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Area de Risco

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Boletim Tecnico da Escola Polltecnlca da USP

Departamento de Engenharia de Construcao Civil

155N 0103-9830

BT/PCC/202

Areas de Risco (Associado a

Escorregamentos) para a Ocupacao

Urbana: Deteccao e Monitoramento

com 0Auxilio de Dados de

Sensoriamento Remoto

Maria Augusta Justi Pisani

Witold Zmitrowicz

Sao Paulo - 1998

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FICHA CATALOGRAFICA

Pisani, Maria Augusta Justi

Areas de risco (associado a escorregamentos) para a ocupacao

urbana: deteccao e monitoramento com 0auxflio de dados de sensori-

amento remota I MAJ. Pisani, W . Zmitrowicz - SAo Paulo: EPUSP,

1998.

19 p. -- (Boletim Tecnico da Escola Poli tecruca da USP, Departa-

mento de Engenharia de ConstruyAo Civil, BT/PCCI202)

1. Escorregamento de solo 2. Sensoriamento remota 3. Planeja-

menta urbano 1 . Zmitrowicz, Witold II.Universidade de sao Paulo. Es-

cola Politecnica. Departamento de Engenharia de construcao Civil

III.Tltuio IV. serte

ISSN 0103-9830 CDU 624.131.54528.8

711.4

,

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1- INTRODU<;AO

Os desastres naturais se tornaram urn dos maiores problemas publicos nas cidades de grande porte em todo 0

mundo. Em Sao Paulo, as ed if ic acoes p r eca ri as , em funcao das ca rac te r is ti ca s soci o -economicas de seus moradores

ocupam areas problematicas, como fundo de vales e encostas. Areas que estao extremamente associadas a acidentes

naturais, como as enchentes, erosces e escorregarnentos.

Segundo 0 levantamento da Secreta ria Municipal de Habi tacao e Desenvolvimento - SEHAB, publicado pela

SEMPLA (1996) a populacao residente em favelas, dentro do municipio de Sao Paulo, aurnenta de 815.452

habitantes em 1987 para 1.901.894 habitantes em 1993, apresentando urn crescimento de 133% em apenas seis

anos. 0numero de domicilios aumenta de 150.452 em 1987 para 378.860 em 1993 apresentando urn aumento de

151% e a populacao favelada no municipio de Sao Paulo, em relacao a populacao total do municipio, cresceu de

8,9% para 19,3%, no mesmo periodo. Estes numeros significam que hoje, aproxirnadarnente urn quinto da

populacao do municipio de Sao Paulo habita em ed if ic acoes p r eca ri as e sujeitas a algum tipo de risco, a dinamica c ia

OCUpa9aOdessas areas tern side mais veloz que as processos de intervencoes pelo poder publico.

Dentre os acidentes naturais, no Brasil, 0 estudo de escorregamentos associados a instabilidade de encostas

ocupadas, tern uma importiincia destacada nas areas urbanizadas, devido a proporcao de vitimas e danos

socioeconomicos de varias magnitudes que estes acidentes podem alcancar,

2 - OBJETIVOS:

• Estabelecer parametres para a utilizacao de diferentes produtos de sensoriamento remoto na deteccao e

monitoramento de areas de risco (associ ado a escorregamentos) para a OCUpa9aOurbana. Esses parametres

serao indicativos para a escolha do produto de sensoriamento remoto mais adequado, auxiliando a elaboracao

de:

• Planejamento e gestae urbana;

• PIanos preventivos, principalmente da Defesa Civil, para que 0 Sistema Estadual de Defesa Civil e as

COMDECs - Comissoes Municipais de Defesa Civil possam atingir seus objetivos de: planejar e

promover a defesa permanente contra acidentes; atuar na iminencia e em situacoes de emergencia;

prevenir ou minimizar danos; socorrer e assistir populacees atingidas e recuperar areas afetadas por

desastres.

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3 - ANALISE DAS POSSm ILIDADES DE UTll..IZAc;AO DE SENSORIAMENTO REMOTO

A confeccao de m apas em a r e a s metropolitanas para estudos de antepro jeto , ou ate a esca la 1:25.000 sao

realizaveis por im agens orbitais, m as para u rn m aior detalham ento de projeto com escalas m enores, h o i a

n ec ess id ad e d e imagens a er ea s e levantam ento de cam po. Portanto , para estudos urbanos que necessitem de um a

resolucao espacial m aior, com o projetos deta lhados de sistem a viario , cadastro tecn ico de propriedade, ou de

levan tam en tos que carecem de urn m om en to exato , com o 0 caso de areas inundaveis, apenas as im agens orbitais

nilo sao sufic ien tes devido as suas carac teristicas espacia is, cuja reso lucao m axim a ainda e 0 pixel de lOx 10

metros do SPOT-PAN, ou em funcdo da repetitividade das im agens (m in im o a cada tres d ias) e das condicoes

meteorologicas que pod em influ en ciar a qu alidad e da im agem .

