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Artigo Foto: SEEB/CE Numa nota curta, divulgada na segunda- feira (3), a presidenta Dilma Rousseff reco- locou em seu lugar as alegações e ataques contra o ex-presidente Lula destiladas pelo cardeal tucano, e ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso, num artigo publicado no domingo (2). Dilma Rousseff foi ao ponto. Declarando- se “citada de modo incorreto”, desmentiu no essencial a desqualificação tentada pelo tuca- no, já indicada pelo título do artigo – “Herança pesada” – do legado deixado por Lula: “Recebi do ex-presidente Lula uma herança bendita. Não recebi um país sob intervenção do Fundo Monetário Internacional ou sob ameaça de apagão”, disse a presidenta. O artigo do ex-presidente é um rosário de desatinos neoliberais. No essencial ele culpa o governo do presidente Lula de ter seguido um programa próprio e democrático, rejeitando a agenda preferida pelos tucanos. Num acesso de sinceridade conservadora, ele acusa Lula de ter aumentado os salários e expandido o crédito! Lamenta também que foi travada a reforma da legislação trabalhista e da CLT para podar direitos dos trabalhadores. Condena o relançamento da indústria naval e a recuperação dos estaleiros brasileiros. Acusa a Petrobras de má gestão. Insiste no tema preferido pelos tucanos e pelos conservado- res: a tese da crise moral e das acusações do chamado “mensalão”. É da natureza da democracia que cada protagonista defenda seus próprios interesses e programas e hoje, no Brasil, não viceja mais o “pensamento único” que desqualificava como ultrapassada qualquer ideia oposta ao grupo dominante, como ocorreu na década de 1990, no período em que FHC esteve à frente do go- verno. O País vive uma situação democrática que os tucanos insistem em não reconhecer, mas da qual se beneficiam ao defender seu pensamento, por mais absurdo que seja. Mas é preciso perguntar: que moral têm Fernando Henrique Cardoso e os tucanos para apontar o dedo em riste contra a série de governos progressistas e avançados iniciada em 2003 com a posse de Lula? Ele também põe na conta do “esqueçam...” as graves acu- sações de corrupção e irregularidades feitas contra seu governo? Elas vão desde a compra de votos para obter a reeleição até a dilapi- dação do patrimônio público em privatizações que geraram enriquecimentos suspeitos. Ele esquece que deixou o País empo- brecido, estagnado e de joelhos perante o imperialismo e suas agências, como o Fundo Monetário Internacional? Que abriu mão da soberania nacional em pontos chave, como a política monetária e mesmo o direito soberano do País fazer investimentos em seu crescimento? Esquece que nunca investiu na produção de energia elétrica – para citar apenas um exemplo – pois dependia da apro- vação que o FMI nunca dava para realizar estes investimentos? Dilma Rousseff tem razão quando acusa FHC de uma “tentativa menor de reescrever a história”. Mas, para azar dele, a história já está escrita e não condiz com a vaidosa autoima- gem que pretende projetar sobre o futuro. FHC já está inscrito no rol dos dirigentes máximos do País como um dos piores e mais nefastos presidentes de nossa história. E não há artigo de jornal que conserte isso. Portal O Vermelho A herança maldita de Fernando Henrique Cardoso No próximo dia 12/9, bancários cearenses se reúnem para cobrar o fim dos truques dos banqueiros (pág. 3) A hora é agora! Assembleia delibera sobre greve por tempo indeterminado Sindicato denuncia extrapolação de jornada no BNB O Sindicato dos Bancários do Ceará participou de audiência na Procuradoria do Trabalho, em Sobral, no último dia 6/9, para denunciar a extrapolação de jornada dos funcionários da agência de Granja. O SEEB/CE fará uma verificação de ocorrência nessa e em outras unidades do Banco para apresentar os dados à Procuradoria e procurar uma solução para o problema (pág. 5) • Registrados três ataques a bancos em apenas 72 horas no Ceará. As ações ocorreram em Fortaleza, Amontada e Palhano (pág. 2) • Itaú: bancários do Ceará aprovam acordo específico da PCR, auxílio educação e ponto eletrônico (pág. 4) • Sindicato quer mais contratações aliadas ao Plano de Expansão da CEF. A reivindicação é que o banco tenha até o final do ano 100 mil empregados (pág. 4) • BB incita gestores a assumirem práticas antissindicais. desvirtuando cláusula sobre descomissionamentos (pág. 6)

Artigo A hora é agora! Assembleia delibera sobre greverejeitando a agenda preferida pelos tucanos. Num acesso de sinceridade conservadora, ele acusa Lula de ter aumentado os salários

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Page 1: Artigo A hora é agora! Assembleia delibera sobre greverejeitando a agenda preferida pelos tucanos. Num acesso de sinceridade conservadora, ele acusa Lula de ter aumentado os salários

Artigo

Foto: SEEB/CE

Numa nota curta, divulgada na segunda-feira (3), a presidenta Dilma Rousseff reco-locou em seu lugar as alegações e ataques contra o ex-presidente Lula destiladas pelo cardeal tucano, e ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso, num artigo publicado no domingo (2).

Dilma Rousseff foi ao ponto. Declarando-se “citada de modo incorreto”, desmentiu no essencial a desqualifi cação tentada pelo tuca-no, já indicada pelo título do artigo – “Herança pesada” – do legado deixado por Lula: “Recebi do ex-presidente Lula uma herança bendita. Não recebi um país sob intervenção do Fundo Monetário Internacional ou sob ameaça de apagão”, disse a presidenta.

O artigo do ex-presidente é um rosário de desatinos neoliberais. No essencial ele culpa o governo do presidente Lula de ter seguido um programa próprio e democrático, rejeitando a agenda preferida pelos tucanos. Num acesso de sinceridade conservadora, ele acusa Lula de ter aumentado os salários e expandido o crédito! Lamenta também que foi travada a reforma da legislação trabalhista e da CLT para podar direitos dos trabalhadores. Condena o relançamento da indústria naval e a recuperação dos estaleiros brasileiros. Acusa a Petrobras de má gestão. Insiste no tema preferido pelos tucanos e pelos conservado-res: a tese da crise moral e das acusações do chamado “mensalão”.

É da natureza da democracia que cada protagonista defenda seus próprios interesses e programas e hoje, no Brasil, não viceja mais o “pensamento único” que desqualifi cava como ultrapassada qualquer ideia oposta ao grupo dominante, como ocorreu na década de 1990, no período em que FHC esteve à frente do go-verno. O País vive uma situação democrática que os tucanos insistem em não reconhecer, mas da qual se benefi ciam ao defender seu pensamento, por mais absurdo que seja.

Mas é preciso perguntar: que moral têm Fernando Henrique Cardoso e os tucanos para apontar o dedo em riste contra a série de governos progressistas e avançados iniciada em 2003 com a posse de Lula? Ele também põe na conta do “esqueçam...” as graves acu-sações de corrupção e irregularidades feitas contra seu governo? Elas vão desde a compra de votos para obter a reeleição até a dilapi-dação do patrimônio público em privatizações que geraram enriquecimentos suspeitos.

