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Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional Glauco Pasquali Fabbri Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte Rio de Janeiro 2014

Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

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Page 1: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

Glauco Pasquali Fabbri

Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

Rio de Janeiro

2014

Page 2: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

Glauco Pasquali Fabbri

Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

Dissertação apresentada ao curso de Mestrado

Profissional do Instituto do Patrimônio

Histórico e Artístico Nacional como pré-

requisito para obtenção do título de Mestre em

Preservação do Patrimônio Cultural.

Orientadora: Juliana Ferreira Sorgine

Supervisor: Onésimo Santos

Rio de Janeiro

2014

Page 3: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

O objeto de estudo dessa pesquisa foi definido a partir de uma questão identificada no

cotidiano da prática profissional na Superintendência do IPHAN no Rio Grande do Norte.

F113a

Fabbri, Glauco Pasquali. Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte / Glauco Pasquali Fabbri –

Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 2014.

353 f.: il

Orientadora: Juliana Ferreira Sorgine

Dissertação (Mestrado) – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Mestrado Profissional em Preservação do Patrimônio Cultural, Rio

de Janeiro, 2014.

1. Patrimônio Cultural. 2. Preservação – interdisciplinaridade. 3.

Arqueologia. 4. Rio de Grande do Norte. 5. Licenciamento ambiental. I. Sorgine, Juliana Ferreira. II. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico

Nacional (Brasil). III. Título.

CDD 930

Page 4: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

4

Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

Glauco Pasquali Fabbri

Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

Dissertação apresentada ao curso de Mestrado Profissional do Instituto do Patrimônio Histórico

e Artístico Nacional, como pré-requisito para obtenção de título de Mestre em Preservação do

Patrimônio Cultural.

Rio de Janeiro, 12 de Dezembro de 2014.

Banca examinadora

_______________________________________________

Juliana Ferreira Sorgine (Orientador)

______________________________________________

Hilário Figueiredo Pereira Filho (PEP MP IPHAN)

______________________________________________

Regina Coeli Pinheiro da Silva (Superintendência Estadual do IPHAN no Rio de Janeiro)

Page 5: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

5

Dedicatória: A Meus Pais e Irmã, Sergio, Thais e Mariele.

Page 6: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

6

Agradecimentos: À Juliana Sorgine pela dedicação, paciência e carinho para a realização deste

trabalho, Alena Aleksandra, José Mario, Iraci e a todos que contribuíram para o resultado do

mesmo.

Page 7: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

7

Epígrafe:

A natureza fez tudo a nosso favor, nós porem pouco ou nada temos feito a favor da natureza. Nossas terras estão ermas, e as poucas que temos roteado, são mal cultivadas, porque o são por braços indolentes e forçados; nossas numerosas minas, por falta de trabalhadores ativos e instruídos, estão desconhecidas, ou mal aproveitadas; nossas preciosas matas vão desaparecendo vítimas do fogo e do machado destruidor da ignorância e do egoísmo; nossos montes e encostas vão-se escalvando diariamente, e com o andar do tempo faltarão as chuvas fecundantes que favoreçam a vegetação, e alimentem nossas fontes e rios, sem que o nosso belo Brasil em menos de dois séculos ficará reduzido aos páramos e desertos áridos da Líbia. Virá então esse dia (dia terrível e fatal) em que ultrajada natureza se ache vingada de tantos erros e crimes cometidos.

Eia pois Legisladores do vasto Império do Brasil, basta dormir: é tempo de acordar do sono amortecido, em que há séculos jazemos. Vós sabeis, Senhores, que não pode haver indústria segura e verdadeira, nem agricultura florescente e grande com braços de escravos viciosos e boçais. Mostra a experiência e a razão, que a riqueza só reina onde impera a liberdade e a justiça, e não onde mora o cativeiro e a corrupção. (José Bonifácio de Andrada e Silva. Representação à Assembleia geral Constituinte do Império do Brasil sobre a Escravatura. 1823 antes da sua prisão e deportação.)

Page 8: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

8

RESUMO

A diversidade de sítios arqueológicos no estado do Rio Grande do Norte é grande. Diversas

também são as intervenções e danos a eles causados por atividades humanas propositadamente.

Dentre estes fatores está o crescimento (principalmente nos últimos anos 2010-2012) de

empreendimentos relativos à instalação de Parques Eólicos, Gasodutos, Obras de Esgotamento

Sanitário, Redes de água, Atividades de Mineração e Linhas de Transmissão de Energia Elétrica

juntamente com suas Subestações. Todas estas atividades são regulamentadas por leis de

proteção ambiental e estudos preventivos dentro das etapas de licenciamento destas obras. Os

estudos de Arqueologia Preventiva ligados a estas atividades consequentemente se tornam

necessários e aumentaram também com esta demanda. O IPHAN através de portarias, leis e

decretos regulamenta estes estudos em todo território nacional. Todos os trâmites legais durante

as diversas etapas do licenciamento ambiental e logicamente dos estudos de Arqueologia

Preventiva demandam farta documentação também regulamentada por portaria. Estes processos

de forma física e também digital precisam ser organizados. Seu conteúdo precisa ser conhecido

e analisado criteriosamente, além de estar acessível ao público e aos próprios servidores que se

utilizarão dos mesmos das mais diversas formas. Utilizando-se destes processos como

verdadeira fonte, buscamos neste trabalho avaliar o destino e eficácia de todo o processo para o

atendimento dos parâmetros legais, científicos, patrimoniais, educacionais entre outros.

Observar-se-á a realidade do Rio Grande do Norte espelhando também as problemáticas

nacionais, analisando a documentação que está depositada no IPHAN, levando em conta as

várias vertentes teóricas da Arqueologia e de seus profissionais.

Palavras Chave: Patrimônio Cultural; Arqueologia; Licenciamento ambiental; Gestão

Documental.

Page 9: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

9

ABSTRACT

The diversity of archaeological sites in the Rio Grande do Norte state is great. Several are also

the interventions and damage to them caused by human activities purposefully. Among these

factors is the growth (especially in recent years 2010-2012 ) developments relating to the

installation of wind farms , pipelines , Sewage Works Health , waterworks , mining activities

and electricity transmission lines along with their substations . All these activities are regulated

by environmental protection laws and preventive studies within the licensing stages of these

works. Studies of Preventive Archaeology linked to these activities therefore become necessary

and also increased with this demand. IPHAN through ordinances, laws and decrees regulating

these studies nationwide. All legal procedures during the various stages of environmental

licensing and logically of Preventive Archaeological studies require extensive documentation

also regulated by ordinance. These processes of fitness and also digital need to be organized.

Your content needs to be recognized and analyzed carefully, and be accessible to the public and

to own servers that will be used in many different ways. Using these processes as a true source,

we seek this work to evaluate the fate and effectiveness of the process to meet the legal

parameters, scientific, heritage, educational and others. It will look at the reality of Rio Grande

do Norte also mirroring the national problem , analyzing the documentation that is deposited in

the IPHAN , taking into account the various theoretical aspects of Archaeology and its

professionals .

Keywords: Archaeology, Heritage, Licensing.

Page 10: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................ 11

CAPÍTULO 1. CONSTRUÇÃO DO OBJETO DE PESQUISA: ARQUEOLOGIA

PREVENTIVA NO RIO GRANDE DO NORTE .......................................................... 16

CAPÍTULO 2. PROTEÇÃO JURÍDICA DO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO E

A ABORDAGEM PREVENTIVA ................................................................................ 40

2.1 LEGISLAÇÃO PERTINENTE .................................................................... 40

2.1.1 A PROPOSTA DE INSTRUÇÃO NORMATIVA E A LEGISLAÇÃO ATUAL.

.................................................................................................................................. 47

2.2 DEMAIS LEGISLAÇÕES E NORMATIVAS VIGENTES: .......................... 57

CAPÍTULO 3: ARQUEOLOGIA PREVENTIVA, PRODUÇÃO E GESTÃO

DOCUMENTAL: ANÁLISE DOS PROCESSOS DEPOSITADOS NA

SUPERINTENDÊNCIA DO IPHAN NO RIO GRANDE DO NORTE .......................... 80

3.1 ARQUIVOS E ACESSO À INFORMAÇÃO ............................................... 97

3.2 FLUXOS DOCUMENTAIS DA ARQUEOLOGIA PREVENTIVA. ............ 110

3.3 PARTICULARIDADES E DIFERENÇAS NA CONFECÇÃO DOS

PROJETOS SUBMETIDOS AO IPHAN PARA SOLICITAÇÃO DE

AUTORIZAÇÃO/PERMISSÃO DE PESQUISAS ARQUEOLÓGICAS .................... 115

3.4 COMENTÁRIOS SOBRE A ANÁLISE DAS FONTES - OPÇÕES

METODOLÓGICAS DOS TRABALHOS DE ARQUEOLOGIA PREVENTIVA À LUZ

DOS DADOS OBTIDOS. ......................................................................................... 126

CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 153

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA .................................................................... 159

Anexos .......................................................................................................... 171

Page 11: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

11

INTRODUÇÃO

A Arqueologia é a ciência que estuda as coisas do passado, o homem, através de sua cultura

material. Sua Etimologia vem do grego: arkhaĩos + logos, antigo + estudo, conhecimento,

divulgação, contemplação. É ainda a Ciência auxiliar da História que permite a outros

pesquisadores utilizarem seus dados para resolver problemas e enigmas muitas vezes

desconhecidos do grande público. É a ciência que estuda monumentos e ruínas.

Segundo a Wikipédia1 a Arqueologia:

“é a disciplina científica que estuda as culturas e os modos de vida do passado a partir da análise de vestígios materiais. É uma ciência social que estuda as sociedades já extintas, através de seus restos materiais, sejam estes móveis (como por exemplo um objeto de arte) ou objetos imóveis (como é o caso das estruturas arquitectónicas). Incluem-se também no seu campo de estudos as intervenções feitas pelo homem no meio ambiente.

Segundo o Dicionário Aurélio2: “Arqueologia: do grego. Archaiología. O estudo científico do

passado da humanidade, mediante os testemunhos materiais que dele subsistem. O conjunto

das técnicas de pesquisa e da interpretação do que resulta da arqueologia.”

Já o dicionário Houaiss diz: “ciência que, utilizando processos como coleta e escavação, estuda

os costumes e culturas dos povos antigos através do material (fósseis, artefatos, monumentos

etc.) que restou da vida desses povos”.

Isto é quase tudo que era dito antigamente em qualquer início de publicação sobre o tema da

Arqueologia. Mas isto mudou? Didaticamente e cientificamente mudou? Quais os novos

conceitos da Arqueologia no Século XXI? O que podemos pensar sobre o assunto, e o que tem

a ver com este trabalho?

1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Arqueologia,2014. 2 Ferreira ABH. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 3ª.ed. São Paulo, Positivo, 2004.

Page 12: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

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A Arqueologia hoje em dia é uma ciência muito diferente do que era no passado. Hoje é uma

Ciência. Ciência que tem métodos e técnicas próprias, que tem correntes de pensamento e

filosofias próprias. Mas não é só isto. Muitos entram na ciência por paixão e pelo sentimento de

ter o prazer de uma descoberta, do trabalho de escavação de campo, ela Arqueologia Clássica e

Romântica. O novo Arqueólogo é um ser quase que necessariamente burocrático. Burocrático

deve ser na hora de ter extensas listas, registros de campo e vestígios. Porém não é desta

burocracia que falo. O Arqueólogo agora participa de um sistema burocrático/financeiro, vive

sempre atrás de uma fonte de financiamento para seus projetos, mesmo os da Academia, e

também negocia preços com seus clientes além de ter de seguir diversas regras existentes, mais

as especificações da sua própria ciência.

Digo isto pois hoje em dia os bens arqueológicos no caso do Brasil pertencem ao Estado, à

União. Todo o estudo arqueológico é regido por uma série de legislações que visam à proteção

do Patrimônio Cultural Nacional e que tentam proteger estes bens de impactos causados por

obras, intervenções de amadores e de maus profissionais. Diversos órgãos em conjunto agora

participam desta rede de proteção e licenciamento. O IPHAN, Instituto do Patrimônio Histórico

e Artístico Nacional, é o responsável justamente pela proteção direta destes bens arqueológicos.

Ele permite que os arqueólogos trabalhem como devem trabalhar, e revisa seus trabalhos entre

outras funções.

Tudo isto, como veremos neste trabalho, gera burocracia, gerando protocolos, processos,

arquivos e conhecimento. E nos perguntamos como isto tem sido tratado na esfera científica,

arqueológica e institucional. Procuramos, neste trabalho, atender uma demanda da

Superintendência do IPHAN do Rio Grande do Norte, analisando os processos existentes e

pensando, analisando e ponderando estes trabalhos de Arqueologia Preventiva no Estado do Rio

Grande do Norte, sem esquecer as premissas éticas, cientificas, educacionais e profissionais do

Arqueólogo, situado nas discussões, necessidades e problemáticas enfrentadas em todo o

território Nacional e também fora do País. O que será esta “Nova Arqueologia”?

Em que medida está sendo feita a arqueologia preventiva no Rio Grande do Norte? Como

conseguir estudá-la?

Page 13: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

13

Percebemos que a quantidade de projetos de arqueologia preventiva aumentou ao longo dos

anos. Isso trouxe uma quantidade de novos elementos à comunidade, como informações sobre

ocupações pretéritas em determinadas áreas e conhecimentos diversos. Pensamos desta forma

como conseguir apreender, estudar e comprovar se este patrimônio arqueológico foi bem

registrado e salvaguardado.

Uma grande quantidade de documentos foi gerada por estes estudos, assim mesmo muitos

profissionais trabalharam no estado do Rio Grande do Norte para que estes estudos fossem

realizados. O IPHAN, por sua vez, foi responsável pela permissão/autorização destes estudos e

é detentor desses documentos, emitindo também outros, baseados nos mesmos dentro de um

processo de licenciamento ambiental. De que forma então tudo isto está sendo tratado e

guardado hoje em dia?

Esta pesquisa tem por objetivo tentar entender e problematizar os estudos de arqueologia

preventiva no estado do Rio Grande do Norte, assim como também entender melhor os conceitos

acadêmicos e ordinários a respeito do tema, não esquecendo que este tipo de trabalho é fruto de

uma legislação de proteção do patrimônio cultural nacional que é protegido por força de lei e de

responsabilidade do IPHAN.

Fomos guiados por conceitos advindos de profissionais que já atuam na área e que também se

preocupam com o tema, além de referenciais teóricos sobre legislação, organização de arquivos

e teorias arqueológicas diversas que pautam a proteção do bem arqueológico e como ele deve

ser tratado, registrado e também divulgado.

Analisamos primeiramente os processos de arqueologia preventiva depositados na unidade do

IPHAN Rio Grande do Norte no período de 2010 a 2012. Isto é justificado pois é o período onde

existe maior quantidade de trabalhos de arqueologia preventiva no estado, consequentemente

maior quantidade de documentos. Para isto foi necessário inicialmente uma organização física

dos mesmos em arquivo e um registro de controle preciso para que depois fossem escolhidos os

processos mais significativos para o estudo em si.

Foi considerado paralelamente à legislação em vigor, assim também novas propostas que vieram

surgindo ao longo do período, com a finalidade de uma análise crítica das mesmas, na tentativa

Page 14: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

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de auxiliar o IPHAN com procedimentos, instruções e sugestões para melhor eficácia na

proteção do patrimônio arqueológico e na gestão documental destes trabalhos relacionando os

conteúdos e produtos apresentados nestes trabalhos a fim de elaborar uma política clara de

proteção e também divulgação interna de todos estes fatores.

Iniciamos o devido trabalho com um apanhado geral dos conceitos de arqueologia preventiva e

fazendo uma retrospectiva histórica, comparadas com alguns relatos fantásticos narrados

principalmente no século XIX de estudos realizados no Rio Grande do Norte e a presença de

sítios arqueológico com datações muito antigas e que são destaque no meio arqueológico.

Tentamos entender as diferenças fundamentais entre a arqueologia acadêmica e a arqueologia

preventiva ou contratual. Procuramos também traçar alguns conceitos de alguns autores e as

abordagens dos trabalhos arqueológicos em campo, assim como também historiar tais processos.

Foram ainda levadas em conta as questões de gastos com a preservação destes bens culturais em

relações aos grandes empreendimentos licitados nos últimos anos.

No fim do primeiro capítulo ainda procuramos perceber as diferenças existentes nos diversos

projetos realizados no Rio Grande do Norte, seu estado de organização dentro da

Superintendência e as perspectivas em torno da utilização dos dados constantes nos mesmos,

assim como seu acesso e conservação.

Prosseguimos com uma análise minuciosa no capítulo 2 sobre a legislação e normativas relativas

à realização de pesquisas arqueológicas. Discutimos a legislação e normativas vigentes e novas

propostas existentes de sua mudança, como a Instrução Normativa em relação à arqueologia, e

sobre as polêmicas levantadas sobre mudanças de legislação ambiental e a manifestação de

diversos profissionais e entidades a respeito de tudo isto. Fazemos também um levantamento

das normas de registro arquivísticos, guarda de documentos, acesso à informação, gráficos sobre

os trabalhos realizados no Rio Grande do Norte no período assim como também legislação de

idoneidade do servidor público e devidas punições previstas.

No capítulo 3 fazemos uma reflexão aprofundada sobre as práticas de campo e teorias

arqueológicas debruçados no estudo minucioso das fontes escolhidas, tentando desta forma

Page 15: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

15

revelar a realidade dos estudos executados e ponderar sobre seus resultados, estilos e conteúdo

científico e informativo.

Usamos alguns exemplos de outros trabalhos arqueológicos identificados no acervo do Arquivo

Central do IPHAN- Seção Rio de Janeiro, produzidos anteriormente à publicação da Portaria

IPHAN 07/1988, analisando certas particularidades de campo e das diferenças de dados obtidos

pela tecnologia atual em comparação aos trabalhos mais antigos. Por fim, fazemos um balanço

geral das informações obtidas com o estudo e lançamos algumas sugestões sobre os

procedimentos do IPHAN de uma maneira geral.

Page 16: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

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CAPÍTULO 1. CONSTRUÇÃO DO OBJETO DE PESQUISA: ARQUEOLOGIA

PREVENTIVA NO RIO GRANDE DO NORTE

Inicia-se com uma estatística: 95% dos trabalhos de campo de Arqueologia no Brasil são feitos

no formato Preventivo. Segundo o Centro Nacional de Arqueologia (CNA- IPHAN)

(Najjar,2013, p.13), esses trabalhos são realizados por força de uma legislação especifica

aplicável às etapas de licenciamento ambiental em obras de infraestrutura especialmente, em

obras de engenharia em geral que causem impacto ao meio ambiente com vistas à proteção do

patrimônio cultural brasileiro.

Conforme Albuquerque denomina-se Arqueologia Preventiva o ato de antecipação aos impactos

causados por este tipo obras:

Arqueologia preventiva, também conhecida como arqueologia de salvamento, ou arqueologia de contrato, constitui-se em uma pratica da arqueologia objetivando o cumprimento da Legislação Federal vigente no Brasil. Em todas as obras que necessitam de um estudo de impacto ambiental, o EIA-RIMA, é necessário a execução de uma pesquisa arqueológica para a obtenção da Licença Prévia (LP), da Licença de Instalação (LI), e da Licença de Operação (LO).

O IPHAN é o Órgão do Ministério da Cultura responsável pela autorização e fiscalização da pesquisa arqueológica, que exerce esta função constitucional com o apoio do Ministério Público Federal. (ALBUQUERQUE 2010, p.10)

No atual momento3 faz-se necessário cumprir a legislação de proteção ao patrimônio

arqueológico, principalmente respaldando-se pelas leis, decretos e portarias pertinentes,

3 A Arqueologia Preventiva desde suas origens tem por base o princípio da prevenção, oriundo do direito ambiental. O princípio da prevenção (certeza científica sobre o dano ambiental) costuma ser diferenciado do princípio da precaução (incerteza científica sobre o dano ambiental). Juarez Freitas (2008) faz uso diferenciação conceitual presente na Charte de L’Environment, promulgada na França em 2005, que em seu art.5° “consagra o princípio da precaução, ao prescrever que, quando a ocorrência de um dano, apesar de incerto em face do estado de conhecimentos científicos, afetar de modo grave e irreversível o meio ambiente, as autoridades públicas providenciarão, nas áreas de suas atribuições, a implementação de procedimentos de avaliação dos riscos e a adoção de medidas adequadas à finalidade de evitar a produção do dano. Em contraste, o princípio da prevenção, constante no art. 3°, estatui que toda pessoa, nas condições disciplinadas em lei, deve prevenir os prejuízos que eventualmente possa causar ao meio ambiente ou, na omissão, limitar as consequências”. FREITAS, J. O princípio constitucional

Page 17: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

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especialmente o Decreto-Lei 25/37, a Lei 3924/61, assim como as portarias do IPHAN de

números 07/88, 230/02 e a portaria interministerial 419/114, além da resolução do CONAMA

001/86, e respeitados os princípios e regimentos estabelecidos pela Constituição Federal de

1988.

O IPHAN fiscaliza as ações dos arqueólogos incumbidos da gestão do patrimônio arqueológico

existente no Brasil. Cada intervenção exige um processo administrativo específico.

A portaria 230/02 objetiva compatibilizar as diversas etapas dos estudos de arqueologia nessas

obras, tendo papel fundamental no gerenciamento do patrimônio arqueológico e cultural das

áreas onde estes impactos ocorrem.

Teoricamente falando, a Arqueologia Preventiva, portanto busca antecipar-se às ações

impactantes ao patrimônio cultural buscando assim, evitar sua destruição. Indagamo-nos se é

possível verificar como o IPHAN tem gerenciado essas demandas, por meio da análise dos

documentos produzidos nesses processos administrativos.

Cito como marco referencial a chamada Carta de Natal, produzida recentemente a partir destas

demandas criada no evento “Simpósio e Oficinas de Trabalho Futuro e Patrimônio para o

Desenvolvimento e o Setor Energético e o Patrimônio Cultural” realizado nos dias 26 e 27 de

setembro de 2013, reunindo o IPHAN, a Associação Brasileira de Energia Eólica -ABEEÓLICA

E Centro de Estratégias e Recursos Naturais e Energia – CERNE, entre outros.

Nela são apontados alguns problemas relativos aos processos de obtenção de licenças

ambientais como a ausência de regulação específica, a existência de gargalos burocráticos,

a necessidade de aprimoramento dos cronogramas, a concepção e implementação de

governança dos procedimentos, aprimoramento da capacidade operacional e obtenção de

vantagens consensuais na consolidação das informações e dos registros sobre os processos de

licenciamento entre outros.

da precaução e o dever estatal de evitar danos juridicamente injustos. Atualidades Jurídicas, n. 1, mar./abr. 2008. Disponível em: http://www.oab.org.br/editora/revista/users/revista/1205505615174218181901.pdf. Acesso em: 29 jun. 2008. 4 Sobre o ordenamento jurídico do patrimônio arqueológico ver GALDINO,2012 e SILVA, 1996.

Page 18: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

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Estas são algumas questões que tenho observado em vários discursos, artigos, livros sobre

arqueologia e licenciamento ambiental, no procedimento de obtenção de portarias, entre outros.

A burocracia nos processos de licenciamento, o volume de documentos necessários para tal

obtenção, além do controle feito pelo IPHAN na aplicação das leis e fiscalização de seu

cumprimento, também chama a atenção.

A demora na obtenção de portarias, os erros de cronograma, a qualidade dos projetos, a

destinação cultural dos bens são alguns dos aspectos a serem revistos. Depois de mais de 10

anos da publicação da portaria 230/02, está sendo criada uma normativa que vem esclarecer

melhor tais termos e condições, a qual será devidamente tratada por nós mais adiante.

No Estado do Rio Grande do Norte os problemas enfrentados são similares aos dos demais

Estados, caracterizando-se por uma grande quantidade de empreendimentos de infraestrutura.

Os empreendimentos desenvolvidos no Estado são voltados em sua maioria, às instalações de

parques eólicos, seguido pelas linhas de transmissão, gasodutos e rodovias. Essas atividades

aumentaram a partir de 2010, atingindo seu pico em 2011, produzindo-se demandas similares

em 2012 e 2013, o que veio a justificar o recorte cronológico escolhido para esta pesquisa5.

A diversidade de sítios arqueológicos no Estado do Rio Grande do Norte é grande. Existem

muitos tipos de sítios em suas diversas regiões. Os sítios mais antigos com cerca de 9000 anos,

encontram-se no interior na região do rio Seridó, sendo caracterizados por sítios de pinturas

rupestres em sua maioria. Os sítios do litoral encontram-se, em sua maior parte nas faixas de

dunas e são caracterizados por diversas ocupações, desde as pré-históricas com vestígios líticos

e cerâmicos, até sítios históricos da ocupação do europeu (portugueses, holandeses e franceses)

e também ruínas de engenhos do século XIX, entre outros. Segundo Martin:

Sabemos que o Rio Grande do Norte estava sendo povoado por grupos de caçadores-coletores a mais de nove mil anos atrás na região do vale do rio Seridó e seus afluentes e na região centro-sul do estado. Foram identificados restos humanos em dois sítios desse período, sendo eles o sítio “Pedra do Alexandre”, em Carnaúba dos Dantas, e o sitio “Mirador”, em Parelhas. Temos datações obtidas de 9410 anos BP, para o

5 Estes dados foram obtidos através de documentação já organizada pelo CNA e também pela quantificação de todos os processos depositados na Superintendência do Rio Grande do Norte feita pelo autor.

Page 19: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

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sítio Mirador e de 9400 anos BP para o sítio Pedra do Alexandre. Junto com os enterramentos encontrados no sítio Pedra do Alexandre, próximo a fogueiras foi identificada a presença de material lítico em quartzo e sílex, raspadores e restos de lascamento, como também um machado polido (MARTIN, 1984, p.46).

Nas áreas intermediárias existem sítios de transição onde foram encontradas ocupações ligadas

intimamente às áreas de coleta de matéria prima (região caracteristicamente rochosa) e outras

de ocupação mais recente. Os projetos de Arqueologia relativos à salvaguarda destes sítios têm

sido trabalhados de acordo com as características de cada sítio. Ao mesmo tempo, alguns sítios

foram trabalhados de forma Acadêmica e outros pela Arqueologia de Contrato.

Os primeiros sítios encontrados são relatados por viajantes que chegaram a percorrer todo o

Nordeste do Brasil em busca de civilizações perdidas na tentativa de justificar a presença

humana, compreendendo as inscrições rupestres como decorrentes de uma ancestralidade

européia remota ou de outros povos considerados mais inteligentes colonizando o continente

anteriormente (vikings, romanos e principalmente fenícios), associando qualquer vestígio a

estes povos (7 cidades, lagoa de Extremoz, Pedra do Ingá). Conforme Langer:

Ladislau Neto, arqueólogo do Museu Nacional e IHGB, uma das personalidades mais importantes no desfecho do império, também acreditava que os navegadores fenícios e outros povos teriam aportado nossas praias. Quem sabe, construído os misteriosos centros urbanos tão perseguidos. Sua crença na miragem, porém, foi feita de forma quase velada. Em 1884 enviou uma carta para Aristides de Souza Spinola, afirmando que as inscrições das ruínas baianas seriam caracteres proto-helênicos e egípcios, modificados pelo bandeirante. Como poderia, em seu pensamento, alguém inventar uma escrita que só seria decifrada décadas depois? (Spinola, 1888, p. 252). Publicamente quase não houve qualquer referência de Ladislau Neto ao tema. Apenas em uma pequena nota ao artigo Investigações sobre a arqueologia brasileira (1885), o pesquisador voltou a defender as mesmas idéias. Não poderia ser de outra forma, pois sua brilhante carreira já havia sido perturbada por outras polêmicas, como a pedra fenícia da Paraíba. (LANGER,2001, p.89)

A mítica em relação aos vestígios arqueológicos em todo Estado do Rio Grande do Norte foi

também complementada por Ludwig Schwennhagen em sua obra os Fenícios no Brasil:

Page 20: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

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... sobre as estradas que saíam do lago São Domingos para a Serra de Ibiapaba e para o Alto Longá falaremos mais tarde; aqui seja explicado o seguinte: Maranhão teve portos fluviais dos antigos navegadores em três lagos que existem na confluência dos três rios Mearim, Pinaré e Grajaú. São os lagos Maracu, Verde e Assu, onde existem ainda longas linhas de esteios petrificados, em cima dos quais estavam os estaleiros. Rio Grande do Norte teve dois portos f1uviais no Lago Geral, perto dos Touros, e no lago de Estremós, este último com antigos aterros e subterrâneos. Ambos os lagos são ligados com o mar através de canais artificiais de 10 e 11 quilômetros de comprimento... (SCHWENNHAGEN,1986, p.20)

Ele afirma que a lagoa de Extremoz era um porto fenício, juntamente com a cidade de

Touros onde os mesmos faziam incursões em torno do ano 600 A.C. Em outro trecho justifica

sua teoria:

Nos quatro menores Estados do Nordeste encontrou sempre o autor deste opúsculo um forte interesse pelos estudos da antiguidade brasileira. Os Presidentes dos Estados facilitariam suas indagações em toda parte; os Institutos Históricos forneceram-lhe indicações importantes sobre todos os pontos da história. Esses Institutos já possuem pequenas coleções de cópias de letreiros antigos, proveniente do interior desses Estados. Também particulares se ocupam com o estudo das inscrições. Em Acari, Rio Grande do Norte, encontramos um agricultor e desenhista, José Azevedo, que nas suas horas livres compilou os letreiros da região, com muito cuidado, e compilou um interessante quadro de letras do antigo “alfabeto brasílico” sobre que falamos adiante. (SCHWENNHAGEN,1986, p.25)

Em outra passagem:

Essa narração prova que Diodoro conhecia bem a situação da África Ocidental, do Oceano Atlântico e do golfo de Guiné, e sabia perfeitamente que a “grande ilha”, descoberta pelos Fenícios, era situada no outro lado do Atlântico. A expedição de Hannon prova mais que os Cartagineses, naquele tempo rivais dos Fenícios do Partido de Tiro, invejavam-nos, devido ao domínio colonial que os Tírios possuíam no continente brasileiro. Por esse motivo quiseram criar um domínio igual ao sul da África.

Quanto às correntes oceânicas que levaram os Fenícios, bem como Pedro Alvares Cabral, ao Brasil “contra sua vontade” é preciso destruir a lenda, definitivamente.

O capitão do porto de Natal, no Rio Grande do Norte, recebeu, no fim de 1926 de um pescador, uma garrafa-correio que continha uma notícia do cruzador inglês Capetown. Essa belonave cruzava a costa ocidental da África e, passando pelo golfo de Guiné, lançou a garrafa que chegou em rápida viagem de seis semanas. À costa do Rio Grande do Norte. As correntes oceânicas que saem da Guiné, rumo ao Brasil,

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foram conhecidas dos navegadores da antiguidade como da Idade Média. Os Fenícios haviam navegado nas costas ocidentais da África, como amigos e aliados dos Tartéssios, já há cem anos e tiveram conhecimento da existência da “grande ilha” no outro lado do Atlântico. Por isso, procurando as correntes ocidentais, chegaram em poucas semanas à costa brasileira. Pedro Alvares Cabral, o mais nobre navegador da frota do Rei Manoel, ele, cujo bisavô já conhecia toda a costa ocidental da África, com todas as suas correntes, aproveitou aquela conhecida estrada marítima para chegar rápida e seguramente à costa do Brasil, da qual já tinha em mão o mapa geográfico.

Colocamos o primeiro descobrimento do Brasil no ano de 1100 a.C., por que os Fenícios ofereceram ao Rei Davi da Judéia a aliança para a comum exploração da Amazônia, em 1008 a.C. Os Portugueses gastaram para chegar da Bahia ao Maranhão e ao Pará mais de cem anos. Os Fenícios fizeram suas operações investigadoras com maior rapidez e conheceram em poucos decênios, todo o litoral do Brasil, incluindo o grande “rio-mar” do Norte”. (SCHWENNHAGEN,1986, p.26)

Portanto , conforme Schennhagen, o Estado do Rio Grande do Norte e também da Paraiba

continham muitas “pedras” com inscriçoes da passagem desses povos por estas paragens.

Roberto Airon também comenta sobre esses viajantes:

O trabalho desses naturalistas não se resume somente àquelas províncias do Sul do país que durante o século XIX foram visitadas e exploradas a partir de suas viagens à província sede da corte imperial no Brasil - o Rio de Janeiro, mas estendem-se especialmente do início da segunda metade do século XIX às províncias do Norte, parte do que hoje chamaríamos de região Nordeste.

Território pouco conhecido pela ação dos naturalistas, e que a partir de então toma corpo, e ao conjunto de idéias e dados importantes para as ciências naturais somam-se às novas informações etnológicas coletadas.

No Rio Grande do Norte, por exemplo, para os pesquisadores Vingt-Un Rosado e Campos e Silva quando se referem ao naturalista Louis - Jacques Brunet, (que esteve na Paraíba e no Rio Grande do Norte na segunda metade do século XIX) (AIRON,2005, p.02)

Até aquela época a profissão de arqueólogo era exercida de forma amadora, já que seu ensino

ainda não existia no Brasil e/ou ela era exercida por estrangeiros.

André Prous considera, como um período formativo da pesquisa moderna, aquele

compreendido entre 1950 e 1965:

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Este período caracteriza-se pela atuação de grandes amadores, cujas vidas foram em boa parte dedicadas à arqueologia e pelo desperta das instituições oficiais que procuravam criar centros universitários de pesquisa arqueológica(...)O período atual (1965-1982) caracteriza-se pela multiplicação dos centros de pesquisas, por tentativas de se planejarem grandes projetos de campo com propósitos amplos, necessitando a colaboração de várias instituições(...) como consequência do seminário dirigido pelos Evans no Paraná, elaborou-se um grande projeto de âmbito nacional, agrupando o Museu Paraense Emílio Goeldi e a maior parte dos pesquisadores isolados do sul e do nordeste. Este Projeto Nacional de Pesquisas Arqueológicas (PRONAPA) montado com colaboração do então Instituto(...)do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e a Smithsonian Institution, norte americana, pretendia promover durante anos(...) prospecções e testes(...) visando elaborar, sem demora um quadro geral das culturas brasileiras... várias tradições ceramistas foram definidas(...) O relatório final destes estudos ainda não foi publicado. (PROUS, 1991, p. 11 a 16)

Segundo Gabriela Martin, os estudos da Pré-História no Brasil têm início com o

Programa Nacional de Pesquisa Arqueológica (PRONAPA):

O estudo sistemático da pré-história não tem início no Brasil antes da década de 1950, apesar de trabalhos isolados, escritos com anterioridade a essa data, referentes à Amazônia e aos do sul do País. No Nordeste, esse início será mais tardio e vai se refletir na exclusão quase total da região no Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas- PRONAPA-, implantado em 1965 com patrocínio da Fundação Smithsonian e do CNPQ. Duas escolas assinalam a fase inicial:

A primeira, a escola francesa, dirigida por José e Annette Laming-Emperaire, que deu continuidade aos trabalhos pioneiros de Paul Rivet e de seu discípulo Paulo Duarte, fundador do Instituto de Pré-História da Universidade de São Paulo. Esta escola iniciou pesquisas arqueológicas sistemáticas no sudeste do País, especialmente em Lagoa Santa (Minas Gerais), mas nunca realizou trabalhos arqueológicos na região Nordeste. A segunda, a escola americana, da Smithsonian Institution, dirigida por Clifford Evans e Betty Meggers, desenvolveu pesquisas principalmente na região amazônica.

O PRONAPA (Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas, 1965-1970) dirigido pelos Evans, pretendia estabelecer as fases e o “estado de conhecimento” da pré-história do Brasil, financiando os grupos de arqueólogos e instituições existentes na época. Mas a região Nordeste ficou praticamente fora desse programa, com exceção da Bahia, onde o arqueólogo Valentin Calderón já trabalhava há vários anos. Registre-se também que o antropólogo Nassaro Nasser participou do Programa, realizando prospecções arqueológicas na bacia do Cunhaú-Curimataú, Rio Grande do Norte. Numa região tão extensa como o Nordeste, não existia à época quem realizasse pesquisas arqueológicas sistemáticas, com exceção de Marcos Albuquerque que em colaboração com Veleda Lucena, havia instalado um Laboratório de Arqueologia na Universidade Federal de Pernambuco. (MARTIN,1984, p.40)

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As pesquisas arqueológicas realizadas no Estado do Rio Grande do Norte em maior quantidade

iniciam-se, portanto, a partir da década de 1960, quando o PRONAPA atua em todo o Brasil,

buscando caracterizar os tipos de sítios e tradições encontrados nos mais diversos cantos. As

regiões do Vale do Assú (ou Açu) e do Seridó contam com a maioria desses estudos, sendo que

as coleções obtidas estão acessíveis em grande parte, em instituições como o Museu Câmara

Cascudo. Os registros ainda sobreviventes dessas primeiras atividades foram formados por

diários de campo, mapas, desenhos e fichas de registro de sítios entre outros:

As pesquisas sobre grupos ceramistas tiveram seu início na década de 1960 com o Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas (PRONAPA), tendo ficado à frente das pesquisas o professor Nássaro Nasser, do Instituto de Antropologia (atual Museu Câmara Cascudo) da UFRN. Seus trabalhos concentraram-se na bacia do rio Curimataú, em região situada entre os municípios de Vila Flor e Serra de São Bento, aonde foram identificados 18 sítios cerâmicos que nos forneceram material associado à cultura Tupiguarani. Estes materiais por possuírem características tecnológicas idênticas foram reunidos pelos pesquisadores em uma única fase, denominada fase Curimataú. “Entretanto, procedente de um sítio na cidade de Vila Flor, verificou-se, cerâmica cujos traços diagnósticos, fornecidos pelas formas e motivos decorativos dos recipientes, sugerem um complexo diferente” (NASSER, 1971, p. 181) in (ALZAIR, BERTRAND, E SOUSA NETO,2009, p. 26)

A partir daí, começaram a ser encontradas cerâmicas, líticos e vestígios arqueológicos, que

formaram as primeiras coleções, revelando seus estudos as primeiras tradições registradas:

Os exemplares desta tradição tiveram sua presença registrada em várias regiões do Rio Grande do Norte. Alguns foram identificados nos seguintes municípios: Nísia Floresta, Currais Novos, São Rafael, Santa Cruz, São Paulo do Potengi, Acari, Carnaúba dos Dantas, Caiçara do Rio dos Ventos, Ceará – Mirim, Barcelona, Caraúbas (Idem, p.31), São Tomé, Lagoa de Velhos e Sítio Novo. Um dos grandes problemas deste tipo de vestígio lítico, como ocorre na região Seridó potiguar, é “o fato de que todas foram encontradas fora de contexto arqueológico, constituindo achados casuais de agricultores e mineradores, com a grande maioria pertencendo a coleções particulares” (MUTZENBERG, 2004, p. 03). In (ALZAIR, BERTRAND, E SOUSA NETO,2009, p.26)

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Esses sítios foram identificados e estudados pela Arqueologia Acadêmica. A metodologia da

Arqueologia Acadêmica procura trabalhar com os diversos vestígios das atividades humanas do

passado, de forma a vir dar resposta a questionamentos científicos.

Os trabalhos de Arqueologia Preventiva, ou de Contrato, também visam responder a

questionamentos científicos, porém o principal objetivo é proteger esses vestígios da ação

humana decorrente de obras de infraestrutura ou de demandas advindas de ações de

licenciamento ambiental.

As diversas nomenclaturas, em que são definidas as diferentes abordagens Arqueológicas,

podem confundir um pouco. A Arqueologia Acadêmica é aquela feita por universidades, centros

de pesquisa e outros, com Arqueólogos que tentam responder a questionamentos científicos,

elaborar novas teorias, utilizar os vestígios retirados em campo para traçar tabelas, completar

coleções, musealizar certos elementos e fazer produção escrita sobre suas descobertas,

inicialmente sem preocupação prévia com o tempo que será gasto em campo ou laboratório. A

Arqueologia Preventiva procura adiantar-se em ações que visem à preservação do patrimônio

arqueológico antes que seja destruído. Um de seus sinônimos é a chamada, por muitos de

Arqueologia de Contrato. Esta abordagem da Arqueologia trabalha para o atendimento das

demandas geradas pelo licenciamento ambiental, nas obras de infraestrutura e nas demais ações

que impactem diretamente o patrimônio arqueológico. Pejorativamente, o termo “Contrato” é

usado para dizer que, na lógica capitalista, o que tem contado nesses trabalhos é somente a parte

financeira e que muitos arqueólogos podem ser “comprados”, pois trabalham na qualidade de

contratados pelos seus clientes. Aqui o fator tempo é primordial, sendo as questões científicas

deixadas de lado, segundo alguns autores:

O termo arqueologia de contrato foi introduzido como decorrência do surgimento de um mercado de trabalho que pressupunha para o arqueólogo, como já ocorria com outras profissões, a existência de patrões ou de clientes. Um serviço arqueológico determinado é realizado por uma remuneração negociada entre as partes (Meighan 1986).

Grande parte dos arqueólogos brasileiros, mesmo os empregados em museus e instituições acadêmicas, realizam ou realizaram, em maior ou menor intensidade, algum tipo de estudo arqueológico contratado. Por isso, um artigo que apresente um panorama da arqueologia de contrato no Brasil estará cobrindo a maioria da

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pesquisa arqueológica atualmente em andamento no país, envolvida com a localização, avaliação e estudo dos bens arqueológicos numa área determinada, para a qual, em geral, existe um projeto de engenharia civil que provocará alterações no uso do solo.

Embora esse tipo de pesquisa difira da arqueologia tradicionalmente desenvolvida por universidades e museus, na qual o pesquisador tem um problema científico e seleciona uma área geográfica que pode trazer as respostas almejadas, o propósito da arqueologia de contrato, em princípio, permanece, como bem dizem Green e Doershuk (1998: 122), o mesmo de qualquer pesquisa arqueológica: compreender o passado humano. (CALDARELLI E SANTOS,2000, p.52)

Este texto de Caldarelli e Santos expressa muito bem as preocupações enfrentadas pelos meios

científico e institucional sobre os trabalhos de licenciamento sob o olhar da Arqueologia

Preventiva (ou de Contrato). Gislene Monticelli em trabalho mais recente completa:

No Brasil, os termos em uso atualmente são arqueologia de salvamento, resgate arqueológico e arqueologia de contrato. E, mais recentemente, Arqueologia no meio empresarial, arqueologia contratual ou contratada. Usamos muitas vezes a expressão “Arqueologia em obras de engenharia", por entender que esta (a possibilidade de implantação de obras) é o aspecto que motiva as intervenções, mais do que a formalização de um contrato. (MONTICELLI,2005, p.127)

A expressão arqueologia preventiva ou de resgate foi cunhada nos anos 1960 do século XX, e contemporaneamente empregada como “recue archaeology” na Inglaterra, e “salvage archaeology” nos Estados Unidos. Foi criada com o intuito de definir o trabalho de campo a ser realizado em áreas em risco de destruição do patrimônio cultural pela intervenção humana ou por catástrofes naturais. (MONTICELLI, 2005, p.72)

Além disso, esses trabalhos são feitos em grande quantidade. Isto dá margem a algumas

ponderações. Nunca se descobriu antes tal quantidade de sítios, o que gera um enorme volume

de informações, em regra consideradas pelos arqueólogos acadêmicos como insuficientes ou

mal elaboradas. Desta forma, esta quantidade de informações corresponde a uma extensa

produção documental, a ser arquivada nas unidades do IPHAN, as quais precisam ser

trabalhadas adequadamente. Isto será abordado de melhor forma no Capítulo 2.

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Por outro lado, a questão financeira tem pesado muito nos últimos tempos e os financiamentos

para a realização de trabalhos acadêmicos tem diminuído bastante. Penso ainda algumas

problemáticas, como a de que alguns arqueólogos fazem Arqueologia Preventiva (ou de

Contrato) ou atuam nas duas, usando o nome das instituições para garantir respaldo e

aumentando seus ganhos com isto.

Muitos arqueólogos de Contrato escrevem textos e mais textos criticando esse tipo de

abordagem de trabalho, como se não a praticassem, inventando, a cada hora, novas

nomenclaturas, como Arqueologia Consultiva, por exemplo. Segundo Zarankin e Pellini:

Sendo assim, aquele que coordena o trabalho, ainda que por lei seja obrigado a estar em campo, não precisa cumprir essa exigência, e, a nível prático, basta que ele seja representado por um técnico que saiba dar sequência às interferências de maneira ordenada. Nesse sentido, a metodologia de escavação pode ser definida e determinada ainda em laboratório, sem que haja uma maior interação com o sítio, com o contexto e com a paisagem, economizando assim os custos de deslocamento da ida do coordenador ao campo (...)E o que falar dos “sítios escola”, que são utilizados pelas empresas de contrato sob o pretexto de treinar estagiários, mas que, na realidade, só fazem perpetuar as metodologias padronizadas e pouco reflexivas? São esses últimos os responsáveis por coletar e registrar o sítio que irá desaparecer. São eles os responsáveis por entregar ao coordenador geral os dados de campo. Este, por sua vez, irá pegar o material produzido e tentar fechar o relatório que será entregue ao IPHAN, sem nunca ter pisado em campo. Sendo assim, o coordenador do projeto acaba por escrever sobre algo que não viu, não ouviu, não sentiu. (ZARANKIN E PELLINI,2012, p. 53 e54)

Em relação à Arqueologia Acadêmica, Folgolari afirma:

A arqueologia, na ótica acadêmica, sempre conduziu a ciência em questão como lugar privilegiado. Se se reportar aos diversos relatórios existentes, ver-se-á que a academia mantém uma autonomia singular para tratar o tema. O exemplo claro disso é o Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas (Pronapa) ... (FOLGOLARI,2007, p.74)

Aqui Folgolari diz que os resultados produzidos pelas escavações acadêmicas, mesmo que

antigos, como os do PRONAPA, ajudam a fazer ciência:

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Nesse sentido, a aproximação da arqueologia ao mundo do contrato está mais sustentada nos parâmetros da legalidade do que propriamente nas vontades e particularidades dos pesquisadores. Contudo, os arqueólogos que se propõem a conviver com essa realidade têm sustentado seus argumentos na legalidade e, propriamente, na coletividade do contrato. Isso remete a entender que para a arqueologia de contrato não estão em jogo somente as vontades individuais, mas o conceito de contrato social (FOLGOLARI ,2007, p.82)

Portanto, em vez de se pensar no lucro, deve-se fazer o trabalho voltado para o interesse da

sociedade e da produção de conhecimento. O IPHAN por sua vez, tem tentado da melhor forma

possível, compatibilizar tais problemáticas. O que observo, porém, a partir da vivência das

práticas cotidianas da Superintendência do IPHAN no Rio Grande do Norte, é que há muitas

dificuldades para o exercício das atribuições e deveres que cabem ao órgão. Isso nos leva a

indagar se seria possível criticar determinadas metodologias arqueológicas, analisando-se a

produção dos respectivos relatórios. Justificando as afirmativas anteriores, Folgolari ainda

comenta que “quanto à qualidade, não podem ser atribuídos méritos maiores para a

arqueologia acadêmica ou para a arqueologia de contrato. Em ambas as situações se

encontram excelentes trabalhos como também péssimos trabalhos”. (FOLGOLARI,2007, p.85)

Certas afirmações em relação à qualidade dos trabalhos precisam ser questionadas. Observando

os relatórios depositados no Rio Grande do Norte, teremos condição de verificar a realidade de

tais afirmações.

As atividades econômicas começaram a se intensificar em todo o Brasil à medida que o país se

foi desenvolvendo. O aumento das atividades industriais e da demanda urbana refletiu claro

crescimento do PIB nacional. O consumo energético também aumentou em decorrência do

mesmo fato. A ampliação da malha viária especialmente voltada para o escoamento da

produção cada vez mais demanda uma visão logística para resolver os problemas daí

decorrentes, no campo do licenciamento ambiental. Obras de infraestrutura são cada vez mais

solicitadas.

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Para essas novas demandas os trabalhos da chamada Arqueologia Preventiva são necessários.

Neste caso, além do fator cientifico, ela visa justamente à prevenção de impactos, de modo a

evitar a deterioração ou destruição do patrimônio cultural.

As abordagens em campo da Arqueologia Acadêmica e Preventiva são diferenciadas. Em

campo o arqueólogo acadêmico inicialmente não está preocupado com o tempo que será exigido

pelo trabalho. Os financiamentos para as escavações obtidos junto a universidades ou outras

fontes pagadoras, normalmente são pensados para serem usados em “temporadas” de trabalho.