A pesar das restricees, p rin cip alm e nte c om relacao a resolucao espacia l, apresentad as nas im agen s o rbita is para

e stu do s u rb an os, o s tra ba lh os c om a u tiliza cra o de dados de sen so riam en to rem oto via orbital ganharam im pulso no

in ic io d os a no s 90. Para m aio res deta lhes quan to a utilizacao de senso riam en to rem oto em areas u rbanas, pode-se

destacar os trabalhos m ais recen tes : K UR KD JIA N E B LA NC O (1992), W EBER E HIRSCH (1992), KURKDJIAN

(1993), ARMAND (1993), PATHAN et al (1993) PADll..HA (1995) e COSTA (1996).

Salienta-se que a tendencia do aurnen to da resolucao espacial dos sa te l ites con tinua , com 0 lan cam ento n o

m ercado de produ tos com pixels de 3 x 3 m etros e 0,98 x 0,98 m . A breve utilizacao d e im ag en s o rbita is p ara to do s

os tipos de estudos e p roje tos urbanos e esperada devido a resolucao espacia l estar cada vez mais proxima das

a ero fo to gra fia s, e c om a s v an ta ge ns de r ap id e z, c u st o, c obe rt ur a, resolucao e sp ec tr al e o u tr as .

Q uanto ao senso riam en to rem oto em nivel aereo ressalta-se a im portiinc ia da e sca la d as ae ro fo to gra fia s p ara 0

d eta lha men to d e are as de risco, p ois as d im enso es d as carac teristicas a serem observadas n ao sao co mp ativeis com

e sc ala s m e no re s q ue 1 :1 0.0 00 . E in te re ssan te a u tiliza cra o d e fo to s d e p equ en a e gra nd e esc ala s. As p eq ue na s e sc al as

fomecem 0 con texto regional e as de grande escala deta lham a area em que estao sendo observados os

escor regamentos .

o senso riam en to rem oto via terrestre , po r m eio d e vistorias de cam po, e fu nd am en ta l n a a re a d e e sco rreg am en to s

em e nc osta s u rba na s, p ara 0d eta lh am e nto d as c on dic io na nte s lo ca is p or re gis tro fo to gra tic o e/ou documenta l .

3.1 - ESTUDO DE CASO ,,

Para po der en co ntrar o s param etres so bre as lim itacdes e ben eflc ios d a utiliza¢o d e dado s d e sen so riam ento rem oto

em a r e a s de risco, asso ciado a esco rregam en tos, houve a necessidade d e ap licar os diferen tes prod uto s terrestres,

aereos e espaciais, em urn estudo de caso. A a r e a escolhida faz parte da RMSP - Regiiio M etrop olitana d e Silo

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Paulo, englobando: porcao da regiao Sudeste do Municipio de Sao Paulo e porcao oeste do Municipio de Diadema,

coordenadas: de 7.375.000 a 7.378.000 a 333.000 a 336.000.

3.1.1 - Pesquisa de campo:

A primeira etapa da pesquisa de campo foi realizada em junho de 1996, concomitante com a execucao do

levantamento aerofotograrnetrico elaborado pela empresa BASE, em junho e dezembro de 1997, para que as

feicoes estudadas em fontes diferentes fossem da mesma epoca. A area foi totalrnente percorrida e documentada por

levantamentos fotograficos, onde os principais usos foram detectados: Habitacoes precarias ou favelas;

Predominantemente residencial; Predominantemente industrial; Solo exposto; Vegetacao densa; Vegetacao rasteira;

Agua (ribeiroes, lagos, e Represa Billings) e Area de mineracao ativa.

3.1.2 - Base cartognifica:

Mapas, elaborados pela Eiv1PLASA - Empresa Metropolitana de Planejamento da Grande Sao Paulo S I A. Mapas de

numeros: 3334, 3336, 3343 e 3345, na escala 1: 10.000. Foram criados varies planes de informacao via mesa

digitalizadora: arruamento, drenagem e altimetria, utilizando-se 0 software Spring (INPE), versao 2.0.5, conforme

figura 3.1.

3.1.3 - Carta geotecnica

Para a execucao do plano de informacao au "layer" sobre os dados geotecnicos foram utilizadas as Cartas

Geotecnicas do Municipio de Sao Paulo, da SEMPLA (1993) e informacoes de campo do Municipio de Diadema.

Na area de estudo foram encontradas as classificacees de solos: Sedimentos terciarios (Tc); Planicie Aluvial (AI);

Macicos de solo e rocha graniticos (Gr); Macicos de solo e rochas rnistas (Mst); MaciC;:05de solo e rocha xistos

micaceos (Xm) e Mineraeao ativa (Min), conforme figura 3.2.

3.1.4 - Levantamento aerofotogrametrico

Foi adquirido junto a BASE - Aerofotogrametria e Projetos S I A parte do levantamento aerofotogrametrico, na

escala 1:5.000, realizado emjunho de 1996, cobrindo a maior parte da Regiao Metropolitana de Sao Paulo. Foram

utilizadas 12 fotografias aereas pancromaticas verticais, cada uma abrange uma area aproximada de 1.200 metros

quadrados. A partir da interpretacao visual das aerofotografias avaliou-se as caracteristicas naturais, as causas

antr6picas e os indfcios de estabilidade que podem ser detectados e monitorados por este nivel de sensoriamento

remoto.

