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MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA ARGILAS BRANCAS E VERMELHAS Descrição: Este documento contém informações sobre as principais características físicas e químicas desse grupo de minerais, suas aplicabilidades e formas de ocorrência. Palavras-chave: composição química, propriedades óticas, cor, dureza, clivagem, densidade, cor, brilho, diversidades mineralógicas, usos, ocorrências. 1. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E QUÍMICAS DAS ARGILAS 2. APLICABILIDADE DAS ARGILAS 3. OCORRÊNCIAS DAS ARGILAS 1. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E QUÍMICAS DAS ARGILAS ARGILAS Argila é um material natural, de textura terrosa ou argilácea, de granulação fina, com partículas de forma lamelar ou fibrosa, constituída essencialmente de argilo-minerais (que pertencem ao grupo dos filossilicatos e formam estruturas em cadeias compostas de folhas tetraédricas (T) de silício e octaédricas (O) de alumínio, e com menor freqüência de magnésio, ferro e potássio), podendo conter outros minerais que não são argilo-minerais (quartzo, mica, pirita, hematita, etc), matéria orgânica e outras impurezas. São resultantes da hidratação de silicatos de alumínio, ferro e magnésio. O termo argila também é usado na classificação granulométrica de partículas com tamanho inferior a 2μm (mícrons). Graças aos argilo-minerais, as argilas na presença de água desenvolvem uma série de propriedades tais como: plasticidade, resistência mecânica a úmido, retração linear de secagem, compactação, tixotrópia e viscosidade de suspensões aquosas que explicam sua grande variedade de aplicações tecnológicas. A estrutura laminada permite a adsorção de moléculas de água. A classificação dos tipos de argilas esta relacionada ao grupo de argilo-minerais que a compõem. Os tipos mais comuns são: • Cauliníticas: constituídas essencialmente por argilo-minerais do grupo da caulinita, pertencem a este grupo a todos os silicatos de alumínio hidratado. Apresenta cores claras de queima, por serem pobres em óxidos e hidróxidos de ferro e de outros elementos cromóforos, possuem uma menor plasticidade e menor retenção de água. • Esmectiticas ou Montmoriloníticas: constituídas por argilo-minerais do grupo da montmorilonita (compostos por alumínio, magnésio e ferro, e algumas vezes cálcio e sódio). É muito plástica, e possui grande capacidade de retenção de água. A presença de óxidos e hidróxidos de ferro acima de certos limites propicia uma coloração vermelha ou avermelhada. Também conhecidas como argilas expansivas devido a relativa facilidade com que variam de volume. • Illíticas: compostas por argilo-minerais do grupo da illita (que engloba neste grupo variedades micáceas, constituídas por silicatos hidratados de alumínio, ferro, potássio e magnésio). Intermediária entre as Cauliníticas e as Esmectíticas. Características físicas e mecânicas das argilas: • Plasticidade: adquirida com a maior ou menor presença de água; • Contratação na secagem: maior nas argilas mais plásticas; • Resistência à flexão do material seco: maior nas argilas mais plásticas; • Resistência à flexão do material queimado: maior com o grau de vitrificação ou sinterização. Quanto aos tipos de jazimento, as argilas podem ser residuais e transportadas. As argilas residuais ou primárias são aquelas que permanecem no local de sua formação. As suas jazidas têm aproximadamente a mesma forma da rocha matriz. Assim sendo, depósitos originários de pegmatitos têm a forma de diques e podem atingir dezenas de metros de espessura com profundidades superiores a cem metros. Os depósitos resultantes do intemperismo, em rochas feldspáticas, podem alcançar algumas dezenas de quilômetros de extensão e suas camadas atingem dezenas de metros de espessura. As argilas transportadas: são aquelas que após o intemperismo, sofrem transporte de material pelas águas ou ventos, principalmente a fração mais fina, deposita-se em regiões de baixa velocidade de correnteza nos lagos, rios, pântanos, mares etc, formando as argilas sedimentares ou transportadas.

Argilas Branca Vermelha Propriedades Aplicabilidade

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MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA

ARGILAS BRANCAS E VERMELHAS

Descrição: Este documento contém informações sobre as principais características físicas e químicas desse grupo de minerais, suas aplicabilidades e formas de ocorrência.