Essa logística é necessária para a escolha do local a ser trabalhado em um sítio mais prioritário

ou naquele em que poderão ser respondidas certas dúvidas que surgem no próprio decorrer da

escavação. Os valores destes projetos são também diferenciados. Segundo Zarankin e Pellini:

... atualmente um único projeto de Arqueologia de Contrato pode mobilizar os recursos que o Estado disponibiliza para toda a arqueologia acadêmica do país durante um ano, ou um único arqueólogo pode ter várias dezenas de autorizações para realizar projetos paralelos, em estados e temas diferentes. Porém, na hora dos resultados, é provável que esse “único projeto”, ou esse “único arqueólogo”, não produza mais que alguns relatórios que irão engrossar gavetas ou estantes esquecidas do IPHAN. (ZARANKIN E PELLINI,2012, p.46)

A questão desses financiamentos e da finalização dos estudos com a divulgação dos

resultados parece cruel na Arqueologia Preventiva, se comparado à acadêmica como frisam

Zarankin e Pellini:

Para Chadwick (1998), isso se deve basicamente à escolha de metodologias que procuram maximizar tempo e custo. Com o aumento da concorrência e orçamentos cada vez mais apertados, as metodologias de trabalho de campo tornaram-se mais padronizadas, com cada vez menos oportunidades para experimentação de novas técnicas. A experiência subjetiva, a interpretação e a vivência em campo foram sendo deixados de lado devido ao corte de custos associados à necessidade de cumprimento de prazos contratuais (Bradley, 2003). (ZARANKIN E PELLINI, 2012, p. 50-51)

O tempo e o custo são fatores primordiais. Saber calcular matematicamente quanto tempo

demora uma sondagem, uma intervenção bem-feita, para que atinja um resultado suficiente, em

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termos de dados, sem ter a necessidade de acelerar o trabalho de campo, é uma possibilidade.

O problema é que a demora burocrática para a obtenção de uma portaria de escavação ou o

cálculo de engenharia quase nunca leva em conta esses imprevistos. A referida Carta de Natal

deixa isto bem explícito. A falta de pessoal também é um problema. Justificando o problema:

Em primeiro lugar, observa-se a falta de infraestrutura dos órgãos reguladores, principalmente do IPHAN, para responder à crescente demanda de pesquisa. A falta de apoio do governo federal tem levado, em várias situações, a que o IPHAN deixe de cumprir suas obrigações no que diz respeito ao licenciamento, fiscalização e preservação do Patrimônio Arqueológico. Para agravar a situação, não existe uma política normativa nacional no que se refere ao licenciamento arqueológico. Cada superintendência legisla segundo suas próprias convicções, a seu bel-prazer. (ZARANKIN E PELLINI, 2012, p. 52)

Como será tratado mais adiante, a heterogeneidade das respostas dadas pelas diferentes unidades

do IPHAN – a que chamaremos de “os vários Iphans” – às demandas de licença para pesquisa

arqueológica, com a proposta da nova instrução normativa, deixaria de existir, uma vez que esta

pretende uniformizar os processos de obtenção de licenças em etapas bem definidas, tentando

antecipar-se às ações de obras que exigem maior refinamento dos trabalhos, evitando

subjetividades nas análises e respostas.

1.1 PREVENTIVA OU ACADÊMICA: DIFERENTES OPÇÕES METODOLÓGICAS

Para localizar um sítio, recorre-se a relatos orais da população local, a consultas de fontes

históricas, consulta ao banco de dados do CNSA e ao trabalho de prospecção no campo. Essas

prospecções, realizadas de forma intensiva, são compostas por sondagens, poços testes e

caminhamento superficial, a fim de encontrar vestígios.

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Como o tempo é um fator relativo, a quantidade de intervenções pode ser grande e dedicada a

uma só área. Tudo dependerá da abordagem e de qual metodologia o arqueólogo adotará em

campo.

Com o sítio encontrado, parte-se para a escavação propriamente dita ou o trabalho de

Arqueologia em toda sua complexidade. Limpar-se-á todo o terreno, coletar-se-á cada vestígio

superficial, desenhando-se cada vestígio em sua posição original, fotografando-o e usando-se

pontos georreferenciados.

Dividida a área total em quadrículas, estas serão escavadas de modo uniforme, em níveis

naturais ou arbitrários de (10 em 10 cm por exemplo). Teremos uma área enorme, que pode

compreender a total extensão do sítio ou parte dele, deixando partes pré-escolhidas para futuras

escavações, ou outras temporadas, se necessário. Problemas metodológicos existem:

Muitas das pesquisas que são realizadas no país, dentro da Arqueologia de Contrato, carecem de qualidade científica, principalmente em campo. O que vemos, em geral, são projetos mal formulados, falta de pessoal qualificado, e uma sucessão de sondagens de 1x1m que têm como objetivo apenas a coleta de material arqueológico. A escolha das amostragens baseadas na abertura sistemática de sondagens se dá simplesmente por se tratar de um método que permite um controle à distância por parte do coordenador, e não por atender melhor às especificidades de um determinado sítio (ZARANKIN E PELLINI, 2012, p.53)

Um bom e sólido projeto deve estar embasado em teoria e adequada bibliografia científica. Uma

justificativa quanto à necessidade de fazer, ou não, uma intervenção deve sempre constar no

relatório final. Mas como devem ser realizados os procedimentos de campo?

Cada vestígio ou conjunto deve ser coletado, com o preenchimento de uma ficha, ensacado e

mandado para laboratório. No laboratório esses vestígios serão higienizados, receberão um

número de tombo, preenchendo-se planilhas com sua tipologia e quantidade. Em seguida, os

vestígios estão prontos para serem estudados. Podem ser fotografados novamente, um a um,

desenhados, escaneados e colados se necessário. Esses vestígios serão reunidos com toda a

ocumentação de campo e, a seguir, começarão a ser elaborados estudos, datações e diversas

teorias científicas para entender a sociedade que produziu esses vestígios. Posteriormente

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alguma parte deles vai ser exposta em museus ou trabalhos de educação. O que foi narrado, de

forma simplificada até agora é um tipo de abordagem ideal dentro da Arqueologia Acadêmica.

No caso da Arqueologia Preventiva, alguns fatores mudam. Em primeiro lugar, a finalidade é

avaliar o impacto e evitá-lo, preservar ou identificar vestígios e sítios antes que sejam

impactados por ações humanas, obras ou outras ações antrópicas. Em alguns casos é necessário

o salvamento ou resgate. No caso visa-se incialmente, também fazer-se cumprir a legislação do

licenciamento ambiental no que se refere à proteção cultural, pela qual o IPHAN é responsável.

A questão do tempo agora é importante. Devem ser cumpridas três etapas nesse processo.

Primeiro o projeto em si, que será balizado por metodologia pré-estabelecida antes de ir-se a

campo. Deverá haver um apoio institucional, (local de confiança que garanta a guarda e o

acondicionamento de vestígios e ao qual o IPHAN dará seu aval.) Uma garantia financeira, dada

pelo contratante e ou financiador da obra, que pagará ao arqueólogo para fazer o serviço, o

contratante arcará com os gastos da pesquisa e da guarda de material arqueológico. Na

Arqueologia Acadêmica, essas etapas, na prática, são concomitantes, pois normalmente a

instituição de salvaguarda e a instituição financeira são uma só, no caso do Estado do Rio

Grande do Norte. Em outros casos muitas vezes a instituição que financia é o CNPq e as

instituições de guarda são as universidades ou centros de pesquisa, ou seja, instituições

diferentes. Barreto revela as deficiências dos técnicos de campo:

Então, o tempo da pesquisa arqueológica, ligada às obras de impacto ambiental, está relacionado diretamente com o cronograma da obra. O trabalho acima citado foi desenvolvido no início das obras, tanto que havia o temor da dispersão dos vestígios arqueológicos durante o monitoramento. No entanto, percebe-se somente a presença de um pesquisador em campo – não havendo especificação quanto à sua formação – para desenvolver o monitoramento do trabalho, quando da realização da limpeza da faixa. (BARRETO,2007, p.23)

Completando o que foi afirmado anteriormente:

A inclusão da relação “custo/benefício” em detrimento do conhecimento do potencial arqueológico da área afetada reflete perfeitamente a tônica dos projetos. Assim, a análise do projeto arqueológico encaminhado ao IPHAN, durante a fase de levantamento arqueológico, deve ser realizada minuciosamente A partir dela irá ser elaborado o Programa de Resgate Arqueológico (Salvamento). Essa fase final do

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trabalho irá abarcar as justificativas dos critérios adotados nas decisões de quais sítios arqueológicos serão salvos. (BARRETO,2007, p.27)

Legalmente observando-se as portarias 230/02 e 419/11 principalmente, as quais serão mais

discutidas em capítulo seguinte, os projetos são desenvolvidos na seguinte sequência:

diagnóstico, prospecção e resgate. O diagnóstico irá determinar a potencialidade da existência

de vestígios ou sítios através do levantamento bibliográfico e oral, e fazendo-se algumas

intervenções pontuais na tentativa de levantar áreas potenciais ou locais de sítios.

A exemplo de um projeto intitulado “Programa de Diagnóstico, Prospecção, Monitoramento

Arqueológico e Educação Patrimonial para a implantação do Parque Eólico União dos Ventos

6, Município de São Miguel do Gostoso, Rio Grande do Norte. Relatório Final”, é descrita uma

metodologia básica de campo:

As atividades de campo desenvolvidas para a prospecção intensiva e sistemática do Parque Eólico União dos Ventos 6 consistiu na cobertura total da superfície (Foot Survey) da Área Diretamente Afetada (ADA) por este empreendimento, assim como compreendeu também a investigação das Áreas de Influência Direta (AID) dos caminhos de acesso e bases dos aerogeradores deste parque. A equipe de campo presente neste projeto investigou toda extensão deste parque objetivando a descoberta de vestígios arqueológicos nas áreas que sofrerão impactos diretos ou indiretos pela construção do empreendimento Parque Eólico União dos Ventos 6. Realizamos prospecções intensivas e sistemáticas com intervenções em subsuperfície (Full Converge Survey) na Área Diretamente Afetada (ADA) e prospecções extensivas nas Áreas Indiretamente Afetadas (AID). Nos ramais de acesso e no local das bases dos aerogeradores foram realizadas intervenções (poços-teste) em subsuperfície com cavadeira articulada (boca de lobo). Estas escavações em média atingiram a profundidade de 1,50m e tiveram seus níveis controlados artificialmente a cada 15cm, sendo peneirado o sedimento retirado destas intervenções e os estratos do solo analisados e descritos. Estes poços-teste foram escavados a cada 35 metros caminhados ao longo do eixo da área de servidão dos ramais de acesso do empreendimento União dos Ventos 6. No local onde serão instaladas as bases dos aerogeradores realizamos um total de 5 intervenções em subsuperfície, em forma de cruz, em cada base, sendo uma escavação de poço teste no ponto central onde será instalada a torre do aerogerador e as quatro demais a 20 metros deste ponto central, sendo uma em cada direção. Foram realizadas escavações de poços-teste na Área Diretamente Afetada (ADA) pela futura construção dos caminhos de acesso e bases de aerogeradores do Parque União dos Ventos 6. Um total de 150 poços-teste foram escavados nos ramais de acesso distribuídos da seguinte forma: no Ramal de Acesso 19 foram 74 intervenções em subsuperfície ao longo dos quase 2.600 metros de extensão; no Ramal de Acesso 21, com aproximadamente 1.200 metros, realizamos 33 poços-teste, enquanto que no Ramal de Acesso 22, que tem aproximadamente 1.500 metros, realizamos 43 poços-teste que somados às 40 intervenções

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distribuídas nos 8 aerogeradores perfazem um total de 191 intervenções em subsuperfície no Parque União dos Ventos 6.Finalizada esta etapa de prospecção intensiva na ADA, partimos para a prospecção extensiva das Áreas de Influência Direta (AID) do Parque União dos Ventos 6. Foram realizados caminhamentos sistemáticos com toda a equipe perfilada e partindo do eixo dos ramais de acesso em direção aos limites do empreendimento, percorrendo assim todo o parque com uma varredura total da superfície do solo (Foot Survey). Estes caminhamentos são mais uma ferramenta na busca por vestígios arqueológicos. Observou-se erosões no terreno, trilhas abertas por animais ou veículos, leiras e quaisquer outros locais que proporcionassem uma boa observação da superfície ou dos estratos do solo. Assim procedendo, todo o parque foi investigado nas suas porções destinadas a sofrerem impactos de forma direta ou indireta. Finalizadas as prospecções intensivas e extensivas no Parque União dos Ventos 6 não detectamos nenhuma área com vestígios arqueológicos. (ALZAIR JR, p.102-103. In MORALES)

Essa metodologia, de modo geral, é comumente usada e bem aceita pelos arqueólogos de campo

e pelo IPHAN, o que corrobora as afirmações que fiz sobre os procedimentos de campo. Solange

Caldarelli, em outra publicação, coloca um gráfico:

Este gráfico serve para ilustrar o “Full-Coverage” e entender as dimensões de um sítio.

(CALDARELLI,2003)

Figura 1: Detalhe de delimitação de um sítio arqueológico

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O diagnóstico deverá apontar subsídios para a próxima etapa que será a de prospecção. Esse é

o cumprimento da primeira etapa legal, que irá permitir a licença prévia.

Na etapa de prospecção, os sítios serão intensamente procurados, mas de maneira mais rápida.

Com a licença prévia emitida, o empreendimento já começa a ser operacionalizado, delimitado,

passando a sofrer as primeiras intervenções. Ribeiro ainda enfatiza:

A legislação brasileira nos atribui a função de identificar, estudar e definir medidas de gestão do patrimônio arqueológico impactado por empreendimentos econômicos. Cada vez mais ouvimos de colegas que a quantidade de pessoas envolvidas com a arqueologia profissional corresponde a.... um número desconhecido. Também crescente é a preocupação com os relatos de que algumas pessoas estão por aí a assinar laudos, diagnósticos e relatórios diversos sem apresentarem, em seus currículos e nos resultados de seus trabalhos, requisitos mínimos e desejáveis a uma gestão responsável do patrimônio arqueológico. (RIBEIRO ,2010, p.08)

As sondagens e poços-teste visam prioritariamente encontrar vestígios na área diretamente

impactada ou afetada, denominada ADA. Se sobrar tempo e dinheiro, elas serão feitas nas áreas

do entorno para entender-se melhor o contexto. Os caminhamentos superficiais intensivos

seguem a mesma lógica. Após esta etapa de campo e o relatório feito, a licença de instalação é

emitida. A etapa seguinte, caso haja sítios, será o resgate ou a escavação. Se não houver sítios,

recomenda-se o posterior monitoramento. O tempo agora é mais primordial ainda, pois as

máquinas começam a operar e o arqueólogo deve programar-se para a realização do trabalho

em um determinado tempo. Note que a pressão do empreendedor é grande e a governamental,

em certos casos, também.

É, infelizmente, cada vez mais comum, nesses casos, que jovens profissionais sem preparo adequado tenham que, trabalhando sob pressão, com máquinas literalmente funcionando no seu cangote, tomar decisões que determinarão ou não o que pode ser preservado. (NEVES,2010, p.17)

Mesmo que o arqueólogo tenha liberdade de escolha de sua metodologia, ele não terá todo o

tempo disponível para fazer certos questionamentos em campo, não terá tempo de refletir

criticamente sobre a paisagem, os vestígios e outros detalhes ou problemáticas importantes.

Escavará em espaços mais delimitados, em menor quantidade e fará menos poços testes.

Page 35: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

35

Certamente, os arqueólogos dispõem de uma certa autonomia, dada pela sua expertise, mas esta autonomia é parcial, restringida por forças com as quais todos temos de lidar. Em nosso ponto de vista, o que podemos tentar é fazer com que nossa atitude, nossa postura e nosso discurso façam alguma diferença na postura dos empreendedores que nos contratam; pois os serviços que prestamos são prestados, na realidade, ao patrimônio arqueológico nacional; daí a necessidade de serem aprovados e fiscalizados pelo IPHAN. (CALDARELLI e SANTOS ,2000, p.49)

As coletas de vestígios serão georreferenciadas, alguns vestígios serão fotografados e

desenhados. As estratigrafias normalmente seguem níveis artificiais (de 10 em 10 cm). Os

vestígios vão para o laboratório, são higienizados, inventariados A partir daqui as coisas podem

variar. Alguns projetos somente retiram vestígios de campo, mas não os musealizam, ou seja,

não os higienizam, organizam, catalogam. Da mesma forma não são fotografados, desenhados

e/ou comparados com a documentação de campo, as quais também nem sempre são completas.

Após a entrega do “relatório final” a licença de operação é emitida. Estas visões serão debatidas

ao longo da pesquisa, pretendendo abordar estes assuntos, juntamente com uma análise da

legislação e problemáticas como monitoramento arqueológico, educação patrimonial e

utilização dos dados científicos. O IPHAN, por seu lado, emite pareceres dos projetos, mas a

parte de fiscalização ainda é deficitária, por falta de pessoal, por exemplo.

Caldarelli e Santos discutem as metodologias de campo e a velocidade com que são feitas as

pesquisas em campo:

O levantamento arqueológico desenvolvido no âmbito de estudos ambientais coloca as mesmas questões teórico-metodológicas debatidas na pesquisa acadêmica de longa duração, acrescidas de três particularidades: • definição arbitrária da área de pesquisa, em contraposição à possibilidade de escolha de área visando responder problemáticas concebidas no bojo da discussão científica/acadêmica da arqueologia regional ou nacional; • imposição do desenvolvimento da pesquisa arqueológica dentro do cronograma de licenciamento do empreendimento, na maior parte das vezes bastante restrito, se comparado aos cronogramas das pesquisas acadêmicas; • dificuldade de retorno à área de pesquisa, ou mesmo total impossibilidade, no caso de empreendimentos como hidrelétricas, para coleta de novas informações ou de redirecionamento da pesquisa após a análise dos dados coletados em campo, o que aumenta a responsabilidade quanto às escolhas realizadas pelo pesquisador diante da destruição dos recursos arqueológicos (CALDARELLI E SANTOS,2000, p.59)

Page 36: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

36

As obras de infraestrutura, portanto, se de um lado financiam pesquisas arqueológicas, de outro,

mesmo com o licenciamento, “destroem os sítios”.

Os empreendimentos relativos à instalação de parques eólicos, atividades de mineração e linhas

de transmissão de energia elétrica juntamente com suas subestações tem crescido principalmente

nos últimos anos entre 2010 e 2012, no Rio Grande do Norte, o que nos levou a adotar o recorte

cronológico da nossa pesquisa. Todas essas atividades são regulamentadas por leis de proteção

ambiental e estudos preventivos dentro das etapas de licenciamento dessas obras.

Ao longo da segunda etapa do PAC, o parque gerador brasileiro aumentou sua capacidade em 6.802 MW. Esse aumento ocorreu com a entrada em operação, dentre outras, das usinas hidrelétricas de Estreito (1.087 MW), Mauá (361 MW) e Dardanelos (261 MW), além da Usina de Santo Antônio, que já está operando com 713,5 MW. Desde 2011, entraram em operação 22 usinas eólicas (UEE) com capacidade instalada de 571 MW, como a UEE Mangue Seco (104 MW). Estão em andamento obras de 10 hidrelétricas (18.340 MW), 14 termelétricas (3.871 MW), 95 eólicas (2.472 MW) e 6 pequenas centrais hidrelétricas (118 MW), que aumentarão em 24.803 MW a capacidade de geração de energia. A usina de Belo Monte se destaca como a maior obra de geração de energia elétrica em construção no mundo, com 11.233 MW de capacidade instalada. Os investimentos em Belo Monte chegam a R$ 25,8 bilhões e as obras estão em ritmo acelerado, com 21% já executados. Para levar toda essa energia aos mercados consumidores, fortalecendo o Sistema Integrado Nacional, em dois anos foram concluídas 20 Linhas de Transmissão (LT), totalizando 4.570 km de extensão. (PAC 2, 6º BALANÇO ANO 2 – 2013, p.72)

Somente as obras do PAC até agora movimentaram financeiramente, apenas em Belo Monte,

R$ 25,8 bilhões. Acredito, tendo em vista este montante em questão, que uma pequena parcela

desse valor seja suficiente para financiar escavações arqueológicas em todos os projetos de

infraestrutura no Brasil, durante um ano, sem problemas.

O crescimento econômico é demonstrado pelo aumento proporcional das obras. Segundo os

dados do Governo Federal:

A economia brasileira voltou a acelerar no segundo semestre de 2012 e começa o ano com vários indicadores positivos de atividade, refletindo um conjunto de ações de política econômica implementado ao longo de 2012. As taxas de juros atingiram

Page 37: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

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mínimos históricos, reduzindo o custo financeiro para empresas, famílias e Governo, ao mesmo tempo em que a taxa de câmbio está mais competitiva.

O programa de desonerações fiscais avançou, alcançando novos setores. O mercado de trabalho, por sua vez, continua robusto, sendo fator fundamental para a sustentação do mercado doméstico. Esses avanços ocorrem ainda em contexto de baixo dinamismo da economia mundial. (PAC 2, 6º BALANÇO ANO 2 – 2013, p. 8)

A grande questão é o planejamento das obras obedecer a um cronograma que não afete a

qualidade das pesquisas. A crise mundial afetou os leilões energéticos e outros investimentos.

Mas os PACS tornaram-se a força motriz de vários trabalhos, inclusive os PACS das Cidades

Históricas.

O mercado doméstico permanece robusto, com a continuidade da geração de empregos formais e o crescimento da renda real. Em 2012 as vendas do comércio varejista ampliado aumentaram 8,0%. A taxa de desocupação alcançou novo mínimo histórico em dezembro, de 4,6%, ao mesmo tempo em que o rendimento médio real cresceu 4,1% em 2012, maior taxa de crescimento da série iniciada em 2002.

Mais uma vez o papel do PAC se mostra essencial para este resultado, pois o emprego formal no setor de obras de infraestrutura aumentou em média 7,3% ao ano, no período de 2011 e 2012, mais do que o dobro do crescimento do emprego formal total no Brasil, que neste mesmo período cresceu em média 3,6% ao ano. (PAC 2, 6º Balanço Ano 2 –2013, p. 10)

O reflexo dos projetos de Arqueologia Preventiva entre os anos de 2010 e 2012 refletem as

estatísticas.

O PAC, por sua vez, continua sendo instrumento essencial para garantir que o investimento se mantenha como uma das principais forças impulsionadoras do desenvolvimento. Em conjunto com o amplo programa de concessões em aeroportos, rodovias, ferrovias e portos, continuará a ampliar os investimentos em infraestrutura, fundamentais para a superação de gargalos e ampliação dos investimentos privados e todas essas oportunidades da economia brasileira devem aumentar a participação do investimento no PIB ao longo dos próximos anos. (PAC 2, 6º BALANÇO ANO 2 – 2013, p. 10)

Page 38: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

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Como será discutido logo em seguida, o IPHAN, Autarquia Federal de proteção ao patrimônio,

amparado principalmente na lei 3924/61, que dispõe sobre monumentos arqueológicos e pré-

históricos, expede portarias que complementam esta regulamentação dos estudos da

Arqueologia, também realizando convênios com diversas instituições como o Instituto

Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), em nível nacional,

e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte

(IDEMA) em nível estadual6. Todos os trâmites legais durante as etapas do licenciamento

ambiental e dos estudos de Arqueologia Preventiva produzem farta documentação. A

documentação desses processos está sendo organizada, pois se encontrava dispersa e com dados

de difícil acesso e controle. Os produtos da prática supervisionada entregues por este aluno

ajudaram a registrar mais precisamente a localização desta documentação, assim como sua

catalogação.

Nota-se a falta de atenção na questão da catalogação sistemática dos processos de Arqueologia

Preventiva como produção científica. Estas produções são entregues pelos solicitantes de

autorizações e permissões, ficando guardadas em forma de simples relatórios. Estes são

subutilizados pelo próprio IPHAN no levantamento de dados ou publicações para o público

conhecer o valor cultural que esses dados apresentam de sua própria realidade.

Algumas perguntas surgiram até este ponto: o que os relatórios podem informar precisamente

sobre os trabalhos realizados em campo? Os relatórios encerram a parte científica da pesquisa?

Os relatórios estão de acordo com os projetos? Em que medida os trabalhos de Arqueologia

Preventiva tem sido feitos no Rio Grande do Norte?

6 Segundo o site do IBAMA: “o licenciamento ambiental é uma obrigação legal prévia à instalação de qualquer empreendimento ou atividade potencialmente poluidora ou degradadora do meio ambiente e possui como uma de suas mais expressivas características a participação social na tomada de decisão, por meio da realização de Audiências Públicas como parte do processo. Essa obrigação é compartilhada pelos Órgãos Estaduais de Meio Ambiente e pelo Ibama, como partes integrantes do SISNAMA (Sistema Nacional de Meio Ambiente). O Ibama atua, principalmente, no licenciamento de grandes projetos de infra-estrutura que envolvam impactos em mais de um estado e nas atividades do setor de petróleo e gás na plataforma continental”. IBAMA. Licenciamento Ambiental. Disponível em: < https://www.ibama.gov.br/licenciamento/> Última consulta em: 27 nov. 2014.

Page 39: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

39

Observar-se-á a realidade do Rio Grande do Norte espelhando também as problemáticas

nacionais, analisando a documentação que está depositada no IPHAN, levando em conta as

várias vertentes teóricas da Arqueologia e de seus profissionais.

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CAPÍTULO 2. PROTEÇÃO JURÍDICA DO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO E A

ABORDAGEM PREVENTIVA

2.1 LEGISLAÇÃO PERTINENTE

Como já explicado no capítulo anterior, as ações de Arqueologia Preventiva são pautadas em

um apanhado de legislações, as quais visam à proteção do patrimônio arqueológico como parte

de um todo. O IPHAN, por sua parte, além de fiscalizar as ações de impacto a estes bens,

também cria uma serie de instrumentos para a proteção destes bens. São normas, portarias,

instruções normativas e cartas, apoiadas também conjuntamente com outros órgãos que

delimitam este universo legal.

Do ponto de vista da Arqueologia, existem diversas instruções a serem seguidas, para a obtenção

de uma licença de pesquisa, assim mesmo como instruções para confecção de seus planos de

trabalho e relatórios a serem apresentados. A relação entre IBAMA e IPHAN é fundamental,

uma vez que quem libera a licença é o IBAMA ou Órgão Ambiental Competente7, cabendo ao

IPHAN deliberar sobre o patrimônio cultural como um todo, no que estão incluídos os bens

arqueológicos.

Portanto, órgãos que fazem o licenciamento ambiental, como o IBAMA utilizam-se destes

trabalhos resultantes do IPHAN para emitir ou não licença ambiental em determinada área.

Legislações em comum também permeiam os dois órgãos como a portaria interministerial

419/11 que “participam” várias autarquias desse processo, como veremos mais à frente. Não

pretendo listar todas e nem colocar cada legislação na íntegra neste trabalho, mesmo porque já

existem boas publicações sobre o assunto como a publicação de Rossano Lopes Bastos e Marise

Campos de Souza (2005), por exemplo. Quero, portanto, fazer uma análise crítica desta

legislação analisando os reflexos dela na própria proteção do patrimônio arqueológico, usando

como referência além da experiência vivida no exercício das práticas supervisionadas do

7 Ver nota 6.

Page 41: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

41

Mestrado, a análise feita por mim acerca do universo dos processos e relatórios depositados na

unidade do IPHAN no Rio Grande do Norte.

Consideramos também outras iniciativas como as chamadas cartas patrimoniais, documentos

referenciais para os estudos e práticas de preservação o patrimônio cultural, tais como a de Natal,

já analisada no primeiro capítulo, e outras resoluções que possam auxiliar na proteção do

patrimônio cultural e Arqueológico como um todo. Para tanto, nos valemos do pensamento de

Rosio Salcedo (2007, apud CESAR & STIGLIANO, 2010, p. 77) sobre as Cartas Patrimoniais,

afirmando que as mesmas têm como objetivo uniformizar os discursos do cuidado ao bem

cultural, ao que os autores Pedro Cesar e Beatriz Stigliano acrescentam que:

São recomendações desenvolvidas por órgãos de preservação que têm como característica sua abordagem plurinacional. Escritas por vários grupos de classe, de perspectivas ideológicas diversas ou representantes de entidades governamentais, tais documentos referenciam os valores patrimoniais quanto a amplos aspectos socioculturais. (CESAR & STIGLIANO, 2010, p. 77 e 78)

Portanto, as Cartas Patrimoniais são importantes referências e intenções no intuito da

preservação dos bens culturais no mundo inteiro.

Paul Bahn, arqueólogo renomado e professor de prática arqueológica, em obra crítico-satírica,

tanto de divulgação científica quanto de humor, lança um olhar crítico sobre a sua própria

categoria profissional, afirmando que “o Arqueólogo é um Deus, que só ele afirma o que é e o

que não é, [e] todos tem que obedecê-lo” (BAHN, 1993, p. 10). Essa obra traz um

questionamento sobre o lugar de poder assumido pelos arqueólogos enquanto categoria

profissional, o que nos faz pensar sobre as práticas de estudo de Arqueologia Preventiva e o que

elas podem ensejar de reflexão sobre a Arqueologia como domínio do saber científico. Por que

esta afirmação? O que se relaciona com os estudos de Arqueologia Preventiva? Conforme a Lei

3924/61, mais conhecida como Lei de Arqueologia, todo o patrimônio arqueológico é um bem

da União, portanto protegido por lei, mesmo antes de ser descoberto, enterrado:

Artigo 1° - Os monumentos arqueológicos ou pré-históricos de qualquer natureza existentes no território nacional e todos os elementos que neles se encontram ficam sob a guarda e proteção do Poder Público, de acordo com o que estabelece o Artigo 175 da Constituição Federal.

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Parágrafo Único - A propriedade da superfície, regida pelo direito comum, não inclui a das jazidas arqueológicas ou pré-históricas, nem a dos objetos nelas incorporados na forma do Artigo 152 da mesma Constituição. (Lei 3924/61)

Muito antes da Constituição de 1988 que trata dos bens culturais especificamente nos artigos

215 e 216, já existiam legislações anteriores que davam proteção aos sítios arqueológicos.

A criação do IPHAN pelo decreto 25/37 e a própria Lei de Arqueologia 3924/61 já demonstram

esta preservação.

Art. 1º Constitue o patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interêsse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico. (Decreto 25/37)

Portanto, a partir de então os sítios arqueológicos tem sua proteção geral e genérica. Analisando

a lei de Arqueologia, 3924/61:

Art 7º As jazidas arqueológicas ou pré-históricas de qualquer natureza, não manifestadas e registradas na forma dos arts. 4º e 6º desta lei, são consideradas, para todos os efeitos bens patrimoniais da União.

Art 8º O direito de realizar escavações para fins arqueológicos, em terras de domínio público ou particular, constitui-se mediante permissão do Govêrno da União, através da Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ficando obrigado a respeitá-lo o proprietário ou possuidor do solo.

Art 9º O pedido de permissão deve ser dirigido à Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, acompanhado de indicação exata do local, do vulto e da duração aproximada dos trabalhos a serem executados, da prova de idoneidade técnico-científica e financeira do requerente e do nome do responsável pela realização dos trabalhos. (Lei 3924/61)

No artigo 7° fica finalmente bem explicado que este patrimônio já é protegido mesmo que ainda

não seja descoberto. Portanto o Arqueólogo como um profissional sério, tem condições de

analisar qualquer local com sua metodologia científica e conseguir registrar a existência de um

sítio arqueológico. Não quer dizer que ele é o todo poderoso, mas ele, somente ele tem a

condição desta averiguação, também no ponto de vista legal. Mas como atestar a idoneidade de

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um profissional? Pela quantidade de campos que fez? Qualidade de relatórios? Sítios

encontrados? Publicado o Ofício Circular 001/2013 PRESI-IPHAN, acerca da idoneidade

técnico-científica do arqueólogo ou coordenador da pesquisa, nele podemos encontrar

parâmetros a serem seguidos e cumpridos para melhor exercício da profissão e das garantias do

IPHAN.

Nos itens 8° e 9° da Lei 3924/61 – a chamada Lei da Arqueologia – são evidenciadas as

condições necessárias para qualquer estudo arqueológico, ou seja, uma autorização/permissão

concedida através do IPHAN.

O que devemos perceber é que, até aquele momento da publicação da referida Lei, 1961, as

pesquisas Arqueológicas eram realizadas ou concedidas no ritmo de uma demanda simples,

acadêmica ou, com muito boa vontade, em locais de obras ou grandes intervenções se houvesse

financiamento suficiente ou em alguns dos casos em que existisse visibilidade desses estudos

para fins políticos por exemplo. O que quero dizer é que efetivamente os empreendimentos não

eram atendidos aos moldes do que hoje entendemos como Arqueologia Preventiva. Sobretudo,

pelo fato de não haver uma normatização, fases ou modelos a seguir de projetos e relatórios por

exemplo. A emissão de uma autorização era avaliada em cima da idoneidade cientifica e/ou

financeira para o projeto, semelhante aos moldes de hoje, porém acredito que não muito

claramente em forma de lei.

Muito mais tarde, em meados da década de 1980, foram criadas as leis que obrigavam os

executores de obras a seguirem diretrizes de leis ambientais. A exemplo da resolução Conama

01/86, considerada o primeiro grande marco que mudaria este conceito. Em seu artigo 6° existe

referência aos bens arqueológicos nos seguintes termos:

Art. 6º- O estudo de impacto ambiental desenvolverá, no mínimo, as seguintes atividades técnicas:

(...) c) o meio socioeconômico - o uso e ocupação do solo, os usos da água e a socioeconômica, destacando os sítios e monumentos arqueológicos, históricos e culturais da comunidade, as relações de dependência entre a sociedade local, os recursos ambientais e a potencial utilização futura desses recursos. (Resolução CONAMA No1/1986 (...)

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A visão em que se baseava essa normativa, de que o bem arqueológico é um bem social e

ambiental é inovadora, estando em consonância com o que veio a subsidiar a própria

Constituição de 1988. Porém, como observado em projetos e relatórios datados até meados dos

anos 1980, depositados no Arquivo Central do IPHAN/Seção Rio de Janeiro8, ainda não se

associava diretamente uma coisa com a outra, ou seja, o meio ambiente com a necessidade de

preservação do patrimônio arqueológico, em obras de engenharia. Por outro lado, a lei muitas

vezes deixava de ser aplicada, pois os órgãos licenciadores quase nunca cobravam a realização

ou entrega de relatórios no âmbito da Arqueologia.

Foi quando, em 22 de fevereiro de 1989, por meio da Lei n. 7.735, foi criado o IBAMA, fazendo

a diferença para o tratamento do bem arqueológico. Mas foi somente em 2002, com a publicação

da portaria IPHAN 230/02 é que se obrigou mais efetivamente aos órgãos licenciadores e aos

empreendedores a realizarem estudos arqueológicos sistemáticos, vindo a compatibilizar as

fases de obtenção das licenças com os empreendimentos com potencial para impactar o

patrimônio arqueológico 9 Embora já existissem outras leis e resoluções como a 237/97 do

CONAMA, regrando as fases de obtenção de licenças, a portaria 07/88 do IPHAN, entre outras,

somente a partir de 2002 estas exigências se fizeram valer. Cabe, portanto, ressaltar a diferença

entre a legislação de proteção aos bens culturais e a legislação de avaliação de impactos como

um todo.

A portaria 07/88 rege todo nosso trabalho e análise da documentação que selecionamos, sendo

a referência normativa chave para a realização da nossa investigação, como veremos. Ela rege

8 Referimo-nos ao Relatório IAB-1972; Relatório dos Trabalhos Arqueológicos Realizados no Médio São Francisco e na Chapada Diamantina - PRONAPA; Relatório de viagem realizada a Barreiras e São Desidério – 1969; Arte Rupestre no Seridó e Primeiras Pesquisas dos Grupos Humanos Potiguares – 70; Pesquisa Arqueológica dos Grupos Humanos Pré-históricos pertencentes a Tradição Potiguar; Projeto Arqueológico UHE Samuel Rondônia e Programa de Pesquisa e Salvamento UHE Balbina Amazonas, e outros como Relatório do Departamento de Arqueologia MCC 1981. 9 Segundo Luís Alberto Basso e Roberto Verdum em 1981 surge a Lei Federal n° 6.938 e seu respectivo Decreto em 1983 n° 99.351 que estabeleceriam as diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), instrumento legal esse que seria substituído posteriormente pela Lei Federal n° 7.804 de 1989 e seu respectivo Decreto n° 99.274 de 1990. Como instrumento da PNMA, elaboraram-se as diretrizes da Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) e de outros instrumentos complementares: o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). Esses teriam como fundamentos essenciais constituir os procedimentos de avaliação do impacto ambiental no âmbito das políticas públicas, além de fornecer os subsídios para o planejamento e a gestão ambiental, vislumbrando assim, a prevenção relativa aos danos ambientais.

Page 45: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

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todos os procedimentos e documentações necessárias para um projeto arqueológico, conforme

checklist abaixo – instrumento utilizado na Superintendência do IPHAN no Rio Grande do Norte

para a conferência da documentação apresentada, quando da solicitação de uma autorização de

pesquisa arqueológica – que esmiuçaremos no decorrer do trabalho:

Portanto, em um período de praticamente 16 anos essa legislação foi pouco usada, quase

esquecida. Haja vista a quantidade de licenças obtidas no período estudado, correspondente aos

relatórios e os pedidos de autorização de pesquisa depositados na Superintendência do IPHAN

no Rio Grande do Norte no período de 2010 a 2012, em comparação com a documentação do

período anterior, identificada no Arquivo Central do IPHAN-Seção Rio de Janeiro, como já

mencionado, foi possível observar esta defasagem na prática. Os trabalhos mais antigos eram

Figura 2. Modelo de Checklist dos principais documentos exigidos pela Portaria 07. Fonte Iphan RN

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mais simplificados, os de período de 2000 a 2009 não seguiam inteiramente as portarias

vigentes, somente depois de 2009, mostrou-se uma pratica diária mais apurada pelas exigências

cobradas pela Superintendência do IPHAN no Rio Grande do Norte. O próprio Centro Nacional

de Arqueologia do IPHAN (CNA) 10, considera em suas tabelas organizacionais de portarias

emitidas (portarias de 1991 a 2013), salvo engano, portarias emitidas a partir de 1991, com um

total de 6 portarias emitidas neste ano. De qualquer forma os relatórios e projetos demoraram

muito a ficar com o formato atual dado principalmente pela 230/02. Em relação ao formato que

esses documentos apresentam hoje, estes resultam das transformações nas normativas que os

orientam, assim como resultam de transformações nessas práticas. Apontam para a relação

dialética entre mudança nas normativas e exercício da prática profissional.

Antes de analisar de forma mais detida o restante da legislação existente, cabe fazer uma ressalva

sobre o atual momento no que diz respeito às políticas de preservação do patrimônio

arqueológico, de revisão da Portaria 230/02, que ora completa 12 anos de vigência. Nesse

sentido, proponho uma reflexão sobre o que tem sido proposto para a futura Instrução Normativa

que extinguirá essa Portaria, tão aguardada desde o início da escrita deste presente trabalho e

que pode mudar a forma de fazer Arqueologia Preventiva. Em realidade não podemos esquecer

de que tratamos de um conjunto de legislações que são operadas de forma integrada e que de

alguma forma não está atendendo às demandas atuais, a citar as portarias 419/11, 07/88 e 230/02.

A portaria 419/2011 por ser, digamos, interdisciplinar, talvez venha a ser a mais afetada pela

futura Instrução Normativa, uma vez que a sinergia entre órgãos deve ser cada vez mais intensa.

Digamos também que a extinção da portaria 230/02 e consequentemente a 07/88, embora não

citada diretamente, podem causar um pouco de medo, por isso a discussão desta nova instrução

deve ser ampliada.

10O Regimento Interno do IPHAN, definido por meio da Portaria nº 92, de 2012, fortaleceu as atividades de preservação do patrimônio arqueológico com a criação do Centro Nacional de Arqueologia (CNA) como uma Unidade Especial vinculada ao Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização. Cabe ao CNA, segundo este documento, coordenar e promover atividades de identificação, documentação, inventário, pesquisa, cadastramento, autorização de pesquisas, tombamento, salvaguarda, conservação, fiscalização, normatização, promoção, difusão, fomento e educação para a preservação do patrimônio arqueológico.

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2.1.1 A PROPOSTA DE INSTRUÇÃO NORMATIVA E A LEGISLAÇÃO ATUAL.

Analisaremos agora a nova proposta da Instrução Normativa frente aos impactos que ela poderá

trazer em relação à Arqueologia Preventiva, caso seja publicada, analisando-a e comparando-a

com as normativas e legislações existentes.

Uma instrução normativa, segundo Acquaviva:

Consiste em ato administrativo expresso por ordem escrita expedida pelo Chefe de Serviço ou Ministro de Estado a seus subordinados, dispondo normas disciplinares que deverão ser adotadas no funcionamento de serviço público reformulado ou recém-formado. Será também considerada como norma expedida no sentido de interpretar uma lei. (ACQUAVIVA, 1999.)

Amplamente discutida dentro do IPHAN, houve um encontro de gestores do órgão na tentativa

do aperfeiçoamento desta proposta de normativa. O texto que dará origem à referida instrução

foi ainda disponibilizado a vários outros setores ligados à preservação, pela internet, mala direta

e também no encontro da Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB), em Aracajú, Sergipe, em

2013, ao qual estive presente.

Acredito que foi a primeira vez que uma legislação foi apresentada para ser apreciada, discutida

e modificada ouvindo a opinião do público em geral, especialista ou não, desde a criação da

Portaria 07/88 que foi discutida em um seminário na PUC/Rio.11

Coloco aqui algumas impressões sobre a proposta de instrução, cuja versão disponibilizada pelo

IPHAN à SAB segue reproduzida na integra nos anexos, mesmo sendo versão um pouco distinta

de outras disseminadas por meio da rede de computadores, e que ainda não tenha sido

formalmente publicada. Faço isso, pois esse documento ilustra boa parte dos problemas que

tenho enfrentado e estudado junto aos processos analisados, além de oferecer um histórico sobre

a construção das legislações até então vigentes, para discutir a alteração dos seus termos ou

mesmo a sua revogação. As discussões para a definição dos termos da nova instrução normativa

11 Segundo a arqueóloga do IPHAN, Regina Coeli Pinheiro da Silva, 2014.

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podem ajudar a iluminar os problemas que levantamos nesta pesquisa, identificados e

enfrentados na leitura dos processos de arqueologia preventiva depositados na Superintendência

do IPHAN no Rio Grande do Norte.

Partimos então para uma leitura crítica de alguns pontos considerados pressupostos da proposta

de instrução normativa.

A mudança de mentalidade nestes últimos tempos, aliada a acordos internacionais e teorias

arqueológicas recomendam que sempre que possível não se interfira ou se escave um sítio

arqueológico, preferindo conservá-lo in situ. Esta primeira modificação ao texto da portaria

419/11 é muito válida, uma vez que pode refletir em uma melhor aplicação de legislação e

efetiva utilização dos procedimentos por ela proposta. Isto também irá refletir nos “vários

Iphans”, que não poderão mais exigir que um projeto seja alterado ou que seja escavado o

terreno inteiro de um Parque Eólico, ou seja, tal modificação irá refletir na grande disparidade

de posicionamentos, ou na falta de critérios mínimos de posicionamento institucional em relação

às demandas externas relativas ao licenciamento, na tentativa de uma padronização de

procedimentos com menos possibilidades de interpretações diversas. A Portaria 419/11

pressupõe que deverão ser elaborados programas de proteção, prospecção e de resgate

arqueológico, compatíveis com os cronogramas das obras. Esta indicação para o resgate

arqueológico a proposta de nova instrução normativa tenta mudar. Segundo a Carta de

Lausanne:

A legislação deve garantir a conservação do património arqueológico em função das necessidades da história e das tradições de cada país e de cada região, dando especial relevo à conservação "in situ" e aos imperativos da investigação. A legislação deve exigir, como princípio, uma investigação prévia e o estabelecimento de uma documentação arqueológica completa nos casos em que uma destruição do património arqueológico possa ter sido autorizada. Deve assumir-se como princípio fundamental, que toda recolha de informações sobre o património arqueológico deve destruir o mínimo possível de testemunhos arqueológicos necessários para alcançar os objetivos, conservativos ou científicos, da campanha. Os métodos de intervenção não destrutivos devem ser encorajados em todos os casos como preferíveis à escavação integral. O objetivo fundamental da conservação do património arqueológico deverá ser a manutenção "in situ" dos monumentos e sítios, compreendendo a sua conservação em longo prazo e o cuidado dispensado aos respectivos arquivos, coleções, etc. Qualquer translação viola o princípio segundo o qual o património deve ser conservado no seu contexto original. A escavação deve ser parcial e reservar um sector virgem para posteriores trabalhos de investigação. (Carta de Lausanne, 1990)

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Vale lembrar que as cartas são referenciais para a ação e não há obrigatoriedade na aceitação

de seus pressupostos. Seguindo esta mesma recomendação o renomado Arqueólogo José Luiz

de Morais comenta sobre a alternativa da preservação in situ em seu trabalho:

A adoção de mecanismos de manutenção e proteção dos registros arqueológicos nos ambientes de origem é a forma de preservação in situ. Neste caso, não se configuram intervenções diretas que possam comprometer a estrutura física dos registros, embora sua leitura e análise eventualmente possam ser possíveis por meio de métodos não invasivos. A preservação ex situ admite intervenções severas na estrutura física dos registros arqueológicos por meio de prospecções e escavações autorizadas pelo órgão competente. (Morais, 2012. p. 20)

Elenco agora alguns pontos importantes da proposta de nova instrução normativa que chamam

à atenção. O primeiro deles diz respeito à exigência de realizar avaliação da área de influência

direta do empreendimento. No texto original da 419/11 pressupõe-se avaliar a existência de

bens acautelados na referida área. Com a alteração do texto exigir-se-ia avaliar “os impactos

provocados pela atividade ou empreendimento nos bens culturais acautelados, bem como

apreciação da adequação das propostas de medidas de preservação, de controle e de mitigação

decorrentes desses impactos”. (Minuta da Instrução normativa, 2014, p. 01)

Em seguida, a proposta para a nova redação do trecho da Portaria 419, conforme as perspectivas

apontadas anteriormente, refere-se à preservação do sítio em sua forma mais original,

entendendo de uma maneira diferente a preservação do mesmo.

Mais adiante, o documento afirma que, a partir da implantação da normativa, continuando

temos:

Entretanto, entendendo que a Portaria 419/2011 carece de reparos, coube a atual Diretoria do CNA, através da Presidência do IPHAN, solicitar aos Ministérios envolvidos na assinatura deste documento Interministerial, a alteração do texto vigente (apresentada acima) de maneira que a redação expressasse claramente aspectos preservacionistas relativos ao patrimônio cultural, bem como a necessidade de avaliação de impactos a todos os bens acautelados sob responsabilidade do IPHAN. (Minuta da Instrução normativa, 2014, p. 02)

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Aqui a arqueóloga do IPHAN, atual Diretora do CNA, Rosana Najjar faz importantes

observações sobre o comprometimento dos Ministérios para a assinatura da portaria 419. Em

seguida são colocados alguns pressupostos da proposta de nova instrução normativa aos quais

destaco que o IPHAN deveria “emitir parecer para avaliação de impacto ao patrimônio cultural

em processos de licenciamento ambiental, relativos aos aspectos de localização, instalação,

operação, ampliação e renovação de atividade ou empreendimento”. Um ponto positivo na

proposta é a previsão de emissão de parecer pelo IPHAN levando-se em conta o patrimônio

cultural como um conjunto abrangente, em uma Avaliação de Impacto ao Patrimônio Cultural,

e não só o Arqueológico, de uma maneira integrada. Seguem ainda outras exigências relativas

à produção de conhecimento e à intervenção em sítios:

� A produção de conhecimento, a partir do patrimônio arqueológico, deve ter como princípio norteador a não destruição das evidências materiais;

� As escavações arqueológicas devem ser precedidas de uma detalhada avaliação do sítio;

� Os sítios arqueológicos não ameaçados, só deverão ser resgatados em casos excepcionais, em prol da produção do conhecimento científico;

Interessante perceber que a questão da produção de conhecimento foi incluída de forma

explícita, sendo gerada a partir do patrimônio arqueológico e das escavações que deverão ser

feitas em casos excepcionais. Em relação ao empreendedor, a proposta de instrução coloca

algumas obrigações:

O empreendedor, quando da apresentação do FCA, ou documento equivalente, ao órgão licenciador, deverá identificar o conjunto de bens culturais acautelados existentes na Área de Influência (AI) do empreendimento ou atividade em processo de licenciamento ambiental. (Minuta da Instrução normativa, 2014, p. 03)

Irá o empreendedor preencher uma ficha e a entregará ao órgão licenciador. O que nos causa

dúvida é quanto ao seu bom preenchimento e, em última instância, a eficácia dessa exigência

quando a mesma vigorar. Os empreendimentos serão divididos por categorias: “V. Emite os

Termos de Referência (TR);VI. Encaminha ao órgão licenciador dos Termos de Referência”. O

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IPHAN emitirá um Termo de Referência e enviará ao Órgão licenciador. Aqui o tempo pode

variar muito.