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3.1.5 - Voo de heliceptero,

Em novembro de 1997 foi realizado urn vOo de helic6ptero sobre a area estudada, atraves da SMA - Secretaria do

Meio Ambiente, no qual conseguiu-se avaliar quais sao as informaeoes que podem ser observadas e registradas por

este tipo de sensoriamento remoto e de fotografias convencionais.

3.1.6- Imagens orbitais

a) Imagem SPOT

Imagem SPOT, de 29 de abril de 1995, banda Pancromatica, com resolucao espacial 10 x 10 metros, nivel lB,

cedida pelo Laborat6rio de Geoprocessamento da Escola Politecnica da Universidade de Sao Paulo - PI'R -

Departamento de Transportes. 0 georeferenciamento foi realizado utilizando-se como referencia os pontos de

controle extraidos das cartas da Emplasa, escala 1:10.000.

b) Imagem LANDSAT

Foi empregada a Imagem Landsat 5, TM, bandas 3, 4, e 5 de julho de 1993, cedidas pelo INPE - Instituto Nacional

de Pesquisas Espaciais.

3.1.7- Pluviosidade

Para 0 estudo das caracteristicas da pluviosidade da regiao, foram empregados os dados do posto pluviometrico

existente que melhor representa a area de estudo :

3.1.7.1- Pluviometro denominado Posto Diadema (DAEE/CTH 1997)

• Local: situado no municipio de Diadema, na Escola Municipal de Educa~o Infantil Jardim Portinari- Av.

Candido Portinari, 300, prefixo DAEE: E3-238, c6digo DNAEE: 02346341, bacia hidrografica:

CourosIMeninosITamanduatei, inicio do funcionamento: dezembro de 1971.

Os dados do posto E3-238, chuva max ima diana, acumulada de 48 horas, acumulada de 72 horas, dias chuvosos e

chuva mensal foram trabalhados com 0 objetivo de determinar os parametres necessarios para 0 acionamento dos

estados de aten~o, alerta e emergencia,

Ap6s a analise do levantamento pluviometrico da regiao, propoe-se os seguintes parametres de acionamento do

sistema de monitoramento:

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ESTADOS CRITERIOS

OBSERV A<;Ao • Durante 0periodo chuvoso: dezembro a marco e junho

• Acumulada diana de 75mrn. e previsao de precipitacao;

ATEN<;Ao • Indicios de instabilidade localizados;

• Escorregamentos localizados;

• Acumulada diana > 100 nun e previsao de precipitacao;

cRiTICO • Indicios de instabilidade generalizados;

• Escorregamentos generalizados.

• Acumulada diana > 150 mrn. e previsao de precipitacao;

EMERGENCIA • Indicios de instabilidade generalizados;

• Escorregamentos generalizados.

Tabela 3.1 - Criterios de acionamento do sistema de alerta a escorregamentos.

3.1.8 - Produtos derivados

A partir dos planos de informacao ou "layers" acima descritos, foram criados produtos derivados, o u s eja , produtos

resultantes da selecao e manuseio das informacoes importantes para a classificacao das areas de risco, associados a

escorregamentos, retiradas de duas ou mais fontes.

3.1.9 - Mapas de uso de solo e de isodeclividade:

a) 0 % a 15% ou 0° a 8,53°;

b) 15% a 30% ou 8,50 a 16,7°;

c) 30% a 50% ou 16,7° a 26,6°

d) acima de 50% ou acima de 26,6°.

Ap6s a geracao do plano de informacao de isodeclividade, fez-se 0acrescimo do arruamento sobre este, para melhor

localizar as areas ingremes em relacao ao tracado viario, conforme figura 4.3

3.1.10 - Classificaejo das areas de risco

Atraves do cruzamento d os plan os de informacao mapa de uso do solo, arruamento, isodeclividade, rede de

drenagem e geotecnico, foram classificados em fun9ii.o da suscetibilidade de risco e 0 resultado e apresentado na

figura 3.4.

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RISCO CARACTERlsncAS

RISCO IMINENTE

R4 - MUlTO ALTO

PLANOS DE INFORMACOES

acrescimo de INDiCIOS

• qualquer classificacao abaixo com 0 0 processo de desestabilizacao esta

• declividade acima de 50% com todos 0 processo de desestabilizacao esta

usos, exceto vegetacao densa , com acelerado devido as caracteristicas

INST ABIL IDADE

qualquer tipo de solo;

DE instalado, devido a ocorrencia de

INDiC IO S DE INST ABIL IDADE.

• declividade de 30% a 50%, com de evento destrutivo e muito alta no

naturais e antopicas . A probabilidade

habita(j:ao precar ia ;

• areas de mineracao ativa.

proximo episOdio de alta pluviosidade

ou devido ao aumento das causas

antr6Q!_cas.

