613 29/05/2007 - 01/01/2006 a 31/12/2008 RENOVA O PRAZO DA AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL(RES.AUT.779/91, DESDE 2006.

Prorrogação de Funcionamento RES 4234 16/09/2008 - 01/01/2009 a 31/12/2011 RENOVA PRAZO DA AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL (RES.AUT.779/91), DESDE 2009.

Renovação Autorização de Funcionamento RES 903 06/02/2012 - 01/01/2012 a 31/12/2014 RENOVA A AUTORIZAÇÃO P/ FUNCIONAMENTO DA ED. INF. DESDE O INICIO DO ANO DE 2012.

Geral da Escola:

MODIFICAÇÃO APROVA MOD SIST AVAL PAR 213 20/07/1981

PLANO DE IMPLANTAÇÃO APROVA PL IMPL PAR 232 04/08/1981 19

MODIFICAÇÃO HOM PAR MOD SIST AVAL RES 2111 01/09/1981 18/09/1981

PLANO DE IMPLANTAÇÃO HOM PAR PL IMPL RES 2308 28/09/1981 09/10/1981

Autorização de Funcionamento AUTORIZA O FUNC.DO ESTAB.DE ENSINO RES 345 05/02/1982 01/01/1982

MODIFICAÇÃO APROVA MOD SIST AVAL PAR 431 19/07/1982

MODIFICAÇÃO HOM MOD SIST AVAL RES 2567 24/09/1982 05/10/1982

MODIFICAÇÃO APROVA MOD SIST AVAL PAR 93 08/06/1983

MODIFICAÇÃO HOM PAR MOD SIST AVAL RES 4012 29/11/1983

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ALTERAÇÕES PASSA MANUTENC E NOMENCLATURA MUNICIPAL RES 1511 11/04/1985

Alteração de Mantenedora PASSA MANUTENC E NOMENCLATURA MUNICIPAL RES 1511 11/04/1985

PLANO DE IMPLANTAÇÃO APROVA PL CURR DE PRE ESCOLA PAR 165 02/04/1990

PLANO DE IMPLANTAÇÃO HOM PL CURR DE PRE ESCOLA RES 905 04/04/1990

PLANO DE IMPLANTAÇÃO APROVA PL CURR DE PRE ESCOLA PAR 482 20/12/1990

Regimento Escolar APROVA REG ESCOLAR DE PRE ESCOLA PAR 482 20/12/1990 15

Regimento Escolar APROVA REG ESCOLAR DE PRE ESCOLA PAR 482 20/12/1990

PLANO DE IMPLANTAÇÃO HOM PL CURR DE PRE ESCOLA RES 4021 26/12/1990

Regimento Escolar HOM REG ESCOLAR DE PRE ESCOLA RES 4021 26/12/1990

Regimento Escolar HOM REG ESCOLAR DE PRE ESCOLA RES 4021 26/12/1990

ALTERAÇÕES ACRESCENTA O TERMO ENSINO PRÉ-ESCOLAR NO NOME,PASSANDO A DENOMINAR-SE:ESCOLA MUNICIPAL ANGELO DAROLTENSINO PRÉ-ESCOLAR E DE 1ºGRAU RES 779 04/03/1991

Alteração de Denominação ACRESCENTA O TERMO ENSINO PRE-ESCOLAR NO NOME,PASSANDO A DENOMINAR-SE:ESCOLA MUNICIPAL ANGELO DAROLT RES 779 04/03/1991

ALTERAÇÕES ALT.DEN.CFE.DEL.003/98-CEE DE:ANGELO DAROLT, ESC MUL-ENS PRE ESC 1 GR PARA:ANGELO DAROLT, E M - ED INF ENS FUND RES 3120 08/08/1998

Regimento Escolar APROVA REGIMENTO ESCOLAR EDUCAÇÃO INFANTIL E 1ª A 4ª S©RIE ENSINO FUNDAMENTAL PAR 1500620 17/01/2002 15

Regimento Escolar APROVA REGIMENTO ESCOLAR EDUCACAO INFANTIL E 1A A 4A SERIE ENSINO FUNDAMENTAL PAR 62002 17/01/2002 23

Adendo ao Regimento APROVAÇÃO DO ADENDO DE ALTERAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR QUE TRATA DOSISTEMA DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ATO 43 15/04/2004 23

Adendo ao Regimento APROVACAO DO ADENDO DE ALTERACAO DO REGIMENTO ESCOLAR QUE TRATA DO SISTEMA DE AVALIACAO DA APREND ATO 43 15/04/2004 23

Adendo ao Regimento ADENDO DE ALTERAÇÃO AO REGIMENTO ESCOLAR QUE TRATA DA GESTÃO ESCOLAR, DA ORGANIZAÇÃO DIDTICA ATO 84 19/04/2005

Adendo ao Regimento ADENDO DE ALTERACAO AO REGIMENTO ESCOLAR QUE TRATA DA GESTAO ESCOLAR, DA ORGANIZACAO DIDATICA ATO 84 19/04/2005

Credenciamento educação básica CREDENCIA A OFERTA DA ED. BÁSICA POR (05 ANOS), A PARTIR DA DATA DA PUBL. DA RES.

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4 – CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR

Na extremidade do Bairro Condá, limite com o Bairro Belo Horizonte, proximidade com o

Bairro Ipê e a pouca distância do centro da cidade de Medianeira, com um acesso

relativamente difícil por uma rua marginal à rodovia federal, não possui representatividade

numa comunidade específica, por atender a população oriunda de várias localidades, tendo

esta comunidade uma movimentação de público diferente a cada ano.

Em torno de 61% dos alunos residiam em anos anteriores, nas proximidades da escola,

pertencendo à área de abrangência da escola, enquanto que 39% dos demais eram oriundos

outros bairros ou localidades.

Gráfico 1 - Alunos matriculados conforme área de abrangência a escola em anos

anteriores

39%

61%

Fonte: Levantamento estatístico – Escola Angelo Darolt

No ano de 2016 46% dos alunos pertencem a área de abrangência que é caracterizada

pelas localidades: Bairro Condá e Bairro Belo Horizonte nas proximidades da escola, e os

Loteamentos Ana Claudia, Vila Verde, Páglia e Debastiani, enquanto 54% estão fora da área

de abrangência.

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Gráfico 2 – Alunos matriculados conforme a área de abrangência a escola no ano de

2016

54%

46%

Fonte: Levantamento estatístico – Escola Angelo Darolt

Para chegarem até a escola são trazidos por seus responsáveis com transporte

particular, de transporte escolar, a pé pela rua marginal à rodovia o ainda utilizando as trilhas

existentes entre as chácaras.

Também em anos anteriores um número equivalente a 49% utilizavam o transporte

escolar por serem residentes de bairros próximos que não encontram vaga na sua escola mais

próxima ou os que estavam na área de abrangência numa distância superior a 2 quilômetros.

Dentre estes são considerados os alunos de transporte da educação especial e residem em

bairros mais distantes como os alunos inclusos no ensino regular. Portanto, 51% dos alunos

não utilizavam o transporte escolar.

Gráfico 3 - Alunos que utilizavam transporte escolar nos anos anteriores

51%49%

Fonte: Levantamento estatístico – Escola Angelo Darolt

No ano de 2016 houve um aumento no número de alunos que utilizam o transporte

escolar chegando a 52%, maioria dos alunos, portanto que utilizam transporte escolar.

Gráfico 4 - Alunos que utilizam transporte escolar em 2016

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48%52%

Fonte: Levantamento estatístico – Escola Angelo Darolt

Há crianças, cujos pais preferem que seus filhos estudem numa escola menor, e mesmo

não sendo da área de abrangência trazem até a escola com transporte particular ocupando as

vagas excedentes.

Os que vivem em comunidades do campo utilizam até mais do que um transporte. São

filhos de agricultores que trabalham com pequenas extensões de terra, vivem em comunidades

com espaços e condições saudáveis de desenvolvimento, com controle de problemas de

degradação ambiental e estrutura financeira relativamente favorável.

As crianças fazem parte, na sua totalidade, da classe trabalhadora. São filhos de

trabalhadores assalariados, pequenos agricultores, microempresários, trabalhadores

autônomos e informais, com moradias simples, mas de relativo conforto ou condições de

sobrevivência. Dentre eles há um grupo de 18% de crianças de famílias que necessitam e

recebem benefícios de programas do Governo Federal, dos como o Bolsa Família, alguns que

precisam ser acompanhados pelo serviço social e que vivem em situação de vulnerabilidade

social. Da mesma maneira, é reduzida, mas existente, a presença de crianças de um grupo da

população de melhor situação econômica, com considerável condição de acesso aos bens

materiais e culturais.

Em virtude também da localização, sempre foi reduzido o número de alunos que facilitou

a inclusão de alunos com necessidades especiais e receber alunos que são de outras áreas de

abrangência que não encontram vaga nas escolas próxima a suas casas ou simplesmente

desejam matriculá-los nesta escola. Um número reduzido apresenta distorção idade série que

representam alunos retidos em algum momento por dificuldades de aprendizagem ou alunos

que ingressam transferidos.

Os estudantes são ativamente engajados e realizam as atividades de sala de aula. Tem

consciência de sua participação na conservação do patrimônio escolar. Os alunos gostam do

ambiente escolar e compreendem que os professores/professoras se preocupam com eles e

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sua aprendizagem. Demonstram interesse e resultados positivos a cada bimestre nas

avaliações.

Observa-se também que a rotatividade de alunos/alunas nas turmas ocorre com uma

movimentação em torno de 20% a 30%. Em 2014 a movimentação foi de 27% dos alunos

sendo transferidos, sendo que 73% apenas dos matriculados em qualquer época do ano,

concluíram o ano letivo na escola e em 2015 foram transferidos 22% transferidos e 78%

concluintes.

Gráfico 5 - Alunos concluintes e transferidos em 2014

27%

73%

Fonte: Levantamento estatístico - Tabela C – 2014 – Escola Angelo Darolt

Gráfico 6 - Alunos concluintes e transferidos em 2015

22%

78%

Fonte: Levantamento estatístico - Tabela C – 2015 – Escola Angelo Darolt

Conforme mostra o gráfico acima, em virtude de não haver permanência no bairro ou

nas proximidades da escola, muitos alunos/alunas mudam com frequência de residência e ou

de cidade com suas famílias que buscam sempre melhores condições de vida.

Muitas destas crianças chegam até a escola apresentando baixo rendimento em função

das condições de vida que lhes são impostas: mudanças constantes, as condições

socioeconômicas, a organização familiar, a troca de professores/professoras, dentre outras.

Quando as crianças permanecem na escola por um tempo razoável, tem mostrado progressos

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e resultados satisfatórios. Porém, infelizmente, há aquelas famílias com permanência reduzida

na comunidade que acabam mudando novamente num círculo vicioso que se perpetua, numa

sociedade excludente, carente de programas eficientes que visem à melhoria das condições de

vida destas pessoas.

Da mesma forma é preocupante a chegada de alunos/alunas já no final do ano, com

notas baixíssimas e sem tempo hábil de recuperação de estudos e melhora do rendimento, que

infelizmente, acabam sendo reprovados pelo sistema, aumentando as estatísticas de

repetência. Estes alunos raramente permanecem na escola no ano seguinte e possuem um

histórico de passagem por diversas escolas de outras cidades, novamente, é a organização

social impondo barreiras para a aprendizagem das crianças.

Uma problemática que soma-se a tudo isso são as crescentes dificuldades em relação

ao reflexo negativo no desenvolvimento da criança na escola, em razão da existência de

violência domestica, negligência para com as crianças em relação a atenção pela família ou

seus responsáveis, situações de crianças com problemas de saúde e higiene que vem para a

escola e não foram assistidas, que permanecem sozinhas em casa, que apresentam traços de

violência física ou simbólica, que não estão alimentadas, que não possuem atenção em relação

a regras e disciplina no ambiente familiar, principalmente em relação aos estudos, materiais e

tarefas. Este é um desafio que tem tomado cada vez mais tempo e esforço dos profissionais

que atuam em rede na área da Educação, da Saúde e no Serviço Social.

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5. MARCO SITUACIONAL

5.1 - DIAGNÓSTICO DO ESTABELECIMENTO

A Escola Angelo Darolt, sendo uma escola com estrutura pequena, sempre apresentou

um ambiente agradável, com certa tranquilidade, devido a posição geográfica entre chácaras,

áreas de mananciais e proximidade com a natureza. Possui por isso um acesso limitado como

fim da rua Rio Grande do Norte com trilhas ainda utilizadas pelas crianças entre as chácaras

vizinhas e calçadas degradadas ou inexistentes na marginal da rodovia e no acesso até a

frente da escola. Áreas de mananciais próximas da escola com o tempo foram tornando-se

aterros e depósitos de entulhos inclusive muito próximos da área livre de acesso a recreação

das crianças.

Dentre muitos aspectos positivos da Escola Municipal Angelo Darolt destacam-se:

Equipe escolar comprometida.

Interação Escola X Família x Comunidade.

Formação Continuada para todos os segmentos da escola.

Projetos.

Alimentação escolar de qualidade.

Tabletes.

Climatização.

Acessibilidade.

Laboratório de Informática Educativa.

Internet.

Hora atividade.

Acervo de Literatura.

Incentivo à leitura e cultura

Materiais pedagógicos.

Conselho Escolar.

APMF.

PDDE.

Aprovação dos alunos.

Prova Ana

Recreio Dirigido.

A escola obteve vários avanços, contudo muitos destes aspectos ainda precisam ser

melhorados, tais como:

Falta de envolvimento e incentivo de algumas famílias na vida escolar dos educandos.

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Construção de mais salas.

Adquirir mais materiais pedagógicos.

Adquirir mais livros.

Internet.

Recreio Dirigido.

Área coberta.

Construção de refeitório.

Contra turno.

Situacional Sócio Ambiental

5.2 – ORGANIZAÇÃO ESCOLAR

A Escola Angelo Darolt atende aproximadamente 130 alunos divididos entre Educação

Infantil e Ensino Fundamental do primeiro ao quinto ano.

A partir da Lei 11.700/2008 que incluiu o inciso X no artigo 4º, fixando como dever do

Estado efetivar a garantia de vaga na escola pública a toda criança a partir da data que

completar 4 anos de idade, as crianças ingressam na escola com 4 anos completos até 31 de

março do ano letivo vigente. Da mesma forma conforme preconizam as Leis 11.274/2006 e

11.114/2005 que dispõe sobrea duração de 9 anos para o Ensino Fundamental, e a

obrigatoriedade da matricula no Ensino Fundamental aos 6 anos de idade, a escola realiza a

matricula no 1º ano do Ensino Fundamental priorizando as vagas para os alunos com 6 anos

completos também até 31 de março. Conforme orientação da Secretaria Municipal de

Educação, ao existir vaga são matriculados os alunos que completam a idade prevista após a

data de 31 de março até 31 de dezembro quando solicitado pelos pais ou responsáveis,

mediante termo de responsabilidade onde tornam-se cientes da importância da matrícula na

idade orientada para a garantia do desenvolvimento adequado da criança na infância.

São ofertadas até 20 vagas para a turma da Educação Infantil de 4 anos com um

professor/professora regente, sendo estendida para até 25 quando dispuser de um

professor/professora auxiliar. Para a Educação Infantil de 5 anos são ofertadas até 24 alunos

com um professor/professora regente. As turmas de 1º ao 3º anos ofertam até 25 vagas,

enquanto as turmas de 4º e 5º anos ofertam até 30 vagas, com um professor/professora

regente, podendo ter um professor/professora de apoio suplementar quando determinado pela

Secretaria Municipal de Educação em casos de existência de alunos inclusos com

necessidades educativas especiais, como o caso da turma que possui alunos cegos e com

Síndrome do Autismo, onde o professor/professora de apoio suplementar faz as adaptações

curriculares necessárias e auxilia no uso de tecnologias assistivas.

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No período matutino são atendidos alunos das turmas de 3º, 4º e 5º anos e Sala de

Recursos e/ou Recuperação Paralela que atende alunos em contra turno. No período

vespertino são ofertadas turmas de 1° ano e 2° anos, Sala de Recursos e/ou Recuperação

Paralela, Pré I e Pré II da Educação Infantil. As aulas em turno normal têm uma duração de

quatro horas relógio diárias.

As aulas de Recuperação Paralela atendem os alunos do Ensino Fundamental em

turmas de até 8 alunos durante 2 horas até 3 vezes por semana. A Sala de Recursos atende

alunos encaminhados mediante Avaliação Psicoeducacional em turmas de até 5 alunos

durante até 2 horas e 30 minutos até 3 vezes por semana.

O ano letivo é composto seguindo o calendário de no mínimo duzentos dias letivos,

totalizando 800 horas relógio como as demais escolas da Rede Municipal de Ensino.

O horário é organizado de forma que todos os professores/professoras possam ter sua

hora atividade garantida, inclusive o professor/professora de apoio suplementar da turma em

que estão os alunos com necessidades educativas especiais. As horas restantes em que os

professores/professoras das disciplinas não tiverem aulas, são utilizadas para projetos voltados

a recuperação de estudos, leitura, escrita, arte, jogos educativos, entre outros que a escola

sentir necessidade.

Tabela 1 – Lista de Turmas - 2016

5.3 ESPAÇO FÍSICO

Modalidade / Ano/ série Período Nº de turmas

Pré I Tarde 1

Pré II Tarde 1

1º ano Tarde 1

2º ano Tarde 1

3º ano Manhã 1

4º ano Manhã 1

5º ano Manhã 1

Recuperação Paralela Manhã 1

Tarde 1

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Em relação ao espaço físico, a escola possui uma área total de 4466,74m 2, 1229,14m2

de área livre, 946,244 de recreação com parquinho e 605,73m2 são de área construída

conforme descrito abaixo:

Uma sala de aula de 48,37 m2

Duas salas de aula de 47 m2

Uma sala de aula de 49,61 m2

Um laboratório de informática de 36,17 m2

Uma sala de materiais pedagógicos e de educação física de 15,17m2

Uma sala dos professores de 35,72 m2

Uma sala que abriga a secretaria de 8,50 m2.

Uma sala que abriga o acervo bibliográfico de 21,60 m2

Uma sala para a direção de 8,10 m2.

Uma cozinha de 24,48 m2

Um depósito de alimentos de 6,00 m2

Um banheiro feminino com dois vasos sanitários e chuveiro de 10,19m2.

Um banheiro masculino com dois vasos sanitários e chuveiro de 10,34m2

Um banheiro de funcionários de 3,77 m2

Um banheiro acessível de 2,55 m2

Uma área de serviço de 6,50 m2

Uma área coberta de 108,74 m2

Uma área de circulação de 19,94 m2

Uma rampa de 31,13 m2

Um parquinho de 946,244m2

Em relação à estrutura física, a escola possui cinco salas de aula, sendo que quatro

delas são salas de aula em tamanho padronizado, construídas para este fim, e uma delas

comporta o Ambiente Tecnológico (ATE) que se trata de um laboratório de informática no qual

ficam também guardados os equipamentos do próprio laboratório, materiais de áudio e vídeo,

impressora, projetor multimídia, lousa digital e os tablets que são usados pelas turmas do 5º

ano. Este laboratório de informática possui equipamentos em bom funcionamento que conta

apenas com uma dificuldade que se trata da carga de energia que não comporta o

funcionamento de todo o equipamento, com pequenos cortes que interrompem eventualmente

a conexão com a rede, prejudicando o bom aproveitamento e evidenciando a necessidade de

substituição da antiga rede de energia existente.

Todas as salas estão em bom estado de conservação, possuem ar condicionado que

eventualmente carecem e ficam aguardando manutenção, cortinas e iluminação necessária,

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não dispensando a instalação de mais um conjunto de lâmpadas em cada uma delas. Uma

destas salas funciona com dois mobiliários diferentes, um para o Ensino Fundamental e um

para a Educação Infantil. Na sala de professores/professoras também está a coordenação

pedagógica e nela é feita a guarda de materiais pedagógicos, equipamentos de som e material

de expediente, sendo o mobiliário desta sala todo adaptado pela APMF para que a mesma

pudesse cumprir com todas estas funções. A sala ainda conta com dois computadores, um de

uso dos professores/professoras em hora atividade e outro para uso da coordenação e direção

da escola, as impressoras e um ar condicionado.

A secretaria e sala de direção foram construídas para este fim, são duas salas pequenas

e abrigam apenas a mobília e equipamentos necessários para que cumpram as suas funções,

na secretaria há um computador com impressora, além da escrivaninha e os arquivos para a

guarda da documentação.

A cozinha possui um tanque, duas cubas, bancada, um fogão, um armário, um freezer e

uma geladeira pequena. O espaço apresenta bom estado de conservação. Anexo à cozinha

existe uma despensa precária com prateleiras, a mesma serve para a guarda dos utensílios de

cozinha e de alimentos não perecíveis.

A escola possui sanitários masculino e feminino para os alunos, e um sanitário para os

funcionários, nenhum deles é adaptado para pessoas com deficiência.

Como foi construída em duas alas e há um significativo desnível entre elas onde existe

uma rampa que dá acesso à ala mais elevada que abriga quatro salas, a cozinha e o sanitário

dos funcionários.

Entre as duas alas existe uma área coberta que é utilizada para a recepção dos alunos,

recreação, reuniões de pais, dentre outras atividades.

A escola possui ainda um escovatório que funciona no mesmo espaço da lavanderia

para os projetos de saúde bucal que passará por uma reforma no ano de 2015 com a

construção de um sanitário para deficientes neste espaço.

O parque infantil é amplo que serve para o uso dos alunos no recreio, nas horas de lazer

e em atividades dirigidas. O parque possui brinquedos antigos, mas, bem conservados.

A escola não possui quadra de esportes e as aulas de Educação Física são ministradas

num terreno gramado anexo ao pátio escolar. As aulas de Educação Física e o recreio são

realizados no saguão nos dias em que o clima não permite usar a área livre.

Não existe um espaço específico para o almoxarifado. Os materiais de Educação Física

e Arte são guardados numa pequena sala. O material de limpeza é armazenado em uma

pequena edificação atrás do prédio escolar, neste espaço também ficam guardados os

materiais de Educação Física que não podem ser guardados na sala de aula, como pneus,

trave de equilíbrio, traves pequenas para futebol. O material de expediente fica armazenado na

sala de coordenação juntamente com parte do material pedagógico e os equipamentos de som.

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O material utilizado nas atividades de teatro e aulas de literatura, que é composto de fantasias,

alegorias, máscaras, perucas, fantoches, dentre outros fica armazenado em caixas

acomodadas em prateleiras improvisadas dentro do banheiro dos funcionários e na sala

utilizada para Sala de Recursos e de leitura.

Apesar de o prédio ser antigo com espaços adaptados e da falta de estrutura, o

ambiente é agradável e propício à aprendizagem.

5.4 – RECURSOS HUMANOS

Para atender aproximadamente de 130 alunos a escola conta catorze profissionais. Há

uma secretária na área administrativa. Três funcionárias são da equipe de apoio, sendo que

uma atua na cozinha e duas na limpeza. Dez são professoras, sete delas com quarenta horas

semanais na escola e três com apenas 20 horas de trabalho semanal na escola.

Tabela 2– Lista de Professores e Funcionários - 2016

FUNCIONÁRIOS FUNÇÃO QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

Clenir Inês Eidt Zanotelli Professora

Graduação em Letras, Pós-Graduação em Educação Especial Inclusiva, Pós-graduação em Arte Educacional e Terapia

Dalva Machado de Souza Arns Serviços gerais Ensino Médio completo

Dandara Tocheto Professora Cursando graduação em História

Dulce Fatima Debarba Professora

Graduação em Pedagogia, Pós- graduação em Psicopedagogia Pós-graduação em Institucional, Administração, Supervisão e Orientação Educacional, Pós-graduação em Educação Especial e Inclusiva.

Hilária Rech Flores Diretora

Graduação em Ciências Contábeis, Pós-graduação em Educação Infantil, cursando graduação em Pedagogia.

Laudicéia de Fátima Fontanella Oro

Coordenadora Pedagógica

Magistério, Graduação em Pedagogia, Pós- graduação em Psicopedagogia Institucional, Pós-graduação em Administração, Supervisão e Orientação Educacional.

Lisméia Fontanela Barcelo ProfessoraMagistério, Graduação em Pedagogia, Pós-Graduação em Orientação, Supervisão e

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Administração Escolar.

Maria Ines Kunzler Serviços Gerais Ensino Fundamental Completo.

Marli Rosa de Araujo Cozinheira Ensino Fundamental Incompleto.

Neide Fernandes Puerari ProfessoraMagistério, Graduação em Artes Plásticas, Pós-Graduação em Psicopedagogia Institucional.

Roseli Busanello Borges dos Santos Professora

Graduação em Pedagogia, Pós-graduação em Educação Especial e Inclusiva.

