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Rodolfo Carvalhaes / AFIPE PE. MICHAEL BREHL Superior Geral com o Papa no Sínodo PÁGINA 4 PE. INÁCIO MEDEIROS Quais são os nossos destinatários? PÁGINA 7 NOTÍCIAS DOS MISSIONÁRIOS REDENTORISTAS DE GOIÁS, MATO GROSSO, TOCANTINS E DISTRITO FEDERAL Arquivo NOVEMBRO2018 ANO XXXIV Nº 11 www.redentorista.com.br PE. ANDRÉ RICARDO ELEITO SUPERIOR PROVINCIAL P ostulantes e jovens das paróquias redentoristas de Goiás realizaram, no dia 12 de outubro, mais uma ação do projeto “Tudo por um sorriso”. Desta vez foi na Comunidade Nossa Senhora de Fátima, do Setor Palmares, que integra a Paróquia Nossa Senhora da Guia, da região Trindade II. Mais de mil crianças participaram das atividades, com momentos de recreação, evangelização e reflexão vocacional. PÁGINA 6 O s membros da Congregação do Santíssimo Redentor de Goiás elegeram o seu novo Superior Pro- vincial, Pe. André Ricardo de Melo, para o período de 2019-2022. A eleição ocorreu dentro da Assem- bleia Capitular, que se realizou entre os dias 22 e 25 de outubro no Centro Pastoral Dom Fernando, em Goiânia/GO. Pe. André Ricardo vai completar 38 anos no próximo mês. Ordenado padre no final de 2008. Tomará posse durante celebração eucarística, no dia 01 de janeiro de 2019. PÁGINA 5 Tudo por um Sorriso Arquivo Arquivo Província Redentorista de Goiás reunida no Centro de Pastoral Dom Fernando

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Rodolfo Carvalhaes / AFIPE

PE. MICHAEL BREHL Superior Geral com o Papa no SínodoPÁGINA 4

PE. INÁCIO MEDEIROSQuais são os nossos destinatários?PÁGINA 7

NOTÍCIAS DOS MISSIONÁRIOS REDENTORISTAS DE GOIÁS, MATO GROSSO, TOCANTINS E DISTRITO FEDERAL

Arquivo

NOVEMBRO2018ANO XXXIV Nº 11

www.redentorista.com.br

PE. ANDRÉ RICARDO ELEITO SUPERIOR PROVINCIAL

Postulantes e jovens das paróquias redentoristas de Goiás

realizaram, no dia 12 de outubro, mais uma ação do projeto “Tudo por um sorriso”. Desta vez foi na Comunidade Nossa Senhora de Fátima, do Setor Palmares, que integra a Paróquia Nossa Senhora da Guia, da região Trindade II. Mais de mil crianças participaram das atividades, com momentos de recreação, evangelização e reflexão vocacional. PÁGINA 6

Os membros da Congregação do Santíssimo Redentor de Goiás

elegeram o seu novo Superior Pro-

vincial, Pe. André Ricardo de Melo, para o período de 2019-2022. A eleição ocorreu dentro da Assem-

bleia Capitular, que se realizou entre os dias 22 e 25 de outubro no Centro Pastoral Dom Fernando, em

Goiânia/GO. Pe. André Ricardo vai completar 38 anos no próximo mês. Ordenado padre no final de 2008.

Tomará posse durante celebração eucarística, no dia 01 de janeiro de 2019. PÁGINA 5

Tudo por um Sorriso

Arquivo

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Província Redentorista de Goiás reunida no Centro de Pastoral Dom Fernando

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TESTEMUNHO DE VIDA

PROVINCIAL: Pe. Robson de Oliveira, C.Ss.R. CONSELHO PROVINCIAL: Pe. Paulo C. Nunes, Pe. Elismar, Pe. Domingos e Pe. João OtávioJORNALISTA RESPONSÁVEL: Pe. Rafael Vieira da Silva, C.Ss.R. / GO 01078JPREDATOR: Pe. Maurício Brandolize, C.Ss.R.E-MAIL: [email protected]ÇÃO: Marcia Lezita Silveira – REVISÃO: Divina Mª de Queiroz e Eurípedes A. dos Santos

Publicação do Centro de Pastoral PopularImpressão: Scala EditoraRua Itororó, 144Bairro São Francisco74455-015 – Goiânia-GOFone: (62) 4008-2350

2 GOIÂNIA | NOVEMBRO 2018Espiritualidade

CSSR-GO 4300 | Cx. Postal 12.081 CEP 74641-970 | Vila Monticelli, Goiânia-GO | (62) 4009-1266

Antes eram poucos os santos redentoristas. Agora não

estamos conhecendo os muitos beatos que temos. Há nomes difíceis e há rostos novos. Se você não sabe, temos ainda 7 veneráveis e 36 servos de Deus na fila. Há processos que estão parados e outros que poderão ser deixados. São os bens espirituais mais fortes que os materiais.

Cada confrade que leva uma vida de santidade é um estímulo e a confirmação de que o cami-nho das Constituições é o meio mais fácil e seguro.

No mês de novembro celebra-mos os mártires de Cuenca. Há quem diga que não são mártires, pois era uma questão política. Havia uma perseguição contra os que não queriam o comunismo na Espanha por serem cristãos e fiéis à Igreja. Os comunistas fizeram disso política. Temos o exemplo do Ir. Victoriano que era um silencioso. E foi vítima.

Aproximadamente 270.000 pessoas morreram, incluindo sol-

“O testemunho dos mártires vai além do gesto de enfrentar uma morte violenta”.

dados e civis. Aproximadamente 6.850 morreram como resultado direto da perseguição religiosa. Desses, 13 eram bispos e mais de 6.000 eram sacerdotes e religiosos. Entre eles, quase 1.000 já foram beatificados ou canonizados. Te-mos ainda mais três redentoristas de Valência e doze de Madri para serem beatificados.

No dia 13 de outubro de 2013, em Taragona, houve a beatifica-ção dos 522 mártires da Guerra Civil da Espanha (1936-1939). Entre os que foram beatificados estão os seis Redentoristas, Már-tires de Cuenca: Padres Javier Gorosterratzu Jaunarena, Ciriaco Olarte Pérez de Mendiguren, Mi-guel Goñi Áriz, Julián Pozo Ruiz de Samaniego, Pedro Romero Espejo e o Ir. Victoriano Calvo Lozano. Era uma comunidade frágil, com três doentes. Sua festa é dia 6 de novembro.

Escreveu Pe. Michael Brehl: “O testemunho dos mártires vai além do gesto de enfrentar uma morte violenta. Manifesta a razão

pela qual eles estavam dispostos a dar suas vidas como testemunhas de Jesus Cristo e a anunciar a Co-piosa Redenção a todos. O martírio é uma proclamação da Boa Nova e os mártires tornam-se testemu-nhas do Evangelho, e continuam “fazendo o bem” em favor dos irmãos e irmãs”.

O testemunho do martírio, segue o testemunho da vida. Sem santidade, não se arrisca ao mar-tírio. Tanto que um redentorista de outra comunidade ficou com medo e passou para os comunis-tas e foi o juiz na condenação dos próprios confrades. Depois se converteu.

No final de julho de 1936, quan-do aumentaram os sinais de perse-guição em Cuenca, um dos nossos mártires, Pe. Julián Pozo, começou a intuir que o martírio era uma possibilidade real. Ele disse: “Nós, os Redentoristas, não temos mártires; vocês querem ver que seremos nós os primeiros mártires?”. Outro disse: “Vamos passar a festa de S. Afonso no Céu”.

A LEITURA ESPIRITUAL DA BÍBLIA

TRADIÇÃO ALFONSIANA BÍBLIA

Pe. João PauloMissionário RedentoristaMestre em Exegese Bíblica

Em 6 de novembro, os redentoristas celebram os seis confrades mártires da Guerra Civil da Espanha, quando houve uma perseguição contra os cristãos que não queriam o comunismo em seu país. Foram declarados bem-aventurados em 2013

Pe. Luiz CarlosMissionário Redentorista

Mesmo que o termo “espiritualidade” seja um neo-logismo cristão, que assume um sentido técnico

somente no século XVII, a sua origem é claramente remontada na Bíblia. Está em relação com o adjetivo grego usado por Paulo pneumatikós (espiritual, cf. 1Cor 2,13-15; 9,11; 14,1). Este termo exprime o retrato específico da existência cristã.

