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ARTIGO CIENTrFICO FATORES QUE INFLUENCIAM NA IMPLEMENTAÇÃO DE UM MOD ELO DE ASSIST ENCIA D E ENFERMAG EM - UMA PROPOSTA ALTERN ATIVA Solange Sánchez l , Eva Maria Costa l , Wi liam Cesar A. Machadol Yone Alves A. Sampai o I SÃNCHEZ, S. et aliL Fatores que influenciam na imple- men tação de um modelo el e assi stência de enfermagem . - uma proposta altea tiva. R e v. Bras Enf, Brasíli a, 37 (3/4): 195-204,jul./el ez. 1984 . RESUMO. A conotação emp(ric a d a Assistência de Enfermag em ainda pr edominante n as inst ituições de saúde vem preocup ando os · p ' rofissiona is de enfermagem, ao tempo que também tem contribuldo para indefi nição do espa ço do enfermeiro na socied ade. Isto vem de alguma forma reforçar as constantes dificuld ades que têm os enfermeiros recém- formados, di ante d a prática de ass istência, f ace a divergência de p adrões entre o órgão formauo r e a prática desenvolvid a nas unid ades de s aúde. Preocupados com t al prob le- mática, os au tores têm o pro pósito de apresen tar al ternativas que possam cont ribu ir pa eficácia dos proj etos d e impl ementação d e modelo de Assistência de Enferm agem Siste- matiz ada. O estudo consta de um levan tamento dos fatore s considerados como obstácu- los e barr eiras que pode rão esta r influenciando nos resultad os da prática da assistênci a de enf ermagem desenvolvida no Rio de Janei ro. ABSTRACT. The empirical connot ation of Assistance in Nursing that still p redominates in Health Institutions has b een a worrying factor for p rofessionals within the nu rsing area, while , at the same time, it has contr ibuted to a l ack of definit ion of the role of th e nurse with in society. Th is only emphas izes the cons tant difficul ties tha t recently gradu a- ted nurses hav e fac ed, in the assis tance pra cti ce, due to the divergences of standards between the formative o rgan a nd the practic e carried out in the heal th units. The a uthors, wor ried with th e problem in qu estion, propose to pr esent altern atives that may contri- bute to the effici ency of the projects of im plementa tion of the mod el of Assistanc e in Systemized Nursing. The study is composed of an examinat ion of the factors considered to be bs tacles that could be infl uencing th e r esults of the prac tice of aS$istan ce in Nursing developed in Rio de Jan eiro. 1. Docentes do Departamento de Enfermagem Fundamental do CCBS da Universidade do Rio de Jeiro, RJ. Rev. Bl. Ef , Brasília, 37 (3/4),júl./dez. 1984 - 195

ARTIGO CIENTrFICO FATORES QUE …INTRODUÇÃO A assistência de enfermagem vem hoje sofren do influências do mundo moderno, principalmente face ao desenvolvimento da tecnologia, o

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A R T I G O C I E NTrF I CO

FATO R ES Q U E I N F LU E NC IAM NA I M P L E M E NTAÇÃO D E U M MOD E LO D E ASS I ST E N C I A D E E N F E R MAG E M

- U M A PROPOSTA A LT E R N AT I VA

So lange Sánchez l , Eva Maria Costa l , Wi l iam Cesar A. Machado l Yone Alves A. Sampaio I

SÃNCHEZ , S. et aliL Fatores que influenciam na imple­men tação de um modelo ele assistência de enfermagem

. - uma proposta alternativa . R e v. Bras. Enf., Brasília, 37 (3/4 ) : 1 95 -204 , jul ./elez. 1 984 .

R ESUMO. A conotação emp (r ica da Assi stênc ia de Enfermagem a inda predomi nante nas i nst itu i ções de saúde vem preocupando os · p'rofiss iona is d e enfermagem, ao tempo que também tem contribuldo para indef in ição do espaço do enfermei ro na sociedade. I sto vem de a lguma forma reforçar as constantes d if icu ldades que têm os enfermei ros recém­formados, d iante da prática de ass istência, face a d ivergência de pad rões entre o órgão formauor e a prática desenvolv ida nas un idades de saúde . Preocupados com tal proble­mática, os autores têm o propósito de apresentar a l te rnativas que possam contr ibu i r pará eficácia dos projetos d e implementação de modelo de Assistência de Enfermagem S iste­matizada. O estudo consta de um levantamento dos fatores considerados como obstácu­los e barrei ras que poderão estar inf luenciando nos resu ltados da prática da assistência de enfermagem desenvolv ida no R i o de Janei ro.