Palavras-chave: composição química, propriedades óticas, cor, dureza, clivagem, densidade, cor, brilho, diversidades mineralógicas, usos, ocorrências.

1. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E QUÍMICAS DAS ARGILAS

2. APLICABILIDADE DAS ARGILAS

3. OCORRÊNCIAS DAS ARGILAS

1. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E QUÍMICAS DAS ARGILAS

ARGILAS

Argila é um material natural, de textura terrosa ou argilácea, de granulação fina, com partículas de forma lamelar ou fibrosa, constituída essencialmente de argilo-minerais (que pertencem ao grupo dos filossilicatos e formam estruturas em cadeias compostas de folhas tetraédricas (T) de silício e octaédricas (O) de alumínio, e com menor freqüência de magnésio, ferro e potássio), podendo conter outros minerais que não são argilo-minerais (quartzo, mica, pirita, hematita, etc), matéria orgânica e outras impurezas. São resultantes da hidratação de silicatos de alumínio, ferro e magnésio. O termo argila também é usado na classificação granulométrica de partículas com tamanho inferior a 2µm (mícrons).

Graças aos argilo-minerais, as argilas na presença de água desenvolvem uma série de propriedades tais como: plasticidade, resistência mecânica a úmido, retração linear de secagem, compactação, tixotrópia e viscosidade de suspensões aquosas que explicam sua grande variedade de aplicações tecnológicas. A estrutura laminada permite a adsorção de moléculas de água.

A classificação dos tipos de argilas esta relacionada ao grupo de argilo-minerais que a compõem.

Os tipos mais comuns são:

• Cauliníticas: constituídas essencialmente por argilo-minerais do grupo da caulinita, pertencem a este grupo a todos os silicatos de alumínio hidratado. Apresenta cores claras de queima, por serem pobres em óxidos e hidróxidos de ferro e de outros elementos cromóforos, possuem uma menor plasticidade e menor retenção de água.

• Esmectiticas ou Montmoriloníticas: constituídas por argilo-minerais do grupo da montmorilonita (compostos por alumínio, magnésio e ferro, e algumas vezes cálcio e sódio). É muito plástica, e possui grande capacidade de retenção de água. A presença de óxidos e hidróxidos de ferro acima de certos limites propicia uma coloração vermelha ou avermelhada. Também conhecidas como argilas expansivas devido a relativa facilidade com que variam de volume.

• Illíticas: compostas por argilo-minerais do grupo da illita (que engloba neste grupo variedades micáceas, constituídas por silicatos hidratados de alumínio, ferro, potássio e magnésio). Intermediária entre as Cauliníticas e as Esmectíticas.

Características físicas e mecânicas das argilas:

• Plasticidade: adquirida com a maior ou menor presença de água;

• Contratação na secagem: maior nas argilas mais plásticas;

• Resistência à flexão do material seco: maior nas argilas mais plásticas;

• Resistência à flexão do material queimado: maior com o grau de vitrificação ou sinterização.

Quanto aos tipos de jazimento, as argilas podem ser residuais e transportadas.

• As argilas residuais ou primárias são aquelas que permanecem no local de sua formação. As suas jazidas têm aproximadamente a mesma forma da rocha matriz. Assim sendo, depósitos originários de pegmatitos têm a forma de diques e podem atingir dezenas de metros de espessura com profundidades superiores a cem metros. Os depósitos resultantes do intemperismo, em rochas feldspáticas, podem alcançar algumas dezenas de quilômetros de extensão e suas camadas atingem dezenas de metros de espessura.

• As argilas transportadas: são aquelas que após o intemperismo, sofrem transporte de material pelas águas ou ventos, principalmente a fração mais fina, deposita-se em regiões de baixa velocidade de correnteza nos lagos, rios, pântanos, mares etc, formando as argilas sedimentares ou transportadas.

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Podendo ser do tipo:

Argilas fluviais: extremamente abundantes, geralmente utilizadas em cerâmica vermelha; Argilas de estuários: contêm camadas ou áreas de laminação grossa, além de resíduos orgânicos de pântanos interlaminados em camadas argilosas; Argilas de pântanos: geralmente muito plásticas, bastante puras e ricas em caulinitas e matéria orgânica.