A leitura espiritual da Bíblia deve ser situada no contexto da graça divina. A iniciativa parte sempre de Deus. Ele quis “revelar a si mesmo e fazer conhecer o mistério da sua vontade” ao ser humano (cf. DV 2); é Ele que “nesta etapa final nos falou por meio de seu Filho” (Hb 1,1-5), o qual, Palavra que se fez carne, enviado como homem aos homens e fala as palavras de Deus (cf. Jo 3,34). O acolhimento desta Palavra se concretiza na “resposta da fé”, que necessita da graça de Deus e do auxílio interior do Espírito Santo que “move o coração, o endereça a Deus,

abre os olhos da men-te e a todos concede a alegria de aceitar a verdade que nos salva” (DV 5).

Esta estrutura fundamental da vida e da espiritualida-de cristã se cumpre também na leitura espiritual da Escritu-ra, afinal: “Nos livros sacros, o Pai celeste vem amavelmente ao encontro dos seus filhos, a fim de per-manecer com eles.

Na Palavra de Deus é inerente tanta força e potência, que se torna sustento e vigor da Igreja, firmeza da fé para seus filhos, alimento da alma, fonte pura e perene da vida espiritual” (DV 21).

Ler a Bíblia, portanto, é possível somente porque Deus tomou a iniciativa. Tal leitura é realizada no âmbito da Igreja “esposa da Palavra encarnada, instruída pelo Espí-rito Santo” (DV 23), porque a ela, a Palavra foi concedida como elemento constitutivo. De consequência, o contexto por excelência da leitura da Escritura é a liturgia (cf. DV 25). Vale ressaltar que a leitura bíblica seja na liturgia, seja em pequenos grupos ou individual deve ser sempre unida à oração, como resposta dialógica à Palavra que Deus nos dirige. Como nos lembra a Constituição Dogmática Dei Verbum: “Recordem que a leitura da Sagrada Escritura deve ser acompanhada da oração a fim que possa acon-tecer o diálogo entre Deus e o ser humano; porque lhe falamos quando rezamos e o escutamos quando lemos os oráculos divinos” (DV 25).

Daí, as atitudes do leitor que se debruça sobre a Sagra-da Escritura são: acolhimento e escuta da Palavra, silêncio interior, recepção da Palavra no seio da Igreja, reflexão humilde, disposição a deixar-se interpretar e interpelar pela Palavra, abertura à misericórdia de Deus e aceitação do seu perdão, necessário para nossa vida. Nestas condições, a leitura bíblica leva a descobrir com maior profundidade o projeto de Deus para o ser humano e dá força para levá-lo adiante através de ações concretas.

RENOVAÇÃO INADIÁVEL DA IGREJAA Paróquia é comunidade de comunidades, santuário onde os sedentos vão beber para continuar a caminhar, e centro de constante envio missionário.

DIMENSÃO ECLESIAL

Papa FranciscoEvangelium Gaudium (197/198)

Eu sonho com uma opção missionária capaz de transfor-mar tudo, para que os costumes, os estilos, os horários,

a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um canal proporcionado mais à evangelização do mundo atual que à autopreservação. A reforma das estruturas, que a conversão pastoral exige, só se pode entender neste sentido: fazer com que todas elas se tornem mais missionárias, que a pastoral ordinária em todas as suas instâncias seja mais comunicativa e aberta, que coloque os agentes pastorais em atitude constan-te de “saída” e, assim, favoreça a resposta positiva de todos aqueles a quem Jesus oferece a sua amizade. Como dizia João Paulo II aos Bispos da Oceania, “toda a renovação na Igreja há de ter como alvo a missão, para não cair vítima duma espécie de introversão eclesial”.

A paróquia não é uma estrutura caduca; precisamente porque possui uma grande plasticidade, pode assumir for-mas muito diferentes que requerem a docilidade e a criati-vidade missionária do Pastor e da comunidade. Embora não seja certamente a única instituição evangelizadora, se for

capaz de se reformar e adaptar constantemente, continuará a ser “a própria Igreja que vive no meio das casas dos seus filhos e das suas filhas” (João Paulo II). Isto supõe que este-ja realmente em contato com as famílias e com a vida do povo, e não se torne uma estrutura complicada, separada das pessoas, nem um grupo de eleitos que olham para si mesmos. A paróquia é presença eclesial no território, âmbito para a escuta da Palavra, o crescimento da vida cristã, o diálogo, o anúncio, a caridade generosa, a adoração e a celebração. Através de todas as suas atividades, a paróquia incentiva e forma os seus membros para serem agentes da evangelização. É comunidade de comunidades, santuário onde os sedentos vão beber para continuar a caminhar, e centro de constante envio missionário. Temos, porém, de reconhecer que o apelo à revisão e renovação das paró-quias ainda não deu suficientemente fruto, tornando-as ainda mais próximas das pessoas, sendo âmbitos de viva comunhão e participação e orientando-as completamente para a missão.

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Por mais doloroso que se apresente, por mais que as Ciências Médicas possam adiá-la, chega um momento em que somos envoltos pelo abraço da morte.

3GOIÂNIA | NOVEMBRO 2018Nossa vida

DESTA VIDA NADA SE LEVA, SENÃO O BEM PRATICADO

A perda, ocasionada pela morte, muitas vezes, nos

deixa desorientados, quando não, enfraquecidos. Sentimo--nos tomados por um grande espanto, como se uma parte de nós também partisse com a pessoa amada. Dependendo da extensão da ferida, as lágrimas tornam-se constan-tes, até que consigamos en-contrar forças, em Deus, para darmos continuidade à nossa existência. Mas, quando nos deparamos com a verdade da fé, percebemos que a morte não é um mero fim. Nela se encontra o começo daquela nova vida, testemunhada nos Evangelhos, cujo caminho é sustentado pelo amor do Pai. É Ele quem transforma o ato de falecer em um eterno ressuscitar!

Tanto o viver quanto o morrer são dois extremos de

1949 a 1985: Convento Redentorista de Campinas e Casa Paroquial. Era também a Sede da Vice-Província de Brasília, quando foi vendido ao Governo do Estado. Foto de 2016.

Reprodução

IN ILLO TEMPORE

PALAVRA DO PROVINCIAL

uma única existência: sonha-da, criada, doada e, depois, retomada a Deus. É por essa via que passamos a com-preendê-la não como uma inimiga aterrorizante, mas, ao contrário, enquanto uma companheira prudente ao nos ensinar que é necessário viver reconciliados e com a necessária sabedoria. Parece escandaloso assumi-la assim. Contudo, há de se considerar que, em vez de uma caçadora sanguinária, a morte é, na verdade, uma salutar con-selheira. É olhando para ela que aprendemos a valorizar o dom da vida, perdoando in-condicionalmente e vivendo a austeridade, em um tempo marcado pela compulsão ao consumo, pelo apego aos bens materiais e pela exclusão das pessoas.

À medida que a existência

vem à tona, a morte também surge, enquanto o outro lado da vida. Silenciosa, sempre nos olha, até que em um determinado momento, a pró-pria vida pede que a morte se aproxime, para que ela possa prosseguir com a sua longa caminhada, agora, na eter-nidade. Por mais doloroso que se apresente, por mais que as Ciências Médicas possam adiá-la, chega um momento em que somos envoltos pelo abraço da morte. Ela não marca o fim. Pelo contrário, gera a nossa travessia, para que possamos continuar exis-tindo, no coração amoroso do Pai Eterno. Que além de celebrar a ação divina na vida daqueles que se foram, pensemos também no modo como temos testemunhado a fé. Aí está a essência do Dia de Finados.

RECORDAÇÕES... BELOS DIAS com Pe. MAURÍCIO BRANDOLIZE

Brandolize

Rapidinho desde 1985

Na edição anterior recordei um pouco de minha vida com programas musicais religiosos através da Rádio Difusora Pai Eterno. Comecei em 1983, e já se passaram

35 anos. Dizia de meu ‘amadorismo’, não só pelo fato de ser amador na área, mas também porque amo o que faço. No mesmo sentido de ‘amadorismo’, escrevo nesta edição sobre minha vida com os meios de comunicação ligados à imprensa. Não escrevi livros, mas busquei na imprensa um veículo para divulgar matérias informativas, for-mativas e evangelizadoras. Este Rapidinho, por exemplo, criei em 1985 com o objetivo de levar, em pequenos tópicos, as notícias entre nós redentoristas. Desde seu início, foi enviado, via correio, para todas as casas da então Vice-Província de Brasília e para todas as casas da Província de São Paulo, bem como para os Superiores das Unidades. Também os benfeitores (oblatos) e alguns amigos recebiam o Rapidinho. Mas a edição não ultrapassava de 100 exemplares. Assim foi até 2005. Pequeno, com uma ou duas páginas. Em 2006 o informativo Rapidinho (até então eram tiradas cópias) começou a ser impresso na Gráfica Redentorista, com quatro páginas e 4 mil exemplares.

