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APRESENTAÇÃO
Visando uma educação de qualidade, que garanta as aprendizagens
essenciais para a formação de cidadãos capazes de atuar com competência,
dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivem e na qual esperam ver
atendidas suas necessidades individuais, sociais, políticas e econômicas são
traçados novos parâmetros educacionais alicerçados pela LDB – 9394/96, também
com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais.
Para atender as expectativas do atual contexto histórico, o Colégio Estadual
“Alberto da Silva Paraná” propõe linhas de ação em seu Projeto Político Pedagógico
que possibilitem ao aluno o acesso ao conhecimento elaborado, maior autonomia
aos diversos segmentos, bem como a integração entre as instâncias colegiadas,
desenvolvendo uma postura democrática, ética e igualitária. Segundo Romão (2004,
p. 23), por mais iluminada que seja a descoberta de uma verdade ou por mais
consciente e oportuna que seja uma tomada de decisão individual, se não
socializada, ela corre o risco de morrer com quem a descobriu ou ter dificuldade de
ser implementada na prática.
Levando em conta todos estes aspectos, o Projeto Político Pedagógico, será
o eixo norteador da organização do trabalho escolar nesta instituição, objetivando:
1. Desenvolver um plano global, no qual seja envolvido educando, escola
e comunidade, visando à garantia do acesso e da permanência dos mesmos na
escola.
2. Estabelecer metas e ações educacionais relevantes que garantam o
acesso ao conjunto de conhecimentos socialmente elaborados e reconhecidos como
necessários para o exercício da cidadania.
3. Desenvolver uma Gestão Democrática e participativa em busca do
fortalecimento da democratização do processo educacional.
4. Integrar os órgãos colegiados nas tomadas de decisões aproveitando
as experiências diferenciadas.
5. Estabelecer um compromisso sócio-ambiental entre escola e
comunidade.
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MARCO SITUACIONAL
Identificação do Estabelecimento
Nome - 00010 Colégio Estadual Alberto da Silva Paraná – Ensino
Fundamental e Médio.
Endereço - Rua Abel Alves da Silva, 118.
Endreço eletronico - [email protected]
Telefone – (42) 3274 - 1224
Município – 2862 Ventania.
Mantenedora - Governo do Estado do Paraná.
Núcleo Regional de Educação – 26 Telêmaco Borba.
Turno de Funcionamento – matutino vespertino e noturno.
Autorização de Funcionamento – Resolução n.º 89/82 de 10/09/82.
Reconhecimento do Ensino Fundamental: Resolução n.º 2545/88 - DOE
16/08/88.
Renovação de Reconhecimento do Ensino Fundamental: Resolução n.º
2445/07 - DOE 02/07/07.
Reconhecimento do Ensino Médio: Resolução n.º 901/98 DOE -29/04/98.
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Renovação de Reconhecimento do Ensino Médio: Resolução n.º 4067/08 -
DOE 31/10/2008.
Histórico do município
Com a colonização do Jataí, a partir do ano de 1855, originou-se longa picada
no sentido meridional, vislumbrando-se a possibilidade de povoamento em novas
áreas do Estado do Paraná, que não os Campos Gerais, o de Guarapuava e o já
povoado sul.
Tornou-se comum, famílias do segundo e terceiro planalto se aventurarem
naquela região, para ampliar seus negócios. Há que se levar em conta a facilidade
de aquisição de áreas de terras naquela época, passando o mínimo de recursos e
muita coragem para enfrentar as adversidades inerentes ao desbravamento de
sertões.
Nas cercanias do que hoje é o município de Ventania, foi organizada e
implantada ainda no século passado, uma propriedade agrícola denominada
Fazenda Fortaleza, uma das mais antigas do trecho. Em torno de 1870, um violento
tufão assolou extensa área da fazenda, deixando um enorme rastro de destruição na
mata virgem. Para tirar proveito da situação, os empregados da fazenda, após
constatarem que o efeito do tufão assemelhava-se a uma "derrubada", não tiveram
dúvidas, atearam fogo na mata retorcida pelo vento e ressequida pelo tempo. As
terras, após a queimada, estavam aptas a receber sementes de milho, feijão e arroz,
e desde então o lugar ficou conhecido como "Invernada da Ventania", graças ao
tufão providencial.
Em 1892, o castrense Francisco Pinheiro das Chagas comprou dos herdeiros
de Manoel Inácio do Canto e Silva, a antiga Fazenda Fortaleza, que nesta época já
era chamada de Invernada da Ventania. Com o passar dos tempos, o novo
adquirente daquelas terras passou a assinar seu nome como Francisco das Chagas
Ventania, permitindo que seus descendentes também ficassem conhecidos por esta
alcunha que se transformou em sobrenome.
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O povoado de Ventania passou a ganhar consistência e passou a figurar nos
mapas rodoviários a partir da construção do ramal ferroviário, que ligava Joaquim
Murtinho à Fazenda Monte Alegre (Indústrias de Papel Klabin), ocasião em que foi
construída a Estação Ferroviária de Ventania.
Pela Lei Estadual nº 93, de 14 de setembro de 1948, foi criado o Distrito
Administrativo de Ventania, mais tarde, em 13 de outubro de 1964, pela Lei Estadual
nº 371, o lugar transformou-se em Distrito Judiciário, com Termo na Comarca de
Tibagi.
O município de Ventania localiza-se na Região Norte do Paraná, limitando-se
com os municípios de Curiúva, Tibagi, Ibaiti, Telêmaco Borba, Arapoti e Piraí do Sul.
Sua emancipação política deu-se no dia 14 de maio de 1990, pela Lei
Estadual nº 244. A instalação oficial deu-se no dia 01 de janeiro de 1993, quando foi
empossado o primeiro prefeito; o Senhor Antônio Helly Santiago e o atual é o senhor
Ocimar Roberto Bahnert de Camargo.
A economia do município gira em torno da agricultura, pecuária e indústrias
madeireiras.
Conta com 10.698 habitantes que são denominados Ventanienses.
A classe predominante é a média baixa, sendo na maioria assalariados e
agricultores.
Os aspectos culturais no município de Ventania manifestam-se pela
participação coletiva da sociedade em rezas aos santos como São Roque, padroeiro
da cidade, Santo Antônio, Divino Espírito Santo, Nossa Senhora Aparecida, a
devoção ao profeta João de Maria, Fogueiras de São João e São Pedro com
batismo nas brasas; festas juninas, acompanhadas de danças e pratos típicos;
visitações aos cemitérios, viagens aos pontos turísticos municipais e regionais,
também a devoção e dança em homenagem a São Gonçalo.
Os alunos egressos das séries/anos iniciais do Ensino Fundamental fazem a
diversidade da comunidade escolar. O município conta com dois Colégios que
ofertam o Ensino Fundamental e Ensino Médio, um situado no Distrito de Novo
Barro Preto e outro em Ventania.
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Histórico do CEASP
O nome do colégio originou-se em homenagem ao Senhor Alberto da Silva
Paraná, cidadão que muito contribuiu para o desenvolvimento econômico da região.
A família Alberto da Silva Paraná comprou uma chácara de 30 alqueires nas
proximidades da Vila Santo Antonio e uma casa de comércio que pertencera à
família Ressetti, os primeiros comerciantes de Ventania.
A região de Ventania era um ponto de pouso dos tropeiros, e o comércio de
Secos e Molhados de “seu” Alberto era imprescindível para o progresso da região.
Mais tarde se estabeleceu também com um posto de serviços e vendas de
combustíveis, em frente à Estação Ferroviária.
Em Ventania foi inspetor de quarteirão (subdelegado de polícia), e vereador
por duas gestões em Tibagi, sendo que de 02 de fevereiro de 1948 a 22 de
novembro de 1950, foi Presidente da Câmara.
Montou também um posto de gasolina no Barro Preto e, posteriormente em
1952, regressou a Curiúva onde trabalhou como escrivão ad-hoc e adquiriu uma
fazenda de 600 alqueires onde cultivou café.
Em agosto de 1959 quando viajava de Curiúva ao Barro Preto sofreu um
derrame, foi levado às pressas para Curitiba onde permaneceu hospitalizado por 19
dias e veio a falecer em 31 de agosto do mesmo ano. Foi sepultado no cemitério
municipal de Tibagi, estado do Paraná.
Alberto da Silva Paraná foi um autodidata que procurava instruir-se por meio
da leitura e dos jornais que ouvia no rádio a bateria.
Foi um cidadão perspicaz e consciente de seus deveres como tal, e fez o que
estava ao seu alcance para colaborar com o progresso de cidades recém formadas.
Foi um homem cuja visão futurista fazia com que muitos o procurassem para
dar seus pareceres a respeito de assuntos obscuros.
Diante de todos esses méritos, evidentemente foi indicado e nomeado para
patrono do Colégio Estadual de Ventania pela Resolução N°. 598/83 de 07/03/83.
No final da década de 70, percebeu-se a necessidade de implantação das
séries consecutivas para completar-se o 1º grau, visto que, o município só dispunha
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do ensino de 1ª a 4ª série. Nessa época, Ventania era distrito de Tibagi e como tal
foram feitas inúmeras negociações com o Prefeito Homero Talevi Campos, para a
instalação da 5ª série.
Em 21 de fevereiro de 1979, na Escola Municipal Homero Talevi Campos
(Ventania), com a presença de autoridades locais, municipais e estaduais foi criado
o Colégio Estadual “Alberto Silva Paraná” com a instalação da 5ª série do 1º grau,
sendo as séries seguintes implantadas gradativamente. A escola recém criada
funcionaria adjunta a Escola Municipal Homero Talevi Campos.
A autorização do funcionamento da 5ª série do ensino de 1º grau, conta no
oficio n° 201/79 de 08/01/79 sendo assinado pelo então Secretário de Estado da
Educação e Cultura, Sr. Eleutério Dallazen e a Grade Curricular foi aprovada pela
coordenadora do grupo de Estrutura e Funcionamento do Departamento de Ensino
do 1º grau, Sr.ª Tatiana Tereza de Aben-Athar e consta no ofício n° 534/79 de
09/02/79.
No ano de 1982, seria implantada a 8ª série e o foi, mas com uma alteração
substancial: deixou de ter como Entidade Mantenedora a Prefeitura Municipal
passando então, para o Governo estadual.
Surgiu então, um problema: escolher a denominação da nova escola Pela Lei
n° 608 de 12 de dezembro de 1978 da Prefeitura Municipal de Tibagi havia no Barro
Preto (município de Ventania) uma escola isolada com a denominação Alberto da
Silva Paraná. Como esse senhor foi o pioneiro de Ventania, decidiu-se denominá-la
de Escola Estadual Alberto da Silva Paraná e aquela de Escola Municipal Juscelino
Kubitschek de Oliveira.
A Escola Estadual Alberto da Silva Paraná foi criada pela Resolução Conjunta
n° 89/82 de 10/09/82 e, o curso de 1º grau, foi reconhecido só em 1988 pela
Resolução n° 2.545/88 da Secretaria Estadual da Educação. E a aprovação do
regimento Escolar data de 28 de setembro de 1982. A adoção da denominação foi
oficializada pela Resolução n° 598/83 de 07 de março de 1983 da Secretaria de
Estado da Educação.
Como foi mencionado anteriormente, o Colégio iniciou suas atividades em
1979 com apenas uma turma de 5ª série, quando foram matriculados 50 alunos, dos
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quais 12 desistiram, sendo o restante todos aprovados. Nos anos posteriores houve
um crescimento significante para o colégio, aumentando gradativamente o número
de alunos e consequentemente o número de turmas, sendo criado o Ensino
Fundamental.
Após concluírem o Ensino Fundamental, os alunos deslocavam-se para as
cidades vizinhas a fim de continuarem os estudos, isto quando a situação financeira
permitia.
Como havia interesse em continuar seus estudos na mesma cidade e o
número de alunos permitia, foi reconhecido o Ensino Médio.
Nos dias atuais todos os alunos egressos do Ensino Fundamental (1ª a 4ª
série), constituem a diversidade do corpo discente.
Da sua fundação até os dias atuais este Estabelecimento de Ensino contou
com os seguintes diretores:
Manuel Siqueira – gestão: 1979/1980
Alberto Verhagem – gestão: 1980/1981
Irene Sens Assmé – gestão: 1981/1982
Norma Campanholi Guimarães – gestão: 1983/1984
Obs.: Sobre os Diretores acima citados não dispomos de informações em
nossos arquivos.
Edson Soares da Silva – gestão: 1984/1986.
Roseclei de Oliveira – gestão: 1986/1992.
Geni de Oliveira Solek – gestão: 1993/1995.
Ângela Braga de Oliveira – gestão: 1996/1997.
Roseclei de Oliveira – gestão: 1998/2000.
Ângela Braga de Oliveira – gestão: 2001/2003.
Palmiro Miranda – gestão: 2004/2005.
Ângela Braga de Oliveira – gestão: 2006/2008.
Ângela Braga de Oliveira – gestão: 2009/2011.
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Caracterização da Comunidade
A educação exerce um papel fundamental na vida do ser humano, visto que
são muitas as cobranças e exigências da sociedade, ou seja, do mercado de
trabalho em relação à qualificação profissional. Consequência disto é que alguns
alunos após os 14 anos precisam conciliar estudo e trabalho, podendo vir a afetar a
qualidade do aprendizado destes alunos, fazendo com que alguns reprovem ou
abandonem seus estudos.
Outro fator intrigante é a distorção existente entre idade/série ocasionada por
fracasso escolar de alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem,
desinteresse ou desmotivação, ficam retidos na mesma série por anos consecutivos,
ou então por abandonar os estudos reiniciando posteriormente ou evadindo-se da
escola.
Através do levantamento de dados sobre a realidade da população
ventaniense constatou-se que o Município de Ventania conta com 11.239 habitantes
com uma taxa de 33,49% de pobreza, taxa de exclusão social de 0,439%, Indice de
Desenvolvimento Humano - IDH de 0,665% sendo classificado em 390º entre os 399
municípios do Estado do Paraná, com uma renda per cápita de R$ 164,72
classificado em 292º entre os municípios do estado. Em média 43,66% da população
ventaniense vive com menos de um salário mínimo mensal, sendo que 13,46%
encontra-se abaixo da linha de pobreza.
Certamente as dificuldades vivenciadas pelos alunos no seu dia a dia podem
afetar o seu desenvolvimento escolar, pois não há grandes perspectivas de trabalho,
os alunos não almejam algo a mais para suas vidas, senão trabalhar braçalmente ou
em atividades com baixa qualificação. Fatores estes também podem afetar o índice
de desenvolvimento da escola, pois em 2009 a média no IDEB foi de 3,5, com um
índice de 13,1% de reprovação no ensino fundamental e 13,57% no ensino médio.
Quanto à evasão escolar apresentou-se um índice de 5,86% de alunos evadidos do
ensino fundamental e 7,14% do ensino médio.
Ao analisarmos a realidade educacional de nossa instituição identificamos a
rotatividade dos educadores como fator de interferência negativa no processo
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ensino-aprendizagem, uma vez, que o quadro docente não tem se mantido estável
muitas vezes num mesmo bimestre.
Sabemos que isto decorre da falta de profissionais oriundos do próprio
município, o que faz com que o profissional aqui ao chegar, já intencione retornar ao
seu município de origem. Esta situação leva a um desgaste da Equipe Pedagógica
que tem o seu trabalho continuamente revisado para fazer as devidas adaptações
de horários, bem como, para os alunos, que tem o seu desenvolvimento de
conteúdos frequentemente segmentado além do vínculo afetivo com a disciplina e
com o professor também interrompido. Nestas condições o aproveitamento do aluno
é prejudicado e a qualidade na educação comprometida.
Sabemos que a Equipe Pedagógica, também se sente desmotivada para
realizar seu trabalho, uma vez que se vê "presa" à atender os alunos de modo a
mantê-los em sala de aula, bem como mediar para que se reduzam os casos de
indisciplina em sala de aula e assim possam adquirir o aprendizado. Muito do tempo
que poderia ser dedicado a novas atividades fica, portanto, comprometida com a
repetição da mesma tarefa.
É claro que não podemos atribuir todos os infortúnios da escola à rotatividade
dos professores, mas certamente este é um problema que urge interferência, para
que outros aspectos possam receber a devida atenção e desenvolvimento.
Mesmo com todos os investimentos e reformas promovidas no sistema
educacional ao longo dos últimos anos, as taxas de reprovação continuam elevadas,
assim como as de evasão escolar.
A evasão escolar em nosso Colégio é um problema complexo e se relaciona
com outros importantes temas da pedagogia, como formas de avaliação, reprovação
escolar. Para combater a evasão, portanto, é preciso atacar em duas frentes: uma
de ação imediata que busca resgatar o aluno "evadido", e outra de reestruturação
interna que implica na discussão e avaliação das diversas questões.
Além disso, em parceria com o poder judiciário, é importante realizar
campanha de esclarecimento, mostrando que o estudo formal é um direito da
criança e do adolescente e que, o responsável pode inclusive responder "processos
por abandono intelectual" quando seus filhos evadem dos bancos escolares.
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Pretendemos elaborar ações que atraiam o aluno para a escola, que o
ambiente escolar se torne mais interessante para o aluno, mantendo um contato
direto com o aluno evadido ou em processo de evasão, que abarca desde a
conversa com o próprio aluno na escola até o encaminhamento de determinados
casos para o Conselho Tutelar e para a Vara da Criança e do Adolescente; e outra
que vai desde a reestruturação da metodologia e do conteúdo das disciplinas
escolares até as adaptações de alunos para transição da 5º ou 6º ano, visto que
ninguém aprende aquilo pelo qual não sente gosto, não percebe sua utilidade, a
aplicação daquilo que se aprende. (Iz Quierdo, 2009)
Enfim, para que não ocorra um índice tão elevado de evasão torna-se
importante observar se a escola vem desempenhamdo sua função de forma a
garantir a permanência dos alunos respondendo às ansiedades e dúvidas do seu
corpo discente.
A escola busca a participação dos pais e/ou responsáveis pelos alunos
fomentando a conscientização da importância dos estudos formais.
Com base nas discussões e análises da realidade escolar o coletivo
estabeleceu ações que objetivam minimizar os problemas detectados de forma a
garantir a qualidade do processo educativo.
Organização do estabelecimento
O Colégio Estadual Alberto Silva Paraná – Ensino Fundamental e Médio
funciona em regime seriado, possuindo três turnos de funcionamento e oferece o
Ensino Fundamental e Médio.
1. Período matutino: a maioria alunos é oriunda da zona urbana, com
inicio às 7h35min. e término às 12 horas, intervalo de 15 minutos,
conta com 11 (onze) turmas, sendo 252 alunos no Ensino Fundamental
e 83 alunos do Ensino Médio, distribuídos da seguinte forma:
Ensino Fundamental: 5ªA - 5ªB - 6ªA - 6ªB - 7ªA - 7ªB - 8ªA - 8ªB.
Ensino Médio: 1ª A - 2ª A - 3ª A.
11
2. Período vespertino: sendo sua maioria alunos oriundos da
zona rural, tem seu início às 12h50 min. e término às 17h10
min., com intervalo de 10 minutos. Conta com 10 (dez)
turmas, sendo 192 alunos no Ensino Fundamental e 55 alunos
do Ensino Médio, distribuídos da seguinte forma:
Ensino Fundamental: 5ª C - 5ª D - 6ª C - 6ª D - 7ª C -7ª D- 8ª C.
Ensino Médio: 1°B - 2° B – 3º B.
3. Período noturno: destinado a alunos trabalhadores, tem início
às 18h50 min. e término às 23h, com intervalo de 10 minutos.
Conta com 05 (cinco) turmas, sendo 30 alunos no Ensino
Fundamental e 103 alunos do Ensino Médio, distribuídos da
seguinte forma:
Ensino Fundamental: 8ª D.
Ensino Médio: 1ª C – 1º D - 2ª C - 3ª C.
O bom funcionamento e organização do Colégio se cumprem a partir do
momento em que o educando encontra na escola um lugar onde possa exercer sua
cidadania, lutar pelos seus direitos e cumprir seus deveres. Almejamos que nossos
alunos sejam cidadãos críticos e transformadores, mas não podemos negar que a
sociedade determina padrões e normas de convivência, nosso colégio faz parte
dessa sociedade, que permite ao educando que saiba conviver de acordo com estas
normas propostas, sendo assim, como em todo Estabelecimento de Ensino, existe
em nosso colégio, o Regimento Interno (ver anexo), que estabelece normas e
acordos de convivência, objetivando o bom andamento das atividades escolares.
Na parte referente às questões legais de distribuição de turmas, número de
aulas, calendários, freqüência, reprovação, avaliação, recuperação paralela,
formação de professores e outros assuntos de âmbito escolar constam no
Regimento Escolar.
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Condições Físicas e Materiais
O Colégio Estadual Alberto da Silva Paraná conta atualmente com 08 salas
de aula permanentes e 03 salas de aula provisórias, as salas permanentes são de
bom tamanho, comportando adequadamente o número de alunos, ventiladores e
mobiliário adequado aos fins a que se destinam. A maioria das salas de aula contam
1 TV Pendrive, facilitando o trabalho do professor.
Com relação ao espaço físico do estabelecimento, docentes e discentes
argumentam ser um lugar agradável, com salas de aula arejadas.
A Biblioteca é um espaço reservado para estudos e pesquisas, foi criada para
suprir as deficiências de leitura e oferta um bom número de livro didático e
paradidático. O espaço da biblioteca também é usado para sala de vídeo com
gravação de teleconferência e programação da TV Escola, tais como documentários.
Atualmente tem dois funcionários que atende nos três períodos.
A sala destinada ao Laboratório de Ciências está sendo utilizada como sala
de aula provisória.
O Laboratório de Informática é de uso dos professores e também dos alunos
do Ensino Fundamental e Médio, como meios de pesquisa, digitação de trabalhos,
jogos interativos e informativos, porém também é utilizada provisoriamente como
sala de professores.
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Recursos Físicos
Salas de aula permanente 08
Salas de aula provisoria 03
Sala de Recursos 01
Sala de Apoio 02
Biblioteca 01
Cozinha 01
Secretaria 01
Sala Direção 01
Sala Equipe Pedag. 01
Banheiro 04 (masculino/feminino/secretaria/daptado)
Lab. Informática 01
Lab. de Ciências 01
Depósito de alimentos 01
Área de serviço 01
Dep. Mat. Limpeza 01
Quadra coberta 01
Pátio coberto 03
14
BLOCO C
SALA - 11 SALA - 10 SALA - 04
Laboratório Informática
Sala dos Professores Laboratorio de
Biologia/Ciencias/Física
SALA - 05SALA - 09
SALA - 12
BIBLIOTECA
SALA - 06SALA - 15 SALA - 08
SALA - 07SALA - 13
SALA - 14 DIREÇÃO
SECRETARIA
LE
ITE
Recursos
BLOCO A
APOIO
PEDAGOGICO
BLOCO B
SALA - 03
QUADRA COBERTA
PATIO COBERTO
PATIO COBERTO
PA
TIO
CO
BER
TO
SALA - 01
SALA - 02
COZINHA
DEPOSITO DE ALIMENTOS
Banheiro adaptado
BANHEIROFEMININO
BANHEIRO MASCULINO
15
Recursos Materiais
Recursos áudio - visuais e tecnológicos:
09 Tv Pendrive
04 televisores;
04 DVDs
01 gravador de DVDs
02 vídeos;
02 rádios
01 Datashow
01 retro projetor;
06 computadores (uso Administrativo);
18 computadores (PROINFO)
24 computadores (PRD)
02 computadores (Sala de Recursos)
01 NoteBook (Sala de Recursos)
03 enciclopédias multimídia com 08 CD-ROM
01 kit com 5 Dvds sobre drogas
12 CDs sobre a História do Paraná
Biblioteca virtual 5ª a 8ª série (inglês, ciências, matemática, geografia e
história).
Coleção Interativa Galileu - 10 CD-ROM
Cd-rom Folclore Paranaense – Gralha Azul
Enciclopédia Barsa – CD-ROM
Acervo da biblioteca:
Livros Didáticos 2600
Livros para-didáticos 600
Livros Literatura 935
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Recursos Humanos
Equipe Pedagógica
Nome
Formação
Função
Ângela Braga de Oliveira LicenciaturaLetras Port. /Inglês Diretora
Adriana de Almeida Bueno Licenciatura em Pedagogia Diretora Auxiliar
Andréia de Lourdes Bueno Carneiro Licenciatura em Pedagogia Pedagoga
Rosi Lopes Bittencourt Licenciatura em Pedagogia Pedagoga
Geni de Oliveira Solek Licenciatura em Pedagogia Pedagoga
Agente Educacional II
Nome
Formação
Andréia Cristina Galvão Ensino Técnico Completo
Débora Aparecida Bueno Rosa Ensino Superior Incompleto
Francimara de Oliveira Carneiro Ensino Superior Completo
Leonilda Vila Nova Bispo Martins Ensino Superior Incompleto
Marcos Roberto Viana Ensino Superior Completo
Oliver Francisco Lemes Pinheiro Ensino Superior Incompleto
Vanderlei dos Santos Ensino Superior Incompleto
Agente Educacional I
Nome
Formação
Ana Nilse do Prado Ensino Técnico Incompleto
Ariane Lopes dos Santos Ensino Médio
Clarice Aparecida Pinheiro Ensino Médio
Eroni de Souza Porfírio Ensino Médio
Maria Jose Rodrigues Michaloski Ensino Fundamental Incompleto
Rosélia de Cássia Martins Ensino Médio
Rita da Silva Mainardes Ensino Médio
Rosemare Schroeder da Silva Ensino Médio
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Corpo Docente
Nome
Formação
Adenilson Braga Theodoro Licenciatura em Geografia
Adriana de Almeida Bueno Licenciatura em Pedagogia
Aisne Lopes de Proença Licenciatura em Matemática/Administração
André Aparecido Lino Licenciatura em Letras Port. /Inglês
Antoniela Aparecida de Oliveira Licenciatura em Educação Física
Aretusa Maltempe Fatobene Farina Licenciatura em Ciências Biológicas
Carla Regina da Silva Machado Licenciatura em Ciências Biológicas
Cintia Lilian dos Santos Licenciatura em Pedagogia
Claudia Chaves Carneiro Licenciatura em Pedagogia
Cleusa Luzia da Silva Licenciatura em Pedagogia
Dayse Massera Martins Licenciatura em Geografia
Eduardo Matias da Silva Licenciatura em Geografia
Eliane Aparecida Sviech Ratim Licenciatura em História
Eliane Pires dos Santos Licenciatura em Matemática
Flavia Ivana Santana Braga Theodoro Licenciatura em Educação Física
Gerci Neuri Chaves Carneiro Licenciatura em Educação Física
Giane Aparecida Pinheiro Administração
Guilherme Lino Licenciatura em Letras
Julio Cesar Soares de Souza Interprete de Libras
Letícia Bianca de Lara Licenciatura em Letras
Leticia Guimaraes de Magalhaes Licenciatura em Letras Português/Espanhol
Letícia Lorena de Vasconcelos Licenciatura em Educação Física
Márcia Batista Reis Licenciatura em História
Márcia Sousa Cabral Licenciatura em Biologia
Marilene Paza Licenciatura em Matemática
Marucelia Pires Andrade Licenciatura em Educação Física
Nilza Bertti Licenciatura em Biologia
Rosimara Lopes de Moura Licenciatura em Letras
Sandra Regina Almeida Pupo Licenciatura em Letras Português/Inglês
Silvia Tatiane dos Santos Licenciatura em Letras Português/Inglês
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Silvano Carneiro Junior Licenciatura em História
Simone Alves da Silva Licenciatura em Matemática
Suzana da Aparecida Rodrigues Licenciatura em Artes
Vanderléia Moreira de Lima Administração
Vanessa Moreira de Lima Administração
Vanilce Fernanda Bezuska Licenciatura em Geografia
Vilson Barbato Licenciatura em Letras Português/Inglês
Corpo Discente
ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO MÉDIO
Turno Matutino Vespertino Noturno Matutino Vespertino Noturno
TURMAS
5ª A – 32 5ª C – 31 8ª D – 30 1º A - 30 1º B – 16 1º C – 18
5ª B – 31 5ª D – 31 2º A - 33 2º B – 16 1º D – 20
6ª A – 27 6ª C – 26 3º A - 20 3º B - 23 2º C – 41
6ª B – 29 6ª D – 28 3º C - 24
7ª A – 32 7ª C – 22
7ª B – 37 7ª D – 22
8ª A – 35 8ª C – 28
8ª B – 29
Total 252 188 30 83 55 103
19
MARCO CONCEITUAL
Princípios didáticos-pedagógicos
Estamos vivendo uma época de crise generalizada, que abrange os planos
econômico, social e político, tanto no âmbito nacional como no internacional. Esta
crise gera grandes inquietações e insegurança crescente uma vez que os meios de
comunicação reduzem as distâncias geográficas, colocando cada país “dentro” de
outro, desfazendo em certa medida, as fronteiras que os limitam.
Vive-se um momento de rápidas transformações econômicas e tecnológicas
ocorridas principalmente durante as três últimas décadas, tais mudanças estão
relacionadas ao avanço da ciência e da tecnologia, no impacto da informatização; na
globalização, da economia, do trabalho e nas formas emergentes de organização
social, preocupadas com a melhoria da qualidade de vida.
Esta instituição de ensino concebe as tecnologias como fonte de
disseminação do conhecimento científico, pois de acordo com Paulo Freire
tecnologia é a expressão da criatividade humana (FREIRE, 1968, p. 98).
Embora o mundo tenha chegado a um grau de desenvolvimento nunca antes
conhecido, é possível constatar que boa parte da humanidade vive em condições
infra-humanas. Em alguns países, o subemprego é a condição da grande maioria da
população urbana.
A virada é radical e a sociedade moderna exige um homem, um cidadão que
tenha uma visão do mundo que ultrapasse os limites da individualidade.
São múltiplas as concepções de homem expressas na cultura ocidental.
Podemos classificá-las em duas grandes correntes: o naturalismo e o culturalismo. A
primeira representa a tentativa de reduzir o homem à peça da natureza, que brota
dela e por ela se explica. A mentalidade naturalista representa a tentativa de
considerar o ser humano como uma simples espécie animal que se explica
adequadamente pela utilização dos mesmos conceitos e a aplicação das mesmas
categorias válidas para os demais seres da natureza.
O culturalismo, segunda tendência, propõe que o homem não é simplesmente
natureza, mas realidade cultural, autor e promotor da cultura. Assim, muitas
20
reflexões apontam para o homem como um animal de relações. Relações que não
se excluem e têm na pessoa humana o seu ponto de convergência: político,
religioso, social, lúdico, racional, individual, etc., o ser humano é tudo isto, mas não é
nada isoladamente, é no limiar do encontro com o outro que constrói sua identidade.
O homem é um animal multifacetado; porém único e irrepetível. Sua riqueza
parece precisamente ser a possibilidade de expressar-se para o mundo e para os
outros como um diferente, com os elementos que lhe são peculiares à sua realidade
material e existencial perseguindo construir sua unidade, tornando-se sujeito efetivo
nas relações sociais mais amplas, respondendo pelas próprias ações.
Acredita-se na concepção de que o homem é um ser inacabado, em
construção, que necessita da interação com o meio para construir seu conhecimento
de forma a agir e interagir com o meio em que vive.
Qualquer sociedade se organiza com base na produção da vida material de
seus membros e das relações daí decorrentes. A cultura, para esta instituição, é
considerada elemento de sustentação da sociedade e patrimônio dos sujeitos que a
constituem, precisa ser preservada e transmitida exatamente porque não está
incorporada ao patrimônio natural. As diversas instituições têm como objetivo
primordial a preservação e a transmissão da cultura.
''Em toda sociedade, as relações entre os membros estabelecem-se em função de um objetivo, que lhe é próprio, é a Política, longe de ser um fim em si, é uma técnica para a realização de valores proposta pela sociedade. Da mesma forma, o poder é um instrumento que só encontra a sua razão de ser no objetivo ou nos objetivos em função dos quais a sociedade é constituída".(GILES, 1985).
A educação está na pauta das discussões mundiais e não devemos vê-la
como saber escolar apenas, nem a escola como ilha, isolada do continente da
realidade mais ampla, mesmo porque cada aluno traz em sua estrutura bio-psico e
histórico-social, as marcas deste momento histórico, em suas características
específicas.
Por esta razão, acreditamos que é necessária a conscientização, a adesão, a
participação e a ação de toda a sociedade, no sentido de tornar possível a
construção coletiva da educação.
21
A sociedade atual demanda a oferta de um ensino de qualidade, levando a
escola a propor uma prática educativa que repense adequadamente às
necessidades sociais, políticas, econômicas e culturais da realidade brasileira, cujo
principal desafio é formar alunos para fazer frente as novas demandas.
Acredita-se que a educação tem a função de ensinar os alunos a “ler o
mundo”, como dizia Paulo Freire. Educação significa transformação,
desenvolvimento. Transformação do meio onde vive, desenvolvimento de
habilidades e capacidades, onde os alunos tenham a oportunidade de participar do
processo de ensino-aprendizagem relacionando diretamente com o mundo em que
estão inseridos.
Destacando-se a opção por um currículo disciplinar faz-se necessário
ressaltar a importância de se estabelecer relações interdisciplinares, onde as
disciplinas dialoguem entre si, que conceitos, teorias ou práticas de uma disciplina
sejam chamados á discussão e auxiliem a compreensão de um recorte de conteúdo
de outra disciplina, bem como ao se tratar do objeto de estudo de uma disciplina,
busque-se nos quadros conceituais de outras disciplinas, referenciais teóricos que
possibilitem uma abordagem mais abrangente desse objeto.
Torna-se fundamental que os professores tenham claridade em sua
metodologia, que confrontem as experiências do passado com as experiências do
presente, através de conceitos e saberes que estruturam as disciplinas, bem como
permitam a contextualização social e a contextualização por meio da linguagem.
A contextualização social levará o educando a construir sentidos em relação a
um objeto, acontecimento, significado ou fenômeno, podendo então, fazer escolhas
e agir em favor de mudanças. A contextualização na linguagem é um elemento
constitutivo da contextualização sócio-histórico, marcada por concepções teóricas
que levam a compreensão dos confrontos entre conceitos e valores de uma
sociedade.
Portanto, contexto não é apenas o entorno contemporâneo e espacial de um
objeto ou fato, mas, é o elemento fundamental das estruturas sócio-históricas,
marcada por métodos que utilizam conceitos teóricos precisos e claros, voltados a
abordagem das experiências sociais dos sujeitos históricos.
22
O tratamento contextualizado do conhecimento é o recurso que a escola tem
para retirar o aluno da condição de espectador passivo, pois permite que, ao longo
da transposição didática, o conteúdo do ensino provoque aprendizagens
significativas que mobilizam o aluno e estabeleçam entre ele e o objeto do
conhecimento uma relação de reciprocidade. A contextualização evoca por isto
áreas, âmbitos ou dimensões presentes na vida pessoal, social e cultural, e mobiliza
competências cognitivas já adquiridas.
Generalizando a contextualização podemos dizer que é um recurso para
tornar a aprendizagem significativa ao associá-la com experiências da vida cotidiana
ou com os conhecimentos adquiridos espontaneamente.
Contextualizar os conteúdos escolares não é liberá-lo do plano abstrato da
transposição didática para aprisioná-los no espontaneísmo e na cotidianidade. Para
que fique claro o papel da contextualização é necessário considerar, como no caso
da interdisciplinaridade, seu fundamento epistemológico e psicológico.
Para que o educando atue criticamente como sujeito da história na sociedade
em que vive ele deve apropriar-se de conhecimentos que o habilite a agir,
contribuindo para a transformação dessa mesma sociedade, dessa forma, a
avaliação deve ser um instrumento auxiliar da aprendizagem e não um instrumento
de aprovação ou reprovação.
Ensino e aprendizagem, para esta instituição, é um processo que deve ser
construído na relação entre professor e aluno, pois ensinar consiste em dar o
conhecimento e aprender consiste em adquirir o conhecimento, onde o professor
tem a função de transmitir os conhecimentos cientificamente e historicamente
elaborados e o aluno a função não só de adquirir tal conhecimento, mas também de
interagir com o meio onde vive, tornando-se um cidadão efetivo, participativo.
Concebe-se como cidadania o exercício dos direitos e deveres do ser
humano. Segundo Saviani, ser cidadão é ser um sujeito de direitos e deveres, que
está capacitado para participar da vida em sociedade. O exercício da cidadania é
uma capacidade conquistada por indivíduos que apropriaram-se de bens
socialmente construídos atualizando suas potencialidades humanas nos diferentes
contextos históricos (COUTINHO, 2010)
23
A avaliação da aprendizagem deverá ser assumida como instrumento de
compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em
vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar no seu
processo de aprendizagem, por meio do qual o professor possa ter condições de
saber se houve e em que medida houve a apropriação do conhecimento.
Assim sendo, a avaliação será diagnóstica, somativa, processual, qualitativa e
formativa. A avaliação diagnóstica deve estar comprometida com uma proposta
histórico - crítica, já que esta concepção tem por objetivo levar o educando a
apropriar-se criticamente de conhecimentos e habilidades necessárias à sua
realização como sujeito crítico.
A avaliação deverá ser concebida como diagnóstica, objetivando identificar o
que o aluno aprendeu ou não para então proceder a retomada de conteúdos e a
recuperação de estudos, não sendo a nota o fim último e sim a aprendizagem.
Com o objetivo de respaldar as discussões e tomadas de decisões em
relação ao acompanhamento da aprendizagem e o resultado final torna-se
imprescindível o estabelecimento de alguns critérios, os quais serão definidos pelos
professores em suas disciplinas expressando a intencionalidade do seu trabalho em
relação aos seus objetivos e aos seus conteúdos.
Gestores, equipe pedagógica, professores e agentes educacionais devem
juntos buscar espaço dentro da escola para uma reflexão constante sobre a questão
ensino-aprendizagem e a avaliação, definindo caminhos possíveis a serem trilhados,
visto que "a avaliação é essencial à educação. Inerente e indissociável enquanto
concebida como problematização, questionamento, reflexão sobre a ação.”
(HOFFMANN, 1996, p.17).
O desenvolvimento de capacidades, como as de relação interpessoal, as
cognitivas, as motoras, as éticas, as estéticas de inserção social, torna-se possível
mediante o processo de construção e re/construção de conhecimentos, visto que a
escola é uma instituição com múltiplas funções, mas que transmitir conteúdos e
proporcionar condições para que os alunos aprendam é uma das principais.
“O aluno deve ir além dos fatos, se tornar solucionador de problemas e
pensador criativo, ver múltiplas possibilidades naquilo que estuda e aprender a agir
a partir do seu conhecimento”. (Perroni. 2009, p.17)
24
Em meados da década de 90, o Brasil passou a discutir a inclusão de alunos
com necessidades educacionais especiais, preferencialmente na rede regular de
ensino.
As Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, no
artigo 2° orienta que os sistemas de ensino devem matricular a todos os alunos,
cabendo as escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com
necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para
uma educação de qualidade.
O termo “necessidades especiais” não se refere às limitações apresentadas
por uma pessoa, mas as exigências de ampla acessibilidade que oportunize
condições necessárias a independência e autonomia dos sujeitos.
Quando essas exigências são pertinentes ao campo da educação, a serviço
da remoção de barreiras para a aprendizagem e a participação de todos os alunos
(CARVALHO, 2001), são denominadas necessidades educacionais especiais, porém
esta terminologia não se refere apenas as pessoas com deficiências, mas também
sugere a existência de um problema de aprendizagem.
É essencial que a comunidade escolar conceba o aluno com necessidades
educacionais especiais como um sujeito social, historicamente situado, com
interesses e necessidades relativas a sua faixa etária, que tem direitos e deveres,
entre os quais o de acesso à educação escolar formal.
De acordo com Lorenzi (2007, p.26) inclusão é a capacidade e a possibilidade
do cidadão em suprir suas necessidades vitais, especiais, culturais, políticas e
sociais. É a possibilidade do exercício de sua liberdade, tendo reconhecida a sua
dignidade e a possibilidade de representar pública e partidariamente seus
interesses.
No ambiente escolar o aluno com necessidades educacionais especiais não
deve ser considerado como outro sujeito na educação mesmo que sejam relevantes
suas singularidades e diferenças no processo educacional, não consideradas para a
grande maioria dos alunos (FERNANDES, 2006).
Para que haja a aproximação dos contextos de ensino regular e especial, faz-
se necessário a articulação de cunho pedagógico no sentido de oportunizar a
aprendizagem e a participação do educando.
25
A efetivação do processo de inclusão educacional depende do envolvimento
de toda a comunidade escolar principalmente dos professores, pois estes devem
refletir sobre as diferentes concepções, conhecer as leis, capacitar-se, rever suas
práticas pedagógicas e seus métodos avaliativos, visto que são eles que identificam
nos educandos suas capacidades, habilidades e limitações em sala de aula e
conseqüentemente deverão fazer as intervenções necessárias para que a inclusão
venha a se efetivar com qualidade.
A construção de uma pedagogia inclusiva é um grande desafio da escola
pública, visto que exige de todos os envolvidos no processo ensino aprendizagem
uma mudança de olhar sobre as limitações do aluno, preconizando a adaptação do
contexto escolar ao aluno e não do aluno ao contexto.
Enfim, o desafio da participação e aprendizagem com qualidade dos alunos
com necessidades educacionais especiais, exige que a prática de flexibilização
curricular se concretize na análise da adequação dos objetivos propostos, na adoção
de metodologias alternativas de ensino, no uso de recursos humanos, técnicos e
materiais específicos, no redimensionamento do tempo e espaço escolar entre
outros aspectos. Que esses alunos exerçam o direito de aprender em igualdade de
oportunidades e condições, pois “as escolas inclusivas são escolas para todos,
implicando um sistema educacional que reconheça e atenda as diferenças
individuais, respeitando as necessidades de qualquer dos alunos (CARVALHO,
2004, p.26).
A Educação Especial, no ambiente escolar oferecerá aos educandos,
recursos e serviços de apoio pedagógico especializado que complementarão ou
suplementarão a escolarização formal dos alunos com necessidades educacionais
especiais, com a finalidade de possibilitar o acesso e a complementação do
currículo, bem como auxiliar na efetivação do processo de inclusão.
Os serviços e apoios especializados se destinam ao atendimento de alunos
com necessidades educacionais especiais decorrentes da deficiência mental, visual,
física, neuromotora e surdez, das condutas típicas de síndromes e quadros
neurológicos psicológicos graves e psiquiátricos e das altas
habilidades/superdotação.
26
A oferta dos serviços especializados ocorrerá no contexto da sala de aula
através do Interprete de Libras ou em contra turno, através da Sala de Recursos por
meio de recursos humanos, técnicos, tecnológicos, físicos e materiais, tendo como
objetivo possibilitar o acesso e a complementação do currículo comum ao alunos
com deficiência intelectual, distúrbios de aprendizagem e altas
habilidades/superdotação, deficiência visual, auditiva.
Fruto das contradições da sociedade capitalista, oriundas dos anseios dos
movimentos sociais e prementes na sociedade contemporânea os Desafios
Educacionais Contemporâneos são demandas que buscam a superação da rigidez
tradicional das disciplinas para a resolução de situações-problema das mais diversas
naturezas, onde a escola deve ter clareza da responsabilidade da escola no sentido
de se organizar para reparar males das novas configurações do capitalismo como
inclusão, sustentabilidade, cidadania, meio ambiente, etc.
Os Desafios Educacionais Contemporâneos devem ser abordados no
currículo das disciplinas de forma flexível, com articulações enriquecedoras, com
atividades capazes de enriquecer a capacidade de questionamento e interpretação
do mundo contemporâneo e das principais tendências sociais e culturais que o
caracterizam, fornecendo-lhes conceitos básicos, instrumentos metodológicos e
analíticos adequados, desenvolver a capacidade de compreensão crítica de
acontecimentos e fatos da vida cotidiana pondo-os em diálogo com essas
tendências culturais e sociais, contribuir para uma “Educação para a Cidadania
Democrática”, que assente na capacidade de identificação e tratamento dos grandes
dilemas que enfrentam as sociedades contemporâneas.
Os Desafios Educacionais Contemporâneos devem ter sua abordagem
obrigatória nos conteúdos básicos de todas as disciplinas da matriz curricular.
História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena – Leis N° 10.639/03 e
11.645/08
Frutos de intensas mobilizações da sociedade civil, integrantes do movimento
negro e estudiosos da questão indígena, alteraram a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Brasileira ao acrescentar os artigos 26 –A e 79 –B. Assim, a inclusão no
currículo escolar das temáticas afro brasileira e indígena é para ser cumprida pelos e
nos sistemas de ensino, sob responsabilidade de todas as instâncias
27
administrativas, técnicas e pedagógicas, tendo os professores papel fundamental a
desempenhar.
A Lei n° 10.639/03 determina a inclusão da temática História e Cultura Afro-
Brasileira no currículo escolar, define a data de 20 de novembro como Dia Nacional
da Consciência Negra e define como conteúdo História da África e dos Africanos, a
luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira, o negro na formação da
sociedade brasileira, a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e
política pertinente à História do Brasil.
A Lei n° 11.645/08 ratifica a obrigatoriedade de História e Cultura Afro-
Brasileira. Determina a inclusão de História e Cultura Indígena e acrescenta como
conteúdos: a luta dos povos indígenas brasileiros, o índio na formação da sociedade
nacional e respectivas contribuições em diferentes áreas
Ambas as leis determinam que os conteúdos sejam trabalhados em todas as
disciplinas ou áreas do conhecimento. As alterações nos fundamentos do currículo
da Educação Básica orientam para que se pense e faça educação como política
pública voltada para todos independente de origem étnico-racial, de gênero e de
cultura das pessoas; que se ampliem o foco dos currículos escolares para a
diversidade cultural étnico-racial, social e econômica brasileira, implicando a
abertura de espaço para visões de mundo africana e indígena em oposição a visão
de mundo européia.
Prevenção ao Uso Indevido de Droga
O uso de drogas é um comportamento, uma conduta cuja causa precisa ser
analisada para poder desenvolver um trabalho de educação e prevenção. A
educação é o elemento chave no trabalho preventivo. Não há duvida que é
necessário controlar a disponibilidade das drogas, castigar os traficantes e melhorar
as condições de vida, mas o que realmente pode livrar os jovens das drogas é uma
verdadeira educação preventiva.
A educação preventiva é diferente da simples informação ou repressão. Por
isso procuramos conscientizar o adolescente através de uma abordagem
28
direcionada a vida, onde prevenção ao uso indevido de drogas se encontra dentro
de um contexto de valorização da vida e do ser humano.
O adolescente precisa discutir as razões para adotar um comportamento
preventivo e aprendera resistir às pressões para experimentar drogas. Precisa
também expressar seus sentimentos, opiniões, dúvidas, inseguranças, angústias,
medos e preconceitos, e a escola pode ajudar, fazendo com que o educando possa
enfrentar e resolver os problemas adquirindo segurança e equilibrando a auto-
estima. Nesse momento se faz necessária a presença de figuras positivas, tais como
a família e a escola.
Um modelo de prevenção deve contribuir para que os indivíduos se
responsabilizem por si mesmos, a fim de que o comportamento de risco da
sociedade como um todo possam ser modificados. Conscientizar o adolescente para
evitar o uso indevido de substâncias psicoativas, com uma abordagem direcionada
para a vida.
Enfrentamento à Violência na Escola
A questão da violência na escola está sendo amplamente discutida, visto que
é uma preocupação de toda sociedade, pois professores estão em sala de aula,
trabalhando, ensinando e aprendendo, formando seus alunos e os atos de violência
acontecem.
“Como cidadãos vivendo na sociedade atual, sentimo-nos como equilibristas
na corda bamba” (CHILLING, 2004, p. 15), pois além de ser professor, precisa-se
também ser conselheiro, apaziguador das situações e conflitos que ocorrem no
interior das salas de aula.
A socialização e a subjetivação paralela à escola e contra a escola emergem
em nosso contexto escolar, pois muitos destes alunos freqüentam a escola por
obrigação, não se integrando, dando mais importância as atividades fora da sala de
aula, reagindo com brigas, agressões físicas e verbais e ou depredações.
Para que as diferenças não aflorem em sala de aula e os conflitos sejam
reduzidos, faz-se necessário que se deixe claro ao aluno o porquê da escola, o que
ela faz, como faz, com quem faz, explicitando assim, a relação de utilidade dos
29
estudos e criando um ambiente humanizado, democrático e solidário, onde os
alunos sintam-se sujeitos do processo.
Investir em atividades artísticas, culturais e esportivas, com a contribuição das
áreas do conhecimento é uma forma criativa de combinar aprendizagem e prazer,
fazendo com que a escola possua perante os alunos, uma identidade, onde os
jovens possam sentir orgulho de fazer parte dela.
Sexualidade
Somos aquilo que pensamos, somos nossas atitudes, nossa postura política,
social, econômica, sexual, somos energia viva que circula. Somos seres humanos
com dúvidas, desejos, vontades próprias. A sexualidade está inserido neste contexto
e relaciona-se com a história de cada indivíduo, que expressam cada um a seu
modo, diferentes formas de sexualidade.
A escola tem o papel importante de trabalhar as questões de gêneros quando
abordado o tema sexualidade, principalmente para desmistificar papeis impostos
pela sociedade, que influenciam no comportamento das pessoas nos dias de hoje.
Os estereótipos muitas vezes são aprendidos na infância, como opiniões pré-
formadas que generalizam e padronizam o comportamento das pessoas.
A mulher é apontada como passividade, fragilidade, tolerância, emotividade; e
o homem é apontado para a agressividade, força, objetivo, competição.
Isso vai limitando o comportamento de homens e mulheres e reprimindo a
expressão e o jeito de ser de cada um.
A escola contribui através de atividades que promovam o conhecimento de si
mesmo, a melhoria da auto-estima e outros valores significativos. O adolescente
desenvolve atitudes mais humanas, fraternas, coerentes, responsáveis e livres de
preconceitos, enfrentando de forma corajosa, os desafios propostos pela vida.
A escola é um espaço privilegiado na implantação de ações que promovam o
fortalecimento da autoestima e do autocuidado, a preparação para a vivencia
democrática, o respeito mútuo e dessa forma a melhoria da qualidade de vida.
Portanto é um lugar fundamental para se discutir sexualidade.
30
A escola traz os conhecimentos que ajudam a entender os desafios da vida,
tem um papel fundamental no desenvolvimento da sexualidade dos jovens. Na
escola estudar sexualidade significa acabar com tabus e crendices, garantir maior
igualdade nas relações entre mulheres e homens melhorando significativamente a
qualidade de vida.
No passado acreditava-se que a educação sexual nas escolas não era aceita
pela sociedade; hoje acredita-se ter mudado esse conceito e Educação Sexual já
está inserida nas escolas não obrigatória mas recomendada para ações que terão
um impacto crucial na transformação moral da nossa população.
É preciso que a escola ajude os jovens a repensar suas relações, fazendo
escolhas mais conscientes. É preciso mostrar aos jovens os riscos que correm caso
não tenham responsabilidade sobre seus atos. É preciso discutir esses assuntos
para que seja normal falar sobre sexualidade, tendo atitudes de liberdade com
responsabilidade e sabendo sim das conseqüências, pela falta de cuidado e pela
falta de amor próprio.
Educação do Campo
O tema Educação do Campo foi acentuado com a discussão e aprovação da
lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional, lei n° 9394/96, que propõe em seu
artigo 28, medidas de adequação da escola a vida do campo permitindo adaptações
da educação básica às peculiaridades da zona rural e de cada região com
conteúdos curriculares e metodologia apropriada as necessidades reais, interesses
e condições climáticas.
A proposta é pensar a educação do campo como processo de construção de
um projeto de educação, visto que a educação enquanto organizadora e produtora
da cultura de um povo e enquanto produzida por uma cultura, não pode permanecer
seguindo a lógica da exclusão do direito á educação de qualidade para todos.
A educação recria o campo porque através dela se renova os valores e as
atitudes, os conhecimentos e as praticas de pertença a terra. A política de educação
do campo precisa conceber que a cidade não é superior ao campo, criando então,
relações de horizontalidade entre campo e cidade.
31
A educação do campo deve compreender que os sujeitos possuem história,
participam de lutas sociais, sonham, tem nomes e rostos, lembranças, gêneros e
etnias diferenciadas. Portanto, os currículos devem se desenvolver a partir das
formas mais variadas de construção e reconstrução do espaço físico e simbólico, do
território, dos sujeitos, do meio ambiente, não deixando ausentes nas discussões
sobre os direitos humanos, as questões de raça, gênero, etnia, a produção de
sementes, o patenteamento das matrizes tecnológicas e das inovações na
agricultura, a justiça social e a paz (MEC, 2003).
Enfim, a realidade que o aluno da zona rural enfrenta na escola é muito
diferenciada daquela a qual ele está inserido, então a escola deve buscar,
juntamente com toda comunidade escolar, aproximar estas realidades, fazendo com
que as diferenças sejam valorizadas no ambiente escolar através da troca de
experiências e valorização dos conhecimentos referente à vida no campo.
Educação Fiscal
A Educação Fiscal no ambiente escolar deve ter como objetivo a informação,
a formação do conceito de cidadania, baseando-se na solidariedade, na ética, na
transparência e na responsabilidade fiscal e social, visando a conscientização da
sociedade quanto a função do Estado de arrecadar impostos e ao dever do cidadão
contribuinte de pagar tributo.
Trata-se então de um processo de inserção de valores na sociedade, como a
percepção do tributo como forma de garantir o desenvolvimento econômico e social
bem como seu conceito, sua função e sua aplicação. Despertar no aluno a
consciência de cidadania através de uma ação educativa permanente e sistemática,
voltada para o desenvolvimento de hábitos, atitudes e valores.
Sendo assim, a Educação Fiscal deve ser entendida como um instrumento de
disseminação de uma nova cultura cidadã, fundada nos seguintes pressupostos:
conscientização da função socioeconômica dos tributos, gestão e controle
democrático dos recursos públicos, vinculação entre a educação, o trabalho e as
práticas sociais, o exercício efetivo da cidadania.
32
As atividades dessa demanda são realizadas com base na concepção de
educação da SEED, preconizada nas Diretrizes Curriculares para a Educação
Básica e orientadas pelo Programa Nacional de Educação Fiscal – PNEF,
representado no Estado do Paraná por meio do Grupo de Educação Fiscal Estadual
– GEFE/PR.
Educação para o Trânsito
A educação para o trânsito envolve a consciência dos seus deveres e direitos
de pedestre, instruindo-os sobre os principais tipos de sinalização no trânsito, como
placas, semáforos, faixas para a travessia de pedestres e pisca-pisca luminosos
instalados nas garagens, bem como as restrições em relação ao uso de bicicletas,
skates e patins.
A promoção de atividades que permitam ao aluno conhecer e vivenciar
situações de circulação no trânsito, como pedestre, passageiro ou futuro condutor é
uma das exigências do Código Nacional de Trânsito.
Educação Ambiental
A Educação Ambiental faz parte da rotina da maioria dos jovens brasileiros,
pois é um processo pelo qual o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,
conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação
do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial a qualidade de vida e sua
sustentabilidade.
A Educação Ambiental é um componente essencial e permanente da
Educação Nacional, devendo estar presente de forma articulada em todos os níveis
e modalidades do processo educativo. Sua aplicação tem a extensão de auxiliar na
formação da cidadania, de maneira que extrapola o aprendizado tradicional,
fomentando o crescimento do cidadão e consequentemente da nação.
O poder público, as empresas, os educadores, alunos e a sociedade como
um todo devem estar conscientes da necessidade efetiva da Ed. Ambiental no
processo educacional, sendo assim podendo desenvolver uma sociedade sadia e
coerente com os princípios básicos de prevenção do meio ambiente.
33
Não se pode esquecer que cada comunidade tem suas necessidades que
refletem no ambiente de maneira que é importantíssimo conhecermos as suas
necessidades básicas para que possamos aplicar adequadamente o ensino da
Educação Ambiental e para que os educandos tenham um objetivo comum que é a
manutenção da qualidade de vida de todos os seres do planeta.
O exercício da cidadania exige o acesso à totalidade dos recursos culturais
relevantes para a intervenção e a participação responsável na vida social que
contemple a dignidade do ser humano, a igualdade de direitos, a recusa categórica
de formas de discriminação, a importância da solidariedade e do respeito, através do
acesso ao conjunto de conhecimentos históricos socialmente elaborados e
reconhecidos como necessários para o exercício da cidadania e da transformação
da sociedade.
Ao mesmo tempo em que valoriza a cultura local, a escola busca ultrapassar
seus limites propiciando aos alunos pertencentes aos diferentes grupos sociais o
acesso ao saber, tanto no que diz respeito aos conhecimentos socialmente
relevantes, como no que faz parte do patrimônio universal da humanidade.
A construção de uma sociedade, com liberdade de expressão, onde os
indivíduos lutem por seus ideais sociais e político só será possível no momento em
que vários segmentos sociais se organizarem para que a sociedade determine uma
política educacional democrática, e que a mesma possa possibilitar aos jovens e
crianças o ingresso, a permanência e o sucesso numa instituição escolar de
qualidade.
Nessa perspectiva, é essencial a vinculação da escola com as questões
sociais e com os valores democráticos, não só do ponto de vista da seleção e
tratamento dos conteúdos, como também da própria organização escolar.
''A democratização da escola pública, portanto, deve ser entendida aqui como ampliação das oportunidades educacionais, difusão dos conhecimentos e sua reelaboração crítica, aprimoramento da prática educativa escolar visando à elevação cultural e científica das camadas populares, contribuindo, ao mesmo tempo, para responder às suas necessidades e aspirações mais imediatas (melhoria de vida) e à sua inserção num projeto coletivo de mudanças da sociedade. Para tanto, é imperioso buscar uma pedagogia e uma didática que, partindo da compreensão da educação na prática social histórica e concreta, ajudem os professores no trabalho docente com as camadas populares".(LIBÂNEO, José Carlos.)
34
A democracia se aprende fazendo. Não existe o futuro ideal ou as pessoas
ideais para que a democracia possa começar. O momento ideal é sempre o
presente, com as pessoas presentes.
Assim, como só aprendemos a nadar, nadando; a andar, andando; só
aprendemos a ser democráticos no exercício da democracia. As pessoas se
preparam para ela na prática, diante de atitudes infantis ou equivocadas, que todos
vão se corrigindo mutuamente para uma convivência mais equilibrada e generosa.
É importante ter cuidado com a impaciência de querer que as coisas e as
pessoas mudem de acordo com o nosso ritmo e vontade. Não adianta forçar além
das possibilidades de cada um, assim como não adianta apressar o crescimento de
uma criança, de uma árvore ou de uma flor.
A Escola é sem dúvida, o instrumento primordial que permite a gestão
democrática e poderá contribuir para a superação das contradições da sociedade
em que se vive e auxiliar no processo contínuo de construção de uma sociedade
mais humana e democrática.
É necessário que a gestão democrática seja vivenciada no dia a dia da
escola, seja incorporada ao cotidiano e se torne tão essencial à vida escolar quanto
à presença de professores e alunos. Para isso, há que se criar as condições
concretas para o seu exercício. Condições essas que implicam, entre outras
providências, na construção cotidiana e permanente de sujeitos capazes de interagir
de acordo com suas reais necessidades.
A democratização da gestão escolar aponta alguns objetivos e alguns
parâmetros que, se considerados, tendem a garantir maior sucesso na conquista da
democratização, e consequentemente, da melhoria e qualidade da escola. Escola
democrática é aquela que, efetivamente, democratiza o saber.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é um órgão de representação
dos pais e profissionais do estabelecimento, não tendo caráter político partidário,
religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo emunerados os seus Dirigentes e
Conselheiros, sendo constituído por prazo de 2 (dois) anos.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é formada não somente por
pais, mas também com a participação de toda a comunidade escolar, onde aqueles
35
envolvidos no processo são igualmente responsáveis pelo sucesso da Educação da
Escola Pública que objetiva dar apoio à Direção de escolas, primando pelo
entrosamento entre pais, alunos, professores, funcionários e toda a comunidade,
com as atividades sócioeducativas, culturais e desportivas.
Uma de suas grandes responsabilidades é discutir, colaborar e participar das
decisões coletivas sobre as ações da equipe pedagógico-administrativa e do
Conselho Escolar, visando à assistência ao educando, o aprimoramento do ensino e
a integração família-escola-comunidade.
A APMF tem como objetivo discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de
assistência ao educando, de aprimoramento do ensino e integração família - escola -
comunidade, enviando sugestões em consonância com a Proposta Pedagógica,
para apreciação do Conselho Escolar e equipe - pedagógica – administrativa;
Prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando-lhes
melhores condições de eficiência escolar, em consonância com a Proposta
Pedagógica do Estabelecimento de Ensino; buscar a integração dos segmentos da
sociedade organizada, no contexto escolar, discutindo a política educacional,
visando sempre à realidade dessa comunidade.
Conselho Escolar é um órgão colegiado, constituído por pais, alunos,
professores, funcionários, membros da comunidade e diretor da escola, tendo como
atribuição deliberar sobre questões político-pedagógicas, administrativas e
financeiras, representando um lugar de participação e decisão, um espaço de
discussão, negociação e encaminhamento das demandas educacionais,
possibilitando a participação social e promovendo a gestão democrática.
Conselho de Classe é um órgão colegiado, presente na organização da
escola, o qual reúne periodicamente os professores das diversas disciplinas
juntamente com a equipe pedagógica, direção e representantes de alunos para
refletirem conjuntamente e avaliarem o desempenho pedagógico dos alunos.
O Conselho de Classe tem como característica a participação direta dos
profissionais da educação, organização interdisciplinar e a centralidade da avaliação
escolar como foco do trabalho escolar.
Através do Conselho de Classe, deve-se buscar a reflexão da avaliação
escolar na perspectiva de desenvolver um maior conhecimento sobre o aluno,
36
aprendizagem, o ensino e a escola, resgatando o papel dinamizador do projeto
pedagógico da escola, sendo espaço privilegiado de produção de conhecimento da
escola e sobre a escola.
O Grêmio Estudantil é uma organização autônoma que representa os
interesses dos estudantes na escola. Ele permite que os alunos discutam, criem e
fortaleçam inúmeras possibilidades de ação tanto no próprio ambiente escolar como
na comunidade, como também um importante espaço de aprendizagem, cidadania,
convivência, responsabilidade e de luta por direitos.
Assim o Grêmio Estudantil deve contribuir para que aumente a participação
dos alunos nas atividades de sua escola, organizando campeonatos, palestras,
projetos e discussões, fazendo com que eles tenham voz ativa e participem – junto
com pais, funcionários, professores, coordenadores e diretores – da programação e
da construção das regras.dentro.da.escola.
Atividades Complementares
As atividades complementares fazem-se necessárias no âmbito escolar como
um auxílio ao trabalho docente, pois oferece ao professor, aluno e comunidade a
condição de desenvolver atividades pedagógicas diferenciadas. Cabendo à escola
preparar o aluno o para contato com a sociedade, dando-lhe estímulos, referências e
estabelecendo correlações para a compreensão do mundo que o rodeia, levando os
alunos a se comportarem de maneira consciente e responsável.
"Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses quefazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago. Pesquiso para constatar, constatando intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade".(FREIRE, Paulo).
A execução de uma atividade é elaborada com pesquisas, comprovação de
hipóteses, resolução de problemas e desafios que instrumentalizam professores e
alunos, visando à melhoria do trabalho desenvolvido em classe.
37
Ensino Médio por Blocos de Disciplinas Semestrais
A oferta do Ensino Médio por Blocos Semestrais é uma proposta inovadora.
Para o aluno há menos disciplinas para ser estudada e o professor tem mais aula
em cada Bloco, facilitando assim a interação entre professor, aluno e conteúdo, pois
as aulas são mais concentradas.
O Ensino Médio por Blocos de Disciplinas Semestrais tem por objetivo a
redução do índice de evasão e repetência no ensino médio buscando garantir ao
aluno o direito à continuidade dos estudos e o aproveitamento dos estudos parciais.
A organização do Ensino Médio por Blocos adotará matriz curricular única,
onde as disciplinas estão organizadas anualmente em dois Blocos de Disciplinas
ofertados concomitantemente. A carga horária anual será concentrada em um
semestre, garantindo o número de aulas da matriz curricular, pois os blocos de
disciplinas são ofertados nos dois semestres.
Cada Bloco de Disciplinas deverá cumprir no mínimo 100 dias letivos,
previstos no calendário escolar. A matrícula será semestral e obedecerá ao disposto
na deliberação nº 09/01 – CEE. A conclusão da série ocorrerá quando o aluno
cumprir dois blocos de disciplinas ofertados em cada série.
Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino
Fundamental, em Nível Médio na Modalidade Normal
O curso de Formação de Docentes tem um papel fundamental na formação
de recursos humanos habilitados para atuação nos anos iniciais do Ensino
Fundamental, pois além da formação o aluno poderá encontrar uma perspectiva
melhor de vida, visto que este curso é profissionalizante, dando o alicerce
necessário para que o aluno possa ingressar no mercado de trabalho e
posteriormente aperfeiçoar sua formação.
A opção pela organização curricular do curso de Formação de Docentes,
numa perspectiva integrada, objetiva a ressignificação da oferta do curso na Rede
Estadual de Ensino.
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A proposta de currículo do curso normal, em nível médio, está calçada numa
visão educacional em que o trabalho é o eixo do processo educativo porque é
através dele que o homem, ao modificar a natureza, também se modifica. Ter o
trabalho como principio educativo implica compreender a natureza da relação que os
homens estabelecem com o meio natural e social, bem como as relações sociais
que compõem a sociedade.
Dessa forma, a composição curricular estará articulada aos saberes
disciplinares e específicos do “saber fazer” da profissão de professor, ou seja, o
núcleo fundamental da formação do professor pressupõe o domínio dos conteúdos
que serão objeto do processo ensino-aprendizagem e o domínio das formas através
da qual se realiza o processo, tomando forma na medida em que se constitui como
elemento básico de sua prática forma pela qual se dá a produção do conhecimento
no interior da escola.
Celem
O Centro de Línguas Estrangeiras Modernas é uma oferta extracurricular e
gratuita de ensino de Línguas Estrangeiras nas escolas da rede pública do Estado
do Paraná.
A Lei n° 11.161/05, em seu artigo 1°, estabelece “o ensino da língua
espanhola, de oferta obrigatória pela escola e de matricula facultativa para o aluno,
será implantado. Gradativamente, nos currículos plenos do ensino médio”, deixando
o aluno decidir se quer ou não estudar essa língua estrangeira.
Para que o espanhol seja ofertado para a comunidade escolar, com matrícula
facultativa, o artigo 3° desta mesma lei preconiza que “os sistemas públicos de
ensino implantarão Centros de Ensino de Língua Estrangeira, cuja programação
incluirá necessariamente a oferta de língua espanhola”. Sendo assim, os resultados
dos estudos realizados pelos alunos matriculados na rede pública do Estado do
Paraná são registrados nos documentos escolares, no campo Estudos
Complementares.
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Estágio não obrigatório
A lei n° 11.788 de 25 de setembro de 2008, define o estágio como o ato
educativo escolar supervisionado desenvolvido no ambiente de trabalho, visando a
preparação para o trabalho produtivo do educando, porém esta não é uma atividade
obrigatória ao educando, mas sim uma atividade opcional ao aluno do ensino médio,
acrescida a carga horária regular e obrigatória (inciso 2° do artigo 2° da lei n°
11.788/2008).
Para que se conceda estágio a um aluno, deve-se cumprir os incisos
estabelecidos no art. 3° da lei 11.788/2008:
I – matrícula e freqüência regular do educando público-alvo da lei;
II – celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte
concedente do estágio e a instituição de ensino;
III – compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e as
previstas no termo de compromisso.
A jornada do estagiário será definida de comum acordo entre a instituição de
ensino, a parte concedente (empresa) e o aluno ou seu representante (em caso de
menores de 18 anos), devendo constar no Termo de Compromisso de Estágio,
porém deverá ser compatível com as atividades escolares e respeitar o limite de seis
horas diárias e trinta horas semanais. No período de avaliações a carga horária do
estágio poderá ser reduzida à metade ou segundo o estipulado no Termo de
Compromisso de Estágio.
O estágio poderá ser concedido por até dois anos para o mesmo concedente,
exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência (art. 11 da lei n° 11.788
de 2008).
Para o estágio não obrigatório é compulsória a concessão de bolsa ou outra
forma de contraprestação que venha a ser acordada, porém sua ausência no estágio
poderá ser descontada do valor da bolsa-auxílio. Ausências eventuais e
devidamente justificadas poderão ou não gerar desconto (dependerá de
entendimento entre as partes), já as ausências constantes poderão gerar a rescisão
antecipada do contrato.
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Olimpíadas de Matemática
A Olimpíada Brasileira de Matemática (OBMEP) é uma competição
organizada todos os anos pelos Ministérios de Ciência e Tecnologia e da Educação,
e realizada pelo Impa e pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). Ela é
aberta para todos os estudantes do ensino fundamental, a partir da 5ª série e Ensino
Médio das escolas públicas de todo o Brasil, tendo como objetivo colaborar com a
melhoria do ensino de matemática no país, bem como descobrir jovens talentos na
área.
No CEASP, a Olimpíada de matemática é realizada com os seguintes
objetivos:
- Induzir nos jovens o gosto e o prazer de estudar matemática.
- Estimular o ensino e a aprendizagem da matemática no Ensino Fundamental
e no Ensino Médio.
- Disponibilizar aos estudantes e professores uma coleção de problemas
estimulantes e desafiadores.
A Olimpíada de Matemática é uma disputa entre os jovens, de caráter
intelectual, um torneio onde as armas dos participantes são a inteligência, a
criatividade, a imaginação e a disciplina mental. Na olimpíada de matemática, os
estudantes são divididos, conforme o ano que cursa na sua escola, em 3 níveis. Em
cada nível a competição consiste em 2 provas, pelas quais o aluno demonstra a sua
capacidade na resolução de problemas. Os níveis são:
6. Nível I – Ensino Fundamental 5ª e 6ª séries
7. Nível II – Ensino Fundamental 7ª e 8ª séries
8. Nível III – Ensino Médio
Para um melhor desempenho de nossos alunos na Olimpíadas de Matemática
necessita-se que os professores da área trabalhem todos os conteúdos matemáticos
de maneira contextualizada e com a problematização sempre possível.
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ENEM
Criado em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) tem o objetivo
de avaliar o desempenho de estudantes ao fim da escolaridade básica, sendo
utilizado como critério de seleção para os estudantes que pretendem concorrer a
uma bolsa no Programa Universidade para Todos (Pro Uni), visto que um número
considerável de universidades já usam o resultado do exame como critério de
seleção para o ingresso no ensino superior, seja complementando ou substituindo o
vestibular.
O exame do ENEM foca as estruturas mentais com as quais se constrói
continuamente o conhecimento e não apenas a memória, que, mesmo tendo
importância fundamental, não pode ser o único elemento de compreensão do
mundo.
A prova do ENEM é interdisciplinar e contextualizada, enfocando as
habilidades e conteúdos mais relevantes, expressando de modo claro, intencional e
articulado para cada área do conhecimento, incentivando o raciocínio e trazendo
questões que medem o conhecimento dos alunos por meio de enfoque
interdisciplinar.
O Enem tem sua prova composta por: redação, e quatro provas objetivas
sendo: linguagens, códigos e suas tecnologias, ciências humanas e suas
tecnologias, ciências da natureza e suas tecnologias e matemática e suas
tecnologias.
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MARCO OPERACIONAL
Planos Especiais para Intervenções Pedagógicas
O processo ensino-aprendizagem nem sempre resulta de sucesso e
aprovações. Alguns alunos se deparam com problemas que impedem esse sucesso,
sendo assim rotulados pela família, professores e colegas.
Cabem então ao educador, é compreender as dificuldades do aluno e ajudá-lo
a integrar-se no processo educacional.
Alunos com dificuldades de aprendizagem precisam de diagnóstico e
intervenção pedagógica/psicopedagógica, assim que aparecem os primeiros sinais
de baixo rendimento escolar, comportamento desatento, impulsividade,
hiperatividade e dificuldades de leitura e escrita acima do esperado. É preciso então
que o professor inicie um processo de observação e de identificação da criança em
cinco áreas de comportamento: compreensão auditiva, linguagem falada, orientação
espaço-temporal, psicomotricidade e sociabilidade.
Após as observações e a identificação, ele poderá então planejar as
intervenções pedagógicas adequadas às verdadeiras necessidades, contando com a
ajuda de uma equipe pedagógica.
"A ideia de que um aluno não estuda porque é vagabundo" é totalmente
absurda. Ninguém mentalmente saudável gosta de fracassar, de ser o pior. Pode
até fingir que sim, mas vemos que na intervenção que essa máscara é antes
de tudo usada por crianças que sofrem, explica Maria Irene Maluf, Presidente
Nacional da Associação Brasileira da Psicopedagogia (ABPp).
Tratar o aluno com respeito é o primeiro passo para integrá-lo ao restante da
turma. Criar ''rótulos'' para discriminar as crianças com dificuldades só trará mais
problemas para o aprendizado desses alunos.
Os sistemas de avaliação não podem ser concebidos na ótica da eficácia e do
rendimento. Há de se estabelecer níveis de sucesso, na medida em que é sempre
possível atingi-lo em algum grau. Não podemos esquecer que logo que a criança
obtém o rótulo do insucesso, ela assume que falhou o que poderá levar à
43
impossibilidade de se afirmar como pessoa. Se, basearmos o ensino na otimização
das áreas fortes do alunado, ganhamos tudo e não se perde nada.
Não basta integrar os alunos com necessidades educativas especiais. Isso é
relativamente fácil e já vem acontecendo. A verdadeira inclusão requer
reestruturação do sistema educacional de modo que este cuide de todos os alunos,
dando-lhes condições de pleno acesso ao conhecimento elaborado cientificamente.
Diante do exposto a equipe pedagógica deste Estabelecimento de Ensino terá
como apoio ao processo ensino aprendizagem a Flexibilização Curricular e Sala de
Apoio à Aprendizagem, Sala de Recursos Multifuncional de 5ª a 8ª série e intérprete
de libras.
Sala de Recursos Multifuncional
A educação especial é definida como uma modalidade de ensino transversal
a todos os níveis, etapas e modalidade, que disponibiliza recursos e serviços,
realizando atendimento educacional especializado de forma complementar ou
suplementar à formação dos alunos público-alvo da educação especial.
O atendimento educacional especializado é definido pelo Decreto nº
6.571/2008 como um conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e
pedagógicos organizados institucionalmente e prestados de forma complementar ou
suplementar à formação dos alunos no ensino regular.
O atendimento educacional especializado é realizado na Sala de Recursos
da própria escola no turno inverso da escolarização, não sendo substitutivo à classe
comum.
Flexibilização Curricular
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n°9394/96, assegura
as pessoas com necessidades educacionais especiais o direito à educação,
preferencialmente na rede regular de ensino, exigindo então adaptação ou
flexibilização de curriculos, métodos, tecnicas e recursos para atender ás
especificidades do alunado.
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Blanco (2004,p. 293) afirma que “responder à diversidade significa romper
com o esquema tradicional em que todas as crianças fazem a mesma coisa, na
mesma hora, da mesma forma e com os mesmos materiais”.
Torna-se importante ressaltar que flexibilzar ou adaptar o currículo não
significa simplificá-lo ou reduzi-lo, mas sim torná-lo acessível, de forma que
contemple a aprendizagem do aluno, pois há saberes que são essenciais como base
para outras aprendizagem e devem ser mantidos como meio de garantir a igualdade
de oportunidades e, fundamentais para a construção do conhecimento.
As ações de flexibilização / adaptação curricular devem ser planejada e
construídas com base nos conteúdos das Diretrizes Curriculares da Educação
Básica para a série / ano em que o aluno está matriculado, levando em conta os
objetivos e os conteúdos básicos aos quais os alunos devem ter acesso para que
possa ser promovido para série / ano seguinte
Dentre as possibilidade de flexibilização / adaptação pode-se:
Agrupar os alunos de modo a incentivar atividades em grupo;
Não obrigatoriedade de letra cursiva – utilizar outros recursos como
computador, por exemplo.
Evitar o uso da linguagem abstrata – usar afirmações claras e curtas;
Pedir que o aluno repita a instrução recebida;
Destacar palavras para sinalizar o que é mais importante;
Utilizar dicas (recursos de memorização);
Utilizar apoio escrito para instruções orais;
Fornecer ao aluno uma visão geral da atividade, antes de começá-la;
Utilizar atividades mais curtas;
Ensinar o vocabulário previamente – usar constantemente o dicionário;
Ensinar segundo o estilo de aprendizagem do aluno (auditivo, visual,
cinestésico);
Revisar frequentemente os conteúdos trabalhados;
Ter sempre na sala de aula: alfabeto, tabuada, calendário, material de
contagem...
Fazer revisão do conteúdo anterior antes de iniciar um novo conteúdo;
Partir do concreto para o abstrato, do simples para o complexo;
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Possibilitar ao aluno oportunidade para que exercite várias vezes o mesmo
passo para a execução da atividade;
Reduzir a quantidade de material a ser copiado do livro ou do quadro,
fornecer a informação escrita;
Utilizar expressões como “Isto é importante, ouça com atenção!”.
Utilizar material visual e/ou concreto;
Planejar diferentes atividades para trabalhar um mesmo conteúdo. EX:
produção de texto – frase – palavra – desenho – foto;
Explicitar os passos que devem ser seguidos para orientar a solução da
atividade;
Selecionar material de forma a poder ser utilizado por todos;
Utilização de tecnologias digitais como: TV pendrive / Multimídia /
Computador
Flexibilizações relativas à Avaliação
Utilizar dicas em avaliações variadas (banco de palavras, cruzadinha...);
Utilizar diferentes instrumentos de avaliação (testes orais, escritos, atividades
em grupo...) para um único conteúdo utilizar diversas formas de produção;
Utilizar gravuras, gráficos...
Ler as questões mais curtas e freqüentes ao invés de mais abrangentes
Verificar avaliação, revendo conteúdo no qual atingiu o objetivo esperado e
dando-lhe uma nova oportunidade de ser avaliado;
A avalição deverá ser permanente, contínua e diversificado, dando ao aluno
mais oportunidades para que alcance os objetivos propostos.
Sala de Apoio à Aprendizagem
Considerando o disposto na LDBEN 9394/96, o parecer do Conselho de
Educação Básica n.º 04/98- CEB, a Deliberação n.º 007/99, do Conselho Estadual
de Educação - CEE - a Secretaria do Estado de Educação, através do
Departamento de Ensino Fundamental entendendo: a necessidade de dar
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continuidade ao processo de democratização, universalização do ensino e garantir o
acesso, a permanência e a aprendizagem efetiva dos alunos; o princípio da
flexibilização, disposto na LDBEN 9394/96, segundo o qual cabe ao sistema de
ensino criar condições possíveis para que o direito à aprendizagem seja garantido
ao aluno; o desenvolvimento da capacidade e aprender, tendo como meios básicos
o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; a necessidade de prover meios
aos estabelecimentos de ensino para enfrentar as dificuldades de aprendizagem na
leitura, na escrita e no cálculo; a avaliação na sua forma diagnóstica, contínua e
cumulativa, como um processo indicativo dos avanços e das necessidades
diferenciadas de aprendizagem dos alunos; resolve: Implementar uma ação
pedagógica para enfrentamento dos problemas relacionados ao ensino de Língua
Portuguesa e Matemática e às dificuldades de aprendizagem, identificadas nos
alunos matriculados na 5ª série do Ensino Fundamental, no que se refere aos
conteúdos de leitura, escrita e cálculo.
Estender o tempo escolar dos alunos de 5ª série com
defasagens de aprendizagem na leitura, na escrita e no cálculo, possibilitando que
eles tenham aulas, em período contrário, com atendimento individualizado.
Criar salas de apoio à aprendizagem nos colégios estaduais, tendo em vista o
número de alunos de 5ª série que não estão lendo, escrevendo e calculando
satisfatoriamente.
Para encaminhamento do aluno far-se-á uma avaliação diagnóstica e
descritiva pelos professores regentes das disciplinas de Língua Portuguesa e
Matemática, em consenso com os demais professores da turma.
Percebendo-se os alunos que não demonstrarem a aquisição e domínio
satisfatório dos conteúdos mínimos referentes às séries iniciais do Ensino
Fundamental.
Os alunos serão avaliados continuamente pelo professor da Sala de Apoio em
parecer conjunto com o professor regente de turma destas disciplinas, até que o
educando tenha demonstrado suficiente domínio do conteúdo trabalhado.
O projeto será avaliado semestralmente pelo professor da Sala de Apoio em
conjunto com a Equipe Pedagógica e parecer dos professores titulares das referidas
47
disciplinas, tomando-se pôr base o desempenho dos educandos, e ainda, as
facilidades e dificuldades encontradas pelos profissionais envolvidos.
Para essa ação pedagógica haverá um professor do Quadro Próprio do
Magistério, habilitado nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, com
carga horária de 4 h/a semanais, ofertadas em aulas geminadas duas (Língua
Portuguesa) e duas (Matemática). O número de alunos não deverá exceder a 15
alunos.
O funcionamento da sala de apoio será em horário contrário ao qual o aluno
está matriculado, com sala de aula própria para este fim.
Prova Brasil
A Prova Brasil foi idealizada para produzir informações sobre o ensino
oferecido por município e escolas individualmente, com o objetivo de auxiliar os
governantes nas decisões e direcionamento de recursos técnicos e financeiros,
assim como a comunidade escolar no estabelecimento de metas e implantação de
ações pedagógicas e adminstrativas, visando a melhoria da qualidade de ensino.
Como avaliação que compõe o Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Básica (Saeb), a Prova Brasil é desenvolvida e realizada pelo Instituto Nacional de
Estudos.
As avaliações do SAEB são aplicadas por amostra em alunos de 4ª e 8ª
séries do Ensino Fundamental e na 3ª série do Ensino Médio, as quais são utilizadas
para determinar o Ideb, que foi criado pelo MEC para atender às necessidades de se
estabelecer padrões e critérios para acompanhar o sistema de ensino no país. O
índice combina taxas de aprovação, repetência e evasão com os resultados da
avaliações de desempenho com a Prova Brasil.
Plano de Formação Continuada
A formação continuada de professores em serviço visa principalmente à
reflexão sobre sua prática, para que os professores possam, no coletivo, construir
uma prática contextualizada que privilegie a dimensão ética e política da educação.
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O professor precisa entender que o seu trabalho é de extrema importância na e para
a sociedade e que estas dimensões são de primeira grandeza para que a visão da
educação, pelo professor, seja transformada. Não sendo neutras, as teorias e as
práticas, é preciso que o professor entenda melhor as formas de lidar com elas e
"fazê-las" suas. Isto só será possível na medida em que ele construir o seu próprio
fazer pedagógico através da pesquisa, da reflexão sobre as práticas e da interação
com seus colegas dentro da escola.
Além das capacitações ofertadas pela Secretaria de Estado da Educação e
Núcleo Regional de Educação, este Estabelecimento de Ensino ofertará aos
professores grupos de estudos, bem como propiciará troca de experiências
pedagógicas nas horas atividades e reuniões pedagógicas em datas estabelecidas
no calendário escolar.
No processo de formação continuada, a equipe pedagógica poderá intervir
enriquecendo conhecimentos e redimensionando sua prática pedagógica bem como
a de seus colegas através da problematização do trabalho e de atividades coletivas
que priorizem a ação compartilhada.
Plano de Ação da Equipe Pedagógica
Princípios
- Gestão democrática e participativa
- Trabalho coletivo
- Educação pública, gratuita e de qualidade
- Comprometimento político-pedagógico
- Ética profissional
Ação
- Construção e implementação do Projeto Político Pedagógico da escola
- Organização do trabalho pedagógico no coletivo da escola
- Organizar a oferta de formação continuada aos profissionais da escola
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- Organizar atividades de promovam a participação da comunidade na escola
- Organizar dados do rendimento escolar e análisá-los juntamente com os
professores
- Planejar juntamente com o coletivo escolar intervenções para os problemas
levantados em conselho de classe
- Assessorar o professor na identificação e planejamento para o atendimento
as dificuldades de arendizagem
- Acompanhar o trabalho pedagógico desenvolvidos pelos professores
- Pesquisar e fornecer subsídios teóricos e metodológicos que atendam as
necessidades pedagógicas da comunidade escolar
- Organizar o Conselho de Classe
- Incentivar e propiciar a participação dos alunos nos diversos segmentos e
órgãos colegiados
- Incentivar a participação dos pais da escola
Plano de Ação da Direção Escolar
- Organizar o espaço físico da escola de forma a oferecer um ambiente
agradável à permanência de todos.
- Incentivar a prática de esportes e jogos, como: jogos de xadrez, trilha, dama,
ping-pong, promover torneio de vôlei, xadrez, futebol (time s do colégio) e outras
modalidades de interesse dos alunos.
- Incentivar o uso do laboratório de ciências, química, física e biologia, com
experiências práticas e com horários estabelecidos.
- Colocar TV e vídeo na sala dos professores
- Incentivar a elaboração e o desenvolvimento de projetos interdisciplinares
com temas voltados à sustentabilidade.
- Estimular os alunos a atrair a comunidade para a escola, tornando a escola
um pólo difusor dessa nova consciência sócio-ambiental.
- Incentivar a elaboração de teatros a serem apresentados para a comunidade
escolar.
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- Divulgar os trabalhos e participação da escola em eventos promovidos pelo
NRE ou pela própria escola junto à comunidade escolar.
- Incentivar a prática da leitura organizando um calendário anual, onde
semanalmente será determinado uma aula para que todas as turmas estejam
realizando a leitura individual.
- Estimular a realização de gincanas culturais e esportivas.
- Envolver os professores nas atividades de sustentabilidade, Fanfarra, Viva
Escola e Rádio na escola criando um ambiente agradável e motivador para a
permanência dos alunos.
- Incentivar alunos, professores e funcionários a utilizarem uniforme escolar.
- Fortalecer e incentivar a participação dos alunos em Bandas locais.
- Fortalecer e incentivar o Grêmio Estudantil a desenvolver e participar
atividades extra-classe como: gincanas, jogos, passeios entre outros.
- Fortalecer a democratização do processo educacional e pedagógico, através
da integração dos órgãos colegiados nas tomadas de decisões aproveitando as
experiências diferenciadas.
- Levar o professor a refletir sua prática pedagógica, instrumentos avaliativos,
concepção de aprendizagem, considerando que a classe é coletiva, mas o educando
é um ser único, no entanto a diversidade na prática pedagógica deve ser levada em
consideração, buscando motivar e integrar os alunos no processo educativo e
consequentemente reduzindo a taxa de evasão e repetência escolar.
- Promover reuniões bimestrais com os pais (ou quando se fizer necessário)
conscientizando-os da sua importância no processo ensino-aprendizagem, bem
como comunicá-los dos resultados obtidos por seu filho.
- Subsidiar a Equipe Pedagógica para que a mesma incentive os docentes na
sua prática pedagógica, levando-os a desenvolver um trabalho interdisciplinar,
criando ações motivadoras que conduzam à aprendizagem significativa, com
coerência e articulação de atividades relacionadas à sustentabilidade.
- Viabilizar o desenvolvimento das atividades inscritas no Projeto Viva a
Escola.
- Incentivar os docentes a fazer uso das Tvs multimídia e outros recursos
audiovisuais que venham a enriquecer o trabalho docente.
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- Promover encontro de professores (por área) para que realizem seu
planejamento e hora-atividade objetivando a troca de experiências.
- Oferecer uma educação de qualidade, emancipadora e inclusiva, focalizando
o desenvolvimento integral do educando.
Responsáveis:
Ângela Braga de Oliveira (diretora)
Adriana de Almeida Bueno (diretora auxiliar)
CRONOGRAMA:
CURTO PRAZO MÉDIO PRAZO LONGO PRAZO
- Desenvolver uma gestão
democrática
- Direcionar o Conselho de
Classe participativo
- Fortalecer o Grêmio
Estudantil
- Reflexão da prática
pedagógica
- Desenvolver as atividades
do Viva a Escola
- Oferecer uma educação
de qualidade,
emancipadora e inclusiva
- Reuniões bimestrais - Palestras para a
comunidade escolar
- Incentivar a participação
em cursos oferecidos pela
SEED
- Subsidiar a Equipe
Pedagógica
- Incentivar a prática de
esportes
- Organizar o espaço físico
- Encontro de professores - Divulgar os trabalhos e
participação da escola em
eventos escolares
- Desenvolver práticas
ambientalmente
sustentáveis
- Incentivar a elaboração de
teatros
- Incentivar a elaboração de
atividades indisciplinares
- Estimular a participação
da comunidade na escola
- Uso do uniforme escolar - Construir uma Escola
Sustentável
- Incentivar a prática de
leitura
Construção da sala de
jogos, arquibancada, palco
na quadra de esportes e
ateliê de artes.
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Avaliação do Projeto Político Pedagógico
O Projeto Político Pedagógico será avaliado continuamente, cabendo a toda
comunidade escolar verificar se houve êxito e o que precisa ser retomado. É
interessante também avaliar o projeto como um todo, a participação e o
comprometimento de cada componente do grupo. Assim, tanto professor quanto os
alunos, bem como a comunidade, poderão reconhecer os pontos positivos e
negativos do trabalho realizado e ter a oportunidade de retomá-lo, objetivando
chegar ao resultado proposto.
Faz-se necessário ressaltar que, para o êxito das propostas apresentadas no
Projeto Político Pedagógico, o envolvimento dos profissionais da escola, bem como
a disponibilidade de materiais e apoio do Núcleo Regional de Educação é de suma
importância.
Fundamentação para a Educação Básica
A importância de currículo ativo é entendido como resultados pretendidos de
aprendizagem, como concretização do plano construtivo para a escola de
determinada sociedade, contendo conhecimentos, valores e atitudes, buscando a
aprimoração de conhecimento amplo e real com análises amplas e críticas visando
a questão política e um projeto social.
O currículo é um documento que deve ser objeto de análise contínua dos
sujeitos da educação especialmente da concepção de conhecimento que ele
carrega, pois varia de acordo com as matrizes teóricas que o orientam e o
estruturam com diferentes saberes socializados pela escola, tratando o
conhecimento sob diversas óticas.
Nessa perspectiva é possível pensar no Currículo vinculado ao academicismo
e ao cientificismo, onde os saberes a serem socializados nas diferentes disciplinas
escolares são oriundas das ciências, que os referenciam, portanto, da aplicabilidade
do método científico como procedimento de ensino. Assim, pressupõe-se que o
processo de ensino deve transmitir aos alunos os saberes especializados e
acumulados pela humanidade, extraídos de conhecimento e princípios a serem
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ensinados, é o saber especializado, refém da fragmentação do conhecimento. A
consequência são disciplinas que não dialogam e portanto, são fechadas e sem a
dimensão da totalidade.
Outra crítica a esse tipo de currículo, é que se enfraquece a possibilidade de
constituir uma perspectiva crítica de educação, uma vez que da a ideia de que é um
saber culto e elaborado, ou seja, sem abertura crítica, sem o senso crítico.
O currículo como configurador da prática, vinculado às teorias críticas é a
proposta das diretrizes para a rede estadual de ensino do Paraná, no atual contexto
histórico baseado no documento denominado currículo básico. Vincula-se ao
materialismo histórico dialético, matriz teórica que fundamentava a proposta de
ensino–aprendizagem de todas as disciplinas do currículo.
As diretrizes curriculares, por sua vez, se apresentam como frutos daquela
matriz curricular, no entanto, o documento atual buscou manter o vínculo com o
campo das teorias críticas da educação e as metodologias que priorizem as
diferentes formas de ensinar, de aprender e de avaliar. Considera ainda, suas
dimensões científica, filosófica e artística, enfatizando-se a importância de todas as
disciplinas.
Para a seleção do conhecimento tratado por meio do conteúdo das
disciplinas, ocorrem tanto os fatores externos como as características sociais e
culturais do público escolar, além dos saberes acadêmico tomando diferentes
formas e abordagem em função de suas permanências e transformações. A
valorização dos conhecimentos organizados nas diferentes disciplinas escolares são
condições para se estabelecerem as relações interdisciplinares, necessárias para a
compreensão da totalidade. Tal perspectiva se constitui, também, como concepção
crítica de educação e, portanto, está condicionada ao formato disciplinar, ou seja, à
forma como o conhecimento é produzido, selecionado, difundido e apropriado em
áreas que dialogam, mas que constituem-se em suas especificidades.
Enfim, para se ter currículo vivo de acordo com o pedagogo francês Celestin
Freinet, as escolas devem buscar uma pedagogia que modernize e democratize a
educação, aproximando-a das pessoas e necessidades da sociedade, então,
cooperação responsabilidade, solidariedade, comunicação e documentação, são
palavras-chave para entender a escola. Educação e trabalho adquirem conotações
54
mais próximas, no sentido de experienciar, fazer interagir e enfrentar os problemas
da vida cotidiana.
Seguindo esta concepção, as disciplinas da Educação Básica terão em seus
conteúdos estruturantes os campos de estudo que as identificam como
conhecimento histórico. Dos conteúdos estruturantes são organizados os conteúdos
básicos a serem trabalhados por série/ano, que articulados entre si comporão a
Proposta Pedagógica Curricular da Escola, bem como delimitam os conteúdos
básicos, os quais servirão como suporte ao professor para a elaboração do seu
Plano de Trabalho Docente, vinculado à realidade e às necessidades de cada turma.
O Plano de Trabalho Docente explicitará os conteúdos específicos a serem
trabalhados no bimestres, trimestres ou semestres letivos, bem como as
especificações metodológicas que fundamentam a relação ensino/aprendizagem,
além dos critérios e instrumentos que objetivam a avaliação do cotidiano escolar. A
elaboração, planejamento e replanejamento do PTD ocorrera semestralmente
seguindo as datas estabelecidas no calendário escolar.
55
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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57
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58
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.
Apresentação
Entendemos que não é mais aceitável aprender matemática de forma
passiva. Ao contrário, acreditamos que a participação ativa representa a melhor
forma de construir o conhecimento. Assim, com esta proposta curricular, o educando
irá discutir, ouvir, refletir, conjeturar, enfim, fazer matemática.
A presente proposta leva consigo a esperança de que educadores e
educandos desenvolvem uma concepção de matemática que permita todos os
acessos aos conhecimentos e instrumentos matemáticos presentes em codificação
da realidade, como uma condição necessária para participarem em interferirem na
sociedade, de forma critica e transformadora.
É necessário compreender a matemática desde suas origens até sua
constituição como científico e como disciplina no currículo escolar brasileiro para
ampliar as discussão acerca dessas suas dimensões. A história da matemática
revela que os povos das antigas civilizações conseguiam desenvolver os rudimentos
de conhecimentos matemáticos que vieram a compor a matemática que se conhece
hoje. Há menções na literatura da História da Matemática de que os babilônio, por
volta de 2000 a.C., acumulavam registros que hoje podem ser classificados como
álgebra elementar.
Como ciência a matemática emergiu em solo grego, nos séculos VI e V a.C..
Com a civilização grega, regras, princípios lógicos e exatidão de resultados foram
registrados. Também na Grécia por meio pitagóricos, ocorreram as preocupações
iniciais sobre a importância e o papel da Matemática no ensino e na formação das
pessoas.
As primeiras proposta de ensino de Matemática baseadas em práticas
pedagógicas ocorreram no século V a.C., com os sofistas considerados profissionais
de ensino. Aos sofistas, devemos a popularização do ensino da matemática, o seu
valor formativo e sua inclusão de forma regular nos círculos de estudos.
