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1 Av. Higienópolis, 769 – Sobre Loja – Centro – Londrina – PR. – CEP: 86.020‐080 e‐mail atendimento@seja‐ead.com.br site: www.seja‐ead.com.br Fones: 43. 3354 – 2334 / 3039 – 2234 Whats 43. 99920‐9234 ARTE – AULA 1 EAD – ENSINO MÉDIO – 3°ANO ARTE CONTEMPORÂNEA Decifra-me ou te devoro. É o que parece dizer a arte contemporânea a qualquer pobre mortal que ousa encará-la. Filha do desencanto e das tensões advindos do instável século XX, surge representando uma ruptura com o que, até então, se chamava arte moderna. Como a esfinge, que aqui lhe serve de metáfora, a arte contemporânea nasceu, sobretudo, questionadora, amante da polêmica. Não lhe interessavam os velhos moldes, o cânone, o sentido tradicional da beleza. No entanto, denunciam alguns, e atualmente tem se rendido a um mercado cada vez mais manipulador e caracterizado por cifras estratosféricas. Oscilando entre a incompreensão e os julgamentos de valor traduzidos em questões sobre sua utilidade e autenticidade, é alvo de discussões apaixonadas. Assim, a Continuum convidou algumas pessoas a responder ao enigma: O que é arte contemporânea? Affonso Romano de Sant’anna (poeta, ensaísta e professor) “A expressão ‘arte contemporânea’ é muito precária, não resiste a uma análise. Não se pode considerá-la sem investigar outra expressão igualmente confusa: ‘pós-modernidade’. Isso, de maneira geral, caracteriza muito do que se fez nos últimos 40 anos. Tem muita bobagem teórica e prática para ser revista. Cito alguns tabus. Veja John Cage – tinha algum talento e perdeu-se no histrionismo. Veja Duchamp, mal lido e mal interpretado há 100 anos. Continuo insistindo: temos que passar o século XX a limpo, não para voltar ao XIX, mas para equacionar os equívocos de nossa geração. Uma das tolices de nossa época foi achar que a ‘modernidade’ era o topo da história. Como se diz, ‘pretensão e água benta cada um toma quanto quer’. ” Ana Mae Barbosa (doutora em arte-educação e professora) “Não dá para resumir a arte contemporânea numa só característica, pois a pluralidade domina nosso tempo. Assim, podemos apreendê-la pela seguinte série de qualidades: – consciência da morte da autonomia da obra ou do campo de sentido da arte em prol da contextualização. – metalinguagem: reflexão sobre a própria arte. – incorporação de matrizes populares na arte erudita. – preocupação em instaurar um diálogo com o público e levá-lo a pensar. – tendência ao comentário social.

ARTE EAD 1a4- E.M. 3ano · Ana Mae Barbosa (doutora em arte-educação e professora) “Não dá para resumir a arte contemporânea numa só característica, pois a pluralidade domina

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ARTE – AULA 1 EAD – ENSINO MÉDIO – 3°ANO  

ARTE CONTEMPORÂNEA

Decifra-me ou te devoro. É o que parece dizer a arte contemporânea a qualquer pobre mortal que ousa encará-la. Filha do desencanto e das tensões advindos do instável século XX, surge representando uma ruptura com o que, até então, se chamava arte moderna.

Como a esfinge, que aqui lhe serve de metáfora, a arte contemporânea nasceu, sobretudo, questionadora, amante da polêmica. Não lhe interessavam os velhos moldes, o cânone, o sentido tradicional da beleza. No entanto, denunciam alguns, e atualmente tem se rendido a um mercado cada vez mais manipulador e caracterizado por cifras estratosféricas.

Oscilando entre a incompreensão e os julgamentos de valor traduzidos em questões sobre sua utilidade e autenticidade, é alvo de discussões apaixonadas. Assim, a Continuum convidou algumas pessoas a responder ao enigma: O que é arte contemporânea?