Com a pequena e grata experiência de editar o Rapidinho, ao ser indicado pároco da Matriz de Campinas, aqui em Goiânia, em 1996, com a minha equipe pastoral, resolvemos editar um jornal para a Paróquia. Foi muito bem aceito, inclusive pelo nome escolhido, “Matriz”, que ganhou a simpatia não só dos frequentadores da Matriz de Campinas, mas também das Capelas e de todos os participantes das Novenas Per-pétuas nas terças-feiras. A primeira edição saiu em setembro de 1996, e ao terminar meus 6 anos de pároco, conseguimos colocar o jornal Matriz nas mãos dos leitores todos os meses, sem falhar um mês sequer.

Em 2002 fui transferido para a Região Trindade II, onde os redentoristas são respon-sáveis pela Rede de Comunidades Nossa Senhora da Guia (em 2008 tornou-se paróquia). Uma extensão geográfica enorme, com mais de 20 Comunidades. Lá surgiu também a ideia de se ter um jornal. Com o apoio da Dona Bita (Maria Bárbara Duarte) e da sua equipe ‘Gente Amiga’, tivemos a segurança financeira para começar e sustentar o jornal Nosso Guia, com edições mensais. O Rapidinho acompanhava, como encarte, cada exemplar. Nos últimos anos, com a doença e falecimento da saudosa Bitinha, a Congregação Redentorista garantiu a existência do Nosso Guia até dezembro de 2017.

Em 2018 ficamos só com o Rapidinho, com 6 mil exemplares, levando aos nossos leitores as notícias dos missionários redentoristas de Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Distrito Federal. Agradecemos sua acolhida. Ele é divulgado também via internet. Nunca pensei em escrever livro. No entanto, sinto-me feliz com o resultado “jornalís-tico” mensal que pude produzir desde 1985.

Meu pai, João Brandolise, era a certeza de um leitor assíduo!

“Minha alma engrandece...”Quero condividir alegrias e esperanças das lutas desses 50 anos de Goiás a completar

em fins de janeiro próximo.Vim para passar um ano, pois estávamos em mudanças, transferências de triênio.Cheguei de carona com o estudante Arcádio Dias Gonzalez. Foi chuva de São Paulo

até Goiânia.

Augusto Costa, Vice- Provincial, me recebeu e Jesus Flores, pároco da Matriz Nossa Senhora da Conceição, me acolheu.

Assustaram-me, mas não me espantaram, o calorão e o poeirão de agosto/setembro.

Queria relembrar dois fatos que me ajudaram a formar minha têmpera: 1º - Li e rabisquei o Documento de Medellín que me chegou via “Vida Pastoral”. 2º - Numa tarde de outubro foi decretada a cassação de mandato do prefeito de Goiânia, Sr. Iris Rezende, às vésperas de inaugurar o “Parque Mutirama”. Fomos, Guy Barreto e eu, à casa dele na Av. Pará, aí na Campininha.

Por tudo isso e muito mais, celebremos a misericórdia do Pai e o bem--querer dos confrades.

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4 GOIÂNIA | NOVEMBRO 2018Testemunhas do Redentor

ACONTECIMENTOS DAQUI E DALI

Arquivo

Encontro Geraldino 2018Por ocasião da memória litúr-

gica de São Geraldo Majella, acon-teceu a edição 2018 do Encontro Geraldino. Esse encontro é promo-vido pelos Irmãos e voltado aos jovens formandos redentoristas para refletir sobre a espiritualida-de da Congregação do Santíssimo Redentor. Neste ano, o texto base

Moçambique Os Redentoristas de Tete,

Muvamba e Maputo se reuniram em Chimoio, Moçambique. O encontro envolveu as Unidades de Buenos Aires, de Dublin e de Fortaleza. A agenda incluiu dis-cussões sobre maior cooperação e também assuntos de reestrutu-ração e reconfiguração, objetos de reflexão atual na Congrega-ção Redentorista. Aguardemos as novidades! Lembremo-nos de que Fortaleza será parte da nova Unidade à qual pertece-remos a partir da implantação da reconfiguração. (fonte: www.africaredemptorists.com)

Entre os dias 19 e 21 aconte-ceu em Goiânia, o 4º Encontro Vocacional Redentorista 2018. Participaram 25 jovens de diver-sas regiões atendidas pelos Mis-sionários Redentoristas de Goiás. Inspirados por São Geraldo, alguns confrades, as Irmãs da Copiosa Redenção e pessoas leigas das nossas comunidades, os jovens refletiram sobre o modo de viver a santidade hoje, de modo geral como cristãos e especificamente como Missionários Redentoristas. (informou: Irmão Isael)

Arquivo

ArquivoD

ivulgação

Brandolize

de reflexão foi o Regulamento de vida de São Geraldo, destacando a importância de se ter um projeto de vida espiritual como subsídio motivacional para ser uma pessoa melhor.

Comemorou-se também o aniversário natalício do Irmão José Alves (88 anos) e seu exem-

plo de perseverança na missão (53 anos de vida consagrada). De fato, o Encontro Geraldino foi um momento rico de reflexão, oração e sobretudo fraternidade no qual formandos e confrades puderam celebrar a alegria de ser reden-torista. (informou: Irmão Marcos Vinícius, C.SS.R.)

Vocações

Redentoristas de três Unidades em Missão na África

Pe. PelágioA Província de Goiás vai celebrar o Ano Devocional Padre Pelágio. A aber-

tura será no dia 23 de novembro, às 7:00 h da manhã, com uma celebração na Igreja Santíssimo Redentor, em Trindade, onde se encontram os restos mortais do Venerável. O objetivo é envolver todos os Redentoristas da Província de Goiás, bem como todas as paróquias da Arquidiocese de Goiânia promovendo a evangelização a partir da vida e missão do Venerável Pe. Pelágio Sauter.

Ir. Diego JoaquimNos dias 19, 20 e 21 de outubro,

foi realizada a Jornada da Comu-nicação do Regional Centro-Oeste da CNBB, em Rubiataba/GO, em preparação ao Muticom 2019, que acontecerá de 18 a 21 de julho, em Goiânia. O evento reuniu 41 agentes da Pastoral da Comu-nicação (PASCOM) das dioceses que compõem o regional (Goiás e Distrito Federal). Na ocasião nosso confrade Ir. Diego Joaquim foi ree-leito coordenador da PASCOM do Regional Centro-Oeste. Parabéns!

Pe. Rafael VieiraO livro Sabedoria Espiritual –

reflexões sobre posts de Tomás de Kempis, de autoria do confrade Pe. Rafael Vieira, foi lançado no dia 14 de outubro, no Santuário Sagrada Família, em Goiânia. Dia 6 de no-vembro, terça-feira, será lançado no Santuário Basílica de Nossa Se-nhora do Perpétuo Socorro (Matriz de Campinas/Goiânia). Segundo Pe. Rafael, a obra foi exclusivamente escrita para divulgar a Associação para Cuidado de Câncer em Goiás (Hospital do Câncer de Inhumas). “Desejo do fundo do coração que as pessoas, ao adquirir o exem-plar, possam se enriquecer com a espiritualidade e a sabedoria de Tomás de Kempis, mas, sobretudo, se sensibilizem de que uma grande obra está em curso e exige muita mobilização para ser concretizada”, afirmou Pe. Rafael.

Os representantes da USG e da UISG encontraram-se com o Papa Francisco

Pe. Brehl no SínodoNo mês de outubro aconteceu o Sínodo dos Bispos para a Juventude.