59
Por volta dos séculos IV a II a. C., a educação foi ministrada de forma clássica
enciclopédica. A matemática configurou-se como disciplina básica na formação de
pessoas a partir dos século I a. C., desdobrada na disciplinas de aritmética,
geometria, música e astronomia.
No século V d.C., inicio da Idade Média, o ensino teve caráter estritamente
religioso.
Entre os séculos VIII e IX, o ensino passou por mudanças significativas como
os surgimento das escolas e a organização dos sistemas do ensino.
Após o século XV, o avanço das navegações e as atividades
comerciais e industriais marcaram o início da Idade Moderna e possibilitaram
novas descobertas na matemática, cujo desenvolvimento e ensino foram
influenciados pelas escolas voltadas a atividades práticas.
No Brasil, na metade do século XVI, os jesuítas instalaram colégios católicos
como uma educação de caráter clássico-humanista. A educação jesuíta contribuiu
para o processo pelo qual a matemática viria a ser introduzida como disciplina nos
currículos da escola brasileira. Entretanto, o ensino de conteúdos matemáticos como
disciplina escolar, nos colégios jesuítas, não alcançou destaque nas práticas
pedagógica.
No século XVII, a matemática desempenhou papel fundamental para a
comprovação e generalização de resultados. Surgiu a concepção de lei quantitativa
que levou ao conceito de função e do cálculo infinitesimal. Estes elementos
caracterizam as bases da matemática como se conhece hoje.
O século XVIII foi marcado pelas revoluções Francesas e Industrial e pelo
início da intervenção estatal da educação. A matemática direcionou-se a atender
aos processos da industrialização. Assim cresceria a importância de colocar à prova
as teorias matemáticas criadas, ou seja, era preciso haver rigor nos métodos, pois
as leis, não poderiam falhar nos diversos ramos da atividade humana.
O desenvolvimento matemático no século XIX foi denominado o período das
matemáticas contemporâneas. Nesse século ocorreram a sistematização das
geometrias não-euclidianas.
A partir do século XIX a matemática começa então a se ramificar em diversas
disciplinas, que ficam cada vez mais abstratas.
60
Atualmente se desenvolve tais teorias abstratas, que subdividem em outras
disciplinas. Os entendidos afirmam que estamos em plena “idade do ouro” da
matemática, e que nestes últimos 50 anos tem se criado tantas disciplinas, novas
matemáticas, como se haviam criado no séculos anteriores.
A história tem mostrado que aquilo que nos parece pura distração, pura
fantasia matemática, mais tarde se revela como um verdadeiro celeiro de aplicações
práticas.
A tendência histórico-crítica concebe a matemática como um saber vivo,
dinâmico, construído historicamente para atender as necessidades sociais e
teóricas. Nessa tendência a aprendizagem da matemática não consiste apenas em
desenvolver habilidades, como calcular e resolver problemas ou fixar conceitos pela
memorização, mas criar estratégias que possibilitam ao aluno atribuir sentido e
construir significados matemáticos de modo a tornar-se capaz de estabelecer
relações, justificar, analisar, discutir e criar.
O ensino da matemática passa a ser visto como instrumento para a
compreensão, a investigação, a inter-relação com o ambiente, e seu papel de
agente de modificações do individuo, provocando mais que simples acúmulo de
conhecimentos técnicos, o progresso do discernimento político.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos estruturantes Ensino fundamental Ensino médio
Números e Álgebra
Conjuntos numéricos e
operações
Equações e inequações
Polinômios
Proporcionalidade
Números reais
Números complexos
Sistemas lineares
Equações e inequações
Exponenciais, logarítmicas e
modulares
Polinômios
Sistema monetário
Medidas de
Medidas de massa
Medidas de área e volume
61
Grandezas e medidas comprimento
Medidas de massa
Medidas de tempo
Medidas derivadas de
Área e volumes
Medidas de ângulos
Medidas de
temperatura
Medidas de velocidade
Trigonometria: relações
métricas no triângulo
Retângulo e relações
Trigonométrica nos
Triângulos.
Medidas informática,
Medidas de energia
Medidas de grandezas vetoriais
Trigonometria: relações
métricas e Trigonométricas no
triângulo retângulo e
Trigonometria na circunferência
Funções
Função afim e
Função quadrática
Função afim e
Função quadrática
Função polinomial
Função exponencial
Função logarítmica
Função trigonométricas
Função modular
Progressão aritmética e
Progressão geometrias
Geometrias
Geometria Plana
Geometria Espacial
Geometria Analítica
Noções Básicas de
Geometria não
Euclidianas
Geometria plana
Geometria espacial
Geometria analítica
Noções básicas de Geometria
não Euclidianas
Noções de Análise combinatória
62
Tratamento da
Informação
probabilidade
Estatística
Matemática Financeira
Noções de Análise
Combinatória
Binômio de Newton
Estatística
Probabilidade
Matemática financeira
Diversidade Cultural e
étnico-racial
História da cultura afro-
brasileira e Africana;
Educação do Campo;
Cultura dos povos
Indígenas
História da cultura afro-
brasileira e Africana;
Educação do Campo;
Cultura dos povos Indígenas
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A educação matemática encontra-se em construção e está centrada no
educando e na prática pedagógica que visa a articulação entre os conteúdos
estruturantes e/ou conteúdos específicos, os quais devem ser abordados pelas
tendências metodológicas: resolução de problemas, modelagem matemática, uso de
mídias tecnológicas, etnomatemáticas, história da matemática, investigações
matemáticos, as quais podem e devem ser articuladas entre si.
Para que esta proposta se efetive é preciso que o professor reflita sobre suas
ações e sua prática de ensino, visando tornar-se um educador critico e pesquisador
em contínua formação, por isso, educadores preocupados com o ensino e a
aprendizagem da matemática têm manifestado uma necessidade de um olhar mais
critico sobre as condições em qual a aprendizagem da matemática se processa,
valorizando o conhecimento do aluno, através da compreensão da matemática como
um processo ativo na construção de modelos e aplicações de suas ideias em
situações problemas do nosso dia-a-dia; interpretações de fatos reais; pesquisas;
análise de gráficos; práticas laboratorial; seminários; aula expositivas e dialogadas;
exercícios; jogos; bem como articulando a história da matemática nos diferentes
períodos da história.
Entendemos que não existe uma proposta fechada para o ensino e
aprendizagem da matemática. O que temos são pontos importantes para que a
63
discussão contínua, em busca sempre da evolução, contribuindo para que o
educando torne-se mais critico em todas as áreas do conhecimento.
Estamos vivendo o momento onde a tecnologia impera, sendo assim
devemos possibilitar aos alunos o uso da mídia como metodologia de ensino da
matemática. Os recursos tecnológicos (software, televisão, calculadoras, aplicativos
da internet entre outras) favorecem as experimentações matemática possibilitando
formas diferenciadas de ensinar e aprender valorizando a produção de
conhecimentos.
As questões políticas e sociais comensuradas dados coletados em pesquisas
de campo. O professor deverá sempre propiciar atividades que promovam a inclusão
social construindo com seus alunos representações positivas vislumbrando a
edificação de uma escola plural respeitando a diversidade Étno-Racial do Paraná.
O que diz respeito a educação no campo devemos tomar como referência
para o trabalho pedagógico os saberes das experiências e a dinâmica do cotidiano
dos povos do campo.
A escola trabalhará em forma de projetos interdisciplinares como a
jardinagem onde os alunos poderão contribuir trabalhando a geometria e unidades
de medidas na construção e organização de canteiros. Essa prática também poderá
ser usada para construção de hortas familiares onde a fundamentação teórica será
feita em sala de aula.
Medidas agrárias serão trabalhadas em matemática enfatizando sua
necessidade na educação ambiental de uma comunidade.
Atividades que envolvam os conhecimentos geométricos da cultura indígena
serão trabalhados nas aulas sobre polígonos e simetria através da confecção
artesanal.
A cultura afro será trabalhada em forma de jogos de raciocínio com origem
africana.
Serão trabalhados durante o ano o projeto de dança africana como forma
interdisciplinar.
Com relação aos desafios educacionais contemporâneos: violência na escola,
drogas, sexualidade e educação fiscal, trabalharemos dentro do conteúdo
estruturante tratamento da informação com pesquisa de dados estatísticos pela
64
internet, cálculos de porcentagem, interpretação de gráficos que nos ajudem a
analisar e mudar comportamentos em nosso cotidiano.
As práticas pedagógicas serão feitas através de questionamentos e reflexões
sobre o tema a ser trabalhado, para a sondagem do conhecimento que os alunos
tem do assunto.
1 – exposição oral e escrita;
2 – apresentação de vídeos através da TV pendrive
3 – apresentação de transparências ou cartazes para fixação dos conteúdos
dados;
4 – resolução de exercícios, como atividades individual ou em equipes, em
classe ou extra-classe
5 – correção dos exercícios dados, com a participação dos alunos e
comentários e explicações do professor sempre que necessário;
6 – calculo mental para resolução de exercícios de fixação;
7 – trabalho em grupo para resolução de exercícios de fixação;
8 – resoluções de situações problemas do dia-a-dia, de maneira informal para
posteriormente sistematizar;
9 – utilização do preenchimento de cheques para a fixação de leituras e
escrita de numerais;
10 – apresentação da operações de audição e subtração a partir da idéia de
oposto ou simétrico de um número natural
11 – utilizar o calculo de perímetro e área para introduzir o calculo algébrico,
12 – elaborar a resolução (pelos alunos) de problemas que envolvam os
assuntos trabalhados
13 – resolução de atividades que demonstrem que os instrumentos básicos
do desenho e da geometria (régua, esquadros e compassos) são elementos
auxiliares na construção de entes geométricos e na formação de conceitos
14 – realização de pesquisa de campo e bibliográficas
15 – trabalhos com revistas e jornais
16 – educação fiscal: conta de luz, água e telefone
17 – confecção de cestas de papel jornal ou revistas com formas poligonais
65
18 – pesquisa, tabulação de dados, cálculo de porcentagens e confecção de
gráficos com índices de mortalidade no trânsito do estado e do pais.
19 – pesquisa na internet sobre índices de violência, uso de drogas e gravidez
na adolescência para confecção de gráficos estatísticos.
20 – pesquisa, exercícios e resolução de problemas que utilizem medidas
agrárias.
21 – shisima: jogo africano.
AVALIAÇÃO
A avaliação é elemento integrante do processo de ensino aprendizagem,
abrangendo a atuação do professor, o desempenho do aluno e, também, os
objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino. É algo
bem mais amplo que medir a quantidade de conteúdos que aprendeu em
determinado período.
A avaliação deve ser compreendida como:
→ Elemento integrador entre aprendizagem e o ensino;
→ Conjunto de ações que buscam obter informações sobre o que foi
aprendido como;
→ Elemento de reflexão para a prática do professor;
→ Instrumento que permite ao aluno tomar consciência de seus avanços,
dificuldades e possibilidades;
→ Ação que ocorre em todo o processo de ensino aprendizagem, não apenas
em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de
trabalho.
A avaliação deve ser formativa, contínua e processual, vista como um
instrumento dinâmico de acompanhamento pedagógico do aluno e professor.
O processo de avaliação deverá ser realizado a partir da observação contínua
em sala de aula, da produção de trabalhos individuais ou em grupos da elaboração
de relatórios de atividade vivenciadas, provas, testes que sintetizem o assunto.
66
Cada tarefa é essencial para a avaliação, que tende a ser mais justa em
momentos não programados, quando o educando realmente demonstra o que sabe.
Dessa maneira, devemos refletir sempre sobre as práticas pedagógicas, mudando
sempre que necessário as estratégias metodológicas, como: retomar conteúdos,
adequar metodologias, buscar inovações, excluir práticas fracassadas, implantar
práticas novas para que o educando realmente aprenda, bem como, estar atentos às
individualidades dos mesmos.
Acreditamos que a avaliação não deve ser vista como algo isolado, mas como
parte integrante em todo o processo.
Assim, consideramos que a elaboração de documentos de registros de
observações dos alunos em sala de aula, o hábito de avaliar através de questões
(professor para aluno, do aluno para o aluno e do aluno para o professor) e a auto-
avaliação do aluno, são componentes fundamentais no fazer matemática e as
discussões devem ser cada vez maiores em relação à forma de como vemos a
avaliação, pois ela está vinculada à prática educacional.
67
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68
NETTO, Scipione di Pierro: Matemática Conceitos e História, 3° ed. São Paulo: Scipione, 1991.
69
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE CIENCIAS PARA
O ENSINO FUNDAMENTAL.
Apresentação
Ao se pensar em Ciência como construção humana falível e intencional, numa
perspectiva histórica, é fundamental considerar a evolução do pensamento do ser
humano, pois é a partir dele que a história da Ciência se constrói.
Como ensino e aprendizagem, o conhecimento da história da Ciência propicia
uma visão dessa evolução ao apresentar seus limites e possibilidades temporais e
principalmente ao relacionar essa história com as práticas sociais ás quais está
diretamente vinculada .
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico,
que resulta da investigação da natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por
natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua
complexidade .Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos
observados na natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais
como tempo,espaço, matéria, movimento,força, campo, energia e vida.
A natureza legítima, então, o objeto de estudo das Ciências naturais e da
disciplina de Ciências. De acordo com Lopes (2007), denominar uma determinada
Ciências de natural é uma maneira de enunciar tal forma de legitimação.
Chauí (2005) confirma ao lembrar que no século XIX, sob influência dos
filósofos franceses e alemães, dividiu-se o conhecimento científico a partir de
critérios como: tipo de objeto estudado, tipo de método empregado e tipo de
resultado obtido. Assim, as chamadas Ciências naturais passaram a ser tomadas
como um saber diferente das Ciências matemáticas, das Ciências sociais e das
Ciências aplicadas bem como dos conhecimentos filosóficos, artístico e saber
cotidiano.
As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a
natureza ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. No entanto,
a interferência do ser humano sobre a natureza possibilita incorporar experiências,
técnicas, conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos
70
culturalmente. Sendo assim, a cultura, o trabalho e o processo educacional
asseguram a elaboração e a circulação do conhecimento, estabelecem novas
formas de pensar, de dominar a natureza, de compreendê-la e se apropriar dos seus
recursos.
Diante disso, a história e a filosofia da Ciência mostram que a sistematização
do conhecimento científico evoluiu pela observação de regularidades percebidas na
natureza, o que permitiu sua apropriação por meio da compreensão dos fenômenos
que nela ocorrem. Tal conhecimento proporciona ao ser humano uma cultura
científica com repercuções sociais, econômicas, éticas e políticas.
A historicidade da Ciência está ligada não somente ao conhecimento
científico mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as
tradições de pesquisa que o produzem e as instituições que as apóiam (kneller,
1980). Nesses termos analisar o passado da Ciência e daqueles que a construiram,
significa identificar as diferentes formas de pensar sobre a natureza, interpretá-las e
compreendê-la nos diversos momentos históricos.
A principal função do ensino de Ciências é proporcionar ao educando uma
compreensão racional do mundo que o cerca, levando-o a um posicionamento de
vida sem preconceitos ou supertições e uma postura mais adequada em relação á
natureza, como indivíduo, como parte da sociedade em que vive e do ambiente em
que ocupa.
Contudo espera-se que o educando perceba gradualmente, como a
construção do conhecimento científico permitiu o desenvolvimento de tecnologias
que modificaram profundamente nossa vida. Utilizamos máquinas que nos ajudam a
viver melhor, mudamos nossas perspectivas de vida. O educando parte desse
processo dinâmico, que continua ocorrendo e que no futuro modificará ainda mais
nossa forma de viver.
CIENCIAS - ENSINO FUNDAMENTAL – 5ª SERIE/6° ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA Universo
Sistema Solar
71
Movimentos Celestes
Movimentos Terrestres
Astros
MATERIA Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLOGICOS Níveis de organização celular
ENERGIA
Formas de energia
Conservação de energia
Transmissão de energia
BIODIVERSIDADE
Organização dos seres vivos
Ecossistema
Evolução dos seres vivos
CIENCIAS - ENSINO FUNDAMENTAL – 6ª SERIE/7° ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA
Astros
Movimentos Celestes
Movimentos Terrestres
MATERIA Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLOGICOS
Célula
Morfologia e Fisiologia dos seres
vivos
ENERGIA Formas de energia
Transmissão de energia
BIODIVERSIDADE
Origem da vida
Organização dos seres vivos
Sistemática
72
CIENCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 7ª SERIE/8° ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA Origem e evolução do universo
MATERIA Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLOGICOS
Celula
Morfologia e Fisiologia dos seres
vivos
ENERGIA Formas de energia
BIODIVERSIDADE Evolução dos seres vivos
CIENCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 8ª SERIE/9° ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA Astros
Gravitação Universal
MATERIA Propriedades da Matéria
SISTEMAS BIOLOGICOS
Morfologia e Fisiologia dos seres
vivos
Mecanismos de herança
genética
ENERGIA Formas de energia
Conservação de energia
BIODIVERSIDADE Interações ecológicas
73
METODOLOGIA DA DISCIPLINA.
As Diretrizes Curriculares para o ensino de Ciências propõem uma prática
pedagógica que envolva a integração dos conceitos científicos e valorize o
pluralismo metodológico. Para isso é necessário superar práticas pedagógicas
centradas num único método e baseadas em aulas de laboratório
(KRASILCHIK,1987) que visam tão somente à comprovação de teorias e leis
apresentadas previamente aos estudantes.
Ao preparar os conteúdos a serem ensinados na disciplina de Ciências o
educador deverá organizar o trabalho docente tendo como referências: o tempo
disponível para o trabalho pedagógico (horas/aula semanais); o Projeto Político
Pedagógico da escola; os interesses da realidade local e regional onde a escola está
inserida; a análise crítica dos livros didáticos e paradidáticos da área de Ciências; e
informações atualizadas sobre os avanços da produção científica.
O processo ensino- aprendizagem pode ser melhor articulado com o uso de
recursos pedagógicos/tecnológicos que enriqueçam a prática docente, tais como:
livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos,
música, quadro de giz, mapa (geográfico, sistemas biológicos, entre outros), globo,
modelo didático (esqueleto, cédula, olho, desenvolvimento embrionário, entre
outros), jogos, televisor, computador, retroprojetor, microscópio entre outros.
Diante de todas essas considerações propõem-se alguns elementos da
prática pedagógica a serem valorizados no ensino de Ciências, tais como: a
abordagem problematizadora, a relação contextual, a relação interdisciplinar, a
pesquisa, a leitura científica, a atividade em grupo, a observação, a atividade
experimental, os recursos instrucionais e o lúdico, entre outros.
No âmbito de relações contextuais, ao elaborar o plano de trabalho docente, o
professor de Ciências deve prever a abordagem da cultura e história afro-brasileira
Lei 10.639/03 que será trabalhada através de pesquisas, debates e filmes nas
diferentes áreas do conhecimento científico e exposições da culinária afro-brasileira:
receitas, alimentos reais e modelados. Tendo como objetivo combater o racismo
existente no contexto escolar e na sociedade. Lei 11.645/08 história e cultura afro-
74
brasileira e indígena será trabalhada através de textos, debates, filmes e pesquisas
realizadas pelos educandos. Lei 9795/99 Educação Ambiental será trabalhada nas
aulas de Ciências tendo como objetivo principal o entendimento e a conscientização
por parte dos alunos em preservar o meio ambiente através de leitura de textos
diversificados, debates, redações e pesquisas. Lei 13385/01 educação no Paraná
será trabalhada durante as aulas de Ciências através de textos explicativos visando
assim o conhecimento e a aprendizagem do aluno. Através da abordagem da
Educação Fiscal busca-se a conscientização do educando frente a sua participação
na sociedade a qual está inserido, tornando-se um cidadão consciente e
participativo, desenvolvendo uma consciência crítica da sociedade.
No entanto, além dessas estratégias existem várias atividades extras que
poderão ser utilizadas na construção de conhecimentos.
AVALIAÇÃO
No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio
de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de
investigação da prática pedagógica, sempre com uma dimensão formadora, uma vez
que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou verificação dela, mas também
permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica.
Para cumprir essa função a avaliação deve possibilitar o trabalho como um novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem. Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas (Lima, 2002/2003).
No cotidiano escolar, a avaliação é parte do trabalho dos professores. Tem
por objetivo proporcionar-lhes subsídios para as decisões a serem tomadas a
respeito do processo educativo que envolve professor e aluno no acesso ao
conhecimento.
É importante destacar que a avaliação se concretiza de acordo com o que se
estabelece nos documentos escolares como o Projeto Político Pedagógico e, mais
75
especificamente, a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de trabalho Docente,
documentos necessariamente fundamentados nas Diretrizes Curriculares.
A avaliação, nesta perspectiva visa contribuir para a compreensão das
dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas as mudanças necessárias
para que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da
comunidade, da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço
onde os alunos estão inseridos.
Não há sentido em processos avaliativos que apenas constatam o que o
aluno aprendeu ou não aprendeu e o fazem refém dessas constatações tomadas
com sentenças definitivas. Se a proposição curricular visa a formação de sujeitos
que se apropriam do conhecimento para compreender as relações humanas em
suas contradições e conflitos, então a ação pedagógica que se realiza em sala de
aula precisa contribuir para essa formação.
Para concretizar esse objetivo, a avaliação escolar deve contribuir um projeto
de futuro social, pela intervenção da experiência do passado e compreensão do
presente, num esforço coletivo a serviço da ação pedagógica, em movimentos na
direção da aprendizagem do aluno, da qualificação do professor e da escola.
Durante as aulas é o professor quem compreende a avaliação e a executa
como um projeto intencional e planejado, que deve contemplar a expressão de
conhecimento do aluno como referência uma aprendizagem continuada.
Enfim, destaca-se que a concepção de avaliação que permeia o currículo não
pode ser uma escolha solitária do professor. A discussão sobre a avaliação deve
envolver o coletivo da escola, para que todos (direção, equipe pedagógica, pais,
alunos) assumam seus papéis e se concretize um trabalho pedagógico relevante
para a formação dos alunos.
A avaliação na disciplina de Ciências será mediante a compreensão e
entendimento dos alunos em relação ao conteúdo trabalhado. Os alunos serão
avaliados através de trabalhos, tarefas de fixação, pesquisas em dicionários,
atividades individual e em grupo, provas objetivas e dissertativas, resolução de
cruzadinha, caças-palavras.
76
CRITERIOS DE AVALIAÇÃO
O entendimento das ocorrências astronômicas como fenômeno da
natureza.
O reconhecimento das características básicas de diferenciação entre
as estrelas, planetas, satélites naturais, cometas asteróides, meteoro e meteoritos.
Compreensão dos movimentos de rotação e translação dos planetas
constituintes do sistema solar.
O conhecimento dos fundamentos teóricos da composição da água
presente no planeta terra.
O entendimento de formas de energia relacionadas ao ciclo de matéria
na natureza.
O reconhecimento dos níveis de organização celular
A compreensão da ocorrência de fenômenos metereológico e
catástrofes naturais e sua relação com seres vivos.
A compreensão da constituição do planeta terra, no que se refere á
atmosfera e crosta, solos, rochas, minerais, manto e núcleo.
Porém, a avaliação do processo ensino – aprendizagem, entendida como
questão metodológica de responsabilidade do professor é determinada pela
perspectiva de investigar para intervir.
Entretanto, a concepção de avaliação que permeia o currículo não pode ser
uma escolha somente do professor. A discussão sobre a avaliação deve envolver
equipe pedagógica da escola para que todos (direção, equipe pedagógica, pais,
alunos) assumam seus papéis e se concretize um trabalho pedagógico relevante
para a formação dos educandos.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Os instrumentos avaliativos utilizados serão: debates, seminários, produção
de texto, exposição de trabalhos tudo realizado com participação e trocas de idéias
entre professor e aluno. Será realizadas provas objetivas, dissertativas, descritivas.
77
REFERÊNCIAS
JAKIEVICIUS, Mônica; HERMANSON, Ana Paula. Ciências Naturais - ciências para o ensino Fundamental Paulo: IBEP, 2006. AUGUSTUS, Manuel global de ecologia. São Paulo, 1993. BOLD, Harold. O reino vegetal. São Paulo, Edgard Blucher /Edusp, 1972. SEED. Diretrizes Curriculares de Ciências para o ensino fundamental. Governo do Estado do Paraná.Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.
78
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE PARA O
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.
Apresentação
A arte atua como área de conhecimento apresentado relações entre cultura,
através de manifestações e bens materiais. A construção do conhecimento em arte
passa a ser compreendido como um elo entre o conteúdo do sujeito e a cultura em
diversas produções e manifestações artísticas.
No entanto o ensino da arte amplia os conhecimentos dos alunos através de
diversas representações artísticas como: teatro, música, pinturas, desenhos,
danças, além disso, o educando adquire percepção, ou seja, é através de suas
observações realizadas durante o cotidiano que ele poderá criar seus trabalhos e
assim mostrar seus conhecimentos e habilidades.
Através da arte o aluno pode expressar seus sentimentos e sensações,
fazendo dela uma forma para transformar seu mundo, visto que “1a arte é um
processo de humanização e o ser humano, como criador, produz novas maneiras de
ver e sentir, que são diferentes em cada momento histórico e em cada cultura”.
Utilizando-se dos conteúdos e teorias pretende-se definir um conceito sobre a
arte, defendendo a ideia de que existe uma essência, ou seja, propriedades
essenciais comuns a todas as obras de arte e que somente nela se encontram.
Segundo as DIRETRIZES, 2008 o ensino de Arte passa a se ocupar também
com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente
e em constante transformação deixando de estar alienada aos demais conteúdos e
disciplinas do Ensino Médio, o que vem somente a fortalecer e garantir o sucesso do
aprendizado do educando.
O ensino da Arte no ambiente escolar passou por importante marco histórico.
Desde o período colonial, através da educação jesuítica, ocorreu a primeira forma
registrada de arte na educação através de um trabalho de ensinamentos de artes e
1 DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA ARTE, 2008.
79
ofícios, perdurando aproximadamente 250 anos, influenciando na constituição da
matriz cultural brasileira.
Com a Reforma Pombalina os colégios jesuítas foram substituídos por
colégios-seminários, direcionando uma educação estritamente literária. Em 1808,
com a chegada da Família Real portuguesa veio também um grupo de artistas
franceses, fundando a Academia de Belas-Artes.
Nas primeiras décadas da República ocorreu a Semana de Arte Moderna de
1922, mo Teatro Municipal de São Paulo, um importante marco para a arte
brasileira. O sentido antropofágico do movimento era de devorar a estética europeia
e transformá-la em uma arte brasileira, valorizando a expressão singular do artista,
rompendo com os modos de representação realista.
O movimento modernista valorizava a cultura popular, pois entendia que desde o processo de colonização, a arte indígena, a arte medieval e renascentista europeia e a arte africana, cada qual com suas especificidades, constituíram a matriz da cultura popular brasileira (DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA ARTE, 2008).
A partir da década de 1960, as produções e movimentos artísticos se
intensificaram: nas artes plásticas, com as Bienais e os movimentos contrários a ela;
na música, com a Bossa Nova e os festivais; no teatro, com o Teatro Oficina e o
Teatro de Arena de Augusto Boal; e no cinema, com o Cinema Novo de Glauber
Rocha. Esses movimentos tiveram forte caráter ideológico, propunham uma nova
realidade social.
Passados longos anos de Ditadura Militar,o pais iniciou um processo de
redemocratização com a Constituição Federal de 1988, tendo como destaque a
Pedagogia histórico-crítica de Demerval Saviani e a teoria da Libertação de Paulo
Freire.
Após longas discussões elaborou-se os Parâmetros Curriculares Nacionais,
tornando-se os novos orientadores do ensino brasileiro.
Entre 2003 e 2006 foram realizadas diversas ações pelas Diretrizes
Curriculares da Educação do Paraná, com o intuito de valorizar o ensino de Arte, tais
como o estabelecimento de uma carga horária mínima de 2 e máxima de 4 aulas
semanais no Ensino Médio, retomada dos concursos públicos para professores,
habilitados na disciplina, elaboração e distribuição do Livro Didático Público de Arte,
80
aquisição de equipamentos e recursos tecnológicos (computador, TV, portal, canais
televisivos) e a diversificação das oportunidades de formação continuada com os
grupos de estudo autônomos e os simpósios e seus mini-cursos.
“O ensino de arte deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e passa a
se ocupar também com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade
construída historicamente e em constante transformação”2.
O planejamento do ensino de Arte se faz necessário a fim de se organizar os
conteúdos, conhecimentos teórico-metodológicos, abordando as teorias de arte mais
representativas na História, levando o educando a compreender as obras de arte,
possibilitando-lhes um novo olhar, um ouvir mais critico, um interpretar da realidade
além das aparências, com a criação de uma nova realidade, bem como a ampliação
das possibilidades de fruição e expressão artística.
A disciplina de arte tem por objetivo articular os aspectos teóricos e
metodológicos da disciplina, desenvolver no aluno o ato de contemplar a arte como
área de conhecimento, propiciando o desenvolvimento do pensamento artístico,
aprimorando os saberes culturais e estéticos, inserindo-os nas práticas de produção
e apreciação artística, levando o aluno a formar e aprimorar seu desempenho social.
2 DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA ARTE, 2008.
81
ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL
5° SÉRIE/6° ANO – ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
Nesta série o
trabalho é direcionado
para a estrutura e
organização da arte
em suas origens e
outros períodos
históricos; nas séries
seguintes, prossegue o
aprofundamento dos
conteúdos.
Percepção dos
elementos formais na
paisagem sonora e na
música. Audição de
diferentes ritmos e
escalas musicais.
Teoria da música.
Produção e
execução de
instrumentos rítmicos.
Prática coral e cânone
rítmico e melódico.
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
Compreensão
dos elementos que
estruturam e
organizam a
música e sua
relação com o
movimento
artístico no qual se
originaram.
Desenvolvimento
da formação dos
sentidos rítmicos e
de intervalos
melódicos e
harmônicos.
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas:
diatônica
pentatônica
cromática
Improvisação
Greco-Romana
Oriental
Ocidental
Africana
82
ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL
5° SÉRIE/6° ANO – ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
Nesta série o
trabalho é
direcionado para a
estrutura e
organização da arte
em suas origens e
outros períodos
históricos; nas
séries seguintes,
prossegue o
aprofundamento
dos conteúdos.
Estudo dos
elementos formais e
sua articulação com
os elementos de
composição e
movimentos e
períodos das artes
visuais.
Teoria das Artes
Visuais
Produção de
trabalhos de artes
visuais.
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
Compreensão
dos elementos que
estruturam e
organizam as artes
visuais e sua
relação com o
movimento
artístico no qual se
originaram.
Desenvolvimento
da formação dos
sentidos rítmicos e
de intervalos
melódicos e
harmônicos.
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Figurativa
Geométrica,
simetria
Técnicas:
Pintura,
escultura,
arquitetura...
Gêneros:
cenas da
mitologia...
Arte Greco-
Romana
Arte Oriental
Arte Africana
Arte Pré-
Histórica
83
ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL
5° SÉRIE/6° ANO – ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
Nesta série o
trabalho é direcionado
para a estrutura e
organização da arte
em suas origens e
outros períodos
históricos; nas séries
seguintes, prossegue
o aprofundamento dos
conteúdos.
Estudo das
estruturas teatrais:
personagem, ação
dramática e espaço
cênico e sua
articulação com
formas de composição
em movimentos e
períodos onde se
originaram.
Teoria do
Teatro.
Produção de
trabalhos com teatro.
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
compreensão
dos elementos que
estruturam e
organizam as artes
visuais e sua relação
com o movimento
artístico no qual se
originaram.
Desenvolvimento da
formação dos
sentidos rítmicos e
de intervalos
melódicos e
harmônicos.
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:
expressões
corporais,
vocais, gestuais
e faciais
Ação
Espaço
Enredo, roteiro.
Espaço Cênico,
adereços
Técnicas: jogos
teatrais, teatro
indireto e direto,
improvisação,
manipulação,
máscara...
Gênero: tragédia,
comédia e circo.
Greco-Romana
Teatro Oriental
Teatro Medieval
Renascimento
84
ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL
5° SÉRIE/6° ANO – ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
Nesta série
o trabalho é
direcionado para a
estrutura e
organização da arte
em suas origens e
outros períodos
históricos; nas
séries seguintes,
prossegue o
aprofundamento
dos conteúdos.
Estudo do
movimento corporal,
tempo, espaço e
sua articulação com
os elementos de
composição e
movimentos e
períodos da dança.
Teorias da
dança
Produção de
trabalhos com
dança utilizando
diferentes modos de
composição.
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
compreens
ão dos elementos
que estruturam e
organizam a dança
e sua relação com
o movimento
artístico no qual se
originaram.
Apropriaçã
o prática e teórica
de técnicas e
modos de
composição da
dança.
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento
corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Eixo
Ponto de apoio
Movimentos
articulares
Fluxo(livre e
interrompido)
Rápido e lento
Formação
Níveis(alto,
médio e baixo)
Deslocamento(
direto e indireto)
Dimensões(peq
ueno e grande)
Técnica:
Improvisação
Gênero:
Circular
Pré-história
Greco-Romana
Renascimento
Dança Clássica
85
ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL
6° SÉRIE/7° ANO – ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
Nesta série é
importante
relacionar o
conhecimento com
formas artísticas
populares e o
cotidiano do aluno.
Percepção dos
modos de fazer
música, através de
diferentes formas
musicais.
Teoria da música.
Produção de
trabalhos musicais
com características
populares e
composição de
sons da paisagem
sonora.
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
compreensão das
diferentes formas
musicais populares,
suas origens e
práticas
contemporâneas.
Apropriação prática
e teórica de
técnicas e modos
de composição
musical.
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas
Gêneros:
folclórico,
indígena,
popular e étnico
Técnicas: vocal,
instrumental e
mista
Improvisação
Música popular
e étnica
(ocidental e
oriental)
86
ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL
6° SÉRIE/7° ANO – ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
Nesta série é
importante
relacionar o
conhecimento com
formas artísticas
populares e o
cotidiano do aluno.
Percepção dos
modos de
estruturar e compor
as artes visuais na
cultura destes
povos.
Teoria das Artes
Visuais
Produção de
trabalhos de artes
visuais com
características da
cultura popular,
relacionando os
conteúdos com o
cotidiano do aluno.
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
compreensão das
diferentes formas
artísticas
populares, suas
origens e práticas
contemporâneas.
Apropriação prática
e teórica de
técnicas e modos
de composição
visual.
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Proporção
Tridimensional
Figura e fundo
Abstrata
Perspectiva
Técnicas:
Pintura,
escultura,
modelagem,
gravura...
Gêneros:
paisagem,
retrato,
natureza
morta...
Arte Indígena
Arte popular
Brasileira
Paranaense
Renascimento
Barroco
87
ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL
6° SÉRIE/7° ANO – ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
Nesta série é
importante
relacionar o
conhecimento com
formas artísticas
populares e o
cotidiano do aluno.
Percepção dos
modos de fazer
teatro, através de
diferentes espaços
disponíveis.
Teoria do Teatro.
Produção de
trabalhos com
teatro de arena, de
rua e indireto.
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
compreensão das
diferentes formas
de representação
presentes no
cotidiano, suas
origens e práticas
contemporâneas.
Apropriação prática
e teórica de
técnicas e modos
de composição
teatrais, presentes
no cotidiano.
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:
expressões
corporais,
vocais,
gestuais e
faciais
Ação
Espaço
Enredo, roteiro.
Espaço Cênico,
adereços
Técnicas: jogos
teatrais,
mímica,
improvisação,
formas
animadas...
Gênero: Rua e
arena,
caracterização
Comédia
dell'arte
Teatro Popular
Brasileiro e
Paranaense
Teatro Africano
88
ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL
6° SÉRIE/7° ANO – ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
Nesta série é
importante
relacionar o
conhecimento com
formas artísticas
populares e o
cotidiano do aluno.
Percepção dos
modos de fazer
dança, através de
diferentes espaços
onde é elaborada e
executada.
Teorias da dança
Produção de
trabalhos com
dança utilizando
diferentes modos
de composição
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
compreensão das
diferentes formas
de dança popular,
suas origens e
práticas
contemporâneas.
Apropriação prática
e teórica de
técnicas e modos
de composição da
dança.
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento
corporal
Tempo
Espaço
Ponto de apoio
Rotação
Coreografia
Salto e queda
Peso(leve e
pesado)
Fluxo(livre,
interrompido e
conduzido)
Lento, rápido e
moderado
Níveis (alto,
médio e baixo)
Formação
Direção
Gênero:
Folclórica,
popular e
étnica.
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
89
ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL
7° SÉRIE/8° ANO – ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
Nesta série o
trabalho poderá
enfocar o
significado da arte
na sociedade
contemporânea e
em outras
épocas,abordando
a mídia e os
recursos
tecnológicos na
arte.
Percepção dos
modos de fazer
música, através de
diferentes
mídias.(Cinema,
Vídeo, TV e
Computador)
Teoria sobre
música e indústria
cultural.
Produção de
trabalhos de
composição
musical utilizando
equipamentos e
recursos
tecnológicos.
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
compreensão das
diferentes formas
musicais no cinema
e nas mídias, sua
função social e
ideológica de
veiculação e
consumo.
Apropriação prática
e teórica das
tecnologias e
modos de
composição
musical nas mídias;
relacionadas à
produção,
divulgação e
consumo.
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Tonal, modal e
a fusão
deambos.
Técnicas: vocal,
instrumental e
mista
Indústria
Cultural
Eletrônica
Minimalista
Rap, Rock,
Tecno
90
ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL
7° SÉRIE/8° ANO – ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
Nesta série o
trabalho poderá
enfocar o
significado da arte
na sociedade
contemporânea e
em outras
épocas,abordando
a mídia e os
recursos
tecnológicos na
arte.
Percepção dos
modos de fazer
trabalhos com artes
visuais e mídias.
Teoria das Artes
Visuais e mídias.
Produção de
trabalhos de artes
visuais utilizando
equipamentos e
recursos
tecnológicos.
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
compreensão das
artes visuais em
diversos no cinema
e nas mídias, sua
função social e
ideológica de
veiculação e
consumo.
Apropriação prática
e teórica das
tecnologias e
modos de
composição das
artes visuais nas
mídias;
relacionadas à
produção,
divulgação e
consumo.
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Semelhanças
Contrastes
Ritmo visual
Estilização
Deformação
Técnicas:
desenho,
fotografia,
áudio-visual e
mista...
Indústria
Cultural
Arte no séc. XX
Arte
Contemporânea
91
ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL
7° SÉRIE/8° ANO – ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
Nesta
série o trabalho
poderá enfocar o
significado da arte
na sociedade
contemporânea e
em outras
épocas,abordando
a mídia e os
recursos
tecnológicos na
arte.
Percepção
dos modos de
fazer teatro,
através de
diferentes mídias.
Teorias da
representação no
Teatro e mídias.
Produção
de trabalhos de
representação
utilizando
equipamentos e
recursos
tecnológicos.
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
compreensão das
diferentes formas
de representação
no cinema e nas
mídias, sua função
social e ideológica
de veiculação e
consumo.
Apropriaçã
o prática e teórica
das tecnologias e
modos de
composição da
representação nas
mídias;
relacionadas à
produção,
divulgação e
consumo.
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:
expressões
corporais,
vocais,
gestuais e
faciais
Ação
Espaço
Representação
no cinema e
mídias
Texto dramático
Maquiagem
Sonoplastia
Roteiro
Técnicas: jogos
teatrais, sombra,
adaptação
cênica...
Indústria
Cultural
Realismo
Expressionism
o
Cinema Novo
92
ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL
7° SÉRIE/8° ANO – ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
Nesta série o
trabalho poderá
enfocar o
significado da arte
na sociedade
contemporânea e
em outras
épocas,abordando
a mídia e os
recursos
tecnológicos na
arte.
Percepção dos
modos de fazer
dança, através de
diferentes mídias.
Teorias da dança
de palco e em
diferentes mídias.
Produção de
trabalhos com
dança utilizando
equipamentos e
recursos
tecnológicos.
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
compreensão das
diferentes formas
de dança no
cinema , musicais e
nas mídias, sua
função social e
ideológica de
veiculação e
consumo.
Apropriação prática
e teórica das
tecnologias e
modos de
composição da
dança nas mídias;
relacionadas à
produção,
divulgação e
consumo.
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento
corporal
Tempo
Espaço
Giro
Rolamento
Saltos
Aceleração e
desaceleração
Direções
(frente, atrás,
direita e
esquerda)
Improvisação
Coreografia
Sonoplastia
Gênero:
indústria
cultural e
espetáculo
Hip Hop
Musicais
Expressionismo
Indústria
Cultural
Dança moderna
93
ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL
8° SÉRIE/9° ANO – ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
Nesta série, tendo
em vista o caráter
criativo da arte, a
ênfase é na arte
como ideologia e
fator de
transformação
social.
Percepção dos
modos de fazer
música e sua
função social.
Teorias da música.
Produção de
trabalhos com os
modos de
organização e
composição
musical, com
enfoque na música
engajada.
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
compreensão da
música como fator
de transformação
social.
Produção de
trabalhos musicais,
visando atuação do
sujeito em sua
realidade singular e
social.
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Técnicas: vocal,
instrumental e
mista
Gêneros:
popular,
folclórico e
étnico.
Música
Engajada
Música Popular
Brasileira.
Música
Contemporânea
94
ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL
8° SÉRIE/9° ANO – ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
Nesta série, tendo
em vista o caráter
criativo da arte, a
ênfase é na arte
como ideologia e
fator de
transformação
social.
Percepção dos
modos de fazer
música e sua
função social.
Teoria das Artes
Visuais.
Produção de
trabalhos com os
modos de
organização e
composição, como
fator de
transformação
social.
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
compreensão da
dimensão das Artes
Visuais enquanto
fator de
transformação
social.
Produção de
trabalhos, visando
atuação do sujeito
em sua realidade
singular e social.
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figura-fundo
Ritmo Visual
Técnica:
Pintura, grafitte,
performance...
Gêneros:
Paisagem
urbana, cenas
do cotidiano...
Realismo
Vanguardas
Muralismo e
Arte Latino-
Americana
Hip Hop
95
ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL
8° SÉRIE/9° ANO – ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
Nesta série, tendo
em vista o caráter
criativo da arte, a
ênfase é na arte
como ideologia e
fator de
transformação
social.
Percepção dos
modos de fazer
teatro e sua função
social.
Teoria do teatro.
Criação de
trabalhos com os
modos de
organização e
composição teatral
como fator de
transformação
social.
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
compreensão da
dimensão
ideológica presente
no teatro enquanto
fator de
transformação
social.
Criação de
trabalhos, teatrais,
visando atuação do
sujeito em sua
realidade singular e
social.
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:
expressões
corporais,
vocais,
gestuais e
faciais
Ação
Espaço
Técnicas:
monólogo,
jogos teatrais,
direção, ensaio,
teatro-fórum...
Dramaturgia
Cenografia
Sonoplastia
Iluminação
Figurino
Teatro
Engajado
Teatro do
oprimido
Teatro do
absurdo
Vanguardas
96
ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL
8° SÉRIE/9° ANO – ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
Nesta série, tendo
em vista o caráter
criativo da arte, a
ênfase é na arte
como ideologia e
fator de
transformação
social.
Percepção dos
modos de fazer
dança e sua função
social.
Teorias da dança.
Produção de
trabalhos com os
modos de
organização e
composição da
dança como fator
de transformação
social.
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
compreensão da
dimensão da dança
enquanto fator de
transformação
social.
Produção de
trabalhos com
dança , visando
atuação do sujeito
em sua realidade
singular e social.
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento
corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
ponto de apoio
Peso
Fluxo
Quedas
Saltos
Giros
Rolamento
Extensão (perto
e longe).
Coreografia
Deslocamento
Gênero:
Performance e
moderna
Vanguardas
Dança moderna
Dança
contemporânea
97
ARTE – ENSINO MÉDIO
ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Escalas
Modal, tonal e
fusão de ambos
Gêneros:
erudito,
clássico,
popular, étnico,
folclórico, pop...
Técnicas: vocal,
instrumental,
eletrônica,
informática e
mista
Improvisação.
Música Popular
Brasileira
Paranaense
Popular
Indústria
Cultural
Engajada
Vanguarda
Ocidental
Oriental
Africana
Latino-
americana
No Ensino Médio é
proposta uma
retomada dos
conteúdos do Ensino
Fundamental e
aprofundamento
destes e outros
conteúdos de acordo
com a experiência
escolar e cultural dos
alunos.
Percepção da
paisagem sonora
como constitutiva da
música
contemporânea
(popular e erudita),
dos modos de fazer
música e sua função
social.
Teoria da Música
Produção de
trabalhos com os
modos de
organização e
composição musical,
com enfoque na
música de diversas
culturas.
compreensão dos
elementos que
estruturam e
organizam a
música e sua
relação com a
sociedade
contemporânea.
Produção de
trabalhos
musicais, visando
atuação do sujeito
em sua realidade
singular e social.
Apropriação
prática e teórica
dos modos de
composição
musical das
diversas culturas e
mídias,
relacionadas à
produção,
divulgação e
consumo.
98
ENSINO MÉDIO
ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figura e fundo
Figurativo
Abstrato
Perspectiva
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Simetria
Deformação
Estilização
Técnica: Pintura,
desenho,
modelagem,
instalação,
performance,
fotografia,
gravura e
esculturas,
arquitetura,
história em
quadrinhos...
Gêneros:
Paisagem ,
natureza morta,
cenas do
cotidiano,
Histórica,
Religiosa, da
mitologia.
Arte Ocidental
Arte Oriental
Arte Africana
Arte Brasileira
Arte
Paranaense
Arte Popular
Arte de
Vanguarda
Indústria
Cultural
Arte
contemporânea
arte Latino-
Americana
No Ensino Médio é
proposta uma
retomada dos
conteúdos do Ensino
Fundamental e
aprofundamento
destes e outros
conteúdos de acordo
com a experiência
escolar e cultural dos
alunos.
Percepção dos
modos de fazer
trabalhos com artes
visuais nas
diferentes culturas e
mídias.
Teoria das Artes
visuais.
Produção de
trabalhos de artes
visuais com os
modos de
organização e
composição musical,
com enfoque nas
diversas culturas.
compreensão dos
elementos que
estruturam e
organizam as artes
visuais e sua
relação com a
sociedade
contemporânea.
Produção de
trabalhos de artes
visuais, visando
atuação do sujeito
em sua realidade
singular e social.
Apropriação
prática e teórica
dos modos de
composição das
artes visuais das
diversas culturas e
mídias,
relacionadas à
produção,
divulgação e
consumo.
99
ENSINO MÉDIO - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:
expressões
corporais,
vocais,
gestuais e
faciais
Ação
Espaço
Técnicas: jogos
teatrais, teatro
direto e indireto,
mímica, ensaio,
teatro-fórum
Roteiro
Encenação e
leitura dramática
Gêneros: tragédia
comédia, drama, e
épico
Dramaturgia
Representação
nas mídias
Caracterização
Cenografia
Sonoplastia,
figurino e
iluminação
Direção
Produção
Teatro Greco-
Romano
Teatro Medieval
Teatro Brasileiro
Teatro
Paranaense
Teatro Popular
Indústria Cultural
Teatro Engajado
Teatro Dialético
Teatro Essencial
Teatro do
oprimido
Teatro Pobre
Teatro de
Vanguarda
Teatro
Renascentista
Teatro Latino-
Americano
Teatro Realista
Teatro simbolista
No Ensino Médio é
proposta uma
retomada dos
conteúdos do Ensino
Fundamental e
aprofundamento destes
e outros conteúdos de
acordo com a
experiência escolar e
cultural dos alunos.
Estudo do
personagem, ação
dramática e do espaço
cênico e sua
articulação com os
elementos de
composição e
movimentos e períodos
do teatro.
Teorias do teatro.
Produção de trabalhos
com teatros em
diferentes espaços.
Percepção dos modos
de fazer teatro e sua
função social.
Produção de trabalhos
com os modos de
organização e
composição teatral
como fator de
transformação social.
compreensão dos
elementos que
estruturam e
organizam as artes
visuais e sua relação
com a sociedade
contemporânea.
Produção de
trabalhos de artes
visuais, visando
atuação do sujeito
em sua realidade
singular e social.
Apropriação prática
e teórica dos modos
de composição das
artes visuais das
diversas culturas e
mídias, relacionadas
à produção,
divulgação e
consumo.
100
ENSINO MÉDIO
ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Fluxo
Peso
Eixo
Salto e Queda
Giro
Rolamento
Movimentos
articulares
Lento, rápido e
moderado
Aceleração e
desaceleração
Níveis
Deslocamento
Direções
Planos
Improvisação
Coreografia
Gêneros:
Espetáculo,
indústria
cultural, étnica,
folclórica,
populares e
salão.
Pré-história
Greco-Romana
Medieval
Renascimento
Dança Clássica
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
Hip Hop
Indústria
Cultural
Dança moderna
Vanguardas
Dança
contemporânea.
No Ensino Médio é
proposta uma
retomada dos
conteúdos do Ensino
Fundamental e
aprofundamento
destes e outros
conteúdos de acordo
com a experiência
escolar e cultural dos
alunos.
Estudo do movimento
corporal,
tempo,espaço e sua
articulação com os
elementos de
composição e
movimentos e
períodos da dança.
Percepção dos
modos de fazer
dança , através de
diferentes espaços
onde é elaborada e
executada.
Teorias da dança.
Produção de
trabalhos de dança
compreensão
dos elementos
que estruturam e
organizam as
artes visuais e
sua relação com
a sociedade
contemporânea.
Produção de
trabalhos de
artes visuais,
visando atuação
do sujeito em sua
realidade singular
e social.
Apropriação
prática e teórica
dos modos de
composição das
artes visuais das
diversas culturas
e mídias,
relacionadas à
produção,
divulgação e
consumo.
101
utilizando
equipamentos e
recursos
tecnológicos.
Produção de
trabalhos com dança
utilizando diferentes
modos de
composição.
102
METODOLOGIA
No processo de ensino e aprendizagem de Arte, torna-se necessário que haja
o desenvolvimento da prática, entendida como a articulação entre os aspectos
teóricos e metodológicos. Pretende-se que os educandos possam criar formas
singulares de pensamento, aprender e expandir suas potencialidades.
A construção do conhecimento em arte se efetiva na inter-relação de saberes
que se concretiza na experimentação estética por meio da percepção, da análise, da
criação/ produção e da contextualização3.
O trabalho do professor estará alicerçado a uma infinidade de métodos a
serem aplicados em sala de aula, podendo ser através de aulas expositivas para
que o alunos possam adquirir um conhecimento histórico da arte, aulas práticas,
onde eles próprios poderão estar experimentando e aprendendo ainda mais através
de oficinas de música, dança e produção artística.
Nestas diretrizes propõe-se o ensino de Arte como fonte de humanização, o
que implica no trabalho com a totalidade das dimensões da arte, da parte do
artista,para a totalidade humana do espectador. Além disso é necessária a
unidade de abordagem dos conteúdos estruturantes, em um
encaminhamento metodológico orgânico, onde o conhecimento, as práticas
e a fruição artística estejam presentes em todos os momentos da prática
pedagógica, em todas as séries da Educação Básica (DIRETRIZES
CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA ARTE , 2008).
Educação Fiscal
Educação do Campo
Desafios educacionais contemporâneos
Educação ambiental, lei n°9795/99
História e cultura Afro brasileira, africana e indígena lei n° 10639/03 –
11645/08.
Enfrentamento a violência
3 DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DE ARTE, 2008.
103
Prevenção ao uso indevido de drogas
Sexualidade
Educação para o trânsito.
As leis acima citadas serão trabalhadas de forma contextualizadas em todos
os conteúdos pertinentes a disciplina de Arte, isso se dará por meio de seminários,
pesquisas, apresentações de trabalhos teóricos e práticos, utilizando as linguagens
do teatro, música, dança e artes visuais. Por exemplo a História e Cultura Afro
Brasileira, Africana e Indígena lei n° 10639/03 – 11645/08 serão trabalhadas dentro
do tema Arte Indígena e Arte Africana; já a Educação Ambiental, lei n°9795/99 e
Educação do Campo serão abordados quando o assunto for paisagem rural,
aproveitando a oportunidade para destacar os cuidados com meio ambiente e o
campo; e ainda aulas de desenhos de observação do meio ambiente; O
Enfrentamento a Violência, Prevenção ao uso indevido de drogas, Sexualidade e
Educação para o transito são temas que serão abordados ao estudarmos o
movimento Hip Hop, onde pode-se trabalhar esses assuntos de forma ampla, porque
um assunto complementa o outro, e ainda destaca-se as consequências do uso
indevido de drogas que leva o indivíduo a praticar e sofrer violência, tratar a
sexualidade de forma banal e inconsequente, e ainda causar e sofrer acidentes no
transito. Os Desafios educacionais contemporâneos serão abordados em conjunto
com a arte contemporânea, observando assim que a arte caminha junto com fatos e
acontecimentos globais. A Educação Fiscal será trabalhada como forma dos alunos
conhecerem seus direitos, e acompanharem tudo que acontece no país, desde o
simples fato de exigir nota fiscal até saber como funciona a justiça brasileira, o
Supremo Tribunal Federal, o legislativo, executivo, judiciário, tudo levando em
consideração a realidade do aluno.
A metodologia do ensino da arte deve contemplar três momentos da
organização pedagógica:
- Teorizar;
- Sentir e Perceber;
- Trabalho artístico.
104
AVALIAÇÃO
De acordo com a LDB (n° 9394/96), a avaliação deve ser compreendida como
forma de acompanhamento e aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem,
devendo ser contínua e cumulativa, incidindo em diferentes situações.
A avaliação em Arte deve ser diagnóstica e processual, diagnóstica por ser a
referência do professor para o planejamento das aulas e de avaliação dos alunos,
processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica.
A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários
vários instrumentos de verificação tais como:
- trabalhos artísticos individuais e em grupo;
- pesquisa bibliográfica e de campo;
- debates em forma de seminários e simpósios;
- provas teóricas e práticas.
- Registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio e áudio visual e outros
(DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA ARTE , 2008.).
É necessário aliar a contextualização histórica, a leitura de imagens e a
prática artística, podendo assim proporcionar um saber amplo e uma avaliação
completa.
RECURSOS DIDATICOS
O ensino de Arte deve estar pautado numa prática em que o ser humano
esteja em contato com a arte, produzindo arte, desenvolvendo trabalhos artísticos,
sentindo e percebendo as obras artísticas.
Visto que o objeto de trabalho do ensino de Arte é o conhecimento faz-se
necessário que o educador esteja utilizando-se dos mais variados recursos didático-
metodológicos através dos quais os alunos devem ter acesso às obras de Música,
Teatro, Dança e Artes Visuais, tais como: vídeos, DVD‟s, CD‟s, TV, obras de arte
para serem analisadas, entre tantos outros que se farão necessário no decorrer das
aulas e das práticas pedagógicas nelas existentes.
105
Portanto, adquirir o conhecimento em arte significa ir além dos seus próprios
conhecimentos, o que fará com que o aluno crie possibilidades e situações em que
eles serão os atores e autores das obras de arte deixando de estar limitado apenas
aos materiais que o professor oferece, mas sim superando os limites de sala de aula
e buscando materiais alternativos na própria natureza ou em seu próprio ambiente
social ou familiar.
106
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA BARBOSA, Ana Mae. Proposta Triangular do Ensino da Arte. São Paulo: Ática, 1999. BOSI. Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991. DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA ARTE , 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares estaduais.2008.http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/livro_e_diretrizes/diretrizes_artes_2008.pdf. Acessado em 04/03/2009 às 8:58hs
107
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA PARA
O ENSINO MÉDIO.
Apresentação
A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno Vida. Ao
longo da História da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre este
fenômeno, numa tentativa de explicá-la e ao mesmo tempo, compreendê-la.
Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das
diferentes concepções sobre o fenômeno Vida e suas implicações no ensino,
buscou-se na história da ciência o contexto histórico nos quais as influências
religiosas, econômicas, políticas e sociais impulsionam essa construção.
A História da ciência mostra que tentativas de definir a vida têm origem na
antiguidade com ideias que contribuíram para o desenvolvimento da biologia.
Aristóteles deixa contribuições na organização dos seres vivos, com
interpretações e explicações para a compreensão da natureza. A concepção
teocêntrica considerava que tudo não podia ser explicada, visto ou reproduzido,
havia uma razão divina Deus era o responsável (RAW 2002 p 13).
Nos séculos IX e X surgiram as primeiras Universidades medievais, onde os
conhecimentos foram sistematizados e discutidos de maneira distinta dos centros
religiosos. Então os conceitos sobre o ser humano passaram à primeiro plano
iniciando uma nova perspectiva para a explicação dos fenômenos naturais .
O período da renascença foi marcado pelo confronto de ideias, onde os
naturalistas utilizaram o pensamento matemático para interpretar a ordem mecânica
da natureza, os botânicos realizavam seus estudos sob o enfoque descritivo. Na
zoologia houve o desenvolvimento da descrição dos animais a partir de 1800 através
das técnicas de animais surgindo novos conhecimentos biológicos, como a
classificação dos seres vivos.
O sistema descritivo possibilitou a organização da biologia pela comparação
das espécies coletadas em diversos locais, refletindo a atitude contemplativa e
interessada em retratar a beleza natural, com a exploração empírica da natureza.
108
Em meio as contradições desse período histórico o filósofo Francis
Bacon(1561-1626) contribui para uma nova visão de ciência, recuperando o domínio
do ser humano sobre natureza, introduzindo ideias sobre a prática do conhecimento
com o propósito de investigação, contrapondo-se a filosofia aristotélica.
Nesse mesmo período o filosofo francês René Descartes(1596-1650)
contrapõe-se ao pensamento baconiano considerando que “[...]o domínio e a
compreensão do mundo requerem a aceitação de um poder especial na mente que
assegurava a verdade; a razão humana[...](Feijó, 2003, p. 20).
Evidências sobre a extinção de espécies a teoria da evolução em confronto
com as ideias anteriores. A ideia de mundo estático, que não admite a evolução
biológica, cada vez mais foi confrontada.
A mutação das espécies ao longo do tempo foram apresentadas por Erasmus
Darwin (1731-1802) ...acreditava na herança de características adquiridas.
Lamarck considerava a classificação importante, porém artificial, por acreditar
na existência de uma “sequência natural” para origem de todos as criaturas vivas e
que elas mudavam guiadas pelo ambiente (Ronan, 1987, p. 09)
Lamarck adepto da teoria da geração espontânea, estabeleceu o conceito de
sistema evolutivo em constante mudança, formas de vida inferiores surgem
continuamente a partir da matéria inanimada e progridem em direção a uma maior
complexidade, controlada pelo ambiente.
No inicio do século XIX Charles Darwin (1809-1882) apresentou suas ideias
sobre a evolução das espécies com a concepção teológica criacionista, compreendia
as espécies como imutáveis desde sua criação, com a reorganização das espécies,
inclusive a humana.
Para considerar sua teoria sobre a origem das espécies por meio da seleção
natural na luta pela vida, as evidências evolutivas foram consideradas provas e
suporte de suas concepções “o registro dos fósseis, a distribuição geográfica das
espécies, anatomia e embriologia comparadas e a modificação de organismos
domesticados.
Darwin analisou as evidências evolutivas um método é a analise da estrutura
anatômica e fisiológica de membros anteriores de animais vertebrados,
109
considerando suas semelhanças, indicando a hipótese de que eles descendem de
um mesmo ancestral.
As leis que regulam a hereditariedade foi proposta por Gregor Mendel (1822-
1884), monge agostiniano defendia a herança por misturas, nas quais patrimônios
heterogêneos dariam origem a homogeneidade entre indivíduos de uma mesma
espécies, o que reforçam o fixismo.
Em 1865 Mendel apresentou sua pesquisa sobre a transmissão de
características entre os seres vivos, realizou diversos cruzamentos utilizando
diferentes organismos.
No século XIX, a com progressos com a teoria celular, a partir de descrições
de alemães Matthias Schleiden (1804-1881), em 1838,e Theodor Schwann (1810-
1882), em 1839, afirmarem que todas as coisas vivas animais e vegetais eram
composta por células.
No século XX a construção de um modelo explicativo dos mecanismos
evolutivos, vinculados ao material genético com influências do pensamento biológico
evolutivo.
Em meados da década de 70 o pensamento cientifico passou a utilizar
diferentes formas de abordar a realidade objetiva com a necessidade de rever o
método científico, exigiu modificações do método Mayr (1998) afirma que ha
necessidade de entendimento de sistemas biológicos e fisiológicos .
A biologia ampliou com a biologia molecular, considerada por Mayr(1998) o
centro dos interesses biológicos na atualidade, com avanços na bioquímica , na
biofísica permitindo as inovações tecnológica conhecendo a estrutura e funções dos
cromossomos, manipulação genética modificando a estrutura físico-química dos
seres vivos.
O ensino de Biologia contribui para ampliar o entendimento que o indivíduo
tem da sua própria organização biológica, do lugar que ocupa na natureza, na
sociedade, na diversidade étnica – cultural e das possibilidades de interferir na
dinamicidade dos mesmos, através de uma ação mais coletiva, visando à melhoria
da qualidade de vida.
Os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino Médio
não resultam da apreensão contemplativa da natureza em si, mas dos modelos
110
teóricos elaborados pelo ser humano – seus paradigmas teóricos -, que evidenciam
o esforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais.
Compreende-se como “alfabetizado”, em Biologia, o que é reafirmado por
KRASILCHICK (1991, p. 3), aquele indivíduo que é capaz de:
a) entender a natureza da Biologia como ciência, suas possibilidades e
limitações;
b) distinguir ciência de tecnologia, compreendendo as especificidades de
cada uma delas;
c) compreender as características da Biologia como instituição social, as
relações entre pesquisa e desenvolvimento e, as limitações sociais do
desenvolvimento científico;
d) conhecer os conceitos básicos e a linguagem da ciência biológica;
e) interpretar dados numéricos e informações técnicas e tecnológicas; saber
onde e como buscar a informação e os conhecimentos biológicos.
Oportunizar ao educando uma maior aplicação dos conhecimentos dessa
área, no seu cotidiano. Isso implica em buscar estratégias e metodologias para que
este ensino supere a fragmentação, a memorização de nomenclaturas técnicas e o
agregado de informações desconexas, desvinculados da realidade do aluno.
A incursão pela história e filosofia da ciência permite identificar a concepção
de ciência presente nas relações sociais de cada momento histórico, bem como as
interferências que tal concepção sofre e provoca no processo de construção de
conceitos sobre o fenômeno VIDA, reafirmado como objeto de estudo da Biologia.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
- Organização dos Seres
vivos
- Biodiversidade
- Classificação dos seres vivos: critérios
taxonômicos e filogenéticos
-Sistemas biológicos: anatomia, morfologia
e fisiologia
- Mecanismos de desenvolvimento embriológico
111
- Mecanismos Biológicos
- Manipulação genética
- Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos
-Teorias evolutivas
- Transmissão das características hereditárias
- Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os
seres vivos e interdependência com o ambiente
- Organismos geneticamente modificados.
Metodologia
Os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino Médio
não resultam da apreensão contemplativa da natureza em si, mas dos modelos
teóricos elaborados pelo ser humano – seus paradigmas teóricos -, que evidenciam
o esforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais.
Em meio às essas necessidades humanas, a ciência visa encontrar
explicações sobre os fatos. A crítica atenta às explicações sobre este pode
demarcar momentos de conflitos entre as explicações e outras que se fortalecem a
partir de filiações conceituais diversas. Estas indagações acerca da própria ciência
demarcam saltos qualitativos do conhecimento científico, fortalecendo a concepção
de uma ciência que nasce da luta contra o obscurantismo e a superação do senso
comum, em que a história da ciência deve ser tão critica quanto a própria ciência
(ASTOLFI e DEVELAY,1991;LOVO, 2000).
A partir da noção de obstáculo epistemológico desenvolvida por Gaston
Bachelard, é possível afirmar que “conhecemos contra um conhecimento anterior,
destruindo conhecimentos [...] aquilo que no próprio espírito constitui um obstáculo à
espiritualização” Para o autor, não se parte do zero para ampliar o conhecimento.
”Nada é natural. Nada é dado. Tudo é construído” (BACHELARD, 1971).
Como construção, o conhecimento é sempre um processo inacabado. Assim,
a uma ideia atribui-se o valor quando ela pode ser frequentemente usada como
resposta a questão postas. Essa ideia, entretanto, se mantida de maneira a impedir
novas questões formativas, pode constituir um obstáculo ao desenvolvimento do
conhecimento científico bem como à aprendizagem científica. No processo de
112
ensino aprendizagem, quando uma resposta se põe a priori, impedindo que o aluno
exponha suas hipóteses, sua formulação de resposta à questão, também podemos
considerá-la como um obstáculo á aprendizagem.
Como elemento da construção científica, a biologia deve ser entendida como
processo de construção do próprio desenvolvimento humano (ANDERY,1998).O
avanço da biologia, é determinado pelas necessidades materiais do ser humano
com vista ao deu desenvolvimento, em cada momento histórico. O ser humano sofre
a influência das exigências do meio social e das ingerências econômica dele
decorrente, ao esmo tempo em que nelas interfere. Desse modo, a mística que
envolve o “acaso da descoberta” e “O cientista genial” na pesquisa, e “O cientista em
miniatura”, na escola, deve ser superado (FREIRE-MAIA,1990).
A busca por entender os fenômenos naturais e a explicação racional da
natureza levou o ser humano a propor concepções de mundo e interpretações que
influenciam e são influenciadas pelo processo histórico da própria humanidade.
A Biologia deve prever a abordagem da cultura e história afro- brasileira Lei
nº.10 639/03 e indígena Lei nº.11 645/08 que será repassada aos alunos através de
músicas, entrevistas, relatórios, passeios, filmes e pesquisas sobre a cultura e os
destaques dos mesmos na sociedade, tendo como objetivo combater o racismo
existente no contexto escolar e na sociedade.
Nas aulas de Biologia deve-se orientar os alunos através de leituras, textos
diversificados, debates, filmes, teatros, com o objetivo principal da conscientização
de preservar a fauna, respeitando a Lei Estadual do Paraná nº. 14.037, de 20 de
março de 2003, que instituiu o código estadual de proteção aos animais, onde é
proibido maltratar, humilhar, explorar a todo e qualquer animal seja este doméstico,
selvagem ou de laboratório e a flora segundo a Lei de:
Biossegurança: esta lei estabelece normas de segurança e mecanismo
de fiscalização sobre a construção, o cultivo, a manipulação, o transporte, a
transferência, a exportação, o armazenamento, a pesquisa, a comercialização, o
consumo, a liberação no meio ambiente e o descarte de organismo geneticamente
modificado – OGM e seus derivados, tendo como diretrizes à vida e à saúde
humana, animal e vegetal, e a observância do princípio da precaução para a
proteção do meio ambiente.
113
Política Nacional da Biodiversidade: Por ser um país detentor de uma
das maiores riquezas biológicas do planeta, o Brasil tem a responsabilidade de criar
as condições necessárias para a promoção do desenvolvimento em harmonia com a
conservação e a utilização sustentável dos recursos biológicos.
Resoluções do Conama/MMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente);
Para promover um aprendizado ativo especialmente em biologia , é
importante que os conteúdos se apresentem em formas de problemas a serem
resolvidos com os alunos.
É preciso, portanto, selecionar conteúdos e escolher metodologias coerentes
com nossas intenções educativas. Incluem-se a compreensão da natureza o qual o
ser humano depende, interage e interfere; A biodiversidade, onde se compreende a
variação e a proteção da espécie, podendo trabalhar a organização dos seres vivos
e sua evolução; realizar estudo do mecanismo biológico desses seres conhecendo
seu corpo como um todo, que confere a célula as condições dos sistemas do ser
vivo e por último aprofundar um estudo sobre manipulação genética e DNA
conhecendo os mecanismos hereditários e características específicas dos seres
vivos , sendo útil a atualidade e a indústria onde se produz medicamentos , vacinas
e hormônios.
A Educação Fiscal será enfocada através de atividades em sala de aula como
leitura de textos informativos, debates, pesquisas, palestras e noticiários, tendo
como objetivo a conscientização do educando em relação à sua participação na
sociedade, tornando-se um cidadão consciente de seus direitos e deveres, atuando
criticamente na sociedade.
AVALIAÇÃO
No cotidiano escolar, a avaliação é parte do trabalho dos professores. Tem
por objetivo proporcionar-lhes subsídios para as decisões a serem tomadas a
respeito do processo educativo que envolve educador e educando no acesso ao
conhecimento.
A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para que a compreensão das
dificuldades na aprendizagem se caracterize e a escola se faça mais próxima da
114
comunidade e da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço
onde os alunos estão inseridos.
A aprendizagem se dá de forma gradativa, pois o aluno vai elaborando os
conhecimentos que recebe de modo que estes se interligam e, no processo,
apresentam-se os outros desafios, que dão continuidade a essa dinâmica, abrindo a
possibilidade de aquisição de novos conhecimentos e conceitos.
Devido a isso, é preciso manter a adequação da avaliação inerte à natureza
da aprendizagem, assim é necessário avaliar os procedimentos que o aluno adotou
até chegar ao resultado. Dessa forma, é possível identificar os avanços e as
dificuldades, perambulando o acompanhamento da construção do conhecimento
pelo aluno.
É imprescindível definir critérios para esse acompanhamento e utilizar
diferentes formas de avaliação no processo de assimilação de conhecimentos, bem
como o desenvolvimento de habilidades intelectuais, hábitos e posturas.
Além das alternativas costumeiras de avaliação no conjunto das disciplinas,
como questões objetivas e subjetivas, testes, devem-se enfatizar as avaliações que
desenvolvem e façam perceber nos alunos as habilidades tipicamente ligadas à área
do conhecimento: a biodiversidade os reinos mais simples os mais complexos, os
sentidos, a reprodução, as células, etc.
É utilizado para essa adequação várias técnicas como: apresentações de
trabalhos escritos e orais, avaliação diária feita através da observação do
comportamento e participação do aluno e do conteúdo repassado a este; relatórios
elaborados após uma atividade dinâmica como passeios, filmes, entrevistas dentro e
fora do colégio considerando temas relativos a disciplina e propiciando ao aluno
interação com a comunidade em que vive, trabalhando também a criatividade do
aluno onde este elabora histórias em quadrinhos e textos sobre o tema trabalhado
no bimestre.
Também se utiliza como método avaliativo palestra sobre temas como:
sexualidade, meio ambiente, saúde e trânsito. Considerando que o aluno deve estar
ciente dos riscos e benefícios das escolhas a serem tomadas na vida, propondo a
este uma informação que lhe será muito útil na sociedade. E com isso pode elaborar
115
feiras culturais, cientificas e informativas para a comunidade em geral onde se é
avaliado o desempenho e participação do aluno.
Esta é uma forma de acompanhar o desenvolvimento intelectual de diversos
aspectos da realidade, na elaboração de novos modelos e sugestões para o
enfrentamento dos desafios, ao mesmo tempo em que se estimula sua consciência
social e seu respeito às diferenças ambientais e aos avanços tecnológicos.
116
BIBLIOGRAFIA
Duarte, Valdir P. Escolas Públicas do Campo: Problemáticas e perspectivas: um estudo a partir do projeto vida na Roça. Biologia/ vários autores – Curitiba SEED- PR, 2006. Fonseca, Albino. Bilogia. São Paulo: 2002 Lopes, Sônia. Rosso Sérgio. Bilogia. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005. Marczwski, M.; Vélez, E, Ciências Biológicas. São Paulo: FDT S.A, 1999. Silva Júnior, César da; Sasson, Sezar. Biologia César e Sezar. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2000 Paulino, W.R Biologia Paulino. 8ª ed. São Paulo: Ática, 2003. Positivo: Harmonia do Universo. Curitiba: Posigraf S/A, 2003 Projeto Político Pedagógico da Escola. SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Biologia. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação, 2008. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BASICA. Ciências da Natureza, matemática e suas tecnologias. Secretaria de Educação Básica – Brasília: Ministério da educação, 2006. 135 p. (Orientações curriculares para o ensino médio; volume 2). SILVA JÚNIOR, César da. Biologia vol. 1, 1ª série. As características da vida, biologia celular, vírus: entre moléculas e células, a origem da vida e histologia animal. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2005. SILVA JÚNIOR, César da. Biologia vol. 2, 2ª série. Seres Vivos: estrutura e função. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2005. SILVA JÚNIOR, César da. Biologia vol. 3, 3ª série. Genética, evolução e ecologia. 7ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2005. Http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/arquivios/file/livro_e_diretrizes_biologia_2008.pdf. Acessado em 04/03/2009 às 10:00 hs.
117
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LINGUA
ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO.
Apresentação
Historicamente o ensino de línguas estrangeiras no Brasil sofreram
constantes mudanças durante todos esses anos. Com o objetivo de melhorar as
relações comerciais. D. João IV, em 1809 assinou um decreto tornando obrigatório o
ensino de língua estrangeira moderna, oferecendo inglês e francês. A partir daí o
ensino de inglês e francês foi valorizado.
Desde o final do século XIX e, principalmente, a partir do início do século XX,
devido a um conjunto de fatores que marcaram a história da Europa como o
aumento populacional, a falta de emprego e de terras agricultáveis, períodos de
guerras e pós-guerra e perseguições étnicas, muitos europeus passaram a creditar
esperanças de melhoria na qualidade de vida ao Brasil. Eles foram motivados
também pela propaganda do governo brasileiro na Europa, que buscava ampliar as
possibilidades de mão-de-obra do país devido ao fim da escravidão.
Em grande parte do território brasileiro foram criadas as colônias de
imigrantes. No sul do país, particularmente no Paraná, as colônias maiores foram as
de imigrantes italianos, alemães, ucranianos, russos, poloneses e japoneses. Para
preservar suas culturas, muitos colonos se organizaram para construir e manter as
escolas dos filhos.
Na década de 1970 o governo militar tornou o ensino de LEM como um
instrumento das classes mais favorecidas para manter privilégios, pois a maioria dos
alunos da escola pública não tinha acesso a esse conhecimento.
Em 1976, o ensino da língua se tornou novamente obrigatória somente no 2º
grau desde que a escola tivesse condições de oferecê-la.
Em 1996,a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394
determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna no
Ensino Fundamental, partir da quinta série, e a escolha do idioma foi atribuído na
comunidade escolar.
118
Em 5 de agosto de 2005, foi criada a lei nº 11,161, que tornou obrigatória a
oferta de Língua Espanhola nos estabelecimentos do ensino médio, porém a oferta
dessa disciplina é facultativa para o aluno. O objetivo desse idioma é melhorar as
relações entre países do MERCOSUL.
A aprendizagem de uma língua estrangeira, juntamente com a língua
materna, é um direito de todo cidadão, sendo assim a escola não pode mais se
omitir em relação a essa aprendizagem.
Aprender uma língua estrangeira é sem dúvida um empreendimento que
permitirá e conduzirá os nossos alunos a entrarem em contato com pessoas de
diferentes nacionalidades não só por meio de viagens, mas usando os nossos
recursos tecnológicos como chats e e-mails. Abrirá novos horizontes de
conhecimentos através de leituras de textos técnicos, ( manuais de informações),
jornais e revistas internacionais com, textos atuais, tornando cidadãos críticos e
participativos. A valorização da Língua Estrangeira Moderna nos tempos atuais é de
suma importância, pois ela tornou-se universal.
Segundo Jordão (2004a, p.164) aprender uma língua estrangeira (...) eu
adquiro procedimento de construção de significados diferentes daqueles disponíveis
na minha língua (e cultura) materna; eu aprendo que há outros dispositivos, além
daqueles que me apresenta a língua materna; para construir sentidos, que há outras
possibilidades de construção do mundo diferentes daquelas a que o conhecimento
de uma língua me possibilitaria.
O envolvimento do aluno no uso de uma língua diferente o ajuda a aumentar
sua auto percepção como ser humano e cidadão, pois ao entender o outro e sua
alteridade, pela aprendizagem de uma língua estrangeira, o aluno aprende mais
sobre si mesmo e sobre um mundo plural, marcado por valores culturais diferentes e
maneiras diversas de organização política e social.
A língua estrangeira moderna se apresenta como espaço de construção
discursiva, de produção de sentido indissociável dos contextos em que ela adquire
sua materialidade, inseparável das comunidades interpretativas que a constroem e
são construídas por ela. A língua assim, deixa de lado sua suposta neutralidade e
transparência para adquirir uma carga ideológica intensa e passa a ser vista como
119
um fenômeno carregado de significados culturalmente marcados (sendo priorizada
como elemento discursivo e não estrutural).
O processo de ensino- aprendizagem deverá possibilitar ao aluno um
envolvimento na construção discursiva e desenvolvimentos das quatro habilidades
(ouvir, escrever, falar, ler e também dar especial atenção à interação, podendo ser
considerada uma quinta e importante habilidade a ser trabalhada. É importante
garantir ao educando um experiência (percepção) singular de construção de
significados que poderão se ampliados quando se fizer necessário em sua vida
futura em sociedade e/ou comunidade escolar).
O propósito central da LEM é a formação para a cidadania. Nesse contexto
irrelevante os seguintes aspectos: a LEM e a inclusão social; a LEM e o
desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade; a LEM e o
reconhecimento da diversidade cultural; a LEM e o processo de construção de
identidades sociais transformadoras.
As atividades metodológicas a serem trabalhadas devem produzir
conhecimento de natureza cientifica.
A comunicação deve ser o primeiro passo para se conseguir definir
metodologia adequada, após amplo diagnostico da realidade escolar. O professor
deve propor atividades variadas, sejam elas coletivas ou individuais, sempre em
conjunto com os educandos. Devemos levar em consideração as diferenças
individuais, procurando sempre fazer um encaminhamento interdisciplinar (nesta
oportunidade deverá ser incorporado e trabalhado nas atividades cotidianas
escolares, os temas Sócio-Contemporâneos, e dentre estes, a Agenda 21 escolar e
educação do campo e cultura afro-brasileira e indígena).
O ensino de língua estrangeira deve ultrapassar as questões técnicas e
instrumentais e se centrar na educação, pois para que o aluno reflita e transforme a
realidade que se lhe apresenta, é preciso que entenda essa realidade, seus
processos sociais, políticos, econômicos, tecnológicos e culturais e inclusive,
perceba que esta realidade não é estática e nem definitiva, mas é inacabada, está
em constante movimento e transformação.
Neste sentido objetiva-se que o educando possa identificar no universo que o
cerca, as línguas estrangeiras que cooperam nos sistemas de comunicação,
120
percebendo-se como parte integrante de um mundo plurilíngue e compreendendo o
papel hegemônico que algumas línguas desempenham em determinado momento
histórico;
Vivencie experiência de comunicação humana, pelo uso de uma língua
estrangeira, no que se refere às novas maneiras de se expressar e de ver o mundo;
Reflita sobre os costumes ou maneiras de agir e interagir e as visões de seu
próprio mundo, possibilitando maior entendimento de um mundo plural e de seu
próprio papel como cidadão de seu país e do mundo.
Reconheça que o aprendizado de uma ou mais língua lhe possibilita o acesso
a bens culturais da humanidade construídos em outras partes do mundo;
Construa conhecimento sistêmico, sobre a organização textual e sobre como
e quando utilizar a linguagem nas situações de comunicação, tendo como base os
conhecimentos da língua materna;
Construa consciência linguística e consciência critica do uso que se faz da
língua estrangeira que está aprendendo;
Leia e valorize a leitura como fonte de informação e prazer, e utilizando-a
como meio de acesso ao mundo do trabalho e dos estudos avançados;
Utilize outras habilidade comunicativas de modo a poder atuar em situações
diversas;
Deve-se voltar à competência comunicativa para o uso efetivo da língua e não
apenas para o estudo da “ língua pela língua”, para a busca da interação e não
apenas da precisão, para autenticidade da língua e contextos, atendendo às
necessidades dos alunos no mundo real;
Aborde os problemas práticos que ocorrem numa comunidade heterogênea e
na qual os aspectos sócio-culturais são fundamentais;
Valorização dos estudos sobre pragmática, a ciência do uso da língua, que
analisa a linguagem a partir de seus usuários na prática linguística, e também as
condições que governam essa prática;
Integrar as quatro habilidades: ler, escrever, falar, compreender auditivamente
para que o aluno amplie seu conhecimento do mundo e seja capaz de interferir
criticamente na sociedade.
121
O trabalho com a língua estrangeira na escola não deve ser entendido apenas
como um instrumento para que o aluno tenha acesso a novas informações, mas
como uma nova possibilidade de ver e entender o mundo e de construir significados.
CONTEÚDOS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
5º Série/6º ano
Conteúdo Estruturante
Discurso como prática social
Conteúdos Básicos
Leitura
Identificação do tema, do texto
Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade
e intertextualidade do texto.
Linguagem não verbal
Oralidade
Variedades linguísticas
Intencionalidade do texto
Exemplos de pronúncias e do uso vocábulos da língua estudada em
diferentes países.
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição recursos
semânticos
Escrita
Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e
marcas linguísticas.
Clareza de idéias
Tema do texto
Finalidade do texto
Interlocutor
Análise linguística
Vocabulário
122
Acentuação
Pontuação e seus efeitos de sentido no texto
Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras
interrogativas, substantivos, preposições, verbos, concordância verbal e nominal e
outras categorias como elementos do texto.
Coesão e coerência
Sugestões de gêneros
Diário
Comercial de TV
Exposição oral (diálogo)
Poemas
Piada
História em quadrinho
Cultura Afro – Brasileira e Africana e a cultura indígena
Música
Avisos
Lista de compras
Cartaz
Textos midiáticos
Carta
Horóscopo
Fotos
Bilhetes
Quadrinhos
6º Série/ 7º ano
Conteúdo Estruturante
Discurso como prática social
Conteúdos Básicos
Leitura
Identificação do tema do texto.
123
Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade
e intertextualidade do texto.
Linguagem não verbal
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto
Repetição proposital de palavras
Oralidade
Variedades linguísticas.
Intencionalidade do texto
Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em
diferentes países.
Marcas linguística: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos.
Escrita
Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e
marcas linguísticas.
Clareza e idéias
Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.
Tema do texto
Finalidade do texto
Interlocutor
Análise linguística
Acentuação (espanhol)
Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras
interrogativas, advérbios, preposições, verbos, substantivos, substantivos contáveis
e incontáveis, concordância verbal e nominal e outras categorias como elemento do
texto.
Coesão e coerência
Pontuação e seus efeitos de sentido no texto
Vocabulário
Sugestões de Gêneros
Charges
124
Provérbios
Cartoon
Texto midiáticos
Tiras
Música
Narrativo
Música
Notícia
Entrevista
Cultura Afro-brasileira e africana e cultura indígena
7º Série/ 8º ano
Conteúdo Estruturante
Discurso como prática social
Conteúdos Baśicos
Leitura
Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.
Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade
e intertextualidade do texto.
Linguagem não verbal
Marcas linguísticas, coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto.
Repetição proposital de palavras
Oralidade
Variedades linguística
Intencionalidade do texto.
Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em
diferentes países.
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição e recursos
semânticos.
Escrita
125
Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e
marcas linguísticas.
Clareza de idéias
Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.
Tema do texto
Finalidade do texto
Interlocutor
Análise linguística
Coesão e coerência.
Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, verbos,
preposições, locuções adverbiais, palavras interrogativas, substantivos, substantivos
contáveis e incontáveis, questions tags, falsos cognatos, conjunções e outras
categorias como elementos do texto.
Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
Acentuação
Vocabulário
Sugestões de gêneros
Blog etc.
Textos Midiáticos
Cultura Afro-brasileira e Cultura Indígena
Reportagem
Sinopse de filme
Outdoor
Anúncios publicitário
Slogan
Reportagem
8º Série/ 9º ano
Conteúdo Estruturante
Discurso como prática social
Conteúdos Básicos
Leitura
126
Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.
Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade
e intertextualidade do texto.
Linguagem não verbal
Realização de leitura não linear dos diversos textos.
Oralidade
Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em
países diversos.
Intencionalidade do texto
Finalidade do texto oral
Variedades linguísticas.
Elementos extralinguísticos: entonação, pausa, gestos.
Escrita
Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e
marcas linguísticas.
Clareza de idéias
Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.
Análise linguística
Vocabulário
Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, verbos,
preposições, advérbios, locuções adverbiais, palavras interrogativas, substantivos,
substantivos contáveis e incontáveis, questions tags, falsos cognatos, conjunções e
outras categorias como elementos do texto.
Acentuação (espanhol)
Coesão e coerência
Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
Sugestões de gêneros
Depoimentos
Textos midiáticos
Reportagem oral e escrita
História de humor
Charges
127
Entrevistas
Depoimentos
Narrativas
Cultura Afro-brasileira e Africana e a Cultura Indígena
Imagens, etc.
METODOLOGIA
A comunicação deve ser o primeiro passo para se conseguir definir a
metodologia adequada, após amplo diagnóstico da realidade escolar. O Professor
deve propor atividades variadas, sejam elas coletivas ou individuais, sempre em
conjunto com os educandos.
Estes devem primordiar o uso de textos das mais variadas esferas sociais
(publicitária, jornalística, literária, etc) levando em conta o princípio da continuidade.
Devemos valorizar a cultura de nosso aluno, mas sempre possibilitando a própria
superação.
Devemos levar em consideração as diferenças individuais, procurando
sempre, fazer um encaminhamento interdisciplinar, incentivando o aluno a ir
reconhecendo e compreendendo as diversidades linguísticas e culturais, bem como
seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
O conteúdo programático a que se refere art. 26 da lei 11645/08 incluirá
diversos aspectos da história e da cultura a que se caracterizam a formação da
população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da
história da África e dos africanos, a luta dos negros e os povos indígenas no Brasil, a
cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade
nacional resgatando suas contribuições nas áreas social, econômica e política,
pertinentes à história do Brasil.
Dentre as atividades metodológicas deve-se considerar os recursos
tecnológicos , pensando sempre no amadurecimento do educando quanto à
utilização dos mesmos no ensino-aprendizagem e na construção do conhecimento
complementando que apesar de precisar dominar a tecnologia e se adaptar aos
tempos modernos precisamos preservar o meio ambiente conforme a lei 9.795/99
128
incorporando a dimensão ambiental na formação, especialização e atualização dos
educadores e educandos de todos os níveis e modalidades de ensino.
Para tal usaremos:
Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros.
Inferência de formações implícitas.
Utilização de materiais diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para
interpretação de textos.
Análise dos textos levando em consideração a complexidade dos
mesmos e as relações dialógicas.
Questões que levam o aluno a interpretar e compreender o texto. O
trabalho pedagógico com o texto trará uma problematização e a busca por sua
solução deverá despertar o interesse dos alunos para que desenvolvam uma prática
analítica e crítica, ampliem seus conhecimentos linguístico-culturais e percebam as
implicações sociais, históricas e ideológicas presentes num discurso no qual revele o
respeite às diferenças culturais, crenças e valores.
Leitura de textos diversos que permitam ampliar o domínio da língua.
Produção textual.
Revisão textual.
Reestrutura e reescrita textual.
Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir: de gêneros
selecionados para leitura ou escrita;- de textos produzidos pelos alunos;- das
dificuldades apresentadas pela turma.
Livros didáticos, dicionários, livros paradidáticos, vídeos, DVD, TV,
pendrive, computador, internet e filmes que fazem referência as leis 10.639/03 e
9.795/99.
Leitura de outros textos para a observação da intertextualidade.
Apresentação de pequenos textos produzidos pelos próprios alunos.
Atividades referentes aos dias do índio, consciência negra e meio
ambiente.
AVALIAÇÃO
129
A avaliação deve ser contínua , permanente , cumulativa, diagnóstica e
formativa.
A avaliação pelos grupos suscita o debate, a maior responsabilidade e
engajamento de seus participantes na solução mais efetiva dos problemas
existentes em sala de aula, pela maior socialização do processo ensino-
aprendizagem.
Pelo fato de tal processo ser uma relação da qual o professor e aluno
participem, ambos precisam ser avaliados e auto-avaliarem, uma vez que a
construção do saber é mediada pelo conjunto de todas as atividades desenvolvidas
em sala de aula, ou fora dela, individualmente ou em grupo.
A auto-avaliação permite ao aluno detectar seu próprio processo de
aprendizagem e deficiências, e ao professor, redimensionar sua ação educativa.
Atividades , tais como as que seguem, auxiliam na avaliação do processo
ensino aprendizagem da LEM:
Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção (formal e
informal);
Refletir e transformar o seu conhecimento, relacionando as novas
informações aos saberes já adquiridos;
Conhecer e ampliar o vocabulário;
Produzir textos atendendo as circunstâncias de produção propostas;
Realizar leitura compreensiva do texto, levando em consideração a sua
condição de produção;
Utilizar as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo;
Emitir opiniões a respeito do que leu;
Localizar informações explícitas no texto;
Estabelecer relações entre as partes do texto, identificando repetições
ou substituições;
Conhecer e utilizar a língua estudada como instrumento de acesso a
informações de outras culturas e de outros grupos sociais; Reconhecer as variantes
lexicais;
Ampliar, no indivíduo, o seu horizonte de expectativas;
130
Desenvolver a oralidade através da sua prática; Apresentar clareza nas
idéias;
Utilizar adequadamente recursos linguísticos, como o uso da
pontuação, como o uso da pontuação, como o uso do artigo, dos pronomes, etc...
Ampliar o léxico;
Diferenciar a linguagem formal da informal.
Os testes, tradicionais mecanismos de aprovação e reprovação, assumem um
novo direcionamento, transformando-se em exercícios de produção de linguagem.
Esta produção supõe a elaboração do conhecimento, a partir das funções realmente
trabalhadas em sala de aula. Os testes tornam-se, assim mais uma tarefa a ser
analisada e interpretada pelo professor, a fim de levantar hipótese sobre as causas
que induziram o aluno ao erro, criando assim estratégias para que ele as supere.
Ao aluno com alguma dificuldade na aquisição de conhecimentos será
oferecido a recuperação de conteúdos. A recuperação contínua e paralela será
realizada, no decorrer das aulas, por meio de orientação de estudos e atividades
diversificadas adequadas às dificuldades dos alunos.
O objetivo desta recuperação é dar condições ao aluno de estar em contato
com o conteúdo para possibilitar aprendizado dos conceitos, fatos e procedimentos
ensinados no bimestre.
Participarão desta modalidade os alunos que no decorrer do processo ensino-
aprendizagem não conseguir um rendimento significado/satisfatório ou ao aluno que
alcançar média menor que 6,0 (seis) na disciplina de LEM.
CONTEÚDOS PARA O ENSINO MÉDIO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS
Leitura
Linguagem não verbal.
Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.
131
Estética do texto.
Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade
e intertextualidade do texto.
Realização de leitura não linear dos diversos textos.
Finalidades do texto.
As particularidades do texto em registro formal e informal.
Oralidade
Intencionalidade do texto
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.
Variedades linguísticas.
Finalidade do texto oral.
Particularidade de pronúncias da língua estudada em diferentes países.
Escrita
Paragrafação.
Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.
Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais
e marcas linguísticas.
Clareza de ideias.
Análise linguística
Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
Função dos pronomes, artigos, adjetivos, numerais, preposições,
advérbios, locuções adverbiais, conjunções, verbos, palavras interrogativas,
substantivos, substantivos contáveis e incontáveis, falsos cognatos, discurso direto e
indireto, voz passiva, verbos modais, concordância verbal e nominal, orações
condicionais e outras categorias como elementos do texto.
Acentuação ( espanhol)
Coesão e coerência.
Sugestões de gêneros
Tiras
Charges
Piadas
Artigos de opinião
132
Provérbios
Classificados
Cultura Afro-brasileira e africana
Cultura Indígena
Fábulas
Resumo
Biografias
Textos midiáticos
Poemas
Debates
Cartas
Contos
Palestra
Reportagem
Lendas
Entrevistas
Crônica
Notícias
Horóscopo
Folhetos,etc.
METODOLOGIA
A comunicação deve ser o primeiro passo para se conseguir definir a
metodologia adequada, após amplo diagnóstico da realidade escolar. O Professor
deve propor atividades variadas, sejam elas coletivas ou individuais, sempre em
conjunto com os educandos.
Estes devem primordiar o uso de textos das mais variadas esferas sociais
(publicitária, jornalística, literária, etc) levando em conta o princípio da continuidade.
Devemos valorizar a cultura de nosso aluno, mas sempre possibilitando a própria
superação.
133
Devemos levar em consideração as diferenças individuais, procurando
sempre, fazer um encaminhamento interdisciplinar, incentivando o aluno a ir
reconhecendo e compreendendo as diversidades linguísticas e culturais, bem como
seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
O conteúdo programático a que se refere art. 26 da lei 11645/08 incluirá
diversos aspectos da história e da cultura a que se caracterizam a formação da
população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da
história da África e dos africanos, a luta dos negros e os povos indígenas no Brasil, a
cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade
nacional resgatando suas contribuições nas áreas social, econômica e política,
pertinentes à história do Brasil.
Dentre as atividades metodológicas deve-se considerar os recursos
tecnológicos , pensando sempre no amadurecimento do educando quanto à
utilização dos mesmos no ensino-aprendizagem e na construção do conhecimento
complementando que apesar de precisar dominar a tecnologia e se adaptar aos
tempos modernos precisamos preservar o meio ambiente conforme a lei 9.795/99
incorporando a dimensão ambiental na formação, especialização e atualização dos
educadores e educandos de todos os níveis e modalidades de ensino.
Para tal usaremos:
Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros.
Inferência de formações implícitas.
Utilização de materiais diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para
interpretação de textos.
Análise dos textos levando em consideração a complexidade dos
mesmos e as relações dialógicas.
Questões que levam o aluno a interpretar e compreender o texto. O
trabalho pedagógico com o texto trará uma problematização e a busca por sua
solução deverá despertar o interesse dos alunos para que desenvolvam uma prática
analítica e crítica, ampliem seus conhecimentos linguístico-culturais e percebam as
implicações sociais, históricas e ideológicas presentes num discurso no qual revele o
respeite às diferenças culturais, crenças e valores.
Leitura de textos diversos que permitam ampliar o domínio da língua.
134
Produção textual.
Revisão textual.
Reestrutura e reescrita textual.
Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir:- de gêneros
selecionados para leitura ou escrita;- de textos produzidos pelos alunos;- das
dificuldades apresentadas pela turma.
Livros didáticos, dicionários, livros paradidáticos, vídeos, DVD, TV,
pendrive, computador, internet e filmes que fazem referência as leis 10.639/03 e
9.795/99.
Leitura de outros textos para a observação da intertextualidade.
Apresentação de pequenos textos produzidos pelos próprios alunos.
Atividades referentes aos dias do índio, consciência negra e meio
ambiente.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser contínua , permanente , cumulativa, diagnóstica e
formativa.
A avaliação pelos grupos suscita o debate, a maior responsabilidade e
engajamento de seus participantes na solução mais efetiva dos problemas
existentes em sala de aula, pela maior socialização do processo ensino-
aprendizagem.
Pelo fato de tal processo ser uma relação da qual o professor e aluno
participem, ambos precisam ser avaliados e auto-avaliarem, uma vez que a
construção do saber é mediada pelo conjunto de todas as atividades desenvolvidas
em sala de aula, ou fora dela, individualmente ou em grupo.
A auto-avaliação permite ao aluno detectar seu próprio processo de
aprendizagem e deficiências, e ao professor, redimensionar sua ação educativa.