RJ-ALTO

R2-MEDIO

RJ - BAIxo OU NULO

• declividade acima de 50% para 0 processo de desestabilizacao esta

vegetacao densa entre areas edificadas; estabelecido

• declividade de 30% a 50% para areas caracteristicas naturais, mas as causas

predominantemente

predominantemente

atraves das

residencial, antr6picas sao mais aceleradoras do

industrial, processo. A probabilidade da

vegetacao rasteira, solo exposto e solos ocorrencia de eventos destrutivos e

xm (macicos de solo e roeha xistos alta nos pr6ximos epis6dios de alta

• declividade de 15% a 30% para significative das causas antropicas.

habita_£_Oesrecanas.

micaceos); pluviosidade ou devido ao aumento

usos, exceto habitacao precaria.

• declividade de 15% a 30% com todos As caracteristicas naturals nilo sao

determinantes, mas 0 aumento das

causas antropicas, e a alta

pluviosidade podera desencadear

eventos destrutivos.

os usos.

• declividades de 0% a 15% com todos Devido a s caracteristicas fisicas a

Tabela 3.2 - Classifica~io das areas de risco

area e estavel, podendo ocorrer

eventos destrutivos apenas com 0

esaeerbo das causas antr6picas.

"

6

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Figura 3.1 - Mapa com

arruamento,

drenagem e

altimetria.

Figura 3.2-

Carta geetecnica

1 0 0 m 0

RSS

,~ .~ - ',,"

t.eqendo: • C r Xm1((0, ~ )O J ~ o o 10 0 ((bo .A • M i(183H E3

III T c Aguo=Mst

ProJ~o Universal Transversa de Men:ator

Datum horizontal: Cerre Ale {MG - Meridlano Central 45 WCR7

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Figura 3.3 - Mapa

de isodeclividade

Figura 3.4 - Mapa de

areas de risco.

: 1 1 1 . ~HSH

0-15"-

1~-30%

.30-50%

• >50~

ProJe¢io Universal Transversa tie Mercator

Datum borlzontal: Ciirre 0Al IMG Merldlano Cent1'a145 WCR

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8

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4 - Avalia~iio dos resultados e estabelecimento dos parametres

o terrno monitoramento tern sido empregado na area de sensoriarnento remoto desde 0 final da decada de 60.

Monitorar significa acompanhar, observar. 0 termo e muito utilizado na area de sensoriarnento remoto devido as

caracteristicas das imagens orbitais que possuem urn intervalo de tempo entre as observacoes. 0carater de repeticao

das irnagens e que esta atrelado ao monitoramento. Entre determinado espaco de tempo (a cada 26 dias para 0

LANDSAT TM, a cada 16 dias para 0 SPOT, a cada 5 minutos para 0 Radar Meteorolcgico de Sao Paulo, etc.)

obtem-se uma observacao par urna nova imagem.

Neste trabalho 0 termo monitoramento esta relacionado a cada tipo de imagem utilizado e 0 intervalo de tempo que e

necessario obte-las para que as areas de risco ern encostas urbanas, associadas a escorregamentos, possarn ser

acompanhadas ou vigiadas. Esse acompanhamento se faz necessario para que os acidentes sejam rninimizados,

evitados ou para a retirada da populacao antes da ocorrencia destes.

Em funcao dos resultados obtidos na revisao bibliografica e na aplicacao em urn estudo de caso, pode-se concluir por

parametres, para auxiliar nos estudos de encostas urbanas, suscetiveis a riscos de escorregamentos em outras regioes,

Estes parametres levaram em consideracao as caracteristicas naturais, as causas antropicas e os indicios de

instabilidade, ja discutidos em capitulos anteriores, que foram retirados dos diferentes niveis de sensoriamento remota

e podem ser extrapolados para outras areas brasileiras, exceto as caracteristicas pluviometricas.

A tabela 4.1 relaciona os produtos de sensoriamento remoto seguindo 0 tipo ou nivel, indica 0 intervalo de tempo

recomendavel para 0monitoramento, bern como e as aplicacoes mais indicadas.

NlvELITIPO MONITORAM. USOS E RECOMENDACOES

1. Verificar mudancas regionais: desmatamentos, novas0 LANDSAT • Anual ocupacoes, redes de drenagem;

R 2. Para cidade media a grande.

B1 Verificar mudancas locais: ocupacees,

Inovas

Tdesmatamentos, acessos, rede de drenagem, franja urbana

ASPOT • Anual e area urbana;

L2 Localizar cicatrizes de escorregamentos ocorridos para

subsidiar pesquisas;

3 Para cidade media a grande.

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NIvEUTIPO USOS E RECOMENDA_£(' )ES

A

AERONAVES

MONITORAM.