INTRODUÇÃO - ARGILAS EMPREGADAS NO FÁBRICO DE CERÂMICA BRANCA

São argilas com baixo teor de óxidos e hidróxidos de ferro, que podem ser usadas para a fabricação de cerâmicas brancas, desde que sejam atendidas algumas propriedades (especificações) após queima a 950o C, 1250o C, 1450o C, tais como coloração clara, retração linear, absorção de água, porosidade específica, massa específica aparente, tensão de ruptura a flexão (MELO et al., 2002).

Metodologia para Determinação das Propriedades de Argilas para Aplicação em Cerâmica Branca

A metodologia adotada por Melo et al. (2002) para determinação das propriedades de algumas “argilas de coloração cinza” (RN) e também de uma amostra padrão de uma argila de São Simão (SP) é descrita abaixo:

1) Inicialmente foi efetuada a pré-secagem natural e em estufa a 110 ºC, para a redução da umidade em torno de 8%, as amostras foram beneficiadas em moinho de bolas a 100 mesh e acondicionadas em sacos de polietileno. Após peneiramento, as argilas foram misturadas com água para se obter o teor ideal de umidade para prensagem, homogeneizadas e conformadas em prensa hidráulica na pressão de 200 kg/cm2. Os corpos de prova assim obtidos foram secos a 110 ºC até massa constante e queimados em forno estático às temperaturas de 950 ºC, 1250 ºC e 1450 ºC por duas horas.

2) Após secagem dos corpos de prova a 110 ºC foram feitas medidas de cor, umidade de prensagem, retração linear e tensão de ruptura. Para os corpos queimados além dessas características, mede-se a absorção em água, porosidade e massa específica aparente.

O artigo de Melo et al. (2002) fornece um fluxograma genérico do processamento adotado nos ensaios cerâmicos das argilas estudadas, além dos resultados de ensaios físicos e cerâmicos de corpos de prova queimados a de 950ºC, 1250ºC e 1450º.

Referências:

ALECRIM, J. D. (1982). Recursos Minerais do Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte: METAMIG,

COMIN (2005). Cerâmicas do Estado da Bahia: Caracterização Tecnológica, Disponibilidade de Matérias-Primas, Diagnóstico Operacional e Cadastro. Adalberto de Figueredo Ribeiro – Coordenador. Salvador SICM/SIM/COMIN:, (Serie Estudos Técnicos de Geologia, Mineração, Tecnologia e Economia Mineral – Nº 2). 84 p. il

MELO, M. A. F. et al. (2002). Cor e propriedades mecânicas de algumas argilas do Rio Grande do Norte para uso em cerâmica branca. Cerâmica. [online],- vol. 48, no. 308 [citado 2006-08-04], pp. 183-186. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0366-69132002000400003&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 0366-6913. doi: 10.1590/S0366-69132002000400003.

CBPM (2003). Cerâmica da Bahia. Catálogo de Matérias-Primas. Salvador: CBPM: IPT,

SITES:

www.unb.br/ig/glossario/verbete/argila.html

http://www.ceramicanorio.com/glossario.html

www.pr.gov.br/mineropar/htm/rocha/argila.html

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INTRODUÇÃO - ARGILAS EMPREGADAS NO FABRICO DE CERÂMICA VERMELHA

Plásticas, abundantes e porosas. Peças devem ter paredes grossas para aumentar a resistência. Como massa suporta temperatura até 1100º C, mas é usualmente queimada em torno de 700º C. Por conter bastante óxido de ferro apresenta-se com cores variadas – vermelha (quando contém óxido desta cor), amarela/ocre (idem) e preta (idem). Usada na fabricação de tijolos, telhas, vasos etc.

Referências:

ALECRIM, José Duarte (1982). Recursos minerais do Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte: METAMIG.

COMIN (2005). Cerâmicas do Estado da Bahia: Caracterização Tecnológica, Disponibilidade de Matérias-Primas, Diagnóstico Operacional e Cadastro. Adalberto de Figueredo Ribeiro – Coordenador. Salvador SICM/SIM/COMIN. (Serie Estudos Técnicos de Geologia, Mineração, Tecnologia e Economia Mineral – Nº 2). 84 p. il

SILVA, R. W. S.; MOTTA, J. F. M.; CABRAL JUNIOR, M. (Coord.) (2003). Catálogo de matérias-primas cerâmicas da Bahia. Salvador: CBPM: IPT.