ABSTRACT. The empi r ica l connotation of Assistance in Nu rs ing that sti l l predominates in Health I n st itutions has been a worry ing factor for profess iona l s with in the nurs ing area, wh i le , at the same t ime, i t has contr ibuted to a l ack of def in it ion of the ro le of the nurse with i n society. Th i s only emphasizes the constant d i ff i cu l t ies that recent ly gradua­ted nurses have faced, i n the assi stance practice, due to the d ivergences of standards between the formative organ and the practice carr ied out i n the hea lth units. The authors, worried with the problem in question, propose to present a lte rnatives that may contri­bute to the effic iency of the projects of implementation of the m od e l of Assistance in Systemized N ursi ng. The study is composed of an examinat ion of the factors considered to be Çlbstacles that cou ld be inf luencing the results of the practice of aS$ istance in Nurs ing developed i n R io de J ane iro .

1 . Docentes do Departamento de Enfermagem Fundamental do CCBS da Universidade do Rio de Janeiro, RJ.

Rev. Bral. Ettf, Brasília, 37 (3/4), júl./dez. 1 984 - 195

INT RODUÇÃO

A assistência de enfermagem vem hoje sofren­

do influências do mundo moderno, principalmente

face ao desenvolvimento da tecnologia, o que tem

trazido benefícios que nos levam ao aprimoramen­

to técnico. Nã'o obstante , estes benefícios tendem

a distanciar a tão valorada aproximação humana,

que constitui fator primordial na atuaçã'o do enfer­

meiro. Portanto, os aspectos humanísticos não

podem ser descuidados, considerando que o objeto

da enfermagem é o assistir ao homem em toda sua

plenitude . A enfermagem acompanha, passo a

passo , o desenvolvimento cient ífico, é tecnológico ,

mormente no que concerne à evoluçã'o da profis­

sã'o nos seus aspectos globais . Sendo ela um sub­

sistema do sistema integrador de saúde , utiliza

métodos, normas e procedimentos específicos

que se fundamentam nos objetivos e filosofia por

ela dirigidos, com o propósito de identificar e

atender as necessidades básicas do homem. Assim

sendo, preocupados com a situaçã'o existente nas

instituições prestadoras de serviços de saúde , os

enfermeiros mobilizam-se para a melhoria deste

quadro, embora os meios utilizados, até o momen­

to , nã'o tenham sido de comprovada eficácia.

Constatada esta situação no exercício do ensino,

os docentes também demonstram ' preocupação

com os resultados desta assistência, o que motivou

os autóres deste trabalho a investigar os fatores

que poderão estar originando esta problemática.

Estes fatores foram diagnosticados, com auxílio

de um instrumento, entre profissionais que atuam

na assistência, aplicado em instituições considera- , das de bom padrlo, em razlo dos serviços ofere­

cidos à comunidade . A opçã'o por estas instituições

foi em decorrência da utilizaçã'o destas, por univer­

sidades, como campo de aprendizado, para alunos

do Curso de Graduaçlo em Enfermagem e Obste­

trícia .

Após a aplicaçã'O do instrumento, que foi

acompanhado pelos autores, ocorreu o tratamento

estatístico para tabulaçã'o e representaçã'o por

meio de tabelas. Em funçfo dos resultados foram

formuladas propostas alternativas, como sugestã'o

no âmbito da assistência e do ensino.

1 96 - Reli. Bras. Enl, Brasília, 3 7 (3/4), jul./dez. 1 984.

I - D ESENVOLVIM ENTO.

CONSIDE RAÇOES G E RAIS

A assistência de enfermagem

Atualmente , a assistência de enfermagem compreende a ação realizada pela(o) enfermei­ra(o), como sua função primordial e responsabili­dade fundamental no âmbito de profissãO . Esta

ação naturalmente consiste em prevenir a enfer­

midade , fomentar a saúde e promover meios para

que os portadores de alguma enfermidade atinjam

seu nível de equil íbrio, limitando danos futuros.

