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ARTE EAD 1a4- E.M. 2ano · 2018-08-20 · A Idade Média foi um longo período da história que se estendeu do ... no Oriente Médio, na península arábica, ... significa literalmente

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ARTE – AULA 1 EAD – ENSINO MÉDIO – 2°ANO  

ARTE MEDIEVAL: Românica e Gótica

Analisando as imagens já temos de modo perceptível que a Idade Média teve o teocentrismo como principal característica. Mantendo a inspiração, mas mudando as formas, quais diferenças básicas você percebe em relação à igreja Romântica (1) e a Gótica (2)?

ARTE MEDIEVAL

A Idade Média foi um longo período da história que se estendeu do século V ao século XV. Seu início foi marcado pela queda do Império Romano do Ocidente, em 476, e o fim, pela tomada de Constantinopla pelos turcos em 1453.

Os humanistas do século XV e XVI chamavam a Idade Média de Idade das Trevas. Afirmavam que havia ocorrido na Europa, um retrocesso artístico, intelectual, filosófico e institucional, em relação à produção da Antiguidade Clássica. Características da Idade Média

O período medieval foi dividido em duas partes: a Alta Idade Média e a

Baixa Idade Média. Veja abaixo as principais características de cada período: Alta Idade Média

  

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A Alta Idade Média foi um período de instabilidade e insegurança generalizada, que se estendeu do século V ao século IX. Nesse período destacam-se:

~Os Reinos Germânicos – os germânicos eram povos árias estabelecidos ao longo das fronteiras do Império Romano. Os romanos os chamavam de ”bárbaros”, por serem estrangeiros e não falarem o latim. Os germanos formaram vários Reinos Germânicos dentro do território romano;

~O Reino Cristão dos Francos – o reino dos francos constituíram o reino mais poderoso da Europa Ocidental;

~A Igreja e o Sacro Império – A Igreja Medieval teve importante papel na sociedade. Foi nessa época que começou a organizar-se, com o objetivo de zelar pela homogeneidade dos princípios da religião cristã e promover a conversão dos pagãos.

~O Sistema Feudal – o feudalismo começou a se formar no século V, na ~Europa Ocidental, com a crise do Império Romano. ~O Império Bizantino – estabelecido em Constantinopla, o Império

Bizantino sobreviveu à invasões bárbaras e perdurou por todo o período medieval.

~Os Árabes e o Islamismo – no Oriente Médio, na península arábica, nasceu em 630 o Islão, como resultado das Guerras Santas empreendidas por Maomé. Aos poucos, o Islamismo se expandiu por um extenso território, conquistando terras da Ásia, África e Europa.

Baixa Idade Média

A Baixa Idade Média é o período que vai do século X ao século XV. Destacam-se nessa época:

~Crise do feudalismo ~As cruzadas e a expansão das sociedades cristãs; ~O ressurgimento urbano na Europa; ~O renascimento comercial europeu; ~A formação das monarquias nacionais europeias; ~A cultura medieval. Durante a Baixa Idade Média, com a expansão dos turcos-otomanos no

século XIV, tomando os Balcãs e a Ásia Menor, o Império Bizantino acabou reduzido à cidade de Constantinopla.

A queda em 1453, foi um fato histórico que marcou o fim da Idade Média na Europa. A conquista da capital bizantina pelo Império Otomano sob o comando do sultão Maomé II, marcou o fim do Império Romano no Ocidente.

E a arte? A arte medieval está associada a religiosidade, uma vez que

nesse período a Igreja tinha grande poder e influência na vida das pessoas. Assim, o teocentrismo (Deus como centro do mundo) foi a principal

característica da cultura medieval.

  

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A Idade Média teve início com a queda do Império romano do Ocidente, em 476. Seu fim foi marcado com a tomada de Constantinopla pelos turcos em 1453.

Na Idade Média (ou medievo) poucas pessoas sabiam ler. Essa atividade era exclusiva dos membros da Igreja (clero) e dos nobres.

Portanto, a arte religiosa da Idade Média tinha o intuito de aproximar as pessoas da religiosidade e, portanto, apresentava um caráter didático.

A principal organização político-administrativa desse período estava baseado no sistema feudal. Nessas grandes extensões de terra, a mobilidade social era inexistente.

