Argamassa armada com adição de metacaulim para reforço de alvenaria resistente

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    Fortaleza, 7 a 9 de maio de 2013 - ISSN 2238-0191_____________________________________________________________________________

    ARGAMASSA ARMADA COM ADIO DE METACAULIM PARA REFORODE ALVENARIA RESISTENTE

    JOO M. F. MOTA (1); ROMILDE A. OLIVEIRA (2); NGELO J. COSTA E SILVA (3); JOOR. CARVALHO (4)

    (1)

    Professor da Faculdade do Vale do IpojucaFAVIP; Doutorando da UFPE. E-mail:[email protected]; (2) Professor Doutor da Universidade Catlica de

    PernambucoUNICAP. E-mail: [email protected]; (3) Professor Doutor daUniversidade Catlica de PernambucoUNICAP; Engenheiro da Tecomat. E-mail:

    [email protected]; (4) Engenheiro da Tecomat. E-mail: [email protected]

    RESUMO

    Diversas edificaes tipo caixo com at quatro pavimentos localizadas na Regio

    Metropolitana do Recife tem estrutura constituda de alvenaria resistente (alvenaria

    de vedao usada com funo estrutural), apresentam diversos tipos de patologias.

    Esses prdios foram executados com o processo e materiais, fundamentalmente os

    blocos, no conformes no que concerne o atendimento s normas tcnicas pertinentes

    a alvenaria estrutural. Inmeras pesquisas buscaram estabelecer um entendimento de

    como se comporta essas obras em servio, com o objetivo de propor um modelo para

    reforo. O presente trabalho objetiva avaliar por meio de anlises experimentais a

    resistncia mecnica de prismas com trs blocos cermicos de alvenaria resistente

    com a aplicao de capa de argamassa armada com adio da pozolana metacaulim.

    Foi verificada a resistncia compresso axial. Moldaram-se amostras para trs

    famlias de prismas, a saber: Famlia 1 - prismas sem revestimento; Famlia 2prismas

    com revestimento de argamassa no trao 1:2:9 (cimento, cal e areia), com 2,0 cm de

    espessura em ambos os lados, simulando revestimentos de edifcios com esse

    processo construtivo; Famlia 3prismas anlogos aos da Famlia 2, aplicando sobre o

    revestimento anterior uma camada de argamassa no trao 1:1:6 com adio de 15% de

    metacaulim em substituio ao cimento, com 3 cm de espessura em cada face,

    armadas com malha e conectores ligando as duas armaduras. Os resultados indicam

    que o revestimento armado com adio de pozolana incrementa benefcios

    importantes na propriedade estudada, tendo em vista a argamassa efeitos fsicos(filler) e qumicos (reaes pozolnicas), e, a armadura devido ao maior confinamento

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    e absoro da carga atuante. Verificou-se a elevao da resistncia mecnica de

    prismas com o uso de revestimentos argamassa armada com adio de pozolana.

    Palavras-chave: Argamassas armada, pozolana, alvenaria resistente.

    REINFORCED MORTAR WITH METAKAOLIN ADITION TO REPAIRNON STRUCTURAL MASONRY

    ABSTRACT

    Several buildings with up to four floors located in the Metropolitan Region of Recife whose

    structure is made of non structural masonry (brickwork seal used with structural function),

    exhibit different pathologies. These buildings were executed with the process and

    materials, primarily blocks, non-compliant regarding compliance with technical

    standards relevant to structural masonry. Numerous researches sought to establish an

    understanding of how these works behaves in service, with the aim of proposing a

    model for reinforcement. The present study aims to evaluate by experimental analyzes

    the strength of prisms with three masonry ceramic blocks with the application of

    "cover" mortar with addition of pozzolan metakaolin. It was checked for compressive

    strength. Samples were molded for three families of prisms, namely: Family 1 -

    uncoated prisms; Family 2 - prisms coated on the dash 1:2:9 mortar (cement, lime and

    sand), with 2.0 cm thickness on both sides simulating coatings for buildings with this

    constructive process; Family 3 - prisms similar to those of Family 2, the coating prior to

    applying a layer of mortar on the dash 1:1:6 with addition of 15% metakaolin, with 3

    cm thick on each side, reinforced with mesh and connectors linking the two meshes.

    The results indicate that the coating reinforced with addition of pozzolan increases

    important benefits in the property studied, in view of physical effects mortar (filler)

    and chemical (pozzolanic reaction), and the rebars due to greater containment and

    absorption of the active load.Elevation of mechanical strength with the use of prisms

    rendered with reinforced mortars and with addition of pozzolan.