Ele esquece que deixou o País empo-brecido, estagnado e de joelhos perante o imperialismo e suas agências, como o Fundo Monetário Internacional? Que abriu mão da soberania nacional em pontos chave, como a política monetária e mesmo o direito soberano do País fazer investimentos em seu crescimento? Esquece que nunca investiu na produção de energia elétrica – para citar apenas um exemplo – pois dependia da apro-vação que o FMI nunca dava para realizar estes investimentos?

Dilma Rousseff tem razão quando acusa FHC de uma “tentativa menor de reescrever a história”. Mas, para azar dele, a história já está escrita e não condiz com a vaidosa autoima-gem que pretende projetar sobre o futuro. FHC já está inscrito no rol dos dirigentes máximos do País como um dos piores e mais nefastos presidentes de nossa história. E não há artigo de jornal que conserte isso.

Portal O Vermelho

A herança maldita de Fernando

Henrique Cardoso

No próximo dia 12/9, bancários cearenses se reúnem para cobrar o fi m dos truques dos banqueiros (pág. 3)

A hora é agora!Assembleia delibera sobre greve

por tempo indeterminado

Sindicato denuncia extrapolação de jornada no BNB

O Sindicato dos Bancários do Ceará participou de audiência na Procuradoria do Trabalho,

em Sobral, no último dia 6/9, para denunciar a extrapolação de jornada dos funcionários da agência de Granja. O SEEB/CE fará uma verifi cação de ocorrência nessa e em outras unidades do Banco para apresentar os dados à Procuradoria e procurar uma solução para o

problema (pág. 5)

• Registrados três ataques a bancos em apenas 72 horas no Ceará. As ações ocorreram em Fortaleza, Amontada e Palhano (pág. 2)

• Itaú: bancários do Ceará aprovam acordo específi co da PCR, auxílio educação e ponto eletrônico (pág. 4)

• Sindicato quer mais contratações aliadas ao Plano de Expansão da CEF. A reivindicação é que o banco tenha até o fi nal do ano 100 mil empregados (pág. 4)

• BB incita gestores a assumirem práticas antissindicais. desvirtuando cláusula sobre descomissionamentos (pág. 6)

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Home Page: www.bancariosce.org.br – Endereço Eletrônico: [email protected] – Telefone geral : (85) 3252 4266 – Fax: (85) 3226 9194Tribuna Bancária: [email protected] – (85) 3231 4500 – Fax: (85) 3253 3996 – Rua 24 de Maio, 1289 - 60020.001 – Fortaleza – Ceará

Presidente: Carlos Eduardo Bezerra – Diretor de Imprensa: José Eduardo Marinho – Jornalista Resp: Lucia Estrela CE00580JP – Repórter: Sandra Jacinto CE01683JPEstagiária: Cinara Sá – Diagramação: Normando Ribeiro CE00043DG – Impressão: Expressão Gráfi ca – Tiragem: 11.500 exemplares

Foto: Divulgação

DICA CULTURAL

REUNIÃO

Fotos: Secretaria de Imprensa - SEEB/CE

Foto: Secretaria de Imprensa - SEEB/CENa segunda-feira,

dia 3/9, esteve visi-tando o Sindicato dos Bancários do Ceará, o novo superintendente do Banco do Brasil, Eloy Medeiros, sendo recebido pelos diretores do Sindicato e pelo pre-sidente Carlos Eduardo Bezerra, que destacou a importância dessa relação institucional, abrindo o diálogo entre o Sindicato e o Banco.

Para Eloy Medeiros, “nossa relação com os bancários espero ser a melhor possível, pois sei da importância do Sindicato, que é muito atuante e quero fazer com que caminhemos da melhor forma possível”. E sobre seu trabalho à frente do BB, disse da sua expectativa para a nova gestão no Ceará: “estou chegando para ajudar o Estado a crescer. Quero dar minha contribuição através do esforço do Banco do Brasil”.

Novo superintendente do BB faz visita institucional ao Sindicato

O Theatro José de Alencar iniciou no último dia 28/8 a Série Concertos Sinfônicos, no palco principal, com a Orquestra Sinfô-nica da Uece. As apresentações acontecerão toda última terça do mês sob regência da maestrina con-vidada Inês Martins com repertório de Beethoven, Mendelssohn e Luiz Gonzaga. O ingresso custa apenas R$ 1,00 e R$ 2,00.

O calendário musical mensal do Theatro José de Alencar já conta com sete edições fi xas ao mês de concertos e recitais. A Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho/Orcec faz ensaios abertos em todas as segundas quartas-feiras e apresenta concerto nas últimas quintas de cada mês. A Camerata Eleazar de Carvalho, formação liga-da a ORCEC, também se apresenta em todos os dias 17 de cada mês, logo após o tenor Franklin Dantas (também todo dia 17). A Orquestra Sinfônica da Uece tem exibições da série Concertos de Câmara em todos primeiros domingos do mês e nas últimas terças de cada mês com a Série Concertos Sinfônicos.

Além do calendário fi xo, o TJA recebe solistas e coletivos musicais para concertos e recitais. Em setem-bro, a programação ainda se amplia com a Banda de Música da Base Aérea de Fortaleza, sob regência de José Barbosa, no dia 17 às 14h no saguão principal e no dia 22 do mês Recital de Piano “Irresistível

Theatro José de Alencar inicia Série Concertos Sinfônicos

miudinho” com pianista Deneil Laranjeira, Quarteto de Violoncelo e percussão (Recife-PE) às 17h no foyer. Entrada grátis.

Confi ra a programação dos próximos concertos no mês de setembro

Quarta, 12 de setembro – Or-questra Eleazar de Carvalho em Ensaio Aberto com a participação do palhaço Betovim, que leva as crianças ao palco para tocar e reger. 9h palco principal. Grátis. Livre 750 lugares.

Quinta, 13 de setembro – Sax in Cena (Orquestra Eleazar de Carvalho) interpreta Edvard Grieg: Suite Peer Gynt, às 19h30, no salão nobre (altos do foyer). Grátis - 50min 120 lugares.

Segunda, dia 17 de setembro (Gratuito) às 18h, na calçada e saguão TJA : Hora do Ângelus com “Ave Maria” e outros cantos pelo tenor Franklin Dantas +.

Segunda, dia 17 de setembro (Gratuito) – Camerata Eleazar de Carvalho, logo após a apresentação das 18h.

Sexta, 21 de setembro – Or-questra Sinfônica da Uece recebe Cantilena Ensemble (RN). 19h30 palco principal. Grátis – Livre – 750 lugares.

Quinta, 27 de setembro – Or-questra Eleazar de Carvalho em concerto, 19h30 palco principal, grátis, livre, 750 lugares

Na última semana, no Ceará, ocorreram três ataques a caixas eletrônicos em apenas 72 horas. Na segunda-feira, dia 3/9, numa ação ousada, bandidos explo-diram os caixas eletrônicos e destruíram parcialmente a agên-cia do Bradesco, localizada no bairro Parangaba, em Fortaleza. A ação aconteceu por volta das 21 horas e não houve vítimas. Os diretores do Sindicato dos Bancários do Ceará estiveram presentes à unidade na terça-feira, 4/9, para prestar solida-riedade aos funcionários do Bradesco. Na ocasião cobraram a suspensão temporária das ati-vidades da agência, como forma de proteger os trabalhadores e os clientes.

