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16 julho de 2009 Um celeiro de informações para o homem do campo! www.agroredenoticias.com.br Nº 17, Ano 2 julho de 2009 - R$ 3,50 AGRODESTAQUE O rganizadores da maior Festa do Peão da América Latina, Os Independentes, se antecipa- ram, como nos anos anterio- res, e colocaram em pauta de reunião, toda a estratégia e planejamento a ser utiliza- do na segurança da 54ª Fes- ta do Peão de Boiadeiro de Barretos. Foram duas reuni- ões, realizadas nos dias 13 e 14 de julho, na Associação Comercial e Industrial de Barretos – Acib, que contou com a presença de cerca de 120 policiais que vão atuar no Parque e na cidade du- rante a Festa. As reuniões entre os po- liciais tiveram como media- dora a assessora de imprensa de Os Independentes, Lucia- na Gomes. Todos os policiais receberam informações so- Barretos já cuida dos preparativos para 54ª Festa do Peão SEGURANÇA E CONFORTO DO PÚBLICO ESTÃO ENTRE AS PRINCIPAIS PREOCUPAÇÕES DOS ORGANIZADORES DO EVENTO bre o evento e sobre a Copa do Mundo, e, também, de- bateram questões como conforto e segurança na Festa, além da importância da atuação dos mesmos, também no receptivo, como fontes de informação. Segundo o Tenente Co- ronel Comandante do 33º Batalhão da Polícia Militar do Interior, Silvio Carlos Sil- va Mendonça “estas reuniões são resultados de uma parce- ria com Os Independentes. Elas são muito importantes para o bom andamento do evento, e, com certeza, agre- gam valor e aprimoram nos- so planejamento, o que faz com que os policiais das ci- dades envolvidas por este ba- talhão também participem, e não só os que atuam em Bar- retos”, afirma. PÓLO TURÍSTICO O Pólo Turístico de Barretos e a Festa do Peão de Boiadeiro foram destaca- dos no Salão de Turismo, re- alizado de 1º a 5 de julho, no Anhembi, em São Paulo/Ca- pital. A Cidade esteve repre- sentada por Cláudio Sarri Mateus, assessor do Depar- tamento de Turismo da Se- cretaria Municipal de De- senvolvimento Econômico. Também participaram, o diretor de Turismo do Clube Os Independentes, Fauler Mar- ques de Oliveira Junior e a princesa da Festa do Peão, Jés- sica Alves. Barretos como um dos pólos de turismo e a Festa do Peão foram apresentados no estande da Secretaria de Es- tado de Esportes e Lazer. Da Redação Rede de Eventos Agroleite 2009 Data: 11/8 a 15/8/2009 Local: Castro/PR Contato: www.castrolanda.com.br ExpoGenética 2009 Data: 16/8 a 23/8/2009 Local: Uberaba/MG Contato: www.abcz.org.br Expointer 2009 Data: 29/8 a 6/9/2009 Local: Esteio/RS Contato: www.expointer.rs.gov.br Expocop 2009 Data: 31/8 a 7/9/2009 Local: Cornélio Procópio/PR Contato: www.ruralcop.com.br Fenasucro & AgroCana Data: 1/9 a 4/9/2009 Local: Sertãozinho/SP Contato: www.fenasucroeagrocana.com.br 4º Rural Tecnoshow Data: 28/9 a 3/10/2009 Local: Londrina/PR Contato: www.srp.com.br A Sociedade Rural de Cornélio Procópio – entida- de promotora da 12ª Exposi- ção Agropecuária, Comer- cial e Industrial da Região de Cornélio Procópio/PR – já iniciou os preparativos para a conceituada feira do Norte do Paraná, que será realiza- da entre os dias 31 de agosto e 7 de setembro. Mais informações so- bre as grandes atrações da mostra paranaense, como a agenda de leilões, datas de julgamentos e de palestras, alem dos shows, podem ser SRCP inicia os trabalhos para a 12ª Expocop obtidas no website da Socie- dade Rural de Cornélio Pro- cópio: www.ruralcop.com. br ou pelo telefone (43) 3524-3315. Divulgação Estão abertas as inscri- ções dos animais para a 38ª Expoinel - Exposição Inter- nacional do Nelore. Para esta edição, a diretoria da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) vai manter o mesmo valor das argolas praticado no ano passado para os sócios em dia com a entidade. Inscri- ções antecipadas também ganham descontos significa- tivos. As inscrições se encer- ram no dia 4 de setembro. Os julgamentos estão agen- dados para começar no dia 20 de setembro. A exposição marca o encerramento do ano calen- dário do Ranking Nacional ACNB 2008/2009 e propor- ciona a troca de experiên- cias entre os criadores sobre técnicas que contribuem para a formação dos melho- res exemplares da raça e as tendências do setor. “Os pe- cuaristas sabem da impor- tância da participação na feira, pois nela estão reuni- dos os grandes nomes do se- tor, sendo uma grande vitri- ne para a valorização do plantel”, explica a gerente de produto da ACNB e res- ponsável pelo Ranking Na- cional ACNB, Daniela Ra- pello. A força da raça Nelore vem sendo muito bem re- presentada nas pistas. Os animais ganham em visibili- dade e poder de comerciali- zação. Isso serve para sê- mens, embriões e descendentes dos animais”, mostra. As inscrições podem ser feitas pelo telefone (11) 3293-8900, com Daniella. Mais informações no site www.nelore.org.br Abertas as inscrições para a Expoinel 2009 Presidente da Fundação Meridional fala dos investimentos realizados em pesquisa agrícola. Pág. 8. O presidente Lula, o governador do Paraná Ro- berto Requião e o minis- tro da Agricultura, Rei- nhold Stephanes lançaram no final de junho, em Londrina/PR, o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) para a próxima safra. Lula disse que libera R$ 107,5 bilhões para a pro- dução de 2009/2010, ou 37% a mais que o valor do ano passado. Pág. 9. Plano Agrícola e Pecuário é lançado em Londrina pelo presidente Lula Segurança e conforto do público estão entre as principais preocupações dos organizadores da 54ª Festa do Peão Boiadeiro de Barretos, que será rea- lizada no interior paulista na segunda quinzena de agosto. Pág. 16. Barretos já prepara 54ª Festa do Peão As exportações das cooperativas paranaenses nos primeiros cinco meses do ano aumentaram 7%, em rela- ção ao mesmo período de 2008, enquanto o saldo das vendas externas das outras entidades do setor reduziu na mesma proporção. Pág. 4. Cooperativas paranaenses mantém liderança nas exportações Avicultura: Cocari vai investir R$ 100 milhões na ampliação de estruturas A Cocari, com sede em Mandaguari/ PR, irá investir mais de R$ 100 milhões na ampliação de estruturas já existentes e na construção de novos empreendimentos. Projetos devem gerar 2.500 mil empregos diretos e 10 mil indiretos. Pág. 10. ExpoTécnica destaca novas tecnologias no Paraná Nos dias 9 e 10 de julho, o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Ex- tensão Rural (Emater) realizou a 16ª edi- ção da Expotécnica, em Sabáudia/PR. O evento recebeu aproximadamente 2 mil agricultores que assistiram aos debates sobre a presença da mulher e dos jovens no campo.. Pág. 14. Em 28 de julho é comemorado o Dia do Agricultor. A equipe do jornal Agro- Rede Notícias traz uma cobertura espe- cial sobre esta importante atividade para a economia mundial. Veja também um artigo do artigo do presidente da So- ciedade Rural do Paraná, Alexandre Ki- reeff, sobre a produção de alimentos sustentável. Pág. 2. Agricultor: Uma atividade de amor e dedicação pela terra

AQUE eparativos para 54ª Festa do Peão · e Associação de contou de atuar du-rante a Festa. po-media-a Lucia-s so- ... e s o contempo-conscienti-produ-o indefinida-práti-no-a

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16 julho de 2009

Um celeiro de informações para o homem do campo!www.agroredenoticias.com.br

Nº 17, Ano 2

julho de 2009 - R$ 3,50

AGRODESTAQUE

Organizadores da maior Festa do

Peão da América Latina, Os Independentes, se antecipa-ram, como nos anos anterio-res, e colocaram em pauta de reunião, toda a estratégia e planejamento a ser utiliza-do na segurança da 54ª Fes-ta do Peão de Boiadeiro de Barretos. Foram duas reuni-ões, realizadas nos dias 13 e 14 de julho, na Associação Comercial e Industrial de Barretos – Acib, que contou com a presença de cerca de 120 policiais que vão atuar no Parque e na cidade du-rante a Festa.

As reuniões entre os po-liciais tiveram como media-dora a assessora de imprensa de Os Independentes, Lucia-na Gomes. Todos os policiais receberam informações so-

Barretos já cuida dos preparativos para 54ª Festa do PeãoSEGURANÇA E CONFORTO DO PÚBLICO ESTÃO ENTRE AS PRINCIPAIS PREOCUPAÇÕES DOS ORGANIZADORES DO EVENTO

bre o evento e sobre a Copa do Mundo, e, também, de-bateram questões como conforto e segurança na Festa, além da importância da atuação dos mesmos, também no receptivo, como fontes de informação.

Segundo o Tenente Co-ronel Comandante do 33º Batalhão da Polícia Militar do Interior, Silvio Carlos Sil-va Mendonça “estas reuniões são resultados de uma parce-ria com Os Independentes. Elas são muito importantes para o bom andamento do evento, e, com certeza, agre-gam valor e aprimoram nos-so planejamento, o que faz com que os policiais das ci-dades envolvidas por este ba-talhão também participem, e não só os que atuam em Bar-retos”, afirma.

PÓLO TURÍSTICO

O Pólo Turístico de Barretos e a Festa do Peão de Boiadeiro foram destaca-dos no Salão de Turismo, re-alizado de 1º a 5 de julho, no Anhembi, em São Paulo/Ca-pital. A Cidade esteve repre-sentada por Cláudio Sarri Mateus, assessor do Depar-tamento de Turismo da Se-cretaria Municipal de De-senvolvimento Econômico.

Também participaram, o diretor de Turismo do Clube Os Independentes, Fauler Mar-ques de Oliveira Junior e a princesa da Festa do Peão, Jés-sica Alves. Barretos como um dos pólos de turismo e a Festa do Peão foram apresentados no estande da Secretaria de Es-tado de Esportes e Lazer.

Da Redação

Red

e de

Eve

ntos Agroleite 2009

Data: 11/8 a 15/8/2009Local: Castro/PRContato: www.castrolanda.com.br

ExpoGenética 2009Data: 16/8 a 23/8/2009Local: Uberaba/MGContato: www.abcz.org.br

Expointer 2009

Data: 29/8 a 6/9/2009Local: Esteio/RSContato: www.expointer.rs.gov.br

Expocop 2009Data: 31/8 a 7/9/2009Local: Cornélio Procópio/PRContato: www.ruralcop.com.br

Fenasucro & AgroCanaData: 1/9 a 4/9/2009Local: Sertãozinho/SPContato: www.fenasucroeagrocana.com.br

4º Rural TecnoshowData: 28/9 a 3/10/2009Local: Londrina/PRContato: www.srp.com.br

A Sociedade Rural de Cornélio Procópio – entida-de promotora da 12ª Exposi-ção Agropecuária, Comer-cial e Industrial da Região de Cornélio Procópio/PR – já iniciou os preparativos para a conceituada feira do Norte do Paraná, que será realiza-da entre os dias 31 de agosto e 7 de setembro.

Mais informações so-bre as grandes atrações da mostra paranaense, como a agenda de leilões, datas de julgamentos e de palestras, alem dos shows, podem ser

SRCP inicia os trabalhos para a 12ª Expocop

obtidas no website da Socie-dade Rural de Cornélio Pro-cópio: www.ruralcop.com.br ou pelo telefone (43) 3524-3315.

Div

ulga

ção

Estão abertas as inscri-ções dos animais para a 38ª Expoinel - Exposição Inter-nacional do Nelore. Para esta edição, a diretoria da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) vai manter o mesmo valor das argolas praticado no ano passado para os sócios em dia com a entidade. Inscri-ções antecipadas também ganham descontos significa-tivos. As inscrições se encer-ram no dia 4 de setembro. Os julgamentos estão agen-dados para começar no dia 20 de setembro.

A exposição marca o encerramento do ano calen-dário do Ranking Nacional ACNB 2008/2009 e propor-ciona a troca de experiên-cias entre os criadores sobre técnicas que contribuem para a formação dos melho-

res exemplares da raça e as tendências do setor. “Os pe-cuaristas sabem da impor-tância da participação na feira, pois nela estão reuni-dos os grandes nomes do se-tor, sendo uma grande vitri-ne para a valorização do plantel”, explica a gerente de produto da ACNB e res-ponsável pelo Ranking Na-cional ACNB, Daniela Ra-pello. A força da raça Nelore vem sendo muito bem re-presentada nas pistas. Os animais ganham em visibili-dade e poder de comerciali-zação. Isso serve para sê-mens, embriões e descendentes dos animais”, mostra.

As inscrições podem ser feitas pelo telefone (11) 3293-8900, com Daniella. Mais informações no site www.nelore.org.br

Abertas as inscrições para a Expoinel 2009

Presidente da Fundação Meridional fala dos investimentos realizados em pesquisa agrícola. Pág. 8.