    Key-words: reinforced mortar, metakaolin, non structural masonry

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    1. INTRODUO

    H milhares de anos, a alvenaria tem sido usada em larga escala, sendo possivelmente

    o material composto mais utilizado nas edificaes antigas e atuais. A alvenaria podeser constituda com tijolos macios, blocos cermicos e de concreto ou pedra (1).

    Alvenaria pode ser entendida como a unio de tijolos ou blocos por juntas de

    argamassa, formando um conjunto rgido e coeso. As alvenarias podem ser

    classificadas como de vedao e estrutural (no armada, armada, parcialmente

    armada e protendida). Tambm pode ser citada a alvenaria resistente (de vedao

    com funo estrutural). Portanto, diversas construes em alvenaria so verificadas

    em pases da Europa, dos Estados Unidos, Canad, Austrlia, apresentando em todos

    os casos elevados desempenho em servio at os dias atuais(2).

    Na Regio metropolitana do Recife existem aproximadamente 6.000 (seis mil) edifcios

    tipo caixo, com at quatro pavimentos em alvenaria de vedao com funo

    estrutural (blocos de vedao), que apresentam instabilidade terica da estrutura.

    Entretanto, diversos prdios com esse modelo esto em servio h mais de trinta anos

    (3). A Figura 1 apresenta um dos desabamentos ocorridos.

    Figura 1Desabamento de parte do edifcio Iju (OLIVEIRA et al., 2012).

    Nessa conjuntura, devem-se estabelecer propostas para reforo coma finalidade de

    impor elevada condio de desempenho para os prdios tipo caixo.

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    Esse trabalho tem objetivo analisar a resistncia mecnica e ductilidade de prismas

    formados por trs blocos cermicos (oito furos na horizontal) de alvenaria resistente

    armada com adio de metacaulim para contribuir ao reforo para essas edificaes.

    Sabe-se que qualquer que seja o modelo de reforo, importante que alm do

    atendimento capacidade de suporte, deve-se ter ductilidade e durabilidade (4; 5).

    Pode-se dizer que a utilizao da armadura busca contribuir com a ductilidade e a

    pozolana com a durabilidade.

    Adio de pozolanas em materiais cuja matriz cimentcia provoca um maior

    adensamento da mistura, gerando reduo natural da porosidade desde a interface(devido ao efeito parede) at a superfcie (fenmeno fsico) e ademais, CSH (silicato de

    clcio hidratado) composto importante para estrutura da matriz (fenmeno qumico)

    (6).

    Pesquisas buscaram identificar fatores que influenciasse na capacidade de suporte

    dessas alvenarias, bem como modelos para reforo. Nessa premissa, poder-se-

    apresentar resultados, a saber:

    Cavalheiro (1991) (7) estudou-se a influncia da argamassa de revestimento nas

    alvenarias de blocos cermicos de vedao com furos assentados na horizontal. Os

    furos dos blocos estudados tinham formato arredondado, ocasionando assim

    resistncia inferior aos que possuem formato retangular. O autor concluiu que o

    revestimento incrementou o mdulo de deformao e a resistncia mecnica,

    portanto, o revestimento inibe as deformaes, aumentando a rigidez e a capacidade

    de suporte da alvenaria, sendo, particularmente interessante no caso de reforo

    estrutura.

    Oliveira e Hanai (2002)(8) estudaram a influncia do revestimento na resistncia

    compresso axial em alvenarias com blocos cermicos de vedao. Esses autores

    observaram que o aumento da resistncia devido o revestimento foi evidente, alm

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    do aumento substancial da rigidez; o incremento de resistncia compresso devido o

    revestimento chegou at 261%.

    Mota (2006) (3) e Mota; Oliveira (2007) (9) estudaram a influncia da argamassa de

    revestimento na resistncia compresso axial em prismas de alvenaria resistente de

    blocos cermicos posicionados a galga com oito furos assentados com os furos na

    horizontal, concluram que:

    - os prismas no revestidos e chapiscados tiveram rupturas bruscas;

    - os prismas revestidos apresentaram ruptura por trao dos septos horizontais dos

    blocos cermicos ligados argamassa de assentamento apresentaram no instante

    posterior, desequilbrio do estado de confinamento. Portanto, a argamassa de

    assentamento deixou de estar triaxialmente comprimida, passando a se deformar

    substancialmente nas duas direes horizontais, gerando deslocamentos laterais

    excessivos, implicando na ruptura das camadas de argamassa de revestimento nesta

    regio;

    - observou-se incremento de at 322% na capacidade de suporte devido influncia

    do revestimento com 3 cm de espessura.