A sociedade feudal era exclusivamente rural e autossuficiente. A estrutura social era estamental e fixa, dividida em rei, clero, nobreza e povo.

Foi nesse contexto que a arte medieval se desenvolveu em diversos campos como a arquitetura, pintura, música, escultura e literatura. Dois estilos foram predominantes nesse período: o Estilo Românico e o Estilo Gótico.

O Teocentrismo (do grego, theos "Deus" e kentron "centro", que

significa literalmente "Deus como centro do mundo") é a doutrina calcada nos preceitos da Bíblia, donde Deus seria o fundamento de tudo e responsável por todas as coisas.

Esse pensamento vigorou durante o período da Idade Média, e torna-se oposto à doutrina posterior, o antropocentrismo bem como ao humanismo renascentista, cujo foco está sobre o homem como o centro mundo. Destarte, o teocentrismo esteve focado sobretudo na valorização do pensamento sagrado de forma que o prazer era visto como pecado. Assim, o desejo divino sobrepõe-se à vontade e racionalidade humana.

Sem espanto, o Teocentrismo Medieval representou a relação entre o divino (religião) e os cidadãos do medievo, ou seja, a existência de uma única verdade, inspirada em Cristo e nos preceitos da Bíblia. Foi dessa maneira, refutando ideias científicas e empiristas, que a religião e consequentemente Deus, permaneceu durante séculos como a figura central e salvadora, presente na mentalidade da população, bem como nos aspectos sociais, políticas, culturais e econômicos da época.

Vale ressaltar que durante o período da Idade Média (século V ao século XV), a Igreja detinha grande poder ao lado da Nobreza, as quais acreditavam numa única verdade e controlavam a vida da população seja no âmbito cultural ou político. Diante disso, os indivíduos que criticassem ou questionassem os dogmas da Igreja, eram tratados como “filhos do diabo”, merecedores de castigos ou até mesmo a morte.

Diante dessa mentalidade teocêntrica que vigorou durante séculos na Europa, a Igreja e a religião detinham grande poder e assim, eram centrais na vida do povo. No entanto, muitas pesquisas cientificas desenvolvidas na época, tornaram-se fundamentais para a mudança da mentalidade europeia, donde a mais conhecida é o Heliocentrismo de Copérnico (1473-1543).

O modelo matemático do astrônomo e matemático polonês Copérnico, apresentado em 1514, desenvolvia uma nova teoria cuja Terra girava em torno do sol, que por sua vez estaria no centro do sistema solar, ao mesmo tempo

  

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que refutava o modelo geocêntrico defendido pela Igreja, levando assim a muitas inquietações do ser.

Além do heliocentrismo, a crise da Idade Média e da Igreja já despontava e com ela se aproximava uma nova mentalidade e ânsia da população europeia. Um dos grandes exemplos de incertezas e ao mesmo tempo de ambição humana, foi o período das grandes navegações, cujos países ibéricos foram os precursores das conquistas realizadas além mar, desenvolvendo o comércio, bem como o surgimento da burguesia.

Note que junto à isso, a Reforma Protestante (1517) de Martinho Lutero, refutava e questionava diversas ações desenvolvidas pela Igreja como a venda de indulgências e a autoridade eclesiástica. Assim, aos poucos a população foi tomando consciência e se abrindo mais para as questões relativas ao ser, o que levou ao fortalecimento do renascimento cultural (século XIV a XVI), e consequentemente do humanismo italiano (século XV e XVI), deixando de lado a visão teocêntrica de mundo.

Para os humanistas, essa visão unilateral desenvolvida na Idade Média e ressaltada pelo teocentrismo, esteve relacionada a um grande período do retrocesso artístico, intelectual e filosófico, denominado por eles de “Idade das Trevas”, em referência ao obscurantismo do medievo.

ARTE – AULA 2 EAD – ENSINO MÉDIO – 2°ANO ARTE ROMÂNICA Em 476, com a tomada de Roma pelos povos bárbaros, tem início o

período histórico conhecido por Idade Média. Na Idade Média a arte tem suas raízes na época conhecida como Paleocristã, trazendo modificações no comportamento humano e com o Cristianismo a arte se voltou para a valorização do espírito. Os valores da religião cristã vão impregnar todos os aspectos da vida medieval. A concepção de mundo dominada pela figura de Deus proposto pelo cristianismo é chamada de teocentrismo (teos = Deus). Deus é o centro do universo e a medida de todas as coisas. A igreja como representante de Deus na Terra, tinha poderes ilimitados.