SITES:

www.unb.br/ig/glossario/verbete/argila.html

http://www.ceramicanorio.com/glossario.html

www.pr.gov.br/mineropar/htm/rocha/argila.html

2. APLICABILIDADE DAS ARGILAS

APLICAÇÕES DA ARGILA BRANCA

As argilas possuem diversas aplicações industriais, como na cerâmica, cimento, abrasivos, isolantes elétricos, térmicos, acústicos, siderurgia, tintas e vernizes, produtos asfálticos, defensivos agrícolas, lubrificantes, cosméticos, sabões, velas e sabonetes, ornamentação e outros (idem argila vermelha). A importância econômica e social destas argilas é muito grande, principalmente por estarem relacionadas com a indústria da construção civil e cerâmica.

Tratamento da Argila para Aplicação no Processo Cerâmico

Segundo MELO et al. (2002) a indústria cerâmica é uma indústria de processo químico onde as matérias primas (argilas, caulins, quartzo, feldspatos) são processadas em uma seqüência operacional que, a cada etapa, altera suas características físicas e químicas para se obter um produto final com as características de mercado.

MELO et al. (2002) discorrem sobre as etapas fundamentais do processamento cerâmico os quais envolvem: preparo da matéria prima, conformação e processamento térmico (secagem e queima).

O preparo adequado das matérias primas melhora sua conformação e manuseio a cru, garantindo também melhorias no produto após a queima.

A conformação envolve quatro processos (colagem, extrusão, prensagem e plástica), que vai depender da forma geométrica do objeto a ser produzido.

O processamento térmico pode ocorrer em várias etapas do processo cerâmico, mas sua maior importância está relacionada com a secagem e queima. Na secagem ocorre a eliminação de água livre e o corpo adquire resistência mecânica para a queima, evitando problemas de trinca e contrações diferenciais. Controla-se nesta etapa a temperatura, umidade e velocidade.

No processo de queima controla-se o pré-aquecimento, cozimento e resfriamento, com levantamento de curvas de queima que possibilitará estudar os fenômenos físicos e químicos que determinam as características do produto final, como cor, resistência mecânica, absorção etc.

FILTROS DE ÁGUA PARA USO DOMÉSTICO http://www.abceram.org.br/asp/abc_266.asp

Este segmento compreende filtros de pressão para água, talhas, moringas e velas filtrante.

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Os filtros, são compostos de um recipiente, em geral de material polimérico, ao qual é acoplada uma vela filtrante de material cerâmico.

As velas filtrantes podem ser: (a) com carvão ativado, em seu interior, que reduz consideravelmente a quantidade de cloro, agrotóxicos e outros produtos químicos presentes na água e, b) com revestimento de nitrato de prata que combate bactérias e fungos.

As talhas são reservatórios de água que são fabricadas a partir de argila vermelha (vulgarmente conhecidas por barro) ou a partir de uma mistura de matérias-primas, que proporciona características semelhantes a de uma porcelana ou louça sanitária, nas quais são acopladas velas filtrantes.

As moringas fabricadas a partir da argila vermelha são recipientes de volume menor que as talhas, sem torneira e sem vela filtrante.

LOUÇAS DE MESA http://www.abceram.org.br/asp/abc_2610.asp

A indústria de louça de mesa é uma das mais tradicionais no país e com boa aceitação no mercado internacional.

No Brasil existem seis fabricantes de louça de mesa, cinco produzem peças de porcelana e um, peças de faiança. Sendo que dois fabricantes de porcelana e o de faiança, produzem, também, peças de cerâmica refratária para fornos convencionais, fornos de microondas e freezer. Na tabela abaixo são dados alguns números do segmento.

Em http://www.abceram.org.br/asp/abc_253.asp pode ser encontrada a relação das NORMAS TÉCNICAS PARA CERÂMICA DE USO DOMÉSTICO

NBR-10258: Superfície de peças cerâmicas vidradas - Determinação do teor de chumbo e de cádmio liberado (1988)

Em http://www.abceram.org.br/asp/abc_255.asp pode ser encontrada a relação das NORMAS TÉCNICAS PARA CERÂMICA DE USO EM LOUÇA SANITÁRIA (bacia sanitária, lavatório de parede, mictórios de parede, bacia sanitária, bidê, caixa de descarga) e Placa Cerâmica para Revestimento.

