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FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ CENTRO DE PESQUISAS AGGEU MAGALHÃES DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE COLETIVA Edylla Barbosa Lins Aroucha Práticas Integrativas e Complementares: o interesse em formação dos profissionais da Estratégia de Saúde da Família -Recife-PE Recife 2012

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artigo sobre praticas integrativas

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FUNDAO OSWALDO CRUZ CENTRO DE PESQUISAS AGGEU MAGALHES DEPARTAMENTO DE SADE COLETIVA RESIDNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SADE COLETIVA Edylla Barbosa Lins Aroucha Prticas Integrativas e Complementares: o interesse em formao dos profissionais da Estratgia de Sade da Famlia -Recife-PE Recife 2012 Edylla Barbosa Lins Aroucha Prticas integrativas e complementares: o interesse em formao dos profissionais da Estratgia Sade da Famlia -Recife-PE. Orientadora: Profa. Msc.Islndia Maria Carvalho de Sousa Recife 2012 MonografiaapresentadaaoPrograma deResidnciaMultiprofissionalem SadeColetivadoDepartamentode SadeColetiva,CentrodePesquisas AggeuMagalhes,Fundao OswaldoCruzFIOCRUZ-PE.Para obtenodottulodeEspecialistaem Sade Pblica.

Catalogao na fonte: Biblioteca do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhes P771p Aroucha, Edylla Barbosa Lins. PrticasIntegrativaseComplementares:ointeresseem formao dos profissionais da estratgia de Sade da Famlia -Recife-PE/EdyllaBarbosaLinsAroucha.Recife:E.B.L. Aroucha, 2010. 55 f. Monografia(ResidnciaMultiprofissionalemSade Coletiva)DepartamentodeSadeColetiva,Centrode Pesquisas Aggeu Magalhes, Fundao Oswaldo Cruz. Orientadora: Islndia Maria Carvalho de Sousa. 1.MedicinaIntegrativa.2.AtenoPrimriaSade.3. SadedaFamlia.4.CapacitaoProfissional.I.Sousa, Islndia Maria Carvalho de. II. Ttulo. CDU 615.89 Edylla Barbosa Lins Aroucha Prticas integrativas e complementares: o interesse em formao dos profissionais da Estratgia Sade da Famlia -Recife-PE. Aprovada em 09/04/2012 BANCA EXAMINADORA ............................................................................................................................................. Prof. Dr. Adriana Falangola B. Bezerra Departamento de Medicina Social/ UFPE ............................................................................................................................................. Prof. Msc. Islndia Maria Carvalho de Souza NESC/CPqAM/FIOCRUZ-PE MonografiaapresentadaaoProgramade ResidnciaMultiprofissionalemSade ColetivadoDepartamentodeSade Coletiva,CentrodePesquisasAggeu Magalhes,FundaoOswaldoCruz FIOCRUZ-PE.Paraobtenodottulode Especialista em Sade Pblica. Dedico este trabalho ao meu amigo fiel de todas as horas: Jesus e ao apoio integral dos meus pais. AGRADECIMENTOS Agradeo a Deus, a Jesus e aos guias espirituais. Agradeoaminhafamlia,emespecialaFranciscodeAssisAroucha,meumaior presente nesta vida,e a Maria Rosineide, ao meu namorado, ao NESC, a todos os professores, em especialDra.IdGurgeleFranciscoSantos,colaboradoresefuncionrios.Aminhaeterna gratido a Nalva, Sidlia e Marcia Saturnino.UmagradecimentopeculiarparaminhaorientadoraIslndia,porconfiarmimetera certeza plena de que o trabalho realizado foi feito com muito carinho, amor e dedicao. Aos meus amigos, colegas, e Grupo Esprita, em particular Gloria Duarte.Aos companheiros da Secretaria Municipal de Sade-Recife e Secretaria Estadual de Sade - Pernambuco em especial Priscilla Lima com suas contribuies.Agradeo aos gestores das Prticas Integrativas e Complementares em Recife:Rodrigo Cariri eJlio Lins. Aumapessoamuitoespecialquenoestmaisaqui,equefoiessencialafinalizao destetrabalho.AsresidentesecolaboradoresdoGrupodePesquisasSaberesePrticas,como meu carinho a Fbia e Lidiane. AgradeoaosatuaiscoordenadoresdocursoderesidnciaDomcioeAnaLciaea Paullete que ordenou o incio do curso, e a Adriana Falangola por suas contribuies na banca. AROUCHA, Edylla Barbosa Lins. Prticas integrativas e complementares: o interesse em formaodosprofissionaisdaEstratgiadeSadedaFamlia-Recife-PE.2012 Monografia-ResidnciaMultiprofissionalemSadeColetiva.CentrodePesquisasAggeu Magalhes, Fundao Oswaldo Cruz, Recife, 2012. RESUMO PrticasIntegrativaseComplementares(PIC)emsadeumadenominaodoMinistrioda SadedoBrasil,paraaMedicinaTradicional,AlternativaeComplementar(MAC).Esse campodesaberesecuidadosdesenhamumquadroextremamentemltiploesincrtico, articulandoumnmerocrescentedemtodosdiagnstico-teraputicos,tecnologiasleves, filosofiasorientaiseprticasreligiosas,emestratgiassensveisdevivnciacorporalede autoconhecimento. Assim, a presente pesquisa, pretende colaborar com o conhecimento na rea dePICnoSUSdeRecife,namedidaemquebuscaanalisarointeressedosprofissionaisda ESF(EstratgiadeSadedaFamlia)emrealizaralgumaformaoemPIC.Hpouca discusso acerca da formao nestas prticas apesar de j existirem no SUS. Este trabalho tem comoobjetivoidentificarointeressedosprofissionaisdenvelsuperiornaESFemrealizar formaonasPrticasIntegrativaseComplementares.Trata-sedeumestudodescritivocom abordagemquantitativa.Foramentrevistadosmdicos,dentistaseenfermeirosdaateno bsicadeRecife.Dos237entrevistados,216(91,1%)profissionaistiveraminteresseem realizaralgumaformao.Destes216profissionais75(34,7%)somdicos,101(46,8%)so enfermeirose40(18,8%)sodentistas.Acupuntura,FitoterapiaeHomeopatiaforamasPICmais escolhidas para formao. 67 (31%) profissionais escolherama Acupuntura, dentreestes 21(28%)mdicos, 34 (33,7%) enfermeiros e 12 (30%) dentistas. Fitoterapia foi escolhida por 27 (12,5%) profissionais, sendo 9 (12%) mdicos, 15 (14,9%) enfermeiros e 3 (7,5%) dentistas.Homeopatiafoinomeadapor18(8,3%)profissionais,sendo10(13,3%)mdicos,2(2%) enfermeiros e 6 (15%) dentistas. O incentivo ao uso das PIC e as respectivas formaes, amplia o pluralismo dos profissionais medida que as PIC so inseridas nos servios pblicos, alm de diversificar as possibilidades de tratamentos das doenas e promoo sade. PALAVRAS CHAVES: Medicina Integrativa; Ateno Primria Sade; Sade da Famlia;Ca- pacitao Profissional. AROUCHA,EdyllaBarbosaLins.IntegrativeandComplementaryPracticesinterestin trainingofFamilyHealthStrategy-Recife-PE.2012.Monografia-Residncia MultiprofissionalemSadeColetiva.CentrodePesquisasAggeuMagalhes,Fundao Oswaldo Cruz, Recife, 2012. ABSTRACT IntegrativeandComplementaryPractices(PIC)inhealthisadescriptionoftheBrazilian