Os dirigentes sindicais Bosco Mota e Rita Ferreira constataram que os estragos feitos na agência foram grandes e colocam em risco a vida das pessoas, caso a agência ficasse aberta para atendimento. Pelo tamanho da destruição dos caixas eletrônicos, os assal-tantes provavelmente usaram explosivos, atingindo também a parte interna da agência que ficou parcialmente destruída. Ou seja, além dos caixas, a ex-plosão danificou o teto e parte da sala da gerência e de outros serviços internos do banco. De acordo com a Polícia, os assaltantes fugiram sem levar nenhuma quantia.

Segundo informações da Polícia, a tentativa de assalto ocorreu por volta de 21 horas e na explosão os 14 caixas foram atingidos e três total-mente destruídos. Uma peça

Três ataques a caixas eletrônicos no Ceará em apenas 72 horas

de um caixa foi arremessada cerca de 30 metros para fora da agência. Ninguém foi atingido. A Polícia acredita que cerca de oito pessoas participaram da ação e alguns suspeitos já foram detidos.

Já na terça-feira (4/9), as-saltantes arrancaram a parte frontal de um caixa eletrônico e levaram R$ 145 mil da agência do Banco do Brasil no muni-cípio de Amontada, a 180 km de Fortaleza. O roubo ocorreu por volta das 11 horas. Segundo informações do Comando de Policiamento do Interior (CPI), a parte frontal do caixa eletrônico foi arrancada e a fiação interna sofreu modificação. A máquina

apresentou curto circuito e pas-sou a soltar dinheiro.

Em Palhano, a 150 km de Fortaleza, na madrugada da sexta-feira, 6/9, cerca de oito homens invadiram um posto do Banco do Brasil e explodiram dois caixas eletrônicos. Os acu-sados ainda dispararam contra o destacamento da Polícia, mas ninguém ficou ferido. A ação ocorreu por volta de 1h da ma-drugada. Segundo informações do Comando de Policiamento do Interior (CPI), os caixas eletrônicos ficaram danificados, mas os acusados não consegui-ram levar o dinheiro. A gaveta com os valores não abriu com a explosão.

A Contraf-CUT enviou na quar-ta-feira (5/9) nova carta aos quatro maiores bancos privados (Itaú, Bradesco, Santander e HSBC), que participam da mesa de negociação da Fenaban, reiterando a reivindica-ção para que cada um deles marque negociações específi cas, “dentro da maior brevidade possível”, para discutir as reivindicações dos ban-cários sobre emprego.

A nova solicitação foi decidi-da pelo Comando Nacional dos Bancários, após a rodada de ne-gociação dia 4/9 que frustrou as expectativas da categoria diante da manutenção da proposta insu-ficiente de reajuste de 6% e sem nenhuma medida de emprego.

EMPREGO

Comando Nacional volta a cobrar negociação com bancos privados

A primeira carta foi remetida no dia 29 de agosto pela Contraf-CUT, um dia depois da negociação em que a Fenaban se recusou a tratar do tema emprego na Convenção Coletiva dos Bancários, sinalizando que esse assunto deveria ser discu-tido banco a banco com a realização de acordos coletivos.

“Não abrimos mão de negociar com cada banco a criação de novas vagas, garantias contra demissões imotivadas e o fim da rotatividade, que é um truque dos bancos para reduzir a massa salarial da cate-goria e turbinar os lucros”, reafirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

Agência do Bradesco em Parangaba (Fortaleza)

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. 3Chega de Truques, banqueiro!

PESQUISA

EDITAL DE ASSEMBLEIA

Foto: Jailton GarciaMais uma vez, os banqueiros

frustraram as expectativas da categoria e não apresentaram nenhuma nova proposta na rodada de negociação realizada com o Comando Nacional dos Bancários na terça-feira, 4/9, em São Paulo. Diante do impasse, o Sindicato dos Bancários do Ceará convoca toda a categoria para uma assembleia na próxima quarta-feira, 12/9, a partir das 18h30, para deliberar sobre a paralisação das atividades por tempo indeterminado a partir do dia 18/9. O encontro acon-tece na sede do Sindicato dos Bancários do Ceará (Rua 24 de Maio, 1289 – Centro).

A rodada de negociações com a Fenaban durou menos de meia hora. Contrariando as expectativas de que colocariam novos avanços na mesa de ne-gociação, os bancos mantiveram a proposta de 6% de reajuste (aproximadamente 0,58% de aumento real) feita no dia 28/8.

Além de não trazer nova proposta, os bancos descumpri-ram o compromisso anunciado nas negociações anteriores de montar um projeto-piloto em Recife para testar equipamentos de prevenção contra assaltos e sequestros.

“Com essa postura intransi-gente, os bancos empurram os bancários para a greve. Eles não mudaram de posição nem depois da divulgação da pesquisa do Dieese na semana passada re-velando que 97% das categorias profissionais fecharam acordos com reajustes acima da inflação no primeiro semestre. Portanto, o sistema financeiro, o mais dinâmico e rentável da econo-mia, tem condições de atender à reivindicação de aumento real de 5% dos bancários”, cobra Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. “Se setores econômicos sem a mesma pujan-ça estão concedendo aumentos reais, os bancos podem muito mais. Somente os seis maiores bancos lucraram R$ 25,2 bi-lhões no primeiro semestre e ainda provisionaram R$ 39,15 bilhões para devedores duvi-dosos, um grande exagero para uma inadimplência que cresceu apenas 0,7 ponto percentual no período”, completa.

“Nós, trabalhadores, estamos apostando no processo negocial, mas parece que os banqueiros só entendem a linguagem da pres-são, da mobilização e da greve. Essa é a nossa hora de mostrar que estamos mobilizados, unidos e fortes. Não podemos admitir que um setor tão lucrativo como o setor financeiro queira oferecer aos trabalhadores apenas 0,58% de ganho real. Vamos todos à assembleia do dia 12 dizer com

Proposta insufi ciente leva bancários para a greve por

tempo indeterminado

firmeza: chega de truques, ban-queiro!”, convoca o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra.

Remuneração milionária – Para o presidente da Contraf-CUT, a postura dos bancos para com os trabalhadores contrasta com a benevolência em relação a seus altos executivos. Dados fornecidos pelas próprias insti-tuições financeiras à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) revelam que a remuneração média dos diretores estatutários de quatro dos maiores bancos (Itaú, Banco do Brasil, Bradesco

e Santander) em 2012 será 9,7% superior à do ano passado, o que significa um aumento real de 4,17%. A remuneração total dos diretores dos quatro bancos, que inclui as parcelas fixas, variáveis e ganhos com ações, soma este ano R$ 920,7 milhões, contra R$ 839 milhões em 2011. “Vejam que situação perversa temos no Brasil. Aqui estão os maiores lucros dos bancos, inclusive dos estrangeiros, e também as maiores remunerações dos executivos. Por que os salários dos bancários brasileiros estão entre os menores?”, questiona Carlos Cordeiro.

O QUE OS BANCÁRIOS QUEREM

O QUE OS BANQUEIROS DIZEM

10,25% de reajuste (aumento real de 5%)

6% de reajuste (0,58% de aumento real)

PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fi xos

6% de reajuste

Piso da categoria equivalente ao salário mínimo do Dieese

(R$ 2.416,38)

6% de reajuste

Auxílio-refeição e cesta-alimentação, cada um igual ao salário mínimo nacional

(R$ 622,00)

6% de reajuste

Emprego: aumentar as contratações, acabar com

a rotatividade, fi m das terceirizações etc.