Faz-se mister lembrar, que no passado, a fun­

ção da( o) enfermeira( o) era a de cuidar, no hospi­

tal ou no domicílio, de pessoas com alguma enfer­

midade . Dividia com o profissional médico o tra­

tamento mais estritamente curativo da doença,

sem, no entanto, atentar para as causas ou efeitos

sócio-econômicos da mesma. O ambiente social

era relativamente simples, compreendendo-se as­

sim, por equipe de saúde , o cliente , o médico e a(o) enfermeira(o). Este ambiente , no entanto,

foi se tornando bem mais complexo na medida em que a referida equipe foi sendo integrada por

outros profissionais, os quais têm assumido a res­

ponsabilidade de preservar a saúde e não apenas cuidar da enfermidade . A enfermagem se propõe,

no momento, a evitar a ocorrência e a recorrência

da enfermidade . Uma vez a doença instalada, o objetivo consistirá em reabilitar na maior extensão poss ível a pessoa no seu todo ou seja : corpo,

mente e espírito. Através de estudos, vem se ten­

tando mudar . a conotação antiga da enfermagem,

procurando definir mais claramente a autonomia

da(o) enfermeira(o) na assistência de enfermagem. A açlo eficaz deste profissional se traduz pelo retorno do cliente ao espaço que este ocupa na comunidade . Isto ocorre de maneira não estática

senão sensível às forças que atuam sobr� a socie­dade . Esta atenção se traduz ainda pelo alcance

dos seguintes fatores : desenvolvimento ético e cultural , social , profissional e intelectual .

Da( o) enfermeira( o) exige-se , nos dias de hoje, uma atitude de tomada de decisã'o, seja no hospi­

tal , no domicílio ou na comunidade , o que dela(o) requer uma função mais completa com caracterís­ticas multidisciplinares e uma linha defmitória

diante dós problemas sociais existentes .

Embora a assistência .lie enfermagem tenha ra ízes no passado. vem se tôrnando cada vez mais complexa ao ten tar ajustar-se às rápidas mudanças sociais . O sis tema F10rence Nightingale foi intro­duzido no Brasil , na década de vinte , e tomou tal denominação para diferenciar . a enfermagem de ocupações que, h<i séculos, vinham sendo exerci­das por pessoas sem preparo formal e com conhe­cimento e habil idades adqu iridos pelo sistema de aprendizes. Desta forma, a enfermagem moderna tem sido proposta como Ciência e corno Arte que se caracterizam numa profissa:o que existe e subsiste a serviço do bem-estar do homem, visando a promoça:o da saúde , a prevenção de doenças, a reabilitaça:o e a manutença:o da vida. A prática profissional diz respeito ao en tendimen­to de necessidades e cuidados humanos dirigidos a cada um dos membros da comunidade, quer no hospital , no lar, na escola ou no trabalho.

Entende-se , portanto, a Enfermagem, como um "processo sistemático e d inâmico necessit an­do discipl ina inte lectua l que requer estudo e domín io de conhecimentos e habilidades pró­prias ( 1-I0RTAt .

l-IO RTA S cons ide ra Assis t ência de Enfe rllla­gem como a apl icaçao do Processo de Enferlllagem pela( o) enfermeira( o) a fim de jus tificar o conjun­to de cuidados e medidas que visam atender as necessidades básicas do ser humano (indivíduo, família e comunidade). Este conjun to de medidas é mais significativo, segundo DICHTER8 , no aspecto de atitude da enfermeira ao . prestá-las do que em rel ação ao número e à efe tuação dos procedimentos .

A assistência de enfermagem sistematizada

Apesar do progresso que a enfermagem vem sofrendo nos últimos trinta anos, existe uma

. divergência entre o acervo de conhecimentos cien­t íficos disponíveis e a u til izaçrro dos mesmos nas unidades de saúde . Também se observa (jue as ações de enfermagem são transferidas aos auxilia­res ·de enfermagem e até mesmo aos estudantes graduados face ao número insuficiente de profis­sionais de enfermagem.

Portan to , faz-se mister melhorar as perspecti­vas do próprio campo de prática através da forma­ção de novos profissionais capazes e interessados na mudança no sistema. "Se formarmos hoje profissio_nais capazes de implementar o processo de e lfermagem, teremos o campo de prática de amanhrr garantido" (CIANCIARULLO)2 .

Com aux ílio dos elementos básicos da meto­dologia cien t ífica, a enferinagem pode e laborar seu plano terapêutico, com o obje tivo de conhecer melhor o cliente , identificar suas realidades e determinar quais as providências que a enferma­gem indica para atender as necessidades biopsicos­sociais específicas do seu clien te .