MinistryofHealthforTraditionalMedicine,ComplementaryandAlternative(CAM).This fieldofknowledgeandcaredrawapictureextremelymultipleandsyncretic,combiningan increasingnumberofdiagnosticandtherapeuticmethods,lightweighttechnologies,Eastern philosophies and religious practices in sensitive strategies for living body and self. Thus, this research intends to collaborate with the knowledge in the area of PIC in the SUS in Recife, in thatitseekstoanalyzetheinterestofprofessionalsintheFHS(FamilyHealthStrategy)to conduct some training in PIC. There is little discussion of training in these practices although therearealreadyintheSUS.Thisworkaimstoidentifytheinterestofsuperior-level professionalsintheESFtoconductsometraininginIntegrativeandComplementary Practices.Thisisadescriptivestudywithquantitativeapproach.Weintervieweddoctors, dentists and nurses from the primary attention of Recife. Of the 237 respondents, 216 (91.1%) had professional interest in conducting some training. Of these216 professionals (34.7%) 75 were physicians, 101 (46.8%) nurses and 40 (18.8%) dentists. Acupuncture, Herbal Medicine andHomeopathywerethePICthatprofessionalshavechosentoconductmoretraining.67 (31%)choseacupuncture,amongthem21(28%)weredoctors,34(33.7%)nursesand12 (30%) dentists. Phytotherapy was chosen by 27 (12.5%) professionals: 9 (12%) physicians, 15 (14.9%)nursesandthree(7.5%)dentists.Homeopathywaschosenby18(8,3%) professionals:10(13.3%)physicians,2(2%)nursesand6(15%)dentists.Encouragingthe useofthePICandthetrainingofprofessionalsenhancespluralismasthePICisinsertedin thepublicservices,anddiversifythepossibilitiesoftreatmentofdiseasesandhealth promotion. KEYWORDS:IntegrativeMedicine;PrimaryHealthCare;FamilyHealth;Professional Training. LISTA DE TABELAS Tabela1-Perfildosprofissionaiscominteresseemrealizarformaoem PrticasIntegrativaseComplementares,segundolocaldetrabalho,sexo, faixa etria, religio/crena e anos de estudo. 26 Tabela2-Frequnciadasescolhasdosprofissionaisquetiveraminteresse em realizarformao em Prticas Integrativas e Complementares. 28 Tabela3-DistribuiodastrsPrticasIntegrativaseComplementaresparaobterumaformaoporprioridadedeescolha,segundocategoria profissional. 30 Tabela4-Identificaodasprticasintegrativasecomplementares considerando o interesse na formao segundo categoria profissional. 33 Tabela5-Opodeusodasprticasintegrativasecomplementares, segundo categoria profissional. 35 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ACSAgente Comunitrio de Sade CNPqConselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico CNSConferncia Nacional de Sade DS Distrito Sanitrio ESFEstratgia de Sade da Famlia EUA Estados Unidos da Amrica MAC Medicina Alternativa e ComplementarNASF Ncleo de Apoio ao Sade da FamliaOMS Organizao Mundial da Sade PIC Prticas Integrativas e Complementares PMPICPoltica Municipal de Prticas Integrativas e Complementares PNCS Prticas no convencionais em sade PNPIC Poltica Nacional de Prticas Integrativas e Complementares SCNES Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sade SUS Sistema nico de Sade UCISUnidade de Cuidados Integrais em Sade USF Unidade de Sade da Famlia SUMRIO 1INTRODUO 12 2REVISO DE LITERATURA 2.1 Racionalidades Mdicas 2.2AspectoshistricosdaMedicinaTradicionaleaPolticade Prticas Integrativas e Complementares2.3Poltica Municipal de Prticas Integrativas e Complementa- res ( PMPIC)- Recife 2.4 Prticas Integrativas e Complementares na Estratgia deSade da Famlia(ESF) e a formao 14 14 14 18 19

3 OBJETIVOS 3.1 Objetivo Geral3.2 Objetivos Especficos 2222 224 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS 4.1 Desenho do Estudo4.2 rea e Populao do Estudo4.3 Coleta de Dados4.4 Categoria de Anlises 4.5 Plano de Anlise dos Dados4.6 Consideraes ticas23 23 23 23 24 24 25 1 INTRODUO PrticasIntegrativaseComplementares(PIC)emsadeumadenominaodo MinistriodaSadebrasileiroparaaMedicinaTradicionalAlternativaeComplementar (MAC).AsPICpodemserdefinidascomoumgrupodesistemasmdicosedecuidados sade,aliadosaprticaseprodutosquenosoconsiderados,aindahoje,parteda Biomedicina (BETHESDA, 2007). Essecampodesaberesecuidadosdesenhamumquadroextremamentemltiploe sincrtico,articulandoumnmerocrescentedemtodosdiagnstico-teraputicos,filosofias orientais, prticas religiosas em estratgias sensveis de vivncia corporal e autoconhecimento (BRASIL, 2006a). OutradenominaoparaasMACnoBrasilacategoriaRacionalidadesMdicas (RM),criadaporLuz(1996).Trata-sedeumconstructolgicoeempiricamenteestruturado das cinco dimenses: uma morfologia humana, uma dinmica vital, uma doutrina mdica, um sistemateraputicoeumsistemadiagnsticotodosapoiadosemumasextadimensoa cosmologia, que so prerrogativas para estudos comparativos. SegundoAndradeeCosta(2010),ocampodasPICemsade,noBrasil contemporneo,constituiumfenmenodecrescentevisibilidade.Taisrecursostmsido apropriadosedifundidosporclnicasparticulares,comunidadestradicionais,igrejas, movimentossociaiseentidadesnogovernamentais.Comacolhidatambmemservios pblicosdesade,seguidosderegulamentaodoMinistriodaSadenaperspectivade estmulo propagao das mesmas (BRASIL, 2006a). As PIC visam assistncia sade do indivduo, seja na preveno, tratamento ou cura, considerando-ocomomente/corpo/esprito,enoumconjuntodepartesisoladas.Seu objetivo,portanto,diferentedaquelesdaassistnciaaloptica,tambmconhecidacomo MedicinaOcidentalouBiomedicina,emqueacuradadoenadeveocorrerpormeioda interveno direta no rgo ou parte doente (TROVO et al., 2003). O crescimento do interesse pela rea no territrio nacional levou ao desenvolvimento daPolticaNacionaldePrticasIntegrativaseComplementares(PNPIC).APoltica recomendaaimplantaoeimplementaodeaeseserviosdePICnoSUS,como objetivodegarantiraprevenodeagravos,apromooearecuperaodasade,com nfasenaatenobsica,almdeproporocuidadocontinuado,humanizadoeintegralem sade. 12 Buscacontribuircomoaumentodaresolubilidadedosistema,comqualidade, eficcia,eficincia,segurana,sustentabilidade,controleeparticipaosocialnouso.A PNPICpretendeasseguraroacessoaosusuriosdoSUSAcupuntura,Homeopatia, Fitoterapia e Termalismo Social. Bem como subsidiar o aumento da resolubilidade das aes daatenoprimriaemrelaosdoenascrnicas,passapelaintegraoeacessoaos servios de Prticas Integrativas e Complementares rede de sade, principalmente a ateno bsica (BRASIL, 2006a). Porm,oqueseobservademaneirageral,enocasoespecficodeRecife,quea distnciaentreaentradadapopulaoeosrecursosemsadenaatenobsica,emtese garantidosparatodos,longoe,muitasvezes,nosecompleta,merecendoumolharmais atento (AZEVEDO, 2007). Se h deficincia no acesso para ateno bsica, quia as PICS.Destemodo,paraconseguiroquesepretendeaPNPIChmuitosdesafios,entreeles profissionais capacitados para o seu desenvolvimento. No entanto, h pouca oferta de cursos e formao na rea de PIC, e poucos estudos que discutamsehointeressedosprofissionaisemrealizarformaonestecampode conhecimento. Visto que, os profissionais que atuam na rede de ateno bsica tem formao em campos distintos de conhecimentos. Assim, a presente pesquisa, pretende colaborar com o conhecimento na rea de PIC no SUS de Recife, na medida em que busca analisar o interesse dos profissionais da Estratgia de Sade da Famlia (ESF) em realizar formao em PIC. Otrabalhonorteadopelaseguinteperguntacondutora:Os profissionais das ESF tminteresseemrealizarformaovoltadaparaasPrticasI ntegrativase Complementares. 