Salete Tubiana dos Santos Professora Graduação em Pedagogia.

Sandra Aparecida de Macedo Primaz Professora

Magistério, Graduação em Pedagogia, Pós- graduação em Educação Especial e Inclusiva.

Semilli Ariana dos Santos Pereira Secretária Cursando Administração.

5.5 – RECURSOS PEDAGÓGICOS E TECNOLÓGICOS

O Ambiente Tecnologico Educacional (ATE) subsidiado pelo programa “Proinfo” é

utilizado pelos professores/professoras como uma ferramenta a mais no processo de ensino na

Educação Infantil e no Ensino Fundamental.

O trabalho pedagógico no Ambiente Tecnologico Educacional (ATE) é coordenado pela

coordenadora pedagógica da escola e a parte física é acompanhada da diretora. Para dar

suporte ao trabalho existe o Núcleo Tecnológico Municipal (NTM) que conta com uma

profissional especializada para assuntos pedagógicos e um técnico em informática que dá

suporte na parte de equipamentos.

Para auxiliar na incorporação e planejamento da nova tecnologia, no suporte técnico e

capacitação dos professores/professoras, a escola conta com o Núcleo Tecnológico Municipal

(NTM) que é uma estrutura descentralizada de apoio ao processo de informatização das

escolas, com o objetivo de oferecer assessoramento aos educadores, sua formação e

ampliação das possibilidades de utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação,

vinculada à metodologia no processo de ensino e aprendizagem com recursos digitais nas

escolas municipais. Atende as escolas municipais assessorando no suporte técnico e

pedagógico no uso da tecnologia no processo de ensino-aprendizagem de forma adequada,

acompanhando e avaliando o local do processo de informatização das escolas, articulando os

recursos tecnológicos com a educação significativa no processo da construção do

conhecimento. Os cursos são ofertados na modalidade de educação à distância, online, offline

e presenciais disponibilizados em diversas mídias além da plataforma e-proinfo.

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No ano de 2011, os professores/professoras da escola iniciaram a formação com o

curso de Introdução e Educação Digital, com carga horária de 40 horas, ofertado pelo Núcleo

Tecnológico Municipal (NTM). O curso ofereceu suporte aos professores/professoras para

trabalhar com seus alunos no ATE, no sentido de utilizar a informática educativa como

instrumento, ou meio de ensino, instigando a compreensão e a interação crítica do aluno,

favorecendo o desenvolvimento de seu intelecto e fomentando a pesquisa. Após o curso de

Introdução á Educação Digital os professores/professoras tiveram continuidade às formações

com os cursos Tecnologias na Educação: Ensinando e Aprendendo com as Tecnologias da

Informação e Comunicação – TIC, Redes de Aprendizagem e Oficinas do Sistema Operacional

Linux. Os cursos, auxiliaram os professores/professoras a lançarem mão dos recursos

tecnológicos e novas mídias para potencializar a aprendizagem dos conteúdos curriculares e

também contribuir pedagogicamente para a inclusão digital dos educandos.

A escola possui também uma sala que é utilizada para a guarda do acervo bibliográfico

onde, ficam organizados e de acesso aos alunos, professores/professoras e funcionários, o

acervo composto por de literatura infantil que estão disponíveis tanto para os alunos do Ensino

Fundamental, quanto para os alunos da Educação Infantil, livros técnicos e pedagógicos, bem

como dicionários, livros didáticos e periódicos; materiais pedagógicos dentre eles jogos,

brinquedos e mapas; coletâneas de áudio livros e volumes em MEC DAYSY de uso exclusivo

dos alunos cegos, coleções de filmes em VHS e DVDs; DVDs do programa TV ESCOLA. Estes

recursos estão disponíveis para uso de todos os professores/professoras com seus alunos de

acordo com a faixa etária de cada turma para implementar o trabalho durante as aulas e nas

atividades de Recuperação Paralela.

Os recursos materiais e tecnológicos foram sempre sendo aprimorados como os

computadores de acesso aos professores/professoras para organização de suas aulas,

impressão de materiais e acesso a internet. Equipamentos de som, televisor, DVD,

retroprojetor, projetor multimídia Proinfo, jogos pedagógicos, didáticos e brinquedos foram

sempre disponibilizados e atualizados para garantir o trabalho com as crianças.

Tabela 3 – Lista de Materiais Didático-Pedagógicos

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Materiais Didático-Pedagógicos

ANO2012

ANO2013

ANO2014

ANO2015

ANO2015

Ábaco aberto 8 8 8 8 8Alfabeto Silábico ou Ilustrado 15 21 21 21 21Aramados 6 6 6 6 6Bingo Numeral - - - - 40Bingo de Palavras - - - - 24Bloco Lógico 8 8 8 8 8Caixas com Baralho 3 3 3 3 3Carimbos 18 18 21 21 21Coleção de objetos 20 22 25 33 33Dominó 34 34 34 33 40Futebol de pregos 4 4 4 4 4Jogo de xadrez 10 12 12 12 12Jogos com Letras - - - 40 46Jogos de Alfabetização - - - 3 3Jogos de Matemática - - - 10 14Jogos de memória 31 39 39 31 57Jogos das cores Rubiks Race 7 7 7 6 6Loto Numérica - - - 5 5Luneta Galileuscope - 1 1 1 1Lupa 22 22 22 22 22Ábaco aberto 8 8 8 8 8Alfabeto Silábico ou Ilustrado 15 21 21 21 21Aramados 6 6 6 6 6Bingo Numeral - - - - 40Bingo de Palavras - - - - 24Bloco Lógico 8 8 8 8 8Caixas com Baralho 3 3 3 3 3Carimbos 18 18 21 21 21Coleção de objetos 20 22 25 33 33Dominó 34 34 34 33 40Futebol de pregos 4 4 4 4 4Jogo de xadrez 10 12 12 12 12Jogos com Letras - - - 40 46Jogos de Alfabetização - - - 3 3Jogos de Matemática - - - 10 14Jogos de memória 31 39 39 31 57Jogos das cores Rubiks Race 7 7 7 6 6Loto Numérica - - - 5 5Luneta Galileuscope - 1 1 1 1Lupa 22 22 22 22 22Ábaco aberto 8 8 8 8 8Loto leitura 8 8 8 6 6Material dourado 43 43 43 43 43Numerais e quantidade 6 6 6 6 6Painéis psicomotores 4 4 4 4 4Quebra-cabeça 45 50 54 54 54Sequência lógica 13 16 16 16 16Tangran EVA - - - 30 30Torre de blocos 5 5 5 5 5Torre de Hanói 4 4 4 4 4Torre de encaixe 7 7 7 7 7

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Tabela 4 – Lista de Acervo Bibliográfico

Tabela 5 – Lista de Recursos Tecnológicos

Acervo Bibliográfico ANO2012

ANO2013

ANO2014

ANO2015

ANO2015

Total de volumes Técnicos, de Literatura e Didáticos

4578 5420 5302 5333 5479

Coleções de Literatura Infantil - - - - 37

Recursos Tecnológicos ANO2012

ANO2013

ANO2014

ANO2015

ANO2015

Computadores 9 9 9 12Estabilizador 9 9 9 11 11Notebook 1 1 1 1 4Projetor multimídia 1 1 1 1 1Impressora 4 4 4 4 4Máquina de escrever em Braille 2 2 2 2 2Impressora em Braille - - 2 2 1Digitalizador de imagens e scanner de voz - - 1 1 1

Lousa digital - - 1 1 1Tablet - - 14 14 14Volumes em MEC DAYSY - - - - 155Fitas VHS - - - - 178DVDs TV Escola - - - - 100Áudio livros e historias em CD - - - - 158

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6. MARCO CONCEITUAL PRINCIPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS

6.1. – CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

A Escola Municipal Angelo Darolt é considerada por todos, como um espaço e lugar

privilegiado de ensino-aprendizagem e tem passado por expressivas transformações de caráter

social, político e econômico e desempenha um papel social expressivo na construção e

reconstrução daqueles que passam parte de suas vidas sendo orientados e preparados por

ele.

Educar implica considerar que educamos para uma determinada sociedade, e nestes

tempos de incertezas, fazer educação é assumir que fazemos em uma sociedade em

permanente mudança. Entendemos que é possível haver uma mudança considerável no

contexto educacional ao inverter a concepção norteadora da bancária, que predomina hoje

majoritariamente, para a progressista que entende o ato de educar como o constante processo

de libertação da humanidade. Esta educação não aceita nem o homem isolado do mundo, nem

o mundo isolado do homem, mas sim a relação dialética do homem com o mundo. As relações

homem-mundo, como Freire propõe, devem constituir o ponto de partida para as nossas

reflexões sobre o fazer educativo.

A educação é um processo que não significa apenas o ensino, pois envolve todo um

conjunto. Como toda sociedade tem um conhecimento metódico e sistematizado, a ser

repassado de geração em geração, surge então, a escola. E o papel fundamental da escola

será a socialização deste saber sistematizado.

A construção do conhecimento pelo educando se dá de forma dinâmica, não havendo

início, meio ou fim neste processo. Cada hipótese construída pelo aluno estará

constantemente, sendo contestada por ele, ampliada, complementada a partir de suas

experiências de vida das provocações intelectuais sofridas na escola. Um processo avaliativo

que respeite tal dinamicidade do processo de conhecimento deve fundamentar-se em vários

princípios.

De acordo com Currículo Básico para a Escola Pública Municipal-Região Oeste do

Paraná, o conhecimento é um bem necessário e fundamental à produção da sobrevivência,

que depende deste e o produz. Contudo não é uma propriedade exclusiva do homem, é um

atributo de toda matéria prima organizada. Todos os seres vivos conhecem, ainda que nem

todos o façam da mesma forma, nas mesmas condições e do mesmo modo. Todavia, o homem

atinge um grau máximo de desenvolvimento maior do conhecimento, iniciando seu processo

por meio dos sentidos e acumulando experiências, sendo capaz de realizar abstrações e de

organizar o pensamento, chegando ao nível do conhecimento científico e metódico,

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possibilitando utilizar esse instrumento como ação de transformação intencional sobre o

mundo.

6.2 – CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA

Ser criança e viver a infância são direitos conquistados que precisam ser preservados no

âmbito das diferentes instituições sociais: família, escola e comunidade, entre outros espaços e

tempos. Isso é uma responsabilidade ainda maior, no sentido de estabelecer um percurso

pedagógico que pressupõe continuidade, a Educação Infantil e o Ensino Fundamental são

indissociáveis e que, em ambos, “temos grandes desafios: o de pensar a creche, a pré-escola e

a escola como instâncias de formação cultural; o de ver as crianças como sujeitos de cultura e

história, sujeitos sociais”.

Antes mesmo de aprofundar as questões referentes à concepção, tornou-se necessário

analisar o processo de adultização no qual as crianças estão inseridas. Os meios de

comunicação, as relações familiares e os processos de formação docente, determinados por

condições sociais e econômicas, intensificaram essa condição. Deixar de desvelar essa

situação seria o mesmo que negar a necessidade de repensar a educação para a qual se

tornou imprescindível analisar os determinantes sociais, políticos, culturais e econômicos que

nos fazem perceber ou não a própria infância. Afirmam Souza e Vieira (2006,p.2): Entender a

infância como uma construção social é compreende-la marcada por valores, representações,

tensões sociais que em determinado momento histórico ofuscam, secundarizam o sujeito

criança e/ou infância, assim como em outros potencializam, valorizam, priorizam estes

conceitos na pesquisa, nos espaços mediáticos, nas politicas sociais, nos programas

pedagógicos, nas revistas, etc.

Mais do que elencar a infância como um período da existência humana, pela

necessidade da construção curricular, queremos contribuir para repensar esse tempo sem,

contudo, desconsiderar o direito primeiro de ser criança. Assim, é preciso situar na história da

humanidade com as relações sociais e os interesses predominantes, em cada momento, foram

determinando as concepções sobre infância, uma vez que os homens, dependendo da forma

como se organizam, foram produzindo os meios de que necessitavam para sobreviver e, nessa

luta pela sobrevivência, produziram diferentes relações que, por sua vez, determinaram

diferentes necessidades educativas. Nessa perspectiva, a história da infância, entendida como

a história do período inicial da vida do homem, evidencia a trajetória histórica da criança e da

infância é marcada por fatores sociais, políticos, econômicos e culturais, que foram decisivos

no aparecimento das instituições destinadas ao atendimento e à educação das crianças.

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6.3- CONCEPÇÃO DE CRIANÇA

A palavra concepção confere alguns significados, os quais podem ser representados por:

faculdade de perceber ou conhecimento. Entendemos que quando temos a concepção de algo,

passamos a ter uma representação que pode ser carregada de ideologias e outras conotações

históricas e culturais.

Neste sentido, a concepção de criança, no âmbito do senso comum e do pensamento e

prática pedagógica, podem estar impregnadas de representações sociais, que vão sendo

reveladas na maneira como tratamos a criança.

A concepção de criança no enfoque Histórico Cultural se liga à prática pedagógica, em

vista de que, nesta vertente, a aprendizagem é um processo essencial na apropriação das

qualidades humanas, pois é a impulsionadora do desenvolvimento. Vê a criança como sujeita

de sua atividade, capaz e competente na sua relação com o mundo. Tal visão contribui para

uma criança rica em potencialidades e competências, ativa e ansiosa para se engajar no

mundo da cultura, historicamente constituído.

A concepção de criança se sustenta na tese de que a criança só se desenvolve, isto é

humaniza, mediante apropriação da cultura e no processo de sua atividade. Todas as

habilidades e aptidões humanas são, nesse sentido, formadas nas relações concretas,

compreendidas na materialidade e imaterialidade, entre o homem e o mundo da cultura,

tornando-se produtos e produtoras da historia humana. Portanto, a criança, nessa perspectiva,

não nasce com caráter humanizado, mas se humaniza pelos seus processos de vida e de

educação.

Organizar esta interação, dirigir a atividade da criança para o conhecimento da realidade

e para o seu domínio, por meio da educação intencional e não espontânea, do saber e da

cultura, permitem à criança reorganizar seu psiquismo, qualificando-o nesse processo

complexo de sua formação. Para isso, a concepção de criança como alguém capaz é conceito

essencial para organizar a atuação do adulto, sem desrespeitar as capacidades já apropriadas

das crianças e seu papel ativo nos processos de aprendizagem.

6.4 – CONCEPÇÃO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

O desenvolvimento humano, assim como a aprendizagem, é um processo que se inicia

com o nascimento e permanece durante toda a vida. O processo de desenvolvimento pode ser

dividido em quatro dimensões: físico-motor, cognitivo-intelectual, afetivo-emocional e sócio-

moral.

Estudar o desenvolvimento humano significa reconhecer que ele é determinado pela

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interação de diversos fatores tais como a hereditariedade, a maturação neurofisiológica, o meio

em que o sujeito está inserido, a cultura e as transformações históricas.

Entre as áreas que buscam estudar o fenômeno do desenvolvimento humano, a

Psicologia ocupa um lugar de destaque. A Psicologia do Desenvolvimento é uma área da

Psicologia que busca estudar essas questões e representa uma abordagem para a

compreensão da criança e do adolescente, por meio da descrição e exploração das mudanças

psicológicas que as crianças sofrem no decorrer do tempo.

Durante a evolução histórica da ciência foram adotadas diferentes concepções sobre o

desenvolvimento humano que apresentam visões diversas sobre a “natureza” humana, o modo

de aquisição e apropriação dos conhecimentos. Foram diferentes formas de pensar como o ser

humano se desenvolve.

A diversidade humana contribui para a melhoria da qualidade da educação, uma vez que

enriquece os processos de aprendizagem e convivência. Todos ganham, pois as crianças com

necessidades especiais convivem com modelos mais enriquecedores e desafiadores e as

crianças tidas normais aprendem, desde cedo a lidar com as diferenças. Conhecer um pouco

mais sobre o desenvolvimento humano permitirá ao educador basear sua concepção de

educação na heterogeneidade, considerando as especificidades, não apenas das fases ou

períodos de desenvolvimento, mas de cada sujeito, possuidor de uma história pessoal e

situado social e historicamente.

6.5 – CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO

O conhecimento é construído progressivamente por meio de ações coordenadas, que

são interiorizadas e se transformam a partir de subestruturas anteriores. Para que um novo

instrumento lógico se construa, é preciso sempre instrumentos lógicos preliminares e que o

desenvolvimento da inteligência provém de processos naturais ou espontâneos, no sentido de

que podem ser utilizados e acelerados pela educação familiar ou escolar, mas que não derivam

delas, constituindo, pelo contrário, a condição prévia e necessária da eficiência de todo ensino.

Para Piaget (1989) grande parte do conhecimento construído pelo homem é resultado

do seu esforço de compreender e dar significado ao mundo. Nessa tentativa de interação e

compreensão do meio, o homem desenvolve alguns equipamentos neurológicos herdados que

facilitam o funcionamento intelectual.

Piaget (1989), não elaborou teorias de desenvolvimento da aprendizagem, mas de

desenvolvimento do conhecimento. Sua contribuição à educação é restrita e ao mesmo tempo

vasta, visto que ao interpretar a inteligência não como algo determinado e finito, mas sim como

um processo em movimento, ou seja, em desenvolvimento, deu a base que permitiu aos

pesquisadores educacionais e cognitivos que possibilitou às crianças, jovens e adultos,

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desenvolverem potencialmente esse conhecimento, modificando não só a noção de como se

aprende, mas também com quem se aprende.

Enfim, em todo o momento, nós somos surpreendidos por processos de aprendizagem,

pois em qualquer situação podemos observar procedimentos da construção do conhecimento,

e isto se torna mais evidente nas fases iniciais da infância, nas quais a criança sempre está

pronta para conhecer algo diferente, aprender a ser, aprender a fazer, aprender a conviver,

aprender a conhecer.

A Educação nos dias atuais tem como principal instrumento a transformação da

sociedade, pois através de suas ações ela possibilita mudança das pessoas, dos grupos, das

instituições. Dessa forma entendemos a Educação como mobilizadora, dinâmica, construtora

de uma sociedade mais cidadã, em uma perspectiva de democratização de seus espaços.

A prática pedagógica é uma prática social e política, pois não se pode conceber a

educação fora do contexto sociocultural, pois a prática social é o ponto de partida e o ponto de

chegada para a ação pedagógica e a aprendizagem é um dos principais objetivos de toda a

prática pedagógica, é a base para a construção de uma proposta de educação dinâmica e

transformadora.

Sem dúvida nenhuma, a apropriação do conhecimento torna a pessoa mais autônoma e

consciente dos seus direitos e deveres, capaz de tomar decisões que interferirão em todo

processo de vida. A ação educativa, com uma prática pedagógica coerente e comprometida,

permite a criança grande possibilidade de aprendizagem e desenvolvimento. Entretanto é papel

fundamental de toda instituição de educação garantir a aprendizagem a todos que dela

participam, visto que todos são capazes.

O desenvolvimento da humanidade tem vinculo estreito com os processos de

aprendizagem, pois toda educação é intencional, não é possível que haja neutralidade na

construção do conhecimento.

6.6 – CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO

As normas comuns elaboradas pela cultura encontram-se no currículo, cerne da

educação escolar, como resultado de forças sociais, políticas e pedagógicas que expressam a

organização dos saberes vinculada a construção de sujeitos sociais. Considerando que é no

cotidiano que se efetiva a história, podemos dizer que é no momento em que o currículo se faz

ação na sala de aula que podemos ver a intencionalidade da proposta pedagógica. Ressalta-se

um elemento fundamental para sua efetivação no processo pedagógico: a mediação como

articulação entre a prática social global e a experiência social do aluno.

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Sendo assim, o currículo é um processo dinâmico, mutante, sujeito as inúmeras

influências, portanto aberto e flexível, onde a educação escolar representa a possibilidade de

apropriação dos fatos humanos gerados no interior da prática social global compreendendo

como ocorre o processo humano de produção da realidade

Dessa forma, currículo é uma prática, é expressão da função socializadora e cultural que

envolve um conjunto de atividades nas quais um grupo assegura que seus membros adquiram

a experiência social historicamente acumulada e culturalmente organizada. Nele, a visão dos

conteúdos vai além dos conceitos e dos fatos. Incluem procedimentos, atitudes e valores,

capazes de possibilitar a formação e construção da cidadania.

O currículo indica a direção, ainda que limitada, do que se pretende produzir na

sociedade, como um processo mediado por relações e contradições do mundo material.

Precisa ser constantemente avaliado por todos os que assumem sua construção e

implementação.

O planejamento de ensino é um momento ideal para tomada de decisões bem

informadas que visam a racionalização das atividades do professor/professora e do aluno, na

situação ensino – aprendizagem, possibilitando melhores resultados – qualidade de

aprendizagem. São ações, processos ou comportamentos planejados pelo

professor/professora, para colocar o aluno em contato direto com coisas, fatos, ou fenômenos

que possibilitem modificar sua conduta, em função de objetivos previstos. Deve ser organizado

de forma a proporcionar melhores condições de aprendizagem, possibilitando melhores

resultados de qualidade de ensino.

O conteúdo é o elemento determinante, da escolha do método didático considerando o

que o aluno já sabe, e o que ainda não sabe e como intervir para que o aluno possa vir a

dominar os conteúdos desejáveis. O professor/professora necessita ter domínio dos conteúdos

específicos e das formas de ensinar, compreendendo os processos de aquisição do

conhecimento, desenvolvendo a capacidade crítica do aluno.

A metodologia de ensino adotada pelo professor/professora necessita ser organizada de

diferentes formas de interação entre professor/professora – aluno – conteúdo e contexto social.

O professor/professora não ensina somente o conteúdo, mas ensina também a forma pela qual

o aluno entra em relação com esse conteúdo pela maneira como ensina como avalia e

considera a aprendizagem.

O professor/professora precisa reformular criticamente sua própria prática pedagógica

escolar, no sentido de ajudar, apoiar o aluno na apropriação do conteúdo, realizando as

intervenções necessárias.

São inúmeros os desafios que se interpõem à tarefa de educar. Informação e

conhecimento transformaram-se no fator mais importante e no contexto trazido pelas

mudanças econômicas de nossos tempos. Para poder participar dos futuros progressos

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tecnológicos, não basta acesso a eles, mas competência e habilidade para bem usá-los em

benefício de todos. Tornamo-nos aprendizes na sociedade do conhecimento; cada vez mais é

preciso saber lidar com novas situações que se apresentam no cotidiano profissional e

comunitário. Exige-se não apenas o saber técnico, mas também uma maior capacidade de

relacionamento humano, de trabalho grupal e interativo. Nesse contexto, desafios estendem-se

à sala de aula. Mais que nunca, ensinar e aprender reveste-se de importância que vão além de

simplesmente “passar a matéria” e “armazenar” saberes prontos.

Quando se refere à palavra currículo o que vem em mente é um conceito variado e

diverso que leva a questionar a questão da seleção do currículo a ser seguido, logo o conceito

de currículo é construído sócio historicamente, ou seja, isso significa dizer que ele não é único

e que não se apoia em ações rígidas. Sua construção vai se fazendo a partir de escolhas de

saberes que são afetadas pelo momento político, econômico, social em que vivemos.

Contudo, o conceito de currículo é abrangente e pressupõe não apenas os programas

disciplinares, mas a sua articulação, a sua contextualização, tendo presentes à visão de mundo

e de homem que se quer formar, logo seu conceito é vivo, dinâmico e como toda construção

esta sempre se refazendo.

Considerando o currículo como um programa de conteúdos e disciplinas a serem

seguidos, podemos encontrar um amplo campo de interpretação, com isso a análise do

currículo de uma instituição evidencia seus valores, seus princípios e seus projetos, para além

do que ocorre dentro da sala de atividades, a forma como são utilizados e dinamizados todos

os espaços e tempos, as rotinas, as regras, todas as relações interpessoais dentro e fora da

instituição, constitui o clima das escolas e são definidores do currículo.

O currículo de uma instituição é sempre um desafio. Exige reflexão constante, pois é um

movimento que implica olhar e escutar atentos a cada gesto, a cada acontecimento que, para

não se tornar alienado e alienante precisa ter significado e adquirir sentido para o percurso de

todos e de cada um, além de que se ancoram nos quatro pilares da educação, constantes no

relatório da UNESCO (Organização das Nações Unidas para educação, ciência e cultura)

sobre as bases da educação para o século XXI: aprender a conhecer, aprender a fazer,

aprender a ser e aprender a viver com os outros.

Assim, a visão dos conteúdos vai além dos conceitos e dos fatos. Incluem

procedimentos, atitudes e valores, capazes de possibilitar a formação e construção da

cidadania.