NBR-6463: Material cerâmico sanitário - Determinação da absorção de água (1985)

NBR-6498: Bacia sanitária de material cerâmico de entrada horizontal e saída embutida vertical - Dimensões (1997)

NBR-6499: Material cerâmico - Lavatório de fixar na parede - Dimensões (1998)

NBR-6500: Mictórios de material cerâmico - Dimensões (2000)

NBR-9059: Material cerâmico sanitário - Verificação da resistência ao gretamento (1985)

NBR-9060: Bacia sanitária - Verificação do funcionamento (1997)

NBR-9065: Material cerâmico - Bidê - Dimensões (1998)

NBR-9338: Bacia sanitária de material cerâmico com caixa acoplada e saída embutida vertical - Dimensões (1997)

NBR-10353 Material cerâmico - Minilavatório de fixar na parede - Dimensões (1998)

NBR-12096: Caixa de descarga - Verificação de desempenho (1992)

NBR-12488: Material cerâmico - Lavatório de embutir - Dimensões (1998)

NBR-12489: Material cerâmico - Lavatório de sobrepor - Dimensões (1998)

NBR-12490: Bacia sanitária de material cerâmico com caixa integrada e saída embutida vertical - Dimensões (1997)

NBR-13819: Aparelhos sanitários de material cerâmico - Verificação da resistência mecânica (1997)

Em http://www.abceram.org.br/asp/abc_252.asp pode ser encontrada a relação das NORMAS TÉCNICAS PARA USO EM PLACAS CERÂMICAS DE REVESTIMENTO

NBR 13816: Placas Cerâmicas para Revestimento - Terminologia - (Abril/1997)

NBR 13817: Placas Cerâmicas para Revestimento - Classificação - (Abril/1997)

NBR 13818: Placas Cerâmicas para Revestimento - Especificação e Métodos de Ensaios (Abril/1997):

• Anexo A: Análise visual do aspecto superficial.

• Anexo B: Determinação da absorção de água.

• Anexo C: Determinação da carga de ruptura e módulo de resistência a flexão.

• Anexo D: Determinação da resistência à abrasão superficial.

• Anexo E: Determinação da resistência à abrasão profunda.

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• Anexo F: Determinação da resistência ao gretamento.

• Anexo G: Determinação da resistência ao manchamento.

• Anexo H: Determinação da resistência ao ataque químico

• Anexo J: Determinação da expansão por umidade.

• Anexo K: Determinação do coeficiente de dilatação térmica.

• Anexo L: Determinação da resistência ao choque térmico.

• Anexo M: Determinação da resistência ao congelamento.

• Anexo N: Determinação do coeficiente de atrito.

• Anexo P: Determinação de chumbo e cádmio.

• Anexo Q: Determinação da resistência ao impacto.

• Anexo R: Determinação da diferença de tonalidade.

• Anexo S: Determinação das dimensões, da retitude dos lados, da ortogonalidade dos lados, da curvatura central, da curvatura lateral e do empeno.

• Anexo T: Grupos de absorção de água.

• Anexo U: Procedimentos de amostragem e critérios de aceitação e rejeição.

• Anexo V: Determinação da dureza segundo a escala Mohs.

• Anexo X: Exemplos de cálculos de desvios dimensionais.

Referências:

ALECRIM, J. D. (1982). Recursos Minerais do Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte: METAMIG,

COMIN (2005). Cerâmicas do Estado da Bahia: Caracterização Tecnológica, Disponibilidade de Matérias-Primas, Diagnóstico Operacional e Cadastro. Adalberto de Figueredo Ribeiro – Coordenador. Salvador SICM/SIM/COMIN:, (Serie Estudos Técnicos de Geologia, Mineração, Tecnologia e Economia Mineral – Nº 2). 84 p. il.

GOMES, C. F. (1988) Argilas – o que são e para que servem Fundação Calouste Gulbenkian, Liboa, PT. p351.

