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Arbitragem e Seguros Reunião Técnica ANEFAC Arbitragem e Seguros Palestrante: Gabriel Teodoro de Oliveira Advogado de Mattos Muriel Kestener Advogados

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Reunião Técnica ANEFAC

“Arbitragem e Seguros”

Palestrante: Gabriel Teodoro de Oliveira Advogado de Mattos Muriel Kestener Advogados

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Crescimento da atividade de seguros

Crescimento do uso da arbitragem

Complexidade do tema

Arbitragem e Seguros

Importância do tema

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Estrutura da Apresentação

Breve introdução sobre Arbitragem

Os Contratos de Seguro e Resseguro

Arbitragem e Seguros

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Parte I – Arbitragem

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Arbitragem – O que é?

ADRs – Métodos alternativos de solução de disputas?

Arbitragem: método heterocompositivo

Submissão de um litígio a juízes privados

Jurisdição arbitral: advém da vontade das partes e da Lei

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Arbitragem - Previsão Legal

Constituição Imperial de 1824 até os dias atuais

Projeto Arbiter - Lei 9.307/1996

Constitucionalidade reconhecida pelo STF em 2001

Convenção de Nova Iorque – ratificada em 2002

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Vantagens da Arbitragem

Rapidez : Média CCI = 21 meses

Decisões definitivas/vinculantes

Qualidade da Decisão (Neutralidade e Especialização dos Árbitros)

Reconhecimento internacional (convenções)

Informalidade

Confidencialidade

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Quem pode recorrer à arbitragem?

Art. 1º: “As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem (...)”

Pode Não Podem

Capazes – Pessoas e Empresas

Incapazes

Administração Pública

Imobiliário

Estatais / Sociedades de Economia Mista

PPP: no Brasil, árbitro brasileiro, lei brasileira

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O que pode ser objeto de arbitragem?

Art. 1º “(...) para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis”

Pode Não Pode

Societário Penal

Contratos bancários Família

Imobiliário

Comércio/serviços

Contratos de adesão (art. 4º Lei 9.307/96)

Relações de consumo (art. 51, VII, CDC)

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Convenção de Arbitragem

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Árbitros Imparcialidade e independência

Impedimentos e suspeição

- Mesmos do juiz estatal (CPC)

- Relação entre partes, escritórios, advogados e árbitros

Dever de Revelação

“Árbitro especialista” – não necessariamente advogado

Tribunal: sempre número ímpar

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Sentença Arbitral Equiparada à sentença proferida por juiz estatal

Não cabe recurso (a menos que as partes tenham optado)

Pode ser executada

Pode ser anulada pelo Judiciário, em algumas pouca hipóteses

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Parte II – Os Contratos de Seguro e

Resseguro

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O Contrato de Seguro

Coletivização dos efeitos dos riscos

Repartição social do prejuízo

Segurado paga “prêmio” ao segurador – é a remuneração do segurador pela assunção do risco

Segurador obriga-se a indenizar o segurado em caso de sinistro – ocorrência do dano segurado

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O Contrato de Seguro

Contrato de Adesão

Mercado regulado – integra o mercado financeiro

Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP

Superintendência de Seguros Privados – SUSEP

Proteção do Consumidor e da Higidez do Segurador

Boa-fé / Dever de Informar (Art. 766 Código Civil)

Apólice clara sobre riscos cobertos

Exatidão nas informações prestadas pelo Segurado

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O Contrato de Resseguro

Transferência, pelo Segurador, do risco assumido na emissão de uma apólice, com cessão de parte do prêmio

“Seguro do Segurador”

Segurança do Segurador em caso de grandes tragédias, por exemplo

Normalmente são grandes grupos estrangeiros

Contrato não é de adesão, mas negociado individualmente

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Tipos de Seguro

No Brasil, há 89 tipos classificados oficialmente. Entre eles:

Patrimonial: incêndio, roubo, furto, lucros cessantes, riscos de engenharia

Saúde

Pessoas: vida, previdência privada

Transporte

Responsabilidade civil

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Seguro de Responsabilidade Civil

Protege o Segurado da responsabilidade por danos materiais, corporais ou morais culposamente causados a terceiros

Pode inclusive incluir despesas com custas judiciais e advogado

Seguro E&O (Erros & Omissões)

Falhas imperícia, negligência no exercício da profissão

Profissionais liberais

Uso recente: indústria do entretenimento – difamação, plágio

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Seguro de Responsabilidade Civil

Seguro D&O (Directors & Officers Liability Insurance)

Protege a pessoa física de danos decorrentes da tomada de decisões e atos de gestão

Introduzido no Brasil na década de 90, com a chegada de executivos estrangeiros

Maioria das indenizações: questões fiscais, descumprimento de regras da CVM

Exemplo recente: acionistas minoritários de empresas atingidas pela crise de 2008

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Perícias na Arbitragem de Seguros

Perícias são muito comuns em disputas dessa natureza

Tem como objeto mais comum:

Prova da ocorrência do sinistro

Prova do valor da indenização devida

Tipos mais comuns:

Contábil

Engenharia

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Parte III – Arbitragem e Seguros

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Arbitragem nos Contratos de Seguro

Pode? Sim.

Circulares 256/2004 e 302/2005 da Susep autorizam

Como? Preenchendo requisitos da LArb p/ contratos de adesão

Aderente iniciar a arbitragem; ou

Aderente assinar especificamente a cláusula de arbitragem em negrito

Porque? Autonomia da vontade das partes

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Questão Recorrente – ingresso de partes não signatárias

Primeira Questão:

Pode a Seguradora comparecer espontaneamente para intervir em arbitragem entre segurado e terceiro?

Regra geral: não. Seguradora não é signatária

Apenas com concordância das partes e árbitros

Possíveis problemas:

Interesse legítimo da seguradora

Efeitos da sentença sobre a seguradora

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Questão Recorrente – ingresso de partes não signatárias

Segunda Questão:

A sub-rogação decorrente do pagamento da indenização abrange também a cláusula de arbitragem?

Jurisprudência dividida

Decisões majoritárias: não. Seguradora não é signatária

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Questão Recorrente – ingresso de partes não signatárias

Terceira Questão:

Sucessão em contratos de seguro de responsabilidade civil D&O

O novo diretor contratado está vinculado à cláusula de arbitragem?

Depende. Ele assinou?

E se não assinou, ele tinha conhecimento da cláusula de arbitragem?

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Outras questões

Quarta Questão:

Havendo concorrência de seguros e apólices com cláusulas incompatíveis entre si

Cuidado na estipulação da cláusula compromissória

Quinta Questão:

Apólice que prevê arbitragem E Judiciário

Caso Jirau

Qual prevalece? Quem decide?

Moral da história: sempre consultar um especialista

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Arbitragem nos Contratos de Resseguro

Pode? Sim.

Resolução CNSP 168/2007

Como? Mediante livre acordo das partes

Contratos de Resseguro, via de regra, não são de adesão

Normalmente, arbitragens internacionais

Pode Lei estrangeira

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Arbitragem nos Contratos de Resseguro

Pode? Sim.

Resolução CNSP 168/2007

Como? Mediante livre acordo das partes

Contratos de Resseguro, via de regra, não são de adesão

Normalmente, arbitragens internacionais

Partes podem eleger Lei estrangeira

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OBRIGADO!

Gabriel Teodoro de Oliveira

Advogado – Mattos Muriel Kestener Advogados

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