Affonso Romano de Sant’anna (poeta, ensaísta e professor) “A expressão ‘arte contemporânea’ é muito precária, não resiste a uma

análise. Não se pode considerá-la sem investigar outra expressão igualmente confusa: ‘pós-modernidade’. Isso, de maneira geral, caracteriza muito do que se fez nos últimos 40 anos. Tem muita bobagem teórica e prática para ser revista. Cito alguns tabus. Veja John Cage – tinha algum talento e perdeu-se no histrionismo. Veja Duchamp, mal lido e mal interpretado há 100 anos. Continuo insistindo: temos que passar o século XX a limpo, não para voltar ao XIX, mas para equacionar os equívocos de nossa geração. Uma das tolices de nossa época foi achar que a ‘modernidade’ era o topo da história. Como se diz, ‘pretensão e água benta cada um toma quanto quer’. ”

Ana Mae Barbosa (doutora em arte-educação e professora) “Não dá para resumir a arte contemporânea numa só característica, pois

a pluralidade domina nosso tempo. Assim, podemos apreendê-la pela seguinte série de qualidades:

– consciência da morte da autonomia da obra ou do campo de sentido da arte em prol da contextualização.

– metalinguagem: reflexão sobre a própria arte. – incorporação de matrizes populares na arte erudita. – preocupação em instaurar um diálogo com o público e levá-lo a

pensar. – tendência ao comentário social.

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– ‘interritorialidade’ das diversas linguagens. – tecnologias digitais substituindo a vanguarda. O que mais me tem chamado atenção é a confirmação do comentário de

Arthur Danto, de que sob a designação de arte contemporânea temos muitas vezes a continuação da arte moderna. Isso é verdade especialmente no Brasil, que é muito apegado ao modernismo.”

Dalva Soares Bolognini (especialista em cultura popular) “Arte contemporânea é toda expressão artística que revela, em traços ou

por inteiro, a atualidade da vida social – local ou mundial. Assim, cada momento da sociedade, cada mudança visível de um grupo social, pode ser representado e percebido nos seus vários suportes. Historicamente esse tempo social é geralmente longo, suficiente para gerar um movimento artístico. Gostaria de mencionar que, no final da Segunda Guerra Mundial, os automóveis americanos, pesados e quase sempre pretos, que haviam cedido seu lugar nas fábricas para os veículos bélicos, ressurgiram enormes e coloridos, como a sinalizar um tempo de bonança e felicidade plena, onde o espaço era primordial.”

Ivôn Rabelo (mestrando em literatura e interculturalidade pela

Universidade Estadual da Paraíba) “O dizer sobre arte, em si, já é algo complicado. Mas carrega algo de

simplório, pois qualquer tentativa de expressão que condense os conhecimentos acumulados pela humanidade, e, além disso, os saiba traduzir como manifestação simbólica, deve ser alçada ao posto de discurso sacralizado. A arte na contemporaneidade não foi vanguarda, mas torna-se agora, em nossa pós-contemporaneidade: um atributo da velocidade com que (es)corre a areia fina da ampulheta do século XXI, passagem instantânea que a deixa (es)correndo pelas frestas da litania [ladainha] de paz e paciência pela qual oramos diariamente nessa grande sala babélica de exibições em que se transformou a internet, a TV digital, a parafernália musical, audiovisual e literária das celebridades instantâneas de Warhol. Nada precisa fazer ou dizer fazer um sentido, mas, sim, vários (além dos triviais e exauridos cinco que desde sempre disseram que possuímos), em qualquer forma de expressão dita artística, pós-contemporaneamente falando. É essencial que nos remeta ao mais pré-histórico dos intentos: uma tentativa de união com um algo dito sagrado. Ou até mesmo perfeita e convincentemente profano. Mas que seja sacro, e não um saco!”

Marcia Tiburi (doutora em filosofia, escritora e apresentadora de TV)

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“Arte contemporânea é um conceito que, a meu ver, vale mais como produto da ‘arte conceitual’ do que como recorte histórico que signifique algo. Na verdade, é uma definição anacrônica, tanto quanto a arte conceitual, que nasceu da crise dos críticos (a morte da crítica, sim, foi pouco avaliada). Também a palavra arte se tornou anacrônica. Ninguém entende de arte, nem de arte conceitual. Nem de conceitos. Não temos, é claro, aparato conceitual que dê conta dos fenômenos. Em outras palavras: ‘arte contemporânea’ é uma definição que usamos vagamente para sinalizar que nas produções atuais vemos algo de arte. Mas não sabemos o que é arte e ficamos a insistir em arte contemporânea por falta de domínio conceitual. Círculo vicioso, sim. Portanto, eu não confio nessa ideia. O povo? Ora, deixemos o povo pra lá que, como o marido, é o último a saber. Mais importante é avaliar que estamos no tempo da performance, do design e do espetáculo. Performance é o que há de mais parecido com o que chamávamos de arte, design com o que envolvia conceitos, espetáculo com o que chamávamos cultura de massa. Enquanto as categorias permanecerem em tensão, nossa cultura tem futuro. Do ponto de vista das formas, o que me interessa hoje é literatura como tal, que não se importa em ser literatura, que cospe nos roteiros de cinema disfarçados de escritura, que vomita no contentamento dos semianalfabetos de alma, que o são também políticos, ou os bem-pensantes; prefiro os insuportáveis, os sem-medo nem limites, quem sabe Lobo Antunes, mas, sobretudo, os pichadores das cidades grandes. Para mim, tudo o que chamamos de arte um dia está nos muros, perturbando a ordem enfeitadinha do nosso circo. Mas não é mais arte, é apenas o que nos faz ver que retornamos ao pó.”