O presidente Lula, o governador do Paraná Ro-berto Requião e o minis-tro da Agricultura, Rei-nhold Stephanes lançaram no final de junho, em Londrina/PR, o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) para a próxima safra. Lula disse que libera R$ 107,5 bilhões para a pro-dução de 2009/2010, ou 37% a mais que o valor do ano passado. Pág. 9.

Plano Agrícola e Pecuário é lançado em Londrina pelo presidente Lula

Segurança e conforto do público estão entre as principais preocupações dos organizadores da 54ª Festa do Peão Boiadeiro de Barretos, que será rea-lizada no interior paulista na segunda quinzena de agosto. Pág. 16.

Barretos já prepara 54ª

Festa do Peão

As exportações das cooperativas paranaenses nosprimeiros cinco meses do ano aumentaram 7%, em rela-ção ao mesmo período de 2008, enquanto o saldo dasvendas externas das outras entidades do setor reduziuna mesma proporção. Pág. 4.

Cooperativas paranaenses mantém liderança nas exportações

Avicultura: Cocari vai investir R$ 100 milhões na ampliação de estruturas

A Cocari, com sede em Mandaguari/PR, irá investir mais de R$ 100 milhões na ampliação de estruturas já existentes e na construção de novos empreendimentos. Projetos devem gerar 2.500 mil empregos diretos e 10 mil indiretos. Pág. 10.

ExpoTécnica destaca novas tecnologias no Paraná

Nos dias 9 e 10 de julho, o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Ex-tensão Rural (Emater) realizou a 16ª edi-ção da Expotécnica, em Sabáudia/PR. O evento recebeu aproximadamente 2 mil agricultores que assistiram aos debates sobre a presença da mulher e dos jovens no campo.. Pág. 14.

Em 28 de julho é comemorado o Dia do Agricultor. A equipe do jornal Agro-Rede Notícias traz uma cobertura espe-cial sobre esta importante atividade para a economia mundial. Veja também um artigo do artigo do presidente da So-ciedade Rural do Paraná, Alexandre Ki-reeff, sobre a produção de alimentos sustentável. Pág. 2.

Agricultor: Uma atividade de amor e dedicação pela terra

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julho de 2009 julho de 20092 15

OPINIÃO

EXPEDIENTE

Um celeiro de infor-

mações para o ho-

mem do campo!

Edição 17 – Ano 2 -

Julho de 2009

Circulação Nacional

O AgroRede Notícias é uma publicação mensal.

Conselho EditorialLeonardo MariOlavo AlvesSérgio Mari Jr.

Editor-ChefeOlavo AlvesMtb 4285/17E-mail: agrorede@agroredenoticias .com.br

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ImpressãoGráfica Gazeta do Povo - Londrina

Textos de articu-listas e colaboradores não representam ne-cessariamente a opi-nião dos editores.

O AgroRede No-tícias não se respon-sabiliza por produtos e serviços divulgados.

GRÃOS

Recentemente a FAO, Organização das Na-

ções Unidas para a Alimentação e Agricultura, anunciou que já existem um bilhão de pessoas sofrendo de desnutrição em nos-so planeta. No ano passado, agravando esta situação, presen-ciamos um importante aumento no custo dos gêneros alimentí-cios, mas ao contrário de outras ocasiões em que o aumento dos preços agrícolas se deu por que-bras de safra, dessa vez tal fato ocorreu em um ano de safras mundialmente abundantes. Ali-ás, em sete dos últimos nove anos o mundo produziu menos cereais do que consumiu e che-gamos em 2007 a ficar com os estoques reguladores mundiais limitados a apenas 61 dias de consumo. Isto ocorreu pelo au-mento da população mundial. Mesmo agora, com a grande cri-se econômica mundial, os pre-ços agrícolas continuam perto de seus preços máximos e esti-ma-se que as mudanças climáti-cas possam em curto prazo con-tribuir para a redução de nossas safras futuras abrindo-se a pers-pectiva de uma crise alimentar perene. Este é o cenário no qual o agricultor deverá atuar: um mundo cada vez mais quente, populoso e faminto.

A correlação entre a popu-lação mundial e a produção de alimentos foi abordada por Tho-mas Malthus já no século XVIII. Ele acreditava que a população cresceria de maneira geométri-ca, dobrando a cada vinte e cin-co anos, enquanto a produção de alimentos aumentaria de for-ma aritmética, mais vagarosa-mente, o que acarretaria em uma limitação ao crescimento da população por falta de ali-mento disponível. Isso, segundo ele, acarretaria em um controle da população, fosse de forma vo-luntária ou de maneira involun-tária, através da fome, das guer-ras ou das grandes epidemias. Na verdade, ele afirmava catego-ricamente que, de uma forma ou de outra, a população mundial forçosamente se adequaria às disponibilidades alimentares. Apesar da lógica de seu enuncia-do, os ganhos advindos da revo-lução industrial e os espetacula-res aumentos de produtividade oriundos do aperfeiçoamento dos métodos de cultivo fizeram com que a “profecia malthusia-na“ ficasse desprestigiada por um longo período.

Entretanto, isso não signi-fica que o planeta tenha conse-guido atender a exigência por alimentos ao redor do globo

“O agricultor e a produção de alimentos sustentável”com eficiência ao longo de todo esse período. Estima-se que na década de quarenta quatro mi-lhões de pessoas tenham morri-do de fome na Índia em um epi-sódio que ficou conhecido como a “fome de Bengala”. A solução encontrada então, e que explica a eficiência na am-pliação da oferta de alimentos até o final da década de noven-ta, foi conseqüência do pacote tecnológico constituído essen-cialmente por variedades me-lhoradas, pesticidas químicos, fertilizantes e irrigação. Trata-se da solução que transformou o meio-oeste americano na grande região produtora de grãos do mundo. A dissemina-ção dessa nova maneira de se praticar agricultura foi difundi-da durante as décadas de ses-senta e setenta e ficou conheci-da como a revolução verde. Produziu resultados tão extra-ordinários que renderam ao es-pecialista americano em agri-cultura Normam Bourlaug, principal disseminador desta prática agrícola baseada na mo-nocultura industrial, o prêmio Nobel da Paz de 1970.

Infelizmente, em algu-mas regiões este modelo pa-rece ter se esgotado, pois a produtividade encontra-se es-tagnada desde a década de noventa. Lençóis freáticos re-duzidos pela excessiva utili-zação da irrigação, assim como a salinização de áreas de cultivo sugerem que o mo-delo pode ter limitações de sustentabilidade a médio pra-zo. Além disso, este modelo criou ao redor do mundo uma evidente dependência dos agricultores junto aos forne-cedores de fertilizantes quí-micos e pesticidas que inva-riavelmente avançaram na participação da renda da pro-dução agropecuária: como re-sultado, o fenômeno do endi-vidamento agrícola é tão comum no Brasil quanto na Índia. Muitos acreditam que a reversão deste possível es-gotamento do referido mode-lo agrícola esteja no aperfei-çoamento do pacote tecnológico atual com a evo-lução da utilização da ciência genética, a transgenia, e o aprimoramento nos mecanis-mos de irrigação. Entretanto, a engenharia genética atual ainda não conseguiu concre-tizar, por exemplo, a liberta-ção de nossa agricultura da grande dependência hídrica natural ou irrigada e dos fer-tilizantes químicos.

Ao longo dos últimos seis anos, cerca de quatrocentos es-pecialistas liderados pela FAO estudaram a crise mundial de alimentos e chegaram à conclu-são de que o aumento na produ-ção agrícola nos últimos trinta anos, que de fato ocorreu, fa-lhou em melhorar o acesso aos alimentos pelas populações po-bres do planeta. Como conse-qüência, o estudo sugeriu uma mudança na forma de se prati-car a agricultura, incorporando-se práticas sustentáveis e ecolo-gicamente comprometidas, beneficiando pequenos agricul-tores, cerca de 900 milhões ao redor do mundo, não se limi-tando à agricultura empresa-rial. Pode-se chamar isto de Agroecologia, uma agricultura que leva em consideração não apenas a produtividade, mas também o impacto ambiental e social. Argumenta-se que culti-vos em pequena escala e a diver-sificação de culturas seriam ca-pazes de produzir mais alimentos e com muito menos exigência de adubos químicos, especialmente os derivados do petróleo. Estes seriam substituí-dos paulatinamente pelo uso da compostagem, aumentando a matéria orgânica no solo e cap-turando carbono da atmosfera, colaborando no combate às al-terações climáticas.

É muito provável que não

haja nenhum tipo de conflito en-tre a agricultura empresarial e a agroecologia como estratégias de enfrentamento ao desafio de se ampliar a produção de ali-mentos. Aliás, o crescimento da população necessariamente exi-girá que de uma maneira, de ou-tra, ou ainda, de forma associa-da, novos recordes de produção sejam alcançados. Mas é eviden-te que a disponibilidade de re-cursos naturais é finita necessa-riamente deverá ser cada vez mais aplicado em qualquer prá-tica agrícola. A preservação de nossos recursos hídricos através de sua utilização racional e a busca por tecnologias que dimi-nuam a dependência por fertili-zantes químicos, especialmente os derivados de combustíveis fósseis, necessariamente farão parte da agricultura contempo-rânea assim como a conscienti-zação de que população, produ-ção e exploração não poderão continuar a crescer indefinida-mente. Evoluindo nossas práti-cas agrícolas, incorporando no-vas tecnologias e, de forma definitiva, o conceito da susten-tabilidade, certamente podere-mos relegar ao esquecimento por mais alguns séculos a famo-sa profecia, também conhecida como a “Maldição Malthusiana”.

Autor: Alexandre Kireeff, presidente da Sociedade Rural do

Paraná. Texto articulado com informações da National Geographic.

Contato: www.srp.com.br

A balança comer-cial do agronegó-

cio registrou, em junho, su-perávit de US$ 6,6 bilhões, o melhor resultado do ano, se-gundo o Ministério da Agri-cultura. O resultado foi im-pulsionado pelo aumento dos embarques dos comple-xos soja (48,9%) e sucroal-cooleiro (21,6%) e de fumo e seus produtos (54%). As ex-portações totalizaram US$ 7,3 bilhões, aumento de 12% em relação a junho do ano passado. Em reais, as expor-tações somaram R$ 14,3 bi-lhões e as importações, R$ 1,4 bilhão, com saldo de R$ 12,9 bilhões.

O Ministério informa que o aumento das exporta-ções do complexo soja se de-veu ao maior volume de soja e farelo embarcado. Em ju-nho, as exportações de soja

Agronegócio registra superávit de US$ 6,6 biO COMPLEXO SOJA FOI UM DOS RESPONSÁVEIS PELO BOM DESEMPENHO DO SETOR ATÉ O MOMENTO

em grão cresceram 71,3% em relação ao mesmo perío-do do ano passado, saindo de US$ 1,5 bilhão para US$ 2,577 bilhões. O número re-sultou do aumento de 74,2% no volume exportado com preços 1,7% inferiores ao mesmo mês do ano anterior.

O volume embarcado com o farelo de soja foi 11,1% superior ao de junho de 2008 e o preço médio do produto aumentou 8,4%. O valor exportado foi 20,4% maior, com uma receita de US$ 537 milhões. Já as ven-das externas de óleo de soja caíram 39,7%, resultado do menor volume exportado (-1,5%) e da queda de 38,8% no preço médio.

As importações do agronegócio caíram 24,1% em receita no mês de junho, de US$ 950 milhões para

US$ 721 milhões. As despe-sas com compras de trigo caíram 15% no mês, de US$ 143 milhões para US$ 108 milhões, ainda que o volume tenha crescido 34% ante o mesmo mês do ano passado. Segundo o Ministério da Agricultura, o preço médio do grão importado caiu 43,7% ante junho de 2008.

Entre julho de 2008 e junho de 2009, as exporta-ções brasileiras do agronegó-cio totalizaram US$ 69,4 bi-lhões. O valor equivale a um aumento de 6,1% sobre o pe-ríodo de julho de 2007 a ju-nho de 2008. As importações foram 8,4% superiores aos 12 meses anteriores, com compras de US$ 11,2 bilhões. Como resultado, o superávit comercial acumulado atin-giu US$ 58,2 bilhões.

Da Redação

O 37º aniversário do Iapar (Instituto Agronômi-co do Paraná) foi come-morado na Escola de Go-verno, em Curitiba/PR, no dia 30 de junho. Na oca-sião, foram lançados uma variedade de trigo, IPR 144, e o livro “Produção orgânica de batata – Po-tencialidades e desafios”, na presença do governa-dor do Paraná, Roberto Requião, do vice-governa-dor Orlando Pessuti, do secretariado do governo, e demais autoridades.

Durante a apresenta-ção, o diretor-presidente do Iapar, José Augusto Tei-xeira de Freitas Picheth, abordou a contribuição do instituto à agricultura pa-ranaense, destacando as mais de 430 publicações editadas, baseadas em resultados de pesquisa obtidos no Paraná; e as 144 variedades desenvol-vidas – como as de algo-dão, arroz, aveia branca, batata, café, feijão, mi-lho, trigo e triticale.

Na sequência, o di-retor-presidente convi-dou os pesquisadores do

Iapar:Nova variedade de trigo e livro sobre produção orgânica de batata são lançados

Iapar, Carlos Roberto Riede e Nilceu Ricetti Xavier de Nazareno, re-presentando suas equi-pes de trabalho, para apresentarem o trigo IPR 144 e o livro sobre produção orgânica de batata, respectivamen-te. O diretor técnico-científico do instituto, Arnaldo Colozzi, e o di-retor de administração e finanças, Altair Se-bastião Dorigo, presti-giaram o evento.