As vantagens desta assistência, além ·do aten­dimento no âmbito individualizado, são a de aproximação daCo) enfermeira(o) com o c l iente, participando mais de suas realidades e favorecen­do o relacionamento entre o agente receptor do cuidado . de enfermagem. Ainda, podemos citar como vantagem do sistema, o favorecimento para o relacionamento ·interpessoal enfermeira(o) e c l iente . OREM diz que a Enfermagem é um processa interpessoal desde que exija encon tro social do enfermeiro com o paciente e envolva transação entre e les . Também representa uma condição essencial para o progresso e autonomia da profisSãO futuramente, sem falar que , segundo HORTA 4 , o diagnóstico e a prescrição de enfer­magem serão obrigações legais · da profiSSãO em fu turo bem próximo.

Reflexos no ensino e na prática

É notória a dificuldade de aprendizagem do processo de en fermagem pelos a lunos de gradua­ção . Dificuldade esta, demonstrada pela atuação não significativa destes egressos como agentes de mudança quando profissionais. O processo de enfermagem dirige os enfermeiros para uma siste­matização de assistência de enfermagem humani­zada, atuando como agente de mudança, no con­texto atual da assistência de enfermagem, defi­nindo desta forma, o espaço do enfermeiro entre os demais profissionais . Os docentes de enferma­gem, segundo documento do I Encontro Nacional de Docentes de Introdução e Fundamentos de Enfermagem (ENDIFE) são de opinião que o pro­cesso de enfermagem, como metodologia cient í­fica, contribui para car�cterizar a enfermagem como ciência e ofefece ao aluno uma visão da assistência hol ística ao · homem, promovendo interação entre o aluno-cliente e equipe disciplinar, levando os enfermeiros do campo a utilizarem tal método (CIANCIARULLO)2 .

. Observamos ainda que a aplicaçãO do proces­so de enfermagem propicia a compatibilização do ensino com a prática do processo de enfermagem

Rev. Bras. En[., Brasília, 37 (3/4) , jul./dez. 1 984 - 1 97

nos campos que as escolas utilizam. Podemos ainda referenciar que a dissociaçao teórico-prática da aplicabilidade do processo de enfermagem, no campo, pelos alunos de graduaçao, vem sendo evidenciada pela inadequaçao dos campos de ensino clínico que por sua vez ainda nao operacio­nalizam um modelo de assistência de enfermagem sistematizada.

Acreditamos que as dificuldades para opera­cionalização de um modelo de assistência estejam fundamentadas na inexistência de um suporte legal da instituiçlrO que assegure a autonomia do enfermeiro para o desenvolvimento de suas ativida­des espec íficas. Este suporte legal partindo da adrninistraçao da instituiçlro de saúd� como em­presa, contribui�á certamente para a definiçlro do espaço do enfermeiro e conseqüentemente inde­pendência de ação no exerc ício da prática profis­sional . Observa-se também que , naquelas institui­ções onde existe um modelo de assistência em .ope­racionalizaçlro, mesmo que parcial , mas com base legal , deparam-se com barreiras pela nlro adequa­ção aos objetivos dos serviços prestados e as características da clientela .

Destarte , considerando os aspectos abordados,

salientamos que se faz necessária a integração

docente-assistencial , desde os projetos de Siste­

matização da Assistência de Enfermagem assegu­

rando assim a operacionalização adequada dos

objetivos propostos. Para isto, é indispensável

que se determinem padrões mínimos para aplica­

çlro efetiva do Processo de Enfermagem nos

campos de prática, segundo recomendação do

I ENDIFE realizado em Slro Paulo, em 1 978 .

METODOLOG IA

Para o levantamento de informaçoes sobre a experiência vivencial dos profissionais em relação à assistência de enfermagem sistematizada desen-

Do instrumento

O instrumento foi representado por um ques­tionário contendo dados de identificaçao relativos à formaçãó profissional , faixa etária, instituição e função exercida especificamente . Constou tam­bém de abordagens com referência à assistência de enfermagem sistematizada a saber :

- Fatores que influenciam na implementa­çlro de um modelo de assistência de enfermagem ;

- Bases teóricas do modelo de assistência de enfermagem e sua implementação :

- Evolução do sistema ; - Participação do cliente e familia no plane-

jamento da assistência de enfermagem ; - Avaliação da assistência de enfermagem. As perguntas formuladas no instrumento

foram construídas para respostas fechadas e aber­tas.