Márcio Harum (pesquisador do grupo Hélio Oiticica e do Programa

Ambiental) “Essa indagação não é nada simples e não tem resposta alguma que

satisfaça as pessoas… Enquanto estou aqui pensando, acho que não vou conseguir escapar das reminiscências do credo difundido por Charles Baudelaire (1821-1867): ‘É preciso ser de seu tempo’ (Il faut être de son temps, citação original do pintor Honoré Daumier, 1808-1873). Hoje em dia, o ponto de inflexão comum a todos talvez seja: ‘Preciso ser mesmo do meu tempo, mas que tempos são esses, afinal?’.”

Sônia Alves Dias (formada em artes plásticas, participou do coletivo

Vinte e Sete+Um e assina o blog A Letreira) “Chama-me atenção o fato de vivermos uma fase artística carente de

novos talentos individuais. Há uma sensação incômoda no ar, de que no mundo atual uma parte significativa da sociedade se autodenomina artista e, em decorrência desse excesso de pseudotalentos, a arte fica no meio-fio entre

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o que é permitido e o que é possível e quem são os executores práticos dessas ideias. Não dá para falar em arte contemporânea sem pensar em TV, internet e tantos outros recursos tecnológicos e audiovisuais, que fazem com que as transformações e intervenções da arte em movimento sejam captadas e reinventadas em tempo real. Atualmente, o que mais chama atenção é o campo literário. Pois a quantidade de escritores fantasmas que se revelam através de blogs e comunidades literárias é cada vez maior. No Brasil, inclusive, existem cursos acadêmicos de formação de escritores e agentes literários, onde cada aluno mantém um blog. Essa nova condição de escritor virtual multiplica-se vertiginosamente deixando no ar a pergunta ‘o que esperar da escrita futura feita por escritores formados e formatados?’.”

Podemos dizer que... A arte contemporânea é construída não mais necessariamente com o

novo e o original, como ocorria no Modernismo e nos movimentos vanguardistas. Ela se caracteriza principalmente pela liberdade de atuação do artista, que não tem mais compromissos institucionais que o limitem, portanto pode exercer seu trabalho sem se preocupar em imprimir nas suas obras um determinado cunho religioso ou político.

Esta era da história da arte nasceu em meados do século XX e se estende até a atualidade, insinuando-se logo depois da Segunda Guerra Mundial. Este período traz consigo novos hábitos, diferentes concepções, a industrialização em massa, que imediatamente exerce profunda influência na pintura, nos movimentos literários, no universo ‘fashion’, na esfera cinematográfica, e nas demais vertentes artísticas. Esta tendência cultural com certeza emerge das vertiginosas transformações sociais ocorridas neste momento.

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Os artistas passam a questionar a própria linguagem artística, a imagem em si, a qual subitamente dominou o dia-a-dia do mundo contemporâneo. Em uma atitude metalingüística, o criador se volta para a crítica de sua mesma obra e do material de que se vale para concebê-la, o arsenal imagético ao seu alcance.

Nos anos 60 a matéria gerada pelos novos artistas revela um caráter espacial, em plena era da viagem do Homem ao espaço, ao mesmo tempo em que abusa do vinil. Nos 70 a arte se diversifica, vários conceitos coexistem, entre eles a Op Art, que opta por uma arte geométrica; a Pop Art, inspirada nos ídolos desta época, na natureza celebrativa desta década – um de seus principais nomes é o do imortal Andy Warhol; o Expressionismo Abstrato; a Arte Conceitual; o Minimalismo; a Body Art; a Internet Street e a Art Street, a arte que se desenvolve nas ruas, influenciada pelo grafit e pelo movimento hip-hop. É na esteira das intensas transformações vigentes neste período que a arte contemporânea se consolida.