O Departamento de Educação da Associação dos Municípios do oeste do Paraná

(AMOP), em fevereiro de 2005, em conjunto com os secretários municipais de educação do

Oeste do Paraná, discutiu o planejamento das ações para 2005 e estabeleceram como uma

das metas, um estudo para a construção dos referenciais curriculares para as escolas

municipais. Num primeiro momento foram elaborados grupos para elaboração das propostas

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para as disciplinas. Os trabalhos iniciaram em março de 2005, com um seminário, com os

representantes das equipes de ensino das secretarias municipais de educação, onde na

oportunidade foram discutidas a concepção de homem, de sociedade, de conhecimento e

sobre a função da escola. Após várias discussões os participantes concluíram que havia

necessidade de retomar as discussões sobre os princípios expressos no Currículo Básico do

Paraná, e de se construir uma proposta para Artes e para Educação Física, incluindo além dos

anos iniciais, a educação Infantil, considerando as especificidades da educação especial.

A construção do currículo foi feita por meio de um processo que desencadeou

discussões prévias com os representantes dos municípios, cada grupo de trabalho elaborou a

contextualização histórica, a concepção, os objetivos, os encaminhamentos metodológicos, os

conteúdos mínimos e a avaliação necessária para o atendimento das especificidades de cada

disciplina.

A elaboração desses pressupostos curriculares teve por objetivo buscar a construção de

uma unidade e de uma identidade de classes, considerando a heterogeneidade das escolas da

Região Oeste.

6.6.1 – CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO BÁSICA

Estruturada por etapas e modalidades de ensino, englobando a Educação Infantil, o

Ensino Fundamental obrigatório de nove anos e o Ensino Médio, a Educação Básica  está

embasada nos seguintes princípios das Constituições Federal e Estadual:

I - Igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola,

vedada qualquer forma de discriminação e segregação;

II - gratuidade de ensino, com isenção de taxas e contribuições de

qualquer natureza vinculadas a matrícula;

III - garantia de uma Educação Básica igualitária e de qualidade.

6.6.2 – CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL

A Educação Infantil tem o objetivo de promover o desenvolvimento infantil em sua

totalidade contribuindo para a construção da identidade e da autonomia da criança, atendendo

as necessidades básicas do cuidar em cada faixa etária, tendo em vista o brincar como direito

e linguagem própria da infância.

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Como primeira etapa da Educação Básica, a Educação Infantil no Currículo Básico para

a Escola Pública Municipal defende que sua proposta pedagógica favoreça o desenvolvimento

infantil partindo de uma concepção de criança como ser concreto, sujeito social e histórico, que

se apropria do conhecimento historicamente acumulado pela humanidade.

Brincar, Cuidar e Educar: Propiciar situações de cuidados, brincadeiras e

aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento

das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude

básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais

amplos da realidade social e cultural.

O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI), documento do

MEC, que fundamenta este segmento educacional apresenta a tríade que contempla o cuidar,

o educar e o brincar com as crianças de 0 a 5 anos. Nos últimos anos os debates a cerca da

Educação Infantil têm apontado à necessidade de que as instituições incorporem de maneira

integrada o cuidar, o educar e o brincar. No entanto, esta nova visão enfrenta grandes barreiras

diante da história do atendimento as crianças pequenas principalmente crianças pobres, em

cunho meramente assistencialista.

Modificar esta concepção de educação assistencialista significa atentar para questões

que vão além dos aspectos legais. Embora tenhamos uma ampla legislação na área da

Educação Infantil, ela não assegura a qualidade no atendimento a estas crianças. Precisamos,

enquanto educadores, entender que quando brincamos, cuidamos, quando cuidamos,

educamos, e quando educamos, brincamos. E é nessa perspectiva que temos que encaminhar

as crianças nesta etapa da vida educacional, pois perceber a indissociabilidade das ações do

brincar, cuidar e educar significa que a criança é compreendida como cidadã em processo de

desenvolvimento, ou seja, se houver a sentença; Brincar + Educar + Cuidar = o resultado será

o desenvolvimento infantil coerente e efetivo.

Estas ações são importantes para a formação social, intelectual, psicológica da criança,

mas em especial o brincar, reflete mais relevância, pois é inerente do ser humano,

especialmente quando ainda somos bem pequenos, já que através das brincadeiras, a criança

se diverte infantilmente com flexibilidade, com aprendizagens acerca da vida, do mundo, do

outro. Delors apresenta a nós educadores os quatro pilares da educação. Segundo o autor,

todo o processo educacional é sustentado por: aprender a conhecer; aprender a fazer;

aprender a conviver; aprender a ser. E todos esses pontos são facilmente contemplados

através do brincar, do educar e do cuidar na Educação Infantil.

Na educação infantil o brincar é um instrumento eficaz de aprendizagem experiencial,

visto que permite, através do lúdico, vivenciar a aprendizagem como processo social. A

brincadeira é para a criança um espaço de investigação e construção de conhecimentos sobre

si mesma e sobre o mundo. Brincar possibilita a criança executar sua imaginação. A

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brincadeira é um espaço privilegiado de aprendizagem onde a criança age como se fosse

maior do que é na realidade, ela realiza simbolicamente aquilo que ainda não tem capacidade

de fazer.

Educar, cuidar e brincar são direitos constitucionais da criança, já que em 1988, a

Constituição fez referencia a este segmento educacional, garantindo o em suas possibilidades.

6.6.4 – CONCEPÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL

Além da Educação Infantil, na Primeira Etapa do Ensino Fundamental de nove anos se

desenvolve no educando as capacidades corporais, linguísticas, de raciocínio, de criatividade.

Permitindo assim, que o mesmo possa resolver situações diferenciadas no contexto em que

está inserido, possibilitando-lhe acessar o conjunto de conhecimentos historicamente

produzidos pela humanidade utilizando-os como instrumentos de leitura de mundo. Desta

forma, através do desenvolvimento de sua capacidade de análise, interpretação e de síntese,

nortear sua prática social.

Com o acesso ao Ensino Fundamental, a criança a partir dos 6 anos pode usufruir do

direito à educação e beneficiar-se de um ambiente voltado à alfabetização e ao letramento,

adquirindo conhecimentos de diferentes áreas do conhecimento, com o desenvolvimento de

diversas formas de expressão.

Língua PortuguesaA Língua Portuguesa nos anos iniciais tem como objetivo que os alunos aprendam os

mais diversos gêneros do discurso em sua funcionalidade, como alicerce da interação humana

que permite o acesso aos bens culturais. Tem como conteúdos específicos os objetivos:

Escrita, produção e reescrita de texto: produzir diferentes gêneros discursivos

considerando o interlocutor, o suporte e sua função social; revisar o texto oral e

observar aspectos relacionados aos gêneros.

Leitura: ler diferentes textos produzindo significados a partir de elementos

contextualizadores e das sequências discursivas que determinam a tipologia e as

marcas linguísticas.

Oralidade: trabalhar com gêneros da oralidade atentando para as diferentes

situações sociais em que eles ocorrem, interlocutores, suporte, formato e

variedade linguística.

Analise Linguística: Compreender e utilizar o sistema de escrita alfabética do

português; analisar elementos estruturais e de organização da língua escrita a

partir dos gêneros.

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Matemática No Currículo Básico para a Escola Pública Muncipal consta que o objetivo da

matemática é estudar as relações quantitativas e as formas espaciais enquanto uma analise

das intra e inter-relações dos eixos da matemática (números e operações, espaço e forma,

grandezas e medidas e tratamento da informação), para desenvolver as funções psíquicas

superiores (raciocínio lógico, imaginação, percepção, atenção voluntária, memória reflexiva,

linguagem, abstração, dentre outras) na perspectiva de compreender o contexto sociocultural,

e apreender o movimento que o produz, bem como suas contradições.

Assim, um dos encaminhamentos é a discussão sobre a história da produção dos

conhecimentos matemáticos, que existem para responder às necessidades humanas.

Para isso é importante conhecer e valorizar as condições materiais que caracterizam

o contexto dos nossos educandos, partindo de conceitos matemáticos considerando o

nível de desenvolvimento que o educando já tem, sendo que o tratamento formal dos

conteúdos matemáticos deve se dar de forma gradativa, construindo o significado de

quantidade, as relações que podemos estabelecer entre ela, a noção de espaço, de tempo, o

significado de tamanho, dentre outros, contribuindo para que o educando supere conceitos

espontâneos e se aproprie de conceitos científicos. É um processo que começa na fase inicial

da alfabetização ainda na Educação Infantil considerando-se como aspectos dessa

alfabetização: a decodificação, a interpretação e o posicionamento (argumentação, confronto),

enfatizando a oralidade, o registro e a leitura.

Também é encaminhamento para o trabalho com a Matemática a Resolução de

Problemas e o uso de materiais manipuláveis, como, por exemplo, recipientes, palitos,

produtos, brinquedos, cédulas monetárias, material dourado, ábaco, barra de frações, escala

cuisenaire, trenas, balanças, relógios, sólidos geométricos, embalagens, blocos lógicos, entre

outros, brincadeiras, jogos e uso de tecnologias digitais. Todos eles visam permitir a

instrumentalização para a realização de atividades e a abstração dos elementos, de forma a

contribuir para a construção de conceitos matemáticos e estimular a investigação e as novas

oportunidades de consciência sobre o mundo. Os conteúdos estão organizados por eixos com

os seguintes objetivos:

números e operações/algebra e funções - ampliar o campo numérico, percebendo

as (inter) relações dos números e a sua existência a partir das necessidades

humanas, bem como compreender as ideias presentes nas operações, as

relações existentes entre as quantidades e os diferentes tipos de cálculo.

espaço e forma/geometria – analisar e compreender as formas planas e não

planas que compõem o mundo em que vive, representá-lo de diferentes formas e

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sob diferentes pontos de vista, bem como localizar e deslocar-se no espaço

tomando como referência o próprio corpo, objetos ou locais.

grandezas e medidas – utilizar as medidas padrão mais usuais, identificando a

grandeza envolvida e selecionando a unidade e o instrumento de medida mais

adequado em cada contexto.

Tratamento da informação/estatística e probabilidade – coletar dados, organizar

em tabelas e gráficos, facilitando a leitura. Analisar, ler e interpretar tabelas e

diferentes tipos de gráficos fazendo previsões e levantando possíveis hipóteses.

HistóriaO Currículo Básico para a Escola Pública Muncipal propõe que os conteúdos sejam

apresentados de forma que possam expressar os objetivos pretendidos, sendo, ao invés de um

rol de conteúdos, uma sequência factual, cronológica e linear, na forma de cinco círculos, um

para cada ano. O primeiro, tem sua unidade em torno do educando e seu contexto familiar; o

segundo, está voltado para o contexto de convívio do educando; o terceiro, trata da história do

educando na relação com o grupo de convívio local; o quarto, se ocupa das relações sociais

mais amplas e, o quinto, visa à inserção do povo brasileiro no contexto mundial. Todos os

conteúdos dos cinco anos pretendem ser sempre articulados tendo presente a vida, o trabalho,

a sociedade e a história.

O ensino de História, portanto, tem como objetivo compreender que a realidade e a

sociedade não se desenvolvem linearmente, que não são harmônicas, homogêneas e

monolíticas, mas que são permeadas por contradições e lutas entre as classes, de acordo com

os diferentes momentos históricos em que estão inseridos. Traz como objetivos:

a) Promover a análise, a reflexão e a compreensão da sociedade situada no espaço e

no tempo;

b) Compreender como se processam as mudanças na natureza e na sociedade;

c) Compreender o significado e a abrangência da categoria trabalho, como elemento

central no processo de produção do ser humano na organização

do espaço, na produção do conhecimento, no estabelecimento das relações sociais e na

organização da sociedade;

d) Articular o ensino à pesquisa desde o início do processo educativo;

e) Despertar o senso de inquietude, de curiosidade e questionamento perante as coisas,

os fatos e a sociedade, buscando atitudes de transformação

social;

f) Compreender e agir na perspectiva da superação da sociedade capitalista.

Geografia

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O ensino da Geografia no Currículo Básico para a Escola Pública Muncipal considera

que o objeto da Geografia não deve ser definido simplesmente como espaço mas como

produção social dos diferentes espaços bem com o uso dessa produção pela sociedade,

propondo que sirva sobretudo para que o educando possa entender a produção dos espaços

como processos sociais mediados pelo trabalho humano, posicionando-se frente às

desigualdades sociais por meio da leitura dos espaços produzidos, reconhecendo-se como

agente das transformações do espaço e buscando novas formas de interagir com o meio para

garantir a emancipação humana e a sustentabilidade planetária.

Os conteúdos estruturantes são compostos por eixos indicadores de que o educando

seja capaz de:

a) Perceber como os homens organizam o espaço a partir de suas necessidades e

da materialidade existente

b) Identificar a produção e as transformações que se processam no espaço como

produto da sociedade que o constrói por meio do trabalho humano;

c) Analisar as relações da sociedade com a natureza numa perspectiva dialética,

crítica e transformadora;

d) Compreender que o uso das tecnologias é um fator determinante na produção

dos espaços interferindo nos conceitos de temporalidade e de espacialidade;

e) Situar-se crítica e construtivamente no espaço local, reconhecendo-se como parte

da totalidade/mundo;

f) Desenvolver o raciocínio geográfico fazendo a articulação entre as diversas

dimensões espaciais, percebendo relações entre o espaço local e outros espaços

mais amplos e distantes;

g) Articular o ensino com a pesquisa desde o início do processo educativo;

h) Elaborar noções e conceitos básicos de cartografia que possibilitem o domínio da

territorialidade;

i) Identificar o espaço local, regional como uma das escalas espaciais de produção

a que pertence, bem como, as determinações internacionais que está

subordinado;

j) Compreender e relacionar os conceitos geográficos a conhecimentos de História,

Matemática e Ciências.

Os quatro eixos que envolvem os princípios específicos da Geografia são:

Formação de conceitos de espaço e tempo;

Representação do espaço e domínio da territorialidade;

Relações sociais e de

produção presentes nos espaços;

Produção e transformação sócio históricas dos espaços.

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Ciências da NaturezaA disciplina Ciências da Natureza ainda conforme o Currículo Básico para a Escola

Pública Municipal deve proporcionar a formação de um indivíduo que se reconheça como parte

do ambiente, compreendendo a sua dinâmica e seus fenômenos, além de compreender que a

ação humana, mediada pelo trabalho, proporciona o conhecimento científico, a produção da

tecnologia e a transformação dinâmica da natureza e do homem, dentro de um contexto

histórico, político, econômico, ambiental e social.

É importante se ter clareza de qual é a intencionalidade do conteúdo a ser trabalhado.

Nas aulas de ciências devem estar presentes as atividades práticas, o uso de vídeos curtos

como documentários, filmes e desenhos que são recursos muito importantes, mas que devem

sempre colaborar para favorecer o processo de aprendizagem.

O desenvolvimento dos conteúdos em Ciências da Natureza não deve fragmentar o

trabalho didático-pedagógico do educador, mas deixar evidente os vários elementos que

constituem o meio em que o homem está inserido, e do qual o homem é totalmente

dependente. Também não podem ser representados de uma forma momentânea e estanque, e

sim estar inseridos em todos os anos iniciais. Os conteúdos de ciências devem ser

dinamizados pela inter-relação entre a Ciência, a Tecnologia e a Sociedade.

Os conteúdos elencados para o trabalho na área de ensino das Ciências da Natureza

estão distribuídos em Eixos Temáticos que devem ser dinamizados pela inter-relação entre a

Ciência, a Tecnologia e a Sociedade:

Noções de Astronomia

Transformação e Interação da Matéria e Energia

Saúde e Melhoria da Qualidade de Vida, os quais, nesta proposta

ArteO Currículo Básico para a Escola Pública Municipal destaca que a escola tem a função

de contribuir para a formação estética dos educandos promovendo a socialização da Arte,

considerando a Arte como prática social, não cristalizada em espaços institucionalizados mas

presente nas relações sociais. É necessário que o ensino de Arte desenvolva a sensibilidade

estética, possibilitando ao educando apreciar, criar, refletir e elaborar seus próprios sentidos

com relação ao mundo à sua volta, aprimorando suas as capacidades perceptivas, inventivas,

imaginativas e criativas.

O objetivo geral do ensino de arte é propiciar o desenvolvimento da sensibilidade

estética, que é a capacidade de perceber, refletir e interpretar, questionar, criar, recriar e fruir a

partir das produções artísticas e estéticas da humanidade e suas relações com o mundo e a

natureza.

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Os conteúdos das linguagens artísticas são apresentados considerando a importância

de estabelecer essas inter-relações aproximando as diferentes linguagens

artísticas: ARTES-VISUAIS, DANÇA, MÚSICA E TEATRO.

O ensino das Artes Visuais sugere a utilização dos mais diversificados gêneros de

representação pictórica, imagens de pinturas, desenhos, escultura, fotografia, material

publicitário e imagens virtuais, filmes, infográficos e outros, explorando a diversidade do uso

dos elementos visuais e compositivos nas obras para uma melhor percepção e reflexão dos

educandos.

O ensino de Música retoma as experiências vivenciadas pelos educandos, pois está

articulada aos valores de um determinado grupo social, sendo composta e interpretada

segundo sua cultura. A mediação dos conteúdos musicais contemplam a percepção musical, a

organização e registro dos sons, no tempo e espaço, bem como a interpretação e a produção

musical.

O ensino de Dança apresenta estratégias que podem auxiliar na aplicação de atividades

lúdicas como jogos, brincadeiras, mímicas, interpretações de cenas e músicas, de atividades

técnicas como exercícios técnicos de dança, improvisações e atividades de conscientização

corporal e atividades inspiradas no cotidiano como a exploração de danças, movimentos do

cotidiano e temas da cultura brasileira.

O Teatro é uma linguagem que amplia a visão de mundo, visto que a dramatização é

inerente ao homem e ao seu processo de desenvolvimento. É um recurso que auxilia o

relacionamento do homem com o mundo, e o integra como sujeito de intuição e razão, por

meio das percepções, sensações, emoções, elaborações e racionalizações.

Educação Física

A Educação Física tem como objetivo proporcionar aos educandos o acesso às práticas

da cultura corporal presentes na realidade onde está inserido, refletindo sobre seu

sentido/significado, podendo torná-las instrumento de transformação social, ao mesmo tempo

em que compreende a importância dessa prática para o seu desenvolvimento e saúde.

Ainda conforme o Currículo Básico para a Escola Pública Municipal , a expressão

corporal é uma linguagem, um conhecimento universal, patrimônio da humanidade,

evidenciando o corpo como meio de aprendizagem. Considera que tudo o que o educando

aprende é pelo corpo, pelo movimento, uma vez que suas emoções, sensações e atitudes são

corporais.

A aprendizagem está relacionada ao movimento, pois é por meio dele que o educando se

desenvolve de forma integral e conhece o seu próprio corpo, tendo esse como referência em

relação aos objetos, aos outros e ao meio. Ressalta ainda que o conjunto de movimentos

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corporais representa valores e princípios culturais de uma sociedade e a Educação Física

precisa considerar o acervo que o educando possui quando chega à escola buscando meios de

ampliá-lo.

A prática pedagógica na Educação Física organiza-se em eixos: jogos, ginástica, ritmo e

expressividade, cultura corporal e saúde.

Ensino Religioso

O Currículo Básico para a Escola Pública Municipal aponta que o Ensino Religioso tem como

objetivos:

a) Possibilitar a compreensão das relações homem/ natureza/ conhecimento/fé como

processos que compõem o ser em sociedade;

b) Analisar a diversidade social e cultural presente nas sociedades como formas de

identificação e pertencimento dos sujeitos a um dado grupo social, compreendendo que,

em processos diversos de organização, existem elementos agregadores e comuns;

c) Valorizar o ser humano, considerando-se a diferença como lugar de crescimento e

aprendizado;

d) Compreender que existem diferentes manifestações que exprimem o fenômeno religioso

no interior do processo histórico da humanidade.

Informática Educacional

O Ambiente Tecnológico Educacional – ATE é um importante recurso pedagógico que a

escola utiliza como um acesso ao conhecimento e novas formas de aprendizagem, sendo que

o computador pode ser bem aproveitado neste processo por despertar a curiosidade e o

interesse do aluno.

A introdução da Informática Educacional como recurso pedagógico possibilita adequar o

ensino à novas demandas sociais para que seus benefícios facilitem a aprendizagem. Por ser

bastante recente na educação, a tecnologia traz a possibilidade de grandes transformações no

modo de pensar e agir, bem como novos conceitos relacionados a comunicação e a

informação.

As tecnologias da informação e da comunicação adquirem cada vez mais relevância no

processo de ensino aprendizagem. Desta forma são colocadas demandas nestes processos

envolvendo diferentes linguagens midiáticas que podem proporcionar a construção de saberes

aos alunos e constituir desafios para a escola como o maior acesso à informação.

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O universo midiático se constitui por ferramentas e recursos tecnológicos que se utilizam

de diferentes linguagens para desenvolver competências e conhecimentos que ocupam lugar

nas atividades pedagógicas e no cotidiano escolar.

A Informática não pode ser entendida apenas como uma ferramenta usada para

trabalhar com o conteúdo, mas um instrumento de apoio pedagógico que também prepara os

educandos para uma sociedade informatizada. Ao transmitir e sistematizar o conhecimento

socialmente elaborado, a escola em sua função social vem incorporando a inclusão digital que

potencializa a prática pedagógica, melhora as relações pessoais e cognitivas e gera

interatividade entre alunos e professores/professoras, produzindo desta forma mudanças de

paradigmas no processo de ensino e aprendizagem.

Sua utilização como instrumento de aprendizagem vem aumentando no cenário

educacional e seus recursos tecnológicos possuem intencionalidade pedagógica.

As atividades desenvolvidas no ATE tem como objetivos específicos aos alunos:

Estimular o interesse pela ferramenta computador.

Resolver exercícios educativos usando o computador.

Possibilitar a compreensão do funcionamento dos equipamentos.

Utilizar os jogos educativos para promover a aprendizagem.

Sensibilizar para a existência de novas tecnologias.

Proporcionar o acesso à informática, contribuindo com a inclusão digital.

Estimular o raciocínio lógico, percepção e atenção.

Proporcionar momentos de lazer, diversão entretenimento.

Além de todo um conjunto de ações e recursos utilizados para garantir o processo da

aprendizagem, também se faz necessário o uso das tecnologias em ambiente escolar. Este

favorece a construção do conhecimento, uma vez que permite a escola propor novas

tecnologias no processo de ensino e aprendizagem. Ou seja, tecnologia e conhecimento integram-se para produzir novos conhecimentos que permitam compreender as problemáticas

atuais e desenvolver projetos em busca de alternativas para a transformação do cotidiano e a

construção da cidadania. Porém, com a velocidade com que as mídias evoluem, é colocada à

escola a necessidade de repensar sua prática diante dos recursos tecnológicos disponíveis, e

esta prática nos remete conteúdos do currículo.

O Ambiente Tecnológico Educacional – ATE é um importante recurso pedagógico que a

escola precisa utilizar como um acesso ao conhecimento e novas formas de aprendizagem,

sendo que o computador pode ser bem aproveitado neste processo por despertar a curiosidade

e o interesse do aluno.

A introdução da Informática Educacional como recurso pedagógico possibilita adequar o

ensino à novas demandas sociais para que seus benefícios facilitem a aprendizagem. Por ser

bastante recente na educação, a tecnologia traz a possibilidade de grandes transformações no

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modo de pensar e agir, bem como novos conceitos relacionados a comunicação e a

informação.

As tecnologias da informação e da comunicação adquirem cada vez mais relevância no

processo de ensino aprendizagem. Desta forma são colocadas demandas nestes processos

envolvendo diferentes linguagens midiáticas que podem proporcionar a construção de saberes

aos alunos e constituir desafios para a escola como o maior acesso à informação.

O universo midiático se constitui por ferramentas e recursos tecnológicos que se utilizam

de diferentes linguagens para desenvolver competências e conhecimentos que ocupam lugar

nas atividades pedagógicas e no cotidiano escolar.

De acordo com (FRÓES)

Os recursos atuais da tecnologia, os novos meios digitais: a multimídia, a Internet, a

telemática trazem novas formas de ler, de escrever e, portanto, de pensar e agir. O

simples uso de um editor de textos mostra como alguém pode registrar seu

pensamento de forma distinta daquela do texto manuscrito ou mesmo datilografado,

provocando no indivíduo uma forma diferente de ler e interpretar o que escreve, forma

esta que se associa, ora como causa, ora como consequência, a um pensar

diferente.

Desta forma a Informática não pode ser entendida apenas como uma ferramenta que

será usada para trabalhar com o conteúdo, mas um instrumento de apoio pedagógico que

também prepara os educandos para uma sociedade informatizada. Quando se ignora sua

função pedagógica e deixa de ser levada para toda a escola ela corre o risco de ser

circunscrita em uma única sala, presa a horários fixos e de responsabilidade de um único

professor/professora.