Se aprovada a instrução normativa, serão exigidos relatórios diferentes dos atuais, mesmo ainda

continuando a existir a Portaria 07/88 e a Lei 3924/61, passando a ser Relatório de Avaliação

do Patrimônio Cultural e Relatório de Avaliação do Patrimônio Arqueológico, com uma

abrangência maior em relação à proteção do Patrimônio Cultural e Arqueológico. Verificamos

que as fases do licenciamento também sofreriam modificações, tornando-se:

a. Projeto de Monitoramento Arqueológico na Área Diretamente Afetada (ADA), a ser realizado nos locais onde não foram encontrados sítios arqueológicos conforme Relatório de Avaliação Arqueológica aprovado pelo IPHAN;

b. Projeto de Salvamento Arqueológico na Área Diretamente Afetada (ADA), a ser realizado no (s) sítio (s) arqueológico (s) impactado (s) pela atividade ou empreendimento conforme Relatório de Avaliação Arqueológica aprovado pelo IPHAN;

c. Projeto de Análise e Conservação do Material Arqueológico, a ser realizado com intuito de registrar, listar, classificar e conservar o material arqueológico; (Minuta da Instrução normativa, 2014, p. 05)

Vemos também que os tipos e a maneira de lidar com os projetos também mudariam, inserindo

principalmente o monitoramento arqueológico de forma mais clara e obrigando a existir a fase

de análise e consolidação de dados. A relação frente à educação patrimonial também mudaria,

uma vez que:

A equipe responsável pela formulação e condução das ações previstas nos Projetos de EP deverá incluir, necessariamente, profissionais da área da Educação; Atividades pontuais, como palestras, não caracterizam Projetos de Educação Patrimonial.

A manifestação do IPHAN ao órgão licenciador consistirá em Parecer resultante da consolidação da análise do Relatório de Gestão do Patrimônio Cultural, material e imaterial e Relatório de Gestão Arqueológica.

As ações de Educação Patrimonial deverão ser desenvolvidas a partir da Etapa 3, na Área de Influência (AI) do empreendimento ou atividade, preferencialmente, a partir dos bens patrimoniais acautelados pelo IPHAN, podendo contemplar outras categorias de patrimônio, quando reconhecidas pelos agentes sociais envolvidos. (Minuta da Instrução normativa, 2014)

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Aqui fica clara a exigência de que haja uma equipe especializada em educação, a qual

desenvolverá atividades condizentes e diversificadas, não se atendo somente a palestras. Serão

previstas somente a partir da etapa 3 e não em todas. Haverá reflexo no preço final dos projetos.

Ainda em relação à produção documental relacionada ao cumprimento dessa proposta

normativa, de Relatórios pormenorizados, temos:

Relatório de Gestão do Patrimônio Cultural, conterá: � Relatório sobre as ações realizadas com vistas a garantir a preservação e salvaguarda dos bens culturais acautelados; � Relatório sobre as medidas mitigadoras e de controle implantadas; � Relatório do Projeto de Educação Patrimonial desenvolvido. Relatório de Gestão Arqueológica, conterá: � Relatório de Monitoramento; � Relatório de Salvamento; � Relatório de Conservação; e � Relatório de Educação Patrimonial.(Minuta da Instrução normativa, 2014)

Aqui, portanto, existe clara preocupação com a gestão do patrimônio sob uma perspectiva bem

ampla, mesmo havendo uma divisão em duas categorias – Gestão Arqueológica e Gestão do

Patrimônio Cultural. Isto facilitará o controle do próprio IPHAN com os bens como um todo,

porque, ao menos no Rio Grande do Norte, não existe controle exato da quantidade de sítios

arqueológicos existentes. Será importante o diálogo com todos os departamentos da Casa para

uma efetiva gestão destes bens. O uso destes dados também está previsto, apontando para a

possibilidade de se reaproveitar os resultados de projetos científicos anteriores, sob certas

condições:

O IPHAN poderá considerar os resultados de projetos científicos de pesquisa de arqueologia preventiva anteriormente realizados, desde que tenham sido autorizados pelo Instituto e coincidentes com a Área de Influência Direta da atividade ou empreendimento em processo de licenciamento.

Esta previsão deverá ser analisada com cuidado, analisando cuidadosamente dados anteriores e principalmente a inexistência dos mesmos para não incorrer no erro da interpretação da não existência de bens em uma determinada área. Por fim temos a revogação das portarias atuais. (Minuta da Instrução normativa, 2014)

E, por fim, a proposta de minuta, se vigente, revogaria a Portaria IPHAN nº 230, de 17 de

Dezembro de 2002 e a Portaria 28 de 31 de Janeiro de 2003.

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Segundo relatado no histórico apresentado no documento, em certo momento foi pensada a

revogação também da Portaria 419/11. Porém, como dito, foi decidido fazer uma simples

modificação dos parágrafos antes citados. Note que, de toda forma, a portaria 07/88 ainda

funcionará e seu uso deverá estar atrelado às novas exigências da instrução normativa.

Verificamos até aqui uma infinidade de novos procedimentos que tenta modificar os

licenciamentos e melhorar as condições do trabalho de proteção ao patrimônio arqueológico,

aumentando os requisitos para a realização de uma Arqueologia Preventiva mais efetiva.

Alguns pesquisadores e grupos de pessoas, estudantes, militantes e cientistas responderam a este

chamado institucional dando suas sugestões, elogios e críticas nos mais diversos pontos, tanto

nas redes sociais como no último congresso da SAB. É o caso dos professores do Museu de

Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE-USP), que em correspondência

com a Direção do CNA/IPHAN, divulgada no site do próprio museu, criticaram a forma como

o órgão federal de preservação estava empreendendo o processo de revisão da normativa, de

forma distanciada da comunidade acadêmica. Seus autores chamam atenção para a importância

do papel dos pesquisadores acadêmicos nos trabalhos de arqueologia preventiva dentro das

universidades públicas, afirmando não se tratarem estes trabalhos de prerrogativa, ou

exclusividade, das empresas de arqueologia.

Lamentavelmente, a prática tem demonstrado que o processo de construção da nova regra pelo IPHAN distanciou o órgão federal da comunidade científica em geral e, particularmente, das universidades públicas que lidam com o patrimônio arqueológico e que mantêm cursos e programas de graduação e de pós-graduação. É importante lembrar que as Universidades atuam também na arqueologia preventiva, não sendo tal prática prerrogativa exclusiva das empresas. É importante afirmar também que, da parte dos professores do MAE, os canais de comunicação e de cooperação continuam abertos para iniciativas, parcerias e situações como a que agora se apresenta. Cremos que tal comunicação poderá ajudar o IPHAN a cumprir ainda melhor suas responsabilidades relativas ao patrimônio cultural arqueológico nacional. (Carta dos professores do MAE-USP ao CNA-IPHAN em resposta ao texto da Instrução Normativa)12

12 (Ver na integra em http://arqueologiaeprehistoria.com/2013/09/23/carta-dos-professores-do-mae-usp-ao-cna-iphan-em-resposta-ao-texto-da-instrucao-normativa/)

Page 54: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

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Assim a carta continua debatendo item por item, cada tópico, de maneira crítica, porém

construtiva, para se chegar a uma conformação do texto normativo que seja um pouco mais

consensual para todas as partes envolvidas nas disputas em jogo na preservação do patrimônio

arqueológico, no âmbito dos trâmites de licenciamento ambiental.

A sensação que ficamos diante da publicação desta proposta de instrução normativa é de

insegurança, em relação a como serão feitos os novos trabalhos e se as unidades descentralizadas

do IPHAN darão conta destas novas tramitações. Os trabalhos poderão cair drasticamente. Pelo

que pudemos acompanhar dentro da Superintendência do IPHAN no Rio Grande do Norte,

houve uma participação efetiva nas discussões relativas à publicação da nova instrução

normativa por meio de eventos e teleconferências junto ao próprio CNA/IPHAN.

Acredito que este é o início do caminho na busca daquela indagação feita no primeiro capítulo,

entre qualidade técnica e ciência. A nova legislação parece buscar uma melhor relação do

trabalho e seus resultados. De certa forma, acreditamos em uma melhor efetividade nos registros

que serão apresentados e, portanto, o conhecimento sobre eles será ampliado. Esta pode ser parte

da resposta para uma qualidade cientifica nestes projetos. Retomando o pensamento, o grupo do

MAE-USP fez sua apresentação no Congresso da SAB no respectivo ano, ficando claro que

desde 2012 o grupo já estava discutindo os rumos da arqueologia no país e das políticas

desenvolvimentistas impostas pelo PAC, com poucos espaços para os questionamentos

populares para frear o que afirmam ser um “desenvolvimento a todo custo”.

Segundo eles, a iniciativa de publicação da carta voltou-se também ao intuito de trazer

apontamentos para dialogar com diferentes agentes, compartilhando ansiedades que permeiam

os estudantes.

Dessa maneira, como permitir que o patrimônio arqueológico seja em si uma ferramenta de transformação local e muitas vezes de reflexão sobre as próprias transformações do presente impulsionados pelos empreendimentos em andamento? De que maneira a articulação de grupos e coletivos podem favorecer um posicionamento reflexivo, crítico e atuante? 13

13 Ver na integra em https://arqueologiaemconstrucao.wordpress.com/2013/09/23/61

Page 55: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

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Verificamos assim uma preocupação destes estudantes de uma maneira aprofundada e de nível

social importante, fazendo questionamentos pertinentes e, acima de tudo, sendo ouvidos pelo

IPHAN, SAB e demais profissionais.

Fica claro que alguma coisa precisa ser feita para que os procedimentos e resultados melhores

sejam alcançados, sem esquecer o cunho social, os “questionamentos populares” como dito no

texto são, sem dúvida, importantes. Também começo a refletir sobre este papel da Universidade

nos trabalhos de Arqueologia Preventiva. Seguindo em frente, temos uma versão da Minuta da

Instrução feita em 2011, ainda não definitiva e que também constará nos anexos deste trabalho.

Como já comentado, o primeiro ponto que me chama a atenção realmente é a mudança da

mentalidade do não incentivo ao resgate arqueológico, principalmente em algumas

Superintendências Regionais, onde ainda não se aplicam essas Normas.

Em segundo lugar a análise dos impactos culturais deve tornar as decisões e estudos mais sérios

e completos, juntamente com o Diagnóstico do Meio Socioeconômico.

Outros itens a serem destacados que complementam a disposição da Instrução Normativa

comentada anteriormente. O primeiro deles diz respeito à reprodução da documentação relativa

aos trâmites do processo de licenciamento, afirmando que:

Durante toda a tramitação, o processo permanecerá no DEPAM/CNA ou Superintendências para consultas internas, podendo ser copiado no todo ou em parte, havendo conveniência e dentro de padrões de economicidade e otimização dos recursos públicos desejáveis. É vedada a cópia para interessados externos às expensas do IPHAN. (Minuta da Instrução normativa, 2014)

Aqui cabe uma ressalva sobre a possibilidade de copiar processos internamente. Mas pode gerar

dúvida a questão da cópia por interessados externos, no sentido de indagar-se sobre como será

feito o acompanhamento destas cópias sem expensas do IPHAN, mas com a do interessado. Será

feita internamente? Será cobrado? Ou no fim negado sem justificativa? Em teoria o simples

pagamento de uma Guia de Recolhimento da União (GRU) abre as portas para o acesso a estes

documentos, mas é necessário que isso se efetive na prática.

Page 56: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

56

Outro aspecto a ser comentado é sobre a compatibilização dos cronogramas de pesquisa e do

empreendimento, uma vez que está previsto que: “os Projetos e Programas deverão ser

compatíveis com o cronograma de concepção, instalação e operação da atividade ou

empreendimento apresentado ao IPHAN, de forma a garantir a sua plena execução”. (Minuta da

Instrução Normativa, 2014 p. 07)

As adequações das atividades não seriam do Projeto para o Patrimônio? Haverá impedimento

aos profissionais que não cumprirem o cronograma e entrega de relatórios ou outras

documentações? Teoricamente existe este procedimento, mas não vimos na prática tal

impedimento, somente algum questionamento da utilização da mesma equipe em 10 projetos ao

mesmo tempo. É importante que sejam ressaltadas estas ações em forma de Lei, Instrução ou

demais instrumentos jurídicos para que as mesmas sejam efetivamente cumpridas.

Outro ponto bastante relevante é a questão da guarda do acervo originado de pesquisa

arqueológica. A minuta de Instrução Normativa prevê que: “Os acervos oriundos dos projetos de pesquisa

arqueológica deverão permanecer sob a guarda “definitiva” de instituição científica localizada na unidade federativa onde a

pesquisa foi realizada. ” Este ponto é importante, desde que haja condições de guarda do referido

material. O IPHAN ainda não deixa claro como lidará com a gestão destes acervos, não sendo

somente de responsabilidade de uma instituição ou do arqueólogo, mas das três instâncias. Uma

norma jurídica deveria tratar melhor deste aspecto. Sendo que outros órgãos, como o Instituto

Brasileiro de Museus (IBRAM), deveriam participar.

Constato, portanto, uma tentativa de mudança das normativas atuais gerando, em termos

técnicos, maior controle e profundidade nas ações de fiscalização e de processos que deverá ser

refletida nas ações de campo, esperando os reflexos na qualidade dos projetos e maior proteção

ao Patrimônio Arqueológico e Cultural. As equipes de Arqueologia deverão ser maiores e

espero que trabalhem de forma contínua, uma vez que a regulamentação da profissão está

próxima.

Iniciar as avaliações de impacto cultural já na licença prévia garante que o seja realmente

realizado, uma vez que, como poderemos ver na documentação analisada da Superintendência

do IPHAN no Rio Grande do Norte, em muitos diagnósticos ditos como “etnoculturais” sequer

Page 57: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

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existem levantamentos de bens imateriais ou edificados, por exemplo. As condicionantes

deverão ser atreladas à liberação para as próximas etapas.

A implementação de um Programa de Gestão Arqueológica e Cultural também é importante,

pois deve melhorar o destino do material retirado de campo, além de assegurar projetos de

Educação Patrimonial consistentes, muito além de meras palestras, sendo feitas por profissionais

qualificados e principalmente com didática, a qual muitos Arqueólogos não possuem, haja vista

que, por prática e analisando os projetos escolhidos, sobre muitos deles foi requerida

complementação de Educação em seus Pareceres. A tentativa de compatibilidade antecipada das

liberações de licenças também é importante somada à definitiva legalização dos acervos ficarem

em seu Estado de origem.

Por fim, também existe a colocação da prática do monitoramento arqueológico nos locais onde

não foram encontrados vestígios, prática que alguns ainda são contra, mas que os arqueólogos,

em sua maioria, concordam ser necessário, mas que em muitas Superintendências, inclusive a

do Rio Grande do Norte, há dúvidas de sua implementação.

Outra coisa importante é que, caso a proposta de instrução normativa seja publicada da forma

como está sendo prevista, as portarias do IPHAN de no 230/02 e 28/03 deixarão de existir. O

que nos leva a indagar se o tempo de licenciamento vai aumentar e se os empreendedores a

respeitarão. Esta talvez seja uma problemática que deverá ser ajustada à medida que a aplicação

da nova normativa seja efetivamente feita.

Até aqui fiz um apanhado desta instrução normativa para que guardemos na mente algumas

problemáticas existentes no licenciamento arqueológico como um todo e como a comunidade

cientifica tem sem manifestado. São informações importantes para confronto com as análises

dos relatórios depositados no Rio Grande do Norte que são os reflexos, ou prova cabal de todas

estas questões.

2.2 DEMAIS LEGISLAÇÕES E NORMATIVAS VIGENTES:

Page 58: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

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Uma vez abordados os debates em torno da substituição da Portaria 230/02 por uma nova

instrução normativa, continuaremos a analisar outras legislações e normativas como a resolução

Conama 237/97 nos seus aspectos que chamam atenção e que vem ao encontro das

problemáticas deste trabalho.

Datada de 19 de dezembro de 1997, a Resolução CONAMA 237 dispõe sobre o licenciamento

ambiental, competência da União, Estados e Municípios, a listagem de atividades sujeitas ao

licenciamento, Estudos Ambientais, Estudo de Impacto Ambiental e os Relatórios de Impacto

Ambiental. Segue:

Resolve:

Artigo 1º– Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições:

I – Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.

II – Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.

III – Estudos Ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de risco.

IV – Impacto Ambiental Regional: é todo e qualquer impacto ambiental que afete diretamente (área de influência direta do projeto), no todo ou em parte, o território de dois ou mais Estados.

Artigo 2º– A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bem como os empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.

§ 1o – Estão sujeitos ao licenciamento ambiental os empreendimentos e as atividades relacionadas no

Anexo 1, parte integrante desta Resolução.

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No artigo 1° é definido o que é o licenciamento ambiental em suas formas. Aliada à resolução

CONAMA 01/86, a partir desta data é reforçada a problemática dos licenciamentos ambientais

e sua execução, até então pouco seguida. Veremos que esta legislação juntamente com outras

engrossa o rol de legislações protetoras. Chamo atenção para as ações poluidoras. No caso os

Parques Eólicos são considerados de baixo impacto segundo alguns especialistas e pelo que

pode também ser lido em alguns dos Relatórios analisados. Será mesmo? Mais à frente farei

considerações.

Agora vamos à Portaria 28/03 a qual também seria extinta caso a Instrução Normativa viesse a

vigorar. Esta portaria obriga aos empreendimentos hidroelétricos realizar estudos arqueológicos

na renovação das licenças, caso não haja sido feito quando de sua construção. Vemos por

exemplo o caso de Balbina, Amazonas, que foi um fracasso, por exemplo, e que podemos

analisar com mais detalhes nos documentos em anexo. A intenção é resgatar um pouco da

história sobrevivente dos empreendimentos mais antigos (mesmo já realizados estudos

anteriores) e seus reservatórios, lembrando, por exemplo, de Canudos, que a cada seca do

reservatório é realizado um projeto de escavação arqueológica, uma vez que o arraial foi

totalmente inundado. O que sempre pensei é que em qualquer grande empreendimento deveriam

ser realizados novos estudos ou uma avaliação atual dos sítios ainda existentes nos locais, no

mínimo um programa de educação patrimonial de 5 em 5 anos. O que preocupa é que a portaria

será extinta por aparente desuso e a proposta de nova instrução normativa pelo que vi não a

substituirá, pelo menos não claramente.

Seguimos com a resolução Conama 369, de 28 de março de 2006 que dispõe sobre ações de

baixo impacto e supressão vegetal em APP (Área de Preservação Permanente) determinando

que:

Art. 2 O órgão ambiental competente somente poderá autorizar a intervenção ou supressão de vegetação em APP, devidamente caracterizada e motivada mediante procedimento administrativo autônomo e prévio, e atendidos os requisitos previstos nesta resolução e noutras normas federais, estaduais e municipais aplicáveis, bem como no Plano Diretor, Zoneamento Ecológico- Econômico e Plano de Manejo das Unidades de Conservação, se existentes, nos seguintes casos: I - utilidade pública:

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60

a) as atividades de segurança nacional e proteção sanitária; b) as obras essenciais de infra-estrutura destinadas aos serviços públicos de transporte, saneamento e energia; c) as atividades de pesquisa e extração de substâncias minerais, outorgadas pela autoridade competente, exceto areia, argila, saibro e cascalho; d) a implantação de área verde pública em área urbana; e) pesquisa arqueológica; f) obras públicas para implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e de efluentes tratados; e g) implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e de efluentes tratados para projetos privados de aqüicultura, obedecidos os critérios e requisitos previstos nos §§ 1° e 2° do art. 11, desta Resolução. Art. 12. Nas hipóteses em que o licenciamento depender de EIA/RIMA, o empreendedor apresentará, até 31 de março de cada ano, relatório anual detalhado, com a delimitação georreferenciada das APP14, subscrito pelo administrador principal, com comprovação do cumprimento das obrigações estabelecidas em cada licença ou autorização expedida.

Aqui cabe dizer que há problemas com a prática de monitoramento de áreas licenciadas,

tomando-se por base a inexistência de processos administrativos que evidenciem esse tipo de

prática na Superintendência do Rio Grande do Norte. As atividades em APP´S são constantes e

nas supressões vegetais, em sua maioria, fora de licenciamento normal, e em grande medida,

sem que haja notícias de realização de acompanhamento arqueológico, havendo um risco

permanente. São áreas frágeis e quase sempre impactadas por ações humanas diretas. Essa

legislação pode ser um instrumento, aliada a outras legislações que restrinjam ou impeçam

certos tipos de atividades econômicas não sustentáveis ou impactantes.

Outra legislação de grande importância é a Lei de Crimes Ambientais, de no 9605, datada de

1998. Dentre ela separo alguns trechos:

Seção IV Dos Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural Art. 62. Destruir, inutilizar ou deteriorar: I - bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial; II - Arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, instalação científica ou similar protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial: Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

14 Área de Preservação Permanente. Consultar Lei nº12.651/12 Código Florestal, Resoluções Conama 302,303 e 369.

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61

Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena é de seis meses a um ano de detenção, sem prejuízo da multa. Art. 63. Alterar o aspecto ou estrutura de edificação ou local especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial, em razão de seu valor paisagístico, ecológico, turístico, artístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização da autoridade competente ou em desacordo com a concedida: Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. Art. 64. Promover construção em solo não edificável, ou no seu entorno, assim considerado em razão de seu valor paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização da autoridade competente ou em desacordo com a concedida: Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. Art. 65. Pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. Parágrafo único. Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena é de seis meses a um ano de detenção, e multa.

Retomando a ideia dos bens arqueológicos como bens ambientais, uma vez que os vestígios

arqueológicos foram produzidos com recursos naturais e estão conservados na própria natureza,

a criminalização mais efetiva em sua mutilação vem reforçar a legislação precedente como o

Decreto lei 25/37 e também mais especificamente a lei 3924/61. A legislação de licenciamento

também vem reforçar a criminalização, assim como a Carta Magna. Portanto os bens

arqueológicos são bens ambientais: a ideia de meio ambiente como ecossistema; a relação de

pertencimento do homem ao meio ambiente representa parte íntima deste contexto. Outro

aspecto é da própria gestão Arqueológica e Ambiental. Na legislação de crimes Ambientais

temos:

Seção V

Dos Crimes contra a Administração Ambiental

Art. 66. Fazer o funcionário público afirmação falsa ou enganosa, omitir a verdade, sonegar informações ou dados técnico-científicos em procedimentos de autorização ou de licenciamento ambiental:

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

Art. 67. Conceder o funcionário público licença, autorização ou permissão em desacordo com as normas ambientais, para as atividades, obras ou serviços cuja realização depende de ato autorizativo do Poder Público:

Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses a um ano de detenção, sem prejuízo da multa.

Art. 68. Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, de cumprir obrigação de relevante interesse ambiental:

Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

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Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses a um ano, sem prejuízo da multa.

Art. 69. Obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do Poder Público no trato de questões ambientais.

Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

Não devemos esquecer que os próprios arqueólogos devem ou podem ser criminalizados por má

execução dos serviços, juntamente com o IPHAN. O grande problema é quem poderá fiscalizar,

se não outro próprio arqueólogo. Veremos que uma análise minuciosa nos relatórios

apresentados é o início de uma reflexão mais abrangente sobre estes problemas e soluções, não

adiantando apontar erros se não for cobrada uma contrapartida e comprometimento das

resoluções destas problemáticas.

Os bens arqueológicos indiretamente poderão estar ligados às terras indígenas e aos

assentamentos quilombolas, mas não necessariamente, pois podem ocupar áreas não originais,

como já aconteceram em muitos casos de escavações realizadas por nós e outros casos relatados

pela mídia arqueológica. O uso da Arqueologia para tal afirmação é no mínimo controverso,

uma vez que certos profissionais são contratados a dar laudos de existência de vestígios do

passado, sem haver ligação étnica ou histórica com os habitantes atuais. Não é o caso do Rio

Grande do Norte, mas aqui cabe um exercício de prevenção. De qualquer forma, qualquer

intervenção desde a construção de casas ou equipamentos para o bem-estar social destas

populações deve ter o acompanhamento arqueológico. A Portaria 419/11 tenta resolver estas

afirmações em conjunto. No caso desta Portaria, o EIA/Rima é assim detalhado:

O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) constitui-se em um documento de natureza técnico-científica que tem por finalidade a avaliação dos impactos ambientais capazes de serem gerados por atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente poluidores ou daqueles que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, de modo a permitir a verificação da sua viabilidade ambiental.

O EIA deve determinar o grau de impacto da atividade ou do empreendimento, propor medidas mitigadoras e de controle ambiental, procurando garantir o uso sustentável dos recursos naturais e apontar o percentual a ser aplicado para fins de compensação ambiental, conforme Lei nº 9985/2000.

Page 63: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

63

Analisando os relatórios depositados no IPHAN no Rio Grande do Norte, podemos perceber

que o estudo arqueológico, embora em alguns casos faça parte do próprio estudo de EIA/RIMA,

aparentemente é trabalhado de forma independente, sendo ajuntado com outros estudos,

refletindo em foco muito fechado. O licenciamento cultural proposto com a nova Instrução

Normativa também visa melhorar estes aspectos. O IBAMA é responsável pelo ajuntamento dos

processos:

Devem ser observados os instrumentos legais e normativos próprios, além das diretrizes e orientações específicas emitidas pelos órgãos e entidades, conforme a competência. Assim, quaisquer autorizações ou documentos referentes à elaboração, ou dispensa de exigibilidade, de estudos ou ações, as suas conclusões, incluindo pareceres técnicos e avaliações, devem ser encaminhados ao Ibama para a devida anexação ao processo de licenciamento ambiental. (Lei nº 9985/2000)

Aqui cabe ao órgão avaliar se todos os documentos, estudos e pareceres estão de acordo,

inclusive os encaminhamentos do IPHAN. Cabe ao IBAMA aprovar ou não o licenciamento a

partir do conteúdo global destas informações. Assim a Portaria 419/11 ainda versa sobre o

patrimônio cultural e as responsabilidades do IPHAN:

Estudos sobre o Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (ANEXO III-D): Sob a responsabilidade do IPHAN, os estudos devem localizar, mapear e caracterizar as áreas de valor histórico, arqueológico, cultural e paisagístico na área de influência direta da atividade ou do empreendimento, com apresentação de propostas de resgate, quando for o caso, com base nas diretrizes definidas pelo Instituto. Modelo de TR com o conteúdo mínimo de tais estudos constituem o Anexo III-D desta Portaria. (Portaria 419/2011)

Cabe aqui ser mais bem definido em forma de lei, o que se considera ADA e AID. Novamente,

chamamos a atenção em relação à indicação do resgate. É previsto o diagnóstico do meio

socioeconômico relacionado aos bens de interesse cultural. A proposta de nova instrução

normativa também deve disciplinar a aplicação destas normas de maneira mais efetiva.

Levando-se em conta o que está sendo previsto para a nova instrução normativa, o Diagnóstico

Socioeconômico passaria a ser Sociocultural. Além disso, este Diagnóstico ganhará importância

significativa, deixando de ser quase mero complemento. Neste caso a Educação Patrimonial

Page 64: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

64

começa a figurar-se de forma obrigatória a partir dos resultados do Diagnóstico dos Bens

Culturais. Em realidade, a proposta de nova instrução normativa coloca mais claramente como

deve ser tal programa. Neste caso a extinção da 419/11 não acarretaria prejuízo, mas sim em

melhora significativa em termos educacionais e na produção de conhecimentos. Estes

conhecimentos devem chegar à sociedade de diversas formas e tanto os órgãos competentes,

quantos os cientistas têm a obrigação de publicar e divulgar estes conhecimentos adquiridos de

seus estudos e pesquisas.

A portaria 07/88, à qual recorreremos muitas vezes neste trabalho, dá início à regulamentação

do formato dos Projetos para solicitação de portarias de autorização/permissão de pesquisa

arqueológica. Na análise das fontes, mais para frente, ficaremos atentos a estes pormenores na

tentativa de fazer uma conexão com os Relatórios entregues para ver se cumprem as propostas

iniciais. A portaria 07/88 vem formatar, dar sequência e sentido à obtenção da permissão dos

estudos arqueológicos. Posso considerar que a partir desta portaria surgiu todo o trâmite

burocrático, o formato dos projetos e relatórios.

Veremos nas fontes escolhidas se todos os requisitos podem ser atendidos e como foram

registrados, utilizando-se como base esta portaria. Verificamos por exemplo, que no artigo 11°

é exigida uma série de requisitos como fotos de material relevante, plantas e fichas de cadastro.

Os próprios projetos também devem constar de documentação mínima como endossos,

currículos e prova de idoneidade técnica.

Para complementar a portaria 07/88, portanto, foi publicada a portaria 230/02, que vem

compatibilizar as fases de obtenção de licenças ambientais, com os empreendimentos

potencialmente capazes de afetar o patrimônio arqueológico.

Vejamos agora a Portaria 230/02 tentando explicar como a nova proposta de instrução normativa

pode complementar a normativa anterior, ou em que ela inova, retrocede, modifica ou mantém

uma vez que a própria portaria 230/02 deixaria de existir.

A ideia inicial da 230/02 é

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“compatibilizar as fases de obtenção de licenças ambientais, com os empreendimentos potencialmente capazes de afetar o patrimônio arqueológico, faz saber que são necessários os procedimentos abaixo para obtenção das licenças ambientais em urgência ou não, referentes à apreciação e acompanhamento das pesquisas arqueológicas no país. (Portaria 230/2002)

Com sua extinção, a instrução normativa garantiria a mesma efetividade e compatibilização?

Sabemos que as fases de obtenção das licenças também irão mudar, fazendo parte de um

conjunto mais amplo e de certa forma mais complexo.

Verificaremos a delimitação ou fases na obtenção das autorizações de pesquisa conforme as

fases de avanço das obras, ou seja, na Licença Prévia, Licença de Instalação e Licença de

Operação na Portaria 230/02. Na fase de Licença Prévia é recomendado se fazer um diagnóstico

etnhistórico na área de influência do empreendimento. No artigo segundo, é recomendado em

áreas desconhecidas que se façam intervenções subsuperficiais. Por algum motivo, verificamos

que nos projetos mais antigos os diagnósticos eram realizados de maneira não interventiva. Foi

necessária a expedição posterior de Minuta reforçando tal afirmativa. No artigo 5° é indicada a

realização de programa de Prospecção Arqueológica que corresponderá à fase de Licença de

Instalação. No artigo 6° é indicado o programa de Resgate consequentemente a licença e

Operação. No § 7º ainda é indicado além do trabalho de laboratório e gabinete um Programa de

Educação Patrimonial.

Como comentado em algumas partes deste trabalho, estas etapas não são muito compatíveis

com o trabalho arqueológico por causa do tempo, a colocação de máquinas em campo e pela

forma que devem prosseguir com as demais etapas. A questão do resgate e a definição de qual

seria a melhor abordagem de educação patrimonial também devem ficar claras. As portarias ou

resoluções aparentemente não deixam claras tais prerrogativas. Portanto, juntamente com

diversas outras prerrogativas, a intenção do CNA/IPHAN é a própria extinção desta portaria e a

utilização da futura Instrução Normativa. Proponho, mais adiante, que façamos um comparativo

entre as duas.

Outra legislação para proteção do patrimônio arqueológico que ainda não foi citada é a resolução

CONAMA 01 de 23 de janeiro de 1986. Esta resolução vem ao encontro às novas necessidades

enfrentadas perante o desenvolvimento do País e as atividades que impactam o meio ambiente.

Page 66: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

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Nela é estabelecido o estudo de Impacto Ambiental – o EIA – e o relatório de Impacto Ambiental

– RIMA. Para a viabilização de qualquer grande empreendimento, portanto, deverão ser

realizados os tais estudos.

Outro ponto interessante passa a ser a regionalização das competências para a obtenção das

licenças, ou seja, tanto o IBAMA quanto demais órgãos colegiados tem tal permissão como o

IPHAN, Fundação Palmares, FUNAI entre outros.

Do ponto de vista da proteção do patrimônio arqueológico e cultural, o artigo 6° parte C, prevê

que:

c) o meio sócio-econômico - o uso e ocupação do solo, os usos da água e a sócio-economia, destacando os sítios e monumentos arqueológicos, históricos e culturais da comunidade, as relações de dependência entre a sociedade local, os recursos ambientais e a potencial utilização futura desses recursos. (Resolução CONAMA 01/1986)

A Arqueologia como ciência social, assim mesmo como a História e demais ciências são

reflexos de uma sociedade que vive interdependente na natureza, portanto este meio

socioeconômico e as relações de dependência da sociedade utilizam estes recursos naturais. No

artigo 6°, portanto está clara a importância do estudo Arqueológico. No artigo 9°, em seu

parágrafo único, é indicado que o RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada à

sua compreensão. As informações devem ser traduzidas em linguagem acessível, ilustradas por

mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual, de modo que se

possam entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as consequências

ambientais de sua implantação.

Verificamos a importância de um bom registro dos sítios, quantificação e contextualização dos

pormenores realizados em campo para uma boa avaliação dos impactos que poderão ser sofridos

nos sítios. A abordagem utilizada aparentemente é para o cumprimento de uma legislação e de

uma sequência lógica, mas pela própria resolução devemos lembrar a colocação dos dados na

balança dos prós e contras.

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Verificamos também que a Portaria do IPHAN no 230/02 é um espelho, um reflexo desta

resolução CONAMA uma vez que prevê as fases de trabalho seguindo as orientações dadas para

a o estudo de EIA/RIMA

Complementando as ideias anteriores, em 2012 o CNA/IPHAN emite o Memorando Circular

número 14 que vem revogar o Memorando Circular 02 de 2008 sobre o Diagnóstico não

Interventivo. Neste Memorando Circular, as premissas da 230/02 são reforçadas. O documento

também seguirá em anexo.

É interessante pensar em como o Memorando Circular 14/2012 trata a questão da análise que o

agente do IPHAN faz sobre a documentação arqueológica, à maneira de um julgamento que,

como algo subjetivo, algo ligado à percepção que o agente público deve possuir no momento da

leitura destes documentos e da emissão de pareceres. Proponho uma reflexão sobre esse item

em conjunto com o item 7 do Memorando.

Os estudos inconsistentes e também consistentes são avaliados pela experiência individual, por

suas leituras e também por suas intenções. Portanto, ver pareceres relacionados a tais relatórios

também são julgamentos subjetivos do agente público, mesmo havendo uma legislação rígida

que controle certos aspectos. O que percebemos é que estes julgamentos comumente pela parte

do IPHAN, em certos casos, são focados muito fortemente na parte científica de cada projeto.

Esta é uma questão delicada, uma vez que a metodologia escolhida pelo arqueólogo faz parte

de seu know-how e de sua produção intelectual. Relatórios muitas vezes não são aprovados, pois

não fazem contento ao técnico que analisa o Relatório, e não por uma justificativa plausível,

uma vez que seu projeto inicial foi aprovado.

Este trabalho justamente trata da questão do acesso à informação e da produção de conhecimento

produzido nas ações de preservação, com vistas à democratização desse conhecimento e a

politização e fortalecimento de outras instâncias que participam, disputam poder e dialogam

com o Estado em busca da preservação dos bens arqueológicos.

No caso, esta inconsistência que o memorando quer evitar se deve a alguns problemas já

enfrentados. Um diagnóstico não interventivo, na pior das hipóteses, poderia ter sido realizado

sem mesmo ir a campo, pois constavam mapas, até mesmo fotos e descrições etnohistóricas

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obtidas de livros ou outras fontes. A responsabilidade passaria para a etapa de prospecção.

Portanto, comumente, é uma forma de lucro sem a ida efetiva ao campo.

No item 9 do Memorando 14/12 fica claro que este tipo de alternativa não liberaria a licença,

por que, em teoria, os vestígios existentes poderiam ser afetados pela própria condição de

instalação. Outro problema é a descontextualização dos sítios em coletas na fase de diagnóstico,

retirando somente partes dos sítios. O material guardado por ser em pequena quantidade é

passível de perda e, no pior dos casos, nas outras etapas outras empresas fariam a prospecção

e/ou resgate, sendo que as instituições de guarda poderiam ser diferentes. Desse modo, os

vestígios arqueológicos jamais poderiam representar um contexto verdadeiro. Portanto, este

memorando, por enquanto, melhor informa os procedimentos corretos. Tudo irá mudar caso a

versão que vem sendo divulgada da Instrução Normativa venha a ser publicada, pois o uso dela

entrará em rotina dirimindo demais dúvidas ao longo do tempo.

Estando quase no fim da escrita deste capítulo, gostaria de fazer um resumo de tudo visto e um

apanhado diverso de outros instrumentos de proteção ao patrimônio arqueológico, quando vi

publicada no DOU uma nova resolução. Resolução CONAMA n° 462 de 24/07/2014, a qual

causou muita polêmica.

A intensão dessa normativa é regulamentar a obtenção das licenças ambientais para parques

eólicos, e também que elas sejam emitidas mais rapidamente. As usinas deverão ser enquadradas

em categorias de alto e baixo impacto, dispensando ou não o EIA/RIMA em alguns casos.

Art. 2°

Para os fins previstos nesta Resolução, considerasse:

I - empreendimento eólico: qualquer empreendimento de geração de eletricidade que converta a energia cinética dos ventos em energia elétrica, em ambiente terrestre, formado por uma ou mais unidades aerogeradoras, seus sistemas associados e equipamentos de medição, controle e supervisão, classificados como:

a) usina eólica singular: unidade aerogeradora, formada por turbina eólica, geradora de energia elétrica;

b) parque eólico: conjunto de unidades aerogeradoras;

c) complexo eólico: conjunto de parques eólicos.

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III - sistemas associados: sistemas elétricos, subestações, linhas de conexão de uso exclusivo ou compartilhado, em nível de tensão de distribuição ou de transmissão, acessos de serviço e outras obras de infraestrutura que compõem o empreendimento eólico, e que são necessárias a sua implantação, operação e monitoramento.

CAPÍTULO II

DOS PROCEDIMENTOS GERAIS PARA O LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Seção I

Do Enquadramento do Empreendimento

Art. 3°

Caberá ao órgão licenciador o enquadramento quanto ao impacto ambiental dos empreendimentos de geração de energia eólica, considerando o porte, a localização e o baixo potencial poluidor da atividade.

§ 1°

A existência de Zoneamento Ambiental e outros estudos que caracterizem a região, bacia hidrográfica ou bioma deverão ser considerados no processo de enquadramento do empreendimento.

§ 2°

O licenciamento ambiental de empreendimentos eólicos considerados de baixo impacto ambiental será realizado mediante procedimento simplificado, observado o Anexo II, dispensada a exigência do EIA/RIMA.

§ 3°

Não será considerado de baixo impacto, exigindo a apresentação de Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto (Resolução CONAMA 462/2014)

Aqui, pelo menos em relação aos parques eólicos no Rio Grande do Norte, em boa parte está

“em formações dunares, planícies fluviais e de deflação, mangues e demais áreas úmidas”,

portanto, passíveis de licenciamento. Fico preocupado com as áreas intermediárias, elevações,

serras e mata de restinga, caatinga. Não está bem claro para mim. Seguindo:

2.2. Implantação do projeto. Caracterizar a (s) áreas destinadas ao canteiro de obra, incluindo layout e descrição de suas unidades, oficinas mecânicas e postos de abastecimentos. Descrever a geração, destinação, tratamento e controle de resíduos sólidos e efluentes gerados durante a implantação do empreendimento. Estimar volumes de corte e aterro, necessidade de áreas de bota-fora e de empréstimos, indicando áreas potenciais para as últimas. Estimar a contratação de mão de obra. Indicar as praças de montagem das torres, estimar o fluxo de tráfego.

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Apresentar as áreas de supressão de vegetação. Apresentar as diretrizes para logística de saúde, transporte e emergência médica das frentes de trabalho, e estimar a demanda prevista para utilizar o sistema local de saúde no período de obras, considerar os riscos construtivos, a probabilidade de sinistros e a questão das doenças tropicais à luz das orientações da SVS/MS e especificar as ações de controle. Estimar as áreas de supressão de vegetação destacando as Áreas de Preservação Permanente e de reserva Legal, considerando todas as áreas de apoio e infraestrutura durante as obras. Estimar restrições ao uso da área do empreendimento e acessos permanentes. Apresentar a estimativa do custo do empreendimento e o plano de obras com o cronograma físico. (Resolução CONAMA 462/2014)

Aqui os projetos de implantação, assim como os locais de obtenção de matérias primas e as

áreas de jazidas para a obra, podem ser contemplados. A supressão vegetal dever ser mais bem

pensada. E o Monitoramento Arqueológico deve ser efetivo.

3. Estudos de alternativas tecnológicas construtivas e de localização. Apresentar alternativas tecnológicas construtivas, e de localização/locacionais para o empreendimento, bem como a hipótese de não instalação do mesmo, devendo utilizar matriz comparativa das interferências ambientais e viabilidade do potencial eólico na região integrando os meios físicos, bióticos e socioeconômicos. Indicar a magnitude de cada aspecto considerando (peso relativo de cada um) e justificar as alternativas selecionadas. Considerando quando couber. - Necessidade de abertura de estrada de acessos. - Interferência em área de importância biológica, áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade (MMA) e em áreas legalmente protegidas. - Interferência na paisagem. - Necessidade de realocação populacional. - Localização ou interferência em áreas urbanas. - Interferências em terras indígenas, projetos de assentamentos, comunidades quilombolas e de outras comunidades tradicionais. - Localização em patrimônio arqueológico, histórico e cultural. (Resolução CONAMA 462/2014)

Os estudos de alternativas devem constar na possibilidade de mudança de projeto caso haja a

necessidade de proteção de sítios arqueológicos de grande interesse. Pode também oferecer

subsídios para quem sabe a construção de locais apropriados para guarda de materiais

arqueológicos, museus ou equipamentos para a localidade afetada.

5.3.6. Patrimônio Histórico, Cultural e Arqueológico Diagnosticar, caracterizar e avaliar, na Área de Influência Direta (AID), a situação atual do patrimônio histórico, cultural e arqueológico com base em informações oficiais; identificar e mapear possíveis áreas de valor histórico, cultural, arqueológico e paisagístico, incluindo os bens tombados pelo IPHAN ou outros órgãos Estaduais e municipais de proteção ao patrimônio histórico.

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6. Análise Integrada A análise integrada tem como objetivo fornecer dados para avaliar e identificar os impactos decorrentes do empreendimento, bem como a qualidade ambiental futura da região. Esta análise, que caracteriza a área de influência do empreendimento de forma global, deve ser realizada após a conclusão do diagnóstico de cada meio. Deve conter as interrelações entre os meios físico, biótico e socioeconômico, ilustrados com mapas de integração, sensibilidades e restrições ambientais. 7. Identificação e Avaliação de Impactos Ambientais Deverão ser identificadas ações impactantes e analisados os impactos ambientais potenciais nos meios físico, biótico e socioeconômico, relativos às fases de planejamento, implantação e operação do empreendimento. Os impactos serão avaliados considerando as áreas de influência definidas. Na avaliação dos impactos sinérgicos e cumulativos deverão ser considerados os usos socioeconômicos existentes nas áreas de influência direta e indireta, de forma a possibilitar o planejamento e integração efetiva das medidas mitigadoras. Para efeito de possibilitar o planejamento e integração efetiva das medidas mitigadoras. Para efeito de análise os impactos devem ser classificados de acordo com os seguintes critérios: (Resolução CONAMA 462/2014)

Aqui, define-se a AID para um estudo Arqueológico mais aprofundado baseado em informações

oficiais. A identificação de área de potencialidade de valor Histórico e Arqueológico seria feita

na etapa de Diagnóstico Arqueológico do Empreendimento ou em outra?

A análise integrada dos dados deve ajudar a avaliar mais precisamente os impactos referentes à

implantação destes parques.

O levantamento de informações visando ao diagnóstico ambiental do empreendimento poderá considerar para a área de influência indireta, o levantamento de dados secundários para o diagnóstico do meio físico, biótico e socioeconômico; e para a área de influência direta, o levantamento de dados secundários e bases oficiais disponíveis, ou levantamento de dados primários na inexistência de dados secundários. Os estudos devem apresentar em texto e mapa, em escala adequada, quando pertinente, as informações. (Resolução CONAMA 462/2014)

Podemos perceber que esta parte é comum a algumas legislações já apresentadas. As condições

prosseguem a seguir:

Deverão ser descritos os prováveis impactos ambientais e socioeconômicos da implantação e operação da atividade, considerando o projeto, os horizontes de tempo de incidência dos impactos e indicando os métodos, técnicas e critérios para sua identificação, quantificação e interpretação. Devem ser identificados e classificados os tipos de acidentes possíveis relacionados ao empreendimento nas fases de instalação e operação.

Realizar diagnósticos, considerando a caracterização de qualidade ambiental atual da área de influência do empreendimento, os impactos potenciais e a interação dos diferentes fatores ambientais, incluindo a análise do conforto acústico das

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comunidades locais e a preservação da saúde no que tange o sombreamento e ao efeito. (Resolução CONAMA 462/2014)

Nesta etapa de estudos simplificados serão feitas as descrições de ocorrência de cavernas, áreas

de relevante beleza cênica, sítios de interesse arqueológico, histórico e cultural, de bens já

cadastrados. O problema que vejo é se porventura existirem sítios não catalogados. A legislação

arqueológica deve exigir estudos independentes da necessidade de licenças. Na parte 2.3 diz

haver a necessidade de diagnóstico na área de influência incluindo os impactos. Efetivamente

vamos ver se esta nova legislação satisfaz as novas tendências.

Continuando a onda de novidades, em notícia veiculada pelo jornal O Estado de São Paulo em

03/08/2014 agora é informado que o Licenciamento Ambiental irá mudar (notícia em anexo).

Segundo a reportagem, a intenção do Governo é reduzir o poder da FUNAI, do IPHAN e da

Fundação Palmares, para dar maior agilidade à emissão de licenças ambientais.

O governo vai alterar as regras do licenciamento ambiental. O objetivo das medidas que devem

ser implementadas é garantir mais agilidade e transparência ao rito de emissão de licenças,

processo constantemente criticado pelas empresas que dependem dessas autorizações para

execução de obras. Mas por que o Governo deve atender as críticas das empresas? O

licenciamento ambiental deve cumprir etapas bem definidas e não regradas pelo fator tempo.

Tempo deve ser calculado no projeto de engenharia e não no prejuízo do ambiental.

Os empresários também acusam o governo de incluir no licenciamento obrigações sociais que deveriam ser atendidas pelo poder público, e não pelas empresas.

Izabella Teixeira admite a "socialização" do processo, mas afirma que a tendência é de que essa relação diminua. "O licenciamento não é a 'Geni' das obras públicas, mas também não pode ser a cereja do bolo. Ele é apenas um instrumento de caráter preventivo e é dessa forma que deve ser tratado", afirma

As obrigações sociais são contrapartida, além da questão de educação e demais ações sociais.

Não é possível compreender aqui o caráter preventivo.

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"Eu não consigo entender como um estudo de impacto ambiental pode ter 35 mil páginas, como acontece no caso de Belo Monte. Não dá para ser assim, tem algo errado nisso, e que precisa mudar", disse Izabella.

Pelas regras atuais, cabe ao Ibama o papel de definir se um empreendimento é ambientalmente viável ou não. Órgãos como a Funai, o IPHAN e a Fundação Palmares podem até ser contrários a um determinado licenciamento e pedir que a licença seja negada, mas a decisão final cabe ao instituto15

Questionamos aqui se realmente atende ou não as necessidades de um licenciamento. O relatório

de área tão delicada deveria ter mais que o dobro de páginas. Isso nos leva a dizer que a função

dos outros órgãos é apenas consultiva. Aqui parece haver uma disputa política para liberar as

obras de forma mais rápida. Insistimos em dizer que o cronograma deve ser antecipado ao

licenciamento. As notícias levam a uma preocupação e a um questionamento quanto aos papéis

dos órgãos de preservação e da comunidade científica acerca desse tipo de problemática.