Segundo o nosso Superior Geral, Pe. Michael Brehl, participante do Sinodo, “foram dias maravilhosos de escuta, discussão, reflexão, oração e traba-lho duro”. Durante o Sínodo, os representantes da USG (União dos Supe-riores Gerais (homens) e as representantes da UISG (União Internacional das Superioras Gerais (mulheres) tiveram a oportunidade de encontrar pessoalmente com o Papa Francisco. Estes 15, na foto, diz o Pe. Michael Brehl, “representam cerca de 1 milhão de mulheres e homens consagrados (irmãs, padres, irmãos, junioristas) em todo o mundo e muitos estão dire-tamente envolvidos no cuidado pastoral dos jovens através da educação, da saúde, cuidado pastoral social, pregação e muitas outras formas de sensibilização”. E o nosso Superior Geral relata: “É significativo que cerca de um terço dos delegados deste Sínodo sejam religiosos ( Cardeais, Bispos, Superiores Gerais, Irmãs, Sacerdotes e Irmãos). Rezemos para que este evento dê frutos não apenas para os jovens, mas também para todo o povo de Deus. Que Deus abençoe e acompanhe o Papa Francisco em toda a sua orientação e renovação da Igreja”. (fonte: www.cssr.news/italian)

Diácono José Ronaldo à frente da Procissão

No dia 20 de outubro, aconteceu em Trindade a 4ª Romaria Nacional do Terço dos Homens. Mais de 8 mil homens de vários estados se reuniram na casa do Pai Eterno. Começou com a procissão saindo da Igreja Matriz seguindo para Basílica do Divino Pai Eterno onde teve a Missa de Abertura com Dom Moacir Arantes, bispo auxiliar de Goiânia; depois o Santo Terço; Encontro com os Coordenadores de Caravanas; Consagração ao Divino Pai Eterno e a Celebração de encerramento presidida por Pe. Robson de Oliveira.

Arquivo

Divulgação

Pe. Bráulio e Pe. Clóvis anunciando o início do Ano Devocional

Arquivo

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5GOIÂNIA | NOVEMBRO 2018Testemunhas do Redentor

Fotos: Arquivo

ANIVERSARIANTES

07/11 Pe. Vanilson (50) Brasília/DF

06/11 Pe. Clóvis (91)Campinas

05/11 Pe. Henrique Strehl (88)Trindade/Paróquia

09/11 Fr. Jildemar (32)Juniorista

06/11 Dom Leonardo (68)Bispo Auxiliar de Brasília

12/11 Pe. Abdon (62) Campinas

23/11 Pe. Manoel (51)Paraíso-TO

Pe. André Ricardo eleitoSuperior Provincial

Os membros da Congregação do Santíssimo Redentor de Goiás elegeram o seu novo Superior Provincial, Pe.

André Ricardo de Melo, para o período de 2019-2022. A eleição ocorreu dentro da Assembleia Capitular, que se realizou entre os dias 22 e 25 de outubro, no Centro Pas-toral Dom Fernando, em Goiânia/GO.

A escolha do novo Superior foi submetida e aprovada pelo Governo Geral da Congregação, em Roma. Também foram eleitos os demais membros do Governo da Província de Goiás: Pe. João Paulo dos Santos, que será o Vigário Pro-

28/11 Fr. Thiago (27)Juniorista

Governo Provincial eleito para o período 2019-2022: Pe. João Bosco (conselheiro), Pe. Marco Aurélio (conselheiro), Pe. André Ricardo (superior provincial), Pe. João Paulo (vice-provincial) e Pe. Jesus Flores (conselheiro).

Pe. André Ricardo vai completar 38 anos no próximo mês. Nasceu na Cidade de Goiás, cresceu em Mossâmedes e foi ordenado padre em 2008

Pe. André Ricardo de Melo nasceu na Cidade de Goiás/GO em 1º de dezembro de 1980. Ingressou no

Seminário Redentorista Padre Pelágio, em Trindade/GO, em 15 de janeiro de 1999. Sua profissão religiosa como redentorista ocorreu em 29 de janeiro de 2005. A ordenação diaconal foi realizada em 29 de março de 2008, na Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade, e a presbiteral em 29 de novembro do mesmo ano, na cidade de Mossâmedes/GO.

Graduado em Filosofia e Teologia no Instituto de Filosofia e Teologia de Goiás (IFITEG), atualmente cur-sa o mestrado em Teologia Dogmática na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Foi colaborador em diversas etapas da formação dos novos redentoristas: 2008 a 2010, como reitor do Seminário São José, em Goiânia; e em 2011, como mestre de noviços. Foi tam-bém diretor-administrativo do IFITEG no ano de 2010.

Na pastoral, foi vigário-paroquial na cidade de Vila Rica/MT entre os anos de 2012 a 2013, e depois como pároco entre 2014 e 2017. No período de 2015 a 2016, foi coordenador de pastoral na Prelazia de São Félix do Araguaia/MT.

Pe. André Ricardo colaborou também no governo da Província de Goiás, como conselheiro, entre 2011 e 2014, e foi presidente da Fundação Pe. Pelágio – man-tenedora da Rádio Difusora de Goiânia, no ano de 2011.

Rodolfo Carvalhaes / AFIPE

vincial; Pe. Jesus Flores, Pe. João Bosco e Pe. Marco Aurélio, serão os conselheiros ordinários; Pe. Alex Venâncio e Pe. José Bento, conselheiros extraordinários.

Também foi eleito o vogal, que será o representante da Província de Goiás junto à Conferência dos Redentoristas da América Latina e Caribe. O eleito foi o Pe. Paulo Cézar Nunes de Oliveira, tendo como suplente o Pe. Paulo Júnior Silva Leão. Como preveem os Estatutos da Província de Goiás, esta nova equipe tomará posse durante celebração eucarística, no dia 01 de janeiro de 2019.

BIOGRAFIA DO NOVO PROVINCIAL

Rodolfo Carvalhaes / AFIPE

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6 GOIÂNIA | NOVEMBRO 2018Solidariedade na Missão

Tudo por um sorrisoMais de mil crianças participaram das atividades, com momentos de recreação, evangelização e reflexão

Postulantes e jovens das paró-quias redentoristas de Goiás

realizaram, no dia 12 de outubro, mais uma ação do projeto “Tudo por um sorriso”. Desta vez, foi na Comunidade Nossa Senhora de Fá-tima, do Setor Palmares, que integra a Paróquia Nossa Senhora da Guia, da região Trindade II. Mais de mil crianças participaram das ativida-des, com momentos de recreação, evangelização e reflexão vocacional. “O intuito é levar a alegria de ser cristão, através do nosso sorriso, pois acreditamos que o sentido de nossas vidas é fazer sentido a outras vidas”, explica o postulante Lucas Evangelista, um dos organizadores.

A programação começou com a Santa Missa. Além dos estudantes,

estavam presentes diversos confra-des: Pe. Walmir e Pe. Aragonês, da paróquia Nossa Senhora da Guia; Ir. Isael, da equipe de Animação Vocacional, e o formador do pos-tulantado, Pe. João Paulo. Mais de 60 pessoas trabalharam para organizar o evento, além de mais de 100 padrinhos, o que possibilitou a distribuição de mais de 1.000 brinquedos.

De acordo com Lucas, a iniciati-va tem inspiração na espiritualida-de da Congregação do Santíssimo Redentor. “O projeto cumpre com a finalidade da Congregação, que é o de continuar o exemplo de Jesus Cristo, respondendo às urgências de cada realidade de forma nova e criativa”. Os postulantes recor-

dam, na elaboração do projeto, o testemunho de Santo Afonso, fundador da Congregação, em seu trabalho no Hospital dos Incuráveis de Nápoles, na Itália, bem como o do Bem-aventurado Pedro Donders que dedicou a sua vida em prol dos leprosos no Suriname.

O projeto “Tudo por um sorri-so”, em outras ocasiões, também marca presença junto a crianças que estão internadas em hospitais, e também junto a idosos em casas de repouso. “Assim, ajudamos as crianças e idosos a melhorar a capacidade de enfrentamento durante o período de internação, com um abraço amigo e fraterno. Isso também é evangelizar!”, con-cluiu Lucas.

Arquivo

Uma grande equipe de jovens trabalhou para acontecer com sucesso o Projeto Tudo por um sorriso

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Pe. Walmir, Pe. Aragonês, Ir. Isael e postulantes redentoristas

90

TEOLOGIA POPULAR | OS TEOMÉTRICOS91 95

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Quais são os nossosdestinatários?