MELO, M. A. F. et al. (2002). Cor e propriedades mecânicas de algumas argilas do Rio Grande do Norte para uso em cerâmica branca. Cerâmica. [online],- vol. 48, no. 308 [citado 2006-08-04], pp. 183-186. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0366-69132002000400003&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 0366-6913. doi: 10.1590/S0366-69132002000400003.

CBPM (2003). Cerâmica da Bahia. Catálogo de Matérias-Primas. Salvador: CBPM: IPT,

SITES:

www.unb.br/ig/glossario/verbete/argila.htm

http://www.ceramicanorio.com/glossario.html

www.pr.gov.br/mineropar/htm/rocha/argila.html

APLICAÇÕES DA ARGILA VERMELHA

As argilas possuem diversas aplicações industriais, como na cerâmica, cimento, abrasivos, isolantes elétricos, térmicos, acústicos, siderurgia, tintas e vernizes, produtos asfálticos, defensivos agrícolas, lubrificantes, cosméticos, sabões, velas e sabonetes, ornamentação e outros. A região dos Campos Gerais (MG) apresenta um potencial muito grande em argilas, em especial para o uso em cerâmica vermelha para o fabrico de tijolos, blocos de vedação, blocos estruturais, lajotas para forro, telhas, manilhas, ladrilhos vermelhos, vasos, potes, entre outros.

A importância econômica e social destas argilas é muito grande, principalmente por estarem relacionadas com a indústria da construção civil. No município de Ponta Grossa (MG), toda produção deste tipo de argila está voltada para o fabrico de cerâmica vermelha, com as olarias situadas nas várzeas dos rios, de onde se extraem os aluviões argilosos.

USO INDUSTRIAL

ARGILA PARA OLARIA - Utilizada particularmente em cerâmica ornamental de terracota, é uma argila plástica que pode ser moldada facilmente no torno dos oleiros.

É uma argila de cores variadas, cinza, cinza esverdeada, castanha ou castanha avermelhada, em cuja composição pode entrar quartzo, feldspato, mica (moscovita e biotita), óxidos e hidróxidos de ferro

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(hematita, lepidocrocita e goethita), pirita, carbonatos (calcita e dolomita, geralmente em baixos teores), caulinita, illita, montmorilonita (pouco abundante), clorita (pouco abundante), vermiculita e interestratificados.

A argila de olaria deve apresentar teores baixos em Al2O3 (15-25 %), teores baixos a médios em Fe2O3 (<10 %) e quando queimada proporcionar corpos cerâmicos de cor variada desde o cinza ao amarelo-ocre, castanho ou vermelho. Estas cores dependem dos minerais constituintes serem portadores de ferro, titânio e manganês. É dependente também da atmosfera que preside a queima. A cor vermelha só persiste se os corpos cerâmicos forem queimados abaixo de 950°C.

Na queima desta argila pode ocorrer vitrificação entre 1000-1100° C, e uma fusão acentuada entre 1150-1330°C. O ponto de fusão dessa argila diminui quando baixa a relação (Al2O3/Fe2O3)+K2O+CaO+MgO. Os produtos cerâmicos, normalmente, são avermelhados se cozidos até um estado de vitrificação incipiente. Mas, se a queima ultrapassa esse estado, a cor escurece um pouco. Altos teores em CaO + MgO favorecem uma cor amarelo-ocre. A argila é calcária (marga), cozendo a temperaturas de 1000-1100°C exibe cor amarelo-ocre.

ARGILA PARA TIJOLOS

A argila para tijolo é utilizada em cerâmica vermelha ou estrutural, no fabrico de materiais de construção aplicados em Engenharia Civil, tais como: tijolo maciço e furado, telha e ladrilho de piso. Trata-se de uma Argila grossa, com grande quantidade de silte e areia e com cores variando de preto, cinza, vermelho, castanho, amarelo ou verde.

O teor de fração argilosa da argila para tijolo é baixo, mas suficiente para permitir o desenvolvimento da plasticidade necessária para a moldagem dos corpos cerâmicos, plasticidade que cresce com a relação minerais argilosos/minerais não argilosos.