De acordo com Riede, a nova variedade de trigo começou a ser pesquisada em 1996. Ela se soma a ou-tras 32 já desenvolvidas pelo IAPAR. O IPR 144 é indicado para produção de pão, pela excelente quali-dade tecnológica de alta força de glúten, o que aju-da na fermentação, melho-rando o crescimento da massa. Além disso, seu ci-clo é precoce (cerca de 113 dias) e tem alto potencial produtivo, em torno de 4 toneladas, podendo chegar a 5 toneladas, principal-mente em regiões irrigadas, afirmou o pesquisador.

IAPA

R

EDITORIAL

Responsável pela geração de boa parte dos empregos diretos do País, por garantir o superávit da balança comercial brasileira há muitos anos e, principalmente, por aumentar nas últimas décadas os índices de produtividade, propiciando alimentos de qualidade para a população. Esta árdua tarefa diária faz aumentar o nosso respeito pela profissão do agri-cultor, que enfrenta adversidades climáticas e a falta de com-preensão de alguns setores da economia nacional.

No dia 28 de julho, quando comemoramos a data alusiva ao agricultor, queremos externar os nossos agra-decimentos aos milhares de profissionais que atuam com esta atividade. Para entender ainda mais a impor-tância do setor para o mercado mundial, recentemente, o presidente Lula esteve em Londrina para lançar o Pla-no Agrícola e Pecuário referente à safra 2009/2010. Du-rante o encontro com mais de 2 mil produtores rurais da região, o presidente disse que o governo federal decidiu investir com força na agropecuária como medida para o País sair mais rápido da crise financeira mundial. Res-saltou também que o setor está gerando mais empregos e que o Brasil precisa das duas agriculturas, tanto a em-presarial quanto a familiar. Ou seja, investir na ativida-de é sinônimo de retorno garantido e de “barriga cheia”.

A equipe AgroRede Notícias aproveita este mo-mento para agradecê-lo mais uma vez pelo seu traba-lho: Obrigado Agricultor!

A força do campo

Associação dos Proprietários de Jornais Periódicos do Paraná

P RFundação: 01/06/96 - Reg. Em Cartório de Documentos e Registro Civil das Pessoas Jurídicas

sob nº 5649/Livro A-5/Fl. 289Associado à:

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julho de 2009 julho de 200914 3

CANA-DE-AÇUCARGRÃOS

Mesmo com uma redução de

10,08% no volume de cana moída na primeira quinze-na de junho em relação à quinzena anterior, que ficou em 32,64 milhões de tonela-das, a moagem acumulada até 15 de junho na safra 2009/10 é 31,9% superior ao total da safra anterior no mesmo período, com o total de cana processada atingin-do 142,15 milhões de tonela-das. Esse diferencial equiva-le praticamente à moagem de uma quinzena na região Centro-Sul do país. Os da-dos estão na última atualiza-ção do andamento da safra, divulgada no início de julho, pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA).

Moagem de cana no Centro-Sul é 31,9% maiorNO TOTAL, 40,82% DA CANA PROCESSADA FOI DIRECIONADA PARA A PRODUÇÃO DE AÇÚCAR, OU SEJA, 6,75 MILHÕES DE TONELADAS

No total, 40,82% da cana processada foi dire-cionado para a produção de açúcar, resultando em 6,75 milhões de toneladas, volu-me 43,22% superior ao acu-mulado na safra anterior no mesmo período. Como previsto desde o início da safra, as unidades mistas, que podem alternar a pro-dução de açúcar ou de eta-nol, estão priorizando a produção de açúcar em fun-ção dos níveis de preços do açúcar no mercado externo. Dados divulgados pelo Con-selho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (Consecana/SP) indi-cam que no mês de junho os preços do açúcar prati-

cados no mercado interno e externo foram superiores em 46% aos do etanol.

A produção de etanol na quinzena consumiu 56,95% da oferta de cana, com uma produção de 1,41 bilhões de litros, 0,06% aci-ma da produção da mesma quinzena na safra anterior. No acumulado da safra atual, 59,18% do total da cana processada foi dire-cionada para a produção de etanol. O índice repre-senta um total de 6,02 bi-lhões de litros, um incre-mento de 28,34% quando comparado com o acumu-lado da safra anterior.

Os produtores da re-gião Centro-Sul mantive-ram o volume elevado de

entregas de etanol aos con-sumidores, atendendo à de-manda criada pelo incre-mento da frota de veículos flex e dos preços favoráveis do etanol em praticamente todo o País. O total entre-gue em junho ficou no pa-

tamar de 1,9 bilhões de li-tros, dos quais 1,4 bilhãode etanol hidratado, parauso em veículos flex, e 0,5bilhão de etanol anidro,adicionado a toda a gasoli-na brasileira.

Da Redação

A John Deere Brasil assinou em 1º de julho, uma joint-venture com a Auteq Telemática S.A., empresa de softwares e computadores de bordo sediada em São Paulo/SP, com o objetivo de trazer ao mercado tecnologias e soluções inovadoras para produção de cana-de-açúcar. Os produtos Au-teq serão vendidos por meio da rede de conces-sionários John Deere nos próximos seis meses e a expectativa é que, em breve, os acessórios já saiam de fábrica nas má-quinas John Deere. Os valores da parceria não foram divulgados.

“A John Deere é uma empresa atenta ao mer-cado, com o compromis-so de buscar novas tecno-logias ao agricultor, agregando valor aos ne-

John Deere cria joint-venture para novas tecnologias em produção de cana

Em 1º de julho, en-trou em vigor o aumento de 3% (B3) para 4% (B4) na mistura obrigatória de biodiesel ao óleo die-sel mineral comerciali-zado no País. A Resolu-ção Nº 2/2009, do Comitê Nacional de Política Energética (CNPE), do Ministério de Minas Energia, determina a mudança com a utiliza-ção de biodiesel produzi-do a partir de oleagino-sas como soja, mamona, palma e girassol. A mo-dificação vai gerar de-manda adicional de 420 milhões de litros, au-mentando o consumo de biodiesel para 1,26 bi-lhão de litros.

A ampliação grada-tiva do percentual vai agregar valor às maté-rias-primas oleagino-

Nova mistura de biodiesel no diesel está em vigor

sas, permitir o desen-volvimento da indústria nacional de bens e ser-viços e estimular a par-ticipação da agricultu-ra familiar. Também vai contribuir para substi-tuir o diesel importado, que é um produto fóssil e mais poluente, por combustível nacional, limpo e renovável.

O Brasil vai refor-çar a participação da agroenergia na matriz energética com o acrés-cimo de 200 milhões de litros na produção na-cional de biodiesel (B100), ainda em 2009. A decisão leva em con-sideração a capacidade ociosa industrial, me-nor consumo de diesel projetado para este ano e oportunidades de me-lhorias sociais.

Em agosto, a Mitsubishi vai introduzir no mercado bra-sileiro a Pajero Sport versão bi-combustível, movida a etanol, gasolina ou qualquer mistura de ambos. O veículo, com mo-tor V6, é o primeiro utilitário esportivo (SUV, na sigla em in-glês) com seis cilindros que uti-lizará tecnologia flex no Brasil.

Fabricado na cidade de Catalão, em Goiás, o novo mo-delo da Mitsubishi foi apre-sentado em junho, em Itatiba, região metropolitana de Cam-pinas, interior de São Paulo. A Pajero Sport Flex é equipada com câmbio automático, tra-ção nas quatro rodas e motor de 205 cavalos de potência (quando abastecido com eta-nol). O utilitário é o segundo da montadora japonesa a usar tecnologia bicombustível. Em 2007, a empresa lançou o jipe Pajero TR4 flex, o primeiro SUV brasileiro movido com etanol ou gasolina.

Mitsubishi lança em agosto primeiro utilitário

V6 flex do Brasil

Nos dias 9 e 10 de julho, o Instituto

Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) realizou a 16ª edi-ção da Expotécnica, feira agrícola desenvolvida no campo que ocupou quatro hectares do Sítio São José, em Sabáudia/PR. Mesmo com o tempo chuvoso no último dia, o evento rece-beu aproximadamente 2 mil agricultores que assis-tiram aos debates sobre a presença da mulher e dos jovens no campo.

Os visitantes também participaram dos circuitos expositivos onde tiveram contato com atividades prá-ticas e didáticas ligadas à agropecuária, como a difu-são de pesquisas e benefícios voltados para os pequenos produtores. Paralelamente, puderam ver de perto as no-vidades tecnológicas em má-quinas e implementos.

Devido ao calendário agrícola, este ano a exposi-ção foi antecipada em um

Expotécnica destaca novas tecnologias no ParanáGERAÇÃO DE RENDA E SUSTENTABILIDADE TAMBÉM FORAM OUTROS PONTOS IMPORTANTES DO EVENTO

mês. Em agosto, período em que foi realizada a edi-ção do ano passado, acon-tece a colheita de safras o que reduziria o número de visitantes. Uma das novi-dades apresentadas foi a criação dos roteiros didá-ticos onde os agricultores puderam acompanhar em um circuito as especifici-dades da produção de grãos para a safra de in-verno e, em outro, as pos-sibilidades de diversifica-ção da produção agrícola na produção, gerando mais possibilidades de renda.

Para Gayza Iácono, gerente regional do Ema-ter-Apucarana e uma das responsáveis pela organi-zação, a chuva do último dia não atrapalhou os ob-jetivos da exposição, prin-cipalmente no que tange à solidificação de parcerias e na transmissão de co-nhecimento ao público es-pecífico. A gerente regio-nal ressaltou que esse ano a diversidades do evento

foi maior devido à amplia-ção dos setores de fruticul-tura, leite e grãos, todos com direcionamento para o pequeno produtor. “To-dos os objetivos da Expo-técnica foram correspon-didos”, enfatiza.

Para a promoção da Expotécnica, o Emater, ór-gão vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura e

Abastecimento, contou com a parceria de mais de 30 empresas e instituições como Embrapa, Iapar, Sin-dicatos Rurais e Sindicatos dos Trabalhadores Rurais da região, Forquímica, Ju-mil, Simex, Chiareli Ferra-mentas, Still, Dria Imple-mentos Agrícolas, Dimasa, Horizon, Arável, Cacol, New Holland, Otto Siste-

mas, Herbicat, Pneumello, Ikeda, Imbriani, Sicredi, Valtra, Tork, Plant Center, Vence Tudo, Montana Pul-verizadores, Jacto, Ipacol, Pavani, Belagrícola, Coo-detec, Corol, Microbiol, Organoeste, O.R. Semen-tes, Shina Tratores, Preci-são, Hidro Sistemas, Uni-frango, entre outros.

Da Redação

O pesquisador Pedro Antônio Arraes Pereira, 56 anos, é o novo diretor-presi-dente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A nomeação de Arraes foi publicada na edi-ção de 7 de julho, do Diário Oficial da União (DOU), as-sinada pelo presidente em exercício, José Alencar, e pelo ministro da Agricultu-ra, Reinhold Stephanes.

A escolha do pesquisa-dor para o cargo atendeu aos requisitos de excelência aca-dêmica e sua experiência em gestão o qualifica para con-duzir as atividades da empre-sa. Engenheiro agrônomo, formado pela Universidade Federal Rural do Rio de Ja-neiro, Pedro Arraes é pesqui-sador da Embrapa Arroz e Feijão, em Santo Antônio de Goiás/GO, há 29 anos e, des-

Pedro Arraes é nomeado diretor-presidente da Embrapa

de 2008, ocupava o cargo de chefe-geral da unidade.

Arraes é mestre e dou-tor em melhoramento e ge-nética de plantas pela Uni-versidade americana de Wisconsin e pós-doutor em genética molecular e marca-dores em feijoeiro comum, pela Universidade da Cali-fórnia (EUA). Ainda no se-gundo ano da graduação, recebeu bolsa de iniciação científica para trabalhar com fixação de nitrogênio.

Na Embrapa, foi pio-neiro do programa de me-lhoramento genético, que resultou no lançamento de novas variedades de feijão. Uma delas é a cultivar péro-la, um tipo de feijão carioca, que recebeu essa denomina-ção numa referência ao de-senho do grão que lembra a calçada de Copacabana.

Relatório da Organiza-ção das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), divulgado no mês de julho, destaca a menor produ-ção de grãos na Argentina e a previsão de queda recorde das exportações do país em 2009 e 2010. O relatório ressalta o fato de que a área de trigo na Argentina é a menor em 100 anos. Na América do Sul, a produção de cereais em 2009 será 14% menor que o recorde de 2008, com 124,6 milhões. O volume é 4 milhões de tonela-das inferior à média dos últi-mos cinco anos. Só a produ-ção de milho e outros grãos será 20% menor que o recorde de 2008, passando de 91,7 mi-lhões de toneladas para 74 mi-lhões, em grande parte por causa da seca.