Ao transmitir e sistematizar o conhecimento socialmente elaborado, a escola em sua

função social vem incorporando a inclusão digital que potencializa a prática pedagógica,

melhora as relações pessoais e cognitivas e gera interatividade entre alunos e

professores/professoras, produzindo desta forma mudanças de paradigmas no processo de

ensino e aprendizagem. Pois, como afirma Moran, ensinar com as novas mídias trata-se de

uma revolução quando se muda simultaneamente os paradigmas convencionais do ensino, que

mantêm distantes professores/professoras es e alunos. Afirma também que um dos projetos

políticos mais importantes é que a sociedade encontre formas de diminuir a distância que

separa no acesso à informação entre os que podem e os que não podem pagar por ela. As

escolas públicas, comunidades carentes precisam ter esse acesso garantido para não ficarem

condenadas à segregação definitiva, ao analfabetismo tecnológico.

A Informática Educacional precisa contribuir para a qualidade do ensino e fazer sentido

para o professor/professora e o aluno. Desta maneira, Lopes, que também coloca sobre a

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importância deste instrumento, afirma fazer parte do Projeto Político Pedagógico da escola,

passando a ser um excelente recurso pedagógico a ser explorado, desde que de forma

adequada e planejada, onde professor/professora e aluno colocam em prática atividades

propostas com o uso do computador e das ferramentas de informática. Sua utilização como

instrumento de aprendizagem vem aumentando no cenário educacional e seus recursos

tecnológicos possuem intencionalidade pedagógica.

As atividades desenvolvidas no ATE tem como objetivos específicos aos alunos:

Estimular o interesse pela ferramenta computador.

Resolver exercícios educativos usando o computador.

Possibilitar a compreensão do funcionamento dos equipamentos.

Utilizar os jogos educativos para promover a aprendizagem.

Sensibilizar para a existência de novas tecnologias.

Proporcionar o acesso à informática, contribuindo com a inclusão digital.

Estimular o raciocínio lógico, percepção e atenção.

Proporcionar momentos de lazer, diversão entretenimento.

A cultura e a educação têm relações profundas que precisam ser consideradas, uma vez

que a criança recebe das gerações adultas as ações educativas que são expressas sob a

condição de uma “educação formal”. Os adultos creem na eficácia consideram-na “como sendo

a verdadeira educação” tendo como objetivo maior “fazer penetrar na criança as influências em

conformidade com a imagem ideal que cada sociedade faz de sua natureza e de sua missão”.

Além de todo um conjunto de ações e recursos utilizados para garantir o processo da

aprendizagem, também se faz necessário o uso das tecnologias em ambiente escolar. Este

favorece a construção do conhecimento, uma vez que permite a escola propor novas

tecnologias no processo de ensino e aprendizagem. Ou seja, tecnologia e conhecimento integram-se para produzir novos conhecimentos que permitam compreender as problemáticas

atuais e desenvolver projetos em busca de alternativas para a transformação do cotidiano e a

construção da cidadania. Porém, com a velocidade com que as mídias evoluem, é colocada à

escola a necessidade de repensar sua prática diante dos recursos tecnológicos disponíveis, e

esta prática nos remete a uma questão hoje criticada por todos os níveis de educação: o

currículo.

6.7 - CONCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Segundo alguns estudiosos, a aprendizagem é um processo integrado que provoca uma

transformação qualitativa na estrutura mental daquele que aprende. Essa transformação se dá

através da alteração de conduta de um indivíduo, seja por condicionamento operante,

experiência ou ambos, de forma razoavelmente permanente. As informações podem ser

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absorvidas através de técnicas de ensino ou até pela simples aquisição de hábitos. O ato ou

vontade de aprender é uma característica essencial do psiquismo humano, pois somente este

possui o caráter intencional, ou a intenção de aprender; dinâmico, por estar sempre em

mutação e procurar informações para a aprendizagem; criador, por buscar novos métodos

visando a melhoria da própria aprendizagem, por exemplo, pela tentativa e erro.

De acordo com Currículo Básico para a Escola Pública Municipal-Região Oeste do

Paraná, o conhecimento é um bem necessário e fundamental à produção da sobrevivência,

que depende deste e o produz. Contudo não é uma propriedade exclusiva do homem, é um

atributo de toda matéria prima organizada. Todos os seres vivos conhecem, ainda que nem

todos o façam da mesma forma, nas mesmas condições e do mesmo modo. Todavia, o homem

atinge um grau máximo de desenvolvimento maior do conhecimento, iniciando seu processo

por meio dos sentidos e acumulando experiências, sendo capaz de realizar abstrações e de

organizar o pensamento, chegando ao nível do conhecimento científico e metódico,

possibilitando utilizar esse instrumento como ação de transformação intencional sobre o

mundo.

O ser humano nasce potencialmente inclinado a aprender, necessitando de estímulos

externos e internos para o aprendizado. Há aprendizados que podem ser considerados natos,

como o ato de aprender a falar, a andar, necessitando que a criança passe pelo processo de

maturação física, psicológica e social. Na maioria dos casos a aprendizagem se dá no meio

social e temporal em que o individuo convive; sua conduta muda, normalmente, por esses

fatores, e por predisposições genéticas.

O processo de ensino e de aprendizagem envolve elementos essenciais que são

indissociáveis na ação pedagógica: os conteúdos escolares, o processo de avaliação, o plano

de ação, os planejamentos de ensino, os recursos didáticos, o envolvimento da comunidade,

as relações que se estabelecem no interior da escola. Por se constituírem em elementos

essenciais, devem ser objeto permanente de reflexão.

Entende-se que a escola tem como função na sociedade a transmissão dos conteúdos

sociais, os quais possibilitam a compreensão da realidade humana na sua totalidade, isto é, a

compreensão e apreensão de conceitos científicos que permitam ao aluno aprender as

relações existentes na comunidade.

O trabalho de desenvolvimento do aluno se dá na escola através do processo de ensino,

concebido como sendo intervenção pedagógica que busca preparar o cidadão como ser

atuante de uma sociedade que favoreça o desenvolvimento das potencialidades do trabalho

individual e coletivo. Na construção dos conhecimentos sócio-culturais adquiridos

historicamente e elaborados no processo de ensino através de uma prática pedagógica, se

efetiva o processo de aprendizagem que juntamente com a avaliação deve ser contínua,

constante e gradativa, visando a reelaboração da prática pedagógica e a garantia da qualidade.

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É necessário entendê-la como instrumento de análise permanente do processo pedagógico

que possibilita e indica ações e ajustes no encaminhamento do trabalho, a fim de garantir o

aprimoramento constante do processo ensino-aprendizagem.

6.8 – CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Por muito tempo a alfabetização foi interpretada como uma simples sistematização da

consoante mais vogal, isto é, “B+A=BA”, um código fundado na relação entre fonemas e

grafemas. A simples consciência fonológica, em uma sociedade constituída em grande parte

por analfabetos e marcada por reduzidas práticas de leitura e escrita, permitia aos indivíduos

associar sons e letras para produzir/interpretar palavras ou frases curtas, parecia ser suficiente

para diferenciar o alfabetizado do analfabeto.

Esse conceito de alfabetização em nossa realidade não é mais suficiente, pois, a

crescente complexidade de nossa sociedade faz surgir maiores e mais variadas práticas de uso

da língua. A língua escrita não é mais vista como meta de conhecimento desejável, mas como

verdadeira condição para sobrevivência e a conquista da cidadania.

A alfabetização fundamentada no Currículo Básico para a Escola Pública Muncipal

apresenta-se na compreensão Sociointeracionista de linguagem, que tem como objeto de

trabalho os gêneros do discurso como a realidade da língua, considerando que a alfabetização

vai além da decodificação e da compreensão da estrutura da língua.

Compreende-se que a alfabetização vai além da apropriação do código ou da condição

de fazer uso da leitura e da escrita. É preciso que o sujeito participe das necessidades sociais

exigidas pela leitura e pela escrita na sociedade atual.

A alfabetização numa perspectiva de letramento supõe a compreensão da função social

dos diferentes gêneros nas mais diversas práticas sociais de interação .

O objeto de reflexão do letramento é o ensino e a aprendizagem dos aspectos sociais da

língua escrita. Desta forma o letramento na alfabetização uma aborda uma concepção social

da escrita, em contraste com uma concepção tradicional que considera a aprendizagem de

leitura e produção textual como a aprendizagem de habilidades individuais.

Alfabetização e letramento são indissociáveis. Isso porque em atividades de letramento

com práticas de leitura e participação social na cultura escrita ocorre a alfabetização como

compreensão do código escrito.

Estas duas etapas são de fundamental importância sendo que a aquisição da linguagem

escrita pode ocorrer por meio uso dos gêneros que socialmente circulam. Portanto o aluno

alfabetizado deve compreender a importância da leitura e da escrita como forma de

participação no mundo letrado.

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Neste processo a consciência fonológica é um dos procedimentos essenciais para que a

criança tenha acesso ao mundo da alfabetização e do letramento. Trata-se da capacidade de

compreender a constituição das palavras por diversos sons ou segmentações. Relacionada

aos conhecimentos da correspondência de grafemas e fonemas possibilita ao aluno a

aquisição do sistema de escrita alfabética.

6.9 – CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR

A Gestão Escolar de forma democrática além de ser necessária para uma administração

escolar transparente e atuante, também ocupa um lugar de destaque no Plano Nacional de

Educação de 2014 conforme Lei 13.005/2014.

O Plano Nacional de Educação, traça princípios da gestão democrática e objetiva

implantar conselhos escolares e outras formas da participação da comunidade escolar e local

na melhoria do funcionamento das oportunidades educativas e dos recursos pedagógicos.

De acordo com a LDB, Art. 14, os sistemas de ensino definirão as normas da gestão

democrática do ensino público na educação básica de acordo com as suas peculiaridades,

conforme os seguintes princípios: Participação dos profissionais da educação na elaboração do

projeto pedagógico da escola; Participação da comunidade escolar e local, em conselhos

escolares ou equivalentes.

A Deliberação CEE 02/2005 em concordância com a legislação nacional, estabelece que

a proposta pedagógica deve ser resultado do processo de participação coletiva da comunidade

e dos segmentos que compõe a instituição’’ (Art. 10, inciso 1°).

Para entendermos melhor o que é gestão compartilhada e democrática é interessante

analisarmos o significado dessas palavras:

Compartilhar: ter ou tomar parte em; participar de; compartir; repartir.

Democracia: governo do povo; soberania popular; Regime de governo que se

caracteriza pela liberdade do voto eleitoral, pela visão de poderes e pelo controle da

autoridade.

Como podemos negar a legitimidade de participação daquele que são usuários dos

nossos serviços, os pais, e depois exigimos deles a participação, o auxílio e apoio tanto nas

questões administrativas quanto pedagógicas?

Para democratizar a instituição escolar, é necessário que haja a participação efetiva da

comunidade, nas decisões e no planejamento das atividades que subsidiarão a prática

pedagógica. A participação da comunidade de forma alguma pode se resumir apenas em

angariar fundos para manutenção da instituição e compra de equipamentos, este modelo de

participação não torna a instituição um espaço democrático.

A participação da comunidade em todas as atividades desenvolvidas pela instituição

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escolar é a garantia do exercício da cidadania em uma sociedade democrática, assim sendo,

podemos dizer que esta participação compreende o âmbito social, econômico e cultural. A

gestão democrática é aquela que há a participação de todos os envolvidos, professores,

funcionários, alunos e pais nas decisões tomadas.

A articulação do trabalho da instituição com a comunidade deve despertar na

comunidade um sentimento de fazer parte, de pertencimento, possibilitando o fortalecimento

das relações de confiança, de solidariedade, de respeito, de generosidade, agregando outros

valores que podem passar a ser compartilhados no cotidiano das atividades. Essa articulação

permite que a instituição mantenha um canal de diálogo aberto com a comunidade, o que

resulta num excelente relacionamento e contribui para o melhor atendimento a criança, que é o

principal foco do nosso atendimento. A participação promove o conhecimento, e a medida em

que os pais se inteiram do que acontece no âmbito escolar, eles passam a valorizar e a apoiar

muitas vezes incondicionalmente as ações da instituição. Os encontros agendados com a

comunidade não devem ser de caráter repressor, punitivo, ameaçador ou apenas para

repassar instruções, mas sim para participar coletivamente e ativamente da construção das

atividades, da realidade, do cotidiano da instituição.

Esse modelo de gestão vai de encontro à concepção de homem e sociedade que

queremos formar, e a elaboração do projeto político pedagógico contribui para consolidação

dessa participação da comunidade dentro da instituição. Mas cabe ressaltar que todo esse

processo é bastante novo, se trata de um fato histórico na educação e requer aprofundamento

sobre o assunto para que possamos contextualizar e tornar uma realidade esse modelo de

gestão dentro das nossas instituições.

6.10 – CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE E DEMOCRACIA

A democracia pode ser entendida como uma forma de organização da sociedade

baseada em princípios éticos de liberdade, igualdade, diversidade, solidariedade e

participação. Portanto, democracia é a um só tempo um projeto e um desejo, uma utopia que

se aplica na medida em que vira realidade.

A sociedade, no entanto é uma organização baseada em regras e princípios que

precisam ser diariamente transformados através da participação e conscientização de cada um,

visando o bem comum.

O homem por sua vez é o agente responsável pela transformação desta sociedade. Ser

que está em constante mudança, ultrapassa limites, desenvolve novas experiências. Sujeito da

história, crítico, consciente e responsável. Ele é entendido como um ser social, transformador,

crítico que busca novos conhecimentos para sua atuação na sociedade. É um cidadão que

possui capacidade de desenvolver-se, adaptar-se às tendências que estão surgindo e ajustar o

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que precisa, para que a sua relação com os outros indivíduos e com o meio seja justa,

igualitária e que promova a cidadania, ou seja, promova o exercício de direitos, deveres e

atitudes de solidariedade e cooperação cotidianas.

O homem é um sujeito ativo que transforma o mundo que o rodeia através do trabalho. É

um ser social, homem definido por um projeto político de sociedade. É o ente que, para ser,

necessita produzir os seus próprios meios de subsistência material e simbólica, em outras

palavras é pelo trabalho que o homem animal se torna humano. O trabalho é condição

essencialmente humana e é por ele que nos diferenciamos do outros animais.

A vigência do espaço coletivo é exigência para a consolidação da democracia.

Democracia é compromisso que se desdobra em responsabilidade concreta em ação

consequente em vista da afirmação de sujeitos conscientes e de espaços coletivos.

A concepção democrática da sociedade, afirma que a ordem política, econômica e social

é fruto de um processo histórico conduzido por homens e mulheres. Somos nós que

construímos uma sociedade justa ou que aceitamos ser parte de uma sociedade injusta e

desigual.

Desta forma, a participação política de todos os segmentos da comunidade escolar na

reflexão e discussão sobre os problemas do cotidiano escolar, cria significação real para todos

os sujeitos do processo sobre suas responsabilidades específicas, como também desenvolver

o prazer de aprender nos alunos.

Entendendo que a formação do cidadão crítico capaz de pensar, estabelecer conexões,

relações e compreensão do contexto social, em termos de autonomia e criatividade, requer o

desenvolvimento de capacidades e habilidades que vão além das competências técnicas, é

necessário levar o educando a desenvolver as competências sociais que lhe permitam produzir

a qualidade de vida individual e social.

6.11 – CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

A concepção de avaliação é comumente a ideia de mensuração de mudanças do

comportamento humano. Essa abordagem viabiliza o fortalecimento no aspecto quantitativo.

A avaliação deve ser vista como um caminho que garanta a evolução de todas as

crianças e deve prever que elas possuem ritmos diferentes que dependerão de processos de

aprendizagem diferentes. A avaliação não pode ter caráter promocional, punitivo ou seletivo,

mas sim deve ser um indicador que possibilite uma intervenção pedagógica consciente por

parte do professor.

É necessário então que se considere a individualidade de cada criança, ter clareza de

que nem todas seguem os padrões da criança ideal e que nem todas se desenvolvem da

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mesma forma e no mesmo ritmo. Ao avaliar a criança deve-se considerar suas característica

próprias e seus diferentes ritmos de aprendizagem e desenvolvimento.

Desta forma, podemos concluir então que o objetivo da avaliação é acompanhar o

progresso da criança, auxiliando o professor no processo de construção do conhecimento e as

características de todas as fases de seu desenvolvimento. Levando em conta que nem todas

as crianças atingirão ao mesmo rendimento e nem apresentarão as mesmas características em

determinada idade. Neste sentido torna-se mais fácil para o professor compreender melhor o

processo de ensino aprendizagem.

A Educação no mundo em que vivemos, pensada de forma concreta, tem que usar os

mecanismos e ferramentas provenientes da ciência e do progresso humano, precisa ser

reflexiva, analítica e pensar o mundo e seus próprios processos com o apoio da filosofia e da

história. De acordo com Vigotski, a aprendizagem está relacionada ao desenvolvimento desde

o início da vida humana, e é um aspecto necessário e universal do processo de

desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente organizadas e especificamente

humanas.

E desta forma de ver a educação, se faz necessário entender a avaliação como

instrumento de análise permanente de processo pedagógico que possibilita e indica ações e

ajustes no encaminhamento do trabalho, a fim de garantir o aprimoramento constante do

processo ensino-aprendizagem.

O conhecimento não pode ser simplesmente transferido pelo educador para o educando.

A aprendizagem implica em pesquisar, trabalhar, investigar, refletir sobre os objetos, fazer

análises a fim de extrair informações para então transformá-las em conhecimento

sistematizado. Ela possibilita o enfrentamento da realidade e, como conseqüência a construção

da práxis.

Tendo em mente que o conhecimento é historicamente construído pela humanidade e

que a ela pertence, portanto, deve ser socializado igualmente a todos.

Sob os aspectos legais, busca-se a aplicação coerente e eficaz do princípio da

igualdade para que se possa alcançar a justiça. No entanto, o direito à igualdade, garantido

pela Constituição Federal brasileira, gera controvérsias e, muitas vezes, interpretações dúbias

na esfera judicial.

Fazer valer o direito para todos, não é, necessariamente, aplicar e impor o cumprimento

do que está na lei. Há que se ter um entendimento mais profundo no que concerne a justiça.

De acordo com Mantoan, “a escola justa e desejável para todos não se sustenta unicamente no

fato de os homens serem iguais e nascerem iguais” ( 2006, p.16). Segundo a autora, é preciso

entender que a igualdade natural não tem um significado único, sendo necessário estabelecer

comparações a fim de que se possa compreender que “não se pode ser igual em tudo” (2006,

p. 17).

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Há que se dar ênfase à capacidade, a possibilidade e a eficiência de cada indivíduo e

compreender que existem diferentes contextos familiares, trajetórias de vida, ritmos, valores e

níveis de conhecimento, a estigmatização ou a normalização são expectativas geradas em

situações sociais. Visto assim, uma diferença não oferece vantagem ou desvantagem, o que a

caracteriza como tal são os olhares que lançamos sobre ela. Semelhanças e diferenças são,

igualmente, fundamentais, é a maneira como as combinamos que resulta na identidade do

sujeito. De acordo com a Declaração de Salamanca:

toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a oportunidade

de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem.

toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de

aprendizagem que são únicas.

aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola

regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança, capaz

de satisfazer a tais necessidades

escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios mais

eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades acolhedoras,

construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos; além disso,

tais escolas provêem uma educação efetiva à maioria das crianças e aprimoram a

eficiência e, em última instância, o custo da eficácia de todo o sistema educacional.

Respeitando estes princípios e tendo em vista a atual realidade, que se apresenta

desafiadora, faz-se necessário buscar uma construção transformadora da mesma. E, para que

isso aconteça, efetivamente, são necessários objetivos claros que orientem e direcionem o

trabalho a ser desenvolvido:

Assegurar o acesso e permanência do aluno na escola através de práticas

socializadoras, numa construção coletiva, de forma a garantir a qualidade do processo

de ensino-aprendizagem, tornando viável a melhor formação do aluno na escola,

oferecendo-lhe instrumentos, para que, a partir de suas necessidades reais, entenda a

realidade e torne-se agente participativo na sociedade.

Caracterizar a escola como institucionalizadora das mediações reais para que

possa de forma efetiva, concreta e histórica construindo práticas democráticas que

superem os conflitos, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e

autoritárias, rompendo desta forma com a rotina do mando impessoal, diminuindo os

efeitos fragmentários da divisão de trabalho.

Avaliar de forma crítica e diagnóstica, numa perspectiva de inclusão que favoreça

o desenvolvimento da capacidade do aluno em se apropriar dos conhecimentos

tecnológicos, científicos e sociais, produzidos histórica e coletivamente pela

humanidade, visando a elevação do nível cultural e a qualidade da escola pública,

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61

produzindo um diagnóstico mais coerente, suprindo a necessidade da escola de

organizar seu trabalho pedagógico com base em seus alunos.

Compreender a cidadania como participação social e políticas, assim como

exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes

de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo

para si o mesmo respeito.

Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes

situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar

decisões coletivas;

Conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais

e culturais como meio para construir progressivamente a noção de identidade nacional e

pessoal e o sentimento de pertinência ao País;

Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sócio-cultural brasileiro, bem

como aspectos sócios culturais de outros povos e nações, é posicionando-se sobre

qualquer discriminação baseadas em diferenças culturais, de classe social, de crenças,

de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais;

Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente,

identificando seus elementos e as interações entre eles contribuindo ativamente para

melhoria do meio ambiente;

Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança

em suas capacidades afetivas, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e

de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no

exercício da cidadania;

Conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos saudáveis

como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em

relação a sua saúde e a saúde coletiva;

Utilizar as diferentes linguagens - verbais, musical, matemática, gráfica, plástica e

corporal - como meio para produzir, expressar e comunicar suas idéias, interpretar e

usufruir as produções culturais, em contexto público e privado, atendendo a diferentes

intenções e situações de comunicações;

Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para

adquirir ou construir conhecimentos;

Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los,

utilizando para isso o pensamento lógico, criatividade, a intuição, a capacidade de

análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação.

Uma das formas de democratização do espaço pedagógico escolar é o repensar das

práticas avaliativas adotadas pelo mesmo, transformando-o em novas ações.

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A função da avaliação escolar vai muito além da constatação, da mensuração de

conhecimentos estanques, da memorização de conteúdos sem relevância social. A avaliação

escolar deve acompanhar e orientar todo processo pedagógico, se objetivarmos efetivamente o

serviço aos propósitos da sociedade e da escola.

A primeira coisa a ser feita, para que a avaliação sirva à democratização do ensino, é

modificar a sua utilização de classificatória para diagnóstica. A avaliação passa a ser assumida

como um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o

aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar em

sua aprendizagem. Se for importante aprender aquilo que se ensina na escola, a função da

avaliação é possibilitar ao educador condições de compreensão do estágio em que o aluno se

encontra tendo em vista poder trabalhar com ele para que saia do estágio defasado em que se

encontra e possa avançar em termos de conhecimentos necessários.

Para que a avaliação diagnóstica seja possível é preciso compreendê-la e realizá-la

comprometida com uma concepção pedagógica. Deve estar comprometida com uma proposta

pedagógica histórica – crítica, uma vez que esta concepção está preocupada com a

perspectiva de que o educando deverá apropriar-se criticamente do conhecimento e

habilidades necessárias a sua realização como sujeita crítico, dentro desta sociedade que se

caracteriza pelo modo capitalista de produção.

Esta forma de entender, propor e realizar a avaliação da aprendizagem exige que ela

seja um instrumento auxiliar da aprendizagem e não um instrumento de aprovação e

reprovação.

A nota é capaz de motivar ou desmotivar, mas a Escola e o professor/professora

precisam concebê-la sempre como motivação, ponto de partida para uma ação necessária,

como oportunidade para discutir, analisar, avaliar.

Para que a avaliação funcione para os alunos como um meio de auto compreensão

importa que tenha também o caráter de uma avaliação participativa. O professor/professora a

partir dos instrumentos adequados de avaliação discute com os alunos o estágio de

aprendizagem que eles atingiram. O objetivo da participação é professores/professoras e

alunos chegarem juntos a um entendimento de situação de aprendizagem, que está articulado

com o processo de ensino. Então não será uma discussão abstrata, mas uma discussão a

partir dos resultados efetivos da aprendizagem, manifestado nos instrumentos elaborados.

A avaliação diagnóstica é vista como um meio investigativo da aprendizagem para

redimensionar o processo tendo em vista garantir a qualidade de ensino para todos.