7GOIÂNIA | NOVEMBRO 2018Num mundo ferido

Arquivo

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No dia 20 de outubro a Paró-quia Divino Pai Eterno, as

Obras Sociais Redentoristas de Goiás e a Juventude Missionária Redentorista proporcionaram um dia festivo para os jovens em comemoração ao Dia Nacional da Juventude (DNJ). Com o tema “Ju-ventude Construindo uma Cultura de Paz” o evento teve como objeti-vo convidar cada participante a ir ao encontro do Espírito Santo, fortalecer a sua fé e espalhar a paz pelo mundo.

Cerca de 285 pessoas, sendo 170 jovens (de Trindade, Santa Bárbara de Goiás, Abadia de Goiás, Goiânia e de Brasília) e 15 adultos, marca-ram presença no DNJ Trindade. Com o espírito solidário, no ato da inscrição cada um doou um ali-mento não perecível. “O DNJ/2018 foi diferente dos outros porque

nPe. Inácio Medeiros, C.Ss.R. Superior Provincial de São Paulo

Há muito tempo, movidos pelos ideais do Concílio Vati-cano II, os missionários redentoristas de todo o mundo

vêm buscando recuperar o original de sua vida e de sua missão, para serem fiéis ao ideal de seu fundador, Afonso Maria de Ligório.

Desde o início dos anos 90, a Congregação Redentorista vem passando por um processo conhecido como reestrutu-ração. Este processo é baseado em sete princípios, e todos eles convergem para um só objetivo: Reestruturação para a missão!

Impulsionados pelas decisões do XXV Capítulo Geral realizado na Tailândia, em novembro de 2016, estamos nos perguntando agora de forma bem profunda: A quem somos enviados? Para responder a essa pergunta toda a Congregação realiza um projeto de redefinição de suas Prioridades Missionárias, olhando de forma decidida para nossos destinatários, chamados a serem parceiros em nossa evangelização. O citado Capítulo Geral fez também uma análise da conjuntura do mundo e da sociedade moderna, destacando que neles precisamos encontrar “os feridos de nosso tempo”, em cada realidade onde vivemos e atuamos, pois somente desta forma é que seremos “testemunhas do Redentor, solidários para a missão”.

Na redefinição das prioridades missionárias, ao lado daquelas ações tradicionais, há muitos anos a Província de São Paulo vem apostando no trabalho missionário com os menos favorecidos ou excluídos da sociedade, são milhões de irmãos nossos que quotidianamente são colocados em situação de vulnerabilidade social. Isto se faz através de uma Ação Social, representada pelos nossos CAS, Centros de Assistência Social.

A razão maior dessa nossa atuação não é por uma mera questão legal, por uma imposição dos poderes públicos cons-tituídos nem mesmo pelo mero assistencialismo, como se fez durante tanto tempo no Brasil. O que nos move é o desejo sincero de trabalhar na promoção integral de cada pessoa que chega até nós e que é assistida em nossos Centros Sociais. Esta é uma forma atualizadíssima de missão!

Esse trabalho, claro, passa pelos formalismos legais, mas vai muito além, buscando resgatar o humano em cada pessoa, pois só assim, resgatando o humano, é que se pode chegar ao divino que existe em cada pessoa.

Construindo uma Cultura de PazTrindade comemorou o Dia Nacional da Juventude com palestras, show e gincana

pedimos doações de alimento para ajudar crianças carentes assistidas pelos Centros Sociais Redentoris-tas”, explica Lucia Vânia Alves, uma das organizadoras do evento.

Quase 160 quilos de alimen-tos foram coletados (óleo, arroz, macarrão, feijão, ervilha, extrato de tomate e leite). Os alimentos fo-ram encaminhados para as Obras Sociais Redentoristas e destinados à alimentação das crianças.

Das 7h às 22h os jovens não ficaram parados, entre o café da manhã e o jantar eles espalharam boas energias durante a palestra e show com o cantor e compositor Abner Santos e na gincana que foi pensada especialmente para o mo-mento. “Deveria ter sido dois dias”, era o que os participantes pediam.

A Santa Missa presidida pelo Pe. Fábio Pascoal e concelebrada

pelo Pe. Reinaldo Martins, ambos redentoristas, abençoou o dia de atividades e também aqueles que voltariam para suas casas em outras cidades. O DNJ foi encerra-do com a entrega dos prêmios às equipes vencedoras da gincana, uma bicicleta para o 1° lugar, um vale de R$ 150,00 para o 2º lugar e bonés para o 3º lugar.

“Superamos a nossa expec-tativa, o DNJ Trindade surgiu de uma reunião sem pretensão maior, queríamos apenas arrecadar alimentos…o nosso coração está cheio de gratidão, conseguimos mostrar a face de Jesus Redentor a cada um que esteve conosco e em cada atividade proposta”, con-cluiu Lúcia Vânia referindo-se aos comentários no final do evento. (Fonte: Assessoria de Comunicação das Obras Sociais)

Crianças do Centro Social Redentorista

Arquivo

Equipe que conquistou o 1º lugar na gincana e ganhou a bicicleta

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Igreja em saída8 GOIÂNIA |NOVEMBRO 2018

Quy Duong, C.Ss.R., relatou a festa da canonização de

San Oscar Romero na paróquia redentorista do Espírito Santo em Houston, Texas, EUA: “Os sal-vadorenhos são um dos maiores grupos da nossa comunidade na paróquia. Naturalmente, a cano-nização de Santo Oscar Romero, domingo, 14 de outubro, foi a ocasião perfeita para uma grande festa. Nossa celebração incluiu uma procissão em torno da igreja antes da missa dominical em es-panhol, seguida de uma recepção

Redentoristas e Santo Oscar Romero

no salão esportivo da paróquia. Além da comida deliciosa, a co-munidade apreciou os números musicais de uma banda carismá-tica, bem como o videoclipe da missa de canonização. Embora a canonização em Roma incluísse outros seis, com destaque para o Papa Paulo VI, as pessoas fi-caram profundamente tocadas pela canonização do compatriota Santo Oscar Romero. A história dos salvadorenhos na fé cristã me evangeliza. Isso me inspira a saber o que eles experimentaram

e o significado dos esforços cora-josos de um homem implacável e destemido na pregação do Evange-lho, mesmo à custa de sua própria vida. Encorajei a comunidade a compartilhar suas histórias e ex-periências com outras pessoas. A comunidade investiu muito tempo e esforço nos preparativos para a celebração, incluindo belas deco-rações e música que contribuíram significativamente para a alegria e solenidade da celebração euca-rística”, disse Quy Duong, C.Ss.R. (http://www.cssr.news/italian)

Divulgação

Divulgação

Papa Francisco recebendo carta dos jovens auditores do Sínodo dos Bispos para a juventude

A canonização do bispo mártir no domingo, 14 de outubro, foi a ocasião perfeita para uma grande festa entre os salvadorenhos

Uma Igreja em saídaO mundo, principalmente a comunidade católica, acompanhou

os trabalhos realizados pelo Sínodo dos Bispos para os jovens neste mês de outubro. Foram reflexões fecundas e, segundo os participantes (bispos e auditores), uma experiência única, uma experiência de uma vida partilhada, sobretudo de uma vida que olha para os jovens nas suas muitas dificuldades, mas também nos seus anseios e nas suas esperanças. A Igreja reunida em torno ao Papa Francisco e a tantos bispos de várias partes do mundo está apresentando uma resposta (espiritual, teológica e pastoral) capaz de indicar um caminho para os jovens cristãos trilhar e se sentir seguros. Com fé e no seguimento de Cristo, discernindo sua vocação, na vida profissional, na vida familiar, na vida consagrada ou sacerdotal, os jovens são de fato discípulos missionários que anunciam Cristo para o mundo de hoje.

Jovens auditores do Sínodo dos Bispos em Roma leram e entre-garam ao Papa Francisco uma carta/mensagem onde expressam sua solidariedade ao pontífice no caminho feito até agora, princi-palmente na dimensão de ‘uma Igreja em saída”. “Queremos dizer que partilhamos o teu sonho: uma Igreja em saída, aberta a todos, sobretudo os mais fracos, uma Igreja hospital de campanha”, pode ler-se. Eis a íntegra da mensagem dos jovens:

Caríssimo Papa Francisco,nós jovens, presentes no Sínodo, escolhemos esta ocasião para

exprimir ao senhor a nossa gratidão por nos ter dado o espaço para fazer juntos este pequeno pedaço da história. As ideias novas necessitam de espaço e o senhor nos deu este espaço. O mundo de hoje apresenta a nós, jovens, oportunidades inéditas junto a tantos sofrimentos. Por isso esse mundo tem necessidade de novas respos-tas e de novas energias de amor. Tem necessidade de reencontrar a esperança e de viver a felicidade que se experimenta ‘no dar mais que receber’, trabalhando por um mundo melhor.