Ela realiza um mix de vários estilos, diversas escolas e técnicas. Não há uma mera contraposição entre a arte figurativa e a abstrata, pois dentro de cada uma destas categorias há inúmeras variantes. Enquanto alguns quadros se revelam rigidamente figurativos, outros a muito custo expressam as características do corpo de um homem, como a Marilyn Monroe concebida por Willem de Kooning, em 1954. No seio das obras abstratas também se encontram diferentes concepções, dos traços ativos de Jackson Pollok à geometrização das criações de Mondrian. Outra vertente artística opta pelo caos, como a associação aleatória de jornais, selos e outros materiais na obra Imagem como um centro luminoso, produzida por Kurt Schwitters, em 1919.

Os artistas nunca tiveram tanta liberdade criadora, tão variados recursos materiais em suas mãos. As possibilidades e os caminhos são múltiplos, as inquietações mais profundas, o que permite à Arte Contemporânea ampliar seu espectro de atuação, pois ela não trabalha apenas com objetos concretos, mas principalmente com conceitos e atitudes. Refletir sobre a arte é muito mais importante que a própria arte em si, que agora já não é o objetivo final, mas sim um instrumento para que se possa meditar sobre os novos conteúdos impressos no cotidiano pelas velozes transformações vivenciadas no mundo atual.

ARTE – AULA 2 EAD – ENSINO MÉDIO – 3°ANO ARTE NEOCLÁSSICA

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Nas duas últimas décadas do século XVIII e nas três primeiras do século XIX, uma nova tendência estética predominou nas criações dos artistas europeus. Trata-se do Neoclassicismo (neo = novo), que expressou os valores próprios de uma nova e fortalecida burguesia, que assumiu a direção da Sociedade europeia após a Revolução Francesa e principalmente com o Império de Napoleão.

Nas palavras de Edgar Allan Poe “a glória que foi a Grécia, e a grandeza que foi Roma”.

Esse reviver do austero Classicismo na pintura, na escultura, na arquitetura e no mobiliário constituiu uma clara reação contra o enfeitado do estilo rococó.

 O século XVIII tinha sido a Idade das Luzes, quando os filósofos

pregavam o evangelho da razão e da lógica. Essa fé na lógica levou à ordem e às virtudes “enobrecedoras” da arte neoclássica.

O iniciador da tendência foi Jacques-Louis David pintor e democrata francês que imitava a arte grega e romana para inspirar a nova republica francesa. A Arte “politicamente correta” era séria, ilustrando temas da história antiga ou da mitologia, em vez da frivolidade rococó.

Em 1783, a mania da arqueologia varreu a Europa, à medida que as escavações em Pompéia e Herculano ofereciam a primeira visão da arte antiga bem preservada levaram ao exagero da imitação da vida grega da antiguidade chegando ao ridículo em atitudes.

A linha mestra do estilo neoclássico eram as figuras severas, desenhadas com exatidão, que apareciam em primeiro plano, sem a ilusão de profundidade dos relevos romanos. A pincelada era suave, de modo que a superfície da pintura parecia polida e as composições eram simples, para evitar o melodrama rococó. Os fundos, em geral, incluíam toques romanos, como arcos ou colunas, e a simetria e as linhas retas substituíam as curvas irregulares.

As antigas ruinas também inspiraram arquitetura. Imitações dos templos gregos e romanos se multiplicaram da Rússia à América. O pórtico do Panteon

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de Paris, com colunas e cúpulas coríntias, copiava exatamente o estilo romano. Em Berlim, o portão de Brandenburgo era a réplica da entrada da Acrópole de Atenas, com uma carruagem romana em cima. Principais Características ~Retorno ao passado, pela imitação dos modelos antigos greco-latinos; ~Academicismo nos temas e nas técnicas, isto é, sujeição aos modelos e às regras ensinadas nas escolas ou academias de belas-artes; ~Arte entendida como imitação da natureza, num verdadeiro culto à teoria de Aristóteles; ~Estilo sóbrio, antidecorativo, linear, antissensual, volta-se ao desenho, simplicidade da natureza, nobre, sereno, histórico. Arquitetura

Os fundadores da jovem ciência da arqueologia proporcionaram as bases documentais dessa nova arquitetura de formas clássicas.