13 13 2 REVISO DE LITERATURA 2.1 Racionalidades Mdicas As racionalidades mdicas so um conjunto estruturado e coerente de cinco dimenses conectadas:umamorfologiahumana(comopodesercompreendidacomoanatomia),uma dinmicavital(podeservistacomofisiologia),umsistemadediagnose,umsistema teraputicoeumadoutrinamdica(explicativadosadoecimentos,suaorigemecura), embasadas em uma cosmologia implcita ou explcita (LUZ, 2005; TESSER, 2009). Asracionalidadesmdicasadotamumparadigmavitalistanaabordagemdos procedimentosdeadoecimentoecuradossujeitos,estabelecendoparaaMedicina(ou reestabelecendo,conformesuatradiomilenar)opapeldepromotoraerecuperadorada sade,deauxiliardavida,enosimplesmentedeinvestigadoraecombatentedeentidades nosolgicas, de patologias (LUZ, 2005). O estudo de sistemas de cuidado por meio dessas dimenses permitiu distinguir entre sistemasmdicoscomplexos(racionalidadesmdicas),comoaBiomedicina,aMedicina Ayurvdica e a Medicina Tradicional Chinesa, de terapias ou mtodos diagnsticos, como os florais de Bach, aIridologia, o Reiki, entre outros (TESSER, 2009). SegundoLuz (1996), as Medicinas Homeoptica, Chinesa e Ayurvdica tm traos tericos vitalistas, caracterizando-seporumaabordagemdosproblemasdesadeemperspectivaintegradora,centradana unidade individual do doente e suas relaes com o meio. 2.2 Aspectos histricos da Medicina Tradicional e a Poltica de Prticas Integrativas e Complementares OProgramadeMedicinaTradicionalfoicriadoem1976.Em1978,naConferncia Internacional de Alma-Ata, foi recomendada a utilizao de Prticas da Medicina Tradicional e de Prticas Alternativas em Sade (BRASIL, 2008a).Noanode1992,oProgramadeMedicinaTradicional,criadonoRiodeJaneiro,era compostoporumnicoprofissionaleumoramentomuitoapertado.Haviaapenasduas publicaes: uma sobre normas internacionais de nomenclatura em Acupuntura e a outra, uma 14 guiadaOrganizaoMundialdeSade(OMS)paraavaliaodeprodutosfitoterpicos (ZHANG, 2008). Desde a conferncia de cuidados primrios em sade de Alma-Ata em 1978 (BRASIL, 2003),humestmulodaOMSparaqueexistisseumincentivoaprticastradicionaise integrativas nos sistemas pblicos de sade de todos os pases membros.No entanto,apenas em2002foipublicadoentreosestadosmembros,umdocumentoquenorteariao desenvolvimento de polticas nacionais voltadas ao tema (ORGANIZAO MUNDIAL DA SADE, 2002). Este documento sobre a estratgia da OMS acerca dos medicamentos tradicionais foi o primeiro documento a apresentar o diagnstico, os desafios e as potencialidades da Medicina Tradicional (ZHANG, 2008). OsestudoseoincentivodaOMSparaaprticadaAcupunturaveioposteriormente publicaodoGuidelinesforclinicalresearchonAcupuncture,facilitandoaaceitaoe normatizandoaspesquisasemAcupunturanospasesdoocidente(ORGANIZAO MUNDIAL DA SADE, 1995).Em 2005, publicado o Decreto Presidencial 5376, de 17 de fevereiro de 2005, que cria oGrupodeTrabalhoparaelaboraodaPolticaNacionaldePlantasMedicinaise Fitoterpicas(BRASIL,2005).Noanoseguinte,aprovadooDecreton5.813,de22de junhode2006queaprovaaPolticaNacionaldePlantasMedicinaiseFitoterpicos (BRASIL, 2006f). Em 3 de maio de 2006, foi publicada a Portaria 971, que passou a assegurar o acesso aosusuriosdoSUSAcupuntura,Homeopatia,PlantasMedicinaiseFitoterapia,almde constituir observatrio de prticas em sade para o Termalismo e a Medicina Antroposfica, prioritariamente na Ateno Bsica (BRASIL, 2006a).No ano imediato, aprovado o Relatrio Final da 13 CNS (Conferncia Nacional de Sade) que refora a Poltica Nacional de Prticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS (BRASIL, 2007). As PIC so reconhecidas por parte da OMS como alternativas de menorcusto para o atendimentoadiversaspatologias,atuandodeformacoadjuvanteoucomotratamento principal (ORGANIZAO MUNDIAL DA SADE, 2002). A PNPIC no SUS foi aprovada na perspectiva da preveno de agravos e da promoo erecuperaodasade,comnfasenaatenobsica,voltadaparaocuidadocontinuado, humanizado e integral em sade (BRASIL, 2006e). 15 Uma das mltiplas leituras da palavra "integral" no texto da Constituio (artigo 198) remeteescolhademocrticadateraputicaporpartedapopulao,eapossibilidadede combinaodediferentesabordagensfaceaoadoecimento.Oartigo198podeserentendido comoumaprimeirareferncialegalschamadasprticasteraputicasnoconvencionais (NASCIMENTO, 1997).As PIC envolvem abordagens que buscam estimular os mecanismos naturaisdeprevenodeagravoserecuperaodasadecomnfasena escutaacolhedora,nodesenvolvimentodovnculoteraputicoena integrao do ser humano com o meio ambiente e a sociedade, alm da viso ampliadadoprocessosade-doenaeapromooglobaldocuidado humano, especialmente do autocuidado (BRASIL, 2006a, p. 01). Conforme Tesser (2009), as PIC so diversos sistemas mdicos e de cuidado sade, prticas e produtos que no so presentemente considerados parte da medicina convencional. AsPICconstituemumconjuntoamploeheterogneodeformasdepreveno, diagnsticoetratamento.Algumasdelaspertencematradiesteraputicasdospovos orientais. Outras prticas tm origem em diferentes culturas e se utilizam em maior ou menor extenso,deconhecimentossecularesdapopulaoeaindaoutras,tmcomopressupostoa existnciadeenergiassutisqueatuamembenefciodaprevenoecura(MARQUES, PEREIRA NETO, 2010). As PIC tm sido bastante utilizadas em pases como os EUA, de acordo com Teixeira, (2005),queseestimaque42%dapopulaonorte-americanafazemusodeprticasno convencionais em sade (PNCS), com 629 milhes de consultas anuais (excedendo o nmero total de consultas do sistema primrio de sade dos Estados Unidos). EssesnmerosrepresentamumcustoadicionaldeUS$27bilhespopulao americana,pornoestaremdisponveisnosserviospblicosdesadeenoserem reembolsadas pelas empresas de seguro mdico (TEIXEIRA, 2005). DesdeaVIIICNS,passandopelaX,XI,XIIeXIII,haverdeliberaesquecitaa importncia da insero de Prticas Integrativas e Complementares no SUS apenas no ano de 2006, atravs da Portaria 971 de 3 de maiofoi publicada uma Poltica de carter nacional; a PolticaNacionaldePrticasIntegrativaseComplementareseComplementares(BRASIL, 2006d). APNPICbuscouresponderaodesejodapopulaomanifestonasrecomendaesde Conferncias Nacionais de Sade desde 1988 (BRASIL, 2008). 