As formas de avaliarmos nossos alunos vem há muito tempo sendo discutidas, fazendo

com que os professores/professoras levantem certos questionamentos, que colocam em

análise a nossa prática pedagógica. Dentre estas questões vamos citar algumas:

O que eu vou ensinar para meus alunos?

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Como vou ensinar?

O que eu quero que meus alunos aprendam?

Como os alunos aprendem?

Como avalio meus alunos?

Como desenvolvo minha prática pedagógica?

Para que a nossa prática educacional tenha êxito faz-se necessário que cada

professor/professora, reflita sobre estas questões, entendendo a citação de Paulo Freire

“ninguém educa ninguém, ninguém se educa sozinho, os homens se educam entre si,

mediados pelo mundo”.

Mostrando nossa preocupação com a educação, refletindo sobre Currículo e nossa

prática educativa procura, dentro da escola, as melhores maneiras para que a aprendizagem

aconteça. Desenvolvendo assim uma prática docente qualitativa onde existe a

responsabilidade coletiva com novas aprendizagens, analisando com competência todo nosso

trabalho, priorizando dentre as formas de avaliação a diagnóstica como forma de verificar até

que ponto nossa prática é caminho para a concretização de uma ideia.

A avaliação diagnóstica realiza-se sobre o presente, tem em vista o futuro, caracteriza-

se como processo e interessa-se pela eficácia enquanto qualidade para todos.

A partir da avaliação diagnóstica nossos professores/professoras redimensionam a

prática educativa, no sentido de favorecer a aprendizagem valorizando a diversidade, pois

“todos somos diferentes uns dos outros e de nós mesmos, à medida que crescemos e nos

desenvolvemos. Somos todos especiais!” (Carvalho, 2004, p. 17).

Desta forma, a avaliação proporciona ao professor/professora uma análise de sua

prática, bem como da turma de alunos, para em seguida propor novas ações, estratégias,

rotinas e novas normas, fazendo com que seu trabalho construa uma educação de qualidade.

6.12 – RECUPERAÇÃO PARALELA EM SALA DE AULA

A Recuperação Paralela é uma ação que visa dar o suporte para a criança superar as

dificuldades, ampliando o tempo necessário para a aquisição de determinados requisitos que

nem sempre são possíveis de serem apropriados apenas na sala de aula, promovendo a

qualidade. Os resultados do trabalho da Recuperação Paralela, além de serem registrados pelo

professor/professora e analisados pelo Conselho de Classe, aparecem na dinâmica da sala de

aula, no melhor aproveitamento da aprendizagem.

No processo de avaliação do rendimento escolar, dar-se-á ênfase na recuperação de

conteúdos, de forma paralela e contínua, objetivando oportunizar ao aluno de menor

rendimento a recuperação dos conteúdos não assimilados, zelar pela sua aprendizagem e

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melhorar suas condições de acesso e permanência na escola, além de oferecer um ensino de

melhor qualidade. Por isso, a recuperação paralela, parte integrante da ação educativa, assim

se desenvolverá:

A recuperação de estudos precisa ser garantida em todo o processo educativo e

compreendida como uma ação a ser desenvolvida no cotidiano e não em momentos finais,

cabendo aos docentes exercitarem várias formas de atividades, oportunizando ao educando de

menor rendimento a reelaboração dos conceitos que por alguma razão não foram apropriados,

onde novas oportunidades sejam oferecidas.

6.13 – EIXOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Cuidar, Educar e Brincar: Propiciar situações de cuidados, brincadeiras e

aprendizagens orientadas de formas integradas e que possam contribuir o desenvolvimento

das capacidades infantis de relações interpessoais, de ser e estar com os outros em uma

atitude básica de aceitação, respeito e confiança e o acesso, pelas crianças, aos

conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural.

O Referencial Curricular Nacional para a educação infantil (RCNEI), do documento do

MEC, que fundamenta esse segmento educacional apresenta a tríade que contempla o cuidar,

o educar e o brincar com as crianças de 0 a 5 anos. Nos últimos anos o debate acerca da

Educação Infantil tem apontado à necessidade de que as instituições incorporem de maneira

integrada o cuidar, o educar e o brincar. No entanto, essa nova visão enfrenta muitas barreiras

diante da história do atendimento as crianças pequenas principalmente as crianças pobres, em

cunho meramente assistencialista.

Modificar essa concepção de educação assistencialista significa atentar para a questão

que vão além dos aspectos legais. Embora tenhamos uma ampla legislação na área da

educação infantil, ela na assegura a qualidade no atendimento a estas crianças. Precisamos,

enquanto educadores, entender que quando brincamos, cuidamos, quando cuidamos,

educamos, e quando educamos, brincamos. E é perspectiva que temos que encaminhar as

crianças nessa etapa da vida educacional, pois perceber a indissociabilidade das ações do

brincar, cuidar e educar significa que a criança é compreendida como cidadã em processo de

desenvolvimento, ou seja, se houver a sentença: Brincar + Educar + Cuidar = o resultado será

o desenvolvimento infantil coerente e efetivo.

Estas ações são importantes para a formação social, intelectual, psicológica da criança,

mais em especial o brincar, reflete mais relevância, pois é inerente do ser humano,

especialmente, quando ainda somos bem pequenos, já que através das brincadeiras, a criança

se diverte infantilmente com flexibilidade, com aprendizagem a cerca da vida, do mundo, do

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outro. Delors apresenta a nós educadores os quatros pilares da educação. Segundo o autor,

todo o processo educacional é sustentado por: aprender a conhecer; aprender a fazer;

aprender a conviver, aprender a ser. E todos esses pontos são facilmente contemplados

através do brincar, do educar, e do cuidar na Educação Infantil.

Na Educação Infantil o brincar é um instrumento eficaz de aprendizagem experiencial,

visto que permite através do lúdico, vivenciar a aprendizagem como processo social. A

brincadeira é para a criança um espaço de investigação e construção de conhecimentos sobre

si mesma e sobre o mundo. Brincar possibilita a criança exercitar sua imaginação. A

brincadeira é um espaço privilegiado de aprendizagem onde a criança age como se fosse

maior do que é na realidade, ela realiza simbolicamente aquilo que ainda não tem capacidade

de fazer.

Educar, cuidar e brincar são direitos constitucionais da criança, já que em 1988, a

constituição fez referência a este segmento educacional. Garantindo o direito as crianças de

serem atendidas e respeitadas em suas possibilidades.

Articulação entre as ações de cuidar e educar o desenvolvimento humano: A

estruturação dos conteúdos por eixos tem como finalidade principal auxiliar o educador no

planejamento do seu trabalho. Nesse contexto amparados na Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional (9394/96), que possibilita as instituições escolares a organização do

currículo de diferentes formas e também pelos Parâmetros Nacionais de Educação Infantil,

foram estabelecidos os seguintes eixos:

Identidade e Autonomia Pessoal: No convívio social a criança vai elaborando suas

primeiras noções de identidade, expressando sua identidade e autonomia por meio das

imitações do grupo social em que convive, interage e se identifica. É imprescindível a

intervenção do professor, pois o vínculo entre ele e a criança, contribui para uma visão

de um mundo agradável e acolhedor. É importante que o professor, ao interagir com a

criança tenha conhecimento do desenvolvimento infantil para instigar a conscientização

corporal, bem como, as possibilidades motoras e as sensações a que seu corpo está

sujeito. A construção e a consciência da própria identidade são fatores importantes e

requerem a atenção dos professores, conhecendo as características socioculturais, do

grupo familiar das crianças, buscando romper as crenças e preconceitos particulares.

Outro aspecto importante é a consciência sobre a sexualidade, através da intervenção

do professor desmistificando tabus e preconceitos a partir de um diálogo franco e

fundamentado em conhecimentos consistentes.

Corpo e Movimento: Simultaneamente ao desenvolvimento da identidade e autonomia

pessoal, o trabalho na educação Infantil incorpora o corpo e movimento como um dos

eixos organizadores de sua ação uma vez que o ser humano desde o nascimento entra

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em contato com o mundo pelo movimento. Assim, o seu corpo é uma das primeiras

formas de linguagem utilizada. Fazem parte deste eixo da Educação Infantil:

a) Consciência corporal que está no centro da transformação do próprio corpo

durante a vida e na realização de cada movimento. “Toda transformação traz em si uma

modificação na forma de perceber ao próprio corpo e aos objetos. Então, ao educador

cabe organizar, pedagogicamente, a experiência corporal do cotidiano da Educação

Infantil”. (Currículo Básico para a Escola Pública Municipal – Região do Oeste do

Paraná).

b) Linguagem cênica, jogos e brincadeiras – é com o ato de brincar ou jogar

que as mudanças mais significativas acontecem no desenvolvimento psíquico da

criança, pois a brincadeira faz parte do cotidiano de uma criança saudável. A criança se

desenvolve a partir do convívio com outras crianças e com o mundo. A imaginação e a

imitação são instrumentos que fazem parte do ato de brincar. Os jogos, a dramatização

e as brincadeiras vão ajudar as crianças a organizar, desorganizar e reconstruir o mundo

à sua volta.

c) Linguagem e expressão musical – é através da promoção de atividades

musicais, de audição ou dança que a criança vai formar uma linguagem que promova a

comunicação consigo mesma, com os outros e com o meio. Por meio de um trabalho

consciente se constrói inúmeras possibilidades de expressão corporal com a finalidade

de trabalhar os diferentes segmentos corporais com a criança na Educação Infantil.

Intercomunicação e Linguagem: O gesto, o desenho, o ouvir, o falar e a escrita são

expressões criadoras que constituem as linguagens fundamentais que são de extrema

relevância nesta fase da vida. A leitura instiga a curiosidade da criança e assume total

importância na voz do educador, pois revela-se na interpretação dos sentidos, sejam nos

gestos, nos discursos orais, escrita, ou na plástica e nos ícones. Assim, fica evidente

que não será possível trabalhá-la desvinculada da ação intencional de ler, interpretar e

confrontar sentidos. A literatura infantil pode ser caracterizada como um bem cultural,

porém esse acesso ainda é restrito a poucas crianças. O trabalho com literatura infantil

traz muitos benefícios, pois constitui numa forma de imaginar e criar, de ver e interpretar

o mundo, por meio da discussão, reflexão, estabelecendo relações entre o mundo real e

o literário. O desenvolvimento do senso critico e estético, bem como a integração da

criança a sua cultura e o conhecimento de outras culturas decorrem de um trabalho

pedagógico intencionalmente planejado.

Conhecimento do Ambiente Físico, Social e Cultural: O presente eixo destaca a

importância das crianças entrarem em contato com os diferentes fenômenos físicos, com

os acontecimentos e as relações socioculturais da realidade em que estão inseridos. Na

educação infantil a descoberta do ambiente pela criança, tem como objetivo o

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entendimento da origem, formação do espaço e da forma de organização para ocupar,

construir e transformar o ambiente em que vivem. Ao abordar esse assunto para as

crianças é interessante citar os ambientes onde elas se desenvolvem e interagem, ou

seja, o ambiente familiar, escolar, rural, urbano, chamando a atenção para os espaços

onde desenvolve suas atividades e para os elementos que esses espaços incluem, os

espaços são: casas, escolas, praças, rua, parque, bairro, entre outros. Já os elementos

são as pessoas, animais, plantas, levando em consideração a relação entre esses

elementos e as condições que cada contexto inclui, como por exemplo, a relação de

cooperação, afeto, participação e as condições de limpeza, ventilação, ruído,

temperatura, entre outros. Assim, fica evidente que o meio onde a criança está inserida

não é estático, mas sim, dinâmico e pode influenciar e ser influenciado pelo homem, pois

é um espaço de relações. Para compreensão dos espaços social e cultural a melhor

opção é tomar como ponto de partida a realidade social da criança e de sua família, seja

através da observação, do relato, das comparações ou das vivencias sensoriais, todos

esses quesitos são imprescindíveis para a compreensão. Cabe ressaltar também que

o desafio é o de transformar as curiosidades infantis e seus questionamentos em

conhecimentos a serem explorados e aprendidos, instigando-os a falar o que sabem

sobre determinada questão, a apresentarem as dúvidas que possuem e em conjunto

encontrar respostas, assim, há a possibilidade de exercitar a expressão e o registro do

conhecimento que foi construído por múltiplas linguagens e formas de representação.

Noções Lógicas-Matemáticas: A construção do conhecimento lógico pode ser

oportunizada através de jogos e brinquedos, assim, quanto mais o educador priorizar

ações e recursos que possibilitem investigar, observar, estabelecer relações, perceber

semelhanças e diferenças, explorar, reconhecer, descrever e envolver-se, maior serão

as oportunidades de desenvolvimento. Neste sentido, o professor poderá ir propondo

dificuldades e desafios que permitam aprofundar o conhecimento de diversas noções

matemáticas. É interessante buscar situações e desafios da realidade vivida pela criança

no seu cotidiano. Antes mesmo da idade escolar, a criança está em contato permanente

com formas, grandezas, números, medidas, contagens e já constrói conceitos. Assim, é

importante que a criança tenha contato com jogos e materiais manipulativos, explorando

as diferenças, semelhanças, forma, cor, tamanho, textura, entre outros, para a formação

de conceitos matemáticos que serão necessários no decorrer de sua vida.

6.14 – SALA DE RECURSOS

A implantação de salas de recursos multifuncional em escolas públicas de educação

básica refere-se à doação, pelo Ministério da Educação, de equipamentos, mobiliários,

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materiais pedagógicos e de acessibilidade destinados a atender as especificidades

educacionais dos alunos. Além de implantar as salas de recursos multifuncionais,

o MEC também adquire kits de atualização das salas existentes com o objetivo de

complementá-las com novos recursos e equipamentos. A sala de recurso multifuncional é

mantida em funcionamento nas escolas, sob orientação da Secretaria Municipal de Educação e

com o apoio da Equipe Multifuncional dessa secretaria. Seu objetivo é apoiar e desenvolver

um Atendimento Educacional Especializado de forma complementar ou suplementar à

escolarização dos estudantes, que passaram por uma avaliação psicoeducacional, atendendo-

os individualmente ou em pequenos grupos, dando apoio complementar aos professores e pais

atuando diretamente com as dificuldades.

7 – INCLUSÃODECRETO 7611

Entendemos que a educação de qualidade, em que se respeite, reconheça e valorize a

diversidade, é um direito de todos e este direito deve ser assegurado pelo Estado, a quem

cabe sua gestão e financiamento. Portanto, a Educação Inclusiva se faz necessária, mas é

preciso que o Estado também atenda plenamente as necessidades apontadas para adequar às

escolas para que todos possam ter acesso à educação sem maiores constrangimentos.

A escola tem papel fundamental na formação deste ser e desta sociedade. Tem por

finalidade a formação do indivíduo para que possa atingir sua cidadania. Sendo assim, a

mesma é um espaço político importante e representa uma instância onde podemos começar a

levantar questões fundamentais a respeito de onde vem o conhecimento, qual sua base

material e quais as várias formas de dominação e consciência que estão ligadas a ele.

Como um lugar que prepara o aluno para participar e lutar pelo desenvolvimento da

democracia e das diferenças sociais, deve garantir o direito à escola para todos, visando o

desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o

trabalho. Sendo assim, uma sociedade igualitária, com oportunidades para todos, necessita de

ações concretas e efetivas de caráter público e comunitário, conduzindo ao respeito e a

valorização das diferenças na educação.

A valorização das diferenças motiva a uma sociedade inclusiva aonde a escola vem a

desempenhar relevante papel no processo da inclusão de pessoas com necessidades

especiais. Sendo assim, cabe aos governos estabelecer políticas efetivas e adequadas à

implantação da educação para todos. Neste sentido, a década de 90 foi propícia para o

surgimento dessa expressão, concebida na Conferência Mundial sobre Educação para todos

em Jomtien, na Tailândia, assegurando a democratização da educação, independentemente

das diferenças particulares dos alunos. Este aspecto ressalta também a Declaração de

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Salamanca: “O princípio da inclusão consiste no reconhecimento da necessidade de se

caminhar rumo à ‘escola para todos’ – um lugar que inclua todos os alunos celebre a diferença,

apóie a aprendizagem e responda as necessidades individuais.”

Todos esses movimentos em prol da qualidade na educação foram extremamente

significativos para que se ampliassem os espaços de discussão sobre a necessidade de os

governos contemplarem propostas que reconhecessem a diversidade dos alunos, e os meios e

os modos para garanti-las. Porém, faz-se necessário ainda, que além do governo, educadores,

alunos, pais e comunidade em geral unam esforços na luta pela consolidação do direito a uma

escola de qualidade para todos os que a torna, de fato, uma sociedade inclusiva.

O maior desafio é ter clareza de que o ponto de partida de uma escola que quer ser

participativa e inclusiva, é que ela tem que descobrir quais são as suas incoerências internas, o

conteúdo, as avaliações, a metodologia, para que as pessoas dentro da própria escola, da

comunidade, enfim da sociedade em geral possam levar para frente aquilo que estão

aprendendo.

A Educação Inclusiva se faz necessária, mas é preciso que o Estado atenda plena e

previamente as necessidades apontadas para adequar às escolas para que todos possam ter

acesso à educação sem maiores constrangimentos.

Quanto à Proposta de Política Inclusiva para o Estado do Paraná, entendemos que esta

atende a uma prerrogativa para a democracia: a educação para todos, sem segregação social

sob qualquer pretexto, inclusive o das necessidades especiais. Por outro lado, não é justo nem

ético encaminhar mais alunos com necessidades especiais para as classes comuns em

escolas sem infraestrutura, com falta de funcionários e sem a capacitação necessária para que

o professor/professora lide com esta nova realidade.

Daí que a articulação entre o trabalho docente e as relações sociais e políticas mais

amplas é requisito indispensável para que o projeto de ensino e aprendizagem resulte em

efeitos formativos, pois o trabalho docente, neste caso não se restringe ao que ocorre no

interior da sala de aula. Antes, configura-se como mediação entre a escola e a sociedade,

entre o individual e o social. Para tentar dar conta dessa tarefa, no ano de 2007 o município de

Medianeira, por intermédio da Secretaria Municipal de Educação, realizou estudos com todos

os professores/professoras, elaborando, junto aos municípios do oeste do Paraná, o Currículo

Básico para a Escola pública Municipal, em preparação para a implantação do Ensino

Fundamental de nove anos. Nossa escola, como unidade da rede, participou efetivamente do

processo.

Entendendo que cada ser humano é único e que a escola precisa atender a todos na

sua individualidade, a escola tem como filosofia Educar na Diversidade, buscando atender a

todas as crianças indistintamente dentro dos princípios da educação inclusiva. Uma educação

centrada na mediação entre sujeitos que possibilite e potencialize o desenvolvimento de novas

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capacidades e competências e o acesso a instrumentos que favoreçam a inserção cultural dos

indivíduos.

7.1 FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR E ADAPTAÇÕES CURRICULARES

Com base na atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394\96 no

artigo 59, o qual preconiza que os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos currículo,

métodos, recursos e organização específicos para atender às suas necessidades.

As Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica Assim,

estabelecem, em seu Artigo 2º, que “os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos,

cabendo às escolas organizarem-se para o atendimento aos educandos com necessidades

educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de

qualidade para todos.” Ainda conforme o texto do Projeto Escola Viva do Ministério da

Educação e Secretaria de Educação Especial as “Adaptações curriculares são definidas como

respostas educativas que devem ser dadas pelo sistema educacional, de forma a favorecer a

todos os alunos e, dentre estes, os que apresentam necessidades educacionais especiais”.

Não se trata de um novo currículo, mas sim um currículo dinâmico, alterável, passível de

ampliação para que possa atender realmente todos os alunos. Não deve ser entendido apenas

como uma mera modificação ou acréscimo de atividades complementares na estrutura

curricular. É importante ressaltar que adaptar o currículo não significa reduzi-lo ou simplificá-lo,

mas sim torná-lo acessível, o que é muito diferente de empobrecê-lo. Exige que as mudanças

na estrutura do currículo e na prática pedagógica estejam em consonância com os princípios e

diretrizes do Projeto Político Pedagógico na perspectiva de um ensino de qualidade para todos

os alunos.

As necessidades educacionais especiais revelam as diferentes estratégias necessárias

para permitir que todos os alunos participem integralmente das oportunidades educacionais,

obtendo resultados favoráveis, dentro de uma programação tão normal quanto possível. Nestas

circunstâncias as adaptações curriculares implicam a planificações pedagógicas e ações

docentes fundamentadas em critérios que definem o que o aluno deve aprender; como e

quando ele deve aprender; quais formas de organização do ensino são mais eficientes para

pessoas com necessidades educacionais especiais e como e quando avaliar esses alunos.

Essas estratégias poderão ser atribuições de instâncias políticas administrativas

superiores por exigirem ações de natureza política, administrativa, financeira, burocrática,

denominadas Adaptações Curriculares de Grande Porte e outras compreendem modificações

menores, de competência específica do professor, sendo necessários pequenos ajustes nas

ações planejadas a serem desenvolvidas no contexto da sala de aula sendo então

denominadas Adaptações curriculares de Pequeno Porte.

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71

Os alunos com necessidades educacionais especiais precisam, sempre que necessário,

ter um plano individualizado de ensino norteador das ações de ensino do professor e das

atividades escolares do aluno. Esse plano pode ser atualizado continuamente e deve ser

sequencial, independente da série em que o aluno esteja, sendo que o critério de inserção do

aluno na sala de aula regular é a faixa etária do grupo. Adaptações Curriculares de Pequeno

Porte ou de Grande Porte quando necessárias, cabem ao professor e a equipe de ensino que

devem estar preparados para essa constatação para a garantia de que cada aluno tenha as

respostas educacionais que necessita

De acordo com a Cartilha Escola Viva, do Ministério da Educação e Secretaria de

Educação Especial, é importante considerar as seguintes adaptações:

Adaptações de objetivos de ensino: quando são eliminados alguns objetivos básicos,

ou são introduzidos outros objetivos específicos, que podem ser complementares e\ou

alternativos trazendo benefícios a alunos com deficiência para que possam conviver

regularmente em sua vida escolar, com o máximo possível de possibilidades educacionais

disponíveis. Estes objetivos precisam ser significativos para a vida do aluno, para proporcionar

o conhecimento e favorecer o pleno desenvolvimento.

Adaptação de conteúdos: quando são adaptados conteúdos específicos e também a

eliminação de conteúdos básicos do currículo, determinados pelas adaptações dos objetivos.

Isto acontece em função das necessidades especiais dos alunos que precisam ter atendidas as

suas necessidades especiais.

Adaptações do Método de ensino e da organização didática: quando o professor

utiliza estratégias e recursos que melhor respondam às características e as necessidades

educacionais especiais dos alunos. Assim ocorre uma modificação no nível de complexidade

das atividades e nos procedimentos de ensino, introduzindo atividades alternativas às

previstas.

Adaptações de Sistema de Avaliação: são adaptações vinculadas as dos objetivos e

conteúdos do plano de ensino. Evitam a cobrança desnecessária de conteúdos e habilidades e

diminuem a ansiedade do aluno e do professor. Indicam os conteúdos ou processos que ainda

não foram apreendidos ou precisam ser retomados. Neste processo é importante a avaliação

diagnóstica, que oferece melhores subsídios para as adaptações e tomadas de decisões.

Adaptação de temporalidade: consiste em ajustes no tempo de permanência do aluno

em uma determinada turma, ou no encaminhamento de um aluno para a série seguinte, ainda

que não corresponder totalmente o plano de ensino da classe anterior.

8 – DIVERSIDADE SEXUAL

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De acordo com Rosenberg (1985) e Vidal (2003), há uma preocupação histórica por

parte das políticas educacionais e do sistema educacional, em relação à questão do gênero,

sexo, diversidade e orientação sexual. No entanto, a inserção dessas questões no sistema

educacional brasileiro é recente, apenas na segunda metade dos anos de 1980, é que

aconteceram discussões mais abertas no que diz respeito à igualdade e valorização de gênero

e da iniciativa da criação de uma cultura que vise o reconhecimento e o respeito da diversidade

sexual, no interior de espaços sociais como a escola.

Na questão do gênero, no que se refere às mulheres, é possível visualizar avanços mais

expressivos, porém é valido lembrar que os mesmos se deram em consequência de várias

lutas dos movimentos feministas em prol da igualdade de direitos. Porém, há muito no que se

avançar na conquista de direitos das mulheres, homossexuais, entre outros.

O gênero e diversidade sexual são trabalhados sob a ótica da inclusão social com o

objetivo de ofertar a educação para todos com qualidade e equidade, ou seja, onde a escola

atenda cada aluno dentro de sua necessidade, garantindo a inclusão e promovendo a

igualdade de enfrentamento de todo e qualquer tipo de preconceito.

