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AGO 2008 ano XVI nº 187 ARQUITECTOS www.arquitectos.pt www.oasrs.org www.oasrn.org EXPOZARAGOZA 2008 PAVILHÃO DE PORTUGAL, SALA ALERTA BAK GORDON ARQUITECTOS (COORDENAÇÃO GERAL DO PROJECTO)

ARQUITECTOS · de vivendo dentro das paredes do CEPAO? A «Cidade Imaginária», atravessada por um rio de águas azuis, tem unidades de habitação de peque-na altura numa das margens

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Page 1: ARQUITECTOS · de vivendo dentro das paredes do CEPAO? A «Cidade Imaginária», atravessada por um rio de águas azuis, tem unidades de habitação de peque-na altura numa das margens

AGO 2008ano XVI nº 187 ARQUITECTOS

www.arquitectos.pt www.oasrs.org www.oasrn.org

EXPOZARAGOZA 2008PAVILHÃO DE PORTUGAL, SALA ALERTA BAK GORDON ARQUITECTOS (COORDENAÇÃO GERAL DO PROJECTO)

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02 ARQUITECTOS

AGOSTO 2008

A SUL A NORTE

CAPA EXPOZARRAGOZA 2008 PAVILHÃO DE PORTUGAL, SALA ALERTA BAK GORDON ARQUITECTOS (COORDENAÇÃO GERAL DO PROJECTO)O primeiro momento da exposição, a que chamamos “ALERTA”, desenvolve-se num espaço tubular, onde a presença de imagens projectadas associadas a superfícies espelhadas e com geometrias irregulares, transportam a um só tempoos visitantes para “cenários limite”, alertando para os problemas reais que as recentes mutações climáticas provocam. Em simultâneo, outros alertas de natureza científica são apresentados, bem como uma atmosfera sonora que com-plementam a imagem envolvente.

PROMOÇÃO DAARQUITECTURAMOOV E A CIDADE DOS JOVENS «Beleza e saúde… em qualquer estação do ano»– o anúncio de uma mulher de biquíni deitadacom ar sonhador encima uma grande colina damaqueta da «Cidade Imaginária», que esteve emexposição na sede da Ordem dos Arquitectos até31 de Julho. «Cidade Imaginária» é o resultado de um traba-lho monitorizado por dois elementos do grupomoov (estúdio multidisciplinar de arte e projec-to) com 10 jovens do Centro Educativo PadreAntónio Oliveira (CEPAO) – que fez parte de umprojecto mais vasto de reinserção social da Fun-dação Calouste Gulbenkian (FCG) chamado«Tecer a Cidade». A maqueta era acompanhada de uma bandasonora (o som é da responsabilidade de JorgeAndrade) que reproduz um conjunto de sons dacidade, depoimentos dos jovens que trabalha-ram na elaboração da maqueta e música. Entre 20 de Maio e 24 de Junho, António Louro eJosé Niza, dos moov, e os 10 jovens do CentroEducativo com a assistência de dois elementosdo CEPAO, Nuno Ricardo Machado e LusaManuel, trabalharam para elaborar uma maque-ta que reflectisse o seu imaginário de cidade. O que é que os 10 jovens (cuja identidade não érevelada por razões legais) acham que é uma cida-de vivendo dentro das paredes do CEPAO? A«Cidade Imaginária», atravessada por um rio deáguas azuis, tem unidades de habitação de peque-na altura numa das margens e arranha-céus naoutra. Na bela colina oposta à do anúncio referido,encavalitam-se casas numa outra colina, desafi-ando a gravidade e a percepção de estabilidade. Num texto especialmente escrito para este pro-jecto, o autor Tiago Rodrigues diz: «A cidade queeu sonho não é muito diferente da cidade em quevivo (…) tem escolas, barcos, pontes, estradas,estádios, arranha-céus e bairros pobres». Durante a sessão de apresentação na sede daOrdem, a 9 de Julho, António Louro e José Nizaexplicaram que os jovens misturaram referênciasconhecidas da sua realidade pessoal com outrasde filmes (os arranha-céus), mostraram-se prodi-giosos com os pormenores (veja-se o elaboradocampo de futebol) e centraram parte das preocu-pações com os equipamentos que «definem» umacidade: centro comercial ou um estádio de fute-bol, não esquecendo que, no decorrer dos traba-lhos, a televisão passava massivamente o Euro-peu realizado na Áustria e na Suíça. «Qual é a diferença entre a cidade em que vivo eesta que inventei e que cabe em cima de umamesa?», escreve Tiago Rodrigues no texto desuporte à maqueta. «Quero saber o que há nestesonho que é melhor do que a realidade». «CidadeImaginária» teve a colaboração de Luís Rocha eTânia Araújo (Movimento de Expressão Fotográfi-ca) e foi coordenado, no âmbito da FCG, pelo actualdirector-geral das Artes, Jorge Barreto Xavier.

BAIXA E CHIADO SEM INTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO VISITA À ZONA DO GRANDE INCÊNDIO DE 1988CONTOU COM MAIS DE MEIA CENTENA DE PESSO-AS. A HERANÇA POMBALINA É RECONHECIDAMAS MAL CUIDADA.

O uso de materiais especialmente aconselhadospara a zona da Baixa e do Chiado, a valorizaçãodos materiais tradicionais que fazem parte do

património dessa área e o uso de processos quenão danifiquem a estrutura tradicional ou aindaa não colocação de materiais altamente inflamá-veis estão entre as medidas que devem sertomadas para intervir nesta zona lisboeta. Estes foram apenas alguns exemplos que MariaHelena Ribeiro dos Santos, arquitecta e investi-gadora da Direcção Regional de Lisboa do Insti-tuto de Gestãodo Património Arquitectónico e Arqueológico,deixou na conferência-passeio de 18 de Julho nazona de Lisboa que ardeu drasticamente há 20anos, a 25 de Agosto de 1988. Na conferência (no auditório da FNAC do Chiado)e visita guiada «No coração da cidade, 20 anosdepois do incêndio», organizados pela SecçãoRegional Sul, foram convidados, além de MariaHelena Ribeiro dos Santos, o actual comandantedos Bombeiros Voluntários de Lisboa José Cachi-nho e o arquitecto Jorge Carvalho – que integroua equipa de Álvaro Siza Vieira no plano de recons-trução do Chiado – e que guiou cerca de meiacentena de pessoas por algumas das zonasreconstruídas. Saber como se pode intervir na zona da Baixa edo Chiado é a discussão que nunca se faz», disseMaria Helena Ribeiro dos Santos. A investigado-ra acrescentou que os edifícios «não sofremintervenções de conservação, apenas vão colap-sando».DIFICILMENTE REPETÍVELEsta ideia pode facilmente ser aplicada ao incên-dio que destruiu por completo um prédio devolu-to da Avenida da Liberdade a 7 de Julho desteano e que danificou ainda mais dois edifíciosprovocando dois feridos e 15 desalojados – obri-gando, por momentos, a relembrar o grandeincêndio de 1988. O comandante dos Bombeiros Voluntários deLisboa afirmou, contudo, «que não será fácilrepetir-se uma situação idêntica». José Cachinhointegrou as equipas que combateram o violentoincêndio deflagrado nos Grandes Armazéns doChiado, na altura como «bombeiro de acção» edisse que a situação é incomparável.Por várias razões: os carros de combate aoincêndio eram desproporcionados em relação aotamanho das ruas. «Quando chegámos ao incên-dio alertados por um guarda-nocturno, e estáva-mos a cerca de 300 metros do local, ficámos logocom duas viaturas impossibilitadas de passarporque eram demasiado grandes». «EXPERIÊNCIA ATERRADORA»«Havia uma grande carga térmica nos edifíciose, no caso dos armazéns de roupa, isso era fla-grante. Lembro-me que o armazenamento erafeito sem condições de segurança; por outrolado, tinha sido permitida pela Câmara Municipalde Lisboa a instalação de esplanadas naquelazona que não nos deixavam passar; e as própriasempresas da zona não tinham seguranças quepudessem dar o alerta».José Cachinho diz que «o aviso foi muito tardio»e que, quando chegaram ao local, «a situação jáestava fora de controlo». Num tom mais pessoal,o actual comandante dos Bombeiros Voluntáriosde Lisboa, afirmou que viveu «uma experiênciaaterradora, que não julgava possível» e da qualguarda uma memória muito vívida.Maria Helena Ribeiro dos Santos relembrou queé preciso conhecer os materiais de construçãodas casas da Baixa e do Chiado – «que, na verda-de, constituem uma só zona». O que lá está,disse, «são estruturas de madeira [a famosagaiola pombalina] preenchidas por paredes dealvenaria, protegidas por reboco, estuques eazulejos, com pavimentos muito resistentesdevido à sua espessura». A investigadora iniciou a sua intervenção con-tando um pouco da história que levou à elabora-ção do plano pombalino para a Baixa. Ondeantes estavam cartografados conventos (comoos da Trindade, Carmo, Espírito Santo daPedreira, São Francisco e São Domingos, visí-veis numa planta do final do século XVI atribuí-

da ao gravador alemão Georgius Braun ou Bráu-nio) haveria de aparecer um projecto de recons-trução da cidade devastada pelo terramoto de1755 que propunha uma grelha geometrica-mente equilibrada, constituída por oito ruas dis-postas no sentido sul-norte entrecortadas pornove no sentido este-oeste e desembocandonum ampla praça quadrangular – que é hojeuma marca de Lisboa. RECONSTRUÇÃO CRIOU ESPAÇO PÚBLICO«As ruas da Misericórdia, Garrett e Nova doAlmada já existiam mas regularizaram-se os res-pectivos alinhamentos e larguras. O Chiado era aencosta que fazia a ligação ao Bairro Alto, ocu-pada por grandes conventos». O plano de reconstrução, que ocupou todas aszonas destruídas que era necessário ligar, «sua-vizou os enormes declives existentes, melhorouas ligações entre Bairro Alto e o Rossio e a liga-ção entre as zonas oriental e ocidental». Com um modelo arquitectónico específico postoem marcha, de edificações padronizadas,sóbrias e hierarquizadas, Lisboa ganhou umurbanismo moderno. A construção dos novosedifícios foi feita de forma estandardizada,usando elementos pré-fabricados como a canta-ria, a estrutura de gaiola ou os azulejos. Sãoestes elementos que é preciso conhecer comopreciosos e que é preciso conservar, assinalouMaria Helena Ribeiro dos Santos. «O plano criouum novo centro para Lisboa». O arquitecto Jorge Carvalho guiou uma visita aoslocais de reconstrução. Num deles, num dospátios interiores criados nas traseiras de pré-dios da Rua do Carmo, ainda está por fazer umaligação pedonal ao Convento do Carmo. Essespátios interiores, antes ocupados por armazénsem condições que favoreceram o avanço dofogo, são hoje espaços abertos ao público.