Atividades , tais como as que seguem, auxiliam na avaliação do processo
ensino aprendizagem da LEM:
Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção (formal e
informal);
135
Refletir e transformar o seu conhecimento, relacionando as novas
informações aos saberes já adquiridos;
Conhecer e ampliar o vocabulário;
Produzir textos atendendo as circunstâncias de produção propostas;
Realizar leitura compreensiva do texto, levando em consideração a sua
condição de produção;
Utilizar as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo;
Emitir opiniões a respeito do que leu;
Localizar informações explícitas no texto;
Estabelecer relações entre as partes do texto, identificando repetições
ou substituições;
Conhecer e utilizar a língua estudada como instrumento de acesso a
informações de outras culturas e de outros grupos sociais; Reconhecer as variantes
lexicais;
Ampliar, no indivíduo, o seu horizonte de expectativas;
Desenvolver a oralidade através da sua prática; Apresentar clareza nas
idéias;
Utilizar adequadamente recursos linguísticos, como o uso da
pontuação, como o uso da pontuação, como o uso do artigo, dos pronomes,etc...
Ampliar o léxico;
Diferenciar a linguagem formal da informal.
Os testes, tradicionais mecanismos de aprovação e reprovação, assumem um
novo direcionamento, transformando-se em exercícios de produção de linguagem.
Esta produção supõe a elaboração do conhecimento, a partir das funções realmente
trabalhadas em sala de aula. Os testes tornam-se, assim mais uma tarefa a ser
analisada e interpretada pelo professor, a fim de levantar hipótese sobre as causas
que induziram o aluno ao erro, criando assim estratégias para que ele as supere.
Ao aluno com alguma dificuldade na aquisição de conhecimentos será
oferecido a recuperação de conteúdos. A recuperação contínua e paralela será
realizada, no decorrer das aulas, por meio de orientação de estudos e atividades
diversificadas adequadas às dificuldades dos alunos.
136
O objetivo desta recuperação é dar condições ao aluno de estar em contato
com o conteúdo para possibilitar aprendizado dos conceitos, fatos e procedimentos
ensinados no bimestre.
Participarão desta modalidade os alunos que no decorrer do processo ensino-
aprendizagem não conseguir um rendimento significado/satisfatório ou ao aluno que
alcançar média menor que 6,0 (seis) na disciplina de LEM.
137
BIBLIOGRAFIA AZEVEDO, Dirce Guedes de, GOMES, Ayrton de Azevedo. Blow up. São Paulo: FTD, 2000. BRASIL. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná. Ensino Fundamental e Ensino Médio/ Língua Estrangeira Moderna. Brasil. Diretrizes Curriculares da Educação do Campo do Estado do Paraná. Brasil. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23 dez. 1996. COX, M.I.P.; ASSIS-PETERSON, A. A. O Professor de Inglês: entre a alienação e a emancipação. Linguagem & Ensino, v. 4, n.1, p. 11-36, 2001. FARACO, C. A. Português: Língua e Cultura – Manual do Professor. Curitiba: Base, 2005. FERRARI, Zuleica Águeda. Reform- 3. ed. São Paulo: Moderna, 2004. GIMENEZ, T. Competência Intercultural na Língua Inglesa. Disponível em : <http://www.uel.br/cch/nap/artigos/artigo05.htm>. Acesso em: 29 de maio de 2006. KLASSEN, Susana. Discovery. São Paulo: FTD, 2000. LIBERATO, Wilson Antônio. Compact English Book. São Paulo: FTD,1998. NADDEO, Maria Lúcia Marcante. English for Life. 1ª. Edição. Educação & Cia. Campinas: 2004. OXFORD ADVANCED LEARNER'S – Dictionary- New Edition PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação . Superintência de Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo Básico da Escola Pública do Paraná. Curitiba, 1990. ROCHA, Analuiza Machado. Take your Time. SILVA, Antônio de Siqueira e: BERTOLIN, Rafael. Compact Dynamic English. Editora Ibep: São Paulo. VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989a. VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989b.
138
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática da autonomia. 20. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001. LEFFA, V. J. O Ensino de Línguas Estrangeiras no Contexto Nacional. Contexturas, APLIESP, n. 4, p. 13-24, 1999. Disponível em <http://www.leffa.pro.br/oensle.htm> Acesso em: 04 de junho de 2005. RAMAL, Andrea Cecílis. Ler e Escrever na Cultura Digital http://www.revistaconecta.com/destaque/edicao04.htmConect@ - Revista on-line de Educação a Distância.> Acesso em 22 de4 junho de 2007.
139
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.
Apresentação
O objetivo de estudo da Geografia, é o espaço geográfico e este por sua vez
está em constante transformação, este mesmo espaço apresenta condições de vida
da sociedade humana e como esta se apropria do espaço criando suas estratégias
de sobrevivência.
O estudo da Geografia traz consigo um conhecimento histórico, desde os
primórdios o homem sempre buscou na natureza uma forma de organização. Para
os antigos, foi de suma importância analisar os fenômenos da natureza e como
estes se processavam, para eles tudo era vital, pois não haviam mapas,e nem
coordenadas geográficas, foi essencial conhecer os tipos de climas, as estações do
ano, os tipos de solos, a dinâmica do vento dos mares e assim sucessivamente.
Nos tempos antigos, os avanços em âmbito geográficos foram acontecendo
gradativamente à medida que o ser humano observa a natureza, e daí foram
surgindo outros saberes e se encaixando na habilidade do homem nas conquistas e
na elaboração dos saberes.
A partir da elaboração dos saberes foram surgindo vários outros
conhecimentos e questionamentos, sendo que uma das principais causas de
discussão eram sobre a esfericidade da terra, as ciências dos saberes foram
estudando as áreas já conquistadas, buscando sempre respostas a tais
questionamentos, de modo que os viajantes os pesquisadores sempre traziam algo
diferentes para descrever e representar o espaço, até então à filosofia e a ciência é
que estudavam os fatos ocorridos buscando sempre desvendar algo novo, e de
séculos em séculos foram surgindo respostas mais objetivas. Nos países mais
desenvolvidos em função do capitalismo eles apresentavam mais condições, o que
facilitava os estudos nos campos geográficos e estas informações foram
acrescentando conceitos mais solidificados, surgindo assim às escolas nacionais de
pensamento geográfico, primeiramente a alemã e a francesa, e tivemos então
alguns percussores tais como: Humboltt, Ritter e Vidal de La blache, onde cada um
140
expôs sua idéias em relação a sociedade, e natureza, surgindo assim uma
organização do espaço geográfico, e desta forma eles continuaram a estudar as
formas mais plausíveis do estudo ou seja foram separando os estudos geográficos
por etapas facilitando assim o conceito de espaço: sociedade e natureza.
Após o século XX e também após a Segunda Guerra Mundial, todo o sistema
de produção, todo o sistema capitalista sofreram grandes transformações em âmbito
político, econômico, social e cultural, surgindo assim uma nova concepção,
passando assim por várias reformulações em todo o campo geográfico, conforme as
mudanças foram surgindo, várias outras abordagens que necessitariam de novos
estudos, propondo assim uma análise mais crítica e menos informal. A geografia
passou a ser estudada em um primeiro momento como Estudos Sociais no Brasil,
visto que estudava os acontecimentos relacionados às guerras civis e militares, mais
a disciplina de Estudos Sociais, não estava interligada com os estudos geográficos o
que empobrecia os conteúdos, mas mesmo assim os Estudos Sociais perduram por
mais de uma década, nos anos 1980, aconteceram outros movimentos onde houve
a separação da disciplina de Estudos Sociais, a Geografia e a História voltaram a
ser estudada separadamente, mais tinham que respeitar certos pareceres.
Após o fim da ditadura militar houve uma renovação do pensamento
geográfico, e outras formas de interpretação, utilizando a “totalidade” como um todo,
isto é ir além daquilo que visível, e o espaço sempre deverá ser entendido como
formas que estão em constante transformação, ou seja, está sempre surgindo novos
elementos e novas tecnologias, interligadas a economia; a política, as relações
sociais, paisagem e a cultura, produzido e re-produzido pela sociedade humana, e a
geografia apresenta esse papel de norteador estimulando a análise e a reflexão,
tanto em períodos anteriores, atuais e posteriores.
As análises geográficas começam sempre pelo estudo do espaço geográfico
que é o objetivo de estudo de acordo com as DCEs, onde os geógrafos buscam
sempre métodos e pesquisas diferentes para proporcionar formas de pensar e agir
sobre o espaço, espaço esse produzido e aprimorado pela sociedade onde ocorre
uma inter-relação entre os sistemas de objetos e os sistemas de ações.
Para que posamos nortear os pensamentos geográficos devemos partir
sempre de algumas primícias que fazem de nós sujeitos ativos e participativos do
141
espaço estabelecendo assim uma relação sócio espacial, onde o sujeito pode
analisar os aspectos sociais, econômicos, culturais e políticos.
Sendo assim todos os estudos geográficos são muito importantes por que a
geografia procura integrar os elementos da paisagem física ou natural à presença
das sociedades humanas. Desse modo, pretende proporcionar uma melhor
compreensão do mundo em que vivemos. Compreensão necessária para a
formação de cidadãos plenos, que possa refletir sobre o mundo em que vive e que
tenha uma visão crítica do mundo e de suas incessantes modificações.
Estudar geografia é um modo de compreender o mundo em que vivemos,
para nos posicionarmos inteligentemente frente a este mundo, temos de conhecê-lo
bem, para nele vivermos de forma consciente e crítica, estas concepções devem
sempre ser consideradas para que haja assim uma formação de organização na
formação do educando.
Vários objetivos são essências para que possa compreender a geografia,
elementos esses ligados a paisagem, região, lugar, território, natureza e sociedade,
o texto apresentado pelas DCEs apresenta clareza em seus objetivos, uma vez que
identifica todos os elementos de forma clara e compreensiva, ressaltando todas as
abordagens técnicas e metodológicas passadas como essas relações são
importantes para que seja alcançado da melhor forma a compreensão e a
objetividade dos estudos geográficos, estudos esses que tratam das relações que
foram vinculadas entre diferentes visões.
A Geografia crítica - ou simplesmente Geocrítica - nasceu em meados da
década de 1970, inicialmente na França e posteriormente na Espanha, Itália, Brasil,
México, Alemanha, Suíça e inúmeros outros países.
Essa expressão, na origem, foi criada ou pelos menos identificada com a obra
A Geografia - isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra (de 1976), de Yves
Lacoste, e com a proposta da revista Hérodote (cujo primeiro número também foi
editado em 1976), que no início era uma revista de "geopolítica crítica" e também de
geografia, com especial ênfase na renovação do seu ensino em todos os níveis.
Pode-se dizer que os pressupostos básicos dessa "revolução" ou
reconstrução do saber geográfico eram a criticidade e o engajamento. Por criticidade
se entendia uma leitura do real -- isto é, do espaço geográfico -- que não omitisse as
142
suas tensões e contradições, que ajudasse enfim a esclarecer a espacialidade das
relações de poder e de dominação. E por engajamento se pensava numa geografia
não mais "neutra" e sim comprometida com a justiça social, com a correção das
desigualdades sócio-econômicas e das disparidades regionais. A produção
geográfica até então, dizia-se -- embora admitindo exceções: Réclus, Kropotkin e
outros -- , sempre tivera uma pretensão à neutralidade e costumava deixar de lado
os problemas sociais (e até mesmo os ambientais na medida em que, em grande
parte, eles são sociais), alegando que "não eram geográficos".
É lógico que essa nova maneira de encarar a geografia não surgiu do nada.
Ela se enraizou e floresceu num contexto de revisão de idéias e valores: o maio de
1968 na França, as lutas civis nos Estados Unidos, os reclames contra a guerra do
Vietnã, a eclosão e a expansão do movimento feminista, do ecologismo e da crise
do marxismo... E ela se alimentou de muito do que já havia sido feito anteriormente,
tanto por parte de alguns poucos geógrafos quanto por outras correntes de
pensamento que podem ser classificadas como críticas.
Desde o seu nascedouro, a Geografia crítica encetou um diálogo com a
Teoria crítica (isto é, com os pensadores da Escola de Frankfurt), com o anarquismo
(Réclus, Kropotkin), com Michel Foucault, com Marx e os marxismos (em particular
os não dogmáticos, tal como Gramsci, que foi um dos raros marxistas a valorizar a
questão territorial), com os pós-modernistas e inúmeros outras escolas de
pensamento inovadoras. Mas ela principalmente representou uma abertura para -- e
um entrelaçamento com -- os movimentos sociais: a luta pela ampliação dos direitos
civis e principalmente sociais, pela moradia, pelo acesso à terra ou à educação de
boa qualidade, pelo combate à pobreza, aos preconceitos de gênero, de
cultura/etnia e de orientação sexual, etc.
Quase ao mesmo tempo, embora alguns anos antes, surgia na Grã-Bretanha
e principalmente nos Estados Unidos a chamada Geografia radical, que significou
uma reação dos geógrafos anglo-saxônicos -- ou pelo menos de uma parte deles --
contra o excesso de quantitativismo, contra a denominada Geografia pragmática, ou
quantitativa, que predominou nesses países nos anos 1960 e na primeira metade da
década de 70. Também a Geografia radical reprochou a pretensa neutralidade da
tradição geográfica e, principalmente, o comprometimento implícito dessa Geografia
143
quantitativa com o poder instituído, com o Estado capitalista e com as grandes
empresas. Era preciso revirar a geografia, afirmava-se, usá-la a favor dos
dominados, dos oprimidos ou, como diríamos hoje, dos excluídos.
Da mesma forma que a Geografia crítica, a Geografia radical buscou
subsídios tanto nos movimentos populares e sociais quanto nas correntes radicais
de pensamento, em especial o marxismo. Neste ponto, ela diferiu um pouco da
Geografia crítica, pois esta desenvolveu-se de forma um pouco mais aberta e
pluralista, tendo maior convívio com outras correntes de pensamento e, inclusive,
demonstrando sérias restrições ao socialismo real e ao marxismo "oficial" ou
ortodoxo, o marxismo-leninismo. Além disso, a Geografia crítica sempre insistiu na
renovação escolar, na crítica à escola e à geografia tradicionais, na necessidade de
um novo ensino voltado para desenvolver no educando a criticidade, a inteligência
no sentido amplo do termo (ao invés de mera capacidade de memorização) e, no
final das contas, o senso de cidadania plena. Já a Geografia radical -- talvez pelo
fato de que a disciplina geografia foi excluída do currículo escolar das escolas
fundamentais e médias dos Estados Unidos durante mais de três décadas (nos anos
1990 ela voltou, inclusive revalorizada) -- pouco se preocupou com o ensino. O seu
grande adversário -- e portanto, o alvo a ser atingido -- era a Geografia pragmática e
não o tradicionalismo nas escolas fundamentais e médias e, por tabela, no ensino
universitário.
É sintomático o fato de que na última década do século XX, quando começou
a ocorrer um forte movimento de reconstrução do sistema escolar norte-americano
(suscitado em grande parte pela necessidade de concorrer no mercado
internacional, sob novas condições históricas, com a Europa, com o Japão e com
outras economias dinâmicas) e a sua abertura à revolução técnico-científica, à
globalização e inclusive aos direitos humanos, os educadores e geógrafos escolares
nesse país tiveram que buscar subsídios em outras sociedades -- na França, na
Alemanha, na Espanha e até mesmo no Brasil. Isso porque, nestes sistemas
nacionais de ensino, a disciplina geografia nunca chegou a ser completamente
eliminada e, além do mais, ocorreram aí nos anos 80 vigorosos movimentos de
renovação na geografia escolar, algo que os Estados Unidos não vivenciaram nesse
período.
144
Pouco a pouco, nas escolas elementares e médias norte-americanas vai se
tornando usual o ensino da geografia, inclusive com uma maior carga horária a partir
de mais ou menos 1994, que se preocupa com as relações de gênero
(homem/mulher), com a questão da orientação sexual, com novas formas de
preconceito étnico e cultural, com as desigualdades internacionais e inter-regionais,
com os problemas ambientais, etc., algo que para eles é novo em geografia (embora
venha sendo introduzido a um ritmo acelerado), mas que para nós já se tornou
relativamente banal desde os anos 1980.
Conteúdos Estruturantes
No que diz respeito a abordagem dos conteúdos estruturantes analisados que
estes devem ser subdivididos em conteúdos básicos e específicos, os quais tem
como função organizar tanto a proposta curricular desenvolvida no âmbito escolar
como nortear o plano de trabalho de cada professor dessa disciplina, considerando
sempre que o objetivo do estudo da geografia é o espaço geográfico, a função do
conteúdo estruturante é organizar os campos de estudo facilitando assim a
compreensão em todas as escalas geográficas, analisando assim as transformações
políticas, econômicas, sociais e culturais que foram marcando os períodos históricos.
De acordo com as DCEs os conteúdos estruturantes ficaram assim
estabelecidos. Dimensão Econômica do Espaço Geográfico, Dimensão Política do
Espaço Geográfico, Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico, Dimensão
Cultural e Demográfica do Espaço geográfico.
A Dimensão econômica do Espaço Geográfico: trata-se da transformação do
espaço geográfico, este conteúdo estruturante é uma forma de compreendermos
melhor o espaço em que vivemos e suas constantes mudanças através do mesmo
que verificamos os avanços tecnológicos, o crescimento das áreas industriais, das
áreas urbanas, comerciais e agropecuárias, enfim abrange todas as relações
sociedade natureza, onde o aluno deverá obter uma compreensão sócio histórica,
onde o mesmo deverá sempre refletir sobre as questões socioambientais, políticas,
econômicas e culturais, fazendo com que o mesmo analise que ele é um agente de
145
construção desse mesmo espaço e sendo assim a geografia deverá subsidiá-lo para
que ele que ele interfira de forma consciente.
Dimensão Política do Espaço Geográfico está ligada aos territórios e as
ligações de poder, as relações econômicas e também as sociais. Abrange como
todo o território foi constituído, sua fronteira, suas demarcações políticas enfim
trabalham as inter-relações entre todo o espaço geográfico e o poder nele
estabelecido, o desenvolvimento das superpotências mundiais e também as
organizações internacionais, os conflitos existentes e suas proporções em uma
configuração espacial.
A Dimensão Sócio Ambiental do Espaço Geográfico: este conteúdo
estruturante enfoca todos os impasses ambientais em todo o espaço geográfico de
forma geral, enfoca todas as transformações ambientais desde os tempos mais
antigos, até os dias atuais, demonstrando para nós muitas de suas dinâmicas devido
à ação humana, várias questões são abordadas dentro dessa dimensão tais como:
alteração climática, desmatamentos, recursos naturais, impactos socioambientais,
circulação de pessoas, poluição, buraco na camada de ozônio, efeito estufa, entre
outros.
A Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico: esta dimensão
abrange toda a história de transformação na abordagem cultural do espaço
geográfico, que foram passando de geração em geração que criam e recriam o
espaço geográfico e contribuem para o melhor entendimento de toda a circulação de
informações, mercadorias, dinheiro e pessoas.
Ensino Fundamental 5ª serie/6º ano
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos básicos
Dimensão
Econômica do Espaço
Geográfico
Dimensão Política
do Espaço Geográfico
Formação de transformação das paisagens
naturais e culturais.
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego de tecnologias de exploração e produção.
146
Dimensão Cultural
e Demográfica do Espaço
Geográfico
Dimensão
Socioambiental do
Espaço geográfico
A formação, localização, exploração e utilização
dos recursos naturais.
A distribuição espacial das atividades produtivas
e a (re) organização do espaço geográfico.
As relações entre campo e a cidade na
sociedade capitalista.
A transformação demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores estatísticos da população.
A mobilidade populacional e as manifestações
socioespaciais da diversidade cultural.
As diversas regionalizações do espaço
geográfico.
A educação fiscal e sua utilização no processo
de ensino aprendizagem e sua contribuição no dia-a-dia
do educando.
A educação do campo e sua contribuição nas
atividades produtivas do espaço geográfico.
As relações em escala local e global sobre o
enfrentamento a violência e como está aumentando e
os transtornos que vem causando a humanidade.
A finalidade em manter uma boa política na
preservação ambiental. Lei 9795/99.
147
Ensino Fundamental 6ª serie/7º ano
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos básicos
Dimensão
Econômica do Espaço
Geográfico
Dimensão Política
do Espaço Geográfico
Dimensão Cultural
e Demográfica do
Espaço Geográfico
Dimensão
Socioambiental do
Espaço geográfico
A formação, mobilidade das fronteiras e a
reconfiguração do território brasileiro.
A dinâmica da natureza e a sua alteração pelo
emprego de tecnologias de exploração e produção.
As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
As manifestações socioespaciais da diversidade
cultural.
A transformação demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores estatísticos da população.
Movimento migratório e suas motivações.
A formação, o crescimento das cidades, a
dinâmica dos espaços urbanos e urbanização.
A distribuição espacial das atividades produtivas,
a (re) organização do espaço geográfico.
A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e
das informações.
A educação fiscal e sua utilização no processo de
ensino aprendizagem e sua contribuição no dia-a-dia do
educando.
148
A educação do campo e sua contribuição nas
atividades produtivas do espaço geográfico.
A contribuição da cultura afro e indígena na
formação do espaço brasileiro. Lei 10639/03 e 11645-
08.
A finalidade em manter uma boa política na
preservação ambiental. Lei 9795/99.
Ensino Fundamental 7ª série/8º ano
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos básicos
Dimensão
Econômica do Espaço
Geográfico
Dimensão Política
do Espaço Geográfico
Dimensão Cultural
e Demográfica do
Espaço Geográfico
Dimensão
Socioambiental do
Espaço geográfico
As diversas regionalizações do espaço
geográfico.
A formação, mobilidade das fronteiras e a
reconfiguração dos territórios do continente americano.
A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado.
O comércio e suas implicações socioespaciais.
A distribuição espacial das atividades produtivas,
a (re) organização do espaço geográfico.
As relações entre o campo e as cidades na
sociedade capitalista.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
A transformação demográfica, a distribuição
149
espacial e os indicadores estatísticos da população.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
As manifestações socioespaciais da diversidade
cultural.
Formação, localização, exploração e utilização
dos recursos naturais.
As realidades locais e paranaenses deverão ser
abordadas, destacando os pontos positivos e negativos
da transformação e ocupação do espaço.
As drogas e a destruição que a mesma causa ao
ser humano, as estatísticas avassaladoras envolvendo
os jovens e suas consequências trágicas.
Os métodos preservativos, os abusos sexuais e
suas graves consequências.
A finalidade em manter uma boa política na
preservação ambiental. Lei 9795/99.
Ensino Fundamental 8ª serie/9º ano
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos básicos
Dimensão
Econômica do Espaço
Geográfico
Dimensão Política
As diversas regionalizações do espaço
geográfico.
A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado.
150
do Espaço Geográfico
Dimensão Cultural
e Demográfica do
Espaço Geográfico
Dimensão
Socioambiental do
Espaço geográfico
A revolução tecnico-científico-informacional e os
novos arranjos no espaço da produção.
O comercio mundial e as implicações
socioespaciais.
A formação, mobilidade das fronteiras e a
reconfiguração dos territórios.
A transformação demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores estatísticos da população.
As manifestações socioespaciais da diversidade
cultural.
Os movimentos migratórios mundiais e suas
motivações.
A distribuição das atividades produtivas, a
transformação da paisagem e a (re) organização do
espaço geográfico.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego de tecnologias de exploração e produção.
O espaço e rede: produção, transporte
comunicações na atual configuração territorial.
A educação fiscal e sua utilização no processo de
ensino aprendizagem e sua contribuição no dia-a-dia do
educando.
151
A educação do campo e sua contribuição nas
atividades produtivas do espaço geográfico.
As realidades locais e paranaenses deverão ser
abordadas, destacando os pontos positivos e negativos
da transformação e ocupação do espaço.
As relações em escala local e global sobre o
enfrentamento a violência e como está aumentando e
os transtornos que vem causando a humanidade.
As drogas e a destruição que a mesma causa ao
ser humano, as estatísticas avassaladoras envolvendo
os jovens e suas conseqüências trágicas.
Os métodos preservativos, os abusos sexuais e
suas graves consequências.
Os problemas no trânsito e a preparação do
jovem mediante a situação de risco.
A contribuição da cultura afro e indígena na
formação do espaço brasileiro. Lei 10639/03 e 11645-
08.
A finalidade em manter uma boa política na
preservação ambiental. Lei 9795/99.
Ensino Médio
Conteúdos Conteúdos básicos
152
Estruturantes
Dimensão
Econômica do Espaço
Geográfico
Dimensão Política
do Espaço Geográfico
Dimensão Cultural
e Demográfica do
Espaço Geográfico
Dimensão
Socioambiental do
Espaço geográfico
A formação e a transformação da paisagem.
A dinâmica da natureza, e sua alteração pelo
emprego de tecnologias de exploração e produção
A distribuição espacial das atividades produtivas
e a (re) organização do espaço geográfico.
A formação, localização, exploração e utilização
dos recursos naturais.
A revolução tecno-científico-informacional e os
novos arranjos no espaço da população.
O espaço rural e a modernização na agricultura.
O espaço e rede: produção, transporte,
comunicação na atual configuração territorial.
A circulação de mão-de-obra do capital, das
mercadorias e das informações.
Formação, mobilidade das fronteiras e a
reconfiguração dos territórios.
As relações entre o campo e a cidade na
sociedade capitalista.
A formação, o crescimento das cidades, a
dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente.
153
A transformação demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores estatísticos da população.
Os movimentos migratórios e suas motivações
As manifestações socioespaciais da diversidade
cultural.
O comércio e as implicações socioespaciais.
As diversas regionalizações do espaço
geográfico.
As implicações socioespaciais do processo de
mundialização.
A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do estado.
A educação fiscal e sua utilização no processo de
ensino aprendizagem e sua contribuição no dia-a-dia do
educando.
A educação do campo e sua contribuição nas
atividades produtivas do espaço geográfico.
As realidades locais e paranaenses deverão ser
abordadas, destacando os pontos positivos e negativos
da transformação e ocupação do espaço.
As relações em escala local e global sobre o
enfrentamento a violência e como está aumentando e
154
os transtornos que vem causando a humanidade.
As drogas e a destruição que a mesma causa ao
ser humano, as estatísticas avassaladoras envolvendo
os jovens e suas consequências trágicas.
Os métodos preservativos, os abusos sexuais e
suas graves consequências.
Os problemas no trânsito e a preparação do
jovem mediante a situação de risco.
A contribuição da cultura afro e indígena na
formação do espaço brasileiro. Lei 10639/03 e 11645-
08.
A finalidade em manter uma boa política na
preservação ambiental. Lei 9795/99.
Todos os conteúdos apresentados devem sempre estar coerentes com a
disciplina, isto é deverá sempre contemplar o plano de trabalho docente que o
professor tenha desenvolvido e no decorrer deste poderá sempre ter algo diferente e
inovador para acrescentar ou retirar. O conteúdo deve ser abordado a partir de
recortes temáticos e esses por sua vez deveram ser desenvolvidos a partir de
conteúdos específicos de forma que se organize o trabalho docente e respeite a
faixa etária do aluno facilitando assim a compreensão do mesmo, cabe ao educando
o enfoque da realidade do aluno, algo que ele reconheça e possa participar,
buscando assim a satisfação da sua proposta pedagógica. E outro aspecto muito
importante deve contempla a educação vigente da educação está ligada à:
educação fiscal, a educação do campo, a geografia do Paraná, os desafios
educacionais contemporâneos, (cultura afro-brasileira e africana, história e cultura
dos povos indígenas e política nacional de educação ambiental), o enfrentamento da
155
violência, a preservação ao uso indevido de drogas, sexualidade e educação para o
transito.
Metodologia da disciplina
A disciplina de geografia de acordo com as Diretrizes Curriculares deve
proporcionar a compreensão do espaço geográfico e suas transformações ocorridas
desde o início da produção humana, quando o ser humano começou a extrair da
natureza sua forma de sobrevivência.
Os conteúdos a serem abordados deverão manter uma relação com os
conteúdos estruturantes, criando um elo com a realidade do aluno em escala local, e
esta por sua vez em escala global, partindo sempre do pressuposto que o educando
possui e vai acrescentando realidades mais distantes dos alunos, mas procurando
sempre envolvê-los em todas as escalas geográficas.
O professor não deve simplesmente expor o conteúdo, ele deve tratá-lo de
forma instigativa e provocativa, trabalhando e estimulando o raciocínio a reflexão e a
crítica, tornando assim as aulas mais interessantes, facilitando assim a compreensão
e participação dos alunos e desta forma os educandos também conseguirão atingir
seus objetivos propostos.
A metodologia é o elemento que conduz às práticas pedagógicas e esta por
sua vez deverá estar ligada às várias contextualizações, é a forma pela qual o
educador coloca seu aluno em contato com outras realidades com fatos que
ocorrerão e ainda irão ocorrer no espaço geográfico, mudanças estas ligadas a
economia, política, cultura e sociedade, o educando também sempre que possível,
deverá estabelecer relações interdisciplinares, mais estas deverão ser trabalhadas
de maneira que não perca a especificidade geográfica, cada disciplina apresenta
sua característica própria, e cada uma delas apresentam abordagens metodológicas
diferentes.
Essas metodologias devem apresentar situações onde os alunos possam
ampliar seus conhecimentos, analisar o espaço como um todo e formar suas
próprias opiniões a respeito do espaço geográfico o educador deve conduzir o
processo de aprendizagem criando toda uma situação, conduzindo sua aula de
156
forma participativa e dialogada, onde ocorram questionamentos e suas possíveis
soluções, tendo como objetivo uma aprendizagem crítica, onde o educando possa
opinar sobre seu ponto de vista.
O estudo geográfico, através de seus conteúdos estruturantes estuda o
espaço geográfico de vários aspectos, eles são norteadores do trabalho docente,
abrindo vários leques para analisar o espaço geográfico, utilizando as dimensões
econômicas, cultural e demográfica, política e socioambiental, buscando sempre
desenvolver no aluno a capacidade de compreender e relacionar os conteúdos para
que o mesmo possa ampliar e aprofundar seu conhecimento, conhecimentos esses
que serão aprofundados no ensino médio, onde serão abordados os conteúdos de
forma mais complexa, trabalhando os espaços geográficos em escala mundial as
relações Sociedade-Natureza de forma mais política, econômica, socioambiental,
cultural e globalizada.
Algumas leis foram inseridas no processo ensino aprendizagem, tornando
assim obrigatório incluí-la nos conteúdos a serem abordados pela geografia deverão
ser feitos alguns recortes temáticos, e relacioná-los aos conteúdos estruturantes, as
Leis são: 10639/03 história e cultura afro-brasileira e africana, Lei 11645/08história e
cultura dos povos indígenas, Lei 9.795/01, política nacional de educação ambiental,
Lei 13.385/01, a geografia do Paraná, a educação do campo, partindo dessas
primícias, o educador deve abordar todo um contexto histórico e explicar a
importância dos afro-descendentes, a contribuição indígena na construção do
território brasileiro, a miscigenação, a diversidade cultural deixada por esses povos,
o trabalho dos afro-descendentes, a escravidão, o continente africano, a
discriminação racial, os problemas enfrentados tanto pelos negros, quanto pelos
indígenas, analisar as lutas sociais, culturais e econômicas, analisando o papel do
homem branco, a descoberta do território brasileiro, a busca incessante por riquezas
as desigualdades sociais a exploração da natureza, marcada pela degradação,
resultando na miséria, no consumismo, na exclusão social e econômica, analisando
tudo que o ser humano fez após a ocupação do espaço geográfico. Todas essas
questões devem ser discutidas e analisadas pelos educadores, formando uma visão
crítica da sociedade, o qual ele está inserido, analisando o espaço como um todo.
Todos esses impasses, seus problemas e suas possíveis soluções.
157
O educador deve instigar seus alunos abordando todas essas problemáticas,
todas essas situações que nos deixam fragilizados mediante a tantos problemas.
Vemos ainda através da educação uma mudança de mentalidades, seja a formação
de novas identidades culturais, e dessa forma vamos transformar o caos em que
estamos vivendo para uma educação de qualidade. Podemos utilizar vários recursos
para obtermos um ensino de qualidade, temos em nossas mãos os avanços
tecnológicos, algo que antes nem todos tinham acesso, hoje em tempo real
podemos analisar o globo terrestre de diversas formas e diversos pontos de vista, a
era informatizada nos permite trazer para os nossos alunos vários recursos técnicos,
facilitando assim a compreensão dos conteúdos, podemos trabalhar de diversas
maneiras tais como: debates, textos, TV, vídeos, palestras, conferências, pesquisa
de campo, aula expositiva, seminários, jornais, revistas, pesquisas, mapas
ilustrativos, músicas, maquetes, painel informativo, imagens gráficas, fotos e tantos
outros recursos que podem enriquecer as aulas, e tornarem mais interessantes.
A aula de campo é um encaminhamento metodológico muito importante, para
as aulas de geografia, pois a mesma parte de uma realidade local e poderá ser
comparada com as outras realidades distintas, onde o aluno poderá observar vários
fenômenos de outros lugares, próximos ou distantes, as aulas de campo podem
estabelecer uma maior integração entre o aluno e o professor, tornando assim a aula
mais interessante e participativa, o professor deverá estabelecer um trajeto e
explicar como a aula se desenvolverá, quais serão os elementos que deverão ser
analisados através de observação, entrevistas, relatórios, fotos, produção de textos,
e estudo do meio a ser visitado que poderá ser um espaço urbano, rural, planetário,
uma indústria, uma reserva indígena, um patrimônio histórico, uma paisagem
natural, enfim caberá ao professor tornar a aula de campo interessante e
participativa.
Os recursos áudio visuais também devem ser utilizados para a apresentação
de conteúdos da geografia, através da observação de uma imagem pode-se iniciar
uma pesquisa, o recurso áudio- visual enriquece e auxilia o trabalho do professor,
através de fotografias, filmes, slides, pôsteres, imagens em data show, pode-se
desenvolver uma aula de observação e descrição, onde o aluno poderá analisar as
158
paisagens, o universo, a terra, o sistema solar, e tantos outros aspectos ligados à
Geografia, mais sempre com o propósito investigador das paisagens exibidas.
A cartografia também é uma metodologia importante para o estudo da
geografia ela tem sido utilizada para a leitura e interpretação do espaço geográfico,
os mapas são fontes inesgotáveis de informações. Os mapas não são importantes
apenas para os estudos geográficos ou históricos. Outras áreas do conhecimento
também podem utilizá-los. Na verdade, eles estão presentes no nosso cotidiano e
sua finalidade é aumentar o nosso conhecimento sobre uma determinada área do
planeta terra. O uso de imagens de satélites facilita bastante o desenho de mapas e
possibilita o conhecimento de áreas anteriormente inacessíveis. Dessa forma
podemos trabalhar com o aluno todas as transformações ocorridas no planeta
através dos mapeamentos, sendo que durante muito tempo, as pessoas só podiam
observar o espaço geográfico através do solo e isso limitava muito as possibilidades
de precisão. O mapa apresenta varias informações aos alunos, tais como: a
localização das cidades, os rios, rodovias, ferrovias e pode também indicar os
produtos de uma determinada área, as cidades, os estados, os países ou o planeta
todo. Os professores podem trabalhar de diversas maneiras os mapas, através de
recortes, pinturas, maquetes, escalas, cartazes, atlas, mapa mundi e outras formas,
tornando assim as aulas mais atrativas e interessantes.
Cabe ao educador trabalhar em sua disciplina diferentes eixos temáticos com
diferentes abordagens metodológicas, auxiliando os alunos a enfrentarem graves
problemas que ocorrem em nossa sociedade. Sociedade está que está envolvida
por diversos problemas, tanto em escala local como em escala global, os problemas
estão por toda a parte e cabe a nós como educadores fornecer orientações aos
alunos para que esses possam enfrentar essas dificuldades com mais informações
esclarecedoras dentre elas podemos citar a educação fiscal, o enfrentamento a
violência, a preservação e o uso indevido de drogas, a sexualidade e a educação
para o trânsito. Na educação fiscal, podemos trabalhar o exercício do educando na
cidadania, ajudar o futuro cidadão a compreender seu papel social, questionar e
participar, acompanhando a gestão dos recursos financeiros públicos e os
investimentos governamentais, contribuindo, acompanhando e fiscalizando os
159
serviços e a obras públicas, denunciando, atuando e participando nos processos de
orçamentos públicos.
Através de depoimentos, palestras, estatísticas, fotos, slides, debates, vídeos,
cartazes, faixas, camisetas, panfletagem, podemos trabalhar o enfrentamento a
violência, a preservação e o uso indevido de drogas, a sexualidade, tudo isso faz
parte da vida de milhares de crianças e nós educadores não podemos deixar que
nossos alunos fiquem sem orientações, a violência e as drogas estão espalhadas
por toda a parte, e os jovens estão expostos a todas essas problemáticas. E um
outro fator que apresenta estatísticas alarmantes são jovens vítimas de acidentes de
trânsito. Portanto os jovens deverão ser instruídos para melhor se defenderem de
todo esse caos que envolvem toda a humanidade.
O professor precisa tomar as rédeas do processo ensino aprendizagem, pois
qualquer que seja a disciplina que ele lecione, ele deverá transmitir sua metodologia,
o professor é portanto um mediador, aquele que conduz e aponta os caminhos,
gerando assim a confiança do aluno, aquele que promove ao aluno o conhecimento
inovador e que é capaz de ir transformando, suas práticas pedagógicas, aquele que
se empenha no desenvolvimento do aluno, tornando-o apto para melhor convívio em
sociedade, aquele que se empenha no desenvolvimento do aluno, através da busca
do conhecimento e o repasse do mesmo, através da comunicação, gerando assim a
confiança, através da comunicação, gerando assim a confiança, através também da
motivação, demonstrando ao aluno todo seu potencial, o professor também deverá
investir na formação de vínculos afetivos, acreditando no aluno e compreendendo
suas limitações e por fim o professor deverá praticar seu poder de ação, pois aquele
que não age jamais conseguirá transformar sua vida.
Avaliação
As novas abordagens, as transformações teóricas e metodológicas no ensino
da Geografia de acordo com as LDB e com as DCEs, levaram a uma reformulação
necessária da prática avaliativa. De acordo com o PPP e o Regimento Escolar.
A avaliação passou a ser um processo contínuo, estimulador, criativo,
atuante, parte integrante e fundamental do processo ensino-aprendizagem, levando
160
em conta que o ensino da Geografia trabalha com a construção de conceitos e o
desenvolvimento de habilidades que auxiliam o aluno a se perceber como sujeito do
espaço geográfico que ocupa e a reconhecer as relações entre sociedade e
natureza.
É importante, então, avaliar se o aluno está construindo noções e conceitos
de tempo e espaço, se reconhece problemas sociais do meio em que vive, e se está
desenvolvendo, habilidades de observação, levantamento e organização de dados,
qualificação, representação e busca de informação em fontes adequadas.
Há necessidade de acompanhar o processo de apropriação do conhecimento
que se desenvolve de forma diferente para cada aluno; por essa razão, repetimos
que a avaliação deve ser contínua, pois permite não só constatar os progressos e
dificuldades, mas também retomar a prática pedagógica, abordando um mesmo
conteúdo de diversas formas, uma vez que os alunos estão construindo seu
conhecimento. É preciso também levar em consideração que a compreensão dos
alunos não se dá de forma homogênea, portanto se faz necessário também a
recuperação do aluno.
A aprendizagem se dá de forma gradativa, pois o aluno vai elaborando os
conhecimentos que recebe de modo que estes se interligam e, no processo,
apresentam-se outros desafios, que dão continuidade a essa dinâmica, abrindo a
possibilidade de aquisição de novos conhecimentos e conceitos.
Devido a isso, é preciso manter a avaliação inerente à natureza da
aprendizagem; assim, é necessário avaliar os procedimentos que o aluno adotou até
chegar ao resultado, Dessa forma, é possível identificar os avanços e as
dificuldades, permitindo o acompanhamento da construção do conhecimento pelo
aluno.
É imprescindível definir critérios para esse acompanhamento e utilizar
diferentes formas de avaliação no processo de assimilação de conhecimentos, bem
como o desenvolvimento de habilidades intelectuais, hábitos e posturas.
Além das alternativas costumeiras de avaliação no conjunto das disciplinas,
como questões objetivas e subjetivas testes, interpretação de textos, gráficos,
tabelas e imagens, trabalhos em grupo ou realizados individualmente, devem-se
enfatizar as avaliações que desenvolvam e façam perceber nos alunos as
161
habilidades tipicamente ligadas à área do conhecimento, como leitura e
interpretação de mapas, noções sobre localização, orientação percepção, visão
espacial, reconhecimento de paisagens, identificação de fenômenos naturais, entre
outras.
É esta uma forma de acompanhar o desenvolvimento intelectual do aluno,
capacitando-o na identificação de diversos aspectos da realidade, na reflexão sobre
eles, na elaboração de novos modelos e sugestões para o enfrentamento dos
desafios, ao mesmo tempo em que estimula sua convivência social e seu respeito às
diferenças pessoais.
No tocante a avaliação de recuperação de estudos, verificamos que está se
dará forma paralela, onde conteúdos que o aluno não conseguiu assimilar com
clareza serão repassados, afim de que este tenha a oportunidade de revê-os e
assim enfim compreendê-los.
Neste contexto o professor possui um novo papel: o de mediador da
aprendizagem do aluno, o da verificação e o da avaliação propriamente dita através
da aplicação de estratégias de aperfeiçoamento ou de redirecionamento do
processo de ensino-aprendizagem.
O processo de recuperação da avaliação proposto ocorre inicialmente, logo
após a entrega da primeira avaliação parcial, e é composto por: resolução por parte
do aluno, de sua primeira avaliação; verificação dos objetivos não atingidos,
conceitos não assimilados pelos alunos no processo ensino-aprendizagem,
enfatizando-os em seguida, para que a aprendizagem se efetive. Esta atividade tem
a função de diagnosticar aqueles pontos em que o educando precisa enfatizar mais
para aprendizagens futuras;
- resolução de exercícios extras sobre o assunto da primeira avaliação;
- resolução de exercícios com auxílio do professor da Disciplina, identificando
as dificuldades, dos progressos e seu envolvimento no seu processo de recuperação
e na verificação do aprendizado efetivamente realizado pelo aluno;
- aplicação de uma prova substitutiva.
Zambelli (1997) postula, que a relação ensino-avaliação, apresenta duas
diferentes perspectivas: a unidimensional, que usa como instrumento o teste ao final
162
do período, e a multidimensional, que possui variados instrumentos de avaliação
aplicados previamente, durante e após o processo de ensino .
A avaliação da recuperação pode ser considerada como um método de
adquirir e processar evidências necessárias para melhorar o ensino, proporciona o
apoio a um processo a decorrer, contribuindo para a obtenção de produtos ou
resultados de aprendizagem durante o semestre.
Após a aplicação da prova de recuperação é realizado um levantamento
sobre a eficácia da aplicação da prova de recuperação, levando-se em consideração
o envolvimento do aluno no seu processo de desenvolvimento das atividades e a
eficácia das estratégias oferecidas pelo professor. Este levantamento nos fornece
subsídios para as melhorias que se fizerem necessárias para a obtenção de
melhores resultados nas próximas avaliações.
163
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996. SPOSITO, Eliseu Savério. Geografia e Filosofia. Contribuição para a Metodologia de ensino do pensamento geográfico. São Paulo: UNESP, 2004. PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes curriculares estaduais.2008.http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/diretrizes_2009/2_edicao/geografia.pdf Acessado em: 20/08/2009 às 20:15horas. PARANÁ, Colégio Estadual Alberto da Silva. Projeto Político Pedagógico. Ventania 2008. MÉDIA E TECNOLÓCICA. Ciências humanas e suas tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002. Ciências Humanas e suas tecnologias. São Paulo: Secretaria do Estado da Educação/CENP, 2004. SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão. “Parâmetros curriculares nacionais para o ensino de geografia: pontos e contrapontos para uma análise”. In: Carlos, Ana Fani Alessandri, Oliveira, Ariovaldo Umbelino de. Reformas no mundo da educação – Parâmetros curriculares de Geografia. São Paulo: Contexto, 1999. ANDRADE, M. C. de Geografia Ciência da sociedade. São Paulo: Atlas, 1987. CARLOS, A. N. F.; (org.) A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999. CASTROGIOVANNI, A. C. (org.) Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. Porto Alegre: Ed. UFRS, 1999. CAVALCANTI, L. de S. Geografia, escola e construção de conhecimento. Campinas: Papirus, 1998. LACOSTE, Y. A Geografia: isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. Campinas, Papirus, 1988 PENTEADO, H. D. Metodologia do ensino de história e Geografia. São Paulo: Cortez, 1994. SIMIELLI, M. E. R. Cartografia no ensino fundamental e médio. In: CARLOS, A. F. A.(org.) A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999. SPOSITO, M. E. B. Parâmetros curriculares nacionais para o ensino de Geografia: pontos e contrapontos para uma análise. In: CARLOS, A. N. F.; OLIVEIRA, A. U.
164
Reformas no mundo da educação: parâmetros curriculares e Geografia. São Paulo: Contexto, 1999. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases das Educação Nacional. MEC. Brasil: 1996.
165
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA
PARA O ENSINO MÉDIO.
Apresentação
A sociologia contribui para que ocorra um melhor entendimento da sociedade
em que vivemos, e que ocorra certa independência para refletir sobre aspectos das
sociedades que nos rodeiam e até mesmo do mundo.
Oliveira (2004, p.11) afirma que a Sociologia é a disciplina em que se:
estuda as relações sociais e as formas de associação, considerando as interações que ocorrem na vida em sociedade. A Sociologia envolve o estudo dos grupos e dos fatos sociais, da divisão da sociedade em classes e camadas, da mobilidade social, dos processos de cooperação, competição e conflito na sociedade, etc..
A Sociologia é uma área de estudo que vem a auxiliar o ser humano, a
compreender melhor a sociedade em que atua, assim como, formar no educando
uma consciência critica do que está ocorrendo a sua volta e da realidade ao qual ele
está inserido. Seu objeto de estudo é o conhecimento e a explicação da sociedade
através da compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem
em grupos, das relações estabelecidas assim como as conseqüências destas
relações.
“A Sociologia [...] tem contribuído para a ampliação do conhecimento dos homens sobre sua própria condição de vida e fundamentalmente para a análise das sociedades, ao compor, consolidar e alargar um saber especializado pautado em teorias e pesquisas que esclarecem muitos problemas da vida social
4”.
Através do ensino da disciplina de Sociologia procura-se explicar a sociedade,
esclarecer os diferentes papéis do cidadão frente a esta sociedade e os resultados
das mais variadas relações existentes entre os mesmos, sendo elas familiares,
sociais ou políticas, ampliando e conformando a comunidade científica pelo
4 DIRETRIZES CURRICULARES DE SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO
166
reconhecimento no meio acadêmico e o apelo a recursos pedagógicos que
promovam sua aceitação social e difusão do conhecimento em nível escolar.
“Como disciplina acadêmica e escolar, a história da Sociologia não está desvinculada dos fundamentos teóricos e metodológicos que a constituem como campo científico. É preciso destacar das teorias dos autores clássicos e dos contemporâneos, elementos para se perceber as temáticas, os problemas e a metodologia concernentes ao contexto histórico em que foram construídas e, então, interpretar e dar respostas aos problemas da realidade atual
5”.
Como disciplina científica a Sociologia é marcada pela revolução política,
social e na ciência. Na política teve-se como base a Revolução Francesa de 1789,
na social o principal acontecimento foi a Revolução Industrial que teve seu marco
inicial o século XVII, e na ciência o Iluminismo. Tais acontecimentos promovem
condições para o desenvolvimento de uma reflexão sobre a sociedade.
“Da cena política colhem-se manifestações que recompõem a sociedade em outras bases de poder, não sem reações da aristocracia em decadência. No cenário social, a revolução fundamental está no surgimento de uma nova classe social, a dois operários fabris. No âmbito de novas formas de pensar, revelação como explicação do mundo pela fé e tradição é substituída pela fé e tradição é substituída pela razão. Esse caldo histórico deságua em um pensamento social questionador da mudança na sociedade
6”.
Vindo a estimular o capitalismo, ultrapassando as fronteiras econômicas de
forma a organizar todos os setores da sociedade moldando-a em seu ritmo e
determinação, porém a sociedade não pode ser moldada apenas por
acontecimentos externos, ocasionando revoluções, movimentos inovadores,
causando alterações de comportamento.
A ordenação das idéias presentes no Iluminismo que “aspirando a
emancipação do homem guiado pelas luzes da razão e a crença no progresso da
civilização, caracterizou-se como um movimento filosófico, literário, moral, político,
5 DIRETRIZES CURRICULARES DE SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO
6 DIRETRIZES CURRICULARES DE SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO
167
na Europa, a partir do século XVIII7”, contagiando o pensamento social inspirados
em fórmulas de ação.
O Positivismo, cuja filosofia inspirada nos métodos das ciências naturais,
propõe transpô-los como critérios para uma ciência da sociedade, detendo-se a
observação e experimentação dos fenômenos naturais, onde a ciência, na
perspectiva positivista, ganha caráter messiânico e é considerada instrumento de
intervenção na realidade.
A Sociologia, termo empregado pela primeira vez por Auguste Comte (1798 – 1857), torna-se uma ciência conclusiva e síntese de todo o caminho científico da humanidade, considerada capaz de estruturar a sociedade com o auxílio das demais ciências
8.
A razão passa a dominar as formas religiosas de explicação, sendo os
séculos XVIII a XIX marcados por transformações na concepção do poder político,
pela reorganização do poder e constituição dos Estados - nação. As formas de
produção, a servidão, a organização do trabalho, a emigração da população rural e a
substituição da atividade artesanal em manufatureira trouxeram grandes mudanças
à sociedade.
Todas as mudanças que se processaram resultaram de desequilíbrios, perturbações, rebeliões, protestos, reformas, conspirações, novas condições de vida para a população e, sobretudo, aqui e ali, o aparecimento de uma consciência social acerca das condições de vida, embora não explícita nem extensiva (DIRETRIZES CURRICULARES DE SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO).
A Sociologia surge com os movimentos sociais cercada pela resistência às
mudanças de costumes, de pensamentos, de comportamentos, buscando-se inovar
as formas de produzir e enriquecer, propondo alterações na estrutura social.
A expansão da Sociologia ocorreu com o fortalecimento de críticos sociais,
pensadores que vieram a contribuir para o pensamento sociológico a fim de
7 DIRETRIZES CURRICULARES DE SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO
8 DIRETRIZES CURRICULARES DE SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO
168
enriquecer a ciência social, através da qual pode-se hoje, conhecer e compreender
melhor a sociedade à qual estamos inseridos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
1. O SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA E AS TEORIAS SOCIOLÓGICAS
1.1 - O Surgimento da Sociologia
1.2 - Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento
do pensamento social
1.3 - As teorias sociológicas na compreensão do presente
1.4 - A produção sociológica brasileira
2. PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E INSTITUIÇÕES SOCIAIS
2.1 - Processos de Socialização
2.2 - Grupos sociais
2.3 - A Instituição Familiar
2.4 - A Instituição Escolar
2.5 - A Instituição Religiosa
2.6 - Instituições de Ressocialização: prisões, manicômios, educandários,
asilos, etc.
3. CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL
3.1 - Conceitos de cultura
3.2 - Desenvolvimentos antropológico de cultura
3.3 - Diversidade cultural
3.4 - Identidade cultural
3.5 - Indústria cultural brasileira
3.6 - Meios de comunicação de massa
3.7 - Sociedade de consumo
3.8 - Preconceito
3.9 - Cultura e História afro-brasileira e africana
3.10 - Cultura indígena
169
4. TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS
4.1 - Conceitos de trabalho
4.2 - O trabalho nas diferentes sociedades
4.3 - Desigualdades sociais
4.4 - Trabalhos nas sociedades capitalistas
4.5 - Globalização
4.6 - Relações de trabalho
4.7 - Neoliberalismo
4.8 - O trabalho no Brasil
5. PODER, POLÍTICA E IDEOLOGIA
5.1 - Estado Moderno
5.2 - Democracia, autoritarismo e totalitarismo
5.3 - Conceitos de Poder
5.4 - Estado no Brasil
5.5 - Conceitos de poder, ideologia, dominação e legitimidade
5.6 - A violência nas sociedades contemporâneas
6. DIREITO, CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS
6.1 - Direitos civis, políticos e sociais
6.2 - Direitos Humanos
6.3 - Conceito de cidadania
6.4 - Movimentos sociais, urbanos e rurais
6.5 – ONGs.
METODOLOGIA
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Sociologia o
objeto de estudo da disciplina são as relações sociais, como estas se organizam,
como ocorre às relações entre o individuo e a coletividade. E é papel do professor
170
viabilizar a compreensão dos alunos entre teoria e conteúdos de Sociologia com a
realidade vivenciada por eles.
Para uma melhor compreensão da disciplina de Sociologia, assim como da
aquisição de conhecimentos relacionadas a tal disciplina faz-se necessário que se
utilize de múltiplos instrumentos metodológicos, como, por exemplo, a TV Pen Drive,
para análise de imagens, vídeos, filmes, músicas, textos complementares (revistas,
jornais) aulas no laboratório de informática tornando a aula mais atraente e
interessante aos alunos, sempre que possível.
O professor de sociologia deve articular os conteúdos estruturantes e os
conteúdos básicos, de modo que haja compreensão e aquisição de conhecimento,
podendo ocorrer através de exposição de conteúdos dialogados, leitura de textos
teórico-sociológicos, análise crítica de reportagens, boletins informativos e
esclarecimento de conceitos, análise e discussão de textos, debates e seminários de
temas relevantes e atuais, pesquisa de campo e bibliográfica, vídeos e recortes de
filmes para análise crítica, atividades escritas e orais; visando sempre a articulação
entre teoria com a prática, de forma a desenvolver um pensamento criativo e
instigante nos educandos.
“Os elementos básicos das teorias de Durkheim, Weber e Marx precisam ser
desenvolvidos levando-se em consideração o recorte temporal no qual se erige a
Sociologia. Isso requer a retomada do histórico da disciplina em cada teoria
trabalhada9”.
Devido o fato de que estamos imersos em uma sociedade, a qual é formada
por diferentes grupos socais e regida por normas e leis, deve-se fazer com que o
aluno sinta-se constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever
conhecimentos e a reconstruir coletivamente novos saberes, para que possa assim
adquirir mais consciência de seu papel frente à sociedade em que vive, levando o
educando a compreender as relações de determinadas épocas históricas nas quais
se situam e fornecendo-lhe elementos para pensar possíveis mudanças sociais.
9 DIRETRIZES CURRICULARES DE SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO
171
É necessário que a disciplina de Sociologia contemple temas
contemporâneos de nossa sociedade, articulando com os conteúdos estruturantes e
específicos sempre que possível como, por exemplo; a conservação ao “meio
ambiente” (lei 9.795/99), a violência em nossa sociedade, a prevenção ao uso de
drogas, as curiosidades da cultura afro-brasileira e africana (lei 10.639/03), entre
outros assuntos, tais temas serão abordados nas aulas de Sociologia através de
textos bibliográficos, reportagens, vídeos, entre outros materiais, sempre fazendo a
ligação com os conteúdos da disciplina.
O professor deve trabalhar de modo que os educandos percebam a
relevância desses temas em suas vidas, para que no futuro possam colocar em
prática o que aprenderam e ser um cidadão crítico e consciente.
AVALIAÇÃO
A avaliação em Sociologia será cumulativa, processual, contínua, e
diagnóstica, sendo elaboradas de forma transparente e coletiva, seus critérios
devem ser debatidos, criticados e acompanhados por todos os envolvidos pela
disciplina.
De acordo com as Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino Médio,
a avaliação deve ser concebida como mecanismo de transformação social e
articulando-a aos objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma prática
avaliativa que vise “desnaturalizar” conceitos tomados historicamente como
irrefutáveis e propicie o melhoramento do senso crítico e a conquista de uma maior
participação na sociedade.
As formas de avaliação acompanham as práticas de ensino e de
aprendizagem da disciplina, da reflexão critica nos debates, seminários, da
participação nas pesquisas bibliográficas e de campo, na produção de textos que
demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática, de exercícios escritos,
de trabalhos reflexivos em sala de aula, constituindo-se em um processo contínuo
de crescimento da percepção da realidade à volta do aluno fazendo do professor um
pesquisador.
172
A recuperação de estudos será desenvolvida continuamente e paralelamente,
aos trabalhos realizados em sala de aula, visando à apropriação de conteúdos, a
compreensão e reflexão dos assuntos propostos.
173
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
CARVALHO, Lejeune Mato Grosso de. (org.) Sociologia e ensino em debate: experiências e discussão de sociologia no Ensino Médio. Ed. Unijui, 2004. 392 p. OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. Série Brasil. Ensino Médio. Volume Único. 25ª ed. São Paulo: Ática, 2004. Programa Completo de Matérias. Psicologia, Sociologia e Filosofia. 3ª ed. São Paulo: DCL, 2005. SEED. Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino Médio. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. SEED. Sociologia – Ensino Médio. Curitiba: SEED – PR, 2006. 208 p.
174
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA
PORTUGUESA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.
Apresentação
O português é um idioma derivado do latim, antigo idioma falado a partir do
século VII a.C, numa região da Itália chamada Lácio, onde ficava a cidade de Roma.
Com o tempo, Roma cresceu e transformou-se na grande potência militar, passando
a invadir outras regiões e conquistar outros lugares. O português desenvolveu-se
através do latim vulgar trazido pelos soldados e colonos romanos desde o século III
a.C, chegando a península Ibérica em 218 a.C. Durante os séculos XV e XVI os
portugueses conquistaram várias regiões, fundaram e ampliaram o domínio do
império português. Do século XVI até hoje, sob influência de alguns autores
humanistas e clássicos houve um progresso linguístico com a obra “Os lusíadas” de
Luiz Vaz de Camões.
Historicamente, o processo de ensino de Língua Portuguesa no Brasil iniciou-
se com a educação jesuítica. Essa educação era fundamental na formação da elite
colonial, ao mesmo na alfabetização de índios. O sistema jesuítico de ensino
organizava-se a partir de dois objetivos: primeiro uma pedagogia que por meio de
catequese indígena visava a expansão católica e a um modelo econômico de
subsistência da comunidade. Segundo esse sistema objetivava-se a formação de
elites subordinadas as metrópoles.
No período colonial, a língua mais utilizada pela população era o tupi e o
português “era a língua da burocracia”, ou seja , a língua das transações comerciais.
Em 1758 um decreto do Marquês de Pombal tornou a Língua Portuguesa
idioma oficial do Brasil. No ano seguinte, os jesuítas, que haviam catequizado índios
e produzidos literatura em língua indígena, foram expulsos do Brasil.
Na época da expulsão, os jesuítas contavam com 25 residências, 36 missões
e 17 colégios e seminários. Em 1772 foi criado o subsídio literário, um imposto sobre
a carne, o vinho e a cachaça, e que era direcionado para a manutenção dos ensinos
primário e secundário. Dessa forma, o ensino público passou a ser comandada
pelas elites o que antes era feito pelos jesuítas.
175
A intenção da elite na época era modernizar a educação, colocando o ensino
a serviço da Coroa Portuguesa. No entanto, a falta de infraestrutura e de
professores especializados acabou por gerar uma lacuna. A escolarização sofria
interferência da educação clássica e europeizante. Tal situação permaneceu até
1808, com a chegada da família real ao Brasil.
Com a Corte na cidade do Rio de Janeiro, foram instaladas as primeiras
instituições de ensino superior no Brasil e somente nas últimas décadas do século
XIX, a disciplina de Língua Portuguesa passou a integrar os currículos escolares
brasileiros. Nessa época o currículo privilegiava o Latim.
Segundo os parâmetros do ensino da língua latina o ensino de português,
fragmentava-se no ensino de gramática e retórica.
Em 1871, foi criado no Brasil, por decreto do imperador, o cargo de Professor
de Português. Nesse período o latim começou a perder prestígio. O declínio da
língua latina teve início no contexto romântico, pois o romantismo era integrado em
sua maioria, por jovens burgueses, os mesmos, defendiam a língua brasileira como
uma unidade nacional.
A literatura, no entanto foi retomada pelos modernistas em 1922, e eles
defendiam a necessidade de romper os modelos tradicionais da literatura
portuguesa e privilegiaram a literatura brasileira. O ensino de português manteve
sua característica elitista até meados do século XX, quando iniciou no Brasil a partir
da década de 60, um processo de expansão do ensino público primário.
Com essa expansão o ensino de português não dispensou as propostas
pedagógicas que levou em conta as necessidades trazidas pelos alunos para a
escola.
Na época da ditadura militar o ensino de português teve uma concepção
tecnicista de educação gerando um ensino baseado em exercícios de memorização.
A pedagogia da formação de hábitos, memorização e reforço era adequada ao
contexto autoritário.
As novas concepções sobre a aquisição da língua materna chegaram ao
Brasil na década de 1970 e início 1980, quando as obras de Bakhtim passaram a ser
seguidas pelos acadêmicos. A dimensão tradicional de ensino da Língua Portuguesa
176
cedeu espaço aos novos paradigmas, valorizando o texto como unidade
fundamental de análise.
Atualmente a Língua Portuguesa conta com mais de 260 milhões de falantes
é, como língua nativa a 5º mais falada no mundo e a 3º mais falada no mundo
ocidental. Além de Portugal e Brasil ela é falada em alguns países da África.
Em 1990 os países que tem o português como língua oficial assinaram um
acordo ortográfico com o objetivo de criar uma ortografia unificada. Em 2008 o
presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva através do decreto 6,583/08
promulga o acordo ortográfico, estabelecidos entre os países de Língua Portuguesa.
Esse acordo começou a ter efeitos a partir do dia 1º de janeiro de 2009 havendo um
período de transição até o dia 31 de dezembro de 2012, quando será obrigatória no
ensino de Língua Portuguesa o uso das novas regras ortográficas.
A nossa língua é viva, podemos perceber isso com o passar dos anos. A
língua portuguesa é um idioma em movimento e entender as mudanças é combater
preconceitos, conhecer diferenças entre o oral e a escrita.
Enfim, o português é um universo amplo que precisa ser mais explorado.
Quanto maior o conhecimento, melhor será desenvolvimento de nossos alunos.
Ensinar português vai além da gramática e literatura, ou seja, é buscar leitor de
diversos textos através de livros didáticos, internet, atlas ou qualquer instrumento de
trabalho que dê ao educando uma maior amplitude de vida e cultura.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Tendo em vista a grande relevância da Língua Portuguesa no processo de
ensino/aprendizagem do educando em todas as disciplinas, precisamos como
educadores, incutir em nossos educandos a importância que esta disciplina
representa para obterem êxito tanto no seu cotidiano escolar, quanto nas mais
diversas situações onde precisarão fazer o uso de uma linguagem adequada.
A linguagem faz parte do cotidiano de todos os seres humanos, e a Língua
Portuguesa trabalhada no âmbito escolar precisa possibilitar aos educandos cada
vez mais o pleno domínio das diferentes linguagens, através das praticas
177
discursivas, oralidade, escrita e leitura; para que possam se tornar cidadãos mais
críticos e participativos na sociedade exercendo plenamente seus direitos e deveres.
O conteúdo estruturante da disciplina de Língua Portuguesa contempla a
linguagem como prática nas diferentes esferas sociais, a partir dele vem os
conteúdos a serem trabalhados no dia a dia, em sala de aula. O conteúdo
estruturante da disciplina é o discurso como prática social, que deve ser trabalhada
considerando os vários gêneros discursivos que circulam em sala de aula, e as
praticas de oralidade, escrita e leitura.
ORALIDADE
A disciplina da Língua Portuguesa deve lembrar que os alunos chegam à
escola na maioria das vezes dominando a linguagem oral “pois cresce ouvindo e
falando a língua, seja por meio das cantigas, das narrativas, dos causos contados no
seu grupo social, do diálogo dos falantes que a cercam ou até mesmo pelo rádio, TV
e outras mídias”. (DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCACÃO BÁSICA LÍNGUA
PORTUGUESA, 2008 p. 55).
Na escola atual o espaço destinado à linguagem falada é limitado, mas não
podemos ignorar a importância que os gêneros orais vêm recebendo. Não é função
da escola ensinar o educando a “falar”, e sim mostrar as inúmeras variedades do
uso da fala.
Portando o professor precisa ter cuidado no planejamento de suas aulas
priorizando tais práticas orais:
Diferenças lexicais, sintáticas e discursivas na fala coloquial e não
coloquial;
Adequação da linguagem e do gênero conforme a atividade;
As variedades linguísticas;
Intencionalidade do texto;
Particularidade de pronuncias de algumas palavras;
Elementos para melhor oralidade, entonação, pausas, gestos, pontos,
entre outros.
Tema do texto;
178
Finalidade;
Argumentatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos da fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos.
ESCRITA
Um objetivo a ser alcançado no ensino da Língua Portuguesa é o domínio da
norma padrão. Por isso, a importância do trabalho com o texto escrito e constante
reflexão sobre a sua organização. Isso não significa deixar de lado a variedade do
aluno e sim mostrar-lhe que a norma padrão permite que escritores e leitores de
diferentes variedades se comuniquem. Destacando que é mais importante
“tentativas” sobre a escrita do que apenas supervalorização da norma padrão para
evitarmos a inibição de um possível escritor.
Quando produzimos um texto precisamos ter em mente para que tipo de leitor estamos escrevendo, qual é a finalidade do texto, e qual é o seu objetivo. O professor precisa criar possibilidades de desenvolver atividades de escrita relevantes para os alunos. De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língua Portuguesa (2008, p. 56):
Antunes salienta a importância de o professor desenvolver uma prática de
escrita escolar que considere o leitor, uma escrita que tenha um destinatário e
finalidades, para então se decidir sobre o que será escrito, tendo em vista que “a
escrita, na diversidade de seus usos, cumpre funções comunicativas socialmente
específicas e relevantes”.
Alguns aspectos precisam ser priorizados para formarmos escritores
competentes, entre eles citamos:
179
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Vozes presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
Semântica:
-operadores argumentativos;
-ambiguidade;
-sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
-expressões que denotam ironia e humor no texto.
LEITURA
O estudo de textos em Língua Portuguesa significa entender a
intencionalidade do mesmo, atribuir sentido, perceber as características dos
diferentes tipos de textos, entender os limites entre a fala a escrita e as variedades
linguísticas, ser capaz de sintetizar e refletir suas ideias principais.
A leitura permite que os educandos viajem, conheçam lugares e culturas
diferentes das suas, possibilitando uma visão de mundo. É necessário que o
professor de Língua Portuguesa instigue nos educandos o prazer da leitura, para
que o mesmo tenha por habito realizar leituras desde um jornal ou revista, até de
livros mais complexos. Portanto, o professor deve levar para a sala de aula textos de
assuntos variados, trabalhando alguns aspectos como:
Tema do texto;
Interlocutor;
180
Discurso direto e indireto;
Informatividade;
Finalidade;
Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, e figuras de
linguagem.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O objetivo maior do ensino da língua materna é o domínio do uso das
linguagens nas varias situações sociais, ou seja, o desenvolvimento da competência
comunicativa nas diversas formas de interação. (SARMENTO, p. 5).
A comunicação deve ser o primeiro passo para se conseguir definir a
metodologia adequada, após amplo diagnóstico da realidade escolar. O professor
deve propor atividades variadas, sejam elas coletivas ou individuais, sempre em
conjunto com os educandos. Estes devem ser participantes do processo educativo.
Devemos valorizar a diversidade de cultura do nosso aluno, mas sempre
possibilitando a própria superação, levando em consideração as diferenças
individuais, procurando fazer um encaminhamento interdisciplinar.
A metodologia deve permitir uma programação variada para as diversas
séries do Ensino Fundamental, através de atividades planejadas que possibilitem ao
aluno não só a leitura e a expressão oral ou escrita, mas, também, refletir sobre o
uso que faz da linguagem nos diferentes contextos e situações, além de preparar
textos que possibilitem o contato real do estudante com a multiplicidade do mesmo,
que são produzidos e circulam socialmente, tendo como ponto de partida a
experiência.
Além dos textos escritos e falados, o professor deve possibilitar a integração
da linguagem verbal com as outras linguagens como práticas sociais discursivas e
suas especificidades, e seus diferentes suportes tecnológicos, diferentes modos de
composição e de geração ou significados; aprimorando através do contato com os
textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética dos
alunos, propiciando através das atividades a constituição de um espaço dialógico
181
que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e
da escrita.
Faz-se necessário desenvolver atividades de oralidade, que permita ao aluno
não só conhecer e usar outra variedade linguística, como „a padrão‟ mas também
entender a necessidade desse uso em determinados contextos sociais.
O professor de Língua Portuguesa deve planejar juntamente com a equipe
pedagógica de sua escola ações pedagógicas, que permitam aos alunos entrarem
em contato com a leitura de textos mais difíceis, complexos e com significados
maiores.
O trabalho didático-metodológico deverá propiciar ao aluno a construção de
seu conhecimento e desenvolvimento de habilidades que o levem a ampliar sua
capacidade de aprendizagem e a exercer a cidadania a partir das experiências
sociais que todos vivem, através dos gêneros discursivos diversificados como:
artigos, pesquisas, palestras, debates, cartazes, relato históricos, leis, musicas,
paródias, textos, também será abordado temas diversificados como: história e
cultura afro-brasileira e africana, a história e cultura dos povos indígenas, a política
nacional de educação ambiental, sexualidade, educação fiscal, educação no
transito, meio ambiente, dentre outros, articulando tais temas com os conteúdos
estruturantes e específico de acordo com cada serie. (CAVALLETE, p. 5)
É necessário que o professor trabalhe habilidades de leitura, para o estudo
dos gêneros, visto que o aluno lê por fruição do prazer e entretenimento, para
pesquisar e conhecer informações novas, para participar de um ato comunicativo
entre interlocutores e para compreender ou estabelecer relações.
De acordo com as Diretrizes Curriculares de Educação Básica de Língua
Portuguesa (p.96, 97), torna-se necessário que o professor:
LEITURA
Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
182
Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções,
intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade,
vozes sociais e ideologia;
Proporcione análises para estabelecer a referência textual;
Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade,
época;
Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como
gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;
Relacione o tema com o contexto atual;
Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
Instigue o entendimento/ reflexão das diferenças decorridas do uso de
palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;
Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, que é
próprio de cada gênero;
Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa
consequência entre as partes e elementos do texto;
Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas.
ESCRITA
Planeje a produção textual a partir: da delimitação tema, do
interlocutor, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade,
situacionalidade, temporalidade e ideologia;
Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para
estabelecer a referência textual;
Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
Acompanhe a produção do texto;
Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há
continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao
contexto;
Estimule o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e
denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor; figuras de
linguagem no texto;
183
Incentive a utilização de recursos de causa e consequência entre as
partes e elementos do texto;
Conduza a utilização adequada das partículas conectivas;
Encaminhe à re-escrita textual: revisão dos argumentos/das ideias,
dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma crônica, verificar se
a temática está relacionada ao cotidiano, se há relações estabelecidas entre os
personagens, o local, o tempo em que a história acontece etc.);
Conduza na re-escrita, a uma reflexão dos elementos discursivos,
textuais, estruturais e normativos.
ORALIDADE
Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em
consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade finalidade do texto;
Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições
orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre
as partes e elementos do texto;
Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da
oralidade em seu uso formal e informal;
Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos
recursos extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas e outros;
Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade,
como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre
outros.
Ensino Médio
LEITURA
Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
Formule questionamentos que possibilitem inferências a partir de pistas
textuais;
184
Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções,
intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade,
vozes sociais e ideologia; contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores,
finalidade, época; referente à obra literária, explore os estilos do autor, da época,
situe o momento de produção da obra e dialogue com o momento atual, bem como
com outras áreas do conhecimento;
Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como
gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;
Relacione o tema com o contexto atual;
Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
Instigue o entendimento/ reflexão das diferenças decorridas do uso de
palavras e/ou expressões no sentido conotativo;
Estimule leituras que suscitem o reconhecimento do estilo, que é
próprio de cada gênero;
Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e
consequência entre as partes e elementos do texto;
Proporcione análises para estabelecer a progressão referencial do
texto;
Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas.
ESCRITA
Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do
interlocutor, intenções, contexto de produção do gênero;
Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para
estabelecer a referência textual;
Conduza a utilização adequada dos conectivos;
Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
Acompanhe a produção do texto;
Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo;
Estimule produções que suscitem o reconhecimento do estilo, que é
próprio de cada gênero;
185
Incentive a utilização de recursos de causa e consequência entre as
partes e elementos do texto;
Encaminhe a re-escrita textual: revisão dos argumentos/das ideias,
dos elementos que compõe o gênero (por exemplo: se for um artigo de opinião,
observar se há uma questão problema, se apresenta defesa de argumentos, se a
linguagem está apropriada, se há continuidade temática, etc.);
Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há
continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao
contexto;
Conduza, na re-escrita, a uma reflexão dos elementos discursivos,
textuais, estruturais e normativos
ORALIDADE
Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando
em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do
texto;
Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições
orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre
as partes e elementos do texto;
Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da
oralidade em seu uso formal e informal;
Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos
recursos extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas e outros;
Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade,
como seminários, telejornais, entrevistas, reportagens, entre outros;
Propicie análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes
fontes como jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a
ideologia dos discursos dessas esferas. (DIRETRIZES CURRICULARES DE
EDUCAÇÃO BÁSICA, p.98 - 99)
186
RECURSOS DIDÁTICOS
Para o enriquecimento das aulas de Língua Portuguesa e da aquisição de
conhecimentos por parte dos alunos faz-se necessário que o professor utilize várias
alternativas e instrumentos metodológicos, tais como:
Pesquisas e projetos;
OACs;
TV Educativa;
TV Paulo Freire;
Portal Dia-a-dia Educação;
TV Pen drive;
Livros didáticos;
Apostilas;
Recortes de revistas e jornais;
Diálogos, leituras complementares;
Exercícios orais e escritos;
Dramatizações;
Jogos, entrevistas, músicas;
Histórias em quadrinhos;
Cópias, montagem de dicionário (Vocabulários);
Biblioteca do Professor;
DVD, computador, internet entre outros.
AVALIAÇÃO
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língua
Portuguesa, a avaliação deve ser continua e cumulativa para o desempenho do
aluno com prevalência dos aspectos qualitativos e dos resultados ao longo do ano
letivo, lembrando que o professor não deve excluir do sistema escolar as duas
formas de avaliação: a formativa e a somativa, pois elas servem para diferentes
finalidades. O professor deve buscar várias formas de avaliar, não somente por meio
187
de provas, mas também utilizar a observação diária e instrumental, variando de
acordo com cada conteúdo ou objetivo proposto.
Na oralidade o professor deverá observar na participação do aluno nos
“diálogos, relatos, apresentações de trabalhos, discussões, seminários”, a clareza e
argumentos ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, o seu desembaraço, a
variedade lingüística utilizada.
Leitura ao ser avaliado, deve se considerar as estratégias que os estudante
empregaram em seu decorrer, a compreensão do texto lido o sentido construído sua
reflexão e sua resposta ao texto.
Lembrando que a avaliação deve considerar as diferenças leituras do mundo
e a repertorio de experiência dos alunos.
Escrita: o texto escrito será avaliado nos seus aspectos discursivos textuais
ortográficos e gramaticais, os elementos linguísticos usados nas produções dos
alunos precisam ser avaliados sob um pratica reflexiva e contextualizado para
compreender o texto escrito. E chegar a almejada proficiência com a leitura e a
escrita, ao letramento.
Engajado com as questões de seu tempo tal professor respeitará as
diferenças e promoverá uma ação pedagógica de qualidade a todos os alunos tanto
para derrubar mitos que sustentam o pensamento único padrões preestabelecidos e
conceitos tradicionalmente aceitos para construir relações sociais mais generoso e
incruentes.
188
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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189
PRATES, Marilda. Encontro e reencontro em Língua Portuguesa: reflexão e ação. São Paulo: Moderna, 1998. SANTOS, Sônia Meire dos; MOLINA, Mônica Castagna. Por uma educação do campo. Brasília: DF, 2004. SARGENTIM, Hermínio G. Atividades de comunicação em Língua Portuguesa. São Paulo: IBEP. SARMENTO, Leila Lauar. Português, Literatura, Produção e Gramática. SEED. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Governo do Estado do Paraná. Curitiba 2008. TERRA, Ernani, Português Paratodos. São Paulo: Scipione, 2002
190
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ENSINO
RELIGIOSO PARA O ENSINO FUNDAMENTAL.
Apresentação
Há muito tempo a disciplina de Ensino Religioso faz parte dos currículos
escolares no Brasil; Porém, durante anos tal disciplina foi ministrada, e
compreendida de acordo com os momentos históricos vividos do Brasil.
A primeira forma voltada para ensino religioso na educação brasileira ocorreu
através das atividades de evangelização promovidas pela Companhia de Jesus,
entre outras instituições de confissão católica, como os Jesuítas; Esta educação era
voltada para os ensinamentos das sagradas escrituras, e da doutrina da igreja
Católica Apostólica Romana na intenção de:
Conduzir os indígenas ao abandono de suas crenças e costumes e a sua conseqüente submissão ao conjunto de preceitos e sacramentos da Igreja Católica Apostólica Romana. (DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DE ENSINO RELIGIOSO, p.38)
Com a Republica surgiu defensores de dissolver o modelo de educação
baseado na catequese religiosa, com intenção de neutralidade religiosa. Então
iniciou-se um período de disputa entre os defensores do ensino confessional e do
principio republicano de criar uma educação laica.
Em 1934 o Estado Novo procurou por fim nesta disputa, com a introdução da
disciplina de Ensino Religioso nos currículos da educação pública, porém não
obteve muito sucesso, através do artigo da Constituição da Era Vargas que tratava
do Ensino Religioso, da seguinte maneira:
O ensino religioso será de freqüência facultativa e ministrado de acordo com os princípios da confissão do aluno manifestada pelos pais ou responsáveis e constituirá matéria dos horários nas escolas publicas primarias, secundarias, profissionais e normais. (BRASIL, 1934, art.153)
A constituição se contradizia a em dois aspectos que eram muito discutidos e
questionados: primeiro, o estado brasileiro visava à formação do cidadão de forma
laica, porém, a própria constituição exigia um Ensino Religioso ministrado de acordo
191
com a confissão religiosa do aluno, pais ou responsáveis. Segundo é a incoerência
de propor uma disciplina como parte integrante da formação básica do cidadão e, ao
mesmo tempo, propor seu caráter facultativo.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada em 1948,
afirmava em seu XVIII artigo o seguinte:
Toda pessoa tem direito a liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela pratica, pelo culto e pela observância isolada ou coletivamente, em público ou em particular. (DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DE ENSINO RELIGIOSO, p.40)
Com essa declaração que garante aos cidadãos a liberdade de pensamento e
escolha de manifestar suas práticas religiosas, abriu possibilidades de reelaborarão
da disciplina em função de se tornar um ensino aconfessional; visando não interferir
em suas escolhas religiosas, e respeitando suas opções e manifestações com o
Sagrado.
A possibilidade de um Ensino Religioso aconfessional só se concretizou após
a redação da LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 e sua
respectiva correção , em 1997, pela lei 9.475, artigo 33, onde a disciplina de Ensino
Religioso se caracteriza da seguinte forma:
“O ensino religioso é de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo.” (DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DE ENSINO RELIGIOSO, p.41)
Pela primeira vez a inclusão dos temas religiosos na educação brasileira foi
proposta em um modelo laico e pluralista com a intenção de impedir qualquer forma
de prática catequética nas salas de aula da rede pública.
O ensino religioso como disciplina, requer um tratamento didático-pedagógico
adequado, de acordo com idade e com as exigências de todo o ensino escolar,
visando desenvolver conhecimento sobre o Sagrado, respeito à diversidade religiosa
cultural, e consciência de que o fenômeno religioso é um ato de cultura e de
identidade de cada grupo social.
192
A disciplina de Ensino Religioso deve proporcionar a compreensão, comparação e analise das diferentes manifestações do Sagrado, com vistas à interpretação dos seus múltiplos significados. (DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DE ENSINO RELIGIOSO, p.47)
O conhecimento religioso insere-se como patrimônio da humanidade e visa
promover aos educandos que se tornem pessoas capazes de entender os
movimentos religiosos específicos de cada cultura, respeitando e valorizando todas
as diversidades em todas as suas formas, e como se relaciona com o sagrado.
As diferenças culturais são abordadas de modo a ampliar a compreensão da
diversidade religiosa construída historicamente e, portanto são marcadas por
aspectos econômicos, políticos e sociais, possibilitando reflexão, diálogo e respeito
na convivência com as diferenças religiosas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Paisagem Religiosa
Uma paisagem religiosa define-se pela combinação de elementos culturais e
naturais que remetem as experiências como sagrado e uma série de representações
sobre o transcendente e o imanente, presentes nas diversas tradições culturais
religiosas.
A paisagem religiosa pode ser representada por elementos naturais, tais
como: astros, montanhas, rios, florestas, entre outros; ou por elementos
arquitetônicos, como: templos, cidades sagradas, construções antigas, monumentos
entre outros; e estão diretamente ligados a valor sagrado.
Sendo assim, a paisagem religiosa é fruto do espaço social e cultural
construído historicamente, em vivencia dos inúmeros grupos humanos.
Universo Simbólico Religioso
193
Os símbolos são partes essenciais da vida humana: todo sujeito se constitui e
se constrói por meio de inúmeras linguagens simbólicas, tanto em sua vida ligada ao
sagrado como em seu imaginário.
Pode-se dizer que os símbolos são formas de expressão e comunicação dos
homens, são elementos importantes porque estão presentes no cotidiano das
pessoas, e que graças aos símbolos o mundo tem se transformado e modificando a
humanidade.
Texto Sagrado
Os textos sagrados são reconhecidos pelos próprios grupos, podendo ser oral
ou escrito; eles são de grande importância, pois registram fatos importantes de
tradições e manifestações religiosas que são transmitidos as suas gerações.
Pode-se afirmar que os textos sagrados são de grande importância para a
disciplina de Ensino Religioso, pois permite identificar a tradição e a manifestação
atribui às práticas religiosas o caráter sagrado, podendo estar presentes nos ritos,
nas festas, na organização das religiões, e nas explicações da vida e morte.
CONTEÚDOS 5ª SÉRIE/ 6º ANO
Respeito à diversidade religiosa
Declaração dos Direitos Humanos e a Constituição Brasileira: Respeito
à liberdade religiosa.
Direito de professar a fé e liberdade de opinião e expressão;
Direitos humanos e sua vinculação com o sagrado;
Organizações Religiosas: Mundiais e Regionais, como:
Ateísmo, Seitas, Espiritismo, Hinduísmo, Budismo, Xintoísmo,
Confucionismo, Teoísmo, Islamismo, Judaísmo, Cristianismo, Protestantismo, Igreja
Ortodoxa, Catolicismo.
Fundadores e/ ou líder religioso;
Lugares Sagrados;
194
Caracterização de lugares e templos sagrados, como: lugares de
peregrinação, reverência, cultos.
Lugares construídos como: templos, cidades sagradas, sinagogas;
Lugares na natureza como: rios, montanhas, grutas, cachoeiras;
Textos Sagrados orais ou escritos:
Narrativas, poema, orações, historia da origem do povo contada pelos
mais velhos, como por exemplo, as historias do Velho e Novo Testamento, o Torá;
Tradições da cultura africana e indígena; (lei 10.639)
Símbolos Religiosos;
Significados Simbólicos que podem ser definidos como: uma palavra,
um som, um gesto, um ritual, uma obra de arte, cores, textos;
Ritos;
Mitos;
Cotidiano
Arquitetura Religiosa, Mantras, objetos religiosos, entre outros.
CONTEÚDOS 6ª SÉRIE/ 7º ANO
Temporalidade Sagrada
Caracterização de Tempo Sagrado/ Tempo Profano;
Evento da criação nas diversas tradições religiosas;
Calendários Religiosos;
Tempos Sagrados, como: nascimento do líder religioso, datas de rituais,
festas;
Festas Religiosas
Peregrinações;
Festas familiares; como exemplo: Romarias, São Gonçalo.
Festas nos Templos;
195
Datas Comemorativas como exemplo: Natal, Ano Novo; Páscoa;
Ritos – Celebrações
Os Ritos de Passagem;
Os Mortuários;
Os Propiciatórios;
Como exemplo: Via-Sacra, Ritual Fúnebre, Candomblé;
Vida e Morte
O sentido da vida nas tradições e manifestações religiosas;
A reencarnação;
A ancestralidade;
A ressurreição;
Como as manifestações religiosas lidam com a morte.
METODOLOGIA
A disciplina de Ensino Religioso visa abordar o Sagrado do ponto de vista
laico, não religioso, assim o professor estabelecerá uma postura pedagógica frente
ao universo das manifestações religiosas.
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Ensino
Religioso, os conteúdos ministrados nas aulas de Ensino Religioso têm
compromisso de estabelecer discussões sobre o Sagrado, sobre as diferenças
manifestações religiosas, desenvolver respeito frente à diversidade religiosa, e
explicitar que: A escola não é um espaço de doutrinação, evangelização, expressão
de ritos, símbolos e celebrações.
A linguagem utilizada na sala de aula é sempre a pedagógica ou cientifica,
adequada ao universo escolar, não propondo que se faça uso desta ou daquela
prática religiosa.
196
Para uma melhor compreensão da disciplina de Ensino Religioso faz-se
necessário a utilização de vários instrumentos metodológicos, articulando conteúdos
estruturantes com os conteúdos básicos podendo ser utilizado: músicas, vídeos, a
TV Pen Drive, mensagens de reflexão, textos complementares, exercícios escritos e
orais; A abordagem teórica dos conteúdos pressupõe uma contextualização, um
breve diálogo, pois o conhecimento só faz sentido quando associado ao contexto
histórico, político e social.
É de suma importância que a disciplina de Ensino Religioso proponha
diálogos, seminários entre outras atividades, sobre temas contemporâneos de
grande relevância para o contexto social dos alunos, temas significativos como a
importância de preservar o “meio ambiente” (Lei 9.795/99), como lidar com as
violências ao nosso redor, compreender e respeitar a cultura afro – brasileira (Lei
10.639/03) a Indígena, quais são os deveres e direitos dos cidadãos; levando os
alunos a respeitarem o „diferente‟, refletirem e compreenderem seu papel frente a
sociedade.
O professor da disciplina de Ensino Religioso deve evitar fontes de
informação comprometidas com interesse de uma ou outra tradição religiosa, e deve
sempre respeitar o direito à liberdade de consciência e a opção religiosa dos
educandos.
AVALIAÇÃO
A disciplina de Ensino Religioso não se constitui como objeto de aprovação
ou reprovação, não terá registros de notas.
A avaliação é um elemento integrante do processo educativo da disciplina de
ensino religioso, então cabe ao professor programar praticas avaliativa, e construir
instrumentos de avaliação que permitam a escola, ao aluno, aos pais ou
responsáveis a identificação dos progressos obtidos na disciplina.
Segundo as Diretrizes Curriculares existem varias formas que podem ser
instrumento de avaliação na disciplina como observar se:
- o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que tem
opções religiosas diferentes da sua;
197
- o aluno reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de
identidade de cada grupo social;
- o aluno emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes
manifestações do Sagrado;
- o aluno tem clareza e suas próprias opiniões “criticas” sobre os temas
contemporâneos abordados na disciplina.
198
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
ALVES, Rubem. O que é religião. São Paulo: Brasiliense, 1981. BENINCÁ, Elli. O Conhecimento religioso. Passo Fundo: Mimeo, 1996. BRASIL, 1934, art.153. In Diretrizes Curriculares do Ensino Religioso para a Educação Básica do Estado do Paraná, 2008. GRUEN, Wolfgang. O Ensino Religioso na Escola. Petrópolis: Vozes, 1995. SEED, Diretrizes Curriculares do Ensino Religioso para a Educação Básica do Estado do Paraná, 2008.
199
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FÍSICA PARA O
ENSINO MÉDIO.
Apresentação
Para Menezes (2005) “A Física tem como objeto de estudo o Universo, em
toda sua complexidade”. Por isso a disciplina de Física propõe o estudo da natureza,
não a natureza propriamente dita, mas modelos de elaborações humanas.
O olhar sobre a natureza tem origem em tempos remotos, provavelmente no
período paleolítico, na tentativa humana de resolver seus problemas cotidianos e
garantir a subsistência. Assim, a Astronomia é talvez, a mais antiga das ciências,
tendo encontrado sua racionalidade pelo interesse dos gregos em explicar as
variações cíclicas nos céus. É o inicio do estudo dos movimentos.
Muitos foram os estudos e contribuições, mas a história da Física nos mostra
que até o Renascimento a maior parte da ciência conhecida pode ser resumida à
Geometria Euclidiana, a Astronomia geocêntrica de Ptolomeu e a Física de
Aristóteles.
Na idade média, a igreja tornou-se a instituição mais poderosa, sendo que o
conhecimento do universo foi associado a Deus e oficializado pela igreja Católica
que o transforma em dogmas que não eram questionados.
Com as navegações e ampliação da sociedade comercial tornou-se favorável
o surgimento de mudanças econômicas, políticas e culturais, abrindo caminhos para
as revoluções industriais do século XVIII e, para que a ciência se desenvolvesse.
Nesse contexto, a Física tal qual a conhecemos hoje foi inaugurada por
Galileu Galilei, no século XVI, com uma nova forma de conhecer o universo, através
da descrição matemática dos fenômenos físicos, partindo para o geral, tornando
possível a construção de leis universais.
Ao instituírem o método científico, Bacon, Galileu, Descartes e, provavelmente, outros anônimos, retiraram das autoridades eclesiásticas o controle sobre o conhecimento e iniciaram um novo período (DCE, p. 42).
Isso abriu caminhos para que Issac Newton fizesse a primeira grande
unificação da ciência elevando a Física, no século XVII, ao status de ciência.
200
A nova ciência que vem a partir de Newton e seus sucessores carregam a
ideia de que o universo se comporta com uma regularidade mecânica e esta
alicerçado em dois pilares: a matemática, como linguagem para expressar leis,
ideias e elaborar modelos para descrever os fenômenos físicos e a experimentação,
como forma de questionar a natureza, de comprovar ou confirmar ideias de testar
modelos.
Com a evolução do contexto social e econômico o avanço do conhecimento
físico evolui, estabelecendo as leis da Termodinâmica e o calor passa a ser
entendido como uma forma de energia relacionada ao movimento.
Com a revolução Industrial, a burguesia passa a levantar a bandeira da
educação gratuita para todos, onde os estados passam a ser responsáveis pela
educação dos trabalhadores marcando o surgimento da instituição escola tal qual
conhecem hoje, porém uma escola que não é para todos.
Nessa época com a vinda da família real para o Brasil o ensino da Física é
trazido para o nosso país para entender a corte e os desejos da intelectualidade
local, formando engenheiros e médicos, ou seja, os dirigentes do país. Portanto não
era para todos, visto que esse conhecimento não fazia parte da grade curricular das
escolas primárias ou profissionais que as classes populares frequentavam.
Os materiais didáticos utilizados eram traduções europeias até meados do
século XX, quando começaram a ocorrer contribuições nacionais com a criação da
USP.
O cenário científico mundial, o inicio do século XX é marcado por uma
revolução no campo da pesquisa da Física.
“Em 1905, Einstein apresentou a Teoria da Relatividade Espacial ao perceber
que as equações de Maxwell não obedeciam às regras de mudança de
referencial da teoria newtoniana” (DCE p.45).
Essa mudança da preservação da teoria, altera os fundamentos da Mecânica,
apresentando uma nova visão do espaço e do tempo.
No período entre guerras, vários cientistas se transferiram para outros países
onde pudessem desenvolver suas pesquisas. Graças a isso, em 1934, surgiu o
curso “Scencias Physicas”, junto a USP para formar bacharéis e licenciados em
201
Física, permitindo ao país que a pesquisa e a construção de novos conhecimentos
começassem efetivamente.
O final da Segunda Guerra Mundial marca uma euforia no ensino de Ciências,
provocando mudanças no currículo da disciplina. Surge então a primeira Instituição
Brasileira de Educação, Ciência e Cultura (IBECC) que tinha como papel construir
material para laboratório, livros didáticos e paradidáticos.
A intensificação do processo de industrialização do Brasil, a partir de 1950, a
Física torna-se parte dos currículos de ensino médio, pois as elites acreditavam na
ciência como progresso e poder, ou o segredo da tecnologia ocidental.
Portanto, o ensino da Física sempre oscilou entre formação de professores e
a produção de materiais, esse último prevalecendo, sendo o livro didático o ditador
sobre trabalho dos professores.
Os projetos desenvolvidos no país influenciaram e inspiraram mudanças nos
projetos curriculares, tanto na educação geral como no nível pré-universitário. Eles
também contribuíram para formar grupos temporários de professores e cientistas,
normalmente de instituições de pesquisa, para a preparação de materiais visando a
melhoria das disciplinas científicas, origem de muitos Centros de Ciências existentes
e a comunidade acadêmica de educadores de Ciência, hoje em associações de
classe, publicações de periódicos e cursos de formação e especializações.
Hoje, continuamos com o tratamento disciplinar porque consideramos que a
Física é um campo de conhecimentos específicos, em construção e socialmente
reconhecido. Por isso não aceitamos generalidade, obstáculos ao desenvolvimento
do conhecimento científico, capaz de levar o espírito científico a se prender às
soluções fáceis, imediatas e aparentes.
Então, a Física deve educar para a cidadania contribuindo para o
desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção
científica ao longo da história e compreender a necessidade desta dimensão do
conhecimento para o estudo e o entendimento do universo de fenômenos que o
cerca. Mas também, que percebam a não neutralidade de sua produção, bem como
os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais desta ciência, seu
comprometimento e envolvimento com as estruturas que representam esses
aspectos.
202
O tratamento dos conteúdos sob enfoque disciplinar prossegue porque
entende-se que as disciplinas escolares estão vinculadas a campos de
conhecimentos que, embora estejam em constante construção, são
socialmente reconhecidos e não devem ser generalizados, nem esvaziados.
(DCE p. 49).
Portanto, o conhecimento Físico deve ter em vista a evolução histórica das
ideias e conceitos, voltados para a formação de sujeitos que, em sua formação e
cultura, agreguem a visão da natureza, das produções e das relações humanas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos
estruturantes
Conteúdos básicos Conteúdos específicos
Movimento
Momentum e inércia
Conservação de quantidade
de movimento (momentum)
Variação de quantidade de
movimento = Impulso
2ª Lei de Newton
3ª Lei de Newton e condições
de equilíbrio
Movimento retilíneo:
- Conceito de movimento;
- Movimento retilíneo
uniforme;
- Velocidade média –
instantânea;
- Conceito de aceleração;
- Queda livre;
- Equação do movimento
com aceleração;
- Forças e suas
características;
- Inércia – primeira lei de
Newton;
- Força e atrito;
- A segunda lei de Newton;
- Ação e reação – a terceira
lei de Newton.
- Movimento circular
203
uniforme;
- Movimento dos Planetas;
- Gravitação universal;
- Centro de gravidade;
- Movimento de um projetil;
- Conceito de pressão;
- Pressão atmosférica;
- Pressão exercida pelos
líquidos;
- Empuxo;
- Trabalho de uma força;
- Máquinas simples;
- Energia cinética.