O termo românico para indicar a arte surgida durante a Alta Idade Média na Europa Ocidental foi empregada, pela primeira vez em 1824, pelo arqueólogo francês De Caumont, e logo imediatamente adotada. A palavra pretendia exprimir de maneira sintética dois conceitos: a semelhança entre o processo de formação das línguas “romanço” (espanhol, francês, italiano, entre outros) construídas pela mistura do latim vulgar aos idiomas dos invasores germânicos e o das artes figurativas, realizadas, nos mesmos países e mais ou menos ao mesmo tempo, através da ligação de tudo que restava da grande tradição artística romana com as técnicas e tendências bárbaras e, segundo o conceito, a suposta aspiração desta nova arte de se ligar à da Antiga Roma.

  

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Na arte Românica, de fato foram trazidos elementos romanos e germânicos, mas também, bizantinos, islâmicos e armênios. Mas, sobretudo, o que ela criou foi essencial.

Anteriormente o período que compreendia a Arte Românica era muito amplo, e hoje aplicamos a designação de Românico para o período entre o século XI e o século XIII.

Arquitetura Com a instituição da fé católica romana, uma onda de construção de

igrejas varreu a Europa feudal de 1050 a 1200. Os construtores tomaram elementos da arquitetura romana, como colunas e arcos redondos. No entanto, como os prédios romanos tinham tetos de madeira, fáceis de incendiarem, os artesãos medievais passaram a fazer os tetos das igrejas com abóbadas de pedra. Abóbadas essas que podiam ser cilíndricas ou com arestas apoiadas em pilastras o que resultava em grandes espaços, livres de colunas e obstáculos.

Nesse período a peregrinação estava muito em moda e a arquitetura das igrejas era adequada para receber as multidões de visitantes. A sua planta cruciforme, com longa nave atravessada por um transepto mais curto, simbolizando o corpo de Cristo crucificado. As arcadas permitiam aos peregrinos andar pelos corredores sem atrapalhar os serviços religiosos na nave central. O “chevet” travesseiro em francês é a parte atrás do altar, capelas semicirculares onde se guardam os relicários.

O exterior das igrejas românicas é bastante despojado, exceto pelos relevos esculturais em volta do portal principal.

As características mais significativas da arquitetura românica são: ~abóbadas em substituição ao telhado das basílicas; ~pilares maciços e paredes espessas; ~aberturas raras e estreitas usadas como janelas; ~torres que aparecem no cruzamento das naves ou na fachada; ~arcos em 180 graus.

A primeira coisa que chama a atenção nas igrejas românicas é o seu

tamanho. Elas são sempre grandes e sólidas. Daí serem chamadas: fortalezas

  

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de Deus. A explicação mais aceita para as formas volumosas, estilizadas e duras dessas igrejas é o fato da arte românica não ser fruto do gosto refinado da nobreza nem das ideias desenvolvidas nos centros urbanos, é um estilo essencialmente clerical. A arte desse período passa, assim a ser encarada como uma extensão do serviço divino e uma oferenda à divindade.

   

 

 

  

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Pintura e Mosaico

Na Idade Média, as várias atividades artísticas não eram consideradas independentes entre si. Pelo contrário, elas contribuíam para as realizações e decorações daquele que era a obra fundamental, a grande igreja com que a comunidade exaltava o verdadeiro Criador.

Numa época em que poucas pessoas sabiam ler, a Igreja recorria à pintura e à escultura para narrar histórias bíblicas ou comunicar valores religiosos aos fiéis. Não podemos estudá-las desassociadas da arquitetura.

Embora muitos edifícios fossem construídos aproveitando as propriedades decorativas da pedra ou dos tijolos, a decoração colorida, obtida com os afrescos ou então, com os mosaicos, era uma decoração que procurava efeitos impressivos, que amava as cores vivas e os desenhos fortemente caracterizados. Tais ornamentações, profusas sobre as paredes das igrejas, revestiam, por vezes, outras partes do edifício.

Por isso, a pintura românica desenvolveu-se sobretudo nas grandes decorações murais, através da técnica do afresco, que originalmente era uma técnica de pintar sobre a parede úmida.