FAO aponta queda na produção de grãos na América do Sul

No Brasil, a produção de cereais passou de 79,6 milhões de toneladas em 2008 para 71,8 milhões projetadas para 2009. O volume, porém, ainda é su-perior ao de 2007. A produção de trigo passou de 4,1 milhões de toneladas em 2007 para 5,9 milhões no ano passado. A pro-jeção para este ano é de 5,7 mi-lhões de t. Com relação ao mi-lho e outros grãos, a queda será importante, passando de 61 milhões de toneladas em 2008 para 53,3 milhões em 2009, praticamente voltando ao mes-mo patamar de 2007. No arroz, a produção aumentará de 12,1 milhões de toneladas para 12,7 milhões de t neste ano.

Segundo a FAO, os pre-ços pouco atraentes, o alto custo de insumos e ainda a dificuldade de obter crédi-tos induziram os produtores a reduzir o plantio. O frio e a seca também prejudica-ram a produção. A área plantada com trigo na Ar-gentina está sendo revista para baixo com frequência. Hoje, a previsão é de que o trigo ocupará 3 milhões de hectares, a menor área em 100 anos e 30% menor do que no ano passado. Uma reviravolta para o país que era considerado um dos principais exportadores mundiais de trigo.

A taxa de juros cobra-da nos financiamentos con-tratados a partir de 1º de julho, com recursos do Fundo de Defesa da Econo-mia Cafeeira (Funcafé), será reduzida de 7,5% para 6,75 ao ano. A medida foi aprovada, no final de ju-nho, em reunião ordinária

CMN aprova redução de juros para financiamentos do Funcafédo Conselho Monetário Nacional (CMN). A nova taxa é válida para opera-ções de custeio, estocagem, Financiamento para Aqui-sição de Café (FAC) e recu-peração de lavouras de café atingidas por granizo.

O CMN também defi-niu que as operações do

Funcafé alongadas até 2020, incluídas na Lei nº 11.775/2008, podem ser efe-tuadas parcial ou integral-mente em sacas de café, ten-do por base os preços mínimos fixados pela Porta-ria Nº 460/2009, do Ministé-rio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

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gócios, aumentando sua produtividade e permi-tindo redução dos seus custos de produção”, diz Aaron Wetzel, presidente da John Deere Brasil e vice-presidente de Ven-das e Marketing para a América Latina.

Os acessórios da Au-teq aplicados aos equipa-mentos John Deere permi-tem que todas as informações obtidas pelo computador de bordo da máquina, durante o pro-cesso de colheita ou plan-tio, sejam transmitidas para a administração da fazenda onde está a lavou-ra. “A parceria vai permi-tir que o produtor consiga avaliar adequadamente os dados de sua produção, otimizando a atividade agrícola”, comenta Tácito de Almeida, diretor Indus-trial da Auteq.

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julho de 2009 julho de 20094 13

COOPERATIVISMO MEIO AMBIENTE

As exportações das cooperativas para-

naenses nos primeiros cin-co meses do ano aumenta-ram 7%, em relação ao mesmo período de 2008, en-quanto o saldo das exporta-ções das cooperativas brasi-leiras reduziu na mesma proporção, -7%. “Estes re-sultados demonstram o vi-gor e a diversificação de mercados que as cooperati-vas paranaenses alcançam no mercado internacional”, avalia o analista técnico e econômico do Sistema Oce-par, Robson Mafioletti.

As cooperativas para-naenses respondem por 42% do total exportado pe-las cooperativas brasilei-ras, seguidas pelas paulis-tas que respondem por 26%. Somadas, as coopera-tivas desses dois Estados representam 68% de todas as exportações das coope-rativas brasileiras.

As cooperativas que mais ampliaram as expor-

PR: Cooperativas mantém liderança nas exportaçõesAS INSTITUIÇÕES PARANAENSES RESPONDEM POR 42% DO TOTAL EXPORTADO PELAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS

tações nos primeiros cin-co meses de 2009 foram as dos Estados do Mato Grosso, São Paulo e Para-ná. “Isso é explicado pelo bom desempenho do com-plexo soja e do açúcar. Por outro lado, os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde o se-tor carnes é mais repre-sentativo, a queda nas ex-portações foi maior”, esclarece Mafioletti.

Quanto aos países que mais importaram (em va-lor monetário) das coope-rativas brasileiras nos pri-meiros cinco meses de 2009 estão a Alemanha, China e Arábia Saudita. Houve redução mais forte das exportações para a Rússia, que é o tradicional parceiro nas carnes.

Segundo dados do Mi-nistério do Desenvolvimen-to Indústria e Comércio Ex-terior (Mdic/Secex), dentre as 40 maiores empresas ex-portadoras do Paraná nos

primeiros cinco meses de 2009 há seis cooperativas com as seguintes participa-ções e posições em relação as exportações totais do Es-tado: Coamo (1ª colocação) - 6,6%; C.Vale (11ª coloca-ção) - 2,1%; Lar (21ª coloca-

ção) - 0,9%; Copacol (23ª co-locação) - 0,9%; Cocamar (33ª colocação) - 0,6% e Coo-pavel (35ª colocação) - 0,5%. A Coamo também ocupa a 25ª colocação (0,5%) entre todas as empresas exporta-doras brasileiras. O total de

exportações do Paraná nos primeiros cinco meses de 2009 foi de US$ 4,4 bilhões, com redução de 28% na comparação com mesmo período de 2008 que foi de US$ 6,1 bilhões.

Da Redação

A crise econômica que enfrentamos, por mais dramá-ticas que sejam suas consequ-ências, tem um subproduto muito positivo: ela demonstra com clareza a diferença que há entre a economia real e a eco-nomia do papel, a especulação financeira. A verdade é que essa distância deveria estar cla-ra para os governos e socieda-des há muito tempo, pelo me-nos desde a crise mundial de 1929. Mas tem gente que não aprende e acredita que é possí-vel sustentar um enriqueci-mento acelerado a partir da especulação. A quebra de mais uma bolha especulativa evi-dencia que isso é uma boba-gem. Agricultura, pecuária, in-dústria, máquinas, são economia real. Papéis, maneja-dos por operadores ambicio-sos, são só papel. E podem vi-rar pó a qualquer momento.

Outra bobagem é conti-nuar advogando o ultralibe-ralismo econômico, hostil a qualquer intervenção do Es-tado, em nome da suprema-cia da “mão invisível do mercado”. Não fosse a deci-dida intervenção de todos os Estados – a maior da histó-ria econômica mundial –, o mundo estaria perdido. É curioso ver os ultraliberais de ontem pedindo mais re-cursos do estado para fechar os buracos abertos na eco-

Artigo: Cooperativismo e equilíbrio econômiconomia pela irresponsabili-dade dos especuladores.

Se o ultraliberalismo agoniza, seu antípoda, o so-cialismo, já morreu. E o que ocupará esse espaço? Ainda é cedo para afirmações definiti-vas, mas é difícil imaginar um pós-crise sem um grau impor-tante de intervenção econômi-ca do Estado combinado ao estímulo da livre iniciativa. Muito mais difícil, no entanto, é pensar o pós-crise sem me-lhores formas de distribuição de renda. Afinal, não é o mer-cado interno que, com o estí-mulo do Estado, vem salvan-do as economias nacionais? Veja-se o caso do Brasil.

É aí que ganha força o cooperativismo. Modelo que combina as vantagens da ini-ciativa privada, sólidas par-cerias com o Poder Público e uma vocação histórica para a maior justiça na distribui-ção de riquezas, o cooperati-vismo é o caminho mais cur-to para a saída da crise. Seja no setor agropecuário, na área de crédito, de saúde, de consumo ou do trabalho, o fato de os cooperados parti-ciparem de toda a gestão da empresa é uma vacina pode-rosa contra os abusos regis-trados nos mercados finan-ceiros. Aliás, cabe dizer que a crise imobiliária nos Esta-dos Unidos só não foi mais

grave porque figuravam, en-tre os investidores, coopera-tivas de crédito atuando sem especulações.

Comemoramos, no pri-meiro sábado de julho, o 87º Dia Internacional do Coope-rativismo, movimento que teve origem em 1844, na In-glaterra. Nosso cooperativis-mo se estende do Sul do Brasil ao Norte da Europa e aos extremos da Oceania. Onde há uma cooperativa, há estímulo ao crescimento econômico; há uma gestão mais democrática e transpa-rente; há o compartilhamen-to de destinos, nos bons e maus momentos.

Uma pesquisa recente da FEA-USP de Ribeirão Pre-to demonstrou que o índice de Desenvolvimento Huma-no (IDH) é maior nos muni-cípios em que atuam as coo-perativas. O resultado ratifica a missão do cooperativismo de promover não somente o crescimento do negócio, mas o desenvolvimento financei-ro e social da comunidade em que está presente.

E a coisa ganha propor-ções quando nos deparamos com os números. São Paulo conta com mais de mil coope-rativas com três milhões de cooperados distribuídos em 10 ramos do cooperativismo. Esse número pode ser multi-

plicado por três ou quatro se pensarmos nos familiares dos cooperados; e mais ainda quando levamos em conta os empregados das cooperativas, os empregados dos coopera-dos e seus familiares. No Bra-sil são 7,7 mil cooperativas, 8 milhões de cooperados em 13 ramos do cooperativismo. Projeções demonstram que 30 milhões de pessoas depen-dem hoje do cooperativismo no país. No mundo, a Aliança Cooperativa Internacional (ACI) estima que haja 800 milhões de cooperados. A renda que a atividade desen-volvida pela cooperativa pro-porciona é distribuída e usu-fruída por todos os membros diretos e indiretos, movi-menta a economia local e, consequentemente, benefi-cia toda a comunidade.

Este é o legado que o Movimento Cooperativista, surgido em meio às lutas por justiça social na Inglaterra da Revolução Industrial, no século XIX, deixa ao mundo. Somos mais jovens do que nunca e estamos prontos a auxiliar municípios, estados e países a tornar menos pe-noso o caminho da recupe-ração econômica.

Autor: Edivaldo Del Grande - Presidente da Organização das

Cooperativas do Estado de S. Paulo (Ocesp). Contato: www.

portaldocooperativismo.org.br

Cocamar: Dia de Campo de

Inverno reuniu mil produtores

Conhecer novas tecno-logias e conversar com técni-cos e outros produtores sobre a melhor forma de incorpo-rar novidades na agricultura. Com esta finalidade, o coope-rado Fábio Tadim, dono de 80 alqueires onde cultiva soja, milho e mandioca em Paraí-so do Norte/PR, participou em 3 de julho, do Dia de Cam-po de Inverno promovido pela Cocamar em Maringá/PR. Ele foi um dos mil coope-rados que, ao longo do dia, percorreram a Unidade de Difusão de Tecnologias (UDT) da cooperativa, na PR-317, saída parla Campo Mourão.

“Gosto de acompanhar novas tecnologias, usar boas sementes e insumos de qua-lidade, por isso é que sem-pre vou aos eventos da Co-camar. O que eu vejo aqui, tenho certeza de que funcio-na porque é recomendado pela cooperativa. Isso aqui é uma escola”, afirmou. O Dia de Campo, que é considera-do um vitrine para o desen-volvimento da agricultura regional, teve a participação de 45 empresas parceiras que estiveram expondo seus produtos e equipamentos, com vários lançamentos.

A Cooperativa Lar firmou, no início

de julho, uma parceria com empresa européia Nemorus Securities para a implanta-ção de biodigestores e co-mercialização dos créditos de carbono produzidos com dejetos de suínos das Unida-des Produtoras de Leitões dos municípios paranaenses de Itaipulândia e Serranó-polis do Iguaçu, e pela Uni-dade Produtora de Matrizes, localizada em Medianeira, queimando-se metano e transformando-o em energia elétrica.

Desta forma, a coope-rativa amplia suas ações nesse segmento, pois já con-ta com uma estrutura com-posta por dois biodigestores e três geradores de energia elétrica na Unidade Indus-trial de Aves, que deverá pro-piciar a comercialização de créditos de carbono no mês de agosto.

O diretor da Nemourus Securities, Bruno Magalhães Vidal, enfatizou que a co-mercialização de créditos de carbono é uma crescente, sendo que o Brasil infeliz-

Crédito de carbono: Lar firma parceria com europeusOS BENEFÍCIOS COM ESTA AÇÃO SERÃO AMBIENTAIS COMO A DESTRUIÇÃO DOS GASES CAUSADORES DO EFEITO ESTUFA

mente tem deixado, em mui-to, passar essas oportunida-des. Prova disso é que o Brasil está apenas na quarta colocação como País gera-dor de créditos no ranking da ONU (Organização das Nações Unidas). “Cabe a todo o empresário ou diri-gente brasileiro promover e identificar projetos que pos-sam gerar créditos de carbo-no de forma que o país ga-nhe, pois o crédito de carbono é uma exportação”.

O diretor-presidente da Cooperativa Lar, Irineo da Costa Rodrigues, destacou que os benefícios com esta ação serão ambientais como redução do potencial polui-dor, odor e a destruição dos gases causadores do efeito estufa, e também financei-ros, advindos da comerciali-zação anual de créditos de carbono e geração de energia. “A Cooperativa Lar estuda uma situação semelhante para os asso-ciados terminadores de suinos, haja vista a dupli-cação da atividade em 2010, totalizando 250 pro-priedades”, finalizou.

O Mecanismo de De-senvolvimento Limpo (MDL) é um dos instru-mentos de flexibilização criados pelo Protocolo de Kyoto para auxiliar o processo de redução de emissões de gases do efei-to estufa (GEE) ou de captura de carbono (ou

sequestro de carbono) por parte dos países indus-trializados como Japão, Alemanha e Holanda.