O IPHAN, em 2014, lançou sua carta ao cidadão tentando esclarecer todos os pormenores do

universo de instrumentos e práticas de preservação em nível federal, como tombamento,

registro, chancela, obtenção de licenças para o estudo arqueológico, educação, documentação e

pesquisa. Estamos fazendo as coisas voltadas ao cidadão. Não podemos inverter o processo em

favor de vontades empresariais ou de governo, embora pertençamos a ele. O arqueólogo tem

como suas premissas o fator social. Não falo somente como arqueólogo, mas como alguém

ligado ao IPHAN, responsável pela proteção do patrimônio cultural nacional.

É importante termos em mente nosso código de ética:

1 - SÃO DIREITOS DOS ARQUEÓLOGOS: 1.1 - O direito ao pleno exercício da pesquisa e acesso às fontes de dados, bem como à liberdade no que se refere à temática, à metodologia e ao objeto de investigação. 1.2 - O direito de autoria sobre os projetos e resultados de suas pesquisas, mesmo quando executados a serviço de órgãos públicos ou privados. 1.3 - O direito à proteção contra a utilização indevida de projetos e resultados de pesquisas, sem a necessária autorização ou citação. 1.4 - O direito de se recusar a participar de trabalhos que contrariem seus princípios morais, éticos, religiosos ou científicos.

15Ver em http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,licenciamento-ambiental-vai-mudar-imp-,1538080

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O pleno direito ao exercício da profissão é basilar. Não devemos esquecer que a autorização

para que o arqueólogo trabalhe é concedida pelo IPHAN. Isto em alguns momentos pode ser

uma questão delicada. Os direitos autorais também são importantes. Em relação aos

compromissos:

2 - SÃO COMPROMISSOS DOS ARQUEÓLOGOS: 2.1 - Com o seu objeto de estudo: 2.1.1 - Trabalhar para a preservação do registro arqueológico, aí entendidos áreas, sítios, coleções e documentos em geral. 2.1.2 - Empreender intervenções que afetem o registro arqueológico apenas sob condições que assegurem a produção de resultados satisfatórios do ponto de vista científico. 2.1.3 - Limitar as intervenções ao estritamente necessário, de modo a assegurar, tanto quanto possível e conveniente, a conservação dos testemunhos arqueológicos para gerações futuras. 2.1.4 - Desestimular qualquer forma de comercialização de bens arqueológicos móveis. Não emitir pareceres, autenticações, laudos, perícias, avaliações ou declarações que possam instrumentalizar qualquer tipo de prática comercial.

O compromisso com o objeto de estudo é fundamental. O que percebemos é que este

compromisso, em muitos casos, à luz dos documentos analisados no Rio Grande do Norte, cessa

depois que os vestígios são resgatados e depositados em instituições de guarda aprovadas pelo

IPHAN. Este compromisso deve ser contínuo tanto por parte do arqueólogo, quanto do IPHAN.

O limite de intervenções demonstra responsabilidade, assim como o desestímulo do comércio,

da desmistificação do arqueólogo aventureiro e buscador de tesouros. As obrigações sociais

então são entendidas:

2.2 – Com a sociedade em geral: 2.2.1 – Reconhecer como legítimos os direitos dos grupos étnicos investigados à herança cultural de seus antepassados, bem como aos seus restos funerários, e 74tende-los em suas reivindicações, uma vez comprovada sua ancestralidade. 2.2.2 – Colocar o conhecimento produzido à disposição das comunidades locais, dos colegas e do público em geral. 2.2.3 – Respeitar o interesse e os direitos das comunidades sobre o patrimônio arqueológico, atuando, sempre que possível, para a permanência dos acervos em seus locais de origem.

Page 75: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

75

A ética sobre a divulgação do conhecimento e proteção das comunidades tradicionais é assunto

que não deve cessar. O objetivo deste trabalho é acrescentar elementos a esta discussão. Em

relação aos outros profissionais, colegas de profissão, temos:

2.3 - Com os colegas de profissão: 2.3.1 - Dar os devidos créditos de autoria ao utilizar dados e/ou idéias de outros profissionais, quer publicados, quer transmitidos em confiança, como informação pessoal. 2.3.2 - Não omitir informações relevantes para a produção do conhecimento científico. 2.3.3 - Facilitar o acesso às coleções e respectiva documentação sob seus cuidados, ressalvados os interesses da própria pesquisa em andamento e os casos previstos anteriormente. 2.3.4 - Não atingir, falsa ou maliciosamente, a reputação de outro arqueólogo. 2.3.5 - Notificar as violações a este código às autoridades competentes.

Temos o direito ao pleno exercício da pesquisa e acesso às fontes de dados, bem como à

liberdade no que se refere à temática, à metodologia e ao objeto de investigação como é dito no

primeiro item, e também colocar o conhecimento produzido à disposição das comunidades

locais, dos colegas e do público em geral. É obrigação nossa com a sociedade. No caso ainda

mais específico da Arqueologia Preventiva temos um trecho da discussão do simpósio de

arqueologia e no meio empresarial realizado em 2000. (Lima, p. 289 a 299)

A Sociedade de Arqueologia Brasileira ainda disponibiliza o documento chamado de Código de

Ética na Arqueologia por Contrato16.

Jamais aceitar trabalhos que contribuam para a devastação do patrimônio arqueológico da nação Não aceitar contratos para os quais o arqueólogo e sua equipe não estejam devidamente habilitados Resistir a qualquer tipo de pressão, ordens ou solicitações que possam resultar em dano ao patrimônio arqueológico da nação

Estas três afirmativas acima representam risco real ao patrimônio como um todo nas ações de

todos os profissionais envolvidos com o tema. Devemos pensar em formas de fiscalização e

16 Consultar em http://www.sabnet.com.br/conteudo/view?ID_CONTEUDO=618)

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controle mais específicos para eventuais problemas que possam existir. Seguem algumas

propostas de atribuição do IPHAN:

Assegurar no âmbito dos programas de resgate a curadoria dos bens arqueológicos recuperados. Responsabilidade em relação aos contratantes.

Respeitar os interesses dos contratantes desde que não sejam incompatíveis com o código de ética profissional e com os interesses do público

Temos duas colocações importantes para finalizar o assunto. Resistir a qualquer tipo de pressão,

ordens ou solicitações que possam resultar em dano ao patrimônio arqueológico da nação,

portanto é meu papel não concordar com qualquer coisa que irá comprometer a preservação do

patrimônio como um todo, inclusive a pressa.

Respeitar os interesses dos contratantes desde que não sejam incompatíveis com o código de

ética profissional e com os interesses do público quer dizer que o interesse público respaldado

sobre toda esta legislação não pode ser dilapidado por uma simples mudança feita sobre

interesses de pequenos grupos, mesmo que políticos. Nos princípios éticos da SAA, Sociedade

Americana de Arqueologia, é colocado:

O registro arqueológico, que são os sítios e matérias arqueológicos in situ, coleções registros e relatórios, são insubstituíveis. É responsabilidade de todo arqueólogo trabalhar pela sua conservação e proteção pela prática e promoção da gestão do registro arqueológico. Como responsáveis, são tanto cuidadores como defensores do registro arqueológico, pelo bem de todos os povos. Na medida em que investigam e interpretam os registros, eles devem usar seu conhecimento especializado para promover assegurar a compreensão do público e o apoio para usa preservação a longo prazo.

E internacionalmente, quais outros mecanismos temos em auxilio à proteção do Patrimônio

Arqueológico?

Cito as Cartas Internacionais. As Cartas Internacionais são acordos internacionais para

preservação do Patrimônio Mundial. O ICOMOS, International Council on Monuments And

Sites, órgão da Unesco é responsável pela proteção e fomento destas ações de proteção.

Page 77: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

77

Em 1942, em plena Segunda Guerra Mundial, os Ministros da Educação de alguns dos governos aliados que combatiam o Eixo reuniram-se para debater a reconstrução de seus sistemas educacionais após o fim do conflito. Com a pronta adesão de novos governos, o projeto ganhou momentum. Em novembro de 1945, apenas terminada a guerra, 44 países reuniram-se em Londres sob a égide das Nações Unidas e decidiram criar uma organização voltada à promoção de uma “cultura para a paz”, capaz de prevenir a eclosão de novos conflitos globais a partir do fomento à “solidariedade intelectual e moral da humanidade”.

Ao final da conferência, 37 países fundaram a UNESCO. Sua Constituição, assinada em 16 de novembro de 1945, entrou em vigor em 4 de novembro de 1946, após sua ratificação por 20 países: África do Sul, Arábia Saudita, Austrália, Brasil, Canadá, China, Dinamarca, Egito, Estados Unidos, França, Grécia, Índia, Líbano, México, Nova Zelândia, Noruega, Reino Unido, República Dominicana, Tchecoslováquia e Turquia. A primeira sessão da Conferência Geral, órgão máximo da nova organização, ocorreu em Paris, de 19 de novembro a 10 de dezembro do mesmo ano, já com a participação de 30 países com direito a voto.

Buscando uma definição mais elaborada no próprio sítio eletrônico do ICOMOS no Brasil17, foi

possível perceber que o mesmo está fora do ar ou não existe mais, o que é mais grave. De

qualquer forma, segue a definição em inglês:

ICOMOS works for the conservation and protection of cultural heritage places. It is the only global non-government organization of this kind, which is dedicated to promoting the application of theory, methodology, and scientific techniques to the conservation of the architectural and archaeological heritage. Its work is based on the principles enshrined in the 1964 International Charter on the Conservation and Restoration of Monuments and Sites (the Venice Charter).

ICOMOS is a network of experts that benefits from the interdisciplinary exchange of its members, among which are architects, historians, archaeologists, art historians, geographers, anthropologists, engineers and town planners.

The members of ICOMOS contribute to improving the preservation of heritage, the standards and the techniques for each type of cultural heritage property: buildings, historic cities, cultural landscapes and archaeological sites18

17 http://www.icomos.org.br/ 18 ICOMOS trabalha para a conservação e proteção dos sítios património cultural. É a única organização mundial não-governamental desse tipo, que se dedica a promover a aplicação da teoria, metodologia e técnicas científicas para a conservação do patrimônio arquitetônico e arqueológico. O seu trabalho baseia-se nos princípios consagrados na Carta Internacional de 1964 para a Conservação e Restauração de Monumentos e Sítios (Carta de Veneza). ICOMOS é uma rede de especialistas que se beneficia com a troca interdisciplinar de seus membros, entre os quais arquitetos, historiadores, arqueólogos, historiadores de arte, geógrafos, antropólogos, engenheiros e urbanistas. Os membros do ICOMOS contribuir para melhorar a preservação do patrimônio, as normas e as técnicas para cada tipo de bem cultural: edifícios, cidades históricas, paisagens culturais e sítios arqueológicos.

Page 78: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

78

O ICOMOS, portanto, é uma rede de proteção do patrimônio cultural de maneira geral voltado

à Arquitetura, Arte e também Arqueologia, entre outros. Esta rede interdisciplinar contribui para

a padronização de técnicas e intenções na preservação. As cartas publicadas versam sobre os

mais diversos assuntos peculiares e o Brasil é signatário de várias delas figurando entre os países

que possuem bens de Patrimônio Mundial.

Em relação ao Patrimônio Arqueológico existe mais as Cartas de Lausanne, Nova Délhi,

Normas de Quito e também a Recomendação Paris de Obras Públicas ou Privadas de 1968.

Estas Cartas Patrimoniais, assim como muitas outras serviram de inspiração para as legislações

atuais. Segundo Valdeci dos Santos Junior:

... das cartas nacionais e internacionais referentes a conservação patrimonial, evidenciando sua influência na elaboração das leis de proteção aos sítios arqueológicos no Brasil do século XX.... A Lei 3.924 sobre a proteção do patrimônio histórico e pré-histórico no Brasil foi divulgada em 26 de Julho de 1961 e vem se mantendo até hoje. Ela reflete toda uma influência das cartas patrimoniais européias durante a evolução cronológica do século XX... (Santos, 2005)

Não somente a Lei 3924 foi influenciada pelas cartas patrimoniais, mas o próprio Decreto 25

/37.

De qualquer forma o nosso patrimônio arqueológico deve ser protegido, e devemos ter o direito

de realização dos trabalhos de preservação onde forem necessários, respaldados por exemplos e

mais exemplos da preocupação em sua preservação.

Gostaria que observassem as futuras colocações, assim como analisando friamente à luz da

legislação e com estes comentários as fontes analisadas para uma discussão mais consciente.

Estou escrevendo também para quem não tem contato direto com estas coisas que rondam o dia

a dia do arqueólogo. Questões que talvez nem o IPHAN conheça, suas próprias problemáticas

e soluções.

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79

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80

CAPÍTULO 3: ARQUEOLOGIA PREVENTIVA, PRODUÇÃO E GESTÃO

DOCUMENTAL: ANÁLISE DOS PROCESSOS DEPOSITADOS NA

SUPERINTENDÊNCIA DO IPHAN NO RIO GRANDE DO NORTE

3.1 SOBRE A ESCOLHA DE FONTES

A escolha das fontes deu-se por alguns motivos, os quais serão explicitados adiante. No universo

de 397 processos de Arqueologia Preventiva, 74 foram escolhidos para representar este universo

de processos existentes.

Segundo Silva & Lima (2007, p. 277), a documentação relacionada ao gerenciamento do

patrimônio arqueológico depositada no IPHAN é composta de vários tipos ou espécies

documentais, tratando-se, em sua maioria, de requerimentos de permissão/autorização para

pesquisa arqueológica; portarias publicadas no Diário Oficial da União; projetos e relatórios de

pesquisa arqueológica; laudos técnicos e pareceres. Cabe ao órgão federal o papel de gestor

público da produção e permanência desses registros documentais, como “documentos públicos

de caráter permanente e, portanto, ‘imprescritíveis e inalienáveis’, conforme a Lei de Arquivos

no 8.159, de 8 de janeiro de 1991" (SILVA & LIMA, p. 276). Contudo, conforme as autoras,

os instrumentos legais que amparam e regulam a realização de pesquisas arqueológicas para fins

de licenciamento ambiental são omissos no que se refere às exigências e aos cuidados a serem

dispensados a essa documentação primária, de modo que sua situação não vem sendo fiscalizada

e acompanhada pelo órgão, ao menos de forma sistemática (2007, p. 277)

Inicialmente escolhi alguns processos (que somam projetos e relatórios) das empresas que mais

atuaram no Estado do Rio Grande do Norte durante o período de 2010 a 2012, mas ao final

procurei escolher pelo menos um processo de cada uma das outras empresas que também

participaram dos trabalhos, para ter uma visão mais ampla de sua diversidade. Em segundo

lugar, separei projetos para analisar as diferentes abordagens tomadas em relação à teoria

arqueológica e metodologia geral de campo. Posteriormente também elenquei alguns projetos

por similaridade e diversidade de suas referências e indicações bibliográficas para o

Page 81: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

81

entendimento das diversas metodologias e formas de trabalho adotadas por cada arqueólogo

responsável pela coordenação científica da proposta.

Estas fontes foram escolhidas para representar um grande universo ao qual representam

problemáticas e também soluções encontradas na prática burocrática da Arqueologia Preventiva,

servindo de base para novos questionamentos e mudanças de postura dentro da instituição e

também por parte das empresas e arqueólogos em geral.

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82

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84

Fonte: Arquivo IPHAN RN e Noronha Santos.

Esta seleção ainda vem tentar mostrar como a formatação do trabalho de campo pode refletir

negativamente ou positivamente na questão orçamentária de cada projeto, tentando concorrer

na busca de projetos dentro deste mercado e depois obtendo determinados resultados. Estes

resultados que são avaliados posteriormente, sendo aprovados ou não pela instituição no nível

da Superintendência e também pelo CNA, como parte da área central do órgão, são reflexos

destas disputas. Na tabela abaixo temos o número de portarias concedidas nos últimos anos:

Tabela 1: Quantidade de Projetos por ano. Fonte CNA Iphan

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85

Até esta data, o Estado do Rio Grande do Norte figura entre os primeiros em número de projetos.

Anualmente os projetos foram divididos da seguinte forma:

2010

Arqueólogos Portarias

Flávia Prado Moi 4

Plácido Cali 1

Saul Milder 1

Iago Henrique Albuquerque de Medeiros 3

Tabela 2: Fonte: CNA Iphan,2013

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86

Tabela 3: No ano de 2010 as 40 portarias foram divididas entre 8 arqueólogos. Fonte: CNA IPHAN 2013

Tabela 4: No ano de 2011 as 130 portarias foram divididas entre 14 arqueólogos. Fonte: CNA IPHAN 2013

Luiz Dutra 7

Luiz Augusto Viva 1

Marcélia Marques do Nascimento 8

Walter Fagundes Morales 15

Total 40

2011 Arqueólogos Portarias Flávia Prado Moi 8 Flávio Augusto de Aguiar Morais 4 Gabriela Martin Ávila 1 Gerson Levi Lazzaris 5 Iago Henrique Albuquerque de Medeiros 16

Leandro Augusto Franco Xavier 3 Luiz Augusto Viva do Nascimento 2

Marcélia Marques do Nascimento 29 Marcos Antônio Gomes de Mattos de Albuquerque

1

Marluce Lopes da Silva 33 Maurício Elvis Schneider 1 Osvaldo André Oliveira 1 Scott Joseph Allen 1 Valdeci dos Santos Júnior 1 Walter Fagundes Morales 24 Total 130

Page 87: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

87

Tabela 5: No ano de 2012 as 65 portarias foram divididas entre 11 arqueólogos. Fonte: CNA IPHAN 2013

Para conseguir mensurar de forma mais precisa as quantidades de projetos existente e

posteriormente selecionar os principais projetos a serem analisados para fins de pesquisa, foram

feitas algumas fichas para análise rápida de características ou particularidades de cada projeto.

Nela constam os campos “Nome do Projetos”, “Portaria”, “Localidade Trabalhada”, “Data de

Entrada”, “Empresa”, “Coordenador Cientifico”, “Endossos”, “Observações e Sítios

Encontrados” e “Educação Patrimonial”. Decorrente deste trabalho inicial, foi observado

primeiramente a porcentagem de empresas que trabalharam em determinados locais e também

2012

ARQUEÓLOGO QUANTIDADE DE PROJETOS

IAGO ALBUQUERQUE 13

MARLUCE LOPES 11

MARCÉLIA MARQUES 7

VIVIAN KARLA 7

FLAVIA MOI 6

ROBERTO AIRON 5

LUCIA JULIANI 4

VALDECI DOS SANTOS 4

WAGNER BORNAL 4

PEDRO ALZAIR 3

PAULO ROBERTO 1

TOTAL 65

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88

pode-se inferir o tempo de tramitação real de cada processo e o índice de sítios localizados por

trabalho e empresa e que não se encontram na listagem oficial do IPHAN. A partir daí surgiram

dados que ajudaram na decisão de escolha. Este é um exemplo dos fichamentos realizados para

o ano de 2012:

Isto também facilitou a organização dos arquivos. Outro fator interessante foi perceber a

quantidade diversa de profissionais que obtiveram portarias no Rio Grande do Norte. Para se ter

um exemplo, no ano de 2011 onde houve maior demanda registrada:

Tabela 6. Exemplo dos fichamentos realizados para o ano de 2012:

Page 89: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

89

As quatro primeiras posições são ocupadas por Marluce Lopes da Silva com 25 %, seguidas por

Marcélia Marques com 22 %, Walter Morales com 18% e Iago Henrique Albuquerque com 12

%. Estudando estes números chegamos a dados interessantes. Marluce e Iago Albuquerque

(Marido e Mulher) pertencem à mesma empresa, Arqueologia Brasileira somando juntos 37 %

dos projetos. Walter Morales pertence à mesma empresa de Flavia Moi (Marido e Mulher)

Arqueologia Brasil contando somados com 24 %. Marcélia Marques, independente, possui 22

%.

Estes resultados implicam em uma conformação da questão da guarda nas instituições. Enquanto

a Arqueologia Brasileira trabalhou com quase 100% da guarda no Laboratório de Arqueologia

Gráfico 1: Arqueólogos com autorização no ano de 2011. Fonte CNA Iphan.

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90

O Homem Potiguar - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, a Arqueologia Brasil

pulverizou projetos entre o Núcleo de Estudos e Pesquisas Arqueológicas da Bahia -

Universidade Estadual de Santa Cruz - NEPAB/UESC e o Museu Câmara Cascudo –

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, principalmente. Marcélia Marques dividiu quase

majoritariamente entre Universidade do Ceará e Nucleo de Arqueologia e Semiótica (NARSE).

Portanto, as empresas a mais participarem de projetos em 2011 foram a Arqueologia Brasileira

37% seguida da Arqueologia Brasil com 24 % em segundo lugar. As instituições que emitiram

endosso institucional em 2012 por exemplo são:

Por outro lado, houve uma concentração de projetos em poucas empresas.

INSTITUIÇÕES 2012 QUANTIDADE DE

PROJETOS Laboratório de Arqueologia O Homem Potiguar - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

40

Museu Câmara Cascudo – Universidade Federal do Rio Grande do Norte

20

Laboratório de Arqueologia - Larq/NEHAD - Universidade Federal do Rio Grande do Norte

4

Núcleo de Estudos e Pesquisas Arqueológicas da Bahia - Universidade Estadual de Santa Cruz - NEPAB/UESC

1

TOTAL 65

Tabela 7: Instituições com emissão de endossos 2012

Page 91: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

91

Tabela 8: Empresas com Autorizações em 2012

Os empreendimentos em 2012 foram em maioria de Parques Eólicos:

EMPRESAS 2012 QUANTIDADE DE PROJETOS

ARQUEOLOGIA BRASILEIRA 41

ARQUEOLOGIA BRASIL 9

GEOCONSULT/NARSE 7

A LASCA 4

ORIGEM ARQUEOLOGIA 4

TOTAL 65

EMPREENDIMENTOS 2012 QUANTIDADE DE PROJETOS

PARQUES EÓLICOS 48

LINHAS DE TRANSMISSÃO E SUBESTAÇÃO 16

MINERAÇÃO 1

TOTAL 65

Tabela 9: Empreendimentos em 2012

Page 92: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

92

Em 2011 ano de maior atividade temos:

2011 Instituições Portarias Acervo - Centro de Referência em Patrimônio e Pesquisa

2

Departamento de Arqueologia – UFPE 1 Fundação Cultural Seridó 1 Fundação Universidade Estadual do Ceará – FUNECE

3

Instituto de Ciências do Mar - Universidade Federal do Ceará - LABOMAR/UFC

4

Laboratório de Arqueologia - Universidade Federal de Pernambuco

1

Laboratório de Arqueologia e Estudo da Paisagem - Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM

5

Laboratório de Arqueologia O Homem Potiguar - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

51

Museu Câmara Cascudo – Universidade Federal do Rio Grande do Norte

13

Núcleo de Arqueologia e Semiótica do Ceará - Universidade Estadual do Ceará - NARSE/UECE

3

Núcleo de Estudos e Pesquisas Arqueológicas da Bahia - Universidade Estadual de Santa Cruz - NEPAB/UESC

21

Núcleo Histórico Arqueológico do Sertão Central da Universidade Estadual do Ceará - NHASC/UECE

1

Universidade Estadual de Santa Cruz. 1 Universidade Estadual do Ceará - UECE 23 Total 130

Tabela 10: Instituições 2011

Page 93: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

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No ano de 2010 a quantidade é menor:

2010 Instituições Portarias Acervo - Centro de Referência em Patrimônio e Pesquisa

1

Laboratório de Arqueologia O Homem Potiguar - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

4

Museu Câmara Cascudo – Universidade Federal do Rio Grande do Norte

14

Núcleo de Arqueologia e Semiótica do Ceará - Universidade Estadual do Ceará - NARSE/UECE

8

Núcleo de Estudos e Pesquisas Arqueológicas da Bahia - Universidade Estadual de Santa Cruz - NEPAB/UESC

12

Universidade de Santa Maria RS 1 Total 40

Tabela 11: Instituições ano de 2010

Quando analisarmos as fontes veremos, por exemplo, por que em 2011 a quantidade de

instituições de guarda foi tão grande. Faremos também uma relação direta com a legislação já

apresentada. Vemos que houve uma mudança, por exemplo, na exigência que os locais de

guarda de material fossem da mesma unidade da federação onde os vestígios arqueológicos

foram tirados. A Portaria 230/02 trata do assunto de maneira não muito clara, mas o que se

apresenta como a futura Instrução Normativa deixa mais claro o assunto.

Tendo estes dados em mente, podemos inferir como e quem dominou o mercado nestes últimos

anos e de que forma, no geral, estilos e técnicas foram utilizados em campo e como isto é

retratado nestes relatórios.

Alguns projetos foram escolhidos por representarem cópias quase que integrais um dos outros,

tentando justificar a “receita de bolo” na hora de apresentarem estes projetos, pelo menos

Page 94: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

94

entender por que são assim. Escolhi também projetos que tem pareceres que apontam problemas

cotidianos como erros ou trabalhos que necessitam ser complementados, além de problemas

com equipes, endossos ou localização de sítios. Outros processos, ainda, unindo alguns fatores

já citados, foram ainda representativamente comparados em seu conteúdo e forma de abordagem

em relação ao cumprimento da exigência do § 7°, Art. 6°, relativa à educação patrimonial,

visando ver as quantidades de participantes, tipos de veiculação desta atividade, comparados

com as pretensões do próprio projeto de autorização, fotos e demais singularidades. Foram

escolhidos outros que representam algum problema em relação ao conteúdo ou que chamam a

atenção por sua singularidade em relação ao registro de protocolo e trâmites entre a

Superintendência e o CNA/IPHAN, que podem ser detectados através dos próprios pareceres

ou complementos nos trabalhos, além de problemas em relação à publicação de portarias onde

existem diferenças entre o Projeto com determinado coordenador científico e na publicação da

Portaria não segue a mesma lógica. Nos projetos escolhidos e na sua própria análise, que

veremos à frente, procurei perceber nas entrelinhas o tipo de tratamento dado ao patrimônio

arqueológico neste período estudado, assim mesmo com a quantidade de sítios e ocorrências

encontradas em etapas de prospecção por uma empresa e no resgate por outra empresa no

mesmo local.

Também foram escolhidos projetos por representarem a maior quantidade de projetos de

diagnóstico e prospecção do que de resgate em si, tentando perceber neste universo se podemos

verificar o que é um bom projeto, ou um projeto ruim, no sentido da obediência aos critérios de

cientificidade ou no cumprimento total de legislação. Embora já tenha lido em várias

publicações sobre a busca desta qualidade, ao fim da análise das fontes tratarei a questão de

forma mais precisa e clara, comparados com certos relatórios muito complexos de grande

volume e outros de simples páginas, aliados ainda a trabalhos emergências de resgate ou de

algum TAC, Termo de Ajustamento de Conduta.19

19 Para mais referências, ver a dissertação do ex-aluno do Mestrado do IPHAN: POLO Mario Junior Alves. Dos instrumentos jurídicos e práticas do IPHAN para a Arqueologia: o termo de ajustamento de conduta. 2014. 281f. Dissertação (Mestrado) – Mestrado Profissional em Preservação do Patrimônio Cultural do IPHAN, IPHAN, Rio de Janeiro, 2014.

Page 95: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

95

Desta forma, ainda foram escolhidos projetos que ilustram a questão da falta de uniformidade e

de padrão no atendimento às demandas de arqueologia nas diferentes unidades do IPHAN, por

exemplo, ou a questão da mudança de procedimentos ao longo do período estudado, como a

questão de declaração de participação de cada equipe, o diagnóstico não interventivo e outros

fatores. Por fim, foram selecionados ainda relatórios que fazem estudos ambientais mais

complexos, que se propõem a fazer grandes análises, propostas elaboradas, assim como os

relatórios etno-históricos, como demonstram detalhamento em relação à coleta de vestígios em

campo assim como seu registro, análise e principalmente os registros destas intervenções em

tabelas, fichas, fotos e mapas compreendidos em sua etapa de curadoria em campo e sua análise

laboratorial. Surgiram então novos questionamentos, tais como: seria possível dizer que

relatórios de grosso volume são mais elaborados? Ou existe uma ligação direta entre projetos

de engenharia de grande porte com relatórios mais complexos, ou vice-versa? As fontes podem

ajudar a responder. Os títulos dos relatórios são bonitos e extensos, porém seu conteúdo reflete

sua proposta?

Busquei perceber nestes textos suas intenções de mostrar as informações ou não. E, ainda,

entender como estes relatórios expressam os trabalhos tecnicamente e como diferem entre si em

estilo e conteúdo. Pretendemos verificar como um assunto pode ser abordado por diferentes

profissionais que tomam um mesmo tema, mas o trabalham de diferentes maneiras, com o apoio

de diferentes teorias ou de inspiração em diversos autores chegando a determinados resultados.

Tentaremos, ainda, fazer alguma leitura da intencionalidade dos projetos, mesmo cientes de que

isso requeira outros métodos, outras fontes, outras abordagens que não somente a análise dos

processos, ficando aqui um início. Intenções também relacionadas aos interesses institucionais,

mas que muitas vezes são reflexos de contextos complexos refletindo as carências, deficiências

e paixões humanas em geral, tanto com resultados positivos quanto negativos. Os resultados

positivos exaltam a beleza do patrimônio nacional, enquanto os negativos muitas vezes refletem

a destruição do mesmo, reflexo de uma ganância suja na obtenção de lucro fácil e de reservas

de mercado.

Estas fontes podem refletir ainda tantas coisas mais que não estão listadas aqui, mas servem de

inspiração a indagações futuras.

Page 96: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

96

Não esqueço ainda que existem dificuldades enormes ao acesso, consulta e reprodução destas

fontes para estudos para a comunidade em geral, mesmo que legalmente possível, pois passa

por muitas barreiras de interesse local, político partidário e até mesmo organizacional. Uma

coisa pública, conhecimento em geral não pode ser negado à sociedade, principalmente por seus

representantes legais.

Como estas fontes podem mostrar o saber arqueológico em cada projeto? O trabalho de

Arqueologia deve oferecer subsídios a este entendimento mesmo não sendo uma exigência legal,

mas da profissão.

No capítulo anterior fiz um compilado da legislação de proteção ao patrimônio arqueológico,

porém quero fazer algumas considerações ainda sobre os arquivos produzidos e sua conservação

e o acesso à esta documentação.

Page 97: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

97

3.1 ARQUIVOS E ACESSO À INFORMAÇÃO

Segundo José Maria Jardim (1999) em seu artigo20 “O acesso à informação arquivística no

Brasil: problemas de acessibilidade e disseminação” ressalta a importância do acesso à

informação:

A noção de acesso à informação relaciona-se, portanto, a um direito, mas também a dispositivos políticos, culturais, materiais e intelectuais que garantam o exercício efetivo desse direito. O acesso jurídico à informação não se consolida sem o acesso intelectual à informação. O acesso jurídico à informação pode garantir ao usuário o acesso físico a um estoque informacional materialmente acessível (um "arquivo" no subsolo de um organismo governamental, por exemplo) sem que seja possível o acesso intelectual dado a ausência de mecanismos de recuperação da informação. As experiências internacionais e, em especial o caso brasileiro, deixam claro que não se viabiliza o direito à informação governamental sem políticas públicas de informação. (JARDIM, 1999, p. 3)

A produção e o acesso à informação pública produzida devem ser claramente explicitadas pelo

próprio órgão. Por lei o acesso é garantido, mas há dificuldades na implementação dessa prática

no cotidiano institucional. Mais necessário ainda é todas as entidades públicas seguirem tais

orientações, fomentando a sua abertura e não criando mais barreiras que impeçam tal acesso. A

falta de conservação e guarda desta documentação também é uma barreira à utilização de

documentação para fins científicos.

Em outro trecho de seu trabalho José Maria Jardim (1999) faz um quadro conciso de

categorização de documentos e sua temporalidade. Em 2011 a Lei de Acesso à informação altera

um pouco esta categorização dos documentos21. A grande preocupação é relativa aos

documentos mais reservados: como acessá-los? A meu ver a grande mudança veio através de

um longo processo político de luta pela garantia e valorização do direito à informação no país,

20 O acesso à informação arquivística no Brasil: problemas de acessibilidade e disseminação. Caderno de Textos. Mesa Redonda Nacional de Arquivos, 1999. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1999. Disponível em: http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/Media/publicacoes/mesa/o_acesso__informao_arquivstica_no_brasil.pdf>. Último acesso em: 18 nov. 2014. 21Para maiores detalhes: Lei de acesso à informação:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm

Page 98: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

98

tendo como marcos recentes a criação da Lei 15527, de 18 de novembro de 2011(a chamada Lei

de Acesso à Informação), bem como a instauração da Comissão Nacional da Verdade22, que

procura de todas as formas a obtenção de dados e documentos relativos à Ditadura Militar no

Brasil. Com isto o debate de acesso aos documentos intensificou-se.

No nosso caso, nossos documentos não possuem a classificação de reservados23, mas a questão

do seu acesso nos abre uma discussão. Ocorre que, em vista da grande autonomia que as

unidades descentralizadas (SILVA & LIMA, p. 278 e 281) tem para o gerenciamento da

documentação primária de arqueologia, o acesso a esses acervos não nos parece tão livre quanto

prevê a informação oficial divulgada no site da instituição. Portanto, estamos lidando com duas

realidades distintas, os documentos primários de arqueologia depositados em arquivos de modo

mais permanente e os documentos de arquivos correntes nas Superintendências. Os graus de

acesso aos mesmos variam, embora não haja classificação clara ainda. A seguir segue tabela

inspirada em Jardim (1999)24:

CATEGORIAS DE SIGILO

AGENTES CLASSIFICADORES PRAZOS DE CLASSIFICAÇÃO

ultra-secreto Chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário

até 30 anos

CATEGORIAS DE SIGILO

AGENTES CLASSIFICADORES PRAZOS DE CLASSIFICAÇÃO

22 A Comissão Nacional da Verdade foi criada pela Lei 12528/2011, no âmbito da Casa Civil da Presidência da República, sendo instituída em 16 de maio de 2012. A CNV tem por finalidade apurar graves violações de Direitos Humanos ocorridas entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988. 23 Segundo informações oficiais do portal do IPHAN, publicadas de acordo com as atuais políticas de acesso à informação, não há no órgão informação classificada ou desclassificada em graus de sigilo nos últimos 12 meses, contados a partir de 1º de junho de 2014. Informações Classificadas. Brasília, IPHAN, 2014. Disponível em:http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=18008&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia> Último acesso em: 18 nov. 2014. 24 A classificação destes documentos foi alterada pela LEI Nº 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011, que no seu Art. 24 a informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, poderá ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada. § 1o Os prazos máximos de restrição de acesso à informação, conforme a classificação prevista no caput, vigoram a partir da data de sua produção e são os seguintes: I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos; II - secreta: 15 (quinze) anos; e III - reservada: 5 (cinco) anos.

Page 99: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

99

secreto A autoridade acima, governadores e ministros (ou por quem haja recebido delegação)

até 20 anos

confidencial As autoridades acima e titulares dos órgãos da Administração Federal, Estados, Municípios (ou

que haja recebido delegação para tal)

até 10 anos

reservado As autoridades acima e os agentes públicos encarregados da execução de projetos, programas e

planos

até 5 anos

Tabela 13: Agentes classificadores e prazos de sigilo. Jardim ,1999, p. 04.

Segundo a Lei de Acesso à informação e pelo ponto de vista da Arqueologia, estes documentos

podem ser acessados por qualquer um para fazer publicações científicas com os resultados

obtidos de campo. A classificação quanto à guarda destes documentos também começa a mudar.

Depois de analisar o tempo de sigilo pelo Decreto 2134/97, José Maria Jardim considera que

“reiterando o preceito constitucional, o Decreto prevê que "todos têm direito de acessar,

mediante requerimento protocolado na instituição pública custodiadora, documentos e

informações a seu respeito, existentes em arquivos ou bancos de dados públicos" (JARDIM,

1999, p. 4)

Em teoria então é necessário somente fazer um protocolo de solicitação. José Maria Jardim ainda analisa outras legislações tais como:

A Lei 8.159 de 8 de janeiro de 1991 irá ressaltar tais princípios constitucionais, especialmente no seu capítulo V, relativo ao acesso e sigilo de documentos públicos. Reafirma-se então o princípio do acesso, prevendo-se categorias de sigilo cuja regulamentação só será efetivada em 1997... (JARDIM, 1999, p. 3)

Logo em seguida, explica como são eleitas estas categorias, cabendo a cada órgão, portanto

haver um controle de arquivos e informações. Ainda segue falando agora sobre o direito à

informação:

O direito à informação; expressão de uma terceira geração de direitos dos cidadãos; carrega em si uma flexibilidade que o situa não apenas como um direito civil, mas

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também como um direito político e um direito social, compondo uma dimensão historicamente nova da cidadania. Do ponto de vista do direito à informação, os aparelhos de Estado devem, portanto, comunicar suas atividades e o impacto que estas produzem na sociedade civil, à qual, por sua vez, deve ter assegurado o livre acesso a tais informações. Em janeiro de 1997, é aprovado o Decreto 2.134 da Presidência da República, que regula a "classificação, reprodução e o acesso aos documentos públicos de natureza sigilosa, em qualquer suporte, que digam respeito à segurança da sociedade e do Estado à intimidade dos indivíduos". Trata-se, portanto, de uma referência fundamental à definição de políticas de informação e transparência do aparelho do Estado. (JARDIM, 1999, p. 2)

O acesso à informação acima de tudo é um direito social. Social pois as informações ajudam a

fazer uma sociedade mais justa, com conhecimento de seus deveres e direitos. Saber se os gastos

públicos estão sendo empregados de forma correta, em investimentos que cuidem da própria

população no âmbito do que a Constituição rege e, principalmente, no direito da preservação e

divulgação de nossa memória. Assim como o Decreto 2134/97, que regulava a classificação e

reprodução e o acesso aos documentos, reforçam as políticas de obtenção de transparência. Faço

uma reflexão, pois não haveria a necessidade de uso da justiça para a obtenção de certas

informações, se houvesse o empenho eficaz na conservação destes acervos para futura consulta.

A gestão e organização do acervo devem tratar de sua acessibilidade.

Observando outras publicações em torno da preservação documental temos as recomendações

para a produção e o armazenamento de documentos de arquivo, feitas pelo Arquivo Nacional:

Produção e Acesso Nos processos de produção, tramitação, organização e acesso aos documentos, deverão ser observados procedimentos específicos, de acordo com os diferentes gêneros documentais, com vistas a assegurar sua preservação durante o prazo de guarda estabelecido na tabela de temporalidade e destinação. Alguns documentos, conforme as normas vigentes, deverão ser produzidos em formatos padronizados. Os documentos identificados nas tabelas de temporalidade e destinação como de valor permanente deverão ser produzidos em papéis alcalinos. Como exemplo, pode-se citar a portaria nº 2, de 26 de fevereiro de 2003, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, que dispõe sobre “os procedimentos relativos às atividades de Comunicações Administrativas, para a utilização do número único de processos e documentos”, e orienta no sentido de que as capas de processos contenham fibra longa (papel Kraft branco – KB 125, com 125 g/m²) para que tenham resistência ao manuseio. Cabe acrescentar que: - Os papéis das capas de processos devem ser alcalinos; - As presilhas devem ser em plástico ou metal não oxidável;

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- As práticas de grampear e de colar documentos devem ser evitadas; - Os dossiês, processos e volumes devem ser arquivados em pastas suspensas ou em caixas, de acordo com suas dimensões. Todos os documentos devem ser preservados em condições adequadas ao seu uso, pelos prazos de guarda estabelecidos nas tabelas de temporalidade e destinação de documentos. (ARQUIVO NACIONAL, 2005, p. 07 e 08)

Na Superintendência do IPHAN no Rio Grande do Norte vemos que os projetos seguem um

formato padronizado. Faz-se uso de papéis alcalinos para maior durabilidade, presilhas não

oxidáveis e principalmente a organização em caixas padrão. Os arquivos não estavam

organizados desta forma de início, mas com o decorrer da pesquisa foram organizados e

padronizados. Existe também a observância dos prazos. Quanto ao armazenamento temos

algumas variáveis:

Áreas de Armazenamento Todos os documentos devem ser armazenados em locais que apresentem condições ambientais apropriadas às suas necessidades de preservação, pelo prazo de guarda estabelecido em tabela de temporalidade e destinação. Condições Ambientais Quanto às condições climáticas, as áreas de pesquisa e de trabalho devem receber tratamento diferenciado das áreas dos depósitos, as quais, por sua vez, também devem se diferenciar entre si, considerando-se as necessidades específicas de preservação para cada tipo de suporte. A deterioração natural dos suportes dos documentos, ao longo do tempo, ocorre por reações químicas, que são aceleradas por flutuações e extremos de temperatura e umidade relativa do ar e pela exposição aos poluentes atmosféricos e às radiações luminosas, especialmente dos raios ultravioleta. Acondicionamento Os documentos devem ser acondicionados em mobiliário e invólucros apropriados, que assegurem sua preservação. A escolha deverá ser feita observando-se as características físicas e a natureza de cada suporte. A confecção e a disposição do mobiliário deverão acatar as normas existentes sobre qualidade e resistência e sobre segurança no trabalho. ARQUIVO NACIONAL, 2005, p. 09)

Vemos que as condições ambientais para o armazenamento e acondicionamento são

importantes. Os problemas de umidade, pó insetos e incêndio deverão fazer parte de planos de

ação e contenção destes agentes. A NOBRADE 25 é mais específica para fatores de descrição e

conservação de arquivos. Dela seleciono algumas partes:

25 Segundo Andrade (2007, p. 77), a NOBRADE foi desenvolvida no âmbito do CONARQ e publicada em 2006, como uma adaptação da Norma Geral Internacional de Descrição Arquivística, a ISAD (G), instrumento elaborado

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NOBRADE: Norma Brasileira de Descrição Arquivística Área de condições de acesso e uso 4.1 Condições de acesso Objetivo: Fornecer informação sobre as condições de acesso à unidade de descrição e, existindo restrições, em que estatuto legal ou outros regulamentos se baseiam. Regra(s): Informe se existem ou não restrições de acesso à unidade de descrição. Em caso afirmativo, indique o tipo de restrição, a norma legal ou administrativa em que se baseia e, se for o caso, o período de duração da restrição. Quando a restrição for relativa a uma parte da unidade que está sendo descrita, identifique, ainda que sumariamente, a parcela que sofre restrição. Comentários: Este elemento de descrição é obrigatório nos níveis 0 e 1. Recomenda-se a padronização dos tipos de restrição. Os mais comuns são: acessível somente por microfilme, acessível somente por meio eletrônico, documentos sigilosos, estado de conservação, necessidade de autorização, necessidade de organização, em processamento técnico, necessidade de prévio aviso, necessidade de titulação, necessidade de vinculação acadêmica ou institucional do usuário, razões judiciais ou condições impostas na doação, transferência ou recolhimento. Procedimentos: 4.1.1 Registre nos níveis de descrição 0 e 1 se o acesso é livre ou restrito, indicando a restrição. 4.1.2 No caso de uma restrição parcial, identifique a parcela da unidade de descrição atingida e registre essa informação no nível específico. 4.1.3 Indique, nos níveis de descrição pertinentes, os documentos somente acessíveis por microfilme ou meio eletrônico. 4.1.4 Informes restrições transitórias, como empréstimo para exposições, documentos em restauração ou em processamento técnico, registrando o período de vigência (CONARQ, 2006, p.44)

A NOBRADE é um excelente referencial. Na questão da catalogação e organização da

documentação dos Processos de Arqueologia poderíamos usá-la com toda a certeza, adaptando

às particularidades deste tipo de arquivo. É importante que estes Processos já venham de certa

forma organizados, (fora o CPROD) para facilitar ainda mais sua conservação.

Aqui fica explicado o dever de se definir níveis de acesso e sua descrição do arquivo. Cabe

lembrar que os documentos dos processos de arqueologia são documentos mistos que

no âmbito do Conselho Internacional de Arquivos (CIA) em meados da década de 1990 e traduzido no Brasil pelo Arquivo Nacional em 1998. Tem por objetivo normalizar as atividades de representação da informação arquivística, adaptada às necessidades brasileiras. ANDRADE, Ricardo Sodré. Aspectos introdutórios da representação de informação arquivística: a Norma Brasileira de Descrição Arquivística (NOBRADE), a Descrição Arquivística Codificada (ead-dtd) e o Projeto Archives Hub. Revista Ponto de Acesso. Salvador, v. 1, n. 2, p. 70-100, jul./dez. 2007. http://www.portalseer.ufba.br/index.php/revistaici/article/view/1589. Último acesso em: 18 nov. 2014.

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apresentam em boa parte deles uma parte escrita e uma cópia em meio digital. Neste caso o

acesso deve ser facilitado. Vejamos na questão da reprodução como a NOBRADE indica:

Condições de reprodução Objetivo: Identificar qualquer restrição quanto à reprodução da unidade de descrição. Regra(s): Informe as condições de reprodução da unidade de descrição. Comentários: O usuário deve ser informado da existência de restrições gerais ou específicas quanto à reprodução, uso ou divulgação da unidade de descrição. Caso seja necessário um pedido de autorização, o usuário deve ser instruído a quem e como se dirigir. Procedimentos: 4.2.1 Registre nos níveis de descrição 0 e 1 a existência de normas institucionais ou contratuais relativas à reprodução, uso e divulgação e às formas de reprodução disponíveis. 4.2.2 Indique condições específicas nos níveis pertinentes, tais como necessidade de autorização, direito autoral e direito de uso da imagem. 4.2.3 No caso da condição de reprodução aplicar-se a parcela da unidade de descrição, indique essa parcela. A Fundação Biblioteca Nacional só autoriza a reprodução integral de obras que estejam em domínio público e a reprodução parcial daquelas que, embora protegidas pela Lei do Direito Autoral (lei 9.610/98), não estejam mais disponíveis para compra no mercado livreiro – neste caso, a reprodução é condicionada ao compromisso do usuário de fazer uso estritamente pessoal e de pesquisa. Caberá ao usuário a obtenção da autorização, junto aos detentores dos direitos, para quaisquer fins comerciais. Para fins de autorização de consulta ou reprodução de qualquer natureza, todas as obras serão previamente avaliadas quanto ao estado geral de conservação física. Cópias xerox não são permitidas. Reproduções serão fornecidas, preferencialmente, a partir de microfilme ou negativo fotográfico preto e branco. Caso a obra desejada já esteja reproduzida, a cópia a ser fornecida deverá obrigatoriamente ser produzida a partir da matriz já existente. Se a obra não estiver reproduzida, o serviço deverá ser solicitado através de formulário próprio a ser submetido à análise da área de guarda, com prazo de resposta de até cinco dias úteis. (NOBRADE, 2006, p.45-46)

As cópias necessárias para a análise deste trabalho não foram fáceis de serem obtidas.

Uma vez que não existiam prerrogativas claras, passavam pelo crivo da própria chefia da

unidade. Seria interessante, portanto a inspiração na NOBRADE para que os níveis de acesso

ficassem claros e existissem documentos padrões para a regulação de documentos consultados.

As discussões sobre os diretos autorais também precisam ser aprofundadas, sendo que o

conteúdo dos estudos arqueológicos tem a finalidade cientifica e de pesquisa.