Nós queremos afirmar que compartilhamos o seu sonho: uma Igreja em saída, aberta a todos, sobretudo aos mais vulneráveis, uma Igreja ‘hospital de campanha’. Já somos parte ativa desta Igreja e queremos continuar a nos comprometer concretamente para melhorar as nossas cidades e escolas, o mundo sociopolítico e os ambientes de trabalho, difundindo uma cultura da paz e da solidariedade e colocando no centro os pobres, nos quais se reco-nhece o próprio Jesus.

Ao final deste Sínodo, desejamos dizer ao senhor, Papa Francis-co, que estamos juntos, e unidos também com os bispos da nossa Igreja, mesmo nos momentos de dificuldades. Pedimos ao senhor para continuar o caminho que tomou e lhe prometemos o nosso total apoio e a nossa oração diária.

Vaticano, 26 de outubro de 2018.

São Paulo VI e Pe. Antonio MarrazzoMontini era um homem a serviço do homem”PE. ANTONIO MARRAZZO. C.SS.R.

Com a fórmula clássica de canonização: “Sanctos esse

decernimus ac definimus… ” pro-nunciado domingo 14 de outubro, na Basílica de São Pedro, o Papa Francisco declarou santo o Papa Paulo VI, juntamente com outros 6 bem-aventurados.

Já no dia 12 de outubro, na preparação da canonização, Pe. Antonio Marrazzo, C.Ss.R., postu-lador da causa de Paulo VI, havia comentado uma série de detalhes sobre a pessoa do agora santo.

“Giovanni Battista Montini, disse pe. Marrazzo, era um homem

incluindo um mártir, santos da caridade, santos fundadores de congregações religiosas e um leigo. Isso para dizer que a santidade de Giovanni Battista Montini, Paulo VI, não deve ser vista tanto ao pa-pel de pontífice que desempenhou, ou com o fato de ter sido arcebispo de Milão, mas sobretudo pelo fato dele ter vivido uma relação íntima com Deus e nesta relação Montini colocou então sua existência na vontade de Deus. Deste modo per-cebemos claramente que a Igreja canonizou Giovanni Battista Mon-tini - Paulo VI, e não o contrário. Então quem foi canonizado não foi o papa, o Pontífice, mas o ho-mem Giovanni Battista Montini. O homem que foi leigo, seminarista, sacerdote, bispo e pontífice” disse Pe. Antonio Marrazzo. (fonte: www.cssr.news/italian)

a serviço do homem, dava voz àqueles que não tinham voz. É verdade que, por um lado, temos o sacerdote, o padre como pastor. Mas, por outro lado, também te-mos o homem Giovanni Montini, com seu caráter, com sua persona-lidade, e enfocar isso em Paulo VI é muito importante, porque muitas vezes queríamos ver o homem público na sua tarefa, mas o que há por trás disso? Era um homem que tentou canalizar seu potencial em favor do homem, em favor dos outros. Era uma voz daqueles que não tinham voz”.

Pe. Antonio Marrazzo deixou também um depoimento no Scala News, em um vídeo, do qual des-tacamos um trecho: “Desta vez o Papa Francisco não canonizou Paulo VI sozinho. Ele preferiu incluí-lo em um grupo de santos,

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9GOIÂNIA | NOVEMBRO 2018Igreja em saída

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A Congregação do Santíssimo Redentor, através da Scala Editora, lhe oferece mensalmente o Rapidinho relatando a Ação Pastoral dos Re-dentoristas de Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Distrito Federal. Agradecemos os colabora-dores, abaixo relacionados, que ajudam no custeio das edições.

Maria Bárbara Duarte (in memoriam), Dr. Hélio Seixo de Britto (in memoriam), Helinho de Brito e Myrian - Setor Sul, Flávio Ivo Bezerra e Maria Alice - St. Marista,Ronaldo de Brito e Mª das Dores - St. Bueno, Família Nunes - Jardim América, Francimar Maia - Setor Bueno,Dediher e Irene - Campinas,Eurico Almeida de Britto - Setor Central,Maria Clemente de Oliveira - Setor Bueno, Geraldo Magela e Eunice - Setor São José, Kalil - Setor Campinas, Pe. Guilherme Contart - Palmelo-GO,Maria José e Hermando Lisier - Sorocaba-SP, Pedro Evangelista de Lima - St. Maysa I, Antônio João Thozzi - São Paulo, Antônia R. de Oliveira - St. Castelo Branco, Divino Felício - Jd. Marista, Demerval Cândido - Res. Araguaia, Geraldo Clarindo Caldas - Setor Oeste, Joventina Alkmim - Aparecida de Goiânia, Tereza Gonçalves - Piracanjuba-GO, Anna Mancila Madeira - Caldas Novas-GO,Maria Luiza Costa - Goiânia-GO,Celsa / Cláudia Sipaúba - Setor Oeste,Vilma Trevisan Ricardo - Tietê-SP,Maria do Carmo - Tietê-SP, Clara Melo Vaz - Tietê-SP,Maria José F. Lopes - Tietê-SP, Família Brandolise - Tietê-SP.

Banco do Brasil nos dois últimos meses até o fechamento desta edição.Agência: 4864-X Conta Corrente: 21.081-1(Antônio M. Brandolize)

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DEUS LHES PAGUE

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Depósitos

Carlos Alexandre Júnior - St. Oeste;Isabele Pereira Ferreira - St. Oeste; Matheus Pereira do Prado - St. Oeste; Guilherme Salera Bezerra - St. Marista; Artur S. Brito Bezerra Oliveira - Brasília-DF; Luiza Seixo de B. B. Oliveira - Brasília-DF; Felipe Quieregati - St. Marista;Flávio Q. S. Britto Bezerra - St. Marista;Stéphanie Q. S. B. Bezerra - St. Marista; Laís Salera S. de Britto Bezerra - St. MaristaAmanda Olinto O. Guimarães - St. Campinas;Renato Xavier de C. Nunes - St. Campinas

COLABORADORESUm Documento para o coração

A Igreja está vivendo um momento “di-fícil”, é “perseguida com acusações

contínuas” e, portanto, é o momento de defendê-la, todos juntos. Este o apelo do Papa Francisco na conclusão do Sínodo dos Bispos, dedicado aos jovens, no Vaticano.

Durante quase um mês a Assembleia sinodal refletiu questões delicadas que dizem respeito às novas gerações. O clima da sala do Sínodo, no encerramento, foi muito positivo e o Papa foi frequentemente interrompido pelos aplausos durante as suas palavras improvisadas. “Mas tudo isso, disse Fran-cisco, não pode deixar de lado o momento complicado que se vive, entre acusações externas e internas”.

Momento difícil“É um momento difícil porque o acu-

sador, disse o Papa se referindo ao diabo, através de nós ataca a Mãe e na Mãe não se toca”, sublinhou referindo-se à Igreja, acres-centando: “Todos nós devemos defendê-la”. As acusações contra a Igreja se tornam “per-seguição”, como acontece com os cristãos do Oriente, mas “há outro tipo de perseguição, com acusações contínuas para sujar a Igreja. A Igreja não deve ser sujada, nós filhos, sim, somos todos sujos”, os filhos são pecadores”, “mas a Mãe não, devemos defendê-la, todos, e por isso eu pedi para todos rezarem o Terço “neste mês de outubro, todos os dias, pela unidade da Igreja”.

Em seguida o Papa Francisco falou sobre os trabalhos do Sínodo: “Nós aprovamos o

documento, agora o Espírito nos dá o docu-mento para que trabalhe no nosso coração. Nós somos os destinatários do documento, e ele ajudará muitos outros, mas os primeiros destinatários somos nós”.