ADMISSÃOCRA-S CONTACTAENTIDADES DE ACOLHIMENTOO Conselho Regional de Admissão (CRA-S) temcontinuado, no mês de Junho, o seu trabalhohabitual na resolução do expediente e na valida-ção da formação obrigatória em temáticasopcionais.O trabalho de expediente centra-se na aprecia-ção e reapreciação de processos para estágioe/ou para avaliação curricular. Em relação aosprimeiros, tem-se prestado atenção aos aspec-tos relacionados com a entidade de acolhimentoe ao tipo de trabalho desenvolvido no estágio.Relembra-se mais uma vez, que as actividadesdesenvolvidas pelo arquitecto estagiário, duran-te o período de estágio, deverão ser enquadra-das nos actos próprios da profissão, como estádefinido no Estatuto da Ordem dos Arquitectos.Dessa forma, tem-se procurado alertar entida-des de acolhimento, patronos e estagiários, parao esforço que deve ser feito neste sentido. Porvezes o CRA-S tem vindo a contactar os diversosintervenientes, para assegurar que se cumpreesta disposição.A prova de verificação de conhecimentos emEstatuto e Deontologia decorreu no passado dia30 de Junho, com a presença de 109 arquitectosestagiários. A próxima prova terá lugar no dia 20de Outubro.PENSANDO JÁ NA COMEMORAÇÃO DO DIA MUNDIAL DAARQUITECTURA (QUE SE COMEMORA A 6 DE OUTUBRO), OCRA-S CONVIDA TODOS OS ARQUITECTOS ESTAGIÁRIOS AREMETEREM, ATRAVÉS DO E-MAIL DO GABINETE DE APOIOÀ ADMISSÃO (GA-ADMISSÃ[email protected]) PROPOSTASDE ACTIVIDADES QUE GOSTARIAM DE VER DESENVOLVIDASPOR ESSA OCASIÃO.O CONSELHO REGIONAL DE ADMISSÃO DO SUL

NARVTOMADA DE POSSE DO NOVO SECRETARIADO O secretariado do NARV, Núcleo de Arquitectosda Região de Viseu, eleito a 12 de Junho passado,tomou posse no passado dia 7 de Julho, em ceri-mónia realizada no Hotel Grão Vasco, em Viseu.A equipa que tomou posse cruza várias geraçõ-es, desde a sua figura de referência com umlongo percurso singular, o arquitecto FranciscoPires Keil do Amaral, que recebeu do seu ante-cessor os votos de sucesso para a sua missão;arquitectos recém licenciados pela UniversidadeCatólica de Viseu; e uma geração intermédia e jáinserida no mercado de trabalho.No seu discurso, o novo presidente do secreta-riado do núcleo, começou por reflectir sobre aorganização da Ordem dos Arquitectos e ascompetências específicas dos Núcleos, passan-do em revista a sua experiência e o seu conheci-mento da realidade local, que, à semelhança doresto do país, mais do que duplicou os seusmembros entre 2003 e o presente, contandoactualmente com 144 membros inscritos.A cerimónia contou ainda com uma conversacom o arquitecto Carvalho Araújo, que apresen-tou o trabalho do seu atelier. O Conselho Directivo Regional do Norte esteverepresentado pelo seu Vice-Presidente, arqui-tecto Luís Tavares Pereira.Mais informações em www.oasrn.org > OASRN >Núcleos > Viseu

PROTOCOLOSOA-SRN/INFORA OA-SRN estabeleceu um protocolo com o Infor,que disponibiliza condições financeiras espe-ciais para os membros e arquitectos estagiários,em acções de formação em Iniciação ArchiCAD eArchiCAD Avançado. As acções de formação têmlugar nas instalações da Infor (Rua 1.º de Maio,192 – 1.º Tras. – Matosinhos) e ficarão a cargo deum formador certificado. O calendário trimestral de acções de formação previstas está disponível em www.oasrn.org > MEMBROS > Protocolos > Formação

OA-SRN/IPPA OA-SRN, através do seu Pelouro da Formação,e a Fundação Politécnico do Porto celebraramum protocolo para a realização de uma forma-ção intitulada “Iluminação de interior e exteriorpara Arquitectos e Engenheiros Civis”. O curso,com início a 17 de Setembro, terá uma cargahorária de 60 horas e funcionará em regime póslaboral nas instalações da FIPP.Para mais informações consulte www.oasrn.org > Formação

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AGOSTO 2008

NACIONAL

SUBSCREVA O CORREIOELECTRÓNICO SEMANAL NA PÁGINA ‘MENSAGEIRO’WWW.OASRN.ORG >MENSAGEIRO

PARA UMA POLÍTICA DA HABITAÇÃOORDEM DOS ARQUITECTOS ESTEVE PRESENTE NA APRESENTAÇÃO PÚBLICA DE PROPOSTA DE PLANO ESTRATÉGICO 2008/2013

POLÍTICAS EUROPEIAS DE ARQUITECTURADEPOIS DE MATOSINHOS, FÓRUM REUNIU EM LJUBLJANA

A 24 de Junho, no auditório do Instituto da Habita-ção e da Reabilitação Urbana [IHRU], a Ordem dosArquitectos esteve presente na sessão pública deapresentação do Sumário Executivo para DebatePúblico (datado de Abril de 2008), com o título“Diagnóstico e Proposta para uma Estratégia deHabitação 2008/2013”. Na assistência, regista-ram-se as presenças de outras entidades como aOrdem dos Engenheiros, a Direcção-Geral doOrdenamento do Território e do DesenvolvimentoUrbano e a Comissão de Coordenação e Desenvol-vimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo.

Esta Sessão, organizada pelo IHRU, contou com aparticipação do Eng. Nuno Vasconcelos [Presi-dente do Conselho Directivo do IHRU], do Prof.João Ferrão [Secretário de Estado do Ordena-mento do Território e das Cidades] e dos coorde-nadores da Equipa de Projecto; Prof.ª Isabel Gue-rra [Centro de Estudos Territoriais/InstitutoSuperior de Ciências do Trabalho e da Empresa],Prof. Nuno Portas [Laboratório de Estudos Terri-toriais/Universidade do Porto] e Prof. AugustoMateus [A. Mateus & Associados].Entre 2007 e 2008, sob a responsabilidade doIHRU, esta Equipa elaborou um conjunto de pro-postas para o Plano Estratégico de Habitação[PEH] 2008/2013, fundamentadas num diagnós-tico das dinâmicas habitacionais, que identificaas necessidades de habitação no contexto domercado de alojamento, e numa análise crítica

das políticas de habitação desenvolvidas nos últi-mos anos. Segundo o estudo, uma Política de Habitaçãodeverá ter como missão garantir a todos os cida-dãos o acesso a uma habitação digna, no parquepúblico ou privado, assegurar a articulação doEstado com os municípios e outras entidades,nomeadamente entidades privadas e do sectorcooperativo e associativo, promover a qualidadede vida urbana e, simultaneamente, melhorar acapacidade das cidades fixarem populações, eco-nómica, social e culturalmente diversificadas.Duas ordens de factores contribuirão para anecessidade de mudança do paradigma de pensa-mento e de acção nas medidas de política de habi-tação actualmente existentes; por um lado, as pro-fundas transformações da sociedade comsignificativas alterações nas dinâmicas habitacio-nais, nomeadamente ao nível do mercado finan-ceiro, dos modos de vida e das necessidades socio-culturais das populações; por outro lado, anecessidade de clarificar o papel do Estado, quedeverá reforçar as funções de planeamento, regu-lação, fiscalização, monitorização e avaliação,reorganizando o seu papel de parceiro fundamen-tal – conjuntamente com as autarquias, as organi-zações sociais, as cooperativas e os privados emgeral – na execução das medidas a desenvolver.A Política da Habitação deverá focar e sistemati-zar um conjunto de opções que orientam as pro-postas apresentadas e que permitam dar respos-

ta a prioridades, carências e sua natureza, locali-zação das intervenções, tipologia, articulaçãoentre a política de habitação e as outras políticas,nomeadamente políticas sociais e políticas decidade e aumentar os níveis de eficiência e de efi-cácia na gestão e financiamento da política públi-ca de habitação. A Ordem concorda na generalidade com as pro-postas apresentadas para o PEH e salienta aimportância das medidas constantes dos eixos“Adequação e Inovação na Habitação” e “Imple-mentação e Monitorização das Políticas de Habi-tação” para o exercício dos arquitectos, a concre-tizar através do incentivo à experimentaçãohabitacional extensiva, centrada na inovação eintroduzindo novos elementos de reflexão,sociais, urbanísticos, técnicos e de sustentabili-dade, através da adequação dos alojamentos anecessidades especiais emergentes, atenta àdiversidade das necessidades ao nível do aloja-mento, do edifício, da urbanização e da cidade, eatravés da implementação do Observatório daHabitação e Reabilitação Urbana [OHRU], umaestrutura do IHRU que mais do que uma merabase de dados deverá vir a constituir-se como umfórum de debate, continuamente alimentado porinformações de monitorização das dinâmicashabitacionais públicas e privadas.PELOURO DA ARQUITECTURA

www.portaldahabitacao.ptplanoestrategicohabitacao.com

No âmbito da Presidência Eslovena da UniãoEuropeia e das actividades do Fórum Europeudas Políticas de Arquitectura [EFAP-FEPA, Euro-pean Forum for Architectural Policies – ForumEuropéen des Politiques Architecturales |http://www.efap-fepa.eu] realizou-se em Ljubl-jana, entre 15 e 17 de Julho, um encontro sob otema Urban Regeneration – Adapting to climatechange.A Ordem dos Arquitectos [OA] participou nosdiversos trabalhos na sua qualidade de membrodo EFAP-FEPA, enquanto organização portugue-sa responsável pelo exercício da Profissão, tendoestado representada pelo arquitectos João BeloRodeia, Presidente, Jorge Bonito Santos, vogaldo Conselho Directivo Nacional, e Fernando Gon-çalves, representante da OA no Board of Admi-nistrators do EFAP, a.i.s.b.l. Esta participaçãorevelou-se uma excelente oportunidade para aOA estabelecer contactos importantes com dife-rentes parceiros membros do EFAP-FEPA (minis-térios e organismos governamentais, institui-ções culturais e organizações profissionais dearquitectos) com o objectivo de estreitar rela-ções de colaboração.O intenso programa do evento incluiu um conjun-to de conferências internacionais subordinadasao tema do Fórum e, no âmbito do EFAP a.i.s.b.l.,a realização de reuniões do Board of Administra-tors, do Steering Committee e da sua Assem-bleia-Geral.Das conferências apresentadas durante o encon-tro, nos vários painéis – Urban Development |Governance, Urban Regeneration, Old/New |Intergenerational/Intercultural Dialogue e Archi-