• Annal I Loca1izar mudancas locais com precisao;

2 Atualizar mapas digitais com os novos arruamentos,

ocupacees, desmatamentos, corpos d' agua,

assoreamento, movimentos de terra e declividade ;

3 Acompanhar cicatrizes de escorregamentos aconteeidos

para subsidiar pesquisas;

4 Para eidade media a grande.

R

E

HELl-

O COPTEROS

• Estados: eritieo

e eme rg enc ia ;

• Registrar

eventos

ocorridos;

• Minimo anual

1 Em easo de ehuvas intensas verificar os indicios de

instabilidade para localizar as visitas a campo minimas

necessarias;

2 Verifiear indieios de instabilidade nos locais

elassificados com risco medic a muito alto;

3 Fotografar mudancas de fei~s em todas as a r e a s

deteetadas nas aerofotografias e nas imagens de sawlite;

4 Acompanhar e documentar escorregamentos

acontecidos para subsidiar pesquisas;

5 Para qualquer cidade.

T

E

R LEVANTA-

R MENTODE

E CAMPO

S

T

R

E

A RADAR

T METEOR

I DE

V S.PAULO

o

• Estados:

atencao; critico

e eme rgenc ia ;

• Registrar

eventos;

• minimo annal;

• permanente po r 4

parte da

populaCiio

residente.

• On-line e• Previsoes,

1 Verificar indicios de instabilidade apontado nos

sobrevoos de helicoptero;

2 Verificar indicios de instabilidade nas demais a r e a s

elassificadas como risco medic a muito alto;

3 Verificar indicios de instabilidade em todas as areas de

risco;

Verificar classificacoes de usos e

outros tipos de sensoriamento;

5 Acompanhar e documentar

acontecidos para subsidiar pesquisas;6 Para _. r cidade.

riscos obtidas por

eseorregamentos

1 Prever indices de precipitar;io;

2 Acompanhar os indices de precipitacao ocorridos;

3 Registrar eventos em que ocorram acidentes

relacionados com escorregamentos para subsidiar

pesquisas.

Tabela 4.1 - Par4metros para monitoramento de areas de risco, associadas a escorregamentos, em encostas

urbanas atraves de dados de sensoriamento remoto.

A partir da aplicacao do roteiro metodologico no estudo de easo, foram estabelecidos para metros para cada nivel de

sensoriamento remoto, correlacionados com as caracteristicas naturais , causas antropicas e indicios de

instabilidade pesquisados neste trabalho. Para a montagem das tabelas 4.3,4.4 e 4.5 foram utilizados niveis, de 1 a

5 para 0sensoriamento remoto, conforme tabela 4.2. Os niveis qu e nao aparecem nas tabelas s a o aqueles qu e foram

eonsiderados improprios ao uso correspondente, ou seja, aqueles que nao sao indicados para a avaliac30 por nao

terem resolueao espacial suficiente para gerarem mapas e/ou imagens com informa~s necessarias,I

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N.Q NlVEIS ESCALAS I PIXELS

1 O bservaca o de ca mp o - levan tarn en to s to po grafic os • Escala dese j ada ou necessaria para

- fotografias "in loco" deta lham ento

2 V 60S de helicopteros - fotografias - filrnes • Deteccao de de talhes - possive l resga tardetalhes esc. 1: 100

3 Aerofotograf ia • Escalas l: 1.000 - ISOOO - l:lO.OOO

4 Imagens - Sa telite S PO T • Escala 1:25.000 pixel de 10 x 10m

(P AN) e 2 0x 20m .{ I\.illL T I)

- S ate lite L AN DSAT • Escala 1 :50.000 pixel de 30 x 30m (TM_l

5 Radar M eteorol6gico de Sao Paulo • pixe l de 2km x 2km .

Tabela 4.2 - Niveis de sensoriamento remoto utilizados nas tabelas 4.3, 4.4 e 4.5.

CARACTERISTICAS NlvEIS OBSERVA(,:'OES

NATURAlS

1 - Iden tifica, quan tifica e deta lha revestim entos e usos

1. Revestirnen to e usa do espec ificos;

solo 2 - Id en tifica re ve stim en to s e US{)S, mas nao de talha usos com

precisao;

3 - Iden tifica e quantifica, m as nao de talha am bos com precisao ;

4 - Id en tifica e qu an tifica so os revestim ento s. Po de ap rese ntar

respostas igua is para areas de usos d ife rentes; resolucao ba ixa

para m apeam ento urbano; possibilidade de anim acao com

im lt ge ns h is to ric as _p ar a v er ific ar te nd en cia s.

2. Dec1ividade I - Iden tifica, quan tifica e deta lha, m as a trabalho e Iento e

oneroso, comparado a 3 e 4.

2 - Serve para param etres gerais, nao tern precisao ;

3 - Id en tifica , qu an tifica e d etalha em varias esca las;

4 - Iden tifica e quan tifica ate a esca la 1 :25.000, em tem po m enor

e a ba ixo custo _Qor km2 .

3. Classes de solo 1 - Id en tifica . qua ntific a e detalha;

2 - Identifica;

3 - Classifica , m as prec ise de pontes de con tro ie com visto rias de

campo;

4 - E _QQ_ss iv e li d en t if i. ca r em _g randes e s ca la s .

4. Vegetacao 1 - Id en tifica, qu an tifica e d eta lha qu aiqu er area;

2 - Id en tif ic a e d eta lh a;

3e 4 - Id en tifica , d eta lha e qua ntific a e m cla sse s po r co bertu ra

ve ge tal, pa ra areas m ajo res.