16 A PNPIC recomenda a implantao e implementao de aes e servios no SUS, com oobjetivodegarantiraprevenodeagravos,apromooearecuperaodasade,com nfase na ateno bsica (BRASIL, 2006a). APolticaPblicabrasileiravoltadasPrticasIntegrativaseComplementares provocoualgunsdesdobramentoscomo,porexemplo,umapolticanacionaldeplantas medicinais e fitoterpicos, publicada em julho de 2006 (BRASIL, 2006a). A PNPIC prope o cuidado continuado, humanizado e integral em sade, contribuindo comoaumentodaresolubilidadedosistema,comqualidade,eficcia,eficincia,segurana, sustentabilidade, controle e participao social (BRASIL, 2006). ElatambmcertificaoacessoaosusuriosdoSUSaosserviosdeAcupuntura, Homeopatia,FitoterapiaeTermalismosocial(BRASIL,2006a).Estapolticarespondeao anseiodemuitosusurioseprofissionaisdesade,manifestadonasrecomendaesde Conferncias Nacionais de Sade desde 1988, alm de atender s recomendaes da OMS. AsprincipaisdiretrizesdaPNPICso:1-EstruturarefortalecerasPICnoSUS, mediante:inseroemtodososnveisdeateno,comnfasenaatenobsica; desenvolvimentoemcartermultiprofissional;estabelecimentodemecanismosde financiamento; elaborao de normas tcnicas e operacionais para implantao; e articulao com as demais polticasdo Ministrio da Sade.Desenvolver estratgiasde qualificao em PIC, em conformidade com os princpios da Educao Permanente. 2- Incentivar a divulgao eainformaodosconhecimentosbsicosdasPICparaprofissionaisdesade,gestorese usurios, mediante: apoio tcnico ou financeiro a projetos de qualificao de profissionais da rea de informao, comunicao e educao popular; elaborao de materiais de divulgao; inclusonaagendadeatividadesdacomunicaosocialdoSUS;apoioainformaoe divulgao em diferentes linguagens culturais; e apoio a experincias de educao popular. 3- Estimular aes intersetoriais, buscando parcerias que propiciem o desenvolvimento integral. 4-Ressaltaroprovimentodoacessoeampliaodaproduopblicademedicamentos homeopticosefitoterpicos,mediante:elaboraodaRelaoNacionaldePlantas MedicinaisedaRelaoNacionaldeFitoterpicos;cumprimentodoscritriosdequalidade, eficcia,eficinciaesegurananouso;ecumprimentodasboasprticasdemanipulao.5- IncentivarapesquisaemPICcomvistasaoaprimoramentodaatenosade,avaliando eficincia, eficcia, efetividade e segurana dos cuidados prestados. 6- Desenvolver aes de acompanhamento e avaliao das PIC. ApsseismesesapsapromulgaodaPortaria971,foidivulgadaem17de novembrode2006,aPortaria853,queacrescentanatabeladeServios/classificaesdo 17 SistemadeCadastroNacionaldeEstabelecimentosdeSadeSCNESdeInformaesdo SUS,oservioAcupuntura-PrticasIntegrativaseComplementaresrealizadaspor profissionais de sade especialistas em Acupuntura (BRASIL, 2006c). 2.3 Poltica Municipal de Prticas Integrativas e Complementares (PMPIC) - Recife ASecretariadeSadedoRecifeiniciouem2004,aconstruodaPolticade CuidadosIntegraispormeiodaimplantaodaUnidadedeCuidadosIntegraisGuilherme Abath,masem2009,apartirdaconjunoadvindadoreconhecimentodagestomunicipal em relao reinvidicao dos profissionais da rede e recomendaes de vrias Conferncias NacionaiseMunicipaisdeSade,esrecomendaesdaOMSaPolticarecebeunovos incentivos (SANTOS 2010; RECIFE, 2010).ParaaimplementaodaPolticaMunicipaldePrticasIntegrativase Complementares de Recife, foi constitudo um colegiado provisrio para os anos de 2010 at 2013.AlgumasaessoprevistasparaampliaroacessoaosusuriossPIC(RECIFE, 2010).OsobjetivosdessaPolticacontemplamaampliaoedemocratizaodoacessodas pessoasusuriasdoSUS/Recife,sterapiasvibracionais,integrativasecomplementares, valorizando a produo de sade, modos, crenas, sistemas de cura do territrio, associados s ofertas e servios das demais polticas de sade com nfase, na ateno bsica bem como, na mdia e alta complexidade (RECIFE, 2010). As principais diretrizes da Poltica Municipal so: 1- Desencadear na rede SUS/Recife umaMedicinasolidria,integrativaehumanizadacomosprofissionaiseusurios interessados,apartirdaAtenoBsica,desenvolvendoatividadesdeformaopermanente narea,coproduzindoaesprogramticasrecomendadaspelaPMPIC,atravsdagesto colegiada.2-Apoiareinstituiratividadesteraputicasquefacilitamosprocessosde autoconhecimentoeautocuraintegralporconsideraroscamposfsico,mental,emocionale espiritualdoserhumanoagindocomorestauradorasdaforavitaldoscamposefluxos energticoscorporais.Paraisso,devem-secadastrarosservioseascategoriasprofissionais aptas para ofertar tais servios, alinhadas com a PMPIC. DeacordocomSantos(2010),aPolticaMunicipaldePrticasIntegrativase Complementaresnomotivouplanos,programasouprojetos,somentealgumasaesque ocorreram e acontecem, ainda, de forma desarticulada com a Poltica municipal de sade. Este 18 fatorumagravante,poisimpediuexpansodeacessoedificultouoreconhecimentodas Prticas Integrativas e Complementares por outros profissionais e usurios do SUS municipal. Nodia17desetembrode2012,quandocomemoradooaniversriode8anosda UnidadedeCuidadosIntegraisemSade(UCIS)ProfessorGuilhermeAbathfoiassinada uma Portaria, 122, que autoriza a implantao e implementao da segunda UCIS em Recife ( RECIFE, 2012). 2.4 Prticas Integrativas e Complementares na Estratgia de Sade da Famlia(ESF) e a formao SegundoSalles,(2008)aAtenoBsicadoSUSeaHomeopatiaestointerligadas. UmavezqueaESFconcentraamaiorpartedocuidadomdico.SerianaESFoprincipal local em que as prticas seriam usadas e recomendadas. AinserodasPICnoSUSentendidaentocomoumaprofundamentodocuidado em sade, o qual deve ser coordenado pela Estratgia de Sade da Famlia (ESF), na busca da integralidade da ateno, de maior acesso a servios e possibilidade de exerccio da cidadania (THIAGO, 2009). DeacordocomaPortaria154,quecriaosNASF-NcleosdeApoioaoSadeda Famlia,asAesdasPrticasIntegrativaseComplementaresAesdeAcupunturae Homeopatiavisammelhoriadaqualidadedevidadosindivduos,ampliandooacessoao sistema de sade, proporcionando incremento de diferentes abordagens, tornando disponveis outras opes preventivas e teraputicas aos usurios do SUS (BRASIL, 2008c, p.07). OsavanosedesafiosdaESFsinalizaramcomonecessidadesurgentesincorporao tecnolgica,aformaodeforadetrabalho,ofortalecimentodofinanciamentoenovos mecanismos de monitoramento e avaliao (SOUSA, HAMMAN, 2009). fundamental oferecer equipe de profissionais diferentes tecnologias para o trabalho vivo,bemcomo,conhecerapercepoeousodosprofissionaissobreasmesmas(SOUSA, HAMMAN, 2009).NoBrasil19capitaise232municpiosjadotaramumaoumaisPICemsuas unidadespblicas.possvelqueasindicaesparaotratamentocomousodasprticas integrativas e complementares aumentem, pois, com o apoio do governo federal, a divulgao dateraputicasermaisdifundida,eemclassessociaisdiversas,comoapontaadiretrizda Portaria 971(BRASIL, 2006 d). 