tectural Policy, importará destacar as interven-ções dos arquitectos Joan Busquets [www.bau-barcelona.com] e Anne Lacaton [www.lacaton-vassal.com].O Arq. Joan Busquets apresentou uma reflexãosobre as diversas abordagens de produção e dese-nho do solo urbano neste início do século XXI,numa conferência subordinada ao tema Strategi-es for developing the city in the twenty-first cen-tury, baseada no seu recente livro Cities: X Lines –Approaches to City and Open Territory Design (emcolaboração com o Arq. Filipe Correa e em ediçãoda Harvard Graduate School of Design).A Arq. Anne Lacaton, numa conferência intitula-da It will be nice tomorrow, apresentou os traba-lhos que o seu atelier tem vindo recentemente aproduzir, em resposta a uma encomenda doGoverno Francês, com o objectivo de desenvol-ver uma estratégia e uma metodologia paraintervenção nos bairros de habitação social,construídos nas décadas de 50, 60 e 70 do séculopassado, com as quais se pretende, além de efec-tuar as necessárias obras de manutenção e con-servação, reformular e requalificar os bairros eos edifícios, adequando-os às necessidades e àsvivências actuais das famílias.Também merecedoras de referência são as apre-sentações do Arq. Vasa J. Peroviç que, sob o temagenérico Buildings and Renewal, possibilitouuma aproximação ao prolífico trabalho da jovemdupla eslovena Matija Bevk e Vasa J. Peroviç[www.bevkperovic.com], e da Arq. Tugce SelinTagmat, da Chamber of Architects of Turkey[www.mo.org.tr] que, de forma bastante deta-lhada, deu a conhecer todo o trabalho que tem

vindo a ser feito na Turquia com vista à adopçãoe implementação de uma Política Nacional deArquitectura.O evento contou igualmente com a realização deduas visitas de estudo à cidade de Ljubljana[www.trajekt.org/akcije/?rid=6&tid= 20&id=64],centro urbano e periferia, que possibilitaram umcontacto com as suas diferentes realidades urba-nas e com a sua arquitectura [www.arhitekturni-vodnik.org/en] marcada por dois arquitectos-referência na construção da cidade – JozePlecnik (1872-1957) [http://www.plecnik.net|www.arhitekturnivodnik.org/en/?search=&arhitekt=29&tip=0&kraj=0&obdobje=0] e Edvard Rav-nikar (1907-1993) [www.arhitekturni-vodnik.org/en/?search=&arhitekt=15&tip=0&kraj=0&obdob-je=0].No final da última sessão de trabalho – Architec-tural Policy – foi elaborada e aprovada pelos par-ticipantes a declaração final do Fórum com otema Urban Regeneration & Climate Change[www.efap-fepa.eu/dbfiles/document_0047_fr_LJ_Declaration-URandCC.pdf].

O próximo evento a acontecer no âmbito doEFAP-FEPA será a conferência de Bordéus, queterá como tema Architecture and sustainabledevelopment e irá realizar-se entre os dias 9 e 10do próximo mês de Outubro [as inscrições estãoabertas e podem obter-se mais informações emwww.efap-fepa.eu/indexb.php?section=1&lg=en&id=129&PHPSESSID=dddd7c52eefd0185d1b0946dd4b29e0f].PELOURO DA ARQUITECTURA

PROJECTO CASAPROTOCOLO EXPONOR/OA-SRNA Ordem dos Arquitectos – Secção Regional doNorte celebrou um protocolo com a EXPONORno âmbito da Feira de Produtos, Serviços, Mate-riais e Soluções para a Habitação, ProjectoCasa,que visa, numa área comum, apresentar os ser-viços de arquitectura.O evento, dirigido ao público em geral, pretendecolocar em exposição as diversas soluções paraa casa, desde a sua idealização, construção ouremodelação. O espaço de promoção de servi-ços, criado pela OA-SRN, permitirá ao arquitectocontactar directamente possíveis clientes, apre-sentando os seus serviços e as suas propostasde arquitectura, dado que acreditamos ser fun-damental aproximar o arquitecto ao cliente,numa atitude dinâmica e com vista à democrati-zação da arquitectura.A Mostra, ao contrário do inicialmente previsto,decorrerá entre 11 a 14 de Dezembro. As inscri-ções para participação na exposição "ProcuraArquitecto" terminaram a 31 de Julho com 50Membros inscritos.Mais informações em www.oasrn.org > Membros >Protocolos

DIÁRIO DIGITAL DE VIAGEM3.ª EDIÇÃO DO PRÉMIOFERNANDO TÁVORA Maria Moita, vencedora da 3.ª edição do PrémioFernando Távora, com a proposta "Arquitecturapara o desenvolvimento. Intervenções de emer-gência e de permanência no Sudoeste Asiático",disponibiliza no seu blogue registos do seu per-curso de viagem, editados ao longo da viagemque passará pelo Sri Lanka e Timor-Leste.www.mariamoita.blogspot.com

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04 ARQUITECTOS

AGOSTO 2008

04 ARQUITECTOS

A DATA DA PASSAGEM DE 10 ANOS SOBRE APUBLICAÇÃO DO ESTATUTO E DA ALTERAÇÃO DEDESIGNAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DOS ARQUITECTOSPORTUGUESES PARA ORDEM DOS ARQUITECTOS FOI OBJECTO DE CERIMÓNIAS OFICIAIS EM LISBOA(NA PRESENÇA DE TRÊS PRESIDENTES DA AAP) E NO PORTO.O Governo fez-se representar pelo Ministro dasObras Públicas, Eng. Mário Lino, que sublinhou acolaboração frutuosa que tem existido entrearquitectos e engenheiros, a avaliar pelas recentespropostas debatidas no seu gabinete.Várias gerações de arquitectos assinalaram aindaos 60 anos que passaram desde o «memorável» 1.º Congresso Nacional de Arquitectura (cujas«teses» foram reeditadas em versão fac-simile queintegra a tese dos arquitectos do ODAM do Porto,não publicada na versão original do livro, e umconjunto de ensaios) com destaque para quatroarquitectos que em 1948 participaram nos seustrabalhos – António Matos Veloso, Francisco CastroRodrigues, Jorge Viana e Nuno Teotónio Pereira(cujos depoimentos gravados em DVD completam a edição).

«Ao cuidar da memória e ao honrar o seu passado, a Ordem confirma a profissão na cidade, noordenamento do território e na resolução dosnossos problemas da habitação no quadro de uma política nacional de arquitectura que, àsemelhança, dos nossos congéneres europeus,urge iniciar», afirmou o Presidente da Ordem.O arquitecto Francisco da Silva Dias, o Provedor da Arquitectura, comentando a importância easpectos da actualidade de algumas teses do 1.º Congresso lançou o repto, «temos obrigação de colocar a utopia um pouco mais adiante».Um novo ciclo da Ordem dos Arquitectos foiinaugurado, apostado num futuro centrado «nas questões da organização e da profissão»,concluiu o arquitecto João Belo Rodeia.

o público na cerimónia do 10º aniversário © FCG

PERMITAM-ME QUE COMECE COMUMA OBSERVAÇÃO PESSOALNão direi como Manoel de Oliveira que,aproximando-se dos 100 anos, declarouque ainda tinha muita coisa para fazer eque temia faltar-lhe tempo.Porque ainda não tenho quase cemanos e não terei tantas coisas a fazercomo Manoel de Oliveira.

Mas uma coisa há que gostaria de fazer,ou melhor, gostaria de ver feita: uma história social da Arquitectura emPortugal no século XX.

Porque neste campo a historiografiatem insistido, quase exclusivamente,sobre obras e autores com predomíniode critérios de selecção formais ecronológicos.

O que falta fazer seria uma leitura dosportugueses como comunidade atravésdos seus edifícios e das povoações queconstruíram.

E o papel dos arquitectos nessa feiturada História,aqueles que a sociedade seleccionou,por vocação e formação, para seocuparem do enquadramento edificadodos seus concidadãosisto é, aqueles que escreveram essaHistória nos edifícios que conceberam econstruíram.

As leis que incidiram sobre o seutrabalhoos costumes, a aceitação e a rejeiçãoos estímulos, a censura e a opressãoincluindo a força fecunda daresistência.

Tarefa facilitada para quem a quiserlevar a efeito por, justamente a meio doséculo XX, a classe dos arquitectos seter reunido e reflectido sobre o seupassado recente e ter traçado rumospara o futuro e tudo isto ter sido vertidopara o livro que hoje voltamos a ter nasmãos.

Situação que só passada quase umavintena de anos, outra classe, a dosmédicos, sob o impulso do ProfessorMiller Guerra, viria a fazer com otrabalho sobre as Carreiras Médicas eque o Sindicato dos Arquitectosacompanhou com empenho.

Sigam-me num processo de ficçãohistórica que tem dado origem, nocampo da literatura e do cinema, a umleque variado de obras:um homem está a dormir, ou hiberna ou

está em coma, e ao fim de 60 anos voltaa viver.

Façamos esse exercício com qualquerdos protagonistas do Congresso.Ei-lo jovem, saudável e lúcido, perante o mundo de hoje.

É natural que o novo personagem sedeslumbrasse com o papel que hoje aArquitectura tem no quotidiano detodos.É provável que se emocionasse ao ouvirdizer, ou ver escrito, preto no branco,em documentos que emanavam de umaentidade nunca por si sonhada, a UniãoEuropeia, que a Arquitectura é umServiço Público e que o Direito àArquitectura é hoje tido porfundamental e indiscutível.

Sentiria orgulho, sem dúvida, ao saberque as escolas em que ele e os seuscompanheiros do Congresso se haviamformado eram aceites em toda aEuropa e os seus formados alcançavamprestígio.

Uma coisa o espantaria: a paisagemconstruída do paísa qualidade que o Poder Local temconseguido imprimir às povoações, aonível do ordenamento do espaçopúblico, onde

surgem obras de arquitectura deinegável significado é, por toda a parte,dissolvida por um mar de “portuguêssuave” de pacotilha.

Ficaria, sem dúvida, alarmado se lhedissessem que a Censura ainda existe.Sem rosto.Larvar mas igualmente corrosiva daliberdade de concepção pela qual tinhalutado.Ainda hoje a aceitação de uma obra émuitas vezes cerceada pelaprepotência e há arquitectos que vêemo seu trabalho quebrado porargumentos como

gosto, não gostoparece um bunkeré um mono, um mamarrachonão está de acordo com o estilotradicionalnão tem telhados…

Infelizmente todas estas expressõesfiguram em documentos oficiais ouforam proferidas por entidadesresponsáveis.

A liberdade de concepção, dentro dorespeito pelas normas e os limites dadeontologia, ainda não foi alcançada.

Mais de metade das demandas quechegam ao Provedor da Arquitecturaprovêm de cidadãos ou de arquitectosque se queixam do processo quaseKafkiano que é hoje o licenciamento de uma obrada mais simples à mais complexa.

A ambiguidade dos regulamentos, asinuosidade das interpretações, aarbitrariedade, mesmo a prepotência de alguns agentes licenciadores,a ditadura dos pareceres, chocá-lo-iam.