Aqui fica evidente que a utilização de regras claras e precisas deve facilitar o acesso aos

documentos. Além do mais, a obrigação de justificativa da possibilidade do não acesso é

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importante. A questão do direito autoral no caso dos documentos de arqueologia é relativa, pois

a publicação extrapola os objetivos do lucro por tratar-se de documentos administrativos e

científicos26. A solicitação de cópia para área de guarda mostra o compromisso com a

preservação do acervo e também a possibilidade de sua divulgação. O que quero dizer é que

cada unidade do IPHAN deve ter algum profissional habilitado para lidar com o acervo

bibliográfico quanto o acervo documental. Isto pelo que saiba ocorre em algumas

superintendências estaduais, mas não em todas. Continuando com os objetivos:

ÂMBITO E OBJETIVOS Esta norma estabelece diretivas para a descrição no Brasil de documentos arquivísticos, compatíveis com as normas internacionais em vigor ISAD (G) e ISAAR (CPF), e tem em vista facilitar o acesso e o intercâmbio de informações em âmbito nacional e internacional. Embora voltada preferencialmente para a descrição de documentos em fase permanente, pode também ser aplicada à descrição em fases corrente e intermediária. Normas para descrição de documentos arquivísticos visam garantir descrições consistentes, apropriadas e autoexplicativas. A padronização da descrição, além de proporcionar maior qualidade ao trabalho técnico, contribui para a economia dos recursos aplicados e para a otimização das informações recuperadas. Ao mesmo tempo que influem no tratamento técnico realizado pelas entidades custodiadoras, as normas habilitam o pesquisador ao uso mais ágil de instrumentos de pesquisa que estruturam de maneira semelhante a informação. Considera-se a existência de seis principais níveis de descrição, a saber: acervo da entidade custodiadora (nível 0), fundo ou coleção (nível 1), seção (nível 2), série (nível 3), dossiê ou processo (nível 4) e item documental (nível 5). São admitidos como níveis intermediários o acervo da subunidade custodiadora (nível 0,5), a subseção (nível 2,5) e a subsérie (nível 3,5). Graficamente, o Apêndice A mostra como se estruturam os níveis 0 a 5. A descrições e separação por níveis de é uma ferramenta de gestão muito importante, aplicada de caso a caso, ou seja dependendo da necessidade de cada arquivo. (CONARQ, 2006, p .8)

O importante é aqui pensar que os níveis de descrição de arquivos arqueológicos tanto

documentais como físicos podem ser pensados em um padrão também internacional. Os

26 Segundo Tânia Andrade Lima (LIMA,2002 apud SILVA& LIMA, 2007,p.286), “toda informação científica obtida em projetos de contrato deve ser repassada pelo arqueólogo responsável ao IPHAN, repositório da memória nacional, para ficar à disposição de todos os que dela necessitarem, em todos os estados e épocas, desde que se referindo sempre ao autor, como fonte de dados”, a autora acrescenta que “os recursos arqueológicos não são propriedade individual e o órgão de proteção do patrimônio cultural precisa centralizar todo o conhecimento existente sobre ele. Relatórios são produzidos com autoria conhecida e, desde que mencionados seus autores, não há desrespeito ao direito autoral do pesquisador responsável. Não são das teorias arqueológicas, objetos das teses, que se fala, mas dos bens arqueológicos levantados, sua localização e seu conteúdo cultural”.

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processos de Arqueologia depositados na Superintendência extrapolam o período de arquivo

corrente, uma vez que são documentos de uso importante, mesmo que um processo se dê por

encerrado. Por outro lado, facilitaria a cobrança das pendências que, em alguns casos, são

esquecidas.

Nem todos os níveis precisam ser implementados: o nível 0 é útil para descrições gerais da totalidade do acervo de uma entidade custodiadora; o nível 0,5 somente cabe quando a entidade custodiadora dispõe de subunidades administrativas que custodiam acervos e dão acesso a eles em diferentes endereços; os demais níveis são utilizados de acordo com a estrutura de arranjo do fundo/coleção. Cabe observar, porém, que o nível de descrição 5 tem como requisito a existência do nível 4. Em outras palavras, itens documentais só poderão ser descritos como parte integrante de dossiês/processos. Como a definição dos níveis se dá a partir de uma estrutura hierárquica, deve-se entender o item documental como um nível e não como um documento, assim como um dossiê/processo pode ser constituído de um único documento (CONARQ, 2006, p .8)

Cabe dizer que as descrições são importantes para facilitar ainda mais o acesso aos documentos.

Importante perceber que este sistema é usado para a descrição em fase corrente. Isto é importante

pois à medida que a documentação vai chegando ela já fica organizada, já começam a entrar em

um arquivo organizado e também garante uma preservação maior. Talvez poderíamos aliar um

arquivo ao CPROD por exemplo, somente com a descrição de cada documento, o que já seria

interessante para o controle interno da própria instituição, mesmo que não seja este o objetivo

principal do programa. O CONARQ também possui recomendações para a construção de

arquivos:

RECOMENDAÇÕES PARA A CONSTRUÇÃO DE ARQUIVOS Conarq As presentes recomendações destinam-se a orientar o planejamento para a construção, adaptação e reforma de edifícios que atendam às funções específicas de um arquivo permanente. Prédios destinados à guarda de arquivos intermediários também poderão utilizar os princípios básicos destas recomendações, considerando-se que parte da documentação intermediária terá que ser preservada em caráter permanente. (CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS, 2000. p. 04 )

Aqui vemos uma função institucional importante que é a reabilitação de imóveis antigos para a

acomodação de acervo documental. Na construção de casas de patrimônio, bibliotecas e demais

acervos é papel importante o apoio do IPHAN. Sabemos que os imóveis costumam apresentar

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uma série de patologias, as quais podem influenciar na conservação dos acervos. Alguns fatores

devem ser levados em consideração:

Localização A escolha do local de um arquivo deve levar em consideração a ambiência adequada para a preservação dos acervos e o desenvolvimento de suas funções como um todo. Nesse sentido, é também necessário assegurar facilidades de acesso e comunicação. O terreno destinado à construção de um edifício para arquivo deve ser seco, livre de risco de inundação, deslizamentos e infestações de térmitas. Assim, devem ser evitadas áreas propensas a perigos para a segurança e a preservação dos acervos, tais como: · proximidade com o mar, zonas pantanosas, rios ou locais sujeitos a inundações; · terrenos e subsolos úmidos; · regiões de fortes ventos e tempestades; · regiões de ventos salinos e com resíduos arenosos; · proximidade com indústrias que liberam poluentes; · proximidade com usinas químicas, elétricas e nucleares; · proximidade com linhas de alta tensão; · proximidade com entrepostos de materiais inflamáveis e explosivos; · terminais de tráfego aéreo e terrestre; e · áreas de intenso tráfego sujeitas à trepidação, ruído e poluição. Em edifícios já existentes, as recomendações anteriores também se aplicam, no que diz respeito ao estudo das condições do prédio em relação ao solo e seu entorno. Há edifícios que apresentam focos de umidade e de insetos vindos do solo, que certamente irão colocar em risco a documentação a ser preservada. Construções novas, adaptações e reformas Geralmente, a opção que se oferece é a de adequar edifícios construídos para outras finalidades. A adaptação poderá ser uma solução, desde que sejam observadas as necessidades básicas de um arquivo. Entretanto, as adaptações podem se tornar muito dispendiosas, inclusive a médio e longo prazo, por questões de funcionalidade. Recomenda -se que seja realizado previamente um estudo minucioso de custo e benefício, quando da construção de um novo prédio ou da utilização de um já existente para a guarda de acervos documentais. (CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS, 2000. p. 05 )

No caso do edifício da Superintendência do IPHAN no Rio Grande do Norte, também foi

adaptado às novas condições. Embora ainda esteja sendo elaborada a área de arquivos

definitivos, os atuais estão livres de alguns fatores apontados acima. As instalações elétricas são

novas e ele está afastado de solo úmido. O entorno é seguro, pois também existem outros órgãos

administrativos e de governo.

Durante a prática supervisionada houve a intensão da colocação destes Processos de

Arqueologia no porão da instituição, que não foi colocada em prática. Além do

desmembramento físico dos arquivos, o ambiente que seria sujeito é extremamente vulnerável.

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Cabe agora conciliar principalmente o espaço de arquivos arqueológicos e processuais, pois a

cada dia, ou a cada ano é gerada uma grande quantidade de documentação. Em relação ao

mobiliário a recomendação é:

Mobiliário O mobiliário das áreas de consulta e administrativas deve ser de aço ou de madeira tratada contra insetos e fogo. As mesas dos pesquisadores devem ser mais largas do que o usual, tendo em vista a diversidade de formatos e tamanho dos documentos. Todo o mobiliário metálico deve ser fabricado com chapas de aço carbono fosfatizado, com pintura eletrostática, sem apresentar remendos grosseiros ou cantos pontiagudos que possam danificar os documentos ou ferir pessoas. As estantes devem ser instaladas em fileiras geminadas, cada uma com pelo menos 2,20 m de altura. As prateleiras não devem ultrapassar 1,00 m de comprimento e 0,40 m de profundidade. As colunas das estantes devem conter perfurações a cada 0,05 m para permitir a regulagem das prateleiras, que poderão receber documentos acondicionados em diversos tipos e dimensões de embalagens. Cada módulo de estante tem em média de cinco a sete prateleiras. As estantes e seus suportes devem resistir a um peso distribuído de 100 kg/m² de prateleiras. Recomenda -se o emprego de elementos de reforço com formato em X, e tirantes metálicos interligando os módulos e/ou fixados ao piso, para que tenham mais estabilidade. Deve-se evitar painéis cegos entre os dois lados das prateleiras, de modo a assegurar uma boa circulação de ar. (CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS, 2000. p. 13 )

As estantes respeitam as indicações, sendo de aço, em fileiras de duas e quatro, respectivamente.

A adaptação de espaço torna-se difícil, uma vez que não é sempre disponível, ou seja, o espaço

é multiuso, tornando-se difícil sua utilização. As caixas box também são padronizadas, de

materiais que não são de papel ou papelão. A questão de estabilidade deve ser ainda adequada.

Agora as condições climáticas são um caso à parte.

Temperatura e umidade relativa do ar (UR) As condições adequadas de temperatura e de umidade relativa do ar são elementos vitais para prolongar a sobrevivência dos registros. Se os níveis de umidade relativa (UR) são muito baixos, aumenta-se o risco de quebra das fibras e esfarelamento dos materiais orgânicos fibrosos. Para pergaminhos e encadernações em couro a UR abaixo de 40% é perigosa e o papel também sofre abaixo desses níveis. Já nas faixas de UR acima de 65% crescem microorganismos e ocorrem reações químicas danosas. · A faixa segura de umidade relativa é entre 45% e 55%, com variação diária de +/-5%. · A temperatura deve também estar relacionada com a umidade relativa. · A temperatura ideal para documentos é 20º C, com variação diária de +/-1º C.

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· A estabilidade da temperatura e da UR é especialmente importante, e as mudanças bruscas ou constantes são muito danosas. (CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS, 2000. p. 14 )

A cidade de Natal, localizada no Rio Grande do Norte, assim como diversas cidades do Brasil,

são muito quentes na maioria do ano. No caso da sede da superintendência do IPHAN no Estado

do Rio Grande do Norte, o uso do ar condicionado é comum. A umidade, porém, é um fator

presente que deve ser controlado. O que chama a atenção é que não há uma estabilidade na

temperatura, pois o ar condicionado não fica ligado ininterruptamente. O local, como já foi

afirmado, é multiuso, portanto mantém-se o ar condicionado ligado apenas na hora de consulta.

A mudança do arquivo para o porão poderia ser uma alternativa, mas sempre é muito quente e

empoeirado, além de ficar sujeito às infiltrações e mofo. De qualquer forma, é importante

sabermos que estes arquivos correntes estão acondicionados satisfatoriamente por enquanto e

que para o futuro devamos conseguir melhores condições quando forem arquivos permanentes.

Devemos ainda fazer planos para uma boa iluminação, revisões periódicas em instalações

elétricas, instalações hidráulico/sanitárias, proteção contra o fogo, água e contra roubo e

vandalismo. Desta forma, a preservação e o acesso à informação ficam garantidos. Para

completar as normas coloco alguns pontos da lei 8159/91 que dispõe sobre a política nacional

de arquivos públicos e privados e dá outras providências, que já foi citada anteriormente:

LEI No 8.159, DE 8 DE JANEIRO DE 1991. Art. 1º - É dever do Poder Público a gestão documental e a proteção especial a documentos de arquivos, como instrumento de apoio à administração, à cultura, ao desenvolvimento científico e como elementos de prova e informação. Art. 4º - Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou geral, contidas em documentos de arquivos, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujos sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, bem como à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas. Art. 7º - Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos produzidos e recebidos, no exercício de suas atividades, por órgãos públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal em decorrência de suas funções administrativas, legislativas e judiciárias. Art. 12 - Os arquivos privados podem ser identificados pelo Poder Público como de interesse público e social, desde que sejam considerados como conjuntos de fontes relevantes para a história e desenvolvimento científico nacional.

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Art. 26 - Fica criado o Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ), órgão vinculado ao Arquivo Nacional, que definirá a política nacional de arquivos, como órgão central de um Sistema Nacional de Arquivos (SINAR).

Chamo à atenção primeiramente para o artigo 1º que coloca a gestão documental como

obrigação do poder público, uma vez que esta dá apoio à administração, à cultura, ao

desenvolvimento científico e como elementos de prova e informação. No seu artigo 4º, todos

têm direito como cidadãos a acessar informações de interesse pessoal e coletivo. No nosso caso

não infringe a segurança nacional nem a intimidade das pessoas. No artigo 7º, delimita que os

arquivos públicos são os conjuntos de documentos produzidos e recebidos, no exercício de suas

atividades. Portanto tudo que é produzido é passível de consulta, desde que definidas regras de

acesso. No artigo 12º a questão dos arquivos privados, que foram considerados como

importantes para a história e desenvolvimento científico devem ser identificados pelo Poder

Público. Aqui ressalvo que ele deve garantir seu acesso também, uma vez que muitos registros

arqueológicos, diários de campo e outras evidências não podem ser acessadas facilmente por

questões legais ou por outros motivos. No artigo 26º fica criado o CONARQ vinculado ao

Arquivo Nacional e ao SINAR. O importante é que estes órgãos ajudem a fomentar regras e

procedimento para conservação e acesso a qualquer documentação.

Portanto, a lei de acesso à informação é de fundamental importância para o arqueólogo produzir

cientificamente estudos que respondam perguntas importantes. O arqueólogo retira documentos

do solo e o transporta para um meio mais inteligível para o público comum, produzindo

documentação a partir dessa retirada. Os relatórios consultados e as fontes estudadas ajudam a

perceber como estes vestígios foram encontrados e de que forma esta transição foi feita. Além

disso, se garantiu que as outras informações não decodificadas estão protegidas e se a sociedade

ficou sabendo da importância delas e foram criadas condições para que a sociedade em geral

fique sabendo da importância dessas informações.

Desse modo, é dever a consulta de relatórios de outros pesquisadores em áreas a serem

trabalhadas por outros profissionais, por busca de demais informações relevantes para a

realização de um trabalho que preserve o patrimônio, com cunho científico, que desta forma

possa com isto proporcionar o retorno para a própria sociedade.

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Uma vez discutidas as questões do acesso à informação, nos preocuparemos em seguida com a

compreensão das dinâmicas de produção e circulação dos relatórios e projetos relacionados à

arqueologia preventiva.

Como explicar as informações contidas nos projetos e relatórios? Como explicar

simplificadamente como estes projetos e relatórios são produzidos e como são encaminhados?

3.2 FLUXOS DOCUMENTAIS DA ARQUEOLOGIA PREVENTIVA.

Inicialmente existe uma demanda dos responsáveis pela implantação de qualquer

empreendimento para obtenção de uma licença ambiental, quer em âmbito Federal junto ao

Ibama ou em órgãos de âmbito estadual, no caso do Rio Grande do Norte, o Instituto de

Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA). O licenciamento cultural ou a

autorização em relação a Arqueologia, que é um bem também ambiental, é determinada ou

avalizada pelo IPHAN. Todos os projetos são juntados em EIA/RIMA que é o Estudo de

Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental ou RAS, Relatório Ambiental

Simplificado, dependendo da dimensão do empreendimento, conforme já foi explicado mais

detalhadamente no capítulo de legislação. Como dito anteriormente também, estes trâmites em

relação à Arqueologia foram regulamentados pelas portarias do IPHAN 07/88 e 230/02.

O IPHAN tem a responsabilidade pela decisão de autorizar uma pesquisa arqueológica em

determinada área e de determinar o período que a autorização valerá. Para isto, deve haver um

Projeto Arqueológico que contemple diversos aspectos desde a competência técnica do

Arqueólogo, mapa e localização do empreendimento, entre outros, a ser entregue à unidade do

IPHAN responsável pelo Estado em que o empreendimento for instalado. Cabe acrescentar que

se o empreendimento em questão abranger mais de um Estado da federação, a solicitação de

autorização tem que ser feita diretamente ao CNA/IPHAN.

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A unidade do IPHAN no Estado em questão verificará se toda a documentação deste projeto

está de acordo e completa, entrará com um protocolo de registro no sistema gerado pelo Controle

de Processo e Documento do órgão (CPROD):

O CPRODWEB tem como objetivo controlar os processos e documentos recebidos e expedidos pelo INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL -IPHAN, no que diz respeito à sua gestão documental (registro, classificação, tramitação, arquivamento, expedição, avaliação, transferência, pesquisa e gerenciamento). Possibilita também o acompanhamento gerencial dos tempos necessários à conclusão dos assuntos tratados pelos processos e documentos, favorecendo a criação de indicadores de desempenho e a consequente melhoria na qualidade das atividades desenvolvidas pelo IPHAN. Tem como principais funções: -Cadastramento, tramitação, recebimento e empréstimo de processos e documentos; -Atividades: · Anexação de documentos aos processos; · Arquivamento de processos/documentos; · Apensação de processo a processo; · Anexação de processo a processo; · Transferência de processos para o arquivo central; · Eliminação de processo/documento; · Gerenciamento de etiquetas; · Conversão de documento em processo; -Consulta de relatórios gerenciais e operacionais;

O CPROD é a ferramenta de TI em vigência no período de realização do presente estudo. É

usada para ter noção e controle da tramitação dos processos. É de grande valia a utilização de

listas geradas pelo programa para o acompanhamento de dados importantes dos processos,

quantidades de processos por unidade, além do gerenciamento de etiquetas, servindo como

primeiro nível de controle do arquivo.

Depois, portanto, de recebido, etiquetado e conferido, o mesmo é enviado ao CNA em Brasília,

para ser apreciado e emitida a portaria de autorização do trabalho arqueológico por um prazo

determinado.

Após o trabalho de campo o arqueólogo faz relatório narrando seu trabalho de campo,

descrevendo suas atividades, descobertas etc. Se for encontrado vestígios partiremos para nova

etapa de trabalho, que é o Resgate, se não for encontrado nada é sugerido o monitoramento

arqueológico das atividades de obra. Basicamente o fluxograma de trabalho segue como

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Diagnóstico → Prospecção→ Resgate. O resgate somente irá existir caso sejam encontrados

sítios que serão impactados pelo empreendimento.

Dependendo também do prazo da portaria serão elaborados relatórios parciais para manter

informado o órgão das atividades transcorridas e também baseadas em cronograma já feito no

projeto original.

Tento sido entregue este relatório e suas respectivas cópias, será inicialmente analisado por

técnico do IPHAN local a fim de verificar se o relatório contempla as exigências e o conteúdo

esperado para o local trabalhado. Assim é emitido um parecer sobre o relatório. Depois disto o

mesmo é encaminhado para o CNA/IPHAN, em Brasília, para ser novamente analisado e

receber seu aval final com outro parecer.

Retornando à superintendência estadual os relatórios são juntados aos arquivos, juntamente com

os outros processos e/ou seu projeto inicial. No caso de algum erro, os pareceres deverão apontar

correções, não sendo normalmente aprovados até que as diferenças sejam corrigidas. Cabe aqui

dizer que estes pareceres verificam o cumprimento das exigências legais e também procuram

atender os padrões de cientificidade arqueológica, o que se refletirá na preservação do

patrimônio arqueológico.

O que vejo é que o CNA recebe centenas de projetos e relatórios para análise, sendo difícil

avaliar tanta quantidade. Estes documentos são recebidos pelas Superintendências Estaduais e

enviadas para o CNA em Brasília, retornando depois das análises O problema processual que se

pode perceber é que há vários projetos relativos a uma mesma região que chegam a ser

analisados, mas não existe um meio de haver uma conexão entre informações para haver um

controle correto dos dados resultantes destes trabalhos, tais como quantidade de sítios

encontrados ou as tipologias diferentes ou semelhantes de cada um por exemplo. Veremos as

fontes, que no mesmo lugar várias empresas trabalharam, apresentando resultados diferentes,

mas que não foram questionados certos resultados na hora dos pareceres, por falta desta

conexão. Exemplifico isto como um registro de um sítio arqueológico. Em alguns casos empresa

X encontra um sítio e coloca o nome dele como o nome de X. Seis meses depois a empresa Y

trabalha na área e nomeia o mesmo sítio de Y e o pior, ainda diz não existir sítio na mesma área.

É muito difícil pelo volume de processos que o CNA recebe, fazer tal conexão todas as vezes.

Page 113: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

113

Existe também a diferença entre o registro de sítios e o cadastro que vai para o CNA. Nem todo

registro é cadastrado, dependendo do grau de informações nele apresentadas e o contexto geral.

Poderíamos pensar em uma metodologia ideal. Com as novas legislações, poderíamos frear a

velocidade, ou a necessidade voraz do tempo para a aprovação de um projeto, para realizarmos

ações em conjunto entre fiscalização, banco de dados e centro de arqueologia, num sistema de

dados básicos em comum. Poderemos dizer que na hora do registro das fichas do Cadastro

Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA27) são detectados erros. Mas como poderemos

detectar se os sítios foram registrados de maneira correta? E se realmente foram registrados?

Existiria alguma forma do CNA detectar quem não registrou corretamente um sitio arqueológico

de forma deliberada? Analisaremos as fontes escolhidas no próximo capítulo, fazendo uma

observação geral destas questões e mapeando soluções possíveis dentro de uma perspectiva de

proteção do patrimônio e também pensando estes dados como acesso à informação e sua própria

preservação tanto para fins científicos quanto institucional para seu próprio aperfeiçoamento.

Lembramos que as fontes analisadas se referem somente a parte de trabalhos realizados no Rio

Grande do Norte, com outros exemplos de fontes históricas de outros lugares.

De qualquer forma este é o trâmite legal que correm estes processos, que se encontra

pormenorizado nas portarias anteriormente citadas.

Sabemos que a proteção do patrimônio é dever da União, mas também da população. Não

querendo fugir ou ser combativo demais, lembramos que temos sim responsabilidade nesta

proteção. Legalmente temos a responsabilidade de agirmos de maneira correta. A improbidade

está descrita em lei:

27O Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos CNSA / SGPA apresenta os sítios arqueológicos brasileiros cadastrados no IPHAN, com todo o detalhamento técnico e filiação cultural dos Sítios Arqueológicos. Trata-se de um dos módulos do Sistema de Gerenciamento do Patrimônio Arqueológico, concebido em 1997 com o objetivo de estabelecer padrões nacionais no âmbito da identificação dos sítios, das coleções arqueológicas e do registro da documentação arqueológica produzida, subsidiando as ações de gerenciamento, em atendimento ao determinado na Lei n° 3.924/61.A arquitetura do SGPA foi concebida para ser implementada em módulos, compreendendo o: Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA, Banco de Imagens; o Inventário Nacional das Coleções Arqueológicas – INCA, Projetos e Relatórios de Pesquisa Arqueológica – PPA/RPA. O CNSA, o primeiro sistema de informações criado, foi distribuído para as regionais e colocado na página do IPHAN em 1998 com cerca de 10.000 fichas de sítios. Atualmente, conta com mais de 17.500. IPHAN. Sistema de Gerenciamento do Patrimônio Arqueológico. Disponível em: < http://portal.iphan.gov.br/portal/montaPaginaSGPA.do>. Último acesso em: 27 nov. 2014.

Page 114: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

114

AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. OFENSA À COISA JULGADA E AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. NECESSIDADE DA COMPROVAÇÃO, PELO AUTOR, DO DOLO E DE CULPA, PRESSUPOSTO AQUI ATENDIDO. A Lei nº 8.429/92 é aplicável tanto aos funcionários públicos quanto aos agentes políticos. Os atos de improbidade que violem os princípios da administração independem da efetiva constatação de dano ao patrimônio público. Presente a demonstração da má-fé por ato do agente administrativo, é procedente a sua condenação por improbidade administrativa. A coisa julgada material afigura-se como lei entre as partes, porque já definitivamente analisada e julgada. Sua violação, pelo agente político, caracteriza má-fé e a culpa ou dolo na conduta narrada na inicial."(DICK, p. 10)

Digo isto pois pensando na lesão ao patrimônio público, como verificar se existem problemas

ou não em determinados processos? A conexão que quero fazer esbarra justamente no acesso à

informação. Se não é possível ter acesso a determinados processos e relatórios somente para

realização de fins científicos, como poderei eu cidadão comum fiscalizar a boa execução de

determinado projeto? Uma vez eu diretamente afetado, tenho o direito de ler, consultar e tentar

verificar se o agente público está realizando suas funções corretamente, mesmo que eu seja

leigo. A lei de acesso à informação deve garantir tal perspectiva.

Os crimes lesa-patrimônio são gravíssimos e, na maior parte das vezes, irreversíveis. Portanto,

se um sítio arqueológico for destruído devem ser responsabilizados tanto o empreendedor,

quando, dependendo do caso, o funcionário que não realizou seu trabalho de forma plena28. Sei

que estas questões são delicadas, mas me propus neste trabalho a participar da discussão acerca

do exercício de análise da documentação de arqueologia, para fins de emissão de

autorização/permissão para pesquisas arqueológicas, realizadas no âmbito dos processos de

licenciamento ambiental.

28 Não estou aqui me referindo aos problemas de gestão ocasionados pela insuficiência da quantidade de funcionários no IPHAN e pela falta de tempo e de condições de trabalho

Page 115: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

115

3.3 PARTICULARIDADES E DIFERENÇAS NA CONFECÇÃO DOS PROJETOS

SUBMETIDOS AO IPHAN PARA SOLICITAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO/PERMISSÃO DE

PESQUISAS ARQUEOLÓGICAS

Como já comentado no capítulo de legislação, os processos são orientados por legislação

específica a saber: portarias do IPHAN de no 07/88 e no 230/02, Portaria Interministerial no

419/11 e as resoluções CONAMA 01/86 e 237/97, principalmente29.

Portanto, um projeto deve ter estes requisitos mínimos. Aqui posso elencar os principais tipos

de projetos regrados pelas legislações vigentes e cientificamente seguindo etapas predefinidas:

• Projeto de Diagnóstico Arqueológico

• Projeto de Prospecção Arqueológica

• Projeto de Resgate Arqueológico

• Projeto de Monitoramento Arqueológico

• Outras variantes

Estes projetos estão atrelados às obtenções de licenças conhecidas como Licença Prévia (LP),

Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO). A Normativa do IPHAN 230/02 e a

resolução Conama 237 norteiam estas licenças, conforme explicado melhor no capítulo de

legislação.

Analisando os processos elencados para a pesquisa observamos que existem projetos e propostas

que acabam por juntar algumas etapas como projetos de diagnóstico e prospecção ou projetos

de prospecção e monitoramento, alguns em seus títulos colocam ainda um diagnóstico

etnohistórico ou educação patrimonial, tentando agilizar algumas etapas já que a mobilização

individualmente é mais demorada, mais cara, sem falar na espera de emissão de duas portarias,

por exemplo. A questão etnohistórica é um caso à parte como vimos na etapa de legislação e

veremos nas fontes escolhidas.

29 Verificar o capítulo anterior e a própria legislação em caso de dúvida.

Page 116: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

116

Mais raramente em casos mais específicos o Programa de Educação Patrimonial, Prospecção,

Resgate e Monitoramento Arqueológico por estarem em áreas evidentemente impactadas, com

potencial arqueológico evidente ou mesmo por cumprir um TAC por exemplo, acontecem todas

juntas para a obtenção da LP, da LI e da LO.

No cumprimento da Portaria 230/02 o que comumente acontece é a obtenção da LP (licença

prévia) atrelada ao diagnóstico arqueológico, a LI (licença de instalação) está atrelada à

prospecção e a LO (licença de operação) está atrelada ao possível resgate.

Melhor explicando: os trabalhos de arqueologia acontecem quase que simultaneamente aos

trabalhos de engenharia em alguns casos, sendo que o ideal seria que fossem realizados antes

de cada obtenção de licença, pois devem ter seu prazo próprio diferentemente da licença de

desmatamento, por exemplo, e não serem atos conjuntos somente para cumprimento burocrático

de uma legislação. Este cumprimento burocrático acaba gerando esta formatação processual que

apresentamos. Os projetos com suas propostas científicas, localização do empreendimento,

mapas, cronograma geral, endosso institucional e financeiro, currículos e cartas de participação.

Já os relatórios variam de arqueólogo para arqueólogo. Muitos se utilizam de uma retrospectiva

histórica copiada e colada do próprio projeto, outros diferem-se em metodologias de campo,

abordagem de registro, nas tabelas e nas fotos não existindo um padrão preestabelecido. Aí cabe

uma ressalva: se os projetos e relatórios são somente técnicos, por que eles não são regrados

mais intensamente, formatados em termos restritos? Sabemos da existência da Portaria 07/88,

mas vemos não ser o suficiente. Acredito que estas informações extrapolem o universo técnico.

Pelo menos acredito que deveriam. Veremos em fontes exemplificadas.

Outro termo importante a ser analisado é a questão das áreas afetadas. Alguns arqueólogos nas

áreas onde o empreendimento está sendo proposto (observamos isto nos projetos estudados) já

definem seus parâmetros de Área Diretamente Afetada (ADA), Área de Influência Direta (AID),

Área de Influência Expandida (AIE) e Área de Influência Indireta (AII). Outros utilizam certos

padrões ditados por determinadas superintendências estaduais do IPHAN, onde consideram

como ADA, por exemplo, todo o terreno do projeto, enquanto outras consideram somente o

espaço onde é impactada diretamente a paisagem. Conforme analisaremos posteriormente, isto

acaba por influenciar no orçamento de cada arqueólogo em relação ao custo total do trabalho.

Page 117: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

117

Normalmente um arqueólogo mais experiente produz mais documentação de campo, explicando

e colocando um número maior de informações, faz mais intervenções e muitas indagações, pelo

menos é isto que se espera. Para outros, o trabalho de campo meramente técnico acaba refletindo

até muitos dados, mas que não são explorados em sua totalidade. Este tempo “perdido” na

confecção de relatórios mais elaborados, coletas de campo criteriosa e indagações a respeito das

ocupações, suas formas e processos sociais acabam por satisfazer boa parte de um trabalho

científico/ acadêmico, embora lidando com Arqueologia de Contrato. Desta forma, o custo-

benefício para o empreendedor não é vantajoso uma vez que os preços cobrados por tais

profissionais são geralmente altos e demandam muito tempo. Ao final, os projetos somente

existem para o cumprimento de uma legislação e passam pelo mesmo crivo que é o próprio

IPHAN. Por outro lado, grandes projetos normalmente são trabalhados por arqueólogos de

renome, que são aclamados por sua competência. A grande questão é a responsabilidade de

gestão de grandes projetos, competência de execução, administração de equipes, campo,

responsabilidade social. Por tudo isto, variam muito os valores cobrados pelos arqueólogos para

a execução de pesquisas relacionadas ao licenciamento ambiental.

A análise das fontes deste trabalho, permite inferir sobre o saber arqueológico e o seu registro

mostrando indícios dos processos políticos e as dinâmicas sociais envolvidas. O universo

escolhido ilustra a fala de muitos envolvidos e justifica certas observâncias em relação a alguns

aspectos e problemas. Relatórios analisados de forma diferente podem revelar práticas de

protecionismo.

Retomando a conceituação de Área Diretamente Afetada temos a mais comumente aceita

definição de Bastos (2008) apoiada em estudos de outros arqueólogos renomados:

Área diretamente afetada (ADA) É constituída pela área de terreno diretamente afetada pelas obras necessárias à implantação ou implementação de qualquer empreendimento. É entendida como área de uso e ocupação do empreendimento. Área de influência direta (AID) Utiliza-se como critério para definir área de influência direta para fins arqueológicos a área de captação de recursos junto aos assentamentos das populações pré-históricas. A literatura internacional e nacional reconhece que para populações que habitaram florestas tropicais, floresta subtropical, mata atlântica e ecossistemas litorâneos,

Page 118: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

118

podemos considerar a área de captação de recursos, ou seja, de influência direta, aquela que compreende, pelo menos, um raio de 10 km ou duas horas de caminhada rápida. Área de influência expandida (AIE) É constituída segundo alguns autores (Morais e Mourão 2005; Brito 2002) pelo espaço territorial abrigado pelo município onde será implantado o empreendimento projetado. Eventualmente essa área poderá sofrer mudanças para mais ou para menos, dependendo da situação. Área de influência indireta (AII) Esta área deverá ser definida com base na rede hidrográfica local, onde se compreenda a bacia regional. Também poderão ser utilizadas as compartimentações ambientais, sendo importante neste caso a delimitação de uma área que compreenda uma região de contextualização arqueológica ambiental, que englobe a diversidade cultural existente. Ela inclui os ecossistemas ou sistemas socioeconômicos que podem ser impactados por alterações na AIE. (BASTOS, 2008, p. 198 e 199)

Com isto define-se melhor as áreas a serem trabalhadas e onde devem ser concentrados esforços

na detecção de sítios, manifestações culturais e estudos paisagísticos e geológicos.

Muito me questiono, ao longo do trabalho, sobre como é possível atribuir valor científico a estes

trabalhos narrados através de seus respectivos relatórios entregues ao IPHAN. Alguns afirmam

que estes relatórios não têm intuito científico e não podem ser levados em conta ou não o

apresentam.

Retomando as ideias anteriores, se os processos e relatórios não devem ser didáticos ou

científicos, devem ser técnicos. Eles devem ser extremamente técnicos, tão técnicos que não

haja problemas ou falta de registros que possam prejudicar a preservação do patrimônio

arqueológico, além de satisfazerem as exigências da legislação. Esta questão deve ser bem

melhor esclarecida, o caráter cientifico x caráter técnico, mesmo que por outros trabalhos

futuros.

Pensando na questão técnica, como devemos estabelecer parâmetros se este ou aquele é um

relatório bom, satisfatório ou ruim? A Portaria n° 07/88 do IPHAN é suficiente? Penso que a

princípio por ser um relatório técnico (imaginemos um relatório técnico de engenharia ou

arquitetônico) deve ser extremamente descritivo, com fontes de informação, tabelas, contas

matemáticas, descrição detalhada de cada intervenção, narrativa de imprevistos, acidentes,

caderno de campo ou diário de obra, gráficos, percentagens, analises de materiais, fadiga de

elementos, plantas georreferenciadas, fotos, muitas fotos, desenhos, croquis estudos aéreos ,

geológicos, vento, cálculo de dias parados pela chuva, quebra de máquinas, nomenclatura

Page 119: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

119

universal dos termos técnicos e nas legendas em plantas e arquivos e muitos outros fatores.

Todos estes componentes fazem parte de um relatório técnico. Muitos dos procedimentos e

tecnologias que são empregadas são comuns tanto na Arqueologia Acadêmica quanto na

Arqueologia Preventiva.

Hoje em dia temos quase tudo informatizado, a tecnologia impera no registro e catalogação do

que quisermos. Tirar fotos podemos tirar milhares, sem custo algum, ter GPS para registro

existem às centenas de diferentes tipos com alcances distintos, até as fotos de celular já saem

georreferenciadas. Temos muitos programas de software gratuitos desde editores de texto até

programas de georreferenciamento que fazem plantas, criam arquivos em CAD e outros

formatos. Temos acesso aos laboratórios de datação mais facilmente além das facilidades de

acesso tecnológico a certas áreas, seja por meio de automóveis alugados, carros com tração,

helicópteros ou de paraquedas. Os hotéis oferecem lugares seguros, mesmos em regiões mais

afastadas de repouso e de reunião de registros diferente de barracas de acampamento. As

refeições e o banho diário são comumente difundidas. Internet é acessada em meio à mata tendo

comunicação instantânea com a sede ou escritório sede. As roupas podem ser lavadas uma vez

por semana sem problemas assim como matar a saudade da família via Skype quando se volta

à noite. Temos ainda um arsenal de remédios para dor nas costas, desinteria, protetor solar, azia

ou febre além mais comumente soro para picadas de cobra (as quais sempre fogem pelo barulho

e devastação das máquinas).

Ainda possuímos um verdadeiro arsenal dos mais diversos equipamentos de proteção individual

(EPI`s) como botas, capacetes, perneiras, protetores auriculares, meias, fardas, óculos de

proteção com CA para evitar danos dos raios UV às vistas e do protetor solar já citado, além dos

garrafões de água e do pacote de bolachas e de do embrulho com a rapadura. Em alguns casos

as empresas ainda assinam a Carteira de Trabalho.

Portanto, acredito que não existem problemas maiores em se realizar registros exaustivos e com

tempo necessário para que haja uma compreensão correta do ambiente em que se está

trabalhando assim como os vestígios encontrados, considerando ainda a realização das ações de

educação patrimonial. Não é justificativa existir relatórios arqueológicos com pouca informação

de campo, registro, indicação e também uma reflexão no mínimo que seja de alguma

Page 120: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

120

problemática arqueológica. O IPHAN por sua vez tem a tarefa de regular as intervenções físicas

a serem feitas nos sítios arqueológicos

É mais difícil fazer um relatório de um local que não seja encontrado vestígios arqueológicos

do que um que exista, pois deve ser muito bem explicado e elucidado o não encontro de

determinados elementos, pelo menos deveria.

Claro que a tecnologia também tem seu lado ruim. Paul Bahn um dos nossos grandes teóricos,

comenta sobre o uso da computação:

O uso de computadores, claro, também confere à escavação a ilusão de usar tecnologia de ponta – não importa que sejam apenas tão úteis e precisos quanto a informação que lhes foi depositada em primeiro lugar, que por sua vez depende da qualidade e da vigilância dos escavadores, assim como os operadores de computador. Matriciais de computador, mapas e diagramas fazem seu relatório parecer terrivelmente impressionante e profissional, e possuem a vantagem extra de dificultar ao leitor o exame atento da evidencia. (Bahn, 1993, p. 21)

Este é um problema e uma solução. A utilização de recursos de informática auxilia muito na

organização de dados de campo, consolidando tabelas, mostrando dispersão de vestígios em

mapas e ajudando a ilustrar certos conceitos e resultados para o público leigo por exemplo. Da

mesma forma, a informática pode mascarar certos problemas que ocorreram em campo ou no

seu registro. É possível confeccionar um mapa onde exista uma linha de poço testes com 100

intervenções, justificado com uma tabela de controle em planilha de níveis controlados com

estratigrafias definidas e a ausência de vestígios arqueológicos. Na realidade podem ter sido

feitos somente 25 intervenções. Como perceber isto de somente lendo e tentando sentir estas

informações? A computação, a informática pode salvar um sítio? Outro ponto de vista, por isto

fiz todas aquelas afirmações acima, seria em relação a não informação, na falta de informação

propositalmente não colocada nos relatórios. A fotografia, os registros de GPS e os mapas de

satélite estão disponíveis para serem meios de registro e divulgação de resultados.

Antigamente o formato de campo de um trabalho de arqueologia e os relatórios eram

diferentes. A exemplo vejamos abaixo um relatório do IAB (Instituto de Arqueologia

Brasileira ,1972). Os recursos e hábitos eram diferenciados. A inclusão deste relatório

Page 121: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

121

e de outros anteriores à década de 1980, permite que se pense no formato que os

relatórios de hoje têm, posteriormente à publicação das normativas 07/88, 230/02,

419/11. Cabe ressaltar que o objeto desse relatório é de prestação de contas, e não

um relatório técnico. De qualquer maneira é um registro histórico importante para

entendermos como funcionava a parte burocrática e diária no campo arqueológico.30

30 . A inclusão deste relatório e de outros anteriores permite que se pense no formato que os relatórios de hoje têm, posteriormente à legislação e normativas 07, 230, 419, O contexto desse relatório é de prestação de contas, e não um relatório técnico. De qualquer maneira é um registro histórico importante para entendermos como funcionava a parte burocrática e diária no campo arqueológico.

Figura 3: Relatório IAB 1972, página 15. Fonte: Arquivo Central do IPHAN-Seção RJ

Figura 4: Relatório IAB 1972, página 16. Fonte:Arquivo Central do IPHAN-Seção RJ

Page 122: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

122

Notem os itens de papelaria, assim como os cálculos de filmes fotográficos, revelações,

consertos do flash e do aluguel de veículos e o material que retornou e que será reutilizado na

Figura 3 e os itens de farmácia e de gastos extras na Figura 4. Vemos que os materiais de campo

são diferenciados em parte dos atuais como caixa de fósforos e recargas de pincel. As campanhas

em alguns casos eram montados acampamentos.

Os materiais de campo são mais simples, os de papelaria por exemplo, acabam retornando para

serem utilizados, assim como mais materiais de uso mais pesado como geradores, barracas, pás

e enxadas como veremos depois. Hoje em dia raramente se retorna um lápis ou mesmo um rolo

de papel higiênico. As listas orçamentárias atuais englobam GPS, cartões de memória, caixa de

DVD virgem, lápis e borracha. Desta forma imagina-se como eram feitos os registros de campo

à época. Outra coisa é certa informalidade com despesas maiores como aluguel de veículos ou

estadias.

Abaixo existe uma descrição orçamentária e uma narrativa de ida a campo, em um trabalho do

PRONAPA no Sul de Minas Gerais:

Figura 5: Relatório Viagem Sul de Minas, maio de 1970. Fonte: Arquivo Central do IPHAN-Seção RJ

Page 123: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

123

A figura 5, referente ao relatório de Viagem ao Sul de Minas, mostra a preocupação com os

registros de campo para não haver perda de informações. As etapas de laboratório, identificação

de peças e levantamentos geológicos, ecológicos e etno-sociais já aparecem também como

prerrogativas.

Figura 6: Relatório IAB 1972, página 06. Fonte: Arquivo Central do IPHAN-Seção RJ

Figura 7: Relatório IAB 1972, página 07.Fonte:Arquivo Central do IPHAN-Seção RJ.

Page 124: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

124

Nas Figuras 6 e 7, Relatório IAB 1972, muito interessante notar a intensa reprodução do diário

de campo da expedição, apontamentos de problemas, acessos, condições de estrada e nome de

contatos. Além de uma demonstração de idoneidade, certas informações importantes para

estudos futuros estão registradas e acima de tudo disponibilizadas em relatório. Esta pratica

atualmente não é mais utilizada nos relatórios. Os registros de campo imaginam-se estarem

tratados no mesmo nível.

Na Figura 8 do mesmo Relatório, podemos ver as dificuldades enfrentadas em campo com as

distâncias, estradas ruins e quebra de veículos. Hoje em dia o panorama na maioria dos projetos

é bem diferente. Por fim os cálculos:

Figura 8 Relatório IAB 1972, página 08. Fonte: Arquivo Central do IPHAN-Seção RJ

Page 125: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

125

É de notar-se a preocupação com os gastos financeiros (figuras 9 e 10) e as verbas excedentes.

Os cálculos de quilômetros rodados e de quantos km/l foram gastos por cada veículo é coisa

séria. Os orçamentos apertados e milimetricamente ajustados, além do mais justificados

detalhadamente. Poderemos inferir que a época é diferente, outro contexto, mas como não

conseguir historiar sobre fontes tão interessantes para comparar como são feitas as coisas hoje

em dia. Os orçamentos podem ser apertados, mas não temos mais tanta preocupação em gastos

milimétricos. Logicamente o controle de notas fiscais e recibos advindos dos gastos para o fisco

ainda são respeitadas na maioria das vezes, como também os pagamentos trabalhistas dos

funcionários fixos das empresas, dos estudantes e também dos braçais em campo. Hoje a justiça

chega mais fácil a todos e com isso as empresas ficam mais tranquilas na justificativa dos gastos,

quando necessário. Os orçamentos que fazem normalmente são compatíveis com o trabalho de

campo bem registrado, uma vez que o uso da tecnologia facilita, barateia e aumenta muito o

Figura 10 Relatório IAB 1972, Fonte: Arquivo Central do IPHAN-Seção RJ

Figura 9 Relatório IAB 1972,. Fonte: Arquivo Central do IPHAN-Seção RJ

Page 126: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

126

acesso à informação e ao registro preciso e abundante das fontes arqueológicas. É fácil constatar

isto, pois as dificuldades atuais são muito menores, o acesso aos locais em sua maioria já sofreu

algum tipo de estudo ou intervenção e a mentalidade de eficiência e rapidez nos trabalhos é

levada em consideração.

Compararemos os novos relatórios à luz da legislação e da inspiração e do faro arqueológico

dos projetos de Arqueologia Preventiva. As seleções destas fontes elucidam muitas questões

elencadas ao longo dos capítulos.

Agora sigo descrevendo e analisando cada uma das fontes escolhidas para maior entendimento

do leitor. Faço esta atividade tendo em mente ou fazendo como se fosse o papel de um revisor,

um parecerista que analisa os processos pela primeira vez, embora o papel que desempenho aqui

é de pesquisador, é de alguém que vai inquirir as fontes para responder às perguntas elaboradas

na pesquisa. Será útil para fazer o exercício minucioso da narrativa real do que é apresentado e

as manifestações mentais advindas de tais leituras expressas em forma escrita, articulando

pormenores que serão debatidos em seguida.

3.4 COMENTÁRIOS SOBRE A ANÁLISE DAS FONTES - OPÇÕES METODOLÓGICAS

DOS TRABALHOS DE ARQUEOLOGIA PREVENTIVA À LUZ DOS DADOS OBTIDOS.

Antes de partir para a análise do conjunto de projetos e relatórios depositados na

Superintendência Estadual do IPHAN no Rio Grande do Norte, relativos à emissão de

autorização/permissão e acompanhamento das pesquisas de arqueologia no âmbito dos

processos de licenciamento ambiental, faremos algumas considerações a respeito deste trabalho.

Este trabalho foi pensado para dois públicos distintos, público especializado e não especializado

em Arqueologia.

O público não especializado em Arqueologia poderá ao longo do texto entrar em contato com

diversas realidades arqueológicas, seus termos utilizados no dia-a-dia e todo universo geral das

problemáticas arqueológicas e ao final aprender ou apreender alguma coisa para que venha a

Page 127: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

127

contribuir com a preservação dos bens patrimoniais como um todo. Para os profissionais

arqueólogos foram expostos aqui documentos e pensamentos que vem auxiliar em uma

formação de atitudes e realidades por nós enfrentadas, na tentativa de uma melhor atuação

profissional, ética, completa, participativa e responsável.

O processo de escolha destes 74 Processos, muitos dos quais compostos por mais de um volume,

foi realizado primeiramente com a escolha de projetos e relatórios das empresas que mais

atuaram no Estado do Rio Grande do Norte no período por nós analisado, que como visto

anteriormente, foram duas principais: Arqueologia Brasileira e Arqueologia Brasil. Escolhi

outras empresas e outros profissionais como contraponto à maioria. Escolhi projetos por

representar trabalhos em localizações reconhecidas cientificamente por serem

arqueologicamente ricas e interessantes, geologicamente representativas e diversas dentro do

Estado como as áreas Dunares entre Rio do Fogo e Guamaré, e também de tipos de

empreendimentos diferentes como construção de estradas e áreas de mineração. O predomínio,

sem dúvida, foi de empreendimentos voltados à construção de Parques Eólicos e Linhas de

Transmissão. Este predomínio de certos tipos de empreendimentos implica na previsão de certos

tipos de danos ao patrimônio arqueológico e desse modo, demandam a realização de estudos

preventivos com um certo perfil.

Considero também a tentativa de responder alguns questionamentos pessoais, profissionais e

administrativos enfrentados por nós. A ideia desta dissertação era, inicialmente, analisar a

produção documental resultante dos trabalhos de Arqueologia Preventiva, buscando entender

suas características em relação à chamada Arqueologia Acadêmica, e buscando entender que

tipo de conhecimento tem sido produzido nesses trabalhos de Arqueologia Preventiva e como

tem se dado a sua divulgação.

Devo agora demostrar na realidade, em que medida a Arqueologia Preventiva foi realizada neste

período de tempo no estado do Rio Grande do Norte e em que medida ela pode representar o

universo da Arqueologia Preventiva Nacional. As maneiras como os arqueólogos demonstraram

em seus relatórios os dados obtidos e como foram preservados os sítios situados na esfera de

abrangência das áreas de interesse dos empreendimentos.

Page 128: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

128

O processo de análise destas fontes foi longo. De início precisei organiza-los em arquivos, pois

muitos ainda se encontravam espalhados dentro de caixas de papelão, sem referência, números,

quantidade ou localização. Somente uma pequena parte tinha sido organizada por uma secretária

do instituto, mesmo assim sem atingir o ideal, uma vez que o trabalho não estava concluído e

nem com uma listagem mínima de localização dos mesmos.

Após a organização física, que demorou meses, juntamente com a escolha de um local para

acondicionar estes processos, procedemos com a numeração de caixas, etiquetamos com os

nomes e números dos processos de forma clara e de planilhas com sua localização exata, para

então iniciar o processo de escolha das fontes. Vale ressaltar que estes arquivos que ainda são

correntes precisarão de tratamento arquivístico profissional em pouco tempo. Se não foi

elaborado um plano de classificação para esse acervo, tampouco foi avaliado cada documento

para decisão sobre sua destinação, não é possível estimar em quanto tempo eles deixarão de ser

corrente nestas condições.

Retomando, após a escolha dos 74 projetos, todos foram escaneados em sua quase totalidade

(Tarefa que também demorou certo tempo) para que pudesse estuda-los de forma mais fácil.