Sínodo não é um ParlamentoO Santo Padre reiterou ainda que “o Sí-

nodo não é um Parlamento, mas um espaço protegido” porque é o Espírito Santo quem opera. Depois indicou aos padres sinodais qual deve ser o caminho a ser seguido a par-tir deste momento, porque não é suficiente um pedaço de papel. “O resultado do Sínodo não é um documento, eu disse isso no início. Estamos cheios de documentos”. “E então o

documento aprovado hoje vai dar frutos se for meditado e acompanhado pela oração”.

O Pontífice agradeceu ainda sinceramen-te todos pelo trabalho feito neste mês de ou-tubro. Começando precisamente pelos jovens que participaram do Sínodo dos bispos como ouvintes: “Eles trouxeram a sua música para esta sala – disse. Música é uma palavra diplo-mática para dizer barulho”, disse Francisco sorrindo. Em seguida, Francisco agradeceu o secretário geral do Sínodo do Bispos, cardeal Lorenzo Baldisseri e os subsecretários pelo seu trabalho. “Eu disse que eles tinham deixado a pele no documento preparatório, agora eu digo que eles deixaram os ossos”, foi a brincadeira final para dizer obrigado a todos.

Três partes, 12 capítulos, 167 pará-grafos, 60 páginas: assim se apresenta o documento final da XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, sobre o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. O texto foi aprovado na tarde de 27 de outubro na Sala do Sínodo. O do-cumento foi entregue nas mãos do Papa, que então autorizou a sua publicação.

O fio condutor do Documento Final do Sínodo dos Jovens é o episódio dos discí-pulos de Emaús, narrado pelo evangelista Lucas. Lido na Sala alternando vozes do relator geral, cardeal Sérgio da Rocha, e os secretários Especiais, padre Giacomo Cos-ta e padre Rossano Sala, juntamente com Dom Bruno Forte, membro da Comissão para a Redação do texto, o documento é complementar ao Instrumentum labo-

Divulgação

A Assembleia Sinodal refletiu questões delicadas que dizem respeito às novas gerações durante quase um mês

O DOCUMENTO FINALris do Sínodo, do qual toma a subdivisão em três partes.

Acolhido com aplausos, o texto, segundo as palavras do cardeal brasileiro, Dom Sérgio da Rocha, é «o resultado de um verdadeiro trabalho de equipe» dos Padres Sinodais, juntamente com os outros participantes no Sínodo e «em modo particular os jovens.» O Documento, portanto, recolhe as 364 formas, ou emendas, apresentadas. «A maior parte delas, acrescen-tou o Relator geral, foi precisa e construtiva”. Todos os parágrafos do texto foram aprovados com pelo menos dois terços dos votos.

Em primeiro lugar, portanto, o Documento Final do Sínodo olha para o contexto em que vivem os jovens, destacando os pontos de força e desafios. Tudo parte de uma escuta empática que, com humildade, paciência e disponibilida-de, permite dialogar realmente com os jovens,

evitando “respostas preconcebidas e receitas prontas”. Os jovens, de fato, querem ser “ouvidos, reconhecidos, acompanhados” e querem que sua voz seja “considerada interessante e útil no campo social e eclesial”. A Igreja nem sempre teve essa atitude, reconhece o Sínodo: muitas vezes sacerdotes e bispos, sobrecarregados por muitos compromissos, lutam para encon-trar tempo para o serviço da escuta. Daí a necessidade de preparar adequadamente também leigos, homens e mulheres, ca-pazes de acompanhar as jovens gerações. Diante de fenômenos como a globalização e a secularização, além disso, os jovens movem-se em direção a uma redescoberta de Deus e da espiritualidade e isso deve ser um estímulo para a Igreja, para recuperar a importância do dinamismo da fé.

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Começa a missão “Natal em Família” 2018

10 GOIÂNIA | NOVEMBRO 2018Mídia Redentora

TEMPO DO ADVENTO

O Natal de dezembro de 2018 marca o Jubileu de Ouro

da novena “Natal em Família”, que surgiu da criatividade do Pe. Daniel Tamassia no desejo de mobilizar as famílias e comuni-dades para uma oração simples e catequética. Um costume que tem origem na própria tradição mis-sionária de Santo Afonso Maria de Ligório, fundador dos Redento-ristas, e que foi aos poucos sendo assumida por diversas dioceses e também por outras editoras católicas.

Trata-se de um método mis-sionário com características bem

marcantes, como explica o autor da edição 2018 da novena “Natal em Família”, o padre Rafael Vieira. “Uma delas: é um texto de oração e reflexão para o Tempo litúrgico do Advento. Uma outra característica importante: o texto não represen-ta a opinião ou a piedade de um autor, mas de uma tradição de evangelização representada pelos Missionários Redentoristas dentro da Igreja no Brasil. Uma última característica que eu destacaria na composição do texto da novena aponta para dois compromissos entre os participantes: a conversa entre as famílias e a ação concreta

Roteiro com linguagem direcionada e espiritualidade bíblica, que ajudará as

crianças a rezarem e se prepararem para a celebração do Natal de Jesus. Acompanha um lindo encarte para colorir.

Com encontros dinâmicos os jovens poderão rezar e aprofundar a

espiritualidade de um evento que marcou a história da humanidade: O Natal do Senhor Jesus.

Jesus nasceTODOS OS DIAS PARA NÓS!

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para dar testemunho do que foi rezado”.

A edição deste ano tem como tema “Jesus nasce todos os dias para nós!”, e inspiração bíblica no Evangelho de Lucas, que diz: “Nas-ceu na cidade de Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor” (Lc 2,11). A Scala Editora produz também há alguns anos outras versões da novena: a versão para os jovens é de autoria da Ir. Elizabeth Silva dos Santos, da Congregação das Filhas de Nossa Senhora da Misericórdia; a versão para crianças é de autoria de outro redentorista, o Ir. Marcos Vinícius Ramos de Carvalho.

É a novena mais tradicional e popular das famílias brasileiras, elaborada com

praticidade, profundidade espiritual e forte conteúdo bíblico.

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São várias opções para você enviar os seus votos natalinos com inspiração bíblica. Uma lembrança para fazer memória do nascimento de Jesus, o verdadeiro sentido do Natal.

LEMBRANÇAS

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11GOIÂNIA | NOVEMBRO 2018Atualidades

“Mudar tudo o que tá aí!”A partir de primeiro de janeiro de 2019, Jair Messias Bolsonaro

será o novo presidente da República Federativa do Brasil. Mesmo recebendo quase 58 milhões de votos, uma votação expressiva, ele terá o desafio de governar para 209 milhões de brasileiros. E nesta missão, será preciso trabalhar pela unidade para fazer o país retomar o rumo do crescimento e da justiça social – mesmo sabendo que este caminho é entendido de formas diferentes por cada grupo político.

Há quem queira defender a ideia de uma renovação em torno do modo de se fazer política, tanto no Executivo como no Legislativo Federal, a partir de 2019. É algo que será preciso ver na prática como vai funcionar. Não basta a mudança dos agen-tes políticos, mas uma mudança no modo de se fazer política.

Bolsonaro tem o desafio de “mudar tudo o que está aí”, como tantas vezes disse ao longo da campanha. E há dois aspectos que são decisivos para representar esta mudança: a composição dos ministérios, e a relação com o Congresso Nacional. A distribuição de cargos e de verbas é a base do “toma lá, dá cá” que faz as coisas no Brasil andarem ou não. E se conseguir fazer isso, já valeu a pena ser presidente.

Outro aspecto importante para o novo presidente é criar as condições para uma reforma política democrática. E a sua dificuldade não parece estar em conseguir apoio no Congresso, mas em mudar o seu discurso político. Bolsonaro precisa aceitar que as ideologias fazem parte do jogo político, e que o diálogo entre a “direita” e a “esquerda” é justo e necessário e pode fazer o país seguir no rumo certo.

Um presidente para todos! Buscando cumprir os compro-missos de campanha, sua base eleitoral, mas especialmente procurando entender as necessidades de todos os brasileiros. Que Jair Bolsonaro consiga empreender este caminho.

O Sínodo para os Jovens, concluído no Vaticano. O texto, que será rapidamente publicado, é fruto de um importante pro-cesso de diálogo na Igreja, mesmo em tempo tão difícil para ela, como recordou o próprio Papa Francisco.

A tensão do período eleitoral vai continuar, pois parece que nem os vencedores e nem os vencidos estão dispostos a depor as armas e começar a cuidar do país. Parece que, assim como 2014, a campanha eleitoral vai continuar... até 2022 (!?).