Termodinâ
mica
Leis da Termodinâmica
Lei zero da Termodinâmica
1ª Lei da Termodinâmica
2ª Lei da Termodinâmica
Movimento ondulatório
Comportamento e natureza
da luz
- Estruturas organizadas e
desorganizadas;
- Temperatura e
termômetros;
- Dilatação térmica;
- Comportamento dos Gases;
- O calor é uma forma de
energia;
- Transferência de calor;
- Mudança de fase;
- Conservação de energia –
máquinas térmicas;
- Propagação de uma onda;
- Ondas sonoras;
- Propagação e reflexão da
luz;
- Espelhos e imagens;
- Refração da luz;
- A natureza da luz.
Electromag
netismo
Carga, corrente elétrica,
campo e ondas eletromagnéticas
- Eletrização – carga elétrica;
- Campo elétrico;
204
Forças eletromagnética
Equações de Maxwell: Lei de
Gaus para eletrostática/Lei do
Coulomb, Lei de Gaus
magnética, lei de Faraday
Radioatividade
Física nuclear e relatividade
- Comportamento de um
condutor eletrizado;
- Corrente elétrica;
- Resistência elétrica;
- Efeitos da corrente elétrica;
- Força eletromotriz;
- Magnetismo;
- Os fenômenos magnéticos
tem origem em cargas elétricas
em movimento;
- Ação do campo magnético
sobre uma corrente – o motor
elétrico;
- Indução eletromagnética –
geradores de corrente elétrica;
- Conceitos básicos;
- Radiações;
- Riscos e aplicações das
radiações;
- Diagnóstico médico;
- Fissão nuclear;
- Fusão nuclear.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
As constantes e rápidas mudanças que ocorrem na sociedade
contemporânea, o avanço das tecnologias e das demandas existentes, nos desafia a
adotarmos e utilizarmos novas metodologias de trabalho no processo pedagógico na
disciplina de Física.
Ao longo das décadas tem sido desenvolvidas inúmeras pesquisas referentes
ao ensino de Física, procurando ajudar a prática do cotidiano dos educadores e
tornar claro vários procedimentos de aprendizagem utilizados pelos alunos. Esse
grupo de aprendizado novo deve tornar-se disponível para os professores de forma
que ele possa manter-se permanentemente atualizado.
205
Sendo a escola um lugar onde se lida com o conhecimento científico
historicamente produzido, cabe ao professor considerar o conhecimento prévio dos
estudantes, conhecimento este adquirido, nas interações e espaços de convivência,
desafiando os mesmos para um nível de saber mais elaborado e sistematizado.
Uma maneira importante dessa forma de se realizar o trabalho traduz-se em
desenvolver habilidades relacionadas à investigação. Trata-se de identificar
questões e problemas a serem resolvidos, estimular a observação, classificação e
organização dos fatos e fenômenos à nossa volta.
O avanço tecnológico muito contribuiu para o desenvolvimento, habilidades e
criatividade dos educandos pois o uso de vários recursos didáticos como DVD, livros
didáticos, internet, TV, Pendrive, tem sido muito importante para que os educandos
possam adquirir conhecimentos científicos.
Sendo assim ao prepararmos o nosso educando para o aprendizado de física
deve-se estimular os mesmos a acompanhar através da mídia as notícias científicas,
orientando-os para a identificação sobre o assunto que esta sendo trabalhado.
Devemos lançar mão da conversa coloquial para estimular debates
relacionados com situações do cotidiano e promover a reflexão sobre fenômenos
naturais, como forma de evidenciar que a Física não é uma ficção, mas uma
tentativa de explicar o funcionamento do universo.
A ciência surge na tentativa de decifrar o universo físico, a qual é determinada
pela necessidade humana de resolver problemas práticos e demandas materiais em
determinada época, logo, é história, e constitui visão de mundo.
Essa visão de mundo se expressa num modelo que busca representar o real
sob a forma de conceitos e definições, ao buscar descrever e explicar seus objetos
de estudos por leis universais, amparando em teorias aceitas por uma comunidade
científica, mediante rigoroso processo de validação em que se estabelece “uma
verdade” sobre o objeto.
É importante que o ensino de Física não deixe de lado a Filosofia da ciência,
especialmente baseada na História, pois a Filosofia apresenta elementos para
análise que permitem dialogar de forma mais enriquecedora com a natureza. Ela
contribui para repensar o ensino de física, o qual impõe uma reflexão a partir se
suas múltiplas faces: os sujeitos docentes e estudantes), os livros didáticos, os
206
conteúdos escolares, os processos de transmissão e avaliação, o contexto escolar
os laboratórios, a sociedade em que vivemos.
Contudo, é necessário reconhecer que a física, enquanto campo disciplinar
mantém relações com outras disciplinas. Os conceitos de outras disciplinas devem
ser utilizadas para o melhor entendimento de conhecimento físico ou contrário. Para
isso lançar mão de leitura, interpretação ou redação de textos científicos (ou não)
desde que observados a linguagem, conteúdos, o alunos a que se destina e o que
se pretende com a proposta da leitura.
Metodologias estas, que tem por objetivo uma aprendizagem significativa que
ocorre quando novas informações interagem com o conhecimento prévio e,
simultaneamente, os sujeitos adicionam, diferenciam, interagem, modificam,
integram, fazem descobertas, extrapolam situações do cotidiano, elaboram e
ampliam conceitos, enriquecendo o saber existente.
As práticas pedagógicas dar-se-ão através de experiencias demonstrativas de
conceitos e exemplos práticos envolvendo problemas do cotidiano com exposição
oral e escrita, apresentação de vídeos através da TV pendrive, resolução de
exercícios, como atividades individual ou em equipes, em classe ou extra-classe,
correção dos exercícios dados, com participação dos alunos e comentários e
explicações do professor sempre que necessário, trabalho em grupo para resolução
de exercícios de fixação, realização de pesquisa com revistas, jornais e internet para
complementação do conteúdo.
Com a implementação da Lei 10.639/03, Lei 13.385/01e a Lei 11.645/08 a
cultura Afro-brasileira e indígena bom como os Temas Transversais como Ética,
Cidadania, Identidade Étnico-racial, Família, Valores, dentre outros devem ser
abordados de maneira não descriminatória, que venha contribuir e valorizar a
importância para o processo de construção de identidade étnico e racial no Brasil.
Os desafios do milênio do protesto negro estão na capacidade de renovar seu discurso e prática política no sentido de ampliar sua base popular, agregando novas formas de organização, como os Pré-Vestibulares para Negros e Carentes, e milhões de brasileiros que aderiram a causa antirracista.(cadernos temáticos: Educando para as relações étnico-raciais p.22)
207
A educação ambiental propõe trazer a problemática que atinge nosso
cotidiano. Devemos sensibilizar e capacitar os alunos para uma tomada de
consciência e ações concretas que permitam sua integração com a comunidade e a
compreensão critica da complexidade do mundo contemporâneo.
... que a educação ambiental, no contexto mundial, afirma e reafirma a necessidade de se considerar as diversas dimensões, tornando-se visível a abordagem interdisciplinar e sistêmica que impera nesse novo saber ambiental. (Cadernos temáticos da diversidade Educação Ambiental p.17)
AVALIAÇÃO
A avaliação deve servir como um elemento norteador do trabalho docente,
sendo que cada forma de avaliação apresenta características próprias que
compreendem possibilidades e limitações.
Esse processo contínuo serve para constatar o que está sendo construído e
assimilado pelo aluno e o que está em via de construção.
Cumpre também o papel de identificar dificuldades para que sejam
programadas atividades diversificadas de recuperação no decorrer do processo de
ensino/aprendizagem.
Avaliar é considerar a apropriação dos objetos da Física pelos alunos,
devendo ter um caráter diversificado e verificar aspectos tal como: a compreensão
dos conceitos físicos; a capacidade de análise de um texto seja ele literário ou
científico, para emitir uma opinião que leve em conta os conteúdos físicos; a
capacidade de elaborar um relatório sobre experimentos ou qualquer outro evento
que envolva a Física, considerando ainda: observação; registros, análise do
desempenho do aluno, considerando os dados obtidos; acompanhamento das
atividades, principalmente nas aulas de participação nas quais o aluno pergunta,
emite opiniões, levanta hipóteses, constrói novos conceitos e busca novas
informações.
As provas, os testes, e os trabalhos são instrumentos que devem ser
considerados como oportunidades para perceber os avanços ou dificuldades dos
alunos em relação ao conteúdo em questão. Sua formulação deve fundamentar-se
em, questões de compreensão e raciocínio, e não de memorização.
208
Entrevistas e conversas informais: é importante estabelecer canais de
comunicação entre professor e aluno para ouvir o que eles tem a dizer sobre o
processo de aprendizagem e perceber o que estão aprendendo.
A auto-avaliação, tanto do professor como do aluno é fundamental para a
formação de sujeitos autônomos e para a reflexão do que está sendo feito no
processo de ensino-aprendizagem.
Não obtendo os resultados esperados e os objetivos propostos, cabe ao
professor as retomadas e intervenções que será feita através de recuperações
contínua e paralelas, necessárias que garantam um bom aproveitamento e
aprendizagem dos alunos, visando seu crescimento.
209
BIBLIOGRAFIA
ALVARENGA, Beatriz & MÁXIMO, Antônio. Física de Olho no mundo do trabalho, Volume único para o Ensino Médio, São Paulo Ed. Scipione, 2003. AMALDI, Ugo, Imagens da física, São Poulo, Scipione, 1995, Volume Único. ABRANTES, P. C. C. Newton e a Física Francesa no século XIX, In: Cad de História e Filosofia da Ciência, Série 2, 1(1): 5-31, p. 5-31, jan-jun, 1989. ARRUDA, Miguel A. T. & ANJOS, Ivan G. Física na escola atual. S. Paulo, Atual, 1993, 3v. BOCAFOLI, Francisco. Física. São Paulo, FTD, 1995. 3v. BONJORNO, José R.; BONJORNO,Regina A, BONJORNO, Valter; RAMOS, Márcio C. Temas de Física. São Paulo, FTD, 1997, 3v. CABRAL, Fernando & LAGO, Alexandre, Física. São Paulo, Harbra. 2002. 3v. LOPES, A.R. C. Conhecimento escolar: Ciência e Cotidiano. Rio de Janeiro: EDUERG, 1989. ROCHA, J. F. (Org.) Origem e Evolução das Ideias da Física. Salvador EDUFRA, 2002 BONJORNO, AZENHA REGINA {[ET AL]}. FÍSICA completa: volume único Ensino Médio segunda edição – São Paulo: FTD, 2001. DIRETRIZES CURRICULARES da Rede Pública de Educação Básica do Paraná de Física. CHAVES, A. Física Mecânica. Volume 1. Rio de Janeiro: Reich Mann e Afonso Editores, 2000 ª MENEZES, L.C. A matéria – Uma Aventura do Espirito: Fundamentos e Fronteiras do Conhecimento físico. São Paulo: Editora Livraria de Física, 2005. CADERNOS TEMÁTICOS DA DIVERSIDADE: Educação Ambiental/SEE. Superintendência da Educação. Departamento da Diversidade. Coodenação de Desafios Contemporâneos – Curitiba: SEED – PR., 2008. - 112p(Cadernos Temáticos da Diversidade, 1) CADERNOS TEMÁTICOS DA DIVERSIDADE: Educando para as Relações Étnico-Raciais II / Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. – Curitiba: SEED – Pr., 2008. - 208 p.
210
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO
FÍSICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.
Apresentação
A história da Educação Física começa com os chineses, hindus, egípcios,
persas e mesopotâmicos e com os gregos e romanos assume maior precisão em
face de um conhecimento melhor das condições de sua civilização. A Idade Média é
o período de obscuridade da Educação Física que ressurge com o movimento
conhecido sob a denominação de Renascença. Os períodos moderno e
contemporâneo são os mais ricos em informação e constituem muito razoavelmente
o de maior interesse para nosso estudo.
Marchar, trepar, correr, saltar, lançar, atacar e defender, levantar e transportar
são movimentos desenvolvidos pelos homens pré-históricos. Possuíam grande
resistência nas longas caminhadas e marchas, velocidade nas corridas, precisão
nos arremessos e força nos braços e pernas, o que lhes garantiam extraordinário
desenvolvimento muscular. As horas de ócio destes homens foram preenchidas de
acordo com as necessidades de sobrevivência.
Mais ou menos 3 mil anos a.C. os chineses desenvolveram a caça, a luta, o
arco e a flecha, a esgrima de sabre, danças e um jogo de bola. Datam também
deste período os exercícios físicos com finalidades higiênicas e terapêuticas, o Kong
Fu que designa o homem que trabalha com arte, o Ginasta.
Entre 1122 e 255 a. C. as atividades físicas e as práticas desportivas ganham
grande popularidade, como a luta, o tiro ao arco, a equitação e a dança das
espadas, introduzida tanto nas escolas como no exército.
Os hindus também realizavam exercícios corporais e as práticas higiênicas,
as atividades físicas mais populares realizadas na índia eram as corridas, equitação,
caça, natação e box. As atividades físicas praticadas pelos japoneses eram a
natação, equitação, esgrima, ginástica médica e as manobras de massoterapia, as
duas últimas como prova da forte influência que os chineses e hindus exerciam
sobre os japoneses.
211
No período feudal, a ginástica se populariza, caracterizada por exercícios sem
aparelhos, de flexibilização, destreza e exercícios realizados com um grosso bambu
de 2 metros. Além destes, a marcha, a corrida, o salto e os exercícios de equilíbrio
encontraram grande aceitação assim como o Jiu-Jitsú que se tornou um sistema
nacional de cultura física.
Entre os povos do Oriente, podemos citar os egípcios que realizavam
exercícios gímnicos e acrobáticos, arco e flecha, corrida, salto, arremessos,
equitação, esgrima, luta, box, natação, remo, corridas de carro e dança.
Os assírios e caldeus eram extremamente cruéis, cultivavam a força física, a
destreza e a resistência. Realizavam longas marchas, rápidas corridas, manejavam
o arco e flecha, arremesso de lanças, lutas, equitação, natação e canoagem.
Os hebreus usavam armas e lutavam, utilizavam arco e flecha, lanças e
espadas. Os medas e persas ensinavam as crianças a montar a cavalo, atirar com
arco e flecha e a arremessar com o dardo. Já os fenícios primavam pela prática da
natação, o manejo do arco e flecha, o arremesso de lanças, caça e a luta. Os
cretences eram apaixonados pelos exercícios de força, velocidade, corrida à pé, box
e touradas.
Na Grécia Antiga o Plano educacional elaborado por Platão, precursor da
Eugenia, estabelecia que os jovens praticariam a ginástica entre 6 e 17 anos de
idade. Entre os 17 e 20 anos eram submetidos aos exercícios militares. Aristóteles
segue a mesma linha de raciocínio de Platão, defendendo a formação do corpo
antes do espírito devendo então os jovens praticarem a ginástica e a pedrotríbica
que se limitavam aos exercícios mecânicos, portanto o ginasta poderia ser
considerado um teórico enquanto que pedrotriba, um prático. Neste período os
jogos eram importantíssimos na vida do povo grego e realizados em todas as
cidades tendo como centros:Olímpia, Deltos, Neméia e o Istmo de Corinto.
No caso dos Jogos Olímpicos que duravam 7 dias DURANT (1943) citado por
MARINHO (1971):
Somente os cidadãos gregos por nascimento podiam participar dos Jogos
Olímpicos. Os atletas eram selecionados mediante concursos eliminatórios que se
celebravam nas localidades e na cidade, depois que eram submetidos a dez meses
de treinamento rigoroso sob a direção do paidotribai e gymnastai...”
212
Não há uma data certa sobre a realização dos primeiros Jogos Olímpicos
organizados pelo povo grego, que podem ter ocorrido em 1.300 a.C. ou 1.479 a.C.
Já as primeiras Olimpíadas foram realizadas em 776 a.C.
Segundo MARINHO (1971) outro povo de bastante destaque foram os
Romanos. Sua história pode ser dividida em organização monárquica, vigência,
republicana e constituição do império. Os romanos praticavam exercícios físicos
pela realização de jogos e pequenas tarefas agrícolas e militares. A ginástica foi
muito combatida pelos romanos que achavam imoral e repulsiva a nudez dos
ginastas e atletas.
Enquanto os gregos tinham uma preocupação estética com a prática de
atividades físicas, os romanos tinham finalidades apenas militares. Assim como os
gregos os romanos também realizavam grandes jogos denominados circenses. A
princípio as corridas de cavalos eram as mais célebres, cedendo com o tempo lugar
para os combates de gladiadores. Os jovens adestravam-se diariamente com
exercícios militares que compreendiam: marchas ligeiras ou de resistência
carregados com armas e víveres, corridas, saltos, exercícios de natação e remo e
um jogo com bola chamado de esferomaquia, muito parecido com o futebol.
O circo foi algo similar ao hipódromo grego. Nele se praticavam as corridas
de velocidade e resistência, lutas e se exibiam os desultórios. Destes espetáculos
onde se exibiam a destreza, vigor físico e habilidade nos combates eqüestres
originou-se as lutas dos gladiadores, entre si ou com feras, que culminaram no
período da decadência do Império Romano. Os estádios abrigavam as competições
e lutas atléticas, estas introduzidas em Roma no ano de 186 a.C.
Para MARINHO (1971): “Assim como os gregos, Nero estabeleceu uma festa
na qual se desenvolviam concursos de ginástica, canto, música, poesia e
eloqüência...” Os Jogos Capitolinos parecidos com os Jogos Olímpicos eram
realizados de 4 em 4 anos com competições e exercícios ginásticos, atléticos,
eqüestres e musicais. Este grande império tem sua decadência com a invasão de
hordas de bárbaros que saquearam Roma.
Durante a Idade Média a Educação Física se torna inexpressiva por conta do
Cristianismo que pregava a conquista de uma vida celestial. Com as cruzadas
organizadas pela igreja nos séculos XI, XII e XIII a preparação militar era feito pelo
213
adestramento dos cavaleiros, a esgrima, o manejo do arco e flecha e as marchas e
corridas a pé.
Se na Idade Média, a educação era excessivamente rígida e repressora com
relação ao corpo, o Renascimento concede devida atenção à higiene e aos
exercícios físicos, com a prática da ginástica, jogos, esgrima, natação, equitação,
corrida, lutas, longas marchas, exercícios de resistência ao frio e ao calor,
harmonizando como faziam os gregos o corpo com o espírito.
Seguindo essa história a Educação Física constitui-se por meio de diferentes
manifestações e expressões da atividade da atividade física/movimento
humano/motricidade humano ( tematizadas na ginástica, no esporte, no jogo, na
dança, na luta, nas artes marciais, no exercício físico, na musculação, na brincadeira
popular bem como em outras manifestações da expressão corporal), e ainda nos
trás conhecimentos sobre prevenção para uma melhor saúde corporal e mental e
espiritual, tanto em âmbito esportivo como na vida cotidiana.
Prestando com isso um serviço à sociedade caracterizando-se pela
disseminação e aplicação do conhecimento sobre a atividade física, técnicas e
habilidades buscando viabilizar aos usuários ou beneficiários o desenvolvimento da
consciência corporal, possibilidades potencialidades de movimento visando a
realização de objetivos educacionais de saúde, de prática esportiva e expressão
corporal.
No, entanto, nada disso seria possível se a Educação Física não tivesse
passado por vários momentos durante toda a sua história desde a constatação como
objeto de estudo, e enfim como disciplina. O histórico da disciplina principalmente no
Brasil se confunde em vários momentos entre a medicina e o militarismo. No entanto
dizemos que a Educação Física não teria uma verdadeira identidade hoje se não
houvesse a contribuição tanto na visão da medica quanto na militarista.
Hoje priorizamos a Cultura corporal dando assim no âmbito escolar diferentes
formas de atividades expressivas corporais, sistematizando os conteúdos
estruturantes de acordo com os DCE: Esporte; Ginásticas; Lutas; Danças; Jogos e
Brincadeiras. Também procuramos levar nossos alunos há uma reflexão a teorias
desses conteúdos estruturantes, com objetivo de conhecer histórico, regras,
movimentos, etc...; e por fim levando-os nossos alunos a vivência de práticas
214
corporais, para que contribua na sua formação como ser humano crítico e reflexivo,
e com autenticidade.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS – ENSINO FUNDAMENTAL
Série/ano Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
5ª/6°
Esporte Coletivos
Individuais
Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares
Brincadeiras e cantigas de roda
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativos
Dança
Danças folclóricas
Danças de rua
Danças criativas
Ginástica
Ginástica rítmica
Ginásticas circenses
Ginástica geral
Lutas Lutas de aproximação
Capoeira
6ª/7°
Esporte Coletivos
Individuais
Jogos e
Brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares
Brincadeiras e cantigas de roda
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativos
Danças
Danças folclóricas
Danças de rua
Danças criativas
Danças circulares
Ginástica
Ginástica rítmica
Ginásticas circenses
Ginástica geral
Lutas Lutas de aproximação
Capoeira
215
7ª/8°
Esporte Coletivos
Radicais
Jogos e
Brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares
Jogos de tabuleiro
Jogos dramáticos
Jogos cooperativos
Danças Danças criativas
Danças circulares
Ginástica
Ginástica rítmica
Ginásticas circenses
Ginástica geral
Lutas Lutas com instrumento mediador
Capoeira
8ª/9°
Esporte Coletivos
Radicais
Jogos e
Brincadeiras
Jogos de tabuleiro
Jogos dramáticos
Jogos cooperativos Danças
Danças criativas
Danças circulares
Ginástica Ginástica rítmica
Ginástica geral
Lutas Lutas com instrumento mediador
Capoeira
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS – ENSINO MÉDIO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Esporte
Coletivos
Individuais
Radicais
Jogos e brincadeiras
Jogos de tabuleiro
Jogos dramáticos
Jogos cooperativos
216
Dança
Danças folclóricas
Danças de salão
Danças de rua
Ginástica
Ginástica artística /olímpica
Ginástica de academia
Ginástica geral
Lutas
Lutas com aproximação
Lutas que mantêm a distancia
Lutas com instrumento mediador
Capoeira
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEUDO
ESTRUTURANTE
CONTEUDO BASICO CONTEUDO ESPECIFICO
ESPORTE
Coletivos futebol; voleibol; basquetebol; punhobol; handebol;
futebol de salão; futevôlei; rugby; beisebol.
Individuais atletismo; natação; tênis de mesa; tênis de campo;
badminton; hipismo.
Radicais skate; rappel; rafting; treking; bungee jumping; surf.
JOGOS E
BRINCADEIRAS
Jogos e Brincadeiras
Populares
amarelinha; elástico; 5 marias; caiu no poço; mãe
pega; stop; bulica; bets; peteca; fito; raiola; relha; corrida de
sacos; pau ensebado; paulada ao cântaro; jogo do pião; jogo
dos paus; queimada; policia e ladrão.
Brincadeiras e
Cantigas de Roda
gato e rato; adoletá; capelinha de melão;
caranguejo; atirei o pau no gato; ciranda cirandinha; escravos
de jó; lenço atrás; dança da cadeira.
Jogos de Tabuleiro dama; trilha; resta um; xadrez.
Jogos Dramáticos improvisação; imitação; mímica. futpar; volençol;
eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira
Jogos Cooperativos livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se
com um abraço.
DANÇA Danças Folclóricas
fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São
Gonçalo; frevo; samba de roda; batuque; baião; cateretê;
dança do café; cuá fubá; ciranda; carimbó
Danças de Salão
valsa; merengue; forró; vanerão; samba; soltinho;
xote; bolero; salsa; swing; tango.
Danças de Rua break; funk; house; locking, popping; ragga.
217
Danças Criativas
elementos de movimento ( tempo, espaço, peso e
fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades
de expressão corporal.
Danças Circulares contemporâneas; folclóricas; sagradas.
GINÁSTICA Ginástica Artística /
Olímpica
solo; salto sobre o cavalo; barra fixa; argolas;
paralelas
assimétricas.
Ginástica Rítmica
corda; arco; bola; maças; fita.
Ginástica de
Academia
alongamentos; ginástica aeróbica; ginástica
localizada; step; core board; pular corda; pilates.
Ginástica Circense malabares; tecido; trapézio; acrobacias; trampolim
Ginástica Geral Jogos
gímnicos; movimentos gímnicos (balancinha, vela,
rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte).
LUTAS Lutas de
Aproximação
judô; luta olímpica; jiu-jitsu; sumô.
Lutas que Mantêm a
Distância
karatê; boxe; muay thai; taekwondo.
Lutas com
Instrumento Mediador.
esgrima; kendô
Capoeira angola; regional.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O conteúdo concreto e significativo não é apenas aquele que faz parte da
realidade social do aluno, mas sim, aquele que é produzido historicamente.
Temos como suporte os recursos didáticos pedagógicos e tecnológicos que
usamos em nossas aulas: TV Pendrive; DVD; Aparelho de Som; Banners; Quadro
Negro e Branco; Quadra Poliesportiva; Mesa para Tênis de Mesa(raquetes e
bolinha); Bolas e Jogos de Xadrez.
Além de trabalhar com alunos os elementos que compõem seu meio social e
cultural, é importante oportunizar-lhe condições para identificar, o que existe o que
foi transformado como, porque e quais os fatos que ocasionaram as transformações.
Esta reflexão e ação podem possibilitar a criança dar-se conta de estar num
determinado tempo e espaço social, tomando consciência de seu corpo e suas
relações.
“A ação pedagógica para o educador e para o educando passa necessariamente pela relação que cada um estabelece com o próprio
218
conhecimento. Sem dúvida quando o professor ensina algo ele não está somente ensinando um conteúdo, mas ensina também a forma pela qual a criança entra em relação com este conteúdo pela própria maneira como ensina como avalia o que considera como aprendizagem.” (Profª. Elvira de Souza, 1990).
A Educação Física consciente é aquela que contribui para a educação do
indivíduo através do ato educativo, que é o resultado de um processo de ação
dinâmica onde os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem estão
conscientes e exercitam sua criticidade durante todo o processo.
Serão desenvolvidas as seguintes atividades: a ginástica (reflexão da
importância da ginástica natural em sintonia com a preservação do Meio Ambiente
segundo a Lei 9.795/99 , a recreação, a dança ( trabalhos históricos culturais
referentes a Lei 10.639/03 que se refere a História e Cultura Afro), o jogo e o
esporte. Ao professor caberá a tarefa de localizar em cada uma dessas
manifestações seus benefícios fisiológicos, psicológicos e sócias para utilização com
instrumento de comunicação e expressão cultural. Também a identificação da
História do desporto dentro da História do Paraná (Lei 13.385/01).
Utilizaremos aulas teóricas e práticas:
Aulas teóricas: para uma maior problematização do assunto a ser abordado,
onde realizaremos debates, explanações através de vídeos e pesquisas, e
interpretações individuais.
Aulas práticas: serão desenvolvidas através de atividades que integrem os
alunos entre si e também tenham uma maior aproximação com o professor,
utilizando os conteúdos teóricos apresentados em sala de aula.
Durante a execução da prática faz-se a contextualização a prática social,
mostrando a importância dos valores, a ética, saber respeitar o conhecimento que o
aluno já traz consigo, de acordo como os conteúdos propostos, a humanização
dentro da atividade física. Onde este primeiro momento servirá para a construção e
um melhor aperfeiçoamento tanto do aluno como do âmbito escolar.
Já o segundo momento que temos seria baseado em um mapeamento
daquilo que o aluno conhece sobre os conteúdos propostos, tentando aproveitar ao
máximo todo o seu conhecimento e inserindo dentro de sala de aula, ou até mesmo
na própria prática da educação física. Uma maneira que o professor poderá
219
apresentar de forma sistematizada, onde os mesmos tenham condições para uma
melhor assimilação e recriação dos conteúdos desenvolvidos.
Após esses momentos, o professor saberá se o aluno realmente aprendeu
todo o conteúdo proposto, se houve um melhor aproveitamento durante o processo
de ensino/aprendizagem, tanto da parte do aluno quanto da parte do professor.
Desta forma, espera-se que a disciplina de Educação Física, contribua para
sua formação social, onde ampliem sua consciência corporal e alcancem novos
horizontes como futuros cidadãos.
AVALIAÇÃO
A avaliação na disciplina de Educação Física deve ser um processo contínuo,
onde se devem levar em consideração os progressos dos alunos, as superações
das suas dificuldades sempre respeitando os limites de cada aluno, visando o
crescimento coletivo a participação em grupo, não deixando de lado a
individualidade de cada um.
Durante o decorrer do bimestre será utilizado um processo contínuo
permanente e cumulativo organizando o trabalho tendo no horizonte as diversas
manifestações corporais evidenciadas nas formas da ginástica do esporte, dos
jogos, da dança e das lutas levando o educando a refletirem e a se posicionarem
criticamente com o intuito de construir uma suposta relação com o mundo.
Sendo a nossa avaliação seguirá os seguintes instrumentos: atividades no
caderno, seminários em forma de trabalhos, atividades práticas e avaliações
teóricas e práticas, totalizando um valor de cem pontos (10,0), podendo fazer a
recuperação de estudos caso não atinja os objetivos esperados.
Assim através dos instrumentos avaliativos, conseguiremos diagnosticar e
perceber o que nossos alunos acrescentaram em seu aprendizado. Dando-nos a
oportunidade de refletir como foi nossa teoria-prática. E se preciso refazer os
caminhos, para que haja uma melhora do aprendizado.
Recuperação
220
Através de atividades diversificadas, sendo que os conteúdos deverão ser
registrados nos livros de chamadas.
Através dos instrumentos de avaliação é que podemos perceber o que nosso
aluno acrescentou em seu aprendizado. Dando-nos os diagnósticos para, se preciso
for, voltar a refazer a teoria-prática.
221
BIBLIOGRAFIA
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223
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224
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA PARA O
ENSINO MÉDIO.
Apresentação
A Química está presente em todo o processo de desenvolvimento das
civilizações, a partir das primeiras necessidades humanas tais como a comunicação,
o domínio do fogo e posterior o conhecimento do processo de cozimento, a
fermentação, o tingimento e a vitrificação. A consciência de que o conhecimento
cientifico é assim dinâmico, mutável, ajudará o estudante e o professor a ter uma
necessária visão critica da ciência.
Até o final da Idade Media, a Alquimia, um misto de ciências, religião, e
magia, desenvolveu-se entre egípcios, gregos e chineses. Os alquimistas buscavam
o elixir da vida eterna e a pedra filosofal e dedicavam-se a tarefa da experimentação.
Descobriram a extração, produção e tratamento de diversos metais.
No século XVIII Antonier Laurente Lavoisier, fez um marco na Química,
propôs uma nomenclatura universal para os compostos químicos que foi aceita
internacionalmente. Desses benefícios, a extração, produção e o tratamento de
metais como o cobre, bronze, o ferro e o ouro, merecem destaque na história da
humanidade, no que diz respeito aos fatos políticos, religiosos e sociais que os
envolvem.
Em 1860, foi realizado o Primeiro Congresso Mundial de Química, onde-se
reuniram para discutir definições de átomo, molécula, equivalente, atomicidade, e
basicidade.
No século XX, a química e toda as ciências naturais tiveram um grande
desenvolvimento. Com esclarecimento da estrutura atômica foi possível entender
melhor a formação da molécula de DNA.
Todo esse percurso histórico contribui para constituição da química, como
disciplina escolar. Os conhecimentos desta disciplina foram incorporados à pratica
dos professores e abordados conforme a necessidade dos alunos.
No Brasil as primeiras atividades de caráter educativas envolvendo a
Química, surgiram a partir do século XIX.
225
A primeira guerra mundial teve reflexos no Brasil, impulsionou a
industrialização e acarretou um aumento na demanda da atividade química. Em
conseqüência foi criado o curso de Química Industrial, pelo governo Federal.
A partir de 1931, esta disciplina passa a ser ministrada de forma regular no
currículo de ensino secundário do Brasil.
No período compreendido entre 1950 a 1970 foi marcado pelo método
cientifico de ensinar através da descoberta e redescoberta, a partir de experimentos
preparando o aluno para ser cientista.
Nos anos 80 ocorreu a reestruturação do Ensino de 2º grau com cadernos
separados.
Para a Química apresentava uma proposta de preparação do educando para
atuar no mundo do trabalho.
Nos anos 90, com o PROEM foram criados laboratórios de ciências, Química,
Física e Biologia para professores trabalharem à teoria juntamente com a prática.
Segundo Krasilchik (2000, p. 85), na medida em que a Ciência e Tecnologia
foram reconhecidas como essenciais no desenvolvimento econômico, cultural e
social, o ensino das Ciências em todos os níveis foi também crescendo de
importância, sendo objeto de inúmeros movimentos de transformação do ensino,
podendo servir de ilustração para tentativas e efeitos das reformas educacionais.
Os conhecimentos difundidos no ensino de Química permitem a construção
de uma visão do mundo mais articulada, menos fragmentada, contribuindo para que
o indivíduo se enxergue como participante de um mundo em constante
transformação, há participar da sociedade industrializada e globalizada, na qual a
ciência e a tecnologia desempenham um papel cada vez mais importante.
CONTEUDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS BASICOS
MATÉRIA E SUA
NATUREZA
MATÉRIA
-constituição da matéria;
-Estados de Agregação
-Natureza elétrica da matéria;
-Modelos atômicos
-Estudos dos Metais
226
BIOGEOQUÍMICA
QUÍMICA
SINTÉTICA
-Tabela Periódica
SOLUÇÂO
-Substância simples e composta;
-Misturas
-Métodos de separação
-Solubilidade;
-Concentração;
-Forças intermoleculares;
-Temperaturas e pressão;
-Densidade;
-Dispersão e suspensão;
-Tabela Periódica
VELOCIDADE DAS REAÇÃES
-Reações Químicas;
-Lei das Reações Químicas;
Representações das Reações Químicas;
-Condições fundamentais para ocorrência das reações
químicas, (natureza dos reagentes, teoria de colisão)
-Fatores que interferem na velocidade das reações( superfície
de contato, temperatura, catalisador, concentração dos reagentes,
inibidores);
-Lei da Velocidade e Reação;
-Tabela Periódica.
EQUILIBRIO QUÍMICO
-Reações químicas reversíveis;
-Concentração;
-Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de
equilíbrio);
-Deslocamento de equilíbrio (principio de Lê Chatelier):
concentração, pressão, temperatura e efeitos dos catalisadores;
-Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de
ionização, Ks).
- Tabela periódica.
LIGAÇÃO QUÍMICA
227
-Tabela Periódica;
-Propriedade dos Materiais;
-Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos
materiais;
-Solubilidade e as ligações químicas;
-Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias
moleculares;
-Ligações de Hidrogênio;
-Ligação Metálica (elétrons semi-livres);
-Ligação sigma e pi;
--Ligação polares e apolares;
-Alotropia.
REAÇÕES QUÍMICAS
-Reações de oxi-redução;
-Reações exotérmicas e endotérmicas;
-Diagrama das reações exotérmicas e endotérmicas;
-Variação de entalpia;
-Calorias;
-Equação termoquímicas;
-Princípios da termodinâmica;
-Lei de Hess;
-Entropia e energia livre;
-Calorimetria;
-Tabela Periódica.
RADIOTIVIDADE
-Modelos atômicos (Rutherford);
-Elementos Químicos (radioativos);
-Tabela periódica;
-Reações químicas;
-Velocidades das reações;
-Emissões radioativas;
-Leis da radioatividade;
-Cinética das reações químicas;
-Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear);
228
GASES
-Estados físicos da matéria;
-Tabela Periódica;
-Propriedades dos gases (densidade/difusão e efusão, pressão
x temperatura x volume);
-Modelo de partículas para os materiais gasosos;
-Misturas gasosas;
-Diferenças entre gás e vapor;
-Leis dos gases;
FUNÇÔES QUÍMICAS
-Funções orgânicas;
-Funções Inorgânicas;
-Tabela Periódica
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O conhecimento químico assim como todos os demais saberes não é algo
pronto, acabado e inquestionável, mas em constante transformação. A história da
química, como parte do conhecimento socialmente produzido, deve permear todo o
ensino de Química, possibilitando ai aluno a compreensão do processo de
elaboração desse conhecimento, com seus avanços, erros e conflitos.
De acordo com as Diretrizes Curriculares propõem-se que a compreensão e a
apropriação do conhecimento químico aconteçam por meio de contato do aluno com
o objeto de estudo da química, considerando os conhecimentos prévios e o contexto
social do aluno para re (construir) os conhecimentos químicos, é preciso objetivar
um ensino de Química que possa contribuir para uma visão mais ampla do
conhecimento, que possibilite melhor compreensão do mundo físico e para a
construção da cidadania, colocando em pauta, na sala de aula, conhecimentos
socialmente relevantes, que façam sentido e possam se interagir a vida do aluno.
Para alcançar tal finalidade, o professor deverá planejar, organizar uma
proposta metodológica que aproxime o aprendiz do objeto de estudo químico, via
experimental. È necessário que a atividade experimental seja problematizadora do
processo ensino-aprendizagem sendo apresentada antes da construção da teoria
nas aulas e química e não como ilustrativo dos conceitos já expostos.
229
Durante o ensino da química, devemos ter cuidado para não valorizar muito o
formalismo matemático no ensino de determinados conteúdos químicos, o que
dificulta a compreensão do significado das concentrações da soluções no contexto
social em que seus valores são aplicados. O Ensino da química pode contribuir para
uma atitude não consciente diante de algumas questões como: plástico, resíduos
orgânicos, meio ambiente entre outros.
Deve-se propor um trabalho pedagógico com um conhecimento químico que
propicie ao aluno compreender os conceitos científicos para entender algumas
dinâmicas do mundo e mudar sua atitude em relação a ele.
No processo coletivo da construção do conhecimento em sala de aula,
valores como respeito pela opinião dos colegas, pelo trabalho em grupo,
responsabilidade, lealdade, diferenças de culturas, raças e tolerância tem que ser
enfatizado, de forma a tornar o ensino de Química mais eficaz, assim como para
contribuir o desenvolvimento dos valores humanos que são objetivos concomitantes
do processo educativo. As abordagens dos temas devem ser feitas através de
atividades elaboradas para provocar a especulação, a construção de ideias. Dessa
forma, os dados obtidos em demonstrações, em visitas, em relatos de experimentos
ou no laboratório devem permitir, através de trabalho em grupo discussões coletivas,
que se desenvolvam. Por exemplo, a análise de dados referentes a um boletim de
produção de uma indústria siderúrgica pode servir de ponto de partida para a
compreensão das relações quantitativas nas transformações químicas e, por
conseguinte, nos processos produtivos.
Quanto a seleção dos conteúdos, o ponto de partida deverá ser os conteúdos
estruturantes, seus respectivos conceitos e categoria de analise.
Quando se trabalha um conteúdo básico é necessário aborda-lo para alem
dos conceitos químicos, de modo que se coloquem em discussão os aspectos
históricos, políticos, econômicos, sociais e das influências no ambiente.
Para um melhor contato entre alunos e tecnologia, será utilizando tecnologias
como TV pen drive, pesquisas sobre temas atuais que envolvem a matéria de
Química na internet, entre outros disponíveis, buscando com isso reconstruir os
conhecimentos químicos para que possam refazer a leitura do seu mundo.
230
Abordando também temas como discriminação, preconceito e conquistas da
“Cultura-Afro “ (lei 10.639/03) através de palestras com órgãos competentes.
Conscientizar os alunos da importância de preservar o meio em que vive com
ações de educação ambiental (lei 9.795/99); lixo no lixo, plantação de mudas
cedidas por órgãos competentes, economia de água e reutilização da mesmo.
Também conscientizar e explicitar aos alunos conceitos e informações
básicas sobre drogas lícitas e ilícitas, distinguindo as principais drogas de abuso,
seus mecanismos de ação ( principalmente no Sistema Nervoso Central) e suas
consequências.
Explanar sobre sexualidade, diferenciando as mudanças ocorridas na
puberdade e na adolescência, dando ênfase nos processos químicos que ocorrem
nesta fase com as funções dos hormônios masculinos e femininos, garantindo assim
um conhecimento mais amplo de si mesmo.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos
científicos. Trata-se de um processo de “construção e reconstrução de significados
dos conceitos científicos”. Essa reconstrução acontecerá por meio das abordagens
histórica, sociológica, ambiental e experimental dos conceitos químicos.
Avaliar é investigar para intervir. Deve ser concebida de forma diagnostica,
continua e formativa. Transcorrendo na própria aula e não apenas de modo pontual,
estando sujeito a alterações no seu desenvolvimento.
Por isso, ao invés de avaliar apenas por meio de provas, será usado
instrumentos que possibilitem varias formas de expressão dos alunos, como: leitura
e interpretação de tabelas, leitura, interpretação e produção de textos, pesquisas
bibliográficas, provas objetivas, provas dissertativas, trabalho em grupo, debate,
relatório individual, auto-avaliação, observação e analise do desempenho do aluno
em fatos do cotidiano escolar ou em situações planejadas.
Espera-se que o aluno entenda e questione a ciência de seu tempo e avanços
tecnológicos na área da Química; construa e reconstrua o significado dos conceitos
químicos; problematize a construções dos conceitos químicos; tome posições frente
231
as situações sociais e ambientais desencadeadas pela produção do conhecimento
químico; compreenda a constituição da química da matéria a partir dos
conhecimentos sobre modelos atômicos, estados de agregação e natureza elétrica
da matéria; formule o conceito de soluções a partir dos desdobramentos deste
conteúdo básico, associando substâncias, misturas, métodos de separação,
solubilidade, concentração, forças, intermoleculares, etc; identifique a ação dos
fatores que influenciam a velocidade das reações químicas, representações,
condições fundamentais para ocorrência, lei da velocidade, inibidores; compreenda
o conceito de equilíbrio químico, a partir dos conteúdos específicos: Concentração,
relações matemáticas e o equilíbrio químico, deslocamento de equilíbrio,
concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalisadores, equilíbrio químico em
meio aquoso; elabore o conceito de ligação química, na perspectiva da interação
entre o núcleo do átomo e eletrosfera de outro a partir do desdobramento deste
conteúdo básico; entenda as reações químicas como transformações da matéria a
nível microscópico, associando os conteúdos específicos para esse conteúdo
básico; reconheça as reações nucleares entre as demais reações químicas que
ocorrem na natureza, partindo dos conteúdos específicos que compõe esse
conteúdo básico; diferencie gás de vapor, a partir dos estados físicos da matéria,
propriedades dos gases, modelos de partículas e as leis dos gases; reconheça as
espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxidos em relação a outra espécie com a
qual estabelece interação.
A recuperação será ministrada de forma paralela ao conteúdo trabalhado de
acordo com as necessidades dos alunos.
232
REFERÊNCIAS
MORTIMEU, Eduardo Fleury. Química Ensino Médio, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. Brasília, 2006. PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Química para a educação básica. Superintendência da Educação. Curitiba, 2006. KRASILCHIK, Myriam. Reformas e realidade: o acaso do ensino das ciências. Perspectiva. São Paulo, V. 14, n.1, p.85, 2000. FELTRE, Ricardo, 1928. Química/Ricardo Feltre – 6º edição, São Paulo Moderna, 2004.
233
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA PARA
O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.
Apresentação
A História é a área do conhecimento que tem como objetivo entender os
processos e sujeitos históricos e suas relações nos diferentes tempos e espaços,
que nos permitem ir longe nessas abordagens e lançar um novo olhar sobre as
múltiplas possibilidades da sociedade e dos processos de compreensão humana.
Essa compreensão se faz a partir de experiências acumuladas num processo
permanente de relações sociais, culturais e políticas que forjam esses conceitos
garantidores da vida em sociedade.
Entende-se que o ensino de História deve desenvolver cidadãos capazes de
analisar os processos históricos em que estão inseridos. Portanto, é necessário
pensarmos a história enquanto conhecimento ampliado, tanto pelos historiadores,
com seus estudos teóricos (fontes documentais), como pela aproximação das
demais áreas de ensino (interdisciplinaridade).
A História é uma ciência que tem na temporalidade das sociedades humanas
o seu objetivo de estudo, e que considera que o homem a constrói em meio a
contradições, conflitos, antagonismos e lutas.
Por isso, pretende-se que o ensino de história parta de uma relação crítica
com o presente e com a realidade do aluno e que o questionamento do passado se
dá, não para julgá-lo, mas para compreender a sua relação com o presente.
Busca-se também, suscitar reflexões a respeito de aspectos políticos,
econômicos, culturais, sociais e das relações entre o ensino da disciplina com a
produção do conhecimento histórico.
Revisando o passado do ensino de história, vemos que era totalmente
tradicional, tanto para valorizar alguns personagens quanto pela abordagem factual
e linear. Cabia ao professor repassar os conteúdos e aos alunos a memorização e
repetição como verdades absolutas.
Tudo começou no Período Imperial, quando a disciplina se tornou parte do
currículo escolar, como a criação do Colégio D. Pedro II, em 1837, e no mesmo ano
234
a criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Com influências da Escola
Metódica e do Positivismo, valorizava-se somente a linearidade de fatos, os
documentos oficiais e a valorização dos heróis.
Esse modelo foi mantido no início da República (1889) e o Colégio D. Pedro II
como referência. Em 1901 houve uma alteração no currículo, deixando que a
História do Brasil passasse a compor a cadeira de História Universal, sendo menos
trabalhada em sala de aula.
O retorno da História do Brasil nos currículos, deve-se ao governo de Getúlio
Vargas (1932-!954) vinculado ao projeto político do Estado Novo, restrito à elite que
se preparava para conduzir o povo, legitimando assim o projeto nacionalista de país.
Durante o regime militar o ensino de história manteve seu caráter estritamente
político, factual, sem espaço para a criticidade e interpretações de fatos e sim
objetivava formar indivíduos que aceitassem as coisas como estavam e a
valorização da pátria tendo o estado sempre controlando as instituições escolares,
para legitimar os interesses político-ideológicos do regime e o controle dos que se
opunham à ordem estabelecida.
A partir da lei nº. 5692/71, o Estado organizou o Primeiro Grau de oito anos e
o Segundo Grau Profissionalizante, numa formação tecnicista, voltada à preparação
de mão-de-obra para o mercado de trabalho. As disciplinas de História e Geografia
foram condensadas como área de Estudos Sociais, como forma de tornar o currículo
mais prático, isso no Primeiro Grau. No Segundo Grau surge a disciplina de
Organização Social e Política Brasileira (OSPB) como forma de controle ideológico
do Estado sobre o corpo docente.
Esse modelo de ensino se manteve durante todo o regime militar e só vai se
transformar a partir do final desse regime na década de 1980, com o início do
processo de redemocratização da sociedade. O ensino de Estudos Sociais foi
contestado e volta a defesa do retorno da disciplina de história, bem como as
reformas democráticas na área educacional, repercutindo em novas propostas para
o ensino de história.
Houve abertura democrática das liberdades individuais e coletivas no país, o
que favoreceu a produção de materiais didáticos e paradidáticos e a elaboração de
novas propostas curriculares em vários estados.
235
O Paraná também tentou mudanças e renovações para o ensino de História,
pautada no Materialismo Histórico Dialético com indicadores da Escola Nova.
Passa-se a valorizar as ações dos sujeitos e uma nova organização dos
conteúdos, a partir da formação do capitalismo no mundo ocidental para o Primeiro
Grau em dois blocos: História do Brasil e História Geral. História do Paraná e
América Latina apareciam como estudo de caso, demonstrando ainda a dificuldade
em romper a visão eurocêntrica da história.
Durante as reformas educacionais da década de 1990, o Ministério da
Educação divulgou entre os anos de 1997 e 1999 os Parâmetros Curriculares
Nacionais para o Ensino Fundamental e médio por área do conhecimento, que
valorizavam o ensino humanístico, mas a preocupação maior era a de preparar o
indivíduo para o mercado de trabalho e ofereceu pouca oportunidade de formação
continuada aos professores de história, falta de concursos públicos na disciplina,
favorecendo a contratação de professores sem formação específica.
Por outro lado os PCN's apresentaram inovações, no que diz respeito à
historiografia atualizada e novas tecnologias foram incorporadas ao documento
como: tempo, memória, fontes históricas, patrimônio histórico, incentivo à pesquisa e
a diversificação de metodologias de ensino.
Em 2003 surgem as Diretrizes Curriculares para o Ensino de História, as
DCE's, que contemplam a diversidade cultural e a memória paranaenses, de modo
que buscam contemplar demandas em que também se situam os movimentos
sociais organizados e destacam os seguintes aspectos:
- o cumprimento da lei n° 13.381/01, que torna obrigatório no Ensino
Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do
Paraná;
- o cumprimento da lei n° 10.639/03, que inclui no currículo oficial a
obrigatoriedade da História e Cultura Afro - Brasileira, seguidas das Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico - racionais e para o
ensino de História e Cultura Afro- Brasileira e Africana;
- o cumprimento da lei n° 11.645/08, que inclui no currículo oficial a
obrigatoriedade do ensino da História e cultura dos povos indígenas do Brasil.
236
Há também novas reflexões a respeito dos contextos históricos em que os
saberes foram produzidos e repercutiram na organização do currículo da Disciplina.
A organização dos conteúdos estruturantes, entendidos como saberes que,
aproximam e organizam os campos da história e seus objetos.
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
A concepção de História que será explicitada levará em conta que as
verdades prontas e definitivas não têm lugar porque o trabalho pedagógico nesta
disciplina deve dialogar com outras vertentes como também deve recusar o ensino
de história marcado pelo dogmatismo e pela ortodoxia e também recusam-se as
produções historiográficas que afirmam não existir objetividade possível em história.
A validade do conhecimento histórico tem sido questionado e se propõe uma
matriz disciplinar para que se compreenda a organização do pensamento histórico
dos sujeitos que fazem a relação passado/presente o tempo todo em sua vida
cotidiana, que são chamadas ideias históricas.
Os métodos e técnicas de investigação do historiador produzem
fundamentações específicas relativas às pesquisas ligadas ao modo como as ideias
históricas são concebidas a partir do critério de verificação, classificação e
confrontação científica dos documentos e a finalidade da orientação da prática social
dos sujeitos leva a apresentação de narrativas históricas.
Assim os objetivos do estudo em História são as ações e relações humanas
praticadas no tempo e a consciência dessas ações pelos sujeitos que são as formas
de pensar, agir, sentir, representar, imaginar, instituir e de se relacionar social,
cultural e politicamente.
Segundo o historiador Christofher Lloyd (1995), os processos históricos são
articulados em determinadas relações causais. Então as relações humanas
dependem de um local e tempo dos processos históricos que são marcados pela
complexidade causal.
A produção do conhecimento pelo historiador requer um método específico,
que o ajude a partir do passado, de documentos e de experiências do historiador e
237
de problematizações, produzir uma narrativa histórica que contemple a diversidade
das experiências sociais, culturais e políticas dos sujeitos e suas relações.
A finalidade do ensino de História é a formação de um pensamento histórico a
partir da produção do conhecimento, que mostre aos educandos que as
interpretações sobre determinado processo histórico se modificam temporalmente e
que há diferentes formas de se explicar seu objeto de investigação a partir das
experiências e dos contextos em que vivem.
As correntes historiográficas que dialogam entre si e trazem grandes
contradições para a formação de um pensamento histórico pautado em uma nova
racionalidade histórica: a Nova História, Nova História Cultural e a Nova Esquerda
Inglesa.
AS CONTRIBUIÇÕES DA NOVA HISTÓRIA
Sua principal expressão é a História das Mentalidades, que se referia aos
modos de pensar dos sujeitos em determinadas épocas e locais.
É a reação contra o paradigma tradicional em prol da simplicidade e da
clareza entre a antiga e a nova História. Dá-se mais importância à abertura dos
problemas, novas perspectivas teóricas e novos objetos desenvolvidos, a relação
humana e suas relações e transformações. É a História da Cultura Popular, ou seja,
preocupação mais com as opiniões, idéias e desejos das pessoas, a história da vida
cotidiana.
AS CONTRIBUIÇÕES DA NOVA HISTORIA CULTURAL
Desponta na primeira metade da década de 1980 e segundo Burke é aplicada
para diferenciá-la da História Intelectual, anterior, e conta com a influência do filósofo
russo Mikhail Bakhtin, do sociólogo alemão Norbert Elias, do filósofo francês Michel
Foucault e do sociólogo francês Pierre Bourdieu. Os quatro teóricos abriram
perspectivas para adotar conceitos como descrição densa, dialogismo, polifonia,
representações, práticas culturais, descontinuidades culturais, rupturas, hábitos e
outros.
238
Há um afastamento em relação a História das Mentalidades para rejeitar a
preferência pela longa duração, quantitativismo, ênfase ao viés psicologizante e
crítica a dicotomia entre cultura popular e erudita, em favor de uma noção de cultura
entendida como prática social – isto é – há a comunicação entre os homens que os
levam ao conhecimento e atitudes perante a vida.
E a representação é a pedra angular da Nova História Cultural – pois é como
as comunidades a partir de suas diferenças sociais e culturais, percebem e
compreendem sua sociedade e a própria história.
Há também a Circularidade Cultural, ou seja, a leitura de uma cultura a partir
de outra, proposta de micro-análise e a valorização de vários documentos, imagens,
canções, objetos arqueológicos, etc.
AS CONTRIBUIÇÕES DA NOVA ESQUERDA INGLESA
Surge em 1956 com historiadores britânicos vinculados ao Partido Comunista
Inglês , que descontentes com o regime stalinista na Rússia, romperam com o
partido e acabaram por influenciar a historiografia britânica. Participaram Raymond
Williams, Eric Hobsbawn, Christopher Hill, Perry Anderson, Maurice Dobb e Edward
P. Thompson, que passam a reescrever a história britânica.
Fundam a Revista New Left Review em 1959 para divulgar idéias a partir de
uma releitura crítica de vários conceitos marxista.
A abordagem desta corrente envolve conceitos como: consciência social e
opera transformações nos sujeitos; que o discurso ou prática hegemônica de
determinada classe domina significados, valores, crenças e impõe a outras classes a
divisão entre super e infra-estrutura foi superada pela Nova Esquerda Inglesa – e
defendem a subjetividade, as relações entre as classes e as culturas, suas
experiências cotidianas comuns em que há valores e condutas, costumes e culturas.
Outro conceito é o poder em que buscam superar a visão mecânica e
reducionista de uma história linear e tradicional bem como analisam a concepção de
poder sobre outra visão: a história de baixo e elegem a classe trabalhadora como
personagem central de seus estudos. Os autores utilizam ainda novos métodos e
para fazer a releitura das fontes históricas já pesquisadas, bem como a valorização
239
da consciência Histórica que é inerente à condição humana em sua diversidade.
Sendo assim, formar-se-á uma consciência histórica crítica nos alunos, sendo
capazes de refletirem, analisarem, investigarem sobre o passado, revalorizando
diferentes sujeitos e suas relações e articulando a compreensão do processo
histórico relativo às permanências, às transformações temporais dos modelos
culturais e de vida social em sua complexidade.
Narrar a História é compreender o outro no tempo, e se constrói por
argumentos fundamentados em documentos, portanto os alunos devem conhecer a
interpretação do outro pela narrativa histórica desse sujeito.
De acordo com Rüsen existem quatro tipos de consciência histórica:
tradicional, exemplar, crítica e genética, que se fundamentam em quatro condições
de orientação intelectual da vida prática dos sujeitos no tempo: afirmação,
regularidade, negação e transformação; que coexistem no mundo contemporâneo
nas historiografias de referência, e também, na vida prática dos sujeitos, seja nas
escolas, nos meios de comunicação, nos manuais, instituições, e são, portanto
intercambiantes.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DO PENSAMENTO HISTÓRICO: Tempo e
Espaço.
As noções de tempo e espaço devem compor os procedimentos
metodológicos, que articulados aos conteúdos estruturantes, possibilitam a
delimitação e a contextualização das relações humanas a serem problematizadas.
Tempo:
A metodologia ligada ao tempo modificou-se de acordo com as
transformações das sociedades, atreladas a consciência histórica, com dimensões e
durações temporais diversas.
Nos alunos deve-se provocar o desenvolvimento de uma consciência histórica
crítica e/ou genética. E a articulação entre as dimensões temporais se expressa nas
relações de temporalidades, como: processos, mudanças, rupturas, permanências,
simultaneidade, transformações, descontinuidades, deslocamentos e recorrências.
240
Espaço:
O local onde os sujeitos históricos atuam define as possibilidades de ação e
compreensão do processo histórico. Seja natural, rural ou urbano, o ambiente – as
paisagens, os territórios, os caminhos, as conquistas territoriais, as migrações, etc.,
fazem parte do conhecimento histórico bem como da memória coletiva de uma
sociedade . Assim, espaço e tempo constituem procedimentos metodológicos e
princípios fundamentais da formação do pensamento histórico.
Conteúdos Estruturantes:
São saberes e conhecimentos construídos historicamente e fundamentais
para a compreensão do objeto e organização dos campos de estudos de uma
disciplina escolar, devem ser trabalhados de forma articulada entre si. Apontam para
o estudo das ações e relações humanas que constituem o processo histórico, o qual
é dinâmico. Nestas Diretrizes, as Relações de Poder, Culturais e de Trabalho, são
privilegiadas como recortes deste processo histórico.
Conteúdos Específicos:
Para o Ensino Fundamental, os conteúdos específicos priorizarão as histórias
locais e do Brasil, fazendo-se relação e comparação com o mundo. Para o Ensino
Médio a proposta é ensino por Temas históricos, para formar nos alunos um
pensamento histórico e que percebam que a História está narrada em diferentes
documentos como: livros, canções, cinema, palestras, relatos de memória, etc., e
que são recortes utilizados por um historiador ou historiadora, e que pode ser aceita
ou refutada. E que o aluno entenda que não existe uma verdade histórica única e
sim que verdades são produzidas a partir de diferentes concepções de História e de
documentos.
No Ensino Fundamental os conteúdos estruturantes: Relações de Trabalho,
de Poder e Culturais, articulam os conteúdos específicos a partir das Histórias locais
e do Brasil, e suas relações/ comparações com a História Geral, estabelecendo
241
relações entre a sociedade brasileira e as demais, como africana, asiática,
promovendo reflexões sobre sujeitos até então esquecidos pela História.
Encaminhamentos Metodológicos:
Propõe-se uma metodologia que contribua para que os alunos possam se
apropriar dos fundamentos teóricos necessários para pensar historicamente. Faz-se
necessário a recuperação do Método da História em sala de aula, levando em
consideração que as ideias Históricas dos alunos, são marcadas por suas
experiências de vida e pelos meios de comunicação. E que o processo de
construção da História, é compreendido em suas práticas, relações e pelas múltiplas
leituras e interpretações históricas.
Deve-se considerar a experiência cultural dos alunos, e as idéias já
construídas por eles, assim como a busca de um ambiente de partilha entre
professores e alunos, problematizando o conteúdo a ser trabalhado, construindo
diálogo entre passado e presente, levantar hipóteses, recorrendo a fontes
documentais, de preferência, partindo do seu cotidiano. A intenção com o trabalho
de documentos em sala de aula é de desenvolver a autonomia intelectual adequada,
que permita ao aluno realizar análises críticas da sociedade por meio de uma
consciência Histórica.
Ao trabalharmos os conteúdos de História, devemos reportar-nos a fontes e
metodologias de produção historiográfica enfatizando ou priorizando uma discussão
que situe o aluno com relação a História e Cultura Afro (lei 10.639/03), para a
fixação do conteúdo de forma abrangente tomando cuidado de não incorrer e nem
permitir que se incorra por qualquer motivo e em alguma espécie de preconceito
com relação ao tema. A recuperação dos valores da cultura africana é fundamental
para incentivar o debate sobre o tema.
Ao trabalharmos os conteúdos da disciplina de História não podemos
esquecer a inserção do lugar social de cada aluno para que este possa
compreender as discussões teóricas gerais. Nesse sentido é importante partirmos
do individual para o geral, inserindo discussões sobre História do Paraná (lei
11.645/08), complementando e ao mesmo tempo trazendo novos conteúdos para os
242
trabalhos da disciplina. Entendemos que a História do Paraná é importante no
conjunto de discussões sejam econômicos, políticos e sócio-culturais, pois os
elementos da História do Paraná relacionados a uma História local permitem um
maior aprofundamento e uma melhor integração do educando com a teoria da
História.
Da mesma maneira que trabalhamos a questão regional que é específica,
devemos enfatizar as questões referentes a natureza e ao meio ambiente que são
gerais, mas têm a mesma importância tanto do ponto de vista sócio- cultural quanto
do ponto de vista individual do aluno. Nessa direção seguindo a lei 9.795/99,
devemos trazer o tema para o conhecimento do aluno levantando questões do ponto
de vista prático e teórico no que se refere a substituição de energia e a
maximização da utilização dos recursos naturais do Planeta. Através de um
apanhado histórico sobre o passado, abordaremos as diversas formas utilizadas
pelo homem para se apropriar da natureza ao longo do tempo.
Buscando uma abordagem que contemple a alteridade, devemos inserir o
tema Cultura Indígena nas suas mais diversas formas, seja na História do Brasil, ou
na História do Paraná, entendendo que esses povos têm uma contribuição muito
importante para nossa formação cultural. Abordando o tema de forma despida de
preconceito, estaremos contribuindo para a formação ampla do aluno, situando-o em
relação ao seu passado híbrido que contém além da cultura européia, a cultura
indígena e africana.
Para trabalhar com as já referidas leis, buscar-se-á também o uso de novas
tecnologias como: TV Pendrive, com recortes de imagens, documentários, fotos
digitais, músicas, além de textos e documentos, poesias, realização de pesquisas e
debates, discussão prévia dos alunos e levantamento de hipóteses, visitas a aldeias
indígenas e comunidades quilombolas com entrevistas, apresentações artesanais e
teatrais sobre as temáticas estudadas. Tudo isso para que, os alunos tenham
condições de identificar processos históricos, criticar e intervir no meio em que
vivem, de modo que também se façam sujeitos da História.
Procurando ainda desenvolver e priorizar a formação do conhecimento
histórico do educando, bem como levá-lo à investigação e apropriação de conceitos
históricos e a compreensão das relações humanas. Deve-se inserir os temas
243
relevantes para essa compreensão, e, que entenda ainda não existir uma verdade
histórica única e sim que verdades são produzidas a partir de evidências que
organizam diferentes problematizações fundamentadas em fontes diversas, em que
promoverão a consciência da necessidade de contextualização social, política e
cultural, como: a educação fiscal, educação do campo, enfrentamento à violência,
prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade e educação para o trânsito.
Temas estes que serão contextualizados em todos os conteúdos pertinentes à
disciplina, em forma de pesquisas bibliográficas orientadas, debates e seminários,
recortes de imagens, análise, estudo e interpretação de documentos; produção de
textos individuais e narrativos históricas; sistematização de conceitos históricos.
Os recursos didáticos metodológicos e tecnológicos a serem usados no
decorrer dos assuntos e temas, serão em forma de pesquisas e debates históricos,
interpretação de mapas, textos e documentos, uso da TV Pendrive, recorte de
imagens, data show, músicas, histórias em quadrinhos, caça-palavras e
cruzadinhas. Elaboração e interpretação de linha do tempo, desenhos, todos com o
intuito de desenvolver a reflexão, compreensão e análise dos temas estudados, para
maior apreensão e assimilação do conhecimento proposto.
Encaminhamento Metodológico Para o Ensino Médio.
No Ensino Médio, a Metodologia proposta está relacionada à História
Temática, em sintonia com o Projeto Político Pedagógico da escola, pois não é
possível representar o passado em toda sua complexidade. Há três dimensões
estabelecidas pelo historiador Ivo Mattozzi: focalizar o acontecimento, processo ou
sujeito que se quer reproduzir do ponto de vista historiográfico; delimitar o tema
histórico e definir espaço ou território de observação do conteúdo tematizado.
É importante justificar porque escolheu determinada temática e qual sujeito se
pretende analisar, estabelecendo-se assim a problematização e o recorte
espaço/temporal.
Haverá ainda três formas para construir uma narrativa histórica: narração,
descrição e argumentação, explicação e problematização, permitindo assim a
criação de conceitos já construídos.
244
O trabalho com diferentes documentos requer que o professor conheça a
especificidade de sua linguagem e sua natureza, bem como seus limites e
possibilidades para o trato pedagógico, levando em conta indagações como:
existência do documento, significado como objeto e como sujeito.
As imagens, livros, jornais, histórias em quadrinhos, fotografias, pinturas,
gravuras, museus, filmes, músicas são documentos que podem ser transformados
em materiais didáticos de grande valia na construção do conhecimento histórico.
Podem ser aproveitados de diferentes maneiras em sala de aula, sendo pautado em
relações interdisciplinares considerando que é na disciplina de História que ocorre a
articulação de conceitos e métodos entre as diversas áreas do conhecimento,
facilitando a criação de projetos de trabalho de acordo com os interesses e
necessidades de cada comunidade escolar.
Avaliação
A avaliação proposta por este documento tem como objetivo superar a
avaliação classificatória. Diante disso, propõe-se para o ensino de História uma
avaliação formal, processual, continuada e diagnóstica. A avaliação deve estar
contemplada no planejamento do professor e ser registrada de maneira formal e
criteriosa.
O acompanhamento do processo ensino-aprendizagem tem como finalidade
principal dar resposta ao professor e aos alunos sobre o desenvolvimento desse
processo e, assim, permite refletir sobre o método de trabalho utilizado pelo
professor, possibilitando o redirecionamento deste, caso seja necessário. A
avaliação não deve ser realizada em momentos separados do processo de ensino
aprendizagem. O professor deve acompanhar o processo, percebendo o quanto
cada educando desenvolveu na apropriação do conhecimento histórico.
Ao longo do Ensino Médio o aluno deverá entender que as relações de
trabalho, as relações de poder e as relações culturais, as quais se articulam e
constituem o processo histórico. E compreender que o estudo do passado se realiza
a partir de questionamentos feitos no presente por meio da análise de diferentes
documentos históricos.
245
O aluno deverá compreender como se encontram as relações de trabalho no
mundo contemporâneo, como estas se configuram e como o mundo do trabalho se
constitui em diferentes períodos históricos, considerando os conflitos inerentes às
relações de trabalho.
No que diz respeito às relações de poder, o aluno deve compreender que
estas se encontram em todos os espaços sociais e também deve identificar e
localizar as arenas decisórias e os mecanismos que as constituíram.
E ainda, quanto às relações culturais, o aluno deverá reconhecer a si e aos
outros como construtores de uma cultura comum, compreendendo a especificidade
de cada sociedade e as relações entre elas. O aluno deverá entender como se
constituíram as experiências culturais dos sujeitos ao longo do tempo e detectar as
permanências e mudanças nas diversas tradições e costumes sociais.
A avaliação do ensino de história nesta diretriz considera três aspectos
importantes: a apropriação de conceitos históricos e o aprendizado dos conteúdos
estruturantes e dos conteúdos específicos. Esses três aspectos são entendidos
como complementos e indissociáveis. Para tanto, o professor deve se utilizar de
diferentes atividades como: leitura, interpretação e análise de textos historiográficos,
mapas e documentos históricos; produção de narrativas históricas, pesquisas
bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários,
recursos pedagógico-tecnológicos e instrucionais, entre outros.
Enfim, tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, após a
avaliação diagnóstica, o professor e seus alunos poderão revisitar as práticas
desenvolvidas até então, de modo que identifiquem lacunas no processo
pedagógico, o que permitirá ao professor que planeje e proponha outros
encaminhamentos para a superação das dificuldades. E que no final do trabalho na
Disciplina de História, os alunos tenham condições de identificar processos
históricos, reconhecer criticamente as relações de poder neles existentes, bem como
que tenham recursos para intervir no meio em que vivem, de modo a se fazerem
também sujeitos da própria história.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL.
246
5ª série/ 6º ano – Os Diferentes Sujeitos Suas Culturas e Suas Histórias
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
A experiência humana no
tempo
Os sujeitos e suas relações
com o outro no tempo
As culturas locais e a cultura
comum
6ª série/ 7º ano – a constituição histórica do mundo rural e urbano e a formação da
propriedade em diferentes tempos e espaços.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
As relações de propriedade;
A constituição histórica do
mundo do campo e do mundo da cidade;
As relações entre o campo e a
cidade;
Conflitos e resistências e
produção cultural campo/cidade.
7ª Série/8º Ano – o mundo do trabalho e os movimentos de resistência.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
Histórias das relações da
humanidade com o trabalho;
O trabalho e a vida em
sociedade;
O trabalho e as contradições da
modernidade;
Os trabalhadores e as
conquistas de direito.
247
8ª Série/9º Ano – relações de dominação e resistência: a formação do Estado e das
instituições sociais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
A constituição das instituições
sociais;
A formação do Estado;
Sujeitos, guerras e revoluções.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA O ENSINO MÉDIO.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
Trabalho escravo, servil,
assalariado e o trabalho livre;
Urbanização e industrialização;
O Estado e as relações de
poder;
Os sujeitos, as revoltas e as
guerras;
Movimentos sociais, políticos e
culturais e as guerras e revoluções;
Cultura e religiosidade.
248
BIBLIOGRAFIA. ALBORNOZ, Suzana. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 2004. BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec 1995. ______________. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec, 1987. BARCA, Isabel. O pensamento histórico dos jovens: idéias dos adolescentes acerca da provisoriedade da explicação histórica. Braga: Universidade do Minho. 2000. BARROS, José D'Assunção. O campo da história: especialidades e abordagens. 2ª. Edição Petrópolis: Vozes, 2004. BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: obras escolhidas. Vol. 1. São Paulo: Brasiliense, 1994. BITTENCOURT, Maria Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004. BURKE, Peter (org.). A Escrita da História: novas perspectivas. São Paulo: UNESP, 1.992. CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo ( orgs.). Domínio da História. Campinas: Campus, 1.997. DIVALTE. História do Ensino Médio. REZENDE, Antonio Paulo . DIDIER, Maria Thereza. Rumos da História. São Paulo: Saraiva, 2005. SEED, DIRETRIZES Curriculares de História para o Ensino Fundamental e Médio. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.
249
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA PARA
O ENSINO MÉDIO.
Apresentação
Constituída como pensamento há mais de 2600 anos, a Filosofia tem sua
origem na Grécia antiga, abordando o pensamento de Platão e as teorias dos
sofistas que com sua busca pelo conhecimento permitiram um aprofundamento das
questões mitológicas dos gregos traçando uma abordagem que se distanciou da
questão mítica e enveredou para uma construção lógica.
Há três formas de se conceber a Filosofia:
- Metafísica: a Filosofia é o único saber possível, as demais ciências são
parte dela.
- Positivista: o conhecimento cabe às ciências, à Filosofia cabe coordenar e
unificar seus resultados. Bacon atribui à Filosofia o papel de ciência universal e mãe
das outras ciências.
- Crítica: a Filosofia é juízo sobre a ciência e não conhecimento de objetos,
sua tarefa é verificar a validade do saber, determinando seus limites, condições e
possibilidades efetivas.
A disciplina de Filosofia tem como objetivo delimitar os conteúdos a serem
trabalhados na disciplina, organizar o trabalho docente em relação aos conteúdos e
metodologias a serem utilizados, levar os estudantes a ampliar seus conhecimentos
sobre a Filosofia, sua história e dos filósofos, oferecer aos estudantes a
possibilidade de compreender a complexidade do mundo contemporâneo, suas
múltiplas particularidades e especializações, viabilizar interfaces entre outras
disciplinas para a compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da história,
das ciências e da arte, estimular o trabalho da mediação intelectual, o pensar, a
busca da profundidade dos conceitos e das suas relações históricas.
Com base nos objetivos de ensino da Filosofia percebe-se que são inúmeras
as possibilidades de abordagem da mesma. Mas para que possa haver uma melhor
compreensão da História da Filosofia, assim como da Filosofia como disciplina
curricular faz-se a seguinte divisão:
250
- divisão cronológica linear: Filosofia Antiga, Filosofia Medieval, Filosofia
Renascentista, Filosofia Moderna e Filosofia Contemporânea;
- divisão geográfica: Filosofia Ocidental, Africana, Filosofia Oriental, Filosofia
Latino-Americana, dentre outras;
- divisão por conteúdos: Teoria do Conhecimento, Ética (ou Filosofia da
Moral), Filosofia Política, Estética (ou Filosofia da Arte), Filosofia da Ciência (ou
Epistemologia), Ontologia (ou Metafísica), Lógica, Filosofia da Linguagem, Filosofia
da História etc.
Na Filosofia Antiga estuda-se o surgimento da Filosofia e seu
desenvolvimento pelos gregos, especialmente, e pelos romanos. Em geral, ela é
repartida, tomando-se Sócrates como referência, havendo o período pré-socrático e
o pós-socrático. Suas figuras de destaque são Platão e Aristóteles, Tales,
Anaximandro, Anaxímenes, Heráclito, Parmênides, Empédocles e Demócrito. A
transição entre esta etapa e a Filosofia Medieval não é muito nítida. Ela se dá
quando o cristianismo ganha status e recorre ao pensamento grego, para dar
fundamento teórico a suas teses. Em termos cronológicos, esse período coincide
aproximadamente com a queda de Roma, no século V.
A Filosofia Medieval se estende até aproximadamente o século XV, quando
ocorre o que se chama Renascença, seus representantes são Santo Agostinho e
São Tomás de Aquino. É quase totalmente uma filosofia escolástica.
O período que compreende a Filosofia Moderna vai do final da Idade Média
até fins do século XIX, sendo marcada pela descoberta de obras desconhecidas de
Platão e Aristóteles, além de outras obras do mundo grego, sendo seus principais
pensadores Maquiavel, Montaigne, Erasmo, More, Giordano Bruno etc. Predomina-
se “a idéia de conquista científica e técnica de toda a realidade, a partir da
explicação mecânica e matemática do Universo e da invenção das máquinas”, nas
palavras de Marilena Chauí, e seus representantes Galileu, Bacon, Descartes,
Pascal, Hobbes, Espinosa, Leibniz, Locke, Berkeley, Newton, Hume e Kant.
Estendendo-se de meados do século XIX até nossos dias, a Filosofia
Contemporânea é o período mais complexo, afinal está em construção, e não temos
o distanciamento afetivo e cronológico, sendo resultado da preocupação com o
homem, principalmente no tocante à sua historicidade, sociabilidade, secularização
251
da consciência, o que se constata pelas inúmeras correntes de pensamento que
vêm constituindo esse período.
A filosofia procura tornar vivo o espaço escolar, onde sujeitos exercitam a
inteligência buscando o diálogo e o debate, a construção da sua história e o
exercício da cidadania. Possibilita ainda, o desenvolvimento de estilos próprios de
pensamento, criação de conceitos, valores e caráter.
Assim, é que se propõe temas abrangentes, polêmicos e atuais, capazes de
tornarem os educandos aptos às atividades de investigação e criação de conceitos,
que objetivam estimular o trabalho de mediação intelectual, o pensar, a busca da
profundeza dos conceitos e suas relações históricas .
Levando-se em conta que a filosofia enquanto disciplina de ensino, é um
conjunto particular de conhecimento de características próprias no que se refere à
formação pessoal, ela gira também em torno de problemas e conceitos criados no
decorrer de sua história, os quais geram discussões promissas e criativas que
desencadeiam muitas vezes ações e transformações sociais.
Assim busca-se a formação multidimensional e democrática plena capaz de
oferecer aos estudantes a possibilidade de compreender a complexidade do mundo
contemporâneo, com suas múltiplas particularidades e especificações.
Considera-se, então que a Filosofia pode reabilitar interfaces com as outras
disciplinas para a compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da história,
das ciências e da arte.
Importante frisar ainda, que o Ensino da Filosofia indica que não é possível
filosofar sem Filosofia e estudar Filosofia sem filosofar.
Tendo como base uma comunidade cuja formação se deu de maneira parcial
por erros de encaminhamento ou por estratégias voltadas para um processo parcial
de conhecimento que não permitisse uma formação adequada às necessidades
sociais do tempo presente. Nesse sentido a opção que se faz no Paraná a partir das
DCE's torna-se possível a busca por uma construção do saber sem levar em
consideração a visão conteudista que foi fixada pelos PCN's e que habita mentes de
educadores que ainda não perceberam as mudanças implementadas no Estado. O
conteúdo apresentado é uma referência que carece de uma ampla discussão e
adaptação às necessidades dos educandos para que eles possam intervir na
252
realidade escolar e posteriormente na realidade social que precisa ser compreendida
para ser alterada. Pensamos portanto um processo de ensino como está proposto
na DCE .
“Esse tipo de currículo se 'concretiza no syllabus ou lista de conteúdos. Ao se expressar nesses termos, é mais fácil de regular, controlar, assegurar sua inspeção, etc., do que qualquer outra fórmula que contenha considerações de tipo psicopedagógico” (SACRISTÁN, 2000, p. 40).
METODOLOGIA
De acordo com as Diretrizes Curriculares de Filosofia, busca-se a mobilização
dos alunos mediante exibição de filmes, imagens, textos jornalísticos, músicas, etc.,
com o objetivo de instigar e motivar possíveis relações entre o cotidiano do
estudante e o conteúdo filosófico, partindo da realidade do aluno para a fixação de
conceitos filosóficos determinados. Isso será realizado através da TV Multimídia,
pendrive, utilizando tanto filmes quanto músicas e imagens para fixar o conteúdo.
O trabalho filosófico deve partir da problematização sob a forma de
discussões, debates, seminários que levantem questões, para identificar problemas
e soluções.
Através da investigação do problema possibilita-se ao aluno a experiência
filosófica, criando assim, seus próprios conceitos, construindo seu discurso filosófico
e argumentativo, por meio de raciocínios lógicos num pensar coerente e crítico.
Ao analisar textos filosóficos, o professor deve levar os alunos a relacionar os
problemas abordados com o seu presente e sua vivência, objetivando entender o
que ocorre hoje e como podemos atuar sobre os problemas da sociedade.
Enfim, o ensino de Filosofia deve ser “[...] permeado por atividades
investigativas individuais e coletivas que organizem e orientem o debate filosófico,
dando-lhe um caráter dinâmico e participativo”10
Para Kant, ensina-se a filosofar, já que não se separa a Filosofia do seu fazer.
Em Hegel, o conhecimento do conteúdo da Filosofia é indissociável da sua prática,
ou seja, do filosofar11.
10 Diretrizes Curriculares de Filosofia para o Ensino Médio.
253
Os conteúdos propostos para a disciplina serão adequados às leis 10639/03
História e Cultura Afro, 13385/01 História do Paraná, 11645/08 e 9795/99, Meio
Ambiente, ajustando cada tema de acordo com as diretrizes para que tais leis sejam
respeitadas e os respectivos conteúdos sejam trabalhados de maneira eficiente.
AVALIAÇÃO
O ensino da filosofia é um grande desafio, assim, a avaliação não se resume
em saber o quanto o aluno assimilou do conteúdo da história da filosofia, mas gerar
a capacidade de percepção, de pensar, dizer, agir, criticar ao seu modo as relações
entre seu cotidiano e os conteúdos filosóficos propostos, levando em conta suas
posições pessoais.
Conforme a LDB nº 9394/96, no seu artigo 24, a avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica e processual, isto é, tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no processo ensino-aprendizagem. Apesar de sua inequívoca importância individual, no ensino de Filosofia, avaliação não de resumiria a perceber o quanto o estudante assimilou do conteúdo presente na história da Filosofia, ou nos problemas filosóficos, nem a examinar sua capacidade de tratar deste ou daquele tema
12.
A avaliação em Filosofia ocorre nos diversos momentos propiciados em sala
de aula, pois o professor deve estar constantemente atendo às manifestações do
educando, comparando-as com as manifestações iniciais, para que assim possa
estar interferindo, fazendo ressalvas e aprimorando o pensamento do aluno ao
confrontá-lo com o dos filósofos, vindo a aperfeiçoar o processo ensino-
aprendizagem, promovendo o desenvolvimento crítico dos alunos a partir dos
diferentes pontos.
Ao avaliar seu aluno, o professor deve estar atento às diversas manifestações
e posições, mesmo que não concorde com as mesmas, pois o que está em questão
11 Diretrizes Curriculares de Filosofia para o Ensino Médio.
12 Diretrizes Curriculares de Filosofia para o Ensino Médio.
254
é a capacidade de argumentar e de identificar os limites dessas posições. Deve-se
valorizar a capacidade de construção de conceitos, o poder de tomada de decisões,
tornando relevante a avaliação da capacidade dos estudantes de Ensino Médio. Tais
avaliações que se propõem contínuas e permanentes, por determinação do Projeto
Político Pedagógico da escola será enquadrado da seguinte maneira: trabalhos em
sala, exercícios e avaliação formal perfazendo os 100 pontos componentes da nota.
O processo avaliativo parte da escolha de conteúdos a serem trabalhados
levando o aluno a estabelecer uma relação crítica da sociedade em que vive e
compreendendo as contradições nela presentes. A necessidade de adequar as
políticas da LDB e das DCE's com o Projeto Político Pedagógico da escola
devemos priorizar os encaminhamentos políticos que apontam para uma avaliação
voltada para a realidade social do aluno que proporcione uma interpretação
consistente da realidade.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
1. MITO E FILOSOFIA
1.1 Saber mítico
1.2 Saber filosófico
1.3 Relação Mito e Filosofia
1.4 Atualidade no mito
1.5 O que é Filosofia
2. TEORIA DO CONHECIMENTO
2.1 Possibilidade do conhecimento
2.2 As formas de conhecimento
2.3 O problema da verdade
2.4 A questão do método
2.5 Conhecimento e lógica
3. ÉTICA
3.1 Ética e moral
255
3.2 Pluralidade ética
3.3 Ética e violência
3.4 Razão, desejo e vontade
3.5 Liberdade
4. FILOSOFIA POLÍTICA
4.1 Relações entre comunidade e poder
4.2 Liberdade e igualdade política
4.3 Política e ideologia
4.4 O público e o privado
4.5 Cidadania
5. FILOSOFIA DA CIÊNCIA
5.1 Concepções de Ciência
5.2 Método científico
5.3 Contribuições científicas
5.4 Ciência e ideologia
5.5 Ciência e ética
6. ESTÉTICA
6.1 Natureza da arte
6.2 Filosofia e arte
6.3 Categorias estéticas: feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, etc.
6.4 Estética e sociedade
256
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC,1996. CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2003. CHAUI, Marilena. Filosofia – Série Brasil: Ensino Médio. Volume Único – Editora Ática. CORDI, Cassiana; SANTOS, Antonio Raimundo dos. Para Filosofar. Editora Scipione. http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia1 SANTOS, Eberth; MOURA, Josana de. Palavra em Ação: Filosofia e Literatura. SEED. Diretrizes Curriculares de Filosofia para o Ensino Médio. Curitiba: 2008.
257
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA
ESTRANGEIRA MODERNA - CELEM
Apresentação
O ensino de línguas estrangeiras no Brasil sofreu constantes mudanças
durante todos esses anos. Com o objetivo de melhorar as relações comerciais. D.
João IV, em 1809 assinou o Decreto de 22 de junho tornando obrigatório o ensino de
língua estrangeira moderna, oferecendo e valorizando o ensino de inglês e francês.
A partir do início do século XX, devido a falta de emprego e de terras
agricultáveis, períodos de guerras, pós-guerra e perseguições étnicas, muitos
europeus passaram a creditar esperanças de melhoria na qualidade de vida ao
Brasil, sendo motivados também pela propaganda do governo brasileiro na Europa,
que buscava ampliar as possibilidades de mão-de-obra do país devido ao fim da
escravidão.
Devido ao grande número de imigrantes que chegavam ao Brasil foram
criadas as colônias de imigrantes. No Paraná, as colônias maiores foram as de
imigrantes italianos, alemães, ucranianos, russos, poloneses e japoneses. Para que
suas culturas fossem preservadas muitos colonos se organizaram para construir e
manter escolas para seus filhos.
Na década de 1970 o governo militar tornou o ensino de LEM um instrumento
das classes mais favorecidas para manter privilégios, pois a maioria dos alunos da
escola pública não tinha acesso a esse conhecimento.
Em 1976, o ensino da língua se tornou novamente obrigatória somente no 2º
grau desde que a escola tivesse condições de ofertá-la.
Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei n.º 9.394/96
determinou-se a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna
no Ensino Fundamental.
Em 5 de agosto de 2005 criou-se a Lei n.º 11.161 tornando obrigatória a
oferta de Língua Espanhola nos estabelecimentos do Ensino Médio, porém a oferta
dessa disciplina é facultativa para o aluno.
258
Retomando momentos históricos significativos quando se analisa a trajetória
do ensino de LEM no Brasil, percebe-se que, a escola pública foi marcada pela
seletividade, tendências e interesses. Diante da realidade brasileira, o acesso a uma
língua estrangeira é privilégios de poucos. Atualmente o sistema educacional vem
apresentando grandes mudanças, através das quais o ensino de LEM passa a
oferecer mais oportunidades para o aluno, agindo como um instrumento educacional
que auxiliará na formação do aluno como sujeito levando-o a construir sua
aprendizagem.
Ao contrário do passado o ensino de LEM se alicerça em dar suporte aos
educandos sobre a cultura da disciplina, norteia-se no princípio de que o
desenvolvimento do educando deve incorrer por meio da leitura, oralidade e da
escrita. O que se busca hoje é o ensino direcionado, a construção do conhecimento
e a formação cidadã, que a língua aprendida seja caminho para o reconhecimento e
compreensão das diversidades linguísticas e culturais já existentes, criando novas
maneiras de construir sentidos do mundo e no mundo.
A aprendizagem de uma língua estrangeira, juntamente com a língua materna
é um direito de todo cidadão, sendo assim a escola não pode mais se omitir em
relação a essa aprendizagem.
O envolvimento do aluno no uso de uma língua diferente o ajuda a aumentar
sua auto percepção como ser humano e cidadão, pois ao entender o outro e sua
alteridade, pela aprendizagem de uma língua estrangeira, o aluno aprende mais
sobre si mesmo e sobre um mundo plural, marcado por valores culturais diferentes e
maneiras diversas de organização política e social.
No ensino de língua estrangeira moderna o objeto de estudo é a língua,
contemplando as relações com a cultura, o sujeito e a identidade, apresentando-se
como espaço de construção discursiva, de produção de sentido indissociável dos
contextos em que ela adquire sua materialidade, inseparável das comunidades
interpretativas que a constroem e são construídas por ela. A língua assim, deixa de
lado sua suposta neutralidade e transparência para adquirir uma carga ideológica
intensa e passa a ser vista como um fenômeno carregado de significados
culturalmente marcados (sendo priorizada como elemento discursivo e não
estrutural).
259
O processo de ensino- aprendizagem deverá possibilitar ao aluno um
envolvimento na construção discursiva e desenvolvimentos das quatro habilidades
(ouvir, escrever, falar, ler e também dar especial atenção à interação, podendo ser
considerada uma quinta e importante habilidade a ser trabalhada. É importante
garantir ao educando um experiência (percepção) singular de construção de
significados que poderão se ampliados quando se fizer necessário em sua vida
futura em sociedade e/ou comunidade escolar).
Neste sentido objetiva-se que o educando possa identificar no universo que o
cerca, as línguas estrangeiras que cooperam nos sistemas de comunicação,
percebendo-se como parte integrante de um mundo plurilíngue e compreendendo o
papel hegemônico que algumas línguas desempenham em determinado momento
histórico
Então a leitura, a oralidade e a escrita se configuram em discurso como
prática social e portanto, instrumento de comunicação. Ao conhecer outras culturas
e outra formas de encarar a realidade, o aluno passa a refletir mais sobre sua
própria e amplia sua capacidade de analisar o seu cotidiano social com maior
profundidade e melhores condições de estabelecer vínculos, semelhanças e
contrates entre sua forma de ser, agir, pensar e sentir uma outra cultura, fatores que
ajudarão no enriquecimento de sua formação.
O caráter prático de ensino de LEM perante a produção de informações e o
acesso a ela, o fazer e o buscar, sem restrições, possibilita análise de paradigmas
já existentes e cria novas maneiras de construir sentidos do mundo, construir
significados para entender e estabelecer uma nova realidade, compreendendo as
diversidades linguísticas e culturais influenciarão de forma positiva no aprendizado
de língua como discurso para que o aluno se constitua socialmente.
As Diretrizes Curriculares Estaduais propõem que a Língua Estrangeira
Moderna constitua um espaço onde o aluno seja conduzido a reconhecer e
compreender a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva
discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação
ao mundo em que vive, que compreenda que os significados são sociais e
historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social.
260
A escolha pela oferta do ensino da Língua Espanhola através do CELEM foi
uma alternativa para que se atendesse o disposto na Lei nº. 11.161/05 sobre a oferta
da Língua Espanhola na grade curricular, visto que a Língua Inglesa já compõe a
grade curricular de 5ª série à 3º ano deste estabelecimento de ensino, bem como
através de uma pesquisa com a comunidade escolar constatou-se que a lingua de
maior interesse seria então a Lingua Espanhola, visto que nos Esatdos do Sul do
Brasil devido às fronteiras com os paises latinos facilitaria-se a comunicação entre
os povos.
As atividades desenvolvidas durante as aulas de Espanhol deverão levar o
aluno a produzir seu próprio conhecimento, de forma a saber agir e interagir no meio
em que vive, bem como sua aplicabilidade na prática cotidiana. O professor deve
propor atividades variadas, sejam elas coletivas ou individuais. Devem-se levar em
consideração as diferenças individuais, procurando sempre fazer um
encaminhamento interdisciplinar (nesta oportunidade deverá ser incorporado e
trabalhado nas atividades cotidianas escolares, os Desafios Educacionais
Contemporâneos, dentre estes, a Agenda 21 Escolar, Educação do Campo e
Cultura afro-brasileira e indígena).
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
CELEM – 1° período
CONTEÚDOS BÁSICOS
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS
Esfera
cotidiana de
circulação: bilhete,
carta pessoal, cartão
felicitações, cartão
Esfera
publicitária de
circulação:
anúncio**, comercial
de rádio *, folder,
Esfera
produção de
circulação: bula,
embalagem, placa,
regra de jogo, rótulo
Esfera
jornalística de
circulação: anúncio
classificados,
cartum, charge,
261
postal, convite, letra
de música, receita
culinária.
paródia, paródia,
placa, publicidade
comercial, slogan
entrevista**,
horóscopo,
reportagem**,
sinopse de filme.
Esfera
artística de
circulação:
autobiografia,
biografia
Esfera
escolar de
circulação: cartaz,
diálogo **, exposição
oral *, mapa,
resumo.
Esfera
literária de
circulação: conto,
crônica, fábula,
história em
quadrinhos, poema.
Esfera
midiática de
circulação: correio
eletrônico (e-mail),
mensagem de texto
(SMS), telejornal*,
telenovela*,
videoclipe*.
* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.
** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da
língua.
PRÁTICA
DISCURSIVA:
Oralidade
ABORDAGEM
TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Fatores de
textualidade centradas no
leitor:
. Tema do texto;
. Aceitabilidade do
texto;
. Finalidade do texto;
. Informatividade do
texto;
. Intencionalidade do
texto;
. Situacionalidade do
texto;
. Papel do locutor e
· Organizar
apresentações de textos
produzidos pelos alunos;
· Orientar sobre o
contexto social de uso do
gênero oral trabalhado;
· Propor reflexões
sobre os argumentos
utilizados nas exposições
orais dos alunos;
· Preparar
apresentações que
explorem as marcas
linguísticas típicas da
Espera-se que o
aluno:
· Utilize o discurso de
acordo com a
situação de produção
(formal e/ou informal);
· Apresente suas
ideias
com clareza,
coerência;
·Utilize
adequadamente
entonação, pausas,
gestos;
262
interlocutor;
. Conhecimento de
mundo;
. Elementos
extralinguísticos :
entonação, pausas, gestos;
. Adequação do
discurso ao gênero;
. Turnos de fala;
. Variações
linguísticas.
Fatores de
textualidade centradas no
texto:
. Marcas linguísticas:
coesão, coerência, gírias,
repetição, recursos
semânticos;
. Adequação da fala
ao contexto (uso de
distintivos formais e
informais como conectivos,
gírias, expressões,
repetições);
. Diferenças e
semelhanças entre o
discurso oral ou escrito.
oralidade em seu uso formal
e informal;
· Estimular a
expressão oral (contação de
histórias), comentários,
opiniões sobre os diferentes
gêneros trabalhados,
utilizando-se dos recursos
extralinguísticos, como:
entonação, expressões
facial, corporal e gestual,
pausas e outros;
· Selecionar os
discursos de outros para
análise dos recursos da
oralidade, como:
cenas de desenhos,
programas infanto-juvenis,
entrevistas, reportagem
entre outros.
· Organize a
sequência
de sua fala;
· Respeite os turnos
de
fala;
· Explore a oralidade,
em adequação ao
gênero proposto;
· Exponha seus
argumentos;
· Compreenda os
argumentos no
discurso do outro;
· Participe
ativamente
dos diálogos, relatos,
discussões (quando
necessário em língua
materna);
· Utilize expressões
faciais corporais e
gestuais, pausas e
entonação nas exposições
orais, entre
outros elementos
extralinguísticos que
julgar necessário.
PRÁTICA
DISCURSIVA: Leitura
Fatores de
textualidade
centradas no leitor:
ABORDAGEM
TEÓRICO-
METODOLÓGICA
· Práticas de leitura
de textos de diferentes
AVALIAÇÃO
Espera-se que o
aluno:
· Realize leitura
compreensiva do texto;
· Identifique o
263
· Tema do texto;
· Conteúdo temático
do
gênero;
· Elementos
composicionais
do gênero;
· Propriedades
estilísticas do
gênero;
· Aceitabilidade do
texto;
· Finalidade do texto;
· Informatividade do
texto;
· Intencionalidade do
texto;
· Situacionalidade do
texto;
· Papel do locutor e
interlocutor;
· Conhecimento de
mundo;
· Temporalidade;
· Referência textual.
Fatores de
textualidade
centradas no texto:
· Intertextualidade;
· Léxico: repetição,
conotação, denotação,
polissemia;
· Marcas linguísticas:
coesão, coerência, função
gêneros atrelados à esfera
social de circulação;
· Considerar os
conhecimentos prévios dos
alunos;
· Desenvolver
atividades de leitura em três
etapas:
- pré-leitura (ativar
conhecimentos prévios,
discutir questões referentes
a temática, construir
hipóteses e antecipar
elementos do texto, antes
mesmo da leitura);
- leitura (comprovar
ou desconsiderar as
hipóteses
anteriormente
construídas);
· - pós-leitura
(explorar as habilidades de
compreensão e expressão
oral e escrita objetivando a
atribuição e construção de
sentidos com o texto).
· Formular
questionamentos que
possibilitem inferências
sobre o texto;
· Encaminhar as
discussões sobre: tema,
intenções, intertextualidade;
· Contextualizar a
produção: suporte/fonte,
conteúdo temático;
· Identifique a ideia
principal do texto;
· Deduza os sentidos
das palavras e/ou
expressões a partir do
contexto;
· Perceba o ambiente
(suporte) no qual circula o
gênero textual;
· Compreenda as
diferenças decorridas do
uso de palavras e/ou
expressões no sentido
conotativo e denotativo;
· Analise as
intenções do autor;
· Identifique e reflita
sobre as vozes sociais
presentes no texto;
· Faça o
reconhecimento de palavras
e/ou expressões que
estabelecem a referência
textual;
· Amplie seu léxico,
bem como as estruturas da
língua (aspectos
gramaticais) e elementos
culturais.