Aqui começou a forma da prospecção exaustiva. Após leitura de todos os Processos foram feitos

três fichamentos (semelhante às fontes bibliográficas usadas nos primeiros capítulos) exaustivos

dos projetos e relatórios a fim de tirar elementos essenciais na análise destas fontes. O leitor

notará certa forma exaustiva de retratar estas fontes, salientando que muitas partes existem

repetições de trechos de forma proposital, mas com um objetivo final comum. Pensem em quem

analisa diversos processos diariamente, em qualquer órgão público. Desta forma procurei

identificar certas semelhanças em todos os projetos na tentativa de chegar a um índice de

variabilidade.

Inicialmente analisei cada projeto com a reprodução de sua capa e alguns com ofícios de

tramitação. Neste caso isto serviu para a análise das datas, dos fluxos internos. Vejam os

documentos que são apensados junto a capa de um relatório (figura 11 e 12) sendo o parecer

técnico e o oficio de entrega do relatório com selo do CPROD, carimbo de recebimento e

assinaturas:

Page 129: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

129

Na figura 13 mostramos a real capa do Relatório com as informações básicas e na figura 14 a

capa de um Processo

Figura 11 Figura 12

Figura 13 Figura 14

Page 130: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

130

Foi feito também um balanço das sínteses executivas com resumo inicial de cada projeto, para

se ter noção de antemão do tipo de licença que se espera e o patrimônio a ser impactado ou não,

assim como se foram encontrados sítios ou não.

Na maioria dos projetos e relatórios, após esta parte inicial analisei os índices e/ou sumários de

cada documento. Desta forma temos um panorama geral dos assuntos abordados em cada

processo, contabilizando o número de capítulos, metodologias, históricos regionais, geologia e

assim por diante, como explicarei a seguir. Chamamos incialmente a atenção para que se

consiga fazer uma relação entre número de páginas x as páginas úteis31 x sítios encontrados x

intervenções realizadas x registros x resultados e educação patrimonial.

Desta forma, conseguimos chegar a um cociente de trabalho de cada empresa proporcionalmente

chegando à um número de intervenções x sítios encontrados e número de projetos por empresa

x patrimônio identificado, prosseguindo.

Pelo índice notamos comumente que os primeiros capítulos são voltados à descrição do

empreendimento, sua localização e uma descrição breve dos objetivos e simples metodologia.

São seguidos de descrições da história local, regional, tentativas de etnohistória32 e descrição

ambiental no geral. Notamos que estas partes são exaustivamente repetidas de projeto em

projeto, com poucas mudanças ao longo do período estudado. Existe também uma descrição

geológica que se mantém em linha comum a quase todos os discursos e ao qual veremos à frente.

Existe também relação entre número de páginas totais de cada processo com a porcentagem de

31 Estamos considerando como páginas úteis aquelas que contém uma descrição mais detalhada das metodologias utilizadas em campo, suas inspirações e como serão feitas as intervenções em geral. Nesse sentido, são considerados os trechos dos documentos mais relevantes à análise que estamos propondo. 32 Abordando etno-história e arqueologia, David A. Barreis considera que a mais antiga utilização do termo talvez tenha sido feita por Clark Wissler, numa introdução que ele escreveu para uma série de relatórios arqueológicos sobre a presença de populações indígenas na área da grande Nova York e do baixo Rio Hudson, publicados em 1909 (BARREIS, 1961, p. 49-50). Nas observações de Wissler, o significado do termo “etnohistórico” seria a combinação de dados etnográficos e dados coletados nas escavações arqueológicas, e o termo implicava em uma documentação produzida pelos estudiosos e pesquisadores não indígenas situados em universidades e centros de pesquisa. (MOTA, 2014, p. 10)

Page 131: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

131

patrimônio identificado e seu devido registro e analise, porém, nem sempre existe a proporção

“quanto mais, melhor”. Às vezes a área útil é muito reduzida.

Em seguida às descrições histórica, regional, ambiental, geológica e diagnóstico etnohistórico,

existem nos documentos, mesmo sendo os projetos ou os relatórios, uma descrição mais

detalhada das metodologias utilizadas em campo, suas inspirações e como serão feitas as

intervenções em geral. Nesse ponto inicia-se então o que estamos considerando para fins dessa

pesquisa como “área útil” dos processos, ou trechos mais relevantes à análise que estamos

propondo33.

A referência autoral dos documentos analisados sempre será correspondente ao coordenador das

pesquisas, o responsável técnico pela elaboração do projeto e/ou relatório, mesmo sabendo que

a produção destes textos foi realizada pela equipe por ele contratada. A reprodução total destes

documentos é inviável e esbarra em problemas administrativos, porém nos anexos serão

disponibilizadas somente as páginas correspondentes às referências utilizadas.

Antes de prosseguir, chamo a atenção para o estilo de escrita de cada documento, as mensagens

escritas e as intenções nas entrelinhas. No caso da arqueologia não é diferente, pois estamos

vendo uma interpretação da realidade pelo filtro de uma pessoa. Neste momento, como constatar

que a descrição do que foi visto em campo, o que foi identificado, ou não, corresponde à total

realidade? É muito difícil, ao primeiro momento, confiamos por se tratar de profissionais sérios

e comprometidos com a ética profissional. Argumentamos que a melhor forma de comprovar

tais afirmações seria por registros exaustivos de campo como uma descrição ambiental, tomadas

de diversos pontos georreferenciados pela tecnologia e também por extenso registro fotográfico.

Mas vemos que nas fontes escolhidas estes fatores chegam a variar bastante, cabendo à

percepção e experiência do parecerista a palavra final.

Prosseguindo com a análise, percebemos que as metodologias de campo, em alguns pontos,

diferem-se entre si, e alguns pontos são comuns, muitos dos quais utilizam-se os mesmos autores

como base teórica, e em outros pontos as metodologias de prospecção e resgate são

33 Não que os dados anteriores comentados não sejam importantes, mas as análises são voltadas mais aos registros de campo do que uma análise histórica que pode ser obtida através de uma boa consulta bibliográfica.

Page 132: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

132

diferenciadas. Existe um certo “transplante” metodológico de teorias acadêmicas para a pratica

adaptada da Arqueologia Preventiva.34 Existem também metodologias adaptadas da própria

prática de campo utilizadas pelos grandes nomes da Arqueologia Nacional e Estrangeira comum

a vários projetos, como podemos perceber. Há definições, a exemplo da ADA, que variam muito

entre os próprios projetos, e às vezes com justificativas particulares adaptadas à cada situação.

As descrições das sondagens e poços teste também passam por este crivo.

Em seu livro “Guia para Prospecção Arqueológica no Brasil” (1965), época do Pronapa, Clifford

Evans e Betty Meggers indicam como realizar uma sondagem:

O tamanho ideal dos cortes estratigráficos depende da densidade de cacos no refugo, devendo cada nível possuir no mínimo 100 cacos para ser incluído na sequência seriada da cerâmica. É desejável um mínimo de 150 a 200 para cada nível. Todavia, como a maioria dos sítios-habitação é pouco profunda, os níveis artificiais não deverão exceder de 8 a 10 cm de espessura, considerando que dimensões maiores reduzirão o número de níveis do deposito e impedirão a construção de cronologia relativa. Essas considerações ressaltam a necessidade de tentar um tamanho ótimo do corte estratigráfico ao prospeccionar uma área ainda não explorada. Começar com um corte de 1,5 x 1,5 m, escavando em níveis de 10 cm e caso a quantidade de cacos retirados por nível for inferior à indicada (100 cacos) aumentar o corte para 2 x 2 m ou ainda 2,5 x 2,5 m. Se houver abundância de cacos bastará um corte de 1 x 1 m. Algum nível poderá fornecer 100 cacos, porém isto não diminuirá o valor do corte desde que a maioria dos níveis possua uma amostra suficiente. (EVANS E MEGGERS, 1965, p. 36 a 38)

Este manual prático procurou sintetizar técnicas para os novos arqueólogos nacionais, sendo

estas práticas adotadas até hoje em boa parte.

Vemos que as definições das intervenções não mudaram muito ao longo do tempo, mas

adaptaram-se às necessidades como o tipo terreno, vestígios e outras características.

Percebemos que as definições destas intervenções variam de tamanho, que em geral são 1 x 1

m, mas a nomenclatura muda de profissional para profissional. No caso as intervenções de 1 x

1 são comumente chamadas de “sondagens” e as intervenções com o instrumento chamado boca

de lobo ou cavador articulado são chamadas de “poços-teste”. Existem casos de intervenções

de 50 x 50 cm que também são chamadas de poços-teste. Vemos que em muitos casos que os

34 Seguirá relação em anexo dos principais autores verificados nas bibliografias dos projetos e relatórios de arqueologia preventiva analisados na Superintendência do IPHAN no Rio Grande do Norte.

Page 133: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

133

poços-testes são registrados como sondagens e que causa certa confusão, a falta de um padrão

para as nomenclaturas e dos registros (fotográficos principalmente) das intervenções pode ser

utilizada capciosamente, para confundir os avaliadores do projeto, uma vez que muitos chamam

sondagem qualquer tipo de intervenção, sendo como na figura abaixo, ou com um simples poço-

teste ou “tradagem”.

Em questão de profundidades, estas também variam bastante entre os relatórios estudados,

justificadas muitas vezes às poucas camadas pela condição geológica local35. Vimos que as

formações predominantes são a Barreiras, Jandaíra e Tabuleiros Pré-Litorâneos. A quantidade

de intervenções x profundidade x justificativas geológicas e ambientais geram um quociente. A

escolha metodológica da quantidade de intervenções, distância, caminhamentos superficiais são

35 Geologicamente a região em estudo situa-se na faixa de domínio da Bacia Potiguar de idade cretácea, onde predominam na região os sedimentos pertencentes à Formação Jandaíra e ao Grupo Barreiras de idade terciária, sobrepostos pontualmente por depósitos recentes de origem fluvial e lacustre. A Formação Jandaíra ocorre em uma vasta área com direção geral leste-oeste. A sequência sedimentar é discordantemente recoberta por sedimentação do Grupo Barreiras ou por sedimentação mais recente, formando um extenso platô. Litologicamente é composta por calcários bioclásticos, calcarenitos e calcários dolomíticos. É constituída principalmente por calcarenitos com bioclásticos de moluscos, algas verdes, briozoários e equinoines; calcarenito e milionídeos, calcilutitos bioclásticos e calcilutitos “Birdseyes”. (DIAGNÓSTICO E PROSPECÇÃO ARQUEOLÓGICA DO PARQUE EÓLICO SANTA CLARA I)

Figura 15: Ilustração de Escavação do Referido Livro

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134

feitos seguindo as metodologias antes estabelecidas no projeto inicial também geram um

quociente. Façamos então a conta da metodologia empregada por cada empresa, multiplicado

pelo número de intervenções (poços-teste e sondagens e caminhamentos) e temos como

resultado a quantidade de sítios arqueológicos encontrados e o patrimônio identificado e

protegido se pensarmos isto em uma escala matemática. Poderemos dizer que existe o fator sorte

ou outras probabilidades, porém todos chegaram a trabalhar nas mesmas áreas, litoral e interior,

com condições ambientais semelhantes como podemos perceber nos documentos analisados.

O registro fotográfico é outro fator substancial. Verificamos que em certos trabalhos o registro

é feito em uma quantidade limitada de fotografias e em outros projetos tornam-se maiores

dependendo do trabalho de cada profissional. As fotos ambientais são orientadas aos pontos

principais percorridos, muitas vezes georreferenciadas. As fotos das intervenções também

variaram muito, principalmente, em respeito à sua quantidade, repetição e ângulo das fotos,

apresentando limitação de percepção do espaço em alguns casos e sua relação com o ambiente36

(figuras 16 a 19).

36 Figura 16: Relatório de Prospecção Resgate e Educação para A Instalação dos Parques Eólicos Renascença 1 2 3 e 4. Figura 17: Resgate Arqueológico Parque Eólico Morro dos Ventos IV - Relatório Final. Figura 18: Diagnóstico e Prospecção da área do Oleoduto CAM UTPF. Figura 19: Diagnostico da Lt 230kv Ceará Mirim II Extremoz II E Seccionamentos Projeto e Parecer.

Figura 16 Figura 17

Page 135: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

135

As fotos dos vestígios, em sua maioria, quando existiam, possuíam escala, porém neste caso,

em ângulos pouco perceptíveis. As fotos de educação patrimonial são um caso à parte, onde

apresentaram-se repetidas em alguns relatórios e em outros giraram na média de três a quatro

fotos contando com a fachada das escolas. Fotos das conversas informais também foram

registradas.

Os registros de campo georreferenciados também ocorreram em muitos casos, porém não em

todos. Estes registros são entendidos como geolocalização das sondagens, poços-testes, coleta

de vestígios em superfície, mapas, fichas e tabelas.

Estes dados de sondagens, poços-teste e coleta superficial fazem parte do registro arqueológico

e são apresentados nos relatórios em forma de tabelas descritivas (figuras 20 a 22) onde constam

a sigla escolhida, dados em UTM, descrição do solo e a aparição ou não de vestígios

arqueológicos. Em alguns casos aparecem os vestígios já quantificados e que posteriormente

serão analisados.

Figura 18 Figura 19

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136

Figura 20

Figura 21

Page 137: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

137

As fichas (figuras 23 a 25) ajudam a complementar os dados de campo, juntamente com os

registros para a confecção dos dados de CNSA. Os mapas (figuras 26 a 29) que foram

apresentados nos projetos e relatórios ilustram a localização do empreendimento, suas

dimensões, os locais a serem impactados e em alguns casos apresentam mapas com as

intervenções arqueológicas realizadas. As bases dos mapas vão de simples bases fornecidas em

bibliografia, dados do IBGE, Google Earth e bases mais complexas como GIS, Surfer ou CAD.

Como podemos observar nos documentos escolhidos, alguns não apresentam sequer tabelas de

quantificação ou mapas de intervenções. Os registros dos sítios georreferenciados são obtidos

por GPS simples de campo ou em alguns casos o GPS Geodésico ou Estação Total.

Figura 22

Page 138: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

138

Figura 23

Figura 24

Figura 25

Page 139: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

139

Outro fator comum é a reinterpretação de sítios anteriormente localizados por outras empresas,

onde, por motivo que não nos foi possível verificar, os nomes dos sítios são mudados gerando

outras fichas de CNSA e, por conseguinte o nome do responsável pelo registro do sítio muda.

Detectamos em alguns casos37 até a mudança do nome do empreendimento entre diferentes

processos e também a mudança do grupo de controle ou proprietário do empreendimento.

37Relatório De Prospecção Resgate E Educação Para A Instalação Dos Parques Eólico Renascença 1 2 3 E 4.

Figura 26 Figura 27

Figura 28 Figura 29

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140

Verificamos também que em alguns casos38 são desconsiderados vestígios anteriores e sítios

deixam de existir.

A breve análise dos vestígios em campo aparece em cerca de 10 dos relatórios estudados, mas

não em todos. Os referenciais teóricos de suas analises também variam de projeto para projeto,

existindo certa concordância nas análises líticas e cerâmicas (figuras 30 e 31). Estas análises, a

primeiro momento, devem ser feitas em laboratório (figura 30), nada impedido que os registros,

principalmente os fotográficos, sejam feitos em campo como pudemos analisar. Existe lendo

vários que a pretensão de análise laboratorial existe na maioria dos projetos e relatórios em sua

introdução teórica.

Porém, não existem menções ou fotografias dos procedimentos de conservação, pelo menos

dois deles nem possuem espaços de guarda destes materiais. Os vestígios apresentam

procedimento de laboratório, limpeza, tombamento e fotografias detalhadas dos objetos. Vemos

38 Relatório de prospecção do Parque eólico Morro dos Ventos IX, Arquivo Pessoal. Será colocado nos anexos documentos que comparam os resultados desta prospecção e do resgate dos parques eólicos renascença.

Figura 30

Figura 31

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141

que existem tabelas e quadros descrevendo formas, funções e até mesmo procedência e datações

de muitos vestígios, mas não chegam a ser em 100% dos relatórios de resgate.

Outro ponto particular é o monitoramento arqueológico. Esta etapa de trabalho é comumente

recomendada tanto pelo arqueólogo responsável nos projetos e relatórios, quanto pelo IPHAN

em diversos pareceres que acompanhamos, embora ainda exista certa polêmica em seu emprego,

pois alguns acham que é uma forma fácil do arqueólogo ganhar dinheiro sem ter muita

efetividade na preservação. Os relatórios mostram uma boa quantidade de fotos dos

procedimentos de campo, das intervenções de máquinas, cortes de terreno e demais intervenções

(figuras 32 e 33).

Em alguns relatórios são apresentadas fichas mais complexas (figuras 34 e 35) de registro e

também uma quantificação das diversas ações de obra com picos de produção e relações de

vestígios encontrados.

Figura 32 Figura 33

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142

Figura 34

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143

Estas ações servem para registrar a efetiva participação da equipe de arqueologia em campo,

uma vez que uma mera sequência de fotos pode ser feita rapidamente e a equipe não ficar mais

presente em campo.

Podemos perceber que o registro de campo, em termos metodológicos, complementando as

informações anteriores, foram bem variados. Alguns princípios, porém, são reafirmados na obra

de Wanda Lorêdo “Manual de Conservação em Arqueologia de Campo”, escrita em 1994, em

uma época digamos, a grosso modo, pré-GPS. Temos na obra algumas metodologias de

conservação de campo mais recentes que a obra de Evans e Meggers, relatando os recipientes

de guarda, e outros procedimentos importantes de campo. Retomando ao Registro temos:

Quando se realizam tratamentos de conservação em campo ou em laboratório, é imperativo registrar-se de forma detalhada e acurada, tudo o que foi feito ao objeto. Não se faz tratamento em campo para ser permanentemente; mais cedo ou mais tarde ele terá que ser refeito e para isto é importante saber-se como se procedeu e quais os materiais utilizados. Os únicos tratamentos que dispensam registro são a lavagem e limpeza mecânica, mesmo assim, somente quando não causam alterações nos objetos.

Figura 35

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144

As descrições não necessitam ser elaboradas, nem extensas. Por exemplo, se uma quantidade de um mesmo material (ossos, cerâmica ou contas de vidro) precisa ser mantida agrupada e apenas alguns itens necessitam de tratamento, basta uma nota geral quando ao consolidante aplicado ou quanto ao adesivo usado nas emendas. Entretanto, qualquer objeto em particular que tenha recebido um tratamento individual deverá ter seu próprio registro. Tratamentos que tenham causado mais mal do que bem devem também ser registrados, pois é mais fácil corrigir-se um erro quando ele é conhecido. Registre com clareza e em poucas palavras o que foi feito ao objeto, como foi feito e em que condições. Etiquetas com descrições sumárias dos tratamentos empregados devem acompanhar os objetos durante e depois das escavações. Estas mesmas informações devem ser incorporadas ao arquivo ou catalogo da escavação de forma a criar-se um registro permanente de tratamentos. Objetos que com certeza vão necessitar de tratamento posterior ou parecem ter passado por processos interessantes de deterioração devem ser acompanhados de amostras do solo onde foram encontrados com uma descrição de sua localização no sítio. (LORÊDO, 1994, p. 40)

Portanto, verificamos nos relatórios de Prospecção e Resgate que estes procedimentos foram

adotados desde sua metodologia inicial até sua prática de campo, e notamos também os

procedimentos apurados de coleta de vestígios relacionados com referências geográficas e

ambientais.

Como pudemos perceber lendo os projetos, relatórios e pareceres escolhidos, a Educação

Patrimonial é prevista e recomendada em todas as fases de licença. A documentação, a primeiro

momento em sua base teórica, é quase que em maioria subsidiada pelas publicações de Horta

no “Guia Básico de Educação Patrimonial” (1999), publicado pelo IPHAN, com algumas

poucas exceções39. Percebemos que tanto os projetos, quanto os relatórios seguem as mesmas

linhas e objetivos. Na parte prática, foram apresentadas palestras variando muito a quantidade

de público atingido. É importante observarmos as quantidades de atividades e o público atingido

por cada empresa. Algumas empresas apresentaram listas de presença, outras sequer

mencionaram a quantidade no texto.

Outras iniciativas a serem observadas foram a confecção de calendários, exposições e oficinas

lúdicas, aproveitando vários empreendimentos em uma mesma atividade, e realizando a

Educação ao longo do processo, atingindo o objetivo da construção de um local permanente à

39 São citados alguns autores estrangeiros com metodologia adaptada e também autores como SCUNDERLIK não constando nas referências bibliográficas.

Page 145: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

145

comunidade. Foi notado ainda que houve variação de abrangência da própria Educação dentro

de um mesmo projeto ou de empresa, quando, dependendo de cada profissional, os números de

atividades eram maiores, com mais público atingido do que outro, em projetos que o autor

mesmo participou.

O registro destas atividades também foi diversificado, em alguns projetos, por exemplo da

empresa Arqueologia Brasileira, atingindo meramente de 4 a 5 fotos, como já mencionado, e

outros feitos pela Arqueologia Brasil, tinham 15 a 20 registros por atividade. As listas de

presença não foram unânimes em todos os projetos, nem os registros escolares e cópias dos

conteúdos apresentados. Como podemos ler nos pareceres de liberação alguns projetos sequer

realizaram a etapa de educação patrimonial, sendo indicado a que realizassem a etapa, mas sem

impedir a liberação em geral.

Ao analisarmos o conjunto dos projetos, verificamos uma formatação mais comum e alinhada

por força de lei, ou seja, que a única coisa que os projetos têm em comum é o que a lei determina

ou quando são repetidos em conteúdo. Os endossos institucionais giraram em torno de entidades

comuns conforme tabela apresentada anteriormente, os cronogramas variam de projeto a

projeto. (Figuras 36 e 37).

Figura 36

Page 146: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

146

Procuramos também nesta análise elencar as referências bibliográficas de cada projeto e

relatório, a fim de montarmos uma relação mais completa sobre as diversas teorias e autores

utilizados como base teórica destes projetos e tentar traçar linhas de pensamento comum.

Verificamos em um primeiro momento, que os projetos deixam explícito que as metodologias

são adaptadas aos diversos casos. É importante a percepção de duas linhas distintas, uma mais

empírica, necessária a atingir certos objetivos usando metodologias que justifiquem a

intervenções em áreas ou não, e outra, nas bases teóricas da própria ciência arqueológica.

Vemos nestes projetos, metodologias somente voltadas às resoluções de problemáticas práticas

de campo ou metodologias empíricas de arqueólogos experientes imitadas por outros.

As questões acadêmicas e das teorias arqueológicas (em suas abordagens Processual ou pós-

Processual, por exemplo) não estão evidentemente claras, embora ainda existam citações de

autores relacionados a estes temas. Algumas exceções são notadas na colocação de bases

Figura 37

Page 147: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

147

teóricas e na justificativa das prospecções superficiais e subsuperficiais em alguns projetos,

fáceis de acompanhar pela bibliografia apresentada. É notadamente clara a apropriação de

autores de um projeto a outro e também a não menção de determinados autores no corpo dos

projetos, constando esses mesmos autores nas bibliografias desses projetos.

Lembramos, conforme visto nos capítulos anteriores, a discussão da dificuldade da justificativa

da não realização de determinada intervenção ou a não localização de bens arqueológicos em

determinada área. Comparamos o embasamento teórico dos projetos com os relatórios

apresentados, o que é proposto no projeto não é executado em campo, e por consequência não

justificado pelo arqueólogo em seu relatório. Portanto, este banco de dados de referências

consideramos de importância fundamental para a tentativa de uma caracterização da

Arqueologia Preventiva atual.

Outro ponto interessante é a comparação das propostas dos Diagnósticos com “proposta”

Etnohistórica de alguns projetos. Observando os projetos e relatórios estudados, vemos que

antes das “partes uteis” temos um levantamento histórico, geográfico e geológico, mas em

poucos projetos temos o levantamento do patrimônio edificado com registros fotográficos de

campo, ou um levantamento da cultura imaterial, através de pesquisa via história oral ou

consulta às bases como o INRC, por exemplo. Ainda que não fossem exigência das normativas

do IPHAN, alguns projetos40 analisados foram frutos de pareceres que exigiram

complementação destes aspectos.

Notamos pelas datas de emissão de portarias, protocolo e entrega de produtos uma variedade

muito grande nos tempos de tramitação desses projetos. Alguns projetos41 iniciados no ano de

2011, foram finalizados em 2011 mesmo. Enquanto outros somente receberam pareceres no fim

de 2013 e início de 2014, pois não estavam completamente adequados. Vemos também pelos

pareceres que certos projetos receberam pareceres mais longos do que outros. Alguns relatórios

como o de Diagnóstico e Prospecção da área do Oleoduto CAM UTPF por exemplo foram

40 Projetos e Relatórios 18,50 e 53 por exemplo 41 Verificar relação de projetos organizados em anexo

Page 148: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

148

listados como “sobejantes” ainda aguardam sua conclusão. Assim como os de lócus com

prospecções “oportunísticas”42 conforme metodologias adotadas.

Ao analisar os processos e pareceres ao longo do curso, percebemos que, com o passar do tempo,

certos métodos e técnicas administrativas foram mudando por força de novas resoluções internas

e muitos outros problemas.

Vejamos, por exemplo, a questão dos Diagnósticos Arqueológicos. Verificamos que pelas

fontes analisadas, até meados de 2011 os Diagnósticos eram realizados de maneira não-

interventiva. Verificamos também que as denominações dos títulos dos projetos variavam desde

a nomenclatura de “Diagnóstico Não Interventivo”, passando por “Laudo Arqueológico”,

“Relatório de Vistoria de Área”, até chegar ao “Diagnóstico Etnohistórico”, que contém alguns

dados arqueológicos. De início, por força legal e por prática (e nas metodologias e objetivos de

início de cada projeto) o Diagnóstico arqueológico deve realizar certa sequência, ou possuir

certo conteúdo como, por exemplo, um levantamento de fontes bibliográficas, fontes orais, de

culturas material e imaterial, consulta a mapas e visita a campo. O que percebemos é que, em

alguns destes diagnósticos não-interventivos, a quantidade de fontes e informações que

pudessem indicar a presença da cultura arqueológica em cada área estudada não variou muito.

A maioria ou cerca de 70 e 80 % dos processos estudados não apresentou análises de dados,

nem indagações mais aprofundadas; como a comparação de indústrias entre os vestígios,

procedência de matérias primas, ligação com a população local descendente ou valores

quantitativos, datações entre outros; tampouco foram verificadas interpretações nem esforços

de correlação de dados secundários mais consistentes. Os Relatórios de Etnohistória, na maioria,

como vemos, possuem apenas um relato histórico do local e alguma outra curiosidade a respeito

da flora ou de contexto geológico, poucos atingiram43 volumes maiores que 20 páginas, 5% do

total. Outra característica percebida observando os pedidos de portaria, os projetos e os próprios

relatórios de diagnóstico, é que algumas44 equipes eram compostas de somente um ou no

42 Os termos “sobejantes” e “oportunistico” foram tirados de pareceres dos projetos e relatórios para chamar atenção à repetição dos mesmos em boa parcela dos documentos estudados. 43 Programa De Arqueologia Preventiva Da Subestação Extremoz II,. Relatório Do Projeto Da Área De Construção De 4 Parques Eólicos Asa Branca II E III por exemplo. 44 27.RELATÓRIO DE DIAGNÓSTICO PARQUE EÓLICO CAMARU I, II e III

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149

máximo dois pesquisadores, incluindo o coordenador da pesquisa junto. Estes projetos possuem

pouco registro fotográfico, levando-nos a questionar se houve efetivamente estada em campo.

O diagnóstico interventivo está sendo previsto caso seja aprovada a nova Instrução Normativa,

para evitar tais problemas e para garantir dados mais precisos que subsidiassem concisamente

as tomadas de decisão na hora da prospecção. Notamos nas fontes que a partir de determinada

data os Projetos passaram a apresentar maior volume, com o acréscimo das fotos de campo e

intervenção. Nos projetos podemos ler “Programa de Diagnóstico, Prospecção “ou “Programa

de Diagnóstico, Prospecção, Resgate, Monitoramento e Educação Patrimonial” em casos mais

extremos. Estes processos visaram ajustar as problemáticas dos Diagnósticos Não

Interventivos, também agilizando a liberação de licenças por unir algumas etapas.

O que percebemos lendo alguns pareceres é que, em alguns casos, os Programas não realizados,

foram solicitados a serem realizados em etapas posteriores, e em outros casos de etapas muito

extensas a solicitação foi a divisão de processos pelo IPHAN e pelo Arqueólogo. Em um caso

nas fontes analisadas houve uma “Economia Processual”45 ajustando-se vários Parques Eólicos

em uma portaria só, e um Relatório simplificado de todos eles como podemos perceber, unindo

em um único estudo e uma única palestra de educação patrimonial para diversos parques ao

mesmo tempo.

Outra mudança de procedimento, foi a adotada em relação aos Projetos, onde começou-se a

exigir as declarações de participação e os Endossos Financeiros e Institucionais no Original,

com as assinaturas reais dos participantes, pois em alguns46 casos que observamos, alguns

profissionais eram adicionados em projetos ocorrendo em vários pontos do território nacional

ao mesmo tempo.

Outro dado foi a questão observada em relação às instituições de guarda de materiais. Em parte

dos projetos de prospecção e resgate estudados, as instituições que receberiam os vestígios

coletados e que fariam as análises laboratoriais, são instituições de fora do Estado do Rio Grande

do Norte, com maior concentração no Estado do Ceará e Bahia. Em alguns documentos

45 Relatório de Prospecção Resgate e Educação para a Instalação dos Parques Eólicos Renascença 1 2 3 E 4. 46 Diagnóstico e Prospecção Arqueológica Parque Eólico Riachão todos.

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150

estudados houve confusão no preenchimento dos protocolos dando-se a entrada no IPHAN do

Estado do Ceará47 e não no Estado de Origem. Observamos também que os registros nas etapas

de laboratório nos Programas de Resgate Arqueológico não existiam, assim como também

nestes casos não foram apresentadas tabelas de pontos de escavação ou quantificação de

vestígios resgatados.

Outra mudança de procedimento (por conta da mudança de direção do CNA/IPHAN) ao longo

do período foi adotada em relação à emissão de portarias. Muitos projetos de coordenação de

dois ou mais profissionais, na data da emissão das portarias somente o nome do primeiro

coordenador ou principal era publicado. Isto gerou, como pudemos perceber, um déficit do

número de portarias de determinados arqueólogos. A questão é que com as novas exigências do

IPHAN, que constam no Ofício Circular do IPHAN n° 01 para emissão de portarias, somente à

pessoa habilitada (foram dados 5 anos para adequação) a base curricular dos mesmos foi

prejudicada, e ao mesmo tempo existindo questionamentos à alguma solicitação individual.

Com o passar do tempo percebemos que as emissões de portarias começaram a seguir às

solicitações indicadas nos projetos.

No mais, algumas diferenças processuais, ou adequação e mudanças nos processos foram

acompanhadas das análises dos Pareceres realizados entre a Superintendência do IPHAN no Rio

Grande do Norte e os Pareceres do CNA/IPHAN/DEPAM, onde contam resumos e observações

pertinentes destes projetos e relatórios.

Valemo-nos de um segundo texto satírico, acerca da valorização do trabalho arqueológico e das

dificuldades operadas na sua plena realização:

“SÓ ACHEI ALGUMAS PEDRINHAS! ”: UMA SÁTIRA SOBRE O VALOR DE UM SÍTIO ARQUEOLÓGICO Quanto vale um sítio arqueológico? O primeiro enunciado responderá a essa pergunta da seguinte forma: - “Vamos analisar e calcular tudo na ponta do lápis! ” Primeiro o valor da matéria-prima: - “O basalto, 1186 peças, corresponde a 2 m², totalizando 34 Reais (17 Reais pelo metro quadrado). Fragmentos e seixos de quartzo, arenito, calcedônia, granito, etc. são vendidos em lojas de jardinagens como peças ornamentais, totalizando 500 gramas.

47 Diagnóstico e Prospecção Arqueológica Parque Eólico Riachão VI, Relatório Final de Diagnóstico Arqueológico e Etnohistórico Das Lts e Subestação Parques Eólicos I, III IV, Vi e IX Morro Dos Ventos.

Page 151: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

151

Com 12 Reais o quilo, pagaríamos 6 Reais no varejo. ” Agora o valor do transporte: - “Pela distância entre a origem e o destino, o frete custaria em média 35 Reais, sem entrega nos fins de semana. ” Mão de obra: - “Para produzir 1.029 lascas é necessária uma mão-de-obra muito qualificada. Qualquer auxiliar de pedreiro faria esse trabalho em um dia. A diária corresponde a 20 Reais. Já as pontas exigiriam mão-de-obra mais qualificada e experiente. As 13 pontas encontradas no sítio poderiam ser feitas por artistas plásticos, a 25 Reais cada uma, somando, 325 Reais. ” Território: - “Agora vêm itens que envolvem a compra ou aluguel do terreno que forma o sítio arqueológico. Pelo tempo, será mais vantajoso comprar o terreno. Pagando o aluguel de um terreno de 1 hectare durante aproximadamente 5.000 anos será completamente antieconômico. Custaria entre 1.500.000 e 2.000.000 de Reais. Então é melhor comprar o terreno. Não vai pesar tanto no orçamento! O terreno de 1 hectare, nessa localidade, com vista para o lago, atualmente custaria entre 15.000 e 20.000 Reais. Pagando à vista, investiríamos 12.850 Reais. Gastamos um total de 13.235 Reais para um sítio arqueológico autêntico. ” - “E agora? Você achou que era tudo?.”- “Agora vêm as despesas extras e pesadas: o trabalho do arqueólogo e o cadastro do sítio pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).”Primeiro os arqueólogos precisam autenticar o produto:- “Três semanas de escavação, com uma equipe básica e muito econômica, composta por cinco estagiários voluntários, sem experiência de campo, mas com muita vontade de fazer arqueologia, com garra e dedicação, dois bolsistas (CNPq), dois especialistas com pós-graduação lato sensu, um doutor, coordenador das investigações, e dois consultores, também doutores e professores de universidades importantes, que nunca vão a campo, mas recebem um pro labore, e que no final dos trabalhos assinam os relatórios para dar mais credibilidade, gastariam um total de 68.000 Reais. Faltam ainda os gastos com as análises de carbono 14 e com a termoluminescência, para as datações. Os melhores e mais confiáveis laboratórios estão no exterior e precisamos gastar em dólares! Com as três datações, gastaríamos 1.200 $US o que vale aproximadamente 2.640 Reais. Somando aos outros itens, gastaríamos um total de 83.875 Reais. ” - “Agora vem a parte do IPHAN (Instituto Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). ” Educação Patrimonial é a palavra da atualidade. Para a educação patrimonial, exigida pelo IPHAN, precisamos de folderes educacionais em papel cuchê, dvd, software, cartazes com iluminação, aulas inaugurais, palestras educacionais, professoras, guias locais, guardas, motoristas, ônibus, lanches para as crianças, almoço com as autoridades da prefeitura e das Organizações Não-Governamentais, capas de chuva, bonés, educadoras, fraldas, chupetas, recreacionistas, psicólogos, ambientalistas, testemunhas oculares, maquinistas e estagiários, muitos estagiários e de um guarda aposentado de 48 anos para vigiar a cerca elétrica de 4 metros de altura que foi construída envolta de seu sítio arqueológico para proteger o patrimônio histórico e artístico da União durante o período de 16 meses. Tudo isso custará: 982.587, 34 Reais. O pagamento poderá ser parcelado em até 48 vezes, com a primeira prestação paga somente em março de 2008, depois do carnaval, e tudo sem juros e acréscimos. Você ainda pode descontar seus investimentos diretamente do imposto de renda, conforme a lei de incentivo à cultura. Como brinde você receberá ainda uma separata de uma revista arqueológica com seu nome mencionado na nota de agradecimentos no relatório científico elaborado pelos arqueólogos. O sítio arqueológico vale hoje: 1.066.462 Reais e 34 Centavos. ” (Hilbert, 2008)

Vemos observações importantes em relação ao custo de um trabalho de arqueologia. No texto

existem três tipos de discursos relacionados ao assunto, um técnico, um midiático e outro

Page 152: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

152

especulativo, no caso estamos analisando o primeiro discurso. Pensamos inicialmente no custo

orçamentário dos projetos, indiretamente passam pelo filtro do fator prospecção x sítios

encontrados x custos divididos por emissão de portarias x documentação do IPHAN = relatório

final. Os fatores de multiplicação podem variar conforme analisamos os documentos analisados,

todos pesados com a balança do tempo x sítios arqueológicos.

Vemos que os custos de campo são relativos ao patrimônio identificado, o que vai desde a

tramitação dos documentos entre o IPHAN, Apoios Institucionais, custos de equipamento,

transporte, equipe, Educação e Laboratório. Em alguns casos, como podemos perceber, nas

fontes analisadas os Projetos de Diagnóstico, Prospecção e Resgate preveem uma abrangência

de serviços e Preservação do Patrimônio. Nos Relatórios Finais percebemos que algumas etapas

são cortadas, tanto em projetos de prospecção, quanto os de Resgate, mesmo os de Diagnóstico.

Percebemos também que, dependendo da metodologia utilizada, as quantidades de intervenções

variavam, e percebemos que dependendo da tecnologia também, se foi usado GPS Geodésico,

Estação Total ou um portátil por exemplo. Afora a quantidade de registros que variaram entre

os projetos realizados, houve também a variação do Registro Fotográfico e nos trabalhos de

Educação Patrimonial e de conservação laboratoriais dos vestígios Resgatados. A padronização

dos relatórios também contribuiu para facilitar a conferencia das diversas etapas e se as mesmas

são feitas com os requisitos mínimos. Vemos que os custos não mensuráveis e os mais banais

segundo o texto anterior, começam a pôr em dúvida certos procedimentos adotados.

Page 153: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

153

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Depois de extenso e exaustivo trabalho, faço um balanço dos dados obtidos. Existem diferenças

claras nos tipos de abordagem de cada profissional em relação aos trabalhos realizados no

Estado do Rio Grande do Norte. Diferenças também existiram na própria análise de seus

conteúdos por parte dos profissionais do IPHAN da referida regional, com vistas à aprovação

ou não dos projetos. Observando os últimos fatos em relação à Instrução Normativa (audiência

pública) e observando a legislação diversa para proteção do patrimônio arqueológico, podemos

tirar algumas considerações finais.

A primeira coisa que chamamos à atenção é para a concepção ou entendimento do que seja

Arqueologia Preventiva. Os trabalhos atuais existentes no atual formato não podem realmente

ser considerados como Arqueologia Preventiva. Considero hoje que podemos chamar os atuais

procedimentos como uma Arqueologia-Legalista ou uma Arqueologia Legalista- Contratual.

Não à toa, a grande maioria dos projetos e relatórios iniciam-se com a frase “visa atender as

portarias do IPHAN 419/11 e 230/02 e a lei 3924/61.

Portanto, sem dúvida, nos parece mais adequado adotar a denominação desses trabalhos como

Arqueologia de Contrato, segundo a definição de Solange Caldarelli48, pois os resultados como

pudemos ver, refletem inicialmente a relação do preço cobrado e também um determinado tipo

de vínculo trabalhista. Parece não existir mais a emoção do sentimento “puro” da Arqueologia,

o fascínio da descoberta, mais sim uma relação quase fordista, em uma produção rápida de

pesquisa de campo e resgate veloz, com o patrimônio arqueológico. Tal abordagem negligencia

uma aproximação da pesquisa arqueológica a partir de um conjunto de indagações, diante do

fascínio da descoberta.

Por fim estou narrando a morte de um formato de uma portaria para uma instrução normativa,

onde todo um universo está mudando. Esta análise, este trabalho, nada mais é que um relato do

que se deseja tanto mudar e aperfeiçoar.

Quanto às perspectivas de melhoras dos procedimentos pelo IPHAN, acredito que devam ser

abordadas de duas formas distintas. Em um primeiro momento estamos acompanhando a

48 CALDARELLI, S. B. & M. C. M. M. SANTOS Arqueologia de Contrato no Brasil. Revista USP, 44: 52-73

Page 154: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

154

mudança de procedimentos internos, mudança de normatização, mas também é necessário o

incremento de profissionais da área dentro de cada superintendência do IPHAN através de

concurso. O incremento da fiscalização efetiva também melhorará a qualidade do trabalho do

arqueólogo em campo e das instituições de guarda, garantindo que todas as etapas sejam

cumpridas por todos.

Outra abordagem é o tratamento em relação aos arquivos gerados destes trabalhos, a divulgação

e a facilitação das consultas e outros que a população necessite, tendo em mente também a

legislação de acesso à informação. Não devemos esquecer que os próprios vestígios

arqueológicos fazem parte de arquivos, e o IPHAN tem a obrigação de zelar por eles. Depois de

uma dura etapa de leituras, estudos, organização de processos e pensamentos, chegamos à etapa

final. Iniciei o mestrado tendo que dar conta de horários por ser um mestrado profissional, entrar

em contato e aprender com a prática dentro da instituição, fazer tarefas, trabalhos e leituras

relativos ao cumprimento das matérias e também dar cabo à missão de reunir materiais para a

confecção da dissertação.

A prática arqueológica eu já possuía, por já ter experiência curricular de campo por um bom

tempo. Me tornar Mestre em patrimônio, patrimônio total, amplo e irrestrito sempre foi a meta.

Importante salientar que a Arqueologia sempre foi uma ciência multidisciplinar, e era esta

multidisciplinaridade no olhar que me interessou na preservação patrimonial. Saber olhar,

pensar, nos vários aspectos de preservação de um bem cultural foi o que aperfeiçoei, vivenciei

ao longo destes dois anos de pratica. Olhar um projeto com o olhar da Arquitetura, da História,

da Arte, da Arqueologia e do Imaterial por exemplo. Respeitar as diferenças e aprender com

elas. Educativamente usar o discurso do Patrimônio, para um bem comum, mesmo que seja para

poucos indivíduos, pequenas sociedades ou grupo de pessoas.

Ter entrado em contato com estes Processos e Relatórios do Rio Grande do Norte, observar um

produto final daquilo que sempre trabalhou e forneceu dados para outros o encerrarem, foi tarefa

no mínimo interessante. Pensar na interpretação, na investigação, organização e preservação

destes arquivos como relatos de Patrimônio foi também importante. Este trabalho também

procurou mostrar alguns pormenores da pratica do dia a dia da Arqueologia e também do

IPHAN, feita para leitores leigos no assunto e também profissionais e cientistas

Page 155: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

155

Ao longo de sua leitura podemos entrar em contato com as características e/ou elementos que

caracterizam os processos administrativos relativos à emissão de permissão/autorização de

pesquisas arqueológicas, dos processos que muitos não conhecem, assim mesmo entrar em

contato com a singularidade de prática, estilo de cada arqueólogo e subjetividades que lhes são

comuns.

Este trabalho serve para responder muitas perguntas, mas também gerar muito mais dúvidas e

questionamentos. Perguntas relativas à qualidade cientifica, qualidade de registro arqueológico,

efetividade legal, acesso à informação, gastos públicos são algumas delas.

Os relatórios não demonstram em profundidade as atividades realizadas no período e as

aprovações dadas aos projetos em sua totalidade exigiram complementos cuja exigência de

cumprimento verificou-se ser de difícil execução.

A intenção clara deste trabalho é contribuir com a melhora das relações, processos e

fiscalizações dentro do próprio órgão, fazendo elogios e também críticas construtivas. Não

esqueçamos que quem sofre é o patrimônio. Como cientista usei meus conhecimentos e métodos

aprendidos ao longo dos anos para analisar cada ponto de maneira detalhada. Sabemos que todos

podem errar ou apresentar uma margem de erro em nossas conclusões. Isto não é problema, pois

a própria ciência com suas experiências, teorias e práticas vai corrigindo aos poucos estes

problemas e estamos aqui fazendo ciência. A intensão nas partes iniciais deste trabalho era cada

vez mais explicar as minúcias de como “fazer arqueologia” sob determinada ótica, do que narrar

certos erros em projetos. Mostrar a realidade vivida em campo, ao fim é mais valioso ao leitor

do que apresentar simples resultados, por que mune o mesmo com um poder crítico maior para

poder julgar este ou aquele resultado em sua vida prática.

Concluo também que, com este estudo, visamos contribuir com uma mudança na visão da

instituição acerca das diversas problemáticas relacionadas à preservação do patrimônio

arqueológico. Este trabalho suscitou inúmeras perguntas as quais ainda não foram totalmente

respondidas. Foi um verdadeiro exercício dialógico entre as propostas cientificas apresentadas

e os verdadeiros resultados.

Page 156: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

156

Verifiquei a falta de controle institucional com os dados obtidos e administrados por ela e

também ambiguidade de decisões e diferenças entre teorias e práticas tanto arqueológicas

quanto de fiscalização. Um relatório estritamente técnico não basta para elementos culturais e

de cunho de ciências humanas existindo diferenças nos dados reais mostrados e insuficiências

de informações.

Resumindo, podemos fazer uma pequena síntese do que apreendemos em nossa pesquisa.

Quanto à discussão acerca das nomenclaturas da pesquisa arqueológica, foram levantadas

diversas hipóteses a respeito dos conceitos de arqueologia preventiva e acadêmica e ainda foram

comparados com discursos de outros profissionais. Percebemos que ao longo da história da

constituição da Arqueologia como campo do conhecimento houve uma evolução tanto no

pensamento científico e também nas demandas geradas pelos diversos setores da economia, o

que causou o surgimento de leis de proteção ao patrimônio arqueológico.

A identificação de sítios e diversidade de trabalhos realizadas no Rio Grande do Norte

acompanhou estas tendências. A questão do financiamento destes trabalhos também ficou clara,

e que o gasto em estudos de arqueologia é muito pequeno em relação ao financiamento total de

uma grande obra de engenharia, o que por sua vez justifica a realização de um trabalho de

qualidade.

Verificamos também que as diferentes opções metodológicas adotadas pelo arqueólogo se

diferenciam entre o Contrato e a Academia, porém em alguns casos os métodos são usados de

forma semelhante, porém o tempo dispensado por cada tipo varia. Por fim, concluímos que a

legislação mais atual interferiu diretamente na quantidade de processos depositados no IPHAN,

gerando uma demanda organizacional.

Quanto à questão da normatização e regulamentação do exercício da pesquisa arqueológica,

observamos a existência de uma diversidade de legislações, normas, cartas e instruções que

podem auxiliar na proteção do patrimônio arqueológico e que o IPHAN tem papel importante

como articulador desta política de preservação.

Notamos que realmente a questão de acesso às informações de trabalhos arqueológicos ainda

enfrentam barreiras burocráticas e físicas, mesmo havendo uma legislação de acesso às estas

Page 157: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

157

informações. Discutimos também a documentação de arquivos e da necessidade urgente do

IPHAN adotar uma política de conservação local dos arquivos gerados pelos trabalhos de

arqueologia preventiva, ajudados por diversas normativas e outras experiências de outras

autarquias e instituições que lidam com arquivos também.

Fazemos uma análise crítica percebendo que existe interesse na mudança de legislação e

normatização na tentativa de melhora na proteção do patrimônio arqueológico, mas que ainda o

debate precisa ser amadurecido, uma vez que as propostas de uma nova Instrução Normativa

são confusas e pouco inteligíveis em sua aplicação, e que causou indignação em diversos

profissionais e instituições que trabalham em prol da preservação. Existe o medo que a extinção

das portarias 230/02 e 419/11 enfraqueça a proteção do patrimônio arqueológico e também que

os trabalhos de arqueologia preventiva diminuam drasticamente, causando desemprego. Porém,

foi possível perceber que o que está sendo proposto para a nova Instrução Normativa prevê que

os processos de educação patrimonial sejam bem mais claros e definidos. A questão ainda que

fica é que se os técnicos do IPHAN estarão preparados para as novas demandas, assim como os

outros órgãos em receber a nova instrução. Estamos em uma fase de transição importante e

respostas teremos mais à frente.

No que se refere à realidade dos projetos e relatórios de arqueologia na Superintendência do

IPHAN no Rio Grande do Norte, percebemos a diversidade de empresas que trabalharam em

arqueologia no estado durante o período estudado. Consequentemente acompanhado de

gráficos, notamos certa polarização em duas principais empresas com distintos estilos de

trabalho.

Vimos que a diversidade de informações levantadas nestes projetos tanto na parte de teorias

aplicadas quanto nas informações de campo são fonte rica de informações cientificas e que

precisam ter uso imediato pela comunidade em geral, o que não acontece por diversos fatores.