19 Reconhecer o pluralismo mdico prprio de seu pas e refleti-lo nos sistemas de cuidado em sade tem se constitudo um desafio para os planejadores das polticas pblicas de sade. Diante desta necessidade a OMS vem orientando a incluso das PIC nos sistemas pblicos de sade desde o ano de 1978 (SANTOS, 2008). DeacordocomTesser(2009),algumasexperinciasvmmostrandoaceitaoda oferta de prticas complementares tanto no plano da promoo como nodo tratamento pelos usurios do SUS, o que coerente com a manifestao poltica dos usurios nos Conselhos de SadebrasileirosenasConfernciasdeSadenosvriosnveisdegesto,quantoaodesejo do oferecimento destas prticas e terapias pelo SUS. Nesta conjuntura, parece clara a necessidade de uma viso mais abrangente da sade, da doenaedesuasinter-relaes,bemcomodabuscadesoluesnocampodasade individual e coletiva (IORIO et al., 2010). nessecontextoqueseapresentaadiscussodaespecializaomdicanoBrasilna atualidade,emparticularemAcupuntura,sendocompreendidademaneiranodissociada, mas articulada em dada situao social, histrica e cultural (IORIO et al., 2010). No Brasil h crescimento do campo de atuao das Prticas Integrativas, inclusive com umaumentodonmerodeprofissionaisdesadeinteressadospelarea(OTANI, BARROS,2011).No entanto, h pouca oferta de formao nas instituies pblicas, e uma grande disputa entreoscamposprofissionaisnabuscademanterrestritaapraticadasPICauma especialidade profissional, como o caso da acupuntura e da homeopatia (SOUSA, 2004). EstafaltadeformaonareadasPrticasComplementaresfazcomqueos profissionaissintam-seinseguros,eduvidemdapossibilidadedeinserodasPICnoSUS (THIAGO,2009).Porisso,queacapacitaotorelevantedentrodosserviosdesade, considerandoqueahabilitaodosprofissionaisnasPICumaformadedescentralizaros servios (BRASIL, 2008a). OsConselhosFederaisdeprofissionaisdesadequefizeramumanormatizaoda prticadaAcupunturaentreseusprofissionaisso:osconselhosdeFisioterapiaeTerapia Ocupacional (1958), Biomedicina (1986), Medicina (1995), Enfermagem (1995), Farmcia e Bioqumica(2000),Fonoaudiologia(2001),Psicologia(2002)eEducaoFsica(2003) (MARQUES, PEREIRA NETO, 2010). Pesquisasmostramqueprofissionaisdesadeeespecificamentemdicos desconhecemasterapiascomplementares,apesardointeresseemconhec-lasedeaprovar 20 suainclusonosserviospblicosdesadeouemcursosdareadasade(BEMAYRE, 2008). AfaltadeconhecimentosobreasPICgeradesconfortonosprofissionaisque reconhecemsuaslimitaesnaprticacotidianaetalvezporissodemonstremodesejode fazercapacitaesnarea.Profissionaisrelatamaausnciaquaseabsolutadestetemanos seuscursosdegraduao,e,quandopresente,adisciplinatrazmuitasinformaesepouca formao (THIAGO, 2009). Os profissionais do servio pblico de sade acreditam que as dificuldades ou oposio inserodasPICnoSUSviriamdafaltadecapacitaodosprofissionaisepelavisode sadedoenadaBiomedicina,queseopeconcepomaisholsticadasMedicinase terapias complementares (THIAGO, 2009). Estudossustentamahiptesedequehprogressivointeressepelasterapias complementaresesensibilizaodosprofissionaisdesade,notadamenteosdaateno primria, ao mesmo tempo em que aumenta a demanda por essas prticas (SAWNI, 2007). 21 3OBJETIVOS 3.1 Objetivo Geral IdentificarointeressedosprofissionaisgraduadosdaESFdeRecifeemrealizar formao em Prticas Integrativas e Complementares. 3.2 Objetivos Especficos a) Caracterizar os profissionais, que tm interesse em realizar formao, em relao a sexo, religio, idade, tempo de estudo e local de trabalho; b) Apontar os tipos de PIC que os profissionais gostariam de ter formao; c) Identificar os tipos de PIC por categoria profissional.

22 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS 4.1 Desenho do Estudo Estudo descritivo e exploratrio com abordagem quantitativa. 4.2 rea e populao do Estudo O estudo foi realizado no Recife na ateno primria a sade.O municpio tem uma superfcieterritorialde220km2,compostade94bairros,sendoestessubdivididosem6 Distritos Sanitrios (RECIFE, 2010). Omunicpiopossui120UnidadesdeSadedaFamlia(USF)(),sendo252Equipes deSadedaFamliae133EquipesdeSadeBucal(RECIFE,2012).CadaUSFformada pelaEquipedaSadedaFamlia(mdico,enfermeiro,auxiliardeenfermagemeagente comunitriodesade)maisaequipedaSadeBucal(dentistaeauxiliardeconsultrio dentrio). 4.3 Coleta de dados A coleta foi realizada na rede de ateno bsica dos Distritos Sanitrios I, II, III, IV e VI. Entre os meses de dezembro de 2010 a agosto de 2011, por meio de visitas as Unidades de SadedaFamliaemreuniesadministrativas.Ospesquisadoresantesdasreunies apresentavamosobjetivosdapesquisaesolicitavamacolaboraodequemdesejasse participar, assinando o Termo Livre e Esclarecido (Apndice B). Devido a algumas greves e incompatibilidade de horrios houve a ausncia de alguns profissionais durante a coleta. O DS I formado por 45 profissionais, sendo estes 15 mdicos, 20 enfermeiros e 10 dentistas. Desses, 25 (55,5%) profissionais compartilharam com o estudo: 13enfermeiros,5dentistase7mdicos.ODSIIcompostopor108profissionais,sendo estes 43 mdicos, 43 enfermeiros e 22 dentistas. Destes, 53(50,4%) participaram da pesquisa: 21 enfermeiros, 12 dentistas e 20 mdicos.23 J o DS III formado por 130 profissionais, sendo estes 40 mdicos, 52 enfermeiros e 38 dentistas. Destes, 21(18,5%) profissionais contriburam, sendo: 13 enfermeiros, 2 dentistas e 8 mdicos.O DS IV correspondia a 98 profissionais dos quais 38 mdicos, 40 enfermeiros e19dentistas.Desses,92(93,8%)participaramdapesquisa,sendo39enfermeiros,19 dentistas e 34 mdicos. NohouvecoletadedadosnoDSV,devidoincompatibilidadedeagendada pesquisadora com o Distrito Sanitrio. O DS VI formado por 185 profissionais, sendo estes 75mdicos,79enfermeirose31dentistas.Destes,46(24,8%)profissionaisparticiparamda pesquisa: 21 enfermeiros, 8 dentistas e 15 mdicos. Os dados foram coletados com o uso de um formulrio semiestruturado (Apndice A) que continha trs partes: 1. Identificao do profissional; 2. Conhecimento e uso 3. Duas perguntas fechadas: interesse em formao e interesse em implantao emPIC. 