264
das classes gramaticais no
texto, pontuação, figuras de
linguagem, recursos gráficos
(aspas, travessão, negrito);
· Partículas
conectivas básicas do texto.
interlocutores, finalidade,
época;
· Utilizar de textos
verbais diversos que
dialoguem com textos não
verbais, como: gráficos,
fotos, imagens, mapas;
· Socializar as ideias
dos alunos sobre o texto;
· Estimular leituras
que suscitem no
reconhecimento das
propriedades próprias de
diferentes gêneros:
- temáticas (o que é
dito nesses gêneros);
- estilísticas (o
registro das marcas
enunciativas do produtor e
os recursos linguísticos);
- composicionais (a
organização, as
características e a
sequência tipológica).
PRÁTICA
DISCURSIVA: Escrita
Fatores de
textualidade
centradas no leitor:
· Tema do texto;
· Conteúdo temático
do texto;
· Elementos
composicionais do gênero;
ABORDAGEM
TEÓRICO-
METODOLÓGICA
· Planejar a produção
textual a partir da
delimitação do tema, do
interlocutor, do gênero, da
finalidade;
· Estimular a
ampliação de leituras sobre
AVALIAÇÃO
Espera-se que o
aluno:
· Expresse as ideias
com clareza;
· Elabore e re-
elabore textos de acordo
com o encaminhamento do
professor, atendendo:
- às situações de
265
· Propriedades
estilísticas do gênero;
· Aceitabilidade do
texto;
· Finalidade do texto;
· Informatividade do
texto;
· Intencionalidade do
texto;
· Situacionalidade do
texto;
· Papel do locutor e
interlocutor;
· Conhecimento de
mundo
· Temporalidade;
· Referência textual.
Fatores de
textualidade
centradas no texto:
· Intertextualidade;
· Partículas
conectivas básicas do texto;
· Vozes do discurso:
direto e
indireto;
· Léxico: emprego de
repetições, conotação,
denotação, polissemia,
formação das palavras,
figuras de linguagem;
· Emprego de
palavras e/ou expressões
com mensagens implícitas e
o tema e o gênero proposto;
· Acompanhar a
produção do texto;
· Encaminhar e
acompanhar a re-escrita
textual: revisão dos
argumentos (ideias), dos
elementos que compõem o
gênero;
· Analisar a produção
textual quanto à coerência e
coesão, continuidade
temática, à finalidade,
adequação da linguagem ao
contexto;
· Conduzir à reflexão
dos elementos discursivos,
textuais, estruturais e
normativos.
· Oportunizar o uso
adequado de palavras e
expressões para
estabelecer a referência
textual;
· Conduzir a
utilização adequada das
partículas conectivas
básicas;
· Estimular as
produções nos diferentes
gêneros trabalhados.
produção propostas
(gênero, interlocutor,
finalidade);
- à continuidade
temática;
· Diferencie o
contexto de uso da
linguagem formal e informal;
· Use recursos
textuais como: coesão e
coerência, informatividade,
etc;
·Utilize
adequadamente
recursos linguísticos
como: pontuação, uso e
função do artigo, pronome,
numeral, substantivo,
adjetivo, advérbio, etc.;
· Empregue palavras
e/ou expressões no sentido
conotativo e denotativo, em
conformidade com o gênero
proposto;
· Use
apropriadamente elementos
discursivos, textuais,
estruturais e normativos
atrelados aos gêneros
trabalhados;
· Reconheça
palavras e/ ou expressões
que estabelecem a
referência textual.
266
explicitas;
· Marcas linguísticas:
coesão, coerência, função
das classes gramaticais no
texto, pontuação, figuras de
linguagem, recursos gráficos
(como aspas, travessão,
negrito);
· Acentuação gráfica;
· Ortografia;
· Concordância
verbal e
nominal.
CONTEÚDOS BÁSICOS - 2° período
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS
Esfera
cotidiana de
circulação:
Comunicado
Curriculum
Vitae
Exposição
oral*
Ficha de
inscrição
Lista de
compras
Piada**
Telefonema*
Esfera
publicitária
de
circulação:
Anúncio**
Comercial
para
televisão*
Folder
Inscrições em
muro
Propaganda**
Publicidade
Institucional
Esfera
produção
de
circulação:
Instrução de
montagem
Instrução de
uso
Manual
técnico
Regulamento
Esfera
jornalística
de
circulação:
Artigo de
opinião
Boletim do
tempo**
Carta do leitor
Entrevista**
Notícia**
Obituário
Reportagem**
Esfera
jurídica de
circulação:
Boletim de
Esfera
escolar de
circulação:
Aula em
Esfera
literária de
circulação:
Contação de
Esfera
literária de
circulação:
Aula virtual
267
ocorrência
Contrato
Lei
Ofício
Procuração
Requerimento
vídeo*
Ata de reunião
Exposição oral
Palestra*
Resenha
Texto de
opinião
história*
Conto
Peça de
teatro*
Romance
Sarau de
poema*
conversação
chat
correio
eletrônico (e-mail)
Mensagem de
texto
SMS
videoclipe*
* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.
** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso
da língua.
PRÁTICA
DISCURSIVA:
Oralidade
Fatores de
textualidade
centradas no leitor:
·Tema do texto;
·Aceitabilidade do
texto;
·Finalidade do texto;
·Informatividade do
texto;
·Intencionalidade do
texto;
·Situacionalidade do
texto;
·Papel do locutor e
interlocutor;
·Conhecimento de
mundo;
ABORDAGEM
TEÓRICO-METODOLÓGICA
·Organizar
apresentações de textos
produzidos pelos
alunos;
·Orientar sobre o
contexto social de uso do
gênero oral trabalhado;
·Propor reflexões
sobre os argumentos
utilizados nas exposições
orais dos alunos;
·Preparar
apresentações que explorem
as marcas linguísticas típicas
da oralidade em seu uso
formal e informal;
·Estimular a
expressão oral
AVALIAÇÃO
Espera-se que o
aluno:
·Utilize o discurso de
acordo com a situação de
produção (formal e/ou
informal);
·Apresente suas
ideias com clareza,
coerência; ·Utilize
adequadamente entonação,
pausas, gestos;
·Organize a sequência
de
sua fala;
·Respeite os turnos de
fala;
·Explore a oralidade,
em adequação ao gênero
proposto;
268
·Elementos
extralinguísticos:
entonação, pausas,
gestos;
·Adequação do
discurso ao
gênero;
·Turnos de fala;
·Variações
linguísticas.
Fatores de
textualidade
centradas no texto:
·Marcas linguísticas:
coesão, coerência, gírias,
repetição, recursos
semânticos;
·Adequação da fala ao
contexto (uso de distintivos
formais e informais como
conectivos, gírias,
expressões, repetições);
·Diferenças e
semelhanças entre o
discurso oral ou escrito.
(contação de
histórias), comentários,
opiniões sobre os diferentes
gêneros trabalhados,
utilizando-se dos recursos
extralinguísticos, como:
entonação, expressões facial,
corporal e gestual, pausas e
outros;
·Selecionar os
discursos de outros para
análise dos recursos da
oralidade, como: cenas de
desenhos, programas
infanto-juvenis, entrevistas,
reportagem entre outros.
·Exponha seus
argumentos;
·Compreenda os
argumentos no discurso do
outro;
·Participe ativamente
dos diálogos, relatos,
discussões (quando
necessário em língua
materna);
·Utilize expressões
faciais corporais e gestuais,
pausas e entonação nas
exposições orais, entre
outros elementos
extralinguísticos que julgar
necessário.
PRÁTICA
DISCURSIVA: Leitura
AVALIAÇÃO
Fatores de
textualidade
centradas no leitor:
·Tema do texto;
·Conteúdo temático
ABORDAGEM
TEÓRICO-METODOLÓGICA
·Práticas de leitura de
textos de diferentes gêneros
atrelados à esfera social de
circulação;
·Utilizar estratégias de
leitura que possibilite a
AVALIAÇÃO
Espera-se que o
aluno:
·Realize leitura
compreensiva do texto com
vista a prever o conteúdo
temático, bem como a ideia
principal do texto através da
269
do texto;
·Elementos
composicionais do
gênero;
·Propriedades
estilísticas do
gênero;
·Aceitabilidade do
texto;
·Finalidade do texto;
·Informatividade do
texto;
·Intencionalidade do
texto;
·Situacionalidade do
texto;
·Papel do locutor e
interlocutor;
·Conhecimento de
mundo;
·Temporalidade;
·Referência textual.
Fatores de
textualidade
centradas no texto:
·Intertextualidade;
·Léxico: repetição,
conotação,
denotação,
polissemia;
·Marcas linguísticas:
coesão,
coerência, função das
classes
gramaticais no texto,
compreensão textual
significativa de acordo com
o objetivo proposto no
trabalho com o gênero textual
selecionado;
·Desenvolver
atividades de
leitura em três etapas:
- pré-leitura (ativar
conhecimentos prévios,
discutir questões referentes a
temática, construir hipóteses
e antecipar elementos do
texto, antes mesmo da
leitura);
- leitura (comprovar
ou desconsiderar as
hipóteses anteriormente
construídas);
- pós-leitura (explorar
as habilidades de
compreensão e expressão
oral e escrita objetivando a
atribuição e
construção de sentidos com
o texto);
·Formular
questionamentos
que possibilitem
inferências sobre o texto;
·Encaminhar as
discussões sobre: tema,
intenções, finalidade,
intertextualidade;
·Utilizar de textos
observação das propriedades
estilísticas do gênero
(recursos como elementos
gráficos, mapas, fotos,
tabelas);
·Localize informações
explícitas e implícitas no
texto;
·Deduza os sentidos
das palavras e/ou expressões
a partir do contexto;
·Perceba o ambiente
(suporte) no qual circula o
gênero textual;
·Reconheça diversos
participantes de um texto
(quem escreve, a quem se
destina, outros participantes);
·Estabeleça o
correspondente em língua
materna de palavras
ou expressões a partir do
texto;
·Analise as intenções
do autor;
·Infira relações
intertextuais;
·Faça o
reconhecimento de palavras
e/ou expressões que
estabelecem a referência
textual;
·Amplie seu léxico,
bem como as estruturas da
língua (aspectos gramaticais)
270
pontuação,
figuras de linguagem,
recursos
gráficos (aspas,
travessão,
negrito);
·Partículas conectivas
básicas do
texto;
·Elementos textuais:
levantamento lexical
de palavras
italicizadas,
negritadas,
sublinhadas,
números,
substantivos próprios;
·Interpretação da rede
de
relações semânticas
existentes
entre itens lexicais
recorrentes
no título, subtítulo,
legendas e
textos.
verbais diversos que
dialoguem com textos não-
verbais, como: gráficos,
fotos, imagens, mapas;
·Relacionar o tema
com o contexto cultural do
aluno e o contexto atual;
·Demonstrar o
aparecimento dos modos e
tempos verbais mais
comuns em determinados
gêneros textuais;
·Estimular leituras que
suscitem no reconhecimento
das propriedades próprias de
diferentes gêneros:
- temáticas (o que é
dito nesses gêneros);
- estilísticas (o registro
das marcas enunciativas do
produtor e os recursos
linguísticos);
- composicionais (a
organização, as
características e a sequência
tipológica).
e elementos culturais.
PRÁTICA
DISCURSIVA: Escrita
AVALIAÇÃO
Fatores de
textualidade
centradas no leitor:
·Tema do texto;
ABORDAGEM
TEÓRICO-METODOLÓGICA
·Planejar a produção
textual a partir da delimitação
do tema, do interlocutor, do
gênero, da finalidade;
·Estimular a
AVALIAÇÃO
Espera-se que o
aluno:
·Expresse as ideias
com clareza;
·Elabore e re-elabore
textos de acordo com o
271
·Conteúdo temático
do texto;
·Elementos
composicionais do gênero;
·Propriedades
estilísticas do gênero;
·Aceitabilidade do
texto;
·Finalidade do texto;
·Informatividade do
texto;
·Intencionalidade do
texto;
·Situacionalidade do
texto;
·Papel do locutor e
interlocutor;
·Conhecimento de
mundo;
·Temporalidade;
·Referência textual.
Fatores de
textualidade
centradas no texto:
·Intertextualidade;
·Partículas conectivas
básicas do texto;
·Vozes do discurso:
direto e indireto;
·Léxico: emprego de
repetições, conotação,
denotação, polissemia,
formação das palavras,
figuras de linguagem;
ampliação de leituras sobre o
tema e o gênero proposto;
·Acompanhar a
produção do texto;
·Encaminhar e
acompanhar a re-escrita
textual: revisão dos
argumentos (ideias), dos
elementos que compõem o
gênero;
· Analisar a produção
textual quanto à coerência e
coesão, continuidade
temática, à finalidade,
adequação da linguagem ao
contexto;
·Conduzir à reflexão
dos elementos discursivos,
textuais, estruturais e
normativos.
·Oportunizar o uso
adequado de palavras e
expressões para estabelecer
a referência textual;
·Conduzir a utilização
adequada das partículas
conectivas básicas;
·Estimular as
produções nos diferentes
gêneros trabalhados.
encaminhamento do
professor, atendendo:
-às situações de
produção propostas (gênero,
interlocutor, finalidade);
-à continuidade
temática;
·Diferencie o contexto
de uso da linguagem formal e
informal;
·Use recursos textuais
como: coesão e coerência,
informatividade, etc;
·Utilize
adequadamente recursos
linguísticos como: pontuação,
uso e função do artigo,
pronome, numeral,
substantivo, adjetivo,
advérbio, etc.;
·Empregue palavras
e/ou expressões no sentido
conotativo e denotativo, em
conformidade com o gênero
proposto;
·Use apropriadamente
elementos discursivos,
textuais, estruturais e
normativos atrelados aos
gêneros trabalhados;
·Reconheça palavras
e/ou expressões que
estabelecem a referência
textual;
·Defina fatores de
272
·Emprego de palavras
e/ou
expressões com
mensagens implícitas e
explicitas;
·Marcas linguísticas:
coesão, coerência, função
das classes gramaticais no
texto, pontuação, figuras de
linguagem, recursos gráficos
(como aspas, travessão,
negrito);
·Acentuação gráfica;
·Ortografia;
·Concordância verbal
e nominal.
contextualização para o texto
(elementos gráficos,
temporais).
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O trabalho com Língua Estrangeira Moderna em sala de aula a partir do
entendimento do papel das línguas na sociedade é mais que mero instrumento de
acesso à informação. O aprendizado de línguas estrangeiras são também
possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e
construir significados. Dessa forma o ensino de Língua Estrangeira se constrói por
meio da compreensão da diversidade linguística e cultural para que o aluno se
envolva discursivamente e desenvolva as práticas de leitura, escrita e oralidade
levando em conta seu conhecimento prévio.
As Diretrizes Curriculares Estaduais (p. 53) propõem que a aula de Língua
Estrangeira Moderna constitua um espaço para que o aluno reconheça e
compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva
discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação
ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os significados são
273
sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na
prática social.
No ensino de Língua Estrangeira, a língua, objeto de estudo dessa disciplina, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. Torna-se fundamental que os professores compreendam o que se pretende com o ensino da Língua Estrangeira na Educação Básica, ou seja: ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingido (DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS, p. 55)
Diferentes gêneros textuais deverão ser utilizados para que o aluno identifique
as diferenças estruturais e funcionais de cada texto e conheça novas culturas
sabendo-se que não há culturas melhores umas que as outras e sim culturas
diferentes umas das outras, pois o objeto de estudo da Língua Estrangeira Moderna,
a língua, pela sua complexidade e riqueza, permite o trabalho em sala de aula com
os mais variados textos de diferentes gêneros.
A disciplina de Língua Estrangeira Moderna objetiva que os envolvidos no
processo pedagógico façam uso da língua que estão aprendendo em situações
significativas, relevantes, isto é, que não se limitem ao exercício de uma mera
prática de formas linguísticas descontextualizadas. Trata-se da inclusão social do
aluno numa sociedade reconhecidamente diversa e complexa através do
comprometimento mútuo.
Serão abordados os temas referentes à cultura afro-brasileira, africana e
indígena, visto que o continente africano contém um país que fala o espanhol como
língua oficial. Estes devem aprimorar o uso de textos das mais variadas esferas
sociais (publicitária, jornalística, literária, etc.), resgatando suas contribuições nas
áreas social, econômica e política.
O uso e prevenção de drogas, enfrentamento à violência, sexualidade e meio
ambiente serão abordados com debates e pesquisas para que os alunos conheçam
e analisem de forma crítica como outras sociedades tratam tais assuntos,
confrontando-os com nossa atual realidade.
274
Fazendo-se uso de pesquisas, reportagens e outros textos afins, buscar-se-a
subsídios para mostrar a realidade da Educação no Campo, Educação Fiscal e
Educação no Trânsito, confrontando com a realidade dos educandos.
Deve-se levar em consideração as diferenças individuais, procurando sempre,
fazer um encaminhamento interdisciplinar, incentivando o aluno a ir reconhecendo e
compreendendo as diversidades linguísticas e culturais, bem como seus benefícios
para o desenvolvimento cultural do país.
Dentre as atividades metodológicas deve-se considerar os recursos
tecnológicos, buscando-se o amadurecimento do educando quanto à utilização dos
mesmos no ensino-aprendizagem e na construção do conhecimento. Também se
fará uso de recursos didáticos que virão a complementar o desenvolvimento das
aulas, tais como: TV Pendrive, rádio, TV, textos diversificados, revistas, jornais,
informativos, charges, histórias em quadrinho, tirinhas, músicas, filmes temáticos,
leitura, interpretação e produção de pequenos textos.
AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem escolar existe com a função de subsidiar a
construção da aprendizagem, de forma que venha a auxiliar o professor a
diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno. Portanto a
avaliação de Língua Estrangeira precisa ser objetiva e subsidiar discussões a cerca
das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas produções ao longo do
processo ensino aprendizagem.
Nessa perspectiva, o envolvimento dos alunos na construção do significado
nas práticas discursivas será a base para o planejamento das avaliações ao longo
do processo. Sendo assim a avaliação será contínua, cumulativa e processual,
devendo refletir o desenvolvimento global do aluno, considerando suas
características individuiais.
A prática avaliativa deverá dar relevância à atividade crítica, à capacidade de
síntese e à elaboração pessoal, sendo realizada em função dos conteúdos,
utilizando métodos e instrumentos diversificados, através de procedimentos que
assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno.
275
Os resultados obtidos através das avaliações deverão proporcionar dados
que levem o professor a refletir sobre sua ação pedagógica de forma a contribuir na
reorganização dos conteúdos/instrumentos e métodos de ensino, bem como
observar os avanços e as necessidades para o estabelecimento de novas ações
pedagógicas, visto que a recuperação de estudos é um direito do aluno,
independente do grau de apropriação dos conhecimentos e dar-se-à de forma
permanete e concomitante ao processo ensino aprendizagem.
Os instrumentos de avaliação utilizados serão: provas dissertativas, objetivas
e orais, seminários, debates e trabalhos escritos.
Para a verificação da efetivação da aprendizagem da LEM deve-se observar
se o aluno é capaz de:
Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção (formal e
informal);
Refletir e transformar o seu conhecimento, relacionando as novas
informações aos saberes já adquiridos;
Conhecer e ampliar o vocabulário;
Produzir textos atendendo as circunstâncias de produção propostas;
Realizar leitura compreensiva do texto, levando em consideração a sua
condição de produção;
Utilizar as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo;
Emitir opiniões a respeito do que leu;
Localizar informações explícitas no texto;
Estabelecer relações entre as partes do texto, identificando repetições
ou substituições;
Conhecer e utilizar a língua estudada como instrumento de acesso a
informações de outras culturas e de outros grupos sociais; Reconhecer as variantes
lexicais;
Ampliar, no indivíduo, o seu horizonte de expectativas;
Desenvolver a oralidade através da sua prática; Apresentar clareza nas
ideias;
Utilizar adequadamente recursos linguísticos, como o uso da
pontuação, como o uso da pontuação, como o uso do artigo, dos pronomes,etc...
276
Ampliar o léxico;
Diferenciar a linguagem formal da informal.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0,0 (zero vírgula zero) à 10,0 (dez vírgula zero) sendo que a média final
mínima exigida para a promoção e certificação de conclusão de curso é de 6,0 (seis
virgula zero)
277
BIBLIOGRAFIA
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Língua Estrangeira Moderna. Governo do Paraná, SEED, DEB, 2008. Brasil. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23 dez. 1996. Brasil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1998. FARACO, C. A. Português: Língua e Cultura – Manual do Professor. Curitiba: Base, 2005. FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática da autonomia. 20. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001.
278
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA PARA
O CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES
Apresentação
A história é a área do conhecimento que tem como objetivo entender os
processos e sujeitos históricos e suas relações nos diferentes tempos e espaços,
que nos permitem ir longe nessas abordagens e lançar um novo olhar sobre as
múltiplas possibilidades da sociedade e dos processos de compreensão humana.
Entende-se que o ensino de história deve desenvolver cidadãos capazes de
analisar os processos históricos em que estão inseridos. Portanto, é necessário
pensarmos a história enquanto conhecimento ampliado, tanto pelos historiadores,
com seus estudos teóricos (fontes documentais), como pela aproximação das
demais áreas de ensino (interdisciplinaridade).
A história é uma ciência que tem na temporalidade das sociedades humanas
o seu objetivo de estudo, e que considera que o homem a constrói em meio a
contradições, conflitos, antagonismos e lutas.
Por isso, pretende-se que o ensino de história parta de uma relação crítica
com o presente e com a realidade do aluno e que o questionamento do passado se
dá, não para julgá-lo, mas para compreender a sua relação com o presente.
Busca-se também, suscitar reflexões a respeito de aspectos políticos,
econômicos, culturais, sociais e das relações entre o ensino da disciplina com a
produção do conhecimento histórico.
Revisando o passado do ensino de história, vemos que era totalmente
tradicional, tanto para valorizar alguns personagens quanto pela abordagem factual
e linear. Cabia ao professor repassar os conteúdos e aos alunos a memorização e
repetição como verdades absolutas.
Tudo começou no Período Imperial, quando a disciplina se tornou parte do
currículo escolar, como a criação do Colégio D. Pedro II, em 1837, e no mesmo ano
a criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Com influências da Escola
Metódica e do Positivismo, valorizava-se somente a linearidade de fatos, os
documentos oficiais e a valorização dos heróis.
279
Esse modelo foi mantido no início da República (1889) e o Colégio D. Pedro II
como referência. Em 1901 houve uma alteração no currículo, deixando que a
História do Brasil passasse a compor a cadeira de História Universal, sendo menos
trabalhada em sala de aula.
O retorno da História do Brasil nos currículos, deve-se ao governo de Getúlio
Vargas (1932-!954) vinculado ao projeto político do Estado Novo, restrito à elite que
se preparava para conduzir o povo, legitimando assim o projeto nacionalista de país.
Durante o regime militar o ensino de história manteve seu caráter estritamente
político, factual, sem espaço para a criticidade e interpretações de fatos e sim
objetivava formar indivíduos que aceitassem as coisas como estavam e a
valorização da pátria tendo o estado sempre controlando as instituições escolares,
para legitimar os interesses político-ideológicos do regime e o controle dos que se
opunham à ordem estabelecida.
A partir da lei nº. 5692/71, o Estado organizou o Primeiro Grau de oito anos e
o Segundo Grau Profissionalizante, numa formação tecnicista, voltada à preparação
de mão-de-obra para o mercado de trabalho. As disciplinas de História e Geografia
foram condensadas como área de Estudos Sociais, como forma de tornar o currículo
mais prático, isso no Primeiro Grau. No Segundo Grau surge a disciplina de
Organização Social e Política Brasileira (OSPB) como forma de controle ideológico
do Estado sobre o corpo docente.
Esse modelo de ensino se manteve durante todo o regime militar e só vai se
transformar a partir do final desse regime na década de 1980, com o início do
processo de redemocratização da sociedade. O ensino de Estudos Sociais foi
contestado e volta a defesa do retorno da disciplina de história, bem como as
reformas democráticas na área educacional, repercutindo em novas propostas para
o ensino de história.
Houve abertura democrática das liberdades individuais e coletivas no país, o
que favoreceu a produção de materiais didáticos e paradidáticos e a elaboração de
novas propostas curriculares em vários estados.
O Paraná também tentou mudanças e renovações para o ensino de História,
pautada no Materialismo Histórico Dialético com indicadores da Escola Nova.
280
Passa-se a valorizar as ações dos sujeitos e uma nova organização dos
conteúdos, a partir da formação do capitalismo no mundo ocidental para o Primeiro
Grau em dois blocos: História do Brasil e História Geral. História do Paraná e
América Latina apareciam como estudo de caso, demonstrando ainda a dificuldade
em romper a visão eurocêntrica da história.
Durante as reformas educacionais da década de 1990, o Ministério da
Educação divulgou entre os anos de 1997 e 1999 os Parâmetros Curriculares
Nacionais para o Ensino Fundamental e médio por área do conhecimento, que
valorizavam o ensino humanístico, mas a preocupação maior era a de preparar o
indivíduo para o mercado de trabalho e ofereceu pouca oportunidade de formação
continuada aos professores de história, falta de concursos públicos na disciplina,
favorecendo a contratação de professores sem formação específica.
Por outro lado os PCN's apresentaram inovações, no que diz respeito à
historiografia atualizada e novas tecnologias foram incorporadas ao documento
como: tempo, memória, fontes históricas, patrimônio histórico, incentivo à pesquisa e
a diversificação de metodologias de ensino.
Em 2003 surgem as Diretrizes Curriculares para o Ensino de História, as
DCE's, que contemplam a diversidade cultural e a memória paranaenses, de modo
que buscam contemplar demandas em que também se situam os movimentos
sociais organizados e destacam os seguintes aspectos:
- o cumprimento da lei n° 13.381/01, que torna obrigatório no Ensino
Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do
Paraná;
- o cumprimento da lei n° 10.639/03, que inclui no currículo oficial a
obrigatoriedade da História e Cultura Afro- Brasileira, seguidas das Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico- racionais e para o
ensino de História e Cultura Afro- Brasileira e Africana;
- o cumprimento da lei n° 11.645/08, que inclui no currículo oficial a
obrigatoriedade do ensino da História e cultura dos povos indígenas do Brasil.
Há também novas reflexões a respeito dos contextos históricos em que os
saberes foram produzidos e repercutiram na organização do currículo da Disciplina.
281
A organização dos conteúdos estruturantes, entendidos como saberes que,
aproximam e organizam os campos da história e seus objetos.
Fundamentos Teórico-metodológicos
A concepção de história que será explicitada levará em conta que as
verdades prontas e definitivas não têm lugar porque o trabalho pedagógico nesta
disciplina deve dialogar com outras vertentes como também deve recusar o ensino
de história marcado pelo dogmatismo e pela ortodoxia e também recusam-se as
produções historiográficas que afirmam não existir objetividade possível em história.
A validade do conhecimento histórico tem sido questionado e se propõe uma
matriz disciplinar para que se compreenda a organização do pensamento histórico
dos sujeitos que fazem a relação passado/presente o tempo todo em sua vida
cotidiana, que são chamadas ideias históricas.
Os métodos e técnicas de investigação do historiador produzem
fundamentações específicas relativas às pesquisas ligadas ao modo como as ideias
históricas são concebidas a partir do critério de verificação, classificação e
confrontação científica dos documentos e a finalidade da orientação da prática social
dos sujeitos leva a apresentação de narrativas históricas.
Assim os objetivos do estudo em história são as ações e relações humanas
praticadas no tempo e a consciência dessas ações pelos sujeitos que são as formas
de pensar, agir, sentir, representar, imaginar, instituir e de se relacionar social,
cultural e politicamente.
Segundo o historiador Christofher Lloyd (1995), os processos históricos são
articulados em determinadas relações causais. Então as relações humanas
dependem de um local e tempo dos processos históricos que são marcados pela
complexidade causal.
A produção do conhecimento pelo historiador requer um método específico,
que o ajude a partir do passado, de documentos e de experiências do historiador e
de problematizações, produzir uma narrativa histórica que contemple a diversidade
das experiências sociais, culturais e políticas dos sujeitos e suas relações.
282
A finalidade do ensino de história é a formação de um pensamento histórico a
partir da produção do conhecimento, que mostre aos educandos que as
interpretações sobre determinado processo histórico se modificam temporalmente e
que há diferentes formas de se explicar seu objeto de investigação a partir das
experiências e dos contextos em que vivem.
As correntes historiográficas que dialogam entre si e trazem grandes
contradições para a formação de um pensamento histórico pautado em uma nova
racionalidade histórica: a Nova História, Nova História Cultural e a Nova Esquerda
Inglesa.
As contribuições da nova história
Sua principal expressão é a História das Mentalidades, que se referia aos
modos de pensar dos sujeitos em determinadas épocas e locais.
É a reação contra o paradigma tradicional em prol da simplicidade e da
clareza entre a antiga e a nova história. Dá-se mais importância à abertura dos
problemas, novas perspectivas teóricas e novos objetos desenvolvidos, a relação
humana e suas relações e transformações. É a história da Cultura Popular, ou seja,
preocupação mais com as opiniões, ideias e desejos das pessoas, a história da vida
cotidiana.
As contribuições da nova história cultural
Desponta na primeira metade da década de 1980 e segundo Burke é aplicada
para diferenciá-la da História Intelectual, anterior, e conta com a influência do filósofo
russo Mikhail Bakhtin, do sociólogo alemão Norbert Elias, do filósofo francês Michel
Foucault e do sociólogo francês Pierre Bourdieu. Os quatro teóricos abriram
perspectivas para adotar conceitos como descrição densa, dialogismo, polifonia,
representações, práticas culturais, descontinuidades culturais, rupturas, hábitos e
outros.
Há um afastamento em relação a História das Mentalidades para rejeitar a
preferência pela longa duração, quantitativismo, ênfase ao viés psicologizante e
283
crítica a dicotomia entre cultura popular e erudita, em favor de uma noção de cultura
entendida como prática social – isto é – há a comunicação entre os homens que os
levam ao conhecimento e atitudes perante a vida.
E a representação é a pedra angular da Nova História Cultural – pois é como
as comunidades a partir de suas diferenças sociais e culturais, percebem e
compreendem sua sociedade e a própria história.
Há também a Circularidade Cultural, ou seja, a leitura de uma cultura a partir
de outra, proposta de micro-análise e a valorização de vários documentos, imagens,
canções, objetos arqueológicos, etc.
As contribuições da nova esquerda inglesa
Surge em 1956 com historiadores britânicos vinculados ao Partido Comunista
Inglês, que descontentes com o regime stalinista na Rússia, romperam com o
partido e acabaram por influenciar a historiografia britânica. Participaram Raymond
Williams, Eric Hobsbawn, Christopher Hill, Perry Anderson, Maurice Dobb e Edward
P. Thompson, que passam a reescrever a história britânica.
Fundam a Revista New Left Review em 1959 para divulgar ideias a partir de
uma releitura crítica de vários conceitos marxista.
A abordagem desta corrente envolve conceitos como: consciência social e
opera transformações nos sujeitos; que o discurso ou prática hegemônica de
determinada classe domina significados, valores, crenças e impõe a outras classes a
divisão entre super e infra-estrutura foi superada pela Nova Esquerda Inglesa – e
defendem a subjetividade, as relações entre as classes e as culturas, suas
experiências cotidianas comuns em que há valores e condutas, costumes e culturas.
Outro conceito é o poder em que buscam superar a visão mecânica e
reducionista de uma história linear e tradicional bem como analisam a concepção de
poder sobre outra visão: a história de baixo e elegem a classe trabalhadora como
personagem central de seus estudos. Os autores utilizam ainda novos métodos e
para fazer a releitura das fontes históricas já pesquisadas, bem como a valorização
da consciência Histórica que é inerente à condição humana em sua diversidade.
Sendo assim, formar-se-á uma consciência histórica crítica nos alunos, sendo
284
capazes de refletirem, analisarem, investigarem sobre o passado, revalorizando
diferentes sujeitos e suas relações e articulando a compreensão do processo
histórico relativo às permanências, às transformações temporais dos modelos
culturais e de vida social em sua complexidade.
Narrar a história é compreender o outro no tempo, e se constrói por
argumentos fundamentados em documentos, portanto os alunos devem conhecer a
interpretação do outro pela narrativa histórica desse sujeito.
De acordo com Rüsen existem quatro tipos de consciência histórica:
tradicional, exemplar, crítica e genética, que se fundamentam em quatro condições
de orientação intelectual da vida prática dos sujeitos no tempo: afirmação,
regularidade, negação e transformação; que coexistem no mundo contemporâneo
nas historiografias de referência, e também, na vida prática dos sujeitos, seja nas
escolas, nos meios de comunicação, nos manuais, instituições, e são, portanto
intercambiantes.
Procedimentos metodológicos dp pensamento histórico: Tempo e Espaço.
As noções de tempo e espaço devem compor os procedimentos
metodológicos, que articulados aos conteúdos estruturantes, possibilitam a
delimitação e a contextualização das relações humanas a serem problematizadas.
Tempo:
A metodologia ligada ao tempo modificou-se de acordo com as
transformações das sociedades, atreladas a consciência histórica, com dimensões e
durações temporais diversas.
Nos alunos deve-se provocar o desenvolvimento de uma consciência
histórica crítica e/ou genética. E a articulação entre as dimensões temporais se
expressa nas relações de temporalidades, como: processos, mudanças, rupturas,
permanências, simultaneidade, transformações, descontinuidades, deslocamentos e
recorrências.
285
Espaço:
O local onde os sujeitos históricos atuam define as possibilidades de ação e
compreensão do processo histórico. Seja natural, rural ou urbano, o ambiente – as
paisagens, os territórios, os caminhos, as conquistas territoriais, as migrações, etc.,
fazem parte do conhecimento histórico bem como da memória coletiva de uma
sociedade . Assim, espaço e tempo constituem procedimentos metodológicos e
princípios fundamentais da formação do pensamento histórico.
Conteúdos Estruturantes:
São saberes e conhecimentos construídos historicamente e fundamentais
para a compreensão do objeto e organização dos campos de estudos de uma
disciplina escolar, devem ser trabalhados de forma articulada entre si. Apontam para
o estudo das ações e relações humanas que constituem o processo histórico, o qual
é dinâmico. Nestas Diretrizes, as Relações de Poder, Culturais e de Trabalho, são
privilegiadas como recortes deste processo histórico.
Encaminhamento Metodológico Para o Ensino Médio.
No Ensino Médio, a Metodologia proposta está relacionada à História
Temática, em sintonia com o Projeto Político Pedagógico da escola, pois não é
possível representar o passado em toda sua complexidade. Há três dimensões
estabelecidas pelo historiador Ivo Mattozzi: focalizar o acontecimento, processo ou
sujeito que se quer reproduzir do ponto de vista historiográfico; delimitar o tema
histórico e definir espaço ou território de observação do conteúdo tematizado.
É importante justificar porque escolheu determinada temática e quais sujeitos
se pretende analisar, estabelecendo-se assim a problematização e o recorte
espaço/temporal.
Haverá ainda três formas para construir uma narrativa histórica: narração,
descrição e argumentação, explicação e problematização, permitindo assim a
criação de conceitos já construídos.
286
O trabalho com diferentes documentos requer que o professor conheça a
especificidade de sua linguagem e sua natureza, bem como seus limites e
possibilidades para o trato pedagógico, levando em conta indagações como :
existência do documento, significado como objeto e como sujeito.
As imagens, livros, jornais, histórias em quadrinhos, fotografias, pinturas,
gravuras, museus, filmes, músicas são documentos que podem ser transformados
em materiais didáticos de grande valia na construção do conhecimento histórico, e
podem ser aproveitados de diferentes maneiras em sala de aula, e pode ser pautado
em relações interdisciplinares considerando que é na disciplina de História que
ocorre a articulação de conceitos e métodos entre as diversas áreas do
conhecimento, facilitando a criação de projetos de trabalho de acordo com os
interesses e necessidades de cada comunidade escolar.
Avaliação
A avaliação proposta por este documento tem como objetivo superar a
avaliação classificatória. Diante disso, propõe-se para o ensino de História uma
avaliação formal, processual, continuada e diagnóstica. A avaliação deve estar
contemplada no planejamento do professor e ser registrada de maneira formal e
criteriosa.
O acompanhamento do processo ensino-aprendizagem, tem como finalidade
principal dar resposta ao professor e aos alunos sobre o desenvolvimento desse
processo e, assim, permite refletir sobre o método de trabalho utilizado pelo
professor, possibilitando o redirecionamento deste, caso seja necessário. A
avaliação não deve ser realizada em momentos separados do processo de ensino
aprendizagem. O professor deve acompanhar o processo, percebendo o quanto
cada educando desenvolveu na apropriação do conhecimento histórico.
Ao longo do Ensino Médio o aluno deverá entender que as relações de
trabalho, as relações de poder e as relações culturais, as quais se articulam e
constituem o processo histórico. E compreender que o estudo do passado se realiza
a partir de questionamentos feitos no presente por meio da análise de diferentes
documentos históricos.
287
O aluno deverá compreender como se encontram as relações de trabalho no
mundo contemporâneo, como estas se configuram e como o mundo do trabalho se
constitui em diferentes períodos históricos, considerando os conflitos inerentes às
relações de trabalho.
No que diz respeito às relações de poder, o aluno deve compreender que
estas se encontram em todos os espaços sociais e também deve identificar e
localizar as arenas decisórias e os mecanismos que as constituiram.
E ainda, quanto às relações culturais, o aluno deverá reconhecer a si e aos
outros como construtores de uma cultura comum, compreendendo a especificidade
de cada sociedade e as relações entre elas. O aluno deverá entender como se
constituíram as experiências culturais dos sujeitos ao longo do tempo e detectar as
permanências e mudanças nas diversas tradições e costumes sociais.
A avaliação do ensino de história nesta diretriz considera três aspectos
importantes: a apropriação de conceitos históricos e o aprendizado dos conteúdos
estruturantes e dos conteúdos específicos. Esses três aspectos são entendidos
como complementos e indissociáveis. Para tanto, o professor deve se utilizar de
diferentes atividades como: leitura, interpretação e análise de textos historiográficos,
mapas e documentos históricos; produção de narrativas históricas, pesquisas
bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários,
recursos pedagógico-tecnológicos e instrucionais, entre outros.
Enfim, após a avaliação diagnóstica, o professor e seus alunos poderão
revisitar as práticas desenvolvidas até então, de modo que identifiquem lacunas no
processo pedagógico, o que permitirá ao professor que planeje e proponha outros
encaminhamentos para a superação das dificuldades. E que no final do trabalho na
Disciplina de História, os alunos tenham condições de identificar processos
históricos, reconhecer criticamente as relações de poder neles existentes, bem como
que tenham recursos para intervir no meio em que vivem, de modo a se fazerem
também sujeitos da própria história.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
1. Trabalho escravo, servil, assalariado e o
288
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
trabalho livre;
2. Urbanização e industrialização;
3. O Estado e as relações de poder;
4. Os sujeitos, as revoltas e as guerras;
5. Movimentos sociais, políticos e culturais e
as guerras e revoluções;
6. Cultura e religiosidade.
289
BIBLIOGRAFIA. ALBORNOZ, Suzana. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 2004. BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec 1995. ______________. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec, 1987. BARCA, Isabel. O pensamento histórico dos jovens: idéias dos adolescentes acerca da provisoriedade da explicação histórica. Braga: Universidade do Minho. 2000. BARROS, José D'Assunção. O campo da história: especialidades e abordagens. 2ª. Edição Petrópolis: Vozes, 2004. BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: obras escolhidas. Vol. 1. São Paulo: Brasiliense, 1994. BITTENCOURT, Maria Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004. BURKE, Peter (org.). A Escrita da História: novas perspectivas. São Paulo: UNESP, 1.992. CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo ( orgs.). Domínio da História. Campinas: Campus, 1.997. DIVALTE. História do Ensino Médio. REZENDE, Antonio Paulo . DIDIER, Maria Thereza. Rumos da História. São Paulo: Saraiva, 2005. SEED, DIRETRIZES Curriculares de História para o Ensino Fundamental e Médio. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.
290
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA PARA
O CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES
Apresentação
A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno Vida. Ao
longo da História da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre este
fenômeno, numa tentativa de explicá-la e ao mesmo tempo, compreendê-la.
Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das
diferentes concepções sobre o fenômeno Vida e suas implicações no ensino,
buscou-se na história da ciência o contexto histórico nos quais as influências
religiosas, econômicas, políticas e sociais impulsionam essa construção.
A História da ciência mostra que tentativas de definir a vida têm origem na
antiguidade com ideias que contribuíram para o desenvolvimento da biologia.
Aristóteles deixa contribuições na organização dos seres vivos, com
interpretações e explicações para a compreensão da natureza. A concepção
teocêntrica considerava que tudo não podia ser explicada, visto ou reproduzido,
havia uma razão divina Deus era o responsável (RAW 2002 p 13).
Nos séculos IX e X surgiram as primeiras Universidades medievais, onde os
conhecimentos foram sistematizados e discutidos de maneira distinta dos centros
religiosos. Então os conceitos sobre o ser humano passaram à primeiro plano
iniciando uma nova perspectiva para a explicação dos fenômenos naturais .
O período da renascença foi marcado pelo confronto de ideias, onde os
naturalistas utilizaram o pensamento matemático para interpretar a ordem mecânica
da natureza, os botânicos realizavam seus estudos sob o enfoque descritivo. Na
zoologia houve o desenvolvimento da descrição dos animais a partir de 1800 através
das técnicas de animais surgindo novos conhecimentos biológicos, como a
classificação dos seres vivos.
291
O sistema descritivo possibilitou a organização da biologia pela comparação
das espécies coletadas em diversos locais, refletindo a atitude contemplativa e
interessada em retratar a beleza natural, com a exploração empírica da natureza.
Em meio as contradições desse período histórico o filósofo Francis
Bacon(1561-1626) contribui para uma nova visão de ciência, recuperando o domínio
do ser humano sobre natureza, introduzindo ideias sobre a prática do conhecimento
com o propósito de investigação, contrapondo-se a filosofia aristotélica.
Nesse mesmo período o filosofo francês René Descartes(1596-1650)
contrapõe-se ao pensamento baconiano considerando que “[...]o domínio e a
compreensão do mundo requerem a aceitação de um poder especial na mente que
assegurava a verdade; a razão humana[...](Feijó, 2003, p. 20).
Evidências sobre a extinção de espécies a teoria da evolução em confronto
com as ideias anteriores. A ideia de mundo estático, que não admite a evolução
biológica, cada vez mais foi confrontada.
A mutação das espécies ao longo do tempo foram apresentadas por Erasmus
Darwin (1731-1802) ...acreditava na herança de características adquiridas.
Lamarck considerava a classificação importante, porém artificial, por acreditar
na existência de uma “sequência natural” para origem de todos as criaturas vivas e
que elas mudavam guiadas pelo ambiente (Ronan, 1987, p. 09)
Lamarck adepto da teoria da geração espontânea, estabeleceu o conceito de
sistema evolutivo em constante mudança, formas de vida inferiores surgem
continuamente a partir da matéria inanimada e progridem em direção a uma maior
complexidade, controlada pelo ambiente.
No inicio do século XIX Charles Darwin (1809-1882) apresentou suas ideias
sobre a evolução das espécies com a concepção teológica criacionista, compreendia
as espécies como imutáveis desde sua criação, com a reorganização das espécies,
inclusive a humana.
Para considerar sua teoria sobre a origem das espécies por meio da seleção
natural na luta pela vida, as evidências evolutivas foram consideradas provas e
suporte de suas concepções “o registro dos fósseis, a distribuição geográfica das
espécies, anatomia e embriologia comparadas e a modificação de organismos
domesticados.
292
Darwin analisou as evidências evolutivas um método é a analise da estrutura
anatômica e fisiológica de membros anteriores de animais vertebrados,
considerando suas semelhanças, indicando a hipótese de que eles descendem de
um mesmo ancestral.
As leis que regulam a hereditariedade foi proposta por Gregor Mendel (1822-
1884), monge agostiniano defendia a herança por misturas, nas quais patrimônios
heterogêneos dariam origem a homogeneidade entre indivíduos de uma mesma
espécies, o que reforçam o fixismo.
Em 1865 Mendel apresentou sua pesquisa sobre a transmissão de
características entre os seres vivos, realizou diversos cruzamentos utilizando
diferentes organismos.
No século XIX, a com progressos com a teoria celular, a partir de descrições
de alemães Matthias Schleiden (1804-1881), em 1838,e Theodor Schwann (1810-
1882), em 1839, afirmarem que todas as coisas vivas animais e vegetais eram
composta por células.
No século XX a construção de um modelo explicativo dos mecanismos
evolutivos, vinculados ao material genético com influências do pensamento biológico
evolutivo.
Em meados da década de 70 o pensamento cientifico passou a utilizar
diferentes formas de abordar a realidade objetiva com a necessidade de rever o
método científico, exigiu modificações do método Mayr (1998) afirma que ha
necessidade de entendimento de sistemas biológicos e fisiológicos .
A biologia ampliou com a biologia molecular, considerada por Mayr(1998) o
centro dos interesses biológicos na atualidade, com avanços na bioquímica , na
biofísica permitindo as inovações tecnológica conhecendo a estrutura e funções dos
cromossomos, manipulação genética modificando a estrutura físico-química dos
seres vivos.
O ensino de Biologia contribui para ampliar o entendimento que o indivíduo
tem da sua própria organização biológica, do lugar que ocupa na natureza, na
sociedade, na diversidade étnica – cultural e das possibilidades de interferir na
dinamicidade dos mesmos, através de uma ação mais coletiva, visando à melhoria
da qualidade de vida.
293
Os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino Médio
não resultam da apreensão contemplativa da natureza em si, mas dos modelos
teóricos elaborados pelo ser humano – seus paradigmas teóricos -, que evidenciam
o esforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais.
Compreende-se como “alfabetizado”, em Biologia, o que é reafirmado por
KRASILCHICK (1991, p. 3), aquele indivíduo que é capaz de:
a) entender a natureza da Biologia como ciência, suas possibilidades e
limitações;
b) distinguir ciência de tecnologia, compreendendo as especificidades de
cada uma delas;
c) compreender as características da Biologia como instituição social, as
relações entre pesquisa e desenvolvimento e, as limitações sociais do
desenvolvimento científico;
d) conhecer os conceitos básicos e a linguagem da ciência biológica;
e) interpretar dados numéricos e informações técnicas e tecnológicas; saber
onde e como buscar a informação e os conhecimentos biológicos.
Oportunizar ao educando uma maior aplicação dos conhecimentos dessa
área, no seu cotidiano. Isso implica em buscar estratégias e metodologias para que
este ensino supere a fragmentação, a memorização de nomenclaturas técnicas e o
agregado de informações desconexas, desvinculados da realidade do aluno.
A incursão pela história e filosofia da ciência permite identificar a concepção
de ciência presente nas relações sociais de cada momento histórico, bem como as
interferências que tal concepção sofre e provoca no processo de construção de
conceitos sobre o fenômeno VIDA, reafirmado como objeto de estudo da Biologia.
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
- Organização dos Seres
vivos
- Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e
filogenéticos
-Sistemas biológicos: anatomia, morfologia
294
- Biodiversidade
- Mecanismos Biológicos
- Manipulação genética
e fisiologia
- Mecanismos de desenvolvimento embriológico
- Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos
-Teorias evolutivas
- Transmissão das características hereditárias
- Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres
vivos e interdependência com o ambiente
- Organismos geneticamente modificados.
Metodologia
Os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino Médio
não resultam da apreensão contemplativa da natureza em si, mas dos modelos
teóricos elaborados pelo ser humano – seus paradigmas teóricos -, que evidenciam
o esforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais.
Em meio às essas necessidades humanas, a ciência visa encontrar
explicações sobre os fatos. A crítica atenta às explicações sobre este pode
demarcar momentos de conflitos entre as explicações e outras que se fortalecem a
partir de filiações conceituais diversas. Estas indagações acerca da própria ciência
demarcam saltos qualitativos do conhecimento científico, fortalecendo a concepção
de uma ciência que nasce da luta contra o obscurantismo e a superação do senso
comum, em que a história da ciência deve ser tão critica quanto a própria ciência
(ASTOLFI e DEVELAY,1991;LOVO, 2000).
A partir da noção de obstáculo epistemológico desenvolvida por Gaston
Bachelard, é possível afirmar que “conhecemos contra um conhecimento anterior,
destruindo conhecimentos [...] aquilo que no próprio espírito constitui um obstáculo à
espiritualização” Para o autor, não se parte do zero para ampliar o conhecimento.
”Nada é natural. Nada é dado. Tudo é construído” (BACHELARD, 1971).
295
Como construção, o conhecimento é sempre um processo inacabado. Assim,
a uma ideia atribui-se o valor quando ela pode ser frequentemente usada como
resposta a questão postas. Essa ideia, entretanto, se mantida de maneira a impedir
novas questões formativas, pode constituir um obstáculo ao desenvolvimento do
conhecimento científico bem como à aprendizagem científica.
No processo de ensino aprendizagem, quando uma resposta se põe a priori,
hipóteses, sua formulação de resposta à questão, também podemos considerá-la
como um obstáculo à aprendizagem.
Como elemento da construção científica, a biologia deve ser entendida como
processo de construção do próprio desenvolvimento humano (ANDERY,1998).O
avanço da biologia, é determinado pelas necessidades materiais do ser humano
com vista ao deu desenvolvimento, em cada momento histórico. O ser humano sofre
a influência das exigências do meio social e das ingerências econômica dele
decorrente, ao esmo tempo em que nelas interfere. Desse modo, a mística que
envolve o “acaso da descoberta” e “O cientista genial” na pesquisa, e “O cientista em
miniatura”, na escola, deve ser superado (FREIRE-MAIA,1990).
A busca por entender os fenômenos naturais e a explicação racional da
natureza levou o ser humano a propor concepções de mundo e interpretações que
influenciam e são influenciadas pelo processo histórico da própria humanidade.
A Biologia deve prever a abordagem da cultura e história afro- brasileira Lei
nº.10 639/03 e indígena Lei nº.11 645/08 que será repassada aos alunos através de
músicas, entrevistas, relatórios, passeios, filmes e pesquisas sobre a cultura e os
destaques dos mesmos na sociedade, tendo como objetivo combater o racismo
existente no contexto escolar e na sociedade.
Nas aulas de Biologia deve-se orientar os alunos através de leituras, textos
diversificados, debates, filmes, teatros, com o objetivo principal da conscientização
de preservar a fauna, respeitando a Lei Estadual do Paraná nº. 14.037, de 20 de
março de 2003, que instituiu o código estadual de proteção aos animais, onde é
proibido maltratar, humilhar, explorar a todo e qualquer animal seja este doméstico,
selvagem ou de laboratório e a flora segundo a Lei de:
• Biossegurança: esta lei estabelece normas de segurança e mecanismo
de fiscalização sobre a construção, o cultivo, a manipulação, o transporte, a
296
transferência, a exportação, o armazenamento, a pesquisa, a comercialização, o
consumo, a liberação no meio ambiente e o descarte de organismo geneticamente
modificado – OGM e seus derivados, tendo como diretrizes à vida e à saúde
humana, animal e vegetal, e a observância do princípio da precaução para a
proteção do meio ambiente.
• Política Nacional da Biodiversidade: Por ser um país detentor de uma
das maiores riquezas biológicas do planeta, o Brasil tem a responsabilidade de criar
as condições necessárias para a promoção do desenvolvimento em harmonia com a
conservação e a utilização sustentável dos recursos biológicos.
• Resoluções do Conama/MMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente);
Para promover um aprendizado ativo especialmente em biologia , é
importante que os conteúdos se apresentem em formas de problemas a serem
resolvidos com os alunos.
É preciso, portanto, selecionar conteúdos e escolher metodologias coerentes
com nossas intenções educativas. Incluem-se a compreensão da natureza o qual o
ser humano depende, interage e interfere; A biodiversidade, onde se compreende a
variação e a proteção da espécie, podendo trabalhar a organização dos seres vivos
e sua evolução; realizar estudo do mecanismo biológico desses seres conhecendo
seu corpo como um todo, que confere a célula as condições dos sistemas do ser
vivo e por último aprofundar um estudo sobre manipulação genética e DNA
conhecendo os mecanismos hereditários e características específicas dos seres
vivos , sendo útil a atualidade e a indústria onde se produz medicamentos , vacinas
e hormônios.
A Educação Fiscal será enfocada através de atividades em sala de aula como
leitura de textos informativos, debates, pesquisas, palestras e noticiários, tendo
como objetivo a conscientização do educando em relação à sua participação na
sociedade, tornando-se um cidadão consciente de seus direitos e deveres, atuando
criticamente na sociedade.
297
Avaliação
No cotidiano escolar, a avaliação é parte do trabalho dos professores. Tem
por objetivo proporcionar-lhes subsídios para as decisões a serem tomadas a
respeito do processo educativo que envolve educador e educando no acesso ao
conhecimento.
A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para que a compreensão das
dificuldades na aprendizagem se caracterize e a escola se faça mais próxima da
comunidade e da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço
onde os alunos estão inseridos.
A aprendizagem se dá de forma gradativa, pois o aluno vai elaborando os
conhecimentos que recebe de modo que estes se interligam e, no processo,
apresentam-se os outros desafios, que dão continuidade a essa dinâmica, abrindo a
possibilidade de aquisição de novos conhecimentos e conceitos.
Devido a isso, é preciso manter a adequação da avaliação inerte à natureza
da aprendizagem, assim é necessário avaliar os procedimentos que o aluno adotou
até chegar ao resultado. Dessa forma, é possível identificar os avanços e as
dificuldades, perambulando o acompanhamento da construção do conhecimento
pelo aluno.
É imprescindível definir critérios para esse acompanhamento e utilizar
diferentes formas de avaliação no processo de assimilação de conhecimentos, bem
como o desenvolvimento de habilidades intelectuais, hábitos e posturas.
Além das alternativas costumeiras de avaliação no conjunto das disciplinas,
como questões objetivas e subjetivas, testes, devem-se enfatizar as avaliações que
desenvolvem e façam perceber nos alunos as habilidades tipicamente ligadas à área
do conhecimento: a biodiversidade os reinos mais simples os mais complexos, os
sentidos, a reprodução, as células, etc.
É utilizado para essa adequação várias técnicas como: apresentações de
trabalhos escritos e orais, avaliação diária feita através da observação do
comportamento e participação do aluno e do conteúdo repassado a este; relatórios
elaborados após uma atividade dinâmica como passeios, filmes, entrevistas dentro e
fora do colégio considerando temas relativos a disciplina e propiciando ao aluno
298
interação com a comunidade em que vive, trabalhando também a criatividade do
aluno onde este elabora histórias em quadrinhos e textos sobre o tema trabalhado
no bimestre.
Também se utiliza como método avaliativo palestra sobre temas como:
sexualidade, meio ambiente, saúde e trânsito. Considerando que o aluno deve estar
ciente dos riscos e benefícios das escolhas a serem tomadas na vida, propondo a
este uma informação que lhe será muito útil na sociedade. E com isso pode elaborar
feiras culturais, cientificas e informativas para a comunidade em geral onde se é
avaliado o desempenho e participação do aluno.
Esta é uma forma de acompanhar o desenvolvimento intelectual de diversos
aspectos da realidade, na elaboração de novos modelos e sugestões para o
enfrentamento dos desafios, ao mesmo tempo em que se estimula sua consciência
social e seu respeito às diferenças ambientais e aos avanços tecnológicos.
299
BIBLIOGRAFIA Duarte, Valdir P. Escolas Públicas do Campo: Problemáticas e perspectivas: um estudo a partir do projeto vida na Roça. Biologia/ vários autores – Curitiba SEED- PR, 2006. Fonseca, Albino. Bilogia. São Paulo: 2002 Lopes, Sônia. Rosso Sérgio. Bilogia. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005. Marczwski, M.; Vélez, E, Ciências Biológicas. São Paulo: FDT S.A, 1999. Silva Júnior, César da; Sasson, Sezar. Biologia César e Sezar. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2000 Paulino, W.R Biologia Paulino. 8ª ed. São Paulo: Ática, 2003. Positivo: Harmonia do Universo. Curitiba: Posigraf S/A, 2003 Projeto Político Pedagógico da Escola. SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Biologia. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação, 2008. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BASICA. Ciências da Natureza, matemática e suas tecnologias. Secretaria de Educação Básica – Brasília: Ministério da educação, 2006. 135 p. (Orientações curriculares para o ensino médio; volume 2). SILVA JÚNIOR, César da. Biologia vol. 1, 1ª série. As características da vida, biologia celular, vírus: entre moléculas e células, a origem da vida e histologia animal. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2005. SILVA JÚNIOR, César da. Biologia vol. 2, 2ª série. Seres Vivos: estrutura e função. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2005. SILVA JÚNIOR, César da. Biologia vol. 3, 3ª série. Genética, evolução e ecologia. 7ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2005. Http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/arquivios/file/livro_e_diretrizes_biologia_2008.pdf Acessado em 04/03/2009 às 10:00 hs.
300
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
PARA O CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES
Apresentação
O objetivo de estudo da Geografia, é o espaço geográfico e este por sua vez
está em constante transformação, este mesmo espaço apresenta condições de vida
da sociedade humana e como esta se apropria do espaço criando suas estratégias
de sobrevivência.
O estudo da Geografia traz consigo um conhecimento histórico, desde os
primórdios o homem sempre buscou na natureza uma forma de organização. Para
os antigos, foi de suma importância analisar os fenômenos da natureza e como
estes se processavam, para eles tudo era vital, pois não haviam mapas,e nem
coordenadas geográficas, foi essencial conhecer os tipos de climas, as estações do
ano, os tipos de solos, a dinâmica do vento dos mares e assim sucessivamente.
Nos tempos antigos, os avanços em âmbito geográficos foram acontecendo
gradativamente à medida que o ser humano observa a natureza, e daí foram
surgindo outros saberes e se encaixando na habilidade do homem nas conquistas e
na elaboração dos saberes.
A partir da elaboração dos saberes foram surgindo vários outros
conhecimentos e questionamentos, sendo que uma das principais causas de
discussão eram sobre a esfericidade da terra, as ciências dos saberes foram
estudando as áreas já conquistadas, buscando sempre respostas a tais
questionamentos, de modo que os viajantes os pesquisadores sempre traziam algo
diferentes para descrever e representar o espaço, até então à filosofia e a ciência é
que estudavam os fatos ocorridos buscando sempre desvendar algo novo, e de
séculos em séculos foram surgindo respostas mais objetivas. Nos países mais
desenvolvidos em função do capitalismo eles apresentavam mais condições, o que
facilitava os estudos nos campos geográficos e estas informações foram
acrescentando conceitos mais solidificados, surgindo assim às escolas nacionais de
pensamento geográfico, primeiramente a alemã e a francesa, e tivemos então
alguns percussores tais como: Humboltt, Ritter e Vidal de La blache, onde cada um
301
expôs sua idéias em relação a sociedade, e natureza, surgindo assim uma
organização do espaço geográfico, e desta forma eles continuaram a estudar as
formas mais plausíveis do estudo ou seja foram separando os estudos geográficos
por etapas facilitando assim o conceito de espaço: sociedade e natureza.
Após o século XX e também após a Segunda Guerra Mundial, todo o sistema
de produção, todo o sistema capitalista sofreram grandes transformações em âmbito
político, econômico, social e cultural, surgindo assim uma nova concepção,
passando assim por várias reformulações em todo o campo geográfico, conforme as
mudanças foram surgindo, várias outras abordagens que necessitariam de novos
estudos, propondo assim uma análise mais crítica e menos informal. A geografia
passou a ser estudada em um primeiro momento como Estudos Sociais no Brasil,
visto que estudava os acontecimentos relacionados às guerras civis e militares, mais
a disciplina de Estudos Sociais, não estava interligada com os estudos geográficos o
que empobrecia os conteúdos, mas mesmo assim os Estudos Sociais perduram por
mais de uma década, nos anos 1980, aconteceram outros movimentos onde houve
a separação da disciplina de Estudos Sociais, a Geografia e a História voltaram a
ser estudada separadamente, mais tinham que respeitar certos pareceres. Após o
fim da ditadura militar houve uma renovação do pensamento geográfico, e outras
formas de interpretação, utilizando a “totalidade” como um todo, isto é ir além
daquilo que visível, e o espaço sempre deverá ser entendido como formas que estão
em constante transformação, ou seja, está sempre surgindo novos elementos e
novas tecnologias, interligadas a economia; a política, as relações sociais, paisagem
e a cultura, produzido e re-produzido pela sociedade humana, e a geografia
apresenta esse papel de norteador estimulando a análise e a reflexão, tanto em
períodos anteriores, atuais e posteriores.
As análises geográficas começam sempre pelo estudo do espaço geográfico
que é o objetivo de estudo de acordo com as DCEs, onde os geógrafos buscam
sempre métodos e pesquisas diferentes para proporcionar formas de pensar e agir
sobre o espaço, espaço esse produzido e aprimorado pela sociedade onde ocorre
uma inter-relação entre os sistemas de objetos e os sistemas de ações.
Para que posamos nortear os pensamentos geográficos devemos partir
sempre de algumas primícias que fazem de nós sujeitos ativos e participativos do
302
espaço estabelecendo assim uma relação sócio espacial, onde o sujeito pode
analisar os aspectos sociais, econômicos, culturais e políticos.
Sendo assim todos os estudos geográficos são muito importantes por que a
geografia procura integrar os elementos da paisagem física ou natural à presença
das sociedades humanas. Desse modo, pretende proporcionar uma melhor
compreensão do mundo em que vivemos. Compreensão necessária para a
formação de cidadãos plenos, que possa refletir sobre o mundo em que vive e que
tenha uma visão crítica do mundo e de suas incessantes modificações.
Estudar geografia é um modo de compreender o mundo em que vivemos,
para nos posicionarmos inteligentemente frente a este mundo, temos de conhecê-lo
bem, para nele vivermos de forma consciente e crítica, estas concepções devem
sempre ser consideradas para que haja assim uma formação de organização na
formação do educando.
Vários objetivos são essências para que possa compreender a geografia,
elementos esses ligados a paisagem, região, lugar, território, natureza e sociedade,
o texto apresentado pelas DCEs apresenta clareza em seus objetivos, uma vez que
identifica todos os elementos de forma clara e compreensiva, ressaltando todas as
abordagens técnicas e metodológicas passadas como essas relações são
importantes para que seja alcançado da melhor forma a compreensão e a
objetividade dos estudos geográficos, estudos esses que tratam das relações que
foram vinculadas entre diferentes visões.
A Geografia crítica - ou simplesmente Geocrítica - nasceu em meados da
década de 1970, inicialmente na França e posteriormente na Espanha, Itália, Brasil,
México, Alemanha, Suíça e inúmeros outros países.
Essa expressão, na origem, foi criada ou pelos menos identificada com a obra
A Geografia - isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra (de 1976), de Yves
Lacoste, e com a proposta da revista Hérodote (cujo primeiro número também foi
editado em 1976), que no início era uma revista de "geopolítica crítica" e também de
geografia, com especial ênfase na renovação do seu ensino em todos os níveis.
Pode-se dizer que os pressupostos básicos dessa "revolução" ou
reconstrução do saber geográfico eram a criticidade e o engajamento. Por criticidade
se entendia uma leitura do real -- isto é, do espaço geográfico -- que não omitisse as
303
suas tensões e contradições, que ajudasse enfim a esclarecer a espacialidade das
relações de poder e de dominação. E por engajamento se pensava numa geografia
não mais "neutra" e sim comprometida com a justiça social, com a correção das
desigualdades sócio-econômicas e das disparidades regionais. A produção
geográfica até então, dizia-se -- embora admitindo exceções: Réclus, Kropotkin e
outros -- , sempre tivera uma pretensão à neutralidade e costumava deixar de lado
os problemas sociais (e até mesmo os ambientais na medida em que, em grande
parte, eles são sociais), alegando que "não eram geográficos".
É lógico que essa nova maneira de encarar a geografia não surgiu do nada.
Ela se enraizou e floresceu num contexto de revisão de idéias e valores: o maio de
1968 na França, as lutas civis nos Estados Unidos, os reclames contra a guerra do
Vietnã, a eclosão e a expansão do movimento feminista, do ecologismo e da crise
do marxismo... E ela se alimentou de muito do que já havia sido feito anteriormente,
tanto por parte de alguns poucos geógrafos quanto por outras correntes de
pensamento que podem ser classificadas como críticas. Desde o seu nascedouro, a
Geografia crítica encetou um diálogo com a Teoria crítica (isto é, com os pensadores
da Escola de Frankfurt), com o anarquismo (Réclus, Kropotkin), com Michel
Foucault, com Marx e os marxismos (em particular os não dogmáticos, tal como
Gramsci, que foi um dos raros marxistas a valorizar a questão territorial), com os
pós-modernistas e inúmeros outras escolas de pensamento inovadoras. Mas ela
principalmente representou uma abertura para -- e um entrelaçamento com -- os
movimentos sociais: a luta pela ampliação dos direitos civis e principalmente sociais,
pela moradia, pelo acesso à terra ou à educação de boa qualidade, pelo combate à
pobreza, aos preconceitos de gênero, de cultura/etnia e de orientação sexual, etc.
Quase ao mesmo tempo, embora alguns anos antes, surgia na Grã-Bretanha
e principalmente nos Estados Unidos a chamada Geografia radical, que significou
uma reação dos geógrafos anglo-saxônicos -- ou pelo menos de uma parte deles --
contra o excesso de quantitativismo, contra a denominada Geografia pragmática, ou
quantitativa, que predominou nesses países nos anos 1960 e na primeira metade da
década de 70. Também a Geografia radical reprochou a pretensa neutralidade da
tradição geográfica e, principalmente, o comprometimento implícito dessa Geografia
quantitativa com o poder instituído, com o Estado capitalista e com as grandes
304
empresas. Era preciso revirar a geografia, afirmava-se, usá-la a favor dos
dominados, dos oprimidos ou, como diríamos hoje, dos excluídos.
Da mesma forma que a Geografia crítica, a Geografia radical buscou
subsídios tanto nos movimentos populares e sociais quanto nas correntes radicais
de pensamento, em especial o marxismo. Neste ponto, ela diferiu um pouco da
Geografia crítica, pois esta desenvolveu-se de forma um pouco mais aberta e
pluralista, tendo maior convívio com outras correntes de pensamento e, inclusive,
demonstrando sérias restrições ao socialismo real e ao marxismo "oficial" ou
ortodoxo, o marxismo-leninismo. Além disso, a Geografia crítica sempre insistiu na
renovação escolar, na crítica à escola e à geografia tradicionais, na necessidade de
um novo ensino voltado para desenvolver no educando a criticidade, a inteligência
no sentido amplo do termo (ao invés de mera capacidade de memorização) e, no
final das contas, o senso de cidadania plena. Já a Geografia radical -- talvez pelo
fato de que a disciplina geografia foi excluída do currículo escolar das escolas
fundamentais e médias dos Estados Unidos durante mais de três décadas (nos anos
1990 ela voltou, inclusive revalorizada) -- pouco se preocupou com o ensino. O seu
grande adversário -- e portanto, o alvo a ser atingido -- era a Geografia pragmática e
não o tradicionalismo nas escolas fundamentais e médias e, por tabela, no ensino
universitário.
É sintomático o fato de que na última década do século XX, quando começou
a ocorrer um forte movimento de reconstrução do sistema escolar norte-americano
(suscitado em grande parte pela necessidade de concorrer no mercado
internacional, sob novas condições históricas, com a Europa, com o Japão e com
outras economias dinâmicas) e a sua abertura à revolução técnico-científica, à
globalização e inclusive aos direitos humanos, os educadores e geógrafos escolares
nesse país tiveram que buscar subsídios em outras sociedades - na França, na
Alemanha, na Espanha e até mesmo no Brasil. Isso porque, nestes sistemas
nacionais de ensino, a disciplina geografia nunca chegou a ser completamente
eliminada e, além do mais, ocorreram aí nos anos 80 vigorosos movimentos de
renovação na geografia escolar, algo que os Estados Unidos não vivenciaram nesse
período. Pouco a pouco, nas escolas elementares e médias norte-americanas vai se
tornando usual o ensino da geografia, inclusive com uma maior carga horária a partir
305
de mais ou menos 1994, que se preocupa com as relações de gênero
(homem/mulher), com a questão da orientação sexual, com novas formas de
preconceito étnico e cultural, com as desigualdades internacionais e inter-regionais,
com os problemas ambientais, etc., algo que para eles é novo em geografia (embora
venha sendo introduzido a um ritmo acelerado), mas que para nós já se tornou
relativamente banal desde os anos 1980.
Conteúdos Estruturantes
No que diz respeito a abordagem dos conteúdos estruturantes analisados que
estes devem ser subdivididos em conteúdos básicos e específicos, os quais tem
como função organizar tanto a proposta curricular desenvolvida no âmbito escolar
como nortear o plano de trabalho de cada professor dessa disciplina, considerando
sempre que o objetivo do estudo da geografia é o espaço geográfico, a função do
conteúdo estruturante é organizar os campos de estudo facilitando assim a
compreensão em todas as escalas geográficas, analisando assim as transformações
políticas, econômicas, sociais e culturais que foram marcando os períodos históricos.
De acordo com as DCEs os conteúdos estruturantes ficaram assim
estabelecidos. Dimensão Econômica do Espaço Geográfico, Dimensão Política do
Espaço Geográfico, Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico, Dimensão
Cultural e Demográfica do Espaço geográfico.
A Dimensão econômica do Espaço Geográfico: trata-se da transformação do
espaço geográfico, este conteúdo estruturante é uma forma de compreendermos
melhor o espaço em que vivemos e suas constantes mudanças através do mesmo
que verificamos os avanços tecnológicos, o crescimento das áreas industriais, das
áreas urbanas, comerciais e agropecuárias, enfim abrange todas as relações
sociedade natureza, onde o aluno deverá obter uma compreensão sócio histórica,
onde o mesmo deverá sempre refletir sobre as questões socioambientais, políticas,
econômicas e culturais, fazendo com que o mesmo analise que ele é um agente de
construção desse mesmo espaço e sendo assim a geografia deverá subsidiá-lo para
que ele que ele interfira de forma consciente.
306
Dimensão Política do Espaço Geográfico está ligada aos territórios e as
ligações de poder, as relações econômicas e também as sociais. Abrange como
todo o território foi constituído, sua fronteira, suas demarcações políticas enfim
trabalham as inter-relações entre todo o espaço geográfico e o poder nele
estabelecido, o desenvolvimento das superpotências mundiais e também as
organizações internacionais, os conflitos existentes e suas proporções em uma
configuração espacial.
A Dimensão Sócio Ambiental do Espaço Geográfico: este conteúdo
estruturante enfoca todos os impasses ambientais em todo o espaço geográfico de
forma geral, enfoca todas as transformações ambientais desde os tempos mais
antigos, até os dias atuais, demonstrando para nós muitas de suas dinâmicas devido
à ação humana, várias questões são abordadas dentro dessa dimensão tais como:
alteração climática, desmatamentos, recursos naturais, impactos socioambientais,
circulação de pessoas, poluição, buraco na camada de ozônio, efeito estufa, entre
outros.
A Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico: esta dimensão
abrange toda a história de transformação na abordagem cultural do espaço
geográfico, que foram passando de geração em geração que criam e recriam o
espaço geográfico e contribuem para o melhor entendimento de toda a circulação de
informações, mercadorias, dinheiro e pessoas.
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos básicos
Dimensão
Econômica do
Espaço Geográfico
A formação e a transformação da paisagem.
A dinâmica da natureza, e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do
espaço geográfico.
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
A revolução tecno-científico-informacional e os novos arranjos no espaço
da população.
O espaço rural e a modernização na agricultura.
O espaço e rede: produção, transporte, comunicação na atual configuração
307
Dimensão Política do
Espaço Geográfico
Dimensão Cultural e
Demográfica do
Espaço Geográfico
Dimensão
Socioambiental do
Espaço geográfico
territorial.
A circulação de mão-de-obra do capital, das mercadorias e das
informações.
Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e
a urbanização recente.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
Os movimentos migratórios e suas motivações
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
O comércio e as implicações socioespaciais.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
As implicações socioespaciais do processo de mundialização.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado.
A educação fiscal e sua utilização no processo de ensino aprendizagem e
sua contribuição no dia-a-dia do educando.
A educação do campo e sua contribuição nas atividades produtivas do
espaço geográfico.
As realidades locais e paranaenses deverão ser abordadas, destacando os
pontos positivos e negativos da transformação e ocupação do espaço.
As relações em escala local e global sobre o enfrentamento a violência e
como está aumentando e os transtornos que vem causando a humanidade.
As drogas e a destruição que a mesma causa ao ser humano, as
estatísticas avassaladoras envolvendo os jovens e suas consequências
trágicas.
Os métodos preservativos, os abusos sexuais e suas graves
consequências.
Os problemas no trânsito e a preparação do jovem mediante a situação de
risco.
A contribuição da cultura afro e indígena na formação do espaço brasileiro.
Lei 10639/03 e 11645-08.
A finalidade em manter uma boa política na preservação ambiental. Lei
9795/99.
308
Todos os conteúdos apresentados devem sempre estar coerentes com a
disciplina, isto é deverá sempre contemplar o plano de trabalho docente que o
professor tenha desenvolvido e no decorrer deste poderá sempre ter algo diferente e
inovador para acrescentar ou retirar. O conteúdo deve ser abordado a partir de
recortes temáticos e esses por sua vez deveram ser desenvolvidos a partir de
conteúdos específicos de forma que se organize o trabalho docente e respeite a
faixa etária do aluno facilitando assim a compreensão do mesmo, cabe ao educando
o enfoque da realidade do aluno, algo que ele reconheça e possa participar,
buscando assim a satisfação da sua proposta pedagógica. E outro aspecto muito
importante deve contempla a educação vigente da educação está ligada à:
educação fiscal, a educação do campo, a geografia do Paraná, os desafios
educacionais contemporâneos, (cultura afro-brasileira e africana, história e cultura
dos povos indígenas e política nacional de educação ambiental), o enfrentamento da
violência, a preservação ao uso indevido de drogas, sexualidade e educação para o
transito.
Metodologia da disciplina
A disciplina de geografia de acordo com as Diretrizes Curriculares deve
proporcionar a compreensão do espaço geográfico e suas transformações ocorridas
desde o início da produção humana, quando o ser humano começou a extrair da
natureza sua forma de sobrevivência.
Os conteúdos a serem abordados deverão manter uma relação com os
conteúdos estruturantes, criando um elo com a realidade do aluno em escala local, e
esta por sua vez em escala global, partindo sempre do pressuposto que o educando
possui e vai acrescentando realidades mais distantes dos alunos, mas procurando
sempre envolvê-los em todas as escalas geográficas.
O professor não deve simplesmente expor o conteúdo, ele deve tratá-lo de
forma instigativa e provocativa, trabalhando e estimulando o raciocínio a reflexão e a
crítica, tornando assim as aulas mais interessantes, facilitando assim a compreensão
309
e participação dos alunos e desta forma os educandos também conseguirão atingir
seus objetivos propostos.
A metodologia é o elemento que conduz às práticas pedagógicas e esta por
sua vez deverá estar ligada às várias contextualizações, é a forma pela qual o
educador coloca seu aluno em contato com outras realidades com fatos que
ocorrerão e ainda irão ocorrer no espaço geográfico, mudanças estas ligadas a
economia, política, cultura e sociedade, o educando também sempre que possível,
deverá estabelecer relações interdisciplinares, mais estas deverão ser trabalhadas
de maneira que não perca a especificidade geográfica, cada disciplina apresenta
sua característica própria, e cada uma delas apresentam abordagens metodológicas
diferentes.
Essas metodologias devem apresentar situações onde os alunos possam
ampliar seus conhecimentos, analisar o espaço como um todo e formar suas
próprias opiniões a respeito do espaço geográfico o educador deve conduzir o
processo de aprendizagem criando toda uma situação, conduzindo sua aula de
forma participativa e dialogada, onde ocorram questionamentos e suas possíveis
soluções, tendo como objetivo uma aprendizagem crítica, onde o educando possa
opinar sobre seu ponto de vista.
O estudo geográfico, através de seus conteúdos estruturantes estuda o
espaço geográfico de vários aspectos, eles são norteadores do trabalho docente,
abrindo vários leques para analisar o espaço geográfico, utilizando as dimensões
econômicas, cultural e demográfica, política e socioambiental, buscando sempre
desenvolver no aluno a capacidade de compreender e relacionar os conteúdos para
que o mesmo possa ampliar e aprofundar seu conhecimento, conhecimentos esses
que serão aprofundados no ensino médio, onde serão abordados os conteúdos de
forma mais complexa, trabalhando os espaços geográficos em escala mundial as
relações Sociedade-Natureza de forma mais política, econômica, socioambiental,
cultural e globalizada.
Algumas leis foram inseridas no processo ensino aprendizagem, tornando
assim obrigatório incluí-la nos conteúdos a serem abordados pela geografia deverão
ser feitos alguns recortes temáticos, e relacioná-los aos conteúdos estruturantes, as
Leis são: 10639/03 história e cultura afro-brasileira e africana, Lei 11645/08história e
310
cultura dos povos indígenas, Lei 9.795/01, política nacional de educação ambiental,
Lei 13.385/01, a geografia do Paraná, a educação do campo, partindo dessas
primícias, o educador deve abordar todo um contexto histórico e explicar a
importância dos afro-descendentes, a contribuição indígena na construção do
território brasileiro, a miscigenação, a diversidade cultural deixada por esses povos,
o trabalho dos afro-descendentes, a escravidão, o continente africano, a
discriminação racial, os problemas enfrentados tanto pelos negros, quanto pelos
indígenas, analisar as lutas sociais, culturais e econômicas, analisando o papel do
homem branco, a descoberta do território brasileiro, a busca incessante por riquezas
as desigualdades sociais a exploração da natureza, marcada pela degradação,
resultando na miséria, no consumismo, na exclusão social e econômica, analisando
tudo que o ser humano fez após a ocupação do espaço geográfico. Todas essas
questões devem ser discutidas e analisadas pelos educadores, formando uma visão
crítica da sociedade, o qual ele está inserido, analisando o espaço como um todo.
Todos esses impasses, seus problemas e suas possíveis soluções. O educando
deve instigar seus alunos abordando todas essas problemáticas, todas essas
situações que nos deixam fragilizados mediante a tantos problemas. Vemos ainda
através da educação uma mudança de mentalidades, seja a formação de novas
identidades culturais, e dessa forma vamos transformar o caos em que estamos
vivendo para uma educação de qualidade. Podemos utilizar vários recursos para
obtermos um ensino de qualidade, temos em nossas mãos os avanços tecnológicos,
algo que antes nem todos tinham acesso, hoje em tempo real podemos analisar o
globo terrestre de diversas formas e diversos pontos de vista, a era informatizada
nos permite trazer para os nossos alunos vários recursos técnicos, facilitando assim
a compreensão dos conteúdos, podemos trabalhar de diversas maneiras tais como:
debates, textos, TV, vídeos, palestras, conferências, pesquisa de campo, aula
expositiva, seminários, jornais, revistas, pesquisas, mapas ilustrativos, músicas,
maquetes, painel informativo, imagens gráficas, fotos e tantos outros recursos que
podem enriquecer as aulas, e tornarem mais interessantes. A aula de campo é um
encaminhamento metodológico muito importante, para as aulas de geografia, pois a
mesma parte de uma realidade local e poderá ser comparada com as outras
realidades distintas, onde o aluno poderá observar vários fenômenos de outros
311
lugares, próximos ou distantes, as aulas de campo podem estabelecer uma maior
integração entre o aluno e o professor, tornando assim a aula mais interessante e
participativa, o professor deverá estabelecer um trajeto e explicar como a aula se
desenvolverá, quais serão os elementos que deverão ser analisados através de
observação, entrevistas, relatórios, fotos, produção de textos, e estudo do meio a ser
visitado que poderá ser um espaço urbano, rural, planetário, uma indústria, uma
reserva indígena, um patrimônio histórico, uma paisagem natural, enfim caberá ao
professor tornar a aula de campo interessante e participativa.
Os recursos áudio visuais também devem ser utilizados para a apresentação
de conteúdos da geografia, através da observação de uma imagem pode-se iniciar
uma pesquisa, o recurso áudio- visual enriquece e auxilia o trabalho do professor,
através de fotografias, filmes, slides, pôsteres, imagens em data show, pode-se
desenvolver uma aula de observação e descrição, onde o aluno poderá analisar as
paisagens, o universo, a terra, o sistema solar, e tantos outros aspectos ligados à
Geografia, mais sempre com o propósito investigador das paisagens exibidas.
A cartografia também é uma metodologia importante para o estudo da
geografia ela tem sido utilizada para a leitura e interpretação do espaço geográfico,
os mapas são fontes inesgotáveis de informações. Os mapas não são importantes
apenas para os estudos geográficos ou históricos. Outras áreas do conhecimento
também podem utilizá-los. Na verdade, eles estão presentes no nosso cotidiano e
sua finalidade é aumentar o nosso conhecimento sobre uma determinada área do
planeta terra. O uso de imagens de satélites facilita bastante o desenho de mapas e
possibilita o conhecimento de áreas anteriormente inacessíveis. Dessa forma
podemos trabalhar com o aluno todas as transformações ocorridas no planeta
através dos mapeamentos, sendo que durante muito tempo, as pessoas só podiam
observar o espaço geográfico através do solo e isso limitava muito as possibilidades
de precisão. O mapa apresenta varias informações aos alunos, tais como: a
localização das cidades, os rios, rodovias, ferrovias e pode também indicar os
produtos de uma determinada área, as cidades, os estados, os países ou o planeta
todo. Os professores podem trabalhar de diversas maneiras os mapas, através de
recortes, pinturas, maquetes, escalas, cartazes, atlas, mapa mundi e outras formas,
tornando assim as aulas mais atrativas e interessantes.
312
Cabe ao educador trabalhar em sua disciplina diferentes eixos temáticos com
diferentes abordagens metodológicas, auxiliando os alunos a enfrentarem graves
problemas que ocorrem em nossa sociedade. Sociedade está que está envolvida
por diversos problemas, tanto em escala local como em escala global, os problemas
estão por toda a parte e cabe a nós como educadores fornecer orientações aos
alunos para que esses possam enfrentar essas dificuldades com mais informações
esclarecedoras dentre elas podemos citar a educação fiscal, o enfrentamento a
violência, a preservação e o uso indevido de drogas, a sexualidade e a educação
para o trânsito. Na educação fiscal, podemos trabalhar o exercício do educando na
cidadania, ajudar o futuro cidadão a compreender seu papel social, questionar e
participar, acompanhando a gestão dos recursos financeiros públicos e os
investimentos governamentais, contribuindo, acompanhando e fiscalizando os
serviços e a obras públicas, denunciando, atuando e participando nos processos de
orçamentos públicos.
Através de depoimentos, palestras, estatísticas, fotos, slides, debates, vídeos,
cartazes, faixas, camisetas, panfletagem, podemos trabalhar o enfrentamento a
violência, a preservação e o uso indevido de drogas, a sexualidade, tudo isso faz
parte da vida de milhares de crianças e nós educadores não podemos deixar que
nossos alunos fiquem sem orientações, a violência e as drogas estão espalhadas
por toda a parte, e os jovens estão expostos a todas essas problemáticas. E um
outro fator que apresenta estatísticas alarmantes são jovens vítimas de acidentes de
trânsito. Portanto os jovens deverão ser instruídos para melhor se defenderem de
todo esse caos que envolvem toda a humanidade.
O professor precisa tomar as rédeas do processo ensino aprendizagem, pois
qualquer que seja a disciplina que ele lecione, ele deverá transmitir sua metodologia,
o professor é portanto um mediador, aquele que conduz e aponta os caminhos,
gerando assim a confiança do aluno, aquele que promove ao aluno o conhecimento
inovador e que é capaz de ir transformando, suas práticas pedagógicas, aquele que
se empenha no desenvolvimento do aluno, tornando-o apto para melhor convívio em
sociedade, aquele que se empenha no desenvolvimento do aluno, através da busca
do conhecimento e o repasse do mesmo, através da comunicação, gerando assim a
confiança, através da comunicação, gerando assim a confiança, através também da
313
motivação, demonstrando ao aluno todo seu potencial, o professor também deverá
investir na formação de vínculos afetivos, acreditando no aluno e compreendendo
suas limitações e por fim o professor deverá praticar seu poder de ação, pois aquele
que não age jamais conseguirá transformar sua vida.
Avaliação
As novas abordagens, as transformações teóricas e metodológicas no ensino
da Geografia de acordo com as LDB e com as DCEs, levaram a uma reformulação
necessária da prática avaliativa. De acordo com o PPP e o Regimento Escolar.
A avaliação passou a ser um processo contínuo, estimulador, criativo,
atuante, parte integrante e fundamental do processo ensino-aprendizagem, levando
em conta que o ensino da Geografia trabalha com a construção de conceitos e o
desenvolvimento de habilidades que auxiliam o aluno a se perceber como sujeito do
espaço geográfico que ocupa e a reconhecer as relações entre sociedade e
natureza.
É importante, então, avaliar se o aluno está construindo noções e conceitos
de tempo e espaço, se reconhece problemas sociais do meio em que vive, e se está
desenvolvendo, habilidades de observação, levantamento e organização de dados,
qualificação, representação e busca de informação em fontes adequadas.
Há necessidade de acompanhar o processo de apropriação do conhecimento
que se desenvolve de forma diferente para cada aluno; por essa razão, repetimos
que a avaliação deve ser contínua, pois permite não só constatar os progressos e
dificuldades, mas também retomar a prática pedagógica, abordando um mesmo
conteúdo de diversas formas, uma vez que os alunos estão construindo seu
conhecimento. É preciso também levar em consideração que a compreensão dos
alunos não se dá de forma homogênea, portanto se faz necessário também a
recuperação do aluno.
A aprendizagem se dá de forma gradativa, pois o aluno vai elaborando os
conhecimentos que recebe de modo que estes se interligam e, no processo,
apresentam-se outros desafios, que dão continuidade a essa dinâmica, abrindo a
possibilidade de aquisição de novos conhecimentos e conceitos.
314
Devido a isso, é preciso manter a avaliação inerente à natureza da
aprendizagem; assim, é necessário avaliar os procedimentos que o aluno adotou até
chegar ao resultado, Dessa forma, é possível identificar os avanços e as
dificuldades, permitindo o acompanhamento da construção do conhecimento pelo
aluno.
É imprescindível definir critérios para esse acompanhamento e utilizar
diferentes formas de avaliação no processo de assimilação de conhecimentos, bem
como o desenvolvimento de habilidades intelectuais, hábitos e posturas.
Além das alternativas costumeiras de avaliação no conjunto das disciplinas,
como questões objetivas e subjetivas testes, interpretação de textos, gráficos,
tabelas e imagens, trabalhos em grupo ou realizados individualmente, devem-se
enfatizar as avaliações que desenvolvam e façam perceber nos alunos as
habilidades tipicamente ligadas à área do conhecimento, como leitura e
interpretação de mapas, noções sobre localização, orientação percepção, visão
espacial, reconhecimento de paisagens, identificação de fenômenos naturais, entre
outras.
É esta uma forma de acompanhar o desenvolvimento intelectual do aluno,
capacitando-o na identificação de diversos aspectos da realidade, na reflexão sobre
eles, na elaboração de novos modelos e sugestões para o enfrentamento dos
desafios, ao mesmo tempo em que estimula sua convivência social e seu respeito às
diferenças pessoais.
No tocante a avaliação de recuperação de estudos, verificamos que está se
dará forma paralela, onde conteúdos que o aluno não conseguiu assimilar com
clareza serão repassados, afim de que este tenha a oportunidade de revê-os e
assim enfim compreendê-los.
Neste contexto o professor possui um novo papel: o de mediador da
aprendizagem do aluno, o da verificação e o da avaliação propriamente dita através
da aplicação de estratégias de aperfeiçoamento ou de redirecionamento do
processo de ensino-aprendizagem.
O processo de recuperação da avaliação proposto ocorre inicialmente, logo
após a entrega da primeira avaliação parcial, e é composto por: resolução por parte
do aluno, de sua primeira avaliação; verificação dos objetivos não atingidos,
315
conceitos não assimilados pelos alunos no processo ensino-aprendizagem,
enfatizando-os em seguida, para que a aprendizagem se efetive. Esta atividade tem
a função de diagnosticar aqueles pontos em que o educando precisa enfatizar mais
para aprendizagens futuras;
- resolução de exercícios extras sobre o assunto da primeira avaliação;
- resolução de exercícios com auxílio do professor da Disciplina, identificando
as dificuldades, dos progressos e seu envolvimento no seu processo de recuperação
e na verificação do aprendizado efetivamente realizado pelo aluno;
- aplicação de uma prova substitutiva.
Zambelli (1997) postula, que a relação ensino-avaliação, apresenta duas
diferentes perspectivas: a unidimensional, que usa como instrumento o teste ao final
do período, e a multidimensional, que possui variados instrumentos de avaliação
aplicados previamente, durante e após o processo de ensino .
A avaliação da recuperação pode ser considerada como um método de
adquirir e processar evidências necessárias para melhorar o ensino, proporciona o
apoio a um processo a decorrer, contribuindo para a obtenção de produtos ou
resultados de aprendizagem durante o semestre.
Após a aplicação da prova de recuperação é realizado um levantamento
sobre a eficácia da aplicação da prova de recuperação, levando-se em consideração
o envolvimento do aluno no seu processo de desenvolvimento das atividades e a
eficácia das estratégias oferecidas pelo professor. Este levantamento nos fornece
subsídios para as melhorias que se fizerem necessárias para a obtenção de
melhores resultados nas próximas avaliações.
316
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BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases das Educação Nacional. MEC. Brasil: 1996.
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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO
FÍSICA PARA O CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES
Apresentação
A história da Educação Física começa com os chineses, hindus, egípcios,
persas e mesopotâmicos e com os gregos e romanos assume maior precisão em
face de um conhecimento melhor das condições de sua civilização. A Idade Média é
o período de obscuridade da Educação Física que ressurge com o movimento
conhecido sob a denominação de Renascença. Os períodos moderno e
contemporâneo são os mais ricos em informação e constituem muito razoavelmente
o de maior interesse para nosso estudo.
Marchar, trepar, correr, saltar, lançar, atacar e defender, levantar e
transportar são movimentos desenvolvidos pelos homens pré-históricos. Possuíam
grande resistência nas longas caminhadas e marchas, velocidade nas corridas,
precisão nos arremessos e força nos braços e pernas, o que lhes garantiam
extraordinário desenvolvimento muscular. As horas de ócio destes homens foram
preenchidas de acordo com as necessidades de sobrevivência.
Mais ou menos 3 mil anos a.C. os chineses desenvolveram a caça, a luta, o
arco e a flecha, a esgrima de sabre, danças e um jogo de bola. Datam também
deste período os exercícios físicos com finalidades higiênicas e terapêuticas, o Cong
Fou que designa o homem que trabalha com arte, o Ginasta.
Entre 1122 e 255 a. C. as atividades físicas e as práticas desportivas ganham
grande popularidade, como a luta, o tiro ao arco, a equitação e a dança das
espadas, introduzida tanto nas escolas como no exército.
Os hindus também realizavam exercícios corporais e as práticas higiênicas,
as atividades físicas mais populares realizadas na índia eram as corridas, equitação,
caça, natação e box. As atividades físicas praticadas pelos japoneses eram a
natação, equitação, esgrima, ginástica médica e as manobras de massoterapia, as
duas últimas como prova da forte influência que os chineses e hindus exerciam
sobre os japoneses.
319
No período feudal, a ginástica se populariza, caracterizada por exercícios
sem aparelhos, de flexibilização, destreza e exercícios realizados com um grosso
bambu de 2 metros. Além destes, a marcha, a corrida, o salto e os exercícios de
equilíbrio encontraram grande aceitação assim como o Jiu-Jitsú que se tornou um
sistema nacional de cultura física.
Entre os povos do Oriente, podemos citar os egípcios que realizavam
exercícios gímnicos e acrobáticos, arco e flecha, corrida, salto, arremessos,
equitação, esgrima, luta, box, natação, remo, corridas de carro e dança.
Os assírios e caldeus eram extremamente cruéis, cultivavam a força física, a
destreza e a resistência. Realizavam longas marchas, rápidas corridas, manejavam
o arco e flecha, arremesso de lanças, lutas, equitação, natação e canoagem.
Os hebreus usavam armas e lutavam, utilizavam arco e flecha, lanças e
espadas. Os medas e persas ensinavam as crianças a montar a cavalo, atirar com
arco e flecha e a arremessar com o dardo. Já os fenícios primavam pela prática da
natação, o manejo do arco e flecha, o arremesso de lanças, caça e a luta. Os
cretences eram apaixonados pelos exercícios de força, velocidade, corrida à pé, box
e touradas.
Na Grécia Antiga o Plano educacional elaborado por Platão, precursor da
Eugenia, estabelecia que os jovens praticariam a ginástica entre 6 e 17 anos de
idade. Entre os 17 e 20 anos eram submetidos aos exercícios militares. Aristóteles
segue a mesma linha de raciocínio de Platão, defendendo a formação do corpo
antes do espírito devendo então os jovens praticarem a ginástica e a pedrotríbica
que se limitavam aos exercícios mecânicos, portanto o ginasta poderia ser
considerado um teórico enquanto que pedrotriba, um prático. Neste período os
jogos eram importantíssimos na vida do povo grego e realizados em todas as
cidades tendo como centros:Olímpia, Deltos, Neméia e o Istmo de Corinto.
No caso dos Jogos Olímpicos que duravam 7 dias DURANT (1943) citado
por MARINHO (1971):
Somente os cidadãos gregos por nascimento podiam participar dos Jogos
Olímpicos. Os atletas eram selecionados mediante concursos eliminatórios que se
celebravam nas localidades e na cidade, depois que eram submetidos a dez meses
de treinamento rigoroso sob a direção do paidotribai e gymnastai...”
320
Não há uma data certa sobre a realização dos primeiros Jogos Olímpicos
organizados pelo povo grego, que podem ter ocorrido em 1.300 a.C. ou 1.479 a.C.
Já as primeiras Olimpíadas foram realizadas em 776 a.C.
Segundo MARINHO (1971) outro povo de bastante destaque foram os
Romanos. Sua história pode ser dividida em organização monárquica, vigência,
republicana e constituição do império. Os romanos praticavam exercícios físicos
pela realização de jogos e pequenas tarefas agrícolas e militares. A ginástica foi
muito combatida pelos romanos que achavam imoral e repulsiva a nudez dos
ginastas e atletas.
Enquanto os gregos tinham uma preocupação estética com a prática de
atividades físicas, os romanos tinham finalidades apenas militares. Assim como os
gregos os romanos também realizavam grandes jogos denominados circenses. A
princípio as corridas de cavalos eram as mais célebres, cedendo com o tempo lugar
para os combates de gladiadores. Os jovens adestravam-se diariamente com
exercícios militares que compreendiam: marchas ligeiras ou de resistência
carregados com armas e víveres, corridas, saltos, exercícios de natação e remo e
um jogo com bola chamado de esferomaquia, muito parecido com o futebol.
O circo foi algo similar ao hipódromo grego. Nele se praticavam as corridas
de velocidade e resistência, lutas e se exibiam os desultórios. Destes espetáculos
onde se exibiam a destreza, vigor físico e habilidade nos combates eqüestres
originou-se as lutas dos gladiadores, entre si ou com feras, que culminaram no
período da decadência do Império Romano. Os estádios abrigavam as competições
e lutas atléticas, estas introduzidas em Roma no ano de 186 a.C.