Bancos afi rmam que o tema não deve constar em Convenção Coletiva e sim,

tratado por meio de acordo banco a banco

Discutir a reavaliação do Programa de combate ao

assédio moral

Banqueiros aceitaram

Programa de Reabilitação Profi ssional (PRP)

Banqueiros afi rmaram que estão rediscutindo o assunto e apresentarão posição sobre a adesão ainda durante processo negocial da campanha 2012

Garantia de salário para afastados no período entre receber alta programada do

INSS e do retorno ao trabalho

Fenaban disse os bancos aceitam pagar o salário durante esse período, bem como entre a licença médica e a

perícia

Projeto-piloto para segurança bancária

Banqueiros aceitaram proposta do Comando de instituir projeto-piloto para

testar medidas, mas até agora não sinalizou com nada

Igualdade de Oportunidades A Fenaban concordou em realizar um novo censo para avaliar medidas de

defesa da igualdade

PCS para todos os bancários Isso é uma questão da política interna de cada instituição, não sendo tema de

inclusão na CCT

Salário substituto Negado. Afi rmando que a substituição é temporária e encarada como

treinamento e oportunidade para mostrar desempenho

SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS NO

ESTADO DO CEARÁEDITAL ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários no Estado do Ceará – SEEB/CE, inscrito no CNPJ/MF sob o nº 07.340.953/0001-48 e Registro Sindical nº 208.327-59, por seu presidente, abaixo assinado, convoca todos os empregados em estabelecimentos bancários dos bancos públicos e privados, sócios e não sócios, da base territorial deste sindicato, para a Assembleia Geral Extraordinária que se realizará dia 12/09/2012, às 18h30min, em primeira convocação, ou às 19h00min, em segunda convocação, em sua sede, na Rua 24 de Maio, 1289 - Centro, Fortaleza –CE, para discussão e deliberação acerca da seguinte ordem do dia:

1. Avaliação e deliberação sobre a rejeição da contraproposta apresentada pela FENABAN, na reunião de 28/08/2012, à minuta de reivindicações entregue em 01/08/2012;

2. Deliberação acerca de paralisação das atividades por prazo indeterminado a partir da 00h00 do dia 18/09/2012.

Fortaleza-CE, 06 de setembro de 2012.

Carlos Eduardo Bezerra MarquesPRESIDENTE

Quase a totalidade dos acordos salariais assinados no primeiro semestre de 2012 resultou em ga-nhos reais para os trabalhadores, aponta balanço do Departamento Intersindical de Estatística e Es-tudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado quinta-feira (30).

Segundo a pesquisa, que leva em conta as negociações registradas no Sistema de Acom-panhamento de Salários (SAS) do departamento, 97% dos 370 reajustes superaram a inflação calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os ganhos ficaram, em média, 2,23% acima do INPC. De acordo com o Dieese, esse é o melhor re-sultado das negociações salariais desde 1996. Apenas duas catego-rias registradas no SAS tiveram reajustes abaixo da inflação. O departamento, no entanto, ressalta que a diferença é pequena, pois representa perda de 0,08%.

O resultado da pesquisa mos-tra que houve elevação do aumento real conquistado pelos trabalhado-res. Na comparação com os quatro anos anteriores, constatou-se que 29% das categorias tiveram ganho real de 2% e 3% em 2012.

No ano passado, por exemplo, somente 9,7% das negociações re-sultaram nesse mesmo percentual de incremento. Também foi signifi cativo, de acordo com o Dieese, o número de categorias (14%) com reajustes de 4% de ganho real no salário.

Negociações salariais têm melhores resultados desde 1996, aponta Dieese

Por se to r econômico , a indústria e o comércio tiveram percentuais semelhantes à taxa geral. Nessas áreas, 98% das ne-gociações resultaram em ganhos reais, sendo que em nenhuma delas houve reajuste abaixo da inflação. No setor de serviços, o percentual cai um pouco e fica em 94%, com registro de 1,3% das negociações com reajustes abaixo do INPC.

Na análise por região geo-gráfica, todas tiveram aumentos reais em maior proporção. O Centro-Oeste, no entanto, merece destaque, considerando que as 32 negociações analisadas resultaram em conquistas financeiras reais nos salários. Apenas as regiões Norte e Nordeste tiveram categorias com reajuste abaixo da inflação.

De acordo com o coordenador do Dieese/CE, Reginaldo de Aguiar, os números expressos na pesqui-sa sinalizam resultados positivos para a Campanha Salarial 2012 dos bancários. “Nos primórdios da pesquisa nós encontrávamos variações muito pequenas, entre 0,5 e 1%. Nesse último balanço, o ganho real já ficou em média 2,23%. O estudo também revela que o número de categorias que tiveram ganho real acima de 5% também aumentou significativamente, o que reflete que as categorias mais organizadas, como petroleiros, metalúrgicos e bancários, que são o farol do segundo semestre, cer-tamente terão resultados bastante significativos”, avalia.

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. 4 Assembleia

CAIXA

DELEGADOS SINDICAIS

CUT

Foto: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE

Fotos: Leonardo Severo

Em assembleia, realizada na quarta-feira, 5/9, na sede do SEEB/CE, os bancários do Itaú no Ceará avaliaram e aprovaram as propostas de acordos coletivos para a Participação Complemen-tar nos Resultados (PCR), auxílio educação e ponto eletrônico negociadas com o banco no dia 16/8. Os acordos terão prazo de vigência de um ano.

Aumento da PCR – O va-lor da PCR será de no mínimo R$ 1.800,00 para cada funcioná-rio, um crescimento de 12,5% em relação ao que foi pago no ano passado, que foi de R$ 1.600,00. O valor pode ser maior depen-dendo do indicador de retorno sobre patrimônio líquido (ROE).

A PCR será creditada de uma só vez juntamente com a anteci-pação da PLR da categoria, que está sendo discutida na mesa de negociação da Campanha 2012 entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban.

“A PCR é uma conquista específica dos funcionários do Itaú e traz princípios defendidos

Bancários do Itaú aprovam propostas de PCR, auxílio

educação e ponto eletrônico

pelo movimento sindical: é linear, todos recebem o mesmo valor indistintamente; não é compen-sável com nenhum programa próprio, ou seja, todo mundo vai receber; e não é baseada em me-tas individuais”, afirma Ribamar Pacheco, representante da Fetrafi/NE na Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco.

Mais bolsas educação – Foi deliberada a conquista de 1.500 novas bolsas educação, sendo que 1.000 serão destinadas preferencialmente a bancários com deficiência. Com isso, o movimento sindical obteve um total de 5.500 bolsas: 4 mil para bancários, 1.000 para bancários com deficiência e outras 500 para trabalhadores não bancários da holding do Itaú.

Esse auxílio será retroativo a fevereiro deste ano e totali-zará 11 parcelas, cobrindo 70% da mensalidade, com teto de R$ 320,00. Não há restrição de cursos. Assim qualquer primeira

graduação é possível. A abertura do processo de inscrição para o auxílio educação será divulgada em breve pelo banco.