Na sua composição podem co-participar quartzo, mica, fragmentos de rocha, carbonatos (calcita, dolomita) em grão ou concreções, sulfatos (gesso), sulfetos (pirita, marcassita), óxidos e hidróxidos de ferro (hematita, goethita e limonita), matéria carbonácea, caulinita (rara), illita, montmorilonita, clorita e interestratificados.

A investigação mineralógica da matéria prima pode fornecer explicações para o efeito adverso de impurezas, tais como: carbonatos, sulfatos e sulfetos, causadores de empolamento ou «bloating» e de eflorescência nos produtos acabados.

A matéria carbonácea, quando a queima é rápida e a atmosfera não é suficientemente oxidante, pode proporcionar o denominado «coração negro». Se a matéria carbonácea se encontrar finamente dividida pode atuar como fuel natural economizando energia na queima.

As concreções calcárias devem ser finamente moídas ou removidas, se possível. Mas, ainda que finamente moídas, o calcário, se for abundante, como é um fluxo, pode ocasionar a deformação dos corpos cerâmicos quando queimados a temperatura elevada.

Os teores em SiO2, Fe2O3, CaO e Na2O + K2O são elevados. O ferro e os metais alcalinos e cálcio-alcalinos promovem a vitrificação. A argila para tijolo é queimada em atmosfera oxidante a uma temperatura em regra não superior a 950° C, e os corpos cerâmicos queimados apresentam cor vermelha. Todavia, se a argila for calcária, a cor vermelha que naturalmente seria devida ao ferro é atenuada fortemente por efeito do CaO, resultando uma cor acastanhada.

FILTROS DE ÁGUA PARA USO DOMÉSTICO http://www.abceram.org.br/asp/abc_266.asp

As talhas são reservatórios de água que fabricadas a partir de argila vermelha (vulgarmente conhecidas por barro) nas quais são acopladas velas filtrantes.

As moringas fabricadas a partir da argila vermelha são recipientes de volume menor que as talhas, sem torneira e sem vela filtrante.

No Brasil existem dois fabricantes principais desses produtos, ambos localizados no estado de São Paulo. O primeiro adota a linha de argila vermelha e a segunda a linha de louça. No caso da linha vermelha existe um número grande de pequenas empresas, localizadas na região de Jaboticabal-SP e em outras regiões do Brasil, que produzem talhas e moringas.

Em http://www.abceram.org.br/asp/abc_254.asp os interessados podem obter a relação das NORMAS BRASILEIRAS (NBR) que se aplicam à cerâmica vermelha (Blocos, Telhas, Tijolo maciço e Tubos cerâmicos para canalizações).

BLOCOS

NBR 6461: para alvenaria - Verificação da resistência à compressão (1983)

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NBR 7171: Bloco cerâmico para alvenaria (1992)

NBR 8042: Bloco cerâmico para alvenaria - Formas e dimensões (1992)

NBR 8043: Bloco cerâmico portante para alvenaria - Determinação da área líquida (1983)

TELHAS

NBR 6462: Telha cerâmica tipo francesa - Determinação da carga de ruptura à flexão (1987)

NBR 7172: Telha cerâmica tipo francesa (1987)

NBR 8038: Telha cerâmica tipo francesa - Forma e dimensões (1987)

NBR 8947: Telha cerâmica - Determinação da massa e da absorção de água (1985)

NBR 8948: Telha cerâmica - Verificação da impermeabilidade (1985)

NBR 9598: Telha cerâmica de capa e canal tipo paulista - Dimensões (1986)

NBR 9599: Telha cerâmica de capa e canal tipo plan - Dimensões (1986)

NBR 9600: Telha cerâmica de capa e canal tipo colonial - Dimensões (1986)

NBR 9601: Telha cerâmica de capa e canal (1986)

NBR 9602: Telha cerâmica de capa e canal - Determinação de carga de ruptura à flexão (1986)

NBR 13582: Telha cerâmica tipo romana (2002)

TIJOLO MACIÇO CERÂMICO PARA ALVENARIA

NBR-6460: Tijolo maciço cerâmico para alvenaria - Verificação da resistência à compressão (1983)

NBR-7170: Tijolo maciço cerâmico para alvenaria (1983)

NBR-8041: Tijolo maciço cerâmico para alvenaria - Forma e dimensões (1983)

TUBOS CERÂMICOS

NBR 5645: Tubo cerâmico para canalizações (1990)