Países em desenvolvi-mento como o Brasil, India e China podem implemen-tar projetos que contribuam para o desenvolvimento sus-tentável e que apresentam

uma redução ou captura de emissões de gases causado-res do efeito estufa, obten-do créditos de carbono ou Reduções Certificadas de Emissões, emitidos pelo Conselho Executivo do MDL, que podem ser nego-ciados no mercado global.

Da Redação

Levantamento feito pela organização não gover-namental Instituto do Ho-mem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) mostra que em maio a Amazônia perdeu pelo menos 157 qui-lômetros quadrados (km²) de floresta. Em relação a maio de 2008, quando os sa-télites registraram 294 km² de desmate, houve redução de 47%, de acordo com os dados do relatório do Siste-ma de Alerta de Desmata-mento (SAD), divulgado no início de julho.

O alerta oficial de des-

Desmatamento na Amazônia tem redução de 47%matamento, calculado pelo Instituto Nacional de Pes-quisas Espaciais (Inpe), apontou 123 km² de floresta derrubados no mesmo perí-odo. De acordo com o Ima-zon, o Pará foi o estado que mais desmatou em maio, com cerca de 58 km² (37% do total), seguido por Mato Grosso, com 42 km² (27%) e Roraima, com 31 km² a me-nos de florestas (20%). A concentração de nuvens so-bre a região impediu a visu-alização de 43% da Amazô-nia Legal, de acordo com o relatório. Entre as áreas

mais desmatadas no período estão trechos de floresta no entorno da BR-163, que liga Cuiabá/MT a Santarém/PA.

O levantamento do Imazon também classifica o desmatamento de acordo com a situação fundiária da área em que foi registra-do. Em maio, 67% do des-mate ocorreu em áreas pri-vadas, devolutas (ocupadas irregularmente) ou em di-versos estágios de posse, 17% em unidades de con-servação, 15% assentamen-tos da reforma agrária e 1% em terras indígenas.

O presidente do Institu-to Ambiental do Paraná (IAP), Vitor Hugo Burko, lançou no dia 1º de julho, a 1ª Audiência do Colegiado de Julgamento de Infrações Administrativas Ambientais, evento inédito re-alizado em um órgão ambien-tal no Brasil.

O novo procedimento visa dar maior celeridade aos processos de autuações que hoje se estendem por muito tempo perdendo a efetivida-de perante o infrator que, às vezes, pratica o ato observan-

IAP já adota novo sistema para julgamento de multas

do que a instituição não tem estruturas suficientes para deliberar e definir a sua ins-crição de cobrança no tempo hábil, apostando que o pro-cesso venha a caducar.

“Hoje é um marco his-tórico para nós e para todos os órgãos ambientais do país. O novo sistema im-plantado servirá de exemplo para o país e também como um avanço para a fiscaliza-ção ambiental no Estado”, destaca o presidente do IAP, Vitor Hugo Burko.

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julho de 2009 julho de 200912 5

PECUÁRIA DE LEITESUINOCULTURA

A tendência de que-da dos preços da

carne suína para exportação não deve ser revertida no curto prazo, segundo o pre-sidente da Associação Brasi-leira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suí-na (Abipecs), Pedro Camar-go Neto. Em junho, os pre-ços recuaram 33% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Camargo, que esteve em Brasília para reuniões com setores do governo, atribuiu os preços mais bai-xos à crise financeira inter-nacional. Ele citou a desva-lorização do rublo, moeda do maior importador do produto brasileiro, a Rússia, responsável por aproxima-damente 50% das compras do exterior. “A queda dos preços tem a ver com a crise e o real valorizado também atrapalha, mas o rublo teve desvalorização e aí mexeu com todo o mercado mun-dial”, explicou Camargo. “Os preços caíram e não há pers-pectiva de melhora”, previu.

Preço da carne para embarque deve seguir em queda, diz AbipecsSEGUNDO A INSTITUIÇÃO, DESVALORIZAÇÃO DO RUBLO INFLUENCIOU NA REDUÇÃO DOS PREÇOS DO PRODUTO BRASILEIRO

A Abipecs revisou para cima a estimativa de vendas externas de carne suína este ano, para 600 mil toneladas, ante 530 mil toneladas expor-tadas no ano passado e 606 mil toneladas em 2007. “Es-tamos estimando um aumen-to do volume das vendas, mas o preço não ajuda. Então, a saída é encontrar e conquis-tar novos mercados que pa-guem bem”, disse. Os três mercados mais cobiçados pelo setor são Japão, Estados Unidos e União Europeia.

Para o presidente da Abipecs, ainda que o setor se mobilize em prol da abertura de mercados, cabe ao gover-no a tarefa de ampliar o leque de opções. “É porque gover-no só fala com governo e au-toridade sanitária com auto-ridade sanitária”, comentou. Ele citou dois casos recentes que decepcionaram os pro-dutores de suínos: China e Filipinas. “Isso foi muito frus-trante, pois pensávamos que os dois mercados iriam abrir-se para nós”, lembrou.

Da Redação

Ciente da importância da suinocultura brasileira e da necessidade de aprimora-mento e atualização do co-nhecimento especializado neste segmento, a Bayer Ani-mal Health – Unidade Aves e Suínos – realizou mais um Ciclo Técnico sobre a Suino-cultura. O evento, que acon-

Suínos: Ciclo Técnico da Bayer aborda enfermidades de maternidade em GOteceu no final de junho, em Rio Verde/GO, foi destinado à Associação dos Granjeiros Integrados do Estado de Goiás – AGIGO.

Atendendo a uma de-manda levantada na re-gião, o Ciclo Técnico abor-dou, em palestra ministrada por Stefan Ale-

xander Rohr, da Integral Consultoria, a enfermida-de de leitões de maternida-de com o foco em doenças entéricas, relativas ao in-testino. Foram discutidos pontos como a etiologia, agentes causadores das do-enças entéricas; a patoge-nia, mecanismos que en-

volvem o ciclo e o contágio das doenças; o manejo, procedimentos adotados nas maternidades de suí-nos e formas de controle das doenças entéricas, como o uso de antibióticos, vacinação e o próprio ma-nejo. Também foram abor-dadas outras enfermidades

como doenças locomoto-ras (artrite) e encefalite.

Para o diretor técnico da AGIGO, Iuri Pinheiro Ma-chado, o foco do evento aten-deu às principais necessida-des de produtores e granjeiros da região, o que garantiu o sucesso do evento e grande participação do público.

A adesão dos estados e municípios ao Sistema Brasi-leiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi/Poa) é um fator preponderante para o crescimento da capri-novinocultura no País. Essa foi a conclusão da 18ª reunião ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Ca-prinos e Ovinos, realizada no dia 7 de julho, em Brasília.

“Iremos encaminhar um documento ao secretário de Defesa Agropecuária so-bre a importância da adesão de estados e municípios ao Sisbi. Por outro lado, vamos mobilizar as câmaras esta-duais para que sugiram a adesão dos governos estadu-ais e municipais ao sistema”, informou o presidente da

Câmara de caprinos e ovinos incentiva adesão ao Sisbi/Poa

OVINOS/CAPRINOS

Câmara Setorial, Francisco Edílson Maia da Costa.

Segundo o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Ani-mal (Dipoa), Nelmon Olivei-ra da Costa, cinco estados formalizaram o pedido de adesão ao Sisbi/Poa no Mi-nistério da Agricultura, Pe-cuária e Abastecimento (Mapa). São eles: Rio Gran-de do Sul, Minas Gerais, Bahia e Mato Grosso, sendo que o Paraná foi o primeiro a aderir ao Sisbi, no mês passado. Além disso, 40 mu-nicípios também solicita-ram a adesão ao sistema.

Dados do Mapa reve-lam que o número de abate de ovinos e caprinos, nos 13 matadouros cadastrados no

Sistema de Inspeção Fede-ral (SIF), tem diminuído nos últimos anos. No caso de ovinos, a redução foi de 270 mil animais abatidos em 2007 para 251 mil em 2008. Já para os caprinos, a queda foi de 5.200 para 4.700 abates no ano passa-do. Para a Câmara Setorial houve uma migração do sis-tema de abate federal para o estadual, em função do aumento do consumo do produto no mercado.

COOPERATIVISMO

Atualmente o setor da caprinovinocultura conta com um rebanho estimado em 25 milhões de cabeças no Brasil, mas os próprios pecuaristas consideram a

cadeia produtiva fraciona-da por ser constituída, em sua maioria, por pequenas propriedades. Nesse senti-do, o cooperativismo e as-sociativismo são aponta-dos como importantes soluções para o fortaleci-mento da cadeia produti-va, desde pequenos a gran-des produtores.

O coordenador-geral de Acompanhamento do Departamento de Coopera-tivismo e Associativismo Rural (Denacoop) do Mapa, Eduardo Melo Mazzoleni, falou sobre o Consórcio Co-operativo, nova modalidade do mundo globalizado. O consórcio consiste em cin-co etapas: elaboração do plano de negócio, modelo

societário, governança, ins-trumentalização e consti-tuição do consórcio. O ob-jetivo é desenvolver e fortalecer o setor para o acesso a mercados nacio-nais e internacionais.

A alta do preço do leite nos últimos

meses reflete a menor pro-dução brasileira, consequ-ência da retração na de-manda internacional com a crise financeira mundial e a entressafra, explica o presi-dente da Comissão Nacio-nal de Leite da Confedera-ção da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim. Ele cita também outros fatores para o aumento de preços, como a saída de empresas produ-toras de leite do mercado e o aumento do consumo in-terno com a expansão da renda. O IBGE divulgou uma alta de 28,88% nos pre-ços do leite pasteurizado no primeiro semestre de 2009, representando a maior pres-são no IPCA no período.

Mercado: Alta de preço se deve à menor produçãoREPRESENTANTES DO SETOR ACREDITAM QUE O CRESCIMENTO DA ATIVIDADE DEVE FICAR ESTE ANO EM 1%

Segundo Alvim, a pro-dução de leite no País vem crescendo continuamente há mais de 20 anos, mas em 2009 haverá uma forte desa-celeração nessa expansão, que ocorria numa média de 4% a 4,5% ao ano e, este ano, não deverá ultrapassar, com otimismo, o patamar de 1%. No primeiro quadri-mestre de 2009, segundo ele, a produção de leite no Brasil foi 7% menor do que em igual período do ano passa-do. “Desde outubro estamos registrando queda na pro-dução ante igual período do ano anterior”, explica.

De acordo com Alvim, os produtores de leite esta-vam animados com o cres-cente aumento no consumo do produto que vinha ocor-rendo no mundo, sobretudo

nos países emergentes. Com o agravamento da crise a partir do último trimestre do ano passado, esse cená-rio mudou, os preços inter-nacionais despencaram e os produtores brasileiros redu-ziram a produção.

Ele exemplifica que, enquanto no primeiro se-mestre do ano passado o preço do leite no mercado internacional chegou a US$ 5,7 mil por tonelada, hoje está em torno de US$ 1,8 mil por tonelada. “A produ-ção do leite é muito dinâ-mica, as decisões de au-mento ou queda no volume produzido ocorrem muito rapidamente e dependem dos preços”, esclarece.

A expectativa de Al-vim é de que, se não hou-ver nenhuma nova mudan-

ça no atual cenário econômico no Brasil e no mundo, o preço do leite no País deverá voltar a cair em outubro, quando entra a nova safra. O problema, segundo ele, é que se a pro-dução continuar em queda,

enquanto o consumo in-terno prossegue em alta,dificilmente o descasa-mento entre oferta e de-manda vai permitir um re-cuo mais significativo nospreços do leite.

Da Redação

Normas técnicas para a utilização de tanques comu-nitários visando à conserva-ção da qualidade do leite cru foram publicadas no início de julho, no Diário Oficial da União, por meio da Ins-trução Normativa Nº 22/2009, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

As regras atendem a uma demanda antiga do setor, em complemento à Instrução Normativa Nº 51/2002. “Havia o reco-nhecimento do que era o tanque comunitário, mas

Uso de tanques comunitários de refrigeração é regulamentadonão havia diretrizes espe-cíficas para a utilização dele. Além disso, com as normas técnicas pode-se combater a prática clan-destina feita por interme-diários”, esclarece a as-sessora técnica da Divisão de Inspeção de Leite e De-rivados (Dilei), do Depar-tamento de Inspeção de Produtos de Origem Ani-mal (Dipoa), Mayara Sou-za Pinto.

Dentre as novas re-gras está a instalação do tanque comunitário em lo-cal adequado, provido de

paredes, cobertura, pavi-mentação, iluminação, ventilação e condição de acesso apropriadas. São exigidos também ponto de água corrente de boa qua-lidade e local para higie-nização das mãos, latões e demais utensílios.

Deve haver ainda, pelo menos, um responsá-vel capacitado em cada tanque pela recepção do produto, seleção do leite, higienização dos equipa-mentos e transporte, em conformidade com o Pro-grama de Coleta a Granel,

aprovado pela inspeçãosanitária oficial. O res-ponsável pelo tanque pre-cisa estar devidamenteinscrito no cadastro na-cional de produtos do Sis-tema de Informações Ge-renciais do Serviço deInspeção Federal (Sigsif).

É classificado comotanque comunitário o tan-que de refrigeração de leiteutilizado de forma coletiva eexclusiva pelos produtores,com as características dedesempenho e eficiência deacordo com regulamentotécnico específico.