Ponto eletrônico – A proposta regulamenta o Sistema Alternativo Eletrônico de Jornada de Trabalho. As negociações sobre este tema também acon-teceram durante o primeiro se-mestre deste ano e as alterações solicitadas pela Contraf-CUT foram feitas pelo Itaú.

O sistema não admite res-trições à marcação do ponto; marcação automática do ponto; exigência de autorização prévia para marcação de sobrejornada; e alteração ou eliminação, pelo gestor, dos dados registrados pelo empregado.

“Dentre as alterações, des-tacamos a possibilidade da marcação do ponto eletrônico apenas nas dependências inter-nas do banco”, destaca Ribamar. O comprovante de registro de ponto também foi alterado pelo banco, conforme solicitação da Contraf-CUT.

A eleição para delegados sin-dicais do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Nordeste aconteceram no período de 28 a 30/8. Foram eleitos 134 delegados, sendo 33 da Caixa Eco-nômica (16 para a Capital e 17 para o Interior), 56 do BB (24 na Capital e 32 no Interior) e 45 do BNB (23 na Capital e 22 no Interior).

“Os delegados sindicais são essenciais para uma comunicação mais efi caz entre a base de traba-lhadores e o Sindicato. São eles que trazem as demandas e propostas para aprimorar nossa luta. O Sin-

Eleitos representantes do BB, da Caixa e do BNB

dicato é construído com ajuda de todos e os delegados são fi guras fundamentais nesse processo”, destaca o presidente do Sindicato Carlos Eduardo Bezerra.

Com mandato de um ano, o delegado sindical tem a missão de estreitar a relação da base com o Sindicato. O representante sindical de base não pode ser removido do seu local de trabalho durante a vigência do mandato.

Nas próximas edições da Tribuna Bancária publicaremos as relações dos delegados sindicais eleitos, por banco.

A Caixa Econômica Federal anunciou na semana passada um plano agressivo de expansão. A empresa pediu autorização do Banco Central para constituir um banco de investimento e divulgou que, até o fi m de 2013, abrirá 500 novas agências e mais mil casas lotéricas, com o propósito de chegar a todos os 5.563 municípios do País.

Essa informação, veiculada pela grande imprensa, dava conta de que a Caixa pretende contratar 12 mil empregados até o próximo ano, sendo que desse contingente, segundo a empresa, já foram cha-mados 3.500 em 2012.

As projeções anunciadas pela Caixa têm um claro propósito: am-pliar a carteira comercial, para que se torne o terceiro maior banco do País em 10 anos. Para isso, em uma sociedade da CaixaPar com a Funcef e a IBM, foi criada uma empresa para desenvolver a nova plataforma digital para o crédito imobiliário. Também foram adquiridos 24% da CPM Braxis, empresa do grupo francês Capge-

Plano de Expansão é positivo, mas tem que gerar mais empregos

mini, segunda maior companhia de tecnologia da informação do mundo.

“A proposta da Caixa de expandir sua rede de atendimento e ampliar sua participação no mercado é posi-tiva, pois o aumento dos negócios irá refl etir nos resultados fi nanceiros da empresa, dando sustentação ao aten-dimento social, sua razão de existir. Porém é necessário que esse cres-cimento seja acompanhado de uma melhor estruturação, contratação de mais empregados e a eliminação de correspondentes bancários”, afi rma Plínio Pavão, diretor executivo da Contraf-CUT.

A mesma avaliação é compar-tilhada pela Fenae, que considera insufi ciente o número de contrata-ções previstas pela Caixa para fazer frente ao aumento das demandas. Embora aponte igualmente positiva a adoção de uma política de cres-cimento da Caixa, a Fenae diz que a medida precisa estar casada com uma política de maior valorização dos empregados, para a efetiva me-lhoria das condições de trabalho nas

agências e postos de atendimento. “É comum visitarmos as agências

da Caixa e constatarmos a lotação constante das unidades. Recente-mente, estivemos no município de Caucaia e vimos um verdadeiro caos por haver demanda demais e número de funcionários insufi ciente para atender a população. Diante disso, é claro que para um plano de expansão tão grande é preciso que haja muito mais contratações”, avalia o diretor do Sindicato dos Bancários, Carlos Rogério Montenegro.

Desta forma, para suprir a ca-rência de pessoal, o Sindicato dos Bancários do Ceará, a Contraf-CUT e a Fenae defendem que o ritmo de contratações acompanhe as reais necessidades da empresa. Antes de qualquer coisa, segundo as enti-dades, é essencial resolver a situa-ção de sobrecarga de trabalho nas unidades, para que diminua o risco de adoecimento dos trabalhadores. A reivindicação é de que, até o fi m deste ano, a Caixa tenha pelo menos 100 mil empregados.

Mais de dez mil manifestantes, vindos em caravanas de todo os recantos do País, enfrentaram o sol quente e o ar seco de Brasília para defender os direitos dos trabalhado-res no 5 de setembro, Dia Nacional de Mobilização da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e data da VI Marcha Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública.

“Defendemos os 10% do PIB para a educação, o piso do magis-tério, carreira, e aprovação do Plano Nacional de Educação, porque são medidas imprescindíveis para o desenvolvimento do país, que dia-logam com o presente e o futuro da nossa nação, da mesma forma que o combate à precarização e à ter-ceirização”, declarou Carmen Foro, dirigente da executiva nacional da CUT, que coordenou a manifestação ao lado de Fátima Aparecida da Silva, da CNTE (Conferência Nacional dos Trabalhadores em Educação).

Os manifestantes organizaram ainda uma vaia para o ministro da Fa-zenda, Guido Mantega, que falou que os 10% do PIB para a educação iriam quebrar o país. A realização da marcha em plena Semana da Pátria demons-tra que a independência só pode ser garantida pelos trabalhadores.

Para o presidente da Confede-ração Nacional dos Metalúrgicos (CNM), Paulo Kayres, a pressão das ruas tem tido cada vez mais um papel

Mobilização defende educação de qualidade e trabalho decente

fundamental, como fi cou demonstra-do pelos avanços obtidos após as mo-bilizações e greves do setor público. “É preciso que haja sensibilidade do lado de lá. Nós ajudamos a eleger um governo democrático e popular que precisa garantir contrapartidas para a sociedade, como é o investimento na educação pública”, disse.

Pressão no Congresso – Du-rante a tarde foram marcadas várias audiências com parlamentares, onde os dirigentes da CUT e da CNTE levaram até o Congresso Nacional as suas reivindicações. O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, dis-se que além da pauta educacional, as entidades levaram até os deputados e senadores a sua pauta comum pelo fi m do Fator Previdenciário, contra a idade mínima para as aposenta-dorias e a desoneração da folha de pagamento; contra a rotatividade no emprego – pela ratifi cação da Con-venção 158 da OIT; por negociação coletiva no serviço público – regula-mentação da Convenção 151 – e a revogação do Decreto 7777 – que institucionaliza a substituição dos servidores grevistas.

“Pedimos urgência em ações contra a precarização do trabalho, no combate às terceirizações e na luta pela igualdade de direitos. Precisa-mos urgente de trabalho decente”, concluiu Vagner.