4.4 Categorias de anlise (variveis) a) Variveis Demogrficas: idade e sexo b) Variveis Sociais: religio c) Variveis relacionadas ao trabalho e formao do entrevistado: local de trabalho e anos de estudo 4.5 Plano de anlise dos dados Asdiferenasnasfrequnciasforamanalisadaspelotestedo2 (qui-quadrado)em tabelas de contingncia 3x2. A diferena foi considerada estatisticamente significativa quando o p 66 anos29,500,000,023,0--- Religio/Crena Catlica733,32058,8975,03653,70,04 Protestante523,8514,7216,71217,90,68 Esprita314,3720,618,31116,40,58 Judaica14,800,000,011,5--- Islmica00,000,000,000,0--- Nenhuma419,000,000,046,0--- Outra14,825,900,034,5--- Anos de estudo 4 a 7 anos00,000,018,311,5--- 8 a 10 anos14,812,900,023,0--- 11 anos ou mais419,000,000,046,0--- Mestrado14,800,000,011,5--- Especializao1571,43397,11191,75988,10,01 Doutorado00,000,000,000,0 --- Fonte: Elaborada pela autora. 33 Entreosprofissionais,asPICmaisescolhidasparaobterumaformao,foram67 profissionais(31,01%),sendoeles:21somdicos(31,3%),34dentistas(50,7%)e12 dentistas( 17,9%). Em relao ao local de trabalho: 11 mdicos (52,4%) trabalhavam somente em USF, 4 em UBS e USF (19%) e 4 em Hospitale USF (19%). Em meio a os enfermeiros 24(70,6%)trabalhavamemUSFe8(23,5%)emhospitaleUSF.Entreosdentistas,11 (91,7%) trabalhavam em USF. Relacionadoaosexo,entreosmdicos,13(61,9%)eramdosexofemininoe8 (38,1%) do masculino. Entre os enfermeiros, 32 (94,1%) eram do sexo feminino e 2 ( 5,9%) domasculino.Entreosdentistas,8(66,7%)eramdosexofemininoe14(33,3%)do masculino. O sexo feminino foi mais prevalente, considerando p= 0,008.Relacionadofaixaetria,osmdicos9(42,9%)tinhamentre36e45anos,os enfermeiros, 15 (44,1%) tinham entre 26 e 35 anos e os dentistas , 24 ( 58,3%) entre 26 e35 anos. A respeito da faixa etria. A mais significativa foi de 26 a 35 anos, j que p=0,006. Pertinentereligio/crena,entreosmdicos,7(33,3%)eramcatlicos,5(23,8%) protestantes.Entreosenfermeiros,20(58,8%)catlicos,7(20,6%)protestanteseentreos dentistas, 9 (75%) eram catlicos e 2 (16,7%) protestantes. Em relao religio, os catlicos so mais prevalentes, com p=0,04. Em relao aos anos de estudo a grande maioria com especializao, entre os mdicos 15(71,4%),entreos3enfermeiros(97,1%)e11(91,7%)entreosdentistas.Omais prevalente foi o curso de especializao com p=0,01. 34 5.4 Dentre as PIC, em relao ao uso e o interesse em realizar formao Atabelaaseguirinformasobreaopodeusodasprticasintegrativase complementares, segundo categoria profissional. Tabela 5-Opo de uso das prticas integrativas e complementares, segundo categoria profissional.(continua) PICTipo de UsoMdicosEnfermeirosDentistas N%N%N% P Acupuntura Usa para si1840,91738,6920,5 Usa para famlia1659,3829,6311,1 Aromaterapia Usa para si422,21055,6422,2 Usa para famlia218,2654,5327,3 Automassagem e/ou do-in Usa para si1332,51537,51230,00,90 Usa para famlia838,1733,3628,6 Fitoterapia Usa para si2636,63346,51216,90,85 Usa para famlia2441,42543,1915,5 Homeopatia Usa para si1631,42651,0917,60,94 Usa para famlia1532,62247,8919,6 Liang Gong Usa para si110000,000,0-- Usa para famlia0000,000,0 Massagem ayurvdica Usa para si457,1114,3228,6-- Usa para famlia0000,000,0 Medicina antroposfica Usa para si210000,000,0-- Usa para famlia1000,000,0 Medicina ayurvdica Usa para si0000,000,0-- Usa para famlia0000,000,0 Medicina afro-brasileira Usa para si125375,000,0-- Usa para famlia0000,000,0 Medicina chinesa Usa para si233350,0116,7-- Usa para famlia15000,0150,0 Medicina indgena Usa para si0000,000,0-- Usa para famlia001100,000,0 Medicina popular Usa para si622,21451,9725,9 Usa para famlia320853,3426,70,98 Meditao Usa para si1436,81128,91334,20,91 Usa para famlia37,537,5410,0 Osteopatia Usa para si48000,0120,0-- Usa para famlia375125,000,0 Plantas medicinais Usa para si3631,65649,12219,30,76 Usa para famlia2526,94952,71920,4 Reflexologia/reflexoterapiaUsa para si1343,31136,7620,00,97 Usa para famlia440440,0220,0 35 PICTipo de UsoMdicosEnfermeiros DentistasN%N%N%

P ReikiUsa para si1248936,0416,0-- Usa para famlia120240,0240,0 ShantalaUsa para si133.3266,700,0-- Usa para famlia531,3850,0318,8 Tai chi chu an Usa para si650433,3216,7-- Usa para famlia0000,000,0 Terapia comunitria Usa para si750750,000,0-- Usa para famlia466,7233,300,0 Terapia floral Usa para si1234,31645,7720,00,49 Usa para famlia70733,3733,3 Termalismo social- Usa para si0000,000,0-- Usa para famlia0000,000,00,62 Tui-n Usa para si0000,000,0 Usa para famlia0000,000,0 Yoga Usa para si1035,71139,3725,00,49 Usa para famlia746,7533,3320,0 Outras prticas corporais Usa para si650325,0325,0 Usa para famlia250125,0125,0 Prtica ou filosofia de cunho espiritual Usa para si2145,71737,0817,40,62 Usa para famlia1157,9631,6210,5 Outros Usa para si337,5225,0337,5 Usa para famlia12500,0375,0 Fonte: Elaborada pela autora. RelacionadoaosprofissionaisquetiveraminteresseemfazerformaoemPICe usam-nasparasiouparaafamlia.Entreosmdicos,destacamosque36(48%)usamas plantas Medicinais parasi; 26 (34,7%) usama Fitoterapia para si e 24 (32%) para a famlia, 25 (33,3%) usam para a famlia; 18 (24%) usam a Acupuntura para si e 16 (21,3%) usam para a famlia. Dentre os enfermeiros, 56 (55,4%) usam as plantas Medicinais para si e 49 (48,5%) usam para a famlia; 33 (32,7%) usam para si a Fitoterapia e 25(24,8%) usam para a famlia e 26(25,7%)usamaHomeopatiaparasie22(21,8%)usamparaafamlia.Osdentistas,22 (55%)usamasplantasMedicinaisparasie19(47,5%)paraafamlia;13(32,5%)usama Meditao para si e 4 (10%) para a famlia e 12(30%) usam a Fitoterapia para si e 9 ( 22,5%) usam para a famlia. Na presente pesquisa, supe- se que os profissionais entrevistados usam as PIC para si eparaafamlia,porjconheceremasPICeseusefeitosbenficos,masestasnosoas Tabela 5- Opo de uso das prticas integrativas e complementares, segundo categoria profissional. (concluso) 36 mesmas que eles gostariam de ter uma formao.No h uma relao associativa direta entre ointeressemeformaoeouso.Confrontandocomopresenteestudo,emestudorealizado emporTessereThiago,(2011)ousodeHomeopatiaparasieousodeAcupunturaem familiares tiveram associao estatisticamente significativa com o interesse pelas