Em junho, iniciaram as obras para ampliar a unidade industrial de laticínios da Fri-mesa localizada em Matelân-dia, no oeste paranaense. A movimentação é para incluir a industrialização de mais pro-dutos na linha de refrigerados. A capacidade de operação passará dos atuais 90 mil para 150 mil litros de leite por dia, totalizando 3.000 toneladas de alimentos todos os meses.

Para atender à nova de-manda, a área industrial será ampliada em aproximadamen-te 4,6 mil metros quadrados, o dobro da atua e cerca de R$ 4,5 milhões é a estimativa de re-cursos financeiros a serem aplicados. O projeto é mais um passo da estratégia da Frimesa de aumentar a captação de lei-te nas áreas de atuação das co-operativas filiadas e focar a in-dustrialização de itens de valor agregado, como afirma o presi-dente, Valter Vanzella. “O in-vestimento otimizará nossa operação no segmento de leite e trará benefícios na ponta da cadeia produtiva. Vamos au-mentar a captação na região e a matéria-prima virá dos pro-dutores integrados às cinco co-operativas filiadas”.

A Frimesa está centrali-zando as bases industriais na região oeste. Assim, a unidade de Matelândia será reestrutu-rada para produzir os refrige-rados enquanto em Marechal Cândido Rondon, com capaci-dade de produzir 500 mil litros de leite por dia, acontecerá a produção das demais linhas.

Frimesa começa as obras de ampliação

em Matelândia

Campanha estimula qualidade do leite

em RondôniaUma produção de qualida-

de é a garantia de um alimento mais seguro e saudável. É com essa filosofia que foi lançada ofi-cialmente a Campanha de Quali-dade do Leite, com foco na se-gunda maior bacia leiteira do País, localizada na região central de Rondônia. O evento aconte-ceu durante a 30ª Exposição Agropecuária, Industrial e Co-mercial de Ji-Paraná (Expojipa) e contou com palestras sobre boas práticas de produção e gestão de propriedade leiteira.

Coordenada pelo Sebrae, Embrapa Rondônia, Seagri e Emater-RO, com apoio de ou-tras instituições, a campanha tem como um dos principais objetivos orientar pequenos produtores quanto aos procedi-mentos de higiene na ordenha.

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julho de 2009 julho de 20096 11

PECUÁRIA DE CORTE FRUTICULTURA

Os brasileiros po-dem se orgulhar

da fartura, qualidade, quan-tidade e variedade de frutas que chegam ás suas mesas. No ranking de produção mundial de frutas, o País, com suas 43 milhões de to-neladas produzidas, anual-mente, cultiva frutas tropi-cais, subtropicais e temperadas ao longo de todo o ano, e ainda ostenta um terceiro lugar, atrás da Chi-na (175 milhões de tonela-das) e da Índia (57 milhões de toneladas).

Mas nem só desses nú-meros vive o setor. Para tornar possível a geração de negócios que envolve toda a cadeia pro-dutiva, transpor as etapas con-secutivas à produção, ao longo das quais os diversos insumos são utilizados, até a constitui-ção de um produto final e sua colocação no mercado, é pre-ciso gerar negócios e manter essa engrenagem comercial em movimento.

Uma lacuna desse pro-cesso está sendo preenchida

Fruit & Log: Setor ganha impulso com evento internacionalOBJETIVO É ATRAIR A ATENÇÃO DE PRODUTORES, PROCESSADORES, EXPORTADORES, DISTRIBUIDORES E IMPORTADORES

com a realização da Feira In-ternacional de Frutas e Deri-vados, Tecnologia de Proces-samento e Logística - Fruit & Log 2009. Inédito, o evento foi concebido com a missão de atrair a atenção de produto-res, processadores, exporta-dores, distribuidores e impor-tadores de todas as partes do mundo, apresentar tecnolo-gias de última geração de pro-cessamento, além de oferecer serviços essenciais para o co-mércio, importação e exporta-ção de produtos, aprimorar os mecanismos de transporte e promover uma ampla rede de negócios no setor de frutas, legumes e verduras.

A primeira edição da Fruit & Log acontece de 8 a 10 de setembro, no Expo Center Norte- em São Paulo/Capital, e é fruto da iniciati-va conjunta da Francal Fei-ras, uma das mais impor-tantes promotoras de negócios do País, e do Insti-tuto Brasileiro de Frutas – Ibraf, entidade representati-va do setor.

“Estamos no caminho certo, com investimentos em modernas técnicas de pro-dução e processamento, além de variedades de frutas adequadas para atender a demanda dos principais compradores mundiais”, diz Moacyr Saraiva Fernandes,

presidente do Ibraf. Mas re-força: “Foi detectada uma grande carência de um even-to no setor, e estamos ini-ciando um novo marco na cadeia produtiva de frutas do País ao ousarmos estru-turar um evento nacional para a América Latina e o

restante do mundo, com al-cance internacional, onde possamos nos reunir para fazer negócios”.

Outras informações: Instituto Brasileiro de Fru-tas – Ibraf, no website: www.ibraf.org.br

Da Redação

As agências do Banco do Brasil no Paraná já li-beraram R$ 10 milhões de recursos de custeio e in-vestimento para safra 2009/2010 destinada para a Agricultura Familiar do Estado. Segundo o Geren-te de Agronegócios do BB, Cezar de Cól, neste ano o lançamento da safra foi antecipado, possibilitando

BB libera R$ 10 milhões para agricultura familiar no Paranáque os sistemas do banco estivessem preparados desde 1º de julho para a li-beração do crédito. Ele disse que a estratégia é contratar todo o custeio da safra da Agricultura Fa-miliar, inicialmente pre-visto em R$ 1 bilhão, até 15 de outubro.

Se houver demanda, esse valor poderá ser

maior. O banco possui os recursos prevendo esse aumento explicou. Na safra anterior, que se encerrou em 30 de ju-nho, o BB liberou R$ 695,9 milhões para o Pa-raná aplicar no custeio da lavoura. Para investi-mento, foram R$ 369,8 milhões, totalizando R$ 1,065 bilhão.

A parceria da Embrapa Cerrados (Planaltina/DF) com a Cooperativa Agropecuária Mista Terranova (Cooperno-va), de Terra Nova do Norte (MT), está literalmente ren-dendo os primeiros frutos. Os híbridos BRS Sol do Cerrado, BRS Gigante Amarelo e BRS Ouro Vermelho, maracujás lançados em maio de 2008 pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Em-brapa), foram aprovados em ensaio de competição de culti-vares de maracujá no extremo norte do Estado.

O resultado da avalia-ção, uma comparação en-tre os híbridos da Embrapa e as quatro variedades mais cultivadas, comprova o po-tencial agronômico dos hí-bridos. Os produtores da Coopernova avaliaram, en-tre outras características, a massa média (Kg/fruto), quantidade de frutos por plantas, quantidade de só-lidos solúveis (Brix), por-centagem de frutas com verrugose e a porcentagem de plantas com flores e fru-tos após 90, 120 e 150 dias do plantio.

Para Márcio Sidnei Semprebom, coordenador técnico da Coopernova, “os híbridos da Embrapa supe-raram as expectativas”. Os

Cooperativa do Mato Grosso aprova híbridos de maracujá da Embrapa

produtores destacam que os novos maracujás apresen-tam excelente resistência à verrugose, doença fúngica mais comum nos cultivos de maracujá mato-grossenses.

“A produção tomou um outro ritmo, abrimos inscri-ção para novos plantios e a expansão deve acontecer com os novos híbridos”, co-menta Márcio Semprebom. Oitenta associados da Coo-pernova cultivam maracujá. A área plantada é de 120 hectares, mas há demanda para mais 80 hectares este ano. “Para a próxima safra, pretendemos trabalhar com todas as variedades da Em-brapa e o híbrido FB200, da Flora Brasil”, destaca.

O coordenador enfati-za que a única ressalva dos produtores é quanto a difi-culdade para conseguir se-mentes dos três híbridos. “As sementes são o garga-lo, a procura está grande e entramos na lista de espe-ra”, menciona. As reservas de semente são feitas por meio do escritório de ne-gócios de Campinas (SP) da Embrapa Transferência de Tecnologia. O produtor pode fazer a reserva pelo telefone (19) 3749-8888 ou pelo email [email protected].

O Estado do Rio Grande do Sul

será sede de um dos mais importantes eventos agrope-cuários e de maquinário da América Latina. A Expointer 2009 acontecerá no período de 29 de agosto a 6 de setem-bro, no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio/RS.

A tradição das exposi-ções agropecuárias gaúchas iniciou em 1901, no Campo da Redenção, hoje Parque da Redenção. Na época, já foi considerada um sucesso de público. Nascia, então, a Ex-posição Estadual, embrião do que hoje é a Expointer.

Em 1972, com a oficiali-zação da participação de ou-tros países, a feira passou a chamar-se Expointer – Exposi-ção Internacional de Animais.

Em sua 32ª edição in-ternacional, a Expointer

Expointer 2009 terá início no final de agostoEM 2008, FEIRA GAÚCHA COMERCIALIZOU UM MONTANTE SUPERIOR A R$ 383 MILHÕES

concentrará as últimas novi-dades da moderna tecnolo-gia agropecuária e agroin-dustrial, sendo reconhecida como um dos maiores even-tos do mundo em seu gêne-ro, evidenciando o potencial do agronegócio do Rio Gran-de do Sul.

ÚLTIMA EDIÇÃO

Na edição de 2008, a comercialização de animais, máquinas, implementos agrícolas, artesanato e pro-dutos da agricultura fami-liar somou R$ 383,5 mi-lhões. O valor foi 191,2% superior à edição de 2007, que teve R$ 131,7 milhões em negócios.

O setor de máquinas e implementos agrícolas foi o maior responsável pelo in-cremento nas vendas, com R$ 370,37 milhões, um acrés-cimo de 208,35% em relação

a 2007, quando foi comercia-lizado R$ 120,11 milhões. Os animais também foram des-taque na 31ª Expointer, com

a venda de R$ 10,65 milhões, valor 10,27% maior do que em 2007, que registrou R$ 9,65 milhões.

Mais informações so-bre a Expointer 2009: www.expointer.rs.gov.br

Da Redação

A Universidade do Boi e da Carne promove entre os dias 5 e 7 de agosto, no Cen-tro de Excelência Rural em Jaboticabal/SP, a terceira edição do curso de Forma-ção de Jurados de Carcaças Bovinas. Com aulas dividi-das em práticas e teóricas, o curso pretende formar jura-dos de carcaças com uma visão global de toda a cadeia produtiva da carne, capazes de correlacionar a produção animal com conceitos de qualidade de carne, logística industrial e exigências do consumidor moderno.

Universidade do Boi promove Curso de Formação de Jurados de Carcaças Bovinas

As inscrições e informa-ções sobre os cursos da Uni-versidade do Boi e da Carne podem ser obtidas pelo site www.universidadedacarne.org.br, pelo e-mail univer-s idadedacarne@nelore .org.br ou pelo telefone (11) 3293 8900.

A Universidade do Boi e da Carne é uma iniciati-va da Associação dos Cria-dores de Nelore do Brasil (ACNB) e conta com o apoio da Dow AgroScien-ces, Tortuga Cia. Zootécni-ca Agrária, CRV Lagoa e Bertin S.A.

Agroleite: Parque de Exposições

recebe melhorias Há menos de um mês

para ser sede do maior even-to nacional do leite, o Par-que de Exposições Dario Macedo - em Castro/PR - re-cebe melhorias. Neste ano a Cooperativa Castrolanda investiu na construção de banheiros, demolição da ar-quibancada, logística dos estandes, reformas e pintu-ra dos barracões.

A mostra que será re-alizada de 11 a 15 de agos-to deve receber cerca de 600 animais das raças ho-landesa, jersey, pardo-suí-ça, simental e a novidade deste ano: a participação da raça girolando. “De Mi-nas Gerais a Associação Brasileira de Criadores da Raça Girolando já confir-mou a participação em torno de 100 animais”, re-vela o coordenador geral do Agroleite, José Hilton Prata Ribeiro.

Em junho, de acordo com dados preliminares do Ministério do Desenvol-vimento, Indústria e Co-mércio Exterior (MDIC), o Brasil exportou 116,87 mil toneladas equivalente car-caça de carne bovina in natura. Um expressivo au-mento de 20% em relação a maio e, o mais importan-te, de 9% em relação a ju-nho de 2008.

Desde setembro de 2008 o Brasil não expor-tava mais em um mês, comparando-se o desem-penho com o mesmo perí-odo do ano anterior. O preço médio ficou em US$2.474,54 por tonelada equivalente carcaça, alta de 3% em relação a maio e de 8% em relação a ja-neiro. Mais informações: w w w. s c o t c o n s u l t o r i a .com.br

Brasil volta a exportar mais carne bovina

em junho

Os frigoríficos brasilei-ros conseguiram do governo chileno o compromisso de que nos próximos dois meses será enviada ao Brasil uma missão técnica para vistoriar e liberar um número maior de plantas industriais. Atual-mente, oito empresas, com 16 unidades certificadas, es-tão autorizadas a exportar para o mercado chileno. “A ideia é habilitar pelo menos as 41 plantas que existiam em 2005, antes do embargo chileno por conta dos casos de febre aftosa”, disse Otavio Cançado, diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

Além do compromisso

Chile pode habilitar mais frigoríficos do Brasil até setembro

de certificar um número maior de frigoríficos, repre-sentantes do governo chile-no pretendem passar pelo Mato Grosso do Sul, Estado que ainda não está habilita-do a exportar para o país. A reivindicação foi feita pela secretaria de Produção, Co-mércio e Indústria do Esta-do, Tereza Cristina Correa da Costa Dias, que partici-pou do evento realizado em Santiago, capital do Chile, para promover a carne bra-sileira para importadores e o governo chileno. O Mato Grosso do Sul é o único Es-tado não habilitado a expor-tar ao Chile, mesmo tendo o mesmo status de outros Es-tados que foram liberados.