Já não é a tradição versus a inovação.

Verificaria que tinham chegado outrospolvos.

Talvez sentisse estranheza pelo papelque as confrarias culturais e deinteresses assumiramalimentadas por subtis técnicaspublicitárias e poderosos meios decomunicação.

Ele, a quem o Código Deontológico quePardal Monteiro gizara proibia qualquertipo de propaganda que fosseinstrumento de concorrência oudistorções na encomenda.

Mas no cômputo geralnão há dúvidaque se sentiria orgulhoso de serarquitecto e de ter estado no Congresso.

Em alguns aspectos ele sentir-se-ia noreino da utopia alcançada.

E nós, todas as gerações que se lheseguiram, temos agora obrigação decolocar a utopia um pouco maisadiante.

Os Homens estão mal alojados, gritou-se no Congresso.

Hoje a quase totalidade dosportugueses tem acesso ao confortodomésticomas a suburbiamonstro entretanto surgidoainda não foi vencida.FRANCISCO DA SILVA DIAS

3 JULHO 2008

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Arq. Jorge VianaArq. Francisco Castro RodriguesArq. Nuno Teotónio Pereira

Comissão Instaladora do Colégio de Especialidade de Urbanismo – Arqs. Nuno Portas, Jorge Bonito e João Cabral

Lançamento da «Arquitectura Popular dos Açores» na casa dos Açores em Lisboa– Dr Duarte Brás, Prof. Dr João Ferrão e Arqs. Ana Tostões e Nuno Teotónio Pereira

Lançamento da edição fac-simile das «Teses» do 1.º Congresso Nacional de Arquitectura

Prof. Eng. Carlos Matos Ferreira e Arq. João Belo Rodeia Eng. Fernando Santo e Arq. Ana Tostões

Rua Álvares Cabral 142, a futura sede da OASRN a 4 de Julho © FCG

NPS, arquitectos – apresentação do projecto da nova sede da OASRN © FCG

'em obra' exposição © FCG (da esquerda para a direita) Pier Giovanni Bardelli; Maristella Casciato, Jean Gautier, Louise Cox, Ana Tostoes e Sara Topelson de Grinberg

A Ordem dos Arquitectos dirigiu à Associação Nacionalde Municípios Portugueses dois pareceres relaciona-dos com o uso do título de arquitecto no território nacio-nal, sublinhando a obrigatoriedade de inscrição naOrdem dos técnicos a exercer a profissão como funcio-nário público e a invalidade das normas municipais queobriguem a inscrição de técnicos autores de projectos.

EXERCER AS FUNÇÕES DE ARQUITECTO NA ADMINISTRA-ÇÃO PÚBLICAOS LICENCIADOS NO DOMÍNIO DA ARQUITECTURA QUEPRETENDAM EXERCER A PROFISSÃO DE ARQUITECTO,COMO FUNCIONÁRIO PÚBLICO OU COMO TRABALHA-DOR CONTRATADO PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA,CENTRAL, REGIONAL OU LOCAL, DESIGNADAMENTEUMA CÂMARA MUNICIPAL, TEM OBRIGATORIAMENTE DESE ENCONTRAR INSCRITOS COMO MEMBROS EFECTI-VOS DA ORDEM DOS ARQUITECTOS, CONCLUI O PRIMEI-RO PARECER.O Estatuto da Ordem dos Arquitectos – Decreto-Lei n.º176/98, de 3 de Julho – estabelece, no n.º 1 do artigo42.º, que “Só os arquitectos inscritos na Ordempodem, no território nacional, usar o título profissio-nal de arquitecto e praticar os actos próprios da pro-fissão.” O número 3 do mesmo artigo especifica que“Os actos próprios da profissão de arquitecto con-substanciam-se em estudos, projectos, planos e acti-vidades de consultoria, gestão e direcção de obras,planificação, coordenação e avaliação, reportadas aodomínio da arquitectura, o qual abrange a edificação,o urbanismo, a concepção e desenho do quadro espa-cial da vida da população, visando a integração har-moniosa das actividades humanas no território, avalorização do património construído e do ambiente.”

AUTORES DE PROJECTOS A SUBMETER A LICENCIAMENTOO SEGUNDO PARECER CONCLUI PELA INVALIDADE DEUMA NORMA DE REGULAMENTO MUNICIPAL QUEIMPONHA A INSCRIÇÃO OBRIGATÓRIA DOS TÉCNICOSQUE PRETENDAM SUBMETER PROJECTOS DA SUAAUTORIA À APRECIAÇÃO DE CÂMARA MUNICIPAL. As sucessivas alterações introduzidas no Decreto-Lein.º 445/91, de 20 de Novembro, no que refere à inscri-ção de técnicos autores de projectos, e nomeada-mente a redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lein.º 555/99, de 16 de Dezembro, estabelece, no n.º 3do artigo 10.º, que “Só podem subscrever os projec-tos, os técnicos que se encontrem inscritos em asso-ciação pública de natureza profissional e que façamprova da validade da sua inscrição aquando da apre-sentação do requerimento inicial.”A Lei n.º 60/2007, de 4 de Setembro, em momentoalgum refere a possibilidade de, em alternativa à com-provação da validade da inscrição do técnico, poder aCâmara Municipal optar pela imposição da inscriçãoobrigatória do mesmo técnico nessa Câmara.Conclui-se, assim, que uma norma de regulamentomunicipal que imponha a inscrição obrigatória naCâmara Municipal dos técnicos que aí pretendamapresentar projectos está em flagrante oposiçãocom o disposto no n.º 3 do artigo 10.º da actual ver-são do Decreto-Lei n.º 555/99, estabelecendo umprocedimento não previsto na redacção que lhe foidada pela Lei n.º 60/2007 sendo, por isso, inválida.PELOURO DA PROFISSÃOversão integral dos pareceres em www.arquitectos.pt

Sessão solene no salão nobre do IST. Prof. Eng. Carlos Matos Ferreira, Eng. Mário Lino e Arq. João Belo Rodeia

ARQUITECTOS E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAUSO DO TÍTULO DE ARQUITECTO NO TERRITÓRIONACIONAL E CREDENCIAÇÃO

O XXIII Congresso da UIA reuniu na cidade de Turim, noLingotto, antigas instalações da FIAT que RenzoPiano reconverteu numa estrutura multiusos, entre29 de Junho e 3 de Julho. Com periodicidade trienal, aUnião Internacional dos Arquitectos convoca osarquitectos e estudantes de Arquitectura parareflectirem sobre as perspectivas da profissão nasua relação com as grandes problemáticas sociais eculturais. Três temas maiores organizaram os trabal-hos: Cultura, Democracia e Esperança – que utiliza-mos como «entradas» para dar conta de algumasnotícias.

CULTURANo âmbito dos trabalhos da UIA, a arquitecta Ana Tos-tões integrou o painel de uma mesa redonda no âmbi-to da tema «Cultura». Organizada em parceria com oDoCoMoMo Internacional (e o apoio da sua secção ita-liana, DoCoMoMo Italia), sobre “Il patrimonio delNovecento: l'architettura del cambiamento culturale“(O património do século XX: a arquitectura da trans-formação cultural), teve lugar no dia 30 de Junho.Para o mesmo painel, moderado pela arquitecta Loui-se Cox, foram também convidados Pier Giovanni Bar-delli, Jean-Marie Besnier, Jean-Yves Blaise, MaristellaCasciato, Roberto Cecchi, Jean Gautier, Jeremie Hof-man e Sara Topelson de Grinberg.

DEMOCRACIAEntre 3 e 6 de Julho decorreu a Assembleia Geral daUIA. Na ordem de trabalhos estava prevista a eleiçãodo novo presidente da organização que congrega123 países e mais de 1 300 000 arquitectos.

A arquitecta australiana Louise Cox é a nova presiden-te da UIA, sucedendo a Gaëtan Siew. Integra o Conse-lho da UIA desde 1996 onde desenvolveu trabalho sig-nificativo nas áreas da educação e formação contínuado arquitecto e do património, tendo contribuídopara a aproximação da UIA com o ICOMOS e com oDoCoMoMo. Diplomada pela Universidade de Sydney,Louise Cox, que já foi presidente do “Royal AustralianInstitute of Architects–RAIA”, tem orientado a suaprática profissional para o restauro e a conservaçãodo património. Sobre o mandato que agora inicia, pretende transfor-mar a UIA numa «organização aberta, respeitadora,tolerante e visionária, ao serviço da melhoria das con-dições de vida dos mais deserdados e dos sem-abrigo».

ESPERANÇANa mesma Assembleia Geral foi ratificada a admissãode 13 novas secções membros e de cinco membrostemporários, onde se contam quatro associaçõesnacionais de arquitectos que integram o ConselhoInternacional dos Arquitectos de Língua Portuguesa.A Ordem dos Arquitectos de Angola, a Ordem dos Arqui-tectos Cabo-verdianos (ambas na Região V) e o Institu-to de Arquitetos do Brasil (na Região III) constituemnovas secções da UIA; a Ordem dos Arquitectos de SãoTomé e Príncipe é, por ora, membro temporário.

O CONGRESSO DA UIATRANSMITIR A ARQUITECTURA

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06 ARQUITECTOS

AGOSTO 2008

CONCURSOS

A DECORRERCONCURSO PÚBLICO DE IDEIASPARA REQUALIFICAÇÃO DOCASTELO DE ARRAIOLOS«DA OVELHA AO TAPETE»Com assessoria técnica dos serviçosde concursos da OA-SRS,desenvolve-se em duas fases e tempor objectivo a selecção das cincomelhores propostas com vista àescolha das equipas técnicas queserão posteriormente convidadas a apresentar um estudo maisdesenvolvido.As propostas devem abarcar dois níveis: Intra-muralhasa) prioritária de viabilizar ocerramento do recinto amuralhado;b) criar condições de acolhimento avisitantes (cafetaria / I.S. Pública);c) criação de área ocupada poranimais – ovelhas – para acolher umprograma denominado “Ciclo daovelha ao tapete”, em interacção com o futuro museu do tapete;Interligações entre o Castelo e oresto do aglomeradoa) promover a implantação de novosequipamentos culturais – Centrointerpretativo do tapete, Casa DórdioGomes, Núcleo de Arte Sacra;b) promover ligação física à colina doCastelo inserindo-se numa rede depercursos que deverão ser objectode propostas específicas.c) equacionar estacionamento.Recepção dos trabalhos até 31 deOutubroPrémios cinco prémios no valor totalde ¤26.500. Consulta do Processo SecçõesRegionais da Ordem dos Arquitectos,Delegações Regionais e CâmaraMunicipal de ArraiolosAquisição do Processo SecçõesRegionais da Ordem dos ArquitectosCusto do Processo ¤10 + IVA

CONCURSO PÚBLICO DE IDEIAS PARA AREQUALIFICAÇÃO E ORDENAMENTODA FRENTE DE MAR DA PRAIA DE FAROCom assessoria técnica dos serviçosde concursos da OA-SRS, tem porfinalidade seleccionar a melhorproposta de ideias para arequalificação e ordenamento dafrente de mar da Praia de Faro,abrangendo a marginal atlântica, avia de acesso a partir do Aeroporto de Faro e uma zona adjacente a esteequipamento, com vista àreconversão e requalificação da áreade intervenção correspondente,numa perspectiva turística e norespeito pela salvaguarda dos seusvalores naturais, ambientais epaisagísticos.Pretende-se, pois, estabelecer umprograma base de intervenções, de reconversão e requalificaçãourbanas, integração paisagística e uso sustentável dos recursos,destinado a constituir as linhas de orientação de futuros planosmunicipais de ordenamento e de outros projectos que a CâmaraMunicipal de Faro deseja promoverpara consolidar e melhorar as actuaiscondições da oferta turística, queimporta qualificar – sem esquecer,contudo, a necessária articulaçãocom os núcleos piscatórios pré-existentes, cuja requalificação deve,também, ser assegurada.