Para MARINHO (1971): “Assim como os gregos, Nero estabeleceu uma festa
na qual se desenvolviam concursos de ginástica, canto, música, poesia e
eloqüência...” Os Jogos Capitolinos parecidos com os Jogos Olímpicos eram
realizados de 4 em 4 anos com competições e exercícios ginásticos, atléticos,
eqüestres e musicais. Este grande império tem sua decadência com a invasão de
hordas de bárbaros que saquearam Roma.
Durante a Idade Média a Educação Física se torna inexpressiva por conta do
Cristianismo que pregava a conquista de uma vida celestial. Com as cruzadas
organizadas pela igreja nos séculos XI, XII e XIII a preparação militar era feito pelo
321
adestramento dos cavaleiros, a esgrima, o manejo do arco e flecha e as marchas e
corridas a pé.
Se na Idade Média, a educação era excessivamente rígida e repressora com
relação ao corpo, o Renascimento concede devida atenção à higiene e aos
exercícios físicos, com a prática da ginástica, jogos, esgrima, natação, equitação,
corrida, lutas, longas marchas, exercícios de resistência ao frio e ao calor,
harmonizando como faziam os gregos o corpo com o espírito.
Seguindo essa história a Educação Física constitui-se por meio de diferentes
manifestações e expressões da atividade da atividade física/movimento
humano/motricidade humano ( tematizadas na ginástica, no esporte, no jogo, na
dança, na luta, nas artes marciais, no exercício físico, na musculação, na brincadeira
popular bem como em outras manifestações da expressão corporal), e ainda nos
trás conhecimentos sobre prevenção para uma melhor saúde corporal e mental e
espiritual, tanto em âmbito esportivo como na vida cotidiana.
Prestando com isso um serviço à sociedade caracterizando-se pela
disseminação e aplicação do conhecimento sobre a atividade física, técnicas e
habilidades buscando viabilizar aos usuários ou beneficiários o desenvolvimento da
consciência corporal, possibilidades potencialidades de movimento visando a
realização de objetivos educacionais de saúde, de prática esportiva e expressão
corporal.
No, entanto, nada disso seria possível se a Educação Física não tivesse
passado por vários momentos durante toda a sua história desde a constatação como
objeto de estudo, e enfim como disciplina. O histórico da disciplina principalmente no
Brasil se confunde em vários momentos entre a medicina e o militarismo. No entanto
dizemos que a Educação Física não teria uma verdadeira identidade hoje se não
houvesse a contribuição tanto na visão da medica quanto na militarista.
Hoje priorizamos a Cultura corporal dando assim no âmbito escolar diferentes
formas de atividades expressivas corporais, sistematizando os conteúdos
estruturantes de acordo com os DCE: Esporte; Ginásticas; Lutas; Danças; Jogos;
Brinquedos e Brincadeiras. Também procuramos levar nossos alunos há uma
reflexão a teorias desses conteúdos estruturantes, com objetivo de conhecer
histórico, regras, movimentos, etc...; e por fim levando-os nossos alunos a vivência
322
de práticas corporais, para que contribua na sua formação como ser humano crítico
e reflexivo, e com autenticidade.
Conteúdos Estruturantes
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Esporte Coletivos Individuais Radicais
Recorte histórico delimitando tempos e espaços. Analisar a possível relação entre o Esporte de rendimento X qualidade de vida. Análise dos diferentes esportes no contexto social e econômico. Estudar as regras oficiais e sistemas táticos. Organização de campeonatos, torneios, elaboração de Súmulas e montagem de tabelas, de acordo com os sistemas diferenciados de disputa (eliminatória simples, dupla, entre outros).
Análise de jogos esportivos e confecção de Scalt. Provocar uma reflexão acerca do conhecimento popular X conhecimento científico sobre o fenômeno Esporte. Discutir e analisar o Esporte nos seus diferenciados aspectos:
• enquanto meio de Lazer.
• sua função social.
• sua relação com a mídia.
• relação com a ciência.
• doping e recursos ergogênicos e
esporte alto rendimento.
• nutrição, saúde e prática esportiva.
Analisar a apropriação do Esporte pela Indústria Cultural.
Organizar e vivenciar atividades esportivas, trabalhando com construção de tabelas, arbitragens, súmulas e as diferentes noções de preenchimento. Apropriação acerca das diferenças entre esporte da escola, o esporte de rendimento e a relação entre esporte e lazer. Compreender a função social do esporte. Reconhecer a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural no esporte. Compreender as questões sobre o doping, recursos ergogênicos utilizados e questões relacionadas a nutrição.
Jogos e brincadeiras
Jogos de tabuleiro
Jogos dramáticos
Jogos cooperativos
Analisar a apropriação dos Jogos pela Indústria Cultural. Organização de eventos. Analisar os jogos e brincadeiras e suas possibilidades de fruição nos espaços e tempos de lazer. Recorte histórico delimitando tempo e espaço.
Reconhecer a apropriação dos jogos pela indústria cultural, buscando alternativas de superação. Organizar atividades e dinâmicas de grupos que possibilitem aproximação e considerem individualidades.
323
Dança Danças folclóricas
Danças de salão Danças de rua
Possibilitar o estudo sobre a Dança relacionada a expressão corporal e a diversidade de culturas. Analisar e vivenciar atividades que representem a diversidade da dança e seus diferenciados ritmos. Compreender a dança como mais uma possibilidade de dramatização e expressão corporal. Estimular a interpretação e criação coreográfica. Provocar a reflexão acerca da apropriação da Dança pela Indústria Cultural. Organização de Festival de Dança.
Conhecer os diferentes passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre outros Reconhecer e aprofundar as diferentes formas de ritmos e expressões culturais, por meio da dança. Discutir e argumentar sobre apropriação das danças pela indústria cultural. Criação e apresentação de coreografias
Ginástica Ginástica artística /olímpica
Ginástica de Condicio-
namento Físico Ginástica geral
Analisar a função social da ginástica. Apresentar e vivenciar os fundamentos da ginástica. Pesquisar a interferência da Ginástica no mundo do trabalho (ex. laboral). Estudar a relação entre a Ginástica X sedentarismo e qualidade de vida. Por meio de pesquisas, debates e vivências práticas, estudar a relação da ginástica com: tecido muscular, resistência muscular, diferença entre resistência e força; tipos de força; fontes energéticas, freqüência cardíaca, fonte metabólica, gasto energético, composição corporal, desvios posturais, LER, DORT, compreensão cultural acerca do corpo, apropriação da Ginástica pela Indústria Cultural entre outros.
Analisar os diferentes métodos de avaliação e estilos de testes físicos, assim como a sistematização e planejamento de treinos. Organização de festival de ginástica.
Organizar eventos de ginástica, na qual sejam apresentadas as diferentes criações coreográficas ou seqüência de movimentos ginásticos elaborados pelos alunos.
Aprofundar e compreender as as questões biológicas, ergonômicas e fisiológicas que envolvem a ginástica. Compreender a função social da ginástica. Discutir sobre a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural na ginástica. Compreender e aprofundar a relação entre a ginástica e trabalho.
Lutas Lutas com aproximação
Lutas que mantêm à distancia
Lutas com instrumento mediador Capoeira
Pesquisar, estudar e vivenciar o histórico, filosofia, características das diferentes artes marciais, técnicas, táticas/ estratégias, apropriação da Luta pela Indústria Cultural, entre outros.
Analisar e discutir a diferença entre Lutas x Artes Marciais. Estudar o histórico da capoeira, a diferença de classificação e estilos da capoeira enquanto jogo/luta/dança, musicalização e ritmo, ginga, confecção de instrumentos, movimentação, roda etc.
Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes manifestações das lutas. Compreender a diferença entre lutas e artes marciais, assim como a apropriação das lutas pela indústria cultural. Apropriar-se dos conhecimentos acerca da capoeira como: diferenciação da mesma enquanto jogo/dança/luta, seus instrumentos musicais e movimentos básicos.
Conhecer os diferentes ritmos, golpes, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre outros. Organizar um festival de demonstração, no qual os alunos apresentem os diferentes tipos de golpes.
324
Metodologia da Disciplina
O conteúdo concreto e significativo não é apenas aquele que faz parte da
realidade social do aluno, mas sim, aquele que é produzido historicamente.
Além de trabalhar com alunos os elementos que compõem seu meio social e
cultural, é importante oportunizar-lhe condições para identificar, o que existe o que
foi transformado como, porque e quais os fatos que ocasionaram as transformações.
Esta reflexão e ação podem possibilitar a criança dar-se conta de estar num
determinado tempo e espaço social, tomando consciência de seu corpo e suas
relações.
“A ação pedagógica para o educador e para o educando passa necessariamente pela relação que cada um estabelece com o próprio conhecimento. Sem dúvida quando o professor ensina algo ele não está somente ensinando um conteúdo, mas ensina também a forma pela qual a criança entra em relação com este conteúdo pela própria maneira como ensina como avalia o que considera como aprendizagem.” (Profª. Elvira de Souza, 1990).
A Educação Física consciente é aquela que contribui para a educação
do indivíduo através do ato educativo, que é o resultado de um processo de ação
dinâmica onde os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem estão
conscientes e exercitam sua criticidade durante todo o processo.
Serão desenvolvidas as seguintes atividades: a ginástica, a recreação,
a dança, o jogo e o esporte. Ao professor caberá a tarefa de localizar em cada uma
dessas manifestações seus benefícios fisiológicos, psicológicos e sócias para
utilização com instrumento de comunicação e expressão cultural.
Utilizaremos aulas teóricas e práticas:
Aulas teóricas: para uma maior contextualização do assunto a ser abordado,
onde realizaremos debates, explanações através de vídeos e pesquisas.
Aulas práticas: serão desenvolvidas através de atividades que integrem os
alunos entre si e também tenham uma maior aproximação com o professor.
Critérios de avaliação da disciplina
325
A avaliação na disciplina de Educação Física deve ser um processo contínuo,
onde se devem levar em consideração os progressos dos alunos, as superações
das suas dificuldades sempre respeitando os limites de cada aluno, visando o
crescimento coletivo a participação em grupo, não deixando de lado a
individualidade de cada um.
E durante o decorrer do bimestre será utilizado um processo contínuo
permanente e cumulativo organizando o trabalho tendo no horizonte as diversas
manifestações corporais evidenciadas nas formas da ginástica do esporte, dos
jogos, da dança e das lutas levando o educando a refletirem e a se posicionarem
criticamente com o intuito de construir uma suposta relação com o mundo.
Sendo a nossa avaliação seguirá os seguintes critérios:
• Nota 1 - Seminário –Trabalho (3,0)
- Recuperação – (3,0)
• Nota 2– Atividades práticas (3,0)
- Recuperação – (3,0)
• Nota 3 – Avaliação (4,0)
- Recuperação – (4,0)
Nota Bimestral
Nota 1 + Nota 2 + Nota 3 = 10,0
Recuperação
Através de atividades diversificadas, sendo que os conteúdos deverão ser
registrados nos livros de chamadas.
326
BIBLIOGRAFIA
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328
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA
ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS PARA O CURSO DE FORMAÇÃO DE
DOCENTES
Apresentação
Historicamente o ensino de línguas estrangeiras no Brasil sofreram
constantes mudanças durante todos esses anos. Com o objetivo de melhorar as
relações comerciais. D. João IV, em 1809 assinou um decreto tornando obrigatório o
ensino de língua estrangeira moderna, oferecendo inglês e francês. A partir daí o
ensino de inglês e francês foi valorizado.
Desde o final do século XIX e, principalmente, a partir do início do século XX,
devido a um conjunto de fatores que marcaram a história da Europa como o
aumento populacional, a falta de emprego e de terras agricultáveis, períodos de
guerras e pós-guerra e perseguições étnicas, muitos europeus passaram a creditar
esperanças de melhoria na qualidade de vida ao Brasil. Eles foram motivados
também pela propaganda do governo brasileiro na Europa, que buscava ampliar as
possibilidades de mão-de-obra do país devido ao fim da escravidão.
Em grande parte do território brasileiro foram criadas as colônias de
imigrantes. No sul do país, particularmente no Paraná, as colônias maiores foram as
de imigrantes italianos, alemães, ucranianos, russos, poloneses e japoneses. Para
preservar suas culturas, muitos colonos se organizaram para construir e manter as
escolas dos filhos.
Na década de 1970 o governo militar tornou o ensino de LEM como um
instrumento das classes mais favorecidas para manter privilégios, pois a maioria dos
alunos da escola pública não tinha acesso a esse conhecimento.
Em 1976, o ensino da língua se tornou novamente obrigatória somente no 2º
grau desde que a escola tivesse condições de oferecê-la.
Em 1996,a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394
determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna no
Ensino Fundamental, partir da quinta série, e a escolha do idioma foi atribuído na
comunidade escolar.
329
Em 5 de agosto de 2005, foi criada a lei nº 11,161, que tornou obrigatória a
oferta de Língua Espanhola nos estabelecimentos do ensino médio, porém a oferta
dessa disciplina é facultativa para o aluno. O objetivo desse idioma é melhorar as
relações entre países do Mercosul.
A aprendizagem de uma língua estrangeira, juntamente com a língua
materna, é um direito de todo cidadão, sendo assim a escola não pode mais se
omitir em relação a essa aprendizagem.
Aprender uma língua estrangeira é sem dúvida um empreendimento que
permitirá e conduzirá os nossos alunos a entrarem em contato com pessoas de
diferentes nacionalidades não só por meio de viagens, mas usando os nossos
recursos tecnológicos como chats e e-mails. Abrirá novos horizontes de
conhecimentos através de leituras de textos técnicos, ( manuais de informações),
jornais e revistas internacionais com, textos atuais, tornando cidadãos críticos e
participativos. A valorização da Língua Estrangeira Moderna nos tempos atuais é de
suma importância, pois ela tornou-se universal.
Segundo Jordão (2004a, p.164) aprender uma língua estrangeira (...) eu
adquiro procedimento de construção de significados diferentes daqueles disponíveis
na minha língua (e cultura) materna; eu aprendo que há outros dispositivos, além
daqueles que me apresenta a língua materna; para construir sentidos, que há outras
possibilidades de construção do mundo diferentes daquelas a que o conhecimento
de uma língua me possibilitaria.
O envolvimento do aluno no uso de uma língua diferente o ajuda a aumentar
sua auto percepção como ser humano e cidadão, pois ao entender o outro e sua
alteridade, pela aprendizagem de uma língua estrangeira, o aluno aprende mais
sobre si mesmo e sobre um mundo plural, marcado por valores culturais diferentes e
maneiras diversas de organização política e social.
A língua estrangeira moderna se apresenta como espaço de construção
discursiva, de produção de sentido indissociável dos contextos em que ela adquire
sua materialidade, inseparável das comunidades interpretativas que a constroem e
são construídas por ela. A língua assim, deixa de lado sua suposta neutralidade e
transparência para adquirir uma carga ideológica intensa e passa a ser vista como
330
um fenômeno carregado de significados culturalmente marcados (sendo priorizada
como elemento discursivo e não estrutural).
O processo de ensino- aprendizagem deverá possibilitar ao aluno um
envolvimento na construção discursiva e desenvolvimentos das quatro habilidades
(ouvir, escrever, falar, ler e também dar especial atenção à interação, podendo ser
considerada uma quinta e importante habilidade a ser trabalhada. É importante
garantir ao educando um experiência (percepção) singular de construção de
significados que poderão se ampliados quando se fizer necessário em sua vida
futura em sociedade e/ou comunidade escolar).
O propósito central da LEM é a formação para a cidadania. Nesse contexto
irrelevante os seguintes aspectos: a LEM e a inclusão social; a LEM e o
desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade; a LEM eo
reconhecimento da diversidade cultural; a LEM e o processo de construção de
identidades sociais transformadoras.
As atividades metodológicas a serem trabalhadas devem produzir
conhecimento de natureza cientifica.
A comunicação deve ser o primeiro passo para se conseguir definir
metodologia adequada, após amplo diagnostico da realidade escolar. O professor
deve propor atividades variadas, sejam elas coletivas ou individuais, sempre em
conjunto com os educandos. Devemos levar em consideração as diferenças
individuais, procurando sempre fazer um encaminhamento interdisciplinar (nesta
oportunidade deverá ser incorporado e trabalhado nas atividades cotidianas
escolares, os temas Sócio-Contemporâneos, e dentre estes, a Agenda 21 escolar e
educação do campo e cultura afro-brasileira e indígena).
O ensino de língua estrangeira deve ultrapassar as questões técnicas e
instrumentais e se centrar na educação, pois para que o aluno reflita e transforme a
realidade que se lhe apresenta, é preciso que entenda essa realidade, seus
processos sociais, políticos, econômicos, tecnológicos e culturais e inclusive,
perceba que esta realidade não é estática e nem definitiva, mas é inacabada, está
em constante movimento e transformação.
Neste sentido objetiva-se que o educando possa identificar no universo que o
cerca, as línguas estrangeiras que cooperam nos sistemas de comunicação,
331
percebendo-se como parte integrante de um mundo plurilíngue e compreendendo o
papel hegemônico que algumas línguas desempenham em determinado momento
histórico;
Vivencie experiência de comunicação humana, pelo uso de uma língua
estrangeira, no que se refere às novas maneiras de se expressar e de ver o mundo;
Reflita sobre os costumes ou maneiras de agir e interagir e as visões de seu
próprio mundo, possibilitando maior entendimento de um mundo plural e de seu
próprio papel como cidadão de seu país e do mundo.
Reconheça que o aprendizado de uma ou mais língua lhe possibilita o acesso
a bens culturais da humanidade construídos em outras partes do mundo;
Construa conhecimento sistêmico, sobre a organização textual e sobre como
e quando utilizar a linguagem nas situações de comunicação, tendo como base os
conhecimentos da língua materna;
Construa consciência linguística e consciência critica do uso que se faz da
língua estrangeira que está aprendendo;
Leia e valorize a leitura como fonte de informação e prazer, e utilizando-a
como meio de acesso ao mundo do trabalho e dos estudos avançados;
Utilize outras habilidade comunicativas de modo a poder atuar em situações
diversas;
Deve-se voltar à competência comunicativa para o uso efetivo da língua e não
apenas para o estudo da “ língua pela língua”, para a busca da interação e não
apenas da precisão, para autenticidade da língua e contextos, atendendo às
necessidades dos alunos no mundo real;
Aborde os problemas práticos que ocorrem numa comunidade heterogênea e
na qual os aspectos sócio-culturais são fundamentais;
Valorização dos estudos sobre pragmática, a ciência do uso da língua, que
analisa a linguagem a partir de seus usuários na prática linguística, e também as
condições que governam essa prática;
Integrar as quatro habilidades: ler, escrever, falar, compreender auditivamente
para que o aluno amplie seu conhecimento do mundo e seja capaz de interferir
criticamente na sociedade.
332
O trabalho com a língua estrangeira na escola não deve ser entendido apenas
como um instrumento para que o aluno tenha acesso a novas informações, mas
como uma nova possibilidade de ver e entender o mundo e de construir significados.
Conteúdo Estruturante
Discurso como prática social
Conteúdos básicos
Leitura
Linguagem não verbal.
Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.
Estética do texto.
Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e
intertextualidade do texto.
Realização de leitura não linear dos diversos textos.
Finalidades do texto.
As particularidades do texto em registro formal e informal.
Oralidade
Intencionalidade do texto
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.
Variedades linguísticas.
Finalidade do texto oral.
Particularidade de pronúncias da língua estudada em diferentes países.
Escrita
Paragrafação.
Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.
333
Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais
e marcas linguísticas.
Clareza de ideias.
Análise linguística
Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
Função dos pronomes, artigos, adjetivos, numerais, preposições,
advérbios, locuções adverbiais, conjunções, verbos, palavras interrogativas,
substantivos, substantivos contáveis e incontáveis, falsos cognatos, discurso
direto e indireto, voz passiva, verbos modais, concordância verbal e nominal,
orações condicionais e outras categorias como elementos do texto.
Acentuação ( espanhol)
Coesão e coerência.
Sugestões de gêneros
Tiras
Charges
Piadas
Artigos de opinião
Provérbios
Classificados
Cultura Afro-brasileira e africana
Cultura Indígena
Fábulas
Resumo
Biografias
Textos midiáticos
Poemas
Debates
Cartas
334
Contos
Palestra
Reportagem
Lendas
Entrevistas
Crônica
Notícias
Horóscopo
Folhetos,etc.
Metodologia da Disciplina
A comunicação deve ser o primeiro passo para se conseguir definir a
metodologia adequada, após amplo diagnóstico da realidade escolar. O Professor
deve propor atividades variadas, sejam elas coletivas ou individuais, sempre em
conjunto com os educandos.
Estes devem primordiar o uso de textos das mais variadas esferas sociais
(publicitária, jornalística, literária, etc) levando em conta o princípio da continuidade.
Devemos valorizar a cultura de nosso aluno, mas sempre possibilitando a própria
superação.
Devemos levar em consideração as diferenças individuais, procurando
sempre, fazer um encaminhamento interdisciplinar, incentivando o aluno a ir
reconhecendo e compreendendo as diversidades linguísticas e culturais, bem como
seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
O conteúdo programático a que se refere art. 26 da lei 11645/08 incluirá
diversos aspectos da história e da cultura a que se caracterizam a formação da
população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da
história da África e dos africanos, a luta dos negros e os povos indígenas no Brasil, a
cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade
nacional resgatando suas contribuições nas áreas social, econômica e política,
pertinentes à história do Brasil.
335
Dentre as atividades metodológicas deve-se considerar os recursos
tecnológicos , pensando sempre no amadurecimento do educando quanto à
utilização dos mesmos no ensino-aprendizagem e na construção do conhecimento
complementando que apesar de precisar dominar a tecnologia e se adaptar aos
tempos modernos precisamos preservar o meio ambiente conforme a lei 9.795/99
incorporando a dimensão ambiental na formação, especialização e atualização dos
educadores e educandos de todos os níveis e modalidades de ensino.
Para tal usaremos:
Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros.
Inferência de formações implícitas.
Utilização de materiais diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para
interpretação de textos.
Análise dos textos levando em consideração a complexidade dos
mesmos e as relações dialógicas.
Questões que levam o aluno a interpretar e compreender o texto. O
trabalho pedagógico com o texto trará uma problematização e a busca
por sua solução deverá despertar o interesse dos alunos para que
desenvolvam uma prática analítica e crítica, ampliem seus
conhecimentos linguístico-culturais e percebam as implicações sociais,
históricas e ideológicas presentes num discurso no qual revele o
respeite às diferenças culturais, crenças e valores.
Leitura de textos diversos que permitam ampliar o domínio da língua.
Produção textual.
Revisão textual.
Reestrutura e reescrita textual.
Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir:- de gêneros
selecionados para leitura ou escrita;- de textos produzidos pelos
alunos;- das dificuldades apresentadas pela turma.
Livros didáticos, dicionários, livros paradidáticos, vídeos, DVD, TV,
pendrive, computador, internet e filmes que fazem referência as leis
10.639/03 e 9.795/99.
336
Leitura de outros textos para a observação da intertextualidade.
Apresentação de pequenos textos produzidos pelos próprios alunos.
Atividades referentes aos dias do índio, consciência negra e meio
ambiente.
Avaliação
A avaliação deve ser contínua , permanente , cumulativa, diagnóstica e
formativa.
A avaliação pelos grupos suscita o debate, a maior responsabilidade e
engajamento de seus participantes na solução mais efetiva dos problemas
existentes em sala de aula, pela maior socialização do processo ensino-
aprendizagem.
Pelo fato de tal processo ser uma relação da qual o professor e aluno
participem, ambos precisam ser avaliados e auto-avaliarem, uma vez que a
construção do saber é mediada pelo conjunto de todas as atividades desenvolvidas
em sala de aula, ou fora dela, individualmente ou em grupo.
A auto-avaliação permite ao aluno detectar seu próprio processo de
aprendizagem e deficiências, e ao professor, redimensionar sua ação educativa.
Atividades , tais como as que seguem, auxiliam na avaliação do processo
ensino aprendizagem da LEM:
Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção (formal e
informal);
Refletir e transformar o seu conhecimento, relacionando as novas
informações aos saberes já adquiridos;
Conhecer e ampliar o vocabulário;
Produzir textos atendendo as circunstâncias de produção propostas;
Realizar leitura compreensiva do texto, levando em consideração a sua
condição de produção;
Utilizar as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo;
Emitir opiniões a respeito do que leu;
Localizar informações explícitas no texto;
337
Estabelecer relações entre as partes do texto, identificando repetições
ou substituições;
Conhecer e utilizar a língua estudada como instrumento de acesso a
informações de outras culturas e de outros grupos sociais; Reconhecer
as variantes lexicais;
Ampliar, no indivíduo, o seu horizonte de expectativas;
Desenvolver a oralidade através da sua prática; Apresentar clareza nas
idéias;
Utilizar adequadamente recursos linguísticos, como o uso da
pontuação, como o uso da pontuação, como o uso do artigo, dos
pronomes,etc...
Ampliar o léxico;
Diferenciar a linguagem formal da informal.
Os testes, tradicionais mecanismos de aprovação e reprovação, assumem um
novo direcionamento, transformando-se em exercícios de produção de linguagem.
Esta produção supõe a elaboração do conhecimento, a partir das funções realmente
trabalhadas em sala de aula. Os testes tornam-se, assim mais uma tarefa a ser
analisada e interpretada pelo professor, a fim de levantar hipótese sobre as causas
que induziram o aluno ao erro, criando assim estratégias para que ele as supere.
Ao aluno com alguma dificuldade na aquisição de conhecimentos será
oferecido a recuperação de conteúdos. A recuperação contínua e paralela será
realizada, no decorrer das aulas, por meio de orientação de estudos e atividades
diversificadas adequadas às dificuldades dos alunos.
O objetivo desta recuperação é dar condições ao aluno de estar em contato
com o conteúdo para possibilitar aprendizado dos conceitos, fatos e procedimentos
ensinados no bimestre.
Participarão desta modalidade os alunos que no decorrer do processo ensino-
aprendizagem não conseguir um rendimento significado/satisfatório ou ao aluno que
alcançar média menor que 6,0 (seis) na disciplina de LEM.
338
BIBLIOGRAFIA AZEVEDO, Dirce Guedes de, GOMES, Ayrton de Azevedo. Blow up. São Paulo: FTD, 2000. BRASIL. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná. Ensino Fundamental e Ensino Médio/ Língua Estrangeira Moderna.2008. Brasil. Diretrizes Curriculares da Educação do Campo do Estado do Paraná. Brasil. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23 dez. 1996. Brasil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1998. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Médio; Língua Estrangeira. Brasília; MEC/SEF, 1999. COX, M.I.P.; ASSIS-PETERSON, A. A. O Professor de Inglês: entre a alienação e a emancipação. Linguagem & Ensino, v. 4, n.1, p. 11-36, 2001. FARACO, C. A. Português: Língua e Cultura – Manual do Professor. Curitiba: Base, 2005. FERRARI, Zuleica Águeda. Reform- 3. ed. São Paulo: Moderna, 2004. GIMENEZ, T. Competência Intercultural na Língua Inglesa. Disponível em : <http://www.uel.br/cch/nap/artigos/artigo05.htm>. Acesso em: 29 de maio de 2006. KLASSEN, Susana. Discovery. São Paulo: FTD, 2000. LIBERATO, Wilson Antônio. Compact English Book. São Paulo: FTD,1998. NADDEO, Maria Lúcia Marcante. English for Life. 1ª. Edição. Educação & Cia. Campinas: 2004. OXFORD ADVANCED LEARNER'S – Dictionary- New Edition PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação . Superintência de Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo Básico da Escola Pública do Paraná. Curitiba, 1990. ROCHA, Analuiza Machado. Take your Time. SILVA, Antônio de Siqueira e: BERTOLIN, Rafael. Compact Dynamic English. Editora Ibep: São Paulo. VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989a. VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989b.
339
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática da autonomia. 20. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001. LEFFA, V. J. O Ensino de Línguas Estrangeiras no Contexto Nacional. Contexturas, APLIESP, n. 4, p. 13-24, 1999. Disponível em <http://www.leffa.pro.br/oensle.htm> Acesso em: 04 de junho de 2005. RAMAL, Andrea Cecílis. Ler e Escrever na Cultura Digital http://www.revistaconecta.com/destaque/edicao04.htmConect@ - Revista on-line de Educação a Distância.> Acesso em 22 de4 junho de 2007.
340
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA
PORTUGUESA PARA O CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES
Apresentação
O português é um idioma derivado do latim, antigo idioma falado a partir do
século VII a.C, numa região da Itália chamada Lácio, onde ficava a cidade de Roma.
Com o tempo, Roma cresceu e transformou-se na grande potência militar, passando
a invadir outras regiões e conquistar outros lugares. O português desenvolveu-se
através do latim vulgar trazido pelos soldados e colonos romanos desde o século III
a.C, chegando a península Ibérica em 218 a.C. Durante os séculos XV e XVI os
portugueses conquistaram várias regiões, fundaram e ampliaram o domínio do
império português. Do século XVI até hoje, sob influência de alguns autores
humanistas e clássicos houve um progresso linguístico com a obra “Os lusíadas” de
Luiz Vaz de Camões.
Historicamente, o processo de ensino de Língua Portuguesa no Brasil iniciou-
se com a educação jesuítica. Essa educação era fundamental na formação da elite
colonial, ao mesmo na alfabetização de índios. O sistema jesuítico de ensino
organizava-se a partir de dois objetivos: primeiro uma pedagogia que por meio de
catequese indígena visava a expansão católica e a um modelo econômico de
subsistência da comunidade. Segundo esse sistema objetivava-se a formação de
elites subordinadas as metrópoles.
No período colonial, a língua mais utilizada pela população era o tupi e o
português “era a língua da burocracia”, ou seja , a língua das transações comerciais.
Em 1758 um decreto do Marquês de Pombal tornou a Língua Portuguesa
idioma oficial do Brasil. No ano seguinte, os jesuítas, que haviam catequizado índios
e produzidos literatura em língua indígena, foram expulsos do Brasil.
Na época da expulsão, os jesuítas contavam com 25 residências, 36 missões
e 17 colégios e seminários. Em 1772 foi criado o subsídio literário, um imposto sobre
a carne, o vinho e a cachaça, e que era direcionado para a manutenção dos ensinos
primário e secundário. Dessa forma, o ensino público passou a ser comandada
pelas elites o que antes era feito pelos jesuítas.
341
A intenção da elite na época era modernizar a educação, colocando o ensino
a serviço da Coroa Portuguesa. No entanto, a falta de infraestrutura e de
professores especializados acabou por gerar uma lacuna. A escolarização sofria
interferência da educação clássica e europeizante. Tal situação permaneceu até
1808, com a chegada da família real ao Brasil.
Com a Corte na cidade do Rio de Janeiro, foram instaladas as primeiras
instituições de ensino superior no Brasil e somente nas últimas décadas do século
XIX, a disciplina de Língua Portuguesa passou a integrar os currículos escolares
brasileiros. Nessa época o currículo privilegiava o Latim.
Segundo os parâmetros do ensino da língua latina o ensino de português,
fragmentava-se no ensino de gramática e retórica.
Em 1871, foi criado no Brasil, por decreto do imperador, o cargo de Professor
de Português. Nesse período o latim começou a perder prestígio. O declínio da
língua latina teve início no contexto romântico, pois o romantismo era integrado em
sua maioria, por jovens burgueses, os mesmos, defendiam a língua brasileira como
uma unidade nacional.
A literatura, no entanto foi retomada pelos modernistas em 1922, e eles
defendiam a necessidade de romper os modelos tradicionais da literatura
portuguesa e privilegiaram a literatura brasileira. O ensino de português manteve
sua característica elitista até meados do século XX, quando iniciou no Brasil a partir
da década de 60, um processo de expansão do ensino público primário.
Com essa expansão o ensino de português não dispensou as propostas
pedagógicas que levou em conta as necessidades trazidas pelos alunos para a
escola.
Na época da ditadura militar o ensino de português teve uma concepção
tecnicista de educação gerando um ensino baseado em exercícios de memorização.
A pedagogia da formação de hábitos, memorização e reforço era adequada ao
contexto autoritário.
As novas concepções sobre a aquisição da língua materna chegaram ao
Brasil na década de 1970 e início 1980, quando as obras de Bakhtim passaram a ser
seguidas pelos acadêmicos. A dimensão tradicional de ensino da Língua Portuguesa
342
cedeu espaço aos novos paradigmas, valorizando o texto como unidade
fundamental de análise.
Atualmente a Língua Portuguesa conta com mais de 260 milhões de falantes
é, como língua nativa a 5º mais falada no mundo e a 3º mais falada no mundo
ocidental. Além de Portugal e Brasil ela é falada em alguns países da África.
Em 1990 os países que tem o português como língua oficial assinaram um
acordo ortográfico com o objetivo de criar uma ortografia unificada. Em 2008 o
presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva através do decreto 6,583/08
promulga o acordo ortográfico, estabelecidos entre os países de Língua Portuguesa.
Esse acordo começou a ter efeitos a partir do dia 1º de janeiro de 2009 havendo um
período de transição até o dia 31 de dezembro de 2012, quando será obrigatória no
ensino de Língua Portuguesa o uso das novas regras ortográficas.
A nossa língua é viva, podemos perceber isso com o passar dos anos. A
língua portuguesa é um idioma em movimento e entender as mudanças é combater
preconceitos, conhecer diferenças entre o oral e a escrita.
Enfim, o português é um universo amplo que precisa ser mais explorado.
Quanto maior o conhecimento, melhor será desenvolvimento de nossos alunos.
Ensinar português vai além da gramática e literatura, ou seja, é buscar leitor de
diversos textos através de livros didáticos, internet, atlas ou qualquer instrumento de
trabalho que dê ao educando uma maior amplitude de vida e cultura.
Conteúdo Estruturante
Tendo em vista a grande relevância da Língua Portuguesa no processo de
ensino/aprendizagem do educando em todas as disciplinas, precisamos como
educadores, incutir em nossos educandos a importância que esta disciplina
representa para obterem êxito tanto no seu cotidiano escolar, quanto nas mais
diversas situações onde precisarão fazer o uso de uma linguagem adequada.
A linguagem faz parte do cotidiano de todos os seres humanos, e a Língua
Portuguesa trabalhada no âmbito escolar precisa possibilitar aos educandos cada
vez mais o pleno domínio das diferentes linguagens, através das praticas
343
discursivas, oralidade, escrita e leitura; para que possam se tornar cidadãos mais
críticos e participativos na sociedade exercendo plenamente seus direitos e deveres.
O conteúdo estruturante da disciplina de Língua Portuguesa contempla a
linguagem como prática nas diferentes esferas sociais, a partir dele vem os
conteúdos a serem trabalhados no dia a dia, em sala de aula. O conteúdo
estruturante da disciplina é o discurso como prática social, que deve ser trabalhada
considerando os vários gêneros discursivos que circulam em sala de aula, e as
praticas de oralidade, escrita e leitura.
Oralidade
A disciplina da Língua Portuguesa deve lembrar que os alunos chegam à
escola na maioria das vezes dominando a linguagem oral “pois cresce ouvindo e
falando a língua, seja por meio das cantigas, das narrativas, dos causos contados no
seu grupo social, do diálogo dos falantes que a cercam ou até mesmo pelo rádio, TV
e outras mídias”. (DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCACÃO BÁSICA LÍNGUA
PORTUGUESA, 2008 p. 55).
Na escola atual o espaço destinado à linguagem falada é limitado, mas não
podemos ignorar a importância que os gêneros orais vêm recebendo. Não é função
da escola ensinar o educando a “falar”, e sim mostrar as inúmeras variedades do
uso da fala.
Portando o professor precisa ter cuidado no planejamento de suas aulas
priorizando tais práticas orais:
Diferenças lexicais, sintáticas e discursivas na fala coloquial e não
coloquial;
Adequação da linguagem e do gênero conforme a atividade;
As variedades linguísticas;
Intencionalidade do texto;
Particularidade de pronuncias de algumas palavras;
Elementos para melhor oralidade, entonação, pausas, gestos, pontos,
entre outros.
Tema do texto;
344
Finalidade;
Argumentatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos da fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos.
Escrita
Um objetivo a ser alcançado no ensino da Língua Portuguesa é o domínio da
norma padrão. Por isso, a importância do trabalho com o texto escrito e constante
reflexão sobre a sua organização. Isso não significa deixar de lado a variedade do
aluno e sim mostrar-lhe que a norma padrão permite que escritores e leitores de
diferentes variedades se comuniquem. Destacando que é mais importante
“tentativas” sobre a escrita do que apenas supervalorização da norma padrão para
evitarmos a inibição de um possível escritor.
Quando produzimos um texto precisamos ter em mente para que tipo de leitor
estamos escrevendo, qual é a finalidade do texto, e qual é o seu objetivo. O
professor precisa criar possibilidades de desenvolver atividades de escrita
relevantes para os alunos. De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação
Básica de Língua Portuguesa (2008, p. 56):
Antunes salienta a importância de o professor desenvolver uma prática de escrita escolar que considere o leitor, uma escrita que tenha um destinatário e finalidades, para então se decidir sobre o que será escrito, tendo em vista que “a escrita, na diversidade de seus usos, cumpre funções comunicativas socialmente específicas e relevantes”.
Alguns aspectos precisam ser priorizados para formarmos escritores
competentes, entre eles citamos:
Conteúdo temático;
Interlocutor;
345
Intencionalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Vozes presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do
texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
Leitura
O estudo de textos em Língua Portuguesa significa entender a
intencionalidade do mesmo, atribuir sentido, perceber as características dos
diferentes tipos de textos, entender os limites entre a fala a escrita e as variedades
linguísticas, ser capaz de sintetizar e refletir suas ideias principais.
A leitura permite que os educandos viajem, conheçam lugares e culturas
diferentes das suas, possibilitando uma visão de mundo. É necessário que o
professor de Língua Portuguesa instigue nos educandos o prazer da leitura, para
que o mesmo tenha por habito realizar leituras desde um jornal ou revista, até de
livros mais complexos. Portanto, o professor deve levar para a sala de aula textos de
assuntos variados, trabalhando alguns aspectos como:
Tema do texto;
Interlocutor;
Discurso direto e indireto;
346
Informatividade;
Finalidade;
Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, e
figuras de linguagem.
Metodologia da Disciplina
O objetivo maior do ensino da língua materna é o domínio do uso das
linguagens nas varias situações sociais, ou seja, o desenvolvimento da competência
comunicativa nas diversas formas de interação. (SARMENTO, p. 5).
A comunicação deve ser o primeiro passo para se conseguir definir a
metodologia adequada, após amplo diagnóstico da realidade escolar. O professor
deve propor atividades variadas, sejam elas coletivas ou individuais, sempre em
conjunto com os educandos. Estes devem ser participantes do processo educativo.
Devemos valorizar a diversidade de cultura do nosso aluno, mas sempre
possibilitando a própria superação, levando em consideração as diferenças
individuais, procurando fazer um encaminhamento interdisciplinar.
A metodologia deve permitir uma programação variada para as diversas
séries do Ensino Fundamental, através de atividades planejadas que possibilitem ao
aluno não só a leitura e a expressão oral ou escrita, mas, também, refletir sobre o
uso que faz da linguagem nos diferentes contextos e situações, além de preparar
textos que possibilitem o contato real do estudante com a multiplicidade do mesmo,
que são produzidos e circulam socialmente, tendo como ponto de partida a
experiência.
Além dos textos escritos e falados, o professor deve possibilitar a integração
da linguagem verbal com as outras linguagens como práticas sociais discursivas e
suas especificidades, e seus diferentes suportes tecnológicos, diferentes modos de
composição e de geração ou significados; aprimorando através do contato com os
textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética dos
alunos, propiciando através das atividades a constituição de um espaço dialógico
347
que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e
da escrita.
Faz-se necessário desenvolver atividades de oralidade, que permita ao aluno
não só conhecer e usar outra variedade linguística, como „a padrão‟ mas também
entender a necessidade desse uso em determinados contextos sociais.
O professor de Língua Portuguesa deve planejar juntamente com a equipe
pedagógica de sua escola ações pedagógicas, que permitam aos alunos entrarem
em contato com a leitura de textos mais difíceis, complexos e com significados
maiores.
O trabalho didático-metodológico deverá propiciar ao aluno a construção de
seu conhecimento e desenvolvimento de habilidades que o levem a ampliar sua
capacidade de aprendizagem e a exercer a cidadania a partir das experiências
sociais que todos vivem, através dos gêneros discursivos diversificados como:
artigos, pesquisas, palestras, debates, cartazes, relato históricos, leis, musicas,
paródias, textos, também será abordado temas diversificados como: história e
cultura afro-brasileira e africana, a história e cultura dos povos indígenas, a política
nacional de educação ambiental, sexualidade, educação fiscal, educação no
transito, meio ambiente, dentre outros, articulando tais temas com os conteúdos
estruturantes e específico de acordo com cada serie. (CAVALLETE, p. 5)
É necessário que o professor trabalhe habilidades de leitura, para o estudo
dos gêneros, visto que o aluno lê por fruição do prazer e entretenimento, para
pesquisar e conhecer informações novas, para participar de um ato comunicativo
entre interlocutores e para compreender ou estabelecer relações.
De acordo com as Diretrizes Curriculares de Educação Básica de Língua
Portuguesa (p.96, 97), torna-se necessário que o professor:
Leitura
Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
348
Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções,
intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade,
temporalidade, vozes sociais e ideologia;
Proporcione análises para estabelecer a referência textual;
Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade,
época;
Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como
gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;
Relacione o tema com o contexto atual;
Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
Instigue o entendimento/ reflexão das diferenças decorridas do uso de
palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;
Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, que é
próprio de cada gênero;
Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa
consequência entre as partes e elementos do texto;
Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas.
Escrita
Planeje a produção textual a partir: da delimitação tema, do
interlocutor, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade,
informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia;
Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para
estabelecer a referência textual;
Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
Acompanhe a produção do texto;
Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há
continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está
adequada ao contexto;
349
Estimule o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e
denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor;
figuras de linguagem no texto;
Incentive a utilização de recursos de causa e consequência entre as
partes e elementos do texto;
Conduza a utilização adequada das partículas conectivas;
Encaminhe à re-escrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos
elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma crônica,
verificar se a temática está relacionada ao cotidiano, se há relações
estabelecidas entre os personagens, o local, o tempo em que a história
acontece etc.);
Conduza na re-escrita, a uma reflexão dos elementos discursivos,
textuais, estruturais e normativos.
Oralidade
Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em
consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade
finalidade do texto;
Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições
orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e
consequência entre as partes e elementos do texto;
Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da
oralidade em seu uso formal e informal;
Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos
recursos extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal
e gestual, pausas e outros;
Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade,
como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas,
reportagem entre outros.
350
Ensino Médio
Leitura
Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
Formule questionamentos que possibilitem inferências a partir de pistas
textuais;
Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções,
intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade,
temporalidade, vozes sociais e ideologia; contextualize a produção:
suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; referente à obra
literária, explore os estilos do autor, da época, situe o momento de
produção da obra e dialogue com o momento atual, bem como com
outras áreas do conhecimento;
Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como
gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;
Relacione o tema com o contexto atual;
Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
Instigue o entendimento/ reflexão das diferenças decorridas do uso de
palavras e/ou expressões no sentido conotativo;
Estimule leituras que suscitem o reconhecimento do estilo, que é
próprio de cada gênero;
Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e
consequência entre as partes e elementos do texto;
Proporcione análises para estabelecer a progressão referencial do
texto;
Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas.
Escrita
Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do
interlocutor, intenções, contexto de produção do gênero;
351
Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para
estabelecer a referência textual;
Conduza a utilização adequada dos conectivos;
Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
Acompanhe a produção do texto;
Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo;
Estimule produções que suscitem o reconhecimento do estilo, que é
próprio de cada gênero;
Incentive a utilização de recursos de causa e consequência entre as
partes e elementos do texto;
Encaminhe a re-escrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos
elementos que compõe o gênero (por exemplo: se for um artigo de
opinião, observar se há uma questão problema, se apresenta defesa
de argumentos, se a linguagem está apropriada, se há continuidade
temática, etc.);
Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há
continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está
adequada ao contexto;
Conduza, na re-escrita, a uma reflexão dos elementos discursivos,
textuais, estruturais e normativos
Oralidade
Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em
consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e
finalidade do texto;
Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições
orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e
consequência entre as partes e elementos do texto;
Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da
oralidade em seu uso formal e informal;
352
Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos
recursos extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal
e gestual, pausas e outros;
Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade,
como seminários, telejornais, entrevistas, reportagens, entre outros;
Propicie análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes
fontes como jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim
de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas. (DIRETRIZES
CURRICULARES DE EDUCAÇÃO BÁSICA, p.98 - 99)
Recursos didáticos
Para o enriquecimento das aulas de Língua Portuguesa e da aquisição de
conhecimentos por parte dos alunos faz-se necessário que o professor utilize várias
alternativas e instrumentos metodológicos, tais como:
Pesquisas e projetos;
OACs;
TV Educativa;
TV Paulo Freire;
Portal Dia-a-dia Educação;
TV Pen drive;
Livros didáticos;
Apostilas;
Recortes de revistas e jornais;
Diálogos, leituras complementares;
Exercícios orais e escritos;
Dramatizações;
Jogos, entrevistas, músicas;
Histórias em quadrinhos;
Cópias, montagem de dicionário (Vocabulários);
Biblioteca do Professor;
353
DVD, computador, internet entre outros.
Avaliação
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língua
Portuguesa, a avaliação deve ser continua e cumulativa para o desempenho do
aluno com prevalência dos aspectos qualitativos e dos resultados ao longo do ano
letivo, lembrando que o professor não deve excluir do sistema escolar as duas
formas de avaliação: a formativa e a somativa, pois elas servem para diferentes
finalidades. O professor deve buscar várias formas de avaliar, não somente por meio
de provas, mas também utilizar a observação diária e instrumental, variando de
acordo com cada conteúdo ou objetivo proposto.
Na oralidade o professor deverá observar na participação do aluno nos
“diálogos, relatos, apresentações de trabalhos, discussões, seminários”, a clareza e
argumentos ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, o seu desembaraço, a
variedade lingüística utilizada.
Leitura ao ser avaliado, deve se considerar as estratégias que os estudante
empregaram em seu decorrer, a compreensão do texto lido o sentido construído sua
reflexão e sua resposta ao texto.
Lembrando que a avaliação deve considerar as diferenças leituras do mundo
e a repertorio de experiência dos alunos.
Escrita: o texto escrito será avaliado nos seus aspectos discursivos textuais
ortográficos e gramaticais, os elementos linguísticos usados nas produções dos
alunos precisam ser avaliados sob um pratica reflexiva e contextualizado para
compreender o texto escrito. E chegar a almejada proficiência com a leitura e a
escrita, ao letramento.
Engajado com as questões de seu tempo tal professor respeitará as
diferenças e promoverá uma ação pedagógica de qualidade a todos os alunos tanto
para derrubar mitos que sustentam o pensamento único padrões preestabelecidos e
conceitos tradicionalmente aceitos para construir relações sociais mais generoso e
incruentes.
354
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDREU, Sebastião. Aprendendo a ler e escrever textos 5º/6ª / 7ª /8ª séries: Manual do professor Kátia P. G. Sanches. - 1ª ed. - Curitiba: Nova Didática, 2004. -(Coleção Alet) BASSI, Cristina M; LEITE, Márcia. Português: leitura e expressão: 1º grau. São Paulo: Atual, 1996. BERTOLIN, Siqueira. Português dinâmico. São Paulo: IBEP. BRANDÃO. Ana Paula. Memórias das palavras. RJ: Fundação Roberto Marinho, 2006. CAVALLETE. Florinda, Ernani Terra. Português para todos. Editora Scipione. CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da Língua Portuguesa. 45 Ed. Editora Nacional – São Paulo, 2002. CEREJA, Willian Roberto. Português: linguagens. São Paulo: Atual, 1998. Diretrizes Curriculares da Educação do Campo do Estado do Paraná TUFANO, Douglas. Curso Moderno de Língua Portuguesa. 2. ed. São Paulo: Moderna, 1991. DOURADO, Luiz Fernandes. A reforma do Estado Brasileiro: a gestão da educação e da escola. Gestão da Educação Escolar. Brasília: Universidade de Brasília, 2006. DVDescola. TV ESCOLA. Secretaria de Educação a Distância. Salto para o Futuro. Educação Escolar Indígena/Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Coordenação da Educação Escolar Indígena. - Curitiba: SEED – PR., 2006. -88 – (Cadernos Temáticos). FERREIRA, Mauro. Entre palavras. São Paulo: F.T.D, 2002. Língua Portuguesa e Literatura/vários autores. - Curitiba: SEED - Pr, 2006. História e cultura afro-brasileira e africana: Educando para as relações étnicos-raciais/Paraná. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino Fundamental – Curitiba: SEED – PR, 2006 (Cadernos Temáticos). ONÇAY, Solange Todero Von. Escolas das Classes Populares: contribuindo para a construção de políticas públicas. Ijuí: Ed. Unijuí, 2005. PRATES, Marilda. Encontro e reencontro em Língua Portuguesa: reflexão e ação. São Paulo: Moderna, 1998. SANTOS, Sônia Meire dos; MOLINA, Mônica Castagna. Por uma educação do campo. Brasília: DF, 2004. SARGENTIM, Hermínio G. Atividades de comunicação em Língua Portuguesa. São Paulo: IBEP. SARMENTO, Leila Lauar. Português, Literatura, Produção e Gramática.
355
SEED. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Governo do Estado do Paraná. Curitiba 2008. TERRA, Ernani, Português Paratodos. São Paulo: Scipione, 2002
356
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
PARA O CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES
Apresentação
Entendemos que não é mais aceitável aprender matemática de forma passiva.
Ao contrário, acreditamos que a participação ativa representa a melhor forma de
construir o conhecimento. Assim, com esta proposta curricular, o educando irá
discutir, ouvir, refletir, conjeturar, enfim, fazer matemática.
A presente proposta leva consigo a esperança de que educadores e
educandos desenvolvem uma concepção de matemática que permita todos os
acessos aos conhecimentos e instrumentos matemáticos presentes em codificação
da realidade, como uma condição necessária para participarem em interferirem na
sociedade, de forma critica e transformadora.
É necessário compreender a matemática desde suas origens até sua
constituição como científico e como disciplina no currículo escolar brasileiro para
ampliar as discussão acerca dessas suas dimensões. A história da matemática
revela que os povos das antigas civilizações conseguiam desenvolver os rudimentos
de conhecimentos matemáticos que vieram a compor a matemática que se conhece
hoje. Há menções na literatura da História da Matemática de que os babilônio, por
volta de 2000 a.C., acumulavam registros que hoje podem ser classificados como
álgebra elementar.
Como ciência a matemática emergiu em solo grego, nos séculos VI e V a.C..
Com a civilização grega, regras, princípios lógicos e exatidão de resultados foram
registrados. Também na Grécia por meio pitagóricos, ocorreram as preocupações
iniciais sobre a importância e o papel da Matemática no ensino e na formação das
pessoas.
As primeiras proposta de ensino de Matemática baseadas em práticas
pedagógicas ocorreram no século V a.C., com os sofistas considerados profissionais
de ensino. Aos sofistas, devemos a popularização do ensino da matemática, o seu
valor formativo e sua inclusão de forma regular nos círculos de estudos.
357
Por volta dos séculos IV a II a. C., a educação foi ministrada de forma clássica
enciclopédica. A matemática configurou-se como disciplina básica na formação de
pessoas a partir dos século I a. C., desdobrada na disciplinas de aritmética,
geometria, música e astronomia.
No século V d.C., inicio da Idade Média, o ensino teve caráter estritamente
religioso.
Entre os séculos VIII e IX, o ensino passou por mudanças significativas como
os surgimento das escolas e a organização dos sistemas do ensino.
Após o século XV, o avanço das navegações e as atividades comerciais e
industriais marcaram o início da Idade Moderna e possibilitaram novas descobertas
na matemática, cujo desenvolvimento e ensino foram influenciados pelas escolas
voltadas a atividades práticas.
No Brasil, na metade do século XVI, os jesuítas instalaram colégios católicos
como uma educação de caráter clássico-humanista. A educação jesuíta contribuiu
para o processo pelo qual a matemática viria a ser introduzida como disciplina nos
currículos da escola brasileira. Entretanto, o ensino de conteúdos matemáticos como
disciplina escolar, nos colégios jesuítas, não alcançou destaque nas práticas
pedagógica.
No século XVII, a matemática desempenhou papel fundamental para a
comprovação e generalização de resultados. Surgiu a concepção de lei quantitativa
que levou ao conceito de função e do cálculo infinitesimal. Estes elementos
caracterizam as bases da matemática como se conhece hoje.
O século XVIII foi marcado pelas revoluções Francesas e Industrial e pelo
início da intervenção estatal da educação. A matemática direcionou-se a atender
aos processos da industrialização. Assim cresceria a importância de colocar à prova
as teorias matemáticas criadas, ou seja, era preciso haver rigor nos métodos, pois
as leis, não poderiam falhar nos diversos ramos da atividade humana.
O desenvolvimento matemático no século XIX foi denominado o período das
matemáticas contemporâneas. Nesse século ocorreram a sistematização das
geometrias não-euclidianas.
358
A partir do século XIX a matemática começa então a se ramificar em diversas
disciplinas, que ficam cada vez mais abstratas.
Atualmente se desenvolve tais teorias abstratas, que subdividem em outras
disciplinas. Os entendidos afirmam que estamos em plena “idade do ouro” da
matemática, e que nestes últimos 50 anos tem se criado tantas disciplinas, novas
matemáticas, como se haviam criado no séculos anteriores.
A história tem mostrado que aquilo que nos parece pura distração, pura
fantasia matemática, mais tarde se revela como um verdadeiro celeiro de aplicações
práticas.
A tendência histórico-crítica concebe a matemática como um saber vivo,
dinâmico, construído historicamente para atender as necessidades sociais e
teóricas. Nessa tendência a aprendizagem da matemática não consiste apenas em
desenvolver habilidades, como calcular e resolver problemas ou fixar conceitos pela
memorização, mas criar estratégias que possibilitam ao aluno atribuir sentido e
construir significados matemáticos de modo a tornar-se capaz de estabelecer
relações, justificar, analisar, discutir e criar.
O ensino da matemática passa a ser visto como instrumento para a
compreensão, a investigação, a inter-relação com o ambiente, e seu papel de agente
de modificações do individuo, provocando mais que simples acúmulo de
conhecimentos técnicos, o progresso do discernimento político.
Conteúdos Estruturantes e Básicos
Conteúdos estruturantes Formação de Docentes
Números e Álgebra
Números reais
Números complexos
Sistemas lineares
Equações e inequações
Exponenciais, logarítmicas e modulares
359
Polinômios
Grandezas e medidas
Medidas de massa
Medidas de área e volume
Medidas informática,
Medidas de energia
Medidas de grandezas vetoriais
Trigonometria: relações métricas e Trigonométricas no
triângulo retângulo e Trigonometria na circunferência
Funções
Função afim e
Função quadrática
Função polinomial
Função exponencial
Função logarítmica
Função trigonométricas
Função modular
Progressão aritmética e Progressão geometrias
Geometrias
Geometria plana
Geometria espacial
Geometria analítica
Noções básicas de Geometria não Euclidianas
360
Tratamento da Informação
Análise combinatória
Binômio de Newton
Estatística
Probabilidade
Matemática financeira
Diversidade Cultural e étnico-
racial
História da cultura afro-brasileira e Africana;
Educação do Campo;
Cultura dos povos Indígenas
Metodologia da disciplina
A educação matemática encontra-se em construção e está centrada no
educando e na prática pedagógica que visa a articulação entre os conteúdos
estruturantes e/ou conteúdos específicos, os quais devem ser abordados pelas
tendências metodológicas: resolução de problemas, modelagem matemática, uso de
mídias tecnológicas, etnomatemáticas, história da matemática, investigações
matemáticos, as quais podem e devem ser articuladas entre si.
Para que esta proposta se efetive é preciso que o professor reflita sobre suas
ações e sua prática de ensino, visando tornar-se um educador critico e pesquisador
em contínua formação, por isso, educadores preocupados com o ensino e a
aprendizagem da matemática têm manifestado uma necessidade de um olhar mais
critico sobre as condições em qual a aprendizagem da matemática se processa,
valorizando o conhecimento do aluno, através da compreensão da matemática como
um processo ativo na construção de modelos e aplicações de suas ideias em
situações problemas do nosso dia-a-dia; interpretações de fatos reais; pesquisas;
análise de gráficos; práticas laboratorial; seminários; aula expositivas e dialogadas;
361
exercícios; jogos; bem como articulando a história da matemática nos diferentes
períodos da história.
Entendemos que não existe uma proposta fechada para o ensino e
aprendizagem da matemática. O que temos são pontos importantes para que a
discussão contínua, em busca sempre da evolução, contribuindo para que o
educando torne-se mais critico em todas as áreas do conhecimento.
Estamos vivendo o momento onde a tecnologia impera, sendo assim
devemos possibilitar aos alunos o uso da mídia como metodologia de ensino da
matemática. Os recursos tecnológicos (software, televisão, calculadoras, aplicativos
da internet entre outras) favorecem as experimentações matemática possibilitando
formas diferenciadas de ensinar e aprender valorizando a produção de
conhecimentos.
As questões políticas e sociais comensuradas dados coletados em pesquisas
de campo. O professor deverá sempre propiciar atividades que promovam a inclusão
social construindo com seus alunos representações positivas vislumbrando a
edificação de uma escola plural respeitando a diversidade Étno-Racial do Paraná.
O que diz respeito a educação no campo devemos tomar como referência
para o trabalho pedagógico os saberes das experiências e a dinâmica do cotidiano
dos povos do campo.
A escola trabalhará em forma de projetos interdisciplinares como a jardinagem
onde os alunos poderão contribuir trabalhando a geometria e unidades de medidas
na construção e organização de canteiros. Essa prática também poderá ser usada
para construção de hortas familiares onde a fundamentação teórica será feita em
sala de aula.
Medidas agrárias serão trabalhadas em matemática enfatizando sua
necessidade na educação ambiental de uma comunidade.
Atividades que envolvam os conhecimentos geométricos da cultura indígena
serão trabalhados nas aulas sobre polígonos e simetria através da confecção
artesanal.
A cultura afro será trabalhada em forma de jogos de raciocínio com origem
africana.
362
Serão trabalhados durante o ano o projeto de dança africana como forma
interdisciplinar.
Com relação aos desafios educacionais contemporâneos: violência na escola,
drogas, sexualidade e educação fiscal, trabalharemos dentro do conteúdo
estruturante tratamento da informação com pesquisa de dados estatísticos pela
internet, cálculos de porcentagem, interpretação de gráficos que nos ajudem a
analisar e mudar comportamentos em nosso cotidiano.
As práticas pedagógicas serão feitas através de questionamentos e reflexões
sobre o tema a ser trabalhado, para a sondagem do conhecimento que os alunos
tem do assunto.
1 – exposição oral e escrita;
2 – apresentação de vídeos através da TV pendrive
3 – apresentação de transparências ou cartazes para fixação dos conteúdos
dados;
4 – resolução de exercícios, como atividades individual ou em equipes, em
classe ou extra-classe
5 – correção dos exercícios dados, com a participação dos alunos e
comentários e explicações do professor sempre que necessário;
6 – calculo mental para resolução de exercícios de fixação;
7 – trabalho em grupo para resolução de exercícios de fixação;
8 – resoluções de situações problemas do dia-a-dia, de maneira informal para
posteriormente sistematizar;
9 – utilização do preenchimento de cheques para a fixação de leituras e
escrita de numerais;
10 – apresentação da operações de audição e subtração a partir da idéia de
oposto ou simétrico de um número natural
11 – utilizar o calculo de perímetro e área para introduzir o calculo algébrico,
12 – elaborar a resolução (pelos alunos) de problemas que envolvam os
assuntos trabalhados
363
13 – resolução de atividades que demonstrem que os instrumentos básicos do
desenho e da geometria (régua, esquadros e compassos) são elementos auxiliares
na construção de entes geométricos e na formação de conceitos
14 – realização de pesquisa de campo e bibliográficas
15 – trabalhos com revistas e jornais
16 – educação fiscal: conta de luz, água e telefone
17 – confecção de cestas de papel jornal ou revistas com formas poligonais
18 – pesquisa, tabulação de dados, cálculo de porcentagens e confecção de
gráficos com índices de mortalidade no trânsito do estado e do pais.
19 – pesquisa na internet sobre índices de violência, uso de drogas e gravidez
na adolescência para confecção de gráficos estatísticos.
20 – pesquisa, exercícios e resolução de problemas que utilizem medidas
agrárias.
21 – shisima: jogo africano.
Avaliação
A avaliação é elemento integrante do processo de ensino aprendizagem,
abrangendo a atuação do professor, o desempenho do aluno e, também, os
objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino. É algo
bem mais amplo que medir a quantidade de conteúdos que aprendeu em
determinado período.
A avaliação deve ser compreendida como:
→ Elemento integrador entre aprendizagem e o ensino;
→ Conjunto de ações que buscam obter informações sobre o que foi
aprendido como;
→ Elemento de reflexão para a prática do professor;
→ Instrumento que permite ao aluno tomar consciência de seus avanços,
dificuldades e possibilidades;
364
→ Ação que ocorre em todo o processo de ensino aprendizagem, não apenas
em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de
trabalho.
A avaliação deve ser formativa, contínua e processual, vista como um
instrumento dinâmico de acompanhamento pedagógico do aluno e professor.
O processo de avaliação deverá ser realizado a partir da observação contínua
em sala de aula, da produção de trabalhos individuais ou em grupos da elaboração
de relatórios de atividade vivenciadas, provas, testes que sintetizem o assunto.
Cada tarefa é essencial para a avaliação, que tende a ser mais justa em
momentos não programados, quando o educando realmente demonstra o que sabe.
Dessa maneira, devemos refletir sempre sobre as práticas pedagógicas, mudando
sempre que necessário as estratégias metodológicas, como: retomar conteúdos,
adequar metodologias, buscar inovações, excluir práticas fracassadas, implantar
práticas novas para que o educando realmente aprenda, bem como, estar atentos às
individualidades dos mesmos.
Acreditamos que a avaliação não deve ser vista como algo isolado, mas como
parte integrante em todo o processo.
Assim, consideramos que a elaboração de documentos de registros de
observações dos alunos em sala de aula, o hábito de avaliar através de questões
(professor para aluno, do aluno para o aluno e do aluno para o professor) e a auto-
avaliação do aluno, são componentes fundamentais no fazer matemática e as
discussões devem ser cada vez maiores em relação à forma de como vemos a
avaliação, pois ela está vinculada à prática educacional.
365
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS BARRETO FILHO, Benigno, SILVA, Cláudio Xavier da. Matemática – Ensino Médio BEZERRA, Manoel Jairo e JOTA, José Carlos Putnoki. Volume Único. Editora Scipione. 1994. BIANCHINI&PACCOLA.Curso de Matemática. Volume Único. Editora Moderna. 1993. HAROLD, H.N. Zold, Correa. Sérgio. Nova Cultura Matemática. Editora Nova Cultura LTDA – São Paulo. 1993. LONGEN Adilson, Coleção Nova Matemática. Ensino Médio. Editora Positivo. 2004. SEED. Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Médio. 2008 Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação. SEED. Diretrizes Curriculares para a Educação do Campo. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. 2008 ANDRINI, Álvaro-Novo/Praticando Matemática, 1° grau/Álvaro Andrini, Maria José C. De V. Zampirolo. 1°. ed. - São Paulo: Brasil, 2002. BONGIOVANNI, Vincenzo: Matemática e Vida, 1° Grau/Vincezo Bonjiovani, Olimpio Rudinin, José Luiz Tavares Laureano. 14° ed. - São Paulo: Ática, 1999. Diretrizes Curriculares da Educação do Campo do Estado do Paraná. Diretrizes Curriculares da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná. 2008 GIOVANNI, José Rui – A Conquista da Matemática + nova/José Ruy Júnior, Benedito Castrucci, José Ruy Giovanni Júnior. 1° ed. - São Paulo: FTD, 2002. GIOVANNI, José Ruy – Aprendendo Matemática: Novo/José Ruy Giovanni, Eduardo Parente . - São Paulo: FTD, 2002. IEZZI, Gelson, 1939 – Matemática e Realidade/Gelson IEZZI, Osvaldo, Dolce, Antônio Machado, - 2° ed. - São Paulo: Atual. 1991. IMENES, LUIS Marcio – Matemática/Imenes&Lellis. - São Paulo: Scipione, 1997 JAKUBOVIC, José, 1947 – Matemática na medida certa/ José JAKUBOVIC e Marcelo Lellis – 2° ed. - São Paulo: Scipione, 1994. MAUVEIRA, Linaudo – Matemática Fácil, 1° grau/ Linaudo José Malveira Alves. 5°, - ed. São Paulo: Ática, 1993. NETTO, Scipione di Pierro: Matemática Conceitos e História, 3° ed. São Paulo: Scipione, 1991.
366
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA PARA
O CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES
Apresentação
Constituída como pensamento há mais de 2600 anos, a Filosofia tem sua
origem na Grécia antiga, abordando o pensamento de Platão e as teorias dos
sofistas que com sua busca pelo conhecimento permitiram um aprofundamento das
questões mitológicas dos gregos traçando uma abordagem que se distanciou da
questão mítica e enveredou para uma construção lógica.
Há três formas de se conceber a Filosofia:
- Metafísica: a Filosofia é o único saber possível, as demais ciências são parte
dela.
- Positivista: o conhecimento cabe às ciências, à Filosofia cabe coordenar e
unificar seus resultados. Bacon atribui à Filosofia o papel de ciência universal e mãe
das outras ciências.
- Crítica: a Filosofia é juízo sobre a ciência e não conhecimento de objetos,
sua tarefa é verificar a validade do saber, determinando seus limites, condições e
possibilidades efetivas.
A disciplina de Filosofia tem como objetivo delimitar os conteúdos a serem
trabalhados na disciplina, organizar o trabalho docente em relação aos conteúdos e
metodologias a serem utilizados, levar os estudantes a ampliar seus conhecimentos
sobre a Filosofia, sua história e dos filósofos, oferecer aos estudantes a
possibilidade de compreender a complexidade do mundo contemporâneo, suas
múltiplas particularidades e especializações, viabilizar interfaces entre outras
disciplinas para a compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da história,
das ciências e da arte, estimular o trabalho da mediação intelectual, o pensar, a
busca da profundidade dos conceitos e das suas relações históricas.
Com base nos objetivos de ensino da Filosofia percebe-se que são inúmeras
as possibilidades de abordagem da mesma. Mas para que possa haver uma melhor
367
compreensão da História da Filosofia, assim como da Filosofia como disciplina
curricular faz-se a seguinte divisão:
- divisão cronológica linear: Filosofia Antiga, Filosofia Medieval, Filosofia
Renascentista, Filosofia Moderna e Filosofia Contemporânea;
- divisão geográfica: Filosofia Ocidental, Africana, Filosofia Oriental, Filosofia
Latino-Americana, dentre outras;
- divisão por conteúdos: Teoria do Conhecimento, Ética (ou Filosofia da
Moral), Filosofia Política, Estética (ou Filosofia da Arte), Filosofia da Ciência (ou
Epistemologia), Ontologia (ou Metafísica), Lógica, Filosofia da Linguagem, Filosofia
da História etc.
Na Filosofia Antiga estuda-se o surgimento da Filosofia e seu
desenvolvimento pelos gregos, especialmente, e pelos romanos. Em geral, ela é
repartida, tomando-se Sócrates como referência, havendo o período pré-socrático e
o pós-socrático. Suas figuras de destaque são Platão e Aristóteles, Tales,
Anaximandro, Anaxímenes, Heráclito, Parmênides, Empédocles e Demócrito. A
transição entre esta etapa e a Filosofia Medieval não é muito nítida. Ela se dá
quando o cristianismo ganha status e recorre ao pensamento grego, para dar
fundamento teórico a suas teses. Em termos cronológicos, esse período coincide
aproximadamente com a queda de Roma, no século V.
A Filosofia Medieval se estende até aproximadamente o século XV, quando
ocorre o que se chama Renascença, seus representantes são Santo Agostinho e
São Tomás de Aquino. É quase totalmente uma filosofia escolástica.
O período que compreende a Filosofia Moderna vai do final da Idade Média
até fins do século XIX, sendo marcada pela descoberta de obras desconhecidas de
Platão e Aristóteles, além de outras obras do mundo grego, sendo seus principais
pensadores Maquiavel, Montaigne, Erasmo, More, Giordano Bruno etc. Predomina-
se “a idéia de conquista científica e técnica de toda a realidade, a partir da
explicação mecânica e matemática do Universo e da invenção das máquinas”, nas
palavras de Marilena Chauí, e seus representantes Galileu, Bacon, Descartes,
Pascal, Hobbes, Espinosa, Leibniz, Locke, Berkeley, Newton, Hume e Kant.
368
Estendendo-se de meados do século XIX até nossos dias, a Filosofia
Contemporânea é o período mais complexo, afinal está em construção, e não temos
o distanciamento afetivo e cronológico, sendo resultado da preocupação com o
homem, principalmente no tocante à sua historicidade, sociabilidade, secularização
da consciência, o que se constata pelas inúmeras correntes de pensamento que
vêm constituindo esse período.
A filosofia procura tornar vivo o espaço escolar, onde sujeitos exercitam a
inteligência buscando o diálogo e o debate, a construção da sua história e o
exercício da cidadania. Possibilita ainda, o desenvolvimento de estilos próprios de
pensamento, criação de conceitos, valores e caráter.
Assim, é que se propõe temas abrangentes, polêmicos e atuais, capazes de
tornarem os educandos aptos às atividades de investigação e criação de conceitos,
que objetivam estimular o trabalho de mediação intelectual, o pensar, a busca da
profundeza dos conceitos e suas relações históricas .
Levando-se em conta que a filosofia enquanto disciplina de ensino, é um
conjunto particular de conhecimento de características próprias no que se refere à
formação pessoal, ela gira também em torno de problemas e conceitos criados no
decorrer de sua história, os quais geram discussões promissas e criativas que
desencadeiam muitas vezes ações e transformações sociais.
Assim busca-se a formação multidimensional e democrática plena capaz de
oferecer aos estudantes a possibilidade de compreender a complexidade do mundo
contemporâneo, com suas múltiplas particularidades e especificações.
Considera-se, então que a Filosofia pode reabilitar interfaces com as outras
disciplinas para a compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da história,
das ciências e da arte.
Importante frisar ainda, que o Ensino da Filosofia indica que não é possível
filosofar sem Filosofia e estudar Filosofia sem filosofar.
Tendo como base uma comunidade cuja formação se deu de maneira parcial
por erros de encaminhamento ou por estratégias voltadas para um processo parcial
de conhecimento que não permitisse uma formação adequada às necessidades
sociais do tempo presente. Nesse sentido a opção que se faz no Paraná a partir das
369
DCE's torna-se possível a busca por uma construção do saber sem levar em
consideração a visão conteudista que foi fixada pelos PCN's e que habita mentes de
educadores que ainda não perceberam as mudanças implementadas no Estado. O
conteúdo apresentado é uma referência que carece de uma ampla discussão e
adaptação às necessidades dos educandos para que eles possam intervir na
realidade escolar e posteriormente na realidade social que precisa ser compreendida
para ser alterada. Pensamos portanto um processo de ensino como está proposto
na DCE .
“Esse tipo de currículo se 'concretiza no syllabus ou lista de conteúdos. Ao se
expressar nesses termos, é mais fácil de regular, controlar, assegurar sua inspeção,
etc., do que qualquer outra fórmula que contenha considerações de tipo
psicopedagógico” (SACRISTÁN, 2000, p. 40).
Metodologia
De acordo com as Diretrizes Curriculares de Filosofia, busca-se a mobilização
dos alunos mediante exibição de filmes, imagens, textos jornalísticos, músicas, etc.,
com o objetivo de instigar e motivar possíveis relações entre o cotidiano do
estudante e o conteúdo filosófico, partindo da realidade do aluno para a fixação de
conceitos filosóficos determinados. Isso será realizado através da TV Multimídia,
pendrive, utilizando tanto filmes quanto músicas e imagens para fixar o conteúdo.
O trabalho filosófico deve partir da problematização sob a forma de
discussões, debates, seminários que levantem questões, para identificar problemas
e soluções.
Através da investigação do problema possibilita-se ao aluno a experiência
filosófica, criando assim, seus próprios conceitos, construindo seu discurso filosófico
e argumentativo, por meio de raciocínios lógicos num pensar coerente e crítico.
Ao analisar textos filosóficos, o professor deve levar os alunos a relacionar os
problemas abordados com o seu presente e sua vivência, objetivando entender o
que ocorre hoje e como podemos atuar sobre os problemas da sociedade.
370
Enfim, o ensino de Filosofia deve ser “[...] permeado por atividades
investigativas individuais e coletivas que organizem e orientem o debate filosófico,
dando-lhe um caráter dinâmico e participativo”
Para Kant, ensina-se a filosofar, já que não se separa a Filosofia do seu fazer.
Em Hegel, o conhecimento do conteúdo da Filosofia é indissociável da sua prática,
ou seja, do filosofar .
Os conteúdos propostos para a disciplina serão adequados às leis 10639/03
História e Cultura Afro, 13385/01 História do Paraná, 11645/08 e 9795/99, Meio
Ambiente, ajustando cada tema de acordo com as diretrizes para que tais leis sejam
respeitadas e os respectivos conteúdos sejam trabalhados de maneira eficiente.
Avaliação
O ensino da filosofia é um grande desafio, assim, a avaliação não se resume
em saber o quanto o aluno assimilou do conteúdo da história da filosofia, mas gerar
a capacidade de percepção, de pensar, dizer, agir, criticar ao seu modo as relações
entre seu cotidiano e os conteúdos filosóficos propostos, levando em conta suas
posições pessoais.
Conforme a LDB nº 9394/96, no seu artigo 24, a avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica e processual, isto é, tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no processo ensino-aprendizagem. Apesar de sua inequívoca importância individual, no ensino de Filosofia, avaliação não de resumiria a perceber o quanto o estudante assimilou do conteúdo presente na história da Filosofia, ou nos problemas filosóficos, nem a examinar sua capacidade de tratar deste ou daquele tema .
A avaliação em Filosofia ocorre nos diversos momentos propiciados em sala
de aula, pois o professor deve estar constantemente atendo às manifestações do
educando, comparando-as com as manifestações iniciais, para que assim possa
estar interferindo, fazendo ressalvas e aprimorando o pensamento do aluno ao
confrontá-lo com o dos filósofos, vindo a aperfeiçoar o processo ensino-
aprendizagem, promovendo o desenvolvimento crítico dos alunos a partir dos
diferentes pontos.
371
Ao avaliar seu aluno, o professor deve estar atento às diversas manifestações
e posições, mesmo que não concorde com as mesmas, pois o que está em questão
é a capacidade de argumentar e de identificar os limites dessas posições. Deve-se
valorizar a capacidade de construção de conceitos, o poder de tomada de decisões,
tornando relevante a avaliação da capacidade dos estudantes de Ensino Médio. Tais
avaliações que se propõem contínuas e permanentes, por determinação do Projeto
Político Pedagógico da escola será enquadrado da seguinte maneira: trabalhos em
sala, exercícios e avaliação formal perfazendo os 100 pontos componentes da nota.
O processo avaliativo parte da escolha de conteúdos a serem trabalhados
levando o aluno a estabelecer uma relação crítica da sociedade em que vive e
compreendendo as contradições nela presentes. A necessidade de adequar as
políticas da LDB e das DCE's com o Projeto Político Pedagógico da escola
devemos priorizar os encaminhamentos políticos que apontam para uma avaliação
voltada para a realidade social do aluno que proporcione uma interpretação
consistente da realidade.
Conteúdo Estruturante
1. MITO E FILOSOFIA
1.1 Saber mítico
1.2 Saber filosófico
1.3 Relação Mito e Filosofia
1.4 Atualidade no mito
1.5 O que é Filosofia
2. TEORIA DO CONHECIMENTO
2.1 Possibilidade do conhecimento
2.2 As formas de conhecimento
2.3 O problema da verdade
2.4 A questão do método
2.5 Conhecimento e lógica
372
3. ÉTICA
3.1 Ética e moral
3.2 Pluralidade ética
3.3 Ética e violência
3.4 Razão, desejo e vontade
3.5 Liberdade
4. FILOSOFIA POLÍTICA
4.1 Relações entre comunidade e poder
4.2 Liberdade e igualdade política
4.3 Política e ideologia
4.4 O público e o privado
4.5 Cidadania
5. FILOSOFIA DA CIÊNCIA
5.1 Concepções de Ciência
5.2 Método científico
5.3 Contribuições científicas
5.4 Ciência e ideologia
5.5 Ciência e ética
6. ESTÉTICA
6.1 Natureza da arte
6.2 Filosofia e arte
6.3 Categorias estéticas: feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, etc.
6.4 Estética e sociedade
373
BIBLIOGRAFIA BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC,1996. CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2003. CHAUI, Marilena. Filosofia – Série Brasil: Ensino Médio. Volume Único – Editora Ática. CORDI, Cassiana; SANTOS, Antonio Raimundo dos. Para Filosofar. Editora Scipione. http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia1 SANTOS, Eberth; MOURA, Josana de. Palavra em Ação: Filosofia e Literatura. SEED. Diretrizes Curriculares de Filosofia para o Ensino Médio. Curitiba: 2008.
374
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA
PARA O CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES
Apresentação
A sociologia contribui para que ocorra um melhor entendimento da sociedade
em que vivemos, e que ocorra certa independência para refletir sobre aspectos das
sociedades que nos rodeiam e até mesmo do mundo.
Oliveira (2004, p.11) afirma que a Sociologia é a disciplina em que se:
estuda as relações sociais e as formas de associação, considerando as interações que ocorrem na vida em sociedade. A Sociologia envolve o estudo dos grupos e dos fatos sociais, da divisão da sociedade em classes e camadas, da mobilidade social, dos processos de cooperação, competição e conflito na sociedade, etc..
A Sociologia é uma área de estudo que vem a auxiliar o ser humano, a
compreender melhor a sociedade em que atua, assim como, formar no educando
uma consciência critica do que está ocorrendo a sua volta e da realidade ao qual ele
está inserido. Seu objeto de estudo é o conhecimento e a explicação da sociedade
através da compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem
em grupos, das relações estabelecidas assim como as consequências destas
relações.
“A Sociologia [...] tem contribuído para a ampliação do conhecimento dos homens sobre sua própria condição de vida e fundamentalmente para a análise das sociedades, ao compor, consolidar e alargar um saber especializado pautado em teorias e pesquisas que esclarecem muitos problemas da vida social
13”.
Através do ensino da disciplina de Sociologia procura-se explicar a sociedade,
esclarecer os diferentes papéis do cidadão frente a esta sociedade e os resultados
das mais variadas relações existentes entre os mesmos, sendo elas familiares,
13 DIRETRIZES CURRICULARES DE SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO
375
sociais ou políticas, ampliando e conformando a comunidade científica pelo
reconhecimento no meio acadêmico e o apelo a recursos pedagógicos que
promovam sua aceitação social e difusão do conhecimento em nível escolar.
“Como disciplina acadêmica e escolar, a história da Sociologia não está desvinculada dos fundamentos teóricos e metodológicos que a constituem como campo científico. É preciso destacar das teorias dos autores clássicos e dos contemporâneos, elementos para se perceber as temáticas, os problemas e a metodologia concernentes ao contexto histórico em que foram construídas e, então, interpretar e dar respostas aos problemas da realidade atual
14”.
Como disciplina científica a Sociologia é marcada pela revolução política,
social e na ciência. Na política teve-se como base a Revolução Francesa de 1789,
na social o principal acontecimento foi a Revolução Industrial que teve seu marco
inicial o século XVII, e na ciência o Iluminismo. Tais acontecimentos promovem
condições para o desenvolvimento de uma reflexão sobre a sociedade.
“Da cena política colhem-se manifestações que recompõem a sociedade em outras bases de poder, não sem reações da aristocracia em decadência. No cenário social, a revolução fundamental está no surgimento de uma nova classe social, a dois operários fabris. No âmbito de novas formas de pensar, revelação como explicação do mundo pela fé e tradição é substituída pela fé e tradição é substituída pela razão. Esse caldo histórico deságua em um pensamento social questionador da mudança na sociedade
15”.
Vindo a estimular o capitalismo, ultrapassando as fronteiras econômicas de
forma a organizar todos os setores da sociedade moldando-a em seu ritmo e
determinação, porém a sociedade não pode ser moldada apenas por
acontecimentos externos, ocasionando revoluções, movimentos inovadores,
causando alterações de comportamento.
A ordenação das idéias presentes no Iluminismo que “aspirando a
emancipação do homem guiado pelas luzes da razão e a crença no progresso da
14 DIRETRIZES CURRICULARES DE SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO
15 DIRETRIZES CURRICULARES DE SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO
376
civilização, caracterizou-se como um movimento filosófico, literário, moral, político,
na Europa, a partir do século XVIII16”, contagiando o pensamento social inspirados
em fórmulas de ação.
O Positivismo, cuja filosofia inspirada nos métodos das ciências naturais,
propõe transpô-los como critérios para uma ciência da sociedade, detendo-se a
observação e experimentação dos fenômenos naturais, onde a ciência, na
perspectiva positivista, ganha caráter messiânico e é considerada instrumento de
intervenção na realidade.
A Sociologia, termo empregado pela primeira vez por Auguste Comte (1798 – 1857), torna-se uma ciência conclusiva e síntese de todo o caminho científico da humanidade, considerada capaz de estruturar a sociedade com o auxílio das demais ciências
17.
A razão passa a dominar as formas religiosas de explicação, sendo os
séculos XVIII a XIX marcados por transformações na concepção do poder político,
pela reorganização do poder e constituição dos Estados - nação. As formas de
produção, a servidão, a organização do trabalho, a emigração da população rural e a
substituição da atividade artesanal em manufatureira trouxeram grandes mudanças
à sociedade.
Todas as mudanças que se processaram resultaram de desequilíbrios, perturbações, rebeliões, protestos, reformas, conspirações, novas condições de vida para a população e, sobretudo, aqui e ali, o aparecimento de uma consciência social acerca das condições de vida, embora não explícita nem extensiva (DIRETRIZES CURRICULARES DE SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO).
A Sociologia surge com os movimentos sociais cercada pela resistência às
mudanças de costumes, de pensamentos, de comportamentos, buscando-se inovar
as formas de produzir e enriquecer, propondo alterações na estrutura social.
16 DIRETRIZES CURRICULARES DE SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO
17 DIRETRIZES CURRICULARES DE SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO
377
A expansão da Sociologia ocorreu com o fortalecimento de críticos sociais,
pensadores que vieram a contribuir para o pensamento sociológico a fim de
enriquecer a ciência social, através da qual pode-se hoje, conhecer e compreender
melhor a sociedade à qual estamos inseridos.
CONTEÚDOS POR SÉRIE: 1ª Série - 2 aulas semanais
1. O SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA E AS TEORIAS SOCIOLÓGICAS
1.1 - O Surgimento da Sociologia
1.2 - Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do
pensamento social
1.3 - As teorias sociológicas na compreensão do presente
1.4 - A produção sociológica brasileira
2. PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E INSTITUIÇÕES SOCIAIS
2.1 - Processos de Socialização
2.2 - Grupos sociais
2.3 - A Instituição Familiar
2.4 - A Instituição Escolar
2.5 - A Instituição Religiosa
2.6 - Instituições de Ressocialização: prisões, manicômios, educandários, asilos, etc.
3. CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL
3.1 - Conceitos de cultura
3.2 - Desenvolvimentos antropológico de cultura
3.3 - Diversidade cultural
3.4 - Identidade cultural
3.5 - Indústria cultural brasileira
3.6 - Meios de comunicação de massa
3.7 - Sociedade de consumo
3.8 - Preconceito
3.9 - Cultura e História afro-brasileira e africana
378
3.10 - Cultura indígena
2ª Série - 2 aulas semanais
4. TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS
4.1 - Conceitos de trabalho
4.2 - O trabalho nas diferentes sociedades
4.3 - Desigualdades sociais
4.4 - Trabalhos nas sociedades capitalistas
4.5 - Globalização
4.6 - Relações de trabalho
4.7 - Neoliberalismo
4.8 - O trabalho no Brasil
5. PODER, POLÍTICA E IDEOLOGIA
5.1 - Estado Moderno
5.2 - Democracia, autoritarismo e totalitarismo
5.3 - Conceitos de Poder
5.4 - Estado no Brasil
5.5 - Conceitos de poder, ideologia, dominação e legitimidade
5.6 - A violência nas sociedades contemporâneas
6. DIREITO, CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS
6.1 - Direitos civis, políticos e sociais
6.2 - Direitos Humanos
6.3 - Conceito de cidadania
6.4 - Movimentos sociais, urbanos e rurais
6.5 – ONGs.
379
Metodologia
A disciplina de Sociologia tem como objeto de estudo as relações sociais,
como estas se organizam, como ocorre às relações entre o individuo e a
coletividade. E é papel do professor viabilizar a compreensão dos alunos entre teoria
e conteúdos de Sociologia com a realidade vivenciada por eles.
Para uma melhor compreensão da disciplina de Sociologia, assim como da
aquisição de conhecimentos relacionadas a tal disciplina faz-se necessário que se
utilize de múltiplos instrumentos metodológicos, como, por exemplo, a TV Pen Drive,
para análise de imagens, vídeos, filmes, músicas, textos complementares (revistas,
jornais) aulas no laboratório de informática tornando a aula mais atraente e
interessante aos alunos, sempre que possível.
O professor de sociologia deve articular os conteúdos estruturantes e os
conteúdos básicos, de modo que haja compreensão e aquisição de conhecimento,
podendo ocorrer através de exposição de conteúdos dialogados, leitura de textos
teórico-sociológicos, análise crítica de reportagens, boletins informativos e
esclarecimento de conceitos, análise e discussão de textos, debates e seminários de
temas relevantes e atuais, pesquisa de campo e bibliográfica, vídeos e recortes de
filmes para análise crítica, atividades escritas e orais; visando sempre a articulação
entre teoria com a prática, de forma a desenvolver um pensamento criativo e
instigante nos educandos.
“Os elementos básicos das teorias de Comte, Durkheim, Weber e Marx
precisam ser desenvolvidos levando-se em consideração o recorte temporal no qual
se erige a Sociologia. Isso requer a retomada do histórico da disciplina em cada
teoria trabalhada18”.
Devido o fato de que estamos imersos em uma sociedade, a qual é formada
por diferentes grupos socais e regida por normas e leis, deve-se fazer com que o
aluno sinta-se constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever
18 DIRETRIZES CURRICULARES DE SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO
380
conhecimentos e a reconstruir coletivamente novos saberes, para que possa assim
adquirir mais consciência de seu papel frente à sociedade em que vive, levando o
educando a compreender as relações de determinadas épocas históricas nas quais
se situam e fornecendo-lhe elementos para pensar possíveis mudanças sociais.
É necessário que a disciplina de Sociologia contemple temas contemporâneos
de nossa sociedade, articulando com os conteúdos estruturantes e específicos
sempre que possível como, por exemplo; a conservação ao “meio ambiente” (lei
9.795/99), a violência em nossa sociedade, a prevenção ao uso de drogas, as
curiosidades da cultura afro-brasileira e africana (lei 10.639/03), entre outros
assuntos, tais temas serão abordados nas aulas de Sociologia através de textos
bibliográficos, reportagens, vídeos, entre outros materiais, sempre fazendo a ligação
com os conteúdos da disciplina.
O professor deve trabalhar de modo que os educandos percebam a
relevância desses temas em suas vidas, para que no futuro possam colocar em
prática o que aprenderam e ser um cidadão crítico e consciente.
AVALIAÇÃO
A avaliação em Sociologia será cumulativa, processual, contínua, e
diagnóstica, sendo elaboradas de forma transparente e coletiva, seus critérios
devem ser debatidos, criticados e acompanhados por todos os envolvidos pela
disciplina.
De acordo com as Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino Médio,
a avaliação deve ser concebida como mecanismo de transformação social e
articulando-a aos objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma prática
avaliativa que vise “desnaturalizar” conceitos tomados historicamente como
irrefutáveis e propicie o melhoramento do senso crítico e a conquista de uma maior
participação na sociedade.
As formas de avaliação acompanham as práticas de ensino e de
aprendizagem da disciplina, da reflexão critica nos debates, seminários, da
participação nas pesquisas bibliográficas e de campo, na produção de textos que
381
demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática, de exercícios escritos,
de trabalhos reflexivos em sala de aula, constituindo-se em um processo contínuo de
crescimento da percepção da realidade à volta do aluno fazendo do professor um
pesquisador.
A recuperação de estudos será desenvolvida continuamente e paralelamente,
aos trabalhos realizados em sala de aula, visando à apropriação de conteúdos, a
compreensão e reflexão dos assuntos propostos.
382
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA CARVALHO, Lejeune Mato Grosso de. (org.) Sociologia e ensino em debate: experiências e discussão de sociologia no Ensino Médio. Ed. Unijui, 2004. 392 p. OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. Série Brasil. Ensino Médio. Volume Único. 25ª ed. São Paulo: Ática, 2004. Programa Completo de Matérias. Psicologia, Sociologia e Filosofia. 3ª ed. São Paulo: DCL, 2005. SEED. Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino Médio. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. SEED. Sociologia – Ensino Médio. Curitiba: SEED – PR, 2006. 208 p.
383
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE PARA O
CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES
Apresentação
A arte atua como área de conhecimento apresentado relações entre cultura,
através de manifestações e bens materiais. A construção do conhecimento em arte
passa a ser compreendido como um elo entre o conteúdo do sujeito e a cultura em
diversas produções e manifestações artísticas.
No entanto o ensino da arte amplia os conhecimentos dos alunos através de
diversas representações artísticas como: teatro, música, pinturas, desenhos, danças,
além disso, o educando adquire percepção, ou seja, é através de suas observações
realizadas durante o cotidiano que ele poderá criar seus trabalhos e assim mostrar
seus conhecimentos e habilidades.
Através da arte o aluno pode expressar seus sentimentos e sensações,
fazendo dela uma forma para transformar seu mundo, visto que “19a arte é um
processo de humanização e o ser humano, como criador, produz novas maneiras de
ver e sentir, que são diferentes em cada momento histórico e em cada cultura”.
Utilizando-se dos conteúdos e teorias pretende-se definir um conceito sobre a
arte, defendendo a ideia de que existe uma essência, ou seja, propriedades
essenciais comuns a todas as obras de arte e que somente nela se encontram.
Segundo as DIRETRIZES, 2008 o ensino de Arte passa a se ocupar também
com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente
e em constante transformação deixando de estar alienada aos demais conteúdos e
disciplinas do Ensino Médio, o que vem somente a fortalecer e garantir o sucesso do
aprendizado do educando.
O ensino da Arte no ambiente escolar passou por importante marco histórico.
Desde o período colonial, através da educação jesuítica, ocorreu a primeira forma
registrada de arte na educação através de um trabalho de ensinamentos de artes e
19 DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA ARTE, 2008.
384
ofícios, perdurando aproximadamente 250 anos, influenciando na constituição da
matriz cultural brasileira.
Com a Reforma Pombalina os colégios jesuítas foram substituídos por
colégios-seminários, direcionando uma educação estritamente literária. Em 1808,
com a chegada da Família Real portuguesa veio também um grupo de artistas
franceses, fundando a Academia de Belas-Artes.
Nas primeiras décadas da República ocorreu a Semana de Arte Moderna de
1922, mo Teatro Municipal de São Paulo, um importante marco para a arte
brasileira. O sentido antropofágico do movimento era de devorar a estética europeia
e transformá-la em uma arte brasileira, valorizando a expressão singular do artista,
rompendo com os modos de representação realista.
O movimento modernista valorizava a cultura popular, pois entendia que
desde o processo de colonização, a arte indígena, a arte medieval e
renascentista europeia e a arte africana, cada qual com suas
especificidades, constituíram a matriz da cultura popular brasileira
(DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA ARTE, 2008).
A partir da década de 1960, as produções e movimentos artísticos se
intensificaram: nas artes plásticas, com as Bienais e os movimentos contrários a ela;
na música, com a Bossa Nova e os festivais; no teatro, com o Teatro Oficina e o
Teatro de Arena de Augusto Boal; e no cinema, com o Cinema Novo de Glauber
Rocha. Esses movimentos tiveram forte caráter ideológico, propunham uma nova
realidade social.
Passados longos anos de Ditadura Militar,o pais iniciou um processo de
redemocratização com a Constituição Federal de 1988, tendo como destaque a
Pedagogia histórico-crítica de Demerval Saviani e a teoria da Libertação de Paulo
Freire.
Após longas discussões elaborou-se os Parâmetros Curriculares Nacionais,
tornando-se os novos orientadores do ensino brasileiro.
Entre 2003 e 2006 foram realizadas diversas ações pelas Diretrizes
Curriculares da Educação do Paraná, com o intuito de valorizar o ensino de Arte, tais
como o estabelecimento de uma carga horária mínima de 2 e máxima de 4 aulas
385
semanais no Ensino Médio, retomada dos concursos públicos para professores,
habilitados na disciplina, elaboração e distribuição do Livro Didático Público de Arte,
aquisição de equipamentos e recursos tecnológicos (computador, TV, portal, canais
televisivos) e a diversificação das oportunidades de formação continuada com os
grupos de estudo autônomos e os simpósios e seus mini-cursos.
“O ensino de arte deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e passa a
se ocupar também com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade
construída historicamente e em constante transformação”20.
O planejamento do ensino de Arte se faz necessário a fim de se organizar os
conteúdos, conhecimentos teórico-metodológicos, abordando as teorias de arte mais
representativas na História, levando o educando a compreender as obras de arte,
possibilitando-lhes um novo olhar, um ouvir mais critico, um interpretar da realidade
além das aparências, com a criação de uma nova realidade, bem como a ampliação
das possibilidades de fruição e expressão artística.
A disciplina de arte tem por objetivo articular os aspectos teóricos e
metodológicos da disciplina, desenvolver no aluno o ato de contemplar a arte como
área de conhecimento, propiciando o desenvolvimento do pensamento artístico,
aprimorando os saberes culturais e estéticos, inserindo-os nas práticas de produção
e apreciação artística, levando o aluno a formar e aprimorar seu desempenho social.
20 DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICAARTE, 2008.
386
ARTE – FORMAÇÃO DE DOCENTES
ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Escalas
Modal, tonal e
fusão de ambos
Gêneros: erudito,
clássico, popular,
étnico, folclórico,
pop...
Técnicas: vocal,
instrumental,
eletrônica,
informática e mista
Improvisação.
Música Popular
Brasileira
Paranaense
Popular
Indústria Cultural
Engajada
Vanguarda
Ocidental
Oriental
Africana
Latino-americana
No Ensino Médio é
proposta uma
retomada dos
conteúdos do
Ensino
Fundamental e
aprofundamento
destes e outros
conteúdos de
acordo com a
experiência escolar
e cultural dos
alunos.
Percepção da
paisagem sonora
como constitutiva
da música
contemporânea
(popular e erudita),
dos modos de
fazer música e sua
função social.
Teoria da Música
Produção de
trabalhos com os
modos de
organização e
composição
musical, com
enfoque na música
de diversas
culturas.
compreensão dos
elementos que
estruturam e
organizam a
música e sua
relação com a
sociedade
contemporânea.
Produção de
trabalhos musicais,
visando atuação
do sujeito em sua
realidade singular
e social.
Apropriação
prática e teórica
dos modos de
composição
musical das
diversas culturas e
mídias,
relacionadas à
produção,
divulgação e
consumo.