Nelore: APCN participa da

Grand Expo BauruA APCN - Associação

Paulista de Criadores de Nelo-re - já garantiu a presença da raça Nelore na Grand Expo Bauru 2009.

A entrada da raça Nelore no Recinto Mello de Moraes, du-rante a 36ª Grand Expo Bauru está programada para ocorrer dos dias 10 e 11 de agosto, e os julgamentos nos dias 13, 14 e 15 de agosto. A APCN reservou 700 argolas para o Nelore padrão e mocho. Segundo Evaldo Rino Ribeiro, diretor financeiro da entidade, durante os trabalhos de julgamentos, será realizado o Campeonato Baby Fêmea e Ma-cho, e a organização da feira dis-tribuirá R$ 10 mil em prêmios do 1º ao 12º colocados. “Nossa expectativa é reunir nas pistas da Grand Expo Bauru os me-lhores animais no Estado de SP e do Brasil!”, adianta Evaldo, complementando que também serão ofertados R$ 3 mil em prêmios aos tratadores.

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julho de 2009 julho de 200910 7

PECUÁRIA DE CORTEAVICULTURA

A Cocari - Coopera-tiva Agropecuária

e Industrial, com sede em Mandaguari/PR, irá investir mais de R$ 100 milhões na ampliação de estruturas já existentes e na construção de novos empreendimentos. Os recursos, liberados com a parceria e o apoio financeiro do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) e BNDES (Banco Nacio-nal de Desenvolvimento Eco-nômico e Social), serão apli-cados em vários projetos que vão gerar, até a conclusão das obras, 2.500 mil empregos di-retos e 10 mil empregos indi-retos na região.

A cooperativa conta com aproximadamente 5 mil cooperados, sendo 85% de pequenos produtores ru-rais. Os investimentos totais somam R$ 119,3 milhões, sendo que R$ 99,9 milhões são recursos do BRDE/BN-DES e R$ 19,4 milhões são recursos próprios da coope-rativa. O investimento da

Cocari vai investir R$ 100 milhões na ampliação de estruturasPROJETOS DEVEM GERAR 2.500 MIL EMPREGOS DIRETOS E 10 MIL INDIRETOS NA REGIÃO DE MANDAGUARI

Cocari, apenas no municí-pio de Mandaguari, será de R$ 104,8 milhões, sendo R$ 87 milhões do financiamen-to aprovado pelo BRDE/BN-DES e R$ 17,8 milhões com recursos próprios.

O principal destaque dos novos investimentos será a construção de um abate-douro de frangos em Manda-guari (distante 30 km de Ma-ringá e 400 km de Curitiba). Do total liberado, R$ 87 mi-lhões serão investidos na construção do abatedouro, e também na construção de uma fábrica de rações para frangos, que será destinada aos aviários dos cooperados. A inauguração está prevista para fevereiro de 2012, na comemoração dos 50 anos da cooperativa. O empreen-dimento, em sua primeira fase, terá capacidade para abater até 110 mil aves/dia e previsão de gerar mais de mil empregos diretos e 4 mil indiretos na região. Na fase final do abatedouro, o objeti-

vo é construir um novo bar-racão, o que aumentará a ca-pacidade de abate para 320 mil aves/dia. Com isso, cal-cula-se a geração de 2.500 mil empregos diretos e 10 mil empregos indiretos. “O BRDE cumpre o seu papel de

fomentar, sobretudo em épo-ca de crise, onde cada empre-go gerado nos dá a satisfação de dever cumprido” explica o diretor administrativo, Air-ton Pissetti.

A Cocari também vai disponibilizar a quantia de R$

15 milhões, obtida anterior-mente através do BRDE, e direcionada por meio da par-ceria junto a Sicredi Agroem-presarial, aos cooperados in-teressados em financiar a construção de aviários.

Da Redação

O primeiro lote de frangos da Coasul Coope-rativa Agroindustrial já foi carregado e abatido no início de julho. Foram 34 mil aves levadas em seis cargas para serem abati-das na Coopavel em Cas-cavel. O lote é do primeiro aviário pronto e alojado, de propriedade de Paulino Capelin Fachin, também diretor presidente da coo-perativa. Para ele, “a par-ceria com a Coopavel para a Coasul é fundamental e muito boa, porque desta

Coasul carrega primeiro lote de frangos para abate

forma é possível adiantar o fomento e quando o aba-tedouro de aves que está em construção ficar pron-to, já irá existir um equilí-brio de abate”.

De acordo com o mé-dico veterinário do Fomen-to Avícola, Edeomar Reo-lon, o primeiro lote foi para o abate com 43 dias, consi-derado um tempo muito bom. “O carregamento foi um sucesso e dentro da nor-malidade. A primeira carga foi abatida às 5h e levou 38 minutos”, ressalta.

O Paraná lidera a pro-dução e o abate de frangos no Brasil, sendo responsável por 26,5% dos abates reali-zados em todo o País. O des-taque é da pesquisa trimes-tral sobre produção animal realizada pelo Instituto Bra-sileiro de Geografia e Esta-tística (IBGE) sobre o de-sempenho da produção animal, referente ao primei-ro trimestre de 2009, divul-gada na primeira semana de julho. A pesquisa envolveu o levantamento sobre abate de

Paraná é líder na produção de frango do País, diz IBGEbovinos, suínos, frangos, produção de leite e ovos.

No primeiro trimestre de 2009, 1,12 bilhão de frangos foram abatidos em todo o País. Desse total, o Paraná abateu 297,3 mi-lhões de cabeças. O segun-do maior produtor foi o estado de Santa Catarina com um volume de 211,3 milhões de cabeças abati-das, seguido do Rio Gran-de do Sul com 158,8 mi-lhões de cabeças abatidas.

A pesquisa revela que a

crise financeira mundial re-fletiu na queda das exporta-ções e no valor da produção. Segundo o IBGE, houve uma redução de 3,9% no vo-lume exportado e de 21,9% em faturamento, na compa-ração com o primeiro tri-mestre do ano passado. O faturamento também foi menor. O preço de exporta-ção caiu de US$ 1.612 por tonelada no primeiro tri-mestre do ano passado para US$ 1.310 a tonelada em igual período neste ano.

As exportações bra-sileiras de carne de fran-go somaram 329 mil to-neladas, uma queda de 0,34% em relação ao mesmo mês de junho do ano passado. Em receita, os embarques do mês passado somaram US$ 529 milhões, queda de 18,8% em relação a ju-nho de 2008. No acumu-lado do primeiro semes-tre as vendas externas de carne de frango totaliza-ram 1,8 milhão de tone-lada, volume 1,9% abai-

Frango: Exportação em junho caiu 0,34%

xo do verificado em igual período ano passado.

A receita das exporta-ções no primeiro semestre ficou em US$ 2,7 bilhões, em queda de 20% ante o mesmo período de 2008. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira dos Produtores e Exporta-dores de Frangos (Abef). Se-gundo a entidade, a rentabi-lidade do setor foi afetada pela queda do dólar e pela alta dos custos de produção, principalmente do farelo de soja e mão-de-obra.

Entre os dias 2 e 3 de setembro representantes dos setores suinícola e avícola já têm compromisso: A Super-Fas (Super Feira dos Avicul-tores e Suinocultores de Mi-nas Gerais), que chega a sua segunda edição trazendo ainda mais informação, con-fraternização e negócios aos produtores de aves e suínos de Minas Gerais.

Criada em 2008 por ini-ciativa da Associação dos Avi-cultores de Minas Gerais (AVI-MIG) em conjunto com a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (ASEMG), a Feira dos Avicul-tores e Suinocultores de Minas Gerais acontece em Pará de Minas, cidade referência na criação de aves e suínos, e ob-jetiva a união de dois grandes

Feira reúne cadeia produtiva dos setores de aves e suínossetores do agronegócio muni-ciando-lhes de informações e propiciando às empresas expo-sitores a geração de negócios.

Durante os dois dias de eventos são esperados cerca de 500 produtores advindos de diversos pólos do Estado. “Assim como em 2008 fare-mos uma feira com que irá aliar informação a negócios. Trabalhando com metas e foco conseguimos fazer da SuperFas uma feira respeita-da, através das pesquisas de opinião realizadas no ano an-terior foi possível mensurar o alto grau de satisfação de vi-sitantes e expositores. Para este ano já estamos traba-lhando em uma programa-ção de alto nível e devido ao sucesso da primeira edição foi preciso antecipar o início

das vendas de estandes, já que os expositores começa-ram a nos procurar ainda no primeiro semestre” comen-tou João Bosco Martins de Abreu, presidente da Asso-ciação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais.

Para a segunda edição do evento a organização pro-mete superar as expectativas. Foram programadas palestras com temas sugeridos pelos participantes e que integram o atual contexto dos setores envolvidos “A união de avicul-tores e suinocultores em uma feira focada em negócios e in-formações é de extrema im-portância para o crescimento de ambos os setores, esta é a fórmula do sucesso da Super-Fas” comentou José Maria Salgado, diretor da Avimig.

A campanha de va-cinação contra

febre aftosa realizada no último mês de maio atingiu a cobertura de 96,59% do rebanho de bovinos e buba-linos do Paraná. Da popu-lação existente de 4,4 mi-lhões de cabeças na faixa etária de até 24 meses, fo-ram vacinadas 4,25 milhões de cabeças. O índice ficou um pouco abaixo do resul-tado alcançado na última campanha de vacinação, que foi 98,23% em novem-bro do ano passado.

Essa queda não sur-preendeu a equipe técnica da Secretaria da Agricultu-ra e do Abastecimento (Seab/PR) porque foi a pri-meira vez que se alterou a estratégia, com a adoção de uma campanha parcial, disse o médico veterinário Walter Ribeirete, da Divi-são de Sanidade Animal, responsável pela área de

PR: Campanha de vacinação contra aftosa atinge 96,59%ÍNDICE FICOU ABAIXO DO RESULTADO ALCANÇADO NA ÚLTIMA IMUNIZAÇÃO REALIZADA EM NOVEMBRO DE 2008

febre aftosa na Seab. A campanha também enfren-tou dificuldades como a falta de vacinas em alguns municípios no final da campanha, o que obrigou a prorrogação em algumas localidades do Estado.

Com a campanha par-cial, muitos criadores com animais acima de 24 meses nem compareceram às Uni-dades Veterinárias para justificar a não-vacinação porque esses animais esta-vam desobrigados de rece-berem a vacina. Segundo Ribeirete, os produtores com animais adultos foram desobrigados da vacinação, mas não do cadastro.

Sem o comparecimen-to dos produtores nas Uni-dades Veterinárias, para fa-zer o cadastro, fica impossível saber se possuem animais com idade inferior a 24 meses, ou apenas os adultos, não-vacináveis.

“É importante que es-sas deficiências sejam evi-denciadas para corrigirmos em campanhas posteriores, principalmente nas etapas de maio, quando será feita novamente a vacinação parcial do rebanho”, afir-ma Ribeirete.

Na próxima etapa da

campanha de vacinação contra febre aftosa em no-vembro de 2009, a Seab irá reforçar as orientações aos produtores para que se ha-bituem a fazer o cadastro, mesmo não possuindo ani-mais a serem vacinados. Em 11 regionais da Seab, no in-terior, foram obtidos índices

acima de 97%. Regiões quese destacam na criação debovinos como Umuarama eParanavaí atingiram índi-ces de cobertura de vacina-ção superiores a 99%. Osíndices inferiores foram re-gistrados nas regiões cen-tral e sul do Estado.

Da Redação

A implantação da Guia de Trânsito Animal (GTA) eletrônica no gado brasilei-ro deverá ser implantada integralmente por 10 Esta-dos (incluindo o Distrito Federal) em 60 dias, redu-zindo os custos do setor. A perspectiva foi traçada pelo presidente do Fórum de Pe-cuária de Corte da Confe-deração Brasileira de Agri-cultura e Pecuária do Brasil (CNA) e presidente da Câ-

GTA eletrônica deve ser implantada em 10 Estados em 60 diasmara Setorial de Carne Bo-vina, Antenor Nogueira.

De acordo com No-gueira, a previsão é a de que os Estados de Rondô-nia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Pa-raná, São Paulo, Minas Ge-rais, Goiás e Distrito Fede-ral serão os primeiros a adotar o novo sistema. “Pa-rabenizo a forma simplifi-cada de se fazer o controle

agora. Será muito mais fá-cil para o produtor se ade-quar”, avaliou. Atualmen-te, esse “passaporte” doanimal ainda é feito empapel na maior parte dosEstados. De acordo comNogueira, a alteração jáestá em fase de implanta-ção em várias das unida-des federativas citadas,com evolução de 30%, 50%e até 100%, no caso doDistrito Federal.