O concurso é público, de uma só fase,está sujeito a anonimato e podemconcorrer equipas projectistasconstituídas, quer por profissionaisindependentes, quer porempresários em nome individual,quer por sociedades, por si ou emassociação, devendo a coordenaçãotécnica dos estudos ser,obrigatoriamente, assumida por umarquitecto.Recepção dos trabalhos até 12 deNovembroPrémios três prémios no valor totalde ¤30.000.Consulta do Processo SecçõesRegionais da Ordem dos Arquitectos,Delegações Regionais e CâmaraMunicipal de ArraiolosAquisição do Processo SecçõesRegionais da Ordem dos ArquitectosCusto do Processo ¤10 + IVA

CONCURSO PÚBLICO PARAELABORAÇÃO DO PROJECTO DOPAVILHÃO DESPORTIVO DE CHAVES EZONA ENVOLVENTEEntidade Promotora CâmaraMunicipal de Chaves (CMC), com apoiotécnico da OA-SRN.Tipo de Procedimento ConcursoPúblico, para trabalhos deconcepção, de uma fase, sujeitos aanonimato.Objectivo Selecção da equipa técnicamultidisciplinar, para a elaboração doprojecto do Pavilhão Desportivo deChaves e arranjo urbanístico da suaárea envolvente.A equipa responsável pelaelaboração dos projectos deverá serconstituída, no mínimo, por umarquitecto (coordenador doprojecto), por um engenheiro civil,electrotécnico e mecânico, e por umarquitecto paisagista.Objecto Elaboração de projecto,desenvolvido ao nível de “EstudoPrévio simplificado”, para umpavilhão desportivo de apoio àsactividades da comunidade escolarda cidade e realização deespectáculos desportivos, com umalotação prevista para cerca de 400pessoas.Júri Constituído por cinco elementos,integrará um elemento designadopela CMC, um arquitecto designadopela OASRN, e três arquitectosdesignados pela CMC.Prémios Está prevista a atribuição detrês Prémios pecuniários de,respectivamente, 8.500, 6.000 e3.500 euros, e duas MençõesHonrosas de natureza nãopecuniária.Consulta do Processo SecçõesRegionais da Ordem dos Arquitectose Divisão de Ordenamento doTerritório e Planeamento Urbanísticoda Câmara Municipal, durante osrespectivos horários defuncionamentoAquisição do Processo em suportedigital CD-Rom, na Câmara Municipalde ChavesCusto do Processo ¤10 + IVACalendário (a confirmar)Câmara Municipal de Chaves, Praça deCamões, 5400-150 CHAVESTel. 276 340 500. Fax 276 327 746OA-SRN, Pelouro da Encomenda, Rua D.Hugo 5-7, 4050-305 PortoTel. 222 074 250. Fax 222 074 [email protected]

EM PREPARAÇÃOFOCUS KITCHENPromovido pela CMC – Central deCompras S.A. – e organizado emcolaboração com a OA-SRN e aExponor, visa a concepção de trêspropostas de mobiliário de cozinhapara tipologias e targets diferentes: STAR – para um espaço de 30m2,destinado a um público jovem,independente, que privilegia aaparência e se preocupa com temascomo a ecologia e asustentabilidade, reflectindo nassuas opções de compra a sua atitudede vida. COSMOPOLITAN – para um espaço de42 m2, destinado a um públicourbano, envolvido na sua carreiraprofissional, utilizador intensivo detecnologia e de pequenos gadgets,apreciador de design, que valoriza acoerência de forma e função.GOURMET – para um espaço de 72m2,destinado a um público maduro, quevaloriza o requinte, apreciador daexclusividade, que procura tirarpartido do seu poder económico.Lançamento previsto para inicio domês de SetembroO projecto premiado, em cada umadas categorias, será materializado eexposto durante a feira “ProjectoCasa”, a realizar entre os dias 11 e 14de Dezembro, na Exponor. A cada umdos vencedores será ainda atribuídoum prémio pecuniário no valor ¤500.Mais informações, consulta doRegulamento, Programas e Condições deParticipação emwww.focuskitchen.exponor.pt.CMC – Central de Compras, S.A.Paulo A. VidinhaTel. 252 637 715. Fax 252 637 [email protected], Pelouro da Encomenda, Rua D.Hugo 5-7, 4050-305 PortoTel. 222 074 250. Fax 222 074 [email protected]

CONCURSO PÚBLICO PARA AELABORAÇÃO DO PROJECTO DO CENTRO DE FORMAÇÃO DECOIMBRA DA ORDEM DOSARQUITECTOSPromovido pela OA-SRN.OA-SRN, Pelouro da EncomendaRua D. Hugo, 5-74050-305 PortoTel. 222 074 250. Fax 222 074 [email protected]

CONCURSO PÚBLICO PARA OMERCADO DO LIVRAMENTO – SETÚBAL Os Serviços de Concursos da OA-SRSpreparam presentemente umconcurso para o Mercado doLivramento, em Setúbal. O Mercadodo Livramento e é uma construção doinício do segundo quartel do séculoXX, situado na Avenida Luísa Todi.Pretende-se manter as característicasformais de Arquitectura do edifício,modernizando-o e adaptando-o às actuais exigências funcionais.Entre outras, fazem parte dasintenções da Câmara Municipal de Setúbal:Criação de um pólo museológicodedicado à Metrologia | Reforçosestruturais | Trabalhos deimpermeabilização e instalaçõeseléctricas | Reorganização funcional| Construção de novas bancadas eredes de água/esgotos respectivas |Novos acessos ao primeiro andar egaleria | Novas instalações sanitárias| Nova Cobertura | Novos pavimentos| Cuidados ao nível da pintura e vãos.Futuras informações em www.oasrs.org(menu concursos)

RESULTADOSELEMENTOS DO CONCURSO PÚBLICODE IDEIAS JÁ DISPONÍVEIS – ZONACOSTEIRA POENTE DE QUARTEIRA--VILAMOURAConcurso com o apoio da Serviços de Concursos OA-SRSNa hierarquização do concurso deideias, coube à PROAP(www.proap.pt) o primeiro lugarficando António Cesário Moreira eNeoterritório em segundo e terceirolugares respectivamente.A proposta vencedora da PROAP,apoiando-se em faseamentos emodularidades, facilita a gestão daterritorialidade com toda aproblemática inerente ao Algarve – a sazonalidade.Assim, o projecto vencedor:1. Possibilita a ligação pedonal eciclável entre Vilamoura e Quarteira; 2. Garante a recuperação das praiasadjacentes a este percurso;3. Potencia novos equipamentos – o Mercado Municipal de Quarteira,o Clube Náutico e bolsas deestacionamento subterrâneo comcapacidade de absorver os fluxosmáximos da sazonalidade;4. Possibilita o fecho da zona deprioridade pedonal com a marginalde Quarteira – assumindo-se oterritório como uma frente de marsemi-urbana.Na proposta, a frente marítimadivide-se em duas zonas distintasarticuladas através do MercadoMunicipal, que surge como espaçopúblico e de distribuição.A oeste do Mercado Municipal sugere-se um parque de dunas capaz derevitalizar a zona da Praia e a relaçãocom a zona edificada existente naárea de intervenção, hotéis e casinosassim como a zona a edificar. Através de uma reabilitação das dunase da criação de percursos pedonais,pretende-se criar um parque de lazerassociado às praias que sejautilizável de Inverno e de Verão.A este do Mercado Municipal, propõe--se a reabilitação do Largo dasCortes e o encerramentocondicionado do tráfego viário. Propõe ainda a PROAP umequipamento novo, conformesugerido pelo programa de concurso,o Clube Náutico – colocando-o noextremo nascente da praia, junto aoporto de pesca, permitindo aarticulação destas duas formas deestar e o remate da praia de formaharmoniosa. Associado ao Clube Náutico surgeuma ‘praça’ na praia, que permiteuma maior capacidade de carga paraeventos como concertos, exposiçõesde ar livre, ou a animação estival quese tornou presente na nossa costabalnear.

CONCURSO DE IDEIAS PARA A REVITALIZAÇÃO DA FRENTE RIBEIRINHA DO PORTONA ZONA DE INTERVENÇÃO PRIORITÁRIADos 36 projectos admitidos a concurso, o Júri decidiu pela atribuição dosseguintes Prémios:1.º Prémio Atelier Balonas Projectos (Portugal)2.º Prémio Cannatà e Fernandes (Portugal)3.º Prémio Niels Bennetzen (Dinamarca)Menção Honrosa Vinicius Hernandes de Andrade (Brasil)Menção Honrosa Nisha Mathew-Gosh (Índia)Menção Honrosa Marianne Ingvartsen (Dinamarca)

O Júri foi presidido pelo Professor Eng. Valente de Oliveira, e constituído peloArq. José Carapeto (designado pela Câmara Municipal do Porto), pelo Dr.Ricardo Fonseca/ Eng. Matos Fernandes (designados pela APDL), peloProfessor Arq. Francisco Barata Fernandes (designado pela OA-SRN), pelosarquitectos Eduardo Souto Moura, Gonçalo Byrne e Rino Bruttomesso, peloEng. Mário Martins (designado pela Agência para a Modernização do Porto) epela Dra Ana Martins de Sousa (designada pela Porto Vivo-SRU).

1.º PRÉMIO ATELIER BALONAS PROJECTOSO Júri salientou, entre outros aspectos, a estratégia apresentada às váriasescalas, a interligação dos conteúdos programáticos e das várias fases deinvestimento, o reforço ao nível dos transportes, a comunicação entre as duasmargens e a “humanização” de toda a encosta através de subidas mecânicas epercursos pedestres. Destacou também a capacidade do projecto para “ (...)criar uma imagem directa, forte e abrangente da cidade do Porto que,associada a um conjunto de eventos estrategicamente formulados,permitirá a sua comunicação e promoção no meio internacional (...)”.