A escola é “[...] um lugar privilegiado para promover a cultura de reconhecimentos da

pluralidade das identidades e dos comportamentos relativos a diferenças [...]” (Brasil, MEC,

2007, p.09), um espaço de construção, no qual a rede possa reunir e se articular para criar

estratégias para trabalhar com questões como noção de corpo, orientação sexual, de gênero,

de sexualidade, de doenças sexualmente transmissíveis, de respeito, entre outras que são

socialmente construídas, buscando prevenir as problemáticas relacionadas a gênero.

9 – HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA

A Deliberação nº04/06 e a lei n° 10.639 de 09 de janeiro de 2003, tratam do ensino

sobre História e Cultura Afro-Brasileira tornando-o obrigatório nos estabelecimentos de ensino.

No 1° ano do Ensino Fundamental de 09 anos, a intenção ao trabalhar com a História e

Cultura Afro-Brasileira e Africana será, conforme descrito na lei “a conscientização da luta dos

negros no Brasil, a cultura negra brasileira e a importância do negro na formação da sociedade,

resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política”.

Desta forma, pretende-se abordar estes aspectos históricos e principalmente de forma a

conscientizá-los a favor da aceitação e do respeito a todas as raças e culturas. Este trabalho

acontecerá interligado aos conteúdos de História, Geografia, Literatura Infantil e principalmente

nas vivências e experiências de sala de aula.

Em relação à obrigatoriedade do Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena,

nossa Escola também seguirá as normativas reguladoras de caminhos, embora não fechados a

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que historicamente possam a partir das determinações iniciais tomarem novos rumos.

Diretrizes não visam a desencadear ações uniformes; todavia, objetivam oferecer referências e

critérios para que se implantem ações, as avaliem e reformulem no que e quando necessário.

Esta obrigatoriedade está pautada na LEI 11.645/08, sancionada no dia 10 de março de

2008, pelo Presidente da República, Luis Inácio da Silva, a qual Altera a Lei 9.394, de

20/12/96, modificada pela Lei 10.639, de 09/01/2003, que estabelece as diretrizes e bases da

educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da

temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. E conforme preveem os atuais artigos

26-A e 79-B da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, instituídos pela Lei 11.645/08,

bem como as suas Diretrizes Curriculares Nacionais, estabeleceram a obrigatoriedade do

ensino de História e Culturas Africana e Afro-Brasileira no ensino básico. Porém, o

cumprimento dessa obrigatoriedade legal pelos sistemas de ensino e, consequentemente,

pelos educadores não é tarefa trivial, pois se trata de uma proposição que exige a consciência

política e histórica da diversidade. E este princípio deve conduzir:

À igualdade básica de pessoa como sujeito de direitos;

À compreensão de que a sociedade é formada por pessoas que

pertencem a grupos étnico-raciais distintos, que possuem cultura e

história próprias igualmente valiosas e que em conjunto constroem, na

nação brasileira a sua história;

E para que se cumpra o disposto na Lei, há a necessidade de se desencadear algumas

ações educativas de combate ao racismo e às discriminações, as quais encaminham conexões

dos objetivos, estratégias de ensino e atividades com a experiência de vida dos alunos e

professores/professoras, valorizando aprendizagem vinculada às suas relações com pessoas

negras, brancas, mestiças, assim como as vinculadas às relações entre negros, indígenas e

brancas no conjunto da sociedade.

Desta forma, entende-se por educação inclusiva, não apenas aquela que inclui o aluno

com necessidades educativas especiais, mas sim toda a criança na sua diversidade. Neste

sentido, o que se busca é uma educação de qualidade que atenda as necessidades de toda a

comunidade.

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10 – MARCO OPERACIONAL

Todo esforços da escola Angelo Darolt existem no sentido de atender as crianças da

comunidade de forma a oferecer condições para que as mesmas se apropriem dos conteúdos

de ensino e das aprendizagens básicas no tempo em que forem alunos desta escola. Para

tanto a escola procura enfrentar os inúmeros desafios da mudanças e da transformações, tanto

na forma como a escola organiza seu processo de trabalho pedagógico, como na gestão que é

exercida pelos interessados, o que implica no repensar constante das suas ações que devem

estar sempre centradas nas crianças.

10.1 – AÇÕES DA ESCOLA

O envolvimento de todos os atores do processo educativo é de fundamental importância

para que este transcorra de forma eficiente.

O diretor escolar, antes de ser um administrador deve ser um educador. Ele é o principal

articulador da coletividade. Isto exige do diretor a capacidade de ouvir, alinhavar idéias,

questionar, inferir, traduzir posições e sintetizar uma política de ação, com o propósito de

coordenar efetivamente o processo educativo. O diretor, no exercício de sua responsabilidade

diferenciada, deve poder resolver o conflito entre as exigências burocráticas - administrativas

colocadas pelas instâncias superiores do sistema escolar, e o conteúdo educativo que urge ser

desenvolvido no interior da escola, conciliando a competência técnica com clareza política. A

efetivação da administração escolar colegiada se caracteriza, como prática transformadora,

estruturante e estruturadora no âmbito da comunidade escolar sob a liderança do diretor -

educador com uma prática voltada para a liberdade e responsabilidade.

Para auxiliar o diretor e para que todo o trabalho escolar tenha maior êxito nas escolas

contamos com o coordenador pedagógico que tem papel importante na organização do

trabalho pedagógico escolar. Este trabalho deve ser regido pela reflexão e ação, teoria e

prática.

O professor por sua vez, tem por tarefa, dentro deste conjunto, compreendendo que seu

trabalho se estende ao compromisso com a totalidade do processo escolar, não se restringindo

a sala de aula.

Os docentes sempre dispõem de um plano de aula pronto quando os alunos entram em

sala de aula, evitam a ocorrência de interrupções e buscam aproveitar o tempo de ensino e

aprendizagem. Seus planejamentos contêm as informações necessárias sobre os conteúdos

trabalhados e os critérios de avaliação. Procuram expor os objetivos de aprendizagem numa

linguagem adequada e buscam estimular a curiosidade e o interesse dos estudantes.

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Os professores/professoras propõem atividades fora da escola como passeios visitas

pedagógicas, utilizar os espaços internos e externos para realizar atividades cotidianas como

ler, desenhar, contar histórias, brincar e jogar. Utilizam e sentem-se a vontade como os

materiais existentes disponíveis para aprendizagem integrando-os ás atividades de sala de

aula.

A equipe escolar trabalha em conjunto para tratar das questões de interesse da escola,

avalia o desempenho de seu pessoal e o da escola como um todo conseguindo trabalhar de

forma cooperativa e harmoniosa apesar da diversidade de desafios existentes.

Os docentes na maioria das vezes demonstram entusiasmo no desempenho de suas

funções e mostram-se abertos a inovações e processos de mudança pois o ambiente é

peculiar com poucos profissionais que conseguem conhecer todas as especificidades da

escola e o andamento das turmas nos anos anteriores, assumindo turmas ou funções

diferentes no turno matutino e vespertino em virtude de a escola comportar apenas uma turma

de cada desde o pré até o 5º ano. Participam de cursos de atualização, demonstrando

empenho no seu desenvolvimento profissional.

A equipe de docentes que trabalha na escola na maioria das vezes sente-se valorizada

e respeitada por pais e estudantes. Demonstra experiência no manejo de turmas e no

acompanhamento do trabalho individual e de grupos, demonstra ter domínio dos conteúdos,

considera seu trabalho significativo e sente-se capaz de ensinar bem, estando sempre aberta a

orientações e mudanças de postura quando necessário.O educando, por sua vez é o eixo

central da escola. É para ele que está voltado todo o processo ensino-aprendizagem e todos

precisam contribuir para que o trabalho escolar valorize a construção do seu conhecimento.

Durante os diferentes momentos pelos quais a escola tem passado, destaca-se a

dificuldade que enfrentou quanto à depredação do seu patrimônio, não por parte dos

alunos/alunas de dentro do espaço escolar, mas por ação de vândalos que passaram a

frequentar os arredores para fazer uso do rio e da mata nas proximidades ou mesmo do

parquinho em horários fora de expediente. O espaço interessante que a escola possui desperta

interesse inclusive da população de localidades próximas, que não são alunos. Por ser

afastada, sujeita a depredação nos períodos de fins de semana, feriados ou finais de tarde, a

escola, que não tem sua área externa totalmente protegida, fica vulnerável a utilização não

supervisionada por responsáveis ou seguranças. A gestão da escola enfrentou situações de

invasão, depredação e assaltos precisando organizar medidas junto ao poder público para

aumentar a segurança do prédio escolar, bem como a conscientização da comunidade no

sentido de ajudar a proteger o patrimônio público.

Com relação à estrutura física a escola apresenta varias dificuldades como a

inexistência de refeitório, quadra coberta, espaço adequado para reuniões ou receber os pais,

para a realização das atividades físicas. Atualmente as aulas de Educação Física são

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ministradas em um terreno gramado anexo ao pátio escolar e em dias úmidos no saguão da

escola prejudicando o andamento das demais atividades. Até mesmo o monitoramento do

recreio que precisa ser dirigido para diminuir conflitos e acidentes é prejudicado em dias de

chuva pela falta de espaço adequado. Ainda não possui algumas adequações como corrimões

até o parquinho.

A ausência de uma biblioteca impede um trabalho de mais qualidade em relação ao

incentivo à leitura a toda a comunidade escolar, limitando o acesso aos projetos de leitura

existentes na escola.

Um aspecto muito interessante tem sido ao longo dos anos o processo de

amadurecimento em relação à inclusão na escola Angelo Darolt sempre foi beneficiado pelo

número reduzido de alunos. Desde o ingresso de alunos/alunas surdos, cegos e com outras

deficiências tem se observado o papel da socialização que acontece entre alunos/alunas com

deficiências e necessidades educativas especiais e demais alunos, professores/professoras,

funcionários, pais e comunidade em geral. Isso tem sido uma marca bastante positiva,

essencial para o sucesso da escola e o crescimento dos professores/professoras. O ensino

procura sempre estar voltado à aprendizagem de todos sem exceção, as aulas são preparadas

de maneira a atingir a aprendizagem de todos, considerando as adaptações curriculares

necessárias. Atividades que contemplem muito todas as formas de percepção, os aspectos

lúdicos, concretos, o trabalho cooperativo e o respeito à individualidade e a diversidade. Nesse

sentido podemos dizer que a educação inclusiva proporcionou um grande avanço na qualidade

de ensino de toda a escola.

É possível perceber o envolvimento de todos diante de um aluno/aluna com alguma

necessidade. Os professores/professoras fazem os diagnósticos e juntamente com direção e

coordenação pedagógica fazem os encaminhamentos necessários. Com isso é possível

perceber ao longo do ano letivo a evolução na aprendizagem dos alunos, inclusive evitando-se

possíveis reprovações. Da mesma forma ocorre o compromisso com os resultados e decisões

soberanas emanadas pelo Conselho de Classe, que considera a possibilidade de um aluno

com determinadas dificuldades evoluir e superar as dificuldades ao longo do ano letivo

seguinte com acompanhamento e empenho de todos. Isso tem mostrado o avanço de

alunos/alunas que tiveram com sucesso condições e tempos respeitados sem necessariamente

sofrer uma reprovação.

Os professores/professoras efetivos atuando na escola, quase na sua totalidade

possuem formação em ensino superior e uma ou mais especializações. Os que ainda cursam a

graduação geralmente são professores/professoras que ingressaram recentemente e ainda

estão em estágio probatório. Mostram um interesse em participar dos cursos de formação

continuada oferecidos pela Secretaria Municipal de Educação e outros, como cursos de

extensão, especializações e formação à distância.

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No início do ano letivo de 2007, a Secretaria Municipal de Educação, juntamente com os

coordenadores escolares, fixou uma meta de 95% de aprovação para os alunos da rede, para

o final do ano letivo corrente.

Apesar de inúmeras dificuldades que a escola enfrenta ao longo de seu percurso de

trabalho, tem evidenciado um resultado positivo em relação aos seus dados. Nos últimos 8

anos analisados o índice de abandono escolar permanece 0%, considerado nulo, não tendo

registro de alunos evadidos há vários anos e os índices de aprovação permanecem próximos

de 100%.

Gráfico 2 - Dados de aprovação nos últimos 8 anos.

Fonte: Levantamento estatístico - Tabela C – 2007 a 2015 – Escola Angelo Darolt

O trabalho na escola para evitar o número de alunos retidos no Ensino Fundamental é

bastante intensificado e justifica-se ao considerar-se que o índice de aprovação tem sido

positivo conforme mostra o gráfico acima, estando próximo de 100%. Ocorre que quando um

único aluno precisa ser retido o índice abaixa consideravelmente. Também, ao se analisar o

perfil das duas reprovações ocorridas em 2013 e 2015, é possível perceber que foram

reprovações difíceis de serem evitadas devido ao ingresso destes com grandes defasagens ao

final do último bimestre letivo, não sendo possível um trabalho de recuperação e estudos ou

realização de encaminhamentos necessários em tempo hábil.

A escola alcançou o índice do IDEB com média de 6,4 no ano de 2010. Nos anos

anteriores e posteriores, as turmas de 4ª série e atual 5º ano não tem sido testadas pela Prova

Brasil por não ter atingido o número mínimo de alunos para a realização do teste.

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

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78

10.2 – ARTICULAÇÃO ESCOLA E FAMÍLIA

Desde o primeiro dia letivo as famílias enquanto pais, mães ou responsáveis legais pelo

aluno, têm, além de suas atribuições legais, o dever de participar ou comparecer às reuniões e

demais convocações do setor pedagógico e administrativo da escola, sempre que se fizer

necessário ou forem convocados. Estas reuniões têm o objetivo de manter relações

cooperativas com a família e escola no âmbito escolar, de acompanhamento do

desenvolvimento escolar do aluno pelo qual a família é responsável e de que pais, mães ou

responsáveis legais possam assumir junto à escola ações de corresponsabilidade que

assegurem a formação educativa do aluno.

As reuniões acontecem conforme as convocações do setor pedagógico e administrativo

da escola durante o ano da seguinte forma:

Assembleias gerais ordinárias e extraordinárias;

Reuniões bimestrais para entrega de boletins;

Reuniões de pais, mães ou responsáveis de alunos de uma determinada turma;

Reuniões pais, mães ou responsáveis de um determinado aluno;

Reuniões de convocação do Conselho Escolar;

Reuniões de convocação da APMF;

Nestas reuniões são realizadas orientações e informações a respeito do trabalho

realizado com a educação das crianças existente dentro do papel de cada um, com da escola,

da família e mesmo da criança.

De acordo com o papel da escolta são definidos assuntos como:

Currículo

Aprendizagem e conhecimento

Desenvolvimento motor

Socialização e relacionamento afetivo

Disciplina

Potencial e criatividade

Como são os processos de avaliação

Como é o trabalho com as dificuldades de aprendizagem e as necessidades

educativas especiais

Quem auxilia nas medidas e encaminhamentos adotados

Normas, direitos, deveres, atribuições e proibições conforme o Regimento Escolar

Avaliação do PPP

Ações que a escola realiza

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79

A escola mantém, portanto, a comunicação permanente com a comunidade que na

maioria das vezes entra em contato com a escola por iniciativa própria. Este é um trabalho de

informação sobre os resultados e o desempenho da escola, sobre os seus objetivos e projetos,

sobre os resultados das avaliações de seus filhos. Na maioria das vezes esta comunidade

mostra-se satisfeita em relação ao trabalho realizado e aos resultados da escola e dos alunos.

A escola incentiva os pais a acompanharem o progresso e os deveres dos seus filhos e

o resultado é a participação quando convidados ou convocados. Desta forma a comunidade

contribui voluntariamente e quando é mobilizada para participar de eventos e atividades.

10.3 – ARTICULAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL

A transição da educação infantil para o ensino fundamental de nove anos, deve levar em

conta as experiências vivenciadas pelas crianças na educação infantil.

A educação infantil favorece interações mais diversificada, com maior espaço tanto para

a questão lúdica quanto para o diálogo. Já no ensino fundamental, a estrutura organizacional

privilegia prática mais individual, ficando sob responsabilidade da escola se adequar da melhor

maneira para atender aos alunos de seis anos que passam para o primeiro ano do ensino

fundamental.

10.4 – ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

A Educação Básica, tem a finalidade de proporcionar o desenvolvimento do aluno, e

assegurar a formação indispensável para o exercício da cidadania, fornecendo meios para

progredir no trabalho e em estudos posteriores, assegura em todas os níveis de ensino os

seguintes objetivos em comum. A organização curricular dos cursos atenderá obrigatoriamente

em cada nível de ensino:

Educação Infantil na modalidade de pré-escolar, com os eixos:

- Identidade e Autonomia;

- Corpo e Movimento;

- Intercomunicação e Linguagens;

- Conhecimento Físico, Social e Cultural e;

- Noções Lógico-Matemáticas.

Ensino Fundamental anos iniciais, com as disciplinas:

Base Nacional Comum:

- Arte;

- Ciências;

- Educação Física;

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- Ensino Religioso;

- Geografia;

- História;

- Língua Portuguesa; e

- Matemática.

Parte Diversificada:

- Literatura Infantil; e

- Informática Educativa.

Quanto aos critérios de organização interna da escola, cabe ressaltar que trabalhamos

com o regime de seriação, no qual o aluno é aprovado para o ano seguinte mediante a

consumação dos objetivos estabelecidos na série em questão.

E neste sentido, ao se propor um novo encaminhamento teórico-metodológico, para a

aquisição da linguagem escrita, fez-se necessária a reorganização de alguns conteúdos

curriculares. Sendo que a rede municipal teve vários momentos para fazer esta reorganização,

com o objetivo de fazer uma reflexão da práxis pedagógica. Assim após a reflexão, a equipe da

SMED juntamente com coordenadores, diretores e professores/professoras fizeram a

reorganização, suprimindo conteúdos que não estavam compatíveis e/ou acrescentando

conteúdos que se faziam necessários. Com isso, houve também a necessidade de readequar

encaminhamentos metodológicos e critérios avaliativos.

10.5 – RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS E RECUPERAÇÃO PARALELA

A recuperação de estudos se constitui num mecanismo que proporciona a oportunidade

ao aluno para que ele aprenda conhecimentos que não conseguiu assimilar durante o ano

letivo, visando a superação de dificuldades e defasagens específicas. É um direito daqueles

que não conseguiram aprender com os métodos adotados até então pela escola em um

determinado tempo. Ela acontece assim que o professor identifica as necessidades dos alunos

com menor rendimento e estabelece as estratégias para recuperá-las.

A recuperação de estudos deve ser realizada pela escola revendo metodologias,

estratégias e recursos utilizados, proporcionando ao aluno outra maneira de vivenciar e

aprender o conteúdo em sala de aula, para depois ser novamente avaliado. É a realização de

um plano de estudos que deverá ocorrer de forma contínua ao longo do ano e que pode se

intensificar ao final do ano letivo ou de cada bimestre. Constitui-se num conjunto de estratégias

elaboradas pelo professor com o objetivo de recuperar conteúdos essenciais que não foram

assimilados pelo estudante tendo como foco a aprendizagem e não apenas a recuperação de

notas.

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As estratégias para recuperação consistem num trabalho mais direcionado com um

planejamento que atenda o aluno individualmente, com encaminhamentos de forma continua

inserido no trabalho do dia a dia em sala de aula, com intervenções pontuais e imediatas. É

uma forma de ensinar diferente daquela anteriormente utilizada. Podem ser aulas de revisão,

aulas adicionais, atividades e pesquisas, exercícios e trabalhos extras, exercícios que retomam

conteúdos importantes, motivação à participação durante as atividades, envolvimento dos

familiares, ensino de técnicas facilitadoras da aprendizagem como anotações e leituras,

organização do tempo e do espaço em sala de aula, bem como atividades e tarefas

suplementares.

A partir do momento em que o aluno apresentar maior dificuldade em sala de aula, não

atingir os objetivos mesmo com a exploração de vários recursos e possibilidades pelo

professor/professora regente, é feito o encaminhado para a Sala de Recuperação Paralela,

reunião com os pais para orientações possíveis, encaminhamento para acompanhamento do

serviço social ou atendimento especializado.

A Recuperação Paralela atende a fase da alfabetização dos alunos de 1º ao 3º anos e

demais turmas através de atendimento individual aos alunos que demonstrem rendimento

insuficiente, oferecendo aos mesmos, condições para acompanhar os conteúdos.

Individualmente realiza um trabalho para intensificar as áreas da aprendizagem que se

encontram defasadas ou dificuldades específicas apresentadas em relação aos conteúdos do

currículo, especialmente na área língua portuguesa, matemática e áreas do desenvolvimento

psicomotor e cognitivo, com atividades planejadas de acordo com a dificuldade de cada um.

O ingresso do aluno na Recuperação Paralela é realizado por encaminhado pelos

professores/professoras regentes por meio de registro em ficha específica das dificuldades

pontuais em relação aos conteúdos trabalhados em sala de aula, apresentadas pelo aluno. Os

professores/professoras de Recuperação Paralela prepara suas aulas, juntamente com os

professores/professoras regentes e a coordenadora pedagógica, de acordo com as

necessidades de cada aluno. Quando a dificuldade é sanada, os professores/professoras de

Recuperação Paralela preenchem a ficha de egresso daquele aluno. A criança retorna à

Recuperação Paralela sempre que necessário.

A Recuperação Paralela acontece em contra período às aulas regulares ao longo do ano

letivo ou enquanto perdurar a necessidade do aluno. Quando o aluno não comparecer às aulas

de Recuperação Paralela por opção ou determinação da família, o pai, mãe ou responsável

legal, deve apresentar um plano alternativo para atender suas dificuldades.

O acompanhamento permanente das médias de aprovação e dados de desempenho da

aprendizagem e evasão escolar ocorre com coleta de dados e informações, realização de

reuniões com a equipe escolar e família, orientação e apoio da SMED. Além de encaminhar

para Recuperação Paralela, proporciona o encaminhamento de casos que necessitam de

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atendimentos específicos, orientação e treinamento aos professores/professoras, realização de

avaliação constante do processo de modo a obter gradativamente resultados sempre mais

positivos, articulados pela direção e coordenação pedagógica da escola.

10.6 – ADAPTAÇÕES CURRICULARES

As adaptações curriculares de Grande Porte compreendem adaptações de acesso ao

currículo, ambiente físico, recursos, materiais, mobiliários e capacitação de profissionais que

envolvem ações do poder público.

As adaptações curriculares de Pequeno Porte são feitas de acordo com as

necessidades de respostas educativas de cada criança e como o Projeto Político Pedagógico

deve contemplar a realidade da escola, citamos as adaptações específicas para os alunos com

necessidades educativas especiais dos alunos da escola, no caso, alunos com deficiência

visual, deficiência física com deficiência intelectual.

A implementação das adaptações curriculares de Pequeno Porte é de responsabilidade

exclusiva do professor e acontece em várias áreas e momentos de sua atuação. São

adaptações que tem início no seu Plano de Ensino após a avaliação diagnóstica e constatação

da diversidade de seu grupo, vindo a favorecer a todos. De acordo com a Cartilha Escola Viva,

do Ministério da Educação e Secretaria de Educação Especial, podemos citar:

Criar condições físicas, ambientais e materiais para a participação do aluno com

necessidades especiais na sala de aula;

Favorecer os melhores níveis de comunicação e de interação do aluno com as

pessoas com os quais convive na comunidade escolar;

Favorecer a participação do aluno nas atividades escolares;

Atuar na aquisição dos equipamentos e recursos materiais específicos

necessários;

Adaptar materiais de uso comum em sala de aula;

Adotar sistemas alternativos de comunicação, para os alunos impedidos de

comunicação oral, tanto no processo de ensino e aprendizagem como no

processo de avaliação; favorecer a eliminação de sentimentos de inferioridade, de

menos valia, ou de fracasso.

Quanto as adaptações específicas para os alunos com deficiência visual:

Posicionar o aluno de forma a favorecer sua possibilidade de ouvir o professor;

Dispor o mobiliário da sala de forma a facilitar a locomoção e o deslocamento do

aluno, e evitar acidentes, quando este precisar materiais ou informações do

professor;

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Dar explicações verbais sobre todo o material abordado em sala de aula de

maneira visual; ler, por exemplo, o conteúdo que escreve na lousa;

Oferecer suporte físico, verbal e instrucional para a locomoção do aluno no que

se refere à orientação espacial e mobilidade;

Utilizar os recursos e materiais adaptados disponíveis: pranchas, presilhas para

evitar o deslizamento do papel na carteira, lupa, material didático de tipo

ampliado, livro falado, equipamento de informática, materiais desportivo como

bola de guizo, etc.