5. Pluviosidade 6 - Ideatifica, quan ti fica e deta lha com lim ita~o especia l - pixe l

de2km

Tabela 4.3 - Panimetros para a utiJiza-,:iiode dados de sensoriamento remoto em caracteristieas naturais de

areas de risco, associado a eseorregamentos, para a ccupacao urbana.

11

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CAUSAS ANTROPICAS NIvEIS OBSERVACOES

1 - l de ntif ic a, Q u an tif ic a e d eta lh a] L an cam en to d e a gu as s erv id as 2 - Identif ica

3 - L oc aliza se fo r d e gra nd es d im en so es.

1 - I de ntif ic a s e a pr es en ta r in d ic io s e xte rn o s;

2 V azam ento s d e redes d e 2 - ld en tif ic a s e a pr es en ta r in d ic io s e xte rn o s

abastecimento 3 - Id en tific a se a pre sen tar in dicio s e xtern o s e fo r d e

dimensoes > 2 m .

3 Fossas 1 - I de n ti fi ca , q u an ti fi ca e d e ta lh a .

I - ld en tif ic a, q ua ntif ic a e d eta lh a

4 Cortes 2 - Identif ica;

3 - Identif ica;

4 - Id en tific a se fo r d e g ra nd es d im e ns oe s

I - I de ntif ic a, Q u an tif ic a e d eta lh a;

5 Aterros 2 - Identifica;3 - Id en tific a e q ua ntific a a a re a o cu pa da ;

4 - Id en tific a s e fo r d e g ra nd es dirnensoes.

I - I de ntif ic a, q ua ntif ic a e d eta lh a

6 D ep osic ao d e Iixo 2 - Identif ica;

3 - Iden tifica se ocupar areas> 2 m 2

4 - Id en tific a s e fo r d e g ra nd es dirnensoes

I - I de nt if ic a, q ua ntif ic a e d eta lh a

7 R em oca o d e co be rtu ra ve ge tal 2 - Identif ica

3 - I d en ti fi ca e quan ti fi ca

4 - Id en tific a s e fo r d e g ra nd es dirnensoes

1 - I de n ti fi ca , q u an ti fi ca e d e ta lh a ;

2 - I de n ti fi ca e quan ti fi ca ;8 C on stru co es e s ua tip olo gia 3 - I de nt if ic a, q ua ntif ic a e c 1a ss if ic a p o r f orm a, m a te ria l

d e c ob ertu ra e a rra njo e sp ac ia l;

4 - Id en tifica e qu an tifica p ar tip o d e m ateria l qu e fo i

e mp reg ad o n a co be rtu ra a u p ar fo nn as sirn ilare s, se fo rem

d e d im en so es co mn ative is c om a reso lu ca o

1 - I de nti fi ca , q ua nti f ic a e d eta lh a

9 Cu ltiv o d e p la nta s im p ro p ria s 2 - Identif ica

3 - I de n tif ic a e q ua ntif ic a a re as m a io re s

Tabela 4.4 - Parimetros para a utiliza~io de dados de senserlameato remoto DB detec~io das causas

antripicas em areas de risco. associado a escorregamentes, para a ocupa~io urbana.

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INDIC IOS DE INSTAB IL IDADE NlVEIS OBSERVA(: ,OES

1 - I de n ti fi ca , q u an ti fi ca e d e ta lh a

I endas de tracao n o so lo 2 - Identifica

3 - I de ntif ic a s e f or d e g ra nd es d ir ne ns oe s1 - Identifica, quan ti fi ca e d e ta lh a

2 Degr au s d e aba ti rn e nt o 2 - Id en tif ic a s e fo r d e g ra nd es d im e ns oe s

3 - Identifica se fo r d e gran des dimensoes

I - I de n ti fi ca , q u an ti fic a e d e ta lh a

3 "Embarr igamentos" em taludes 2 - Identifica

3 - Identifica se fo r d e gra nd es dimensoes.

4 In clin ac ao d e a rv ore s, p as te s a u 1 - Identifica, quan ti fic a e d e ta lh a

ou tr os e lement os c ons tr ut iv o s 2 - Identifies

3 - Identifica s e f or d egr and es dirnensoes .

5 C on ce ntra ca o d e a gu as p lu via is e I - I de n ti fi ca , q u an ti fi ca e d e ta lh a ;

vazamentos 2 - Identifica3 - I de ntific a s e fo r d e g ra nd es d ir ne ns oe s,

Tabela 4.5 - Parametrns para a utilizaeao de dados de sensoriamento remoto na deteecao de indicios de

instabilidade em areas de risco. associado a escorregamentos, para a ocupacao urbana.