Diante da conturbada situação em que se encontra o setor de comercialização de bovinos no Estado, prin-cipalmente em relação ao fechamento de algumas plantas frigoríficas nos últi-mos meses, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) ins-talou no início de julho, a Comissão de Produtores Credores de Frigoríficos em Recuperação Judicial. Parti-ciparam da reunião a direto-ria da entidade, presidentes e representantes de sindica-tos rurais.

“Já estávamos nos reu-nindo com os produtores e

Famato cria comissão de produtores credores de frigoríficos

Assocon abre inscrições para a 2ª Interconf 2009

representantes dos frigorí-ficos intermediando as ne-gociações, no entanto neste meio tempo o cenário se modificou, houve arrenda-mento de algumas plantas que estão em processo de recuperação na Justiça e o não-cumprimento de acor-dos feitos com os pecua-ristas. Neste momento o produtor, no papel de cre-dor, precisa ser resguarda-do no processo e receber pelo boi abatido, afinal é ele quem fornece a maté-ria-prima para essas plan-tas continuarem funcio-nando”, disse o presidente da Famato, Rui Prado.

A Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) acaba de abrir as inscrições para o público interessado em participar da 2ª Conferência Internacional de Confinadores (Interconf 2009), maior evento de âmbito internacional para profissionais ligados à cadeia de produção da carne bovina no Brasil, marcado para os dias 15, 16 e 17 de setembro de 2009, em Goiânia/GO.

A edição deste ano conta-rá com programação diversifi-cada que inclui apresentação de palestras e mesas redondas

envolvendo especialistas reno-mados para discutir aspectos que envolvem a execução do projeto de confinamento, a atual perspectiva de agronegó-cio sustentável e definição dos marcos regulatórios para ques-tões de saúde animal e segu-rança alimentar, produção de insumos e alimentação.

Além disso, haverá uma mesa redonda sobre a atual situação da indústria frigo-rífica brasileira, reunindo no mesmo espaço, represen-tantes das principais indús-trias frigoríficas do País.

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julho de 2009 julho de 20098 9

AGROENTREVISTA AGRODESTAQUE

A Fundação Meri-dional – com

sede em Londrina/PR - completa neste ano 10 anos de projetos em apoio à pesquisa agropecuária. Neste período, além de orientar o homem do cam-po, a entidade em parceria com a Embrapa e o Iapar, lançou no mercado deze-nas de cultivares de soja e de trigo. O presidente da Fundação Meridional, Al-mir Montecelli, nos conce-deu uma entrevista para falar um pouco deste tra-balho e também sobre as expectativas com relação à próxima safra de grãos:

AgroRede - Este ano a Fundação Meridional completa 10 anos de ati-vidades em apoio à pes-quisa agropecuária. Na opinião do Sr. quais fo-ram as principais con-tribuições da institui-ção para o setor de sementes?

Almir Montecelli - Os benefícios não foram para o setor de sementes, mas sim para todo setor pro-dutivo da soja e do trigo. O apoio à pesquisa de im-portantes instituições como a Embrapa e o Ia-par, proporcionou não só a geração de novas culti-vares, mas também am-pliou a abrangência das ações de transferência de tecnologia aos agriculto-res. O convênio com a Embrapa já produziu 30 cultivares de soja e 8 cul-tivares de trigo nestes 10 anos e outras 10 cultiva-res de trigo foram geradas no âmbito de nossa parce-ria com o Iapar. Nossos dias de campo atingem um público anual de 35.000 pessoas na cultura da soja e nossos eventos de trigo recebem 8.500 participantes a cada sa-fra. Tudo isto nos dá a certeza de que a Funda-ção Meridional tem con-tribuído muito com o su-cesso da agricultura nos Estados em que desenvol-ve suas atividades. Tam-bém é importante desta-car os trabalhos com as equipes técnicas das em-presas colaboradoras, tanto na atualização téc-nica no manejo das cultu-ras, quanto na produção de sementes, através de treinamentos para a atua-lização contínua dos res-ponsáveis técnicos de cada produtor.

Pesquisar sempre e difundir tecnologia de ponta aos agricultoresAgroRede - Quais

devem ser as diretrizes para os próximos 10 anos da Fundação? Além das parcerias com o Ia-par e a Embrapa, a Fun-dação Meridional irá participar de outros pro-jetos técnicos?

Montecelli - Os desa-fios certamente serão mui-tos, mas acreditamos que os maiores avanços serão na área da biotecnologia. Novos eventos de transge-nia deverão ser a principal inovação tecnológica no médio prazo, indo desde a tolerância a herbicidas e insetos, passando pela to-lerância ao déficit hídrico e chegando à melhoria das características nutricio-nais da soja e do trigo. Sa-bemos que obtentores e detentores ainda precisam cumprir muitas etapas do processo de geração e de liberação destas tecnolo-gias, mas certamente os benefícios deverão ter im-pactos positivos para o produtor, para o consumi-dor e, principalmente, para o meio ambiente. Quanto à nossa perspecti-va de novos projetos, já es-tamos desenvolvendo tra-balhos que contemplam a cultura do triticale, como opção de matéria-prima substituta do milho nas rações, além de estarmos ampliando a abrangência geográfica de nossos pon-tos de teste para todo o Es-tado do MS, para o sul de GO e para o sul de MG, re-giões estas que são assisti-das pelos colaboradores da Fundação Meridional.

cursos próprios para con-duzir todo o processo produtivo dentre dos pa-râmetros tecnológicos de ponta. É este fato que vai determinar o potencial produtivo de cada lavoura de soja, de milho, de algo-dão, de trigo, etc., uma vez que o produtor deci-dirá a aquisição de se-mentes, o manejo da fer-tilidade do solo e o controle de pragas e do-enças de acordo com a sua capacidade de remu-nerar estes componentes do custo de produção. Atualmente, o crédito ru-ral ainda possui muitas situações que inviabili-zam o acesso de boa parte dos agricultores, que so-mente se resolverão pela disposição política em re-conhecer o real valor da produção agrícola para o Brasil. Quanto à desvalo-rização cambial, é cedo para se avaliar os impac-tos, pois depende muito do que irá ocorrer na épo-ca da colheita da próxima safra, principalmente de verão, quando haverá de-finição de preços para soja e milho. Na atual conjuntura, o mercado de “commodities” como a soja está em valores inte-ressantes e existe também a perspectiva de que com a desvalorização cambial poderá haver redução nos custos de fertilizantes e defensivos, que, em sua maioria, dependem da importação de matéria-prima. Este é apenas mais um dos diversos riscos que nossa atividade preci-sa enfrentar diariamente, uma vez que depende de fatores globais.

AgroRede - Há novi-dades tecnológicas da Fundação Meridional para o setor sementeiro na safra 2009/2010? Que recomendações o Sr. sugere para que o produtor rural consiga melhorar os índices de produtividade, princi-palmente nas lavouras de soja?

Novamente nos cabe ressaltar que as inovações tecnológicas geradas no âmbito de nossas parce-rias com a Embrapa e com o Iapar, têm como objeti-vo central e principal o agricultor. Para a safra 2009/2010, já lançamos duas novas cultivares de soja convencional, BRS

283 e BRS 284, que são precoces, possibilitam se-meadura antecipada e apresentam alto potencial produtivo. Para o plantio da safra 2010/2011 estare-mos também disponibili-zando cultivares precoces de soja transgênica RR, BRS 294RR e BRS 295RR, com alta produtividade e para plantio a partir de 15/10. Para a safra de tri-go em 2009, destacamos o primeiro ano de cultivo comercial das cultivares BRS Pardela e BRS Tanga-rá, da Embrapa, bem como das variedades IPR 130 e IPR 136, do Iapar. Fica o destaque para o lançamen-to da cultivar de trigo IPR 144, desenvolvida pela parceria com o Iapar e que será lançada nesta safra de inverno. No que se refe-

AgroRede - O Sr. acredita que a falta de crédito rural e a desva-lorização cambial po-dem comprometer a pró-xima safra agrícola?

Montecelli - O fator crédito sempre interfere na capacidade investi-mento do agricultor numa próxima safra. Dificil-mente ele dispõe de re-

Os benefícios com as novas tecnologias deverão ter impactos positivos para o produtor, para o consumidor e, principalmente, para o meio ambiente”

re às recomendações para atingir melhores índices de produtividade, tenho certeza de que tudo se re-sume a uma boa assistên-cia técnica, associada a fatores ambientais favorá-veis. De nada adianta ter-mos a perspectiva de “El Niño”, se não utilizarmos a melhor semente, a adu-bação correta e não con-trolarmos adequadamente plantas daninhas, pragas e doenças. Para isto, de-vemos sempre buscar a orientação de um enge-nheiro agrônomo, que irá buscar as melhores solu-ções, de acordo com as in-dicações técnicas da pes-quisa, sem se descuidar do fator rentabilidade (custo/benefício) para cada uma das diferentes situações.

O presidente Luiz Inácio Lula da

Silva, o governador do Para-ná Roberto Requião e o mi-nistro da Agricultura, Rei-nhold Stephanes, lançaram no final de junho, em Londri-na/PR, o Plano Agrícola e Pe-cuário (PAP) para a próxima safra. Lula disse que está li-berando R$ 107,5 bilhões para produção de 2009/2010, ou 37% a mais que o valor do ano passado e destacou: “Trata-se do maior programa de financiamento da agricul-tura já feito no País”.

O evento contou com a participação de cerca de 2.500 agricultores que lota-ram o pavilhão nas depen-dências da Sociedade Rural do Paraná. Várias autorida-des estavam presentes, entre elas a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, o mi-nistro do Planejamento, Pau-lo Bernardo, do vice-gover-nador Orlando Pessuti, do prefeito de Londrina, Barbo-sa Neto, do secretário da Agricultura e do Abasteci-mento do Paraná, Valter Bianchini, do anfitrião e pre-sidente da Sociedade Rural do Paraná, Alexandre Kireff, deputados federais, senador

Plano Agrícola e Pecuário é lançado em LondrinaNO TOTAL, FORAM LIBERADOS PELO GOVERNO FEDERAL R$ 107,5 BILHÕES EM RECURSOS PARA A PRÓXIMA SAFRA

Osmar Dias e lideranças da agropecuária e das coopera-tivas do Paraná.

O presidente confirmou que o governo federal decidiu investir com mais força na agropecuária como medida para o país sair mais rápido da crise financeira mundial. Disse também que o setor está gerando mais empregos.

Conforme o anúncio, a agricultura empresarial vai contar com R$ 92,5 bilhões e a agricultura familiar com R$ 15 bilhões nesta safra que se inicia. Segundo Lula, o Brasil precisa das duas agriculturas e deu um recado para os agri-cultores familiares de todo o País, principalmente da re-gião Norte e Norte. “Gastem o dinheiro para plantar as la-vouras porque se precisar de mais dinheiro, de R$ 20 bi-lhões, R$ 30 bilhões ou até R$ 50 bilhões”, não vai faltar dinheiro, disse.

COOPERATIVISMO

Os R$ 4 bilhões desti-nados ao cooperativismo, dentro do Plano Safra 2009/2010, foram bem rece-bidos pelas cooperativas do Paraná. “É um montante quatro vezes maior em rela-

ção aos recursos da safra passada, quando foi libera-do R$ 1 bilhão somente ao Prodecoop (Programa de Desenvolvimento Cooperati-vo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária)”, afirmou o presidente do Sis-tema Ocepar, João Paulo Koslovski, que participou do lançamento do Plano Safra. Ainda de acordo com ele, para a atual safra serão dis-ponibilizados R$ 2 bilhões

por meio do Prodecoop, que poderão ser utilizados pelas cooperativas em investimen-tos na agroindústria e à for-mação de capital de giro.

Além disso, o governo fe-deral anunciou a criação do Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap Agro), cujos recursos no valor de R$ 2 bilhões pode-rão financiar a aquisição ou a integralização das cotas-parte do capital social das cooperati-

vas. A verba do Procap Agropoderá ainda ser utilizada nosaneamento financeiro e eminvestimentos por parte da co-operativa. O limite de finan-ciamento será de R$ 25 milpor associado e o limite da co-operativa foi fixado em R$ 50milhões. A linha de crédito,com prazo de reembolso deaté seis anos e carência de atédois anos, tem taxa de juroanual de 6,75%.

Da Redação

A Associação dos En-genheiros Agrônomos de Londrina (AEA Londrina) realizou, no final de ju-nho, um jantar dançante para dar início às come-morações aos 40 anos de fundação da importante instituição pé-vermelha e para a solenidade de pos-se da nova diretoria, que será presidida por Florin-do Dalberto.

Mais de 100 convida-dos prestigiaram o evento na sede social da AEA Lon-drina e se divertiram ao som da Banda Ângelus – de Rolândia - com os hits da música popular brasileira. “Este é um marco para a nossa entidade. Poucas ins-tituições do País conseguem se manter unidas desta ma-neira como a nossa entida-de. Por isso, é uma honra presidi-la neste momento”, afirmou Florindo Dalberto, durante o discurso de posse da nova diretoria.

A equipe do jornal AgroRede Notícias esteve na cobertura da solenidade de posse da nova diretoria da AEA Londrina. Confira as imagens de Daniela Lopes:

40 anos: AEA de Londrina dá início às comemorações

[email protected](43) 9141.1614

(43)3029-1616

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