    A Figura 3 mostra a ruptura por trao dos septos.

    Figura 2Formas de ruptura de prismas revestidos com 2 cm

    Silva et al. (2008)(10) ensaiaram prismas de alvenaria de blocos cermicos e de

    concreto, ambos de vedao com finalidade estrutural. Foram ensaiados prismas sem

    revestimento e com revestimento; prismas armados com tela de ao na regio central

    da argamassa de revestimento com e sem conectores que interligam as malhas de ao

    inseridas nas capas de revestimento nas duas faces dos prismas. Os autores obtiveram

    os seguintres resultados:

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    - em prismas de blocos cermicos, o revestimento com 3,0 cm de espessura contribui

    na capacidade de suporte em at 335% na carga;

    - em que pese rupturas diversas nos prismas de blocos cermicos, predominantemente

    verificou-se ruptura devido trao lateral dos septos dos blocos, provocando o

    desequilbrio do estado de confinamento da argamassa de assentamento. No se

    verificou acrscimos substanciais de carga quando foram ensaiados prismas com tela

    sem conectores;

    - nos prismas com blocos de concreto verificou-se acrscimo no suporte devido capa

    de revestimento com 3,0 cm de espessura em at 72%. Contudo, o acrscimo ocorreu

    a patamares de at 159% quando se utilizou tela de ao.

    2. MATERIAIS E MTODOS

    Utilizou-se blocos cermicos de vedao de oito furos assentados com os furos em

    posio horizontal similares aos usados nas construes dos edifcios tipo caixo da

    Regio Metropolitana do Recife. O cimento que compe as argamassas de

    assentamento e de revestimento foi CP II F 32, a cal CH-I e areia mdia amplamente

    encontrada na Regio.

    A Tabela 1 mostra a nomenclatura estabelecida dos processos e suas

    proporcionalidades (traos)/materiais.

    Tabela 1Nomenclatura das argamassas utilizadas.

    PROCESSOS PROPORCIONALIDADES (em volume)/MATERIAIS

    Chapisco mdio (sobre prismas nus) 1:4 (cimento e areia)

    Chapisco para reforo forte (sobre

    revestimento fraco)

    1:3:0,8 (cimento, areia e relao gua/cimento) com

    5% de substituio de metacaulim por cimento

    Revestimento fraco (sobre chapisco

    mdio)

    1:2:9 (cimento, cal e areia)

    Revestimento para reforo mdio

    sobre chapisco, para reforo)

    1:1:6:1,5 (cimento, cal, areia e relao gua/cimento)

    com 15% de metacaulim em relao ao cimento

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    Destaca-se que os prismas tiveram juntas de assentamento 1,0 cm de espessura. Os

    ensaios de resistncia compresso ocorreram aos 90 dias. Esse perodo justificado

    pelas reaes pozolnicas ocorrem de forma lenta.

    Nas argamassas de reforo adicionou-se metacaulim com 15% de substituio ao

    cimento. Esse teor e a relao gua/cimento foram originados em pesquisas realizadas

    anteriormente para estabelecimentos desses parmetros (11).

    A produo dos prismas ocorreu em ambiente da empresa Tecomat devido ser

    prximo ao local da prensa utilizada. Sabe-se que esse equipamento possui elevado

    nvel de manuteno e aferio. O profissional pedreiro que executou as 18 rplicas foio mesmo, sendo 6 (seis) prismas de cada amostra com trs blocos, conforme a seguir:

    Amostra 1prismas nus;

    amostra 2prismas nus + chapisco mdio + revestimento fraco com 2,0 cm deespessura;

    amostra 3 prismas nus + chapisco mdio + revestimento fraco + chapiscopara reforo forte + revestimento para reforo mdio com 3,0 cm de espessura.

    A amostra 3 teve armadura mergulhada no centro da capa da argamassa de

    revestimento com adio de pozolana (argamassa para reforo), sendo a tela em

    ambos os lados do prisma com fios de 5.0 mm a cada 10,0 cm ligados por dois

    conectores de 8.0 mm por prisma.

    Os conectores ficaram com extremidades em formato de gancho (180o), que fixaram

    s telas de ambas as faces. Eles passaram por furos dados nas duas juntas dos prismas

    de trs blocos onde os dimetros dos furos foram de tal ordem que o conector

    passasse pronto, com as curvas nas extremidades previamente confeccionadas.