O trabalho de organização arquivística aliado a documentação física dos vestígios arqueológicos

feitas nas instituições de guarda e os registros dos sítios feitos pelas fichas de CNSA precisam

estar também organizados e de acesso ao público, coisa ainda não existente em totalidade.

Page 158: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

158

Vimos os projetos e processos mais antigos e percebemos as dificuldades enfrentadas pelos

antigos profissionais, assim como as diferentes técnicas de registro de campo, informações

orçamentárias e laboratoriais. Percebemos diversos problemas das mais diversas ordens nos

registros de alguns trabalhos tanto por falta de dados, tabelas, fotos e fichas de registro de sítios.

Vimos o empenho do CNA/IPHAN em administrar esta quantidade enorme de informações e

de emissão de pareceres cada vez mais complexos e comprometidos com a preservação do

patrimônio cultural. O volume de processos estudados sugere um trabalho mais aprofundado no

futuro no tratamento das fontes escolhidas para publicação do conteúdo real destes processos

para conhecimento do público.

Considero-me privilegiado em poder ter tido participado desta empreitada, que na realidade é

só uma pequena parcela das necessidades reais em todo o território nacional.

Page 159: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

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31 de agosto às 23:13 • Pelotas

O FIM DA ARQUEOLOGIA PREVENTIVA

Por força de setores econômicos, principalmente os ligados à mineração e à produção de energia

elétrica, está na iminência de ser publicada pelo IPHAN a Instrução Normativa 01/2014 que

“estabelece procedimentos administrativos a serem observados pelo Instituto do Patrimônio

Histórico e Artístico Nacional nos processos de licenciamento ambiental dos quais participe”.

Certamente se trata de um retrocesso protetivo maior do que a própria revogação do Código

Florestal, evidenciando que o governo atual está à serviço dos poderosos interesses econômicos.

A norma, recentemente divulgada aos servidores do IPHAN, em encontro em Brasília, revoga

a Portaria IPHAN 230/2002 (que trata da arqueologia preventiva nos licenciamentos ambientais)

e a Portaria IPHAN 28/2003 (que exige o licenciamento arqueológico das usinas hidrelétricas

implantadas sem a realização dos estudos arqueológicos prévios) (art. 59).

A aberração restringe a análise dos impactos arqueológicos somente às áreas de influência direta

(art. 1º.) e somente bens protegidos em nível federal serão objeto de consideração (art. 2º.,

parágrafo único) quando os órgãos ambientais o instarem a fazê-lo (art. 9º).

Ou seja, se não houver provocação do órgão ambiental licenciador, o IPHAN deverá

simplesmente se omitir. Simples, não?

O órgão nacional de proteção ao patrimônio é relegado à condição de órgão federal, que deixa

de zelar por "meros" interesses estaduais ou municipais, como se o patrimônio cultural pudesse

ser rotulado em escalas.

Na “Avaliação de impacto aos bens culturais tombados, valorados e registrados” (art. 13), não

existe qualquer obrigação de socialização do conhecimento auferido por meio de publicações

ou musealização, o que torna a destruição dos bens culturais um bom negócio.

Não bastasse, o procedimento de licenciamento arqueológico corretivo é simplesmente

extirpado paras as UHEs e quaisquer outros empreendimentos. Carta branca para a perpetuação

dos danos em detrimento do nosso patrimônio arqueológico.

Ao contrário do que ocorria até então, somente alguns empreendimentos estarão obrigados à

adoção de trabalhos arqueológicos prévios, ficando a maioria deles sujeitos apenas à presença

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de arqueólogo em campo responsável pela gestão do patrimônio arqueológico eventualmente

identificado durante a execução do empreendimento (art. 16).

Qual mineradora paralisará suas retroescavadeiras para se evitar a destruição dos vestígios de

um acampamento pré-histórico em homenagem à nova legislação, que, inclusive, contraria

frontalmente a Lei 3.924/61?

Não defendemos uma casta de profissionais que, aliás, precisa identificar a exata dimensão de

seu papel na busca do desenvolvimento sustentável.

Mas arqueólogos não são policiais, Senhora Presidenta!

O aprimoramento de procedimentos para se evitar a burocracia excessiva é salutar e sempre

bem-vindo, mormente quando ouvidas todas as partes interessadas.

Mas a irresponsabilidade, não.

Esse estado de coisas serve apenas para gerar conflitualidade e insegurança jurídica.

Infelizmente, o passado está ameaçado pela irresponsabilidade circunstancial do presente.

Para onde iremos?

Prefiro não falar de futuro.

Marcos Paulo de Souza Miranda

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46. RELATÓRIO DO DEPARTAMENTO DE ARQUEOLOGIA MCC 1981

Figura 2 Capa do Referido Relatório

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Observável no relatório as diárias e as pessoas envolvidas.

Na página 10 existe relato de viagem à Aracajú para desenterrar uma urna Funerária

na Fazenda Fortuna atendendo o pedido feito pela Universidade de Aracaju ao

Departamento de Arqueologia do Museu Câmara Cascudo. Existe descrições de

outras atividades e contagem de vestígios.

Figura 3 Trabalhos de Campo na página 01

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Figura 4 Material de consumo da época na página 14

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Figura 5 Desenhos dos perfis de sondagem

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Figura 6 Mapa das Escavações

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Figura 7 Desenho da Urna Funerária Escavada

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Figura 8 Uma das fichas de registro de Campo

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Figura 9 Um dos desenhos dos vestígios

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Figura 10 Tabela de organização dos vestígios

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Figura 11 Datações realizadas do Carvão.

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66. RELATÓRIO DO SEGUNDO QUADRIMESTRE DE 1972 -INSTITUTO

DE ARQUEOLOGIA BRASILEIRA IAB – DEPARTAMENTO DE PESQUISAS

Figura 12 Ficha do arquivo Noronha Santos

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309

Introdução. Os trabalhos do segundo quadrimestre do ano em curso foram,

principalmente, continuação das pesquisas iniciadas no período anterior. O foco

principal dessas pesquisas, mais uma vez, foi o estado de Minas Gerais e, nele,

trabalhou-se com verba do IPHAN e da Fundação MUDES. Grande parte das

despesas foi, por outro lado, coberta pela prefeitura Municipal de Montes Claros. A

época em que foram concentrados os trabalhos. Aproveitando-se as férias escolares,

foi o mês de julho. Em maio, no entanto, pesquisou-se em S. Maria Madalena. (Dias,

p. 01)

No Oficio do IAB número 525/71 de 15/05/78 temos descrições de sítio. O sítio se

localiza numa caverna calcaria com a boca principal medindo 19 m de extensão e a

secundária com mais 8 m. A altura da primeira é superior a 4 m e a segunda a 3 m. A

altura interna da caverna atinge 10 m. Internamente a caverna tem 40 m de

comprimento e aproximadamente igual em profundidade. Divide-se em salões

escuros, distribuídos em sete salões bem ou parcialmente iluminados e cinco salões

escuros, distribuídos em três níveis diferentes, acompanhando as dobras do terreno

(formação geológica). Em todos eles notamos sinais evidentes de ocupação. (Dias, p.

10)

Procedemos ainda, a uma varredura na periferia interna do sítio, recolhendo muito

material de superfície. O material arqueológico predominante foi a cerâmica,

encontradiça até os 70 cm de profundidade. Os líticos predominam em alguns setores,

mas tem ocorrência maior na superfície. Recolhemos, ainda, artefatos de ossos e de

galha: chifres de veados. (Dias, p. 10)

Page 310: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

310

Entidades que canalizam fundos para pesquisas existem, oficiais e particulares, no

entanto temos que lamentar o desinteresse quase geral, e nos apegarmos aos que

tem descortínio e entendem o que significa a pré-história para o Brasil. Pioneiro em

conseguir financiamentos em fontes não imaginadas por outros o IAB em seus 10 anos

celebrado convênios dos mais proveitosos. (Winkler, p. 34 e 35)

Integrante (única entidade particular no Brasil) do Programa Nacional de Pesquisas

Arqueológicas (1965-1970), através seu Diretor de Pesquisas, Meu companheiro

Figura 13 Mapa da localização do Sítio

Figura 14 . Oficio enviado ao Iphan (DPHAN-MEC)

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Professor Ondemar Dias Jr, o IAB fez pesquisas no Sul do território mineiro por toda a

Bacia do Rio Grande, durante os anos de 1968/69. (Winkler, p. 35)

67. RELATÓRIO DOS TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS REALIZADOS NO

MÉDIO SÃO FRANCISCO E NA CHAPADA DIAMANTINA PRONAPA

Figura 15 Ficha do arquivo Noronha Santos

Figura 16 Capa do Relatório

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312

No presente trabalho expomos brevemente os resultados das pesquisas

arqueológicas realizadas no Estado da Bahia e na região sanfranciscana do estado de

Pernambuco, dentro do Programa de Pesquisas Arqueológicas mantido pela

Fundação para o Desenvolvimento da Ciência da Bahia enquadrado no Programa

Nacional de Pesquisas Arqueológicas coordenado pelos Drs. Betty Meggers e Clifford

Evans , patrocinado pela Smithsonian Institution , Washington, Conselho Nacional de

Pesquisas e o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Rio de Janeiro.

(Calderón, p. 01)

A partir disto serão analisadas tipologias líticas e cerâmicas tentando definir as

possíveis tradições encontradas.

A área em apreço foi escolhida para o trabalho de campo em função de uma hipótese

levantada em torno às possíveis rotas de migração pré-histórica que penetram no

Estado da Bahia, provavelmente, no século XIV d.C. As notícias deixadas pelos

cronistas do século XVI e os documentos do século XVII assim como os achados

casuais de artefatos foram também fatores que aconselham a seleção. (Calderón, p.

03)

Horizonte Lítico Pré-histórico. Como pertencentes a um horizonte pré-cerâmico, até

agora mal conhecido, foram identificadas uma serie de pontas de projetil procedentes

da região do São Francisco, devidas a achados casuais na região do dito rio. Todas

foram executadas por lascamento, sobre sílex e quartzitos principalmente, podendo-

se observar diversas técnicas foram utilizadas nesse processo de fabricação.

(Calderón, p. 03)

Fase Itapicuru. Descrição dos sítios e escavações. O primeiro complexo cerâmico

identificado nessa região – Fase Itapicuru- está representado em seis sítios de

extensão variável, localizados nas cabeceiras dos rios Itapicuru e Salitre e num dos

afluentes do rio de Contas. Estes sítios de escassa ou nenhuma profundidade, são

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313

todos de habitação, e alguns deles estendem-se por mais de duzentos metros.

(Calderón, p. 10)

Tipo Itapicuru simples. Os tipos decorados basicamente são variantes do tipo Itapicuru

simples e foram assim classificados: Tipo vermelho sobre branco, tipo engobe

vermelho, tipo borda talhada, tipo ungulado, tipo serrungulado, tipo escovado, tipo

inciso, tipo corrugado. (Calderón, p. 10)

Segue um relatório fotográfico.

Figura 17 Quadro de Resumo página 16

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Figura 18 Relatório Fotográfico de Campo

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Figura 19 Relatório Fotográfico de Campo

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316

68. RELATÓRIO DE VIAGEM REALIZADA A BARREIRAS E SÃO DESIDÉRIO

1969

Em cumprimento às instruções recebidas do Dr. Renato Soeiro, Diretor Geral da

Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, me desloquei via aérea até a

cidade de Barreiras para entrevistar-me com o agente da Comissão Vale de São

Francisco, confirmou a notícia transmitida ao DPHAN sobre a descoberta de um

cemitério Indígena no Município de São Desidério. No dia seguinte fui até São

Desidério, 28 km de Barreiras podendo verificar que durante os trabalhos de abertura

do canal de irrigação, até o antigo canal foi localizado um grande cemitério com urnas

funerárias à altura da estaca 87, aproximadamente 100 metros do rio São Desidério.

Figura 20 Ficha do arquivo Noronha Santos

Page 317: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

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As urnas correspondem a Fase Aratu, identificadas por nós em diferentes sítios da

costa bahiana e do interior descrita em trabalho já entregue para publicação do Projeto

Bahia ao Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas correspondente aos anos

de 1967-1968. Foram retirados os restos das nove urnas visíveis e transportados via

aérea, única possível, para o laboratório da Universidade Federal da Bahia, onde foi

possível reconstituir, por enquanto, duas delas. Uma de adulto e outra de criança.

(Calderón, p. 01 a 04)

Seguem algumas considerações sobre outros trabalhos em outras localidades e

relatório fotográfico de 10 fotos.

Figura 21 Relatório Fotográfico

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Figura 22 Relatório Fotográfico

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69. ARTE RUPESTRE NO SERIDÓ E PRIMEIRAS PESQUISAS DOS GRUPOS

HUMANOS POTIGUARES

O primitivo projeto “Arqueologia do Nordeste brasileiro”, nos Estados de Pernambuco,

Paraíba e Rio Grande do Norte, tem recebido auxilio do CNPq, desde 1970, com bons

resultados, como demonstra a formação de núcleos independentes de pesquisa que

sob nossa orientação foram formados, assim como as várias publicações resultantes

dessas pesquisas. (Martin, p. 01)

A acumulação de dados e a necessidade de acelerar pesquisas arqueológicas em

andamento, obriga naturalmente a estabelecer acampamentos permanentes em

diversas áreas, durante períodos maiores de que os ocupados até agora,

especialmente na área do Seridó, cuja distancia de Recife é de aproximadamente 600

km. Assim, desmembra-se o Projeto Seridó, cuja importância permite a apresentação

de um projeto isolado. (Martin, p. 01)

A camada arqueológica descoberta tinha 60 cm de espessura, depois de retirada as

numerosas pedras colocadas, nos parece propositadamente. A área escava da

ocupava por uma necrópole indígena utilizada, principalmente para enterramentos

infantis, os sepultamentos foram realizados a menos de 30 cm de profundidade, sem

nenhuma ordem aparente e foram posteriormente tumultuados pelos animais

selvagens. Misturados aos ossos humanos foram achados também numerosos

número de ossos de roedores, coletamos, como único enxoval funerário contas de

colar de osso e concha, com quais foi possível a reconstrução de três colares. (Martin,

p. 03)

Nas pesquisas pela região do Seridó, já encontramos em mãos de garimpeiros e

colecionadores, pontas de projetil, com bifaces lanceoladas, bifaces foliáceas com

aletas e pedúnculo. (G. Martin, Industrias de pontas de projetil no Rio Grande do Norte,

CLIO n° 05,1982). A qualidade dessas pontas nos fazem lembrar pontas de Yuma. É

conhecida a raridade desses tipos de pontas no Brasil, especialmente no Nordeste e

Page 320: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

320

a identificação de sítios arqueológicos relativos a esses projeteis seria de indubitável

valor arqueológico. (Martin, p. 06)

As observações e o material coletado, permitiram afirmar que, em tempo bastante

remoto, o município foi percorrido por bandos de caçadores nômades, o que se

comprova pelo achado de várias peças foliáceas e pontas de lanças provenientes das

Tradições Passassunga, Itaparica e Potiguar. (*) Vide os desenhos das peças nos

anexos. (Laroche, p. 04)

Entretanto existem bastantes inscrições rupestres, alguns abrigos sobrochas com

patamares estreitos pouco favoráveis para pouso.

A presença humana antiga nesta região não parece ter sido anterior ao Althi- Thermal,

(4.500 anos Laroche 1984). Consequentemente, algumas coletas de material lítico que

efetuamos parecem mais se referir à fase Passassunga (Os Laroche 1980) (Laroche,

p. 10)

A pesquisa referente aos grupos humanos da Tradição Potiguar está atualmente

parada, já que os recursos financeiros estão esgotados.

Conforme se pode verificar pela leitura dos relatórios aqui apresentados, apenas

conseguimos abranger a metade do planejamento que se refere a primeira etapa da

pesquisa. Consequentemente, o cronograma acha-se atrasado pela falta de apoio

financeiro adequado. Também concorreram para este fato as condições climáticas

anormais atualmente vigentes no Nordeste do Brasil. Todavia os resultados são

promissores uma vez que foram localizados vários sítios arqueológicos em condições

de serem estudados estratigraficamente, salientando-se vários tanques e cavernas.

(Laroche, p. 21)

Page 321: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

321

Figura 23 Tabela de material encontrado

Figura 24 Desenhos dos Vestígios

Page 322: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

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70. PESQUISA ARQUEOLÓGICA DOS GRUPOS HUMANOS PRÉ-HISTÓRICOS

PERTENCENTES A TRADIÇÃO POTIGUAR- PROJETO

Figura 25 Ficha do Arquivo Noronha Santos. Figura 26 Contra Capa do Projeto

Figura 27 Sumário do Projeto

Page 323: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

323

A justificativa. O rio grande do Norte é possuidor de um enorme manancial

arqueológico que desperta interesses para os estudos sistematizados das ocorrências

do passado do homem Nordestino. Em vários municípios encontram-se vestígios ou

evidencias arqueológicas que tendem a demonstrar a necessidade de tal

empreendimento cientifico.

O fato de que o material arqueológico presente em coleções particulares teria sido

posteriormente adquirido por Museus e por esses devidamente divulgados, comprova

o valor cultural que todo acervo representa. Convém frisar que a situação arqueológica

do Rio Grande do Norte vem despertando interesse não só do Brasil, como no exterior,

o que pode comprovar pela existência de vários centros culturais. (Laroche, p. 03)

Descrição do projeto visa realizar trabalhos de pesquisa arqueológica na região

Centro-Sul Norte Rio-grandense. Pretende deste modo conseguir dados para fixar o

tempo e no espaço a presença e as atividades desses grupos humanos que se

caracterizaram pela perfeição do material lítico. O resultado desta pesquisa será a

ampliação dos conhecimentos referentes não só à pré-história do Rio Grande do Norte

mas também a do Nordeste e do Brasil. (Laroche, p. 04)

Os métodos a serem utilizados são principalmente os estratigráficos nas suas variadas

dimensões; o método quantitativo na procura da pertinência do material arqueológico

em tipos e formas e em outros aspectos; o método estatístico na procura da frequência

dos objetivos, na síntese de caracteres significativos e nas suas interdigitações e na

complexidade de suas origens; e finalmente os métodos específicos para a

interpretação do material e das evidencias arqueológicas. (Laroche, p. 05)

Page 324: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

324

Procedimentos e técnicas. Trabalhos sistemáticos de avaliação cultural; dados sobre

topografia da região ou sitio arqueológico a ser pesquisado, levantamento

geomorfológico, hidrologia, levantamento das condições climáticas, fauna, flora,

história da região.

Técnicas especificas de pesquisa de campo; localização dos sítios arqueológicos,

cobertura topográfica e fotográfica do sitio arqueológico em todas as fases,

prospecção subsuperfície, sondagens coleta de material e respectivos registros,

limpeza da área, estratigrafia sistematizada em cortes e trincheiras com níveis

artificiais condicionados a geomorfologia do terreno, trincheiras de verificação a partir

de indícios arqueológicos , geológicos botânicos e pedológicos , coleta de material

arqueológico, amostra de pólen, carvão; registro das observações em diário de campo

e embalagem e transporte para estudo.

Procedimentos de laboratório; limpeza e restauração do material coletado, seleção e

classificação do material arqueológico, seleção e classificação das amostras coletadas

para analises a serem realizadas em laboratórios especializados, conclusão dos dados

obtidos, redação de relatórios sobre as condições culturais dos sítios arqueológicos

estudados. (Laroche, p. 06)

Figura 28 Quadro com as Metodologias Utilizadas

Page 325: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

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Figura 29 Cronograma Apresentado

Figura 30 Tabela Orçamentária

Page 326: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

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71. PROJETO VILA FLOR 1987

Figura 31 Pasta do Arquivo e Ficha do Noronha Santos

Page 327: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

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Há um breve histórico das páginas 01 a 03, depois narrando as necessidades do

projeto.

Recentemente, o Sphan – Pró- Memória resolveu restaurar a praça da antiga aldeia

de Gramació, hoje cidade de Vila Flor. (Martin, p. 04)

Justificativa. O interesse da Sphan – Pró- Memória era unicamente a determinação de

estrutura urbana da missão cujos resultados foram fornecidos pelas nossas pesquisas.

Finalizado o convenio entre a Sphan e a UFPE, concluímos que além dos aspectos

meramente urbanísticos que interessavam à Sphan para a reconstrução da praça de

Vila Flor, existem inúmeros fatos que merecem ser pesquisados. Em primeiro lugar,

nunca, no Nordeste tinha-se escavado arqueologicamente uma missão religiosa,

constamos também a importância para a região teve a indústria do sal. (Martin, p. 08)

Figura 32 Capa do Projeto

Page 328: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

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Plano de trabalho:

• Levantamento minucioso das construções compatíveis ao aldeamento

• Tendo a escavação do cruzeiro determinado a existência de uma capela

anterior à construção da Igreja, a escavação do entorno será ampliada

• Continuação das escavações no fundo das casas

• Escavações do Pelourinho, estão sendo realizadas gestões para o seu

tombamento, oportuna interferência do CNPq

• Escavações do lado norte da praça de Vila Flor

• Sondagens na rua onde se concentravam os caboclos

• Escavações no local onde existe a famosa gameleira

• Determinação da distribuição espacial do aldeamento

• Levantamento documental sobre Vila Flor

• Levantamento completo da documentação histórica existente no Arquivo

Público de Pernambuco e Convento Carmelita do Recife (Martin, p. 09 e 10)

Metodologia. O trabalho deverá obedecer três etapas; primeira etapa deverá ser feita

escavações e prospecções com coleta do material; segunda etapa será realizada

análise qualitativa, quantitativa e comparativa do material coletado e elaboração do

diagnóstico dos resultados; terceira etapa compaginação e análise paralela dos

resultados arqueológicos com documentação histórica levantada. (Martin, p. 11)

Objetivo. O projeto Vila Flor tem por objetivo realizar uma pesquisa Arqueológica-

histórica que possibilite resgatar informações para recuperação da memória da cidade

de Vila Flor, no Rio Grande do Norte. A arqueologia Histórica poderá esclarecer as

hipóteses que se colocam sobre o cotidiano rotineiro, habitação das populações, as

relações comerciais, a produção e outros. O resultado desta pesquisa poderá ir além

da recuperação e reavaliação de um período histórico oferecendo dados à

reinterpretação da própria História do Brasil. (Martin, p. 12)

Page 329: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

329

As referências bibliográficas seguem nas páginas 13 e 14 e somam 30 citações.

Seguem-se outros documentos de tramitação sobre o assunto.

72. PROJETO ARQUEOLÓGICO UHE SAMUEL RONDÔNIA

Figura 33 Ficha do Arquivo Noronha Santos

Page 330: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

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Figura 34 Primeira Folha do Projeto

Page 331: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

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O referido projeto tem como viés o Salvamento Arqueológico da área a ser implantada

a UHE Samuel.

Nos objetivos principais temos a intenção de localização do maior número possível de

sítios arqueológicos e resgatar o maior número possível de dados e evidencias

arqueológicas de cada sítio, documentar fatos culturais in situ, determinismo ecológico,

fases culturais arqueológicas, padrões de assentamento, atividades agrícolas, traços

com as Tradições do sudoeste Amazônico.

Page 332: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

332

Figura 35 Quadro das Justificativas, Local e Dados

Page 333: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

333

Figura 36 Quadro das Equipes, antecedentes e Plano de Trabalho

Page 334: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

334

Figura 37 Metodologia e Teoria a serem seguidas, Despesas

Page 335: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

335

A Usina Hidrelétrica Samuel, cuja as obras civis tiveram início em 1982 está situada

no médio Jamarí. O reservatório será compreendido por barragem de 57,7 metros de

altura. Abrangerá uma área total de 645 km². (Miller, p. 02)

As primeiras pesquisas arqueológicas registradas para a Sub-Bacia do rio Jamarí

ocorreram em 1978, como parcela do PRONAPABA. Resultaram então um sitio

composto, compreendendo 6 sítios arqueológicos. (Miller, p. 10)

Com o início do salvamento arqueológico na área de abrangência da UHE Samuel em

fins de maio de 1987 o número de sítios culturais elevou-se em 6 meses de pesquisas

para 71. O número poderá duplicar até fins de 1988. (Miller, p. 10)

Figura 38 Relatório Parcial e Índice

Page 336: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

336

Conclusões parciais. As acima de 101.075 peças resgatadas nos 16 sítios escavados

até o presente na Usina Hidrelétrica de Samuel além do reconhecimento ao potencial

arqueológico da própria área estão permitindo comparações com outras áreas do

sudoeste amazônico já pesquisadas assim como delineamento mais claro de alguns

problemas crônicos na pré-história e proto-história do nordeste brasileiro. (Miller, p. 18)

73. PROGRAMA DE PESQUISA E SALVAMENTO UHE BALBINA AMAZONAS

O Relatório é dividido em 5 partes com uma introdução, metodologia de trabalho, área

de estudo, resultados preliminares e recomendações, anexos.

Figura 39 Capa do Referido Relatório

Page 337: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

337

O Relatório se propõe a apresentar trabalho desenvolvido no período de 20/04 a

30/06/87 e não serão emitidas opiniões ou conclusões definitivas, vista que a pesquisa

arqueológica não só está afeita ao trabalho de campo, mas leitura mais acurada de

laboratório. A somatória destes dois momentos vai fornecer resposta sobre o

Patrimônio Cultural e Arqueológico da área da UHE Balbina. (Souza, p. 06)

A metodologia de trabalho. Em pouco tempo disponível para salvar a área a

metodologia proposta foi adequada conforme o previsto e de acordo com as

necessidades apontadas pela realidade vivida no momento. Desta forma optou-se em

primeiro instante salvar os sítios localizados na área de exploração de madeira,

próxima ao canteiro de obras.

A divisão de pessoal foi feita face ao pouco equipamento disponível. Desta forma 4

equipes trabalharam em um mesmo sitio, e mais uma volante. Com a chegada de mais

equipamentos as equipes foram redivididas.

Em todos os sítios pesquisados foram realizados registros usuais tais como;

preenchimento da Matriz de Dados, documentação fotográfica, delimitação da área,

medição, desenhos de croquis e ainda a apresentação de relatórios finais pelos chefes

das equipes. (Souza, p. 07)

A Execução. Com base na opção provocada pela situação de emergência, procedeu-

se ao salvamento da seguinte forma:

De posse do mapa da área de exploração imediata de madeira, plotou-se o sítio,

localizado e documentado fotograficamente pelos coordenadores onde a equipe

procedeu ao Salvamento, área está de assinalada para ser arrasada imediatamente.

Paralelamente foi criada uma equipe volante composta por dois arqueólogos um ou

dois técnicos de campo, um mateiro, um servente, encarregada de localizar sítios

arqueológicos nas imediações, ou seja, na área de entorno. (Souza, p. 08)

Page 338: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

338

O material cultural recuperado está sendo acondicionado em sacos de pano,

numerados. Tem-se no entanto o cuidado de separar-se as peças inteiras ou mesmo

danificadas de material lítico, e as passiveis de recuperação de material cerâmico. Os

primeiros artefatos líticos estão sendo acondicionados em caixas com tampas de

dimensões de 50x50x10 cm, justamente com alguns fragmentos de cerâmica, com

decoração plástica incomum, além de rodas de fuso; confeccionadas sobre cacos

cerâmicos; ou seja reaproveitamento.

Todo o material previamente selecionado e registrado está sendo colocado à

disposição da comunidade em atendimento não só da política do GVG/CEDPHA como

também da própria PRÓ-MEMÓRIA/SPHAN de fornecer a comunidade dados sobre

seu passado além de incentiva-los a defender o patrimônio arqueológico e cultural da

nação. Vale ressaltar que inicialmente foram convidadas algumas pessoas sem

discriminação de níveis sociocultural e a seguir outras passavam a procurar a equipe

querendo conhecer o material recuperado e mesmo acompanhar as pesquisas de

campo. O que se conclui é que quando há receptividade por parte dos pesquisadores,

há interesse por parte da comunidade. (Souza, p. 10)

O apoio logístico. Além da ajuda da Eletronorte, Vice Governador e apoio pessoais de

diversa pessoas, foram dados por diferentes órgãos que o CEPHA tem estreita ligação.

O primeiro item a ser considerado era a habitação. Cinco mulheres foram instaladas

no Alojamento A, bloco 700 da Vila Waimiri, em quartos para duas com banheiro

privativo.

Dezessete homens nos primeiros 9 dias foram instalados em uma casa à rua

Itacoatiara, com sala, 05 quartos sendo 02 com armários 02 banheiros e área de

serviço. A sala também era usada para dormir. Posteriormente 08 homens foram

transferidos com mais dois para a casa vizinha, idêntica.

A alimentação contava com três refeições diárias servidas pela Andrade Gutierrez. No

entanto as vezes foram adotadas a pratica de não paralisar os trabalhos de campo, na

hora do almoço apanhava-se quentinhas. Posteriormente a equipe foi desmembrada

Page 339: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

339

e outras duas equipes em regime de acampamento passavam a fazer refeições na

Base Avançada com alimentação preparada por cozinheiro conforme previsto no

projeto.

O terceiro item é o da infraestrutura estando incluídas assistência odonto-medico-

hospitalar. Sobre estes serviços foram arrolados serviços de malote, telex, telefone,

xerox etc.

O quarto é o transporte. Foram alugadas três Kombis, duas pick-ups Toyota, além do

transporte fluvial com 6 barcos previstos para o projeto, até agora colocados três à

disposição, número insuficiente.

O próximo item em destaque é o equipamento. Até o momento não foram colocados

à disposição da equipe o equipamento fotográfico e filmes (Prejuízo ao registro) e

equipamento de laboratório. Soma-se isto aos equipamentos colocados à disposição

da equipe com qualidade inferior do que especificado no projeto.

Outro item do título é referente ao lazer. Foi facilitado o acesso a dois clubes

existentes. Foram entregues 03 aparelhos de televisão, distribuídos um no alojamento

feminino e outros em cada residência masculina. Sendo um desses previsto no projeto

acoplado ao computador, passando a servir, dependendo da necessidade em lazer ou

equipamento de trabalho. (Souza, p 12 a 14)

Este sítio está localizado em uma das estradas secundárias da área de exploração de

madeira, distanciando cerca de 100 metros do rio Uatumã, encontrando-se totalmente

destruído, sendo impossível determinar a área original. Optou-se dividir o sitio em 4

setores tenso como referenciais pontos cardeais, sendo cada setor sob

responsabilidade de um arqueólogo. Mas na hora do quadriculamento do sitio optou-

se por dividir em 8 setores. A extensão do mesmo em 135m x 45m sentido E/W.

seguiu-se da intensa coleta de superfície e foram abertos 14 cortes estratigráficos

escavados em níveis artificiais de 10 cm.

Em algumas vezes os cortes não obedeceram a medida padrão de 1m², apresentaram-

se estéreis. A área onde se encontrou mais material foi a dos bordos onde estava a

Page 340: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

340

terra empurrada com o trator. Este sitio foram coletados 4 sacos, (+- 55 cm de

comprimento por 28 de largura) de material rolado cerâmico e lítico e 4 provenientes

de cortes e foi pesquisado entre os dias 02 e 09/05. (Souza, p 19 e 20)

Resultados Preliminares e Recomendações. Na fase da pesquisa é possível observar

que os sítios arqueológicos da Base central (área restrita ao canteiro e sitio MACUCU

alguns km adiante) são pertencentes a grupos agrafos e os sítios fora deste limite

determinado a priori pelo Programa são ocupações sucessivas de povos que vão

desde a pré-história, passando por ocupações históricas indígenas, indígenas e

europeias exploradoras de látex, e remanescente década de 60.

Desta forma destacamos a necessidade de se pesquisar e salvar não só a área

diretamente vinculada a UHE Balbina, mas também a sua área de influência, ou seja,

seu entorno a esta proposta reveste-se de maior importância visto ser esta região

inteiramente desconhecida pela comunidade em geral e em especial pela cientifica.

Para os desatentos à realidade da Amazônia pode ser exagerado, mas levando-se em

conta o fato de que se forem recuperados estes dados, por menores que sejam, ficarão

irremediavelmente perdidos, submersos sobre o rio Uatumã. O progresso é necessário

e inevitável, mas não pode ser obtido com prejuízo da destruição da memória do povo

brasileiro (em geral e mais especificamente o povo amazonense) desta forma

queremos cere que o material cultural será recuperado, deverá permanecer no

Amazonas, Balbina e Manaus.

A Muiraquitã por sua raridade deverá ficar no Museu do Estado em Manaus, sendo

que a população de Balbina foi transplantada não sendo constituída de herdeiros do

grupo que deixou este legado às gerações amazônicas do futuro. (Souza, p 31 e 32)

Page 341: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

341

Figura 40 Relatório Fotográfico

Page 342: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

342

Tabelas organizacionais de Processo no Arquivo do IPHAN Rio Grande do Norte

Page 343: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

Processos por data NOME CONSTA NA RELAÇÃO OU CAIXA COMENTÁRIOS CAIXA

01408003764/2008-01 DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO ETNOGRÁFICO IMPLANTAÇÃO DA SUBESTAÇÃO NATAL III MACAÍBA /RN NÃO

É UM RELATÓRIO PARCIAL 2 E O RELATÓRIO FINAL SEM O

PROCESSO COM ENDOSSOS

01408003767/2008-36 DIAGNOSTICO ARQ. ETNOGRÁFICO NÃO INTERVENTIVO FAZENDA MARIAZINHA -TOUROS /RN NÃO

ESTÁ NA PASTA SÓ QUE É RELATÓRIO,SEM PROCESSO SEM

ENDOSSOS

01408004409/2008-41 CHESF/MG PROSPECÇÃO ARQ. E SALVAMENTO DA LINHA DE TRANSMISSÃO 230KV PARAISO, ASSÚ RN SIM

01450016518/2009-76

GOV. DO ESTADO DO CE. DIAG. E PROSPECÇÃO EMPREENDIMENTO CENTRAL GERADORA EOLIOELETRICA

GUAMARÉ. GUAMARÉ RN NÃO

01408000642/2009-35

20ª SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DO IPHAN. SINALIZAÇÃO E ED PATRIMONIAL SITIO ARQ. FURNAS DOS

CABOCLOS BRAVOS, TENENTE ANANIAS RN NÃO

01408000266/2009-89

DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO NÃO INTERVENTIVO NA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO DE EMPREENDIMENTO

IMOBILIÁRIO EM PITITINGA RN NÃO DOCUMENTAÇÃO FALTANTE, FRACA

01421000424/2010-66

PROG DE DIAGNOSTICO E PROSPECÇÃO ARQUEOLÓGICA E ED PATRIMONIAL PARA O PARQUE EÓLICO

ARATUA I GUAMARÉ RN SIM

01421000161/2010-95

PROGRAMA DE MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO CANTEIRO DE SERVIÇOS (HAHNE) NOS PARQUES

EÓLICOS I,III,IV,VI E IX JOAO CÂMARA RN SIM

01421000162/2010-30

PROJETO DE ARQUEOLOGIA PREVENTIVA DIAGNOSTICO E PROSPECÇÃO ARQUEOLÓGICA NA ÁREA DO

PARQUE EÓLICO EURUS VI PARAZINHO SIM CONSTA ENDOSSOS DO SANTA CLARA JUNTO

01421000358/2010-24 PROGRAMA DE DIAG. E PROSPECÇÃO ARQUEOLÓGICA NO PARQUE EÓLICO ASA BRANCA V PARAZINHO RN SIM

01421000431/2010-68

PROGRAMA DE DIAGNOSTICO E PROSPECÇÃO ARQUEOLÓGICA EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E

MONITORAMENTO PARA A LT MANGUE SECO -GUAMARÉ SIM

01421000415/2010-75 DIAGNÓSTICOS ARQUEOLÓGICOS REFERENTE AOS PARQUES EÓLICOS ARATUÁ III E MIASSABA IV SIM

014121000815/2010-81

PROJETO DE ARQUEOLOGIA PREVENTIVA PROGRAMAS DE PROSPECÇÃO,RESGATE E ED PATRIMONIAL NA

ÁREA DA LT 69KV USINA VALE VERDE CANGUARETAMA SIM

01421000768/2010-75

SOBRE DOC. 360/2010-01 PROG DE DIAGNOSTICO E PROSPECÇÃO ARQUEOLÓGICA NA ÁREA DO PARQUE

EÓLICO ASA BRANCA VII PARAZINHO SIM PROCURAR 360/2010-01 NÃO JUNTO

01421000160/2010-41 PROJ DE ARQ. NA ÁREA DO EMPREENDIMENTO DO PARQUE EÓLICO SANTA CLARA II SIM RELATÓRIO DE DIAGNOSTICO E PROSPECÇÃO JUNTO

01421000445/2010-81 PROGRAMA DE MONITORAMENTO ARQ. PARA PARQUE EÓLICO MANGUE SECO V GUAMARÉ SIM

01421000453/2010-28 PROGRAMA DE MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO PARA PARQUE EÓLICO MANGUE SECO I GUAMARÉ SIM

01421000082/2010-84

PROJ DE ARQ. PREVENTIVA EM ÁREA DE INSTALAÇÃO DE EMPREENDIMENTO IMOBILIÁRIO NA FAZENDA OLHO

D'ÁGUA SÃO MIGUEL DO GOSTOSO SIM

COM RELATÓRIO DE DIAGNOSTICO JUNTO PROCESSO COM

DOIS NÚMEROS 00115/2010-96

01421000083/2010-29

PROJ DE ARQ. PREVENTIVA NA ÁREA DE INSTALAÇÃO DE CONDOMÍNIO HORIZONTAL FAZENDA SÃO JOÃO

ETAPA DE DIAGNOSTICO. PARNAMIRIM NÃO

SOMENTE CONSTA EM PORTARIA ,SEM PROJETO OU CAIXA

DIA 31DE MAIO DE 2010 (ENCONTRADO NA CAIXA 4)

01421000259/2010-42

PROGRAMA DE MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO PARA LT 230 KV ENTRE SUBESTAÇÃO ALEGRIA E

SUBESTAÇÃO ASSÚ SIM

NOME DE PASTA E ARQUIVAMENTO ERRADO: CORRETO É

Programa de Resgate Arqueológico e Educação Patrimonial para a

Linha de Transmissão 230Kv entre a subestação Alegria e a

subestação de Assú

01421000258/2010-06 PROG DE MONITORAMENTO ARQ. PARA LT 230 KV ALEGRIA- ASSÚ SIM NOME DO PROGRAMA NA LISTA ERRADO

01421000769/2010-10 PROGRAMA DE DIAG. E PROSPECÇÃO ARQUEOLÓGICA NA ÁREA DO PARQUE EÓLICO ASA BRANCA VII SIM NUMERO DO PARQUE FALTANTE NA CAIXA

01421000387/2010-96

PROGRAMA DE RESGATE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E MONITORAMENTO ARQ. PARA A USINA EÓLICA DE

ALEGRIA II SIM

01421000159/2010-16 PROJETO DE ARQ. NA ÁREA DO EMPREENDIMENTO SANTA CLARA I SIM ANEXADO JUNTO COM RELATÓRIO

01421000150/2010-13 PROSPECÇÕES DE SUBSUPERFICIE ECORESORT VILA MARIA TOUROS RN SIM

1

2

3

Page 344: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

01421000249/2010-15

PROJETO DE PROSP ARQ. NA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DA SUBESTAÇÃO NATAL III E SECCIONAMENTO LT 230

KV CAMPINA GRANDE /NATAL cópia do 01421000046/2010-11

01421000046/2010-11

PROJETO DE PROSP ARQ. NA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DA SUBESTAÇÃO NATAL III E SECCIONAMENTO LT 230

KV CAMPINA GRANDE /NATAL SIM PROJETO ANTIGO 01408.003764/2008-01

01421000164/2010-29 PROJETO DE ARQ. PREVENTIVA DIAGNOSTICO E PROSPECÇÃO DO PARQUE EÓLICO SANTA CLARA IV SIM ANEXADO JUNTO AO RELATÓRIO

01421000083/2010-29

PROJETO DE ARQUEOLOGIA PREVENTIVA EM ÁREA DE INSTALAÇÃO DE COM HORIZONTAL FAZENDA SÃO

JOÃO PARNAMIRIM NÃO

01421000767/2010-21 PROG DE DIAGNOSTICO E PROSPECÇÃO ARQ. NA ÁREA DO PARQUE EÓLICO ASA BRANCA VI SIM

01421003308/2010-51

PROG DE DIAGNOSTICO E PROSPECÇÃO ARQUEOLÓGICA DOS PARQUES EÓLICOS RENASCENÇA I,II,III E IV

PARAZINHO SIM

01421000423/2010-11 PROGRAMA DE PROSPECÇÃO ARQ. E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL PARA O PARQUE EÓLICO ARATUÁ II SIM

01421000157/2010-27

PROGRAMA DE DIAGNOSTICO E PROSPECÇÃO ARQUEOLÓGICA NA ÁREA DO EMPREENDIMENTO DO PARQUE

EÓLICO SANTA CLARA V SIM ANEXADO JUNTO COM RELATÓRIO

01421000156/2010-82

PROJETO DE ARQUEOLOGIA PREVENTIVA DIAGNOSTICO E PROSPECÇÃO DO PARQUE EÓLICO SANTA CLARA

VI SIM ANEXADO JUNTO AO RELATÓRIO

01421000323/2010-95

GRUPO TERRA ENC REL ARQ. NÃO INTERVENTIVO DE PARQUES EÓLICOS MODELO JC CUMARU (SÃO MIGUEL

E PEDRA GRANDE) E LAGOINHA NÃO FORA DE PADRÃO, AMADOR PORTARIA?

01421000770/2010-44 DIAGNOSTICO ARQ. NA ÁREA DO PARQUE EÓLICO ASA BRANCA IV SIM

JUNTO FOLHA DE ENTRADA ASA BRANCA VII NA CAIXA

CORRETO É DIAG E PROSPECÇÃO

01421000430/2010-13

DIAG E PROSPECÇÃO ED PATRIMONIAL E MONITORAMENTO ARQ. PARA LT MEDIA TENSÃO DOS PARQUES

EÓLICOS MANGUE SECOS I,II,III E V sim

01421000456/2010-61

LAUDO DE DANOS E CARACTERIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL DOS SISTEMAS ADUTORES SERIDÓ E

PARELHAS CARNAÚBA DOS DANTAS NÃO

NA PASTA MAS DE OUTRA FORMA. JUNTO COM RELATÓRIO

FINAL

01421000449/2010-60 PROG DE MONITORAMENTO ARQ. PARA PARQUE EÓLICO MANGUE SECO III SIM

01421000448/2010-15 PROJ ARQ. PREVENTIVA ÁREA DE EXPLORAÇÃO MINERAL BARAÚNA SIM

01421000421/2010-22 RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL RIMA DE BARRAGEM BUJARI NÃO MEIO DIGITAL E PARECER NEGATIVO

01421000292/2010-72

EMBARGO EXTRAJUDICIAL EMITIDO CONTRA A SECRETARIA ESTADUAL DE MAIO AMBIENTE E RECURSOS

HÍDRICOS DO RN NÃO NA PASTA DE OUTRA FORMA

01421000163/2010-84 PROJETO ARQ. DO PARQUE EÓLICO SANTA CLARA III SIM

NOME DO PROJETO INSUFICIENTE NA CAIXA COM

RELATÓRIO ANEXO

014211000156/2010-82 RELATÓRIO ARQ. PARQUE EÓLICO EURUS VI PARAZINHO. ANEXO PROCESSO 162/2010-30 SIM E NÃO

CONTA COMO O SANTA CLARA , MAS O 162/2010-30 É EURUS.

COM RELATÓRIO ANEXO

01421005303/2011-91

DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO E ETNOHISTORICO NA ÁREA DE INFLUENCIA DA LINHA DE TRANSMISSÃO E

CONEXÃO DO PARQUE EÓLICO MEL II A CONECTAR-SE COM SERRA VERMELHA SIM

01421004843/2011-58

DIAGNOSTICO E PROSPECÇÃO ARQUEOLÓGICA DA ÁREA DE INFLUENCIA DO PARQUE EÓLICO MORRO DOS

VENTOS II SIM COM RELATÓRIO ANEXO

01421005544/2011-31

PROJETO DE PESQUISA DE RESGATE MONITORAMENTO E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL NA ÁREA DO PARQUE

EÓLICO SANTA CLARA VI SIM

01421000188/2011-69

PROJETO DE PESQUISA ARQUEOLÓGICA PARA LICENCIAMENTO AMBIENTAL EM ÁREA DESTINADA A

CONSTRUÇÃO DO PARQUE EÓLICO ASA BRANCA I SIM

01421005398/2011-43 DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO AS ÁREA DE INFLUENCIA DO PARQUE EÓLICO FIGUEIRA BRANCA TOURO RN SIM

01421000204/2011-13

PROJETO DE PESQUISA DIAGNOSTICO PARA A LINHA DE TRANSMISSÃO DA CENTRAL GERADORA EÓLICA

FAROL SB DO NORTE SIM

4

5

6

Page 345: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

01421005304/2011-36

DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO E ETNOHISTORICO DA ÁREA DE INFLUENCIA DA LINHA DE TRANSMISSÃO E

CONEXÕES PARQUES EÓLICOS CALANGOS 1 E 3 E SE LAGOA NOVA MUNICÍPIO DE BODÓ SIM

01421005305/2011-81

DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO E ETNOHISTORICO NA ÁREA DE INFLUENCIA AS LINHA DE TRANSMISSÃO E

CONEXÃO COM OS PARQUES CALANGOS 2,4 E 5 COM A SE LAGOA NOVA SIM

NA RELAÇÃO FALTA O PARQUE 5 ,MAS A CAIXA ESTÁ

ERRADO POIS NÃO EXISTE 5 POIS A PROPOSTA ERA 5 MAS

NA PORTARIA NÃO SAIU

01421004883/2011-08

PROSPECÇÃO E MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO DA USINA EÓLICOELETRICA MAR E TERRA DE INTERESSE

DO SR. LEANDRO AUGUSTO XAVIER SIM

01421005487/2011-25 ESTUDOS ARQUEOLÓGICOS DO SITIO ALDEIA DE MACAGUÁ I SIM

01421004929/2011-81 PROGRAMA DE DIAGNOSTICO E PROSPECÇÃO ARQUEOLÓGICA GALINHOS MACAU SIM DADOS INSUFICIENTES NA CAIXA (LT 230 KV)

01421004879/2011-31 PROSPECÇÃO E MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO DA USINA EOLICOELETRICA BELA VISTA SIM

DIFERENÇA ENTRE FINAL DE PROCESSO DE ENTRADA DE

FINAL 31 PARA 55 DEVIDO DEMORA DA PORTARIA.