Da população

A população constou de enfermeiros, em exer­cício das atividades profissionais em hospitais e centros médicos, no âmbito da universidade , da previdência social e rede municipal de saúde , loca­lizados no Munic ípio do Rio de Janeiro .

Técnica uti l izada

Para a obtenção de resultados mais represen­tativos , optamos pela orientação dos profissionais no decorrer do preenchimento e respostas aos questionários aplicados.

Utilizou-se o vocábulo Enfermeiro com base em acepçlro legal ou seja : "Profissional de nível universitário, formado em cursos regulares, nos termos da legislaçlro espec ífica vigente" (BOR­GES) l .

Coleta de dados

volvida nos diversos campos de prática, elegeu-se O instrumento foi aplicado pessoalmente

a formulação de questionamentos para a elabora- pelos autores, nos campos eleitos e o universo

ção de um instrumento a ser aplicado entre os representado pelos profissionais que atuam em

profissionais em exercício . O referido instrumento unidades de saúde pertencentes aos sistemas previdenciário, universitário e rede municipal .

teve como objetivo levantar informaçoes de ordem Os dados foram coletados preferencialmente

espec ífica no que concerne à prática efetiva da durante o plantll'o .do enfermeiro, o que facilitou assistência de ' enfermagem. Como conseqüência, o ajuste das respostas à sua prática diária. A tabu­levantar ainda os envolvimentos gerados pela laçlrO destes dados foi manual . adeq�ação ou nlro, de uma sistematizaçlro da assis- Todos os profissionais incluídos na amostra tência prestada. selecionada, foram orientados quanto aos obje-

1 9 8 - Rev. Bras. Ent, Brasília, 37 (3/4), jul./dez. 1 984.

t ivos do ques t ion;í rio . . Para os casos omissos, ocorreu dcsl' o n h ec i l l ll'n t o d o f: l t o a h o rd a d o .

Para a dCl l lonst raçfio d o s parâme tros levan­tados como cr íticos após a ap l icaçrro do instru­mell t o . e legel l l os um q u a d ro dC l \ l on s t ra t ivo . a pa r t i r das rea l idades cons t a tadas , que es tabe lece confron to en tre o pressuposto e as a l ternativas para a assistência e o ensino , com as respec tivas propostas.

De in ício ques t ionamos a argumen t açrro mo­delo inoperal lfe o que sugere como pressuposto a adequação do m odelo às características da clien­tela, aos objet ivos e filosofia d a insti tuição . A al ternativa para a assis tên cia é favor:ív6.1 à deter­minaçrro das circunstâncias para a e laboração de um projeto de assistência sis tematizada , com lev:l I 1 t amen t o de dados, a n:í l ise dos e lemen t os essen ciais, p l ano pi loto e val idaçfio do mode l o propos t o . Quanto ao ensino, sugere o estabe leci­men t o do marco concei tual e es tru t ural no curr í­cu l o do Curso dc G ra d uaçfio e n l En fe rmage m

e Ohst e t r í c i a . a t ra vés d a rcvisfiu dc cu rr ícu l us c programas.

A incompatibilidade entre a teoria e a prática vem demonst rar a necessidade da i�raçITo do­cen t e:assfsíencial . i s to porql}e faci l i t a ria a u ti l i ­zação de uma l inguagem única ein ter� assis­Tênciaa saúde . Para que isto ocorra , é necess,íria a participação mais efe t iva do docen te nos estudos e projetos relativos à assis tência de enfermagem , junto às instituiçoes de saúde e aos órgITos respon­sáveis pela prá tica da assis tência à saúde em seus diversos âmbi tos . Da mesma forma , os programa s das discip l inas , no que se re fere ao desem penho prático, deveriam ser adequados às carac ter ís ticas e peculiaridades dos campos e participação dos docen tes nos conse lhos t écnicos e administrativos das inst i tuiçOes de assis t ência à saúde .

Quanto à inobserl'ância de padrões mínimos para assistência, utilizamos o Informe Final da I I I Reunião Especial de Minis t ros de Saúde das

, Américas. realizada em Sant iago do Chi le , outu­bro de 1 972. como recomendação para que as unidades assis tenciais possam u ti l izar est cs pard­met ros a ssociando-se aus p rogra m as de formaç:lu de maneira adcqua da . iis fina l idadcs c obj e t ivos da inst i t uiçlIO for :nadora, sem descuidar das expec t a­tivas da clientel a .