NBR 6549: Tubo cerâmico para canalizações - Verificação da permeabilidade (1991)

NBR 6582: Tubo cerâmico para canalizações - Verificação da resistência à compressão Diametral (1991)

NBR 7529: Tubo e conexão cerâmicos para canalizações - Determinação da absorção de água (1991)

NBR 7530: Tubo cerâmico para canalizações - Verificação dimensional (1991)

NBR 7689: Tubo e conexão cerâmicos para canalizações - Determinação da resistência química (1991)

NBR-8410: Conexão cerâmica para canalização – Verificação dimensional (1994)

REFERÊNCIA

ALECRIM, José Duarte (1982). Recursos Minerais do Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte: METAMIG. COMIN (2005). Cerâmicas do Estado da Bahia: Caracterização Tecnológica, Disponibilidade de Matérias-Primas, Diagnóstico Operacional e Cadastro. Adalberto de Figueredo Ribeiro – Coordenador. Salvador SICM/SIM/COMIN. (Série Estudos Técnicos de Geologia, Mineração, Tecnologia e Economia Mineral – Nº2). 84 p. il GOMES, C. F. (1988) Argilas – o que são e para que servem Fundação Calouste Gulbenkian, Liboa, PT. p350 SILVA, R. W. S.; MOTTA, J. F. M.; CABRAL JUNIOR, M. (Coord.) (2003). Catálogo de matérias-primas cerâmicas da Bahia. Salvador: CBPM: IPT. SITES: www.unb.br/ig/glossario/verbete/argila.htm http://www.ceramicanorio.com/glossario.html www.pr.gov.br/mineropar/htm/rocha/argila.html http://www.abceram.org.br

Bibliografia recomendada

NORTON, F. H. (1975) Cerâmica Fina. Tecnologia e Aplicaciones Ed. Omega, S.A. Barcelona.

SANTOS, P. DE S. (1975) Tecnologia de Argilas Ed. Blücher, S. Paulo.

WHITE, W.A. (1965) Clay Materials and Structural Clay Products - Amer. Ceram; Soc. Bull., 44, 663.

Page 8: Argilas Branca Vermelha Propriedades Aplicabilidade

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA

3. OCORRÊNCIAS DAS ARGILAS

Ocorre em todo o globo terrestre, decorrente do processo de hidratação de silicatos de alumínio, ferro e magnésio. Alguns depósitos encontram-se no Recôncavo e no Sul da Bahia. No Estado do Paraná, dentre os maiores depósitos de argila de várzea podem ser mencionados os relacionados aos rios Tibagi, Guaraúna e Arroio Olarias, este último tem este nome em conseqüência do grande número de olarias que outrora aproveitavam as argilas de sua planície aluvial, derivadas do intemperismo da Formação Ponta Grossa. Outra forma de ocorrência de argila relaciona-se às formações geológicas, por exemplo, os folhelhos da Formação Ponta Grossa e os argilitos do Grupo Itararé (PR),os quais, dependendo do grau de intemperismo, são aproveitados como fonte de argila. Nas proximidades de Balsa Nova também já foi explorado caulim (argila branca) presente no Arenito Furnas (MG).

DESCRIÇÃO DAS OCORRÊNCIAS

Podem ser depósitos argilosos residuais ou transportados (Vide texto introdutório).

Referências: ALECRIM, José Duarte (1982). Recursos minerais do Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte: METAMIG. COMIN (2005). Cerâmicas do Estado da Bahia: Caracterização Tecnológica, Disponibilidade de Matérias-Primas, Diagnóstico Operacional e Cadastro. Adalberto de Figueredo Ribeiro – Coordenador. Salvador SICM/SIM/COMIN. (Serie Estudos Técnicos de Geologia, Mineração, Tecnologia e Economia Mineral – Nº 2). 84 p. il SILVA, R. W. S.; MOTTA, J. F. M.; CABRAL JUNIOR, M. (Coord.) (2003). Catálogo de matérias-primas cerâmicas da Bahia. Salvador: CBPM: IPT. SITES: www.unb.br/ig/glossario/verbete/argila.ht http://www.ceramicanorio.com/glossario.html www.pr.gov.br/mineropar/htm/rocha/argila.html