387
FORMAÇÃO DE DOCENTES
ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figura e fundo
Figurativo
Abstrato
Perspectiva
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Simetria
Deformação
Estilização
Técnica: Pintura,
desenho,
modelagem,
instalação,
performance,
fotografia, gravura e
esculturas,
arquitetura, história
em quadrinhos...
Gêneros: Paisagem
, natureza morta,
cenas do cotidiano,
Histórica, Religiosa,
da mitologia.
Arte Ocidental
Arte Oriental
Arte Africana
Arte Brasileira
Arte
Paranaense
Arte Popular
Arte de
Vanguarda
Indústria
Cultural
Arte
contemporâne
a
arte Latino-
Americana
No Ensino Médio
é proposta uma
retomada dos
conteúdos do
Ensino
Fundamental e
aprofundamento
destes e outros
conteúdos de
acordo com a
experiência
escolar e cultural
dos alunos.
Percepção dos
modos de fazer
trabalhos com
artes visuais nas
diferentes
culturas e
mídias.
Teoria das Artes
visuais.
Produção de
trabalhos de
artes visuais com
os modos de
organização e
composição
musical, com
enfoque nas
diversas culturas.
compreensão dos
elementos que
estruturam e
organizam as artes
visuais e sua
relação com a
sociedade
contemporânea.
Produção de
trabalhos de artes
visuais, visando
atuação do sujeito
em sua realidade
singular e social.
Apropriação
prática e teórica
dos modos de
composição das
artes visuais das
diversas culturas e
mídias,
relacionadas à
produção,
divulgação e
consumo.
388
FORMAÇÃO DE DOCENTES
ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:
expressões
corporais,
vocais,
gestuais e
faciais
Ação
Espaço
Técnicas: jogos
teatrais, teatro
direto e indireto,
mímica, ensaio,
teatro-fórum
Roteiro
Encenação e leitura
dramática
Gêneros: tragédia
comédia, drama, e
épico
Dramaturgia
Representação nas
mídias
Caracterização
Cenografia
Sonoplastia,
figurino e
iluminação
Direção
Produção
Teatro Greco-
Romano
Teatro Medieval
Teatro Brasileiro
Teatro
Paranaense
Teatro Popular
Indústria Cultural
Teatro Engajado
Teatro Dialético
Teatro Essencial
Teatro do
oprimido
Teatro Pobre
Teatro de
Vanguarda
Teatro
Renascentista
Teatro Latino-
Americano
Teatro Realista
Teatro simbolista
No Ensino Médio é
proposta uma
retomada dos
conteúdos do Ensino
Fundamental e
aprofundamento
destes e outros
conteúdos de acordo
com a experiência
escolar e cultural dos
alunos.
Estudo do
personagem, ação
dramática e do
espaço cênico e sua
articulação com os
elementos de
composição e
movimentos e
períodos do teatro.
Teorias do teatro.
Produção de trabalhos
com teatros em
diferentes espaços.
Percepção dos modos
de fazer teatro e sua
função social.
Produção de trabalhos
com os modos de
organização e
composição teatral
como fator de
transformação social.
compreensão dos
elementos que
estruturam e
organizam as artes
visuais e sua
relação com a
sociedade
contemporânea.
Produção de
trabalhos de artes
visuais, visando
atuação do sujeito
em sua realidade
singular e social.
Apropriação prática
e teórica dos
modos de
composição das
artes visuais das
diversas culturas e
mídias,
relacionadas à
produção,
divulgação e
consumo.
389
FORMAÇÃO DE DOCENTES
ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM
PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS
DE
APRENDIZAGEM ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Fluxo
Peso
Eixo
Salto e Queda
Giro
Rolamento
Movimentos
articulares
Lento, rápido e
moderado
Aceleração e
desaceleração
Níveis
Deslocamento
Direções
Planos
Improvisação
Coreografia
Gêneros:
Espetáculo,
indústria
cultural, étnica,
folclórica,
populares e
salão.
Pré-história
Greco-Romana
Medieval
Renascimento
Dança Clássica
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
Hip Hop
Indústria Cultural
Dança moderna
Vanguardas
Dança
contemporânea.
No Ensino Médio é
proposta uma retomada
dos conteúdos do Ensino
Fundamental e
aprofundamento destes e
outros conteúdos de
acordo com a experiência
escolar e cultural dos
alunos.
Estudo do movimento
corporal, tempo,espaço e
sua articulação com os
elementos de
composição e
movimentos e períodos
da dança.
Percepção dos modos de
fazer dança , através de
diferentes espaços onde
é elaborada e executada.
Teorias da dança.
Produção de trabalhos de
dança utilizando
equipamentos e recursos
tecnológicos.
Produção de trabalhos
com dança utilizando
diferentes modos de
composição.
compreensão dos
elementos que
estruturam e
organizam as artes
visuais e sua
relação com a
sociedade
contemporânea.
Produção de
trabalhos de artes
visuais, visando
atuação do sujeito
em sua realidade
singular e social.
Apropriação
prática e teórica
dos modos de
composição das
artes visuais das
diversas culturas e
mídias,
relacionadas à
produção,
divulgação e
consumo.
390
METODOLOGIA
No processo de ensino e aprendizagem de Arte, torna-se necessário que haja
o desenvolvimento da prática, entendida como a articulação entre os aspectos
teóricos e metodológicos. Pretende-se que os educandos possam criar formas
singulares de pensamento, aprender e expandir suas potencialidades.
A construção do conhecimento em arte se efetiva na inter-relação de saberes
que se concretiza na experimentação estética por meio da percepção, da análise, da
criação/ produção e da contextualização21.
O trabalho do professor estará alicerçado a uma infinidade de métodos a
serem aplicados em sala de aula, podendo ser através de aulas expositivas para que
o alunos possam adquirir um conhecimento histórico da arte, aulas práticas, onde
eles próprios poderão estar experimentando e aprendendo ainda mais através de
oficinas de música, dança e produção artística.
Nestas diretrizes propõe-se o ensino de Arte como fonte de humanização, o
que implica no trabalho com a totalidade das dimensões da arte, da parte do
artista,para a totalidade humana do espectador. Além disso é necessária a
unidade de abordagem dos conteúdos estruturantes, em um
encaminhamento metodológico orgânico, onde o conhecimento, as práticas
e a fruição artística estejam presentes em todos os momentos da prática
pedagógica, em todas as séries da Educação Básica (DIRETRIZES
CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA ARTE, 2008).
Educação Fiscal
Educação do Campo
Desafios educacionais contemporâneos
Educação ambiental, lei n°9795/99
História e cultura Afro brasileira, africana e indígena lei n° 10639/03 –
11645/08.
Enfrentamento a violência
Prevenção ao uso indevido de drogas
21 DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA ARTE, 2008.
391
Sexualidade
Educação para o transito.
As leis acima citadas serão trabalhadas de forma contextualizadas em todos
os conteúdos pertinentes a disciplina de Arte, isso se dará por meio de seminários,
pesquisas, apresentações de trabalhos teóricos e práticos, utilizando as linguagens
do teatro, música, dança e artes visuais. Por exemplo a História e Cultura Afro
Brasileira, Africana e Indígena lei n° 10639/03 – 11645/08 serão trabalhadas dentro
do tema Arte Indígena e Arte Africana; já a Educação Ambiental, lei n°9795/99 e
Educação do Campo serão abordados quando o assunto for paisagem rural,
aproveitando a oportunidade para destacar os cuidados com meio ambiente e o
campo; e ainda aulas de desenhos de observação do meio ambiente; O
Enfrentamento a Violência, Prevenção ao uso indevido de drogas, Sexualidade e
Educação para o transito são temas que serão abordados ao estudarmos o
movimento Hip Hop, onde pode-se trabalhar esses assuntos de forma ampla, porque
um assunto complementa o outro, e ainda destaca-se as consequências do uso
indevido de drogas que leva o indivíduo a praticar e sofrer violência, tratar a
sexualidade de forma banal e inconsequente, e ainda causar e sofrer acidentes no
transito. Os Desafios educacionais contemporâneos serão abordados em conjunto
com a arte contemporânea, observando assim que a arte caminha junto com fatos e
acontecimentos globais. A Educação Fiscal será trabalhada como forma dos alunos
conhecerem seus direitos, e acompanharem tudo que acontece no país, desde o
simples fato de exigir nota fiscal até saber como funciona a justiça brasileira, o
Supremo Tribunal Federal, o legislativo, executivo, judiciário, tudo levando em
consideração a realidade do aluno.
A metodologia do ensino da arte deve contemplar três momentos da
organização pedagógica:
Teorizar;
Sentir e Perceber;
Trabalho artístico.
392
Avaliação
De acordo com a LDB (n° 9394/96), a avaliação deve ser compreendida como
forma de acompanhamento e aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem,
devendo ser contínua e cumulativa, incidindo em diferentes situações.
A avaliação em Arte deve ser diagnóstica e processual, diagnóstica por ser a
referência do professor para o planejamento das aulas e de avaliação dos alunos,
processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica.
A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários vários instrumentos de verificação tais como: - trabalhos artísticos individuais e em grupo; - pesquisa bibliográfica e de campo; - debates em forma de seminários e simpósios; - provas teóricas e práticas. - Registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio e áudio visual e outros (DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA ARTE, 2008.).
É necessário aliar a contextualização histórica, a leitura de imagens e a
prática artística, podendo assim proporcionar um saber amplo e uma avaliação
completa.
Recursos didáticos
O ensino de Arte deve estar pautado numa prática em que o ser humano
esteja em contato com a arte, produzindo arte, desenvolvendo trabalhos artísticos,
sentindo e percebendo as obras artísticas.
Visto que o objeto de trabalho do ensino de Arte é o conhecimento faz-se
necessário que o educador esteja utilizando-se dos mais variados recursos didático-
metodológicos através dos quais os alunos devem ter acesso às obras de Música,
Teatro, Dança e Artes Visuais, tais como: vídeos, DVD‟s, CD‟s, TV, obras de arte
para serem analisadas, entre tantos outros que se farão necessário no decorrer das
aulas e das práticas pedagógicas nelas existentes.
Portanto, adquirir o conhecimento em arte significa ir além dos seus próprios
conhecimentos, o que fará com que o aluno crie possibilidades e situações em que
eles serão os atores e autores das obras de arte deixando de estar limitado apenas
393
aos materiais que o professor oferece, mas sim superando os limites de sala de aula
e buscando materiais alternativos na própria natureza ou em seu próprio ambiente
social ou familiar.
394
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA BARBOSA, Ana Mae. Proposta Triangular do Ensino da Arte. São Paulo: Ática, 1999. BOSI. Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991. DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA ARTE, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares estaduais.2008.http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/livro_e_diretrizes/diretrizes_artes_2008.pdf. Acessado em 04/03/2009 às 8:58hs
395
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA PARA O
CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES
Apresentação
A consciência de que o conhecimento cientifico é assim dinâmico, mutável,
ajudará o estudante e o professor a ter uma necessária visão critica da ciência. Não
se pode simplesmente aceitar que a ciência esta pronta e acabada, e que os
conceitos atualmente aceitos pelos cientistas e ensinados nas escolas são uma
“verdade absoluta”.
Quando se realizada discussões sobre importância do ensino de Química, é
essencial aludir fatos marcantes da historia do conhecimento químico em suas inter-
relações econômicas, política e social.
O princípio do domínio da química (que para alguns antropólogos coincide
com o princípio do homem moderno) é o domínio do fogo.Há indícios de que faz
mais de 500.000 anos, em tempos do Homos erectus, algumas tribus conseguiram
este sucesso que ainda hoje é uma das tecnologias mais importantes. Não só dava
luz e calor na noite, como ajudava a proteger-se contra os animais selvagens.
Também permitia a preparação de comida cozida. Desde este momento teve uma
relação intensa entre as cozinhas e os primeiros laboratórios químicos até o ponto
que a pólvora negra foi descoberta por cozinheiros chineses.
Finalmente, foram imprescindíveis para o futuro desenvolvimento da
metalurgia materiais como a cerâmica e o vidros, além da maioria dos processos
químicos.
O objetivo do estudo de Química está em proporcionar conhecimento da
composição e da estrutura intima dos corpos, das propriedades que delas decorrem,
e das leis que regem transformações químicas que ocorrem no mundo físico de
forma abrangente e integrada, e assim poder julgar de forma mais fundamentada, as
informações advindas da tradição cultural, da mídia e da escola, e tornar suas
próprias decisões, enquanto individuo e cidadão, de acordo com sua faixa etária e
grupo social. Daí a importância da presença da química na escola formal e,
396
especialmente, no ensino médio que completa a educação básica. Para tanto a
química no ensino médio deve possibilitar o aluno uma estreita relação com as
aplicações tecnológicas, suas implicações ambientais sociais, políticas e
econômicas.
Segundo Krasilchik (2000, p. 85), na medida em que a Ciência e Tecnologia
foram reconhecidas como essenciais no desenvolvimento econômico, cultural e
social, o ensino das Ciências em todos os níveis foi também crescendo de
importância, sendo objeto de inúmeros movimentos de transformação do ensino,
podendo servir de ilustração para tentativas e efeitos das reformas educacionais.
O ser humano, na luta pela sua sobrevivência, sempre teve a necessidade de
conhecer, entender, e utilizar o mundo que o cerca.
Os conhecimentos difundidos no ensino de Química permitem a construção
de uma visão do mundo mais articulada, menos fragmentada, contribuindo para que
o indivíduo se enxergue como participante de um mundo em constante
transformação.
Descrever as transformações químicas em linguagens discursivas.
Compreender os códigos e símbolos próprios da química atual.
Traduzir a linguagem discursiva em linguagem simbólica da química e vice-
versa. Utilizar a representação simbólica das transformações químicas e reconhecer
suas modificações ao longo do tempo.
Traduzir a linguagem discursiva em outras linguagens usadas em química:
gráficos, tabelas e relações matemáticas.
Identificar fontes de informações e formas de obter informações relevantes
para o conhecimento da química (livro, computador, jornais, manuais, etc.).
Compreender e utilizar conceitos químicos dentro de uma visão macroscópica
(lógico-formal).
Compreender dados quantitativos, estimativos e medidas, compreender
relações proporcionais presentes na química (raciocínio proporcional).
Reconhecer tendências em relações a partir de dados experimentais ou de
outros dados (classificação, seriação e correspondência em química).
397
Selecionar e utilizar idéias e procedimentos científicos (leis, teorias, modelos)
para a resolução de problemas qualitativos e quantitativos em química, identificando
e acompanhado as variáveis relevantes.
Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado à química,
selecionando procedimentos experimentais pertinentes.
Desenvolver conexões hipotético-lógicas que possibilitem previsões á cerca
das transformações químicas.
Reconhecer aspectos químicos relevantes na interação do ser humano,
individual e coletiva com o ambiente.
Reconhecer o papel da química no sistema produtivo, industrial e rural.
Reconhecer as relações entre o desenvolvimento cientifico e tecnológico da
química e aspectos sócio-político-culturais.
Reconhecer o s limites éticos e morais que podem estar envolvidos no
desenvolvimento da química e da tecnologia.
Desses benefícios, a extração, produção e o tratamento de metais como o
cobre, bronze, o ferro e o ouro, merecem destaque na história da humanidade, no
que diz respeito aos fatos políticos, religiosos e sociais que os envolvem.
Um dos químicos mais influentes da França nesse período foi Antonie Laurent
Lavosier que colaborou com a consolidação dessa ciência no século XVIII e
elaborou o tratado elementar da química, publicado em março de 1789, isso é uma
importante referencia para química da época.
No Brasil, as primeiras atividades de caráter educativo em Química surgiram
no inicio do século XIX, em função das transformações políticas e econômicas que
ocorriam na europa. A disciplina de Química no ensino secundário no Brasil foi
implantada em 1862, segundo dados do 3º Comgresso sul-americano de Química
que ocorreu em 1937.
Conteúdos estruturantes e conteúdos básicos
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
MATÉRIA
398
MATÉRIA E SUA
NATUREZA
BIOGEOQUÍMICA
QUÍMICA SINTÉTICA
-constituição da matéria;
-Estados de Agregação
-Natureza elétrica da matéria;
-Modelos atômicos
-Estudos dos Metais
-Tabela Periódica
SOLUÇÂO
-Substância simples e composta;
-Misturas
-Métodos de separação
-Solubilidade;
-Concentração;
-Forças intermoleculares;
-Temperaturas e pressão;
-Densidade;
-Dispersão e suspensão;
-Tabela Periódica
VELOCIDADE DAS REAÇÃES
-Reações Químicas;
-Lei das Reações Químicas;
Representações das Reações Químicas;
-Condições fundamentais para ocorrência das reações
químicas, (natureza dos reagentes, teoria de colisão)
-Fatores que interferem na velocidade das reações(
superfície de contato, temperatura, catalisador, concentração
dos reagentes, inibidores);
-Lei da Velocidade e Reação;
399
-Tabela Periódica.
EQUILIBRIO QUÍMICO
-Reações químicas reversíveis;
-Concentração;
-Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de
equilíbrio);
-Deslocamento de equilíbrio (principio de Lê Chatelier):
concentração, pressão, temperatura e efeitos dos
catalisadores;
-Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de
ionização, Ks).
- Tabela periódica.
LIGAÇÃO QUÍMICA
-Tabela Periódica;
-Propriedade dos Materiais;
-Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos
materiais;
-Solubilidade e as ligações químicas;
-Interações intermoleculares e as propriedades das
substâncias moleculares;
-Ligações de Hidrogênio;
-Ligação Metálica (elétrons semi-livres);
-Ligação sigma e pi;
--Ligação polares e apolares;
-Alotropia.
REAÇÕES QUÍMICAS
-Reações de oxi-redução;
-Reações exotérmicas e endotérmicas;
400
-Diagrama das reações exotérmicas e endotérmicas;
-Variação de entalpia;
-Calorias;
-Equação termoquímicas;
-Princípios da termodinâmica;
-Lei de Hess;
-Entropia e energia livre;
-Calorimetria;
-Tabela Periódica.
RADIOTIVIDADE
-Modelos atômicos (Rutherford);
-Elementos Químicos (radioativos);
-Tabela periódica;
-Reações químicas;
-Velocidades das reações;
-Emissões radioativas;
-Leis da radioatividade;
-Cinética das reações químicas;
-Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear);
GASES
-Estados físicos da matéria;
-Tabela Periódica;
-Propriedades dos gases (densidade/difusão e efusão,
pressão x temperatura x volume);
-Modelo de partículas para os materiais gasosos;
-Misturas gasosas;
401
-Diferenças entre gás e vapor;
-Leis dos gases;
FUNÇÔES QUÍMICAS
-Funções orgânicas;
-Funções Inorgânicas;
-Tabela Periódica
Metodologia da disciplina
- Lei 10639/03 – História e cultura afro-brasileira e africana
- Lei 11645/08 – História cultura dos povos indígenas
- Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental
Na interpretação do mundo através das ferramentas da química, é essencial
que se explicite seu caráter dinâmico. Assim, o conhecimento químico não deve ser
entendido como um conjunto de conhecimentos isolados, prontos e acabados, mais
sim uma construção da mente humana, em contínua mudança. A história da
química, como parte do conhecimento socialmente produzido, deve permear todo o
ensino de Química, possibilitando ai aluno a compreensão do processo de
elaboração desse conhecimento, com seus avanços, erros e conflitos.
O aprendizado deve ser conduzido levando-se em conta essas diferenças. No
processo coletivo da construção do conhecimento em sala de aula, valores como
respeito pela opinião dos colegas, pelo trabalho em grupo, responsabilidade,
lealdade, diferenças de culturas, raças e tolerância tem que ser enfatizado, de forma
a tornar o ensino de Química mais eficaz, assim como para contribuir o
desenvolvimento dos valores humanos que são objetivos concomitantes do processo
educativo.
Referente às leis citadas acima, será desenvolvido trabalhos a respeito do
meio ambiente, onde envolva a Hipótese Gaia, contaminação do meio ambiente,
recursos não-renovaveis, recursos renováveis, ciclos Biogeoquímicos e suas
relações com a biosfera e litosfera. Também será desenvolvido pesquisas sobre a
402
historia e cultura Afro-Brasileira ,Africana e dos povos indígenas onde será
trabalhado mais o assunto sobre Educação do Campo.
Como o ensino atualmente pressupõe um numero muito grande de conteúdos
a serem tratados, com detalhamento muitas vezes exagerados, alega-se falta de
tempo e a necessidade de “correr com a matéria”, desconsiderando-se a
participação efetiva do estudante no Diálogo mediador da construção e
conhecimento. Alem de promover esse diálogo, é preciso objetivar um ensino de
Química que possa contribuir para uma visão mais ampla do conhecimento, que
possibilite melhor compreensão do mundo físico e para a construção da cidadania,
colocando em pauta, na sala de aula, conhecimentos socialmente relevantes, que
façam sentido e possam se interagir a vida do aluno.
Os conteúdos nessa fase devem ser abordados a partir de temas que
permitam a contextualização do conhecimento. Nesse sentido, podem ser
explorados, por exemplo, temas como metalurgia, solos e suas fertilização,
combustíveis combustão, obtenção, conservação e uso dos alimentos, chuva ácida,
tratamento de água, etc. Não se pretende que esses temas sejam esgotados,
mesmo porque as inter-relações conceituais e factuais podem ser muitas e
complexas. Esses temas, mais fontes desencadeadoras de conhecimentos
específicos, devem ser vistos como instrumentos para sua primeira leitura integrada
do mundo com as lentes da Química.
Tratados dessa forma, os conteúdos ganham flexibilidade e interatividade,
deslocando-se o tratamento usual que procura esgotar um a um dos diversos
“tópicos” da Química, para o tratamento de uma situação-problema, em que os
aspectos pertinentes do conhecimento Químico, necessário para a compreensão e a
tentativa de solução, são evidenciados.
Como se pode perceber, no primeiro momento da aprendizagem de Química
prevalece a construção dos conceitos a partir de fatos. Já no segundo momento,
prevalece o conhecimento de informações ligadas á sobrevivência do ser humano.
Na interpretação dessas informações, utilizam-se os conceitos já construídos, bem
como se constroem outros, necessários para a compreensão dos assuntos tratados.
Os aprendizados desenvolvidos na primeira leitura do mundo físico sob a ótica da
403
Química são reutilizados e, nesse processo, podem ser aperfeiçoadas, de acordo
com a complexidade das situações em estudo.
Como, nesses dois momentos, visa-se a uma aprendizagem ativa e
significativa, as abordagens dos temas devem ser feitas através de atividades
elaboradas para provocar a especulação, a construção de idéias. Dessa forma, os
dados obtidos em demonstrações, em visitas, em relatos de experimentos ou no
laboratório devem permitir, através de trabalho em grupo discussões coletivas, que
se desenvolvam. Por exemplo, a análise de dados referentes a um boletim de
produção de uma indústria siderúrgica pode servir de ponto de partida para a
compreensão das relações quantitativas nas transformações químicas e, por
conseguinte, nos processos produtivos.
Para um melhor contato entre alunos e tecnologia, será ministrada algumas
aulas usando a TV pen drive, uso de microcomputadores, pesquisas sobre temas
atuais que envolvem a matéria de Química na internet, entre outros disponíveis.
Critérios de avaliação da disciplina
Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos
científicos. Trata-se de um processo de “construção e reconstrução de significados
dos conceitos científicos”. Essa reconstrução acontecerá por meio das abordagens
histórica, sociológica, ambiental e experimental dos conceitos químicos.
Por isso, ao invés de avaliar apenas por meio de provas, será usado
instrumentos que possibilitem varias formas de expressão dos alunos, como: leitura
e interpretação de tabelas, leitura, interpretação e produção de textos, pesquisas
bibliográficas, provas objetivas, provas dissertativas, trabalho em grupo, debate,
relatório individual, auto-avaliação,observação e analise do desempenho do aluno
em fatos do cotidiano escolar ou em situações planejadas.
Espera-se que o aluno entenda e questione a ciência de seu tempo e avanços
tecnológicos na área da Química;construa e reconstrua o significado dos conceitos
químicos;problematize a construções dos conceitos químicos;tome posições frente
as situações sociais e ambientais desencadeadas pela produção do conhecimento
404
químico;compreenda a constituição da química da matéria a partir dos
conhecimentos sobre modelos atômicos, estados de agregação e natureza elétrica
da matéria;formule o conceito de soluções a partir dos desdobramentos deste
conteúdo básico, associando substâncias, misturas, métodos de separação,
solubilidade, concentração, forças, intermoleculares, etc; identifique a ação dos
fatores que influenciam a velocidade das reações químicas, representações,
condições fundamentais para ocorrência, lei da velocidade, inibidores; compreenda o
conceito de equilíbrio químico, a partir dos conteúdos específicos: Concentração,
relações matemáticas e o equilíbrio químico, deslocamento de equilíbrio,
concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalisadores, equilíbrio químico em
meio aquoso; elabore o conceito de ligação química, na perspectiva da interação
entre o núcleo do átomo e eletrosfera de outro a partir do desdobramento deste
conteúdo básico; entenda as reações químicas como transformações da matéria a
nível microscópico, associando os conteúdos específicos para esse conteúdo
básico; reconheça as reações nucleares entre as demais reações químicas que
ocorrem na natureza, partindo dos conteúdos específicos que compõe esse
conteúdo básico; diferencie gás de vapor, a partir dos estados físicos da matéria,
propriedades dos gases, modelos de partículas e as leis dos gases; reconheça as
espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxidos em relação a outra espécie com a
qual estabelece interação.
A recuperação será ministrada de forma paralela ao conteúdo trabalhado de
acordo com as necessidades dos alunos.
405
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA CIENCIAS da natureza, matemática e suas tecnologias – Secretaria de Educação Média e Tecnológica – Brasília: MEC; SEM TEC. 2002 COVRE, Geraldo José, 1921. Química: o homem e a natureza – São Paulo: FTD, 2000. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná. FELTRE, Ricardo, 1928. Química/Ricardo Feltre – 6º edição, São Paulo Moderna, 2004. KRASILCHIK, Myriam. Reformas e realidade: o acaso do ensino das ciências. Perspectiva. São Paulo, V. 14, n.1, p.85, 2000. UTIMURU, Teruko Yamamoto. Maria Linguanoto. Química: Livro único – ilustração de exata editoração S/C Ltda. São Paulo: FTD, 1998.
406
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FÍSICA PARA O
CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES
Apresentação
Para Menezes (2005) “A Física tem como objeto de estudo o Universo, em
toda sua complexidade”. Por isso a disciplina de Física propõe o estudo da natureza,
não a natureza propriamente dita, mas modelos de elaborações humanas.
O olhar sobre a natureza tem origem em tempos remotos, provavelmente no
período paleolítico, na tentativa humana de resolver seus problemas cotidianos e
garantir a subsistência. Assim, a Astronomia é talvez, a mais antiga das ciências,
tendo encontrado sua racionalidade pelo interesse dos gregos em explicar as
variações cíclicas nos céus. É o inicio do estudo dos movimentos.
Muitos foram os estudos e contribuições, mas a história da Física nos mostra
que até o Renascimento a maior parte da ciência conhecida pode ser resumida à
Geometria Euclidiana, a Astronomia geocêntrica de Ptolomeu e a Física de
Aristóteles.
Na idade média, a igreja tornou-se a instituição mais poderosa, sendo que o
conhecimento do universo foi associado a Deus e oficializado pela igreja Católica
que o transforma em dogmas que não eram questionados.
Com as navegações e ampliação da sociedade comercial tornou-se favorável
o surgimento de mudanças econômicas, políticas e culturais, abrindo caminhos para
as revoluções industriais do século XVIII e, para que a ciência se desenvolvesse.
Nesse contexto, a Física tal qual a conhecemos hoje foi inaugurada por
Galileu Galilei, no século XVI, com uma nova forma de conhecer o universo, através
da descrição matemática dos fenômenos físicos, partindo para o geral, tornando
possível a construção de leis universais.
Ao instituírem o método científico, Bacon, Galileu, Descartes e, provavelmente, outros anônimos, retiraram das autoridades eclesiásticas o controle sobre o conhecimento e iniciaram um novo período (DCE, p. 42).
407
Isso abriu caminhos para que Issac Newton fizesse a primeira grande
unificação da ciência elevando a Física, no século XVII, ao status de ciência.
A nova ciência que vem a partir de Newton e seus sucessores carregam a
ideia de que o universo se comporta com uma regularidade mecânica e esta
alicerçado em dois pilares: a matemática, como linguagem para expressar leis,
ideias e elaborar modelos para descrever os fenômenos físicos e a experimentação,
como forma de questionar a natureza, de comprovar ou confirmar ideias de testar
modelos.
Com a evolução do contexto social e econômico o avanço do conhecimento
físico evolui, estabelecendo as leis da Termodinâmica e o calor passa a ser
entendido como uma forma de energia relacionada ao movimento.
Com a revolução Industrial, a burguesia passa a levantar a bandeira da
educação gratuita para todos, onde os estados passam a ser responsáveis pela
educação dos trabalhadores marcando o surgimento da instituição escola tal qual
conhecem hoje, porém uma escola que não é para todos.
Nessa época com a vinda da família real para o Brasil o ensino da Física é
trazido para o nosso país para entender a corte e os desejos da intelectualidade
local, formando engenheiros e médicos, ou seja, os dirigentes do país. Portanto não
era para todos, visto que esse conhecimento não fazia parte da grade curricular das
escolas primárias ou profissionais que as classes populares frequentavam.
Os materiais didáticos utilizados eram traduções europeias até meados do
século XX, quando começaram a ocorrer contribuições nacionais com a criação da
USP.
O cenário científico mundial, o inicio do século XX é marcado por uma
revolução no campo da pesquisa da Física.
“Em 1905, Einstein apresentou a Teoria da Relatividade Espacial ao perceber que as equações de Maxwell não obedeciam às regras de mudança de referencial da teoria newtoniana” (DCE p.45).
Essa mudança da preservação da teoria, altera os fundamentos da Mecânica,
apresentando uma nova visão do espaço e do tempo.
408
No período entre guerras, vários cientistas se transferiram para outros países
onde pudessem desenvolver suas pesquisas. Graças a isso, em 1934, surgiu o
curso “Scencias Physicas”, junto a USP para formar bacharéis e licenciados em
Física, permitindo ao país que a pesquisa e a construção de novos conhecimentos
começassem efetivamente.
O final da Segunda Guerra Mundial marca uma euforia no ensino de Ciências,
provocando mudanças no currículo da disciplina. Surge então a primeira Instituição
Brasileira de Educação, Ciência e Cultura (IBECC) que tinha como papel construir
material para laboratório, livros didáticos e paradidáticos.
A intensificação do processo de industrialização do Brasil, a partir de 1950, a
Física torna-se parte dos currículos de ensino médio, pois as elites acreditavam na
ciência como progresso e poder, ou o segredo da tecnologia ocidental.
Portanto, o ensino da Física sempre oscilou entre formação de professores e
a produção de materiais, esse último prevalecendo, sendo o livro didático o ditador
sobre trabalho dos professores.
Os projetos desenvolvidos no país influenciaram e inspiraram mudanças nos
projetos curriculares, tanto na educação geral como no nível pré-universitário. Eles
também contribuíram para formar grupos temporários de professores e cientistas,
normalmente de instituições de pesquisa, para a preparação de materiais visando a
melhoria das disciplinas científicas, origem de muitos Centros de Ciências existentes
e a comunidade acadêmica de educadores de Ciência, hoje em associações de
classe, publicações de periódicos e cursos de formação e especializações.
Hoje, continuamos com o tratamento disciplinar porque consideramos que a
Física é um campo de conhecimentos específicos, em construção e socialmente
reconhecido. Por isso não aceitamos generalidade, obstáculos ao desenvolvimento
do conhecimento científico, capaz de levar o espírito científico a se prender às
soluções fáceis, imediatas e aparentes.
Então, a Física deve educar para a cidadania contribuindo para o
desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção
científica ao longo da história e compreender a necessidade desta dimensão do
conhecimento para o estudo e o entendimento do universo de fenômenos que o
409
cerca. Mas também, que percebam a não neutralidade de sua produção, bem como
os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais desta ciência, seu
comprometimento e envolvimento com as estruturas que representam esses
aspectos.
O tratamento dos conteúdos sob enfoque disciplinar prossegue porque entende-se que as disciplinas escolares estão vinculadas a campos de conhecimentos que, embora estejam em constante construção, são socialmente reconhecidos e não devem ser generalizados, nem esvaziados. (DCE p. 49).
Portanto, o conhecimento Físico deve ter em vista a evolução histórica das
ideias e conceitos, voltados para a formação de sujeitos que, em sua formação e
cultura, agreguem a visão da natureza, das produções e das relações humanas.
Conteúdos estruturantes e básicos
Conteúdos
estruturantes
Conteúdos básicos Conteúdos específicos
Momentum e inércia
Conservação de quantidade de
movimento (momentum)
Variação de quantidade de
movimento = Impulso
Movimento retilíneo:
- Conceito de movimento;
- Movimento retilíneo uniforme;
- Velocidade média –
instantânea;
- Conceito de aceleração;
- Queda livre;
- Equação do movimento com
aceleração;
- Forças e suas características;
- Inércia – primeira lei de
410
Movimento
2ª Lei de Newton
3ª Lei de Newton e condições
de equilíbrio
Newton;
- Força e atrito;
- A segunda lei de Newton;
- Ação e reação – a terceira lei
de Newton.
- Movimento circular uniforme;
- Movimento dos Planetas;
- Gravitação universal;
- Centro de gravidade;
- Movimento de um projetil;
- Conceito de pressão;
- Pressão atmosférica;
- Pressão exercida pelos
líquidos;
- Empuxo;
- Trabalho de uma força;
- Máquinas simples;
- Energia cinética.
Leis da Termodinâmica
Lei zero da Termodinâmica
- Estruturas organizadas e
desorganizadas;
- Temperatura e termômetros;
- Dilatação térmica;
- Comportamento dos Gases;
411
Termodinâmica
1ª Lei da Termodinâmica
2ª Lei da Termodinâmica
Movimento ondulatório
Comportamento e natureza da
luz
- O calor é uma forma de
energia;
- Transferência de calor;
- Mudança de fase;
- Conservação de energia –
máquinas térmicas;
- Propagação de uma onda;
- Ondas sonoras;
- Propagação e reflexão da luz;
- Espelhos e imagens;
- Refração da luz;
- A natureza da luz.
Electromagnetismo
Carga, corrente elétrica, campo
e ondas eletromagnéticas
Forças eletromagnética
Equações de Maxwell: Lei de
Gaus para eletrostática/Lei do
Coulomb, Lei de Gaus
magnética, lei de Faraday
- Eletrização – carga elétrica;
- Campo elétrico;
- Comportamento de um
condutor eletrizado;
- Corrente elétrica;
- Resistência elétrica;
- Efeitos da corrente elétrica;
- Força eletromotriz;
- Magnetismo;
- Os fenômenos magnéticos tem
origem em cargas elétricas em
412
Radioatividade
Física nuclear e relatividade
movimento;
- Ação do campo magnético
sobre uma corrente – o motor
elétrico;
- Indução eletromagnética –
geradores de corrente elétrica;
- Conceitos básicos;
- Radiações;
- Riscos e aplicações das
radiações;
- Diagnóstico médico;
- Fissão nuclear;
- Fusão nuclear.
Metodologia da disciplina
As constantes e rápidas mudanças que ocorrem na sociedade
contemporânea, o avanço das tecnologias e das demandas existentes, nos desafia a
adotarmos e utilizarmos novas metodologias de trabalho no processo pedagógico na
disciplina de Física.
Ao longo das décadas tem sido desenvolvidas inúmeras pesquisas referentes
ao ensino de Física, procurando ajudar a prática do cotidiano dos educadores e
tornar claro vários procedimentos de aprendizagem utilizados pelos alunos. Esse
grupo de aprendizado novo deve tornar-se disponível para os professores de forma
que ele possa manter-se permanentemente atualizado.
Sendo a escola um lugar onde se lida com o conhecimento científico
historicamente produzido, cabe ao professor considerar o conhecimento prévio dos
413
estudantes, conhecimento este adquirido, nas interações e espaços de convivência,
desafiando os mesmos para um nível de saber mais elaborado e sistematizado.
Uma maneira importante dessa forma de se realizar o trabalho traduz-se em
desenvolver habilidades relacionadas à investigação. Trata-se de identificar
questões e problemas a serem resolvidos, estimular a observação, classificação e
organização dos fatos e fenômenos à nossa volta.
O avanço tecnológico muito contribuiu para o desenvolvimento, habilidades e
criatividade dos educandos pois o uso de vários recursos didáticos como DVD, livros
didáticos, internet, TV, Pendrive, tem sido muito importante para que os educandos
possam adquirir conhecimentos científicos.
Sendo assim ao prepararmos o nosso educando para o aprendizado de física
deve-se estimular os mesmos a acompanhar através da mídia as notícias científicas,
orientando-os para a identificação sobre o assunto que esta sendo trabalhado.
Devemos lançar mão da conversa coloquial para estimular debates
relacionados com situações do cotidiano e promover a reflexão sobre fenômenos
naturais, como forma de evidenciar que a Física não é uma ficção, mas uma
tentativa de explicar o funcionamento do universo.
A ciência surge na tentativa de decifrar o universo físico, a qual é determinada
pela necessidade humana de resolver problemas práticos e demandas materiais em
determinada época, logo, é história, e constitui visão de mundo.
Essa visão de mundo se expressa num modelo que busca representar o real
sob a forma de conceitos e definições, ao buscar descrever e explicar seus objetos
de estudos por leis universais, amparando em teorias aceitas por uma comunidade
científica, mediante rigoroso processo de validação em que se estabelece “uma
verdade” sobre o objeto.
É importante que o ensino de Física não deixe de lado a Filosofia da ciência,
especialmente baseada na História, pois a Filosofia apresenta elementos para
análise que permitem dialogar de forma mais enriquecedora com a natureza. Ela
contribui para repensar o ensino de física, o qual impõe uma reflexão a partir se suas
múltiplas faces: os sujeitos docentes e estudantes), os livros didáticos, os conteúdos
414
escolares, os processos de transmissão e avaliação, o contexto escolar os
laboratórios, a sociedade em que vivemos.
Contudo, é necessário reconhecer que a física, enquanto campo disciplinar
mantém relações com outras disciplinas. Os conceitos de outras disciplinas devem
ser utilizadas para o melhor entendimento de conhecimento físico ou contrário. Para
isso lançar mão de leitura, interpretação ou redação de textos científicos (ou não)
desde que observados a linguagem, conteúdos, o alunos a que se destina e o que
se pretende com a proposta da leitura.
Metodologias estas, que tem por objetivo uma aprendizagem significativa que
ocorre quando novas informações interagem com o conhecimento prévio e,
simultaneamente, os sujeitos adicionam, diferenciam, interagem, modificam,
integram, fazem descobertas, extrapolam situações do cotidiano, elaboram e
ampliam conceitos, enriquecendo o saber existente.
As práticas pedagógicas dar-se-ão através de experiencias demonstrativas de
conceitos e exemplos práticos envolvendo problemas do cotidiano com exposição
oral e escrita, apresentação de vídeos através da TV pendrive, resolução de
exercícios, como atividades individual ou em equipes, em classe ou extra-classe,
correção dos exercícios dados, com participação dos alunos e comentários e
explicações do professor sempre que necessário, trabalho em grupo para resolução
de exercícios de fixação, realização de pesquisa com revistas, jornais e internet para
complementação do conteúdo.
Com a implementação da Lei 10.639/03, Lei 13.385/01e a Lei 11.645/08 a
cultura Afro-brasileira e indígena bom como os Temas Transversais como Ética,
Cidadania, Identidade Étnico-racial, Família, Valores, dentre outros devem ser
abordados de maneira não descriminatória, que venha contribuir e valorizar a
importância para o processo de construção de identidade étnico e racial no Brasil.
Os desafios do milênio do protesto negro estão na capacidade de renovar seu discurso e prática política no sentido de ampliar sua base popular, agregando novas formas de organização, como os Pré-Vestibulares para Negros e Carentes, e milhões de brasileiros que aderiram a causa anti-racista.(Cadernos temáticos: Educando para as relações étnico-raciais p.22)
415
A educação ambiental propõe trazer a problemática que atinge nosso
cotidiano. Devemos sensibilizar e capacitar os alunos para uma tomada de
consciência e ações concretas que permitam sua integração com a comunidade e a
compreensão critica da complexidade do mundo contemporâneo.
... que a educação ambiental, no contexto mundial, afirma e reafirma a necessidade de se considerar as diversas dimensões, tornando-se visível a abordagem interdisciplinar e sistêmica que impera nesse novo saber ambiental. (Cadernos temáticos da diversidade Educação Ambiental p.17)
Avaliação
A avaliação deve servir como um elemento norteador do trabalho docente,
sendo que cada forma de avaliação apresenta características próprias que
compreendem possibilidades e limitações.
Esse processo contínuo serve para constatar o que está sendo construído e
assimilado pelo aluno e o que está em via de construção.
Cumpre também o papel de identificar dificuldades para que sejam
programadas atividades diversificadas de recuperação no decorrer do processo de
ensino/aprendizagem.
Avaliar é considerar a apropriação dos objetos da Física pelos alunos,
devendo ter um caráter diversificado e verificar aspectos tal como: a compreensão
dos conceitos físicos; a capacidade de análise de um texto seja ele literário ou
científico, para emitir uma opinião que leve em conta os conteúdos físicos; a
capacidade de elaborar um relatório sobre experimentos ou qualquer outro evento
que envolva a Física, considerando ainda: observação; registros, análise do
desempenho do aluno, considerando os dados obtidos; acompanhamento das
atividades, principalmente nas aulas de participação nas quais o aluno pergunta,
emite opiniões, levanta hipóteses, constrói novos conceitos e busca novas
informações.
As provas, os testes, e os trabalhos são instrumentos que devem ser
considerados como oportunidades para perceber os avanços ou dificuldades dos
416
alunos em relação ao conteúdo em questão. Sua formulação deve fundamentar-se
em, questões de compreensão e raciocínio, e não de memorização.
Entrevistas e conversas informais: é importante estabelecer canais de
comunicação entre professor e aluno para ouvir o que eles tem a dizer sobre o
processo de aprendizagem e perceber o que estão aprendendo.
A auto-avaliação, tanto do professor como do aluno é fundamental para a
formação de sujeitos autônomos e para a reflexão do que está sendo feito no
processo de ensino-aprendizagem.
Não obtendo os resultados esperados e os objetivos propostos, cabe ao
professor as retomadas e intervenções que será feita através de recuperações
contínua e paralelas, necessárias que garantam um bom aproveitamento e
aprendizagem dos alunos, visando seu crescimento.
417
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA ALVARENGA, Beatriz & MÁXIMO, Antônio. Física de Olho no mundo do trabalho, Volume único para o Ensino Médio, São Paulo Ed. Scipione, 2003. AMALDI, Ugo, Imagens da física, São Poulo, Scipione, 1995, Volume Único. ABRANTES, P. C. C. Newton e a Física Francesa no século XIX, In: Cad de História e Filosofia da Ciência, Série 2, 1(1): 5-31, p. 5-31, jan-jun, 1989. ARRUDA, Miguel A. T. & ANJOS, Ivan G. Física na escola atual. S. Paulo, Atual, 1993, 3v. BOCAFOLI, Francisco. Física. São Paulo, FTD, 1995. 3v. BONJORNO, José R.; BONJORNO,Regina A, BONJORNO, Valter; RAMOS, Márcio C. Temas de Física. São Paulo, FTD, 1997, 3v. CABRAL, Fernando & LAGO, Alexandre, Física. São Paulo, Harbra. 2002. 3v. LOPES, A.R. C. Conhecimento escolar: Ciência e Cotidiano. Rio de Janeiro: EDUERG, 1989. ROCHA, J. F. (Org.) Origem e Evolução das Ideias da Física. Salvador EDUFRA, 2002 BONJORNO, AZENHA REGINA {[ET AL]}. FÍSICA completa: volume único Ensino Médio segunda edição – São Paulo: FTD, 2001. DIRETRIZES CURRICULARES da Rede Pública de Educação Básica do Paraná de Física. CHAVES, A.Física Mecânica. Volume 1. Rio de Janeiro: Reich Mann e Afonso Editores, 2000 ª MENEZES, L.C. A matéria – Uma Aventura do Espirito: Fundamentos e Fronteiras do Conhecimento físico. São Paulo: Editora Livraria de Física, 2005. CADERNOS TEMÁTICOS DA DIVERSIDADE: Educação Ambiental/SEE. Superintendência da Educação. Departamento da Diversidade. Coodenação de Desafios Contemporâneos – Curitiba: SEED – PR., 2008. - 112p(Cadernos Temáticos da Diversidade, 1) CADERNOS TEMÁTICOS DA DIVERSIDADE: Educando para as Relações Étnico-Raciais II / Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios
418
Educacionais Contemporâneos. – Curitiba: SEED – Pr., 2008. - 208 p. - (Cadernos temáticos dos desafios educacionais contemporâneos, 5).
419
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FUNDAMENTOS
HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃOPARA O CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES
Apresentação
A educação se constitui num dos principais bens da humanidade. Por ela, as
gerações vão legando, umas às outras, as experiências, os conhecimentos, a cultura
acumulada ao longo da história, permitindo tanto o acesso ao saber sistematizado,
como a produção de bens necessários à satisfação das necessidades humanas.
Contudo, por ser histórica, a educação não se faz sempre da mesma forma em
todas as épocas e em todas as sociedades. Ela se faz de acordo com as condições
possíveis em cada momento do processo de desenvolvimento social, histórico,
cultural e econômico, ou seja, fazer educação pressupõe pensá-la e fazê-la numa
perspectiva político-pedagógica. Assim estudar os Fundamentos Históricos da
Educação significa compreender que a educação não é um trabalho que se executa
meramente no interior de uma sala de aula, de uma escola, limitado à relação
educador-educando. O ato pedagógico não é neutro: carrega implicações sociais,
está marcado pela prática de todos os envolvidos no processo educativo e é
mediado por relações sócio-históricas. A medida que as sociedades se tornaram
mais complexas e mais organizadas, são constantes as distorções da imagem do
homem. Tais distorções surgem quando começam a se definir certos papeis a
distribuição desigual do poder e da riqueza. A educação não é um processo isolado
dos demais, através do estudo da História da Educação, pode-se perceber que a
grande maioria da população esteve proibida de frequentar a escola, ou mesmo
quanto conseguiu ter acesso a ela, teve que enfrentar enormes dificuldades para
permanecer.
Ementa:
Conceitos de história e historiografia. História da Educação: recorte e
metodologia. Educação Clássica: Grécia e Roma. Educação Medieval.
Renascimento e Educação Humanista. Aspectos Educacionais da Reforma e Contra
Reforma. Educação brasileira no Período Colonial e Imperial: pedagogia
420
“tradicional”. Primeira República e Educação no Brasil (1889 – 1930): transição da
pedagogia tradicional à pedagogia “nova”. Educação no período de 1930 a 1982:
liberalismo econômico, escolanovismo e tecnicismo. Pedagogias não liberais no
Brasil: características e expoentes. Educação brasileira contemporânea: tendências
neoliberais, pós-modernas versus materialismo histórico. As universidades
brasileiras: ainda é Educação de poucos.
Objetivos:
1 - Compreender as concepções de história e a educação;
2 – Analisar a evolução da humanidade, destacando a importância da
educação formal e informal;
3 – Relacionar as teorias da educação com os fatos políticos, econômicos e
sociais de cada época, situando-se em um contexto geográfico;
4 – Compreender as contribuições dos grandes teóricos da educação e as
relações de trabalho e poder da época;
5 – Analisar as pedagogias dominantes e não dominantes.
Conteúdo:
1º Bimestre:
1 – A importância da história da educação;
homem como ser histórico;
A história da história;
A história da educação.
2 – Objeto de estudo da história;
fato pedagógico;
Teoria da Educação;
Política educativa.
421
3 – O método da história da Pedagogia.
4- A educação na antiguidade;
Primitivos;
Orientais;
Gregos e Romanos.
2º Bimestre:
1 – A educação medieval;
Cristã primitiva;
Monarquismo;
Restauração carolíngia do saber;
Escolástica;
Universidades;
A cavalaria;
fim da Idade Média
2 – A educação moderna;
Renascimento;
Pedagogia humanista;
Realismo;
Iluminismo.
3º Bimestre:
1 – Educação moderna;
Os jesuítas no Brasil;
império e a formação da elite;
Escola Nova;
422
A educação popular.
4º Bimestre:
Educação contemporânea;
A ditadura militar;
tecnicismo;
Abertura política e a pedagogia de Paulo Freire;
Tendências pedagógicas na educação nacional;
Parâmetros Curriculares Nacionais.
Metodologia de trabalho
As atividades metodológicas desenvolvidas serão combinadas, de
forma simultânea ou sequencial, oferecendo ao aluno a oportunidade de perceber e
analisar o assunto sob diversos ângulos, de forma que o aluno se aproprie dos
conhecimentos propostos e/ou apresente suas pesquisas e demais atividades
pedagógicas.
As aulas poderão ser ministradas através de:
Aulas expositivas;
Produção e análise de textos em sala de aula
Seminários
Produções de resenhas
Dinâmicas de grupo (grupo-turma); trabalhos e discussões em dupla e
em pequeno grupo, oficinas, apresentação de vídeos e slides.
Subsídios para o professor projetar a ação pedagógica e trabalhar com
textos, jogos e atividades.
Aspectos relevantes para reflexão sobre a prática pedagógica.
Avaliação
423
Atendidos os critérios exigidos no Regimento Escolar e no PPP, é
considerado aprovado o aluno que obtiver média final, igual ou superior a 6,0 (seis)
na Disciplina e frequência mínima de 75%.
A avaliação está colocada a serviço da aprendizagem dos alunos, de modo
que permeia o conjunto de todas as ações pedagógicas.
Será realizada em função dos objetivos propostos, através da apresentação
das atividades solicitadas e da participação em todas as propostas de trabalho. A
avaliação será formativa, também chamada contínua, acontecerá durante todo o
processo de ensino-aprendizagem. Serão aplicadas provas com questões subjetivas
e/ou objetivas;. Sendo avaliados no decorrer do processo: trabalhos, atividades
variadas (Debates; Trabalhos em grupo; Dissertação sobre temas em estudo;
Entrevista; pesquisa; Resumo, etc) e a participação dos alunos durante as aulas.
Sempre considerando os aspectos cognitivos, afetivos e relacionais dos alunos. A
avaliação não terá caráter seletivo ou classificatório, fundamentar-se-á em
aprendizagens significativas e funcionais passíveis de serem atualizadas e aplicadas
em diversos contextos. Todos os alunos que não se apropriarem do mínimo
necessário terão oportunidade de revisão dos conteúdos trabalhados e fazer novas
atividades avaliativas em prazo estipulado.
424
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ARANHA, Maria Lucia de Arruda. História da Educação. São Paulo: Moderna, 1989. CURITIBA, SEED. Proposta de Reformulação Curricular do Curso de Formação de Professores da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Dez, 2003. GAL, Roger. História da Educação. Lisboa, Veja, 1976. GILES, Thomas Ransom. História da Educação. São Paulo: EPU, 1987. LARROYO, Francisco. História Geral da Pedagogia. São Paulo: Mestre jou, 1982. vol I-II. MANACORDA, Mário Alighiero. Marx e a pedagogia moderna. São Paulo: Cortez, 1991. MENEZES, João Gualberto de Carvalho. Estrutura e Funcionamento da Educação Básica. São Paulo: Pioneira, 2001. PILETTI, Claudino; PILETTI, Nelson. Filosofia e História da Educação. São Paulo, Cortez, 1994. SILVA, Ezequiel Theodoro da. Magistério e Mediocridade. São Paulo, Cortez, 1994. TOBIAS, José Antonio. História da Educação Brasileira.São Paulo: Ed. Juriscredi, s.d.
425
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE PRÁTICA DE
ENSINO – ESTÁGIO SUPERVISIONADO PARA O CURSO DE FORMAÇÃO DE
DOCENTES
Apresentação
Desenvolver um estudo com uma rigorosidade científica e amorosa no campo
da formação de professores requer a capacidade de, diante dos inúmeros
fenômenos que se nos apresentam, fazer uma opção e debruçar-se sobre ela com o
objetivo de compreendê-la. Contudo, tal compreensão deve ser buscada no sentido
de ultrapassar as dimensões da pura constatação dos limites e caminhar na direção
de comprometimentos com processos de superações e transformações que
favoreçam novas possibilidades e novas trajetórias.
O Parecer número 21, de 2001, do Conselho Nacional de Educação, define o
Estágio Curricular como um
“tempo de aprendizagem que, através de um período de permanência, alguém se demora em algum lugar ou ofício para aprender a prática do mesmo e depois poder exercer uma profissão ou ofício. Assim o estágio supõe uma relação pedagógica entre alguém que já é um profissional reconhecido em um ambiente institucional de trabalho e um aluno estagiário [...] é o momento de efetivar um processo de ensino/aprendizagem que, tornar-se-á concreto e autônomo quando da profissionalização deste estagiário.”
Compreender o Estágio Curricular como um tempo destinado a um processo
de ensino e de aprendizagem é reconhecer que, apesar da formação oferecida em
sala de aula ser fundamental, só ela não é suficiente para preparar os alunos para o
pleno exercício de sua profissão. Faz-se necessária a inserção na realidade do
cotidiano escolar. O que é proporcionado pelo estágio.
Pimenta (2001, p. 21) afirma que o “estágio e disciplinas compõem o currículo
de um curso”. Contudo, o estágio é o espaço/tempo no currículo de formação
destinado às atividades que devem ser realizadas pelos discentes nos futuros
campos de atuação profissional, onde os alunos devem fazer a leitura da realidade,
o que exige competências para “saber observar, descrever, registrar, interpretar e
426
problematizar e, consequentemente, propor alternativas de intervenção” (Pimenta,
2001, p. 76) e de superação.
Esse movimento, construído nas aulas, longe de tentar resolver os problemas
que envolvem o cotidiano da sala de aula onde os alunos estagiam, quer
compreender o processo de ensino e de aprendizagem que aí se efetiva e que é
mediado pela atividade docente.
Alguns elementos se tornam perceptíveis durante a pesquisa: a prática de
uma leitura mais aprofundada sobre os conteúdos discutidos; o exercício da reflexão
marcada por questionamentos que intencionam a compreensão dos fenômenos
vivenciados em sala de aula; o estabelecimento de relações entre o que vivenciam
no estágio e os conteúdos das demais disciplinas do curso.
Conteudos estruturantes
- Sentidos e significados do trabalho docente;
- Pluralidade cultural, as diversidades, as desigualdades e a educação;
- Condicionantes da infância e da família no Brasil e a organização da
educação;
- A ação docente e as práticas pedagógicas e a formulação da didática na
Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental;
- Fundamentos teórico-metodológicos da pesquisa.
Objetivos
Proporcionar de modo simples e direto, a realização das atividades de
estágio em experiência produtiva;
Proporcionar ao aluno estagiário a oportunidade de entrar em contato
com o campo profissional, adquirindo habilidades que o qualifica para o
exercício da futura profissão, sendo o Estágio Supervisionado parte
indissociável da formação do docente, representando um momento
privilegiado do processo ensino-aprendizagem, constituindo-se num
427
importante instrumento de integração entre teoria, prática e formação
profissional.
Proporcionar ao futuro educador a aprendizagem teórico-metodológica,
visando o desenvolvimento do seu processo de formação profissional;
Possibilitar a aquisição de maior conhecimento e experiência no campo
profissional;
Promover a integração entre esta instituição de ensino e as instituições
concedentes;
Assegurar a formação básica geral e comum, a compreensão da
gestão pedagógica no âmbito da educação escolar contextualizada;
Instrumentalizar o aluno para a produção de conhecimentos a partir de
reflexão sistemática sobre a prática;
Conteúdos
1ª SÉRIE:
CARGA HORÁRIA: 50 HORAS
- Orientações gerais para as atividades de Estágio Supervisionado;
- Proposta Pedagógica do Curso Normal;
- Referencial teórico relacionado à proposta da disciplina de Estágio
Supervisionado;
- Leituras interativas de Atos Normativos e Deliberações;
- Filmes educativos;
- Observações do Trabalho Docente;
- Leitura de livros didáticos e paradidáticos;
- LDB – Lei de Diretrizes e Base da Educação Brasileira;
- ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente;
- Observações e acompanhamento das atividades do Trabalho Docente no 1º
ciclo;
- Leitura de livros didáticos e paradidáticos;
- Eixos / Pilares temáticos da Secretaria Municipal de Educação;
- Propostas de adequação curricular;
428
- Normas para apresentação de trabalhos;
- Estudo de recortes de filmes: - Escola da desordem;
- Ao Mestre com carinho;
- A creche do papai;
- Adorável professor;
- Estudo de textos: - Bom professor;
- Inteligências Múltiplas;
- Amamos as Máquinas e usamos as pessoas;
- Inutilidades da infância;
- Limites sem traumas;
- Aprender é como comer;
- Dificuldades de aprendizagem;
- Indisciplina na sala de aula.
- Tecnologia educacional: oficinas: confecção de recursos didáticos e
tecnológicos:
- cartazes, mural, desenhos, cartaz de pregas;
- mimeógrafo, álbum seriado, flanelógrafo, varal didático;
- transparências, retroprojetor, data-show;
- comunicação gráfica, material multimídia.
TEXTOS COMPLEMENTARES:
Escolas alegres que funcionam;
A emoção com catalisador do processo ensino aprendizagem;
Decálogo do Bom Professor;
A formação do profissional refletindo sobre o currículo.
2ª SÉRIE:
CARGA HORÁRIA: 50 HORAS
- Orientações gerais para as atividades de Estágio Supervisionado;
- Caderno pedagógico Educação Especial da Secretaria Municipal de
Educação;
429
- Condutas Típicas;
- Deficiência Física;
- Deficiência Auditiva;
- Deficiência Mental;
- Deficiência Visual;
- Caderno Pedagógico sobre os CMEIs da Secretaria Municipal da Educação;
- Observações e acompanhamento das atividades do Trabalho Docente no 1º
e 2º ciclo;
- Participação e acompanhamento na APAE e CMEIs;
- Estudo de recortes de filmes: - Patch Adams;
- Meu filho, minha vida;
- Meu nome é rádio;
- Meu pé esquerdo;
- Oitavo dia;
- O piano;
- Yankee Zulu;
- Gênio indomável;
- Nycky and Gino.
- Estudo de textos: - Educação de campo, Educação indígena, Educação
Especial e Educação de Jovens e Adultos;
- Ensino Fundamental de 9 anos;
- Projeto gincana: brincando e aprendendo;
- O cotidiano das creches;
- Decoreba: a indigestão da aprendizagem ;
- O discurso de Paulo Freire;
- O método de Paulo Freire e avaliação;
- Dificuldades de aprendizagem.
- Tecnologia educacional: oficinas:
- confecção de materiais de Educação Especial (para doação para Sala de
Recursos);
430
TEXTOS COMPLEMENTARES:
Qual a responsabilidade da escola no sucesso escolar?;
Convivendo com a diversidade;
Repassando a ecologia na sala de aula;
Cuidar da Saúde e do ambiente;
Cuidar da terra, um compromisso de fé;
Cuidar da terra, um compromisso de todos;
3ª SÉRIE:
CARGA HORÁRIA: 50 HORAS
- Orientações gerais para as atividades de Estágio Supervisionado;
- Participação e acompanhamento nas atividades do 2º e 3º ciclos;
- Direção de classe;
- Elaboração e execução de planejamentos em mini-aulas e ações docentes;
- Estudo de recortes de filmes: - Vida de Insetos;
- Meu mestre, minha vida;
- O clube do imperador;
- Vem dançar;
- A escola da vida;
- Estudo de textos: - Processo de construção da leitura e da escrita sob a
ótica da criança;
- A formação do professor;
- Como melhorar a comunicação entre professores e
alunos;
- Ética e prática educativa;
- Tecnologia educacional: oficinas:
- confecção de materiais para as mini-aulas e direção de classe;
TEXTOS COMPLEMENTARES:
Música na escola;
Os estudantes e o trânsito;
431
Um “trem bão” chamado interdisciplinariedade;
Educação transdisciplinar.
4ª SÉRIE:
CARGA HORÁRIA: 50 HORAS
- Orientações gerais para as atividades de Estágio Supervisionado;
- Observações e participação do trabalho docente;
- Elaboração e execução de planejamentos em mini-aulas e ações docentes;
- Participação e acompanhamento nas atividades do 3º e 4º ciclos;
- Direção de classe;
- Elaboração e execução de planejamentos em mini-aulas e ações docentes;
- Pesquisa: internet e mapas conceituais;
- Cine-fórum: - TV Escola;
- TV Paulo Freire;
- Mídias (Rádio e TV aberta);
- Estudo de textos: - Planejamento educacional e planos de aulas;
- Da reflexão na essência da ação a uma prática reflexiva;
- Tecnologia educacional: oficinas:
- confecção de materiais para as mini-aulas e direção de classe;
TEXTOS COMPLEMENTARES:
A superação da desigualdade social pela educação;
Como lidar com as mentiras das crianças;
Namorar na escola;
O que se ensina e por que se ensina;
Que desenvolvimento precisamos para sobreviver;
Um projeto de leitura na escola;
Violência na escola: a violência da sociedade e do sistema.
Metodologia
432
Atendidos os critérios exigidos no Regimento Escolar, é considerado
aprovado o aluno que obtiver média final, igual ou superior a 6,0 (seis) na Disciplina
de estágio Curricular Supervisionado e tenha 100% de frequência;
A entrega da documentação exigida (ficha de controle de carga horária,
anexos, relatórios dentre outros exigidos pelo professor de estágio) é requisito
imprescindível para a aprovação na disciplina de Estágio Curricular Supervisionado.
A avaliação final do estagiário será expressa em nota emitida pelo professor
de estágio, baseando-se em todas as atividades desenvolvidas pelo aluno, tias
como:
- Avaliação cooperativa e auto-avaliação;
- Provas bimestrais;
- Avaliação de portfólio;
- Avaliação de mini-aulas e prática docente.
Avaliação
Atendidos os critérios exigidos no Regimento Escolar, é considerado
aprovado o aluno que obtiver média final, igual ou superior a 6,0 (seis) na Disciplina
de Estágio Curricular Supervisionado e tenha 100% de frequência;
A entrega da documentação exigida (ficha de controle de carga horária,
anexos, relatórios dentre outros exigidos pelo professor de estágio) é requisito
imprescindível para a aprovação na disciplina de Estágio Curricular
Supervisionado.
A avaliação final do estagiário será expressa em nota emitida pelo professor
de estágio, baseando-se em todas as atividades desenvolvidas pelo aluno, tias
como:
- Avaliação cooperativa e auto-avaliação;
- Provas bimestrais;
- Avaliação de portfólio;
- Avaliação de mini-aulas e prática docente.
433
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
PARANÁ, SEED. DESG. Proposta Curricular do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na modalidade Normal, Curitiba, 2003. PARANÁ, SEED. DESG. Proposta Curricular do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na modalidade Normal, Curitiba, 2006. CEWK. Plano de Estágio Supervisionado. Telêmaco Borba, 2004. BEHRENS, Marilda Aparecida. O Estágio Supervisionado de Prática de Ensino: Uma proposta coletiva de reconstrução. Dissertação de Mestrado. PUC/SP. 1991. BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Parecer CNE/CP 009/2001. Brasília, DF, maio de 2001. BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Parecer CNE/CP 21/2001. CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. 5 ed. São Paulo: Cortez, 2001. FAVERO, Maria de Lurdes. Universidade e Estágio Curricular: Subsídios para discussão. IN: ALVES, Nilda (org.). Formação de professores: pensar e fazer. 7 ed. São Paulo: Cortez, 2002. PIMENTA, Selma Garrido. O Estágio na Formação de Professores: Unidade Teoria e Prática? 4ª ed. São Paulo: Cortez, 2001. UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA - UNIVAP/INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO/ISE, Projeto Pedagógico do Curso Normal superior: Formação de docentes para as séries iniciais. São José dos Campos, SP: ISE, 2002.
434
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE TRABALHO
PEDAGOGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA O CURSO DE FORMAÇÃO DE
DOCENTES
Apresentação
A Educação Infantil surgiu quando as mulheres precisaram buscar seu espaço
no mercado de trabalho. Por isso, a educação das crianças de 0 a 6 anos
desempenha um importante papel social. Winnicott aponta um caminho quando
afirma que a Educação Infantil seria melhor considerada uma “ampliação para cima
da família”, o autor pretende apontar para o fato de que, ao entrar na escola, a
criança não deixa de lado a vida afetiva (centrada sobretudo na mãe) que vivia no
lar. Ao contrário, ela está ali para ampliá-la, relacionando-se com os educadores e
com outras crianças, de diversas idades, com valores culturais e familiares
diferentes dos seus. É importante, também, ressaltar que qualquer aprendizagem
está intimamente ligada à vida afetiva. Por tanto não cabe à escola minimizar esta
vida afetiva, mas sim ampliá-la, criando um ambiente sócio-afetivo saudável para a
criança na escola. O fundamental para as crianças menores de seis anos é que elas
se sintam importantes, livres e queridas.” (LISBOA, 2001). Entretanto, a Educação
Infantil não se restringe ao aspecto social e afetivo, embora eles sejam de
fundamental importância para garantir as demais aprendizagens.
Entendemos que a organização do trabalho pedagógico na Educação Infantil
deve ser orientada pelo princípio básico de procurar proporcionar, à criança, o
desenvolvimento da autonomia, isto é, a capacidade de construir as suas próprias
regras e meios de ação, que sejam flexíveis e possam ser negociadas com outras
pessoas, sejam eles adultos ou crianças. Obviamente, esta construção não se
esgota no período dos 0 aos 6 anos de idade, devido às próprias características do
desenvolvimento infantil. Mas tal construção necessita ser iniciada na Educação
Infantil.
Deste modo, a disciplina de Trabalho Pedagógico na Educação Infantil visa,
entre outros objetivos, proporcionar ao aluno a pesquisa e conhecimento sobre o
435
desenvolvimento infantil a fim de poder orientar a organização de atividades onde a
criança possa experimentar situações as mais diversas, que possam lhe
proporcionar um melhor desenvolvimento.
Ementa
1- Os processos de desenvolvimento, aprendizagem e desenvolvimento
integral da criança de zero a seis anos de idade – afetividade, corporeidade,
sexualidade;
2 – Concepção de desenvolvimento humano como processo recíproco e
conjunto: o papel das interações (adulto/criança e criança/criança);
3- Articulação cuidado/educação;
4- Concepções de tempo e espaço nas instituições de Educação Infantil;
5- O jogo, o brinquedo e a brincadeira na Educação Infantil;
6- Linguagem, interações e constituição da subjetividade da criança;
7- Relações entre família e instituição de Educação Infantil;
8- A educação inclusiva na Educação Infantil;
9- O trabalho pedagógico na Educação Infantil: concepção de educação,
planejamento, organização curricular, gestão e avaliação;
10- Relações entre o público e privado;
11- Gestão democrática, autonomia e descentralização;
436
12- Políticas públicas e financiamento da Educação Infantil e suas implicações
para a organização do trabalho pedagógico;
13- Propostas pedagógicas para a Educação Infantil;
14- Legislação e demais documentos normativos e documentos de apoio, de
âmbito federal (MEC E CNE), estadual (SEED E CEE) e local ( sistemas municipais),
para a organização do trabalho na Educação infantil: contexto de elaboração,
interpretação e implicações para as instituições.
Objetivo
- Garantir o domínio e conceitos necessários para atuar na promoção da
aprendizagem e do desenvolvimento das crianças, reconhecendo como elas
constroem o conhecimento sobre si e sobre os que os cerca.
Conteúdos
2ª SÉRIE (2 aulas)
1- Natureza e especificidade do trabalho pedagógico;
1.1. – Breve histórico da Educação Infantil;
1.2. - A instituição de Educação Infantil: articulação cuidado/educação;
2- Particularidades dos processos educativos na Educação Infantil;
• - Organização curricular;
2.2.- Articulação entre cuidar e educar;
• - Organização do tempo e do espaço;
• - Planejamento;
• - Observação, registro e avaliação formativa;
437
3- O jogo, o brinquedo e a brincadeira na Educação Infantil;
1. – Brincar: um jeito especial de aprender;
2. - Brincar na escola;
3. - Diferença entre brincadeira e jogo.
4- Os processos de desenvolvimento, aprendizagem e formação integral da
criança de zero a seis anos;
4.1 – Afetividade, corporeidade e sexualidade;
4.2 - Estimulação precoce;
4.3 - Linguagens;
4.4 - Recursos de aprendizagem: imitação, brincadeira, oposição,
linguagem e linguagem corporal;
4.5 - O papel da interação no desenvolvimento da criança na construção
do conhecimento;
4.6 - A interação dos vários aspectos do desenvolvimento da organização
da personalidade;
4.7 - Interação família e instituição;
4.8 - A educação inclusiva na Educação Infantil.
3ª SÉRIE (2 Aulas)
1- Propostas pedagógicas para a Educação Infantil;
2- Organização do trabalho pedagógico da Educação Infantil no município de
Telêmaco Borba;
3- Financiamento da Educação Infantil no Brasil;
– A política de educação pré-escolar no Brasil;
- Origem e destino das fontes de recurso;
438
4- Políticas públicas para a Educação Infantil;
Implicações para a organização do trabalho pedagogico;
FUNDEB e FUNDEF;
5- Análise do Referencial Curricular Nacional e das Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Infantil;
6- A Educação Infantil e a Legislação Federal e Estadual;
Contexto de sua elaboração, interpretações possíveis dos textos
legais;
Implicações para os Centros de Educação Infantil;
7- Gestão Democrática;
Pressupostos da gestão democrática;
Autonomia e programas de descentralização.
Metodologia
As atividades metodológicas desenvolvidas serão combinadas, de forma
simultânea ou sequencial, oferecendo ao aluno a oportunidade de perceber e
analisar o assunto sob diversos ângulos, de forma que o aluno se aproprie dos
conhecimentos propostos e/ou apresente suas pesquisas e demais atividades
pedagógicas.
Os procedimentos metodológicos serão desenvolvidos através de:
- Aulas expositivas;
- Aulas interativas;
- Leituras comentadas;
- Produção coletiva;
- Produção escrita e análise de textos em sala de aula;
- Seminários;
- Debates;
- Pesquisas;
439
- Produções de resenhas;
- Confecção de cartazes;
- Apresentação de trabalhos desenvolvidos pelos alunos;
- Análise de filmes;
- Dinâmicas de grupo (grupo-turma); trabalhos e discussões em dupla e em
pequeno grupo, oficinas, apresentação de vídeos e slides.
- Subsídios para o professor projetar a ação pedagógica e trabalhar com
textos, jogos e atividades.
- Aspectos relevantes para reflexão sobre a prática pedagógica.
Avaliação
Atendidos os critérios exigidos no Regimento Escolar e no PPP, é
considerado aprovado o aluno que obtiver média final, igual ou superior a 6,0 (seis)
na Disciplina e frequência mínima de 75%.
A avaliação está colocada a serviço da aprendizagem dos alunos, de modo
que permeia o conjunto de todas as ações pedagógicas.
Será realizada em função dos objetivos propostos, através da apresentação
das atividades solicitadas e da participação em todas as propostas de trabalho. A
avaliação será formativa, também chamada contínua, acontecerá durante todo o
processo de ensino-aprendizagem. Serão aplicadas provas com questões subjetivas
e/ou objetivas;. Sendo avaliados no decorrer do processo: trabalhos, atividades
variadas ( Debates; Trabalhos em grupo; Dissertação sobre temas em estudo;
Entrevista; pesquisa; Resumo, etc) e a participação dos alunos durante as aulas.
Sempre considerando os aspectos cognitivos, afetivos e relacionais dos alunos. A
avaliação não terá caráter seletivo ou classificatório, fundamentar-se-á em
aprendizagens significativas e funcionais passíveis de serem atualizadas e aplicadas
em diversos contextos. Todos os alunos que não se apropriarem do mínimo
necessário terão oportunidade de revisão dos conteúdos trabalhados e fazer novas
atividades avaliativas em prazo estipulado.
440
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
ANTUNES, Celso. Educação Infantil: prioridade imprescindível. Rio de Janeiro: Vozes, 2004. BRASIL MEC/SEF/DPE/COEDI (1998) Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, Brasília. BRASIL (1996) LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília. GARCIA, Regina Leite. Revisitando a pré-escola. 6ª edição. São Paulo, Cortez, 2005. KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 2005. KRAMER, Sônia. A política do pré-escolar no Brasil. São Paulo: Cortez, 2003. MALUF, Ângela Cristina Munhoz. Brincar: prazer e aprendizado. Rio de Janeiro: Vozes, 2003. OLIVEIRA, Zilma M. Ramos de. A criança e seu desenvolvimento: São Paulo: Cortez, 2000. PARANÁ, SEED. Proposta Curricular do curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na modalidade Normal, Curitiba, 2006. SANTOS, Santa Marli Pires dos. Brinquedo e infância. Rio de Janeiro: Vozes,1999.
441
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FUNDAMENTOS
PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO PARA O CURSO DE FORMAÇÃO DE
DOCENTES
Apresentação
A psicologia encontra-se como uma das disciplinas que precisa ajudar o
professor a desenvolver conhecimentos e habilidades, além de competências,
atitudes e valores que o possibilite ir construindo seus saberes-fazeres docentes a
partir das necessidades e desafios que o ensino, como prática social, lhes coloca no
cotidiano. Dessa forma, poderá contribuir para que o professor desenvolva a
capacidade de investigar a própria atividade, para, a partir dela, constituir e
transformar os seus saberes-fazeres docentes, num processo contínuo de
construção de sua identidade como professor.
Mitjáns Martínez (2003) sinaliza que o conhecimento psicológico e a teoria e
prática educativas não podem ser consideradas em uma única direção. O
conhecimento psicológico contribui para melhorar a compreensão e a explicação dos
fenômenos educativos, porém o seu estudo deve facilitar igualmente a ampliação e o
aprofundamento do conhecimento psicológico. Nessa perspectiva, o fenômeno
educativo deixa de ser exclusivamente um campo de aplicação do conhecimento
psicológico para chegar a ser um âmbito da atividade humana a ser estudado com
os instrumentos conceituais e metodológicos próprios da Psicologia.
Nessa perspectiva, a psicologia precisa ser ensinada nos cursos de formação
de professores de maneira que supere uma apresentação de um conjunto de teorias
e conceitos desvinculados dos problemas reais da atividade pedagógica, o que não
auxilia o professor no desenvolvimento da motivação necessária para buscar os
conhecimentos e incorporá-los criativamente em sua prática pedagógica. Pereira,
Almeida e Azzi (2002) discutem sobre o tema e afirmam que a construção de
conhecimentos teóricos só é possível através dos conhecimentos práticos. A teoria
contribui para a experiência vivida na medida em que passa a ajudar no
esclarecimento da situação onde se desenvolve. Assim, a teoria contribui para a
442
interpretação de dados que emergem da realidade e que podem ser reforçados ou
transformados.
Com isso, as disciplinas psicológicas nos cursos de formação docente
representam um eixo importante na formação do professor e, como tal, devem partir
das questões educacionais, tornando-as objeto de investigação, e analisá-los nas
perspectivas dos conteúdos e métodos psicológicos, com foco no retorno ao ponto
de partida que é, afinal, a prática educativa. Tais disciplinas devem reunir psicologia
e educação em unidades dialéticas de ação e reflexão que personificar-se-ão nas
decisões do professor para favorecer e direcionar o desenvolvimento e a
aprendizagem do aluno. Traduzir-se-á em atividade concreta e inteligente do
professor permitindo e impulsionando a relação teoria e prática.
Ementa
Introdução ao Estudo da psicologia; Introdução à Psicologia da Educação;
Principais teorias psicológicas que influenciaram e influenciam a psicologia
Contemporânea: Skinner e a Psicologia Comportamental; Psicanálise e Educação, o
Sócio-construtivismo: Piaget, Vigotsky, Wallon; Psicologia do Desenvolvimento da
Criança e do Adolescente; Desenvolvimento da criança e do adolescente;
Desenvolvimento humano e sua relação com a aprendizagem, a linguagem , os
aspectos sociais, culturais e afetivos da criança e a cognição.
Objetivos
- Conhecer as mais importantes teorias psicológicas do desenvolvimento e de
aprendizagem;
- Promover a apropriação da experiência acumulada pela sociedade;
- Viabilizar uma reflexão que conduza as novas alternativas para a prática
pedagógica, visando o pleno desenvolvimento do educando, respeitando suas
características psicológicas e sócio-culturais;
443
- Possibilitar uma compreensão das mudanças que ocorrem na vida do
indivíduo permeadas pelo contexto social, político e econômico;
- Promover uma formação crítica e autônoma para atender as demandas
familiares e as questões relativas às de aprendizagem.
Conteúdos
1º Bimestre:
- Introdução ao estudo da Psicologia;
- Introdução à Psicologia da Educação;
- Principais teorias psicológicas que influenciaram e influenciam a psicologia
contemporânea: Skinner e a Psicologia Comportamental;
- Psicanálise e Educação;
2º Bimestre:
- O sócio-construtivismo: Piaget, Vigotski e Wallon.
- Psicologia do desenvolvimento da criança e do adolescente
- Desenvolvimento da criança e do adolescente;
3º Bimestre:
- Desenvolvimento humano e sua relação com a aprendizagem.
4º Bimestre:
- Desenvolvimento da linguagem – aspectos sociais, culturais e afetivos da
criança;
- Desenvolvimento cognitivo.
Metodologia
444
As atividades metodológicas desenvolvidas serão combinadas, de forma
simultânea ou sequencial, oferecendo ao aluno a oportunidade de perceber e
analisar o assunto sob diversos ângulos, de forma que o aluno se aproprie dos
conhecimentos propostos e/ou apresente suas pesquisas e demais atividades
pedagógicas.
Os procedimentos metodológicos serão desenvolvidos através de:
- Aulas expositivas;
- Aulas interativas;
- Leituras comentadas;
- Produção coletiva;
- Produção escrita e análise de textos em sala de aula;
- Seminários;
- Debates;
- Pesquisas;
- Produções de resenhas;
- Confecção de cartazes;
- Apresentação de trabalhos desenvolvidos pelos alunos;
- Análise de filmes;
- Dinâmicas de grupo (grupo-turma); trabalhos e discussões em dupla e em
pequeno grupo, oficinas, apresentação de vídeos e slides.
- Subsídios para o professor projetar a ação pedagógica e trabalhar com
textos, jogos e atividades.
Aspectos relevantes para reflexão sobre a prática pedagógica.
Avaliação
Atendidos os critérios exigidos no Regimento Escolar e no PPP, é
considerado aprovado o aluno que obtiver média final, igual ou superior a 6,0 (seis)
na Disciplina e frequência mínima de 75%.
445
A avaliação está colocada a serviço da aprendizagem dos alunos, de modo
que permeia o conjunto de todas as ações pedagógicas.
Será realizada em função dos objetivos propostos, através da apresentação
das atividades solicitadas e da participação em todas as propostas de trabalho. A
avaliação será formativa, também chamada contínua, acontecerá durante todo o
processo de ensino-aprendizagem. Serão aplicadas provas com questões subjetivas
e/ou objetivas;. Sendo avaliados no decorrer do processo: trabalhos, atividades
variadas ( Debates; Trabalhos em grupo; Dissertação sobre temas em estudo;
Entrevista; pesquisa; Resumo, Seminários etc) e a participação dos alunos durante
as aulas. Sempre considerando os aspectos cognitivos, afetivos e relacionais dos
alunos. A avaliação não terá caráter seletivo ou classificatório, fundamentar-se-á em
aprendizagens significativas e funcionais passíveis de serem atualizadas e aplicadas
em diversos contextos. Todos os alunos que não se apropriarem do mínimo
necessário terão oportunidade de revisão dos conteúdos trabalhados e fazer novas
atividades avaliativas em prazo estipulado.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
DAVIS, Claudia; OLIVEIRA, Zilma. Psicologia na Educação. São Paulo: Cortez, 1994. 2 ed. MOREIRA, Paulo Roberto. Psicologia de Educação – Interação e individualidade. São Paulo: FTD, 1994. PARANÁ, SEED. Proposta Curricular do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na modalidade Normal, Curitiba, 2006.
447
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FUNDAMENTOS
HISTÓRICOS E POLÍTICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA O CURSO DE
FORMAÇÃO DE DOCENTES
Apresentação
Na última década do século XX, o discurso sobre a qualidade da educação
ocupou um espaço significativo no debate educacional e direcionou políticas
implantadas no quadro das reformas educacionais em vários países. No que se
refere à Educação Infantil, a origem do debate sobre a qualidade foi marcada pela
abordagem psicológica e consequentes definições de políticas públicas de
atendimento a este nível de ensino.
A formação do profissional para atuar na educação infantil constitui-se
em uma das metas dessas políticas. Daí a urgência de disciplinas nos cursos de
formação que contemplem essa necessidade. A disciplina Fundamentos Históricos e
Políticos da Educação Infantil propõe aos educandos analisar a Educação Infantil no
Brasil nos seus aspectos históricos e políticos, associando-os às condições
concretas de sua efetivação.
Ementa
Contexto sociopolítico e econômico em que emerge e se processa a
educação infantil e seus aspectos constitutivos (sócio-demográficos, econômicos e
culturais). Concepções de Infância: contribuições das diferentes ciências – História,
Psicologia, Filosofia, Antropologia e Sociologia. Infância e Sociedade. Infância e
Cultura. Infância e família. História do atendimento à criança brasileira: políticas
assistenciais e educacionais para a criança de zero a cinco anos . O momento
histórico da Educação Infantil : no mundo, no país, no estado e no município.
Perspectiva histórica do profissional de educação infantil no Brasil. As crianças e
suas famílias: diversidade. Políticas atuais: legislação e financiamento.
448
Objetivos
1 – Analisar as diferentes concepções de Infância;
2 – Refletir sobre o conceito de Educação Infantil;
3 – Conscientizar os alunos do Curso de Formação de Docentes que a
criança é cidadão com direitos, inclusive de ter identidade própria e de que a infância
é um período de desenvolvimento sob todos os aspectos;
4 – Elaborar um estudo em torno das políticas públicas para a Educação
Infantil e das Legislações (federal e estadual) bem como fazer uma análise crítica do
Referencial Curricular Nacional (MEC) e das Diretrizes Curriculares Nacionais (CNE)
para a Educação Infantil.
5 – Entender a necessidade e a motivação do surgimento da Educação Pré-
Escolar;
6 – Relacionar as teorias e concepções de Educação Infantil com a prática.
7 - Compreender os processos de desenvolvimento na formação integral da
criança.
8 – Identificar as influências de outras ciências e disciplinas na formação do
professor de Educação Infantil;
9 – Analisar a evolução das legislações voltadas à Educação Infantil;
10 – Compreender e conhecer o momento histórico da Educação Infantil
Comparando as diferentes realidades: no mundo, no Brasil, no Paraná e em nossa
cidade;
11 - Analisar as políticas públicas, atuais voltadas à Educação infantil.
Conteúdos
1 – Concepções de Infância;
2 – História do atendimento à criança brasileira;
3 – Educação Infantil e cidadania;
4 – Contribuições de História, Psicologia, Sociologia, Antropologia e Filosofia.
449
5 – Infância e cultura;
6 – A formação integral da criança;
7 – A Educação Infantil no mundo, no Brasil, no Paraná e em Telêmaco
Borba.
8 – O cuidador e o educador;
9 – O profissional de Educação Infantil no Brasil: conquistas e desafios.
10 - História, legislação e Políticas Públicas;
11 – FUNDEB.
Metodologia
As atividades metodológicas desenvolvidas serão combinadas, de forma
simultânea ou sequencial, oferecendo ao aluno a oportunidade de perceber e
analisar o assunto sob diversos ângulos, de forma que o aluno se aproprie dos
conhecimentos propostos e/ou apresente suas pesquisas e demais atividades
pedagógicas.
Os procedimentos metodológicos serão desenvolvidos através de:
- Aulas expositivas;
- Aulas interativas;
- Leituras comentadas;
- Produção coletiva;
- Produção escrita e análise de textos em sala de aula;
- Seminários;
- Debates;
- Pesquisas;
- Produções de resenhas;
- Confecção de cartazes;
- Apresentação de trabalhos desenvolvidos pelos alunos;
- Análise de filmes;
450
- Dinâmicas de grupo (grupo-turma); trabalhos e discussões em dupla e em
pequeno grupo, oficinas, apresentação de vídeos e slides.
- Subsídios para o professor projetar a ação pedagógica e trabalhar com
textos, jogos e atividades.
- Aspectos relevantes para reflexão sobre a prática pedagógica.
Avaliação
Atendidos os critérios exigidos no Regimento Escolar e no PPP, é
considerado aprovado o aluno que obtiver média final, igual ou superior a 6,0 (seis)
na Disciplina e frequência mínima de 75%.
A avaliação está colocada a serviço da aprendizagem dos alunos, de modo
que permeia o conjunto de todas as ações pedagógicas.
Será realizada em função dos objetivos propostos, através da apresentação
das atividades solicitadas e da participação em todas as propostas de trabalho. A
avaliação será formativa, também chamada contínua, acontecerá durante todo o
processo de ensino-aprendizagem. Serão aplicadas provas com questões subjetivas
e/ou objetivas;. Sendo avaliados no decorrer do processo: trabalhos, atividades
variadas ( Debates; Trabalhos em grupo; Dissertação sobre temas em estudo;
Entrevista; pesquisa; Resumo, etc) e a participação dos alunos durante as aulas.
Sempre considerando os aspectos cognitivos, afetivos e relacionais dos alunos. A
avaliação não terá caráter seletivo ou classificatório, fundamentar-se-á em
aprendizagens significativas e funcionais passíveis de serem atualizadas e aplicadas
em diversos contextos. Todos os alunos que não se apropriarem do mínimo
necessário terão oportunidade de revisão dos conteúdos trabalhados e fazer novas
atividades avaliativas em prazo estipulado.
451
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
ARCE, A . A pedagogia na “era das revoluções”: uma análise do pensamento de Pestalozzi e Froebel. Campinas, SP: Autores Associados, 2002. ARIES, P. História Social da criança e da família. Rio de Janeiro: Guanabara, 1981. BARRETO, A . A criança de zero a seis anos, suas condições de vida e seu lugar nas políticas públicas: questões para a pesquisa. In: Anais do Seminário Internacional da OMRP. Rio de Janeiro, 2000. BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Departamento de Políticas Educacionais. Coordenação geral de Educação Infantil. Propostas pedagógicas e currículo em educação infantil: um diagnóstico e a construção de uma metodologia de análise. Brasília, MEC /SEF / COEDI, v. 1. Introdução; v.2 Formação Pessoal e Social; v.3 Conhecimento de Mundo, 1998. BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Departamento de Políticas Educacionais. Coordenação geral de Educação Infantil. Referencial Curricular Nacional para a Educação infantil. Brasília, MEC/SEF/DPE/COEDI. CAMPOS, M. M. et. All. Creches e pré-escolas no Brasil. São Paulo: Cortez, 1992. CARICCHIA, D. C. O . Cotidiano de creche: um projeto pedagógico. São Paulo: Loyola, 1993. CASTRO. J. A . de Financiamento da educação no brasil.. Em aberto. Brasília: INEP, v. 18, nº.74, dezembro, 2001. DAUSTER, T. Concepções de Infância e pré-escola entre famílias de periferia de Niterói, RJG. T Educação e Sociedade – ANPOCS, São Apulo, Outubro de 1985. -------------. Piaget e o conhecimento. Rio de Janeiro: Imago, 1977. DUARTE, J. F. Fundamentos estéticos da Educação. Campinas: Papirus, 1994. GARCIA, R. L. (org.) Revisando a pré-escola. São Paulo: Cortez, 1993. KRAMER, S. (org.) Com a pré-escola nas mãos. São Paulo: Ática, 1989. ------------. A política da pré-escola no Brasil: a arte do disfarce. Rio de Janeiro: Dois Pontos, 1987. ------------. Democratização da escola pública. São Paulo: Loyola, 1989.
452
PARANÁ, SEED. Proposta Curricular do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na Modalidade Normal, Curitiba, 2006. OLIVEIRA, Z.M.R. A criança e seu desenvolvimento: perspectiva para se discutir a Educação Infantil. São Paulo: Cortez, 1995.
453
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FUNDAMENTOS
SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO PARA O CURSO DE FORMAÇÃO DE
DOCENTES
Apresentação
O ensino de Sociologia está relacionado com o desenvolvimento de uma
compreensão dinâmica e complexa sobre a realidade social. Sua especificidade
refere-se à formação de um código de leitura do mundo capaz de despertar junto
aos alunos uma postura crítica e reflexiva sobre o funcionamento das coletividades
humanas, seus múltiplos contextos de vida e interação. Por isso, trata-se de uma
referência central para debater os principais problemas que interessam e afetam o
conjunto das sociedades atuais, contribuindo para a permanente busca por
caminhos solidários e responsáveis na efetivação das cidadanias. Tais caminhos,
entretanto, apenas serão alcançados no exercício autônomo da curiosidade, do
estranhamento e da desnaturalização frente às vivências e desigualdades sociais.
Para tanto, faz-se indispensável a mobilização de conteúdos inerentes ao
pensamento social que permitam ao educando (re)conhecer tanto os mecanismos
de produção da ordem, quanto as práticas e saberes que emergem do tecido social
oferecendo alternativas aos processos de dominação e exclusão vigentes nas
sociedades contemporâneas.
Portanto, a proposta é questionar o sentido e o significado de todas as
relações sociais, percebendo a constituição histórica, política e cultural da
organização social e o caráter social do conhecimento humano, seja ele científico ou
não. A partir daí, busca-se explicitar e explicar problemáticas sociais concretas, de
maneira contextualizada para a desconstrução de prenoções e preconceitos que
acabam refletindo em práticas sociais.
Ementa
454
O que é Educação e o que é Sociologia. As teorias sociológicas críticas da
Educação Escolar. Estudos sócios antropológicos sobre a educação e a escola no
Brasil (urbana e rural). Concepções de criança/ infância como construção histórico-
social. A infância no Brasil (urbano e rural).
Objetivos
- Analisar a sociedade, as mudanças e os problemas sociais para entender o
homem;
- Compreender o mundo sob a ótica da sociologia, analisando os vários
comportamentos humanos;
- Compreender a escola no meio em que está e nas relações com a
sociedade;
- Refletir sobre o papel da sociedade frente a modernidade entendendo as
mudanças e inovações;
- Colocar a educação escolar no conjunto das lutas pela democratização da
sociedade.
Conteúdos
2ª SÉRIE ( 2 aulas)
1º Bimestre:
- O que é Educação e o que é Sociologia;
- Surgimento, conceitos, definições e desenvolvimento.
2º Bimestre:
- As teorias sociológicas críticas da Educação Escolar;
- Teorias clássicas e contemporâneas;
455
- Teóricos clássicos: Augusto Comte, Durkheim, Weber, Marx, Engels.
3º Bimestre:
- Estudos sócios antropológicos sobre educação e a escola no Brasil;
- A educação na perspectiva sociológica e antropológica;
- Antropologia: como surgiu e como se estruturou.
- A antropologia e a Sociologia hoje;
- Precursores e teóricos da Antropologia.
4º Bimestre:
- A Sociologia da Educação no Brasil;
- Concepções de criança/infância como construção histórica e social;
- A infância no Brasil (urbano e rural);
- A educação de campo e a educação urbana;
- Experiências nas escolas rurais do movimento dos trabalhadores Sem-Terra
e das ONGs voltados para a educação dos trabalhadores temporários do campo
entre outros.
Metodologia
As atividades metodológicas desenvolvidas serão combinadas, de forma
simultânea ou sequencial, oferecendo ao aluno a oportunidade de perceber e
analisar o assunto sob diversos ângulos, de forma que o aluno se aproprie dos
conhecimentos propostos e/ou apresente suas pesquisas e demais atividades
pedagógicas.
Os procedimentos metodológicos serão desenvolvidos através de:
- Aulas expositivas;
- Aulas interativas;
456
- Leituras comentadas;
- Produção coletiva;
- Produção escrita e análise de textos em sala de aula;
- Seminários;
- Debates;
- Pesquisas;
- Produções de resenhas;
- Confecção de cartazes;
- Apresentação de trabalhos desenvolvidos pelos alunos;
- Análise de filmes;
- Dinâmicas de grupo (grupo-turma); trabalhos e discussões em dupla e em
pequeno grupo, oficinas, apresentação de vídeos e slides.
- Subsídios para o professor projetar a ação pedagógica e trabalhar com
textos, jogos e atividades.
- Aspectos relevantes para reflexão sobre a prática pedagógica.
Avaliação
Atendidos os critérios exigidos no Regimento Escolar e no PPP, é
considerado aprovado o aluno que obtiver média final, igual ou superior a 6,0 (seis)
na Disciplina e frequência mínima de 75%.
A avaliação está colocada a serviço da aprendizagem dos alunos, de modo
que permeia o conjunto de todas as ações pedagógicas.
Será realizada em função dos objetivos propostos, através da apresentação
das atividades solicitadas e da participação em todas as propostas de trabalho. A
avaliação será formativa, também chamada contínua, acontecerá durante todo o
processo de ensino-aprendizagem. Serão aplicadas provas com questões subjetivas
e/ou objetivas;. Sendo avaliados no decorrer do processo: trabalhos, atividades
variadas ( Debates; Trabalhos em grupo; Dissertação sobre temas em estudo;
Entrevista; pesquisa; Resumo, etc) e a participação dos alunos durante as aulas.
Sempre considerando os aspectos cognitivos, afetivos e relacionais dos alunos. A
457
avaliação não terá caráter seletivo ou classificatório, fundamentar-se-á em
aprendizagens significativas e funcionais passíveis de serem atualizadas e aplicadas
em diversos contextos. Todos os alunos que não se apropriarem do mínimo
necessário terão oportunidade de revisão dos conteúdos trabalhados e fazer novas
atividades avaliativas em prazo estipulado.
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA TOMAZI, Nelson D. Sociologia da Educação. São Paulo: Atual, 1997. VIEIRA, Evaldo. Sociologia da Educação: reproduzir e transformar. São Paulo: FTP, 1994. MANACORDA, Mario Alighiero. Marx e a Pedagogia Moderna. São Paulo: Cortez, 1993. CARLSSON & FEILITZEN. Criança e a violência na mídia (A). CORAGGIO, José. Desenvolvimento humano e educação. MACHADO, Maria Lúcia (org). Encontros e desencontros em Educação Infantil. MARIA DO CARMO B, Família contemporânea em debate – 4º Ed Carvalho. FREITAS, Marcos Cezar. História social da infância no Brasil. FREITAS, Marcos Cezar. História, antropologia e a pesquisa educacional. FREITAG, Barbara. Indivíduo em formação: diálogos interdisciplinares sobre educação. AZEVEDO & GUERRA. Infância e violência doméstica. BAZÍLIO, Luiz Cavalieri & Kramer, Sonia. Infância, educação e direitos humanos. GHIRALDELLI, Paulo. Infância, educação e neoliberalismo. FREITAS, Marcos César & Kuhlmann Jr, Moysés (orgs). Intelectuais na história da infância. GOHN, M. da Glória. Movimentos sociais e educação. KUENZER, Acácia. Pedagogia da Fábrica – As relações de produção e a educação do trabalhador – 6ª ed.