Os motivos usados pelos pintores eram de natureza religiosa. As características essenciais da pintura românica foram a deformação e o colorismo. A deformação, na verdade, traduz os sentimentos religiosos e a interpretação mística que os artistas faziam da realidade. A figura de Cristo, por exemplo, é sempre maior do que as outras que o cercam. O colorismo realizou-se no emprego de cores chapadas, sem preocupação com meios tons ou jogos de luz e sombra, pois não havia a menor intenção de imitar a natureza.

A técnica da decoração com mosaico, isto é, pequeninas pedras, de vários formatos e cores, que colocadas lado a lado vão formando o desenho, conheceu seu auge na época do românico. Usado desde a Antiguidade, é originária do Oriente onde a técnica bizantina utilizava o azul e dourado, para representar o próprio céu.

  

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Escultura A escultura românica, embora sempre de uma imaginação excepcional,

está ao serviço da arquitetura. A escultura surge, principalmente, para decorar os elementos principais

dos edifícios. Decoração essa, que já não é entendida como fim em si mesma, mas sim com o objetivo didático, para instruir os que a veem.

Por exemplo, na porta das igrejas a área mais ocupada pelas esculturas era o tímpano, nome que recebe a parede semicircular que fica logo abaixo dos arcos que arrematam o vão superior da porta.

As esculturas eram imitação de formas rudes, curtas ou alongadas, ausência de movimentos naturais.

  

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ARTE – AULA 3 EAD– 2°ANO  

ARTE GÓTICA  

A arte gótica, ou o estilo gótico, surgiu no norte de onde hoje se localiza a França, no século XII, e difundiu-se inicialmente como um estilo arquitetônico para diversas localidades da Europa até o século XV. A arte gótica é considerada como uma expressão do triunfo da Igreja Católica durante a Idade Média, já que era uma expressão artística notadamente religiosa.

O estilo gótico era contraposto ao estilo arquitetônico românico, anteriormente em voga nas construções medievais, principalmente em mosteiros e basílicas. Essas construções eram caracterizadas pelos arcos de volta perfeita, redondos, e por abóbodas de arestas (constituídas pela penetração de duas abóbodas) feitas em estruturas maciças e com poucos vãos.

 

  

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No estilo gótico, as estruturas das construções são mais leves, formadas por vãos mais amplos, cujo objetivo é conseguir uma maior luminosidade no interior das edificações, auxiliada pela utilização de janelas delicadamente trabalhadas e de vitrais em forma de rosáceas.

As naves das catedrais, principais expoentes da arquitetura gótica, eram

construídas em formato ogival, ação possibilitada por avanços técnicos na construção dos arcos de sustentação. Esses arcos em formato de ogivas, agulhas e capitéis, somados ao uso dos arcobotantes, possibilitaram às edificações serem mais altas, com formas arquitetônicas mais verticalizadas, indicando um direcionamento para o céu, o que caracterizava também sua perspectiva religiosa.

  As paredes e as colunas eram mais finas e leves, apresentando

nervuras que as reforçavam. A entrada das catedrais possui três portais, ao contrário de um único portal presente nas construções românicas. A grandiosidade das construções oferece ainda a impressão da pequenez do homem frente à suntuosidade das edificações.

O nome gótico foi possivelmente cunhado por Giorgio Vasari (1511-1574), um dos expoentes do Renascimento, que o considerava como um estilo artístico monstruoso e bárbaro. Gótico possivelmente deriva de godos, povo bárbaro que invadiu o Império Romano no período de sua decadência. Essa perspectiva pejorativa dada à arte gótica somente seria superada no século XVIII, quando uma nova forma de olhar a arte gótica passou a ser desenvolvida na Inglaterra, irradiando-se, posteriormente, para outros países.

Mas o estilo gótico não se resumiu à arquitetura. Nas representações

escultóricas houve também mudanças, caracterizadas principalmente com a intenção de dar vida às figuras humanas através da expressão de sentimentos.

  

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Colocadas nos pórticos das catedrais, as esculturas góticas parecem movimentar-se e olhar uma para as outras, carregando ainda símbolos que permitiam a identificação dos personagens bíblicos, por exemplo. Um dos nomes de destaque na escultura gótica foi Nicola Pisano.