Surgiram assim os edifícios grandiosos, de estética totalmente racionalista: pórticos de colunas colossais com frontispícios triangulares, pilastras despojadas de capitéis e uma decoração apenas insinuada em guirlandas ou rosetas e frisos de meandros.

Utilização de materiais nobres tradicionais como mármores, granito e madeira, e modernos como ladrilho cerâmico e ferro fundido, de baixo custo e maior funcionalidade.

Sistemas de construção simples (trilítico) ou complexos, estruturados a partir do arco de 180 graus de inspiração romana e adaptados aos modernos processos técnicos.

Tetos planos, abóbodas e berço ou de aresta emoldurada e cúpulas nas zonas centrais das construções e assentes em tambores rodeados de colunas com entablamentos circulares.

As cidades tiveram de se adaptar a essas construções gigantescas. Desenharam-se largas avenidas para abrigar os novos edifícios públicos, academias e universidades, muitos dos quais conservam ainda hoje a mesma função.

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Escultura Os escultores neoclássicos foram marcados pelo rigor e pela

passividade e sua produção academicista é considerada fria. Estátuas de heróis uniformizados, mulheres envoltas em túnicas de Afrodite, ou crianças conversando com filósofos, foram os protagonistas da fase inicial da escultura neoclássica. Mais tarde, na época de Napoleão, essa disciplina artística se restringiria às estátuas equestres e bustos focalizados na pessoa do imperador. A referência estética foi encontrada na estatuária da antiguidade clássica, por isso as obras possuíam um naturalismo equilibrado.

Respeitavam-se movimentos e posições reais do corpo, embora a obra nunca estivesse isenta de certo realismo psicológico, plasmado na expressão pensativa e melancólica dos rostos. A busca do equilíbrio exato entre naturalismo e beleza ideal ficava evidente nos esboços de terracota, nos quais os volumes e as variações das posições do corpo eram estudados com cuidado. O escultor neoclássico encontrou o dinamismo na sutileza dos gestos e suavidade das formas.

Quanto aos materiais utilizados, os mais comuns eram o bronze, o mármore e a terracota, embora, a partir de 1800, o mármore branco, que permitia o polimento da superfície até a obtenção do brilho natural da pele, tenha adquirido preponderância sobre os demais. Entre os escultores mais importantes desse período destacam-se o italiano Antonio Canova, escultor exclusivo da família Bonaparte, e o dinamarquês Bertel Thorvaldsen, que chegou a presidir a Accademia di San Lucca, em Roma.

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Pintura A pintura desse período foi inspirada principalmente na escultura

clássica grega e na pintura renascentista italiana, sobretudo em Rafael, mestre inegável do equilíbrio da composição.

Características da pintura ~Formalismo na composição, refletindo racionalismo dominante; ~Exatidão nos contornos; sobriedade nos ornamentos e no colorido,

pinceladas que não marcavam a superfície, dando à obra um aspecto impessoal onde predominava o desenho sobre a cor;

~Harmonia e equilíbrio do colorido. Jacques-Louis David (1748-1825) pintor francês, foi considerado o pintor

da Revolução Francesa, mais tarde, tornou-se o pintor oficial do Império de Napoleão. Durante o governo de Napoleão, registrou fatos históricos ligados à vida do imperador. Suas obras geralmente expressam um vibrante realismo, mas algumas delas exprimem fortes emoções. David demonstrou a diferença entre o velho e o novo através do contraste dos contornos retos e rígidos dos

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homens com as formas curvas, suaves das mulheres. Situou cada figura como uma estátua, iluminada por um feixe de luz, contra um fundo simples de arcos romanos. Com o fim de assegurar a precisão histórica, vestiu manequins com roupas romanas e fez capacetes romanos para então copiar. Por três décadas a arte de David foi o modelo oficial do que considerava ser a arte francesa e, por extensão, a arte europeia.