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Foto: Drawlio Joca

O Sindicato dos Bancários do Ceará, como integrante da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB, participou na segunda-feira, dia 3/9, da segunda rodada de negociação entre a Contraf-CUT e a Superin-tendência de Desenvolvimento Humano do Banco do Nordeste do Brasil, em Fortaleza, quando foram abordadas as cláusulas referentes à remuneração (benefícios), funcionais e sindicais. Na ocasião, o Sindicato voltou a insistir em uma solução urgente para a revisão do PCR e co-brou o cumprimento do cronograma de implantação do ponto eletrônico.

O vice presidente da Contraf-CUT, Carlos Sousa, cobrou a as-sinatura do acordo coletivo aditivo dos funcionários do BNB com mais celeridade. “Essa demora é ruim para todos. Para os funcionários que fi cam desprotegidos, para os represen-tantes das entidades que caem em descrédito e para a empresa que fi ca com sua imagem prejudicada junto ao corpo funcional”, avalia.

Funcionais – A Contraf-CUT cobrou do superintendente de De-senvolvimento Humano, Francisco Cavalcante, uma resposta quanto ao cumprimento do termo de ajuste que prevê a substituição de terceirizados. O Banco informou que na última semana promoveu o desligamento de 420 terceirizados, sendo 380 da Direção Geral e 40 de outras unidades. Cavalcante afi rmou ainda que a intenção do Banco é substituir 545 terceirizados e confi rmou as convocações de aprovados no último concurso, em 2010.

Os representantes dos traba-lhadores cobraram ainda explica-ções do BNB quanto à proibição de funcionários das agências do Banco estarem proibidos de participarem de concorrência para o preenchimento de funções de Gerente de Opera-ções Financeiras nos Ambientes de Fundos de Investimentos e de Fundos de Investimentos Especiais. O superintendente Francisco Caval-cante informou que o Banco deve se posicionar em breve e que problema será levado à Diretoria do BNB e que em seguida, o Banco sairá com uma nota esclarecendo os fatos.

Carlos Sousa exigiu ainda que

Sindicato insiste junto ao BNB na cobrança da revisão

do PCR e implantação do ponto eletrônico

os critérios para as concorrências sejam objetivos e que o peso das entrevistas seja minimizado para que o processo para preenchimento de funções seja mais transparente. “Critérios subjetivos podem gerar sus-peitas de clientelismo”, esclarece ele. O Banco fi cou de apresentar posição na próxima reunião, no dia 10/9.

Quanto ao transporte de numerá-rios, o coordenador da Comissão Na-cional, Tomaz de Aquino, solicitou que as despesas passem a ser centraliza-das pela Direção Geral. Isso evitaria que, para diminuir as despesas da agência, os gestores obriguem seus funcionários a realizar esse trabalho que, por lei, deve ser executado por empresas de segurança.

Com relação à implantação do ponto eletrônico, o Comando Nacio-nal foi enfático em cobrar a sua ime-diata instalação. O Banco informou apenas que os prazos acordados em mesa de negociação específi ca estão sendo cumpridos, mas se comprometeu em instalar o ponto eletrônico até o fi nal de setembro. “Se é assim, então queremos que o Banco apresente esse cronograma de implantação ao seu corpo funcio-nal, como forma de esclarecimento justo aos funcionários que estão na expectativa da instalação do ponto eletrônico”, cobrou Carlos Sousa.

O Comando Nacional reivindicou também a implantação de um novo plano de funções e a revisão do PCR. De acordo com representantes dos funcionários, há casos de bancários que estão acumulando funções, pois a movimentação estrutural do Banco já pede essa revisão.

Quanto ao PCR, os bancários cobraram uma posição quanto ao projeto que foi apresentado ao DEST (Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais). O Banco informou que o departa-mento havia devolvido o projeto por entender que, naquele momento, o PCR estava implantado e não seria mais discutido. Entretanto, com a nova diretoria do BNB, o momento é outro e o Banco deve voltar a apre-sentar o projeto ao órgão em breve.

Outro ponto abordado refere-se à isonomia das diárias a serviço. O representante do SEEB/CE, Pedro Moreira, relatou que há diversos valo-

res de diárias praticados hoje no BNB, criando um tratamento não isonômico entre os funcionários. E reforçou a reivindicação de que todos recebam a maior diária paga hoje pelo Banco. O dirigente sindical denunciou ainda que alguns valores de diárias estão congelados há mais de dez anos e que o recurso do ressarcimento de despesas, que deveria ser uma exceção, está virando rotina.

Benefícios/Remuneração – Os bancários cobraram isonomia de tratamento entre novos e antigos funcionários. “Sabemos da difi cul-dade desse debate com o governo e órgãos reguladores, mas ele é importante, pois repara injustiças de governos anteriores, de funcionários que fazem a mesma função, mas não tem o mesmo direito. Corrigir essas distorções é uma questão de justiça”, enfatiza Tomaz de Aquino.

O Comando Nacional reivin-dica ainda que, além da regra da Fenaban, o Banco reserve mais 5% do seu lucro líquido para o pa-gamento de PLR Social aos seus funcionários. Ademais, os bancários solicitam a anistia do empréstimo/concessão dado aos funcionários a título de PLR, já que o lucro do Banco não foi sufi ciente para honrar o pagamento do benefício. “Esse foi um paliativo que o BNB encontrou para pagar o que era direito nosso. Além disso, o lucro semestral do Banco já sinaliza que a próxima PLR também pode fi car aquém das nossas expectativas e se ainda tivermos que pagar esse empréstimo, o que vai sobrar é muito pouco”, justifi ca Tomaz de Aquino.

Sindicais – O Comando Na-cional reivindicou ainda a libera-ção de mais dirigentes ligados à Contraf-CUT para fazer a defessa dos trabalhadores. “A base cresceu muito, mas o número de represen-tantes liberados não aumentou. Hoje já existem bases sem nenhum representante e isso é prejudicial para o movimento sindical. Além disso, pleiteamos um programa de valorização do dirigente sindical, como forma de arregimentar novos quadros para fazer a defesa dos trabalhadores”, disse Carlos Souza.

Inquérito civil contra o Banco do Nordeste por extrapolação de jornada de trabalho foi instaurado pela Pro-curadoria Regional do Trabalho da 7ª Região no município de Sobral. O inquérito presidido pela procuradora Ana Valéria Targino de Vasconcelos teve sua primeira audiência realizada no último dia 6/9, às 11h, na presença do advogado e do gerente do BNB de Granja, unidade operadora que originou a denúncia, e de diretores e advogada do Sindicato dos Bancários do Ceará.

Na ocasião, os representantes do BNB disseram que a situação de extrapolação de jornada em Granja já havia sido regularizada. A versão do Banco foi contestada pelos dirigentes sindicais que afi rmaram serem corri-queiras as denúncias de trabalho fora da jornada de seis horas em quase todas as unidades bancárias do BNB.

Diante do impasse foi proposto um prazo de até 60 dias para o Sin-dicato realizar uma nova verifi cação

Procuradoria do Trabalho abre inquérito sobre extrapolação de

jornada na agência do BNB de Granjade ocorrência naquele e em outras agências do BNB no Estado. Findo esse prazo será convocada nova audiência pela Procuradoria Regional do Trabalho visando o encaminha-mento de soluções para o problema.