Alunos com deficiência intelectual requerem as adaptações:

Posicionar o aluno de forma que possa obter a atenção do professor;

Estimular o desenvolvimento de habilidades interpessoal;

Encorajar a ocorrência de interações e o estabelecimento de relações com o

ambiente físico e de relações sociais estáveis;

Estimular o desenvolvimento de habilidades de autocuidado;

Estimular a atenção do aluno para as atividades escolares;

Estimular a construção de crescente autonomia do aluno, ensinando-o a pedir as

informações de que necessita, a solicitar ajuda, enfim, a se comunicar com as

demais pessoas de forma que estas sejam informadas de sua necessidade e do

que esteja necessitando;

Oferecer um ambiente emocionalmente acolhedor para todos os alunos.

No caso dos alunos com deficiência física, as adaptações para o acesso ao currículo

são ajustes no ambiente físico:

Posicionar o aluno de forma a facilitar-lhe o deslocamento na sala de aula,

especialmente no caso dos que utilizam cadeiras de rodas, bengalas, andadores,

etc.;

Utilizar recursos ou equipamentos que favoreçam a realização das atividades

propostas em sala de aula: pranchas para escrita, presilhas para fixar o papel na

carteira, suporte para lápis(favorecendo a preensão), presilha de braço, cobertura

de teclado, etc.

Utilizar os recursos ou equipamentos disponíveis que favoreçam a comunicação

dos que estiverem impedidos de falar: sistemas de símbolos (livro de signos,

desenhos, elementos pictográficos, ideográficos e/ou outros, arbitrários criados

pelo próprio professor juntamente com o aluno, ou criado no ambiente familiar,

etc.), auxílios físicos ou técnicos (tabuleiros de comunicação, sinalizadores

mecânicos, tecnologia de informática);

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Utilizar textos escritos complementados por material em outras linguagens e

sistemas de comunicação (desenhos, fala, etc.).

10.7 – ENCAMINHAMENTOS DE ALUNOS

Como a escola apresenta rotatividade de alunos/alunas, que ingressam e são

transferidos, constantemente, estes recebem atenção e atendimento individualizado desde o

momento em que ingressam. Inicialmente é realizado um processo de diagnose onde são

identificadas as suas potencialidades e necessidades. São observadas suas avaliações e

registros anteriores e realizados encaminhamentos necessários para cada caso como para

Recuperação Paralela ou de Sala de Recursos, avaliações psicológicas ou fonoaudiológicas,

acompanhamento do Serviço Social, orientações para a família e avaliação da Equipe

Multidisciplinar. Quando são transferidos a escola envia quando necessário o relatório da

situação de aprendizagem e os encaminhamentos realizados junto com a documentação do

aluno/aluna. Nos casos de alunos que ingressam no final do ano letivo o Conselho de Classe é

que define os encaminhamentos necessários para o ano letivo seguinte, inclusive para o caso

de aprovação ou retenção destes alunos/alunas.

Diante do desafio que está estabelecido para a escola em relação as situações de

violência e negligência em relação às crianças e adolescentes alunos/alunas da escola, os

professores/professoras, funcionários, coordenação pedagógica e direção da escola tem

trabalhado no sentido de melhorar o conhecimento, as informações e o trabalho em rede com a

equipe multidisciplinar da Secretaria de Educação, a Saúde, o Serviço Social e o Conselho

Tutelar no sentido sempre de garantir os direitos destas crianças e adolescentes conforme

preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, bem como o Cumprimento do

Regimento Escolar.

10.8 – ATIVIDADES EM CONTRA TURNO

As atividades de contra turno, são importantes para auxiliar no desenvolvimento das

crianças. Esta é uma fragilidade não só da instituição, por não ter espaço adequado para

realização destas atividades, mas de todo o município que não atinge todos os aunos com

programas sociais que ocupem as crianças em horários enquanto não estudam. Este problema

traz a preocupação de as crianças estarem expostas a situações de violência e contato com

drogas e ao risco de acidentes no uso dos rios da proximidade para o lazer, evidenciando a

necessidade de toda a sociedade de uma escola em período integral para nossas crianças,

jovens e adolescentes.

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O envolvimento dos alunos em atividades em contra turno ainda não é possível no

espaço escolar, mas algumas medidas são tomadas como incentivar os pais que podem levar

as crianças em atividades de música, dança, esportes e outros cursos em entidades

particulares (instrumentos musicais, dança, inglês, informática, judô, natação...), incentivar a

participação nas oficinas da Secretaria de Cultura do município (balé, capoeira, violão, flauta,

teatro...), nas atividades esportivas da Secretaria de Esportes (escolinhas de futebol,

ginástica...), encaminhar junto com o serviço social as crianças que estão em situação de

vulnerabilidade social para serem atendidas no Centro de Atendimento à Criança e o

Adolscente – CEACA, sugerir atividades no SEMEAR para crianças que moram no Bairro Belo

Horizonte, incentivar o programa de atividades em contra turno do SESC em parceria com o

município para crianças de 4º e 5º anos da rede municipal de ensino. Enquanto as atividades

de contra turno na escola não são possíveis, há um incentivo para o enriquecimento das aulas

realizadas em horário de aula incentivando atividades e projetos.

10.9 – ESPAÇO FÍSICO E SEGURANÇA

Como o espaço para a realização das aulas de Educação Física e de recreação ainda

está inadequado, as atividades são realizadas pensando em garantir um espaço de lazer e

aprendizado saudável e com qualidade nas áreas livres como o gramado utilizando o saguão

da escola e o parquinho infantil que é amplo e espaçoso. Porém a escola continua informando

através do PDDE Interativo buscando apoio com projetos junto à Secretaria Municipal de

Educação as possibilidades para a realização do projeto de construção de uma mini quadra

coberta para o espaço existente.

A dificuldade em relação á estrutura física é acompanhada de perto pelo Conselho

Escolar atuando juntamente com a Secretaria de Educação para viabilizar os projetos de

adequação e construção da quadra coberta bem como de outros espaços como biblioteca,

refeitório e readequação da rede elétrica do laboratório de informática ou ambiente tecnológico.

Enquanto a quadra e o refeitório não existem, as aulas de educação-física em dias chuvosos

são adequadas ao espaço da sala de aula e do saguão não deixando de considerar os

conteúdos da disciplina e da Psicomotricidade, o recreio da mesma forma é reorganizado

dispondo brinquedos, filmes e outros materiais para as crianças e a alimentação é realizada na

própria sala de aula com acompanhamento do professor/professora.

Quanto à inexistência de uma biblioteca a escola procura manter o trabalho de incentivo

a leitura com projetos e atividades organizadas pelos professores/professoras e toda a equipe

da escola. São organizados regulamentos e cronogramas para a escolhas de livros ou

periódicos para levar para casa, cantinhos de leitura em sala de aula com livros de literatura,

periódicos e dicionários oriundos de programas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da

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Educação (FNDE) como o Programa nacional Biblioteca da Escola (PNBE) e o Programa

Nacional do Livro Didático (PNLD). O ambiente do saguão também dispõe de títulos mais

acessíveis e coloridos para leituras rápidas e leitura deleite enquanto as crianças brincam no

intervalo, início ou final da aula.

Os reparos e a segurança do prédio escolar é sempre uma preocupação para os

gestores e a comunidade escolar. Com o intuito de garantir a manutenção e a preservação do

espaço escolar como patrimônio público, oferecendo instalações adequadas e local digno e

agradável para a aprendizagem, a escola realiza atividades de conscientização permanente

para proteção e preservação do espaço físico, atividades de manutenção e pequenos reparos

realizados pela APMF, a mantenedora, comunidade escolar e demais autoridades, para coibir o

acesso e permanência de vândalos e pessoas estranhas à comunidade escolar no pátio da

escola em períodos de finais de semana, férias e recessos.

As dificuldades em relação ás depredações do patrimônio e assaltos no prédio da escola

foram analisadas com a gestão da escola e o poder público que tomaram medidas para

aumentar a segurança como aumentar o monitoramento e vigilância, bem como construção de

muro no parque infantil. Junto aos alunos/alunas é realizado um trabalho de conscientização

permanente da preservação do espaço escolar com atenção à higiene do ambiente e a

organização de brinquedos e livros no saguão, que ficam disponíveis para todas as crianças

usarem, o que acontece de forma natural, sem que sejam subtraídos ou destruídos.

10.10 – CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar, de

natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização do trabalho

pedagógico e administrativo da instituição escolar em conformidade com as políticas e

diretrizes educacionais da Secretaria Municipal de Educação observando a Constituição

Federal e Estadual, Lei Orgânica do Município, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional, Estatuto da Criança e Adolescente, o Projeto Político-Pedagógico e o Regimento

Escolar, para o cumprimento da função social e específica da escola.

Sua tarefa mais importante é acompanhar o desenvolvimento da prática educativa e,

nela, o processo ensino-aprendizagem, possibilitando a garantia de: espaço para todos os segmentos da comunidade escolar e local expressarem

suas ideias e necessidades, contribuindo para as discussões dos problemas e a

busca de soluções;

decisões efetivamente coletivas;

transparência das decisões tomadas e;

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87

capacidade de fiscalização e controle da sociedade civil sobre a execução da

política educacional.

O Conselho Escolar promove o vínculo entre todos os estes mecanismos que fortalecem

a gestão democrática, uma vez que é uma organização de articulação entre a escola e a

sociedade. Ele tem uma importância muito grande na garantia da qualidade do trabalho

pedagógico e da educação, por ser a gestão da escola um ato político exigindo tomada de

decisões e trabalho coletivo com a participação dos dirigentes e dos demais envolvidos no

processo.

10.11 – ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS (APMF)

Enquanto o Conselho Escolar representa uma forma de organização da comunidade

escolar para exercer o poder de decisão na gestão política e pedagógica conforme a legislação

em vigor, a Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) possui característica de

uma instituição com personalidade jurídica, responsável pela execução e prestação de contas

dos recursos utilizados. Colabora conjuntamente com o Conselho Escolar promovendo ações

que visam a participação e a mobilização da comunidade escolar em favor da qualidade da

educação.

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF), também atua promovendo a

aproximação dos educandos, pais e educadores para seu próprio aperfeiçoamento a fim de

mais eficientemente trabalharem para a melhor formação do educando. É um órgão

cooperador da escola, visando o bem estar coletivo, exigindo um ensino democrático e de

ótimo nível. Propõe a integração família – escola e comunidade, representando o interesse dos

mesmos junto a comunidade escolar, contribuindo para as adequações necessárias dos planos

curriculares.

10.12 PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA – PDDE

PDDE: o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem por finalidade prestar

assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das

redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial

mantidas por entidades sem fins lucrativos, registradas no Conselho Nacional de Assistência

Social (CNAS) como beneficentes de assistência social, ou outras similares de atendimento

direto e gratuito ao público. 

O programa engloba várias ações e objetiva a melhora da infraestrutura física e pedagógica

das escolas e o reforço da autogestão escolar nos planos financeiro, administrativo e didático,

contribuindo para elevar os índices de desempenho da educação básica.

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Os recursos são transferidos independentemente da celebração de convênio ou instrumento

congênere, de acordo com o número de alunos extraído do Censo Escolar do ano anterior ao

do repasse. 

10.13 – CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em

assuntos didáticos – pedagógicos, com atuação restrita a cada turma do estabelecimento de

ensino, tendo por objetivo avaliar o processo ensino – aprendizagem na relação

professor/professora – aluno e os procedimentos adequados a cada caso. Tem por finalidade,

estudar e interpretar os dados da aprendizagem em sua relação com o trabalho do

professor/professora, na direção do processo ensino – aprendizagem, proposto pela proposta

pedagógica analisando os resultados da aprendizagem e buscar alternativas para redirecionar

o trabalho pedagógico.

O Conselho de Classe é constituído pelo diretor, pelo coordenador e por todos os

professores/professoras da escola e reúne - se ordinariamente em cada bimestre, em datas

previstas no Calendário Escolar.

Dentre as instâncias colegiadas dentro da escola, o Conselho de Classe destaca-se por

dinamizar a gestão pedagógica como um dos poucos momentos que permitem a discussão

pedagógica do ensino e da aprendizagem de forma situada e integrada. Como princípios

básicos são considerados:

A auto avaliação da equipe pedagógica, que ao fazer uma analise de sua

atuação, reorganiza o trabalho pedagógico no sentido da superação de

dificuldades;

A analise diagnostica das turmas que não pode ser superficial, mas levar em

conta os fatores que contribuem positiva ou negativamente para a aprendizagem,

como a metodologia e os instrumentos de avaliação;

Definição e registro do que for determinado para atender as necessidades de

mudança ou direcionamento apontadas nos diagnósticos;

Estabelecimento de propostas de ação assumidas coletivamente como uma ação

conjunta;

O Conselho de Classe tem como finalidade:

Estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação do trabalho

do professor e do processo ensino-aprendizagem ;

Analisar o processo ensino-aprendizagem de acordo com a organização do

currículo;

Propor encaminhamentos para a melhoria do processo ensino-aprendizagem;

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Analisar o rendimento escolar das turmas com base nos fatores pedagógicos;

Analisar, discutir e buscar encaminhamentos com todos os profissionais da escola

para solucionar os problemas existentes;

Subsidiar teoricamente os profissionais que atuam na escola com visas a

melhoria da qualidade do processo ensino-aprendizagem ;

O Conselho de Classe se estrutura a partir de três dimensões que são Pré – Conselho,

Conselho de Classe e Pós Conselho. O Pré – Conselho é um momento especifico com ações

direcionadas, que antecede a reunião do Conselho de Classe, com levantamento de dados que

permitem o redirecionamento do processo de ensino. O Pós – Conselho traduz-se nos

encaminhamentos e ações previstas com retomada do plano de trabalho docente,

encaminhamentos metodológicos, instrumentos e critérios de avaliação, bem como a devolutiva

a pais e alunos sobre aproveitamento, encaminhamentos e ações necessárias.

10.14 – DEVOLUTIVA AOS PAIS

As discussões elaboradas pelos professores dentro dos momentos do Conselho de

Classe e das reuniões pedagógicas sobre as avaliações de alunos definem os

encaminhamentos e as necessidades da escola diante dos resultados, dificuldades e avanços

apontados. A partir disso é estabelecida a programação de reuniões e orientações aos pais,

mães ou responsáveis legais pelo aluno, para serem realizados os encaminhamentos

pedagógicos e as práticas e medidas necessárias.

A devolutiva aos pais, portanto, acontece com reuniões conforme as convocações do

setor pedagógico e administrativo, que podem ser bimestrais para entrega de boletins, reuniões

de pais, mães ou responsáveis de alunos de uma determinada turma, ou reuniões de pais,

mães ou responsáveis de apenas um determinado aluno.

10.15 – FORMAÇÃO CONTINUADA

Também para garantirmos qualidade faz-se necessário o incentivo a formação continuada dos educadores através de recursos, seminários, encontros pedagógicos, horas

de estudos sendo estas decididas entre o grupo com assuntos de interesses pedagógicos para

melhorar a prática educativa. Igualmente a programação de atividades que envolvem o nosso

aluno, a nossa escola e a comunidade visam à participação e interesse de todos para uma

melhor qualidade de ensino e de aprendizagem.

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Os professores/professoras podem dispor de diferentes modelos que vem se

consolidando como oportunidade para formação continuada para professores/professoras,

estudantes e gestores, dentre eles a Educação à Distância, como os Cursos Formação Pela

Escola, um Programa de Formação Continuada nas Ações do FNDE, o Programa Nacional de

Tecnologia Educacional PROINFO/ MEC, a formação em Conselhos Escolares pelo programa

de Formação em Gestão Educacional e a busca pelos cursos de extensão.

Os professores/professoras participam também da formação do Pacto Nacional pela

Alfabetização na Idade Certa que é um conjunto de ações, materiais e referências curriculares

e pedagógicas disponibilizados pelo Ministéiro da Educação – MEC, tendo como eixo principal

a formação continuada de professores/professoras alfabetizadores.

Além da formação continuada, a cada bimestre é feita uma parada para realizar a

avaliação do trabalho de toda a equipe escolar. A reunião tem por objetivo levantar os pontos

positivos e negativos do trabalho e avaliar indicadores e dados de aprovação, reprovação,

movimentação e resultados de avaliações. Feita a constatação, a equipe lança sugestões e se

organiza em grupos de estudos que pesquisam e debatem os temas propostos.

A formação continuada de professores é mecanismo primordial e essencial no

desencadeamento de mudanças em sua práxis. Tais mudanças não ocorrem somente pela

incorporação de novos paradigmas de comportamentos da sociedade.

Dessa forma, é importante que o professor tenha consciência de que seu conhecimento

é limitado e que seu papel é muito mais de levar o aluno a refletir sobre as informações

obtidas, do que simplesmente incorporá-las, tendo como ponto de apoio o conhecimento da

realidade em que encontram-se inseridos.

Para melhor entender o processo de formação docente (aquele além de sua certificação

oficial), é necessário conceituá-la expressando a abrangência que o envolve para a legitimação

do trabalho desse profissional. Sabe-se que os professores para constituírem sua profissão,

buscam subsídios teóricos em vários espaços.

Para auxiliar a equipe docente mediante os problemas encontrados, além das diversas

medidas tomadas pela escola, conta-se com o suporte oferecido pela SMED através:

Do suporte técnico e pedagógico proporcionado por uma equipe pedagógica

composta por profissionais que respondem pela Educação Infantil e Ensino

Fundamental, direcionando todo o trabalho desenvolvido na rede e diretamente

ligada às escolas no que compete ao auxílio pedagógico, orientação, tomada de

decisões, promoção de cursos, formação continuada, distribuição de turmas.

Da Equipe Multidisciplinar a qual desenvolve um trabalho de forma articulada com

a escola, tendo como objetivo identificar e propor alternativas de enfrentamento

aos fatores institucionais, familiares, sociais, culturais e econômicos que por sua

vez interferem no processo educacional. Este trabalho é desenvolvido a partir do

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atendimento aos educandos e suas famílias, em casa e na escola, de forma

interdisciplinar e integrada na instituição e às demais políticas setoriais: saúde,

assistência social e transporte, buscando contribuir para o sucesso dos

educandos no que se refere às aprendizagens, tendo como base o Estatuto da

Criança e do Adolescente (ECA), conjunto de normas do ordenamento jurídico

brasileiro que tem como objetivo a proteção integral da criança e do adolescente,

aplicando medidas e expedindo encaminhamentos visando detectar a real

dificuldade de aprendizagem do educando e oportunizar as ações necessárias

para auxiliá-los.

Do Departamento de Educação Especial, que atende educandos com

necessidades educativas especiais através de avaliações diagnósticas com

enfoque psico-educacional, as quais investigam o educando por meio de coleta

de dados e informações, buscando a intervenção mais adequada no momento,

favorecendo orientação e encaminhamento específico caso haja necessidade.

Também orientando o encaminhamento de alguns educandos que apresentam

dificuldades acentuadas e específicas para atendimentos na Associação

Medianeirense de Otimização à Aprendizagem (AMOA).

10.16 – NÚCLEO TECNOLÓGICO MUNICIPAL - NTM

O Programa Nacional de Informática na Educação – PROINFO, acredita e tem ciência de

que o acesso à informática deve ser visto como um direito e, portanto, nas escolas públicas o

estudante deve poder usufruir de uma educação que no momento atual inclua, no mínimo, uma

alfabetização tecnológica. Tal alfabetização deve ser vista não como um curso de Informática,

mas sim, como um aprender a ler essa nova mídia, ofertando a formação continuada dos

educadores para o uso pedagógico das tecnologias de informação.

Essas novas tecnologias estão contribuindo para a aquisição da aprendizagem e

desenvolvimento do educando bem como da formação continuada do corpo docente.

A partir de 12 de dezembro de 2007, mediante a criação do decreto n° 6.300, o ProInfo

passou a ser Programa Nacional de Tecnologia Educacional, tendo como principal objetivo

promover o uso pedagógico das tecnologias de informação e comunicação nas redes públicas

de educação básica, sendo assim, os professores, que cursam as etapas de formação

percebem a contribuição deste curso para a inclusão digital, familiarizando, motivando e

preparando para a utilização significativa de recursos básicos de computadores (Sistema

Operacional Linux Educacional e softwares livres) e recursos da internet, refletindo sobre o

impacto da vida, da sociedade e de sua prática pedagógica.

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O funcionamento do ProInfo se dá de forma descentralizada, existindo em cada unidade da

Federação uma Coordenação Estadual, e os Núcleos de Tecnologia Educacional - NTE,

dotados de infra-estrutura de informática e comunicação que reúnem educadores e

especialistas em tecnologia de hardware e software, objetivando gerenciar processos de

implantação e utilização de novas tecnologias da comunicação e da informação, informática e a

internet, dentro de uma perspectiva sócio-interacionista e transformadora através de

capacitação continuada de educadores e novas tecnologias da informação e comunicação, da

elaboração de projetos temáticos dentro de uma proposta pedagógica, assessorias

pedagógicas e técnicas.

Funções Básicas do NTM:

Capacitar educadores;

Prestar suporte pedagógico e técnico às escolas;

Pesquisar, desenvolver e disseminar experiências educacionais.

O ProInfo Integrado é um programa de formação voltada para o uso didático-pedagógico

das Tecnologias da Informação e Comunicação no cotidiano escolar, contemplando ações de

formação que contribuam para dinamizar os processos de ensino e de aprendizagem,

desenvolver potencialidades, habilidades e conhecimentos específicos.

10.17 – INFORMÁTICA EDUCACIONAL

As aulas no Ambiente Tecnológico Educacional – ATE tem como objetivo contemplar as

necessidades curriculares e de aprendizagem dos alunos. Sua contextualização com o

currículo tem como finalidade a produção de conhecimento e o desenvolvimento da

aprendizagem.

O professor/professora designado para a aula de Informática Educacional atende a

turma de alunos durante uma hora e quinze minutos, uma vez por semana. As aulas são

planejadas pelo professor/professora considerando os recursos didáticos e pedagógicos

disponíveis e o conteúdo programático de cada turma, com registro específico para cada aula

realizada, tendo em vista as diferenças e necessidades de cada turma. Os alunos podem usar

os computadores em dupla desde que todos tenham acesso as atividades e experimentações

durante as aulas.

A escola procura manter os equipamentos em perfeito estado de conservação em

parceria com o técnico da SMED, para que possam ser utilizados sempre que necessário e

possui um horário para a organização do uso do Ambiente Tecnológico Educacional – ATE por

todos os alunos da escola bem como os professores/professoras em hora atividade.

Desta forma, caberá aos profissionais da educação selecionar e utilizar as tecnologias

que venham ao encontro do que é proposto no currículo, o qual foi analisado e redirecionado,

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com vistas na garantia da construção do conhecimento de seu educando. E nós, os

profissionais da educação desta escola, temos consciência de que o fazer pedagógico nos

remete a um vasto conhecimento, que envolve muitos saberes e distintas culturas, cabendo-

nos a tarefa de difundi-los utilizando-se dos vários recursos disponíveis, inclusive os

tecnológicos que também estão a serviço da educação.

Esta é uma ferramenta pedagógica inovadora, a qual oferece diversas possibilidades ao

educando para que construa seu saber de modo significativo, complementando o trabalho do

educador, enriquecendo as aulas, tornando-as mais dinâmicas e motivadoras. No Ambiente

Tecnológico Educacional (ATE), todas as turmas têm acesso, podendo usufruir de todos os

recursos disponíveis no programa, com a mediação do educador que auxilia o educando nesse

processo, que deve planejar a aula de acordo com o currículo escolar (assunto/conteúdo) com

antecedência.

10.18 – HORA ATIVIDADE

Os professores/professoras devem ser constantemente estimulados a modificar sua

ação pedagógica, para isso é necessário que eles tenham acesso à formação continuada e

permanente que possibilite a sua preparação para utilização das tecnologias como um recurso

que fortaleça sua autonomia pedagógica.

Conforme prevista na LDB, a Hora Atividade veio propiciar aos professores/professoras

a disponibilidade de um tempo específico na escola para realização de estudos e pesquisas

que fundamentam o trabalho pedagógico e também preparação das aulas, o que vem a

contribuir para a qualidade de ensino.

A Hora atividade é o período dedicado ao professor, prioritariamente no recinto escolar, para preparar aulas da semana no diário de classe, organizar conteúdos programáticos, planejar, preparar e avaliar o trabalho pedagógico, participar de reuniões pedagógicas, fazer estudos e aperfeiçoamento do seu trabalho profissional e de articulação com a comunidade. Neste momento o professor também atende pais, mães ou responsáveis legais dos alunos para realizar o acompanhamento do desenvolvimento escolar do aluno pelo qual a família é responsável, assumindo junto à escola ações de corresponsabilidade com a formação educativa do aluno.

A hora atividade tem como fundamentação a Lei n 11.738/2008 que institui o Piso

Salarial Profissional Nacional para os profissionais do magistério público da Educação Básica e

também o Parecer CNE/CEB n 18/2012 que reexamina a implantação da Lei do Piso, no qual

aprova a implantação da composição da jornada de trabalho. Corresponde a 2 horas e 30

minutos, para cada 20 horas trabalhadas na semana.