Com re ferência à situação resistência a /IlU­dal/ças, partimos do pressupusto quc ou tros profis­sionais da equip� de traba lho devem conhecer o perfil do enfermciro, para que este tenha dentro d a equipe o seu espaço definido. Este esclareci-

men t o dcvc r:í a t i ngir a . t odos os mcm bros da e q l l i pe , n l l l l t i d i sc i p l i n a r , CO I I I a c x posif,: i io dc arguJllentos program ados e debatc s re lacionados aos l imi tes de atuação de cada ca t egoria profissi o­na l . Túmbél l l sugc rc quc a i l l s t i t u içITo form a d o ra deva scr e fe t ivamen te represen tada jun to aos órgãos de decisão, contribuindo na e laboração de instrumentos normativos concernen tes à prática da assis tência à saúde .

O hábito I'icio.l'o no dcsc m pcnho das a t ivida­des profissionais em decorrência da açITo intuitiva no a tend�r, o enfermeiro age involuntariamente nos níveis de sensação , percepção e suposição, embora o pre ssuposto seja a ação volun tária com­p reendendo realização, critério , intenção e decisão. Para tan t o . o enfermeiro deverá ter um conheci­men t o profundo da açlIu pl ancjada , a qual cstá fundamen tada pelos teóricos da enfermagem reconhecidos e estudados a través de seus trabalhos. Es t e estudo deverá se r desenvol vido com a par t i ­c ipaçi10 do ó rgão fo rma d or na p rO l ll oçfio 'de cu rso

dc a t u a l izaçfio ou a p ri m oramcn t o pro fissiun a l . con tribuindo t a mbém na formação para en fermci­ros COIII a illcl usão nos p rogramas de cnsin o do cic l o profissiona l , dc tópicos conccfl lentcs sob re as concc pções teóricas da cnfermage m .

Quest iona-se tam bélll o déji'cit de pessoal, aspec to bastante defendido como obstácu l o para a assis tência · sistematizada. É prcciso l embrar quc o quan titativo e o quali ta t ivo de pessoal dispo­nível sITo a b ase para a elab oração de um modelo de assistência vüível para ap l icação . Desta forma sc faz necessária a u ti l ização do recurso disponí­ve l , t raba lhando-o para as metas e obje tivos do m odelo . No ensino, recomenda-se a elaboração de miniprbjetos para as instituições de assistência com acompanhamen t o docente com a discip l ina Administra çITo Aplicada à Enfermagem.

Observou-se , a inda, que o processo de, COIllU­nicação, com sua tendência ao informal na assis­tência ii saúde , contribui para os desencontros e interpre tações diversas (Ias dire trizes , para o pessoal em geral . Partimos do pressuposto que se faz imprcscindíve l a par t icipaçITO formal de t odus us e lemcn t os cnvulvidos na prá t ica du 1II0de l o , para que t odos possam de� cnvolver o t raba lho de forma sincrônica e dindmica . Nas insti­tu içOes de saúde , os esclarecimentos seriam através de cursos e reuniões integradoras p ara todo o grupo, com a participação de docentes para expo­sições referentes às bases teóricas em que se funda­l11en ta o 1110de lo , assim Gomo da p roposta de ut ilizaçãO de mé todos adequados de comunicaçITo.

Rev. Bras. ElIf. , Brasília, 37 (3/4) , jul ./dez. 1 9 84 - 1 99

Temos como exemplos vividos, expenendas frustrantes e tellttlt ivas para; t_ implementaçãO! a curto prazo, de mode lo de as.<;istêneia sistema­t izuda de enfermagem, raul0 pela qual acredita­mos qllL' . t impleme n t açãO a IOllgo pra.zo seja vilível de aprovaç1lo e a l c ance dos obje t ivos t ra ­

çados . Cada e tupa sendo ap razada quando da implementaçãO , possibi l i tará a revisão e reava­liação das dificuldades surgidas nos campos de apl icação . Como es t ra tégia para o ensino . pFo­

pomos a s i m u l açãO de si t U <lçõcs que requeiram do aluno atenção para o t e m po,.

I nterpretaç-ãQ dos d ados

Na Tabe la I consta a opiniãO de cem enfer­mei ros com re lação ao modelo de Assistência' Sis tematizada de Enfe rmage m llas instituições em que tmbalham . Os núme rOS indicam o per­cen t u a l de respostas atlrmaHvas, ncgati,vas , fal t a d e conheci men t o e omissões ent re o t o t al .