  

 

 

  

 

ARTE – AULA 3 EAD – ENSINO MÉDIO – 3°ANO  

ARTE ROMÂNTICA

O século XIX foi agitado por fortes mudanças sociais, políticas e culturais causadas por acontecimentos do final do século XVIII pela Revolução

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Industrial, que gerou novos inventos com o objetivo de solucionar os problemas técnicos decorrentes do aumento de produção, provocando a divisão do trabalho e o início da especialização da mão-de-obra, e pela Revolução Francesa, que lutava por uma sociedade mais harmônica, em que os direitos individuais fossem respeitados, traduziu-se essa expectativa na Declaração dos Direitos do homem e do Cidadão. Do mesmo modo, a atividade artística tornou-se mais complexa.

Um dos primeiros movimentos artísticos que surge em reação ao Neoclassicismo do século XVIII é o Romantismo e historicamente situa-se entre 1820 e 1850. Os artistas românticos procuraram se libertar das convenções acadêmicas em favor da livre expressão da personalidade do artista.

O termo romântico foi empregue pela primeira vez na Inglaterra para definir o tema das novelas pastoris e de cavalaria que existiam nessa época. Romântico significava pitoresco: expressão de uma emoção que é definida e que foi provocada pela visão de uma paisagem.

O termo romântico passou depois a ser adotado no movimento artístico-filosófico Romantismo, que seguiu as ideias políticas e filosóficas do século das luzes (liberdade de expressão e afirmação dos direitos dos indivíduos) e também as ideias de um movimento alemão chamado – Strürm und Drang (que tinha como principais elementos o sentimento e a natureza).

Características ~Cultivo da emoção, da fantasia, do sonho, da originalidade, evasão para mundos exóticos onde se podia fantasiar e imaginar; ~Exaltação da natureza; ~Gosto pela Idade Média (porque tinha sido o tempo de formação das nações); ~Defesa dos ideais nacionalistas (liberdade individual, liberdade do povo); ~Panteísmo (doutrina segundo a qual Deus não é um ser pessoal distinto do mundo, Deus e o mundo seriam uma só substância); ~Individualismo, visão de mundo centrada nos sentimentos do indivíduo. ~Subjetivismo, o artista idealiza temas, exagerando em algumas das suas características (por exemplo, a mulher é vista como uma virgem frágil; a noção de pátria também é idealizada). Eugene Delacroix

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Lembrado por ser o líder da escola romântica francesa, Eugène Delacroix nasceu no dia 26 de abril de 1798. Seu nome completo era Ferdinand Victor Eugène Delacroix e suas obras tornaram-se marcantes na história da arte pela utilização de efeitos óticos, os quais estudou profundamente e que foram posteriormente utilizados pelos impressionistas. Outra de suas características era a paixão pelo exótico, que influenciou a escola simbolista.

Além de ser o criador de obras como Mademoiselle Rose, The Barque of Dante, Orphan Girl at the Cemetery, Fanatics of Tangier, entre outras, Delacroix também ilustrou trabalhos de grandes artistas como William Shakespeare, Walter Scott e Johann Wolfgang von Goethe. Contrastando com o estilo neoclássico de Ingres no que condiz ao perfeccionismo, Delacroix foi influenciado pela arte de Rubens e outros pintores da Renascença de Veneza.

A ênfase do pintor francês estava mais no movimento e na cor ao invés do cuidado com o contorno. Buscando o exótico, viajou para a África, onde conseguiu produzir diversos trabalhos retratando animais. Outra de suas influências foi Lord Byron, com quem tinha uma forte identificação pelas “forças do sublime” e pela ação violenta da natureza, a qual eternizou nos quadros. “Delacroix era um apaixonada pela paixão, mas altamente determinado a expressar esta paixão com a maior clareza possível”, disse o poeta e crítico de arte francês Charles Baudelaire em um de seus estudos sobre as obras do pintor.

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Influenciado pelo realismo romântico de Géricault, Delacroix participou da exposição Salão de 1822 com a tela “Dante et Virgile aux Enfers”, conhecida também como “A Barca de Dante”. Após esta exposição, recebeu críticas positivas e negativas sobre seu tranalho. Dois anos mais tarde, no Salão de 1824, o pintor francês apresenta seu “Scènes des Massacres de Scio” (O Massacre de Quios), obra que narrava os acontecimentos da guerra de independência grega contra a dominação da Turquia.

Porém, acaba refazendo esta tela após conhecer o trabalho dos pintores Bonington e de John Constable. Em 1827 apresenta a tela “La Mort de Sardanapale” (A Morte de Sardanápalos), uma de suas obras que mais exprime o movimento e as cores vivas. Em seus trabalhos, é nítida a inspiração em temas do romantismo e também em épicos medievais.