2.º PRÉMIO CANNATÀ E FERNANDES – FÁTIMA FERNANDES E MICHELE CANNATÀ Segundo o Júri, “(...) tem um carácter pragmático patente, porque tratatodas as unidades operativas, conseguindo desta forma melhorar aatractivamente desta zona da cidade do Porto.” O Júri optou ainda porsalientar o plano de iluminação urbana e, ao nível da mobilidade etransportes, a ideia do funicular de ligação à Ponte Maria Pia.

3.º PRÉMIO NIELS BENNETZENConforme destacado pelo Júri, “(...) tem capacidade para melhorar aatractivamente da Frente Ribeirinha, assentando em 3 ideias chaves: acriação de ligações transversais entre o rio e a cidade, o prolongamento do passeio marginal e a proposta de novas actividades âncora para oscontentores disponíveis. De salientar a impotência dada às ligaçõestransversais cota alta/cota baixa, materializadas em escadas e meiosmecânicos.”

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07 ARQUITECTOS

AGOSTO 2008

AGENDA FORMAÇÃO

> 31 AGOSTOOBRA GRÁFICA DE LE CORBUSIERCentro Cultural de Belém, Loja 7,Galeria do Centro Português deSerigrafiaTodos os dias, entre as 10 e as 21hA mostra dá-nos a conhecer mais um aspecto do versátil talento doarquitecto-artista; um soberboconjunto de litografias realizadonos últimos dez anos da sua vida. As obras apresentadas resultam da colaboração de Le Corbusier comHeidi Weber e foram impressas peloconceituado mestre francêsFernand Mourlot. Esta mostra foirealizada em colaboração com aGaleria Aureus Fine Art – Suíça e évalorizada na sua exibição com umamoldura também criada por LeCorbusier. Cada obra éacompanhada de um certificadoassinado por Heidi Weber.Tel. 213 162 [email protected] e [email protected]

"Reconnais cette main ouverte,la main ouvertedressée commeun signe de réconciliation– ouverte pour recevoir– ouverte pour donner"LE CORBUSIERLa main ouverte, litografia assinada peloautor e na pedra, mancha: 65 x 50cm, 1963

5 > 7 SETEMBROEXPERIMENTADESIGN 2008LISBOA WARM UPEm antecipação da edição emLisboa 2009, a Experimenta realizao que chama de “aquecimento", comreuniões de curadores eespecialistas, nomeadamenteRenny Ramakers, João PauloFeliciano, Pedro Gadanho, EmilyCampbell, Ed Annink, e Mateo Kries,entre os dias 5 e 7 de Setembro.6 SET inauguração da exposiçãoencomendada ao arquitecto suíçoPETER ZUMTHOR – EDIFÍCIOS EPROJECTOS 1986 - 2007, em3.000m2 da LX Factory econferência do mesmo arquitectona Aula Magna.www.experimentadesign.pt

> 9 SETEMBROPROJECTO PARA O LARGO DO RATOARQUITECTOS FREDERICOVALSASSINA E MANUEL AIRESMATEUS Auditório da sede nacional da Ordemdos Arquitectos, Lisboa, 21hwww.oasrn.org

18 SETEMBRO > 2 NOVEMBROEXPERIMENTADESIGN 2008AMSTERDAMSPACE AND PLACEConferências de Álvaro Siza e RemKoolhaas, entre outras nas áreas daarquitectura e design, e um conjuntode exposições e instalações integrama programação da edição daExperimentaDesign Amesterdão2008.www.experimentadesign.nl

25 > 27 SETEMBRO5TH BIENNAL EUROPEA DE PAISATGETORMENTA & ÍMPETUVários locais, Barcelona, EspanhaDesde a sua primeira edição, a BienalEuropeia de Paisagem propõe-seaprofundar o debate sobre aintervenção na paisagem, tanto na perspectiva da arquitecturapaisagista como de outros camposdisciplinares ligados ao seu estudo e evolução. Três dias de conferências,apresentações pelos finalistas doPrémio Europeu Rosa Barba, mesasredondas e visitas dedicados àdiscussão sobre a evolução dopaisagismo na Europa e no«território» convidado para estaedição: a América do Norte.> 5 SET Inscrições a preço reduzido(profissionais – ¤298,94;estudantes - ¤74,73)[email protected]/lanscape

27 SETEMBROPLANO DE URBANIZAÇÃO DA COSTA DO SOL– UMA VISÃO INOVADORA PARA O TERRITÓRIOAuditório Municipal Maestro CésarBatalha, Ed. Galerias do Alto da Barra,Av. das Descobertas 151, Oeiras10–17h30Proposta da Câmara Municipal deOeiras que integra a celebração dasJornadas Europeias do Património,iniciativa anual do Conselho daEuropa e da União Europeia quepromove junto da população de maisde 50 países a sensibilização para aimportância da salvaguarda dopatrimónio.A jornada de conferências conta com a coordenação científica emoderação de Margarida Pereira (e-Geo, Centro de Estudos deGeografia e Planeamento Regionalda Universidade Nova de Lisboa)Informações e inscriçõesCâmara Municipal de Oeiras – Divisão dePatrimónio Histórico e Museológico Tel. 214 408 529 e 214 408 587.www.cm-oeiras.pt

30 SETEMBRO > 4 JANEIRO 2009WELTLITERATUR. MADRID,PARIS, BERLIM, SÃOPETERSBURGO, O MUNDO!Fundação Calouste Gulbenkian,Galeria de Exposições Temporárias,Avenida de Berna 45A, LisboaTerça-feira a domingo, 10-18hTextos literários, documentos eobras de arte que mostram aliteratura e os autores da geração deFernando Pessoa. A literaturaportuguesa do Mundo, numaexposição singular que conta com ocomissariado de António M. Feijó e aconcepção dos arquitectos Franciscoe Manuel Aires Mateus.A exposição é complementada comum ciclo de conferências, às quartase sábados, sempre às 18h, noAuditório 3.1 OUT ANTÓNIO M. FEIJÓ E OS ARQ.FRANCISCO E MANUEL AIRES MATEUSTel. 217 823 000www.gulbenkian.pt

6 OUTUBRODIA MUNDIAL DA ARQUITECTURA 2008Uma resolução da última AssembleiaGeral da UIA, reunida em Turim a 6 deJulho último, convida os arquitectosde todo o mundo a celebrar o tema«Child Be the Architect», emmemória de Giancarlo Ius (Vice-presidente da secção Europa epresidente da Comissão deDesenvolvimento da UIA que faleceusubitamente a 5 de Julho, data emque iria pronunciar o seu discurso decandidatura ao cargo de presidenteda UIA). A Ordem irá centrar ascomemorações na educação para aArquitectura com o lançamento dosprimeiros «exercícios» do seuserviço educativo.DIA MUNDIAL DO HABITAT 2008Luanda, a capital angolana, será ocentro das comemorações.www.uia-architectes.org

13 OUTUBROESTATUTO/ESTÁ TUDO EM DISCUSSÃOREGIME FINANCEIRO DA OAClube Literário do Porto, Rua Nova da Alfândega 22, Porto, 21h30-23hTerceira sessão do ciclo de debatessobre o estatuto da Ordem dosArquitectos, organizado pela OA-SRN, sob coordenação do arq.Cristóvão Iken, com moderação acargo do arq. Jorge da Costa e com o arq. André Tavares como relatorcrítico.Para esta sessão foram convidadosos arquitectos João PedroGuimarães e João Castro Ferreira.Consulte o programa completo e participeno debate através do bloguewww.oasrn.org/estatuto_em_discussao

A SULSílvia Leiria Viegas, arquitectaTatiana Mourisca, arquitectaTel. 213 241 140/[email protected],[email protected] PROGRAMAS PORMENORIZADOS, FICHAS DE INSCRIÇÃO E PREÇÁRIO EM WWW.OASRS.ORG

18 SETEMBRONOVO REGIME JURÍDICO DOSEMPREENDIMENTOS TURÍSTICOSFORMADOR Dr.ª Cristina Siza VieiraDURAÇÃO 5hO Decreto-Lei n.º 39/2008, publicadoa 10 de Março e que entrou em vigor30 dias após esta data, estabelece oNovo Regime Jurídico da Instalação,Exploração e Funcionamento dosEmpreendimentos Turísticos eassenta em três princípios básicos:simplificação, responsabilização equalificação da oferta.

26 SETEMBROURBANIZAÇÃO E EDIFICAÇÃO –REGIME JURÍDICOFORMADOR Dr José Saraiva de LemosDURAÇÃO 7hA OA-SRS repete uma acção deformação que esclarece osarquitectos sobre a novaregulamentação; a lei nº 60/2007, de 4 de Setembro, procede à sextaalteração ao Decreto-Lei nº 555/99,de 16 de Dezembro, e entrou emvigor a 3 Março último.O Regime da Urbanização eEdificação abrange a actividadedesenvolvida por entidades públicasou privadas em todas as fases doprocesso urbano, desde a efectivaafectação dos solos à construçãourbana até à utilização dasedificações nele implantadas

4 ACÇÕES NA ÁREACOMPORTAMENTAL 16 > 17 OUTUBROCONDUÇÃO DE REUNIÕESDURAÇÃO 12hDesenvolver nos participantescompetências ao nível daidentificação de métodos e técnicasde gestão do tempo. Pretende-sepotenciar a eficácia e eficiênciapessoal, do planeamento deactividades, da optimização dotempo e da condução de reuniõesorientada com o intuito de obtermelhores resultados.30 > 31 OUTUBROGESTÃO DE PESSOAS E EQUIPAS Desenvolver nos participantescompetências nos domínios daliderança, coordenação, formação,avaliação de desempenho, gestão deconflitos e expectativas, motivação ecumprimento de objectivos.20 > 21 NOVEMBROAPRESENTAÇÃO E DEFESA DE UM PROJECTODURAÇÃO 12hDesenvolver nos participantescompetências ao nível dos métodos etécnicas que facilitem a preparação econdução de apresentaçõespersuasivas e motivadoras.11 > 12 DEZEMBRONEGOCIAÇÃO EM ARQUITECTURA DURAÇÃO 12hDesenvolver nos participantescompetências ao nível dacomunicação, adequando-a aosdiferentes interlocutores.

As acções na área comportamental estãoa cargo da Perfil – Psicologia e Trabalho,Lda, uma empresa de formação econsultoria que actua na área dodesenvolvimento dos activos humanosdas empresas e organizações.

DATAS A DEFINIRSETEMBRO/OUTUBRO10 ANOS DEPOIS DA EXPO’98:CIDADE IMAGINADA/CIDADECONCRETIZADAUma reflexão-debate sobre o legado da exposição e as suasconsequências socio urbanísticas.