5 - CONCLUSOES

C on sid era-se qu e o s o bjetivo s p ro po sto s fo ram atin gid os. A c on ciliacao d e co nhecim en to s tec nico s e c ie ntifico s fo i

r ea li za d a p e la p e squ is a bibliografica e de campo e permitiu a integracao de dados de areas especificas para a avaliacao

d os d iferen tes n ive is (terrestre , aereo e o rbita l) d e se nso riam en to rem oto n a d ete ccao e n o m on ito ram en to d e areas d e

en co stas u rban as. Este trabalho atin giu as o bje tivo s p ro po sto s, resu ltan do e m p aram etres p ara a esc olh a d o n ivel d e

s en so ria me nto remo to m ais a de qu ad o p ara a s c ara cte ristic as n atu ra is , c au sa s a ntr6 pic as e in dic io s d e in sta bilid ad e a

se rem iden t if ic ados .

A s e xp erie nc ia s re aliza da s n es ta p esq uis a, c uja m eto do lo gia in clu iu p esq uis a b ib lio gra fic a e d e c am p o e 0 e stu do d e

c as o a plic ad o n a R eg ia o M etro po lita na d e S ao P au lo , p erm ite m c on cIu ir q ue :

• N ao sao necessaries to dos os niveis de sensoriam ento rem oto para a deteccao e m onitoram ento de areas de risco,

a sso cia da a e sc orre game nto s, e m e nc osta s u rb an as. D ev e-se e sc olh er 0mais a de qu ad o a s c ara cte ris tic as a s erem

o bs erv ad as , a o re su lta do fin al d ese ja do , a o te mp o, a e qu ip e tecnica e a verba disponivel;

• 0 conhecim ento das tecnicas existentes e!ou d isp on iv eis, b ern c om o p ro fiss io na is h ab ilita do s e tre in ad os p ara

utiliza-las e f und amen ta l p a ra 0 su cesso d a d etec cao e m on ito ram en to d e areas d e risc o;

• O s escorregam ento s em encostas urbanas possuem m uitas qu estdes tecnicas e cientificas com uns a varies casos,

m as 0 c on he cim e nto d as p ec ulia rid ad es lo ca ls s ao fu nd am e nta ls p ar a 0 aco mp an ham en to d o p ro blem a e a bu sca

d e s o lu c oe s;

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• 0 acervo de pesquisas cien tificas e conhecim ento em pirico sao fundam entais, bem com o a form acao e

m anutencao de pessoal tecnico especializado , para a m ontagem de agencias que trabalhem com as areas de

r is co , a ss oc ia do a e sc orre gam en to s, em e nc os ta s u rb an as .

o sensoriam ento rem oto em nivel orbita l, com as im agens LANDSAT E SPOT, devido as suas caracteristicas

qua nto a re so lu ca o e sp ac ia l, d o e s u fi ci en te p a ra 0d eta lh am e nto d e areas d e r is co . E u tiliz av el p ara a c om p re en sa o

do carater regional, para a deteccao e m onitoram ento das gran des m udaneas de revestim ento e uso do solo , m as 000

e apropriado para a deteccao e m onitoram ento das causas an trop icas, portanto deve ser u tilizado quando do ha

possibilidade, por m otivos tecn icos elou econom icos de se obter im agens de m elhor reso lucao . Os novo s p ro d ut os

o rbita is d e a lta re so lu ca o es pa eial p ode riio , qua nd o d isp on ive is, se re m ap lie ad os c om m ais e fie ie nc ia .

Q ua nto a o se nso ria me nto re mo to e m m ye l a ere o, p od e-se a firm ar:

• Fotografias aereas verticais, u tilizando aeronaves com o plataform as: silo apropriadas para a deteccao das

c ara cte ristic as n atu ra is c om o: re de de dre na gem, vegetacao, s iste ma via rio , reve stim en to d o so lo , m ovim en to s

de terra e declividade. Para uso do solo lui necessidade de inform acoes de cam po. Para a deteccao d as c au sa s

antropicas 000 e 0 recurso m ais ind icado , pois so localiza os elem entos com m aiores d im ensOes. Devido aos

custos e tem po de trabalho com as fotografias aereas, estas devem ser u tilizadas anualm ente, para servirem de

base cartografica do sistem a a ser m onitorado , po is nao ha tem po habil de realizar esse tipo de levantam ento

qua nd o d a o co rre nc ia d e ac ide ntes . S erve m d e fo nte s p ara a a tu aliza ca o c arto gra fic a;

• V Oos de helic6pteros: sao m uito apropriados para a deteecao de earacteristicas naturais e causas an tr6picas.

Devido a flexibilidade de voo, d im ensO es e custos, os helic6pteros sao eficien tes para 0 m on ito ra me nto d as

a r e a s de risco. Em a r e a s sem edifieios altos ou linhas de alta tensao , os vOos podem ser m ais baixos,

po ssibilita nd o c on dic oes de o bse rva ca o m ais satisfaterias. A utilizac;iio de bin6cuJos perm ite a visualizacao,

praticam ente em escala real das ocorrencias locais. A realizacao de fo tografias e film agens duran te 0 VOosao

otim as fontes de referencias para estudos m ais detalhados e servem de referencia para a m arcacao de vistorias

de campo .

Q ua nto a o se nso ria me nto re m oto via te rres tre , ou se ja , visto ria s de cam po, elas sao ind icadas para qualquer tipo de

constatacao . A ressalva e 0 custo e tem po necessaries para a conclusao dos trabalhos. Por isso estas 56 devem ser

realizadas, nos locais ind icados nos outros levantam entos e para servirem de param etres paraos outtos n iveis.