Recusado pelos Neoclássicos, que só vieram a reconhecer seu valor artístico em 1857, Delacroix era um artista muito popular entre os jovens intelectuais da época e tinha até mesmo apoio dos governantes. Mas no fim de sua vida passou os dias isolado em um ateliê, onde ficou até morrer. O pintor acaba por falecer em 1863 na cidade de Paris. Dois anos após sua morte, é editado o seu diário, onde escrevia sobre arte e demonstrava ser um profundo conhecedor e pensador de seu ofício. ARTE – AULA 4 EAD – ENSINO MÉDIO – 3°ANO REALISMO

O termo “realismo” geralmente é usado para designar desenhos, esculturas e pinturas que tenham uma representação objetiva da realidade, ou seja, uma forma de reproduzir a realidade tal como ela é. No entanto o termo realismo no âmbito das artes visuais diz respeito ao princípio estético que surgiu na segunda metade do século XIX, na França em reação ao Romantismo.

Entre 1850 a 1890 o Realismo espalhou-se pelo Europa e outros continentes tanto nas artes visuais quanto na literatura. Diferentemente do tradicionalismo do Romantismo e do Neoclassicismo, o Realismo teve influência das transformações sociais ocorridas na política e na ciência, onde procurou incorporar o progresso científico da época, bem como trazer reflexões acerca da grande desigualdade social, mas acima de tudo foi uma forma de superar as tradições românticas e clássicas.

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O grande objetivo dos pintores realistas era retratar a realidade do povo de maneira concreta e não uma forma ideal como nos movimentos anteriores. No Romantismo era valorizado nas pinturas o que se sentia e se idealizava, já no Realismo se valorizava o que realmente era e o homem não ocupava mais o centro das narrativas. Entre os temas mais desejados estão à paisagem e os retratos. As cores eram sóbrias e a pincelada era livre, o que resultava numa representação nítida da realidade que os cercava.

Entre os pintores Realistas se destacam Édouard Manet, Gustave Courbet , Honoré Daumier, Jean-Baptiste Camille Corot e Jean-François Millet.

Gustave Courbet foi a figura central do movimento Realista, por volta de 1848 chega a conclusão que a ênfase no movimento Romântico era apenas uma fuga da realidade. Um dos marcos iniciais do movimento foi sua obra “Enterro de Ornans”, de 1849. Outra obra de grande repercussão do artista é “Os quebradores de pedras”, um óleo sobre tela, também de 1849. Após avistar dois homens trabalhando numa estrada, um homem bastante jovem e outro mais velho, Courbet pergunta a eles se poderiam posar para o artista em seu ateliê. O artista representou a cena em tamanho natural, de modo prosaico e sem sentimentalismos, deixando evidente a diferença de idade entre os dois.

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René-François-Auguste Rodin (1840-1917) foi um importante escultor francês. Desde criança demonstrou grande interesse por esculturas. Aos 13 anos de idade, entrou para uma academia de arte para aprender os princípios básicos das artes plásticas. Interessou-se e estudou também, por conta própria, anatomia humana para utilizar os conhecimentos na elaboração de suas esculturas. Aos 18 anos de idade, começou a trabalhar como modelador e ornamentista. Especializou-se na elaboração de esculturas em bronze.

Auguste Rodin não se preocupou com a idealização da realidade. Ao contrário, procurou recriar os seres tais como eles são. Além disso, os escultores preferiam os temas contemporâneos, assumindo muitas vezes uma intenção política em suas obras. Sua característica principal é a fixação do momento significativo de um gesto humano.

EXERCICIOS 1- O que é Arte Contemporânea pra você? 2- Quais as principais características da Pintura Neoclássica? 3- Quais as principais características da Arte Romântica?

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4- Onde e quando se iniciou o Realismo? 5- Qual a principal característica das obras de Rodin?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

http://www.itaucultural.org.br/materiacontinuum/marco-abril-2009-afinal-o-que-e-arte-contemporanea/

http://www.infoescola.com/artes/arte-contemporanea/ https://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-seculo-18/neoclassico/ https://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-seculo-19/romantismo/ http://www.infoescola.com/biografias/eugene-delacroix/ http://www.infoescola.com/movimentos-artisticos/realismo-na-pintura/ https://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-seculo-19/realismo/