01421005119/2011-41 PROGRAMA DE MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO DO EMPREENDIMENTO MORRO DOS VENTOS III SIM

FALTA A INCLUSÃO NOS DADOS DE INCLUSÃO DE LTS E

SUBESTAÇÃO

01421004841/2011-69 DIAGNOSTICO NÃO INTERVENTIVO EM UMA ÁREA PERTENCENTE À MINERAÇÃO BELOCAL NÃO SEM DADOS SEM AUTORIZAÇÃO

01421004952/2011-75 DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO PROSPECTIVO DE EXPLORAÇÃO DA ICAL SIM

01421005068/2011-58 DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO E ETNOGRÁFICO DA USINA EOLICOELETRICA CARCARÁ II AREIA BRANCA SIM

01421005501/2011-55 DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO E ETNOHISTORICO DO PARQUE EÓLICO MEL II SIM

01421005067/2011-11 DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO E ETNOHISTORICO DA USINA EÓLICO ELÉTRICA TERRAL SIM

01421005066/2011-69 DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO E ETNOHISTORICO DA USINA EÓLICO ELÉTRICA CARCARÁ I SIM

01421005063/2011-25 DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO E ETNOHISTORICO DA USINA EÓLICO ELÉTRICA SANTO CRISTO SIM DADOS NA CAIXA INCOMPLETOS

01421005064/2011-70 DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO E ETNOHISTORICO DA USINA EÓLICO ELÉTRICA REDUTO SIM SERIA REDUTO

01421005065/2011-14 DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO E ETNHISTORICO DA USINA EÓLICO ELÉTRICA SÃO JOÃO SIM

01421005543/2011-96

PROGRAMA DE RESGATE ,MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL PARA PARQUE

EÓLICO SANTA CLARA III SIM

INFORMAÇÕES NA CAIXA INSUFICIENTES. RELATÓRIO JUNTO

ENTREGUE EM 2012 SE RESGATE

01421004842/2011-11

DIAGNOSTICO E PROSPECÇÃO ARQUEOLÓGICA DA ÁREA DE INFLUENCIA DO PARQUE EÓLICO MORRO DOS

VENTOS V NÃO DADOS NA CAIXA INSUFICIENTES. JUNTO COM RELATÓRIO

01421000196/2011-13

DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO PROSPECTIVO DA ÁREA DE INFLUENCIA DO PARQUE EÓLICO COSTA BRANCA

JC SIM DADOS INSUFICIENTES NA CAIXA

01421000197/2011-50 DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO NÃO INTERVENTIVO DO PARQUE EÓLICO PEDRA PRETA JC SIM DADOS INSUFICIENTES

01421000205/2011-68

PROGRAMA DE DIAGNOSTICO , PROSPECÇÃO, EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E MONITORAMENTO

ARQUEOLÓGICO PARA O PARQUE EÓLICO MIASSABA II SIM DADOS INSUFICIENTES NA CAIXA

01421005542/2011-41

PROGRAMA DE DIAGNÓSTICO E PROSPECÇÃO ARQUEOLÓGICOS DO PARQUE EÓLICO REI DOS VENTOS III EM

GALINHOS SIM DADOS INSUFICIENTES NA CAIXA

01421005190/2011-24

PROGRAMA DE PROSPECÇÃO,RESGATE,MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL DO

PARQUE EÓLICO COSTA BRANCA SIM DADOS INSUFICIENTES NA CAIXA

01421005586/2011-71 DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO DA ÁREA DE INFLUENCIA DO PARQUE EÓLICO GAMELEIRAS TOUROS SIM PROTOCOLO FIM 71 E PORTARIA FIM 77

01421000277/2011-13

PROGRAMA DE DIAGNOSTICO,PROSPECÇÃO,EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO

PARA O PARQUE EÓLICO UNIÃO DOS VENTOS 8 SIM DADOS INSUFICIENTES NA CAIXA

01421005416/2011-97

PROGRAMA DE RESGATE, MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL NA ÁREA DE

INSTALAÇÃO DO PARQUE EÓLICO RENASCENÇA III PARAZINHO SIM DADOS INSUFICIENTES NA CAIXA

01421005541/2011-05

PROGRAMA DE RESGATE, MONITORAMENTO E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL NA ÁREA DO PARQUE EÓLICO

SANTA CLARA V SIM DADOS INSUFICIENTES NA CAIXA

8

7

Page 346: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

01421004851/2011-02

SALVAMENTO DO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO AS ÁREA SOB INTERVENÇÃO DO PARQUE EÓLICO ASA

BRANCA VII SIM DADOS INSUFICIENTES NA CAIXA

01421004825/2011-76

DIAGNOSTICO NÃO INTERVENTIVO DOS ESTUDOS COMPLEMENTARES EIA-RIMA DO PROJETO DE IRRIGAÇÃO

SANTA CRUZ DO APODI NÃO RELATÓRIO DE PROJETO

01421005419/2011-21 DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO PROSPECTIVO DA ÁREA DE EXPLORAÇÃO DA ICAL EM BARAÚNA SIM DADOS INSUFICIENTES NA CAIXA

01421005617/2011-94 ACOMPANHAMENTO ARQUEOLÓGICO AÇÕES DE ACESSIBILIDADE DOS SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS ABERNAL SIM DADOS INSUFICIENTES NA CAIXA

01421005397/2011-07 DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO DA ÁREA DE INFLUENCIA DO PARQUE EÓLICO COSTA DAS DUNAS SIM DADOS INSUFICIENTES NA CAIXA

01421005550/2011-98

PROJETO DE ACOMPANHAMENTO ARQUEOLÓGICO AÇÕES DE PROTEÇÃO DOS SÍTIOS PEDRA DO

ALEXANDRE, SERROTE DAS AREIAS ,CASA SANTA E FURNA DO MESSIAS SIM DADOS INSUFICIENTES NA CAIXA

01421004847/2011-36

PROGRAMA DE DIAGNOSTICO, PROSPECÇÃO E MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO PARA LT 69 KV ENTRE A

SUB VENTOS POTIGUARES E SUB UNIÃO DOS VENTOS SIM DADOS INSUFICIENTES NA CAIXA

01421004882/2011-55

PROJETO DE DIAGNOSTICO ,PROSPECÇÃO E MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO DA LINHA DE TRANSMISSÃO

230 KV AREIA BRANCA -MOSSORÓ II SIM DADOS INSUFICIENTES NA CAIXA

01421000183/2011-36 PROJETO DE DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO PARA A CENTRAL GERADORA EÓLICA DREEN OLHO D'ÁGUA SIM DADOS INSUFICIENTES NA CAIXA

01421004861/2011-30

PROGRAMA DE DIAGNOSTICO , PROSPECÇÃO E MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO PARA LINHA DE

TRANSMISSÃO 69 KV ENTRE SUB CAIÇARA DOS VENTOS E SUB UNIÃO DOS VENTOS SIM DOIS PROCESSOS VOL. I E II

01421005801/2011-34

PROJETO DE PESQUISA ARQUEOLÓGICA PARA LICENCIAMENTO AMBIENTAL EM ÁREA DESTINADA A

CONSTRUÇÃO DO PARQUE EÓLICO EUROS IV SIM

DIVERGÊNCIA ENTRE NUMERO DO PROCESSO E O LISTADO

QUE É 187/2011-14

01421004845/2011-47

DIAGNOSTICO E PROSPECÇÃO ARQUEOLÓGICA DA ÁREA SE INFLUENCIA DO PARQUE EÓLICO MORRO DOS

VENTOS VIII SIM COM RELATÓRIO ANEXADO

01421005395/2011-18 DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO DA ÁREA DE INFLUENCIA DO PARQUE EÓLICO CAJUEIRO SIM FALTOU A PALAVRA PROSPECTIVO

01421005535/2011-40

PROGRAMA DE DIAGNOSTICO E PROSPECÇÃO ARQUEOLÓGICA NA ÁREA DO PARQUE REI DOS VENTOS I

VOLUME I E II SIM OS DOIS VOLUMES NÃO ESTÃO NA CAIXA

01421005422/2011-44 DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO E ETNOHISTORICO NA ÁREA DE INSTALAÇÃO DO OLEODUTO CAM/UTPF SIM COM RELATÓRIO ANEXO

01421004899/2011-11

PROGRAMA DE RESGATE ,EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO PARA O PARQUE

EÓLICO UNIÃO DOS VENTOS 4 SIM NÃO EXISTENTE NA CAIXA/devolvido depois

014210000051/2011-12

PROJETO DE MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO NA ÁREA DE INSTALAÇÃO DO PARQUE EÓLICO MORRO DOS

VENTOS I SIM DADOS DE CAIXA INSUFICIENTES

01421005794/2011-71

DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO E ETNOHISTORICO DAS ÁREAS DE INSTALAÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO

E SUBESTAÇÃO ELÉTRICA PARQUES EÓLICOS I,III,IV,VI E IX (MORRO DOS VENTOS) SIM

O PROCESSO FOI ABERTO ANTERIORMENTE SOBRE O

NUMERO 190/2011-38. RELATÓRIO ANEXADO

01421000050/2011-60 MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO NA ÁREA DE INSTALAÇÃO DO PARQUE EÓLICO MORRO DOS VENTOS III SIM DADOS DE CAIXA INSUFICIENTES

01421005516/2011-13 DIAGNOSTICO E PROSPECÇÃO ARQUEOLÓGICA NA ÁREA DA LT 69 KV SANTA CLARA SIM DADOS INSUFICIENTES NA CAIXA

01421005529/2011-92

DIAGNOSTICO ,PROSPECÇÃO, MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL PARA A

CENTRAL GERADORA EÓLICA BOA VISTA SIM RELATIVO AO PROCESSO 004798/2011-31

01421000207/2011-57 MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO NA ÁREA DO CANTEIRO E OBRAS CORRELATAS DO PARQUE ARATUÁ I SIM

01421000279/2011-02

DIAGNÓSTICO,PROSPECÇÃO,EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO PARA O

PARQUE EÓLICO UNIÃO DOS VENTOS II SIM

01421000185/2011-25

PESQUISA ARQUEOLÓGICA PARA LICENCIAMENTO AMBIENTAL EM ÁREA DESTINADA À CONSTRUÇÃO DO

PARQUE EÓLICO ASA BRANCA II SIM

10

11

9

12

Page 347: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

01421000186/2011-70

PESQUISA ARQUEOLÓGICA PARA LICENCIAMENTO AMBIENTAL EM ÁREA DESTINADA À CONSTRUÇÃO DO

PARQUE EÓLICO ASA BRANCA III SIM

01421004844/2011-01

DIAGNOSTICO E PROSPECÇÃO ARQUEOLÓGICA DA ÁREA DE INFLUENCIA DO PARQUE EÓLICO MORRO DOS

VENTOS VII SIM

01421004917/2011-56 DIAGNOSTICO E PROSPECÇÃO ARQUEOLÓGICA NA ÁREA DO PARQUE EÓLICO CAMPO DOS VENTOS II SIM

01421005062/2011-81 DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO E ETNOHISTORICO DA USINA EÓLICO ELÉTRICA CARNAÚBAS SIM

01421004846/2011-91

DIAGNOSTICO,PROSPECÇÃO,MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO PARA LT 230 KV ENTRE SUB UNIÃO DOS

VENTOS E SUB JOÃO CÂMARA SIM A PORTARIA TEM FINAL 25

01421005527/2011-01

PROSPECÇÃO, MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO EE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL PARA A CGE SÃO BENTO DO

NORTE SIM

01421.004843/2011-58 Programa de Diagnóstico e Prospecção Arqueológica na Área de Influência do Parque Eólico Morro dos Ventos II SIM PROCESSO AUSENTE NA CAIXA

01421000213/2011-12

PROGRAMA DE DIAGNÓSTICO,PROSPECÇÃO,EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO

PARA O PARQUE EÓLICO GUAMARÉ I SIM

01421005536/2011-94 PROGRAMA DE DIAGNOSTICO E PROSPECÇÃO ARQUEOLÓGICA NA ÁREA DO PARQUE EÓLICO MIASSABA 3 SIM NA RELAÇÃO CONSTA SÓ MIASSABA SEM O 3

01421000018/2011-84

DIAGNOSTICO E PROSPECÇÃO ARQUEOLÓGICA NA ÁREA DO EMPREENDIMENTO EÓLICA VENTOS DE SÃO

MIGUEL SIM

01421005414/2011-06

PROSPECÇÃO, RESGATE ARQUEOLÓGICO E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL DOS SÍTIOS TRÊS IRMÃOS 1 E 2 E SITIO

TOPO LOCALIZADOS NA ADA DO PARQUE EÓLICO MORRO DOS VENTOS IX SIM RELATÓRIO DE MONITORAMENTO JUNTO

01421005399/2011-98 DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO DA ÁREA DE INFLUENCIA DO PARQUE EÓLICO BAIXA VERDE SIM

01421000212/2011-60

DIAGNÓSTICO,PROSPECÇÃO,EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO PARA O

PARQUE EÓLICO UNIÃO DOS VENTOS IX SIM

01421004855/2011-82

SALVAMENTO DO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO DA ÁREA SOB INTERVENÇÃO DO PARQUE EÓLICO ASA

BRANCA VIII SIM

01421005191/2011-79

PROSPECÇÃO,RESGATE,MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL DO PARQUE EÓLICO

PEDRA PRETA SIM

01421005506/2011-88 DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO DO PARQUE EÓLICO ARIZONA I SIM

01421005121/2011-11

PROGRAMA DE MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO DAS ÁREAS DO EMPREENDIMENTO MORRO DOS VENTOS I

INCLUINDO LINHA DE DISTRIBUIÇÃO E SUBESTAÇÃO SIM

01421000190/2011-38

DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO E ETNOHISTORICO DA ÁREA DE INSTALAÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO E

SUBESTAÇÃO PARA OS PARQUES EÓLICOS MORRO DOS VENTOS I,III,IV,IX SIM

0142000200/2011-35 MONITORAMENTO PARA PARQUE EÓLICO MORRO DOS VENTOS IV NÃO

RELATIVO AO PROCESSO 242/2010-95 TAMBÉM NÃO

CONSTANTE. DESISTÊNCIA DA AB, IAGO ASSUME COM

OUTRO PROCESSO

01421000057/2011-81 MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO NA ÁREA DE INSTALAÇÃO DO PARQUE EÓLICO MORRO DOS VENTOS IV SIM

01421005114/2011-19

MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO DAS AÉREAS DO EMPREENDIMENTO MORRO DOS VENTOS IV INCLUINDO

LT E SUB SIM A PORTARIA CONSTA COMO FINAL 49

01421000054/2011-48 RESGATE ARQUEOLÓGICO NA ÁREA DE INSTALAÇÃO DO PARQUE EÓLICO MORRO DOS VENTOS IV SIM

01421005120/2011-76

PROGRAMA DE MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO DAS ÁREAS DO EMPREENDIMENTO MORRO DOS VENTOS

VI INCLUINDO LT E SUB SIM

01421000056/2011-37 MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO NA ÁREA DE INSTALAÇÃO DO PARQUE EÓLICO MORRO DOS VENTOS VI SIM PEQUENO ERRO NA CAIXA SANTA MORRO

01421005526/2011-59

PROGRAMA DE PROSPECÇÃO ,MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL PARA A

CENTRAL GERADORA EÓLICA FAROL SIM

14

12

13

Page 348: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

0142100579/2011-37

DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO DA ÁREA DE INFLUENCIA DAS CENTRAIS DE GERAÇÃO EÓLICA GE MARIA

HELENA E GE JANGADA SIM

01421000184/2011-81 DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO PARA A CENTRAL GERADORA EÓLICA FAROL SIM

01421000202/2011-24

DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO PARA A LT DA CENTRAL GERADORA EÓLICA DREEN SÃO BENTO ,PEDRA

GRANDE E PARAZINHO SIM

NA RELAÇÃO CONSTA ERRADO SÃO BENTO OLHO D'ÁGUA E

NA PORTARIA TBM

01421000182/2011-91 DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO PARA CENTRAL GERADORA EÓLICA DREEN SÃO BENTO DO NORTE SIM

01421005533/2011-51

PROGRAMA DE PROSPECÇÃO, MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL PARA A

CENTRAL GERADORA EÓLICA OLHO D'ÁGUA SIM

01421000203/2011-79

DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO PARA LT DA CENTRAL GERADORA EÓLICA DREEN BOA VISTA ,SÃO BENTO DO

NORTE E PEDRA GRANDE SIM

01421000215/2011-01

DIAGNOSTICO ,PROSPECÇÃO, EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO PARA O

PARQUE EÓLICO UNIÃO DOS VENTOS I SIM PORTARIA COM FINAL 213/2011-12

01421005433/2011-24

RESGATE ,EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO PARA O PARQUE EÓLICO UNIÃO

DOS VENTOS I SIM

01421005432/2011-80

PROGRAMA DE RESGATE ,EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO PARA O PARQUE

EÓLICO UNIÃO DOS VENTOS II SIM

014210049894/2011-80

PROGRAMA DE RESGATE, EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO PARA O PARQUE

EÓLICO UNIÃO DOS VENTOS III SIM JUNTO COM RELATÓRIO FINAL

01421000216/2011-48

PROGRAMA DE DIAGNOSTICO ,PROSPECÇÃO, EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO

PARA O PARQUE UNIÃO DOS VENTOS III SIM

01421000290/2011-64

PROGRAMA DE DIAGNOSTICO ,PROSPECÇÃO, EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO

PARA O PARQUE UNIÃO DOS VENTOS V SIM

01421000272/2011-82

PROGRAMA DE DIAGNOSTICO ,PROSPECÇÃO, EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO

PARA O PARQUE UNIÃO DOS VENTOS VI SIM

01421000055/2011-92 PROGRAMA MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO PARA O PARQUE UNIÃO DOS VENTOS IX SIM

01421000297/2011-86

PROGRAMA DE DIAGNOSTICO ,PROSPECÇÃO, EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO

PARA O PARQUE UNIÃO DOS VENTOS X SIM meu nome

01421.000210/2011-71

Programa de Diagnóstico, Prospecção, Educação Patrimonial e Monitoramento Arqueológico para o Parque Eólico União

dos Ventos IV SIM NÃO CONSTA NA CAIXA

01421000215/2011-01 PARQUE EÓLICO ASA BRANCA I NÃO NÃO ESTÁ NA RELAÇÃO E NEM NA CAIXA

01421004853-2011-93

SALVAMENTO DO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO NA ÁREA SOB INTERVENÇÃO DO PARQUE EÓLICO ASA

BRANCA IV SIM

01421004852/2011-49

SALVAMENTO DO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO NA ÁREA SOB INTERVENÇÃO DO PARQUE EÓLICO ASA

BRANCA V SIM

0142004854/2011-38

SALVAMENTO DO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO NA ÁREA SOB INTERVENÇÃO DO PARQUE EÓLICO ASA

BRANCA VI SIM

01421000187/2011-14

PESQUISA ARQUEOLÓGICA PARA LICENCIAMENTO AMBIENTAL EM ÁREA DESTINA À CONSTRUÇÃO DO

PARQUE EÓLICO EURUS IV SIM

NA PASTA CONSTA COMO EURUS CORRETO EUROS

PROCESSO DE PORTARIA RETIFICADO

01421000064/2011-83 DIAGNÓSTICO ARQUEOLÓGICO PROSPECTIVO DA ÁREA DE INFLUENCIA DOS PARQUES EURUS I E III SIM NA PORTARIA SAIU COMO EURUS I E II NA SOLICITAÇÃO III

01421000209/2011-46 DIAGNOSTICO E PROSPECÇÃO NA ÁREA DO PARQUE EÓLICO EURUS II SIM ESTE CONSTA COMO 2 ACIMA ERRADO

01421.005498/2011-70

Programa de Prospecção e Monitoramento Arqueológicos da Área de Instalação do PARQUE EÓLICO EURUS III, João

Câmara/RN SIM NÃO ESTÁ NA CAIXA/devolvido depois

01421005499/2011-14

PESQUISA ARQUEOLÓGICA PARA LICENCIAMENTO AMBIENTAL EM ÁREA DESTINA À CONSTRUÇÃO DO

PARQUE EÓLICO EURUS I SIM NÃO ESTÁ NA CAIXA/devolvido depois

16

15

Page 349: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

01421005540/2011-52 PROGRAMA DE RESGATE ,MONITORAMENTO E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL PARA O PARQUE EÓLICO EURUS 6 SIM

01421005504/2011-99 DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO E ETNOHISTORICO DO PARQUE EÓLICO CALANGO 1 SIM

01421005505/2011-33 DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO E ETNOHISTORICO DO PARQUE EÓLICO CALANGO 2 SIM COM RELATÓRIO ANEXO

01421005503/2011-44 DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO E ETNOHISTORICO DO PARQUE EÓLICO CALANGO 3 SIM

01421005502/2011-08 DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO E ETNOHISTORICO DO PARQUE EÓLICO CALANGO 4 SIM

01421.005500/2011-19 DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO E ETNOHISTORICO DO PARQUE EÓLICO CALANGO 5 SIM

01421.000188/2011-69

Pesquisa Arqueológica para Licenciamento Ambiental em Área Destinada a Construção do Parque Eólico Asa Branca I,

em Parazinho/RN SIM NO PROCESSO ESTÁ 5802/2011-89 NA PORTARIA 188/2011-69

01421005415/2011-42

PROGRAMA DE PROSPECÇÃO,RESGATE,MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL NA

ÁREA DE INSTALAÇÃO DO PARQUE EÓLICO RENASCENÇA I SIM

01421005420/2011-55

PROGRAMA DE PROSPECÇÃO,RESGATE,MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL NA

ÁREA DE INSTALAÇÃO DO PARQUE EÓLICO RENASCENÇA II SIM

01421005418/2011-86

PROGRAMA DE PROSPECÇÃO,RESGATE,MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL NA

ÁREA DE INSTALAÇÃO DO PARQUE EÓLICO RENASCENÇA IV SIM

01421000208/2011-00

PROGRAMA DE PROSPECÇÃO,RESGATE,MONITORAMENTO ARQUEOLÓGICO E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL NA

ÁREA DE INSTALAÇÃO DO PARQUE EÓLICO RENASCENÇA V SIM

NÃO ESTÁ NA CAIXA. MAS O PROCESSO SERIA SÓ DE

DIAGNÓSTICO E PROSPECÇÃO

01421005539/2011-28

PROGRAMA DE RESGATE ,MONITORAMENTO E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL NA ÁREA DO PARQUE EÓLICO

SANTA CLARA I SIM

01421005538/2011-83

PROGRAMA DE RESGATE ,MONITORAMENTO E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL NA ÁREA DO PARQUE EÓLICO

SANTA CLARA II SIM

01421.005543/2011-96 Programa de Resgate, Monitoramento e Educação Patrimonial na Área do Parque Eólico Santa Clara III, Parazinho/RN. SIM NÃO ESTÁ NA CAIXA

01421005537/2011-39

PROGRAMA DE RESGATE ,MONITORAMENTO E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL NA ÁREA DO PARQUE EÓLICO

SANTA CLARA IV SIM

01421000189/2011-11 DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO PROSPECTIVO NA ÁREA DE INFLUENCIA DO PARQUE EÓLICO MACACOS SIM

01421005193/2011-68

PROGRAMA DE PROSPECÇÃO,RESGATE,MONITORAMENTO E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL DO PARQUE EÓLICO

MACACOS SIM

01421000195/2011-61 DIAGNOSTICO ARQUEOLÓGICO PROSPECTIVO NA ÁREA DE INFLUENCIA DO PARQUE EÓLICO JUREMAS SIM

01421005192/2011-13

PROGRAMA DE PROSPECÇÃO,RESGATE,MONITORAMENTO E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL PARA O PARQUE

EÓLICO JUREMAS SIM

01421.000191/2011-82 Programa de Diagnóstico e Prospecção Arqueológica dos Parques Eólicos Mangue Seco IV, V e VII, Macau/RN

01421.005396/2011-54

Diagnóstico Arqueológico Prospectivo da Área de Influência do Parque Eólico Farol de Touros– Município de Touros, no

Estado do Rio Grande do Norte.

01421.000270/2011-60

Programa de Diagnóstico, Prospecção, Monitoramento Arqueológico e Educação Patrimonial para o Parque Eólico União

dos Ventos VII, Município de São Miguel do Gostoso, Rio Grande do Norte com relatório anexo. 2 volumes.

01421.004893/2011-35 Diagnóstico Parque Turístico Dunas de Genipabu encerrado

01421.000191/2011-82 Programa de Diagnóstico e Prospecção Arqueológica dos Parques Eólicos Mangue Seco IV, V e VII, Macau/RN PUBLICADO V ERRADO

18

17

Page 350: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

DATA DE ENTREGA DATA PROVAVEL NUMERO DO PROCESSO POR

DATA NOME DO PROJETO COMENTÁRIOSCAIXA

01450003067/2007-45 PROJETO DE MONITORAMENTO E SALVAMENTO ARQUEOLOGICO DAS OBRAS DE ADEQUAÇÃO DA CAPACIDADE RODOVIÁRIA DA BR 101 TRECHO NATAL RN E PALMARES PE RELATÓRIO FINALVOLUMES 1 E 2

mai/11 ESTUDOS COMPLEMANTERES AO EIA RIMA REFERENTES A IMPLANTAÇÃO DO PROJETO DE IRRIGAÇÃO SANTA CRUZ DO APODI NOS MUNICIPIOS DE APODI E FELIPE GUERRATOMO I

2002 0149800096/2002 SITIO ARQUEOLOGICO DE PARELHAS TAC OU LAUDO

ago/10 01450008598/2009-96 RELATÓRIO DO DIAGNOSTICO PARA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO DA USINA EÓLICA ELETRICA MAR E TERRA NO MUNICIPIO DE AREIA BRANCA

set/10 2010 01421000466/2010-05 RELATORIO DO PROGRAMA DE DIAGNOSTICO E PROSPECÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DO PARQUE EÓLICO MORRO DOS VENTOS IIII RELATORIO DE ATIVIDADES 1

NOVEMBRO DE 2010 2010 01421000045/2010-76 RELATÓRIO DO PROGRAMA DE DIAGNOSTICO E PROSPECÇÃO ARQUEOLOGICA PARA O PARQUE EÓLICO MORRO DOS VENTOS VI RELATORIO FINAL

AGOSTO DE 2011 2011 01421000216/2011-48 RELATORIO FINAL DE DIAGNOSTICO ,PROSPECÇÃO,MONITORAMENTO ARQUEOLOGICO E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL DO PARQUE EÓLICO UNIÃO DOS VENTOS 3

SETEMBRO DE 2010 01408000160/2007-13 RELATÓRIO PARCIAL DO PROJETO :O HOMEM PRE HISTORICO DA REGIÃO CENTRAL DO RIO GRANDE DO NORTE

JUNHO DE 2010 01408001146/2009-07 RELATORIO PARCIAL I DO PROGRAMA DE DIAGNOSTICO E PROSPECÇÃO ARQUEOLOGICA PARA A IMPLANTAÇÃO DA LT ENTRE O PARQUE EÓLICO ALEGRIA E SUBESTAÇÃO ASSU

2010 01421000448/2010-15 RELATORIO FINAL DO DIAGNOSTICO EM ÁREA DE EXPLORAÇÃO MINERAL NO MUNICIPIO DE BARAUNA

DEZEMBRO DE 2010 2010 01421000861/2010-80 RELATORIO DO PROGRAMA DE DIAGNOSTICO E PROSPECÇÃO ARQUEOLOGICA PARA O PARQUE EÓLICO MORRO DOS VENTOS IV

DEZEMBRO DE 2010 2010 01421000022/2010-42 RELATORIO DO PROGRAMA DE DIAGNOSTICO E PROSPECÇÃO ARQUEOLOGICA PARA O PARQUE EÓLICO MORRO DOS VENTOS III

ago/11 2011 01421005668/2011-16 RELATORIO FINAL DO DIAGNOSTICO ARQUEOLOGICO NA ÁREA DE IMPLANTAÇÃAO DO PARQUE EÓLICO LAGOA DOS TOUROS I

OUTUBRO DE 2011 2010 01421000852/2010-99 RELATORIO FINAL DO DIAGNOSTICO ARQUEOLOGICO NA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO DO PARQUE EÓLICO CUMARU I

JULHO DE 2011 2011 01421005669/2011-61 RELATORIO FINAL DO DIAGNOSTICO ARQUEOLOGICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO DO PARQUE EÓLICO LAGOA DOS TOUROS II

2011

abr/11 2011 01421.000184/2011-81 Relatório do Diagnóstico Arqueológico para a Central Geradora Eólica Farol, São Bento do Norte, Rio Grande do Norte

2011

2011 01421-005674/2011-74 Relatório Final do diagnostico arqueológico ma área de implantação do parque eólico lagoa dos touro VII

2011

jun/11 2011 01421.000431/2011-68 Relatório do Programa de Diagnóstico, Prospecção, Educação Patrimonial e Monitoramento arqueológico para a linha de transmissão de energia elétrica Mangue Seco I,II,III e V

2011

2011 01421-005671\2011-30 Relatório Final do diagnostico arquologico ma área de implantação do parque eólico lagoa dos touro IV

2011

2011 01421.000064/2011-83 Relatório do Diagnóstico Arqueológico Prospectivo da Área de Influência dos Parques Eólicos EURUS I e II, Município de João Câmara/RN Relatório final somente de eurus I

2011

2011 01421.000279/2011-02 Relatório do Programa de Diagnóstico, Prospecção, Monitoramento Arqueológico e Educação Patrimonial para o Parque Eólico União dos Ventos II, Município de Pedra Grande, Rio Grande do Norteparece não constar tramite

2011

2011 01421.000854/2010-88 Relatorio Final do diagnostico arueologico da área de implantação do parque eólico Cumaru 3 inicio do ano de 2011

2011

2011 01421.000186/2011-70 Relatório da Pesquisa Arqueológica para Licenciamento Ambiental em Área Destinada a Construção do Parque Eólico Asa Branca III, em Parazinho/RN2011 01421.000185/2011-25 Relatório da Pesquisa Arqueológica para Licenciamento Ambiental em Área Destinada a Construção do Parque Eólico Asa Branca II, em Parazinho/RN

2011

2011 01421.000182/2011-91 Relatório do Diagnóstico Arqueológico para a Central Geradora Eólica Dreen São Bento do Norte, São Bento do Norte/RN

2011

2011 01421.000189/2011-11 Relatório do Diagnóstico Arqueológico Prospectivo da Área de Influência do Parque Eólico Macacos – Município de João Câmara/RN

2011

2011 01421.000279/2011-02 Relatório do Programa de Diagnóstico, Prospecção, Monitoramento Arqueológico e Educação Patrimonial para o Parque Eólico União dos Ventos II, Município de Pedra Grande, Rio Grande do Norte

2011

2011 01421.005037/2011-05 Relatorio de atividades canteiro de obras cge dreen parece não constar em portaria o processo, desdobramento de outro

2011

2011 01421.005203/2011-65 Relatorio de atividades 1 fase de prospecção na ADA da CGE Farol.

2011

2011 01421.005061/2011-36 Laudo arqueologico no centro de montagem parque eólico santa clara II

2011

2011 01421.004879/2011-55 Relatório do Projeto de Prospecção e Monitoramento Arqueológicos da USINA EÓLIO-ELÉTRICA BELA VISTA, Areia Branca/RN. relatorio parcial

2011

Processos juntados

CAIXA 5

CONTÉM 2010 E

2011

CAIXA 6

CONTÉM 2010 E

CAIXA 1

CONTÉM 2007 E

2011

CAIXA 2

CONTÉM

2009,2010 E 2011

CAIXA 3

CONTÉM 2009

2010 2011

CAIXA 4

CONTÉM 2010 E

2011

Page 351: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

2011 01421.004882/2011-55 Relatório de Diagnóstico, Prospecção e Monitoramento Arqueológicos da LT 230 KV AREIA BRANCA – MOSSORÓ II, Areia Branca/RN.

2011

2011 01421.005586/2011-77 Relatório do Diagnóstico Arqueológico Prospectivo da Área de Influência do Parque Eólico Gameleiras – Município de Touros, no Estado do Rio Grande do Norte.

2011

2011 01450.008598/2009 Relatório do programa de prospecção arqueologica UEE areia branca entregue em 2011( oficio de 2010 para correção)

2011

2011 01421.005672/2011-84Relatorio Final Diagnostico arqueologico área da implnatação do parque Lagoa dos Touros V

aparentemente sem portaria( engloba

autorização do III ao VIII

2011

2011 01421.005066/2011-69 Relatório do Diagnóstico Arqueológico e Etno-Histórico da USINA EÓLIO-ELÉTRICA CARCARÁ I. entregue em 2012

2011

2011 01421.005063/2011-25 Relatório doDiagnóstico Arqueológico e Etno-Histórico da USINA EÓLIO-ELÉTRICA SANTO CRISTO entregue em 2012

2011

2011 01421.005062/2011-81 Relatório do Diagnóstico Arqueológico e Etno-Histórico da USINA EÓLIO-ELÉTRICA CARNAÚBAS. entregue em 2012

2011

2011 01421.005067/2011-11 Relatório do Diagnóstico Arqueológico e Etno-Histórico da USINA EÓLIO-ELÉTRICA TERRAL. entregue em 2012

2011

2011 01421.005068/2011-58. Relatório do Diagnóstico Arqueológico e Etno-Histórico da USINA EÓLIO-ELÉTRICA CARCARÁ II. entregue em 2012

2011

2011 01421.005064/2011-70 Relatório do Diagnóstico Arqueológico e Etno-Histórico da USINA EÓLIO-ELÉTRICA REDUTO entregue em 2012

2011

2011 01421.005065/2011-14 Relatório do Diagnóstico Arqueológico e Etno-Histórico da USINA EÓLIO-ELÉTRICA SÃO JOÃO. entregue em 2012

2011

2011 01421.000018/2011-84 Relatório do Diagnóstico e Prospecção Arqueológica na Área do Empreendimento do Parque Eólico Ventos de São Miguel, em Parazinho/RN

2011

2011 01421.004847/2011-36 Relatório do Programa de Diagnóstico, Prospecção e Monitoramento Arqueológico para Implantação da Linha de Transmissão de 69 kV entre a SUBESTAÇÃO VENTOS POTIGUARES E A SUBESTAÇÃO UNIÃO DOS VENTOS

2011

2011 01421.004846/2011-25 Relatório do Programa de Diagnóstico, Prospecção e Monitoramento Arqueológico para Implantação da Linha de Transmissão de 230 kV entre a Subestação União dos Ventos e a Subestação João Câmara

2011

2011 01421.000258/2010-06 Relatório do Programa de Diagnóstico e Prospecção Arqueológica para a Implantação da Linha de Transmissão de 230 kv entre o Parque Eólico Alegria e Subestação e Assude 2010 sem parecer ou documento. Entregue

em 2011

2011

2011 01421.005419/2011-21 Relatório do Diagnóstico Arqueológico Prospectivo da Área de Exploração da ICAL, Braúna, Rio Grande do Norte

2011

2011

2011 PORTARIA 06 DE 2009 Relatório Final MONITORAMENTO E SALVAMENTO DAS OBRAS DE ADEQUAÇÃO DA CAPACDADE RODOVIÁRIA DA BR 101 NATAL/PALMARES VOLUME IENTREGUE EM 2011? SEM PARECER

2011

2011 PORTARIA 06 DE 2009 Relatório Final MONITORAMENTO E SALVAMENTO DAS OBRAS DE ADEQUAÇÃO DA CAPACDADE RODOVIÁRIA DA BR 101 NATAL/PALMARES VOLUME IIENTREGUE EM 2011? SEM PARECER

2011

2011 01421.000183/2011-36 Relatório do Diagnóstico Arqueológico para a Central Geradora Eólica Dreen Olho D’Água, São Bento do Norte, Rio Grande do Norte

2011 01421.000182/2011-91 Relatório do Diagnóstico Arqueológico para a Central Geradora Eólica Dreen São Bento do Norte, São Bento do Norte/RN

2011

2011 01421.000184/2011-81 Relatório do Diagnóstico Arqueológico para a Central Geradora Eólica Farol, São Bento do Norte, Rio Grande do Norte DEMORA DE PROCESSO PARECER EM 2012

2011

2011

CAIXA 10

2010,2011 FALTA

2012

2011

2011 01421.000197/2011-50 Relatório do Diagnóstico Arqueológico Prospectivo da Área de Influência do Parque Eólico Pedra Preta, Município de João Câmara/RN

2011

2011 01421.000215/2011-01 RELATORIO PARCIAL PROSPECÇÃO DA ADA DA CGE BOA VISTA

2011

2011 01421.005675/2011-18 RELATORIO FINAL DIAGNOSTICO LAGOA DE TOUROS VIII APARENTEMENTE SEM PORTARIA

2011

2011 01421.000213/2011-12 Relatório do Programa de Diagnóstico, Prospecção, Monitoramento Arqueológico e Educação Patrimonial para o Parque Eólico União dos Ventos I, Município de Pedra Grande, Rio Grande do Norte

2011

2011 01421.005506/2011-88 Relatório do Diagnóstico Arqueológico e Etno-histórico do PARQUE EÓLICO ARIZONA I, Rio do Fogo/RN

2011

2011 01421.005670/2011-95 RELATORIO FINAL DIAGNOSTICO LAGOA DE TOUROS III APARENTEMENTE SEM PORTARIA2011

2011 01421.004844/2011-01 Relatório do Diagnóstico e Prospecção Arqueológicas da Área de Influência do PARQUE EÓLICO MORRO DOS VENTOS VII

2011

2011 01421.005200/2011-21 RELATORIO DE ATIVIDADES 1 DE PROSPECÇÃO PARQUE EÓLICO UNIÃO DOS VENTOS 9

2011

CAIXA 11

CONTÉM 2010

2011

CONTÉM 2010 E

2011

CAIXA 7 CONTÉM

2011

CAIXA 8 CONTÉM

2011

RELATÓRIO DAS DUAS JUNTAS. DEMORA DE

PROCESSO PARECER EM 2012

CAIXA 9

CONTÉM 2011

Page 352: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

2011 01421.005201/2011-76 RELATORIO DE ATIVIDADES 1 DE PROSPECÇÃO PARQUE EÓLICO UNIÃO DOS VENTOS 10

2011

2011 01421.000358/2010-24 Relatório do Diagnóstico e Prospecção Arqueológica na Área do Parque Eólico Asa Branca V, em Parazinho, no Rio Grande do Norte Entregues em abril 2011

2011

2011 01421.000769/2010-10 Relatório do Programa de Diagnóstico e Prospecção Arqueológica na área do Parque Eólico Asa Branca VIII, em Parazinho, Rio Grande do Norte Entregues em abril 2011

2011

2011 01421.000770/2010-44 Relatório do Programa de Diagnóstico e Prospecção Arqueológica na Área do Parque Eólico Asa Branca IV, em Parazinho/RN Entregues em abril 2011

2011

2011 01421.000768/2010-75 Relatório do Programa de Diagnóstico e Prospecção Arqueológica na Área do Parque Eólico Asa Branca VII, em Parazinho/RN Entregues em abril 2011

2011

2011 01421.005536/2011-94 Relatório do Programa de Diagnóstico e Prospecção Arqueológicos na Área do Parque Eólico Miassaba, Macau/RN.

2011

2011 01421.005516/2011-13 Relatório do Diagnóstico e Prospecção Arqueológica na Área da Linha de Transmissão 69 kV Santa Clara/SE João Câmara, Parazinho/RN

2011

2011 01421.004934/2011-93 Laudo Arqueologico na áreas da LT 69KV Usina Vale Verde-Canguaretama

2011

2011 01421.005141/2011-91 APRESENTAÇÃO DO APOIO INSTITUCIONAL DO NÚCLEO DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO HISTÓRICA REGIONAL DA UNIVERSIDADE DA PARAÍBA AO PROJETO DIAGNÓSTICO ARQUEOLÓGICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO DAS CENTRAIS AERO GERADORAS DE RIACHÃO, MUNICÍPIO DE CEARÁ-MIRIM/RN.

2011

2011 01421.005397/2011-07 Relatório Final do Diagnóstico Arqueológico Prospectivo da Área de Influência do Parque Eólici Costa das Dunas, Touros, Rio Grande do Norte.

2011

2011 01421.005501/2011-55 Relatório do Diagnóstico Arqueológico e Etno-Histórico do PARQUE EÓLICO MEL II, Areia Branca/RN

2011

2011 01421.000195/2011-61 Relatório do Diagnóstico Arqueológico Prospectivo da Área de Influência do Parque Eólico Juremas, Município de João Câmara/RN

2011

2011 01421.005503/2011-44 Relatório do Diagnóstico Arqueológico e Etno-Histórico da Área de Influência do PARQUE EÓLICO CALANGO III, Bodó/RN

2011

2011 01421.000196/2011-13 Relatório do Diagnóstico Arqueológico Prospectivo da Área de Influência do Parque Eólico Costa Branca, Município de João Câmara/RN

2011

2011 01421.000191/2011-82 Relatório do Programa de Diagnóstico e Prospecção Arqueológica dos Parques Eólicos Mangue Seco IV, V e VII, Macau/RN

2011

2011 01421.005673/2011-29 Relatório Final do Diagnóstico Parque Eólico Lagoa de Touros VI Aparentemente sem Portaria2011

2011 01408.003764/2008-01 Relatório Final daProspecção Arqueológica da área abrangida pela Subestação Natal III e Seccionamento LT 230KV Campina Grande – Natal II – SE Natal II

2011

2011 01421.004883/2011-08 Relatório do Projeto de Prospecção e Monitoramento Arqueológicos da USINA EÓLIO-ELÉTRICA MAR E TERRA, Areia Branca/RN.

2011

2011 01421.000064/2011-83 Relatório do Diagnóstico Arqueológico Prospectivo da Área de Influência dos Parques Eólicos EURUS I e II, Município de João Câmara/RN

2011

2011 01421.004825/2011-76 Relatório Projeto de Diagnóstico Não-interventivo dos Estudos Complementares ao EIA-RIMA do Projeto de Irrigação Santa Cruz do Apodi, municípios de Apodi e Felipe Guerra/RNTomo II2011

2011 01421.000277/2011-13 Relatório Final do Programa de Diagnóstico, Prospecção, Monitoramento Arqueológico e Educação Patrimonial para o Parque Eólico União dos Ventos VIII, Município de São Miguel do Gostoso, Rio Grande do Norte

2011

2011 01421.000213/2011-12 Relatório de Atividades I - do Programa de Diagnóstico, Prospecção, Monitoramento Arqueológico e Educação Patrimonial para o Parque Eólico União dos Ventos I, Município de Pedra Grande, Rio Grande do Norte

2011

2011 01421.000210/2011-71 Relatório Final do Programa de Diagnóstico, Prospecção, Educação Patrimonial e Monitoramento Arqueológico para o Parque Eólico União dos Ventos IV

2011

2011 01421.000183/2011-36 Relatório Final do Diagnóstico Arqueológico para a Central Geradora Eólica Dreen Olho D’Água, São Bento do Norte, Rio Grande do Norte

2011

2011 01421.000858/2009-09 RELATÓRIO FINAL DO PROGRAMA DE DIAGNÓSTICO,PRPSPECÇÃO,MONITORAMANTO E ED. PATRIMONIAL . PARQUE ALEGRIA II ENTREGUE EM 20112011

2011 01421.000209/2011-46 Relatório do Programa de Diagnóstico e Prospecção Arqueológica na Área do Parque Eólico Eurus II

2011

2011 01421.005542/2011-41 Relatório do Programa de Resgate, Monitoramento e Educação Patrimonial na Área do Parque Eólico Rei dos Ventos III, em Galinhos/RN.

2011

2011 01421.005419/2011-21 Relatório do Diagnóstico Arqueológico Prospectivo da Área de Exploração da ICAL, Braúna, Rio Grande do Norte

2011

2011 01421.000054/2011-48 Projeto de Resgate Arqueológico na Área de Instalação do Parque Eólico “Morro dos Ventos IV”, Município de João Câmara/RN

2011

2011 01421.005504/2011-99 Relatório do Diagnóstico Arqueológico e Etno-Histórico da Área de Influência do PARQUE EÓLICO CALANGO I, Bodó/RN

2011

2011 01421.005502/2011-08 Relatório do Diagnóstico Arqueológico e Etno-Histórico do PARQUE EÓLICO CALANGO IV, Bodó/RN

2011

2011 01421.005500/2011-19 Relatório do Diagnóstico Arqueológico e Etno-Histórico do PARQUE EÓLICO CALANGO V, Bodó/RN

2011

15

12

13

14

Page 353: Arqueologia Preventiva no Rio Grande do Norte

2011 01421.000056/2011-37 Relatório do Projeto de Monitoramento Arqueológico na Área de Instalação do Parque Eólico “Morro dos Ventos VI”, Município de João Câmara/RN

2011

2011 01421.004844/2011-01 Relatório do Diagnóstico e Prospecção Arqueológicas da Área de Influência do PARQUE EÓLICO MORRO DOS VENTOS VII o projeto consta como baixa verde

2011

2011 01421.005398/2011-43 Relatório do Diagnóstico Arqueológico Prospectivo da Área de Influência do Parque Eólico Figueira Branca, Touros, Rio Grande do Norte.

2011

2011 01421.000150/2010-13 Relatório de Arqueologia Preventiva: Prospecções de Subsuperfície na área de Instalação do Ecoresort Vila Maria – Touros/RN entregue em 2011

2011

2011 01421.000290/2011-64 Relatório do Programa de Diagnóstico, Prospecção, Monitoramento Arqueológico e Educação Patrimonial para o Parque Eólico União dos Ventos V, Município de São Miguel do Gostoso, Rio Grande do Norteme colocar como seguundo coordenador

2011

2011 01421.000272/2011-82 Relatório do Programa de Diagnóstico, Prospecção, Monitoramento Arqueológico e Educação Patrimonial para o Parque Eólico União dos Ventos VI, Município de São Miguel do Gostoso, Rio Grande do Norteme colocar como seguundo coordenador

2011

2011 01421.000270/2011-60 Relatório do Programa de Diagnóstico, Prospecção, Monitoramento Arqueológico e Educação Patrimonial para o Parque Eólico União dos Ventos VII, Município de São Miguel do Gostoso, Rio Grande do Norteme colocar como seguundo coordenador

2011

2011 01421.000297/2011-86 Relatório do Programa de Diagnóstico, Prospecção, Monitoramento Arqueológico e Educação Patrimonial para o Parque Eólico União dos Ventos X, Município de Pedra Grande, Rio Grande do Norteme colocar como seguundo coordenador

2011

2011 01421.005533/2011-51 Relatório do Programa de Prospecção, Monitoramento Arqueológico e Educação Patrimonial para a Central Geradora Eólica Olho D’Água, São Bento do Norte/RN.

2011

2011 01421.005526/2011-59 Relatório do Programa de prospecção, monitoramento arqueológico e educação patrimonial para a Central Geradora Eólica (CGE) Farol, Município de São Bento do Norte, Rio Grande do Norte

2011

2011 01421.005527/2011-01 Relatório do Programa de Prospecção, Monitoramento Arqueológico e Educação Patrimonial para a Central Geradora Eólica São Bento do Norte, São Bento do Norte/RN no relatório consta como deen (outro projeto)

2011

2011 01421.005526/2011-59 Relatório do Programa de Prospecção, Monitoramento Arqueológico e Educação Patrimonial para a Central Geradora Eólica Farol, São Bento do Norte/RN.preocesso correto seria o 01421.005529/2011-92 cge boa vista

2011

2011 01421.004853/2011-93 Salvamento do Patrimônio Arqueológico da Área sob Intervenção do PARQUE EÓLICO ASA BRANCA IV (Processo e Relatório Volume I)

2011 01421.004853/2011-93 Salvamento do Patrimônio Arqueológico da Área sob Intervenção do PARQUE EÓLICO ASA BRANCA IV (Processo e Relatório Volume II) entregue em janeiro 2013

2011 01421.004853/2011-93 Salvamento do Patrimônio Arqueológico da Área sob Intervenção do PARQUE EÓLICO ASA BRANCA IV (Processo e Relatório Volume III) entregue em janeiro 2013

2012 01421.004899/2011-11 Relatório do Programa de Resgate, Educação Patrimonial e Monitoramento Arqueológico para o PARQUE EÓLICO DE UNIÃO DOS VENTOS IV.

2012

2012 01421.005539/2011-28 Relatório do Programa de Resgate, Monitoramento e Educação Patrimonial na Área do Parque Eólico Santa Clara I, em Parazinho/RN.

2012

2012 01421.000208/2011-00 Relatório do Programa de Diagnóstico e Prospecção Arqueológica na Área do Parque Eólico Renascença V” dois volumes aparentemente iguais

2012

2012 01421.005304/2011-36 Relatório do Diagnóstico Arqueológico e Etno-Histórico da Área de Influência da LINHA DE TRANSMISSÃO E CONEXÃO DOS PARQUES EÓLICO CALANGO 1 E 3 A SE LAGOA NOVA

2012

2012 01421.005305/2011-81 Relatório do Diagnóstico Arqueológico e Etno-Histórico da Área de Influência da LINHA DE TRANSMISSÃO E CONEXÃO DOS PARQUES EÓLICO CALANGO 2 E 4 A SE LAGOA NOVA

2012

2012 01421.005415/2011-42 Relatório final Prospecção, Resgate Arqueológico e Educação Patrimonial da Área de Instalação do Parque Eólico Renascença I, Parazinho/RN.

2012 01421.005420/2011-55 Relatório final Prospecção, Resgate Arqueológico e Educação Patrimonial da Área de Instalação do Parque Eólico Renascença II, Parazinho/RN.

2012 01421.005416/2011-97 Relatório final Prospecção, Resgate Arqueológico e Educação Patrimonial da Área de Instalação do Parque Eólico Renascença III, Parazinho/RN.

2012 01421.005418/2011-86 Relatório final Prospecção, Resgate Arqueológico e Educação Patrimonial da Área de Instalação do Parque Eólico Renascença IV, Parazinho/RN.

2012

2012 01421.005303/2011-91

Relatório do Diagnóstico Arqueológico e Etno-Histórico da Área de Influência da LINHA DE TRANSMISSÃO E CONEXÃO DO PARQUE EÓLICO MEL II

A CONECTAR-SE A SE SERRA VERMELHA

2012

2012 01421.005499/2011-14 Relatório do Programa de Prospecção e Monitoramento Arqueológicos da Área de Instalação do PARQUE EÓLICO EURUS I, João Câmara/RN

2012

2012 01421.005498/2011-70 Relatório do Programa de Prospecção e Monitoramento Arqueológicos da Área de Instalação do PARQUE EÓLICO EURUS III, João Câmara/RN

16

17

18

Todos estão no mesmo processo.

(01421.000777/2012-28 não existe. Utilizou-se

todos no Renascença I19