A parte diversificada conta com aulas de Literatura Infantil e Informática Educacional, as

aulas de Educação Física, Arte, Literatura, Ciências para o Ensino Fundamental e ainda

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conforme o eixo Corpo e Movimento a as aulas de Psicomotricidade da Educação Infantil, são

desenvolvidas por outro professor enquanto o professor regente da turma permanece em hora

atividade.

10.19 – ELEICÕES DE DIRETOR

A eleição para diretores escolares é um segmento democrático com participação da

comunidade escolar. Nela é escolhido entre os docentes atuantes na escola, por voto direto,

secreto e facultativo da comunidade escolar, professores, funcionários e pais de alunos, com

base na lei a nº 164/97 de 28 de outubro de 1997. No ano de 1999 é aprovada a Lei nº 016/99

de Eleição para Diretores das Escolas, sendo o candidato é eleito para mandato de 02 (dois)

anos, com direito a reeleição para um período de mais dois anos.

A Lei exige dos candidatos formação em docência, devendo ser professor concursado,

tendo o mesmo já concluído o seu estágio probatório e atuado no estabelecimento pelo menos

06 (seis) meses antes da eleição.

Caberá a direção à gestão dos serviços escolares, no sentido de garantir o alcance dos

objetivos educacionais do estabelecimento de ensino, tendo como principal atribuição

coordenar a elaboração e a execução da proposta pedagógica, eixo de toda e qualquer ação a

ser desenvolvida na instituição.

O diretor, além de administrar, é um educador que tem as exigências burocrático-

administrativas, e o conteúdo educativo que precisa ser desenvolvido no interior da escola. Por

isso, o diretor da escola exerce uma forte liderança quando trabalha com objetivos definidos,

com visão estratégica para a implementação destes objetivos, assumindo funções

pedagógicas. A atual diretora é a

10.20 – PROGRAMAS

FUNDEB: Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de

Valorização dos Profissionais da Educação. Para viabilizar a implantação do FUNDEB, sua

regulamentação foi editada por Medida Provisória através da Emenda Constitucional nº53,

Medida Provisória 339/06. Sua implantação será gradativa (três anos) tanto para sub-

vinculação dos impostos quanto para inserção de matrículas de etapas não contempladas

atualmente pelo FUNDEF. Terá a vigência de 14 anos (até 2020); Ao incluir a Educação

Infantil, a Educação de Jovens e Adultos, Ensino Médio e modalidades, incorpora a concepção

de Educação Básica presente na legislação educacional. O FUNDEB também consta de um

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acompanhamento efetivo da aplicação desses recursos aos fins que se destinam, sendo que

poderão ser utilizados indistintamente entre as etapas e modalidades, dentro do que

estabelece o artigo 211 CF. A Medida Provisória ainda define claramente quem são os

“profissionais do magistério” e o que é “efetivo exercício”. Neste sentido, os recursos deverão

ser utilizados para remuneração, no que diz respeito ao total de pagamentos devidos aos

profissionais do magistério da educação, em decorrência do efetivo exercício em cargo,

emprego ou função, integrantes da estrutura, quadro ou tabela de servidores do Estado,

Distrito Federal ou Município, conforme o caso, inclusive os encargos sociais incidentes. Sendo

que os profissionais do magistério da educação compreendem docentes, profissionais que

oferecem suporte pedagógico direto ao exercício da docência, incluindo-se direção ou

administração escolar, planejamento, inspeção, supervisão, orientação educacional e

coordenação pedagógica. Ainda a Medida Provisória prevê que o efetivo exercício diz respeito

a atuação efetiva no desempenho das atividades de magistério previstas no inciso II,

associada à sua regular vinculação contratual, temporária ou estatutária, com o ente

governamental que o remunera, não sendo descaracterizado por eventuais afastamentos

temporários previstos em lei, com ônus para o empregador, que não impliquem rompimento da

relação jurídica existente. Diante disso, o acompanhamento efetivo da aplicação desses

recursos, torna-se responsabilidade da sociedade, principalmente por meio da atuação dos

conselhos gestores.

FNDE: em que são repassadas as verbas anuais para cada escola de acordo com o

número de alunos matriculados que a mesma possui. O valor deve ser investido na aquisição

de materiais permanentes, materiais didáticos e materiais de expediente que a escola

necessitar.

FUNDACEM: é uma fundação vinculada à Secretaria de Educação onde são realizados

projetos de Oficinas de Cultura, cursos artísticos, apresentações cultural do município e fora

dele. É uma conquista de toda rede, pois oferece oportunidades de desenvolvimento artístico e

cultural dos nossos alunos e conseqüentemente, da comunidade em geral.

Para efetivar a proposta, exige-se que o Estado dê condições para que haja atendimento

adequado e que este financiamento esteja previsto já na LDO para (2001), no que se refere a:

Remoção de barreiras arquitetônicas e adequação do espaço físico na

escola;

Mobiliário adequado, que facilite movimentação e arranjos diversos;

Ampliação dos quadros públicos de professores/professoras,

pedagogos e profissionais da saúde para atuar nas escolas que

contemplem educação inclusiva;

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Obediência a critérios, baseados em avaliação profissional, para a

escolha da melhor alternativa de atendimento aos alunos com

necessidades especiais.

Materiais didáticos em quantidade suficiente e adequados ao trabalho

escolar, que atendam às necessidades dos alunos, segundo indicação

de equipe multiprofissional ou definição a partir de discussões coletivas

entre professores/professoras envolvidos.

Capacitação dos professores/professoras de ensino regular para o

embasamento teórico e prático conforme o tipo de necessidade

especial (deficiência física, deficiência mental, deficiência auditiva,

deficiência visual), necessário para realizar um trabalho de qualidade

com os alunos que apresentem necessidades especiais inseridos no

ensino regular;

Instituição de equipe multiprofissional para um número determinado de

alunos com necessidades especiais por escola. Composta esta de

equipe de psicólogo, fonoaudiólogo, pedagogo, fisioterapeuta,

psicopedagogo, assistente social, terapeuta ocupacional, equipe

médica (neurologista, oftalmologista, otorrinolaringologista, pediatra) e

professor/professora especializado as quais caberá avaliar, encaminhar

e acompanhar os alunos com necessidades especiais aos programas

compatíveis com sua idade, necessidades, aprendizagem e

desenvolvimento. Caberá também a esta equipe prestar orientações e

apoio às escolas inclusivas;

Redimensionamento do número de alunos em até 20, levando em

consideração a presença de não mais que dois com necessidades

especiais, sendo que o professor/professora esteja capacitado para

atender a deficiência apresentada;

Obediência a critérios, baseados em avaliação profissional, para a

escolha da melhor alternativa de atendimento aos alunos com

necessidades especiais.

Para auxiliar nas despesas da escola, a Prefeitura Municipal é responsável pelo material

de limpeza, de expediente, telefone e alimentação escolar. Para averiguação da mesma foi

composto Conselho de Fiscalização da Merenda Escolar, sendo que esta contribuição é de

grande ajuda para as escolas da rede pública.

Compreendemos que a educação de qualidade, em que se respeitem, reconheça e

valorize as diversidades, é um direito de todos e este direito deve ser assegurado pelo Estado,

a quem cabe sua gestão e financiamento.

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97

10.21 – PROJETOS

A escola Municipal Angelo Darolt, desenvolve vários projetos e ações na área da leitura,

literatura, cultura, pesquisa, inclusão, conservação do meio ambiente e relacionamento entre

pessoas. São ações importantes realizadas para o fortalecimento dos processos de

aprendizagem com a presença da cultura, da literatura, da música, do teatro e de outras formas

de arte, bem como exploração de temas como cidadania, ética e saúde:

Saúde na escola - Em relação à saúde e desenvolvimento integral da criança, com o

intuito de garantir que a criança esteja saudável e em condições de desenvolvimento integral a

escola mantém contato e orientação aos pais para tomadas de medidas em relação à saúde da

criança. A escola comunica imediatamente os casos de doença das crianças para que a família

providencie o atendimento apropriado junto ao serviço de saúde e nos casos de emergência é

acionado também o serviço de emergência do SAMU ou SIATE quando necessário.

A prevenção de doenças e contaminação no espaço escolar é considerada, sendo

estabelecido que cada criança tenha uma garrafa de água para abastecer no bebedouro e uma

toalha para uso pessoal diariamente.

São realizados também encaminhamentos sempre que necessários aos alunos que

apresentam alguma necessidade de atendimento, com orientação da equipe multidisciplinar da

Secretaria Municipal de Educação para qualquer necessidade que a criança apresentar como

atendimento psicológico, fonoaudiológico, neurológico, nutricional, entre outros como os

atendimentos especializados na AMOA.

O acompanhamento do Serviço Social é garantido para auxiliar nos encaminhamentos

necessários junto às famílias para a tomada de medidas necessárias aos casos de

vulnerabilidade social e demais encaminhamentos junto ao CREAS, CRAS e Conselho Tutelar.

Escovação Dental Diária - é um projeto pedagógico com participação de profissionais

da saúde na realização de atividades para o controle da cárie, acompanhamento dos índices

de cárie em parceria com a secretaria de saúde, aplicação semanal de flúor, escovação diária

na escola e informações aos pais para acompanhamento e tratamento odontológico. É

realizada com todos os alunos diariamente no início da aula ou após a alimentação conforme

cronograma estabelecido anualmente. Ela acontece em um escovatório que funciona no

mesmo espaço da lavanderia onde as crianças realizam sob supervisão do

professor/professora, além da escovação diária dos dentes, a higienização das mãos e a

aplicação de flúor uma vez por semana conforme orientação dos profissionais da Secretaria de

Saúde. O projeto conta com a visita periódica dos dentistas e técnicos das clinicas

odontológicas da Secretaria de Saúde visando a melhoria na saúde bucal e a higiene pessoal

das crianças.

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Olhos da Minha Escola - é uma triagem pelas agentes de saúde com o teste de

acuidade visual para encaminhar alunos para consulta com oftalmologista. Trata-se de um

projeto de parceria entre as secretarias de saúde, educação e uma clínica particular do

município.

Os casos de suspeita de surdez são encaminhados para o serviço de saúde ou para a

Associação Medianeirense de Surdos e Fissurados – AMESFI que realiza gratuitamente

exames como da audiometria ou do processamento auditivo central.

Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronautica: A Olimpíada Brasileira de

Astronomia e Astronautica – OBA que tem por objetivos fomentar o interesse dos jovens pela

astronomia, pela astronáutica e ciências afins e promover a difusão dos conhecimentos básicos

de uma forma lúdica e cooperativa. É realizada pelos alunos anualmente nos níveis 1 para 1º e

2º ano e nível 2 para 3º, 4º e 5º anos.

Hora da Leitura - Uma ação importante no processo de ensino e aprendizagem é o

fortalecimento do hábito da leitura através de espaço adequado e ambiente estimulador,

fomentando atividades que incentivem a mesma. A escola desenvolve atividades de leitura em

sala de aula, no qual as professores/professoras, uma vez por semana, incluem nas suas

atividades um horário específico para atividades exclusivas de leitura.

Leitura em Casa – O projeto que nasceu com o nome Levando Sonhos tem o objetivo

de estimular a leitura, conservar os livros e reaproveitar material reciclado, com a criação de

uma bolsa, com a qual cada criança carrega seus livros para casa, sendo que ela pode ser

produzida com material reciclado ou alternativo. O acervo é ampliado através de ações de

aplicação de recursos destinados e da APMF, pela SMED, pelo PNBE e doações da Fundação

Dorina Nowill. Os alunos trocam livros toda semana e realizam a leitura em família em casa. A

sala guarda o acervo bibliográfico infantil, de livros em tinta, audiolivros e em BRAILLE, pelos

quais foi conferido o selo Livro Acessível, livros de pesquisa e dicionários.

Feira do Livro – acontece anualmente e tem por objetivo fomentar a leitura e fornecer

ao aluno e seus familiares livros por preços acessíveis. Todo o lucro obtido com a Feira do

Livro é revertido em acervo bibliográfico para biblioteca escolar ou melhorias dos recursos para

incentivo à leitura.

Festival de Folclore – um grupo de teatro ou dança é organizado anualmente para

realizar apresentações de caráter folclórico ou cultural que resgata, através da literatura, da

dança, do teatro e da música a cultura brasileira ou internacional. Este grupo prepara um

espetáculo que apresenta no Festival ou Amostra de Cultura e Folclore no Centro Popular de

Cultura Arandurá – CPC para todo o município.

Teatro na Escola – atividades de teatro e contação de histórias são fomentadas pelos

professores/professoras que trabalham com apresentações adaptadas para estimular os

alunos a participarem e se interessarem pela arte na escola.

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Festival de Música – são atividades realizadas internamente na escola envolvendo

música e cantos que estimulam a criança a se apresentar de forma voluntária e livre

denominado Cantarolângelo que estimula a criatividade e a desenvoltura diante do público.

Semana da Criança - na semana da criança, são desenvolvidas atividades

diferenciadas onde são destacadas as oficinas de brinquedos folclóricos, brinquedos como

cama-elástica, alimentação diferenciada, mimos e contação de histórias.

Oficina de Brinquedos – na semana da criança, são desenvolvidas atividades

diferenciadas, dentre elas, oficinas de brinquedos folclóricos, onde as crianças produzem

brinquedos alternativos, folclóricos ou tradicionais para estimular a criatividade e a ludicidade.

Musicalização na Escola – durante todo o ano, nas aulas de Arte, Literatura, Educação

Física e também nas disciplinas do núcleo comum, são trabalhadas atividades voltadas à

musicalização, cantigas de roda, ritmo, corpo e movimento, como forma de recreação e

expressão.

Festa Junina – pela realização de uma festa junina para a comunidade e uma

internamente exclusiva para os alunos a escola busca destacar a importância cultural das

festas juninas, divulgar a cultura e valorizar valores e tradições com a possibilidade de

integração da comunidade. A festa junina aberta à comunidade é uma promoção que têm por

objetivo a integração com a comunidade local e também a arrecadação de fundos para

aquisição de material didático pedagógico, a melhoria e a manutenção do prédio e dos projetos

existentes. A preparação para as apresentações da festa junina são um importante momento

em que as professoras trabalham com aspectos como a musicalização, o ritmo, o movimento e

a disciplina, além de elementos culturais a partir da pesquisa de temas e músicas do ambiente

rural, da cultura junina e folclórica.

Cinema na Escola – Durante o ano as crianças assistem com as

professores/professoras em aula, filmes interessantes que são explorados como uma

importante recurso didático pedagógico para a construção do conhecimento. O trabalho com o

cinema culmina eventualmente com um passeio que leva os alunos pelo menos uma vez por

ano até um cinema em Foz do Iguaçu – visto que o município ainda não possui sala de cinema

- para assistirem a um filme que está em cartaz. É uma experiência cultural que busca

aproximar as crianças da linguagem artística específica do cinema e contribui para

instrumentalizar o aluno na compreensão e interpretação da cultura cotidiana e dos valores

sociais.

Festival Cultural – evento que acontece sempre no final do ano no palco do Centro

Popular de Cultura de Medianeira, onde são realizadas atividades culturais de teatro, dança,

música e literatura pelas crianças, mostradas a toda a comunidade.

Passeios e Visitas Escolares – durante todo o ano são feitos passeios e visitas

pedagógicas desde os arredores da escola e do bairro, como para visitas em locais do

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município que necessitam de transporte, como parte dos estudos dos conteúdos de História,

Geografia, Ciências, Arte e Literatura. Ao final do ano, eventualmente todas as turmas realizam

passeios fora do município, que é custeado em parte pelas famílias, outra parte pela APMF.

São atividades consideradas letivas que possuem objetivo pedagógico, que oportunizam a

saída do ambiente escolar para conhecer novos lugares e ter contato com situações de

aprendizagem diferenciadas. Os passeios e visitas buscam integração, o desenvolvimento

pessoal, cultural, social e intelectual das crianças. São consideradas as questões de segurança

e transporte, os pertences que devem ser levados para garantia de alimentação e saúde da

criança, os responsáveis que acompanham o grupo, a adequação do local e tempo de passeio

para cada faixa etária e as orientações para o aproveitamento do passeio.

Parque Infantil e Brinquedos do Saguão - O parque infantil é um espaço amplo que

serve para o uso de todos os alunos diariamente, no recreio, nas horas de lazer e em

atividades dirigidas pelas professoras, contando com brinquedos instalados e um espaço de

área livre. O saguão, por sua vez, com a disponibilidade de brinquedos, jogos, materiais para

desenho e leitura, é utilizado para recreação e estimular a conservação e não depredação do

ambiente escolar.

Recreio Dirigido, é a organização dos espaços e brincadeiras coordenados pelas

funcionárias e professoras que estão em hora atividade, que acompanham e supervisionam as

atividades lúdicas com as crianças no intervalo visando uma melhor integração dos alunos na

hora do recreio.

Projeto Ervalzinho – é realizado por meio da observação do Córrego Hervalzinho

afluente do Rio Alegria nas proximidades da escola. As atividades trabalham dentro das aulas

de ciências e geografia, conceitos e conhecimentos bem como conscientização para atitudes

voltadas à preservação do meio ambiente. Consiste em visitas às proximidades da escola,

observação das mudanças que ocorrem no espaço e o acompanhando da situação do Córrego

Ervalzinho que é afluente e tem sua foz próximo ao terreno da escola. Sua importância se

justifica porque a conservação da mata ciliar, tanto do rio principal como dos afluentes

existentes a pouca distância da escola têm evidenciado problemas de ordem ambiental. Daí a

importância do trabalho por uma nova mentalidade que produza atitudes diferentes e eduque

para novos hábitos e formas mais responsáveis de se relacionar com o meio ambiente.

PROERD – é o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência

desenvolvido nas turmas de 5º ano do Ensino Fundamental, por policiais militares  treinados e

preparados para desenvolver o lúdico através de metodologia especialmente voltada para

crianças, adolescentes e adultos. O objetivo é transmitir uma mensagem de valorização à vida,

e da importância de manter-se longe das drogas e da violência. Após quatro meses de curso

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as crianças recebem o certificado PROERD, ocasião que prestam o compromisso de

manterem-se afastados e longe das drogas e da violência.

Hora cívica – é o momento cívico, com a execução do hino nacional do Brasil, por, no

mínimo, uma vez na semana, nos dois turnos de aula, para incentivar o civismo, conhecer o

significado da Bandeira Nacional, assim como o canto e a interpretação da letra do Hino

Nacional.

10.22 – BLOG INSTITUCIONAL

O Blog Institucional é uma reconstrução de atividades desenvolvidas na escola, com

isso os pais podem participar e se inteirar das informações administrativas e pedagógicas no

processo de ensino-aprendizagem.

A escola utiliza o Blog Institucional que é um recurso tecnológico educacional,

tecnologia da informação e comunicação (tic´s) sendo uma ferramenta a mais no processo de

ensino e aprendizagem com a finalidade de divulgar os trabalhos desenvolvidos no interior da

escola para a comunidade escolar, promovendo assim a interação e a participação de alunos

e professores, alunos e alunos, professores e professores, escola e a comunidade escolar,

incentivando a troca de informação e a construção do conhecimento.

O professor com essa ferramenta tecnológica tem a oportunidade de divulgar as

atividades propostas e desenvolvidas com a sua turma promovendo os aspectos culturais e

informativos na articulação da comunidade escolar. Vem trazendo em sua proposta pedagógica

diferentes estratégias que despertam de fato o interesse nos alunos pelo novo, o dinâmico e o

mundo da informação, estimulando estes para construção de textos, troca de experiências,

pesquisas, leitura textuais e projetos. Esse novo recurso tecnológico é para dar ênfase às aulas

propostas em sala de aula.

10.23 – AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

A avaliação institucional é um momento de análise da escola e seu desempenho, seus

processos, seus resultados e suas relações internas e externas, seus valores e suas condições

de funcionamento. Constitui-se também uma ferramenta que auxilia a escola a definir suas

prioridades.

A avaliação institucional acontece anualmente no final do segundo semestre de cada

ano letivo, pois esse é o caminho para as mudanças e também um desafio para a escola.

Pela avaliação institucional a escola conhece suas necessidades, seus problemas, as

causas geram esses problemas e as medidas para a tomada de decisões, bem como suas

expectativas para melhorar as práticas existentes.

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A avaliação precisa contemplar critérios, dentre eles:

Ensino aprendizagem

Ambiente escolar

Participação da comunidade

Gestão de pessoas

Infra-estrutura

Funcionamento da escola

Destinação de recursos

Projetos e programas existentes

Ações da Secretaria Municipal de Educação de educação junto à escola

Resultados

Em pesquisa quantitativa sobre a escola, os pais e alunos respondem se consideravam

RUIM, BOM, EXCELENTE ou NÃO CONHEÇO cada uma das 23 questões, podendo sugerir

ou comentar cada questão. No ano de 2016 foram utilizadas as seguintes questões:

1 – Como você vê a aprendizagem de seu filho(a)?

2 – Como você vê a forma que a escola está ensinando?

3 – Como você vê a forma de trabalho das professoras?

4 – Como você vê a forma de trabalho da coordenadora?

5 – Como você vê a forma de trabalho da diretora?

6 – Como você vê a forma de trabalho da escola com a leitura?

7 – Como você vê a forma de a escola dar atenção às dificuldades dos alunos?

8 – Como você vê a forma de envolvimento da família na escola?

9 – Como você vê a forma de seu envolvimento na escola?

10 – Como você vê a forma de recreação presente na escola?

11 – Como você vê os espaços para educação física da escola?

12 – Como você vê a alimentação escolar?

13 – Como você vê a manutenção e higiene na escola?

14 – Como você vê as instalações da escola?

15 – Como você vê o gosto dos alunos pela escola?

16 – Como você vê a festa junina?

17 – Como você vê o festival cultural?

18 – Como você vê os passeios e visitas pedagógicas que os alunos fazem?

19 – Como você vê o compromisso da Secretaria Municipal de Educação?

20 – Como você vê a gestão democrática na escola?

21 – Como você vê a gestão da APMF ?

22 – Como você vê a gestão do Conselho escolar?

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23 – Como você vê as reuniões pedagógicas e assembleias?

Os resultados foram positivos tendo a escola, na visão dos pais um desempenho entre

BOM e EXCELENTE.

10.24 – AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O Projeto Político Pedagógico é o eixo norteador de todo o trabalho escolar e como tal

precisa estar bem fundamentado, devendo retratar a prática diária da escola. É neste sentido

que ele é compreendido não apenas como um documento legal a ser apresentado aos órgãos

competentes, mas sim como um documento fruto de um processo coletivo de trabalho que ao

se construir a cada dia, retrata a identidade da escola.

A avaliação do Projeto Político Pedagógico é antes de tudo a avaliação de todo o

processo pedagógico da escola que acontece no cotidiano se consolidando num momento da

reescrita do mesmo. Esta avaliação do projeto político-pedagógico deve ser prevista pelo

Conselho Escolar, no inicio do primeiro semestre de cada ano letivo com participação de

todos os envolvidos, quando serão redimensionadas as ações para o ano letivo que se inicia. A

revisão precisa ter critérios claros e imparciais para serem usados na avaliação para que o

processo seja eficaz e para que boas iniciativas não corram o risco de serem esquecidas. A

atualização do registro ajuda a sedimentar a cultura escolar e a difundi-la entre alunos,

professores, funcionários, gestores e a comunidade. 

Devem ser analisadas questões como:

Se o PPP reflete as necessidades da escola?

Se as ações planejadas foram executadas

Ações que deram certo e devem ser mantidas e quais deram errado e devem ser

modificadas;

Se as ações planejadas atingiram as expectativas;

Se as ações foram suficientes para que os objetivos fossem alcançados

Se as metas estão dentro do alcance

Se a equipe foi envolvida e aderiu a iniciativa

Se o impacto na comunidade foi o esperado

Se o PPP é reconhecido como cultura da escola

Desafios que a escola enfrenta

Definir novas prioridades

Se surgiram novas demandas

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11 – CALENDÁRIO ESCOLAR

O calendário é feito pela Secretaria Municipal de Educação e, em seguida, se dentro das

regularidades, é aprovado pelo Núcleo Regional de Educação. É elaborado com mais de 200

dias letivos para eventuais interferências que possam se dar no decorrer do ano. Não constam

como dias letivos, feriados, conselhos de classes, parte das horas de estudos e encontros

pedagógicos para capacitação de docentes, que são feitos em dias não letivos.

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106

12 – REFERÊNCIAS

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________Orientações para a (Re) Elaboração, Implementação e Avaliação de Proposta

Pedagógica na Educação Infantil.