PIC. Pesquisasrecentesmostramqueprofissionaisdesadeeespecificamentemdicos desconhecem as terapias complementares, apesar do interesse em conhec-las e de aprovarem suainclusonosserviospblicosdesadeouemcursosdareadasade.Istopodeser responsvelporconceitosequivocados,gerandodificuldadesnarelaomdico-pacientee com colegas praticantes dessas especialidades (TESSER, THIAGO, 2011). Em pesquisa realizada, por Tesser e Thiago, (2011) a maioria dos profissionais (84,2%) tinhaumaoumaisespecializaes,43,5%realizaramresidnciaemMedicinadeFamliae ComunidadeouespecializaoemSadedaFamliaeprofissionais12,4%tinham especializaoemHomeopatiaouAcupuntura.OutroscursosnareadasPIC(como Fitoterapia, Terapia floral e Massoterapia) foram relatados por 22,% dos profissionais. Almdisso,59,9%dosprofissionaistinhamelevadointeressepelasPIC,comdesejo de realizar capacitao ou formao na rea; 6,8% afirmaram ter pouco ou nenhum interesse. TodoselesconcordaramqueasPICdeveriamserabordadasnoscursosdareadasade (TESSER, THIAGO, 2011). Esses resultados confrontam com a presente pesquisa, j que na mesma, 91% dos profissionais afirmaram ter interesse em realizar formao e 8,8%alegaram no ter interesse. Em estudo realizado em 2011, encontrou-se que 43,5% dos mdicos investigados eram especialistasemMedicinadeFamliaeComunidadee12,4%eramespecialistasem Homeopatiae/ouAcupuntura.SugerequeaformaomdicaespecializadaemMedicinade FamliaeComunidadepodeinterferirnessesresultados,poisparecehaverafinidadeeletiva entreasPICeessaespecialidademdica.(TESSER,THIAGO,2011).Essesdados concordamcomapresentepesquisa,jquenopresenteestudo,dentreosmdicos,52,5% afirmaram querer uma formao em Acupuntura, e25 % em Homeopatia. Empesquisarealizadaem2011,enfermeirosmostraraminteressepoucomaiorse comparados aos mdicos, assim como os que convivem com algum tipo de PIC no Centro de Sade, com maior tempo de formado. O que concorda com a presente pesquisa em que 46,8% dosenfermeirosafirmaramquererrealizaralgumaformaoe34,7%somdicos.Assim como na pesquisa realizada em Florianpolis em 2008, os enfermeiros demonstram interesse por PIC um pouco maior que os mdicos (THIAGO, 2009). 37 ConcordarounocomainclusodasPICnoSUSesteveestatisticamenteassociado com a formao na graduao, os enfermeiros so mais favorveis PNPICe com o uso da Homeopatiacomotratamentoparasi.Partedosprofissionaisconsiderounoconhecerou conhecerpoucosobreasPIC,notadamentesobreaMedicinaantroposfica,ayurvedaea tradicional chinesa. Grau moderado de conhecimento predominou para a Homeopatia e para a Acupuntura, em contraste ao maior desconhecimento da Fitoterapia e das plantas Medicinais (TESSER ,THIAGO,2011). A diferena de interesse entre os profissionais mdicos e os enfermeiros pelas PIC no presente estudo possivelmente decorre do fato de que os mdicos se apoiam mais e justificam suaprticaprofissionalnaBiomedicinaeseuarsenalmedicamentoso,enquantoos enfermeirospoderiamdesejardispordeprticasnobiomdicasparamelhoratenderseus pacientes. Tal achado coerente com pesquisas (CEOLIN et., al 2009) que salientam a maior receptividade dos enfermeiros para as PIC (TESSER, THIAGO 2011). Os mdicos, de acordo com Chehuen Neto (2010), podero melhor intervir e orientar, visandominimizarcomplicaesnasadedoseupaciente.interessanteinvestigaro conhecimento e compreenso dos mdicos em relao adoo de tratamentos da MAC. 38 6 CONSIDERAES FINAIS Apesardosprofissionaisjteremformaonabiomedicina,ficouevidenciadoo desejoemrealizarformaoemumaracionalidadedistintadaqueelesvmexercendo. possvel que o incentivo ao uso das PIC e as formaes, amplie o pluralismo teraputico dos profissionaisnosserviospblicos,almdeampliarasvariedadesnostratamentosdas doenas.No entanto, por se tratar de um estudo quantitativo no foi possvel analisar os motivos dos profissionais para desejar formao em PIC como exemplo: -se para o exerccio no sistema privado ou pblico, -insatisfao com os resultados da Biomedicina, -experincias exitosas com as PIC, entre outros. Deste modo, seria importante, dado os resultados encontrados que os mesmos fossem aprofundadosbuscandocompreenderosmotivospelosquaisosprofissionaisdesejamuma formao distinta da que exercem. 39 REFERNCIAS ANDRADE, J.T.; COSTA, L. F. A. Medicina complementar no SUS: Prticas Integrativas e Complementares sob a luz da Antropologia mdica. Sade Soc., So Paulo, v.19, n. 3, p.497-508, jul./set., 2010. BARROS, N.F. S. P.; SIMONI, C. Poltica Nacional de Prticas Integrativas e Complementares no SUS: passos para o pluralismo na sade. Cad. Sade Pblica, Rio de Janeiro, v.23, n.12, p. 3066-3067, 2007. BRASIL. Ministrio da Sade, Secretaria de Ateno Sade, Brasilia, (Srie E. Legislao, v. 1). 2003, p. 267-269. BRASIL. Ministrio da Sade. Departamento de Ateno Bsica. Decreto 5376, de 17 de fevereiro de 2005. Braslia, 2005. Disponvel em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/Decreto/D5376.htm>. Acesso em: 2jan. 2012. BRASIL. Ministrio da Sade.. Departamento de Ateno Bsica. 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Entrevista Xiaouri Zhang -Coordenadora do Departamento de Medicina Tra- Tradicional da Organizao Mundial de Sade. Rev. Bras. Sade Famlia, Braslia, Ano 9, Maio de 2008. Ed. Especial. Disponvel em: Acesso em: 2 jan. 2012. 44 APNDICES APNDICE A-QUESTIONRIO DE ENTREVISTA PARA PROFISSIONAIS PESQUISA:PrticasIntegrativaseComplementareseComplementaresnoProgramade SadedaFamliaVoltadasParaAtenoSadeMental: estudosdecasosnoNordeste,Sule Sudeste FORMULRIO DE ENTREVISTA PARA PROFISSIONAIS I - IDENTIFICAO1 - Local de trabalho no SUS (pode marcar mais de um):ESFHospitalAmbulatrioUBS 1234 2 Funo:Mdico (a) Enfermeiro (a) Aux./Tc. Enfermagem Dentista Aux./Tc. Odontologia ACS Outro 123456 7 3- Idade< 2021 - 2526 - 3536 4546 - 5556 - 65>66 1234567 4 - Sexo:FemininoMasculino 12 5 - Religio/Crena: CatlicaProtestanteEspritaJudaicaIslmicaNenhuma Outra 1234567 Qual (7): 6. Anos de estudo: poder ser marcada mais de uma alternativa 4 a 7 anos 8 a 10 anos 11 anos ou mais MestradoEspecializaoDoutorado 123456 10. Quais das medicinas/prticas abaixo voc conhece, usa pra si, usa para famlia, prescreve, recomenda: (Marque com X quando SIM) Poder ser marcada mais de uma alternativa. 10.1 Acupuntura1. () Conhece2. ( ) Usa pra si 3. ( )Usa para famlia 4. ( )Prescreve 5.()Recomenda 10.2 Aromaterapia 1. () Conhece2. ( ) Usa pra si 3. ( )Usa para famlia 4. ( )Prescreve 5.()Recomenda 10.3 Automassagem e ou do - in 1. () Conhece2. ( ) Usa pra si 3. ( )Usa para famlia 4. ()Prescreve 5.