Posse – Enquanto o SEEB/CE estava cuidando de assuntos da mais alta relevância para o corpo funcional do BNB ocorria em Fortaleza a posse do novo presidente do Banco, Ary Joel Lanzarin, com a presença do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e outras autoridades do governo.

O Sindicato espera que o novo presidente saiba utilizar o prestígio demonstrado em sua posse para conseguir o atendimento de de-mandas históricas do funcionalis-mo, dentre as quais a implantação do ponto eletrônico, a revisão do PCR com valorização do salário de ingresso, fi m da terceirização e convocação imediata dos concur-sados, entre outras.

JUSTIÇA

A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) foi unâ-nime ao dar provimento a recurso de uma empregada do Banco do Brasil que, aposentada por invalidez, pretendia receber indenização por lucros cessantes (o que se deixou de lucrar), decorrentes de tíquete alimentação que parou de perceber em razão da aposentadoria precoce. Para a Turma, o valor é devido, já que a empregada apenas deixou de receber o benefício em razão da conduta ilícita da instituição fi nanceira que acarretou na invalidez.

Após incapacidade adquirida no ambiente de trabalho, a empregada foi aposentada por invalidez. Quando na ativa, recebia tíquete alimenta-ção como parte do salário, mas o benefício deixou de ser pago após a aposentadoria antecipada. A bancá-ria, então, ajuizou ação trabalhista, e afi rmou que o tíquete alimentação tem natureza salarial e, portanto, deveria integrar a remuneração, principalmente porque fi cou impossi-bilitada de recebê-lo em decorrência do afastamento prematuro.

A sentença não acolheu o pedido da bancária, pois, como ela recebia complementação previdenciária de entidade privada, sua remuneração já superava a recebida pelo pessoal da ativa, o que garantiria a manutenção do poder aquisitivo após a aposenta-

doria. Ao julgar o recurso ordinário da empregada, o Tribunal Regional da 20ª Região (SE) confi rmou o enten-dimento do primeiro grau e indeferiu o pedido dos lucros cessantes.

Inconformada, a empregada re-correu ao TST. O relator, ministro Lelio Bentes Corrêa, deu razão à bancária e deferiu o pagamento do tíquete alimentação a título de indenização por lucros cessantes. Para ele, fi cou demonstrado que a aposentadoria precoce decorreu da conduta negli-gente do Banco. Portanto, deve-se aplicar o artigo 950 do Código Civil, que determina o pagamento de inde-nização, despesas de tratamento e lucros cessantes quando houver dano que impeça o ofendido de exercer seu ofício ou profi ssão, ou que diminua a capacidade de trabalho.

O relator ainda destacou que a responsabilidade do banco de indeni-zar não pode ser afastada pelo fato de a remuneração da bancária superar o valor que recebia quando na ativa. A indenização por lucros cessantes é resultado do que a empregada deixou de receber em razão da conduta ilícita da instituição fi nanceira.

A decisão foi unânime para refor-mar o acórdão do Regional e deferir à bancária indenização por lucros cessantes, correspondente ao valor dos tíquetes alimentação que faria jus caso ainda estivesse trabalhando.

TST condena BB a pagar vale-alimentação para aposentada por invalidez

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INFORMAÇÃO PRESTADA PELOPORTEIRO OU SÍNDICOREINTEGRAÇÃO AO SERVIÇOPOSTAL EM / /

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9912180326-DR/CESIND. DOS BANCÁRIOS

DEVOLUÇÃOGARANTIDA

Mala DiretaPostal

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DIREITO DO CONSUMIDOR

A direção do Banco do Brasil está desvirtuando o sentido da cláusula sobre descomissionamen-to por avaliação contida no acordo assinado com o Comando Nacional dos Bancários em 2011, espalha ter-rorismo para amedrontar os comis-sionados e insufl a publicamente os gestores a exercerem seu poder para ameaçar e punir funcionários que participem de atividades sindicais.

Para a Contraf-CUT, é esse o signifi cado do Boletim Pessoal di-vulgado na quinta-feira, 30/8, pelo diretor de Relações com Funcioná-rios e Entidades Patrocinadas do BB, Carlos Eduardo Leal Neri, que tem abusado desse tipo de ameaça.

A cláusula 42ª do acordo coleti-vo, que restringe o descomissiona-mento aos casos de três avaliações de desempenho negativas conse-cutivas, foi um avanço importante porque impõe travas a um modelo de gestão por ameaça que impera no banco. O BB agora está fazendo uma interpretação equivocada do acordo. Na rodada de negociação específi ca da Campanha Nacional de 20/8, o BB propôs reduzir as avaliações de três para uma, o que provocou protesto por parte dos dirigentes sindicais.

“O banco está desrespeitando a própria mesa de negociação da qual participa”, acusa William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB. “Repudiamos esse tipo de in-citação ao assédio e à perseguição por parte dos gestores contra os trabalhadores que participam de atividades sindicais. Essa é uma postura retrógrada e burra”.

Segundo William, “esse tipo de terrorismo só fará a mobilização ser a mais forte dos últimos anos, porque as reivindicações são justas e os bancários merecem respeito. E como nos últimos nove anos, os bancários não fugirão à luta”.

Veja ao lado a nota em que o diretor Neri incita os gestores a libe-rarem seus “instintos mais primitivos” como atos de gestão:

Banco desrespeita mesa de negociação e incita gestores

à prática antissindical

30/08 - Boletim Pessoal 52 - Gestão das Relações de Trabalho

Colega,

Percebemos que têm surgido muitas dúvidas e informações equivocadas no que diz respeito a descomissionamento e demissão por ato de gestão no BB.

Inicialmente, é importante destacar que não são necessárias três avaliações negativas e consecutivas para que ocorra qualquer descomissionamento. Não é isso que está no Acordo Coletivo 2011/2012, fi rmado com as entidades sindicais. Vejamos o que está previsto na Cláusula 42ª do ACT, disponível para consulta no site de negociação coletiva do BB (clique AQUI para acessar):

"Cláusula quadragésima segunda: Descomissionamento decorrente de avaliação de desempenho funcional. O BANCO, na vigência do presente acordo, observará três ciclos avaliatórios consecutivos de GDP com desempenhos insatisfatórios, como requisito para descomissionamento de funcionário na forma das instruções normativas específi cas".

Isso signifi ca que o Acordo de Trabalho regulamenta apenas e exclusivamente o descomissionamento relacionado a desempenho, não incluindo demais formas previstas nas normas da Empresa, como descomissionamento decorrente de controle disciplinar ou ato de gestão (IN 369-1.12). Para esses casos, a dispensa de comissão pode ocorrer a qualquer tempo, sem a necessidade de se observarem três ciclos avaliatórios.

Compreendemos, inclusive, que uma situação de desem-penho insatisfatório perdurando por três ciclos avaliatórios (três semestres) não é conveniente administrativamente a nenhuma empresa. Entendemos que a oportunidade para o reposiciona-mento do funcionário e a melhoria de seu desempenho não pode durar tanto tempo por ser contraproducente, sobrecarregando a equipe e prejudicando o resultado da dependência. Além disso, a adoção dessa periodicidade extrapola a vigência do ACT, que é anual. É por isso que estamos debatendo o assunto com a Comissão de Empresa.