Podemos observar que boa, margem d e respos� tas atl rmat ivas re fere-se à exis tência de um mode l o

de Ass is t ênc ia Sis t e m a t iza, d a de En fermagem,

porém, associada a sub�istência do projeto de im plemen tação em fase inicial ou tard ia de tes ta­gem o

Percebe-se que do to tal de métodos exis­

ten tes , boa margem está sendo apl icada parcial­men t e , em função das dH1culdades pam imp le ­

mentação , demons tradas no quadFO de propostas a l ternativas para implementação de um modelo de assis tên cia si stematizada de en fe rmagem. At ribui-se , também, ao processo de comunicação falho , que não atinge a todos, os elementos envol­vidos na apl icação do mode l o proposto , ass im corno, não está direcionado à mudança de com­

portar.lento cognit ivo tão importante para a utilização do mode lo .

É importante ressal tar que a in tenção de incl uir o clien te e fam íl ia na programação de sua assis tência, const i tui um aspecto relevante para o al cance dos, obje t ivos (1',1 assis tência con tinuada . Porém, as ten tahivas e m agir des ta fOFllla . não estão estimuladas à definição de at ividades que faci l i tem a determin açã.o d'os . objet ivos do auto­c u i d a d o .

TAB E LA 1 - I nforrm ações 'Sobre, ai s i tu ação) d o m od e l o d e ass istên c i a s i ste m a t i zad a. de enfermagem.

H os p i t a i s e CMS d o R i o d e J a ne i ro , m a i o , 1 984.

S i m I N ã.OI I Desco n h ece O m i ss ão r Total

S i tu a ções N'? % N "? % N '? % N9 % N9 %

E x istê n c i a do m od i! l b 713 J3' 1 8 1 8 05 tl5i Q4 IM lil!lOI 1 00 E x istê n c i a de projeto 65 65 1 8 1 8 05, 05 1 2 11 2 1 001 1 00 d e i m pl ementaç·ão

Houve com u n i ca.ção 58 513 1 2 112 30 30 1 00 1 00 para i m pl e m en tação Está sen d o a p l i cadà 28 2B 5 1 5 1 09' 09 1 2 1 2 1 00 1 00 i n tegra l mente

Houve d i f i c u l d acl e, 63 63 1 5 1 5 2 2 22 para i m p l e men tação

1 00 1 00

H á part i c i p ação d o c l iente n o p l a n ej a m ento 4 11 4 . 34 34 25 25 1 00 1 00 d a assis tên c i a O c l i e n te d o a m b u l ató-rio é QF ientad o q u a n to 58 58 00 06 1 8 1. 8 1 8 1 8 1 00 1, 00 ao proc. saúde-doença

Ocorre i n fo r m ação à famí l ia sobre a p rob l e- 68 68 1 2 112 20 201 1 00 1 00 máti ca do c l i e n te

E xi ste ava l i ação d o 02 02 74 14 24 24 1 00 1 00 mod e l o i m pl e mentado

200 - R ev. Bras. EII! , Brasília, 3 7 (3/4) , ju l . /dcz. L 984.

Avaliar. const itui passo definitivo na va'lid'aç,ão de uma experh�ucia co locada em jJFií ,t ica,. 'o fe,l'ecen­do o pe r11 l dos res u 'l' t ados a sere m haba'lha(:los te real imenlados em novas experimentações . 'foda­via, cons tatamos que era método de avaliaçâo dos modelos imple lllt l l t ados , represen tando um pe r­cen tual mínimo de 2% do tot al . Os resu'\tados

apresentados pela Tabela 2 demonstram grande incidência para a opção teórica das Necessidades

Humanas Básicas. fa to que pode ser a'tribuído à in fl uência exercida pe la suges tão da Dr,a . Wanda

Hort a tão divulgada pelos órgãos formadores como

tendência renovadora da assi�tência de enferma­

gem 'sis tematizada.

TAB E LA 2 - I nformações sobre a teor ia 'em que se fundamenta a assist'ênc ia de enfermagem si ste­matizada em apl kaç'ão. Hospita is e CMS do R i o

TAB E LA 3 - il n formaçOes re lac ionadas com a téon ioa de 'co'mtln'ica,ção uti 'J i zada na implemcn­toção do modelo de AES. Hospita i s e CMS do' R i o de J ane i ro, maio, 1 984.