()Recomenda 10.4 Fitoterapia1. () Conhece2. ( ) Usa pra si 3. ( )Usa para famlia 4. ( )Prescreve 5.()Recomenda 10.5 Homeopatia1. () Conhece2. ( ) Usa pra si 3. ( )Usa para famlia 4. ( )Prescreve 5.()Recomenda 45 10.6 Liang Gong1. () Conhece2. ( ) Usa pra si 3. ( )Usa para famlia 4. ( )Prescreve 5.()Recomenda 10.7 Massagem ayurvdica1. () Conhece2. ( ) Usa pra si 3. ( )Usa para famlia 4. ( )Prescreve 5.()Recomenda 10.8 Medicina antroposfica1. () Conhece2. ( ) Usa pra si 3. ( )Usa para famlia 4. ( )Prescreve 5.()Recomenda 10.9 Medicina ayurvdica1. () Conhece2. ( ) Usa pra si 3. ( )Usa para famlia 4. ( )Prescreve 5.()Recomenda 10.10 Medicina afro - brasileira1. () Conhece2. ( ) Usa pra si 3. ( )Usa para famlia 4. ( )Prescreve 5.()Recomenda 10.11 Medicina chinesa1. () Conhece2. ( ) Usa pra si 3. ( )Usa para famlia 4. ( )Prescreve 5.()Recomenda 10.12 Medicina indgena1.() Conhece2. ( ) Usa pra si 3. ( )Usa para famlia 4. ( )Prescreve 5.()Recomenda 10.13 Medicina popular 1. () Conhece2. ( ) Usa pra si 3. ( )Usa para famlia 4. ( )Prescreve 5.()Recomenda 10.14 Meditao1. () Conhece2. ( ) Usa pra si 3. ( )Usa para famlia 4. ( )Prescreve 5.()Recomenda 10.15 Osteopatia1. () Conhece2. ( ) Usa pra si 3. ( )Usa para famlia 4. ( )Prescreve 5.()Recomenda 10.16 Plantas medicinais (chs, lambedor, banhos) 1. () Conhece2. ( ) Usa pra si 3. ( )Usa para famlia 4. ( )Prescreve 5.()Recomenda 10.17 Reflexologia / reflexoterapia dos ps1. () Conhece2. ( ) Usa pra si 3. ( )Usa para famlia 4. ( )Prescreve 5.()Recomenda 10.18 Reiki1. () Conhece2. ( ) Usa pra si 3. ( )Usa para famlia 4. ( )Prescreve 5.()Recomenda 10.19 Shantala 1. () Conhece2. ( ) Usa pra si 3. ( )Usa para famlia 4. ( )Prescreve 5.()Recomenda 10.20 Shiatsu1. () Conhece2. ( ) Usa pra si 3. ( )Usa para famlia 4. ( )Prescreve 5.()Recomenda 10.21 Tai chi chuan1. () Conhece2. ( ) Usa pra si 3. ( )Usa para famlia 4. ( )Prescreve 5.()Recomenda 10.22 Terapia comunitria 1. () Conhece2. ( ) Usa pra si 3. ( )Usa para famlia 4. ( )Prescreve 5.()Recomenda 10.23 Terapia floral 1. () Conhece2. ( ) Usa pra si 3. ( )Usa para famlia 4. ( )Prescreve 5.()Recomenda 10.24 Termalismo social - crenoterapia 1. () Conhece2. ( ) Usa pra si 3. ( )Usa para famlia 4. ( )Prescreve 5.()Recomenda 10.25 Tui - n 1. () Conhece2. ( ) Usa pra si 3. ( )Usa para famlia 4. ( )Prescreve 5.()Recomenda 10.26 Yoga 1. () Conhece2. ( ) Usa pra si 3. ( )Usa para famlia 4. ( )Prescreve 5.()Recomenda 10.27 Outras prticas corporais 1. () Conhece2. ( ) Usa pra si 3. ( )Usa para famlia 4. ( )Prescreve 5.()Recomenda Qual: __________________________________________________________________________ 10.28 Prtica ou filosofia de cunho espiritual 1. () Conhece2. ( ) Usa pra si 3. ( )Usa para famlia 4. ( )Prescreve 5.()Recomenda 10.29 Outros (prtica, tcnica, terapia): 1. () Conhece2. ( ) Usa pra si 3. ( )Usa para famlia 4. ( )Prescreve 5.()Recomenda 11.Porordemdeprioridade,dentreasmedicinaseprticasreferidasacima,emquaisvocgostariadeter formao? (Informe at trs medicinas/prticas): 1: _______________________________________________________________________ 46 2: _______________________________________________________________________ 3: _______________________________________________________________________ ( ) nenhuma 12.Porordemdeprioridade,dentreasmedicinaseprticasreferidasacima,quaisvocgostariaquefossem implantadas no SUS municipal- Recife? (Informe at trs medicinas/prticas): 1: _______________________________________________________________________ 2: _______________________________________________________________________ 3: _______________________________________________________________________ ( ) nenhuma Obrigada por sua colaborao!

47 APNDICE B-TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO-(PARA PROFISSIONAL) NOME DA PESQUISA: Prticas Integrativas e Complementares e Complementares no Programa de Sade da: estudos de casos noNordeste, Sul e Sudeste Prezado(a) Senhor (a), Estamosconvidado-o(a)paraparticipardeumapesquisasobreasPrticasIntegrativaseComplementarese complementaresnoProgramadeSadedaFamlia.ApesquisatemcomoobjetivoanalisarousodasPrticas Integrativas e Complementares e Complementares pelos Profissionais da Estratgia de sade da Famlia Vocfoiselecionado(a),poisrepresentaumdosPROFISSIONAIS,eSUAPARTICIPAONO OBRIGATRIA. A qualquer momento voc pode desistirde participar e retirar seu consentimento. Sua recusa no trar nenhum prejuzo em sua relao com o pesquisador, ou ainda, com a Fiocruz /PE ou com o Servio de Sade Municipal de Recife. O eventual risco em participar desta pesquisa pode ser o constrangimento diante de algum questionamento, mas garantimos quetodas as informaes obtidas atravs dessapesquisasero confidenciaiseo queo Sr. no ser identificado em hiptese alguma. Osbenefciosqueasuaparticipaotrarsobastantesignificativosconsiderandooescassoconhecimento acerca das Prticas Integrativas e Complementares e complementares nos servios pblicos. Ao participar o (a) senhor (a) estar contribuindo para melhorar a assistncia sade no Brasil e tem garantido os seus direitos: 1.Agarantiadereceberrespostaaqualquerperguntaouesclarecimentoaqualquerdvidaacercadetodosos procedimentos e benefcios relacionados com a pesquisa; 2.Aliberdadederetirarseuconsentimentoaqualquermomentoedeixardeparticipardoestudosemqueisto traga nenhum prejuzo a sua pessoa; 3.Aseguranadequenoseridentificadoemhiptesealgumaequesermantidoocarterconfidencialda informao que seja prestada; Se o (a) senhor (a) concordar em participar, pedimos que assine este papel em duas vias,dizendo que entendeu asexplicaesequeestconcordando.Umadessasviasficaremseupodereaoutradeverficarcomo pesquisador responsvel pela pesquisa. Em caso de dvidas, o (a) senhor (a) poder procurar os pesquisador: IslndiaMariaCarvalhodeSousa.CentrodePesquisasAggeuMagalhes-FIOCRUZ-PE.Av.ProfMoraes Rego, S/N. Campus da UFPE. Recife/PE. Fone: 21012629. 48 Eu,____________________________________________________________________________ RGn_________________________,tendorecebidoasinformaesnecessriasecientedosmeusdireitos acima relacionados, concordo em participar do estudo. Assinaturadoprofissionalentrevistado: _________________________________________________________________________ Atestoqueexpliqueicuidadosamenteanaturezaeoobjetivodesteestudo,ospossveisriscosebenefciosda participao no mesmo, junto ao participante e/ou seu representante autorizado. 49 50