Quanto à questão da demissão, as instruções internas também regulamentam as suas possibilidades e, a exemplo do descomis-sionamento, também pode se dar por ação disciplinar ou por ato de gestão (IN 379-1.1). Porém, ressaltamos que casos passíveis de demissão por ato de gestão devem ser enviados para análise e decisão de um Comitê, formado pelos primeiros gestores da Diref, Dipes e da diretoria ou unidade proponente, medida que evita desligamentos arbitrários.

Achamos importante destacar esses aspectos porque valori-zam ainda mais os números e os argumentos que apresentamos nos Boletins anteriores. Mesmo tendo esses instrumentos à dis-posição, fi ca claro que o Banco não os utiliza deliberadamente, demonstrando a responsabilidade e o cuidado que a Empresa adota na condução desta matéria. Novamente convidamos você a checar e avaliar as informações disponíveis, de modo a formar sua própria convicção sobre esses assuntos.

Carlos Eduardo Leal NeriDiretor de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas

Quem consegue quitar em-préstimo em um banco antes do prazo estipulado se livra da dívida, mas corre risco de receber um atendimento incompleto nas agências de cinco das maiores instituições fi nanceiras do País. Foi o que constatou uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), ao apontar falhas nos processos de liquida-ção antecipada de empréstimo no Banco do Brasil, no Bradesco, no HSBC, no Itaú Unibanco e no Santander.

De acordo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC) e com as normas do Banco Central (BC), o cliente que quita um crédito pessoal antes do prazo estipulado tem direito a abatimento propor-cional dos juros. Ou seja, se um empréstimo é parcelado em quatro vezes, mas o consumidor paga duas prestações e decide quitar a dívida, os juros que seriam cobra-dos nas próximas duas parcelas devem ser descontados do saldo a ser pago.

Sem detalhes – Os bancos investigados pelo Idec fizeram corretamente essa conta, mas não deram detalhes sobre o cálculo aos pesquisadores do instituto. Com isso, foram feridas regras do CDC e do Conselho Monetário Nacional (CMN), que determina que o banco deve prestar esclarecimentos e “for-necer planilha de cálculo que possibilite, de forma simples e clara, a conferência da evolução da dívida”. “Faltam informação e preparo ao atendente de banco para fornecer esses dados es-pontaneamente, o que é uma obrigação”, afirma o gerente de testes e pesquisa do Idec, Carlos Thadeu de Oliveira, responsável pelo levantamento. “Isso gera ainda a possibilidades de pro-blemas para o consumidor, como cobranças indevidas”.

As queixas contra débitos não autorizados lideraram o ranking de reclamações do BC em julho, com 291 denúncias pendentes no mês. “Imagine que ocorra um erro e

Idec aponta falhas nos principais bancos do País nos processos de liquidação antecipada de dívidas

você volta a ser classifi cado como devedor pelo banco”, exemplifi ca Oliveira. “Até dá para comprovar que as dívidas foram pagas por meio de extrato bancário, porém essa informação deveria ficar mais clara. Entregar o termo de quitação de empréstimo não só é fácil: é um dever do banco”.

Foi justamente na falta desse documento que os bancos pes-quisados pelo Idec falharam. Os funcionários das agências não forneceram o termo. Além disso, HSBC, Itaú Unibanco e Bradesco não deixaram claros os encargos envolvidos nesse tipo de serviço nem forneceram demonstrativo dos cálculos a pagar. Esta última falha também foi verifi cada no Santander.

Explicações – O Santander, em resposta ao questionamento da reportagem, declara que “no processo de liquidação anteci-pada, o cliente recebe extrato com a evolução da dívida e, caso tenha dúvidas, pode tirá-las com o gerente”. Diz ainda que esse extrato serve de comprovante “e, por isso, o termo de quitação não é necessário”. O Bradesco se po-siciona da mesma forma, ao dizer que “no extrato da conta corrente do cliente, o valor da liquidação do empréstimo e o próprio extrato servem de prova de quitação e extinção da dívida”.

O Banco do Brasil, único que “apenas” deixou de fornecer o termo de quitação, diz que o documento “deve ser entregue ao cliente independentemente da sua solicitação, e que o caso mostrado na pesquisa do Idec tratou-se de evento excepcional”.

O HSBC admite que “uma informação incorreta pode ocorrer em função de falha pontual” e que “o caso em questão será avaliado para aprimorar o atendimento”. Já o Itaú-Unibanco afi rma que “a liquidação antecipada de crédito só é feita mediante o demonstra-tivo de pagamento” e solicita ao Idec detalhes da pesquisa que indicam que tal procedimento não foi cumprido.

Testamento VitalO Conselho Federal de Medicina diz: qualquer pessoa maior de 18 anos

ou emancipada poderá registrar sua opção por não receber determinados tratamentos, caso enfrente uma situação de doença terminal. É o chamado Testamento Vital. Nada muda com relação à eutanásia, que continua ilegal. Alguns procedimentos que poderão ser dispensados: o uso de respirador artifi cial, tratamentos com remédios, cirurgias dolorosas e extenuantes ou a reanimação em casos de parada cardiorrespiratória. O recurso poderá

ser usado em casos de doenças crônicas, em pacientes terminais. Está em estudo sua aplicação em casos de acidente.

Novo mínimoO Ministério do Planejamento fi xou em R$ 670,95 o valor do salário mínimo a partir de janeiro de 2013. Essa é a proposta incluída no Projeto de Lei Orçamentária Anual, que ainda será avaliado pelo Congresso Nacional. O novo valor é 7,9%

maior que os R$ 622,00 pagos atualmente e passa a ser pago a partir de fevereiro/13. O reajuste inclui a variação de 2,7% do PIB de 2011 e a estimativa

de que a infl ação medida pelo INPC previsto para o ano de 5%.

“Recebi do ex-presidente Lula uma herança bendita. Não

recebi um País sob intervenção do FMI ou sob a ameaça de

apagão (...) O passado deve nos servir de

contraponto, de lição, de visão crítica, não de ressentimento”

Presidenta Dilma Rousseff, em resposta a artigo de FHC

afi rmando que Lula teria lhe deixado uma Herança

Pesada

Metas para o audiovisualEm oito anos, o Brasil quer ser o quinto maior

mercado consumidor e produtor em audiovisual no mundo. Atualmente, está na 10ª posição.

Para isso, precisa dobrar o número de salas de cinema, triplicar a quantidade de canais de TV por assinatura dedicados à produção nacional, veicular

mais longa-metragens na TV aberta e ampliar a participação das distribuidoras nacionais de cinema e de produtoras independentes. As metas são da Agência Nacional de Cinema e estão descritas no Plano de Diretrizes e Metas para o Audiovisual, em

consulta pública no site da agência.

Controle do TabagismoCriado em 1986 pela Lei Federal nº. 7.488, o Dia

Nacional de Combate ao Fumo, comemorado em 29 de agosto, tem como objetivo reforçar as

ações nacionais de sensibilização e mobilização da população brasileira para os danos sociais, políticos,

econômicos e ambientais causados pelo tabaco. No Brasil, o INCA é o órgão do Ministério da Saúde

que coordena o Programa Nacional de Controle do Tabagismo. O Programa visa à prevenção e à

cessação do tabagismo na população por meio de ações que estimulem a adoção de comportamentos

e estilos de vida saudáveis.