Técn icas N? %

Tre i n'amento 24 24 Curso 1 8 1 8 R eun iões , 3 1 3 1

D esconhece : OS 05 O misso's I 2 -2 22

Tot-a 'l 1 00 1 00

de Jane i ro , maio, 1 984. TAB E LA 4 - D istribu içãb dos enfermei ros se-

Teorias I nformações

N'? %

Ho J i smo Sincrgismo Adaptação Autocu idado 1 4 , 1 4

Ambienta l 02 02 Necess idades h umanas bási cas 11 1 1 O missos 01 07

Total 1 00 l OO

A Tabela 3 represen ta as técnicas uti l izadas

como estratégias para a comunicação e IIl tegração

dos e lemen tos que pa r t icipam da ap l ica ção do

modelo proposto . lÁ ordem de opções tkou ass im

demonstrada : reuni ões , treinamento e cursos . Boa

margem se mostrou omissa e outra por desconhe­

cimen t o .

Entre os profissionais responden tes , 11 % gru­duaram-se após 1 970 e os mesmos '7 1 % têm hoje

entre vinte e quaren t a anos de idade , o 'que pode

ser comparado pe lo estudo das Tabe las 4 c 5, res­

pec t iv:lmcn te . ficamos muH (1 preocupados COJII estes d ados e sabe mos quc cst a faixa c l :í ria 'COIlS­l i t ui a massa d a rorç-a de t ra b a l h o 1 0 1 <l( 1a n a assis­

tênci:I . Des t a forma . 'úlcaramos l i rca l i d ade fron tal­

men te com ' propósi to de mud ança para es te

quadro .

gundQ Q ,ano 'em que conc hJ lram o curso de graduação. Hospita is e CMS do R io de Jane irQ, ma io , 1 9'84.

Decada N� %

1 9 5 1 - 1 960 09 09 1 96 1 - 1 910 -1 5 1 5

1 91 1 - 1 980 �7 47

Após 1 980 ' '24 24 Omi ssos [05 05

Total 11 00 1 00

TABE LA 5 - Di strlbu i:çao l{J(!fS Een'fermeiros se­gundo faixa etár ia . H ospitlfls fe ltlN1S cao fRio ((te Jane it'o , maio, 1 984.

F aixa etár i a ( anosl rl�r� "K,

20 !--l 30 412 42 30 -1 40 .29 2'9

40 --1 50 11H U + du 50 (1!l7 ({)7 Omissos (1!J5 (05

Total r 1fI!JO ' � 'O'O

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-

1 1 - CONCLUSÃO

A assis tência de enfermagem sistematizada, tão preconizada em nossos meios há algumas décadas, ainda não se constitui em procedimen to dinâmico dos profissionais no âmbito da assi stên­cia . devido a empecilhos de ordem técnica e admi­nistrativa, decorrentes de falhas no processo de implementação de proje tos ou mesmo, proje tos de infra-estrutura frágil. Em decorrência des t,a problemática, toma-se real . a descrença por parte dos profissionais, com referência à exeqüibilidade do modelo, evoluindo para frustrações sucessivas, que dificul tarão naturalmente , novas ten tativas.

Acredita-se que com a determinação ajustada das circunstâncias próprias de cada instituição, não ocorrerão grandes dificuldades, como ameaça ao êxi to de programas, uma vez que o modelo atenderá às caracterís ticas e peculiaridades daquela ins ti tuição.

SANCI I EZ, S. e t alii . Factors which influence the imp le­mentation of a model of assistance in nursi ng - an '3lternat ivc approach. Rev. Bras. Enf., Bras ília , 3 7 0 /4) : 1 95-204 , Jul ./Dec. 1 9 84 .

R E F E R � N C I AS B I B l I O G R A F ICAS

1 . B O RGES , M. V . Normas de assistência de enferma­magem. ReI'. Bras. Ellf. , Brasília, 32 (2) : 1 39-1 4 7 , 1 979 .

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3 . DICHTER , E . T h e hosp i tal-pat ient relat ionship . Mod. Hos{J. , Chi cago , 83 (4) : 56-1 34 , 1 954.

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5 . HORTA , W. de A. Teoria das necessidades humanas . básicas. Ci. e Cult. , São Puulo, 25 (6) : 568-569, 1 973 .