OUTUBRO/NOVEMBROCURADORIA EM ARQUITECTURA[…] De facto, nos últimos 10/15anos, assistiu-se em Portugal a umcrescente interesse pelos temas daArquitectura e do Território, não sóao nível do desenho enquantoregisto autoral mas também como disciplina que interfereprofundamente nodesenvolvimento e estrutura dasnossas cidades. Mas será este uminteresse transponível para asExposições/Mostras/ Publicações deArquitectura? É este um interesseisolado, efémero ou estaremosperante a fidelização de públicosmais abrangentes a uma CulturaArquitectónica? […] Arq. Rita Palma

NRAU/MAEC: FORMAÇÃO DE FORMADORES/ PERITOSA Portaria n.º 246/2008, de 27 deMarço prorroga por um ano, contadoa partir de 4 de Novembro de 2007, oprazo previsto no artigo 19.º daPortaria n.º 1192 -B/2006, de 3 deNovembro. Durante este período, ostécnicos podem continuar a realizarvistorias sem formação acreditadana aplicação do MAEC desde queinscritos nas respectivas ordens ouassociações profissionais, e comexperiência profissional não inferiora cinco anos, incluindo o tempo deestágio.

EMPRESAS DE ARQUITECTURA E PROFISSIONAIS LIBERAIS:ENQUADRAMENTO FISCALEsclarecer os arquitectos sobre osmecanismos fiscais inerentes aosprofissionais liberais e às empresasde arquitectura.

FORMAÇÃODESCENTRALIZADAO programa de formação itineranteorganizado com o objectivo de promover avalorização da profissão, da arquitectura edo ordenamento do território teve inícioem Maio e termina em Dezembro de 2008.Informações e inscrições junto dosrespectivos Núcleos e Delegações.

22 SETEMBROREGIME JURÍDICO – INSTRUMENTOSGESTÃO TERRITORIALGrupo 1: Médio Tejo, Leiria,Portalegre e Castelo BrancoRua Almeida Sarzedas n.º 36 – 1.ºandar, Castelo de VideDelegação de Portalegre

23 SETEMBROREGIME JURÍDICO – URBANIZAÇÃO E EDIFICAÇÃOGrupo 4: Região Autónoma daMadeiraRua das Hortas n.º 55 – ResidênciasCosta do Sol VII, Loja S, FunchalDelegação da Madeira

24 SETEMBROCOORDENAÇÃO DE SEGURANÇA NOTRABALHO DA CONSTRUÇÃOGrupo 3: AlgarveANJE Algarve, Edifício Ninho deEmpresas – Estrada da Penha, FaroDelegação de Faro

25 SETEMBROSEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOSGrupo 5: Região Autónoma dos AçoresLocal – A confirmar [São Miguel]

26 SETEMBROREABILITAÇÃO URBANAGrupo 2: Litoral Alentejano e BaixoAlentejoRua D. Manuel I n.º 30, BejaNúcleo Baixo Alentejo

A NORTEMiguel Nery [responsável de formação]Bárbara Belo [coordenação de formação]Tel. 222 074 [email protected] FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO E OUTRASINFORMAÇÕES ESTÃO DISPONÍVEIS EMWWW.OASRN.ORG > FORMAÇÃO

17 SETEMBRO > 30 OUTUBROILUMINAÇÃO DE INTERIOR E EXTERIOR PARA ARQUITECTOS E ENGENHEIROS CIVIS A OASRN e a FIPP, Fundação InstitutoPolitécnico do Porto, organizam emparceria este curso de 60 horasdirigido a Arquitectos, EngenheirosCivis e Designers.HORÁRIO 2.ª, 4.ª e 5.ª feira, das 19 às 20h. Data limite de inscrição 10 SETEMBRO Mais informações emwww.formacao.idt.ipp.pt

26 > 27 SETEMBROCURSO ACESSIBILIDADE E DESENHOUNIVERSAL FORMADOR Arq. Pedro Homem de GouveiaDURAÇÃO 14h, 9h30-13h e 14h-17h30Estruturada para um númeromáximo de 20 participantes,arquitectos (sendo compatível comoutros técnicos ligados à edificação,como engenheiros civis, porexemplo), esta acção de formaçãopretende:a) transmitir os conceitos deAcessibilidade e Design Universal,enquanto critério objectivo dequalidade do edificado e condiçãopara o pleno exercício de direitosconstitucionais;b) abordar a legislação aplicável emmatéria de Acessibilidade e aresponsabilidade profissional queresulta do novo quadro jurídico;c) facultar princípios, estratégias emetodologias elementares depromoção da Acessibilidade, queajudem ao cumprimento sistemáticodas normas.Data limite de inscrição 23 SETEMBRO

Page 8: ARQUITECTOS · de vivendo dentro das paredes do CEPAO? A «Cidade Imaginária», atravessada por um rio de águas azuis, tem unidades de habitação de peque-na altura numa das margens

PRESIDENTE João Belo Rodeia COORDENAÇÃO Cristina Meneses (CDN) CONTEÚDOS SRN Filipa Guerreiro com Carolina Medeiros CONTEÚDOS SRS João Costa Ribeiro com António Henriques PUBLICIDADE Maria Miguel com Carla Santos DIRECÇÃO DE ARTE E PAGINAÇÃO Silva!designers

ADMINISTRAÇÃO Travessa do Carvalho 23, 1249-003 Lisboa - tel.: 213241110, fax: 213241101, e-mail: [email protected] IMPRESSÃO Ligrate, atelier gráfico, Lda, Rua Augusto Gil 21, Moinhos da Funcheira, 2700-098 Amadora tel.: 214986550, fax 214986555 TIRAGEM 17.500 exemplares

DEPÓSITO LEGAL 63720/93 PERIODICIDADE Mensal ISSN 0872-4415 O título «Arquitectos Informação» é propriedade da Ordem dos Arquitectos PREÇO 0,50¤ Distribuição gratuita a todos os membros.

08 ARQUITECTOS

DEFINIDOS OS OBJECTIVOS QUE A PUBLICAÇÃO DEVERÁ CUMPRIR E REPETINDO A METODOLOGIA ADOPTADA EM2005, FOI ABERTO CONCURSO PARA A EQUIPA EDITORIAL RESPONSÁVEL POR UMA NOVA SÉRIE DO JA. O CONCURSO É DIRIGIDO AOS MEMBROS DA ORDEM E A ENTREGA DE CANDIDATURAS PARA A PRIMEIRA FASE DECORREATÉ 1 DE SETEMBRO.A VERSÃO INTEGRAL DO REGULAMENTO FOI PUBLICADA NO JA N.º 231 E ESTÁ DISPONÍVEL EM WWW.ARQUITECTOS.PT

JORNAL ARQUITECTOS 2009/2011 CONCURSO PARA A SELECÇÃO DA EQUIPA EDITORIAL

ESTATUTO EDITORIALCAPÍTULO I DEFINIÇÕES E GENERALIDADESARTIGO 1.º O Jornal Arquitectos (JA) é uma publicação perió-dica de expansão nacional e internacional informativa eespecializada, com edição bilingue, português e inglês, eem suporte de papel e on-line.ARTIGO 2.º O JA é propriedade da Ordem dos Arquitectos (OA).ARTIGO 3.º O JA tem Estatuto editorial que define a sua orien-tação e objectivos. Respeitará os princípios deontológicose a ética profissional de acordo com a Lei de Imprensa demodo a não poder prosseguir apenas fins comerciais, nemabusar da boa fé dos leitores, encobrindo ou deturpandoinformação, e garantirá a participação dos membros.

CAPÍTULO II FINALIDADE E CONTEÚDOARTIGO 4.º O JA deverá ser um veículo de informação, pro-moção, divulgação e debate da Arquitectura, no âmbito daOA e da sociedade.ARTIGO 5.º O JA está aberto a todas as participações, procu-rando fomentar o diálogo crítico e o debate de ideias nocampo específico do exercício da profissão, bem como nocampo interdisciplinar.ARTIGO 6.º A linha de conteúdo do JA, definida no EstatutoEditorial, segue as grandes linhas de actuação da OA, defi-nidas pelo Conselho Directivo Nacional em função do seuPrograma.

CAPÍTULO III ORGANIZAÇÃOARTIGO 7.º São órgãos do JA a Direcção, integrando o Direc-tor e o Director-adjunto, o Conselho Editorial e a Redacção.A. O Director do JA é nomeado pelo Conselho DirectivoNacional (CDN);B. O Director-adjunto é nomeado pelo CDN, por indicaçãodo Director;C. O Conselho Editorial é constituído por membros indica-dos pelo Director, num máximo de seis e um mínimo dequatro, nomeados pelo CDN; o Conselho é presidido peloDirector, o qual poderá delegar no Director-adjunto;A. A Redacção é constituída pelos diversos editores e pode-rá ser dirigida por um editor principal ou pelo Director.ARTIGO 8.º É da competência da Direcção:A. Determinar o conteúdo do periódico tendo em conta aorientação genérica do Estatuto Editorial, e definir a gre-lha e a programação do JA, ouvido o Conselho Editorial;B. Entregar para produção e edição a versão impressa eon-line, de cada número do JA, de acordo com o modelográfico previamente definido e no respeito pelo orçamen-to previsto para produção;C. Redigir o Editorial;D. Submeter à apreciação do CDN da OA o Relatório Anual ea proposta de dotação orçamental, em conjunto com res-ponsável pelo JA no CDN;E. Gerir a dotação orçamental aprovada pelo CDN da OA,assegurando as condições para o cumprimento do orça-

mento, articulando a sua gestão com a Publicidade, Pro-dução e Distribuição;F. Representar o JA;G. Nomear os editores para as diversas áreas bem como oEditor principal, se se justificar.ARTIGO 9.º Para efeitos do artigo anterior poderá o Directordelegar as suas competências no Director-adjunto.ARTIGO 10.º É da competência do Director-adjunto:A. Assessorar o Director no cumprimento das suas funções;B. Substituir o Director;C. Exercer por delegação de competência as funções deDirector.ARTIGO 11.º É da competência do Conselho Editorial:A. Cooperar com a Direcção na definição genérica do con-teúdo do periódico e na sua programação número anúmero;B. Pronunciar-se sobre a grelha e a orientação gráfica doJA, propostas pela Direcção.ARTIGO 12.º O Conselho Editorial reúne pelo menos quatrovezes por ano de modo a poder pronunciar-se sobre a pro-gramação dos diversos números.ARTIGO 13.º É da competência da Redacção:A. Elaborar a programação de cada número de acordo comas orientações definidas pela Direcção ouvido o ConselhoEditorial;B. Contactar os colaboradores externos previstos no sen-tido de obter atempadamente os artigos definidos na

programação de cada número;C. Redigir as notícias, reportagens e artigos de acordocom a programação de cada número;D. Colaborar na orientação gráfica do JA bem como na defi-nição, alteração ou correcção da sua grelha.