    Foi adotada a espessura 3,0 cm de argamassa de revestimento para reforo devido ser

    uma espessura que evita a ruptura brusca, uma vez que tende a confinar as

    deformaes laterais excessivas (3), bem como melhor promover durabilidade.

    A Figura 3 apresenta prismas das trs amostras.

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    Figura 3Prismas tipo 1, 2 e 3 preparados para receberem de argamassa de reforo.

    3. RESULTADOS E DISCUSSES

    A resistncia mdia compresso dos blocos cermicos foi de 2,49 MPa com

    coeficiente de variao de 29%, denotando que o processo de fabricao dos blocos

    no tem controle adequado. Esse material foi adquirido em armazm escolhido

    aleatoriamente.

    A Tabela 2 mostra os resultados da resistncia compresso dos prismas.

    Tabela 2Resistncia compresso dos prismas

    Podem-se destacar no ensaio dos prismas alguns detalhes:

    - Amostra 1: Em vrios prismas observaram-se desnivelamento, desaprumo, blocos

    com dimenses diferentes e ruptura altamente brusca por trao nos septos;

    - amostra 2 Algumas imperfeies e ruptura por trao nos septos na maioria dos

    casos e tambm por cisalhamento do revestimento;

    AMOSTRA/

    mdia da

    rea das

    bases (cm2)

    RESULTADOS INCREMENTOS em relao a

    amostra 1 (%)

    Tenso (MPa) Fora (Kgf)

    (Mdia)

    No valor

    mdio da

    tenso ()

    No valor

    mdio da

    fora (F)Mdia

    (MPa)

    D. Padro

    (MPa)

    COV

    (%)

    1/172 1,02 0,31 30,58 1762 - -

    2/256 2,42 0,63 26,22 6216 137,26% 252,78%

    3/371 2,72 0,4 14,93 10080 166,67% 472,08%

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    - amostra 3Argamassa de reforo com caractersticas inferior esperada. A primeira

    fissurao identificada no revestimento ocorreu na Regio da interface revestimento

    fraco/revestimento para reforo mdio, em que pese nesse momento os blocos j

    apresentarem ruptura em quase todos os septos, ou seja, estavam absolutamente

    falidos. Sublinha-se na ruptura elevada ductilidade, haja vista ao da armadura, telas

    nas duas faces interligadas por 2 conectores. Ressalta-se a ao dos conectores.

    Na Figura 4, se observa a condio importante da deformao sem a ruptura brusca,

    de tal maneira que aps o rompimento do prisma, liberou-se o equipamento para

    deformar prximo de 10 cm para verificao da condio de desmoronamento.

    Figura 3Prismas da amostra 3 aps a deformao de prximo 10cm.

    3.

    CONSIDERAES FINAIS

    Com base nos resultados obtidos, podem-se enumerar as seguintes concluses:

    - A eficincia (relao entre as resistncias do prisma e do bloco) foi de 0,41;

    - A capa de revestimento com 2 cm de espessura (amostra 2) elevou a resistncia

    compresso em mais de 250% quando comparado com os prismas sem revestimento

    (amostra 1);

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    - quando se comparou os prismas com argamassa de reforo (amostra 3) com os

    prismas nu (amostra 1), o incremento da resistncia compresso foi da ordem de

    470%;

    - verificou-se uma elevada ductilidade sem desmoronamento (ruptura brusca) nos

    prismas da amostra 3, uma vez que aps a ruptura a prensa foi induzida a um

    deslocamento prximo de 10 cm;

    - imperativo que qualquer que seja o modelo de reforo, alm da capacidade de

    suporte atender as cargas atuantes, a alvenaria tem que ter ductilidade e durabilidade;

    - a forma de ruptura foi explosiva para a amostra 1 (prismas nus). Com relaoo aos

    prismas da amostra 2 (com revestimento com 2 cm de espessura), a ruptura ocorreu

    por trao dos septos, tendo em vista quebra do estado de confinamento entre a

    argamassa de assentamento/bloco. Entretanto, nos prismas da amostra 3 ruptura foi

    dctil e tambm se verificou alta condio de deformabilidade sem desmoronamento.

    REFERNCIAS

    1. RAMALHO, M.A.; CORRA.M.R.S. Projetos de edifcios de alvenaria estrutural. Ed.Pini, So Paulo. 2003.

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