Na pintura é de se destacar as iluminuras realizadas nos manuscritos

religiosos, onde mais uma vez a intenção de retratar os sentimentos humanos foi expressa. Na pintura gótica, o nome de Giotto di Bondone (1267-1337) destacou-se, apesar de o pintor italiano representar uma transição para o Renascimento, desenvolvendo novas concepções e métodos de trabalho, buscando um realismo cada vez maior. Ele pretendia transpor para seus afrescos e murais os objetivos e as concepções desenvolvidas pelos escultores góticos, em uma criação de ilusão de profundidade em uma superfície plana.

Outro pintor de destaque foi o holandês Jan Van Eyck (1390-1441) que

pretendeu registrar os aspectos da vida urbana e da nascente sociedade burguesa de sua época, buscando trabalhar também com a noção de perspectiva e com a representação dos detalhes em suas obras.

A arte gótica acompanhou o período do renascimento urbano e comercial na Europa, disseminando-se com o poder econômico da nascente burguesia do continente. Não eram somente as catedrais que eram trabalhadas pelos arquitetos, escultores e pintores, mas também os edifícios seculares, não religiosos. Um exemplo foi a construção do Palácio dos Doges, iniciada, em 1309, em Veneza, no auge do poder econômico da cidade portuária italiana. A

  

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partir de finais do século XV, o gótico foi sendo paulatinamente superado pelo estilo artístico desenvolvido com o Renascimento.

  

ARTE – AULA 4 EAD – ENSINO MÉDIO – 2°ANO

ILUMINURAS MEDIEVAIS

Na Idade Média, todo conhecimento e cultura da Europa cristã estavam

guardados nos mosteiros. Em uma sala especial chamada scriptorium (do latim, scribere, “escrever”), monges e monjas copiavam os evangelhos e os textos de autores gregos e romanos. Os copistas escreviam sobre pergaminho, material feito da pele delicada de cabra, carneiro ou ovelha. Com caneta, usavam a ponta de uma pena que mergulhavam na tinta.

Os trabalhos eram ilustrados com iluminuras, pinturas que recebiam folhas de ouro que “iluminavam” a imagem. As cores eram obtidas de plantas, minerais, sangue e insetos. O pigmento era misturado com clara,gema de ovo e cera de abelha para deixá-lo mais consistente e permanente. A tinta preta vinha do carvão; o branco, da cal ou das cinzas de ossos de pássaros; a cor azul, muito apreciada pelos monges, era extraída das sementes de uma planta

  

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ou da azurita e lápis-lazuli moídos; o verde se obtinha da malaquita; o amarelo do açafrão.

A tinta vermelha, obtida da argila misturada com púrpura, só era empregada nos títulos, nas iniciais maiúsculas e nomes importantes o que deu origem ao termo rubrica (derivado do latim ruber, vermelho). Hoje rubrica se refere a uma assinatura abreviada, a uma observação ou indicação.

A letra inicial do parágrafo ou do capítulo tinha tamanho maior do que o

restante do texto e era decorada com arabescos, ramagens, flores ou mesmo ilustrações de cenas em miniaturas. Era chamadas de letra capitular ou letra capital – termo ainda hoje empregado na impressão de livros. Veja abaixo alguns exemplos de capitulares em manuscritos medievais.

  

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Prontas as páginas, elas eram encadernadas e protegidas com uma

capa de couro que podia ser decorada com pedras preciosas, pérolas e ouro. Em uma época onde ainda não existia a imprensa, foi graças ao trabalho dos monges copistas que centenas de documentos da Antiguidade foram preservados e puderam chegar até nós.

  

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EXERCÍCIOS 1- Quando se iniciou a Idade Média? 2- O que é Teocentrismo? 3- Quais as principais características da arquitetura Românica? 4- Quais as principais características da arquitetura Gótica? 5- Como eram produzidas as tintas coloridas das Iluminuras? https://www.todamateria.com.br/idade-media/ https://www.todamateria.com.br/teocentrismo/ https://www.todamateria.com.br/arte-medieval/ https://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-medieval/arte-romanica/ http://brasilescola.uol.com.br/historiag/arte-gotica.htm http://www.ensinarhistoriajoelza.com.br/iluminuras-medievais/