CAPÍTULO IV GESTÃOARTIGO 14.º O JA será contemplado no orçamento e nas con-tas da OA, em rubrica autónoma, que deverá ser apresen-tada em forma descriminada de conta de exploração.ARTIGO 15.º O JA é distribuído:1. Gratuitamente a todos os membros efectivos da OA nopleno exercício dos seus direitos.2. Gratuitamente a todos os membros jubilados da OA.3. A associações congéneres nacionais e estrangeiras e ainstituições ligadas à arquitectura; 4. Aos assinantes.ARTIGO 16.º O JA é vendido em postos de venda por distribui-ção comercial.ARTIGO 17.º Constituí receita do JA a dotação orçamentalprevista no Orçamento Anual da OA.ARTIGO 18.º Constituem despesas do JA as remunerações deresponsáveis e colaboradores, bem como as despesas relati-vas à composição gráfica, impressão e distribuição, desloca-ções em serviço de reportagem, despesas de representaçãoe as resultantes de outras actividades promovidas pelo JA,desde que previstas no Orçamento anual aprovado pelo CDN.

EXTRACTOS DOS REGULAMENTOO número 1 do «Jornal Arquitectos» (adiante designado porJA) foi publicado em Dezembro de 1981, por iniciativa daSecção Regional Sul da Associação dos Arquitectos Portu-gueses (AAP), tendo como director António Mattos Gomes,num formato próximo de um jornal e para divulgação davida associativa. Em Janeiro de 1983 a direcção é assegura-da por Francisco Silva Dias, que será substituído em Feve-reiro de 1985 por Gonçalo Sousa Byrne. Fernando Gonçal-ves assume a orientação do Jornal em Junho de 1987,alterando o formato de jornal para o de uma “revista”(magazine) em Dezembro de 1988, sendo também respon-sável, em 1989, pelo lançamento dos dois únicos númerosda revista «Arquitectos». De Janeiro de 1990 a Janeiro de1993, Francisco Silva Dias reassume a direcção do JA, queem Janeiro de 1992 assume a dimensão e características derevista. Em 1993 surge o «Arquitectos informação», o outroórgão de informação da AAP, complementar ao JA, boletimde informação e divulgação da actividade associativa, e arevista dirigida por Michel Toussaint ganha liberdade edito-rial. Em Março de 2000, Manuel Graça Dias é designado,conforme Estatuto Editorial então aprovado, Director do JA,definindo a sua linha editorial até ao final de 2004. Em 2005a direcção do JA foi, pela primeira vez, posta a concurso,tendo sido seleccionada a proposta editorial apresentadapor José Adrião e Ricardo Carvalho, que passaram, assim, adirigir a revista a partir do número 220-221.

O CDN DEFINIU PARA A PRÓXIMA SÉRIE DOJA OS SEGUINTES OBJECTIVOSA. Contribuir para o reforço do papel da OA na promoção edefesa da arquitectura e do território, em especial na suavertente cultural, no âmbito dos arquitectos e da sociedade; B. Que o JA, não se confundindo com o Arquitectos Infor-mação na promoção e divulgação das iniciativas da OA,participe na reflexão teórica das grandes questões susci-tadas pela linha de actuação da OA; C. A divulgação on-line do JA no Portal da OA, sendo neces-sária a criação de um formato digital do JA; D. A internacionalização do JA, tornando possível a suaconsulta por um público interessado na produção e nodebate da arquitectura em Portugal e no mundo; E. O equilíbrio financeiro da edição, para o qual é essencialuma gestão rigorosa do orçamento previsto. F. Assegurar o cumprimento de todos os compromissos edi-toriais e distribuição nomeadamente periodicidade regular.

OBJECTO DO CONCURSOPretende o CDN, repetindo a metodologia adoptada em2005, e à semelhança do que sucede com publicaçõessimilares publicadas por organizações congéneres, pro-ceder à selecção dos Órgãos do JA – Direcção, ConselhoEditorial e Redacção – por meio de um concurso aberto

aos membros da OA, para um período de três anos (dozetrimestres, 36 meses), que corresponderá à publicação dedoze números do JA (do n.º 234 ao n.º 245). Com este concurso pretende-se seleccionar a equipa res-ponsável pela edição do JA, sendo as tarefas de publicida-de, produção e distribuição da responsabilidade dos ser-viços do CDN. Conforme definido pelo Estatuto Editorial,esta equipa terá como responsabilidade a definição doconceito editorial geral para o período em concurso, bemcomo a programação e conteúdos de cada número, bemcomo a linha gráfica para suporte físico e digital. À equipa seleccionada será adjudicada, de acordo com oestabelecido neste Regulamento e a proposta apresenta-da, a edição do JA.

CARACTERÍSTICAS E CONDIÇÕES As propostas a apresentar a concurso devem obedecer àsseguintes características e condições: A. O JA é uma revista trimestral; B. A sede do JA é no edifício da Sede Nacional da OA, na Tra-vessa do Carvalho 23, em Lisboa, onde os seus órgãosterão um secretariado permanente, assim como as condi-ções necessárias para reunião e trabalho se necessárionão obstante a sua possível execução no exterior; C. O JA pretendendo ser uma revista de âmbito nacional einternacional deve contemplar a inclusão da tradução eminglês dos seus conteúdos; D. A edição digital do JA deverá complementar a versãoimpressa, para divulgação on-line; E. O formato, dimensões e características de publicação,assim como o conceito gráfico, são uma opção editorial,devendo no entanto: E.1. ter como referência os formatos precedentes dapublicação; E.2. ter um peso não superior a 750 gramas; E.3. nunca exceder o custo de impressão e custo de distri-buição estipulados; F. O custo de impressão do JA terá de respeitar o valormáximo por exemplar de 1,8¤; G. O custo de distribuição do JA aos membros da OA, por viapostal ou similar, não deverá ultrapassar 1,0¤ por exemplar; H. A proposta deverá comprovar, por via de orçamentos, ocumprimento das condições mencionadas nas alíneas f. e g.;I. O orçamento do JA faz parte integrante do OrçamentoGeral da OA, sendo a Direcção do JA responsável pela ges-tão da verba consignada à sua edição, no que diz respeito àprodução dos conteúdos; J. Os pagamentos relativos à edição serão efectuados peloCDN, após validação pela Direcção do JA, nas matérias em quea realização da despesa decorra do âmbito das suas funções,e posterior autorização do responsável pelo JA no CDN; K. Pretende-se manter o formato de inclusão de publici-dade em cadernos autónomos no início e final da revista(8 ou 16 páginas);

L. A Direcção do JA terá de coordenar o seu trabalho com odas equipas de publicidade, produção e distribuição darevista, assim como com os responsáveis pela edição on-line de conteúdos da OA nos quais se inclui o JA.

NATUREZA DO CONCURSO O concurso desenvolve-se em duas fases. Entre as duasfases realizar-se-ão reuniões das equipas seleccionadaspara a segunda fase com o Departamento de Produção e aUnidade de Marketing e Publicidade da OA, no sentido deas familiarizar com questões relacionadas com a ediçãoda revista.

PRIMEIRA FASE APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURASAs candidaturas para esta fase de concurso deverão inclu-ir a seguinte documentação: A. Listagem dos órgãos do JA, conforme estipulado noartigo 7.º do Estatuto Editorial, incluindo Curriculum Vitaesucinto assim como declaração de aceitação da candida-tura, no cargo estipulado, de cada um dos candidatos; B. Descrição da linha editorial a adoptar; C. Principais temáticas a desenvolver e possível estrutura-ção dos conteúdos; D. Descrição do formato e características de publicação; E. Descrição da linha gráfica a adoptar para as ediçõesimpressa e on-line, com indicação do seu responsável erespectivo CV; F. Metodologia do trabalho e organização da equipa, deacordo com estipulado no Estatuto Editorial do JA.

SEGUNDA FASE SELECÇÃO DE UMA PROPOSTAOs seleccionados na primeira fase, num máximo de três,poderão apresentar uma proposta cuja entrega para ava-liação será remunerada em ¤1500. A proposta incluiráobrigatoriamente, sob pena de exclusão e não atribuiçãoda remuneração referida, os seguintes elementos: A. Programa do primeiro ano e sumário provisório dosdois primeiros números; B. Formato e conceito da revista, apresentado sob a formade maqueta; C. Calendário ou programa temporal de elaboração darevista; D. Estrutura e funcionamento da equipa, com descriçãodetalhada das tarefas e competências de cada um dosseus membros; E. Proposta de honorários do Director, Director-adjunto,eventuais membros permanentes da Redacção, dos mem-bros do Conselho Editorial, do design gráfico e estimativade custos para colaborações pontuais, ou seja, estimativade custos de edição por número, que deverá ter em contaos condicionantes estabelecidos neste concurso; F. Estimativa de custos de produção e distribuição aten-dendo ao formato proposto, a qual deverá ter em conta oscondicionantes estabelecidos neste concurso;

G. No caso de ser uma empresa, deverá também ser entre-gue cópia do Registo Comercial e dos Estatutos, comespecificação dos vínculos contratuais relativamente acada um dos membros da equipa; H. Descrição sucinta de como deverá ser a articulaçãoentre edição, publicidade e produção, com possíveissugestões de trabalho.

ELEGIBILIDADE Poder-se-ão apresentar a concurso equipas constituídasa título nominal ou empresas que tenham por objectivo aprodução de publicações de arquitectura, desde que nãoconcorrenciais para a actividade da OA, e constituídas nasua maioria por membros da OA. Os candidatos a Directore Director-adjunto e os membros do Conselho Editorialtêm de ser membros da OA e não se poderão candidatarem mais de que uma equipa. O candidato a Director do JA será o responsável pela can-didatura. Ao apresentarem uma candidatura, os autoresdas propostas aceitam integralmente o conteúdo doRegulamento do concurso.

JÚRI O Júri, para as duas fases, será composto por dois mem-bros indicados pelo CDN, por um membro indicado peloCDRS, por um membro indicado pelo CDRN, e pelo Directorcessante do JA. O Júri indicará ao CDN a proposta que melhor respondeaos objectivos estabelecidos. Se o concurso se declararvazio, ou se o Júri optar pela não selecção de qualquercandidatura na primeira fase, poderá o CDN determinar aabertura de novo concurso ou nomear, de acordo com oEstatuto, os órgãos do JA. Todas as decisões do Júri serãojustificadas em acta.

CALENDÁRIOAnúncio do Concurso – 3 de Julho Publicação do Regulamento – Julho (site, boletim e JA) Entrega de Candidaturas – até 1 de Setembro Resultados da 1.ª fase – 8 de Setembro Reuniões dos seleccionados com equipa do CDN – 2.ª sema-na de Setembro Entrega de Propostas – até 29 de Setembro Resultado da 2.ª fase – 6 de Outubro Deliberação do CDN – até 8 dias após o resultado da 2.ª fase Primeiro número (Janeiro/Março de 2009) – distribuiçãoem Fevereiro de 2009

ENTREGA DAS PROPOSTAS E INFORMAÇÕES Ordem dos Arquitectos, Concurso JA Travessa do Carvalho 23, 1249-003 Lisboa Fax: 213 241 101E-mail: [email protected]