458
GADOTTI, Moacir. Pedagogia da práxis. RAMOS, Marise Nogueira. Pedagogia das competências: autonomia ou adaptação? (A) APPLE, Michel. Política cultural e educação TORRES, Carlos Alberto. Sociologia política da educação. GOHN, Maria da Glória Marcondes. Os sem terra, ongs e cidadania. 2ª ed. São Paulo: il.; 2000.
459
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FUNDAMENTOS
FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO PARA O CURSO DE FORMAÇÃO DE
DOCENTES
Apresentação
O homem não nasce pronto e acabado, ou seja, não aparece da forma como
o conhecemos hoje. À medida que passa a interagir com a natureza, adquire
experiências e conhecimentos, desenvolve seu cérebro que, simultaneamente, lhe
permite enfrentar e resolver desafios cada vez mais exigentes e complexos. Com
isso, não apenas desenvolve sua capacidade cognitiva, como também adquire a
capacidade de produzir instrumentos e bens cada vez mais aperfeiçoados,
atendendo às crescentes e diversificadas necessidades de cada momento.
Portanto, à medida que o homem vai interagindo com o meio, também vai sendo
transformado, vai sendo produzido como homem, vai humanizando a
natureza, acumulando conhecimentos, produzindo novos instrumentos e
transformando o meio. Isto é, o homem vai se hominizando . Deste modo, os
Fundamentos Filosóficos da Educação não apenas dão base para entender essa
transformação como também leva o aluno a refletir criticamente sobre hominização
da sociedade em geral.
Os homens, parafraseando Marx, fazem a história, mas não a fazem como
querem; a fazem nas condições em que se encontram. Entretanto, se a fazem de
um determinado modo, também podem fazê-la de outro. Quando falamos que a
educação é a forma como a sociedade prepara o homem para viver nela mesma,
não quer dizer que deve se limitar a adaptar e a adequar os educandos à
sociedade. Compreendendo que a sociedade é uma sociedade de classes, que os
profissionais da educação, assim como os demais trabalhadores integram a classe
proletária, cabe a estes contribuir para desmistificar e para conhecer a sociedade e
a condição em que se encontram; importa superar a alienação e a própria divisão
da sociedade em classes e pela transformação da sociedade na qual se está
inserido.
460
Ementa
Pensar filosoficamente (criticamente) o ser social, a produção do
conhecimentos e a educação, fundados no princípio histórico-social. Introdução à
Filosofia da Educação norteada pela reflexão com base nas categorias de totalidade,
historicidade e dialética. Principais pensadores da filosofia da Educação moderna e
contemporânea:
- Locke (1632-1704) e o papel da experiência na produção do conhecimento.
- Comenius (159-1670) e Herbart (1776-1841): a expressão pedagógica de
uma visão essencialista do homem.
- Rosseau (1712-1831): oposição à pedagogia da essência.
- Pestalozzi (1749-1827) e Decroly (1871-1932): pedagogias centradas no
desenvolvimento da criança.
- Dewey (1859-1952): o pragmatismo.
- Marx e Gramski: a concepção histórico-crítica da educação
Objetivos
- Oferecer aos futuros educadores um método de reflexão que lhes permita
encarar os problemas educacionais, penetrando na sua complexidade e
encaminhamento soluções.
- Acompanhar reflexiva e criticamente a atividade educacional de modo a
explicitar os seus fundamentos.
- Propiciar o desenvolvimento de um estilo próprio de pensamento.
- Articular os fundamentos teóricos dos paradigmas sócio-filosóficos da
educação com seu fazer diário.
Conteúdos
• Filosofia e Educação
1.1. Filosofia
461
1.2. O processo de filosofar
1.3. Filosofia da Educação
1.4. Pedagogia
• Tipos de conhecimento
2.1. Senso comum (conhecimento sensorial e empírico)
2.2. Conhecimento científico
2.3. Conhecimento teológico (fé)
• Filosofia e Educação
3.1. Trajetória histórica
3.2. Pré-socráticos
3.3. Sócrates
3.4. Platão
3.5. Aristóteles
3.6. Helenismo
3.7. Cristianismo
3.8. A Escolástica
3.9. O Renascentismo e a Era Moderna
3.10. Idade Moderna
3.11. Século XIX
3.12. Século XX
• Educação e sociedade: redenção, reprodução e transformação
4.1. Educação como redenção da sociedade
4.2. Educação como reprodução da sociedade
4.3. Educação e transformação da sociedade.
• Tendências pedagógicas na prática escolar
5.1.Pedagogia liberal
5.2. Tradicional
462
5.3. Renovada Progressista
5.4. Renovada não-diretiva
5.5. Tecnicista
5.6. Pedagogia Progressista
5.7. Libertadora
5.8. Libertária
5.9. Crítico- social dos conteúdos
• Sujeito da práxis pedagógica
6.1. O educador
6.2. O educando
Metodologia
As atividades metodológicas desenvolvidas serão combinadas, de forma
simultânea ou sequencial, oferecendo ao aluno a oportunidade de perceber e
analisar o assunto sob diversos ângulos, de forma que o aluno se aproprie dos
conhecimentos propostos e/ou apresente suas pesquisas e demais atividades
pedagógicas.
Os procedimentos metodológicos serão desenvolvidos através de:
- Aulas expositivas;
- Aulas interativas;
- Leituras comentadas;
- Produção coletiva;
- Produção escrita e análise de textos em sala de aula;
- Seminários;
- Debates;
- Pesquisas;
- Produções de resenhas;
- Confecção de cartazes;
- Apresentação de trabalhos desenvolvidos pelos alunos;
463
- Análise de filmes;
- Dinâmicas de grupo (grupo-turma); trabalhos e discussões em dupla e em
pequeno grupo, oficinas, apresentação de vídeos e slides.
- Subsídios para o professor projetar a ação pedagógica e trabalhar com
textos, jogos e atividades.
- Aspectos relevantes para reflexão sobre a prática pedagógica.
Avaliação
Atendidos os critérios exigidos no Regimento Escolar e no PPP, é
considerado aprovado o aluno que obtiver média final, igual ou superior a 6,0 (seis)
na Disciplina e frequência mínima de 75%.
A avaliação está colocada a serviço da aprendizagem dos alunos, de modo
que permeia o conjunto de todas as ações pedagógicas.
Será realizada em função dos objetivos propostos, através da apresentação
das atividades solicitadas e da participação em todas as propostas de trabalho. A
avaliação será formativa, também chamada contínua, acontecerá durante todo o
processo de ensino-aprendizagem. Serão aplicadas provas com questões subjetivas
e/ou objetivas;. Sendo avaliados no decorrer do processo: trabalhos, atividades
variadas ( Debates; Trabalhos em grupo; Dissertação sobre temas em estudo;
Entrevista; pesquisa; Resumo, etc) e a participação dos alunos durante as aulas.
Sempre considerando os aspectos cognitivos, afetivos e relacionais dos alunos. A
avaliação não terá caráter seletivo ou classificatório, fundamentar-se-á em
aprendizagens significativas e funcionais passíveis de serem atualizadas e aplicadas
em diversos contextos. Todos os alunos que não se apropriarem do mínimo
necessário terão oportunidade de revisão dos conteúdos trabalhados e fazer novas
atividades avaliativas em prazo estipulado.
464
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA ARANHA, M. I. , MARTINS, M. H. P. Filosofando: Introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 2000. CHAUÍ, Marilena. Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 1999. FREIRE, Paulo. Política e educação: ensaios. São Paulo: Cortez Editora, 2000. GARDENER, J. O mundo de Sofia. São Apulo: companhia das letras, 2001. LUCHESI, Cipriano Carlos et. all. Introdução à filosofia. São Paulo: Cortez Editora 2000. -------------. Filosofia da educação. São Paulo: Cortez Editora, 1999 PARANÁ, SEED. Proposta Curricular do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na modalidade Normal, Curitiba, 2006. SAVIANI, Demerval. Educação: do senso comum à consciência filosófica e política. São Paulo: Cortez Editora, 1980.
465
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LITERATURA
INFANTIL PARA O CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES
Apresentação
A Disciplina de Literatura Infantil faz parte do grupo das Disciplinas de
Formação Específica do Curso de Formação de Docentes em nível médio. Tem por
finalidade oportunizar ao educando ampliar transformar e enriquecer sua
experiência de vida, uma vez que ela é veículo de manifestação de cultura e também
de ideologias. Acredita-se que arte literária, aliada a contar história é profícua para
iniciar o homem no mundo literário, sendo um útil instrumento para a sensibilização
da consciência, para a expansão da capacidade e interesse de analisar o mundo.
Nessa direção, é fundamental mostrar que a literatura da margem à ambiguidade e à
pluralidade, uma vez que uma história traz consigo inúmeras possibilidades de
aprendizagem e pode ter diferentes significações , dependendo do universo cultural
de cada leitor.
A escritora e poeta Cecília Meirelles, citada pela professora Sônia Miranda
(2001), vê a literatura como exercício de poética e beleza, escrito para qualquer
pessoa e que possa agradar a criança, permitindo, através do auto-estranhamento a
reflexão e a análise, que, em conjunto com a escola, pode conseguir desequilibrar e
formar novas estruturas que levem o sujeito a pensar com criticidade e elaborar
opiniões próprias.
A literatura é a arte da palavra, quando lemos, ela nos transporta para
determinados cantos da imaginação ou do pensamento jamais visitados. A viagem é
fantástica, cheia de surpresas, os acontecimentos são imprevisíveis e nos levam a
refletir, contestar, concordar, esclarecer dúvidas, avançar horizontes. Assim o livro
de literatura infantil é um rico material que estimula a vivência de muitas emoções,
algo que deve ser resgatado na vida das pessoas.
Na interação da criança com a obra literária está a riqueza dos aspectos
formativos nela apresentados de maneira fantástica, lúdica e simbólica. A
intensificação dessa interação, através de procedimentos pedagógicos adequados,
466
leva a criança a uma maior compreensão do texto e a uma compreensão mais
abrangente do contexto. Uma obra literária é aquela que mostra a realidade de
forma nova e criativa, deixando espaços para que o leitor descubra o que está nas
entrelinhas do texto.
Até bem pouco tempo, Literatura Infantil era considerada como um gênero
secundário, e vista pelo adulto como algo pueril (nivelada ao brinquedo) ou útil
(forma de entretenimento). A valorização da Literatura Infantil, como formadora de
consciência dentro da vida cultural das sociedades, é bem recente.
O professor desempenha um papel importantíssimo na formação do aluno
leitor, mas precisa ler para que seus alunos possam ser possuídos pelo texto e
assim se apaixonem pela literatura infantil. A escola, representada na sala de aula
pelo professor, tem essa responsabilidade: de fazer os alunos se apaixonarem não
só pela literatura, mas também pela leitura.
O professor tem em suas mãos a tarefa de propor ao aluno situações de
aprendizagens para (re) construção do conhecimento. A literatura infantil é um
instrumento que contribui para elaboração destas situações.
Ementa
Contexto histórico da Literatura infanto Juvenil. A primeira Leitura. Natureza
mito poética na infância da humanidade e na infância do homem. Narrativa oral – o
mundo simbólico dos contos de fadas. A importância do contador de histórias.
Universo da poesia para crianças: Cecília Meireles e Sidónio Muralha e outros.
Monteiro lobato: realidade e imaginário. A formação do conceito de infância no
educador: Lygia Bojunga Nunes, Ana Maria Machado e outros. Os clássicos e os
clássicos reinventados e o panorama atual na narrativa e na poesia.
Objetivos
- Refletir sobre a importância da Literatura Infantil.
- Analisar a evolução da Literatura infanto Juvenil no Brasil.
467
- Relacionar a questão histórica da literatura infantil com a aquisição com a
aquisição da leitura pela criança.
- Compreender a importância da narrativa oral para a formação da criança,
especialmente a simbologia nos contos de fadas.
- Reconhecer a importância do contador de história e suas habilidades.
- Analisar a influência da poesia no cotidiano escolar.
- Conhecer as poesias dos autores mais relevantes, como: Cecília Meireles e
Sidónio Muralha.
- Compreender a realidade e o imaginário na obra de Monteiro lobato.
- Refletir sobre o conceito de infância de acordo com Lygia Bojunga Nunes,
Ana Maria Machado e outros.
- Analisar os clássicos e os clássicos reinventados e o panorama atual na
narrativa e na poesia.
Conteúdos
3ª SÉRIE (2 aulas)
- Contexto histórico da Literatura Infanto-Juvenil.
- A primeira leitura.
- A natureza mito poética na infância da humanidade e na infância do homem.
- A narrativa oral.
- O mundo simbólico dos contos de fadas.
- O contador de histórias: importância e características.
- O universo da poesia para crianças.
- A poesia de Cecília Meirelles.
- Os textos poéticos de Sidônio Muralha e outros poetas.
- Monteiro Lobato: realidade e imaginário.
- A formação do conceito de infância no educador: Lygia Bojunga Nunes, Ana
Maria Machado e outros.
- Os clássicos e os clássicos reinventados.
- O panorama atual na narrativa e na poesia.
468
Metodologia
As atividades metodológicas desenvolvidas serão combinadas, de forma
simultânea ou sequencial, oferecendo ao aluno a oportunidade de perceber e
analisar o assunto sob diversos ângulos, de forma que o aluno se aproprie dos
conhecimentos propostos e/ou apresente suas pesquisas e demais atividades
pedagógicas.
Os procedimentos metodológicos serão desenvolvidos através de:
- Aulas expositivas;
- Aulas interativas;
- Leituras comentadas;
- Produção coletiva;
- Produção escrita e análise de textos em sala de aula;
- Seminários;
- Debates;
- Pesquisas;
- Produções de resenhas;
- Confecção de cartazes;
- Apresentação de trabalhos desenvolvidos pelos alunos;
- Análise de filmes;
- Dinâmicas de grupo (grupo-turma); trabalhos e discussões em dupla e em
pequeno grupo, oficinas, apresentação de vídeos e slides.
- Subsídios para o professor projetar a ação pedagógica e trabalhar com
textos, jogos e atividades.
- Aspectos relevantes para reflexão sobre a prática pedagógica.
Avaliação
469
Atendidos os critérios exigidos no Regimento Escolar e no PPP, é
considerado aprovado o aluno que obtiver média final, igual ou superior a 6,0 (seis)
na Disciplina e frequência mínima de 75%.
A avaliação está colocada a serviço da aprendizagem dos alunos, de modo
que permeia o conjunto de todas as ações pedagógicas.
Será realizada em função dos objetivos propostos, através da apresentação
das atividades solicitadas e da participação em todas as propostas de trabalho. A
avaliação será formativa, também chamada contínua, acontecerá durante todo o
processo de ensino-aprendizagem. Serão aplicadas provas com questões subjetivas
e/ou objetivas;. Sendo avaliados no decorrer do processo: trabalhos, atividades
variadas ( Debates; Trabalhos em grupo; Dissertação sobre temas em estudo;
Entrevista; pesquisa; Resumo, etc) e a participação dos alunos durante as aulas.
Sempre considerando os aspectos cognitivos, afetivos e relacionais dos alunos. A
avaliação não terá caráter seletivo ou classificatório, fundamentar-se-á em
aprendizagens significativas e funcionais passíveis de serem atualizadas e aplicadas
em diversos contextos. Todos os alunos que não se apropriarem do mínimo
necessário terão oportunidade de revisão dos conteúdos trabalhados e fazer novas
atividades avaliativas em prazo estipulado.
470
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA FRANTZ, Maria Helena Zancan. A literatura nas séries iniciais. 2.ed. Ijuí: Unijuí, 1997. 110p. BENJAMIN, Walter. O narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: Obras escolhidas: magia e técnica, arte e política. Brasiliense: São Paulo. BOSI, Ecléa. Memória e sociedade. 3.ed. Companhia das Letras: São Paulo, 1994. HOMERO. Odisséia. Série Reencontro. Scipione: São Paulo, 1996. MELO NETO, João Cabral de. Antologia poética. 2.ed. José Olympio Editora: Rio de Janeiro, 1973. SHAKESPEARE, William. Hamlet. 17.ed. Longman: Essex, 1985. http://www.infonet.com.br/gustavoaragao/literaturainfantil.htm CASCUDO, Luís da Câmara. Prefácio. In: Contos tradicionais do Brasil (folclore). Rio de Janeiro: Ediouro, s/d. COELHO, Nelly Novaes. O conto de fadas. 2. ed. São Paulo: Ática, 1991. DARNTON, Robert. O grande massacre dos gatos e outros episódios da história cultural francesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1986. GUIMARÃES, Maria Flora. O conto popular. In: BRANDÃO, Helena Nagamine (coord.). Gêneros do discurso na escola, v. 5. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1999. Nacional do Folclore, 1985. MACHADO, Ana Maria. Como e por que ler os clássicos desde cedo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002. STRÔNGOLI, Maria Thereza. Quem conta um conto aumenta um ponto... na motivação do aluno para a leitura. In: Leitura: teoria e prática: revista semestral da ALB, Campinas, ano 9, n. 15, junho de 1990.
471
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE METODOLOGIA
DO ENSINO DE MATEMÁTICA PARA O CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES
Apresentação
A disciplina Metodologia do Ensino da Matemática proporcionará uma visão
geral aos educandos, dos programas de nível fundamental, proporcionando aos
futuros professores abordagens e discussões sobre Educação Matemática, bem
como técnicas de ensino aplicáveis em sala de aula. Favorece a integração entre a
teoria e a prática, formando no aluno uma consciência crítico-social contribuindo
assim para os objetivos do curso.
A metodologia da matemática tem a preocupação em transmitir os conteúdos
básicos de uma maneira eficiente e atualizada, fazendo com que o aluno desenvolva
o pensamento lógico para a resolução de problemas.
A matemática é a ciência base de várias áreas do conhecimento,
sendo, portanto fundamental seu domínio por parte dos alunos. Por isso é
necessário procurar novas formas (métodos) para ensiná-la, buscando maior
eficiência no processo de ensino e aprendizagem no âmbito escolar.
Assim, as ações de formação docente em serviço devem se consolidar em
termos de uma discussão dos princípios norteadores das reformas curriculares em
vigor, situando-as no âmbito das recentes conquistas da pesquisa em Educação
Matemática, de seleção e elaboração de materiais didáticos, no auxílio ao preparo
das aulas, no seu acompanhamento e avaliação.
Ementa
Concepções de Ciências e de Conhecimento Matemático das Escolas
Tradicional, Nova, Tecnicista, Construtivismo e Pedagogia Histórico-Crítica;
Pressupostos teórico-metodológicos do ensino e aprendizagem de Matemática e/ou
Tendências em Educação Matemática: Conceitos Matemáticos, Linguagem
Matemática e suas representações, cálculos e/ou algoritmos, resolução de
472
problemas, etnomatemática, modelagem matemática, alfabetização tecnológica,
história da Matemática e jogos e desafios; Especificidades e inter-relações entre os
eixos da matemática: números e medidas geométricas. Pressupostos teórico-
metodológicos da Alfabetização Matemática. Conteúdos específicos por séries.
Objetivos
- identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e
transformar o mundo à sua volta.
- Refletir sobre a situação da matemática tendo em vista a futura atuação
profissional.
- Construir o significado de número natural a partir de sues diferentes usos no
contexto social,, explorando situações-problemas que envolvam contagens, medidas
e códigos numéricos.
- Reconhecer que os recursos didáticos têm um papel importante no processo
de ensino e aprendizagem matemática.
- Compreender como se avalia em Matemática.
- Realizar atividades com os conteúdos específicos por série.
Conteúdos
3ª SÉRIE (2 aulas)
* Concepção de Matemática
- O que é Matemática e para que serve;
- O que ensinar em Matemática;
- Como ensinar: Etnomatemática, modelagem matemática, resolução de
problemas, jogos matemáticos e tecnologias e história da Matemática.
* Concepções de Ciência e de Conhecimento Matemático das Escolas
Tradicional, Nova, tecnicista, Construtivismo e Pedagogia Histórico-Crítica.
473
* Avaliação em Matemática.
* Números e operações.
* Sistemas de numeração: egípcia, romana e mesopotâmica.
* Sistema de numeração decimal;
- Material dourado;
- Ábaco;
- Quadro Valor Lugar (QVL);
- Adição, subtração, multiplicação e divisão;
- Números decimais;
- Frações;
- Porcentagem.
* Polígonos.
* Sólidos geométricos: poliedros e corpos redondos.
* Medidas de comprimento, capacidade e massa.
Metodologia
As atividades metodológicas desenvolvidas serão combinadas, de
forma simultânea ou sequencial, oferecendo ao aluno a oportunidade de perceber e
analisar o assunto sob diversos ângulos, de forma que o aluno se aproprie dos
conhecimentos propostos e/ou apresente suas pesquisas e demais atividades
pedagógicas.
Os procedimentos metodológicos serão desenvolvidos através de:
- Aulas expositivas;
- Aulas interativas;
- Leituras comentadas;
- Produção coletiva;
- Produção escrita e análise de textos em sala de aula;
- Seminários;
- Debates;
- Pesquisas;
474
- Produções de resenhas;
- Confecção de cartazes;
- Apresentação de trabalhos desenvolvidos pelos alunos;
- Análise de filmes;
- Dinâmicas de grupo (grupo-turma); trabalhos e discussões em dupla e em
pequeno grupo, oficinas, apresentação de vídeos e slides.
- Subsídios para o professor projetar a ação pedagógica e trabalhar com
textos, jogos e atividades.
- Aspectos relevantes para reflexão sobre a prática pedagógica.
Avaliação
Atendidos os critérios exigidos no Regimento Escolar e no PPP, é
considerado aprovado o aluno que obtiver média final, igual ou superior a 6,0 (seis)
na Disciplina e frequência mínima de 75%.
A avaliação está colocada a serviço da aprendizagem dos alunos, de modo
que permeia o conjunto de todas as ações pedagógicas.
Será realizada em função dos objetivos propostos, através da apresentação
das atividades solicitadas e da participação em todas as propostas de trabalho. A
avaliação será formativa, também chamada contínua, acontecerá durante todo o
processo de ensino-aprendizagem. Serão aplicadas provas com questões subjetivas
e/ou objetivas;. Sendo avaliados no decorrer do processo: trabalhos, atividades
variadas ( Debates; Trabalhos em grupo; Dissertação sobre temas em estudo;
Entrevista; pesquisa; Resumo, etc) e a participação dos alunos durante as aulas.
Sempre considerando os aspectos cognitivos, afetivos e relacionais dos alunos. A
avaliação não terá caráter seletivo ou classificatório, fundamentar-se-á em
aprendizagens significativas e funcionais passíveis de serem atualizadas e aplicadas
em diversos contextos. Todos os alunos que não se apropriarem do mínimo
necessário terão oportunidade de revisão dos conteúdos trabalhados e fazer novas
atividades avaliativas em prazo estipulado.
475
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA CARRAHER, Terezinha et.na vida dez, na escola zero. São Paulo: Cortez, 2ª ed., 1997. CARVALHO, Dione Luchesi de. Metodologia do Ensino da Matemática. São Apulo: Cortez, 2ª ed., 1997. IESDE – CND. Vol.1 KAMII, Constance. A criança e o número. Campinas: Papirus, 1987. Livros didáticos de 1ª a 4ª séries. Parâmetros Curriculares Nacionais: MEC, volume 3. PARANÁ, SEED. Proposta Curricular do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na modalidade normal, Curitiba, 2006. BARKER, S. Filosofia da Matemática. São Paulo, Cortez, 1987. CARDIA, V. Material didático para as quatro operações. São Paulo, USP, 1996. DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas de Matemática. São Paulo, Ática, 1995. GARDNER, H. Estruturas da Mente. Porto Alegre, Artmed, 1998. PARRA, C. & SAIZ, I. (orgs.) Didática da Matemática. Porto Alegre, Artmed, 1996. POZO, J. I. A solução de problemas. Porto Alegre, Artmed, 1998. RUIZ, A . R . & BELLINI, L . M . Matemática, epistemologia genética e escola. Londrina, edições CEFIL, 2001. STOCCO, K. C. S. Ler, escrever e resolver problemas: habilidades básicas para aprender Matemática. Porto Alegre, Artmed, 2001. _____. Matemática de 0 a 6: figuras e formas. Porto Alegre, Artmed, 2002. ZUNINO, D. L. A Matemática na escola: aqui e agora. Porto Alegre, Artmed, 1995.
476
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE METODOLOGIA
DO ENSINO DE CIÊNCIAS PARA O CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES
Apresentação
Sabe-se que hoje vivenciamos uma mudança sobre o ato de aprender e
ensinar. Pois a escola tem procurado no decorrer de sua historia, voltar-se para
práticas educativas, mais consistentes, que contemplem a necessidade e ansiedade
que a criança tem que viver cada momento intensamente, descobrindo o mundo que
o cerca, de forma ativa e participativa, propondo metodologias onde a criança vai
construir seu conhecimento, onde a mesma trabalhe de forma ativa, para que possa
entender e compreender o que está sendo estudado de forma global.
Os cursos de formação de educadores para o ensino fundamental não podem
furtar-se a essa disciplina. A disciplina de Metodologia do Ensino de Ciências desses
educadores em formação deve ser acompanhado de uma discussão prévia sobre as
práticas presentes em nosso cotidiano, seus pressupostos, suas demandas e suas
possíveis críticas.
O desenvolvimento dos conceitos e do conhecimento não é independente do
desenvolvimento das habilidades intelectuais; é impossível atingir algo como um
"enfoque científico", se não proporcionarmos melhores oportunidades à criança de
obter e processar informação;
Ementa
O ensino de Ciências e a construção de uma cultura científica que possibilite
ao cidadão comparar as diferentes explicações sobre o mundo. A energia para a
vida e a inserção do homem no contexto do universo. Aprendizagem integrada de
Ciências como possibilidade para a compreensão das relações: ciências, sociedade,
tecnologia e cidadania. A construção de conceitos científicos. O papel dos
professores, das famílias e das comunidades na aprendizagem formal e informal de
ciências.
477
Objetivos
- Exemplificar aspectos da ciência e da tecnologia que interferem nas relações
humanas;
- Discutir a necessidade de se obter conhecimento e formação em Ciências;
- Apresentar habilidades inerentes à aprendizagem em Ciências;
- Permitir ao aluno se apropriar da estrutura do conhecimento científico e de
seu potencial explicativo e transformador.
- Analisar as possibilidades de uma concepção para o ensino de ciências;
- Disseminar novos conhecimentos e práticas, que potencialmente poderão
maximizar a apropriação de conhecimentos científicos.
- Possibilitar a discussão, o planejamento e a aplicação de proposições
referentes ao ensino de Ciências, considerando os distintos contextos de atuação:
família, comunidade, escola e a própria sala de aula.
- Propiciar aos alunos a compreensão das relações entre o mundo natural
(conteúdos da ciência), o mundo construído pelo homem (tecnologia) e eu cotidiano
(sociedade).
Conteúdos
- Histórico da disciplina de Ciências;
- Fundamentos e concepções teórico-metodológicos do ensino de Ciências;
- Tendências pedagógicas do ensino de Ciências no Brasil;
- O perfil do professor de Ciências, séries iniciais (metodologia e conteúdos do
ensino);
- Relações entre educação X ciência e tecnologia;
- Planejamento de aulas com recursos didáticos e experiências, segundo
conteúdos das séries iniciais;
- Sol – fonte de energia;
- O uso de tecnologia no cotidiano;
- Ecossistema (água, animais, vegetais, etc.).
- O planeta Terra no universo (localização, movimentos, estações do ano).
478
Metodologia
As atividades metodológicas desenvolvidas serão combinadas, de forma
simultânea ou sequencial, oferecendo ao aluno a oportunidade de perceber e
analisar o assunto sob diversos ângulos, de forma que o aluno se aproprie dos
conhecimentos propostos e/ou apresente suas pesquisas e demais atividades
pedagógicas.
Os procedimentos metodológicos serão desenvolvidos através de:
- Aulas expositivas;
- Aulas interativas;
- Leituras comentadas;
- Produção coletiva;
- Produção escrita e análise de textos em sala de aula;
- Seminários;
- Debates;
- Pesquisas;
- Produções de resenhas;
- Confecção de cartazes;
- Apresentação de trabalhos desenvolvidos pelos alunos;
- Análise de filmes;
- Dinâmicas de grupo (grupo-turma); trabalhos e discussões em dupla e em
pequeno grupo, oficinas, apresentação de vídeos e slides.
- Subsídios para o professor projetar a ação pedagógica e trabalhar com
textos, jogos e atividades.
- Aspectos relevantes para reflexão sobre a prática pedagógica.
Avaliação
479
Atendidos os critérios exigidos no Regimento Escolar e no PPP, é
considerado aprovado o aluno que obtiver média final, igual ou superior a 6,0 (seis)
na Disciplina e frequência mínima de 75%.
A avaliação está colocada a serviço da aprendizagem dos alunos, de modo
que permeia o conjunto de todas as ações pedagógicas.
Será realizada em função dos objetivos propostos, através da apresentação
das atividades solicitadas e da participação em todas as propostas de trabalho. A
avaliação será formativa, também chamada contínua, acontecerá durante todo o
processo de ensino-aprendizagem. Serão aplicadas provas com questões subjetivas
e/ou objetivas;. Sendo avaliados no decorrer do processo: trabalhos, atividades
variadas ( Debates; Trabalhos em grupo; Dissertação sobre temas em estudo;
Entrevista; pesquisa; Resumo, etc) e a participação dos alunos durante as aulas.
Sempre considerando os aspectos cognitivos, afetivos e relacionais dos alunos. A
avaliação não terá caráter seletivo ou classificatório, fundamentar-se-á em
aprendizagens significativas e funcionais passíveis de serem atualizadas e aplicadas
em diversos contextos. Todos os alunos que não se apropriarem do mínimo
necessário terão oportunidade de revisão dos conteúdos trabalhados e fazer novas
atividades avaliativas em prazo estipulado.
480
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA Proposta Curricular do Curso de Formação de Docente da Educação Infantil e Anos iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na modalidade Normal, Curitiba, 2006. CARRAHER, T.N. Ensino de ciências e desenvolvimento cognitivo. Coletânea do II Encontro "Perspectivas do Ensino de Biologia". São Paulo, FEUSP, 1986, pp. 107-123. FERREIRO, E. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo, Cortez, 1985. KAMII, C. e outros. O conhecimento físico no pré-escolar. Porto Alegre, Artes Médicas, 1986. KRASILCHIK, M. O professor e o currículo das ciências. São Paulo, EPU/EDUSP, 1987. LURIA, A.R. O desenvolvimento as escrita na criança. In Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo, Ícone/EDUSP, 1988.
481
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE METODOLOGIA
DO ENSINO DA ARTE PARA O CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES
Apresentação
A trajetória profissional do educador em arte, enquanto ensino formal vem
desde a chegada de um grupo de artistas vindos da Europa, a chamada Missão
Artística Francesa que chegou em 1816. Com a chegada desses artistas, surgiram
as primeiras escolas de Belas-Artes, onde os professores/artistas trabalhavam o
desenho, a cópia fiel e a utilização de modelos europeus. Assim os alunos eram
bons quando reproduziam fielmente os modelos.
Nas escolas, arte é um todo, não algo fragmentado, as especificidades das
linguagens: visuais, música, teatro e dança. A arte é social e tem que estar
fundamentada nos conhecimentos artísticos, para dar importância necessária na
escola. Os professores devem proporcionar aos alunos o acesso e contato com os
conhecimentos culturais básico para uma prática social viva.
Por isso, quando articulados os conteúdos da linguagem artística com as
outras linguagens, realmente estamos dando real sentido ao ensino de arte no
ensino básico.
Por outro lado, as artes passaram a ser concebidas menos como criação
genial misteriosa e mais como expressão criadora, isto é, como transfiguração do
visível, do sonoro, do movimento, da linguagem, dos gestos em obras artísticas.
A disciplina de Metodologia do Ensino da Arte através da composição
curricular, deve articular os saberes disciplinares e específicos, para que com estes
conteúdos os alunos dominem o processo ensino-aprendizagem e entendam quais
as formas que realizam este processo, tanto os de conhecimento científico, como os
conhecimentos a partir de sua natureza social, de modo a se preocupar com estes,
como coletivo e não de forma individualizada. Deve possibilitar o acesso do
educando a produções artísticas, apropriando-se de várias metodologias e
procedimentos educativos, para tomá-los de forma mais consistente e aprofundado,
fazendo com que valorize essas produções como fontes de informações visuais,
482
sonoras, corporais e verbais, produzidas pelo homem na transformação social,
cultural e histórica ao longo de sua trajetória no mundo e através de experiências
estéticas como instrumento para sua atuação docente.
Em Arte, o professor é um agente que possibilita ao educando ser
transformador da realidade, cuja prática e teoria é um fazer, pensar, refletir, usufruir,
conhecer e construir artístico, possibilitando facilidade em sua prática pedagógica,
para a democratização do acesso a Arte.
Ementa
O papel da Arte na formação humana, como conhecimento, como trabalho,
como expressão. Estudo das diferentes concepções de Arte. Conhecimento,
trabalho e expressão e sua relação com o ensino. Estudos das tendências
pedagógicas – Escola Tradicional, nova e Tecnicista – com ênfase no marcos
históricos e culturais do ensino da arte do Brasil. Conhecimento teórico e prático dos
elementos formais e de composição das artes Visuais, da Música, da Dança e do
teatro e sua contribuição na formação dos sentidos humanos desde a Educação
Infantil e anos iniciais. Abordagem metodológicas para o ensino de artes. A atividade
artística na escola: fazer e apreciar a produção artística. As atividades artísticas
como instrumental para a Educação Infantil e séries iniciais.
Objetivos
- Proporcionar ao futuro educador a aprendizagem teórico-metodológica sobre
o ensino da arte; visando o desenvolvimento do seu processo de formação
profissional;
- Expressar e saber comunicar-se em artes mantendo uma atitude de busca
pessoal e/ou coletiva articulando a percepção, a imaginação, a sensibilidade e a
reflexão ao realizar produções artísticas.
Conteúdo
483
4ª SÉRIE (2 aulas)
• Aspectos históricos
• Concepção de arte
• Definição e dimensões da arte
• Estudo das tendências Pedagógicas:
4.1. Tradicional
4.2. Nova
4.3. Tecnicista
• Criatividade
5.1. Elementos da criatividade
• Elementos formais e de composição das artes
6.1. Artes visuais
6.2. Música
6.3. Teatro
6.4. Dança
• A atividade artística na escola
7.1. A produção artística escolar: dobraduras; trabalhos com pinturas,
sucatas, trabalho com elementos da natureza, textos poéticos: declamação,leitura e
outras técnicas; músicas, lendas e outras brincadeiras folclóricas; confecção de
instrumentos musicais com sucata; conteúdos de arte para o ensino fundamental.
Metodologia
As atividades metodológicas desenvolvidas serão combinadas, de forma
simultânea ou sequencial, oferecendo ao aluno a oportunidade de perceber e
analisar o assunto sob diversos ângulos, de forma que o aluno se aproprie dos
conhecimentos propostos e/ou apresente suas pesquisas e demais atividades
pedagógicas.
Os procedimentos metodológicos serão desenvolvidos através de:
- Aulas expositivas;
484
- Aulas interativas;
- Leituras comentadas;
- Produção coletiva;
- Produção escrita e análise de textos em sala de aula;
- Seminários;
- Debates;
- Pesquisas;
- Produções de resenhas;
- Confecção de cartazes;
- Apresentação de trabalhos desenvolvidos pelos alunos;
- Análise de filmes;
- Dinâmicas de grupo (grupo-turma); trabalhos e discussões em dupla e em
pequeno grupo, oficinas, apresentação de vídeos e slides.
- Subsídios para o professor projetar a ação pedagógica e trabalhar com
textos, jogos e atividades.
- Aspectos relevantes para reflexão sobre a prática pedagógica.
Avaliação
Atendidos os critérios exigidos no Regimento Escolar e no PPP, é
considerado aprovado o aluno que obtiver média final, igual ou superior a 6,0 (seis)
na Disciplina e frequência mínima de 75%.
A avaliação está colocada a serviço da aprendizagem dos alunos, de modo
que permeia o conjunto de todas as ações pedagógicas.
Será realizada em função dos objetivos propostos, através da apresentação
das atividades solicitadas e da participação em todas as propostas de trabalho. A
avaliação será formativa, também chamada contínua, acontecerá durante todo o
processo de ensino-aprendizagem. Serão aplicadas provas com questões subjetivas
e/ou objetivas;. Sendo avaliados no decorrer do processo: trabalhos, atividades
variadas ( Debates; Trabalhos em grupo; Dissertação sobre temas em estudo;
Entrevista; pesquisa; Resumo, etc) e a participação dos alunos durante as aulas.
485
Sempre considerando os aspectos cognitivos, afetivos e relacionais dos alunos. A
avaliação não terá caráter seletivo ou classificatório, fundamentar-se-á em
aprendizagens significativas e funcionais passíveis de serem atualizadas e aplicadas
em diversos contextos. Todos os alunos que não se apropriarem do mínimo
necessário terão oportunidade de revisão dos conteúdos trabalhados e fazer novas
atividades avaliativas em prazo estipulado.
486
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA BARRETO, Débora. Ensino, sentidos e possibilidade na escola. Campinas, São Paulo: Autores Associados, 2005. FERRAZ, Maria Heloisa Corrêa de Toledo e FUSARI, Maria F. De Rezende: Metodologia do Ensino de Arte. São Paulo: Cortez, 1993. JAPIASSU, Ricardo. Metodologia do Ensino de Teatro. Campinas, São Paulo: Papirus, 2001. MARTINS, Mírian Celeste Ferreira Dias. Didática do Ensino da Arte: a língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998. PARANÁ, SEED . Proposta Curricular do Curso de Formação de Docentes da Educação infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na modalidade Normal, Curitiba, 2006. OSTROWER, Fayga. Universos da Arte. 24ª ed., Rio de Janeiro: Elsevier, 2004 PARANÁ, SEED. Proposta Curricular do Curso de Formação de docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na modalidade Normal, Curitiba, 2006.
487
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE METODOLOGIA
DO ENSINO DE HISTÓRIA PARA O CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES
Apresentação
Na atual conjuntura educacional, não é mais possível continuar vendo a
escola como um campo de atuação das manifestações culturais dominantes, uma
vez que a escola tem como principio básico a formação dos cidadãos nas suas
concepções mais amplas e democráticas, pois vivemos numa sociedade em que as
manifestações políticas e culturais são múltiplas e variadas e, nesse contexto, se faz
necessário a construção de uma prática pedagógica que privilegie as diferenças
existentes no próprio ambiente de sala de aula.
Assim, a disciplina de Metodologia do Ensino de História deve possibilitar a
construção do saber histórico através da relação interativa entre educador e
educando. A metodologia é elemento fundamental nesse processo de transformação
daquilo que se ensina e do significado histórico/social do que se ensina. A história
possui significados que precisam ser compreendidos pelos educandos para que haja
transformação.
Ementa
História e memória social: as finalidades do ensino de História na sociedade
brasileira contemporânea. A transposição didática da história e a construção da
compreensão e explicação histórica. Relação entre a construção da noção de tempo
e espaço e leitura do mundo pela criança. O trabalho com as fontes históricas.
Objetivos e conteúdos programáticos de história nos anos iniciais do ensino
fundamental. Planejamento, seleção e avaliação em história. Análise crítica do
material didático.
Objetivos
488
- Refletir sobre o ensino de História, identificando os conhecimentos da área
como meio para compreender e transformar a realidade social.
- Utilizar os procedimentos de análise, descrição, representação e raciocínio
histórico pra compreender o processo humano de construção da realidade social, no
espaço vivido.
Conteúdos
• Visão tradicional e renovada do ensino da História.
• Objetivos do ensino de história na sociedade brasileira contemporânea
• O fazer histórico e o fazer pedagógico – transposição didática
• Formação de conceitos históricos e geográficos (tempo e espaço)
• O trabalho com fontes históricas
• Objetivos e conteúdos programáticos de História nos anos iniciais do
Ensino Fundamental.
1. CICLO INICIAL DE ALFABETIZAÇÃO
• A história da criança (nome, sobrenome, origem, lazer, moradia,
alimentação, etc).
• Histórias, brincadeiras, jogos e canções relacionados às tradições
culturais da comunidade;
• Conhecimento do modo de ser, viver e trabalhar de grupos sociais do
presente e do passado;
• Identificação dos países sociais existentes em grupos de convívio,
dentro e fora da instituição;
• Valorização do patrimônio cultural do grupo social e interesse por
conhecer diferentes formas de expressão cultural;
• Organização familiar (componentes, trabalho, relações de parentesco,
atividades individuais e coletivas, acontecimentos do passado, presente e futuro,
etc.)
• Histórico da escola: nome, endereço, localização.
489
• História da comunidade: grupos religiosos, profissão existentes, lazer,
associações, acontecimentos do passado, presente e futuro, etc.
1. CICLO COMPLEMENTAR DE ALFABETIZAÇÃO
• Histórico do município: acontecimentos do presente, passado e futuro.
• Os grupos sociais e religiosos, lazer, moradia, educação, profissões e
futuro.
• Conhecimento do modo de ser, viver e trabalhar dos grupos sociais
que compõem o município.
• Histórias, brincadeiras, jogos e canções relacionados às tradições
culturais do município.
• A formação étnica da população do município, seus usos e costumes.
• Valorização do patrimônio cultural existente no município e interesse
por conhecer diferentes formas de expressão cultural.
• As diferentes formas de organização da produção no Paraná ontem e
hoje (escravidão, trabalho assalariado)
• Poderes que governam o município, o estado e o país
• Os símbolos municipais, estaduais e nacionais
• Localizando acontecimentos na história
• Caracterização da população brasileira: físicas. Hábitos e costumes
• As questões sociais no município, no estado e no país.
Metodologia
As atividades metodológicas desenvolvidas serão combinadas, de forma
simultânea ou sequencial, oferecendo ao aluno a oportunidade de perceber e
analisar o assunto sob diversos ângulos, de forma que o aluno se aproprie dos
conhecimentos propostos e/ou apresente suas pesquisas e demais atividades
pedagógicas.
Os procedimentos metodológicos serão desenvolvidos através de:
- Aulas expositivas;
- Aulas interativas;
490
- Leituras comentadas;
- Produção coletiva;
- Produção escrita e análise de textos em sala de aula;
- Seminários;
- Debates;
- Pesquisas;
- Produções de resenhas;
- Confecção de cartazes;
- Apresentação de trabalhos desenvolvidos pelos alunos;
- Análise de filmes;
- Dinâmicas de grupo (grupo-turma); trabalhos e discussões em dupla e em
pequeno grupo, oficinas, apresentação de vídeos e slides.
- Subsídios para o professor projetar a ação pedagógica e trabalhar com
textos, jogos e atividades.
- Aspectos relevantes para reflexão sobre a prática pedagógica.
Avaliação
Atendidos os critérios exigidos no Regimento Escolar e no PPP, é
considerado aprovado o aluno que obtiver média final, igual ou superior a 6,0 (seis)
na Disciplina e frequência mínima de 75%.
A avaliação está colocada a serviço da aprendizagem dos alunos, de modo
que permeia o conjunto de todas as ações pedagógicas.
Será realizada em função dos objetivos propostos, através da apresentação
das atividades solicitadas e da participação em todas as propostas de trabalho. A
avaliação será formativa, também chamada contínua, acontecerá durante todo o
processo de ensino-aprendizagem. Serão aplicadas provas com questões subjetivas
e/ou objetivas;. Sendo avaliados no decorrer do processo: trabalhos, atividades
variadas ( Debates; Trabalhos em grupo; Dissertação sobre temas em estudo;
Entrevista; pesquisa; Resumo, etc) e a participação dos alunos durante as aulas.
Sempre considerando os aspectos cognitivos, afetivos e relacionais dos alunos. A
491
avaliação não terá caráter seletivo ou classificatório, fundamentar-se-á em
aprendizagens significativas e funcionais passíveis de serem atualizadas e aplicadas
em diversos contextos. Todos os alunos que não se apropriarem do mínimo
necessário terão oportunidade de revisão dos conteúdos trabalhados e fazer novas
atividades avaliativas em prazo estipulado.
492
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA BITTENCOURT, Circe (org.) O saber histórico na sala de aula, 10 ed. São Paulo: Contexto, 2000 CAMRGO, D. M. P. De & ZAMBONI, Ernesta. A criança, novos tempos, novos espaços: a história e a geografia na escola. In: Em Aberto, Brasília, 7 (37): 25-30, jan/mar, 1988. PENTEADO, Heloisa Dupas. Metodologia do ensino de história e geografia. São Paulo: Cortez, 1993. SCHMIDT, Maria Auxiliadora. O uso escolar do documento histórico. Caderno de história; ensino e metodologia. Curitiba: UFPR/PROGRAD, n. 2, 1997. SOUZA, Daniela dos Santos, Prática educativa das ciências humanas: história. Curitiba: IESDE, 2005.
493
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE METODOLOGIA
DO ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O CURSO DE FORMAÇÃO DE
DOCENTES
Apresentação
A Educação Física escolar vem se constituindo como prática pedagógica, a
partir de diferentes interesses e concepções pedagógicas; portanto, com diferentes
concepções de Homem, Sociedade e dos fins da Educação.
O desafio que se apresenta para a Educação Física é de que dentro de
qualquer processo educacional ela possa ser percebida como um componente
curricular, nem mais nem menos importante que os demais, e que busque, junto
com eles, fazer com que os objetivos educacionais sejam alcançados.
O ser humano, dividido em corpo e alma ou em corpo e mente, é uma
herança histórica presente na Educação Física que também vem influenciando as
demais áreas do conhecimento. A visão do corpo unicamente como instrumento de
produtividade, rendimento ou mera compensação, é ainda muito forte e se
manifesta na Educação Física por meio de atividades repetitivas, mecânicas e
condicionantes – visão tecnicista. Lamentavelmente, a concepção de movimento aí
implícita é a do ato motor calcado exclusivamente na ótica biológica. A presença da
Educação Física no currículo escolar, historicamente, foi assegurada e determinada
através de legislação própria, bem como seus conteúdos e metodologias foram e
ainda são determinados por outras instituições, como a desportiva, a médica, a
militarista e, ainda, essencialmente, não pela escola.
Necessário se faz superar a supremacia da visão tecnicista, ainda presente
na ação pedagógica dos profissionais da área, e direcioná-la para uma práxis
centrada na reflexão, compreensão e superação da realidade, através da
apropriação do saber científico e de sua reelaboração. Esta práxis, transformadora
da realidade, visando a melhoria da qualidade de vida, terá como tema central o
movimento humano, entendido como objeto de estudo da Educação Física.
494
A Educação Física escolar deve interagir com as demais disciplinas, em todas
as iniciativas que oportunizem a produção e a socialização do conhecimento, a
partir de interesses transformadores. Este caráter interdisciplinar está presente na
citada Proposta Curricular, ao se referir aos pontos comuns com as demais
disciplinas.
É importante que o Curso do Magistério, por sua ação profissionalizante,
desenvolva a consciência de corporeidade em seus alunos, bem como o
conhecimento de que o movimento é fundamental para a criança conhecer-se e
perceber-se, enquanto corporalidade e movimento.
O professor deve assumir a Educação Física como ação pedagógica
consciente e comprometida com a totalidade do processo educativo, o qual,
emergindo do social, a ele retorna numa ação dialética. Para tanto, é necessário
que esta ação seja norteada por uma concepção clara de mundo, homem,
sociedade e educação que se pretende, onde o movimento humano, como
instrumento de transformação social, deverá ultrapassar o corporal individual e
chegar à vivência coletiva. Nesta convivência, da qual ninguém deve ser excluído, o
aluno passará a reconhecer a importância da Educação Física como um meio
prazeroso de aprendizagem e desenvolvimento.
A função social da Educação Física está na aprendizagem de temas
relacionados ao movimento/ corporeidade, através da Dança, Ginástica, Jogo e
Esporte, conhecimentos estes produzidos historicamente pela humanidade e
sistematizados aqui, com a finalidade de atender também às necessidades do
Magistério.
A ludicidade deve permear toda a atividade e estar presente em todos os
temas, por ser uma das mais importantes características da Educação Física
Escolar.
Ementa
O movimento humano e sua relação com o desenvolvimento dos domínios
motor, cognitivo e afetivo - social do ser humano. Desenvolvimento motor e
495
aprendizagem motora. A Educação Física como componente curricular. A cultura
corporal de movimentos: ação e reflexão. A criança e a cultura corporal de
movimentos: o resgate do lúdico e a expressão da criatividade.
Objetivos
• Compreender a Educação Física no Brasil;
• Conhecer as Tendências da Educação Física no Brasil;
• Reconhecer as aulas de Educação Física como espaço e momento de
integração e interação;
• Refletir sobre a importância do lúdico;
• Conscientizar os alunos sobre o importante papel das aulas de
Educação Física para o desenvolvimento integral da criança;
• Debater questões específicas do ensino da área, tais como:
adaptações de regras e espaços; a movimentação durante a aprendizagem, a
diversidade de conteúdos, incluindo além dos jogos e esportes, a ginástica, as
danças e as lutas.
• Explicitar que a perspectiva metodológica de ensino/aprendizagem,
busca o desenvolvimento da autonomia, a cooperação, a participação social e
afirmação de valores e princípios democráticos.
Conteúdos
4ª SÉRIE (2 aulas)
• História da Educação Física no Brasil;
• Três concepções da Educação Física;
• Educação Física convencional;
• Educação Física modernizada;
• Educação Física revolucionária;
• Educação Física escolar: saber e legitimidade;
496
• O movimento humano e o desenvolvimento afetivo e cognitivo do ser
humano;
• Aprendizagem motora;
• O lúdico e o processo de humanização;
• Brinquedos cantados;
• Os diferentes jogos coletivos;
• Expressões criativas;
• Noções de primeiros socorros.
Metodologia
A Educação Física caracterizar-se-á como sendo o componente curricular a
dar conta do movimento, cujo conteúdo será abordado como saber produzido e
sistematizado na prática social dos homens ao longo de sua história. O
entendimento da consciência corporal, que daí decorre, deve ultrapassar a
simplificada ideia da questão anatômica e funcional do corpo humano; busca-se a
compreensão das impressões que impregnam os corpos dos homens pelos
aspectos sócio-culturais de diferentes momentos históricos e, a partir de então,
possibilitando sua participação no processo de produção (intervenção) do seu tempo
e de aquisição de novas impressões corporais, ou seja, na sua unidade indivisível.
É importante ressaltar que, embora aparentemente separados na
apresentação deste planejamento, não entendemos que conteúdo e metodologia
possam ser tratados isoladamente. A reciprocidade é tamanha, que sua
compreensão é um dos marcos necessários ao processo educacional de
transformação que almejamos.
O resgate necessário da unidade dialética entre o agir e o pensar é que
oportunizará ao professor novos conteúdos e metodologias para um melhor
desempenho educacional. Desta forma, apoiando-nos nas considerações até aqui
apresentadas, reforçamos alguns aspectos:
• o conteúdo deverá ser abordado a partir da realidade social do aluno;
497
• o professor será o mediador entre o conhecimento científico, erudito e
universal historicamente acumulado, sendo autor da ação pedagógica, e o aluno,
que deverá apropriar-se deste conhecimento, será co-autor desta ação;
• a produção histórica do movimento é fruto do desenvolvimento do homem
de acordo com suas características e necessidades;
• a cultura corporal deverá ser compreendida como produto da história do
homem ao longo de sua existência;
• a corporeidade é uma produção social, o movimentar-se de um indivíduo
carregado de sentimentos e emoções;
• a aprendizagem será consolidada através dos pressupostos da perspectiva
histórico-cultural;
• a problematização dos conteúdos como uma forma metodológica deverá ser
calcada na criatividade, no diálogo e na produção coletiva;
• a historicização dos conteúdos abordados, é necessária na busca de uma
perspectiva interdisciplinar (visão de totalidade);
• o aluno do Curso de Magistério deve se apropriar dos pressupostos teóricos
que norteiam a Educação Física para dar conta de uma práxis transformadora da
realidade, que já deverá começar a materializar-se na 4a série do referido Curso,
através do Estágio Supervisionado.
Assim, a metodologia adotada é a dialética, de construção do conhecimento.
Os procedimentos metodológicos serão desenvolvidos através de aulas interativas,
leituras comentadas, dinâmica de grupo, apresentação de trabalhos desenvolvidos
pelos alunos, produção escrita de leituras, produção coletiva, seminários, pesquisas,
aplicações de jogos, elaboração de recursos e materiais pedagógicos.
Avaliação
Será realizada em função dos objetivos propostos, através da apresentação
das atividade solicitadas e pela participação nas propostas de trabalho. Todos os
alunos que não se apropriarem do mínimo necessário terão oportunidade de refazer
suas atividades em prazo estipulado.
498
A avaliação será entendida como um processo contínuo e sistemático,
levando em consideração a reelaboração e elaboração de novas competências, a
partir dos conteúdos trabalhados. Os conteúdos e as relações que se estabelecem
para a apropriação dos mesmos, serão um dos pontos de referência para a
observação de resultados qualitativos, não só dos envolvidos como do próprio
processo. Num primeiro plano, evidencia-se a ampliação da visão de mundo, o
domínio e a consciência corporal; num segundo, a transposição da apropriação
desta concepção teórica, para concretizar uma práxis transformadora como futuro
profissional da área da educação.
O erro será abordado como componente do processo de aprendizagem e do
domínio de novos conhecimentos, possibilitando a identificação de limites e a
superação dos mesmos. É a constatação, explicação e superação da realidade.
Os instrumentos de avaliação são: provas, trabalhos individuais e em grupo,
apresentação crítica das pesquisas feitas, participação nas brincadeiras e jogos,
resenhas dos textos estudados.
499
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA BORGES,C.J. Educação Física para a pré-escola. Rio de Janeiro: Sprint, 1987; BRUHNS, H. T. (org) Conversando sobre o corpo. Campinas, SP: Papirus, 1991; BRACHT, Valter. Educação física e aprendizagem social. São Paulo: Magister, 1992. CASTELLANI FILHO, Lino. Educação física no Brasil: a história que não se conta. Campinas: Papirus, 1988. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de educação física: São Paulo Cortez, 1992. DIEM, L. Brincadeiras e Esportes no Jardim de Infância. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1981; GALLARDO, J.S.P. Didática de Educação Física: a criança em movimento: jogo, prazer e transformação. São Paulo: TFTD, 1998; GALVÃO, Izabel. Henri Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. Petrópolis: vozes, 1995. GHIRADELLI, JÚNIOR, Paulo: Educação física progressista. São Paulo. Loyola, 1988. GONÇALVES, Maria Augusta S. Sentir, pensar e agir: corporeidade e educação. Campinas: Papirus, 1994. HUIZINGA, J. Homo ludens. São Paulo: Perspectiva, 1980. LÚRIA, Alexander Romanovich. A construção da mente. São Paulo: Ícone. MARCO, A. de et. All. Pensando a Educação Motora. Campinas: Papirus, 1995; MAGILL, R. A. Aprendizagem Motora: Conceitos e aplicações. São Paulo: Edgard Blucher Ltda, 1984; MEDINA, João Paulo. A Educação física cuida do corpo e ... mente. Campinas: Papirus, 1987. METODOLOGIA DO ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA. Coletivo de autores. São Paulo: Cortez, 1993; MOREIRA, W.W. (org.) Educação física & esporte: perspectiva para o século XXI. Campinas: Papirus, 1993.
500
PARANÁ, SEED. Proposta Curricular do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na modalidade Normal, Curitiba, 2006. PIAGET, J. A construção do real na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1970. REGO, Teresa Cristina. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. Vozes: Petrópolis, 1995.
501
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ORGANIZAÇÃO
DO TRABALHO PEDAGÓGICO PARA O CURSO DE FORMAÇÃO DE
DOCENTES
Apresentação
A Disciplina de Organização do Trabalho Pedagógico faz parte do grupo das
Disciplinas de Formação Específica do Curso de Formação de Docentes em nível
médio. Tem por finalidade ofertar conteúdos que instrumentalizam o futuro docente
para compreenderem o sentido da Educação Nacional, suas estruturas
administrativa e pedagógica. Seu conteúdo fundamenta-se nas políticas públicas e
na diversidade de ações que as instituições escolares realizam cotidianamente, ou
seja, na organização do trabalho pedagógico.
Historicamente era trabalhado a estrutura e o funcionamento do 1º Grau e a
Didática Geral, mas atualmente seu objeto de estudo são as legislações e as
políticas públicas que regulamentam o trabalho pedagógico na Educação Básica,
pautados na LDB 9394/96.
Tendo em vista uma educação de qualidade, a organização do trabalho
articula a teoria e a prática, através de observações, participações e ações no
campo de prática de formação, fundamentada nas disciplinas curriculares.
A disciplina é fundamental na formação do professor, subsidiando-o em sua
ação docente e nas demais áreas metodológicas do curso.
Ementa
• Organização do sistema escolar brasileiro: aspectos legais.
• Níveis e modalidades de ensino.
• Elementos teórico-metodológicos para análise de políticas públicas:
Nacional,
Estadual e Municipal.
• Políticas para a Educação Básica.
502
• Análise da política educacional para a Educação Básica Nacional,
Estadual e
Municipal.
• Apresentação e análise das Diretrizes Curriculares Nacionais de
Educação.
• Apresentação e análise crítica dos Parâmetros Curriculares e temas
transversais.
• Financiamento educacional no Brasil.
• Fundamentos teórico-metodológicos do trabalho docente na Educação
Básica.
• O trabalho pedagógico como princípio articulador da ação pedagógica.
• O trabalho pedagógico na Educação Infantil e Anos Iniciais.
• Os paradigmas educacionais e sua prática pedagógica.
• Planejamento da ação educativa: concepções de currículo e ensino.
• O currículo e a organização do trabalho escolar.
Objetivos
1º Série:
Conhecer a organização do sistema escolar brasileiro.
Compreender os aspectos legais que regulamentam a educação
brasileira, estadual e municipal.
Análise de políticas públicas mundiais, nacionais, estaduais e
municipais, bem como da organização do trabalho escolar.
Entender as diretrizes curriculares nacionais de educação e o currículo.
Instrumentalizar as alunas do Curso de Formação de Docentes para o
exercício da profissão.
Incentivar os alunos a iniciação à pesquisa científica e a participação
consciente de órgãos representativos junto à escola e ao poder público.
503
2ª Série:
A disciplina pretende contribuir para a formação do futuro professor
mediante o exame das especificidades do trabalho docente na situação
institucional escolar. Esta especificidade compreende:
a percepção reflexiva e crítica das situações didáticas, no seu contexto
histórico e social;
a compreensão crítica do processo de ensino na sua função de
assegurar, com eficácia, o encontro ativo do aluno com as disciplinas
que compõem o currículo escolar e, portanto, das condições e modos
de articulação entre os processos de transmissão e assimilação de
conhecimentos;
discutir e analisar a natureza das produções sobre o ensino: a Didática,
o domínio de métodos, procedimentos e formas de direção,
organização e controle do ensino em face de situações didáticas
concretas.
O estudo das diferentes perspectivas de análise da relação ensino-
aprendizagem e da relação professor-aluno
Oferecer ao futuro professor uma instrumentalização, ao mesmo
tempo, teórica e técnica, para que realizem o trabalho docente, em
condições de criar sua própria didática, ou seja, sua prática de ensino
em situações didáticas específicas conforme o contexto social em que
ele atue.
Incentivar os alunos para a iniciação à pesquisa científica e a se tornar
um professor pesquisador, utilizando os atuais recursos tecnológicos.
Conteúdos
1º SÉRIE:
1º BIMESTRE: A organização do ensino brasileiro
1. Sistema e Sistema Escolar
504
1.1 O que é sistema?
1.2 O que é sistema escolar?
1.3 Contribuições da sociedade para o sistema escolar
1.4 Contribuições do sistema escolar para a sociedade.
1.5 Estrutura do sistema escolar brasileiro
2. Sistema escolar brasileiro
2.1 Níveis de Ensino
2.2 Modalidades de ensino
2.3 Funcionamento do sistema escolar
2.4 Direitos e deveres
3. Estrutura administrativa do ensino brasileiro
3.1 Princípios norteadores
3.2 Níveis administrativos
3.3 Recursos financeiros
O Ensino Fundamental
1. Do primário ao fundamental
1.1 A escolaridade obrigatória nas constituições brasileiras
1.2 O Ensino Fundamental
2. Princípios e finalidades
2.1 Princípios do ensino
2.2 Finalidades da educação
2.3 Objetivos do ensino fundamental
LDB 9394/96
2º BIMESTRE:
3. Currículo escolar
505
3.1 Retrospectiva histórica
3.2 Concepções de currículo escolar
3.3 Papel dos educadores e da escola
3.4 O “currículo oculto” e os livros didáticos
3.5 A Questão do currículo escolar nos documentos oficiais
4. Avaliação, recuperação e promoção
4.1 Rendimento escolar
4.2 O processo de avaliação e os instrumentos
3º BIMESTRE:
5. Modalidades especiais de educação
5.1 Educação Especial
5.2 Educação Profissional
5.3 Educação de jovens e adultos
5.4 Educação dos povos indígenas e a cultura afro-brasileira
5.5 Educação à distância
A escola de Ensino Fundamental
1. Organização formal da escola
1.1 A escola como organização
1.2 Estrutura administrativa da escola
1.3 Direção de escola
1.4 Orientação educacional e pedagógica
1.5 Regimento Escolar
1.6 Diário de Classe
2. Relações humanas na escola
2.1 Relações interna
2.2 Relações externas
3. Recursos materiais
506
3.1 O terreno
3.2 O prédio da escola
3.3 A sala de aula
3.4 Dependências comuns
3.5 Regime de trabalho
4. Organizações auxiliares da escola
4.1 Programas suplementares
4.2 Associação de pais e mestres
4.3 Conselho Escolar e Organização Estudantil
4º BIMESTRE: Profissionais da educação
1. O educador e a lei
1.1 Formação
1.2 Aperfeiçoamento e atualização
1.3 Valorização dos educadores
1.4 Estatuto do magistério
1.5 O papel dos sindicatos na educação
2. A valorização do educador
2.1 Condições de trabalho
2.2 Remuneração digna
2.3 Participação no processo de transformação social
2.4 Autonomia
2.5 Auto-realização
2.6 Auto-valorização
2.7 Formas de capacitação docente
2ª SÉRIE:
1 Planejamento
Breve retrospectiva histórica
507
Planejamento como princípio prático
Planejamento instrumental/normativo
Planejamento participativo
Núcleo do problema do planejamento
Idealismo
Formalismo
Não-participação
2 Planejamento escolar
2.1 Planejamento educacional, de currículo e de ensino
2.2 A importância do planejamento escolar
2.3 Etapas do planejamento de ensino
2.4 Projeto político-pedagógico
2.4.1 Marco referencial
2.4.2 Diagnóstico
2.4.3 Programação
2.5 O plano da escola
2.6 Componentes básicos do planejamento de ensino
2.6.1 Plano anual
2.6.2 Plano bimestral
2.6.3 Planejamento de aula
3 Metodologia da pedagogia histórico-crítica
3.1 Passos
3.2 Processo dialético de construção do conhecimento escolar
3.3 Exemplos de roteiros de aula publicados
3.4 Roteiro de aula comentado
3.5 Roteiro de aula sugerido
4 Metodologia da Problematização da concepção da práxis
4.1 Proposta de Roteiro de Trabalho
508
4.2 Roteiro de aulas publicados
5 Trabalho pedagógico
5.1 Construção do conhecimento em sala de aula
5.2 Metodologias de ensino
5.3 Construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula
5.4 Avaliação escolar
5.5 Recursos educacionais - tecnologias
6 Os projetos de trabalho: uma forma de organizar os conhecimentos
escolares
6.1 Origem e sentido dos projetos na escola
6.2 Os projetos de trabalho: outra forma de chamar os Centros de Interesse?
6.3 A escolha do tema
6.4 A atividade docente após a escolha do projeto
6.5 A atividade dos alunos após a escolha do projeto
6.6 A busca das fontes de informação
6.7 O índice como estratégia de aprendizagem
6.8 Realizar um dossiê de síntese dos aspectos tratados no projeto
8.9 A avaliação do processo de aprendizagem dos alunos
Metodologia
As atividades serão desenvolvidas através da construção dialética do
conhecimento, com pesquisa de campo e bibliográfica, aulas práticas, entrevistas, e
observações durante o estágio supervisionado.
Durante o curso pretende-se que o aluno assimile e compreenda a aplicação
de todos os temas estudados, com apresentação de trabalhos coletivos,
independentes, permeando as ações docentes e publicando seus conhecimentos.
O estudante deverá fazer leituras complementares dos documentos
propostos, desenvolvendo o gosto pela pesquisa.
509
Serão utilizados os seguintes recursos didáticos: os referenciais teóricos
reproduzidos em xérox, vídeos, TV Multimídia, slides, DVDs, rádio, quadro de giz,
laboratório de informática com acesso a internet e materiais pedagógicos
específicos.
As atividades metodológicas privilegiará a produção escrita e oral, coletiva e
individual, oferecendo ao aluno a oportunidade de perceber e analisar o assunto sob
diversos ângulos, de forma que o aluno se aproprie dos conhecimentos propostos
e/ou apresente suas pesquisas e demais atividades pedagógicas aos colegas.
Os procedimentos metodológicos a serem desenvolvidos:
• Aulas interativas;
• Leituras comentadas;
• Produção escrita e análise de textos em sala de aula individuais e
coletivos;
• Apresentação de trabalhos desenvolvidos pelos alunos;
• Análise de cenas de filmes, clips, música, charge, tiras em quadrinhos,
e etc;
• Dinâmicas de grupo diversificadas, como por exemplo: seminários;
debates; pesquisas; Phillips 66...
• Pesquisa de campo, elaborado e apresentado os resultados pelos
alunos.
Avaliação
Será realizada em função dos objetivos propostos, através da apresentação
das atividades solicitadas e pela participação de nas propostas de trabalho. O aluno
deverá realizar auto-avaliações para que defina o seu grau de envolvimento e
aprendizagem. Todos os alunos que não se apropriarem dos temas propostos terão
oportunidade de recuperação de estudos em prazo estipulado.
Os instrumentos de avaliação são: produções escritas e orais, provas
(objetivas, subjetivas, com predominância de questões qualitativas), trabalhos, fichas
510
de observação e relatórios e outros instrumentos a serem sugeridos no decorrer do
curso.
Atendidos os critérios exigidos no Regimento Escolar e no PPP, é
considerado aprovado o aluno que obtiver média final, igual ou superior a 6,0 (seis)
na Disciplina e frequência mínima de 75%.
A avaliação é um dos instrumentos que se vale o professor para garantir a
qualidade da aprendizagem dos alunos, de modo que permeia o conjunto de todas
as ações pedagógicas.
A avaliação proposta se caracteriza em diagnóstica, formativa, somativa e
contínua, durante todo o processo de ensino-aprendizagem.
511
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA 1ª SÉRIE ATHANAEL, Paulo Pereira de Souza; SILVA, Eurides Brito da. Como entender e aplicar a nova LDB. São Paulo: Pioneira, 1998.
____. LDB e o Ensino Superior: Estrutura e Funcionamento. São Paulo: Pioneira, 1998. BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998. ____. Plano Decenal de Educação para Todos. Brasília: MEC/SEF, 1994. ____. Escola Hoje. Brasília: MEC/SEF, 1996. Cadernos da TV Escola. ____. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9394/96. Curitiba: Gráfica e Ed. Popular, 1997. BRASIL, Ministério do Bem Estar Social. Estatuto da Criança e do Adolescente. Curitiba, Imprensa Oficial, 1993. BREJON, Moisés. Estrutura e Funcionamento do Ensino de 1º e 2º Graus. São Paulo: Pioneira, 1993. FREITAG, Bárbara. Estado, escola e sociedade. São Paulo: Cortez, 1990.
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MONLEVADE, João A. C. Funcionários das Escolas Públicas: Educadores Profissionais ou Servidores Descartáveis? S.l.: s.ed., s.d. NOVA ESCOLA. PCN Edição Especial. São Paulo: Ed. Abril, 2000?
NISKIER, Arnaldo. LDB a nova Lei da Educação. Rio de Janeiro, 1997. PARANÁ, Governo do Estado. Projeto Político Pedagógico para a Escola Pública. Curitiba: Imprensa Oficial, 1992. ____. Paraná: Construindo a Escola Cidadã. Curitiba: Imprensa Oficial, 1992.
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COELHO, Lívia Dias. Procedimentos de Ensino: um movimento entrea teoria e a prática pedagógica. Curitiba: Champagnat, 2007. GAVALDON, Luíza Laforgia. Desnudando a escola. São Paulo: Pioneira, 2007.
GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagógica histórico-crítica. Campinas: Autores Associados, 2007. GIL, Antonio Carlos. Didática do Ensino Superior. São Paulo: Atlas, 2009.
GOMEZ, Margarita Victoria. Educação em rede: uma visão emancipadora. São Paulo: Cortez, 2004.
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MAGDALENA, Beatriz; COSTA, Íris Elisabeth Tempel. Internet em sala de aula. Porto Alegre: Artmed, 2003. MEC – Secretaria de Educação a Distância. Integração das Tecnologias na Educação. Brasília: MEC, 2005. MUNDO JOVEM. Disponível em http://www.mundojovem.pucrs.br acessado em 11/02/2007 as 10h50min. PERRNOUD, Philippe. A prática reflexiva no ofício de professor: profissionalização e razão pedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2002. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Política educacional da SEED/PR. Disponível em http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/portal/institucional/nossapolitica.php?PHPSESSID=2007021110525866 acessado em 11/02/2007 as 11h. ____. Orientações curriculares para o curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na modalidade normal. Texto. VASCONCELOS, Celso. Avaliação. São Paulo: Libertad, 1994.
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____. Planejamento. São Paulo: Libertad, 1999. ____. Artigos e textos on-line. Disponível em http://www.celsovasconcellos.com.br/artigos.html acessado em 11/02/2007 as 10h50min.
514
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE METODOLOGIA
DO ENSINO DE GEOGRAFIA PARA O CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES
Apresentação
A clareza teórico-metodológica é fundamental para que o estudante da
Formação de docentes possa contextualizar os seus saberes, os dos seus alunos, e
os de todo o mundo à sua volta, ultrapassando a visão tecnicista e tradicional do
ensino da Geografia.
O estudante da Formação de docentes precisa estar consciente de que, para
ser um sujeito ativo, criativo e consequente em seu meio, como ser social, e em seu
campo de trabalho, como profissional, é preciso estar sensível aos processos
históricos e geográficos em curso no meio em que vive. Sem o embasamento dos
conhecimentos das Ciências Humanas, esse futuro professor pode tomar as
condicionantes determinações do meio como obstáculo intransponíveis para a ação
pretendida. Desta forma ao tomar as determinantes do meio como problema,
questões colocadas, à matéria-prima desafiadora para a ação que pretende
desencadear. O aluno-mestre precisa estar em condições de avaliar as observações
na Prática de Formação, de refletir sobre o profissional que deseja ser, saber lidar
com a indisciplina, com os pais, com a comunidade e os problemas sociais de sua
localidade. A instrumentalização nas metodologias e recursos didáticos/tecnológicos
e demais temas selecionados podem possibilitar uma prática docente produtiva.
A disciplina de Metodologia de Geografia proporciona nos alunos a
capacidade de identificar e analisar, os recursos naturais, as questões sociais,
econômicas, geográficas, históricas e políticas em diferentes escalas, do local para o
mundo, as alterações que as diversas sociedades humanas estabelecerem com os
seus territórios, quer na utilização do espaço, quer no aproveitamento dos recursos
naturais, quer na valorização dos resultados de atitudes corretas em relação a si e
ao próximo.
Ementa
515
Concepções de Geografia – A geografia como Ciência;
Compreensão do Espaço produzido pela sociedade (espaço
relacional);
Aspectos teóricos – metodológicos de ensino da geografia;
Objetivos e finalidades do Ensino da Geografia na Proposta Curricular
do Curso de Formação de Docentes da Educação infantil e Anos
Iniciais do ensino fundamental, atendendo as especificidades do estado
do Paraná (quilombolas , indígenas, campo e ilhas)
Relação entre conteúdos, Método e Avaliação;
Os conteúdos básicos de Geografia na Educação infantil e Anos
iniciais;
Diferentes Tendências da Geografia,
Bibliografia e concepção de Geografia como ciência;
Análise Crítica e elaboração de recursos didáticos para Educação
infantil e Anos Iniciais;
Análise Crítica dos livros didáticos dos Anos Iniciais.
Objetivos
Instrumentalizar as alunas do Curso de Formação de Docentes para o
exercício da ação docente;
Estudar as concepções de geografia, diferentes tendências, a
dimensão histórica da disciplina;
Analisar os fundamentos históricos metodológicos da Geografia;
Compreender os conteúdos estruturantes de Geografia de séries
iniciais e na Educação Infantil, verificando quais as metodologias,
técnicas pedagógicas mas adequadas a cada tema, seus recursos
tecnológicos e formas de avaliação.
Desenvolver oficinas temáticas, com a construção e análise dos
recursos tecnológicos;
516
Levantamento, seleção e leitura de acervo bibliográfico disponível para
as séries iniciais e de educação infantil, inclusive na rede municipal de
ensino.
Conhecer as especificidades do espaço geográfico paranaense e
município, inclusive a cultura negra, indígena, do campo e ilhas.
Encaminhar os alunos para a iniciação à pesquisa e exploração do
meios em que vive utilizando diversos métodos de pesquisa e registro
das atividades.
Conteúdos
1º BIMESTRE:
• O que é geografia? O que estuda? Qual a sua importância teórica e
política deste saber?
• Diretrizes curriculares de geografia para a educação básica
• Orientações pedagógicas para os anos iniciais do Ensino Fundamental
de nove anos – SEED/PR
• O uso de mapas
• Desenvolvimento das primeiras noções de referência espacial
(lateralidade)
• Construção das primeiras representações espaciais (o corpo)
• Representando espaços conhecidos;
• Construção de mapas básicos
• Elaboração de mapas temáticos
• Trabalhando com escalas
• Orientação através de pontos cardeais
• Maquetes das salas de aulas, frequentadas pelos alunos deficientes
visuais
2º BIMESTRE:
• Bússolas e meios de orientação
517
• Análise de propostas curriculares de autores nacionais e da Secretaria
Municipal de Educação local.
• Formas de utilização do mapa como instrumental básico para o estudo
da Geografia.
• Atividades para construção da noção de representação espacial.
• Construção de um mapa com significado
• Orientação em um mapa pelos pontos cardeais e colaterais.
• Orientação em um mapa por linhas coordenadas.
• Aplicação das noções de escala, legenda e orientação por pontos
cardeais e por linhas coordenadas.
• Termos cartográficos adequados aos séries iniciais do Ensino
Fundamental.
• Bússolas e meios de orientação.
3º BIMESTRE:
• A cartografia como linguagem para o ensino da Geografia
• Construção de Maquetes (Plantas, Mapas, Globos)
• Estudo do meio: construção de livro do seu bairro
• Leitura da Paisagem
• Entrevista, Uso de Fichas, relatórios, e demais instrumentos.
• Imagens, fotografias, desenhos, TV, vídeo, dvd, rádio. (observar as
mudanças ocorridas ao longo do tempo).
• Ensino da Geografia, atendendo as especificidades do estado do
Paraná (quilombolas, indígenas, campo e ilhas).
• Oficina: Jogos pedagógicos; Leitura de livros (textos de autores locais e
estaduais);
• Planejando aulas de geografia
4º BIMESTRE:
518
• Sugestões de metodologias/recursos: Álbuns, diários, Árvore
genealógica e o brasão da família, mural didático, Brincadeiras, Linha do tempo,
calendário.
• Estudo do meio – representação pelas maquetes
• Leitura da Paisagem
• Entrevista
• Uso de Fichas, relatórios, e demais instrumentos.
• Imagens, fotografias, desenhos, TV, vídeo, dvd, rádio. (observar as
mudanças ocorridas ao longo do tempo).
• Análise Crítica dos livros didáticos dos Anos Iniciais.
• Discussão sobre a relação entre conteúdos, método e avaliação.
• Instrumentos de avaliação e sua relação com o método.
• Estudo de campo: observação, descrição e excursão.
• Recursos naturais
• Softwares, sites e recursos on-line no ensino da Geografia.
Metodologia
As atividades serão desenvolvidas através da construção dialética do
conhecimento, com atividades de pesquisa de campo e bibliográfica, aulas práticas,
oficinas e construção de materiais didáticos.
Durante o curso pretende-se que o aluno aplique todos os métodos
estudados, com apresentação de trabalho coletivos, independentes e ações
docentes.
O aluno deverá fazer leituras complementares dos conteúdos propostos,
desenvolvendo o gosto pela pesquisa científica.
Desenvolver projetos pedagógicos relacionados com a diversidade cultural e
temas contemporâneos.
Serão utilizados os seguintes recursos:
• A aula de campo como prática de ensino de Geografia
• A cartografia como linguagem para o ensino da Geografia
519
• Álbuns, diários...
• Árvore genealógica e o brasão da família, mural didático.
• Brincadeiras
• Bússolas e meios de orientação
• Confecção de encartes de Educação Ambiental.
• Entrevista
• Estudo do meio. Leitura da Paisagem
• Fichas, relatórios, e demais instrumentos.
• Imagens, fotografias, desenhos, TV, vídeo, dvd, rádio. (observar as
mudanças ocorridas ao longo do tempo).
• Jogos pedagógicos
• Leitura de livros e textos de autores locais e estaduais
• Linha do tempo, calendário.
• Maquetes
• Observação, descrição e excursão.
• Plantas, Mapas, Globos.
• Recursos naturais
• Slides, transparências, cartazes...
• Softwares, sites e recursos on-line no ensino da Geografia.
Avaliação
Será realizada em função dos objetivos propostos, através da apresentação
das atividades solicitadas e pela participação de nas propostas de trabalho. O aluno
deverá realizar auto-avaliações para que defina o seu grau de envolvimento e
aprendizagem. Todos os alunos que não se apropriarem dos temas propostos terão
oportunidade de recuperação de estudos em prazo estipulado.
Os instrumentos de avaliação são: produções escritas e orais, provas
(objetivas, subjetivas, com predominância de questões qualitativas), trabalhos, fichas
de observação e relatórios e outros instrumentos a serem sugeridos no decorrer do
curso.
520
Atendidos os critérios exigidos no Regimento Escolar e no PPP, é
considerado aprovado o aluno que obtiver média final, igual ou superior a 6,0 (seis)
na Disciplina e frequência mínima de 75%.
A avaliação é um dos instrumentos que se vale o professor para garantir a
qualidade da aprendizagem dos alunos, de modo que permeia o conjunto de todas
as ações pedagógicas.
A avaliação proposta se caracteriza em diagnóstica, formativa, somativa e
contínua, durante todo o processo de ensino-aprendizagem.
521
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA ALMEIDA, Rosângela Doin de. O espaço geográfico: ensino e representação. São Paulo: Contexto, 2005. ANTUNES, Celso. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. Petrópolis: Vozes, 2000. _____. A sala de aula de Geografia e História: inteligências múltiplas, aprendizagem significativa e competências no dia-a-dia. Campinas: Papirus, 2001. APIESP. Seminário Áreas do Conhecimento. Faxinal do Céu: Universidade do Professor, 1998. DITZEL, Carmencita de Holleben Mello; SAHR, Cicilian Luiza Löwen. Espaço e Cultura – Ponta Grossa e os Campos Gerais. Ponta Grossa: UEPG, 2001.
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524
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE METODOLOGIA
DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA E ALFABETIZAÇÃO PARA O CURSO
DE FORMAÇÃO DE DOCENTES
Apresentação
É importante que o alfabetizador desenvolva senso crítico para analisar a
aplicação da língua e da linguagem em cada processo de alfabetização que podem
ser construtivista, silábica ou fônica, englobando as contribuições oriundas da
educação linguística, sociolinguística e psicolinguística ao processo de aquisição da
escrita e leitura na alfabetização. Conhecer e pesquisar os métodos e suas
funcionalidades é indispensável, pois o alfabetizador necessita planejar suas
atividades e aplicá-las de forma consciente, visando melhoria na qualidade do
ensino e formando cidadãos mais preparados socioculturalmente.
Ementa
A leitura da escrita como atividades sociais significativas. A atuação do
professor de Língua e Alfabetização: pressupostos teóricos-práticos. As
contribuições das diferentes Ciências (História, Filosofia, Psicologia, Pedagogia,
Linguística, Psicolinguística, Sociolinguística) na formação do professor de Língua
Portuguesa e Alfabetização. Estudos e análise crítica dos diferentes processos de
Ensino da Língua Portuguesa, da Alfabetização e do Letramento. Considerações
teórico-metodológicas para a prática pedagógica de Alfabetização e Letramento.
Objetivos
- Conhecer a história da Alfabetização, analisando o percurso da escrita e a
sua história através de experiências vivenciadas.
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- Ampliar a competência linguística dos alunos (através das habilidades de
ouvir, falar e escrever) para torná-los cada vez mais conscientes e e independentes
em seu modo de pensar o mundo e atuar sobre ele.
- Analisar e compreender as formas de alfabetização.
- Compreender o papel da língua e da linguagem na alfabetização.
Conteúdos
3ª SÉRIE: (2 aulas)
• História da escrita;
• A função social da escrita;
• A importância da escrita;
• Compreendendo as relações oralidade e escrita;
• História com o próprio nome;
• Concepção de Linguagem (linguagem e sociedade), de linguagem
escrita, de alfabetização e de letramento;
• Concepção de Linguagem (variação linguística);
• Linguagem e pensamento;
• Alfabetização ou letramento? O papel da escola como alfabetizador;
• Análise crítica dos processos de alfabetização e ensino da Língua
Portuguesa;
• Diferentes programas de alfabetização desenvolvidos no Brasil.
4ª SÉRIE: (2 aulas)
Teorias sobre a aquisição do conhecimento e sobre a aquisição da
leitura e escrita;
Conceito de texto, d leitura e de escrita;
Leitura e interpretação;
Tipologia textual e funções da linguagem;
Trabalhando com tipos de textos (literário, informativo, epistolares,
publicitários, humorísticos e contratuais);
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Produção e reescrita (reestruturação) de textos;
Análise linguística;
Características do sistema gráfico da Língua Portuguesa;
Noções básicas de fonética, fonologia e ortografia;
Padrões silábicos da Língua Portuguesa;
Atividades de sistematização para o domínio do código;
Concepção de ensino e de aprendizagem;
Processo de avaliação.
Procedimentos metodológicos;
Análise crítica dos PCNs e dos RCNEI.
Metodologia
As atividades metodológicas desenvolvidas serão combinadas, de forma
simultânea ou sequencial, oferecendo ao aluno a oportunidade de perceber e
analisar o assunto sob diversos ângulos, de forma que o aluno se aproprie dos
conhecimentos propostos e/ou apresente suas pesquisas e demais atividades
pedagógicas.
Os procedimentos metodológicos serão desenvolvidos através de:
- Aulas expositivas;
- Aulas interativas;
- Leituras comentadas;
- Produção coletiva;
- Produção escrita e análise de textos em sala de aula;
- Seminários;
- Debates;
- Pesquisas;
- Produções de resenhas;
- Confecção de cartazes;
- Apresentação de trabalhos desenvolvidos pelos alunos;
- Análise de filmes;
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- Dinâmicas de grupo (grupo-turma); trabalhos e discussões em dupla e em
pequeno grupo, oficinas, apresentação de vídeos e slides.
- Subsídios para o professor projetar a ação pedagógica e trabalhar com
textos, jogos e atividades.
- Aspectos relevantes para reflexão sobre a prática pedagógica.
Avaliação
Atendidos os critérios exigidos no Regimento Escolar e no PPP, é
considerado aprovado o aluno que obtiver média final, igual ou superior a 6,0 (seis)
na Disciplina e frequência mínima de 75%.
A avaliação está colocada a serviço da aprendizagem dos alunos, de modo
que permeia o conjunto de todas as ações pedagógicas.
Será realizada em função dos objetivos propostos, através da apresentação
das atividades solicitadas e da participação em todas as propostas de trabalho. A
avaliação será formativa, também chamada contínua, acontecerá durante todo o
processo de ensino-aprendizagem. Serão aplicadas provas com questões subjetivas
e/ou objetivas;. Sendo avaliados no decorrer do processo: trabalhos, atividades
variadas ( Debates; Trabalhos em grupo; Dissertação sobre temas em estudo;
Entrevista; pesquisa; Resumo, etc) e a participação dos alunos durante as aulas.
Sempre considerando os aspectos cognitivos, afetivos e relacionais dos alunos. A
avaliação não terá caráter seletivo ou classificatório, fundamentar-se-á em
aprendizagens significativas e funcionais passíveis de serem atualizadas e aplicadas
em diversos contextos. Todos os alunos que não se apropriarem do mínimo
necessário terão oportunidade de revisão dos conteúdos trabalhados e fazer novas
atividades avaliativas em prazo estipulado.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA PARANÁ, SEED. Proposta Curricular do curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na modalidade Normal, Curitiba, 2006. BAGNO. M. Et alii. Língua Materna: letramento, variação e ensino. São Paulo: Parábola, 2002 LERNER. D. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002 KOCH. I.V. Desvendando os segredos de texto. São Paulo: Cortez, 2002. CALVET, Louis – Jean. Sociolingüística: Uma introdução critica São Paulo: Parábola, 2002. SOARES, Magda. Linguagem e Escola. São Paulo: Ática 2005 MARIS, Stella, BORTONE, Ricardo. Educação em língua Materna. São Paulo: Parábola, 2004. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília 1997 GOMES, Maria de Lúcia Castro. Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa. São Paulo: IBPX, 2007. SOARES, Magda. Alfabetização e Letramento. São Paulo: Contexto, 2003. FERRERO, Emilia. Relações de (IN) dependência entre oralidade e escrita. Porto Alegre: Artmed, 2003. SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. 2 ed. Belo Horizonte: Autentica,2001. FERRERO. E.; TEBEROSKY, A Psicogênese da Língua Escrita. Porto Alegre: Artmed, 1999. RIOLFI, Claudia, [eat at.] Ensino de língua Portuguesa. São Paulo: Thompsom Learning, 2008. OLIVEIRA, MartaKohl. Vygostsky: Aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio-histórico. São Paulo: Scipione,1997.
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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE CONCEPÇÕES
NORTEADORAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA O CURSO DE FORMAÇÃO
DE DOCENTES
Apresentação
Sabendo que a educação inclusiva passa a integrar a proposta pedagógica da
escola regular, promovendo o atendimento às necessidades educacionais especiais
de alunos é importante esta proposta no curso de Formação Docente, pois a mesma
possibilitará suporte teórico que norteiam a Educação Especial reconhecendo a
inclusão como causa social e também a ampliação da visão dos alunos acerca da
natureza do trabalho profissional, como também a percepção das especificidades do
ofício diante de diferentes demandas sociais e políticas, assumindo uma postura de
compromisso com a comunidade escolar, inovando e tendo um olhar voltado para
ver o aluno com necessidades educativas especiais como quem vai se apropriando
da aprendizagem, respeitando as diferenças, integrando-o numa pedagogia
adequada, levando-os à mais ampla integração social e ao desenvolvimento
individual pleno.
Ementa
Reflexão crítica de questões ético-políticas e educacionais na ação do
educador quanto a interação dos alunos com necessidades educacionais especiais.
A proposta de inclusão visando a qualidade de aprendizagem e sociabilidade para
todos e, principalmente, ao aluno com necessidades educacionais especiais.
Conceito, legislação, fundamentos históricos, sociopolíticos e éticos. Formas de
atendimento da Educação Especial nos sistemas de ensino. A ação do educador
junto a comunidade escolar: inclusão, prevenção das deficiências; As
especificidades de atendimento educacional aos alunos com necessidades
educacionais especiais e apoio pedagógico especializado nas áreas da educação
especial. Avaliação no contexto escolar; Flexibilização curricular, serviços e apoios
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especializados. Áreas das deficiências. Áreas de Transtorno do Déficit de Atenção
com Hiperatividade (TDAH); Área de Deficiência Física, Neuromotora. Área de
Deficiência Intelectual; Área de Superdotação / Altas Habilidades; Área da
Deficiência Auditiva; Área da Deficiência Visual; Múltiplas Deficiências.
Objetivos
• Instrumentalizar os futuros educadores para uma reflexão crítica das
questões ético-políticas e educativas voltadas para as pessoas com necessidades
educacionais especiais.
• Analisar criticamente o papel da Educação Especial no processo de
inclusão das pessoas com necessidades educacionais especiais.
Conteúdos
2ª SÉRIE (2 aulas)
1 - História e Política da Educação Especial;
- A Educação Especial até o Século XVIII;
- A Educação Especial a partir do Século XIX;
- A Educação Especial no Século XX;
- A Educação Especial no Brasil;
- A nova Concepção de Educação Especial;
- Objetivos da Educação Especial;
- Um paradigma em Educação Especial segundo Vygotski;
2 - Legislação Específica de Educação Especial;
3 – Causas e Prevenção das Deficiências;
- Estudo das diferentes Síndromes e Transtornos.
4 – Conceituação e classificação das Áreas de Atendimento da Educação
Especial;
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• - Deficiência Intelectual;
• - Deficiência Física;
• - Deficiência Auditiva;
• - Deficiência Visual;
• - Áreas de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade
(TDAH);
• - Altas Habilidades / Superdotação;
• - Deficiências Múltiplas;
5- Avaliação para identificação das necessidades educacionais especiais;
Fatores que prejudicam a aprendizagem;
O trabalho com alunos com necessidades especiais;
Indisciplina se aprende;
Práticas pedagógicas na educação especial;
Trabalhando com o aluno com necessidades especiais;
Distúrbios da fala;
Dislexia;
Disgrafia;
Discalculia;
Dislalia;
6- Serviço e apoio especializados;
Sala de Recursos;
Centro de Atendimento Especializado – Surdez e Visual;
Professor de Apoio Permanente;
Profissional Interprete;
Atendimento Pedagógico Domiciliar;
Classes Hospitalares;
Classe Especial;
Educação Profissional;
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7- Adaptações Curriculares;
Adaptações não significativas (pequeno porte);
Adaptações Curriculares;
Adaptações significativas (grande porte);
8- Recursos Pedagógicos Adaptados.
Metodologia
A metodologia de trabalho é a dialética de construção do conhecimento:
SINCRESE – ANÁLISE – SÍNTESE. Para tanto, serão utilizadas aulas dialogadas,
processo de inclusão, debates para discussão do tema INCLUSÃO, construção de
materiais adaptados, entre outros.
Através de uma metodologia e questionamento reflexivo em que no primeiro
momento se faz a mobilização para o conhecimento através de leituras das Leis e
outras fontes de informação, o debate, troca de idéias e experiências vividas num
trabalho cooperativo, como pessoa, alunos com alguns documentos de apoio para
conduzir a uma discussão e reflexão em grupo e de relatos orais e escritos, sobre
questões levantadas e a possibilidade de intervir caso não esteja acontecendo.
Nos estudos de textos diferentes estratégias se ensino serão usados como:
seminários, oficinas, painéis, aulas expositivas, estudo dirigido, pesquisas de campo
e o suporte informático sob a forma de pesquisas teóricas.
Será embasado em aulas expositivas e explicativas, dinâmicas, trabalhos em
grupo, utilização de filmes e documentários, levando o aluno à produção do
conhecimento de diferentes estratégias, através de revistas, livros, filmes e
documentários, textos complementares.
Avaliação
A avaliação do desempenho do educando levará em conta o desenvolvimento
de sua aprendizagem reflexiva em que deverá ser registrada a forma como construiu
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o saber de cada assunto, demonstrando assim o desenvolvimento pessoal e social
do aluno, valendo-se para o referencial teórico discutido.
O aluno saberá no início de cada assunto discutido os conteúdos os objetivos
a serem alcançados e deverá demonstrar compreensão, refazendo o conteúdo até
alcançar os objetivos propostos. Para tanto serão utilizados como instrumentos de
avaliação, 50% da nota será atribuído às provas que será refeita se for necessário,
até ao alcance dos objetivos (recuperação de estudos), e 50% para as demais
atividades avaliativas.
A avaliação será contínua, processual, diagnóstica e formativa, priorizando os
aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Serão feitas por meio de trabalhos
individuais e em grupo, provas escritas, pesquisas e debates, relatórios de trabalho
de pesquisa bibliográfica e de campo, argumentação na defesa de ideias durante os
debates, apresentação de trabalhos, entre outros.. O critério de avaliação é
determinado pelo professor que deve priorizar a aprendizagem do educando,
considerando suas especificidades.
Nos estudos de textos diferentes estratégias se ensino serão usados como:
seminários, oficinas, painéis, aulas expositivas, estudo dirigido e o suporte
informático sob a forma de pesquisas teóricas pelo espaço internet.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA BASSEDAS, Eulália & HU Tereza & outros. Intervenção educativa e diagnóstico psicopedagógico. Porto Alegre: Artmed Editora, 1996, 3ª ed. CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO – PARANÁ. Deliberação 02/03 – Normas para a Educação Especial, mdalidade da Educação Básica para alunos com necessidades educacionais especiais, no Sistema de Ensino do Estado do Paraná. DIRETRIZES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA/ Secretaria de Educação Especial – MEC; SEESP, 2001. FONSECA, V. Educação Especial: programa de estimulação precoce – uma introdução às ideias de Feuerstein. Porto Alegre: Artmed, 1995. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Aspectos linguísticos de Libras. Curitiba: SEED/SUED / DEE, 1998. PARANÁ, SEED. Proposta Curricular do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na modalidade Normal, Curitiba, 2006. TORRES GONZÁLEZ, José Antonio. Educação e diversidade: bases didáticas e organizadas. Trad. Ernani Rosa. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002. VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins fontes, 1988. CARVALHO, R. E. Removendo barreiras para a aprendizagem: Educação inclusiva. Declaração de Salamanca. Enquadramento da ação: necessidades educativas especiais. In: Conferência Mundial sobre NEE. Acesso e qualidade -UNESCO.Salamanca/Espanha: UNESCO, 1994.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
PADILHA. Anna Maria L. Práticas Pedagógicas da Educação Especial.
MAZZOTTA, J. de O. Fundamentos da educação especial. São Paulo: Enio Matheus Guazzelli & Cia. Ltda, 1997.
GONZÁLEZ, J. A. T. Educação e diversidade:bases didáticas e organizativas. Porto Alegre: Artmed, 2002.
CARVALHO, R. E. Removendo barreiras para a aprendizagem: educação inclusiva. Porto Alegre: Mediação, 2000.
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COLL, C.; PALACIOS, 3.; MARCHESI, A. Desenvolvimento psicológico e educação: necessidades educativas especiais e aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
DECLARAQAO DE SALAMANCA. Enquadramento da ação: necessidades educativas especiais. In: CONFERENCIA MUNDIAL SOBRE NEE: acesso e qualidade – UNESCO. Salamanca/Espanha: UNESCO, 1994.
GONZALEZ, J. A. T. Educação e diversidade: bases didáticas e organizativas. Porto Alegre: Artmed, 2002.
GORTAZAR, O. 0 professor de apoio na escola regular. In: COLL, C.; PALACIOS, J. MARCHESI. (org.) Desenvolvimento psicológico e educação: necessidades educativas especiais e aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
KARAGIANNIS, A.; SAINBACK, W.; STAINBACK, S. Fundamentos do ensino inclusivo. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
KASSAR, M. de C. M. Ciência e senso comum no cotidiano das classes especiais. Campinas: Papirus, 1995.
MARCHESI, A. (org.) Desenvolvimento psicológico e educação: necessidades educativas especiais e aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.