Há pessoas que não gostam de ver a Igreja abordar te-mas sociais em sua missão evangelizadora. No entan-

to, a própria Doutrina Social da Igreja recorda que é seu dever “propor os princípios e os valores que possam sus-

ter uma sociedade digna do homem” (DS, 580). Entre estes princípios, o da solidariedade é considerado um dos funda-mentais da concepção cristã sobre a organização social e política.

Neste sentido, a Campanha da Fraternidade (CF), pro-posta pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para 2019 terá como tema “Fraternidade e Políticas Públi-cas”, e como lema: “Serás libertado pelo direito e a justiça” (Is 1,27). A iniciativa deverá abordar questões relacionadas à educação, saúde, meio ambiente e desenvolvimento so-cial. “Levando em consideração que a temática é bastante ampla e que diz respeito a toda a sociedade, não se pode falar de políticas públicas sem levar em consideração tais aspectos”, explicou em entrevista ao site da CNBB o padre Erivaldo Dantas, que elaborou para a campanha a arte ofi-cial.

A Campanha, realizada durante o período da Quares-ma de 2019, deverá estimular a participação do cristão na promoção de políticas públicas, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja. O secretário executivo das Campanhas da Fraternidade, padre Luís Fernando da Silva, explicou ao site da Conferência dos Bispos a abrangência destas políticas públicas. “Falamos de participação das pessoas no processo de gestão e controle. Cada um na sua medida e realidade. Todos os cristãos têm a missão e são chamados a participar”.

A Scala Editora produziu o seu tradicional roteiro “CF em Família 2019”, com texto de autoria do Pe. Vicente André de Oliveira. O mesmo subsídio contém seis encontros, mais a ce-lebração da Via-Sacra e a celebração final, tudo fundamenta-do na proposta de reflexão apresentada pela CNBB.

Política, no melhor sentido da palavra

Reprodução

Proposta da Campanha da Fraternidade em 2019 será de aprofundamento do significado do termo

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12 GOIÂNIA | NOVEMBRO 2018Rafapédia

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PE. RAFAEL VIEIRA SILVA, C.SS.R.

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UUNIÃO. O furacão representado pelo período eleitoral no Brasil, este ano, não deixou pedra sobre pedra. A campanha e os dois turnos de votação que pareciam ser breves, se tornaram uma eternidade marcada por desaforos, desinformação generalizada, muita pai-xão e pouca racionalidade. Nunca antes, na história desse país, se usou tanto as redes sociais digitais para divulgar fatos, mentiras, insinuações, elogios fora de lugar. Tudo para valorizar os escolhidos e desqualificar os adversários que se tornaram, verdadeiramente, inimigos. Vivemos uma guerra. Seria preciso, depois das vitórias ofi-cializadas, tomarmos um tempo – tanto quem esteve do lado dos vencedores como quem esteve do lado dos perdedores – para co-nhecer os despojos. Reputações destruídas, amizades abaladas, de-monstrações de ignorância histórica, e o pior de tudo: a violência que ceifou vidas e deixou muita gente machucada. Um amigo meu, que foi estudante do IFITEG, foi agredido em São Paulo por rapazes que quiseram “ensinar” a ele como votar “certo”. Resultado: três fra-turas no rosto.

UTOPIA. Cultivo, com fervor, o sonho de viver uma sociedade onde reine a justiça e a paz. Se isso não é possível em sua plenitude, em sua utopia, que seja pelo menos possível nos aproximar o mais pos-sível desse tipo de mundo. Não concordo em nivelar por baixo, con-siderar apenas a rasura neoliberal do possível. O impossível é um tempero importante para dar sabor à nossa convivência social. A utopia é necessária, saudável, importante. Ela nos mantém aten-tos e mobilizados para construir o melhor e não nos acostumarmos apenas com o que está ao alcance de nossas mãos. A utopia nos con-serva acordados, vigilantes, querendo sempre dar um passo adian-te, renovar as coisas, alcançar metas novas e desafiadoras. Eduardo Galeano, o visionário uruguaio, dizia, citando Fernando Birri: “A uto-pia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar”.

VVERDADE. Costumam dizer, entre os estudiosos de comunicação, que vivemos no período da pós-verdade. Um conceito novo para servir de diagnóstico para proliferação de uma cultura que não manifesta apreço pela velha, boa e eterna verdade. A Universidade de Oxford, na Ingla-terra, elegeu a expressão como a “palavra do ano” em 2016 e a definiu como um substantivo “que se relaciona ou denota circunstâncias nas quais fatos objetivos têm menos influência em moldar a opinião pública do que apelos à emoção e crenças pessoais”. Num bom português seria o seguinte: dizer mais o que as pessoas querem ouvir a respeito de suas vidas do que propriamente dizer como suas vidas verdadeiramente são. As provas do predomínio atual da pós-verdade podem ser encontradas, aos montes, na última etapa de nossa vida nacional, no Brasil. Uma pessoa faz uma declaração contendo um absurdo total em relação às instituições e às pessoas e, depois, alguém justifica: “Imagina, ele não pensa isso. Ele só estava brincando”. Só era importante “lucrar” com o que foi dito, não importa se aquilo era verdade ou não.

VIAGEM. Já gostei muito de viajar. Gostava de andar de ônibus, de carro. Achava o máximo sentir as turbulências durante os voos, chegava a me divertir com aquele balanço. Era jovem. Fi-quei velho e passei a ter medo. Penso que o avião vai cair e vou morrer sem dar adeus aos meus. Faço mil cálculos do tempo que vai durar uma viagem de carro ou de ônibus. Confesso que não me iludo com pouca coisa. Ainda assim, insisto em dizer que gos-to de viajar, com segurança e com transporte rápido, claro. Sorte minha e daqueles que gostam de viajar que a gente pode ler livros e navegar na internet. Essas, seguramente, são grandes viagens. Mesmo os mais viajados, só poderão alcançar certos universos por meio da leitura. Sugiro, por exemplo, a literatura produzida por Amos Oz. Seus textos têm o poder de nos tirar de onde esta-mos e nos conduzir a mundos interessantíssimos. A riqueza de detalhes das cenas, o movimento dos personagens e a estrutura de suas histórias valem mais do que muitas idas a Israel. Eu estou lendo, no momento, um livro dele: “Judas”. Recomendo.

WWI-FI. Acho que nem precisa explicar do que se trata, mas va-mos lá. Wi-fi é a abreviação de uma expressão em inglês “wire-less Fidelity” que significa literalmente fidelidade sem fio. Ou ainda, mais simples: wi-fi é uma tecnologia de comunicação que não faz uso de cabos e, geralmente, é transmitida através de frequência de rádio. Concretamente, todo mundo sabe bem do que se trata, principalmente quando acabam os créditos do celular e é preciso pesquisar algo urgente na internet. Alguém já ouviu falar naquela anedota que retrata bem o papel que uma wi-fi tem hoje em dia em nossas vidas? Uma adolescente en-tediada vai ao encontro de uma amiga no velório apenas por insistência da mãe que conhecia a família do defunto. Chegan-do na sala, aproxima-se da amiga e fala ao ouvido: “Qual é a wi-fi daqui?”. A amiga, cuidadosa e já envolvida pelo clima do lugar fala: “Tá doida? Respeita o velório”. A chegante, com toda calma do mundo, volta a perguntar: “Você diz que é ‘respeita o velório’ tudo junto e com minúsculas?”.

WORKAHOLIC. Já fui alguém que trabalhou dia e noite, por assim dizer. Já fui um workaholic. Hoje minha saúde já não permite mais. Essa palavra inglesa dá o nome à pessoa que é viciada em trabalho. Um trabalhador compulsivo. Isso nem sempre é bom porque se por um lado representa bem alguém que gosta do que faz, por outro lado pode ser uma espécie de obrigação que uma pessoa sente para se tornar merecedora do seu salário. Nesse segundo caso, descamba-se para a doença fí-sica e psicológica. James Franco, um ator norte-americano bem conhecido, comparou o workaholic com o viciado em heroína. Forte, né?! Ele chegou a trabalhar em 17 projetos de cinema ao mesmo tempo. Não adianta fugir da realidade. Nem se “entu-pindo” de trabalho. Ela vai atrás da gente e nos encontra aonde estivermos.