A c on sta ta cd o d e p on to s p re de te rrn in ad os e m ais ind icada nas vistorias de campo para s erv irem d e r ef ere nc ia s

quando cia classifi~o visual ou digita l de im agens. N estes casos faz-se a correla~o das iden tificaeoes de campo

c om os p ad rO es e nco ntrad os n as im age ns de o utro s nive is. Pa ra os ind icio s de instabilidade, a v is to ri a de campo e

im p re sc in div el d ev id o a s pequenas d im ens3es destes, p rincipalm ente para serem detectados quando do in icio do

p ro ce ss o, p ara qu e ha ja te mpo habil para a to m ad a de d ec is ao a nte s d o a cid en te .

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A participacao de moradores de areas de risco treinados na verificacao constante dos sinais ou indicios de

instabilidade e urna ferramenta que deve ser mais explorada. A atual realidade tecnica e economica das prefeituras

municipais da Regiao Metropolitana de Sao Paulo nao permite 0 preparo e custeio de equipes grandes 0 suficiente

para cobrirem todas as areas de risco urbanas. Os municipios que implantaram 0 preparo de moradores nos

NUDECs tiveram resultados satisfat6rios na reducao de vitimas de acidentes com escorregamentos.

Os profissionais que trabalham nos mais diversos locais nao sao preparados e mantidos adequadamente infonnados

sobre a multidisciplinaridade do problema. A experiencia adquirida pela atuacao de varias instituicoes oficias e

ONGs deve ser utilizada no preparo e manutencao de tecnicos para atuarem junto a Defesa Civil preparados com a

visao sistemica do problema.

Quanto ao desenvolvimento de pesquisas que possam contribuir para 0 problema em areas de risco nas encostas

urbanas evidencia-se a necessidade de estudos multidisciplinares que se aprofundem nos mecanisrnos de

escorregarnentos, levando ern consideracao as peculiaridades locais e correlacionando os principais agentes

deflagradores. Contribuicoes para 0 conhecimento e aplicacao de tecnicas rnais eficientes e principalmente de

metodologias que prevejam as acidentes, para que sejarn tomadas rnedidas que garantam a seguranca dessa

populacao urbana, devem ser elaboradas pela comunidade tecnica e cientifica

RECOMENDA(:OES PARA FUTURAS PESQUISAS

Como resultado dos trabalhos e pesquisas desenvolvidos, constatou-se uma carencia de investigacoes sobre temas

complementares a questao abordada. A necessidade do enfoque multidisciplinar ou "transdisciplinar" do tema

dificulta a Sua compreensao e so recentemente sugiram trabalhos cientificos abordando-o corn esta visao. Para 0

completo entendimento dos escorregamentos em encostas ocupadas por usos urbanos, ha necessidade de muitos

trabalhos. que somados, complementariam a visao do todo. Tomariam 0 sistema de deteccao e monitoramento

eficientes para que as acidentes urbanos relacionados com escorregamentos em encostas fossem ntinimizados e/ou

evitados ate que a situacao socioeconomica e politica do pais permitisse que essas areas de risco fossem ocupadas

por usos adequados as suas caracteristicas. Sugestoes de pesquisas:

• Correlacdes, para as diversas regioes das areas metropolitanas brasileiras, entre pluviosidade e escorregamentos

ocorridos para a estabelecimento de parametres que seriam utilizados no acionamento dos estados de

alerta/atencao/emergencia nas agendas de defesa civil;

• Acompanhamento dos indicios de instabilidade em encostas ocupadas e escorregamentos efetivamente

ocorridos, para 0 estabelecimento das relacoes temporais e espaciais destes eventos com a finalidade de

aplicacao na previsao de acidentes

• Estudo e estabelecimento de tecnicas para a identificacao dos diferentes sistemas radiculares das vegetacoes

naturais e antr6picas brasileiras e seu comportamento auxiliar na resistencia e conduta do solo em encostas;

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• Analise e experimentacao das imagens orbitais de alta resolucao que em breve estarao disponiveis no Mercado

brasileiro para a determinacao de suas conveniencias no emprego para a deteceao e monitoramento de areas

de risco urbanas, para associar os resultados aos parametres ja encontrados nesta pesquisa;

• Avaliar dados de sensoriamento remoto nos niveis terrestre, aereo e orbital na deteccao e monitoramento de

outros riscos urbanos, como por exemplo: areas de in un da ca o, p olu ic ao da agua e do ar, para que aos poucos

obtenha-se conhecimentos tecnicos e cientificos suficientes para a montagem de um a metodologia que,

utilizando as rnesmas bases de informacoes, acopladas a dados especificos de cada tipo de risco, permita

montar urn banco de dados centralizado. Essa centralizacao tomaria menos onerosa e mais agil a

localizacao e acompanhamento dos riscos naturais, tecno16gicos, sociais, biol6gicos e os hibridos ocorridos

em ambientes urbanos.

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