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Arrendamento Mercantil Bruno Bruno Albuquerque Albuquerque Cecília Dantas Cecília Dantas Felipe Freitas Felipe Freitas Pollyana Sales Pollyana Sales Leasing

Arrendamento Mercantil Bruno Albuquerque Cecília Dantas Felipe Freitas Pollyana Sales Leasing

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Leasing

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1. Parte Histórica• No Brasil, na década de 60, empresas locadoras realizaram

operações assemelhadas ao leasing. Os primeiros contratos foram efetivados pela RENT-A-MAQ, uma pequena empresa independente localizada em São Paulo referentes ao arrendamento de máquinas de escrever. O setor ganhou impulso durante a década de 70, quando grupos financeiros internacionais e posteriormente nacionais decidiram concentrar-se na expansão das operações e começaram a divulgar os contratos através da rede de agências bancárias.

• O aumento da utilização do contrato de leasing fez com que fosse criada a Associação Brasileira de Empresas de leasing.

• A Lei nº 6.099/74 regula apenas o aspecto tributário. Entretanto, no seu artigo 1º, parágrafo único, apresenta uma definição desta modalidade contratual.

• Em 1983, essa Lei sofreu alteração pela Lei nº 7.132/83, passando a ser um contrato típico.

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2. Legislação• Lei nº 6.099/74: Dispõe sobre o tratamento tributário das

operações de arrendamento mercantil e dá outras providências.

• Lei nº 7.132/83: Que faz alterações à Lei nº 6.099/74, tornando o arrendamento mercantil um contrato típico.

• Lei nº 11.649/08: Leasing que tem por objetivo veículo automotivo.

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3. Conceito• Pode-se definir o contrato de arrendamento mercantil, também

chamado de leasing, como um contrato especial de locação, que assegura ao locatário, a prerrogativa de adquirir o bem alugado ao final da avença, pagando, nesse caso, uma diferença chamada de valor residual.

• Trata-se na essencial de um contrato de arredamento com tríplice opção ao final do aluguel assegurada ao arrendatário:

i) renovar bem alugado; ii) encerrar o contrato; iii) comprar o bem alugado, pagando-se o valor

residual.

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4. PartesSão três as partes de um contrato de leasing:

a) Arrendante (pessoa jurídica que será a compradora da mercadoria);

b) Arrendatário (o interessado pelo uso – pessoa jurídica ou física);

c) Vendedor da mercadoria almejada pelo arrendatário.

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5. Características• Contrato bilateral, em que figuram como partes proprietários do

bem (arredante) e arrendatário;

• Consensual, pois o simples consentimento das partes basta para a celebração do contrato;

• Oneroso, já que o proprietário (arrendante) concede o direito de uso do bem ao arrendatário e este último se compromete a pagar parcelas periódicas como contraprestação ao uso;

• Contrato comutativo, pois as partes estão cientes desde o inicio do contrato das obrigações que lhes são inerentes e dos deveres que devem ser cumpridos.

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5.1 Obrigações (Arrendante)• Dever de adquirir de outrem um bem para ser dado em

arredamento;

• Dever de receber este bem de volta, ou vendê-lo pelo preço ajustado;

• Dever de possibilitar a renovação do contato, se o arrendatário assim desejar.

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5.2 Obrigações (Arrendatário)• Pagar as prestações combinadas;

• Zelar pela conservação do bem;

• Devolvê-lo, se não optar pela compra.

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6. Espécies de Leasing• Leasing financeiro

O leasing financeiro é a modalidade típica de arrendamento mercantil, em que o bem arrendado não pertence à arrendadora, mas é indicado pelo arrendatário. Ela então deverá adquirir o bem indicado para depois alugá-lo ao arrendatário.

 • Leasing Operacional

No leasing operacional, o bem arrendado já pertence à arrendadora, que então apenas aluga ao arrendatário, sem ter custo inicial de aquisição do bem, comprometendo-se também a prestar assistência técnica.

 • Lease-back ou de retorno

O bem arrendado era de propriedade do arrendatário, que o vende à arrendadora para depois arrendá-lo, podendo obviamente, readquirir o bem ao final do contrato, caso se utilize da opção de compra pagando o valor residual.

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7. Leasing x Alienação Fiduciária• O leasing é, grosso modo,

uma locação com opção final de compra. Nem sempre, pois, o arrendatário quer adquirir o bem.

• A forma de cobrança do devedor em caso de inadimplemento, no leasing, é necessária a ação de reintegração de posse.

• A alienação fiduciária em garantia é um contrato de aquisição de um bem, ou seja, ele instrumentaliza uma venda.

• Cobrança ao devedor inadimplente se faz por uso da busca de apreensão.

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7.1 Valor Residual (VRG)• Súmula nº 263 STJ

• Corte Especial do STJ Resp nº 213.828/RS

• Súmula nº 293 STJ

• Entende a doutrina majoritária que devido o contrato de leasing possuir a tríplice opção do arrendatário ao final da locação (renovar, não renovar ou comprar), a cobrança antecipada do valor residual descaracteriza o contrato de leasing.

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8. Responsabilidade

• STF – Súmula 492“A empresa locadora de veículos responde, civil e solidariamente com o locatário, pelos danos por este causados a terceiro, no uso do carro locado.”

• Transferência da guarda presuntiva da coisa ao arrendatário, pelo fato do poder de direção recair sobre este.

• A jurisprudência vem se solidificando majoritariamente, a favor das empresas de Leasing.

das empresas de Leasing

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9. ExtinçãoO contrato de arrendamento mercantil pode extinguir-se:

• Por decurso do prazo, ocasião em que o arrendatário terá a escolha de comprar o bem, devolvê-lo ou prorrogar o contrato – caso em que ele não se extingue;

• Por vontade das partes, caso em que estarão previstas indenizações cabíveis pela rescisão, seja por parte do arrendante, seja do arrendatário;

• Pela falência de qualquer das partes do contrato de arredamento.

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10. Foro de Extinção

• Ainda que não cabendo a aplicação do Código de Defesa do Consumidor no Leasing, não se deve permitir a validade de cláusulas que estabelecem vantagens descabidas para a arrendadora, enquanto é lesado o arrendatário.

• São cláusulas leoninas, injustas, que estabelecem vantagens para apenas uma parte da relação, e que felizmente estão sendo repelidas por nossos tribunais, como a de eleição de foro, promovendo a dificuldade ao acesso à justiça. ( 4.ª Turma, STJ, RESP 26,788-MG, 17/11/92; 3.ª Turma , STJ, RESP 39,280-RS, 09/11/93)

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ConclusãoOs contratos de leasing são úteis para empresários que estão iniciando uma atividade, e para aqueles que não possuem capital de giro disponível para investir. Isso porque, por meio do arrendamento, eles conseguem adquirir infra-estrutura sem o dispêndio de capital e, ainda, pagar o valor dos bens arrendados com o produto do trabalho deles. Isso, sem dúvida, explica o crescimento desta modalidade contratual.